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1
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
Josiane Wernke
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO
GERENCIAMENTO DE ESTOQUE DA EMPRESA RECBRAS. ATRAVÉS DA CURVA
ABC.
Administração de Materiais
ITAJAÍ (SC) 2008
2
JOSIANE WERNKE
TRABALHO CONCLUSÃO DE ESTÁGIO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE DA
EMPRESA RECBRAS. ATRAVÉS DA CURVA ABC.
Projeto desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.
ITAJAÍ – SC, 2008.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pelo dom
da vida, e por ter concedido garra e
determinação, para a realização dessa etapa da
minha vida.
Agradeço aos meus pais, Mauri e Salete e
irmão André pela presença ativa, pelo apoio,
força e pelos esforços de sempre dar o melhor de
si para a minha formação pessoal, ética e moral.
Sem eles não teria conseguido.
Agradeço aos mestres em especial meu
orientador Caio, aquele que eu sempre digo: “não
é apenas um professor, és amigo, companheiro,
motivador, orientador, alguém que me deu a
força e os ensinamentos que precisei”.
Agradeço aos meus amigos, em especial:
Aline, Cíntia, Daiana, Paola, Samara, Taise e
Xaiani por estarem sempre presentes, ajudando,
apoiando e transmitindo uma força motivacional.
Agradeço a minha família em geral pela
compreensão da ausência.
Agradeço ao Rodrigo (in memorin), que
enquanto esteve presente me deu todo amor e
apoio necessário.
Agradeço aos meus patrões Diogo, José
Augusto e Solange pela força, confiança e
oportunidade.
4
EPÍGRAFE
"A vida é a arte do encontro, embora haja
Tanto desencontro pela vida. É preciso
encontrar as coisas certas da vida para que
ela tenha o sentido que deseja. Assim, a
escolha de uma profissão também é arte de
um encontro, porque uma vida só adquire
vida quando emprestamos nossa vida para o
resto da vida".........................................................
(Vinícius de Morais)
5
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do estagiário:
Josiane Wernke.
b) Área do estágio:
Administração de Materiais.
c) Supervisor de campo:
Diogo Clivati Jorge
d) Orientador de estágio:
Prof. Caio César Ferrari Santângelo
e) Responsável pelos estágios em administração:
Professor Eduardo Krieger da Silva.
6
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA
a) Razão social
RECBRAS – Comércio de Materiais Recicláveis LTDA ME
b) Endereço
Rodovia BR 101 KM 101 Bairro Nossa Senhora da Conceição – Piçarras/SC
c) Setor de desenvolvimento de estágio
Administração de materias
d) Duração do estágio
300 horas
e) Nome e cargo do supervisor de campo
Diogo Clivati Jorge – Proprietário/Gerente
f) Carimbo e visto da empresa
7
AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA
Piçarras, 24 de outubro de 2008.
A empresa RECBRAS – Comércio de Materiais Recicláveis LTDA ME, pelo
presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a
publicar em sua biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio, executado durante
o Estágio Supervisionado, pela acadêmica JOSIANE WERNKE.
________________________________________________
Diogo Clivati Jorge
Proprietário/Gerente
8
RESUMO
O objetivo desse trabalho foi realizar um estudo do sistema de gerenciamento de
estoque e identificar as variáveis relacionadas à administração de materiais da
empresa RECBRAS – Comércio de Materiais Recicláveis LTDA ME podem ser
revistas para que a empresa tenha um ganho em sua eficiência. Para isso,
descreveu-se os materiais utilizados pela empresa, através da curva ABC,
estabeleceu-se o estoque mínimo de itens, descreveu cada custos de materiais. Os
materiais foram descritos na sua totalidade, com seus respectivos valores, pois, a
empresa não executava controle. O resultado obtido foi que, através da utilização
da curva ABC do desenvolvimento, do estoque mínimo, e do levantamento dos
custos por item pode-se concluir que a empresa poderá ter um ganho qualitativo e
quantitativo com a adoção desses controles. Os objetivos da pesquisa foram
alcançados, mostrando a importância de cada item, o seu fluxo e o custo que ele
gera dentro da organização.
PALAVRAS - CHAVES: Administração de Materiais, Estoque, Curva ABC.
9
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Perfil do comprador....................................................................................... 47
Quadro 2: Lista de itens e valor unitário cadastrados.................................................... 56
Quadro 3: Lista de quantidades de itens no estoque..................................................... 57
Quadro 4: Lista de valorização de estoque.................................................................... 59
Quadro 5: Estoque mínimo por itens.............................................................................. 62
10
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Organograma da estrutura organizacional...................................................... 55
Figura 2: Fluxograma dos serviços prestados................................................................ 54
11
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Curva ABC por quantidades de estoque....................................................... 58
Gráfico2: Curva ABC por valorização de estoque..........................................................61
12
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Levantamento de dados ................................................................................. 36
Tabela 2: Tabulação de dados ....................................................................................... 38
Tabela 3: Divisão das classes ........................................................................................ 38
Tabela 4: Definição das classes ..................................................................................... 39
SUMÁRIO
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 15
1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ............ ......................................................... 16
1.2 Objetivos do trabalho.......................... ................................................................... 17
1.3 Aspectos Metodológicos ........................ ............................................................... 18
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio .................................................................. 18
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa ................................................................... 19
1.3.3 Instrumentos e procedimentos de coleta de dados .............................................. 19
1.3.4 Análise de dados ................................................................................................... 20
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................... ............................................................ 21
2.1 História da Administração ..................... ................................................................ 21
2.2 Funções da Administração ...................... .............................................................. 24
2.3 Áreas da Administração ........................ ................................................................ 24
2.3.1 Administração de Marketing .................................................................................. 24
2.3.2 Administração Financeira ...................................................................................... 25
2.3.3 Administração de Recursos Humanos .................................................................. 26
2.3.4 Administração de Produção .................................................................................. 27
2.3.5 Administração de Materiais ................................................................................... 28
2.4 Estoque ....................................... ............................................................................ 30
2.4.1 Tipos de estoque ................................................................................................... 31
2.4.2 Objetivos e Funções de Estoque ........................................................................... 32
2.5 Custos de Estoque ............................. .................................................................... 34
2.6 Controle de Estoque ........................... ................................................................... 34
2.7 Curva ABC ..................................... ......................................................................... 35
2.8 Demanda ....................................... .......................................................................... 41
2.9 Inventário de Materiais ....................... .................................................................... 42
2.10 Compras ...................................... .......................................................................... 43
2.10.1 O que é compras ................................................................................................. 44
2.10.2 A importância de compras para a empresa ......................................................... 45
2.10.3 Perfil do comprador ............................................................................................. 46
2.11 Fornecedores ................................. ....................................................................... 47
14
2.11.1 Classificação fornecedores ................................................................................. 48
2.11.2 Alianças Estratégicas .......................................................................................... 49
3 DESENVOLVIMENTO DE PESQUISA DE CAMPO ............ ....................................... 51
3.1 Caracterização da empresa ..................... .............................................................. 51
3.1.1 Missão, Visão ....................................................................................................... 52
3.1.2 Mercado de atuação .............................................................................................. 53
3.1.3 Principal concorrente ............................................................................................. 53
3.1.4 Principais fornecedores ......................................................................................... 53
3.1.5 Principais clientes .................................................................................................. 53
3.1.6 Fluxograma de serviço prestado ........................................................................... 54
3.2 Resultado da pesquisa ......................... ................................................................. 55
3.2.1 Descrição dos materiais utilizados pela empresa e respectivos custos de aquisição
unitária ........................................................................................................................... 55
3.2.2 Desenvolvimento da curva ABC de estoque dos itens cadastrados na empresa .. 57
3.2.3 Desenvolvimento da Curva ABC referente a valorização do estoque .................. 59
3.2.4 Indicação do estoque mínimo da empresa ........................................................... 62
3.2.5 Entrevista com o proprietário ................................................................................. 64
3.3 Sugestões para a empresa Recbras .............. ....................................................... 65
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ............................................................ 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................ ...................................................... 68
APÊNDICES .................................................................................................................. 75
15
1 Introdução
Reciclagem é um conjunto de técnicas que possui a finalidade de aproveitar os
resíduos e reutilizá-los no ciclo de produção de que originaram. É o resultado de uma
série de atividades, pela quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são
desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-
prima na manufatura de novos produtos. Reciclagem é um termo originalmente
utilizado para indicar o reaproveitamento (ou a reutilização) de um polímero no mesmo
processo em que, por alguma razão foi rejeitado.
A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da
matéria (e da energia), que se tornaria lixo. Assim desviados, os resíduos são
coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na
manufatura de bens, os quais eram feitos anteriormente com matéria-prima virgem.
Dessa forma, os recursos naturais ficam menos comprometidos.
O curso de administração, hoje, é o mais procurado do Brasil. O administrador
adquire conhecimentos para percorrer áreas diversas, o que facilita a gestão de
empresas. A área de administração é realmente muito ampla, pode-se atuar em órgãos
públicos, privados, escolas e hospitais de qualquer porte.
As mudanças no ambiente externo ocorrem de forma muito rápida e constante. A
cada dia novas tecnologias surgem e, em contrapartida as antigas são abandonadas,
novas regras tomam forma numa economia instável e incerta; novas leis são criadas e
incorporadas, enfim, uma série de mudanças pode influenciar o desempenho
organizacional.
A administração de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de
custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção,
quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar
contido na filosofia da empresa e em sua organização.
Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e
programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos
que dela participam. O papel desenvolvido pela administração de materiais tem
exatamente esta função de conseguir balancear todos os interesses da empresa de
16
forma que o produto seja entregue ao cliente da melhor forma e com o menor custo e
que todos os departamentos estejam integrados.
É necessário uma eficiente administração de estoques, pois eles sofrem muitas
variações, e estão ligados a demanda.
A empresa RECBRAS – comércio de matérias recicláveis LTDA ME está no
mercado de recicláveis a mais de 8 anos e presta serviços para grandes empresas na
retirada de resíduos como plástico e papelão. Cresce e busca cada vez mais novos
nichos de mercado. Hoje desenvolve novos projetos em São Paulo, Paraíba e Recife.
Atualmente a empresa conta com 4 funcionários que fazem todo o processo de retirada,
separação e manufaturam os resíduos na qual serão vendidos ao cliente. A empresa
faz retirada em Itajaí e região, nas empresas: Braskarne, Arfrio, Standard, DKN, Takata,
Navship, Aurora, Ambev, Itazem, Limpart e outras girando em torno de 40.000 KG/mês
e acredita-se que não possui gerenciamento correto desse estoque, possibilitando ao
acadêmico desenvolver o projeto beneficiando assim a empresa melhorando a
organização e o controle do estoque.
1.1 Problema de pesquisa/ Justificativa
De acordo com Martins (2000), a busca pela organização dos estoques na
empresa tem sido um grande desafio. Através de um estoque organizado pode-se
analisar o feedback das vendas e ajustar o planejamento da produção. Para isto, é
necessário ter total controle sobre as saídas e entradas de recursos.
Seguindo essa linha busca-se obter um estoque totalmente correto, e de forma
que possa trazer resultados positivos à empresa. Na busca do gerenciamento dos
estoques pergunta-se: Quais as variáveis relacionadas à administração de materiais da
empresa Recbras podem ser revistas para que a empresa tenha um ganho em sua
eficiência?
De acordo com a concorrência precisa-se estar sempre organizado e preparado
para novos clientes, com isso saber corretamente o que há em estoques é necessário.
Para Roesch (2007) problema pode ser definido tanto a partir da observação,
como da teoria, ou ainda de um método que se queira testar. No contexto de um projeto
17
de prática profissional, um problema é uma situação não resolvida, mas também pode
ser a identificação de oportunidades até então não percebidas pela organização.
Diante da necessidade da empresa em melhor administrar seus recursos
materiais pode-se observar que esse trabalho foi muito importante para a empresa, pois
estará organizando e gerenciando todo seu estoque corretamente, e também para o
acadêmico em que pode colocar em prática o que aprendeu em sala da aula,
desenvolvendo um projeto para a empresa que trabalha.
Este foi um trabalho viável para a empresa, pois, nunca foi realizado este nem
qualquer outro tipo de projeto. A organização não teve custos com o projeto e será
possivelmente beneficiada com ótimos resultados que serão aplicados futuramente. O
estagiário já desenvolve trabalho nessa área dentro da empresa, então teve facilidade
para obter informações e acesso as pessoas envolvidas e tempo necessário para
realização do projeto. E importante para a universidade, por disponibilizar material
científico adicional aos docentes e alunos.
1.2 Objetivos do trabalho
Para Roesch (2007) objetivo é definido como alvo ou desígnio que se pretende
atingir.
O presente trabalho teve como objetivo geral estudar o sistema de
gerenciamento de estoque para a empresa Recbras, e identificou as variáveis
relacionadas a administração de materiais da empresa Recbras que podem ser revistas
para que a empresa tenha um ganho em sua eficiência.
Para alcançar o objetivo geral apresentado acima, definiram-se os seguintes
objetivos específicos:
- Descrever os materiais utilizados pela empresa, através da curva ABC.
- Estabelecer estoque mínimo de itens.
- Descrever os custos de materiais.
- Propor melhorias para a empresa.
- Desenvolver missão e visão da empresa.
18
1.3 Aspectos metodológicos
Esse capítulo aborda a metodologia usada no trabalho estudando características
quanto a tipo, contextualização e definição dos participantes da pesquisa fins da
pesquisa, meios de investigação, forma de coleta e análise de dados.
Para Roesch (1999) a metodologia descreve como o trabalho será realizado,
partindo dos objetivos para definir que tipo de projeto é mais apropriado.
1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio
Este tópico apresenta à caracterização do projeto, sua tipologia, abordagem e
estratégia de pesquisa. Este estudo é de abordagem qualitativa com aporte
quantitativo. O estudo é de natureza exploratória descritiva.
A tipologia mais apropriada para o projeto é proposição de plano, ou seja,
apresentar soluções para problema já diagnosticado.
Exploratória por visar às características de um fenômeno e suas
conseqüências, conforme afirma Gil (2001), a pesquisa exploratória proporciona maior
familiaridade com o problema visando torná-lo mais explícito.
Segundo Richardson (1999, p.38), “o método qualitativo é diferenciado do
quantitativo basicamente pelo fato de não empregar nenhum método estatístico como
base do processo de análise e justifica-se a sua utilização por tratar-se de uma forma
adequada de atender a natureza de determinado fenômeno social”.
Qualitativo devido ao fato de levantar informações explorando seus fenômenos.
Caracterizando-se por entender a natureza de um fenômeno social em que o seu objeto
encontra-se nas situações complexas ou particulares (RICHARDSON, 1999).
De acordo com Roesch (2005, p. 145), “argumenta-se que pesquisa qualitativa e
seus métodos de coleta e análise de dados são apropriados para uma fase exploratória
da pesquisa”.
Quantitativo pela análise estatística dos custos e resultado da empresa, coleta de
dados será feito utilizando métodos como observação participante, entrevista e análise
19
de documentos, assim como na análise descritiva dos dados e a apresentação de
sugestões à organização. Conforme Richardson (1999), a abordagem quantitativa se
caracteriza por utilizar-se de instrumentos estatísticos, obtendo como resposta a
quantificação ou mensuração de um determinado fenômeno, o qual vem ao encontro do
foco da pesquisa.
No que se refere à pesquisa qualitativa, buscou através de entrevistas,
observação, fontes secundárias informações para realiza a investigação, e na pesquisa
quantitativa através de números e gráficos demonstrou resultados importantes para a
organização
1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa
Este trabalho teve como participante o proprietário da empresa, em que
forneceu sua visão sobre a gestão de estoques da empresa.
1.3.3 Instrumentos e procedimentos de coleta de dados
Neste item foram apresentados os instrumentos e as pessoas que serviram
como fonte de dados para a realização deste projeto. O estudo foi realizado na
empresa Recbras, uma empresa familiar que está no mercado a mais de 8 anos.
O desenvolvimento dessa pesquisa foi mediante coleta de dados de fontes
primárias e secundárias. Segundo Roesch (2005), dados primários são os dados
existentes na organização os quais deverão ser coletados internamente ou
externamente. As fontes primárias podem ser determinadas como uma pesquisa para
resolução de possíveis problemas inseridos na organização.
Dados secundários são informações já existentes na empresa, ou seja, são
dados disponíveis para consultas (ROESCH, 2005).
Neste trabalho foi usada a técnica de entrevista que segundo Richardson (1999,
p.160) “a entrevista é uma técnica muito importante que permite o desenvolvimento de
uma estreita relação entre as pessoas”.
20
Com a entrevista levantou-se situações de problemas relacionados com o
gerenciamento do estoque. Segundo Lakatos e Marconi (1991), a vantagem da
entrevista sobre outras técnicas de coleta de dados é que ela permita captação rápida e
precisa de informação desejada, a qual não se encontra em documentos, tendo em
vista que o informante tenha conhecimento suficiente sobre os variados tópicos.
Para complementar a entrevista foi feita a observação do acadêmico. A
observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utilizar os
sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade (ROESCH, 2005).
1.3.4 Análise dos dados
Através da análise e interpretação dos dados foi possível levantar informações
pertinentes para a complementação do diagnóstico da pesquisa. As informações foram
obtidas com entrevistas junto ao proprietário.
Conforme Roesch, (2007, P. 170):
A análise de conteúdo usa uma série de procedimentos para levantar interferências validas a partir de um texto. O método busca classificar palavras, frases ou mesmo parágrafos em categorias de conteúdo.
Sendo assim, este estudo utilizou-se fontes primárias que de acordo com Mattar
(2001), utiliza a entrevista e a observação como técnica de pesquisa, e diz respeito aos
dados que não foram coletados antes, que estão ainda em posse dos pesquisados e
são coletados visando atender as necessidades específicas da pesquisa.
Com relação aos dados qualitativos foram tratados por meio de entrevistas e
coletas de dados.
Deste modo, este trabalho utilizou a observação participante dos acontecimentos
dentro do contexto estudado e a entrevista informal ao proprietário como instrumentos
de coleta de dados. A entrevista informal, conforme Vergara (2005) é quase uma
conversa jogada fora que tem como objetivo específico coletar os dados necessários
para a realização da pesquisa.
21
2 Revisão Bibliográfica
Segundo Richardson (2007, p.68) “a fundamentação teórica tem por objetivo
orientar o leitor para um aprofundamento do fenômeno estudado”.
A fundamentação teórica tem como objetivo dar sustentação ao
desenvolvimento do estudo com informações fundamentadas sobre a administração e
suas áreas. Conforme afirma Roesch (1999, p. 186), “a revisão da literatura busca uma
fundamentação teórica para o trabalho”, podendo levantar soluções alternativas para
determinado problema no tema estudado.
2.1 História da Administração
A administração é uma área ampla que pode ser dividida em Recursos
Humanos; Financeira; Materiais; Marketing e Produção (DIAS, 1995). Este capítulo
aborda os conceitos, funções e objetivos da administração, assim como de suas áreas,
e mais especificamente da Administração de Materiais por ser nesta área o foco deste
trabalho. Para uma melhor compreensão da administração, é importante conhecer um
pouco de sua evolução e das contribuições trazidas através de suas abordagens,
conforme apresentado a seguir.
Fayol foi o pioneiro em reconhecer a administração deveria ser vista como uma
função separada das demais funções da empresa, ele ajudou a tornar mais
transparente o papel dos executivos, ou seja, os administradores com nível mais alto na
hierarquia da empresa. (MAXIMIANO, 1995).
A partir deles, a história da administração moderna pode ser resumida nas
seguintes escolas: estruturalista, relações humanas, sistemas e contingência.
Segundo Chiavenato (2004), toda empresa existe para um determinado
propósito ou objetivo, e os gerentes são responsáveis por combinar e utilizar os
recursos de que dispõe a organização para garantir que essas empresas alcancem
seus propósitos. A administração faz com que a empresa busque seus objetivos e
metas ao designar atividades que seus membros devem realizar. A administração
esforça-se para encorajar a atividade individual que leve ao alcance das metas
22
organizacionais e encoraja a atividade individual que atrapalhe a realização dessas
metas. “Não existe idéia mais importante na administração do que os objetivos”.
Administrar não tem o mesmo sentido sem metas.
Ainda Chiavenato (2004), os gerentes influenciam todas as fases das
organizações modernas. Gerentes industriais executam operações industriais que
produzem as roupas que vestimos a comida que comemos e os automóveis que
dirigimos. Gerentes de vendas mantêm uma força de vendas que negocia produtos.
Gerentes de pessoal fornecem força de trabalho competente e produtiva às
organizações. A seção de empregos dos classificados de qualquer grande jornal
descreve muitos tipos diferentes de atividades administrativas e confirma sua
importância.
Peter Drucker (2005) ressalta, além de compreender o que o trabalho
administrativo significa para eles e para a sociedade e seus benefícios, os prováveis
administradores precisam saber o que as tarefas da administração acarretam. Nossa
sociedade poderia não existir, como conhecemos atualmente, nem se aperfeiçoaria
sem que os gerentes orientassem permanentemente suas organizações. Peter Drucker
(apud CERTO; 2005, p. 3) “enfatizou esse ponto quando afirmou que a administração
eficaz é provavelmente a maior fonte de riqueza dos países desenvolvidos e a maior
carência dos países em desenvolvimento [...]”. Em resumo, todas as sociedades
necessitam de bons gerentes.
Certo (2005), administração é o processo que permite alcançar as metas de uma
empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos da
empresa. Uma comparação entre essa definição e as definições de vários autores
mostra que existe um alto grau de concordância de que a administração possui as três
principais características: é um processo ou uma série de atividades contínuas e
relacionadas; implica alcançar os objetivos da empresa e se concentra nisso; alcança
esses objetivos fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos
da empresa.
Os princípios da administração são universais, isto é, aplicam-se a todos os tipos
de empresas (negócios, igrejas, associações, equipes de atletas, hospitais...) e níveis
23
organizacionais. Naturalmente que cada função de gerenciar varia um pouco, para cada
tipo de organização exige um tipo de conhecimento.
Henry Fayol (2005 apud CERTO; p. 10), um dos primeiros autores a escrever
sobre administração, “afirmou que todos os gerentes devem possuir certas
características, como boas condições físicas e mentais e conhecimentos especiais
relativos a funções específicas [...]”.
Para Vergara (2005), todas as instituições que compõem a sociedade moderna
não vivem ao acaso. Elas precisam ser administradas. Essas instituições são chamadas
organizações. As organizações são constituídas de recursos humanos e recursos não
humanos. Para que possam ser administradas as organizações precisam ser estuda,
afinal existe organizações lucrativas e não-lucrativas.
A administração é definida como sendo aquele que utiliza métodos da ciência
para tomar decisões e estabelecer um curso em ação. Todos os esforços são feitos
para obter informações completas, válidas, confiáveis e pertinentes ao problema em
questão antes de ser tomada qualquer decisão (KWASNICKA, 2005).
Kwasnicka (2005), o sucesso de um administrador na vida profissional não está
inteiramente relacionado aquilo que lhe foi ensinado, ao seu brilhantismo acadêmico ou
ao seu interesse pessoal em praticar o que aprendeu nas escolas. Esses aspectos são
importantes, porém estão condicionados a características de personalidade, ao modo
de agir de cada um.
A administração revela-se nos dias de hoje como uma das áreas do conhecimento humano mais impregnado de complexidades e de desafios. O profissional que utiliza a administração como um meio de vida pode trabalhar nos mais variados níveis de uma organização (CHIAVENATO, 2004, p. 2).
Conforme Chiavenato (2004), na metade do século XX, com a Era Industrial,
ocorreram várias mudanças, com isso a teoria administrativa começou a lançar as suas
bases fundamentais preocupando-se com os aspectos prescritivos e normativos para a
administração das organizações.
24
2.2 Funções da Administração
Para Certo (2005), a administração se divide em quatro funções: Planejamento;
organização; influência; controle, apesar de referidos separadamente eles estão
totalmente relacionados e não podem estar separados na prática.
2.3 Áreas da Administração
A administração é dividida em cinco áreas sendo: Marketing, Materiais,
Produção, Financeira e Recursos Humanos (DIAS, 1995).
Todas foram apresentadas abaixo citando os conceitos e funções de cada uma
destas áreas sendo que a administração de Materiais é o foco deste trabalho, foi
apresentada no item subseqüente de forma mais completa.
2.3.1 Administração de Marketing
Para explanar a administração de marketing, é importante destacar seu
conceito. O marketing é definido por Las Casas (1997, p. 26) como:
A área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade.
De acordo com Wing (1999), toda empresa precisa dispor de programas que lhe
permitam conversar regularmente com seus clientes. Não há forma melhor ou mais
eficiente de saber como sua empresa está se saindo ou como os seus produtos,
serviços e funcionários são vistos no mercado do que perguntando aos seus clientes.
Hoje possuímos uma sociedade cada vez mais urbana, com uma economia voltada para o consumidor, as facilidades oferecidas tornam mais acessível à aquisição de bens, duráveis ou não, e um planejamento estratégico é o meio usado para ativar esse conceito de
25
comercialização, uma organização integrada, coordenada, é essencial como meio eficiente e lucrativo de se atingir a meta de atendimento pleno das necessidades do cliente (STANTON, 1980, p.17).
O autor acrescenta que a Administração Mercadológica pode ser definida como
sendo um grupo de pessoas no sentido de um objetivo comum a todos. Como
resultante dessa direção, a produção do grupo todo supera a soma das produções de
cada um de seus integrantes.
Kotler (2006) afirma que o sucesso financeiro de muitas empresas
depende das habilidades do marketing. Segundo ele, as outras áreas da empresa não
terão sentido caso não haja uma demanda para produtos e serviços suficiente para que
a empresa tenha lucro.
2.3.2 Administração Financeira
Toda empresa bem administrada deve desenvolver um sistema de orçamento
integrado para planejar, acompanhar e controlar suas atividades. As decisões
relacionadas com o orçamento de capital resultam na geração de custos e benefícios,
ao longo de vários períodos de tempo. Antes de analisar o orçamento de capital como
instrumento de planejamento, é saudável rever o valor do dinheiro no tempo e do valor
presente (GITMAN, 1997).
De acordo com Mathur (1979), o processo de tomada de decisão proporciona e
envolve riscos. Normalmente, quanto maior o nível de lucro, maior o nível de risco. O
risco empresarial, em função do mercado e o risco financeiro que depende dos
instrumentos financeiros utilizados pela empresa.
Acredita-se que a tarefa mais importante de um administrador financeiro
seja criar valor a partir das atividades de orçamento de capital, financiamento e liquidez
da empresa.
26
2.3.3 Administração de Recursos Humanos
Para Aquino (1979), a administração de Recursos Humanos é uma especialidade
que surgiu com o crescimento das organizações e com as complexidades das tarefas
organizacionais. Trata do adequado aproveitamento, da aplicação, da manutenção e do
desenvolvimento das pessoas nas organizações.
De acordo com Aquino (1979, p.21):
A administração de Recursos Humanos consiste em planejar organizar dirigir e controlar as funções procura, desenvolvimento, manutenção e utilização da força de trabalho de forma que os objetivos para as quais a empresa foi estabelecida sejam atingidos economicamente e eficazmente, bem como os objetivos de todos os níveis de pessoal e os da sociedade sejam devidamente considerados e atendidos.
A área de recursos humanos para a empresa tem um papel importante na
motivação de pessoal, ajudar na produtividade e promover as condições para que o
funcionário possa exercer suas funções.
Segundo Ribeiro (2006) as principais funções de recursos humanos são:
cumprir a lei, manter todos os registros legais e antecipar-se aos problemas do dia-a-
dia; pagar a cada um a importância de seu cargo; proporcionar benefícios adicionais
para a segurança e satisfação dos empregados; assegurar uma renda complementar
para uma aposentadoria digna; garantir um ambiente de trabalho seguro e adequado ao
trabalhador.
As organizações em geral, independente de suas características, são compostas
e voltadas para as pessoas. As pessoas buscam as organizações para atingir seus
objetivos particulares, e com isso elas tem em comum uma tendência à vida social,
apresentando várias características e aptidões individuais. Sendo assim, o estudo e a
compreensão das pessoas colocam-se com base para as organizações (LACOMBE,
2004).
27
2.3.4 Administração de Produção
A administração da produção “é o termo usado pelas atividades, decisões e
responsabilidades dos gerentes de produção que administram a produção e a entrega
de produtos e serviços” (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002, p. 58).
De acordo com Martins e Laugeni (1999, p.5).
Podemos afirmar que as atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longos prazos, se inter-relacionam, muitas vezes de forma extremamente complexa. Como tais atividades, na tentativa de transformar insumos, tais como matérias-primas, em produtos acabados e/ou serviços da Administração da Produção a gestão eficaz dessas atividades. Dentro desse conceito, encontramos a Administração da Produção em todas as áreas de atuação dos diretores, gerentes, supervisores e/ou qualquer colaborador da empresa.
Segundo Moreira (1998), a administração da produção diz respeito aquelas
atividades orientadas para a produção de um bem físico ou a prestação de um serviço.
Cabe aos integrantes da administração da produção exercer atividades como:
entendimento dos seus objetivos estratégicos, desenvolvimento de uma estratégia de
produção para a organização, definir projeto dos produtos, serviços e processos,
planejamento e controle, e melhoria do desempenho da produção (SLACK;
CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).
A grande verdade é que, ao longo do tempo, a designação de administração de produção vem sendo confundida com a atividade fabril. Ao ouvi-la as pessoas logo imaginam um local cheio de máquinas, pessoas andando de um lado para o outro, produtos sendo fabricados, vagões ferroviários ou caminhões sendo carregados ou descarregados e assim por diante. Não resta dúvida que tudo isso tem haver com administração da produção, mas a imagem é incompleta. (MOREIRA, 1998 p. 1).
Assim, a administração da produção trata da maneira que as organizações
produzem seus bens e serviços.
28
2.3.5 Administração de materiais
O objetivo principal das empresas é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre capital,
seja em fábricas, equipamentos, financiamento de vendas, reservas de caixa ou
estoque (VIANA, 2000).
A administração de materiais conforme Viana (2000, p. 35), tem como objetivo
fundamental “determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque”, onde sua
meta principal consiste em equilibrar estoque e consumo. Tendo como procedimentos
fundamentais, definir o que comprar, quanto, quando, como, de quem, por qual preço e
qual quantidade.
Segundo Dias (1995, p. 11):
O importante é otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso eficiente dos meios de planejamento e controle, minimizando as necessidades de capital para o estoque. Os estoques de produto acabado, matéria-prima e material em processo não podem ser visto independentemente. Seja qual for a decisão tomada sobre qualquer um desses tipos, ela deverá ter influências sobre os demais.
Gonçalves (2004, p. 2):
Administrar materiais é uma atividade que vem sendo realizada nas empresas desde os primórdios da administração. Ela tomou um grande impulso a partir do momento em que a logística se estendeu muito além das fronteiras das empresas, tendo como principal objetivo atender as necessidades e expectativas dos clientes.
A administração de materiais é uma área indispensável para alcançar o
equilíbrio entre diminuir os custos com estocagem, aperfeiçoar a utilização de recursos
materiais de forma a atender às necessidades dos clientes e obter maior retorno
financeiro, minimizando as necessidades de capital investido em estoques.
De acordo com Dias (1995 p.19) “a função da administração de materiais é
maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas e o ajuste do planejamento da
produção”. Desta forma, a administração de materiais se preocupa somente com o fluxo
diário entre vendas e compras.
A abordagem da administração de materiais conforme Gonçalves (2004, p. 2),
pode ser estudada sobre a ótica de três áreas igualmente importantes:
29
� Área de gestão de compras: seu objetivo principal é assegurar o
suprimento dos bens e serviços necessários, tanto para a produção
quanto para as demais atividades da empresa. Essa gestão começa pela
busca de fornecedores que tenham condições de oferecer bens e
serviços de boa qualidade, dentro dos requisitos estabelecidos pela
empresa, atendendo aos prazos fixados e entregando os bens e serviços
dentro das especificações, com boas condições de fornecimento.
� Área de gestão de estoques: seu objetivo é dar garantia do suprimento
dos materiais necessários ao bom funcionamento da empresa, evitando
faltas, paralisações eventuais na produção e satisfazendo às
necessidades dos clientes e usuários.
� Área de gestão dos centros de distribuição: seu objetivo é receber os
materiais adquiridos pela área de gestão de compras e planejados pela
área de gestão de estoques, efetuar sua guarda e atender ás solicitações
dos usuários desses materiais nos mais diversos setores da empresa,
suprindo-os nas quantidades requeridas e no momento certo.
Para Gonçalves (2004), a administração tem interface com diversos setores da
empresa, como: financeira, considerando a aquisição de materiais para a produção.
Produção, fabricação dos produtos oferecidos pela empresa. Venda compõe o leque de
produtos oferecidos pela empresa ao consumidor. Recursos Humanos, pessoal
devidamente capacitado e treinado para a administração dos materiais. Logística de
distribuição, fornecimento de produtos acabados de acordo com a necessidade do
consumidor. Informática, apoio, manutenção e registro das informações.
Como a gestão de materiais diz respeito à utilização eficiente dos recursos
necessários para a produção, cabe ao administrador destes recursos planejar e
controlar a utilização dos mesmos. Evitando problemas como falta repentina de algum
material e também a sobra de materiais ocasionando alto nível de estoque, tornando-se
um capital parado (SILVA, 1981).
Fearon (1979 apud BAILY e FARMER, p. 26) “administração de materiais é o
conceito de organização de administrador único que abrange planejar, organizar,
30
motivar e controlar todas as atividades e pessoal principalmente ligado ao fluxo de
materiais em uma organização [...]”. Segundo Martins e Alt (2002), administrar recursos escassos tem sido a
preocupação dos gerentes, engenheiros, administradores e praticamente todas as
pessoas direta ou indiretamente ligadas ás atividades produtivas, tanto na produção de
bens tangíveis quanto na prestação de serviços.
2.4 Estoque
Francischini e Gurgel (2002 p.81) definem estoque como “quaisquer quantidades
de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de
tempo. Segundo Ballou (1995), estoques são todos os bens e materiais mantidos por
uma organização para suprir demandas futuras. O controle ou gestão de estoques
compreende todas as atividades, procedimentos e técnicas que permitem garantir a
qualidade correta, no tempo correto, de cada item do estoque ao longo da cadeia
produtiva: dentro e fora das organizações. O objetivo das empresas é maximizar o lucro
sobre o capital investido.
Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram, de uma forma ou de outra, a obtenção de uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é grandemente facilitada com a administração eficaz dos estoques (MARTINS e ALT, 2000 p. 133).
Martins e Alt (2000 p. 133) “o estoque tem a função de funcionar como
reguladores do fluxo de negócios”.
Jacobsen (2003) na visão clássica o estoque era visto com um investimento e
representava uma segurança contra imprevistos diversos, que na verdade mascaravam
problemas como: peças com defeito, defeito nas máquinas, erros de quantidade,
refugo, gargalos, operadores despreparados, produtos fora do padrão, quebra de
máquinas, arranjo físico inadequado, absenteísmo, desequilíbrio de carga de trabalho,
negligência e imperícia.
31
2.4.1 Tipos de Estoque
Para francischini e Gurgel (2002), estoques podem ser, basicamente, de quatro
tipos:
• Estoque de matérias-prima: materiais e componentes comprados de
fornecedores, armazenados na empresa compradora e que não sofreram
nenhum tipo de processamento.
• Estoque de matéria em processo: materiais e componentes que sofreram pelo
menos um processamento no processo produtivo da empresa compradora e
aguardam utilização posterior.
• Estoque de produtos auxiliares: peças de reposição, materiais de limpeza,
materiais de escritório, etc.
• Estoque de produtos acabados: produtos prontos para comercialização.
Para Silva (1981), são tipos de estoque:
• Matérias-primas: Todos os materiais que são agregados ao produto
acabado. Toda empresa tem um estoque de matéria prima de algum tipo. O
volume real de cada matéria prima depende do tempo de reposição que a
empresa leva para receber seus pedidos, da freqüência do uso, do
investimento exigido e das características físicas do estoque.
• Produtos em processo: São todos os materiais que estão sendo usado no
processo fabril, parcialmente acabados, que adquiri outras características no
fim do processo produtivo. Um estoque maior de produtos em processo
acarreta maiores custos, pois o capital da empresa está empatado durante
um período de tempo mais longo.
• Produtos Acabados: São itens que já foram produzidos, mas não foram
vendidos. As empresas que produzem por encomenda mantém um estoque
baixo de produtos acabados, ou quase zero, pois virtualmente todos os itens
já foram vendidos antes mesmo de serem produzidos. Para as empresas que
produzem para estoque, ocorre exatamente o contrario, os produtos são
32
fabricados antes da venda. O nível de produtos acaba determinado na
maioria das vezes pela previsão de vendas, pelo processo e pelo
investimento exigido em produtos acabados.
Segundo Gasnier (2002), nas organizações convencionais de fabricação, varejo
ou serviços, as categorias de materiais mais usuais que encontramos são as
seguintes:
• Matéria prima (MP)
• Materiais complementares.
• Componentes (peças).
• Ingredientes.
• Insumos.
• Material em processo ou WIP (work-in-process).
• Conjuntos e subconjuntos.
• Materiais para embalagens.
• Materiais para expediente.
• Produtos acabados.
• Mercadorias.
• Equipamentos produtivos.
• Veículos.
• Ferramentas.
• Instrumentos.
• Materiais de manutenção, e
• Materiais auxiliares.
2.4.2 Objetivos e funções de Estoque
De acordo com Dias (1993, p.23).
A função da administração de estoques é justamente maximizar este efeito lubrificante no feedback de vendas não realizadas e o ajuste do planejamento da produção. Simultaneamente, a administração de estoques deve minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro
33
aumenta. Sem estoques é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda final do produto. Para a gerência financeira, a minimização dos estoques é uma das metas prioritárias. O objetivo, portanto, é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido.
O controle ou gestão de estoques compreende todas as atividades,
procedimentos e técnicas que permitem garantir a qualidade correta, no tempo correto,
de cada item do estoque ao longo da cadeia produtiva: dentro e fora das organizações.
Outro fator importante no contexto dos estoques é o aumento da competição, local ou
global, combinada com situações econômicas que estabelecem patamares para preços
competitivos que, por sua vez, comprimem as margens de lucro. Os estoques têm duas
funções básicas: alimentar a produção ou suprir as vendas. Naquela função, visam
permitir produção sem paradas - eliminando riscos de paradas na produção decorrentes
de problemas no abastecimento – e melhorar a eficiência do processo produtivo –
permitindo períodos mais longos de produção, considerados mais eficientes (DIAS,
1995).>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
>>>>>Para A função da administração de Estoques é maximizar o efeito lubrificante no
feedback entre os demais departamentos de uma organização e a produção
propriamente dita. Está administração de estoque deve minimizar o capital total
investido em estoques, pois ele é caro e tende a aumentar continuamente, uma vez
que, o custo financeiro também se eleva. Uma organização dificilmente poderá
trabalhar sem estoque, pois, sua função amortecedora entre vários estágios de
produção vai até a venda final do produto (VIANA, 2000).
Martins (2000), um dos objetivos principais da administração de estoques é
otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso dos meios internos da empresa,
diminuindo as necessidades de capital investido.
Para Gasnier (2002, p.26) “O propósito ou finalidade fundamental dos estoques é
amortecer as conseqüências das incertezas, impedindo ou minimizando as
conseqüências nos demais processos da cadeia de abastecimento”.
34
2.5 Custos de Estoque
Para Dias (1995, p.43) “todo e qualquer armazenamento de material gera
determinados custos que são: juros, depreciação, aluguel, equipamentos de
movimentação, deterioração, absolescência, seguros, salários, conservação”.
Segundo Martins e Alt (2005, p. 141):
É usual ouvirmos “estoques custa dinheiro”. A afirmativa é bem verdadeira. A necessidade de manter estoques acarreta uma série de custos ás empresas. Os japoneses, pioneiros nos estudo do just-in-time, consideram os estoques como uma forma de desperdício. Podemos classificar os custos de manter estoques em três grandes categorias: custos diretamente proporcionais aos estoques; inversamente proporcionais aos estoques e independente da quantidade estocada.
De acordo com Gonçalves (2004), embora o estoque de materiais seja
indispensável ele gera um custo. Custos que se desdobra em vários componentes e,
dependendo do enfoque utilizado, o estoque pode ter objetivos conflitantes nos diversos
órgãos da administração.
Ainda Gonçalves (2004, p. 54):
Se examinarmos sob a ótica da armazenagem, a existência do estoque vai implicar custos de armazenamento e movimentação. Esse custo envolve os custos de espaço, das condições de armazenamento, envolvendo, por exemplo, ambientes especiais, movimentação interna, controles, absolescência, perdas, extravios.
2.6 Controle de Estoque
Controle de estoque é o procedimento adotado para registrar, fiscalizar e gerir a
entrada e saída de mercadorias e produtos seja numa indústria ou no comércio (DIAS,
1995.)
Dimensionar e controlar os estoques é um tema importante e preocupante. Descobrir fórmulas para reduzir estoques sem afetar o processo produtivo e sem o crescimento dos custos é um dos maiores desafios. As fórmulas clássicas como a do Lote Econômico, já foram satisfatórias e tiveram seus dias de glória. Era uma época que tudo se definia com duas perguntas básicas: Quanto? Quando? A maioria das empresas não está mais enfatizando o “quanto” e sim o “quando”. Possuir em estoque a quantidade correta no tempo incorreto
35
não adianta nem resolve nada, pois a determinação desses prazos é que é importante. Existem sistemas de controle de estoques que dão, com certo grau de precisão, os volumes a serem comprados de material para determinado período (DIAS, 1995, p. 126).
Para Martins e Alt (2000, p.156) “O grande controle que pode ser feito em
qualquer organização para auxiliar o fluxo de caixa é o referente aos inventários.
Inventário em excesso significa gastar dinheiro á toa, arcar com um custo que não traz
benefício algum”.
Segundo Viana (2000, p. 137):
Controle é a função administrativa que consiste em medir o desempenho de qualquer atividade, visando aos interesses da empresa. O controle funciona como um centro de informações e processamento de dados, facilitando a tomada de decisões, em seus diversos níveis, planejando a aquisição e regulando as atividades de todos os setores.
Gasnier (2002), Estoque máximo é o estoque ideal mantido num determinado
período para atender as necessidades de uma venda, e estoque mínimo é a menor
quantidade que deverá existir em estoque para prevenir emergência da demanda ou
problemas na entrega.
2.7 Curva ABC
As negociações, o planejamento, o acompanhamento dos materiais devem ser
classificados por classe. Essa classificação é chamada de curva ABC. De acordo com
Jacobsen (2006), a curva ABC é um método de ordenação de itens de estoque de uma
empresa e classificação em grupo de itens, de acordo com suas importâncias relativas
(sob o ponto de vista econômico-financeiro). O objetivo da curva ABC é determinar
quais os itens que devem merecer esforço administrativo preferencial e quais terão
administração superficial, significando ordem de prioridade.
A curva ABC também tem outras finalidades, dentre as quais: revisão de tempos
padrões de operações de atividades produtivas; conhecimento do peso de cada ítem
nas vendas; conhecimento do grau de imobilização de capital dos itens mantidos
regularmente no estoque, com base no estoque médio; “planejamento da distribuição
quando os produtos são agrupados ou classificados conforme seu nível de vendas”
36
(BALLOU, 1995, p.99), determinando a quantidade de pontos de armazenagem;
“definição de níveis diferenciados de serviços aos clientes para os três grupos: A, 99%;
B, 95%; C, 85%” (BALLOU, 1995, p.47), reduzindo o capital total empatado no estoque
(JACOBSEN, 1995).
Conforme Jacobsen (2006), para o levantamento da curva ABC de um estoque,
deve-se levar em conta os seguintes elementos e tomar as seguintes providências:
• Código do material ou ítem
• Preço ou custo unitário
• Demanda futura ou passada, ou estoque médio, em unidade de cada ítem,
durante o período em estudo
• Cálculo da demanda em valor monetário, do período determinado
• Ordenação decrescente dos itens, em função da demanda em valores
monetários (movimentação de valor)
Exemplificando, veja a Tabela abaixo:
Tabela1: Levantamento de dados
Nº. DE ITENS
CÓDIGO DO MATERIAL
PREÇO UNITÁRIO
DEMANDA ORDENAÇÃO DECRESCENTE QTD VALOR
1 X012 10,00
14
140,00 14
2 X023 10,00
10
100,00 17
3 X034 90,00
100
9.000,00 1
4 X045 75,00
4
300,00 9
5 X056 110,00
2
220,00 10
6 X067 43,00
10
430,00 7
7 X078 2,00
10
20,00 20
8 X089 30,00
6
180,00 12
9 X090 50,00
100
5.000,00 2
10 X101 15,00
4
60,00 19
37
Nº. DE ITENS
CÓDIGO DO MATERIAL
PREÇO UNITÁRIO
DEMANDA ORDENAÇÃO DECRESCENTE QTD VALOR
11 X112 25,00
4
100,00 16
12 X123 50,00
24
1.200,00 3
13 X134 56,00
10
560,00 6
14 X145 80,00
2
160,00 13
15 X156 4,00
80
320,00 8
16 X167 20,00
50
1.000,00 4
17 X178 2,00
45
90,00 18
18 X189 2,00
400
800,00 5
19 X190 4,00
50
200,00 11
20 X201 6,00
20
120,00 15
TOTAL
20.000,00
Tabela 1: Levantamento de dados. Fonte: Jacobsen (2006).
Depois de realizado o levantamento, vem a fase de tabulação de dados da curva
ABC de um estoque. Para realizá-lo, deve-se considerar os seguintes elementos,
segundo o autor supracitado:
• Código do material ou ítem, ordenado de forma decrescente, conforme ficou
estabelecido na fase de levantamento
• Demanda em valores monetários, por ítem
• Percentual de participação de cada ítem de acordo com a sua demanda em
valor monetário
• Demanda acumulada do período, em percentual
• Percentual acumulado do número de itens estudados (100% dividido pelo nº.
de itens)
• Quantidade acumulada do número de itens
38
Tabela 2: Tabulação dos Dados
CÓDIGO DO MATERIAL
DEMANDA DEMANDA ACUMULADA
ITENS ACUMULAD
OS ($) (%) ($) (%) (%) Nº.
X034 9.000,00 45 9.000,00 45 5 1 X090 5.000,00 25 14.000,00 70 10 2 X123 1.200,00 6 15.200,00 76 15 3 X167 1.000,00 5 16.200,00 81 20 4 X189 800,00 4 17.000,00 85 25 5 X134 560,00 2,80 17.560,00 87,80 30 6 X067 430,00 2,15 17.990,00 89,95 35 7 X156 320,00 1,60 18.310,00 91,55 40 8 X045 300,00 1,50 18.610,00 93,05 45 9 X056 220,00 1,10 18.830,00 94,15 50 10 X190 200,00 1 19.030,00 95,15 55 11 X089 180,00 0,90 19.210,00 96,05 60 12 X145 160,00 0,80 19.370,00 96,85 65 13 X012 140,00 0,70 19.510,00 97,55 70 14 X201 120,00 0,60 19.630,00 98,15 75 15 X112 100,00 0,50 19.730,00 98,65 80 16 X023 100,00 0,50 19.830,00 99,15 85 17 X178 90,00 0,45 19.920,00 99,60 90 18 X101 60,00 0,30 19.980,00 99,90 95 19 X078 20,00 0,10 20.000,00 100 100 20
TOTAL 20.000,00 100 Tabela 2: Tabulação dos dados Fonte: Jacobsen (2006). Tabela 3: Divisão das classes
CLASSE A B C TOTAL
QTD ITENS 2 7 11 20
VALOR CLASSE 14.000,00 4.610,00 1.390,00 20.000,00
% ITENS 10 35 55 100
% VALOR 70 23,05 6,95 100
Tabela 3: Divisão das classes Fonte: Jacobsen (2006).
Segundo este autor, a definição das classes ou dos pontos de divisão requer o
uso do bom senso por parte do administrador, pois não existe regra restrita ou fixa.
Contudo, a tendência é seguir o que apresentam as tabelas abaixo.
39
Tabela 4: Definição de classes (proposição)
ITENS DE ESTOQUE PERCENTUAL Nº. DE ÍTENS % DEMANDA EM $
Classe A 5 a 10 70 a 75
Classe B 25 a 30 20 a 25
Classe C 60 a 70 5 a 10
Tabela 4: Definição de classes Fonte: Jacobsen (2006)
Como se pode observar na Tabela, se tem a apresentação daquilo que se
convencionou ser uma forma adequada de fazer distribuição dos itens de estoque
dentro das classes A, B e C. Desta forma, o ideal é ter como classe A algo entre 5 e
10% do total de itens, representando um percentual da demanda em valor monetário
oscilando entre 70 e 75%; como classe B algo entre 25 e 30% do total dos itens,
representando um percentual da demanda em valor monetário oscilando entre 20 e
25% e como classe C algo entre 60 e 70% do total de itens, representando um
percentual da demanda em valor monetário oscilando entre 5 e 10%. Jacobsen (2006)
salienta ainda que outra distribuição: como classe A algo entre 10 e 20% do total de
itens, representando um percentual da demanda em valor monetário oscilando entre 50
e 70%; como classe B algo entre 20 e 30% do total de itens, representando um
percentual da demanda em valor monetário oscilando entre 20 e 30%; e como classe C
algo entre 50 e 70% de itens, representando um percentual da demanda em valor
monetário oscilando entre 10 e 20%.
Observando a Tabela 05, se tem a distribuição das classes obtidas em uma
empresa com aproximadamente 30.000 itens de estoque, feita por computador. Sendo
que a Tabela 05 (tabulação dos dados) seguiu o procedimento proposto, o qual resultou
na seguinte distribuição:
• Classe A: 5% dos itens e um percentual da demanda em valores monetários
igual a 70%;
• Classe B: 25% dos itens e um percentual da demanda em valores monetários
igual a 25%;
• Classe C: 70% dos itens e um percentual da demanda em valores monetários
igual a 5%.
40
Então, a distribuição das classes ficou dentro dos parâmetros da tabela 2.4.2.4
(definição das classes), o que tem acontecido nas aplicações da curva ABC, e indicado
por Jacobsen (2006): é importante esclarecer que a curva construída com base em
quaisquer dados sempre apresenta o caráter típico. Contudo, algumas empresas
utilizam a curva ABCD e outras já estão usando a curva ABCDE. Ballou (1995 p.90)
admite que a variação para mais classes “é uma mera questão de conveniência, uso e
bom senso, sendo possível estabelecer tantas classes quantas forem necessárias para
os controles a serem estabelecidos”.
Considerando-se as atividades de uma empresa, todos os materiais merecem
atenção. Mas, para Martins e Alt (2006, p. 258) “os itens com movimentação de valor
particularmente alto demandam controle cuidadoso, enquanto aqueles com baixas
movimentações de valor não precisam ser controlados tão rigorosamente”. Segundo
Jacobsen (1996), os itens A têm alta prioridade, os itens B têm prioridade média e os
itens C têm prioridade menor. Entretanto, é relevante que se faça a identificação do
grau de criticidade dos materiais.
Criticidade é a avaliação dos itens quanto ao impacto que sua falta causará na operação da empresa, na imagem da empresa perante os clientes, na facilidade de substituição do ítem por um outro e na velocidade da obsolescência (MARTINS e ALT, 2006, p.214).
Conforme estes autores, para identificar o grau de criticidade dos materiais são
necessários levar em conta os seguintes aspectos: mercado, abastecimento,
segurança, produção, material X (a falta não provoca transtornos, podendo usar outro
equivalente), material Y (a falta não causa transtornos em curto prazo) e material Z (é
vital, a falta pode ocasionar paralisação da produção).
Portanto, é através da curva ABC que se pode conhecer a ordem de prioridade
de uma lista de estoques, separando o essencial do trivial, tornando possível
estabelecer uma política de gestão, definindo procedimentos e critérios específicos, de
ação administrativa, capazes de melhorar o desempenho da empresa.
41
2.8 Demanda
De acordo com Ballou (1995) uma das melhores maneiras de classificar o
estoque é segundo a natureza de sua demanda. Existem cinco tipos de demanda, e
são elas: demanda permanente, demanda sazonal, demanda irregular, demanda em
declínio e demanda derivada.
Para Viana (2000), os estoques para demanda permanente são os que requerem
ressuprimento contínuo ou periódico. O controle de estoque orienta-se para a previsão
de demanda do inventário, a determinação de quando o ressuprimento deve ser
efetuado e definir o tamanho do lote de ressuprimento.
Grande número de produtos tem tal sazonalidade na demanda que não podem
ser controlados da mesma forma que produtos com demanda permanente. Podem ser
produtos com ciclo anual de demanda ou simplesmente produtos com ciclo de vida
muito curto. A principal característica dessa demanda e ser considerada composta por
um único pico de controle de estoque. Alguns produtos têm comportamento irregular
que a projeção de sua venda é muito difícil. O controle de estoque para produtos com
demanda irregular esta amarrado coma previsão precisa de vendas, principalmente
quando o comportamento erradico está combinado com tempo de ressuprimento muito
longo ou pouco flexíveis. O declínio da demanda é geralmente gradual e os estoques
excedentes podem ser diminuídos pouco a pouco. Para alguns produtos, o final ocorre
subitamente, mais de modo planejado. O problema aqui se concentra muitos menos em
prever a demanda por peças de reposição e mais em planejar quando e quanto deve
estocado período a período (BALLOU, 1995).
Ballou (1995), para alguns produtos sua demanda é conhecida se a demanda
dos produtos acabados puder ser determinada. Quanto e quando comprar ou produzir
pode ser determinado com precisão a partir da demanda por produtos acabados. Ela
serve como base para efetuar a programação final da produção.
De acordo com Russomano (1995, p. 127), “previsão da demanda, fundamento
do planejamento agregado é o processo sistemático e racional de conjecturar a cerca
das possíveis vendas futuras dos produtos ou serviços da empresa”.
42
Uma vez que, aliado á definição das necessidades de materiais e respectivos prazos, era necessário examinar as capacidades das máquinas e os recursos destinados a produção. De nada adiantaria ter disponíveis os materiais, se a produção não estivesse preparada para absorvê-los na forma adequada e sincronizada com as exigências da demanda do produto final (GONÇALVEZ, 2004 p. 161).
2.9 Inventário de materiais
De acordo com Martins e Laugeni (1999, p.29) “O inventário dos materiais é uma
atividade do almoxarifado e que tem como objetivo principal assegurar que as
quantidades físicas ou existentes no almoxarifado estejam de acordo com as listagens
e os relatórios contábeis de estoque”.
Segundo Martins e Alt (2002, p.156), o inventário físico “consiste na contagem
física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre inventário físico e os registros
do controle de estoques, devem ser feito os ajustes conforme recomendações
contábeis e tributárias”.
Geralmente são realizados uma vez por ano em época de encerramento contábil,
mas fora desse período é aconselhável a realização de inventário periódica, para evitar
possíveis faltas ou excesso de materiais no estoque (MARTINS E ALT, 2002).
Existem duas maneiras de efetuar o inventário físico: O periódico e o rotativo. O
periódico é quando em determinados períodos, geralmente nos encerramentos dos
exercícios fiscais, ou duas vezes por ano, faz-se a contagem física de todos os itens do
estoque. O rotativo é quando permanentemente se contam os itens em estoque; nesse
caso faz-se um programa de trabalho de tal forma que todos os itens seja contatos
dentro do período fiscal.
De acordo com Martins e Laugeni (1999) o inventário rotativo tem como objetivo:
• Classificar os itens dentro da curva ABC.
• Determinar os critérios de inventário de acordo com porcentagens de itens
de cada classe.
• Com o auxílio da auditoria contábil, promover os acertos.
• Calcular a acuracidade do estoque.
43
De acordo com Martins e Laugeni (1999) deve – se seguir alguns critérios básicos
para a elaboração do inventário rotativo a ser realizado a cada três meses.
• Inventariar 100% dos itens da classe A.
• Inventariar 50% dos itens da classe B.
• Inventariar 5% dos itens da casse C.
Para Jacobsen (2003, p. 61), “inventário é a contagem física dos materiais
existentes na instituição, visando comparar as quantidades levantadas com os diversos
registros do controle de estoque em uso”.
2.10 Compras
Qualquer atividade industrial necessita de matérias-primas, componentes,
equipamentos e serviços para que possam operar. No ciclo de um processo de
fabricação, antes de se dar início a primeira operação, os materiais e insumos gerais
devem estar disponíveis, mantendo-se, com certo grau de certeza, a continuidade de
seu abastecimento a fim de atender as necessidades ao longo do período. Logo, a
quantidade dos materiais e a sua qualidade devem ser compatíveis com o processo
produtivo. (DIAS, 1995).
A gestão de aquisição, a conhecida função de compras assume papel verdadeiramente estratégico nos negócios de hoje em face dos volumes de recursos, principalmente financeiros, envolvidos, deixando cada vez mais para trás a visão preconceituosa de que era uma atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros (MARTINS e ALT, 2000 p.63).
Segundo Gonçalves (2004) a fabricação de produtos, a operação de uma
ferrovia, a administração de uma escola, hospitais, serviços municipais etc. depende,
essencialmente, da presença de insumos e produtos no momento exato, na quantidade
certa e na qualidade desejada.
44
2.10.1 O que é Compras
Segundo Martins e Alt (2006, p.82), “Hoje a função de compras é vista como
parte do processo de logística das empresas, ou seja, como parte integrante da cadeia
de suprimentos (supply chain)”.
Compra é um termo normalmente utilizado para definir o ato e a responsabilidade funcional para promover a procura dos materiais e dos serviços e, então, supri-los para serem utilizados pela empresa. A função compras envolve uma responsabilidade muito maior. Ela requer planejamento e acompanhamento, processo de decisão, pesquisas e seleção das fontes supridoras dos diversos materiais, diligenciando para assegurar que o produto será recebido no momento esperado, inspeção tanto na qualidade quanto na quantidades desejadas. O órgão de compras de uma empresa deve possuir executivos bem preparados, com talento compatível com a função que vão exercer (GONÇALVES, 2004, p.193).
Para Dias (1995), a função compra é um segmento essencial do departamento
de materiais ou suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de
materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfaze-las no momento certo
com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e
providenciar armazenamento. Compra é, portanto, uma operação da área de materiais,
mais essencial entre as que compõem o processo de suprimentos.
A compra é vista pela organização bem-sucedida de hoje como uma atividade de importância estratégica considerável. Entretanto, nem todas as empresas vêem as compras como uma função desempenhada de forma melhor por um departamento especializado. Há aquelas que a vêem mais apropriadamente desempenhada quando está próxima a ponto da necessidade dos bens ou serviços que são adquiridos. Então, talvez seja verdadeiro dizer que a maioria das grandes organizações emprega os serviços de uma equipe dedicada de especialistas em compras e suprimentos (BAILY, 2000, p. 16).
Baily (2000, p. 20):
• Compras pode adicionar valor.
• Compras (e fornecedores) contribuem para as especificações.
• Compras evita materiais defeituosos.
• Compras é importante função gerencial.
• Compras contribui para o desenvolvimento dos mercados.
45
• Os problemas são responsabilidade compartilhada.
• O custo total e o valor são variáveis-chaves.
• Ênfase estratégica.
• O sistema pode ser integrado ao sistema dos fornecedores.
• Negociações ganha-ganha.
• Muitos fornecedores = perda de oportunidades.
• Excesso de estoques = desperdício
• A informação é valiosa se compartilhada.
2.10.2 A importância de compras para a empresa
A necessidade de se comprar cada vez melhor é enfatizada por todos os
empresários atuais juntamente com as necessidades de estocar em níveis adequados e
de racionalizar o processo produtivo. Comprar bem é um dos meios que a empresa
deve usar para reduzir custos (DIAS, 1995).
Para Gonçalves (2004):
• Comprar de forma eficiente, maximizando o ganho para a empresa, dentro dos
padrões éticos.
• Garantir o suprimento dos materiais, nas quantidades e nos prazos exigidos
pelos usuários.
• Criar e desenvolver de forma permanente a intensiva, um cadastro de
fornecedores de suprimentos que de garantia quanto ao fluxo de materiais a
serem abastecidos na empresas.
• Manter uma boa articulação tanto internamente nas empresas, quanto com o
mercado em geral e, especialmente, com o mercado fornecedor dos insumos e
produtos exigidos pelas empresas.
• Criar rotinas e procedimentos dentro dos processos de aquisição que sejam
ágeis e que permitam um efetivo controle de todo o processo.
A gestão de compras deixa para trás a visão preconceituosa de que era uma
atividade burocrática e repetitiva, um centro de despesas e não um centro de lucros.
46
Por isso, e por outros fatores como a reestruturação pela qual passaram as
empresas nos últimos anos, evolução da tecnologia e novos relacionamentos com
os fornecedores, cresce cada vez mais a importância das pessoas que trabalham
nessa área (MARTINS E ALT, 2000).
Baily (2000, p. 31), definição ampla de objetivos é sugerida:
• Suprir a organização com um fluxo seguro de materiais e serviços para atender a
suas necessidades.
• Assegurar continuidade de suprimento para manter relacionamento efetivo com
fontes existentes, desenvolvendo outras fontes de suprimentos alternativas, ou
para atender a necessidades emergentes ou planejadas.
• Comprar eficiente e sabiamente, obtendo por meios éticos o melhor valor por
centavo gasto.
• Administrar estoques para proporcionar o melhor serviço possível aos usuários e
ao menor custo.
• Manter relacionamentos cooperativos sólidos com outros departamentos,
fornecendo informações e aconselhamentos necessários para assegurar a
operação eficaz de toda a organização.
• Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organização pra assegurar
o alcance dos objetivos previstos.
2.10.3 Perfil do comprador
Para Dias, (1995, p. 246):
Atualmente o comprador é um elemento experiente e a função é tida e reconhecida como uma das mais importantes em uma empresa. O padrão atual exige que o comprador tenha ótimas qualificações e esteja preparado para usá-las em todas as ocasiões. Para conduzir eficazmente suas compras, deve demonstrar conhecimentos amplos das características dos produtos, dos processos e das fases de fabricação dos itens comprados. Deve estar preparado para discutir em igual nível de conhecimento com os fornecedores.
47
Segundo Baily, (2000, p.427):
Área Compra dor tradicional Comprador moderno ATITUDES
(opiniões e crenças)
Seu trabalho começa com a requisição; trabalha em um departamento de serviços a disposição da produção.
Vê a função como geradora potencial de lucro: acredita que deve contribuir para os planos a longo prazo como parceiro em igualdade de condições.
COGNIÇÕES
(conhecimento e suposições)
Nenhum conhecimento financeiro, estatístico ou analítico. Assume que todos os livros publicados são para acadêmicos. Considera eu seu trabalho é resolver problemas do departamento de produção.
Possui MBA; forte base financeira e tecnológica; assume que a área de compras é vital para o bem-estar da empresa, que necessita de contribuição criativa para os planos e as políticas cooperativas.
VALORES
(metas, temores, aspirações)
Preocupado com status. Considera seu trabalho como o ápice de suas ambições, mas espera um salário progressivo. Suas metas são: redução de custos, resistências a aumento de preços e segurança de que a produção não sofrerá descontinuidade.
Aspira assumir uma diretoria; ansioso para eliminar as deficiências da administração de recursos humanos e proporcionar melhores condições de trabalho. Possui metas bem definidas para atingir objetivos, com o uso de melhor planejamento, criatividade e colaboração de outros executivos da empresa.
Quadro1: Perfil do comprador Fonte:Baily, (2000).
2.11 Fornecedores
Hoje, os fornecedores de grandes empresas são na verdade parceiros delas.
Somente com alianças estratégicas visando a objetivos comuns é que podemos
garantir qualidade, tempestividade e regularidade nos suprimentos dos materiais e dos
serviços e, conseqüentemente a sobrevivência da empresa no mercado (GONÇALVES,
2004).
Nenhum sistema produtivo pode fabricar produtos ou prestar serviços com qualidade se os materiais utilizados, ou os serviços adquiridos, não
48
estiverem dentro das especificações adequadas. No mínimo, serão necessários retrabalhos por parte da empresa compradora, o que certamente aumentará seus custos ou comprometerá prazos e a qualidade do produto final (FRANCISCHINI E GURGEL, 2002 P. 61).
Segundo Dias (1995), o objetivo principal é encontrar fornecedores que possuam
condições de fornecer os materiais necessários dentro das quantidades, dos padrões
de qualidades requeridos, no tempo determinados, com menores preços e/ou
competitivos e nas melhores condições de pagamento. E que sejam confiáveis como
uma fonte de abastecimento contínua e ininterrupta.
2.11.1 Classificação fornecedores.
Não resta dúvida de que a seleção dos fornecedores é uma tarefa difícil e
onerosa para a empresa, mais foi demonstrado que cuidados essenciais, quanto ao
fornecimento de componentes e serviços, são muito mais vantajosos do que procurar
corrigir os defeitos encontrados durante o processo produtivo ou gerenciar problemas
sistemáticos de prazos de entrega (FRANCISCHINI E GURGEL, 2002).
Ainda Francischini e Gurgel (2002), O processo de seleção de fornecedores deve
seguir, pelo menos, alguns passos essenciais:
• Pesquisar fornecedores potenciais.
• Estabelecer critérios de avaliação de fornecedores.
• Avaliar e selecionar os fornecedores.
• Cadastrar os fornecedores selecionados.
• Acompanhar o desempenho do fornecimento.
• Fazer parcerias com fornecedores.
Segundo Dias (1995, p. 281), “podemos classificar como fornecedor toda empresa
interessada em suprir as necessidades de outra empresa em termos de: matéria prima,
serviços e mão-de-obra”.
Ainda Dias (1995, p. 281)
a eficiência de um departamento de compras está diretamente ligada ao grau de atendimento a ao relacionamento entre comprador e o fornecedor, que devem ser os mais adequados e convenientes. Dentro
49
de uma classificação podemos ter: fornecimento monopolista são os fabricantes de produtos exclusivos dentro de um mercado; fornecedores habituais são aqueles fornecedores tradicionais que possuem uma linha de produto padronizada e bastante comercial; e fornecedores especiais são os que ocasionalmente poderão prestar serviços, mão-de-obra e até fabricação de produtos.
2.11.2 Alianças estratégicas
Para Rodrigues (1999), alianças estratégicas envolvem a cooperação entre duas
ou mais entidades. Representam um método de as instituições manterem suas
estratégicas individuais, apesar dos recursos limitados em algumas áreas, e
fortalecerem-se ao encontrarem outras organizações com as quais possam cooperar.
Devem proporcionar aos parceiros maior probabilidade de sucesso em um contexto
competitivo do que se estivessem sozinhos naquela tarefa, projeto ou empreendimento.
Enquanto o conceito de parceria remete à união com fim específico, normalmente um
projeto ou uma ação, o conceito de aliança estratégica trabalha a idéia de longo prazo,
de pacto, de união mais estável e permanente.
Em contrapartida Roos e Lorange (1996, p.11):
As alianças estratégicas estão tornando-se cada vez mais importantes na intensificação dos negócios internacionais competitivos de hoje. Entretanto, podem apresentar um paradoxo porque, por definição, as alianças estratégicas envolvem cooperação entre duas ou mais empresas.
2.11.2.1 Comakership
Para Martins e Alt (2000, p.109), “O relacionamento cliente-fornecedor se
desenvolve a partir de uma atuação do cliente (comprador) sobre os seus fornecedores,
procurando atingir um grau de entendimento e confiança mútua até então inexistente”.
Segundo Merli (1998), o Comakership é uma forma evoluída de relacionamento
entre clientes e fornecedores, através de uma visão integrada da cadeia de
suprimentos, abordando estratégias, políticas e aspectos operacionais, relacionados à
questão da qualidade, escolha e avaliação de fornecedores e logística que promovem a
competitividade global da cadeia.
50
Segundo Slack e Johnston (2002), o termo poderia ser traduzido como co-
fabricação, pois o fornecedor participa ativamente, envolvendo-se com as várias fases
do projeto, como seu planejamento, custos e qualidade, pois possui a garantia de
contratos de fornecimento de longo prazo.
51
3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO
Este capítulo aborda a parte do trabalho relacionada ao resultado da pesquisa
de campo. Inicialmente destaca-se a caracterização da empresa objeto do estudo, e do
setor específico onde o trabalho está sendo realizado.
3.1 Caracterização da empresa
A empresa RECBRAS tem por razão social o nome Recbras Comércio de
Materiais Recicláveis Ltda ME está localizado na Rodovia BR 101 Km 101, s/n – bairro:
Nossa Senhora da Conceição – Piçarras/ SC.
Suas Atividades iniciaram em junho de 2000. A idéia de um negócio próprio
partiu do proprietário Diogo Clivati Jorge, que possuía alguma experiência na área
administrativa. Essa idéia surgiu pela necessidade de tentar uma vida melhor,
possuindo seus próprios lucros e livres de patrão.
A partir dessa idéia Diogo Clivati Jorge e seus pais José Augusto Jorge e
Solange Clivati Jorge alugaram um pequeno galpão e passaram a comprar material de
sucateiros depois separados por eles mesmos e então revendidos.
Devido à necessidade de mão-de-obra qualificada nessa área a empresa se
expandiu e resolveram optar por um galpão três vezes maior. Depois de ampliada e
instalada, contratam um funcionário compraram um caminhão, e passaram a operar nos
portos e grandes industriais da região de Itajaí.
Atualmente, depois de quase oito anos no mercado a empresa RECBRAS vem
crescendo, e busca sempre satisfazer seus fornecedores, e assim conquistar novos
mercados. A empresa conta com quatro funcionários, e irá abrir novas filiais em João
Pessoa – Pernambuco, operando em quase todas as unidades fabris da AMBEV e
também na cidade de São Paulo.
A empresa possui uma estrutura organizacional menor, por se tratar de uma
empresa de pequeno porte. Com organograma dividido da seguinte forma:
52
Figura 1: Organograma da Estrutura Organizacional Fonte: RECBRAS
A tomada de decisões é sempre feita após reunião entre os dois proprietários e
a administrativa. Em assuntos relacionados aos funcionários, é sempre feito uma
assembléia geral com todos os funcionários, para que após exposto as decisões eles
também possam opinar e dar sugestões.
Responsabilidade social também faz parte da empresa, que sempre procura
auxiliar as entidades carentes e outros eventos beneficentes.
3.1.1 Missão e visão
A missão de uma empresa existe para socializar entre os funcionários os
objetivos claros que esta define. Na opinião de Kotler (1998), a missão de uma empresa
deve ser bem preparada para proporcionar aos funcionários um senso único de
propósito, direção e oportunidade. Neste sentido a missão da empresa é:
“Ser reconhecido na área de retirada de resíduos sólidos e tornar-se referência
no Brasil”.
A visão corporativa de uma empresa define o que ela gostaria de ter dentro de
um determinado período de tempo como ressalta o autor Cobra, (2006) a visão de uma
DIRETOR COMERCIAL
DIRETOR OPERACIONAL
ADMINISTRAÇÃO
Produção
COORDENADOR
PRODUÇÃO
53
empresa é onde ela no momento de sua definição e onde ela gostaria de estar dentro
de um tempo pré-estabelecido. Neste sentido a visão da organização é:
“Atender seus fornecedores da melhor maneira possível dentro de prazos e
normas estabelecidas, procurando o crescimento e o conhecimento para a empresa e
seus colaboradores”.
3.1.2 Mercado de atuação
O mercado de atuação da empresa compreende as indústrias da cidade Itajaí e
região.
3.1.3 Principal concorrente
O principal concorrente da organização é o rei do papelão. Empresa localizada
na cidade de Itajaí atua no mesmo ramo e sempre busca conquistar nossos clientes,
tentando combater nos preços e qualidade.
3.1.4 Principais fornecedores
Os principais fornecedores são: Ambev, Standard, Arfrio, Limpart, Seara,
Cargill, Takata, Navship, Aurora, Itazem entre outros.
3.1.5 Principais Cientes
Os principais clientes são: Edepel embalagens, Solar, Plastipon, Dereplas, entre
outros.
54
3.1.6 Fluxograma do serviço prestado.
Figura 2: Fluxograma do serviço prestado. Fonte: Dados primários
RETIRADA MATERIAL
CAMINHÃO VAI
ATÉ O FORNECEDOR
BUSCAR O MATERIAL.
CHEGADA MATERIAL NA
EMPRESA
MATERIAL É DESCARREGADO
NO DEPÓSITO.
MATERIAL É PRENSADO.
MATERIAL
PRENSADO EM MÁQUINÁRIOS DE QUALIDADE
MATERIAL É ENTREGUE AO
CLIENTE.
TODO MATERIAL É CARREGADO
NO CAMINHÃO E ENTREGUE AO
CLIENTE
REGISTRO NO COMPUTADOR
TODO MATERIAL É REGISTRADO
NO COMPUTADOR,
ESPECIFICANDO ORIGEM,
VALORES E PESO.
MATERIAL ESTOCADO
DEPOIS DE
ENFARDADO TODO MATERIAL É
ESTOCADO NO DEPÓSITO
55
3.2 Resultados da Pesquisa
Este tópico demonstra como a pesquisa foi realizada na empresa
Recbrás. As informações colhidas e interpretadas foram demonstradas
através de textos descritivos e planilhas elaboradas pela estagiária.
3.2.1 Descrição dos materiais utilizados pela empresa e respectivos
custos de aquisição unitária.
O quadro abaixo relaciona todos os itens utilizados na empresa com
respectivos custos unitários por item: MATERIAL VALOR UNITÁRIO CAMISA M R$ 7,00 CAMISA G R$ 7,00 CALÇA M R$ 12,00 CALÇA G R$ 12,00 BERMUDA M BRINDE R$ 38,00 UNIFORMES USADOS CAMISA M R$ 7,00 CALÇA M R$ 12,00 R$ 19,00 MATERIAL DE SEGURANÇA PAR DE LUVAS PARA ALUMÍNIO R$ 2,50 PAR DE LUVAS PARA FERRO R$ 5,00 OCLUS R$ 1,20 PROTETOR AURICULAR R$ 1,50 MATERIAL DE HIGIÊNE PAPEL TOALHA (CELULOSE) R$ 17,00 PAPEL TOALHA (CREME) R$ 10,00 PAPEL TOALHA (CREME) R$ 20,00 PAPEL HIGIÊNICO R$ 3,00 MEDICAMENTOS GASES R$ 0,50 ESPARADRAPO R$ 2,00 MATERIAL DE ESCRITÓRIO
56
CANETA AZUL R$ 0,90 CANETA PRETA R$ 0,90 CANETA VERMELHA R$ 0,90 LÁPIS R$ 0,45 ESTILETE R$ 3,00 MARCA TEXTO R$ 2,00 CORRETIVO R$ 2,00 BORRACHA R$ 0,50 RÉGUAS R$ 0,30 COMPUTADOR R$ 1.000,00 CALCULADORAS R$ 6,00 FOLHA SULFITE R$ 2,50 R$ 5.118,45 MATERIAL DE MANUTENÇÃO MÁQUINAS CHAVE FENDA R$ 8,00 CHAVE DE BOCA "10" R$ 9,00 CHAVE DE BOCA "12" R$ 12,00 MATERIAL DE LIMPEZA CERA R$ 18,00 DESINFETANTE R$ 12,00 DETERGENTE R$ 10,00 CLORO R$ 12,00 LIMPA VIDRO R$ 12,00 LUSTRA MÓVEIS R$ 2,50 VASSOURAS R$ 3,00 RODO R$ 3,00 BALDE R$ 2,00 R$ 74,50 MATERIAL DE PRODUÇÃO PLÁSTICO R$ 0,75 PAPELÃO R$ 0,22 VIDRO R$ 0,02 FERRO R$ 0,12 BOMBONAS DE 20 LITROS TUBETES R$ 0,22 R$ 1,33
Quadro 2: Lista de itens e valor unitário cadastrados Fonte: Dados secundários
57
3.2.2 Desenvolvimento da Curva ABC de estoque dos itens cadastrados na empresa
Após desenvolvimento do quadro de itens utilizados na empresa, a
estagiária representou graficamente através da Curva ABC de estoques e
identificou os itens ABC por nível de importância.
ESTOQUE
MATERIAL QUANTIDADE
PAPELÃO 10230 A = 16.230 (QUANTIDADE)
FERRO 6000 71,64% DO ESTOQUE TOTAL
PLÁSTICO 3580 B = 5.580 (QUANTIDADE)
TUBETES 2000 24,63% DO ESTOQUE TOTAL
VIDRO 700 CALÇA G 20 CAMISA M 19 CALÇA M 17 CAMISA G 14 CANETA AZUL 9 CALÇA M 7 CAMISA M 6 LÁPIS 4 PROTETOR AURICULAR 3 C = 844 (QUANTIDADE)
RÉGUAS 3 3,73% DO ESTOQUE TOTAL
PAPEL HIGIÊNICO (300M) 2 GASES (10 UNIDADES) 2 CANETA PRETA 2 CANETA VERMELHA 2 CALCULADORAS 2 FOLHA SULFITE (50 FOLHAS) 2 CHAVE FENDA 2 DESINFETANTE (5 LITROS) 2 LUSTRA MÓVEIS (200ML) 2 VASSOURAS 2 RODO 2 BERMUDA M 1
58
PAR DE LUVAS PARA ALUMÍNIO 1 PAR DE LUVAS PARA FERRO 1 ÓCULOS 1 PAPEL TOALHA (CELULOSE) (1000 FOLHAS) 1 PAPEL TOALHA (CREME) (500 FOLHAS) 1 PAPEL TOALHA (CREME) 1 ESPARADRAPO 1 ESTILETE 1 MARCA TEXTO 1 CORRETIVO 1 BORRACHA 1 COMPUTADOR 1 CHAVE DE BOCA "10" 1 CHAVE DE BOCA "12" 1 CERA (5 LITROS) 1 DETERGENTE (5 LITROS) 1 CLORO (5 LITROS) 1 LIMPA VIDRO (5 LITROS) 1 BALDE 1 BOMBONAS DE 20 LITROS 0 TOTAL (QUANTIDADE EM ESTOQUE – UNIDADES) 22.654 UND
Quadro 3: Lista de quantidades de itens no estoque Fonte: Dados secundários
GRÁFICO REPRESENTATIVO DA CURVA ABC DE ESTOQUES POR QUANTIDADE
Gráfico 1: Curva ABC por quantidade de estoque Fonte: Dados secundários
59
E através da Curva ABC que a empresa Recbras comércio de materiais
recicláveis LTDA ME. Pode conhecer os produtos que devem ter prioridades em sua
lista de estoque.
Classe A inicia desde o papelão ao ferro contendo 16.230 kg representando
71,64% do estoque total, os itens classificados em A deve ter um controle rigoroso para
que permaneça o menor tempo possível em estoque.
Classe B inicia desde o plástico aos tubetes contendo 5.580 kg representando
24,63% do estoque total, para esse produtos classificados em B pode se ter um
tratamento moderado, sendo controlado de forma atenta porem flexível.
Classe C inicia desde vidro a bombonas de 20 litros contendo 844 unidades
representando 3,73% do estoque total, os itens classificados em C podem ser
estocados em quantidades maiores, com controles menos rígidos.
3.2.3 Desenvolvimento da Curva ABC referente valorização do estoque
Esta etapa da pesquisa consistiu em desenvolver e representar
graficamente a Curva ABC da valorização dos itens em estoque, conforme
demonstração gráfica abaixo:
MATERIAL QUANT V. UNT. V.
TOTAL
PLÁSTICO 3.580 R$ 0,75 2.685,00
PAPELÃO 10.230 R$ 0,22 2.250,60
A = R$5.935,60 (VALOR)
COMPUTADOR 1 R$ 1.000,00 1.000,00
73,97% DO V. TOTAL EST.
FERRO 6.000 R$ 0,12 720,00
TUBETES 2.000 R$ 0,22 440,00
CALÇA G 20 R$ 12,00 240,00
CALÇA M 17 R$ 12,00 204,00
CAMISA M 19 R$ 7,00 133,00
B = R$1.914,00 (VALOR)
CAMISA G 14
DESINFETANTE (5 LITROS) 2 R$ 12,00 24,00
PAPEL TOALHA (CREME) (1000 FOLHAS) 1
R$ 20,00 20,00
60
CERA (5 LITROS) 1 R$ 18,00 18,00
PAPEL TOALHA (CELULOSE) (1000 FOLHAS) 1
R$ 17,00 17,00
CHAVE FENDA 2 R$ 8,00 16,00
VIDRO 700 R$ 0,02 14,00
CALCULADORAS 2 R$ 6,00 12,00
CHAVE DE BOCA "12" 1 R$ 12,00 12,00
CLORO (5 LITROS) 1 R$ 12,00 12,00
LIMPA VIDRO (5 LITROS) 1 R$ 12,00 12,00
PAPEL TOALHA (CREME) (500 FOLHAS) 1
R$ 10,00 10,00
DETERGENTE (5 LITROS) 1 R$ 10,00 10,00
CHAVE DE BOCA "10" 1 R$ 9,00 9,00
CANETA AZUL 9 R$ 0,90 8,10
PAPEL HIGIÊNICO (300M) 2 R$ 3,00 6,00
VASSOURAS 2 R$ 3,00 6,00
RODO 2 R$ 3,00 6,00
FOLHA SULFITE (50 FOLHAS) 2 R$ 2,50 5,00 C = R$175,10 (VALOR)
LUSTRA MÓVEIS (200ML) 2 R$ 2,50 5,00
2,18% DO V. TOTAL EST.
PAR DE LUVAS PARA FERRO 1 R$ 5,00 5,00
PROTETOR AURICULAR 3 R$ 1,50 4,50
ESTILETE 1 R$ 3,00 3,00
PAR DE LUVAS PARA ALUMÍNIO 1 R$ 2,50 2,50
ESPARADRAPO 1 R$ 2,00 2,00
MARCA TEXTO 1 R$ 2,00 2,00
CORRETIVO 1 R$ 2,00 2,00
BALDE 1 R$ 2,00 2,00
LÁPIS 4 R$ 0,45 1,80
CANETA PRETA 2 R$ 0,90 1,80
CANETA VERMELHA 2 R$ 0,90 1,80
OCLUS 1 R$ 1,20 1,20
GASES (10 UNIDADES) 2 R$ 0,50 1,00
61
RÉGUAS 3 R$ 0,30 0,90
BORRACHA 1 R$ 0,50 0,50
BERMUDA M 1 R$ - 0,00
BOMBONAS DE 20 LITROS 0 R$ - 0,00
TOTAL 8.024,70 Quadro 4: Lista valorização do estoque Fonte: Dados secundários
GRÁFICO REPRESENTATIVO DA CURVA ABC VALORIZAÇÃO DO ESTOQUE
Gráfico 2: Curva ABC por valorização do estoque Fonte: Dados secundários
Classe A inicia no plástico ao computador gerando R$ 5.935,60 reais em
estoque parado representando 73,97% do valor total, os produtos classificados em A
seus pedidos devem ser feitos com exatidão para que não haja estoque parado
gerando despesas desnecessárias. A empresa controlando os estoques dos produtos
classificados em A logo obterá uma pequena economia em seus estoques.
Classe B inicia em ferro a papel toalha (celulose) (1000 folhas) gerando 1.914,00
reais referente a 23,85% do valor total dos estoques, isso significa que os produtos
classificados em B estão controlados.
62
Classe C inicia desde a chave fenda a bombonas de 20 litros gerando R$
175,10 reais referente a 2,18% do valor total dos estoques.
3.2.4 Indicação do estoque Mínimo da empresa.
O quadro abaixo relaciona todos os itens utilizados na empresa com
respectivo estoque mínimo por item:
MATERIAL QUANTIDADE GIRO (mês)
ESTOQUE MIN.
CAMISA M 19 2 2
CAMISA G 14 1 1
CALÇA M 17 2 2
CALÇA G 20 1 1
BERMUDA M 1 1 1
UNIFORMES USADOS CAMISA M 6 1 1
CALÇA M 7 1 1
MATERIAL DE SEGURANÇA PAR DE LUVAS PARA ALUMÍNIO 1 1 1
PAR DE LUVAS PARA FERRO 1 1 1
OCLUS 1 1 1
PROTETOR AURICULAR 3 1 1
MATERIAL DE HIGIÊNE
PAPEL TOALHA (CELULOSE) 1 PACOTE (1000 FOLHAS) 1 1
PAPEL TOALHA (CREME) 1 PACOTE (500 FOLHAS) 1 1
PAPEL TOALHA (CREME) 1 PACOTE (1000 FOLHAS) 1 1
PAPEL HIGIÊNICO 2 ROLOS (300M) 3 3
MEDICAMENTOS
GASES 2 PACOTE (10 UNIDADES) 1 1
ESPARADRAPO 1 1 1
MATERIAL DE ESCRITÓRIO CANETA AZUL 9 1 1
63
CANETA PRETA 2 1 1
CANETA VERMELHA 2 1 1
LÁPIS 4 1 1
ESTILETE 1 1 1
MARCA TEXTO 1 1 1
CORRETIVO 1 1 1
BORRACHA 1 1 1
RÉGUAS 3 1 1
COMPUTADOR 1 1 1
CALCULADORAS 2 1 1
FOLHA SULFITE 2 (50 FOLHAS) 1 1
MATERIAL DE MANUTENÇÃO MÁQUINAS CHAVE FENDA 2 1 1
CHAVE DE BOCA "10" 1 1 1
CHAVE DE BOCA "12" 1 1 1
MATERIAL DE LIMPEZA CERA 1 (5 LITROS) 1 1
DESINFETANTE 2 (5 LITROS) 0,5 0,5
DETERGENTE 1 (5 LITROS) 0,5 0,5
CLORO 1 (5 LITROS) 0,25 0,25
LIMPA VIDRO 1 (5 LITROS) 0,5 0,5
LUSTRA MÓVEIS 2 (200ML) 1 1
VASSOURAS 2 1 1
RODO 2 1 1
BALDE 1 1 1
MATERIAL DE PRODUÇÃO PLÁSTICO 3580 20000 20000
PAPELÃO 10230 22000 22000
VIDRO 700 500 500
FERRO 6000 2000 2000
BOMBONAS DE 20 LITROS 0 0 0
TUBETES 2000 1000 1000 Quadro 5: Estoque mínimo da empresa. Fonte: Dados secundários
64
3.2.5 Entrevista com o proprietário.
Entrevista realizada com o proprietário da empresa.
1- Porque nunca foi feito o controle de estoque?
“Porque mexe com muito tipo de materiais e não tinha como fazer a classificação
desses materiais e nem controle de peso de entrada e saída por causa das quebras”.
2- Acha que necessita de uma política de gerenciamento de estoques?
“Sim”.
3- Qual sua percepção no que se refere à quantidade de estoque trabalhada pela
empresa?
“É uma quantidade regular na qual estamos nos adequando e procurando novos
fornecedores para que aumente isso”.
4- Em sua opinião o estoque da empresa permanece muito tempo parado ou possui
giro rápido?
“Certos tipos de material fica muito tempo parado por não estar em peso para
classificação, pesagem e venda. E outros possui giro rápido”.
5- os clientes são prejudicados quando acontece falta de estoque na empresa?
“É prejudicial aos clientes porque o que temos divide entre os clientes já existentes”.
6- Os materiais ficam armazenados em locais apropriados?
“Sim, galpão”.
7- Na sua opinião o estudo da estagiária Josiane contribui para gestão de estoque da
empresa?
65
“Creio que contribuiu e irá contribuir bem mais, pois a empresa também está crescendo,
e com a qualidade de serviço que está sendo implantada será melhor para controle de
estoque e a melhora no fator financeiro, podendo também saber qual lucro exato”.
3.2.5.1 Análise das questões
Depois de realizada a pesquisa a estagiária pode perceber que o proprietário
sente a necessidade de um controle de estoque e um gestor na área de estoque, pois,
percebe que os clientes estão sendo prejudicado com essa falta de gerenciamento.
E com isso possa gerar mais lucros, menos perda e ter um controle mensal para
atender seus clientes, não deixando também material parado em estoque.
A empresa poderá ter um ganho qualitativo e quantitativo através da utilização da
curva ABC do desenvolvimento, do estoque mínimo, e do levantamento dos custos por
item.
3.3 Sugestões para Recbras – Comércio de Materiais Recicláveis LTDA ME.
Após o estudo e pesquisa, a estagiária sugeriu as seguintes ações para a
organização da empresa:
- Conscientizar todos envolvidos com estoques na empresa, a importância de
se controlar, organizar a gestão de materiais.
- Sugerir a implantação de um software de gestão de estoques, pois até o
presente momento, não se fazia nenhum tipo de controle.
- Utilizar a Curva ABC para controlar os níveis de estoque levando em
consideração a sua classificação por importância de itens.
- Fazer inventário mensais no estoque.
- Identificar novas fontes de fornecimento de insumos para a organização;
- Criar um cargo na empresa de “Gestor de Estoques”, pois hoje a empresa
não tem definida tal função e pelo porte da organização, se justificaria o
cargo;
66
- Treinar regularmente os funcionários na questão “Gestão de Estoques”, pela
importância vital na empresa deste setor;
- Implantar estruturas e estantes para uma organização e controle mais
efetivos do estoque.
67
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As pequenas empresas têm desempenhado um papel de destaque na economia
e no contexto social brasileiro, especialmente a partir da década de 90. Consideradas
ágeis e dinâmicas, representam a grande maioria dos estabelecimentos do País e são
responsáveis por empregar mais da metade da mão-de-obra na indústria, comércio e
serviços. Costuma-se atribuir muitos méritos e vantagens a uma economia com forte
presença de pequenos empreendimentos bem estabelecidos. As principais referem-se
à capacidade de gerar empregos a um baixo custo e ao dinamismo que proporciona
competitividade à economia da região onde se localizam, uma vez que tendem a
adquirir insumos locais. As pequenas empresas brasileiras vivem um momento
extremamente desafiador caracterizado pela busca por maior competitividade e ganhar
sua fatia no mercado. As empresas estão cada vez mais empenhadas para reduzir
estoques e comprar na hora certa na quantidade certa. Ao término desde trabalho
pretendeu-se contribuir para o meio acadêmico, e para a empresa em estudo. Durante
o estágio realizado na empresa pode identificar algumas falhas, nota-se que não há
controle sobre a movimentação dos produtos. Percebido através da pesquisa que não
havia controles nos estoques a estagiária sugeriu a implantação da Curva ABC
conforme indicado nas tabelas e gráficos. A Analise da curva ABC proporcionará a
redução dos estoques e um controle mais efetivo, após feita à curva ABC classificou-se
as classes A, B e C podendo distinguir os itens com altos níveis elevados de estoques,
e procurando reduzir os estoques, a lucratividade da empresa poderá aumentar.
O projeto foi de importante para aumentar os conhecimentos sobre
Administração de Materiais, sendo que desta forma a empresa poderá implantar a
Curva ABC para melhorar seu controle de estoque e diminuir os custos de estoques
desnecessários.
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72
DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO DE CARGA HORÁRIA
DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO
A organização cedente de estágio RECBRAS COMÉRCIO DE MATERIAIS
RECICLÁVEIS LTDA ME declara, para os devidos fins, que a estagiária JOSIANE
WERNKE, aluna do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas
– CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, de 01/04 a
31/10/2008, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o
cronograma de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas
internas.
ITAJAÍ-SC, 31 de outubro de 2008.
______________________________________
DIOGO CLIVAT JORGE
73
ASSINATURA DOS RESONSÁVEIS
___________________________________ Josiane Wernke
Estagiária
____________________________________
Diogo Clivati Jorge Supervisor de Campo
_____________________________________ Caio César Ferrari Santângelo
Orientador de estágio
______________________________________ Eduardo Krieger da Silva Coordenador de Estágio
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Roteiro de entrevista com o proprietário 1- Porque nunca foi feito o controle de estoque? 2- Acha que necessita de uma política de gerenciamento de estoques? 3- Qual sua percepção no que se refere à quantidade de estoque trabalhada pela empresa? 4- Na sua opinião o estoque da empresa permanece muito tempo parado ou possui giro rápido? 5- os clientes são prejudicados quando acontece falta de estoque na empresa? 6- Os materiais ficam armazenados em locais apropriados? 7- Na sua opinião o estudo da estagiária Josiane contribui para gestão de estoque da empresa?