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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING BRUNO FURTADO PEREIRA DE SOUZA ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA A CRIAÇÃO DE UMA LOJA VIRTUAL PARA A EMPRESA RTB COMÉRCIO INTERNACIONAL LTDA SÃO JOSÉ 2007

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍsiaibib01.univali.br/pdf/Bruno Furtado Pereira de Souza.pdf · 2008-09-11 · Estratégias de marketing digital para a criação de uma loja virtual

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍCENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING

BRUNO FURTADO PEREIRA DE SOUZA

ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA A CRIAÇÃO DE UMA LOJA VIRTUAL PARA A EMPRESA RTB COMÉRCIO INTERNACIONAL LTDA

SÃO JOSÉ2007

BRUNO FURTADO PEREIRA DE SOUZA

ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL PARA A CRIAÇÃO DE UMA LOJA VIRTUAL PARA A EMPRESA RTB COMÉRCIO INTERNACIONAL LTDA

Trabalho de Conclusão de Curso – apresentado como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Administração da Universidade do Vale do Itajaí.

Professor Orientador: Msc. Dimas Pincinato Alves

SÃO JOSÉ

2007

Bruno Furtado Pereira de Souza

Estratégias de marketing digital para a criação de uma loja virtual para a empresa RTB Comércio Internacional LTDA

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Marketing da Universidade do

Vale do Itajaí, em 12 de Julho de 2007

Prof (a) MSc. Luciana Merlin BervianUnivali – CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof MSc. Dimas Pincinato AlvesUnivali – CE São JoséProfessor Orientador

Prof (a) MSc.Kellen da Silva CoelhoUnivali – CE São José

Membro

Prof. MSc. Rogério Raul da SilvaUnivali – CE São José

Membro

Dedico este estudo ao meu avô, Mario Furtado

Pereira e a minha querida bisa, Vó Zezé. Eles

sempre oraram por mim e agora o fazem de um

plano superior.

AGRADECIMENTOS

Agradeço a meus pais, pois sem o apoio deles não seria possível concluir este curso.

Ao Professor Dimas Pincinato Alves, quem me orientou para que este estudo fosse

concluído com sucesso.

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo geral propor estratégias de Marketing Digital para implementação de uma loja virtual na empresa RTB Comércio Internacional Ltda. Como objetivos específicos se buscou conhecer a opinião de representantes comerciais quanto ao uso da Internet como ferramenta de vendas, a opinião dos gestores da empresa, e selecionar ferramentas de Marketing Digital que dêem suporte para as estratégias de Marketing Digital propostas de acordo com o objetivo geral. Procurou-se apresentar dados sobre a Internet e o impacto mercadológico que ela está ocasionando. Dados apresentados mostram as vantagens da Internet no âmbito empresarial e a velocidade em que está se desenvolvendo. Buscou-se apresentar também o comércio eletrônico, suas classificações e desafios, logo se apresentou o Marketing Digital, suas estratégias e ferramentas que podem ser utilizadas para obter sucesso no comercio eletrônico ou em um site institucional. Após os fundamentos teóricos foi definido o método que se caracteriza por um caso descritivo e exploratório com uma abordagem qualitativa. É apresentada uma pesquisa com estudantes do Curso Superior Técnico de gestão de Representação Comercial, ministrado pela UNIVALI, Campus Kobrasol, na cidade de São José, em Santa Catarina, que objetivou conhecer as suas opiniões sobre a utilizar a Internet como ferramenta de vendas. Para conhecer a opinião dos gestores da empresa foi apresentada uma entrevista. O levantamento dos dados foi realizado por meio de aplicação de questionário e entrevista não estruturada, sendo que a análise dos dados ocorreu a partir da organização das informações recebidas e apresentadas em gráficos e descritivamente. Por fim, foram apresentadas as estratégias e ferramentas de Marketing Digital consideradas próprias para a implementação de uma loja virtual para a RTB, segundo os objetivos propostos e as teorias estudadas.

Palavras-chave: Internet. Comércio eletrônico. Estratégia de marketing digital.

ABSTRACT

The present work has, as it’s main purpose to propose Digital Marketing Strategies that will support the creation of an on-line store for the company RTB International Commerce Ltda. The specific objectives reached to find out the opinion of commercial representatives, about the use of the Internet as a sales tool, as the opinion of the company’s CEO. Another specific objective is to select Digital Marketing tools that will sustain the strategies proposed in the main purpose. The main stream of this work presented data about the Internet and the impact that it’s causing in the market. Presented data shows the Internet advantages in the corporative environment and the speed that it’s been developed. Also it was presented the e-commerce, it’s qualifications and challenges. Therefore Digital Marketing took place and it’s tools and strategies were presented. After the theory presentation, the method was defined and it’s characterized as a descriptive exploratory case with a qualitative approach. A research with students of a Superior Technician course of Commercial Representation, ministered by UNIVALI Kobrasol Campus, in São José City in Santa Catarina, Brazil, was presented with the purpose of knowing their opinion about using the Internet as a sales tool. To meet the CEO’s opinion it was presented a interview. The data research was realized by questionnaire and a non-structured interview, the data analyses occurred by organizing the information received, it was presented by graphics and described. To closer the work, it was presented Digital Marketing strategies and tools considered appropriate for the implementation of a on-line store for RTB, according to the main purpose of the work and studied theories.

Key -Words: Internet. E-commerce. Digital Marketing Strategies.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1- Tempo que as novas tecnologias levaram para atingir 50 milhões de usuários no mundo ............................................................................................................................. 10

Gráfico 1 – Posição dos representantes quanto as vendas na Internet ................................ 40

Gráfico 2 – Mudanças na profissão do representante comercial ......................................... 42

Gráfico 3 – Comissões ........................................................................................................ 43

Gráfico 4 – Processo de vendas .......................................................................................... 45

Gráfico 5 – Impacto das vendas na Internet para representantes comerciais ...................... 46

Gráfico 6 – Uso da Internet no trabalho .............................................................................. 47

Gráfico 7 – Freqüência do uso do computador ................................................................... 48

Quadro 2 – Clientes RTB .................................................................................................... 50

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Crescimento explosivo ...................................................................................... 17

Tabela 2 - Vendas de PCs e periféricos .............................................................................. 18

SUMÁRIO

CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ ................. 1

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .................................................................................... 11

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 12

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................12

1.2.1 Objetivo geral.................................................................................................12

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12

1.2.2 Objetivos específicos..................................................................................... 12

1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 12

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO .................................................................................. 13

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 15

2.1 MUDANÇAS NO MUNDO – A INTERNET ................................................................................ 15

2.2 E-COMMERCE & E-BUSINESS .............................................................................................. 19

2.2.1 Formas de Comércio Eletrônico .................................................................... 22

2.2.2 Marketing Digital ou E-marketing ................................................................. 26

2.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL ................................................................................. 27

2.3.1 Estratégia de comércio eletrônico ................................................................. 27

2.3.2 Estratégia de relacionamento ......................................................................... 29

2.3.3 Estratégia de comunidades virtuais ............................................................... 30

2.3.4 Estratégia de propaganda ............................................................................... 32

2.4 FERRAMENTAS DE MARKETING DIGITAL ............................................................................... 33

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ............................................................................................ 37

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO ................................................................................... 40

4.1 ENTREVISTA COM O GESTOR ............................................................................... 48

4. 2 APRESENTANDO A RTB COMÉRCIO INTERNACIONAL LTDA. ......................................... 49

5 PROPOSTA DE ESTRATÉGIAS E FERRAMENTAS DE MARKETING DIGITAL

............................................................................................................................................. 50

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 55

REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 57

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE APLICAÇÃO, PARA REPRESENTANTES

COMERCIAIS .................................................................................................................. 59

1 INTRODUÇÃO

O mundo atualmente vive um período que pode ser conceituado como era digital.

Com o avanço da tecnologia, a informação transita hoje em uma velocidade rápida demais

para ser cronometrada, e os procedimentos ganharam uma agilidade impensável dez anos

atrás. Na medida em que uma parcela da sociedade adere às evoluções tecnológicas, essas se

tornam uma necessidade que se propaga a outras parcelas, formando uma espécie de reação

em cadeia rumo a era digital. E com a criação da Internet (rede mundial de conexão entre

computadores) um mercado completamente novo surgiu: o e-commerce, que está em plena

expansão e detém as mais altas taxas de crescimento na história. Nenhum outro mercado

cresceu tanto em igual período. Mas por essas razões, naturalmente ele tem se tornado

também cada dia mais competitivo (ABRANET, 2007).

Para sobreviver em tal ambiente de mercado é importante que as empresas adotem

Estratégias de Marketing Digital. Destaca-se neste estudo a estratégia de e-commerce, que é

comumente incorporada nas empresas atualmente. A partir dela se desencadeiam outras

estratégias, como de relacionamento com clientes e propaganda. Essas estratégias ajudam as

corporações a vencer o desafio de conquistar e manter a atenção dos clientes, pois apenas a

oferta de produtos não assegura o sucesso de um site, o ambiente que viabiliza a realização do

e-commerce. O conteúdo do site, por exemplo, é um fator que conquista, e se bem manejado,

mantém a atenção do consumidor.

A empresa RTB Comércio Internacional Ltda é uma importadora de brinquedos, que

trabalha diretamente com a China e atua nas regiões Sul e Sudeste do mercado brasileiro. Sua

operação de vendas começou em janeiro de 2007, e sua força de vendas é terceirizada, sendo

constituída por empresas de representação comercial que atuam na área de brinquedos.

Este trabalho de conclusão de curso, objetiva propor estratégias de Marketing Digital

para dar suporte a criação de uma loja virtual para a empresa RTB Comércio Internacional

Ltda., respondendo questionamentos tais como: Qual é a posição dos gestores da RTB em

relação a vendas na Internet; Como Representantes Comerciais vêem o uso da Internet como

ferramenta de vendas; Quais Estratégias de Marketing Digital possam ser úteis a RTB.

No discorrer dos capítulos será falado sobre a Internet e como a evolução da

tecnologia permite que cada vez mais ações possam ser tomadas pelo meio eletrônico.

Aprofundando-se ainda mais na Internet conceituaremos o comercio eletrônico, ou e-

commerce, e uma descrição das suas contribuições mercadológicas será feita, assim como

1

suas classificações segundo autores. O trabalho também irá decorrer sobre o conceito e a

importância do Marketing Digital, no qual se descreverá estratégias de marketing digital e as

ferramentas que as dão suporte.

A partir daí será apresentada uma pesquisa feita com alunos do curso de Gestão de

Representação Comercial da Universidade do Vale do Itajaí, Campus Kobrasol na cidade de

São José, em Santa Catarina. A pesquisa tem o objetivo de analisar a opinião dos

representantes comerciais quanto às vendas na Internet, que é uma ferramenta de Marketing

Digital.

Tomando como base o resultado da pesquisa foi feita uma proposta de Estratégias de

Marketing Digital, consideradas adequadas para serem implementadas na empresa RTB

Comércio Internacional Ltda.

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

A empresa RTB Comércio Internacional LTDA, por ser nova no mercado, conta com

uma força de vendas inteiramente terceirizada. A empresa constitui contrato com empresas

especializadas em representação.

O processo de vendas das empresas de representação tem se mostrado pouco ágil.

Devido ao baixo número de vendedores por região e alto número de clientes, o atendimento

aos clientes pode demorar até um mês, e isso prejudica tanto o fluxo de vendas quanto o

relacionamento com os clientes.

Outro fator que complementa a situação problema deste caso é a intenção dos

gestores da empresa em se adequar aos avanços do mercado, visto que a empresa ainda não

possui um website, e no momento que tiver, haverá uma preocupação sobre a utilização

correta do site e todo o seu potencial.

Apresenta-se então o seguinte problema da pesquisa: Que estratégias de Marketing

Digital podem dar suporte para a criação de uma loja virtual para a empresa RTB Comércio

Internacional Ltda?

1

1.2 OBJETIVOS

Nesta etapa serão apresentados os objetivos propostos no trabalho, que incluem

objetivo geral e os objetivos específicos.

1.2.1 Objetivo geral

Propor estratégias de Marketing Digital para a criação de uma loja virtual para a

Empresa RTB Comércio Internacional LTDA.

1.2.2 Objetivos específicos

• Conhecer a opinião dos gestores da RTB em relação a vendas pela Internet;

• Conhecer a opinião de representantes comerciais quanto ao uso da Internet como

ferramenta de vendas;

• Selecionar ferramentas de Marketing Digital que darão suporte as estratégias de

Marketing Digital propostas a RTB.

1.3 JUSTIFICATIVA

A empresa RTB Comércio Internacional LTDA constitui contrato com empresas

especializadas em representação. Este formato não tem a agilidade desejada pela empresa em

vendas e distância a RTB dos seus clientes.

Adotar um Web-site para a RTB, proporcionará um relacionamento mais próximo

com os clientes e poderá aumentar a agilidade nas vendas da empresa.

Devido às mudanças que os avanços tecnológicos estão causando no mundo

corporativo se percebeu a necessidade de atualizar a empresa no que diz respeito ao uso da

Internet como canal de vendas, publicidade e relacionamento com o cliente.

1

É, portanto, um estudo que de relevância prática, pois objetiva apresentar estratégias

de marketing digital que amparem a criação de uma loja virtual para a empresa, e teórica, pois

os resultados contribuem para o entendimento do impacto mercadológico causado pelos

avanços da tecnologia, sobretudo no aprofundamento do comércio eletrônico.

Pode-se se constatar originalidade no trabalho por abordar através de pesquisa a

opinião de representantes comerciais em relação às vendas na Internet, e como esse processo

afeta o seu papel nas empresas. Essa questão surge em decorrência das mudanças ocorrentes

no mercado, que impossibilitam afirmar com segurança qual será o impacto a longo prazo

para uma classe tão afetada por elas.

Desta forma, este trabalho vem a ser de suma importância para a formação

acadêmica por aprofundar conhecimentos na área de comércio eletrônico e estratégias de

marketing eletrônico.

1.4 APRESENTAÇÃO GERAL DO TRABALHO

O presente trabalho foi estruturado para propor ações de Marketing Digital para a

empresa RTB Comércio Internacional Ltda.

Para alcançar esse objetivo, na introdução foram apresentados uma breve descrição

das mudanças do mercado, seguido da descrição da situação problema, objetivos do trabalho e

a justificativa para sua realização.

Após a caracterização do estudo, no segundo capítulo apresentou-se a fundamentação

teórica onde foram traçadas as considerações a respeito da Internet evidenciando sua

importância e seu impacto no mundo, descrevendo sua evolução, taxas de crescimento e os

novos mercados que surgem a partir dela.

Na seqüência, no sub-capítulo item 2.2 foi discutido o tema de E-business e E-

commerce, conceituando-os e descrevendo as vantagens que podem ser obtidas com a

implementação dessas ferramentas na funcionalidade de uma empresa. No sub-capítulo item

2.2.1 foram descritas as formas de comércio eletrônico e suas classificações. Dando sequência

ao estudo no sub-capítulo item 2.3 foram descritas diversas ferramentas eletrônicas que

podem ser utilizadas no ambiente em que se trata o estudo.

No terceiro Capítulo as considerações a respeito dos aspectos metodológicos foram

traçadas.

1

No quarto Capítulo foram mostrados os resultados obtidos com a realização deste

estudo, divulgando uma pesquisa realizada com alunos do curso superior técnico de Gestão de

Representação Comercial, ministrado pela Universidade do Vale do Itajaí, Campus Kobrasol

na cidade de São José em Santa Catarina. A pesquisa objetivou obter de forma qualitativa a

opinião dessa amostra a respeito das empresas que eles representam, se imergirem no

comércio eletrônico.

No quinto capítulo foram propostas as estratégias de Marketing Digital consideradas

adequadas para a implementação de uma loja virtual na RTB, assim como suas ferramentas de

suporte.

Por fim foram seguem as considerações finais com as devidas referências

bibliográficas.

1

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Visando atender ao objetivo geral de propor estratégias de marketing digital que

dêem suporte para a criação de uma loja virtual para a empresa RTB Comércio Internacional

Ltda., a seguir foram relacionados conteúdos significativos para o embasamento teórico desse

assunto.

Levantaram-se questões relativas à Internet e às mudanças que ela está causando,

como o comércio eletrônico, Marketing Digital e estratégias de marketing digital.

2.1 MUDANÇAS NO MUNDO – A INTERNET

A Internet está impondo ao mercado novos padrões de funcionamento, um

comportamento inovador, e novos métodos comerciais. É evidente que as eficiências

propostas por ela são muito poderosas para serem ignoradas. (BATISTA, 2005).

Muitos teóricos da comunicação consideram a Internet, um fenômeno tão ou mais

importante para a humanidade quanto a Revolução Industrial. Uma análise do tempo que as

novas tecnologias levaram para atingir 50 milhões de usuários no mundo; mostra que essa

afirmação é pertinente, conforme podemos observar no quadro. (ABRANET, 2007).

Quadro 1- Tempo que as novas tecnologias levaram para atingir 50 milhões de usuários no mundo.Fonte - www.abranet.com.br

A evolução da tecnologia exerce papel fundamental na expansão da era digital. No

início a Internet funcionava apenas com acesso discado e tinha custo elevado. A velocidade

em que as informações trafegavam na rede era muito baixa e não havia estrutura para suportar

processos considerados comuns na atualidade.

No entanto, de acordo com dados apresentados por The Yankee Group, a Internet

brasileira recebeu, no primeiro semestre de 2000, US$ 1 bilhão em investimentos de fundos

Rádio – 38 anosComputador – 16 anos

Televisão – 13 anosTV a cabo – 10 anos

Internet – 4 anosEm 2003 eram mais de 600 milhões de usuários

1

de capital de risco. Para medida de comparação, em todo o ano de 1999, foi investido US$ 1,1

bilhão. Esses investimentos tornaram as transações financeiras pela Internet uma possibilidade

quase tão popular no Brasil quanto nos Estados Unidos. Hoje, estão alcançando um nível de

penetração comparável a outros canais tradicionais, como transações por telefone (LIMEIRA,

2003).

Batista (2005) entende que o aparecimento da Internet, seu desenvolvimento e

crescimento exponencial, permitiram que novas modalidades de fazer negócios entre as

empresas surgissem para tirar proveito das tecnologias inovadoras existentes.

O investimento no setor prova ser válido. Ao melhorar as condições de tráfego na

rede, uma cadeia é formada. Assim quando uma parcela da sociedade adere às tecnologias,

criam uma rede de relacionamento digital onde negócios começam a ganhar corpo, facilidades

são criadas e informações são disponibilizadas. Assim a necessidade por outras pessoas de

entrar neste meio é criada, já que quem não aderiu ao meio digital percebe que está em

desvantagem e procura se integrar com o novo ambiente. Como resultado, as vendas do setor

crescem sem modéstia.

Porém segundo Ivan Moura Campos (apud COMCIENCIA, 2005), Coordenador do

Comitê Gestor da Internet no Brasil, “este crescimento é ainda limitado ao mercado

corporativo e às camadas de renda mais alta da população”. Só que como a tendência nos

preços de telecomunicações é a queda (que poderiam ser ainda mais baixos, se os estados não

taxassem as empresas com ICMS tão alto - em torno de 40%), mesmo vagarosamente, as

camadas de renda mais baixa da população, passam a ter mais possibilidades de acesso ao

mundo virtual. E devido a importância da inclusão das camadas sociais mais pobres a esse

meio, o governo brasileiro já adota medidas que visam a chamada inclusão digital, abrindo

mão de impostos sobre computadores populares.

Dados publicados pela Revista Exame mostram que durante o ultimo trimestre de

2006 as vendas de Pc´s (Personal Computers) foram calculadas em 1,1 milhão de unidades,

para o segmento residencial, registrando no ano um recorde de 8,3 milhões de unidades

vendidas, segundo a consultoria IT Data. Essa foi a área que individualmente mais contribuiu

para o crescimento da indústria nacional correspondendo por 22,3% de todo o crescimento

industrial brasileiro (em segundo lugar ficou a atividade extrativa mineral, responsável por

13,7% da expansão verificada em 2006). Foram criados aproximadamente 10 000 postos de

trabalho formais no setor e a importação de componentes para informática subiu de 2,8

bilhões de dólares para 3,6 bilhões de dólares avanço de 28,5%. Com isso as vendas de PCs

no Brasil ampliaram-se 46% no mesmo período. (CESAR, 2007).

1

Podemos conferir na tabela abaixo o alto crescimento no mercado de computadores

pessoais no mercado brasileiro nos últimos anos.

Tabela 1 - Crescimento explosivo

Crescimento explosivoO mercado brasileiro de computadores pessoais apresentou forte expansão nos

últimos anos (em milhões de unidades)2003 3,12004 4,12005 5,62006 8,3

2007(1) 10(1)Estimativa

Fonte: IT Data.

Na tabela abaixo podemos comparar o crescimento das vendas de Pcs e periféricos

de informática, com a expansão da indústria brasileira.

Tabela 2 - Vendas de PCs e periféricos

O crescimento das vendas de PCs e periféricos supera a expansão média da

indústria brasileira nos últimos anos (em %)

Ano Indústria geral Máquinas para escritório e equipamentos de

informática2003 0 82004 8,3 33,52005 3,1 17,22006 2,8 51,6

Fonte: IBGE - www.ibge.gov.br

A migração para o uso da Internet passou a ser natural, pois as facilidades que ela

proporciona são inegáveis. A Receita Federal afirma que no ano de 2001, 85% das pessoas

que declararam o imposto de renda o fizeram pela Internet. Isso significa 10,1 milhões de

contribuintes num total de 12 milhões. Em 2003 esse número passou para 95,59% dos

declarantes, um montante de 15.967.780 de pessoas sobre um total de 16.703.741 pessoas.

(www.receita.fazenda.gov.br)

O estudo do IBGE sobre acesso a Internet em 2005 demonstra que os acessos das

pessoas na rede varia de acordo com grau de instrução, quanto maior o grau mais elas

1

acessam a rede. E de acordo com a rentabilidade familiar, quanto maior a renda, mais se

acessa a rede (IBGE, 2007).

O mesmo estudo apresenta dados que indicam que 21% da população acima de 10

anos de idade tiveram acesso a Internet em algum local nos últimos 3 meses de 2005. O

percentual de acesso a rede foi significativamente menos expressivo nas regiões menos

desenvolvidas do país, respectivamente regiões Norte e Nordeste com 12% e 11,9%. Nas

regiões mais desenvolvidas do país os percentuais de acesso foram de 26,3% na região

Sudeste, 25,6% na região Sul e 23,4 % na região Centro-Oeste. A idade média das pessoas

que acessam a Internet é de 28,1 anos enquanto a média de idade das pessoas que não

acessaram a rede é de 37,5 anos. Isso mostra uma diferença de praticamente 10 anos entre as

pessoas que já tiveram contato com a Internet com as que não tiveram contato algum, e com o

envelhecimento da população a tendência é que o número de usuários da Internet seja uma

crescente.

De acordo com o IBGE (2007), 71,7% das pessoas acessam a Internet com a

finalidade de educação, 68,6% acessam para se comunicar com outras pessoas e apenas

13,7% usam da rede para comprar ou encomendar bens e serviços. Pode-se observar através

desses dados o grande potencial de crescimento das vendas na Internet, pois a medida que o

mercado eletrônico evolui em termos tecnológicos e de serviços a tendência é que as pessoas

façam um uso mais constante deste meio, como já ocorre em mercados mais evoluídos como

o dos Estados Unidos.

Análises como essas indicam uma forte tendência no mundo para que as empresas

expandam seus negócios para a era digital, ou seja, usarem o meio digital como ferramenta

para seus negócios onde é possível tornar-se menos dependentes dos atravessadores, cortar

custos, manter relacionamento com clientes, oferecer serviços e promoções entre outras ações.

(FIORE, 2001).

Porém, segundo Yesil (1999) nem toda empresa é capaz de gerar novos rendimentos

através da venda direta on-line. Mas um site on-line também pode ser eficaz na redução de

custos, por exemplo, como um veículo de marketing e atendimento ao consumidor, mais

barato e mais eficiente. Algumas empresas criam lojas virtuais tanto para geração de novas

vendas quanto para a redução de custos de marketing, de comercialização de produtos e de

atendimento ao consumidor; outras empresas preferem se concentrar fundamentalmente na

redução de custos.

1

Neste capítulo foram apresentadas de forma sucinta as mudanças que a Internet traz

ao mercado e à sociedade. Impreterivelmente o comercio eletrônico foi mencionado em

algumas situações, e na próxima etapa esse assunto será aprofundado.

2.2 E-COMMERCE & E-BUSINESS

Um dos grupos de ferramentas inovadoras da Internet é o e-bussines (negócios

eletrônicos) que se realiza segundo Batista (2005, p. 98) com o “uso da tecnologia da

informação, como computadores e telecomunicações, para automatizar a compra e venda de

produtos, bens e serviços entre empresa-consumidor e empresa-empresa”.

Do ponto de vista administrativo, o e-business é o planejamento da imersão da

organização da Internet com o propósito de automatizar suas diversas atividades, como a

comunicação interna e externa, a transmissão de dados, o contato com clientes, o treinamento

de pessoal, entre outras. Ele também pode ser definido como a estratégia de posicionamento

da empresa na Internet, pois não compreende apenas comércio, mas também qualquer tipo de

prestação de serviços, troca de informações e disponibilização de informações. O e-commerce

é um dos componentes do e-business que tem o intuito de controlar a atividade de vendas pelo

uso de meios eletrônicos (BATISTA, 2005).

Comércio Eletrônico ou E-commerce é conceituado com base pela realização de

negócios por meio da Internet. Nele podem ser negociados produtos e serviços físicos,

entregues por meio tradicional como também produtos digitalizados que são entregues on-line

como softwares, jogos ou livros digitalizados. (LIMEIRA, 2003).

Para Batista (2005, p. 98) comércio eletrônico ou e-commerce se realiza como

“qualquer forma de transação de negócios na qual as partes interagem eletronicamente em vez

de efetuarem compras físicas ou efetuarem contato físico direto.”

O e-commerce é considerado uma atividade promissora, pois a administração de

negócios na Internet permite que novos mercados sejam atingidos. Por meio dele as vendas

podem ser feitas diretamente para o consumidor final resultando em um considerável aumento

dos lucros da empresa, devido à redução da quantidade de atravessadores e maior controle na

operação. O comercio eletrônico faz com que as organizações sejam mais eficientes e

flexíveis em suas operações internas. Entre as melhorias de caráter externo podemos destacar

1

a aproximação com seus fornecedores e uma maior agilidade para atender às necessidades e

expectativas de seus clientes (BATISTA, 2005).

Este meio de comércio proporciona contribuições mercadológicas através da sua

utilização, que segundo Albertin (2002), são as seguintes:

Relacionamento: a comunicação entre clientes e fornecedores é potencializada, a

eficiência nas relações de vendas com clientes e fornecedores é melhorada, o mercado se

torna mais atrativo e mais competitivo, a coleta de informações sobre o ambiente externo à

organização se torna mais eficiente. Pode-se estabelecer parcerias baseadas em meios

eletrônicos entre clientes e fornecedores e compartilhamento de plataformas e mercados

eletrônicos com concorrentes.

Inovação e customização de produtos: Aumenta a flexibilidade e poder de resposta

às mudanças das necessidades e particularidades dos clientes.

Novos canais de venda/distribuição: Um novo canal de vendas e distribuição para

os produtos, existentes ou novos, é formado. Este se mostra um canal diferenciado devido ao

alcance direto e à bidirecionalidade na comunicação de informações.

Promoção de produtos: proporciona melhora na promoção de produtos e serviços,

permitindo ao cliente navegar nos produtos e serviços, através de um contato direto,

informativo e interativo com os clientes.

Novas oportunidades de negócio: Novos modelos de negócios surgem a todo

instante, baseados na ampla disponibilidade de informações e sua distribuição direta aos

clientes e fornecedores.

Estratégia competitiva: pode proporcionar vantagens de custos, permite a

diferenciação de produtos e serviços, possibilita melhor relacionamento com clientes, facilita

a entrada em alguns mercados, pode auxiliar a introdução de produtos substitutos, torna mais

fácil a eliminação de intermediários, e permite que novas estratégias competitivas sejam

criadas.

Economia direta: reduz custos de comercialização, distribuição e serviços a

clientes, utilizando infra-estrutura digital pública e compartilhada, como a Internet,

comparado a uma infra-estrutura própria.

Infra-estrutura pública: a criação e utilização de uma infra-estrutura pública

garante o fácil e livre acesso ao ambiente digital do comércio eletrônico.

Por apresentar essa série de contribuições e vantagens a serem adquiridas, o

comercio eletrônico de uma forma geral apresenta um crescimento acelerado e pode ser

2

melhor compreendido pelo entendimento dos fatores justificados por BOLIN (1998). São

eles:

Baixo custo para aquisição de produtos: a otimização do processo de compra

através das transações eletrônicas permite que as empresas ganhem tempo e dinheiro

adquirindo produtos diretamente dos Web sites dos fornecedores.

Redução e inventários mais exatos: a Internet permite a automatização de

processos obtendo assim um melhor controle sobre inventários, fornece dados reais e exatos a

parceiros, fornecedores e compradores, e permite a comunicação eletrônica entre todas as

pessoas envolvidas no processo.

Baixo período de tempo entre transmissão e recebimento de informações: a

comunicação entre fornecedores e clientes é acelerada pela facilidade da troca de

informações.

Aperfeiçoamento dos serviços de clientes: disponibilidade de informações da

situação do pedido de compra, informação sobre os produtos, suporte técnico e downloads de

softwares on-line.

Diminuição de vendedores e custos de marketing: elimina ou reduz as forças de

vendas tradicionais e oferece informações sobre as preferências e perfis de clientes através das

novas tecnologias oferecidas.

Novas oportunidades de vendas: possibilita a venda de produtos e serviços para

novos mercados e novas localizações.

Quando se fala em comércio eletrônico Batista (2005) afirma que normalmente as

empresas passam por 5 fases no posicionamento do negócio na web, que representam

amadurecimento no que diz respeito ao uso dessas tecnologias para alavancar os negócios da

organização. Elas podem ser definidas como:

Presença on-line: com o intuito de prover algumas informações básicas sobre seus

produtos e formas de o usuário entrar em contato com ela, a empresa coloca um site no ar.

Negócios on-line: o website da organização se transforma em uma maneira

alternativa de fazer negócios, podendo apenas utilizar troca de dados na função logística para

substituir outros meios, como telefone ou fax. Podem ocorrer compras on-line por transação

eletrônica de pedidos, porém sem a integração entre os sistemas das empresas envolvidas.

Negócios on-line integrados: o canal eletrônico passa a ser uma peça chave nos

negócios da organização, tendo integração com seus sistemas e processos internos. A

integração entre sistemas da empresa, seus fornecedores e distribuidores é quase total,

permitindo a troca eletrônica de dados sem a necessidade de redigitação.

2

Negócios on-line avançados: nessa fase a empresa procura estabelecer uma

reformulação dos seus processos de negócio para ampliar seus mercados. São estabelecidas

relações estreitas com os fornecedores, como controle de estoque pelo fornecedor ou

reposição continua de produtos (just in time).

E-business total: nessa fase, as relações de negócio entre consumidor empresa e

fornecedor passam a ser de parceria completa. “São perceptíveis nas empresas um modelo

virtual, produção especifica para um cliente e compartilhamento de informações e receitas

com outras organizações” (BATISTA, 2005 p.100).

Dados publicados pela Revista Exame em outubro de 2006 dizem que desde 2001, o

varejo eletrônico cresceu 355% no Brasil. Movimentou R$ 2,5 bilhões em 2005,

representando um crescimento de 43% com relação a 2004. Mesmo apresentando expressivos

números o crescimento do setor poderia ser maior, porém problemas de infra-estrutura

prejudicam a sua expansão. Um deles é o custo do frete. Estudos indicam que os custos

brasileiros somam 7,7% do PIB, ante 5% dos americanos. Segundo a Associação Brasileira de

Logística, todos os segmentos existentes dentro do comércio eletrônico representam hoje

cerca de 10% do mercado de logística no país. Enquanto o mercado de encomendas

tradicionais deve fechar 2006 com crescimento de 14%, as entregas para o comércio

eletrônico devem avançar muito mais no mesmo período: quase 85% (CAIRES, 2006).

Neste capítulo foi apresentado o conceito de e-commerce e e-busisness, as suas

vantagens e níveis em que as empresas podem estar inseridas neste meio. A próxima etapa

deste estudo irá se aprofundar nas formas de comércio eletrônico.

2.2.1 Formas de Comércio Eletrônico

O comércio Eletrônico é geralmente classificado de acordo com os atores

envolvidos, que são: Governo, Empresa e Consumidor Final, a interação entre esses três

autores caracteriza as diferentes formas de comércio eletrônico, Limeira (2003) apresenta a

seguinte classificação: Consumidor para Governo (C2G) na declaração de impostos;

Empresas para Governo (B2G) na realização de licitações; Empresas para Consumidor (B2C);

Venda de produtos, ou seja, quando um consumidor adquire um produto ou serviço em uma

loja virtual; Empresas para Empresas (B2B) transações entre Empresas e entre consumidores

2

(C2C), em leilões virtuais ou vendas através de sites como o Mercado Livre. (LIMEIRA,

2003).

De acordo com Limeira (2003), o maior segmento no comércio Eletrônico é o de

negócios entre empresas, chamado de business-to-business (B2B), que atualmente representa

um percentual entre 70% e 85% do total das receitas realizadas. Esse segmento tende a

continuar um crescimento acentuado visto que as empresas tendem a transferir suas operações

com fornecedores para a Internet. Segundo a Serasa (Central dos Serviços dos Bancos S.A.)

os negócios virtuais entre empresas crescem acima de 50% no Brasil. Taxa percentual acima

dos Estados Unidos.

Outro segmento do comércio Eletrônico, que se estabelece entre Empresas e

Consumidores (B2C) também se mostra expressivo. Dados indicam que “2,2 milhões de

brasileiros fizeram compras eletrônicas pela primeira vez no ano de 2006, o maior aumento já

registrado”. (CESAR, 2007).

Também é possível classificar o comércio eletrônico em função do modelo de

negócio, conforme apresentado por Limeira (2003) são eles: Lojas Virtuais; Infomediários;

Brokers ou Intermediários de negócios; Avalistas de Confiança; Capacitadoras de E-business;

Provedores de infra-estrutura. A seguir serão apresentados cada um desses modelos com uma

breve explicação.

● Lojas Virtuais:

Este modelo de negócios realiza vendas pela Internet para um segmento de seus

clientes, oferecendo produtos serviços e informações, tanto no mercado business-to-business

quanto business-to-consumer. As lojas virtuais enfrentam grandes desafios no mercado,

como, por exemplo, atrair público para a loja. No caso de uma loja virtual que está

começando essa é uma grande barreira a ser vencida, pois existe muita insegurança na parte

dos consumidores para com a idoneidade das lojas virtuais, o ambiente virtual, ou seja, a

Internet ainda é considerada um meio inseguro para o público em geral.

Essa barreira pode mais facilmente ser derrubada por empresas que já estão inseridas

no mercado e abrem frente de vendas pela Internet. Nessa situação os consumidores já estão

familiarizados com a empresa e não se sentem inseguros quanto à idoneidade da empresa,

resta saber se se sentem confortáveis com o meio de compra virtual. Exemplos de empresas

que obtém sucesso neste meio: www.dell.com ; www.submarino.com.br.

● Infomediarios:

2

Este modelo de negócios atua na rede como intermediário na distribuição e venda de

conteúdo, informações, entretenimento ou experiências. São sites-âncora, também chamados

de portais, que ao oferecer serviços gratuitos, adicionam valor aos usuários e clientes e

garante um grande tráfego de usuários. Exemplos: www.terra.com.br; www.uol.com.br.

“Os infomediarios trabalham com diferentes tipos de parcerias, uma delas é a

afiliação de lojas virtuais onde gera receitas por indicações de usuários (referral fees), por

vendas nos sites indicados (transaction fees) ou pela venda de propaganda no site.”

(LIMEIRA, 2003, p. 59). Sites infomediarios são uma boa solução para lojas virtuais que

pretendem se lançar ao mercado, pois a afiliação com esses sites dá respaldo de idoneidade a

loja virtual.

● Brokers ou Intermediários de Negócios:

São empresas que intermedeiam vendas na Internet, facilitando e aproximando

compradores e vendedores. Não possuem produtos, dependem de parcerias para realizar

negócios e geram receitas por meio de comissões sobre intermediações, transações e negócios

realizados ou venda de propaganda no site. Um dos meios de atuação é a intermediação de

leilões. São exemplos www.e-bay.com e www.arremate.com.br (LIMEIRA, 2003).

● Avalistas de Confiança:

Avalistas de confiança oferecem sistemas de pagamento com avançada tecnologia de

segurança. Formam um ambiente seguro para que transações sejam efetuadas e verificam que

ambas as partes na negociação façam o que foi acordado permitindo a realização trocas de

valores com garantia de segurança e privacidade. Esses sites geram receita ao intermediar

transações por terem um sistema confiável onde no caso ganham alguma porcentagem ou

vendendo licenças que asseguram os sistemas de pagamento de outros sites. Exemplos

www.tradesafe.com e www.icverify.com (LIMEIRA, 2003).

● Capacitadoras de E-business:

Neste modelo de negócios as empresas criam e mantêm uma infra-estrutura na qual

provedores de produtos e serviços podem realizar transações de modo seguro e confiável na

Internet. Exemplo, Federal Express que oferece serviços de logística para seus clientes

(Limeira, 2003).

2

● Provedores de Infra-estrutura:

Neste modelo de negócios as empresas agregam comunidades de interesse em torno

de uma infra-estrutura comum, por meio da Internet, oferecendo serviços que viabilizam as

transações entre compradores e vendedores de cada área de interesse (LIMEIRA, 2003).

Para que as formas de Comercio Eletrônico, supracitadas obtenham êxito, o uso do

marketing eletrônico é fundamental, como veremos no capítulo a seguir.

2

2.2.2 Marketing Digital ou E-marketing

Para Batista (2005) no que diz respeito ao desenvolvimento de marketing, pode-se

afirmar que a Internet é uma ferramenta muito poderosa, deve ser considerada um novo

negócio e ter detalhes de negócio específico. Um planejamento de e-marketing deve ser

focado nas ferramentas que melhor definem esse canal de negócios sendo:

● Grande velocidade na comunicação entre indivíduos e empresas;

● Trabalho na razão 24x7 (24 horas por dia e 7 dias na semana) e o processo de

negócio na mesma razão;

● Possibilidade de um tratamento individualizado de clientes.

De acordo com Limeira (2003, p. 10), “Marketing eletrônico ou e-marketing é o

conjunto de ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a Internet, em que

o cliente controla a quantidade e o tipo da informação recebida.”

Batista (2005) define o e-marketing como uma metodologia especifica de marketing

que objetiva o desenvolvimento de transações de negócios eletrônicos por meio da Internet.

Essa metodologia compreende um plano especifico para o marketing e posicionamento na

mídia para a presença do cliente na Internet.

Atualmente a corrida das empresas para o seu posicionamento na Internet é veloz, e

tem como principal objetivo melhorar o faturamento aumentando os lucros com a ampliação

de mercados e reduzindo custos eliminando processos trabalhosos e burocráticos (BATISTA,

2005).

Podemos afirmar com base em Fiore (2001) que o desafio ao Marketing Digital é

obter e manter a atenção do consumidor. Visto que os volumes de informação disponíveis são

praticamente infinitos e os próprios consumidores definem o tipo de informação que irão

“consumir”.

Para obter êxito mercadologicamente no contexto do comércio eletrônico são

necessárias ações específicas. Apenas a oferta de produtos não faz o sucesso de um site. O

conteúdo informativo do site tanto quanto a construção de uma comunidade focada no cliente

são fatores que obtém e se bem manejados, mantém a atenção do consumidor. O site deve

procurar instruir e informar seus clientes e visitantes. Pessoas instruídas tornam-se mais

confiantes, assim seus interesses podem aumentar, gerando mais vendas em um ambiente

onde se pode praticar preços mais elevados. As informações para compor o site devem ser

2

escolhidas de forma que ajudem os clientes e os estimulem a tomar uma decisão de compra ou

que sejam relevantes para seu público (FIORE, 2001).

Para obter sucesso, de acordo com Batista (2005, p.153), “um website necessita de

um planejamento minucioso e não simplesmente da modelagem de animações, da criação de

gráficos e sons que chamam a atenção, pois somente dessa forma poderá se tornar um

verdadeiro ponto eletrônico de negócios e prestação de serviços”.

Como poucas empresas têm essa compreensão, podemos crer, segundo Limeira

(2003), que os sites com a maior competência para criar vínculos com usuários e clientes

automaticamente passam a concentrar o tráfego na Internet. Uma estatística publicada pela

Forrester (2000), revela uma tendência de concentração no mercado, na qual do total do

tráfego na Internet, 80% estarão concentradas em 15 mil sites, que representam apenas meio

por cento dos sites existentes.

Com a relevância do marketing digital explicada se pode então aprofundar no

conhecimento das estratégias de marketing digital que possibilitam potencializar a eficiência

de um website.

2.3 ESTRATÉGIAS DE MARKETING DIGITAL

Desde o sistema de vendas até o pós-venda é possível estabelecer estratégias

específicas que vão potencializar o desenvolvimento da loja virtual. A seguir serão

apresentadas algumas dessas estratégias.

2.3.1 Estratégia de comércio eletrônico

A estratégia de comércio eletrônico ocasiona mudanças fundamentais em relação ao

processo de comércio comum. Uma dessas mudanças é a desintermediação, ou seja, elos são

removidos da cadeia de negócio, e com isso os intermediários podem ser eliminados,

possibilitando que o valor pago pelo consumidor seja mais baixo, ou simplesmente

aumentando os lucros das empresas.

2

Na estratégia de comércio eletrônico segundo Alves (2003) é necessário propor um

objetivo geral, ou seja, estabelecer de que forma será efetuado o processo, como uma loja

virtual ou como uma promoção institucional. Depois de estabelecido o objetivo geral é

preciso ter claro quais os produtos e/ou serviços serão oferecidos para os consumidores. Outro

passo importante é conhecer o público alvo.

Para conhecer o público alvo Limeira (2003) sugere que sejam feitas uma série de

perguntas, são elas:

● Quem é o cliente?

● Que tipo de necessidade, desejo ou problema o cliente quer realizar ou resolver?

● Quais as características do cliente (pessoa física)? a) Demográficas (faixa etária,

faixa de renda, tamanho da família, estado civil, profissão, localização ad residência,

local de trabalho etc.). b) Psicográficas (qual seu estilo de vida: gosta de viajar,

pratica esportes, gosta de ler, assiste televisão, navega na Internet etc; quais suas

opiniões sobre política, saúde, educação, cultura, poupança, papel do governo, papel

do pai na família etc.);

● Quantos são os clientes?

● Como decidem sobre atividades de lazer e entretenimento?

Essas perguntas servem como base para obter conhecimento sobre o público-alvo,

porém devem ser customizadas de acordo com cada caso específico.

Após definidos os primeiros passos deve-se preparar o site para atuar na Internet, e

para isso se devem definir alguns fatores como:

Forma de pagamento: pode ser feita por cartão de crédito, depósito em conta, emis-

são de boletos bancários ou por um prestador de serviços do como o site o pay-pal que faz in-

termediação de transações pela Internet.

Frete: pode ser pago pela empresa ou pelo consumidor, o frete pago pela empresa

pode ser um grande atrativo para os clientes, no entanto muitas vezes se torna inviável devido

aos altos valores cobrados no Brasil conforme visto no capítulo dois.

Formato de Compras: pode ser implementado um carro de compras no qual o cliente

consegue ir preenchendo ao navegar pelo site e obter o valor ao final, ou com uma ficha de

pedidos em uma área especifica.

Catálogo de Compras: deve-se definir quais produtos e informações serão expostas

no catálogo; no caso de a empresa vender seus produtos para clientes específicos pode ocultar

2

do público geral informações como preço, disponibilizando-as somente para seus clientes

quando os mesmos fizerem o login no site.

Pode-se observar que devido à amplitude da Internet é muito difícil fazer com que

usuários acessem um site sem ter conhecimento prévio do mesmo. Portanto de acordo com

Alves (2003) deve-se fazer com que o site faça parte do caminho das pessoas quando estas de-

sejem adquirir um produto ou serviço que a empresa ofereça. Uma das maneiras de fazer isso

é com a utilização da estratégia de comunidades virtuais que visa promover o relacionamento

entre os usuários e o site. Por isso antes de ser esclarecida a estratégia das comunidades virtu-

ais, a estratégia de relacionamento deve ser introduzida.

2.3.2 Estratégia de relacionamento

Esta talvez seja a estratégia de maior importância a ser tomada, é por meio dela que

as outras estratégias mencionadas tomam impulso e se potencializam. Fiore (2001, p. 208) co-

menta que “ao estender a compra de um individuo para estabelecer um relacionamento perma-

nente com o cliente, uma empresa pode ganhar a participação do interesse do cliente e a opor-

tunidade de comercializar com ele para o resto da vida”. Fiore coloca também que o produto

comercializado pelas empresas está se tornando uma plataforma de relacionamentos, ou seja,

o relacionamento com o cliente está se tornando tão importante quanto os produtos vendidos.

No ambiente de mercado atual é necessário mais de uma venda para recuperar o cus-

to de aquisição de um cliente, pois aqueles que compram apenas uma vez não geram lucros.

Por isso os produtos têm se tornado meramente veículo para os serviços de valor agregado

que criam relacionamento de longo prazo com compradores. Visto que toda empresa almeja a

fidelidade de seus clientes, Alves (2003) menciona cinco fatores impulsionadores de fidelida-

de, são eles: atenção, suporte de alta qualidade, entrega pontual, custos de remessa a preço ra-

zoáveis e políticas claras e confiáveis da privacidade da informação. A empresa que conseguir

entregar esses fatores de forma satisfatória a seus consumidores certamente terá maiores chan-

ces de obter a fidelidade de seus clientes.

Na estratégia de relacionamento está inserida a estratégia de comunidades virtuais,

que por sua complexidade será apresentada no tópico a seguir.

2

2.3.3 Estratégia de comunidades virtuais

De acordo com Fiore (2001), a razão da criação de uma comunidade virtual em um

site é o estímulo que ela oferece para os usuários freqüentarem o site constantemente. Por

meio da comunidade os usuários podem interagir e tirar dúvidas, incitando uma camaradagem

que cria fidelidade e visitas regulares, e conseqüentemente, uma familiaridade com o site.

Quando um consumidor se familiariza com um site, se sente à vontade para comprar nele. Por

causa das comunidades os consumidores tendem a passar mais tempo em um site, e quanto

mais tempo um consumidor passar em um site, maior será sua confiança, que é a chave princi-

pal para o sucesso do e-commerce.

Uma comunidade virtual possui as seguintes características de acordo com Alves

(2003): é focada em um interesse comum dos que dela participam; disponibiliza conteúdo de

interesse da comunidade; capta e disponibiliza conteúdo gerado pelo membro; promove a in-

teração dos membros da comunidade entre si e com os responsáveis pela mesma; cria formas

de relacionamento com os membros da comunidade; e promove formas de captação de recur-

sos financeiros através de comércio eletrônico, de publicidade dirigida e de taxas por serviços

especiais. Em seguida será feita a descrição das características apresentadas acima:

1.É focada em um interesse comum dos que dela participam: O site deve focar em

um assunto de interesse que seja relacionado com o produto ou serviço que esteja

oferecendo. No caso de uma distribuidora de brinquedos as informações devem estar

voltadas para o interesse de seu público-alvo, por exemplo, projeções de crescimento

do mercado no setor, comportamento do consumidor final de brinquedos, entre ou-

tros.

2.Disponibiliza conteúdo de interesse da comunidade: Como comentado acima, o

conteúdo disponibilizado no site deve ter relevância para o público que está sendo

cativado. No caso de um conteúdo relevante, este fará com que os usuários retornem

a visitar o site, ou seja, promove relacionamento entre o usuário e o site. Segundo Al-

ves (2003, p. 92) “o conteúdo um dos responsáveis pela promoção da confiança nos

clientes de que estão adquirindo o produto o serviço correto para suprir a sua necessi-

dade, na medida em que este esclarece às pessoas sobre os detalhes do que estão ad-

quirindo.”

3.Captação de conteúdo gerado pelo membro: De acordo com Fiore (2001) o conteú-

do pode atrair compradores para o site, mas para gerar um fluxo contínuo de visitan-

3

tes regulares, é necessário promover o acesso a uma comunidade interativa. Isso se

dá porque grande parte das pessoas não entram em um site somente para serem infor-

madas, mas também para interagirem com outras pessoas. Alves (2003) apresenta

essa variável com dois conceitos, comunicação síncrona e assíncrona. “A comunica-

ção síncrona é quando existe sincronicidade, ou seja, as pessoas se comunicam ao

mesmo tempo, podendo-se citar como exemplo uma sala debate-papo, ou uma ativi-

dade de tele ou videoconferência”(ALVES, 2003, p. 92). Esse tipo de comunicação

se torna interessante para utilização como atendimento ao consumidor, tirando dúvi-

das dos clientes na íntegra, auxiliando o processo de decisão de compra, ou no caso

de um relacionamento pós-vendas. Deve-se ter muito cuidado ao promover uma co-

municação síncrona entre os usuários do site, pois a dificuldade para controlar o con-

teúdo trocado por eles se torna um fator de risco, no qual o descontentamento de um

cliente em um caso específico pode causar grandes danos à imagem da empresa.

“Uma comunicação assíncrona ocorre quando as pessoas se comunicam, mas não ne-

cessariamente ao mesmo tempo, podendo-se citar os grupos de discussão, os murais

eletrônicos e o e-mail” (ALVES, 2003, p. 92). Na comunicação assíncrona o conteú-

do postado pelos usuários pode ser facilmente controlado; ao identificar uma situação

que possa comprometer a imagem da empresa o moderador pode interferir, entrando

em contato imediatamente com o usuário descontente, identificando seu problema e

prontamente resolvê-lo. Desta forma a imagem da empresa é preservada com mais

segurança.

4.Promove a interação dos membros da comunidade entre si e com os responsáveis

pela mesma: No item anterior essa questão já foi introduzida, quando foram apresen-

tadas as formas de comunicação síncrona e assíncrona. Alves (2003) expõe a idéia de

que “em relação ao aspecto da comunicação com a organização, os canais devem es-

tar disponíveis: indicação do telefone da organização, softwares de mensagens ins-

tantâneas que podem ser utilizados para comunicação via texto ou voz”, por exem-

plo, (ICQ, Messenger, Skype), sala de bate-papo, e-mail e painéis ou fóruns de dis-

cussão.

5.Cria formas de relacionamento com os membros da comunidade: Pode-se estabele-

cer uma diferença entre relacionamento com os membros da comunidade e os pro-

cessos de relacionamento com o cliente. Processo de relacionamento com os mem-

bros da comunidade tem como foco a manutenção da participação dos membros da

comunidade, o que difere um pouco de quando o foco está voltado para a manuten-

3

ção dos clientes da empresa. Para tornar possível a manutenção da participação dos

membros da comunidade, deve-se criar uma situação em que seja favorável para o

visitante fazer o login no site; “quando isso ocorre é possível então monitorar os pas-

sos, tanto dos clientes que já compraram algo do site, como dos que ainda não o fize-

ram. E a partir daí começa-se a ter informações que permitirão customizar o relacio-

namento com os clientes” (ALVES, 2003, p. 94).

6.Promove formas de captação de recursos financeiros através de comércio eletrôni-

co, de publicidade dirigida e de taxas por serviços especiais: Como é explicito no tó-

pico, uma comunidade virtual pode promover captação de recursos financeiros atra-

vés de comércio eletrônico de produtos ou serviços, publicidade dirigida por meio de

banners no site e taxas de serviços especiais.

2.3.4 Estratégia de propaganda

A estratégia de propaganda objetiva a procura do público-alvo, por isso se deve iden-

tificar os sites que o público-alvo freqüenta e veicular nesses a propaganda. “A negociação

com o site a ser inserido a propaganda pode ser realizada em função do “custo por mil” que se

trata do fechamento de um contrato aonde a propaganda ficará exposta até que seja visualiza-

da mil vezes, e pode também ser realizada por um tempo determinado independente de quan-

tas vezes a propaganda foi vista” (ALVES, 2003, p. 101).

O aplicativo mais utilizado pelas pessoas na de Internet é o e-mail, conforme afirma

Alves (2003). Portanto a propaganda por e-mail tem um enorme potencial, mas se deve tomar

um cuidado redobrado ao utilizá-la, já que se tornou uma prática comum, conhecida como

spam - mensagens enviadas sem a prévia autorização da pessoa -. Esse tipo de mensagem tem

desagradado cada vez mais os usuários de e-mail e tende a ser uma ferramenta que causa efei-

to contrário. Por isso, uma lista de e-mails é valida e muito útil, mas desde que os participan-

tes dessa lista tenham autorizado o recebimento do e-mail. Essa atividade requer muito traba-

lho para ser realizada corretamente.

Devido à amplitude do espaço que deve ser coberto, o uso de propagandas pagas se-

ria inviável, por isso as empresas devem adotar parcerias estratégicas fazendo troca de publi-

cidade em seus sites. “Estar na Internet significa estar presente em uma grande rede, interes-

sando à organização estar localizada em um maior número de nós possíveis dessa rede, e isso

3

só será possível através das parcerias, seja para propaganda ou para fins comerciais” (ALVES,

2003, p. 102).

Com as estratégias de Marketing Digital devidamente apresentadas, pode-se introdu-

zir neste estudo as Ferramentas de Marketing Digital que dão suporte para as estratégias apre-

sentadas.

2.4 FERRAMENTAS DE MARKETING DIGITAL

A seguir serão apresentadas com base em Fiore (2001), as ferramentas de marketing

digital que dão suporte para as estratégias previamente apresentadas.

Painéis ou Fóruns de Discussão – Esta ferramenta permite que pessoas expressem

suas opiniões. Pode ser utilizada para tirar duvidas e permite que os usuários ajudem uns aos

outros, construindo assim uma comunidade de aprendizagem no próprio site. Diversas

discussões podem ser promovidas nessa ferramenta e, se mantidas atuais e interessantes, os

usuários voltarão regularmente para se inteirar das próximas discussões.

Salas de Chat – As salas de chat podem manter os visitantes em um site por horas, o

que representa muito tempo para uma pagina na Web. Durante esse tempo os produtos e

serviços da empresa podem ser promovidos. Outra alternativa é utilizar as salas de chat como

um serviço de atendimento ao consumidor. No entanto essa ferramenta apresenta a

desvantagem de exigir um monitoramento intenso. Uma solução para isso seria abrir a sala e

chat em horários determinados quando o monitoramento fosse disponível.

Listas de Discussão por E-mail – A lista de discussão por e-mail é uma ferramenta

que permite construir uma comunidade sem que seja necessário o acesso ao site para que os

usuários participem. Esta ferramenta constrói fidelidade e faz os clientes lembrarem do

negócio.

Fornecimento de informação – A empresa pode disponibilizar através de seu

website informações que sejam coerentes com as necessidades de seus clientes, divulgando

pesquisas sobre, por exemplo, comportamento do consumidor. Essas pesquisas podem ser

retiradas em fontes de informação gratuitas como sites especializados, e compiladas no site da

empresa de acordo o seu interesse.

Grupos focais on-line – Existem empresas especializadas na aplicação de grupos

focais on-line, elas convidam de 8 a 10 pessoas da rede ou de uma base de clientes por um

3

período determinado de tempo a uma sala de chat especializada. O ambiente da sala é

controlado e permite aos participantes ver o texto, os gráficos, os sons, jingles, vídeo ou

multimídia para avaliação de testes. Durante a ação a empresa pode assistir o grupo e enviar

mensagens particulares aos co-moderadores, à medida que o grupo discute. Esse tipo de

atividade pode dar mais resultados qualitativos do que quantitativos, por se tratar de um grupo

pequeno de participantes.

Agenda/Eventos - Este recurso permite que a empresa realize a divulgação de

eventos importantes junto aos visitantes do site/intranet/sistema de Internet.

Banners - Os banners são imagens com conteúdo publicitário. Podem destacar

informações que desejar no site ou promover instituições parceiras através do cadastro de

banners.

Boletins Informativos - Este recurso corresponde a uma mala direta eletrônica,

através da qual a empresa poderá manter seus visitantes cadastrados informados sobre as

novidades da empresa, novos produtos/serviços, resultados de pesquisas de opinião, etc.

através do envio de e-mail com conteúdo pré-formatado pelo administrador do site da

empresa.

Dúvidas Freqüentes - Este recurso permite que a empresa realize a divulgação de

respostas a perguntas freqüentemente feitas por seus clientes.

Enquetes - Este recurso permite que a empresa realize uma pesquisa simples junto

aos visitantes do site. O tema da pesquisa deve ser definido de acordo com necessidade da

empresa, bem como as possíveis respostas dos visitantes do site. Esta padronização de

alternativas de resposta permitirá a contabilização do resultado da enquete ao final do período

da sua realização. Deve-se ressaltar que o visitante poderá, no momento da participação da

enquete no site da empresa, selecionar apenas uma das alternativas de resposta.

Fale Com - Este recurso é um canal de comunicação permanente, em modo

assíncrono, que permite o envio de sugestões, críticas e esclarecimento de dúvidas por parte

dos visitantes do site a serem encaminhados paras diferentes departamentos da empresa.

Galeria de Fotos - A galeria de fotos possibilita que sejam publicadas fotos de

eventos realizados dentro e fora da empresa. Como exemplo poderia ser incluído uma galeria

de fotos de uma participação da empresa em uma feira, demonstrando para os visitantes do

site algumas das atividades desenvolvidas pela organização.

Notícias - O cadastro de notícias é um recurso que permite que a empresa mantenha

os visitantes do site de Internet constantemente atualizados no que se refere às novidades

ocorridas na empresa.

3

Pesquisa de Opinião - Este recurso permite que a empresa realize pesquisas junto

aos visitantes do site. O tema da pesquisa deve ser definido de acordo com necessidade da

empresa, bem como as possíveis respostas dos visitantes do site. Esta padronização de

alternativas de resposta permitirá a contabilização do resultado da pesquisa de opinião ao final

do período da sua realização.

Produtos - O cadastro de produtos é um recurso que permite a empresa apresentar de

forma estruturada os produtos e serviços comercializados. Esta apresentação ocorre por meio

da disponibilização de fotos e de uma descrição detalhada de cada produto/serviço.

Promoções - Este recurso tem a função de divulgar os produtos/serviços

comercializados pela empresa que estão em promoção. A partir do acesso a lista de produtos

pelo visitante os produtos/serviços em promoção aparecem em destaque, informando os

detalhes da promoção.

Sorteios - Buscando fomentar o acesso contínuo ao site da empresa e o aumento da

comunidade de visitantes cadastrados, sorteios permanentes de produtos e serviços podem ser

realizados. O aumento da comunidade de visitantes e cadastrados promovidos pelo sorteio

tornará mais efetivo e abrangente o marketing de relacionamento da empresa, na qual mais

clientes/potenciais clientes serão atingidos por meio do envio de mala direta.

Gerenciador de conteúdo - Este recurso que permite divulgação de informações

institucionais. Este processo pode ocorrer por meio da criação de páginas de conteúdo.

Grupos de Usuários - Objetivando dinamizar e segmentar o processo de

manutenção do site da empresa, o administrador poderá dividir as responsabilidades de

atualização do site a partir da definição de níveis de acesso ao painel de controle do site. Para

tanto deverão ser estipulados grupos de usuários, no qual cada grupo terá acesso a um

conjunto definido de recursos. Por exemplo, poderia ser criado um grupo "jornalista" que

poderia criar enquetes e cadastrar notícias da empresa. Através desse componente o

administrador do sistema, após o cadastramento do usuário, deve definir qual o nível de

acesso de cada usuário do site.

Usuários - Através deste recurso os usuários do painel de controle do site são

cadastrados, recebendo um login e senha para que possam ter acesso a este sistema.

Finalizado este cadastramento os usuários deverão ser vinculados a um grupo através da

ferramenta "grupo de usuários", para que os mesmos tenham acesso ao painel de controle.

Log de Operações - Este recurso possibilita o acompanhamento de todas as

operações executadas no sistema por seus usuários a partir da geração de um relatório de

3

autoria que informa de acordo com os parâmetros selecionados qual usuário executou

determinada operação e quando este evento ocorreu.

Relatórios de acesso - Os relatórios de acesso disponibilizam informações sobre o

número de visitas realizadas ao site da empresa, tais como: número de hits no site, nível de

acesso por hora e nível de acesso por componente.

Sistema de busca - Este recurso permite com que os visitantes do portal realizem

pesquisas, através de palavras-chave, sobre seu conteúdo.

Biblioteca virtual - Este recurso tem a função de criar um repositório de documentos

tais como artigos e apresentações.

Links Patrocinados - Publicidade de texto feita totalmente através da Internet nos

links patrocinados, o anunciante só paga quando o internauta clica no anúncio e entra no site

da empresa que contratou o link. Quem tem maior verba total não tem vantagem, o anunciante

define quanto quer pagar pelo clique e determina o quanto quer investir por dia.

E-mail Marketing – Uma campanha de E-mail Marketing consiste em divulgar

diretamente para o público-alvo das empresas através do envio de e-mail personalizado com

as informações necessárias.

Com este capítulo é encerrada a fundamentação teórica que buscou apresentar por

meio da visão de autores, a evolução da Internet e os impactos decorrentes da absorção dessa

tecnologia pelo mercado.

3

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Neste capítulo, apresenta-se o método que apoiou este estudo, que se caracteriza por

um projeto de aplicação num estudo de caso descritivo e exploratório, com uma abordagem

qualitativa. O estudo objetivou-se em propor estratégias de marketing digital para a empresa

RTB Comércio Internacional Ltda.

Para que o trabalho fosse concluído foram executadas as seguintes atividades:

entrevista com o gestor, pesquisa com representantes comerciais, fundamentação teórica,

apresentação da pesquisa e entrevista e finalizando apresentação da proposta das estratégias.

O trabalho seguiu na seguinte ordem cronológica: Foi efetivada uma entrevista com

o proprietário da empresa com o objetivo de conhecer sua opinião quanto ao mercado

eletrônico (E-commerce), e se a sua empresa deve abrir vendas na Internet.

Realizou-se pesquisa bibliográfica com a finalidade de adquirir conhecimento sobre

os assuntos abordados de modo a definir as estratégias de marketing digital que possam ser

utilizadas pela empresa. Após o levantamento das estratégias, foi elaborada uma pesquisa com

o objetivo de captar a opinião de representantes comerciais frente à possibilidade de as

empresas realizarem vendas pela Internet.

Após o levantamento das Estratégias e Ferramentas de Marketing Digital feito por

meio de pesquisa bibliográfica e análise da pesquisa feita com os representantes comerciais,

foi elaborada uma proposta com as Estratégias de Marketing Digital e ferramentas que as

suportam consideradas pelo autor deste estudo adequadas para a implementação na empresa

RTB Comércio Internacional Ltda. E finalizando o estudo foram apresentadas as

considerações finais seguidas das devidas referências bibliográficas e apêndices.

Em relação a entrevista com o gestor:

A entrevista com o gestor foi caracterizada como uma entrevista não estruturada, que

de acordo com a classificação apresentada por Andrade (2001, p. 147) “Consiste em uma

conversação informal, que pode ser alimentada por perguntas abertas”. Na maneira de

entrevista não dirigida “o informante tem liberdade total para relatar experiências ou

apresentar opiniões, o papel do pesquisador limita-se a incentivar o informante a falar sobre

determinado assunto, sem, contudo, força-lo a responder”.

3

Em relação pesquisa bibliográfica:

Realizou-se pesquisa bibliográfica com a finalidade de adquirir conhecimento sobre

os assuntos abordados de modo a definir as estratégias de marketing digital e ferramentas que

possam ser utilizadas pela empresa. A pesquisa bibliográfica é considerada por Marconi &

Lakatos (2001, p. 43) “como um procedimento formal com método de pensamento reflexivo

que requer um tratamento cientifico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou

para descobrir verdades parciais.”

Em relação pesquisa com os representantes comerciais:

Em relação à pesquisa aplicada com os representantes comerciais: A pesquisa foi

feita na Universidade do Vale do Itajaí campus Kobrasol com duas turmas do curso superior

técnico de Gestão de Representação comercial, onde a maior dificuldade foi não saber a

reação que poderia ser causada. Foi uma pesquisa do tipo descritiva, que de acordo com

(MATTAR, 1997, p. 85) “é caracterizada por possuir objetivos bem definidos, procedimentos

formais, serem bem estruturadas e dirimidas para a solução de problemas ou avaliação de

alternativas de cursos de ação”. É uma pesquisa qualitativa, pela amostra não representar a

classe pesquisada, com aspectos quantitativos por apresentar perguntas fechadas.

Em relação a população, amostra & amostragem:

A população em que a pesquisa foi aplicada foi de 59 pessoas, composta por alunos

de duas turmas do Curso Superior Técnico de Gestão de Representação Comercial, estudantes

da UNIVALI Campus Kobrasol situada na cidade de São José em Santa Catarina. De acordo

com Mattar (1997) amostra é qualquer parte de uma população e amostragem é o processo de

colher amostras de uma população, portanto no processo de amostragem foi escolhida uma

amostra de 43 pessoas, o que nos leva a um erro amostral de 8%.

A amostragem escolhida foi do tipo não probabilística por conveniência definida por

Mattar (1997, p. 266) como tendo, “característica a escolha da amostra por alguma

conveniência do pesquisador e é freqüentemente utilizada para testar idéias ou para obter

idéias sobre determinado assunto de interesse”. Esse processo foi escolhido devido ao acesso

facilitado a uma amostra que representa a “classe” a ser pesquisada.

Em relação ao instrumento de coleta de dados:

O instrumento de coleta de dados aplicado foi o de questionário pessoal, que segundo

(MATTAR, 1997, p. 78) “tem como característica mais importante ser o respondente quem lê

3

a pergunta e responde diretamente no instrumento de pesquisa, sem o auxilio de

entrevistadores”. Neste instrumento de coleta de dados foram usadas 2 perguntas abertas e 5

fechadas, portanto possui variáveis de natureza qualitativa, ou seja, dados foram colhidas

através de perguntas abertas e também variáveis de natureza quantitativa por também colher

dados através de perguntas fechadas (MATTAR, 1997).

Por meio do questionário foram coletados dados primários descritos por Mattar

(1997, p. 81) como “aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos

pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender às necessidades da pesquisa em

andamento”.

Em relação a tabulação e apresentação dos dados:

A análise dos dados referentes a perguntas fechadas foi estabelecida através de

tabulação no software Open Oficce Calculator e foram confeccionados gráficos para melhor

visualização dos resultados.

A tabulação das perguntas abertas do questionário foi realizada manualmente, e feita

uma análise do conteúdo buscando classificar as respostas e assim obter um conjunto de

palavras que possam descrevê-las. Depois foram confeccionados gráficos no softaware Br

Office Calculator para melhor visualização dos resultados.

Limitações da pesquisa:

A pesquisa foi realizada com representantes comerciais que se propuseram a estudar

e se desenvolverem profissionalmente, por isso tem mais condições de visualizarem a

inevitabilidade do processo de implementação de vendas pela Internet pelas empresas, sendo,

portanto mais receptivo as mudanças.

Em função de a população estar restrita aos alunos das turmas da UNIVALI, esta não

pode ser representativa para a classe dos representantes comerciais, tendo portanto caráter

mais qualitativo do que quantitativo.

3

4 RESULTADOS DA APLICAÇÃO

Neste capítulo são apresentados os resultados da aplicação, começando com a

tabulação da pesquisa realizada com os alunos do Curso Superior Técnico de Gestão de

Representação Comercial, ministrado pela UNIVALI, campus Kobrasol na cidade de São José

em Santa Catarina. Em seguida será descrita a posição dos gestores da RTB quanto às vendas

na Internet.

A pergunta número 1 do questionário é de caráter qualitativo e segue da seguinte

maneira:

Uma empresa importadora tem sua força de vendas constituída por representantes

comerciais. A empresa paga 8% de comissão sobre as vendas. No entanto a empresa está se

preparando para entrar no mercado eletrônico (e-commerce) e pretende disponibilizar para

seus clientes o seu catalogo on-line e efetuar vendas pela Internet apenas para pessoas

jurídicas. A empresa continuará pagando comissões para os representantes sobre as vendas

feitas pela Internet, porém pretende negociar uma porcentagem reduzida para este tipo de

venda. Como você receberia essa idéia, se você trabalhasse com essa empresa?

A tabulação foi feita de maneira que para cada respondente há apenas uma resposta,

que são mostradas de acordo com o gráfico.

Gráfico 1 – Posição dos representantes quanto a vendas na Internet.Fonte: Do autor, 2007.

4

30,50%

9,20%

11,60% 4,60%9,30%

9,30%

4,60%

6,90%

14,00%

Posição dos Representantes Comerciais Quanto a Vendas na Internet

Receberiam bem a idéia.Aceitariam com algum tipo de restrição. Ótima ferramenta e não admitem baixar comissões. Vêem como motivação para crescer e negociaria a comissão.Consideram as vendas pela internet um caminho inevitável.Avaliaria o impacto sobre o faturamento para fazer uma contra proposta. Não aceitaria baixar a comissão de clientes que foram abertos por eles.Alegam motivos diversos para não aceitarem a idéia.

Não receberiam bem a idéia, e não especificaram razões.

Depois de analisadas as respostas pode-se chegar as seguintes conclusões: Os dados

indicam que 30,5% dos pesquisados informaram que receberiam bem as mudanças no

processo de vendas, 9,3% aceitariam com algum tipo de restrição, 11,6% consideram as

vendas pela Internet uma ótima ferramenta mas não concordariam em abaixar as comissões e

4,6% vêem a mudança como motivação para crescer, 9,3% consideram um caminho

inevitável, 9,3% avaliaria o impacto sobre o faturamento para fazer uma contra proposta e

4,6% aceitaria a mudança mas negociaria para manter as comissões dos clientes abertos por

eles. Ao somar os dados citados acima, pode-se observar que 79,1% dos pesquisados estão

abertos para que haja negociações para que a empresa, cujo eles representam, efetue

mudanças em seu processo de vendas, incorporando vendas pela Internet. A Internet é uma

ferramenta que está revolucionando o comércio e apresenta diversas facilidades e melhorias

que são apresentadas no item 2.2 da fundamentação teórica, no qual também é apresentado o

crescimento do comércio eletrônico no Brasil, que foi de 355% de 2001 a 2006. Porém de

acordo com o IBGE (2007) apenas 13,7% dos usuários da Internet a utilizam para fazer

compras ou encomendar serviços o que mostra o grande potencial de crescimento do

comércio eletrônico. Da acordo com Fiore (2001) existe uma forte tendência no mundo para

que as empresas expandam seus negócios para a era digital, os dados levantados pela pesquisa

mostram que os representantes comerciais percebem essa tendência, portanto as negociações

para que o comercio eletrônico seja incorporado pela RTB, podem ser bem recebidas pelos

seus representantes comerciais.

No entanto 14% dos entrevistados se posicionam contra esse tipo de mudança e não

apresentam razões e 6,9% não aceitam e apresentam motivos diversos; ao somar as

porcentagens dos pesquisados que não aceitam a idéia, temos 20,9%, que pode ser

considerada uma quantia expressiva quando se trata de uma questão que pode gerar

animosidade entre a empresa e seus representantes comerciais. Quanto a esses casos a

empresa poderá apresentar argumentos contidos neste estudo para persuadir os representantes

comerciais a aceitarem a implementação das vendas através da Internet pela RTB.

A pergunta número 2 do questionário é de caráter qualitativo como a primeira, e

questiona os representantes comerciais quanto às mudanças que seu papel está sofrendo ou

não. A pergunta segue: Você acha que o papel do representante comercial está sofrendo

mudanças? Quais são?

4

A tabulação foi feita de maneira que para cada respondente há apenas uma resposta,

que são mostradas de acordo com o gráfico.

Gráfico 2 – Mudanças na profissão do representante comercial.Fonte: Do autor, 2007.

Podemos observar pelo gráfico que 4,6% dos representantes comerciais que

responderam o questionário acreditam que o papel do representante comercial está sofrendo

mudanças, mas não especificaram quais; 2,3% disseram que a função continua a mesma,

porém com mais informações; 58,3% consideram que o representante comercial esta se

tornando um consultor de negócios e deve se tornar melhor informado a cada dia, deve se

especializar através de cursos e ser pró-ativo. Sua função passa a ter características de

manutenção do cliente. Em parte pode-se se dizer que essas mudanças se dão pelo avanço

tecnológico que foi considerado por 20,9% como o tipo de mudança de maior impacto na

profissão; 13,9% levantaram outros tipos de mudanças como: Os benefícios estão reduzindo

com o passar do tempo; as empresas não querem constituir vinculo empregatício;

representantes estão perdendo campo nas ruas.

Ao somar os dados citados acima pode-se observar que 97,7% dos pesquisados

consideram que a profissão do representante comercial está sofrendo diversos tipos de

4

4,60%2,30%

20,90%

58,30%

13,90%

Mudanças na Profissão do Representante Comercial

Sofre mudanças, não especificaram quais.Função continua a mesma, porém com mais infor-Mudanças tecno-lógicas como as de maior impacto Consultor de ne-gócios, especia-lizado. Outros tipos de mudanças como: Os beneficios

mudanças. Tal dado dá margem para crer que os representantes podem estar preparados para

aceitar uma mudança no sistema de vendas das empresas que eles representam.

Com o uso do meio digital para realizar negócios é possível, entre outras ações, tornar-

se menos dependente dos atravessadores, conforme a colocação de Fiore (2001) no item 2.1

da fundamentação teórica. No caso da RTB ao adotar um sistema de vendas pela Internet a

empresa se tornará menos dependente de seus representantes comerciais para que as vendas

sejam efetuadas. Porém a necessidade do contato direto com o cliente ainda é muito forte,

portanto a medida em que o processo de vendas pela Internet evoluir, o papel do representante

comercial irá se adequar às novas necessidades, buscando manter um relacionamento mais

próximo entre os clientes e a empresa através de visitas periódicas. Assim a empresa não

perderá vendas no caso de indisponibilidade de visitas por parte do representante comercial e

ainda manteria um contato próximo com os clientes.

Com a introdução do comercio eletrônico pela RTB, o seu sistema de vendas

apresentará mudanças para os representantes comerciais. Como 97,7% dos pesquisados

percebem que a profissão está sofrendo mudanças, espera-se que os representantes comerciais

sejam receptivos no caso de a empresa apresentar uma proposta de mudanças que possa ser

vantajosa, tanto para a empresa quanto eles.

As perguntas fechadas, ou seja, quantitativas foram tabuladas no software Open

Office Calculator, e foram feitos gráficos para melhor visualização.

A pergunta número 3 questiona os representantes comerciais quanto a um valor justo

para as comissões sobre as vendas efetuadas pela Internet. A pergunta segue: Qual seria um

valor justo para as comissões para o caso de vendas pela Internet? Foram dadas as seguintes

opções de resposta: 8%; 6%; 4%; 2% ou 0%?

4

32,56%

23,26%

25,58%

16,28%2,33%

Comissões

8,00%6,00%4,00%2,00%0,00%

Gráfico 3 – Comissões.Fonte: Do autor, 2007.

Como demonstrado no gráfico, 32,56% dos representantes que responderam o

questionário consideram que a comissão deveria continuar de 8%; 23,26% consideram um

valor justo para as comissões 6%; 25,58% consideram um valor justo para as comissões 4%;

16,28% consideram um valor justo para as comissões 2%; 2,33% consideram um valor justo

para as comissões 0%.

Ao compilar os dados que indicam que o valor justo para as comissões é de 6%, 4%,

2% e 0% pode-se observar que 67,45% dos pesquisados estariam de acordo em receber uma

porcentagem menor de comissão nas vendas efetuadas pela Internet. Este indicativo dá

respaldo para que haja redução das comissões dos representantes comerciais no caso de

vendas pela Internet, porém devido ao número expressivo (32,56%) de representantes que

consideram que a comissão deveria continuar a mesma esta redução deve ser negociada entre

as empresas e representantes. Alguns dos pontos que devem ser levantados pela empresa nesta

negociação é o custo que o site representa e o possível aumento nas vendas devido a

facilidade em que os clientes encontrarão para efetuar as compras e a possível redução de

custos que poderá ser obtida pelos representantes comerciais. .

Como visto na fundamentação teórica o comércio eletrônico apresenta um grande

potencial de crescimento, no entanto no caso da RTB não há como prever se realmente as

vendas pela Internet ocasionarão um aumento significativo da demanda, pois não há

informações a respeito da cultura dos clientes da RTB sobre compras on-line, o que pode ser

trabalhado pela empresa, fornecendo informações e expondo as vantagens que podem ser

obtidas neste processo, trazendo assim essa cultura aos clientes. As compras serão facilitadas

para seus clientes, porém por serem revendedores, sua demanda poderá continuar a mesma.

Para um aumento real na demanda, seria necessário um aumento no numero de clientes.

A pergunta 4 questiona os representantes comerciais sobre o impacto que as

vendas na Internet podem causar ao processo de vendas de uma forma geral. A pergunta

segue: Quanto ao processo de vendas de uma forma geral, o que você entende que as vendas

pela Internet, podem causar? Foram dadas as seguintes alternativas: Agilizar o processo de

vendas; Não influenciar ou Prejudicar o processo de vendas.

4

Gráfico 4 – Processo de vendas.Fonte: Do autor, 2007.

De acordo com o gráfico 72,09% dos representantes comerciais que responderam o

questionário consideram que adotar vendas pela Internet poderá agilizar o processo de vendas,

18,60% responderam o questionário consideram que a venda pela Internet poderá prejudicar o

processo de vendas e 9,30% dos representantes comerciais que responderam o questionário

consideram que a venda pela Internet não influenciará no processo de vendas.

Como visto no item 2.2 da fundamentação teórica o comércio eletrônico proporciona

diversas contribuições mercadológicas. Alguns aspectos que contribuem para agilizar o

processo de vendas é o baixo período de tempo entre transmissão e recebimento de

informações, aperfeiçoamento dos serviços de clientes, redução e inventários mais exatos,

aumento da flexibilidade e poder de resposta às mudanças das necessidades e particularidades

dos clientes e a melhora na promoção de produtos e serviços.

Observa-se então que a maior parte dos pesquisados (72,09%) entende que a venda

pela Internet poderá agilizar o processo de vendas, o que é um indicativo que respalda a

incorporação das vendas através da Internet pela RTB, o que ajudaria a resolver um dos

problemas levantados por esse estudo, a falta de agilidade no processo de vendas.

4

72,09%

9,30%

18,60%

Processo de Vendas

Agilizar o Processo de VendasNão InfluenciarPrejudicar o Pro-cesso de Vendas

A questão número 5 questiona quanto ao impacto que as vendas pela Internet

causariam para os representantes comerciais. A pergunta segue: Para o representante

comercial, você considera as vendas pela Internet: Com as seguintes alternativas: Vantajosa;

Desvantajosa; Inevitável ou Nenhum?

Gráfico 5 – Impacto das vendas na Internet para representantes comerciais.Fonte: Do autor, 2007.

De acordo com o gráfico 39,53% dos representantes que responderam o questionário

consideram que a venda pela Internet possa ser vantajosa para o representante comercial e

32,56% consideram que a venda pela Internet é um caminho inevitável e 23,26% consideram

que a venda pela Internet é desvantajosa.

Portanto ao somar os resultados da porcentagem da amostra que consideram as

vendas pela Internet vantajosa e inevitável, podemos considerar que 72,09% encarariam de

forma natural a entrada das empresas nas vendas pela Internet. Este dado indica que a RTB

poderá ter uma significativa abertura para implementar um sistema de vendas pela Internet.

Apenas 4,65% consideram que a venda pela Internet não causará impacto sobre os

representantes comerciais. Como 23,26%, que é uma parte bastante representativa,

4

39,53%

23,26%

32,56%

4,65%

Impacto das Vendas na Internet para Representantes Comerciais

VantajosaDesvantajosaInevitávelNenhum

consideram essa uma situação desvantajosa para os representantes comerciais, deve-se fazer

negociações para que ambas partes se satisfaçam.

Conforme visto na fundamentação teórica as vendas pela Internet tornam a empresa

menos dependente dos “atravessadores”, neste caso ao oferecer um novo meio para efetuar

compras, o papel no representante comercial sofreria alterações, o que pode representar uma

ameaça para alguns e ser considerada uma desvantagem.

A questão 6 questiona os representantes comerciais sobre o uso da Internet para o

trabalho. Segue a pergunta: Você faz uso da Internet para o trabalho? Foram dadas as

alternativas: Sim ou Não.

Gráfico 6 – Uso da Internet para o trabalho.Fonte: Do autor, 2007.

De acordo com o gráfico 97,67% dos representantes comerciais que responderam o

questionário usam a Internet para o trabalho, enquanto apenas 2,33% não utilizam. Essas

observações levam a entender que o uso da Internet é uma realidade para os representantes

comerciais e que as mudanças que a Internet proporciona são absorvidas naturalmente de

acordo com o tempo.

A questão número 7 questiona os representantes comerciais quanto à freqüência em

que eles usam o computador. Segue a pergunta: Qual a freqüência que você utiliza o

computador? Foram dadas as seguintes alternativas: Diariamente; 3 a 5 vezes por semana; 1 a

2 vezes por semana; Mensalmente. Não utiliza.

4

97,67%

2,33%Uso da Internet para o Trabalho

SimNão

Gráfico 7 – Freqüência do uso do computador.Fonte: Do autor, 2007.

De acordo com o gráfico podemos notar que 74,42% dos representantes comerciais

que responderam o questionário utilizam o computador diariamente e 16,28% utilizam de 3 a

5 vezes por semana. Então se ao somar os resultados da porcentagem da amostra que utiliza o

computador diariamente com os que usam de 3 a 5 vezes por semana, podemos dizer que

90,7% utilizam o computador com uma freqüência grande, o que nos leva a acreditar que são

bastante familiarizados com essa ferramenta. Apenas 9,3% utilizam o computador de 1 à 2

vezes por semana o que ainda pode ser considerada uma freqüência regular de uso do

computador.

4.1 ENTREVISTA COM O GESTOR

Para a que o objetivo especifico de conhecer a opinião dos gestores da RTB sobre

vendas na Internet, foi aplicada uma entrevista com o Senhor Renato Pereira de Souza,

Presidente da empresa.

Como você vê o comércio eletrônico no meio corporativo?

4

74,42%

16,28%

9,30%

Frequencia do uso do Computador

Diariamente3 à 5 Vezes por Se-mana1 à 2 Vezes por Se-manaMensalmenteNão Utiliza

Nota-se que a Internet está revolucionando a organização das empresas tanto

internamente quanto aos processos externos que se tornam a cada momento mais dinâmicos

devido a velocidade em que as informações podem ser transmitidas. As operações da RTB

hoje são viáveis por causa da Internet, através deste meio a comunicação com fornecedores da

China, por exemplo, ficam facilitadas, sem esse instrumento as operações da empresa teriam

uma dificuldade enorme para acontecer. O comercio eletrônico no meio corporativo já é uma

realidade, porém é explorado com todo seu potencial, quase que exclusivamente por grandes

empresas, enquanto as empresas de pequeno e médio porte em sua maioria ainda se mostram

novatas nesta forma de comércio.

Você considera que a RTB deve efetuar vendas por meio de comercio eletrônico?

Com certeza, esse é um caminho a ser tomado, porém a empresa deve desenvolver

uma maior maturidade para que possa entrar firme nesta área de comercio.

Neste capítulo foi apresentado o resultado da aplicação da pesquisa com os

representantes comerciais e entrevista com o gestor da RTB. No próximo capítulo será

apresentada, com base nesta pesquisa e no estudo bibliográfico, a proposta das estratégias de

marketing digital consideradas adequadas para a empresa RTB Comércio Internacional Ltda.

4. 2 APRESENTANDO A RTB COMÉRCIO INTERNACIONAL LTDA.

A empresa RTB Comércio Internacional Ltda é uma empresa familiar fundada em

Abril de 2006. É uma importadora de brinquedos, que trabalha diretamente com a China e

atua nas regiões Sul e Sudeste do mercado brasileiro. Sua operação de vendas começou em

janeiro de 2007, e sua força de vendas é terceirizada, sendo constituída por 10 empresas de

representação comercial que atuam na área de brinquedos.

Estrategicamente constituiu sua carteira de clientes por lojas de pequeno e médio

porte, oque permite a empresa absorver prejuízos em caso de inadimplência. Como já foi

constituída de uma forte base de clientes de médio e pequeno porte, a empresa almeja atrair

clientes de grande porte, oque proporcionará um substancial crescimento em seu faturamento.

Seu portfólio é composto por produtos de alto valor agregado, oque afeta seu

faturamento devido a sazonalidade que demanda esse tipo de produto principalmente no

segundo semestre, tendo como principais datas o dia das crianças e natal. Por isso a empresa

tem planos de amplia-lo com produtos de menor valor para manter o nível de faturamento no

decorrer do primeiro semestre de 2008.

4

5 PROPOSTA DE ESTRATÉGIAS E FERRAMENTAS DE MARKETING DIGITAL

Neste capítulo serão apresentadas as estratégias e ferramentas, embasadas neste

estudo e consideradas, adequadas para a implementação de uma loja virtual para a empresa

RTB Comércio Internacional Ltda.

Para que as conclusões apresentadas fossem justificadas, seguiu-se o método descrito

por Limeira (2003), que busca conhecer o cliente, para a partir daí escolher as ações que

possam ser úteis à empresa RTB.

Para conhecermos os clientes devemos responder as seguintes perguntas:

Quem são os clientes da RTB? Lojistas

Que tipo de necessidade, desejo ou problema os clientes querem realizar?

Os lojistas clientes da RTB procuram adquirir produtos de boa qualidade. Receber em prazo de 48hs, ter garantia de trocas, prazo de pagamento adequado. Garantia de prioridade no atendimento de compras.

Quais são as características do cliente?

Lojistas de pequeno e médio porte, especializados em brinquedos ou que tenham brinquedos como parte de seu portfólio. Encontram-se nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, principalmente em cidades do interior.

Quantos são os clientes? 140 clientes

Como decidem sobre suas compras?

Escolhem produtos com alta qualidade que tenham um bom preço e boa condição de pagamento. Aguardam ser visitados pelos representantes comerciais, ou requisitam uma visita. O tempo de entrega do pedido, garantia e pronto atendimento para as compras também são fatores que influenciam na decisão. Outro fator que influência para as primeiras compras com a empresa é o fato de os lojistas já depositarem confiança nos representantes comerciais por já fazerem parte das suas carteiras de clientes.

Quadro 2 – Clientes RTB.Fonte: Do autor, 2007.

5

ESTRATÉGIA DE COMÉRCIO ELETRÔNICO

Como visto na fundamentação teórica, a estratégia de comércio eletrônico ocasiona

mudanças fundamentais em relação ao processo de comércio comum. Uma dessas mudanças é

perca da dependência de intermediários para que o processo de compra e venda seja efetuado.

No caso da RTB, ao implementar a estratégia de comércio eletrônico, a empresa estará

oferecendo a seus clientes um canal de compra, no qual eles não precisarão aguardar uma

visita dos representantes comerciais para efetuarem seus pedidos. As medidas para adotar a

estratégia de comércio eletrônico devem ser as seguintes:

● Implementar um site na web que comporte vendas: Um dos fatores levantados

que influencia na decisão de compra dos clientes é o pronto atendimento para as

vendas. O que em alguns casos já relatados pela empresa, não foi possível atender,

pois os representantes comerciais estavam em outra localidade geográfica.

Acontecem casos de clientes esperarem cerca de um mês para serem atendidos. A

implementação de um site com vendas daria ao cliente uma opção para efetuar suas

compras sem espera;

●Alterar a comissão dos vendedores de 8% para 6% em caso de vendas pela

Internet: O resultado da pesquisa mostra que 32,56% dos representantes comerciais

responderam que queriam a manutenção dos 8%. Porém, os dados que apontam que

as comissões de 0% a 6% são adequadas somam 69,78%, onde 23,26% responderam

que 6% seria o valor justo para as comissões, 25,58% responderam 4%, 16,28%

consideraram 2% e ainda 2,33% apontaram 0% de comissão como justo. Ao reduzir

a comissão para 6% a RTB poderá manter a maior parte de seus representantes

satisfeitos, mesmo com algumas mudanças. No entanto nota-se que a venda pela

Internet ocasionará mudanças na atuação do representante comercial, portanto, são

necessários estudos mais profundos sobre as mudanças que estão ocorrendo nesta

profissão. Muitas podem ser as negociações neste processo de mudanças, as

responsabilidades de ambas partes, empresa e representantes comerciais, deverão ser

revistas para este tipo de processo de vendas, com isso diversas variáveis podem

surgir;

●Disponibilizar Link para que o pedido possa ser rastreado:

5

●Implementar os cinco fatores impulsionadores de fidelidade, que são: atenção

aos clientes, suporte de alta qualidade, entrega pontual, custos de remessa a preço

razoáveis e políticas claras e confiáveis da privacidade da informação.

ESTRATÉGIA DE RELACIONAMENTO / COMUNIDADE

A estratégia de relacionamento tem uma grande relevância, é por meio dela que as outras

estratégias tomam impulso e se potencializam. A estratégia de relacionamento proposta aqui,

pode levar a RTB a ter um relacionamento mais próximo com seus clientes, do qual poderá

obter informações diretas de seus clientes, sendo que essas podem auxiliar decisões e planos

futuros da empresa. As medidas para constituir uma estratégia de relacionamento devem ser

as seguintes:

●Disponibilizar no site informações que sejam de interesse dos clientes da RTB,

como pesquisas e artigos que envolvam assuntos como comportamento do

consumidor, mudanças no mercado, ações eficazes de marketing para vendas e

relacionamento com o consumidor entre outros. A disponibilização de conteúdo

educativo e cultural que sejam de interesse dos clientes os estimulará a visitarem o

site freqüentemente, tornando-os cada vez mais familiarizados, o que é determinante

no processo de decisão de compras pela Internet, pois quanto mais familiarizado o

usuário estiver com o site maior será sua confiança para efetuar as compras através

dele. Podemos destacar que a falta de confiança em websites é um dos fatores mais

representativos quando os usuários decidem por não comprar;

● Cadastrar os usuários: fornecendo-os um login e uma senha, condicionando o

uso das ferramentas oferecidas pelo site a seu cadastramento. O cadastro dos usuários

do website permitirá que a empresa colete dados e tome ações direcionadas a

clientes específicos;

● Fórum de Discussão: Manter no site um fórum de discussão com moderador, para

que as discussões mantenham um padrão de alto nível, na qual os freqüentadores do

site poderão discutir e opinar sobre os artigos e pesquisas encontrados no site. Esta é

mais uma maneira de prender a atenção dos usuários ao site. As pessoas têm opiniões

e gostam de expressá-las, e neste espaço os usuários deixam de ser meros

espectadores e passam a interagir com o meio, o que ao mesmo tempo ajuda a

enriquecer o conteúdo do site, pois as pessoas se interessam também por diferentes

pontos de vista e em apresentar contra-pontos. A discussão sadia sobre assuntos

interessantes leva ao engrandecimento do site e dos próprios usuários;

5

● Boletins informativos: Enviar regularmente boletins informativos via e-mail,

mantendo assim os visitantes cadastrados informados com as novidades da empresa,

novos produtos e serviços, resultados de pesquisa de opinião ou qualquer outro

assunto que a empresa queira informar a seus clientes. Com os boletins informativos

a empresa poderá se manter sempre na memória dos clientes cadastrados, porém

deve tomar cuidado para que não “bombardeie” as caixas de e-mail de seus clientes.

Se os devidos cuidados não forem tomados corre-se o risco das mensagens se

tornarem cansativas e passariam a ser ignoradas sem mesmo serem lidas. Por isso os

boletins informativos não devem ser enviados com grande freqüência e os assuntos

devem ser sempre contar com algo que seja útil para o cliente;

● Agenda de Eventos: Divulgar através de um espaço no site eventos em que a

empresa estará presente, ou que considera de alguma forma importante para a

empresa e seus clientes;

● Dúvidas Freqüentes: Divulgar através de um espaço no site as respostas para as

perguntas mais freqüentes dos clientes;

● Enquetes: Realizar através do site enquetes que possam ajudar a empresa a tomar

decisões a partir deste tipo simples de pesquisa;

● Sorteios: Buscando fomentar o acesso continuo ao site da empresa e o aumento da

comunidade de visitantes cadastrados, realizar sorteios permanentes de produtos;

● Sala de chat: Disponibilizar uma sala de chat com função de atendimento ao

consumidor, para que duvidas sobre os produtos sejam esclarecidas, auxiliando no

processo de compras ou para resolver algum problema que possa ocorrer com um

produto adquirido por um cliente.

ESTRATÉGIA DE PROPAGANDA

A estratégia de propaganda tem como objetivo a procura do publico-alvo, no caso da RTB

esse publico já está bem definido. Como a empresa possui um cadastro de seus clientes, a

divulgação do site torna-se facilitada. As medidas para constituir uma estratégia de

propaganda devem ser as seguintes:

●Banners: Postar banners no website da empresa com conteúdo publicitário dos

próprios produtos e de possíveis parceiros. Os banners são espaços planejados no site

para que chamem a atenção do usuário, neles deverão ser postados possíveis

promoções que a empresa possa vir a fazer ou propagandas dos produtos que seja

desejado dar destaque;

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●Catalogo Virtual: Disponibilizar no site o catalogo de produtos da empresa;

● E-mail: Enviar para os clientes da RTB e-mails com conteúdos promocionais da

empresa;

●Incluir em todos os materiais da empresa o endereço do site;

●Disponibilizar promoções para estimular os usuários do site;

●Enviar uma carta para todos os clientes, divulgando o site.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral deste trabalho foi de propor estratégias de Marketing Digital para a

criação de uma loja virtual para a Empresa RTB Comércio Internacional Ltda. Como

objetivos específicos se pretendeu selecionar ferramentas de Marketing Digital que possam

ser úteis a empresa, conhecer a opinião de representantes comerciais quanto ao uso da Internet

como ferramenta de vendas e conhecer a opinião dos gestores da RTB em relação a vendas na

Internet.

Para que o objetivo geral fosse atingido foram propostas três tipos de estratégias, de

Comercio Eletrônico, Relacionamento e Propaganda. Como complemento das estratégias

propostas foram apresentadas ferramentas de Marketing Digital que dão suporte para que as

estratégias sejam implementadas, concluindo assim o objetivo especifico de selecionar

ferramentas de Marketing Digital que possam ser úteis a empresa.

Quanto a conhecer a opinião de representantes comerciais quanto ao uso da Internet

como ferramenta de vendas, uma pesquisa foi formulada aos alunos do Curso Superior

Técnico de gestão de Representação Comercial, ministrado pela UNIVALI, Campus

Kobrasol, na cidade de São José, em Santa Catarina. Nela se pode observar que 97,67% dos

alunos pesquisados usam a Internet para o trabalho e 74% dos alunos pesquisados fazem uso

do computador diariamente para suas atividades de vendas. Essas observações levam a

entender que o uso da Internet é uma realidade para os representantes comerciais e que as

mudanças que a Internet proporciona são absorvidas naturalmente de acordo com o tempo.

Os dados apontam também que 74,5% dos pesquisados estão abertos para que haja

uma sugestão na mudança do modelo de vendas, 39,53% dos pesquisados vêem que a

implementação de vendas pela Internet como vantajosa para os representantes comerciais e

32,56% consideram esse processo inevitável, 23,26% considera desvantajosa. Quanto ao

processo de vendas constatou-se que 72,09% dos pesquisados entendem que através das

vendas pela Internet o processo de vendas poderá ficar mais dinâmico.

Quanto à opinião dos gestores da RTB, foi apresentada uma entrevista na qual é

apresentada a visão de que as vendas pela Internet é considerada inevitável, porém a empresa

considera que deve desenvolver uma maior maturidade para se introduzir no comércio

eletrônico.

Conclui-se então que em relação aos fatos abordados neste estudo, a criação de uma

loja virtual para RTB, é viável devido à opinião da maioria dos representantes comerciais ser

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favorável a essa ação, e aos estudos bibliográficos apontarem inúmeras vantagens que podem

ser obtidas com o comércio eletrônico.

Sugere-se à empresa antes de decidir sobre o inicio de atividades de venda na

Internet, fazer uma pesquisa com seus clientes, com objetivo de descobrir quantos clientes

estariam dispostos a fazer compras pela Internet e qual são as suas opiniões sobre o assunto.

Existe a possibilidade da quantidade de clientes dispostos a efetuarem compras pela Internet

ser pequena, e neste caso, a decisão mais propicia seria aguardar os clientes desenvolverem a

cultura de comprar pela Internet, o que pode ser estimulado através da estratégia de

relacionamento no site.

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REFERÊNCIAS

ABRANET. Associação Brasileira dos Provedores de Acesso, Serviço e Informações da Rede Internet. Disponível em: <http:/www.abranet.org.br>. Acesso em: 15 Abr. 2007.

ALBERTIN, Alberto Luiz. Comércio eletrônico: modelo, aspectos e contribuições de sua aplicação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

ALVES, Pincinato Dimas. Apostila de Marketing Digital, 2003.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho cientifico. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2001.

BATISTA, Emerson de O. Sistemas de informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

BOLIN, Sherrie. E-commerce: a market analysis and prognostication. Communications of the ACM, vol. 6, n. 3, p. 97-105, September 1998.

CAIRES, Rachel. Revista Exame 05.10.2006. Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/>. Acesso em 20 Abr. 2007.

CESAR, Ricardo. Revista Exame 22.02.2007. Disponível em <http://portalexame.abril.com.br/> Acesso em 21 Abr. 2007.

COMCIENCIA. Disponível em: <http://www.comciencia.br>. Acesso em: 21 Abr. 2007.

FIORE, Frank. E-marketing estratégico: como e porque impulcionar as vendas pelo e- commerce. 1. ed. São Paulo: Makron Books Ltda, 2001.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em 21 Abr. 2007.

LIMEIRA, Tania M. Vidigal. E-marketing: o marketing na Internet com casos brasileiros. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

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MATTAR, Najib Fauze. Pesquisa de marketing. 4 ed. São Paulo: Atlas. 1997.

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YESIL, Magdalena. Criando a loja virtual: Faça negócios com seu site na Internet. Rio de Janeiro: Infobook, 1999.

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APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO DE APLICAÇÃO, PARA REPRESENTANTES COMERCIAIS

Uma empresa importadora tem sua força de vendas constituída por representantes comerciais. A empresa paga 8% de comissão sobre as vendas.

No entanto a empresa está se preparando para se introduzir no mercado eletrônico e pretende disponibilizar para seus clientes o seu catalogo on-line e efetuar vendas pela Internet apenas para pessoas jurídicas. A empresa continuará pagando comissões para os representan-tes sobre as vendas feitas pela Internet, porém pretende negociar uma porcentagem reduzida para este tipo de venda.

1. Como você receberia essa idéia, se você trabalhasse com essa empresa?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Você acha que o papel do representante comercial está sofrendo mudanças? Quais são?____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3. Qual seria um valor justo para as comissões para o caso de vendas pela Internet?

( ) 8% ( ) 6% ( ) 4% ( ) 2% ( ) 0%

4. Quanto ao processo de vendas de uma forma geral. No caso acima, você entende que as vendas pela Internet, podem:

( ) Agilizar o processo de vendas ( ) Não influenciar ( ) Prejudicar o processo de vendas

5. Você consideraria esta situação para o representante comercial:

( ) Vantajosa ( ) Desvantajosa ( ) Inevitável ( ) Nenhum

6. Você faz uso da Internet para o trabalho?

( ) Sim ( ) Não

7. Qual a frequência que você utiliza o computador?

( ) Diariamente. ( ) 3 à 5 vezes por semana. ( ) 1 à 2 vezes por semana.

( )Mensalmente. ( ) Não utiliza.

Observações, Criticas ou Sugestões, fique à vontade para usar o verso da pagina.

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