247
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS: SEUS DESDOBRAMENTOS NO ÂMBITO DAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (IFES): O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ JOSÉ CLÓVIS PEREIRA BORGES ITAJAÍ, SANTA CATARINA 2011

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

  • Upload
    dotu

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE EDUCAÇÃO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS

MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS:

SEUS DESDOBRAMENTOS NO ÂMBITO DAS

INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (IFES):

O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

JOSÉ CLÓVIS PEREIRA BORGES

ITAJAÍ, SANTA CATARINA

2011

Page 2: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

JOSÉ CLÓVIS PEREIRA BORGES

LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS:

SEUS DESDOBRAMENTOS NO ÂMBITO DAS

INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIOR (IFES):

O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Dissertação apresentada para o Programa de Mestrado Profissionalizante em Gestão de Políticas Públicas -- Linha de Pesquisa: Políticas Públicas – Aspectos Socioespaciais e Culturais do Centro de Educação de Ciências Jurídicas, Políticas e Sociais da Universidade do Vale do Itajaí. Orientadora: Profª Drª Adriana Marques Rosseto

ITAJAÍ, SANTA CATARINA

2011

Page 3: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

À Izabel, minha esposa,

e aos meus filhos Fábio e Tatiana.

Por todo o amor; por quem sou e por tudo

o que alcancei.

Page 4: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

AGRADECIMENTOS

A Deus, pela vida, benção e proteção.

À Professora Drª Adriana Marques Rosseto, pela orientação, apoio, incentivo

e confiança.

Ao Professor Paulo Roberto Rocha Kruger, pela paciência, confiança e

compreensão nas minhas ausências, para realização do mestrado.

Ao Engenheiro Luiz Carlos da Silva, pela colaboração e assessoramento

técnico na realização deste trabalho.

Aos colegas de mestrado Maria, Marinez, Lucinha, Valter, José Cláudio e

Paulo Werner, pela amizade, companheirismo e colaboração recebida durante o

curso.

Aos colegas servidores da Universidade Federal do Paraná, pela pronta

disposição na realização das entrevistas.

Page 5: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

“A terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo. O que ocorrer sobre a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizer ao tecido fará a si mesmo”.

(Chefe Seatle, 1854)

Page 6: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

RESUMO

Este trabalho realiza um estudo sobre o processo das licitações sustentáveis no âmbito das Instituições Federais de Ensino superior do Brasil, baseado no caso da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Tudo isso se consolida através da Instrução Normativa 01/2010 que estabelece as exigências ambientais na compra de bens e materiais e na contratação de serviços assim como na própria gestão da instituição, com o intuito de minimizar todos os impactos ambientais decorrentes do funcionamento da entidade como o uso de energia, água e geração de resíduos. O objetivo do trabalho foi o de diagnosticar como vem sendo aplicada essa Instrução Normativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, no âmbito da UFPR e auxiliar a sua efetivação. A metodologia do estudo incluiu o levantamento de toda a legislação pertinente, entrevistas com os responsáveis pela área e dados sobre as licitações efetuadas durante os doze meses de 2010 pela UFPR o que permitiu visualizar a inadequação da entidade à norma de sustentabilidade ambiental e detectar como as falhas ocorridas nesse processo impedem a concretização da proposta legal. A conclusão a que se chega é que, de maneira geral, os administradores envolvidos no processo acusam que a política de sustentabilidade será mais efetiva quando a cultura da sociedade for mais intensificada nesse contexto mas, enquanto isso não ocorrer, os resultados não serão maiores que os pífios índices de sustentabilidade ambiental nos processos licitatórios efetuados pela entidade enfocada neste estudo. Palavras-chave: Licitações sustentáveis; impacto ambiental; produção de resíduos;

instrução normativa.

Page 7: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

ABSTRACT:

This work investigates the process of sustainable competitive tenders in the context of the

Brazilian Federal Universities, based on the specific case of the Federal University of Parana

(UFPR). This process is consolidated through Normative Instruction 01/2010, which

establishes the environmental requirements relating to the purchase of goods and materials in

the hiring of services, as well as in the administration of the institution, seeking to minimize

the environmental impacts of the institution functioning, such as energy and water

consumption and waste production. The objective of this work is to diagnose how this

normative instruction of the Ministry of Planning, Budget and Management is being applied

in the UFPR, and to assist its implementation. The study method included an investigation of

all the relevant legislation on these processes, interviews with those responsible for this

sector, and data on the competitive tenders carried out by the UFPR in 2010, which revealed a

lack of adherence, by the institution, to the environmental sustainable norms, and showed how

the failures in this process have hampered the successful implementation of the legal

proposal. It concludes that in general, the managers directly involved in this process claim

that the policy of sustainability will only be really effective when the social culture is

intensified in this regard, but until then, the results will be no better than the minimal levels of

environmental sustainability seen in the tender processes carried out by the institution that is

the focus of this study.

Key Words: Sustainable Auction; Environmental Impact; Waste Production; Normative

Instruction.

Page 8: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11

1.1 PROBLEMÁTICA ........................................................................................... 15

1.1.1 Hipóteses ................................................................................................. 15

1.2 OBJETIVOS .................................................................................................. 16

1.2.1 Objetivo geral ......................................................................................... 16

1.2.2 Objetivos específicos .............................................................................. 16

1.3 JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO ........................................ 17

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ................................................................. 19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................... 21

2.1 AS NOVIDADES JURÍDICAS (NOVA LEI n. 12.349 de 16/12/2010) ........... 25

2.2 O DISTANCIAMENTO DA LEI GERAL DE LICITAÇÃO COM A LICITAÇÃO

SUSTENTÁVEL ............................................................................................. 34

2.3 A LEI 8.666/93 VERSUS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/2010:

ASPECTOS POLÊMICOS .............................................................................. 36

2.3.1 Das aquisições de bens ........................................................................... 37

2.3.2 Com referência às obras e serviços de engenharia ............................... 40

2.4 LEI DAS LICITAÇÕES/CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS:

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS, ECONÔMICOS E SOCIAIS ............................. 42

2.5 AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO ........................................................... 45

3 METODOLOGIA .............................................................................................. 47

4 LICITAÇÕES DA UFPR: PROCEDIMENTOS E AÇÕES ................................ 49

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA UFPR ................................................................ 49

4.1.1 Estrutura de Compras e Contratações ................................................... 51

4.2 AÇÕES DA UFPR PARA A SUSTENTABILIDADE ....................................... 51

4.3 PROCESSOS DE AQUISIÇÃO E CONTRATAÇÃO ..................................... 52

4.3.1 Das Aquisições Sustentáveis .................................................................. 55

4.3.2 Dos Serviços Comuns ............................................................................. 56

4.3.3 Das Obras e Serviços de Engenharia, Sustentáveis ............................. 57

4.4 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS ..................................................................... 60

Page 9: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

4.4.1 Atores da UFPR ........................................................................................ 60

4.4.2 Atores dos Órgãos de Controle Externo ................................................ 64

4.5 CONCLUSÕES SOBRE AÇÕES E DIFICULDADES DA UFPR PARA

IMPLEMENTAÇÃO DAS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS ............................. 65

5 PROPOSTA DE MODELOS PADRÕES PARA OS TERMOS DE REFERÊN-

CIA ................................................................................................................... 68

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 75

REFERÊNCIAS .................................................................................................... 79

APÊNDICES ........................................................................................................ 81

APÊNDICE A: TERMOS DE REFERÊNCIA 82

TERMO DE REFERÊNCIA 1: AQUISIÇÃO DE MOBILIÁRIO .............................. 83

TERMO DE REFERÊNCIA 2: CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE

LIMPEZA E HIGIENE .................................................................................... 98

TERMO DE REFERÊNCIA 3: CONTRATAÇÃO DE PROJETOS BÁSICOS

E EXECUTIVOS, PARA OBRAS ................................................................... 110

TERMO DE REFERÊNCIA 4: CONTRATAÇÃO DE OBRA ................................. 197

APÊNDICE B: ROTEIRO DE LEVANTAMENTO DE DADOS 216

APÊNDICE C: ROTEIRO DE ENTREVISTAS 222

APÊNDICE D: RESULTADO DAS ENTREVISTAS 225

ANEXOS .............................................................................................................. 2 41

Page 10: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

A3P Agenda Ambiental da Administração Pública Federal

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

art. artigo

ART Anotação de Responsabilidade Técnica

BT baixa tensão

CATAMARE Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis

CECOM Central de Compras, Contratos e Patrimônio

Cd cádmio

CECOM Central de Compras, Contratos e Patrimônio

CFTV Circuito Fechado de Televisão

CGU Controladoria Geral da União

GLP Gás Liquefeito de Petróleo

CNJ Conselho Nacional de Justiça

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

CNUMAD Conferência de Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONFEA Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia

Cr(VI) cromo hexavalente

CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná

CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social

DETRAN Departamento de Trânsito

EPA Constrution General Permit

FORPLAD Fórum de Pró-Reitores de Administração de Planejamento

FSC Forest Stewardship Council

Hg mercúrio

IAB Instituto dos Arquitetos do Brasil

IFES Instituições Federais de Ensino Superior

IN Instrução Normativa

INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade

Industrial

INSS Instituto Nacional do Seguro Social

ISO International Organization for Standardization

KVA

MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

MT média tensão

NBR Norma Brasileira Registrada

NPDES Nacional Pullutant Discharge Elimination System

ONU Organização das Nações Unidas

Pb chumbo

Page 11: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

PBBs bifenil-polibromados

PBDEs éteres difenil-polibromados

PCU Prefeitura da Cidade Universitária

PGRCC Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil

PIB Produto Interno Bruto

PMP Polícia Militar do Paraná

PR Paraná

REUNI Reestruturação das Universidades

RN Referências de Nivel

RoHS Restriction of Certain Hazardous Substances

SANEPAR Companhia de Saneamento do Paraná

SEAP Secretaria de Estado da Administração e da Previdência

SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente

SLTI Secretaria de Logística e Tecnologia de Informação

SMACNA Control Measures of the Sheet Metal and Air Conditioning

Contractors National Association

SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SPDA Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

SUASA Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária

TCU Tribunal de Contas da União

TJDFT Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

TV Televisão

UFPR Universidade Federal do Paraná

USP Universidade de São Paulo

Page 12: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

11

1 INTRODUÇÃO

A Administração Pública no Brasil, seguindo tendência mundial nas últimas

duas décadas, vem buscando se ajustar às novas demandas da sociedade, entre

elas, duas de importância fundamental: o controle dos atos administrativos e da

gestão dos recursos públicos e a busca do desenvolvimento sustentável.

Em ambos os casos, um conjunto de ações vem sendo estabelecido com

vistas a garantir que tanto as organizações públicas como a própria sociedade

melhorem seu desempenho no aspecto social, ambiental e econômico.

Em relação ao controle do uso dos recursos públicos, as iniciativas já são

percebidas desde 1993 quando editada a Lei 8.666/93 que ordenava as práticas de

compras e contratações por parte dos órgãos públicos (Lei Geral das Licitações).

A exemplo de outras nações do mundo, percebe-se que os governantes

brasileiros já se preocupam com o futuro do nosso planeta, promovendo ações

como: conferências internacionais e nacionais. Leis e outras normas foram

institucionalizadas por atores governamentais brasileiros, com o intuito de

estabelecer uma nova cultura de desenvolvimento sustentável. Ainda que

tardiamente, o Governo Federal, com a instituição de dispositivos legais, mostra que

esses legisladores estão cada vez mais conscientes de suas ações, com o meio

ambiente e o respeito com o indivíduo.

Na prática das prescrições da lei geral de licitações, a Administração Pública

fez estabelecer uma série de limites à atuação estatal, que, para a concretização de

seus objetivos, se vale do contrato, precedido de procedimento licitatório que visam

assegurar a obediência aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência. No entanto, o poder público, na época, preocupou-se tão

somente com a questão da corrupção e a improbidade administrativa, no processo

de compra e contratação de obras e serviços, esquecendo-se do meio ambiente e

do benefício social. A Lei veio, exclusivamente, como ferramenta de combate à

corrupção.

Page 13: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

12

Surgiu então a intenção de, após quase duas décadas da edição da citada Lei

das Licitações, o Governo Federal estabelecer novas medidas, com vistas a

assegurar a sustentabilidade ambiental - meio em que vivemos - pois somente os

governos têm poder de decisão, que como tal deve ser pelas pessoas e para as

pessoas.

Com o intuito de adotar novas práticas e inovações, o Governo Brasileiro, no

sentido de contribuir para um desenvolvimento sustentável, instituiu o Decreto n.

5940, de 25/10/2006. Este tem como estratégia a construção de uma cultura

institucional para o novo modelo de gestão de resíduos, no âmbito da administração

pública federal, direta e indireta, somada aos princípios e metas estabelecidos pela

Agenda Ambiental da Administração Pública Federal (A3P).

Tal decreto determina, também, a separação de resíduos recicláveis de

órgãos e entidades da administração pública federal, direta e indireta, em benefício

de associações e cooperativas de catadores de material reciclável, tais como:

jornais, envelopes, revistas, material de reformas e construção, plásticos e outros

materiais inservíveis. Com essa ação, o Governo Federal instituiu a coleta seletiva

solidária e contribuiu para o acesso desses trabalhadores à cidadania, à

oportunidade de renda e inclusão social, cujos resultados, por ações promovidas

pela Universidade Federal do Paraná, rendeu cerca de 185 mil reais à cooperativa

de catadores (UFPR, 2010).

No início do exercício de 2010, o Governo promulgou a Instrução Normativa

(IN) n. 01, de 19 de janeiro de 2010, da Secretaria de Logística e Tecnologia de

Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SLTI/MPOG) que

estabelece diretrizes para garantir qualidade – Licitação Sustentável. Assim, com a

edição dessa Instrução Normativa estabeleceu novos parâmetros à aquisição de

bens e contratação de obras e serviços no âmbito da administração pública federal.

Nesse contexto, merece destaque a edição dessa nova norma no Brasil, a

que devem submeter-se os órgãos do Governo Federal, em que o Estado tornou-se

um importante indutor de políticas públicas voltadas à promoção da sustentabilidade

ambiental.

Diante disso, as licitações sustentáveis, regulamentadas pela Instrução

Normativa nº 01/2010, correspondem a uma forma de inserção de critérios

ambientais e sociais nas compras e contratações realizadas pela Administração

Pública, visando à maximização do valor adicionado (utilidade, prazer, satisfação do

Page 14: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

13

usuário, satisfação das necessidades, contribuição para operações eficientes) e, ao

mesmo tempo, a minimização dos impactos ambientais e sociais adversos. Tal

licitação autoriza os órgãos da administração federal a contratarem produtos e bens

constituídos por material reciclado, atóxico e biodegradável e que exijam produtos

sustentáveis ou de menor impacto ambiental em relação aos seus similares, de

acordo com os requisitos ambientais para a certificação do Instituto Nacional de

Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO).

Nos termos da referida norma, para os casos de contratações de obras e

serviços de engenharia, as especificações e demais exigências do projeto básico ou

executivo devem ser elaboradas visando a economia da manutenção e

operacionalização da edificação, a redução do consumo de energia e água, bem

como a utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental, tais

como: uso de equipamentos de climatização mecânica, automação de iluminação do

prédio, uso de lâmpadas fluorescentes, energia solar ou outra energia limpa para

aquecimento de água, sistema de medição individualizada de consumo de água e

energia, sistema de reuso de água da chuva, utilização de materiais reciclados,

reutilizados e biodegradáveis, e que reduzam a necessidade de manutenção, entre

outros.

É importante citar que, ao editar essa norma, a Secretaria de Logística e

Tecnologia de Informação do Ministério do Planejamento seguiu o exemplo da

inserção de uma gestão pública sócio-ambiental, o programa da Agenda Ambiental

da Administração Pública (A3P), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente.

Esse programa visa sensibilizar os gestores públicos para as questões sócio-

ambientais, promover a redução dos gastos institucionais e contribuir para a revisão

dos padrões de produção e consumo e adoção de novos referenciais de

sustentabilidade, no âmbito da Administração Pública. Essas ações estão

regulamentadas pela Portaria nº 61/2008 do Ministério do Meio Ambiente que

estabelece práticas de sustentabilidade ambiental quando das compras públicas

sustentáveis sejam por aquisições e/ou contratações de serviços deste Ministério e

suas Unidades vinculadas.

Mais recentemente, no final do exercício de 2010, o Governo Federal

promulgou a Lei 12.349/2010, publicada em 16/12/2010. Esta altera, entre outras, a

8.666/93, acrescentando no seu Artigo 3º, mais um elemento entre os princípios, o

de ―desenvolvimento nacional sustentável‖, além de outros dispositivos relacionados

Page 15: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

14

à preservação do meio ambiente, mas que ainda carecem de regulamentação,

conforme estabelece a própria Lei.

Importante observar que a Lei geral de licitações não ignorou o meio

ambiente, mas também não estabeleceu critérios para licitações sustentáveis,

somente vindo a inserir agora, depois de dezessete anos, com a edição da Instrução

Normativa nº 01/2010, e agora, mais recente, a publicação da Lei 12.349/2010.

Ainda que não se possa imputar totalmente culpa à administração pública por

não abordar na Lei 8.666/93 os critérios de proteção do ecossistema, ao mesmo

tempo não se pode compreender que a Lei estabeleceu o conjunto de elementos

que devem compor o projeto básico, dentre eles os estudos técnicos que assegurem

o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e nesses estudos

não há os critérios de preservação do ecossistema, e nem elencou dentre as

exigências de habilitação técnica, documento comprobatório dos licitantes, da

regularidade ambiental, como por exemplo a origem da madeira ou da matéria prima

extraída do meio ambiente, além do mais esse Instituto somente se refere às obras e

serviços, não às aquisições de bens.

Vale também lembrar que as nações do mundo, assim como o Brasil, adotam

ações de maneira a reduzir os impactos em função da crescente e acelerada

evolução tecnológica e industrial dos países em desenvolvimento que, de forma

desregrada, impactam a vida e o meio ambiente, pois renovar os compromissos com

as Nações Unidas e cumprir com as obrigações, respeitando os acordos

internacionais, é indispensável. O Brasil, mesmo de forma tímida, cumpre seu papel.

E nesse pensamento sistêmico, não somente os gestores governamentais,

mas também os agentes responsáveis pelo processo das contratações públicas

devem estabelecer estratégias para que todas as licitações no âmbito dos três níveis

de governos sejam efetivadas segundo as normas de sustentabilidade. Os agentes

promotores devem ser treinados e especializados, assim como também as indústrias

e fornecedores devem adaptar seus produtos voltados a uma nova cultura de gestão

ambiental, de acordo com as exigências legais que dão suporte a esse novo modelo

de desenvolvimento sustentável.

O tema proposto trata-se de um ponto relevante e atual: a entrada da

sustentabilidade ambiental no cenário das licitações públicas, tendo em vista o que

preconiza a Instrução Normativa nº 01/2010 – SLTI/MPMOG, em especial no que se

refere aos atores atuantes nos procedimentos licitatórios vinculados à Universidade

Page 16: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

15

Federal do Paraná. O que esta Instituição está fazendo para adequar a essa nova

norma, nas aquisições e contratações de obras e serviços, o que foi feito e/ou o que

será feito, o que os gestores, ou seus atores pensam sobre essa política de proteção

ao meio ambiente.

Também, investigou-se o que os órgãos de controle externo pensam com

relação às aferições das prestações de contas das gestões públicas federais, em

especial as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), no tocante à aplicação

dos novos conceitos de sustentabilidade ambiental, dispostos na referida Instrução

Normativa. Isso porque a política de atuação nas aferições das ações dos gestores

públicos federais com relação à execução do orçamento anual, ou seja, a prestação

de contas anual dos gestores, se estende também às IFES, nas quais a

Universidade Federal do Paraná está inclusa.

A partir disso, possibilitou-se a elaboração de uma proposição para auxiliar na

implantação de um novo procedimento para as compras e contratações públicas

sustentáveis no âmbito da Universidade Federal do Paraná, ou a quem queira utilizá-

lo.

1.1 PROBLEMÁTICA

1.1.1 Hipóteses

Já se passaram aproximadamente doze meses da edição da IN/01/2010, e a

Universidade Federal do Paraná não a aplicou, pois, conforme primeira constatação,

aspectos impeditivos de sua aplicação ainda continuam a existir; destacam-se as

seguintes hipóteses que serviram como parâmetros para orientar o desenvolvimento

do trabalho, e foram pesquisadas pela análise dos conceitos e normas, aliadas ao

conhecimento dos processos licitatórios:

a) Complexidade de determinados dispositivos que normatizam a licitação

sustentável;

b) Dificuldade de mudança de cultura dos atores públicos;

c) Dificuldade na correta interpretação da Instrução Normativa 01/2010, por

falta de capacitação e sensibilização aos atores públicos;

Page 17: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

16

d) Insuficiência de recursos financeiros na UFPR para custear cursos de

capacitação a seus servidores;

e) Desconhecimento do mercado de produção de bens e serviços

sustentáveis;

f) Falta de uma Rede de Informações, na qual fossem compartilhar as boas

práticas entre outros órgãos que já praticam processo de sustentabilidade;

g) Ausência de indicadores gerenciais que possam contribuir para os

processos de contratações sustentáveis.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Diagnosticar sobre a aplicação da Instrução Normativa nº 01/2010 do

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) na UFPR, com o

propósito de auxiliar na sua implementação.

1.2.2 Objetivos Específicos

Comparar as normas gerais sobre licitação com as aplicáveis na licitação

sustentável, especificamente a IN nº 01/2010 do MPOG;

Analisar os processos de aquisição e contratação de obras e serviços nos

últimos doze meses, a partir de 01 de janeiro de 2010;

Identificar quais as ações e dificuldades da UFPR para adequação à nova

norma de sustentabilidade ambiental;

Apresentar uma proposta para elaboração de editais e modelo de

contratos, para a contratação de obras e serviços de acordo com as novas

diretrizes de licitação sustentável, como auxílio na sua implementação.

Page 18: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

17

1.3 JUSTIFICATIVA E DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O desenvolvimento econômico - crescimento econômico - isoladamente não

garante qualidade de vida; é um meio para alcançar um desenvolvimento justo e

solidário. Hoje, a má gestão da sociedade ameaça cada vez mais o meio ambiente,

tomado pelo crescimento econômico a qualquer custo.

Segundo observação do Ministério do Meio Ambiente, o consumo excessivo

dos recursos da terra aumenta em ritmo alarmante; isso gera problemas ambientais

locais, regionais e globais, tais como: aquecimento global e mudanças climáticas,

chuvas ácidas, acumulação de substâncias perigosas no ambiente, degradação das

florestas, perda da biodiversidade, poluição e escassez de água, entre outros.

Durante muitos anos, os atores governamentais e autoridades públicas não

davam importância ao impacto nem ao valor intrínseco dos produtos que

compravam, nem das obras ou dos serviços contratados. Porém, a partir do

surgimento do conceito de desenvolvimento sustentável, no contexto mundial,

observa-se a preocupação de gerar políticas públicas que levem em conta os

aspectos ambientais, sociais e econômicos, de forma a assegurar um ambiente

ecologicamente equilibrado.

O Estado, no desempenho de suas atividades, é também um potencial

poluidor, na emissão de gases de efeitos poluentes, e responsável pelo desperdício

de recursos ambientais como água, energia e combustíveis, além de ser um

consumidor potencial de produtos que agridem o meio ambiente, sendo responsável

por consumir em torno de 10% a 15% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo

fontes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Segundo dados extraídos do Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão, constantes na Guia de Compras Públicas Sustentáveis para a

Administração Pública Federal, medido por parte do poder de compra, seu produto

interno bruto é próximo a dois trilhões de dólares (R$ 2.817,9 bilhões) em 2008. Já,

no exercício de 2009, o Governo Federal Brasileiro investiu R$ 11.530.937.746,36

(onze bilhões, quinhentos e trinta milhões, novecentos e trinta e sete mil, setecentos

e quarenta e seis reais) em obras e instalações, e R$ 3.291.531.638,57 (três bilhões,

duzentos e noventa e um milhões, quinhentos e trinta e um mil, seiscentos e trinta e

oito reais) em equipamentos e material permanente.

Page 19: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

18

No caso específico da Universidade Federal do Paraná, conforme dados

obtidos junto a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR, esta

investiu no exercício de 2010, o montante de R$ 26.147.296,27 (vinte e seis milhões,

cento e quarenta e sete mil e duzentos e noventa e seis reais) em obras e

instalações, e R$ 25.369.460,66 (vinte e cinco milhões, trezentos e sessenta e nove

mil e quatrocentos e sessenta reais) em equipamentos e material permanente.

(UFPR, 2011).

Desses recursos, grande parte do montante investido foi resultante de um

programa de políticas públicas do Governo Federal, que instituiu o programa de

apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI).

Graças a esse programa, a UFPR, em relação aos seus orçamentos dos exercícios

anteriores, nunca recebeu tanto recurso como no exercício de 2010.

Esses números demonstram o impacto econômico causado pelas compras e

contratações realizadas pelo governo e seu poder de indução do mercado e que

constituem fatores chaves para implementação de compras públicas sustentáveis.

Assim, a administração pública tem o dever de introduzir modificações de padrões

de consumo nos órgãos públicos, e incentivar as indústrias, os fornecedores e

prestadores de serviços, que caminharem no mesmo sentido.

Nesse mesmo mote, tais atores também passam a ser um conjunto em

potencial para modificar os padrões de produção, por meio de desempenho e

atuação, pela inserção da variável sócio-ambiental nas atividades diárias, gerando

economia de recursos e fomentando a responsabilidade sócio-ambiental nas

Instituições públicas e privadas, através de novas práticas e procedimentos

sustentáveis, visando ao consumo e à produção sustentável, contribuindo assim com

a redução na emissão de gases estufa. Assim sendo,

[...] é enorme a responsabilidade do gestor público encarregado de definir as regras do jogo para assegurar a livre concorrência, sem perder de vista o interesse do governante em dispor do melhor produto/serviço, pelo menor preço (BRASIL. Ministério do Planejamento, 2010, p.10).

Do ponto de vista acadêmico, este trabalho justifica-se por tratar de assunto

de extrema relevância e pela atualidade. Vem mostrar o papel e a importância dos

agentes licitantes, dentro do conceito de desenvolvimento sustentável,

principalmente no momento em que o País está acordando para a situação crítica do

Page 20: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

19

nosso planeta, o qual sofre a cada década, visível ação de degradação pelo homem

inconsciente, provocada pelo desregrado processo de desenvolvimento, em prol da

pesquisa científica e tecnológica sem se preocupar com a sustentabilidade.

O Ministério da Educação conta atualmente, incluindo a Universidade Federal

do Paraná, com 59 IFES e espalhadas por todo o território nacional.

Conforme recente participação em ―Fórum‖ de Pró-Reitores de Administração

de Planejamento (FORPLAD), acontecido em novembro/2010, do qual participam os

Pró-Reitores de Planejamento e de Administração de todas as IFES, ficou

constatado que estas encontram, em maior ou menor grau, dificuldades para

implantar os procedimentos das licitações sustentáveis. Em função disso, abordou-

se sobre as compras e contratações públicas dentro dos critérios de sustentabilidade

ambiental no âmbito da Universidade Federal do Paraná.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O desenvolvimento do presente trabalho é distribuído por capítulo, sendo

cinco no total. O primeiro capítulo aborda a Introdução, com apresentação da

problemática: objetivos, hipóteses e justificativa. No segundo, consta a

fundamentação sobre o tema principal e seus correlatos, com abordagem das

normativas legais das licitações públicas, bem como da licitação sustentável,

instituída pela IN 01/2010. No terceiro, é abordada a metodologia do trabalho. No

quarto, a conclusão. No quinto e último capítulo apresenta-se proposta para

elaboração de editais e contratos para serem aplicados na UFPR.

Foram abordadas as diversas doutrinas jurídicas atinentes aos procedimentos

licitatórios, que regulamentam as contratações públicas, com foco na Instrução

Normativa nº 01 de 19 de janeiro de 2010, da Secretaria de Logística e Tecnologia

de Informações do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (SLTI/MPOG),

que dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e

contratação de obras e serviços pela Administração Pública Federal, direta,

autárquica e fundacional, dando ênfase nas contratações realizadas no âmbito da

Universidade Federal do Paraná.

Page 21: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

20

Fazer uma análise da situação da Universidade Federal do Paraná e propor

solução para as contratações públicas sustentáveis, na forma da IN 01/2010, pode

servir de subsídio inclusive às demais Instituições Federais de Ensino Superior

(IFES), que carecem de muitos estudos e capacitação de seus gestores públicos

para a correta aplicação dessa normatização. Com essas ações, busca-se gerar

benefícios à sociedade e à economia brasileira, por contribuir com redução de danos

ao meio ambiente.

Page 22: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

21

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A iniciativa privada é livre para realizar aquisições de bens a todo o momento

e sem maiores formalismos, podendo inclusive, dependendo do grau de

relacionamento com seus fornecedores, adquirir os bens de que necessita através

de um contato telefônico. Dessa forma, as empresas privadas têm grande agilidade

em se adequar ao mercado, e conseguem evitar o desperdício com compras

gigantescas.

Conforme observa Maurano (2004), na Administração pública não é possível

esta liberdade, pois as compras e contratações devem submeter-se a condições

legais, ou seja, através de licitação pública, evitando, dessa forma, a escolha

subjetiva do fornecedor e do produto a ser adquirido, não privilegiando um em

detrimento de outros, visto que está sendo gerida a coisa pública.

De acordo com Faria (1997, p. 233): "licitação é procedimento administrativo

formal, utilizado pela Administração Pública direta e indireta, precedente à

contratação de serviços, de obras, de concessões, de permissões e de alienações".

Para a Administração Pública efetuar compras, obras, ou contratar a

execução de serviços é necessário e obrigatório que adote procedimentos

administrativos complexos e preliminares, determinados pela lei. O poder público

não tem a liberdade de contratar com o particular livremente, sem antes possibilitar

aos interessados, enquadrados nas exigências do edital convocatório, apresentarem

propostas e só então a Administração poderá escolher a melhor e mais vantajosa

entre elas.

Nos dizeres de Meirelles (1991, p. 252):

[...] a expressão obrigatoriedade de licitação tem um duplo sentido, significando não só a compulsoriedade da licitação em geral como, também, a da modalidade prevista em lei para a espécie, pois atenta contra os princípios de moralidade e eficiência da Administração no uso da modalidade mais singela quando se exige a mais complexa, ou o emprego desta, normalmente mais onerosa, quando o objeto do procedimento licitatório não a comporta.

Page 23: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

22

Para o regime jurídico brasileiro, a seleção de contratados deve levar em

conta que o Brasil é uma federação, isso é, tem a União no ápice da pirâmide e os

Estados, Distrito Federal e os Municípios, todos legislando sobre o assunto tendo

obviamente que respeitar a Constituição.

Portanto, segundo Pereira (2000), as regras acerca da seleção de

contratados - que são diretamente vinculadas à autonomia administrativa de cada

ente político - podem ser produzidas, em certa medida, não apenas pela União, mas

também por Estados, Distrito Federal e Municípios.

A Constituição brasileira, vigente desde 1988, teve Emenda Constitucional

sobre licitações em 1998, que estabelece princípios e regras significativos sobre a

abrangência e a disciplina das licitações.

Compete privativamente à União, conforme art. 22, XXVII, da Constituição,

legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades,

para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido ao disposto no art. 37, XXI, e para

as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°,

IlI.

Segundo Pereira (2000, p. 117):

A competência para a edição de normas gerais vem sendo exercitada há longo tempo pela União. Houve uma sucessão de textos legislativos, que culminou, em 1993, com a edição da atual Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n. 8.666/93). A União exercitou essa sua competência também em textos legislativos esparsos. Os mais significativos são a Lei de Concessões, de 1993 (Lei na 8.987/95 e Lei n. 9.074/95), e a Medida Provisória n. 2.026, de junho de 2000, que instituiu uma nova modalidade licitatória.

As normas sobre a Licitação procuram exigir a aplicação dos princípios

inerentes à boa administração do bem público, evitando corrupção e mau uso,

porém atravanca os processos, arrastando por meses os procedimentos de

aquisição de bens ou contratação de serviços ou obras.

A licitação tem como finalidade principal garantir a eficiência e a

moralidade pública, a forma como são avaliadas as propostas, comparando os

preços e, quando for o caso, a capacidade técnica apresentados, visando, dessa

forma, ao não favorecimento ou excluindo privilégios, possibilitando que a coisa

pública seja administrada de forma séria e eficaz. A finalidade da licitação não é

Page 24: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

23

somente escolher a proposta de menor preço, mas sim a mais vantajosa, o que

inclui preço e qualidade de produto ou serviço. Sendo a regra geral a licitação, pode

não haver a licitação em poucos casos.

A inexigibilidade é prevista em uma fórmula ampla e aberta, que define ser

inexigível a licitação quando for inviável a competição, especialmente em face da

singularidade do objeto a ser contratado.

É comum, nos atos convocatórios das licitações públicas, o elencamento de

exigências pormenorizadas e excessivas quanto à idoneidade financeira e

capacidade técnica e operacional das empresas licitantes.

A Administração Pública, ao elaborar os Editais dos certames licitatórios,

segue os termos da Lei n. 8.666/93, cujos dispositivos, no tocante a essas

exigências, são também seguidos outros institutos complementares, tais como: Lei

nº 10.520, de 17/07/2002, que instituiu o ―pregão‖ como uma nova modalidade de

licitação; Decreto 5450, de 31/05/2005, que regulamenta o pregão na forma

eletrônica para bens e serviços comuns.

Com o objetivo garantir a isonomia nas licitações para as aquisições e

contratação de obras e serviços na administração pública, a Lei 8666/93, que

regulamenta o Artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal, Institui as normas

gerais para os processos licitatórios, a que devem submeter-se a União, os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios.

O Art. 1º, Parágrafo Único versa:

Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e

Município.

Alexandrino e Paulo (2009, p. 500), conceituam licitação como:

um procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que observada a igualdade entre os participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, uma vez preenchidos os requisitos mínimos necessários ao bom cumprimento das obrigações a que eles se propõem.

Page 25: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

24

Carvalho Filho (2008, p. 5), conceitua a licitação sustentável ou compras

públicas sustentáveis como:

um processo por meio do qual as organizações, em suas licitações e contratações de bens, serviços e obras, valorizam os custos efetivos que consideram condições de longo prazo, buscando gerar benefícios à sociedade e à economia e reduzir os danos ao ambiente natural.

A licitação sustentável deve buscar na aquisição de produtos e serviços aqueles que demonstrem um ganho para o meio ambiente, devendo o gestor planejar suas compras para evitar os desperdícios e que produzam o mínimo de resíduos, os quais possam ser reciclados.

De acordo com o artigo 3º da Lei geral de contratos, as licitações destinam-se

a assegurar o princípio da isonomia (igualdade entre os licitantes) e a selecionar a

proposta mais vantajosa para a administração, segundo os princípios: legalidade,

impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa,

vinculação ao instrumento convocatório, julgamento objetivo.

Os princípios que regem exclusivamente o procedimento licitatório são o da

vinculação ao instrumento convocatório e o do julgamento objetivo.

Destaque-se ao princípio da isonomia. Essa diretriz implica um duplo dever

para a administração: tratar isonomicamente os que participam da disputa (vedação

a discriminações, especialmente no julgamento das propostas) e possibilidade de

participação a quaisquer interessados que tenham condições de assegurar a

realização do objeto do contrato.

Por esse caminho, os critérios específicos ou ambientais que visem ser

incorporados para realização das compras públicas sustentáveis devem estar

previstos no edital e não podem frustrar a competitividade e discriminar potenciais

participantes.

A lei em comento é clara nesse sentido, conforme se pode notar no parágrafo

1º, do artigo 3º. Contudo, a segunda parte do artigo 3º determina que a licitação tem

como escopo selecionar a proposta mais vantajosa para a administração. A proposta

mais vantajosa é aquela que melhor satisfaz as necessidades da administração, em

termos de padronização, desempenho, observadas as condições de manutenção,

assistência técnica e garantia, quando for o caso. Incentivar e encorajar a inovação

pode implicar a utilização de recursos com maior eficiência, assim como contribuir

para objetivos outros que estão dentro de programas e metas do governo, como, por

exemplo, redução da emissão de gases poluidores.

Page 26: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

25

2.1 AS NOVIDADES JURÍDICAS (NOVA LEI n. 12.349 de 16/12/2010)

Publicada no Diário Oficial da União, de 16 de dezembro, a Lei no 12.349/10

promoveu alterações na Lei de Licitação no 8.666/93 com base nas disposições

inauguradas pela Medida Provisória no 495 (ver Quadro 1 – Quadro Comparativo).

Outros três diplomas legais foram alterados: a lei no 8.958/94 (Dispõe sobre as

relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e

tecnológica e as fundações de apoio), a Lei no 10.973/04 (Dispõe sobre incentivos à

inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras

providências).

De acordo com a nova redação dada ao caput do art. 3o da Lei 8.666/93, a

licitação, além de se destinar a garantir a observância do princípio constitucional da

isonomia e a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, agora,

também, objetiva a promoção do desenvolvimento nacional sustentável, ou seja, a

lei de licitações agora tem uma finalidade social.

Ao inserir a promoção do desenvolvimento nacional sustentável como uma

das finalidades legais da licitação, legitima-se também o uso do poder de compra do

Estado como ferramenta voltada à difusão de políticas públicas. Com isso, mais do

que apenas satisfazer as necessidades da Administração, o contrato administrativo

também servirá como indutor de políticas públicas, em especial aquelas voltadas ao

fomento e ao desenvolvimento nacional de segmentos econômicos, reputados como

estratégicos.

A Lei 12.349/10, ao inserir o § 5º ao artigo 3º da Lei 8.666/93, passa a admitir

a concessão de margem de preferência para produtos manufaturados e para

serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras, ou seja, com a nova

disciplina, o § 5º do art. 3º da lei 8666/93 admitir a previsão de cláusula que

diferencia os licitantes em função da nacionalidade dos produtos e serviços cotados.

Admite-se, assim, privilegiar, por meio da concessão de margem de preferências,

licitantes que oferecem produtos ou serviços nacionais e que atendam às normas

técnicas brasileiras.

Para consubstanciar essa alteração, o § 8º acrescentado ao art. 3º da Lei

8.666/93, disciplina que a preferência será conferida aos produtos manufaturados e

serviços nacionais, desde que não ultrapassem o montante de 25% sobre o preço

dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros. (SANTANA 2011).

Page 27: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

26

Ex. 01: Aquisição de impressoras:

Impressora de fabricação estrangeira: R$1.000,00

Impressora nacional: R$1.100,00

Nesse exemplo, a Administração deverá escolher a impressora nacional.

Nesse contexto, a Lei 12.349/10 estabeleceu que, além do montante máximo

de 25% sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros, as

preferências por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços serão

definidas pelo Poder Executivo, ou seja, as inovações trazidas pela Lei dependem

de norma que estabelece os critérios que deverão ser seguidos, para estabelecer a

concessão de preferência.

Ex.02: Aquisição de impressoras:

Impressora de fabricação estrangeira: R$1.000,00

Impressora nacional: R$1.100,00

Impressora nacional com inovação tecnológica: R$1.150,00

Nesse exemplo, a Administração deverá escolher a impressora nacional com

inovação tecnológica, ou seja, o produto nacional com inovação tecnológica tem

preferência sobre o nacional comum e sobre o importado.

Diante disso, espera-se que o Presidente da República, que é quem detém a

competência exclusiva para expedir decretos e regulamentos, objetivando a fiel

execução das leis (art. 84, inc. IV, da CF/88), promova o ato para que as novas

diretrizes sejam seguidas. Trata-se, portanto de medida condicionada à expedição

de decreto regulamentador. Para Sampaio (2011, p.22), ―antes disso, a previsão

dessas medidas nos editais de licitação se revela ilegal‖.

Assim, entende-se que não é possível qualquer atitude da Administração

que não seja a de aguardar decreto normatizador pelo Poder Público Federal.

Também foram inseridos os incisos XVII e XVIII ao art. 6º da Lei nº 8.666/93,

com o objetivo de delimitar as hipóteses de incidência da concessão da margem de

preferência para ―produtos manufaturados nacionais‖ e ―serviços nacionais‖,

pressupostos para conceder a preferência. A nova disciplina estabelece:

Page 28: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

27

XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos manufaturados, produzidos em território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras de origem estabelecida pelo Poder Executivo Federal; XVIII – serviços nacionais – serviços prestados no País, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo Federal.

Outro aspecto importante a se ressaltar é o prazo de validade para as

preferências estabelecidas por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de

serviços. Conforme o novo § 6º do art. 3º da Lei 8.666/93, a margem de preferência

será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não

superior a cinco anos.

Assim, a cada intervalo de não mais que cinco anos, caberá ao Poder

Executivo Federal rever a concessão das preferências em vigor para verificar se elas

cumprem o objetivo de promover o desenvolvimento nacional sustentável ou se, em

vista de critérios e fatores objetivos, não se justificam mais. Foram eleitos como

critérios a serem empregados nessa análise os seguintes indicadores:

a) geração de emprego e renda;

b) efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais;

c) desenvolvimento e inovação tecnológica realizadas no país;

d) custo adicional dos produtos e serviços.

Além da preferência concedida aos produtos manufaturados e serviços

nacionais, também foi introduzido o § 7º ao art. 3º da Lei 8.666/93, de acordo com o

qual, ―para produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de

desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país, poderá ser estabelecido

margem de preferência adicional àquela prevista no § 5º‖.

Para todos os efeitos, a concessão da margem de preferência adicional não

poderá representar a superação do montante máximo de 25% sobre o preço dos

produtos manufaturados e serviços estrangeiros. Esse é um limite intransponível,

taxativo.

Ainda sobre a concessão de margem de preferência adicional, a Lei não

estabeleceu o que se deve entender por ―produtos manufaturados e serviços

nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizada no país‖.

Dessa forma, mais uma vez, caberá ao Chefe do Poder Executivo, expedir

regulamento para conferir limites precisos e claros para aplicação dessa medida.

Page 29: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

28

A Lei traz ainda algumas novidades que alcançam duas hipóteses de

dispensa de Licitação. A primeira modificação alterou o inc. XXI do art. 24 da Lei

8.666/93, passando admitir a contratação direta de insumos destinados

exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos por

instituições de fomento à pesquisa credenciadas pelo Conselho Nacional de

Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para esse fim. Antes, essa

previsão de dispensa de licitação era permitida apenas para aquisição de bens.

Como a Lei 8.666/93 não define o que se deve entender como insumos, o

dispositivo, em questão, acaba tendo pouca aplicabilidade, ou seja, tende a produzir

efeito discreto.

Por último, é importante salientar que as novidades promovidas pela Lei

12.349/10 na disciplina da Lei 8.666/93 se estendem às licitações processadas pela

modalidade de pregão. A partir disso, revela-se inapropriada a cogitação de fixação

de preferência para produtos ou serviços nacionais em vista da modalidade a ser

aplicada. A modalidade pela qual se processa a licitação não foi critério estabelecido

pela lei para concessão de preferência.

Feitos esses apontamentos, pode-se entender que a licitação deixa de ser

apenas um procedimento formal com o objetivo apenas de assegurar condições de

igualdade a todos aqueles que desejam contratar com a Administração Pública e, a

partir disso, selecionar a proposta mais vantajosa entre as várias apresentadas. Em

vez disso, o procedimento licitatório recebe a finalidade de servir à indução de

políticas públicas com o propósito de promover o desenvolvimento nacional

sustentável.

Com efeito, o quadro 1, a seguir, demonstra um comparativo da evolução, a

partir da Lei 8.666/93, direcionando para novos estudos, objetivando a promoção do

desenvolvimento nacional sustentável, que, desses estudos resultaram

primeiramente na edição da Medida Provisória nº 495/2010 e em seguida

transformada na Lei 12.349, em 16/12/2010.

Page 30: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

QUADRO 1 – COMPARATIVO DA EVOLUÇAO DA LICITAÇÃO A PARTIR DA LEI Nº 8.666/93

Lei no

8.666/93 Lei n

o 8.666/93 (alterada pela

MP495/10) Lei n

o 8.666/93 (alterada pela Lei n

o

12.349/10) Comentários dos autores e justificativa

Art. 3o A licitação destina‐se a

garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,da publicidade, da probidade administrativa,da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Art. 3o A licitação destina‐se a garantir

a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional, e será

processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,da moralidade, da igualdade,da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Art. 3o A licitação destina‐se a garantir

a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e

julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

Inserção da promoção do desenvolvimento nacional sustentável como princípio, a ser observado no procedimento licitatório. Há nos dispositivos seguintes algumas regras que refletem no princípio da isonomia, dando primazia ao atendimento do novo princípio, mas outras, não constantes da norma e, em sintonia com este valor podem igualmente ser base para a tomada de decisões em procedimentos licitatórios. Justificativa: ênfase no poder de compra governamental, como instrumento de promoção do mercado interno, reverberando nos aspectos alcançados pelo largo conceito da sustentabilidade (há comentários específicos sobre isso em nosso texto). Fundamento nos artigos 3

o, II – 170, I e VIII – 174 e, 219 da

Constituição da Republica. O artigo 225 da Constituição Igualmente passou a ser contemplado.

§ 1º ………………. I. admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato;

§ 1º ......................... I. admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.

§ 1º ........................................ I. admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos casos de sociedades cooperativas,

estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5º a 12 deste artigo e no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991.

Faz ressalva expressa às exceções admitidas em lei quanto às restrições ao princípio da ampliação da competitividade (parágrafos acrescidos pela MP, que permitem margem de preferência a produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras e ainda restrições ao princípio nas licitações atinentes a bens e serviços de informática e automação). A lei de conversão vedou o estabelecimento de distinções para com as sociedades cooperativas, decerto com o fito de extinguir as discussões acerca da equalização de propostas.

Page 31: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

§2º ....................................... I. produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; II. produzidos no País; III. produzidos ou prestados por empresas brasileiras; IV. produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.

§2º ....................................... I. produzidos ou prestados por empresas brasileiras de capital nacional; II. produzidos no País; III. produzidos ou prestados por empresas brasileiras; IV. produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no País.

O inciso I do § 2º deste artigo foi revogado pelo artigo 7º da lei alteradora.

Na Medida Provisória a reestruturação dos incisos está de acordo com o princípio da promoção do desenvolvimento nacional, constante do caput. Da importância ao local em que produzido o bem ou o serviço (e não a origem do capital), como também a constituição da empresa no Brasil (novamente ignora a

origem do capital). Justificativa: adequar‐se à

emenda constitucional n⁰ 6/95, que revogou o

art. 171 da Constituição da República. Esse artigo trazia a diferença entre empresa brasileira e empresa brasileira de capital nacional. Ocorreu, com a conversão em lei, a revogação do dispositivo legal, não mais se fazendo, nas licitações públicas, a distinção antes existente. Adiante será comentado o assunto com maiores detalhes.

§5º Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras.

§5º Nos processos de licitação previstos no caput, poderá ser estabelecida margem de preferência para produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras.

Não existia correspondente. A alteração permite a preferência a Produtos e serviços produzidos/ prestados de acordo com normas técnicas brasileiras. Refere-se, por exemplo, á observância das regras da ABNT no processo produtivo de produtos, e de outras normas específicadas pelo governo. A medida visa a promoção da qualidade dos produtos nacionais, o estímulo ao desenvolvimento da indústria e da tecnologia, dentre outras questões.

§ 6º A margem de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se refere o § 5º, será definida pelo Poder Executivo Federal, limitada a até vinte e cinco por cento acima do preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.

§ 6º A margem de preferência de que trata o § 5º será estabelecida com base em estudos revistos periodicamente, em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consideração: I. geração de emprego e renda; II. efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; III. desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no País; IV. custo adicional dos produtos e serviços; e V. em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.

Não existia correspondente. O parágrafo, decerto com base no poder regulatório

conferido ao Executivo, estabelece parâmetros para a preferência por produtos e serviços que atendam a normas técnicas brasileiras. Carece de regulação por decreto federal. Por ser lei nacional, no âmbito de estados-membros e municípios os respectivos chefes do executivo devem exercer esta atribuição. Justificativa: diretriz de política pública ligada ao princípio da isonomia e a critérios de proporcionalidade e de razoabilidade, com a finalidade de fomentar o desenvolvimento de tecnologia nacional, pois esta e fator de competitividade internacional e de prosperidade das nações.

Page 32: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

§ 7º A margem de preferência de que trata o § 6º será estabelecida com base em estudos que levem em consideração: I. geração de emprego e renda; II. efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais; e III. desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país.

§ 7º Para os produtos manufaturados e serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país, poderá ser estabelecido margem de preferência adicional aquela prevista no § 5º.

Não existia correspondente. Permite a fixação de critérios adicionais para valoração e preferência entre produtos manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas brasileiras e os produtos/ serviços estrangeiros. Justificativa: Alia-se à diretriz de política pública que motivou a apresentação da MP, ou seja, o desenvolvimento nacional.

§ 8º Respeitado o limite estabelecido no § 6º, poderá ser estabelecida margem de preferência adicional para os produtos manufaturados e para os serviços nacionais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica realizados no país.

§ 8º As margens de preferência por produto, serviço, grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem os §§ 5º e 7º, serão definidas pelo Poder Executivo Federal, não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos manufaturados e serviços estrangeiros.

Não existia correspondente: vide justificativas anteriores (§§ 6º e 7º). Interessante notar que, na estipulação do percentual do limite para a margem de preferência a legislação brasileira é bem mais generosa que os seus paradigmas latinos, a saber: Colômbia (10 a 20%) e Argentina (5 a 7%).

§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º, 6º e 8º deste artigo não se aplicam quando não houver produção suficiente de bens manufaturados ou capacidade de prestação dos serviços no país.

§ 9º As disposições contidas nos §§ 5º e 7º deste artigo não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de produção ou prestação no país seja inferior: I. a quantidade a ser adquirida ou contratada; ou II. ao quantitativo fixado com fundamento no § 7º do art. 23 desta Lei, quando for o caso.

Não existia correspondente. Justificativa: prioriza o suprimento da demanda governamental, para a satisfação do interesse público tutelado. A divisão em incisos fez surgir o texto do inciso II, antes ausente no parágrafo nono, que, ampliando a oportunidade a quem detém menor produção, permite o estabelecimento dos privilégios constantes nos parágrafos quinto e sétimo quando as empresas nacionais suprirem as entregas nos quantitativos mínimos permitidos no edital.

§10. A margem de preferência a que se refere o § 6º será estendida aos bens e serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul - Mercosul, após a ratificação do Protocolo de Contratações Públicas do Mercosul, celebrado em 20 de julho de 2006, e poderá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e serviços originários de outros países, com os quais o Brasil venha assinar acordos sobre compras governamentais.

§10. A margem de preferência a que se refere o § 5º será estendida aos bens e

serviços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do Sul –Mercosul

Não existia correspondente. Justificativa: dar concreção ao Protocolo das contratações Públicas do Mercosul, após a efetiva internalização do documento. Com a conversão em lei foi restringido o universo de países com quem se estendera a margem de preferência.

Page 33: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

§11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão exigir que o contratado promova, em favor da administração pública ou daqueles por ela indicados, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo Federal.

§11. Os editais de licitação para a contratação de bens, serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da autoridade competente, exigir que o contratado promova, em favor de órgão ou entidade integrante da administração pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo isonômico, medidas de compensação comercial, industrial, tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financiamento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida pelo Poder Executivo Federal.

Não existia correspondente. Justificativa: dispositivo utilizado por outros países e tem por objetivos: (a) ampliar o investimento estrangeiro; (b) aumento da competitividade/ produtividade de da indústria nacional; (c) acesso a novas tecnologias e ampliação do conhecimento do domínio tecnológico; (d) abertura de novos mercados; (e) aumento da participação de bens e serviços nacionais no mercado externo; (f) promoção do equilíbrio/superávit da balança comercial. Com a conversão em lei, acresceram-se as exigências de que haja um processo isonômico na fixação e aferição do atendimento às exigências e que, ao fixá‐las,

haja justificativa da autoridade competente.

§12. Nas contratações destinadas à

implantação, à manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo Federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no país e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei n

o 10.176, de

11 de janeiro de 2001.

§12. Nas contratações destinadas à

implantação, á manutenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de informação e comunicação, considerados estratégicos em ato do Poder Executivo Federal, a licitação poderá ser restrita a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no país e produzidos de acordo com o processo produtivo básico de que trata a Lei n

o 10.176, de

11 de janeiro de 2001.

Não existia correspondente. O PPB é regulado pelo Decreto 5.906/06. Merece destaque ainda o Decreto n

o 7.174/10, notadamente seu art. 5

o.

Justificativa: segurança; salvaguarda de importantes sistemas brasileiros, mitigação da dependência de bens e serviços sobre os quais se tenha baixa gestão do conhecimento.

§13. Será divulgada na internet, a

cada exercício financeiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do disposto nos §§ 5º, 7º, 10, 11 e 12 deste artigo, com indicação do volume de recursos destinados a cada uma delas.

Não existia correspondente. O parágrafo foi inserido quando da tramitação do PLV 13/10 no Congresso e estabelece critério de ampliação da transparência e da publicidade pela divulgação das empresas e dos valores envolvidos nas contratações fruto do tratamento introduzido pela mesma regra.

Page 34: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

Art. 6º ..........................................

Art. 6º .......................................... XVII – produtos manufaturados nacionais – produtos manufaturados, produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo Federal; XVIII – serviços nacionais -serviços prestados no país, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo Federal; XIX – sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano significativo á administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade, confiabilidade, segurança e confidencialidade.‖

Art. 6º .................................... XVII – produtos manufaturados

nacionais ‐ produtos manufaturados,

produzidos no território nacional de acordo com o processo produtivo básico ou com as regras de origem estabelecidas pelo Poder Executivo Federal;

XVIII – serviços nacionais ‐ serviços

prestados no país, nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo Federal; XIX – sistemas de tecnologia de informação e comunicação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da informação e comunicação cuja descontinuidade provoque dano significativo à administração pública e que envolvam pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às informações críticas: disponibilidade,confiabilidade, segurança e confidencialidade.‖

Os incisos XVII a XIX constituem acréscimos. Não existiam correspondentes no art. 6º. cuidam de definições, para compreensão e melhor aplicação das alterações constantes no art. 3º. Justificativa: conferir adequado rigor às alterações efetuadas os §§ 5º, 6º, 11 e 12 do art. 3º.

Art. 2º O disposto nesta Medida Provisória aplica-se à modalidade licitatória pregão, de que trata a Lei n

o

10.520, de 17 de julho de 2002. (...)

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica‐se a

modalidade licitatória pregão, de que trata a Lei n

o 10.520, de 17 de julho de

2002.

Justificativa: Larga serventia do pregão às aquisições públicas.

.

FONTE: Santana (2011)

Page 35: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

34

2.2 O DISTANCIAMENTO DA LEI GERAL DE LICITAÇÃO COM A LICITAÇÃO

SUSTENTÁVEL

A Lei 8.666/93 não foi, até certo modo, contundente no que diz respeito ao

trato com o meio ambiente. A licitação sustentável já poderia ter sido regulamentada,

posto que a fundamentação constitucional para uma licitação sustentável está

prevista no Art. 225 da Constituição Federal, que assegura o direito ao cidadão ao

meio ambiente ecologicamente equilibrado. É claro que a Lei 8.666/93 não foi

omissa nesse quesito; o Art. 6º, IX define os elementos que compõem o projeto

básico, dentre eles a indicação dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a

viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do

empreendimento. Também o Art. 12, VII da Lei estabelece o quesito: impacto

ambiental como um dos requisitos para contemplar os projetos básicos e os projetos

executivos de obra e serviços.

Note-se que esses dispositivos limitam-se tão somente às obras e

serviços, não abrangem as compras, senão vejamos:

Art. 6º Para fins desta Lei, consideram-se:

[ ... ] IX – Projeto básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço ou complexo de obra ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos: a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global

da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos com clareza; b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de

forma a minimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e montagem;

c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;

f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados;

Page 36: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

35

Art. 12 – Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:

[ ... ]

VII - impacto ambiental.

Como visto acima, a Lei não estabelece maiores critérios e objetivos para

uma adequada elaboração de projetos básicos, de forma que sua omissão leva seus

agentes à elaboração de documentos técnicos com deficiência, pela ausência

desses critérios, de forma que o desenvolvimento sustentável fique comprometido.

Com isso fica difícil a padronização dos Termos de Referências para a elaboração

de editais para uma adequada licitação sustentável, pois é indispensável a

contemplação no projeto básico o complexo de etapas que o compõe, de sorte a

contemplar o licenciamento ambiental do empreendimento, de modo a evidenciar

todo o impacto ambiental da obra a ser executada. Assim, o permissivo no art. 6º

(IX) e art. 12 (VII) da Lei 8.666/93, careceu de normas complementares orientadoras

aos agentes licitadores.

Além desse capítulo específico, voltado ao meio ambiente, reforça a

Constituição Federal a importância da preservação ambiental, ao instituir no artigo

170, Inciso VI, a defesa do meio ambiente entre os princípios que regem a ordem

econômica, determinando que a defesa ambiental será efetivada ―inclusive mediante

tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de

seus processos de elaboração e prestação‖.

Como o acima exposto, os princípios constitucionais elencados no art. 3º da

Lei geral de licitações determinam a supremacia do interesse público, cuja

supremacia, inquestionavelmente, abrange a questão atinente à preservação do

meio ambiente, como ressaltado nos Artigos 170 e 225, da Constituição Federal,

como também as normas de política nacional do meio ambiente. No entanto, a Lei

não abordou os critérios de sustentabilidade ambiental como deveria.

O legislador, na edição da Lei 8.666/93, ao estabelecer uma série de limites à

atuação estatal, que para a concretização de seus objetivos se valha do contrato,

precedidos de procedimentos que vise assegurar o tratamento isonômico e a

moralidade pública e a eficiência, faz-se interpretar que, mediante esse estatuto,

preocupou-se tão somente com a questão da corrupção e improbidade

administrativa nos processos de compras e contratações de obras e serviços,

Page 37: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

36

deixando de lado o meio ambiente e o benefício social. A Lei veio como ferramenta

de combate à corrupção, esquecendo-se da ferramenta de resultado do governo,

vindo somente agora, em 2010, com a edição de novas normas voltadas à

preservação do meio ambiente, ainda, assim, são de difícil aplicabilidade,

especificamente a nova Lei de nº 12.349/2010 que carece de normas

complementares pelo Governo Federal. O fato se comprova pelos editais de licitação

elaborados pela administração pública, neles não contemplam os critérios de

sustentabilidade ambiental, salvo raras exceções.

2.3 A LEI 8.666/93 VERSUS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01/2010: ASPECTOS

POLÊMICOS

Por meio do edital de licitação, a administração leva ao conhecimento do

público a abertura de licitação nas modalidades concorrência, tomada de preço,

concurso, leilão e pregão e convite. O procedimento a ser realizado em cada uma

das modalidades de licitação difere conforme peculiaridades estabelecidas pela lei

para cada uma, sendo a quantidade de recursos envolvidos e o objeto balizadores

para enquadramento nos tipos de licitação.

À luz da IN 01/2010 o instrumento convocatório é parte essencial do

procedimento, especialmente no que tange à incorporação de critérios de

sustentabilidade. Isso porque é o instrumento base para a realização de uma

compra sustentável. Por exemplo, no edital de uma compra sustentável a avaliação

financeira das propostas deve ser feita através da abordagem do ciclo de vida do

produto. Ou ainda, as especificações do produto ou serviço devem ser funcionais,

baseadas no desempenho, ou seja, focadas na necessidade da administração e

deixando o mercado sugerir a melhor maneira dessas necessidades serem

satisfeitas (ao invés de especificar o produto ou serviço para atingir o objetivo

desejado).

No entanto, os critérios ambientais inseridos no instrumento convocatório

devem permitir que se tenha uma avaliação objetiva no julgamento das propostas.

De acordo com o artigo 40, inciso VII, o critério de julgamento da proposta deve ser

disposto no edital claramente e conter parâmetros objetivos.

Page 38: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

37

O procedimento de abertura da licitação, (exceto o pregão no qual as fases são

inversas), consiste em duas fases: A fase da Habilitação e a da Classificação das

propostas, sendo que cada uma delas será processada e julgada de acordo com o

que prevê o artigo 43 da Lei 8.666/93. Para isso é necessário que as empresas

concorrentes apresentem dois envelopes fechados e lacrados. Um contendo os

documentos de habilitação e o outro, as propostas de preços, que serão abertos em

fases diferentes. 1ª. Fase: os envelopes contendo a documentação relativa à

habilitação, cujo exame será feito pela comissão de licitação. Já, os envelopes

contendo as propostas das empresas habilitadas (a fase de classificação) somente

serão abertos após transcorrido o prazo de interposição de recursos, ou após o

julgamento dos recursos porventura interpostos. Já nessa segunda fase, serão

levada adiante somente as propostas daquelas empresas que foram habilitadas na

primeira fase (habilitação).

Para a habilitação nas licitações, as empresas deverão manter um cadastro

prévio na Administração pública, cujos requisitos estão elencados nos artigos 27 a

31 da Lei 8.666/93, que se constituem exclusivamente em: habilitação jurídica,

qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal.

Vale destacar que, dentro desses requisitos de documentos, a Lei Geral da

licitação não contempla a comprovação de regularidade ambiental, ainda que o art.

30, ―IV‖ preveja a prova de atendimento a requisitos previstos em lei especial, não é

o suficiente para remeter ao administrador público a fazer tal exigência sem a

regulamentação complementar. Não detalha quais e que tipos de prova.

2.3.1 Das aquisições de bens

Com a edição da Instrução Normativa nº 01/2010 – SLTI/MPOG, agora o

administrador público é autorizado, nos processos de aquisição de bens, a exigir

prova de regularidade ambiental, mas somente na fase de classificação das

propostas, já ultrapassada a de habilitação.

Para as aquisições de bens, os Órgãos poderão exigir nos editais, os

seguintes critérios de sustentabilidade: que os bens sejam constituídos, no todo ou

em parte, por material reciclado, atóxico, biodegradável, conforme Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) Norma Brasileira Registrada (NBR) – 15448-

Page 39: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

38

1 e 15448-2; que sejam observados os requisitos do INMETRO como produtos

sustentáveis ou de menor impacto ambiental em relação aos seus similares; que os

bens não contenham substâncias perigosas em concentração acima da

recomendada na diretiva RoHS, tais como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo

hexavalente (Cr(VI), cádmio (Cd), bifenil-polibromados (PBBs). Éteres difenil-

polibromados (PBDEs);

É importante destacar que essa norma legal, no seu Artigo 5º, § 2º, prevê

essa possibilidade, mas somente no momento da contratação, seguida da fase de

classificação das propostas, e não na de habilitação das empresas o que seria o

ideal. Com isso gerou complicação ao administrador, senão vejamos:

Artigo 5º [ ... ] § 2º O edital poderá estabelecer que, selecionada a proposta, antes da assinatura do contrato, em caso de inexistência de certificação que ateste a adequação, o órgão ou entidade contratante poderá realizar diligências para verificar a adequação do produto às exigências do ato convocatório, correndo as despesas por conta da licitante selecionada. O edital ainda deve prever que, caso não confirme a adequação do produto, a proposta selecionada será desclassificada.

É notório que tal dispositivo tenha sido estabelecido, em função de

entendimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a exigência de normas

da International Organization for Standardization (ISO). Entende que certificação ISO

– não pode ter caráter eliminatório. Decidiu:

[...] A jurisprudência desta Corte tem sido no sentido de que o certificado ISO não seja exigido como critério eliminatório, mas, quando necessário, como critério classificatório e com pontuação razoável [...] (Fonte: TCU. Processo nº TC-005.457/2003-2. Acórdão nº300/2004 – Plenário. No mesmo sentido: Processo nº TC-001.002/2003-4. Acórdão nº 1.708/2003 – Plenário).

Diante desse contexto, as licitações não podem contemplar, nos seus editais

de compra, a exigência de qualquer documento dos licitantes, que comprove a

regularidade ambiental já na fase habilitatória, sendo somente no ato da

contratação, conforme o estabelecido no citado parágrafo 2º acima, mas aí vêm as

seguintes complicações: ―[...] ―o órgão ou entidade contratante poderá realizar

Page 40: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

39

diligências para verificar a adequação do produto às exigências do ato convocatório,

correndo as despesas por conta da licitante selecionada...‖

A questão é:

Quem vai proceder a diligência na sede da empresa: a comissão de

licitação, ou um técnico designado pelo Órgão licitante?

Como serão cobrados da empresa os custos de locomoção, hospedagem

e alimentação do(s) representante(s) do órgão para as devidas aferições

do produto adquirido. Exemplo de uma empresa que foi classificada, cuja

localização fica distante do órgão licitador?

[...] ―O edital deve prever que caso não se confirme a adequação do produto,

a proposta selecionada será desclassificada.‖

Esse dispositivo é o mais problemático. É comum a participação de empresas

aventureiras nos processos licitatórios, que apresentam suas propostas ofertando

produtos como sendo os exigidos no edital, inclusive cotando preços mais baixos,

são selecionadas para as respectivas contratações. No entanto, no momento das

aferições por parte da Comissão, a fim de verificar a conformidade dos produtos

ofertados, com os que foram licitados, constata-se que os ofertados foram

incompatíveis como os licitados, motivando a desclassificação da proposta da

empresa, prejudicando todo o processo licitatório. Nessas hipóteses, o órgão

conseguirá cobrar da empresa os prejuízos, visto que um processo licitatório gera

custos processuais e operacionais?

As hipóteses apontadas são em função de constatação nas licitações para

aquisições de bens efetuadas pela Universidade Federal do Paraná, no exercício de

2010. Conforme dados fornecidos pela Central de Compras, Contratos e Patrimônio

(CECOM) da UFPR, cerca de 13% das empresas que foram vencedoras nas

licitações de compra de produtos, durante o exercício, foram cancelados os

empenhos por terem apresentado produtos incompatíveis com o que foi licitado, ou

até mesmo não entregaram os produtos, inclusive sendo penalizadas na forma da

Lei, com multa e/ou suspensão do direito de licitar e contratar com a Administração,

na forma do artigo 87 da Lei 8.666/93, o qual estabelece as sanções administrativas

às empresas, pela inexecução parcial e total dos compromissos assumidos.

Page 41: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

40

2.3.2 Com referência às obras e serviços de engenharia

Nesse contexto, a IN 01/2010 estabelece, que para os casos de contratações

de obras e serviços de engenharia, as especificações e demais exigências do

projeto básico ou executivo devem ser elaborados visando à economia da

manutenção e operacionalização da edificação, a redução do consumo de energia e

água, bem como a utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto

ambiental, tais como: uso de equipamentos de climatização mecânica, automação

de iluminação do prédio, uso de lâmpadas fluorescentes, energia solar ou outra

energia limpa para aquecimento de água, sistema de medição individualizada de

consumo de água e energia, sistema de reuso de água e de tratamento de afluentes

gerados, aproveitamento da água da chuva, utilização de materiais que sejam

reciclados, reutilizados e biodegradáveis, e que reduzam a necessidade de

manutenção, comprovação da origem da madeira a ser utilizada na execução da

obra ou serviço, entre outros.

Destacam-se, ainda, dentre os dispositivos da citada Instrução Normativa os

seguintes:

Art. 4º [...] § 4º No projeto básico ou executivo para a contratação de obras e serviços de engenharia, devem ser observadas as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (INMETRO) e as normas ISO 14.000 da Organização Internacional para a Padronização. § 5º Quando a contratação envolver a utilização de bens e a empresa for detentora de norma ISSO 14000, o instrumento convocatório, além de estabelecer diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas de bens, deverá exigir a comprovação de que o licitante adota práticas de desfazimento sustentável ou reciclagem dos bens que forem inservíveis para o processo de reutilização.

Considerando os aspectos acima, tais dispositivos são mais fáceis de

aplicabilidade, desde que os membros da Comissão de Licitação e os técnicos

fiscalizadores dos contratos estejam devidamente qualificados para tal, mas, por

outro lado, é difícil não admitir que , de acordo com tais exigências, não restrinja o

caráter competitivo, o que conflita com a Lei maior, Lei 8.666/93, especificamente no

seu artigo 3º, § 1º que veda aos agentes públicos admitir, prever, incluir ou tolerar,

Page 42: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

41

nos atos convocatórios cláusulas que restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da

licitação, pelos seguintes motivos:

Hoje, nem todas as empresas estão capacitadas para atender ao

chamamento convocatório dentro dos requisitos do edital sustentável;

Muitas empresas ainda não possuem estrutura suficiente para adequar seus

produtos dentro dos novos critérios de sustentabilidade, a curto-prazo;

As micro-empresas e empresas de pequeno porte que normalmente hoje

participam de licitações, com a aplicação da nova norma, em sua grande

maioria não terão condições técnicas e financeiras para participar de

licitações para execução de obras e/ou serviços de engenharia de grande

porte, dada a necessidade de comprovação de capacidade técnica e

financeira dentro dos critérios de sustentabilidade ambiental, exigida no ato

convocatório. Por outro lado, também, o gestor público não pode flexibilizar

demais as condições de participação nas licitações, de forma a admitir

empresas sem condições técnicas para executar uma obra sustentável, do

contrário corre-se o risco de uma contratação fracassada. Nesse caso, estaria

promovendo o que os juristas denominam: ―igualando os desiguais‖. Mesmo

porque, todas as licitações de obras e serviços de engenharia da UFPR exige

das concorrentes comprovação de capital social e garantia suficiente para

assegurar a plena execução do contrato.

Os novos critérios foram estabelecidos por Instrução Normativa e não por Lei,

pois, apesar de serem benéficos, podem ocasionar efeito inverso de

discriminação na participação das empresas licitantes que se sentirão lesadas

e recorrerão ao Poder Judiciário em busca de seus direitos.

Ainda que, com o advento da Lei 12.349/2010 que altera a Lei Geral de

licitações, especificamente no seu artigo 3º inserindo mais um princípio

norteador da licitação (o do desenvolvimento nacional sustentável) a

aplicação dos critérios sustentáveis colocará os gestores públicos em

situação desconfortável, pois estes têm o dever constitucional de respeitar a

livre concorrência, a liberdade de escolha dos meios de produção pelas

empresas fornecedoras de produtos e serviços, mas, por outro lado, têm o

dever de assegurar o equilíbrio ecológico.

Page 43: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

42

Como visto acima, ao elaborar os Editais dos certames licitatórios, dentro de

critérios de sustentabilidade ambiental, apesar de por um lado, em algumas

situações, ocorrer certos desconfortos ao administrador público, por outro lado, cria-

se um forte instrumento de ação positiva fazendo com que tanto as prestadoras de

serviços, construtoras, produtoras e indústrias, sejam elas: micros, pequenas e

grandes empresas, busquem mecanismos e estrutura suficientes de sorte a habilitá-

las a concorrerem a qualquer processo de contratação sustentável.

2.4 LEI DAS LICITAÇÕES/CONTRATAÇÕES PÚBLICAS SUSTENTÁVEIS:

BENEFÍCIOS AMBIENTAIS, ECONÔMICOS E SOCIAIS

A lei geral estabelece que a aquisição de bens e contratação de obras e

serviços seja de engenharia e/ou comuns, deve-se sempre prevalecer o ―menor

preço‖; esse critério faz com que muitos gestores de compras públicas levem à risca

a obrigação de economizar e não elaborem editais sustentáveis.

O fato é que a Lei, em suas definições, orienta que:

As compras, sempre que possível, deverão atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantias oferecidas; (art. 15).

Para os casos de contratação de obras e serviços, o Art. 12, estabelece que:

nos projetos básicos e nos executivos serão considerados principalmente os

requisitos de segurança; funcionalidade e adequação ao interesse público; economia

na execução, conservação e operação; possibilidade de emprego de mão-de-obra,

materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução,

conservação e operação; facilidade na operação, sem prejuízo da durabilidade da

obra ou serviço; adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho

adequado; impacto ambiental. Ainda, o art. 3º da Lei estabelece que a Licitação

destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a

selecionar a proposta mais vantajosa.

Observa-se que, por essas definições, o menor preço é apenas uma das

peças da proposta mais vantajosa. No entanto, a interpretação da Lei é que, após

Page 44: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

43

observados todos os componentes acima, sendo devidamente especificados no

edital, é que se aplica o critério de menor preço estabelecido na Lei. Não se admite

um gestor público adquirir um produto ou serviço sem especificar todas as

características apontadas para obtenção de uma proposta mais vantajosa. Nesse

caso, o menor preço vai custar mais caro.

José Gutemberg (2004), enfatiza que:

Há uma interpretação generalizada de que a Lei 8.666/93 impõe o menor custo para a administração sem que seja levado em conta qualquer outro requisito. Essa visão pode levar os órgãos públicos a comprar produtos de baixa qualidade, contratar serviços ou realizar obras que muitas vezes contribuem para a criação de problemas ambientais.

A IN 01/2010 estabeleceu novos critérios para que se possa garantir a

sustentabilidade ambiental. Em muitas contratações nem sempre é possível a

administração pública contratar a preços menores, porque nem sempre o menor

custo pode suprir a qualidade desejada, segundo o conceito de sustentabilidade

ambiental. No entanto, faz-se necessário, primordialmente, se preocupar com o

futuro do nosso planeta, por um ambiente de qualidade, por uma sociedade mais

justa e saudável. Comenta, ainda, Gutemberg que a proteção ao meio ambiente não

deve-se restringir a ações repressivas, mas, principalmente, ser de caráter

preventivo, presente em licenciamentos, incentivos fiscais e de créditos, além das

próprias contratações públicas.

Vale lembrar que a administração pública é responsável por grande parte das

aquisições de bens e contratação de obras e serviços. Conforme dados levantados

no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, as compras públicas equivalem

a 10% do PIB. Somente em equipamentos de informáticas como microcomputadores

e laptops, o Governo gasta cerca de 590 milhões de reais. É comprovado que o

maior faturamento das empresas privadas, fornecedoras de materiais e prestadoras

de serviços, é proveniente de contratação com o poder público, portanto, estas não

podem afastar-se da responsabilidade social, sob pena de não sobrevivência caso

não se estabeleça um novo paradigma no sistema de produção de bens e serviços

que sejam alinhados com o desenvolvimento sustentável (BRASIL. Ministério do

Planejamento, 2010).

.

Page 45: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

44

Imagine-se, no caso acima, com referência às aquisições de

microcomputadores e laptops, que, no Brasil, consome-se livremente, enquanto nos

Estados Unidos da América os não sustentáveis são proibidos, por serem danosos

ao meio ambiente, isso porque no Brasil não se adquire equipamentos sustentáveis,

com raras exceções. Cite-se nas exceções a Universidade de São Paulo (USP),

conforme reportagem publicada em 2010, motivo de destaque por promover um

pregão sustentável, pois adquiriu em 2008 e 2009 ―computadores verdes‖. O edital

trazia como especificações a obediência à norma européia RoHS (Restriction of

Certain Hazardous Substances). No entanto, a USP foi pioneira em levar em

consideração premissas ambientais, na aquisição de computadores. (BRASIL 2010).

As compras e as contratações realizadas pelo governo, aliadas ao seu poder

de indução do mercado, constituem fatores de grande relevância à implementação

das contratações públicas sustentáveis, causando grande impacto, seja do ponto de

vista ambiental, social e econômico, que são os três pilares da sustentabilidade.

Nesse sentido, cria-se um instrumento de ações positivas favorecendo a

integração em todos os estágios do processo produtivo, incentivando os produtores

e fabricantes a buscarem mecanismos inovadores para acrescentar, em seus

produtos e processos, critérios de sustentabilidade ambiental, como também os

critérios de direitos trabalhistas. Além disso, podem auxiliar na criação de um grande

mercado para negócios sustentáveis, aumentando a margem de lucro dos

produtores, através de economias de escala e reduzindo seus riscos.

Também, como consumidores de grande escala, os Órgãos governamentais

podem incentivar a inovação, estimular a competição nas indústrias, garantindo aos

produtores retornos pelo melhor desempenho ambiental de seus produtos, através

de demandas do mercado.

Por outro lado, as compras públicas e contratação de obras e serviços

sustentáveis valorizam os custos efetivos que consideram condições de longo prazo,

que podem, aparentemente, significar contratações a custos mais elevados.

Segundo Abreu (2010), Diretor de Cidadania e Responsabilidade Sócio-

ambiental do Ministério do Meio Ambiente, ―o custo aparente mais elevado dos

produtos, serviços e obras de menor impacto ambiental é menos oneroso se diluído

no longo prazo‖. Cita alguns fatores como:

Redução nos gastos do Estado com políticas de reparação de danos

ambientais;

Page 46: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

45

Maior durabilidade dos produtos;

Menor consumo de energia e de materiais nos processos produtivos;

Uso de materiais recicláveis e reutilizáveis;

Menor quantidade de materiais tóxicos ou perigosos na composição dos

produtos;

Incentivo ao surgimento de novos mercados e empregos verdes, gerando

renda e elevando a arrecadação tributária.

Por outro lado, O Diretor do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico, do Rio de

Janeiro, Renato Cader, em entrevista à Revista ―O Pregoeiro‖ (julho de 2010, p.10),

referendada na palestra proferida no Seminário de Capacitação em Compras

Públicas, afirma que nem sempre produtos sustentáveis apresentam preços mais

elevados. Não existe grande diferença de preços em determinados produtos,

inclusive alguns se igualam ou apresentam preços menores, mesmo porque as

compras são normalmente realizadas por pregão eletrônico, principal modalidade

adotada pelo Poder Público, em que as licitantes, seus representantes não

necessitam se deslocar para as sessões públicas, junto às repartições promotoras

da licitação.

2.5 AÇÕES DO GOVERNO BRASILEIRO

Nesse contexto, é importante citar o exemplo da inserção de uma gestão

pública sócio-ambiental, o programa da Agenda Ambiental da Administração Pública

(A3P), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente. Esse programa visa

sensibilizar os gestores públicos para as questões sócio-ambientais, promover a

redução dos gastos institucionais e contribuir para a revisão dos padrões de

produção e consumo e adoção de novos referenciais de sustentabilidade, no âmbito

da Administração Pública. Essas ações estão regulamentadas pela Portaria nº

61/2008 do Ministério do Meio Ambiente que estabelece práticas de sustentabilidade

ambiental quando das compras públicas sustentáveis sejam por aquisições e/ou

contratações de serviços deste Ministério e suas Unidades vinculadas.

Page 47: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

46

Seguindo por esse exemplo, as licitações sustentáveis regulamentadas pela

Instrução Normativa nº 01/2010-SLTI/MPOG no âmbito das organizações públicas

federais direta, autárquica e fundacional, representam algumas das ações

desenvolvidas através do citado programa. No entanto, somente no início de

setembro/2010, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão promoveu o 1º

seminário de capacitação aos agentes públicos, no sentido de discutir a nova norma,

no intuito de incentivar os atores para a imediata aplicação da referida Instrução. O

seminário se deu em cinco capitais brasileiras, pelo sistema de vídeo-conferência.

Page 48: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

47

3 METODOLOGIA

A metodologia, na presente dissertação, é a de revisão bibliográfica, através

de doutrinas que se referem a crenças, livros jurídicos, reportagens de revistas e

jornais e artigos científicos. Na fase subsequente foram utilizados documentos e

informações que permitiram uma análise reflexiva sobre o que foi levantado,

possibilitando a compreensão dos processos como um todo no âmbito da Unidade

de abrangência.

O delineamento da pesquisa caracteriza-se como qualitativo, dados os vários

aspectos de abordagem, tais como: a complexidade do tema, sua amplitude, bem

como as características do trabalho desenvolvido em função das observações

levantadas para atingir o objetivo proposto.

Para o desenvolvimento do trabalho, verificou-se, junto à Universidade

Federal do Paraná, no sentido de registrar as suas ações a partir da edição da IN 01

de 19 de janeiro de 2010, um levantamento de dados, referentes às licitações

promovidas no exercício de 2010 e sequencialmente as entrevistas tanto com os

gestores responsáveis pelas contratações como com os órgãos de controle externo

e os seus desdobramentos com referência à aplicabilidade da nova norma legal.

A seleção dos atores da pesquisa foi disposta em duas fases, sendo na

primeira, identificados os atores - servidores técnicos administrativos - envolvidos

com os processos de compras e contratações de obras e serviços (sete servidores),

bem como o gestor ordenador de despesas para as devidas entrevistas, o Pró-Reitor

de Administração da UFPR, cuja estrutura de compra e contratações estão afetas a

esta Pró-Reitoria. A segunda fase abrange os atores da Controladoria Geral da

União (CGU), Regional Paraná. Nesse caso, foram entrevistados o auditor Chefe

Substituto daquela Controladoria e um dos Ministros do Tribunal de Contas da União

(TCU).

Para a pesquisa, foi determinado, primeiramente, um roteiro de questões

relacionadas à gestão ambiental e licitações sustentáveis. Como instrumento para

coleta dos dados foi elaborado um Quadro (Apêndice B), contendo os elementos

que possibilitem a obtenção de informações por parte dos atores das áreas de

Page 49: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

48

compras e contratações. São duas Unidades; a Central de Compras, Contratos e

Patrimônio (CECOM), encarregada das licitações para aquisição de bens, e a

Prefeitura da Cidade Universitária, esta encarregada das licitações para obras e

serviços de engenharia, ambas vinculadas à Pró-Reitoria de Administração da

UFPR.

Na sequência determinou-se um roteiro de perguntas direcionadas aos atores

envolvidos com os processos de licitações, sendo 8 (oito) atores, conforme disposto

no Apêndice C (Roteiro de Entrevista), de modo a servir de guia para possibilitar

melhor entrosamento entre o entrevistador e o entrevistado, de forma que este se

sinta livre para qualquer abordagem mais ampla no desenrolar da entrevista, de

sorte a conseguir um melhor entendimento e informações que contribuam com a

objetividade da pesquisa. Os atores, bem como as respostas de cada um estão

elencados no Apêndice D.

Para a pesquisa, foram levados em conta, também, a participação em

Seminários voltados à licitação sustentável, a busca de experiências de outras

Instituições Públicas, como Órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente:

Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade, Instituto de Pesquisa

Jardim Botânico do Rio de Janeiro, entre outras Instituições Federais de Ensino

Superior (IFES).

Por fim, o trabalho propõe um encaminhamento que sirva como referências

básicas, de forma a auxiliar na confecção de editais de licitação a serem aplicados

na UFPR, e/ou em outras IFES se assim desejarem adotá-los, nos termos da IN º

01/2010. Tal proposta remete à elaboração de minuta de documentos denominados

―Termo de Referência‖, sendo um para licitação de aquisição de mobiliários, um para

licitação de serviços de serviços de limpeza e higiene, um para licitação de projetos

básicos complementares e executivos de obras e um para licitação de obras. Esses

termos de referência poderão servir como modelo e padrão para todas os demais

objetos de licitação, inclusive para serviços de engenharia.

A busca dessas experiências se revela necessária, devido às dificuldades

detectadas na UFPR: de infraestrutura, capacitação de servidores, e até os entraves

na gestão de compras e contratações de obras e serviços. Assim como as buscas

acima, aliadas à equipe formada em torno do processo, com competências diversas,

poderão fornecer subsídios para este trabalho, e através deste são propostas

soluções para a eficiência nos processos de licitações sustentáveis.

Page 50: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

49

4 LICITAÇÕES NA UFPR: PROCEDIMENTOS E AÇÕES

A análise seguinte tem como finalidade identificar os procedimentos e as

ações da UFPR, no tocante às licitações para aquisição de bens e contratação de

obras e serviços, adotando-se, como parâmetros, os roteiros constantes nos

Apêndices B e C do presente trabalho.

4.1 CONTEXTUALIZAÇÕES DA UFPR

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a mais antiga universidade

brasileira, no verdadeiro sentido do termo: conjunto de cursos de nível superior. Foi

criada em 19 de dezembro de 1912, no mesmo dia em que se comemora a

emancipação política do Estado do Paraná. Fruto dos cursos de Direito, Engenharia,

Comércio, Medicina e Cirurgia, Odontologia, Farmácia e Obstetrícia, recebeu a

denominação de Universidade do Paraná, devido ao empenho de ilustres

paranaenses como Vitor Ferreira do Amaral e Silva (o primeiro Reitor), Nilo Cairo,

Alfredo Ramalho Martins e Dario Vellozo.

Restaurada em 1º de abril de 1946, passou a ser uma Instituição Pública

Federal de acordo com a Lei nº 1.254, de 4 de dezembro de 1950, com sede e foro

na cidade de Curitiba, estado do Paraná, tornando-se uma Instituição pública e

gratuita. Esse Avanço determinou uma fase de expansão da Universidade. As

construções do Hospital de Clínicas em 1953, do Complexo da Reitoria em 1958 e

do Centro Politécnico em 1961 comprovam a consolidação da Instituição.

O compromisso da Instituição é com a qualidade do ensino, cuja missão é a

de contribuir com o desenvolvimento sustentável, priorizando a formação continuada

do profissional-cidadão e produzindo, disseminando e apropriando o conhecimento

de forma articulada com a sociedade, sendo referência no Paraná, tendo como

desafio estratégico tornar-se uma das cinco melhores Instituições Federais de

Ensino Superior do país.

Page 51: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

50

Em seus quase 100 anos de existência, a Instituição tem experimentado

diferentes enfoques e práticas gerenciais, frutos de mudanças conjunturais internas

e externas. A velocidade das transformações sociais e a rápida evolução do

conhecimento têm demandado mudança no perfil da UFPR, provocando expansão

na oferta de cursos e melhorias nos serviços prestados, como exemplo, o programa

de Reestruturação das Universidades (REUNI).

A UFPR, hoje, conta com um orçamento anual, considerando pessoal, custeio

e capital, de 822,3 milhões de reais. Desse montante, 589,3 refere-se à pessoal e a

encargos sociais; 66,7 milhões para capital e 166,2 milhões para a manutenção da

UFPR: despesas com material de consumo e contratação de serviços, sendo o 5º

maior orçamento, considerando as 59 Instituições Federais de Ensino Superior, uma

das maiores e melhores Universidades Federais do país, classificada como a 8ª

melhor Instituição em pesquisa, no Ranking Nacional.

Atualmente a UFPR está constituída da seguinte maneira:

Cinco ―Campi‖ em Curitiba, Campus em Palotina, Campus em Matinhos,

Campus em Pontal do Paraná, Museu de Arqueologia e Etnologia de

Paranaguá, Fazenda Experimental Canguiri em Pinhais, Estação

Experimental de Rio Negro, Fazenda Experimental de São João do

Triunfo, Fazenda Experimental de Bandeirantes, Fazenda Experimental de

Castro, Estação Experimental de Paranavaí;

Uma área física territorial de 9.043.913 m², com 397.277 mil m² de área

construída;

329 cursos de graduação, pós-graduação (especialização e residência

médica, mestrado e doutorado) e extensão;

40.119 alunos matriculados, entre graduação presencial, a distância e

profissionalizante, nas 6.429 vagas oferecidas;

Corpo docente: 2.296 professores (210 graduados, 66 especialistas, 488

mestres, 1532 doutores) e 94 professores de ensino médio;

Servidores técnico-administrativos: 3.489.

Acervo bibliográfico: 928.255, entre títulos e livros, exemplares de livros,

títulos e periódicos e outros, distribuídos nas 15 Unidades de Bibliotecas.

Page 52: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

51

4.1.1 Estrutura de Compras e Contratações

A UFPR, até o exercício de 2006, procedia suas compras e contratações de

forma descentralizada, sendo tal procedimento realizado por 48 Unidades, cujas

unidades vinculam-se a 18 ordenadores de despesas que, com competência através

de Ato do Reitor, homologavam as compras de suas respectivas unidades. Isso tudo

em função de que o orçamento anual da UFPR é descentralizado às diversas

Unidades que a compõem.

Dados os problemas graves com o fracionamento de compras e a ausência

de planejamento destas e dos serviços, caracterizando uma afronta à Lei geral de

licitações, a atividade tem sido objeto de vários apontamentos de auditorias externas

(CGU e TCU) e com interferência até do Ministério Público Federal, que tem exigido

explicações dos gestores da UFPR. As irregularidades apontadas pelas referidas

auditorias, fizeram com que, a partir do exercício de 2007, houvesse a centralização

definitiva das compras e serviços em uma única Unidade, cujos trabalhos foram

iniciados em setembro do ano anterior.

4.2 AÇÕES DA UFPR PARA A SUSTENTABILIDADE

A partir do advento do Decreto 5.940/2006, que institui a separação dos

resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da administração pública

federal direta e indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e

cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, a UFPR, como ação inicial,

firmou convênio com a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis

(CATAMARE). Para essas atividades foi criada, em sua estrutura organizacional, a

Divisão de Gestão Ambiental, vinculada à Pró-Reitoria de Administração, cuja

Unidade tem como atribuição específica e exclusiva a administração dos resíduos

descartados, desde a separação até sua destinação final.

Tais atribuições vêm ao encontro, também, com o disposto na Instrução

Normativa nº 01/2010, especificamente no seu artigo 6º que estabelece como um

dos requisitos para constar nos editais de licitação para contratação de empresa

prestadora de serviços de limpeza:

Page 53: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

52

[...] VI - que realize a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis (CATAMARE), que será procedida pela coleta seletiva do papel para reciclagem, quando couber, nos termos da IN/MARE nº 6, de 3 de novembro de 1995 e do Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006.

Como resultado do Convênio acima referido, com base no relatório de

atividades apresentado pela sua Divisão de Gestão Ambiental, dá conta de que, no

exercício de 2010, foram coletadas cerca de 145 toneladas de resíduos recicláveis

nos diversos campi da Instituição. Esse montante significou, de janeiro a

setembro/2010, uma receita de R$ 63 mil para os catadores da Organização

CATAMARE, com que a UFPR formou convênio desde a edição do referido Decreto

Federal. Desde que o convênio foi firmado, a receita aproximada de resíduos obtidos

na UFPR pela CATAMARE totalizou 185 mil.

Nesse caso, pode-se constatar que a UFPR possui mecanismos e

infraestrutura adequados, de forma que, hoje, os resíduos gerados pelas suas

diversas Unidades, obedecem à separação e destinação de acordo com os critérios

legais estabelecidos.

Registra-se também a promoção de campanhas de conscientização pela

Administração Central, visando à correta separação de resíduos recicláveis, bem

como diminuir o consumo de água e energia elétrica, com confecção de folders,

incentivo á participação de palestras, seminários e curso de capacitação, na medida

de disponibilidade de recursos financeiros.

Embora a UFPR mantenha essa estrutura de separação de resíduos

recicláveis, ainda carece de um plano concreto de gestão ambiental abrangendo

todos os aspectos legais, de acordo com as orientações dos Órgãos de controle

ambiental, bem como dos de vigilância sanitária.

4.3 PROCESSOS DE AQUISIÇÃO E CONTRATAÇÃO

Com a Centralização, verifica-se, assim, uma divisão de tarefas entre duas

Unidades promotoras de licitação, dentro do organograma da Pró-Reitoria de

Page 54: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

53

Administração da UFPR, sendo elas a Central de Compras, Contratos e Patrimônio

(CECOM) e a Prefeitura da Cidade Universitária (PCU), ambas sob a égide do Pró-

Reitor de Administração na condição de ordenador de despesa. A primeira, com a

tarefa de realizar as licitações para aquisição de bens e contratação de serviços

comuns. Já a segunda, com atribuição específica para as licitações de obras e

serviços de engenharia.

Conforme relatório de gestão da UFPR, apresentado em janeiro de 2011,

esta Instituição realizou, ao longo do exercício de 2010, 232 licitações, sendo: 45

para aquisição de equipamentos e material permanente, 61 para aquisição de

material de consumo, 57 para contratação de serviços comuns e 69 para

contratação de obras e serviços de engenharia.

O Quadro 2 mostra o panorama das licitações da UFPR, no exercício supra

referido.

Conforme pode ser observado no Quadro 2, especificamente na coluna (nº

de itens), demonstra que a UFPR adquiriu em torno de 3.000 tipos diferentes de

materiais ou equipamentos para sua manutenção anual. Vale esclarecer que o nº de

itens propriamente dito não se refere simplesmente à quantidade, de forma

individualizada, mas sim à quantidade de itens distintos pela sua característica. Pelo

constatado, cada processo licitatório de compra consta como objeto um lote de, em

média, 150 diferentes tipos de itens, contendo cada tipo de material a sua

quantidade individual, de acordo com as necessidades da UFPR, para doze meses.

Destaca-se ainda que, do montante total das aquisições e contratações, os

maiores custos são decorrentes de contratações de serviços comuns,

exclusivamente de processos licitatórios nas suas diversas modalidades, sendo 38,5

% do montante geral. Desse percentual gasto não estão computadas as despesas

com água e energia, e outras - que também se classificam como serviços comuns -

contratadas mediante dispensa ou inexigibilidade de licitação, por tratar-se de

serviços prestados por concessionária de serviços públicos criada para esse fim

específico, e outras empresas ou órgãos integrantes do poder público, incumbidos

de prestar tais serviços.

Page 55: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

54

QUADRO 2 – LICITAÇÕES REALIZADAS NO EXERCÍCIO DE 2010

OBJETO LICITADO Nº DE LICITAÇÕES

Nº DE ITENS VALOR

I - Equipamentos e Material Permanente Equipamentos de informática Equipamentos industrial Equipamentos de laboratório Equipamentos odontológico Equipamentos de rede e voz Equipamentos de áudio e vídeo Equipamentos eletro-eletrônico Equipamentos eletrodoméstico Equipamentos de sonorização Equipamentos diversos Moveis para escritório e outros Veículos

02 05 07 02 04 04 02 03 02 06 06 02

03 29

197 03 16 63 51 07 11 33

144 03

4.809.181,00 2.004.072,00 2.953.029,00 1.826.910,00 2.663.578,00 2.357.926,00 1.164.406,00

136.149,00 329.119,00 253.911,00

5.913.789,00 957.390,00

SOMA 45 560 25.369.460,00

II – Material de Consumo Material de Expediente Suprimento de informática e rede Material bibliográfico Material de construção (manutenção predial) Material gráfico Material de limpeza e higiene Medicamentos veterinários Material odontológico Material de laboratório Gêneros alimentícios Combustíveis e lubrificantes Vestuários Materiais diversos

05 06 03

07 02 02 02 02 08 10 02 01 11

174 305 158

652 17 49 65

123 657 102

04 03

183

1.278.800,00 5.273.385,00

317.331,00

3.454.700,00 19.840,00

581.144,00 62.881,00 99.483,00

1.449.879,00 5.329.820,00 1.101.046,00

275.985,00 1.255.189,00

SOMA 61 2.492 20.499.483,00

III - Serviços Comuns Serviços de limpeza e higiene Serviços de vigilância Serviços de atendimento de portaria Serviços de atendente recepção Serviços de manutenção predial Serviços de copa e cozinha Serviços de marinheiro Serviços de motorista frota Manutenção de veículos Serv. de transportes (aula de campo) Transporte de resíduos perigosos Serviços de agenciamento de carga Serviços de telefonia Serviços de hospedagem Passagem aérea e terrestre Manutenção de equipamentos Manutenção de sistema de vigilância Manutenção de elevadores Serviços de fiscalização Serviços gráficos Serv. de eventos institucionais Serviços de publicação jornais Outros serviços diversos

03 01 01 01 01 01 01 01 01 01 02 01 02 01 01 03 01 01 01 03 03 01 25

m² - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

7.169.998,00 6.222.000,00 3.869.499,00

262.900,00 5.276.037,00 6.279.000,00

169.599,00 1.800.000,00 1.067.807,00

871.574,00 92.307,00

1.000.000,00 2.386.388,00

200.000,00 4.345.000,00 1.050.279,00

381.384,00 245.768,00 453.998,00 244.866,00 644.621,00 65.997,00

975.072,00

SOMA 57 - 45.074.094,00

IV - Obras e Serviços de Engenharia Obras e serviços de engenharia

69

59.877M²

26.147.296,00

SOMA 69 26.147.298,00

TOTAL GERAL (I, II, III E IV) 232 3.052 117.090.333,00

Page 56: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

55

A partir do Quadro 2, nos tópicos a seguir, passa-se à análise das licitações

sustentáveis, considerando o que se extraiu do Roteiro de levantamento de dados e

análise dos processos.

4.3.1 Das Aquisições Sustentáveis

Tomando como referência o Roteiro constante no Apêndice B, segundo

dados extraídos, observou-se uma pequena parcela de produtos (equipamentos e

materiais) adquiridos com características sustentáveis.

Em aferição dos processos licitatórios, outros materiais foram adquiridos

com características sustentáveis, mas não dentro dos critérios da IN 01/2010, e sim,

em função dos bens já conterem suas especificações de fábrica, tais como

cartuchos reciclados, para impressora, caixas coletoras de lixo, refrigerador e

lâmpadas econômicas que reduzem o consumo de energia, e veículos que possuem

dispositivos menos poluentes e/ou utilizam combustíveis alternativos. (ver Quadro 3,

Observação ‖b‖). Destacam-se dois processos licitatórios que obedeceram na sua

totalidade, aos requisitos da IN 01/2010. Um para compra de papel reciclado, e outro

para computadores, os chamados ―computadores verdes‖.

Nos processos licitatórios constam, no preâmbulo dos seus instrumentos

convocatórios, a menção e as referências às Leis e Normas que regem as licitações,

no entanto, são omissos com relação à IN 01/2010, estando em desacordo com o

que determina o artigo 40 da Lei Geral de Licitações, senão vejamos:

art. 40 – O edital conterá no seu preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início e abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: [...].

Como visto, a vinculação à Lei de licitação, bem como às demais normas

que a regem, é fator primordial para ordenar uma sequência de atos do

administrador público, que precedem um processo de contratação. Assim, se o

administrador público pretende adquirir bens ou contratar obras e serviços, não só

Page 57: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

56

deve especificar nos editais, detalhadamente aquilo que pretende adquirir ou

contratar, mediante Termo de Referência ou Projeto Básico, como também deve

mencionar, no seu preâmbulo, todas as normas que regem tais contratações.

Justen Filho (1998, p. 62), comenta sobre o princípio da legalidade e

competência vinculada. Assevera que:

[...] No procedimento licitatório, desenvolve-se atividade vinculada. Isso significa ausência de liberdade (como regra) para a autoridade administrativa. A lei define as condições da atuação dos agentes administrativos, estabelecendo a ordenação (seqüência) dos atos a serem praticados e impondo condições excludentes de escolhas pessoais ou subjetivas... Além da lei, o instrumento convocatório da licitação determina as condições a serem observadas pelos envolvidos na licitação. A vinculação ao instrumento convocatório complementa a vinculação à lei.

Nesse contexto, nem poderia a UFPR estabelecer, nos editais de licitação,

os critérios de sustentabilidade ambiental, e, no entanto, não fazer referência, no seu

preâmbulo, à Norma que o vincula, ou seja, a IN 01/2010, (ou o vice-versa). Do

contrário, poderia tornar-se um procedimento vicioso passível de anulação por

provocação daquelas empresas que gostam de polemizar uma licitação.

4.3.2 Dos Serviços Comuns

Ao longo do exercício de 2010, a exemplo dos processos de aquisição,

apenas uma contratação de serviços de transportes de resíduos de serviços saúde

obedeceu aos padrões sustentáveis, no entanto, não na forma de que dispõe a IN

01/2010. Tal contratação se deu observando uma norma especial editada pelo

Ministério do Meio Ambiente, por se tratar de resíduos perigosos. Vale observar que

a UFPR lança mão de grande parte do orçamento anual dos recursos de custeio

para sua manutenção, o que gera maiores gastos com contratações de serviços

comuns, cujas despesas classificadas como essenciais garantem o funcionamento

da Instituição.

Page 58: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

57

4.3.3 Das Obras e Serviços de Engenharia, Sustentáveis

Conforme analisado, nas obras e serviços, todos os processos contêm

requisitos parciais de sustentabilidade. Os projetos básicos e executivos, para as

obras públicas sustentáveis, considerando os requisitos elencados no art. 4º da IN

01/2010, contemplam somente três dos critérios exigidos: dispositivos cujo objetivo é

reduzir o consumo de energia e água, (lâmpadas fluorescentes e luminárias

eficientes e instalação de torneiras automáticas); e o sistema de reaproveitamento

de água de chuva.

Para melhor ilustrar, transcreve-se abaixo o que dispõe o artigo da Instrução

Normativa:

Art. 4º - Nos termos do art. 12 da Lei 8.666, de 1993, as especificações e demais exigências do projeto básico ou executivo, para contratação de obras e serviços de engenharia, devem ser elaborados visando à economia da manutenção e operacionalização da edificação, a redução do consumo de energia e água, bem como a utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental, tais como: I - uso de equipamentos de climatização mecânica, ou de novas tecnologias de resfriamento de ar, que utilizem energia elétrica, apenas nos ambientes onde for indispensável; II - automação da iluminação do prédio, projeto de iluminação, interruptores, iluminação ambiental, iluminação tarefa, uso de sensores de presença; III - uso exclusivo de lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares de alto rendimento e de luminárias eficientes; IV - energia solar, ou outra energia limpa para aquecimento de água; V - sistema de medição individualizada de consumo de água e energia; VI - sistema de reuso de água e de tratamento de afluentes gerados; VII - aproveitamento da água da chuva, agregando ao sistema hidráulico elementos que possibilitem a captação, transporte, armazenamento e seu aproveitamento; VIII - utilização de materiais que sejam reciclados, reutilizados e biodegradáveis, e que reduzam a necessidade de manutenção, e IX - comprovação da origem da madeira a ser utilizada na execução da obra ou serviço.

Destacam-se ainda, dentre os dispositivos da citada Instrução Normativa

os seguintes, conforme o disposto no art. 4º:

§ 1º Deve ser priorizado o emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local para execução, conservação e operação das obras públicas. § 2º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil – PGRCC, nas condições determinadas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, através da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002,

Page 59: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

58

deverá ser estruturado em conformidade com o modelo especificado pelos órgãos competentes. § 3º Os instrumentos convocatórios e contratos de obras contratadas, sempre que existir a oferta de agregados reciclados, capacidade de suprimento e custo inferior em relação aos agregados naturais, bem como o fiel cumprimento do PGRCC, sob pena de multa, estabelecendo, para efeito de fiscalização, que todos os resíduos removidos deverão estar acompanhados de Controle de Transporte de Resíduo, em conformidade com as normas da Agência Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, ABNT NBR n°s 15.112, 15.113, 15.114, 15.115 e 15.116, de 2004, disponibilizando campo específico na planilha de composição dos custos. § 4º No projeto básico ou executivo para a contratação de obras e serviços de engenharia, devem ser observadas as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial – INMETRO e as normas ISO 14.000 da Organização Internacinal para a Padronização (International Organization for Standardizacion). § 5º Quando a contratação envolver a utilização de bens e a empresa for detentora de norma ISO 14000, o instrumento convocatório, além de estabelecer diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas de bens, deverá exigir a comprovação de que o licitante adota práticas de desfazimento sustentável ou reciclagem dos bens que forem inservíveis para o processo de reutilização.

O quadro 3, abaixo, registra um panorama das licitações realizadas,

demonstrando as tradicionais versus as aquisições/contratações com características

sustentáveis.

QUADRO 3 - CONTRATAÇÕES

OBJETO LICITADO TRADICIONAL PARCIALMENTE SUSTENTÁVEL

SUSTENTÁVEIS

Equipamentos e Material

Permanente

Material de consumo

Serviços comuns

Obras e serv. de engenharia

42

57

56

0

02

03

01

68

01

01

0

01

SOMA 155 74 03

Considerando o quadro acima, cabem as seguintes observações:

a) Na coluna (Tradicional) demonstra-se que as licitações efetuadas pelo

método tradicional referem-se ao processo de aquisições e contratações sem

a aplicação dos critérios de sustentabilidade ambiental.

Page 60: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

59

b) Na coluna (Parcialmente sustentável), demonstra-se que as aquisições e

contratações, embora o processo licitatório tenha sido realizado mediante o

método tradicional, os produtos foram adquiridos com certo grau de

sustentabilidade, tendo em vista estes produtos/serviços já serem fabricados

ou desenvolvidos com certos padrões de sustentabilidade ambiental. Dessa

coluna destacam-se:

I - Equipamentos e Material Permanente:

1 processo de refrigerador, com classificação A (mais eficiente e

com menor consumo de energia);

1 de aquisição de veículos, que possuem dispositivos menos

poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos;

II - Material de Consumo:

1 processo de aquisição de caixas coletoras de lixo e conteiners;

1 processo de lâmpadas econômicas;

1 processo de cartuchos reciclados.

III - Serviços Comuns:

1 processo de contratação de transporte de resíduos perigosos e

de serv. saúde (RSS);

IV – Obras e Serviços de Engenharia:

68 processos de obras e serviços de engenharia.

c) Com relação à coluna (Sustentável), demonstra-se que tanto na elaboração

do processo licitatório como na sua aquisição/contratação, a sustentabilidade

ambiental estava contemplada nos instrumentos convocatórios. Dessa coluna

destacam-se:

1 processo de aquisição de computadores. (Equipamentos e Mat.

Permanente;

1 processo de aquisição de papel reciclado. (Material de

Consumo);

1 processo de obras. (Obras e Serviços de Engenharia).

Pelo demonstrativo do quadro 3, registra-se que um percentual de apenas

1,29% das licitações realizadas cumpriram os critérios de sustentabilidade

Page 61: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

60

ambiental, e 29,3 % cumpriram apenas parcialmente os padrões legais de

sustentabilidade, não havendo o cumprimento à IN 01/2010.

Isso demonstra que ainda existe grande dificuldade dos gestores e servidores

envolvidos com processos licitatórios, na implantação dos critérios de

sustentabilidade nos processos de compras e contratações. Isso se comprova pela

análise das entrevistas realizadas junto aos seus atores, conforme se vê adiante.

4.4 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS

No tocante às licitações sustentáveis, segundo os critérios estabelecidos

pela IN 01/2010, tomando como referência os questionamentos constantes do

Apêndice C - Roteiro de Entrevistas - pode-se constatar que, dos oito entrevistados,

diversas foram as manifestações abordadas pelos atores envolvidos com os

procedimentos de aquisição e contratação de obras e serviços. (O resultado

encontra-se transcrito no Apêndice D).

4.4.1 Atores da UFPR

Pelo que se pôde auferir pelas entrevistas, todos os atores atestam o

conhecimento da IN 01/2010, bem como reconhecem a importância da política

pública de sustentabilidade ambiental implantada pelo Governo Federal, para as

aquisições de bens e contratação de obras e serviços, mas por outro lado todos

também são unânimes em afirmar que essa nova norma é encarada ainda com

condão de difícil aplicabilidade por carência de treinamento aos agentes envolvidos

com os processos licitatórios. Dentre eles, o Presidente da Comissão de licitação faz

acrescentar que essa nova norma, ―ainda é de caráter orientativo e não normativo. A

princípio, a sua aplicabilidade está mais voltada para serviços de engenharia e

obras‖.

Outra variante a ser considerada reside na ausência de uma política interna,

no sentido de melhor divulgar a existência da norma de sustentabilidade ambiental,

à toda comunidade da UFPR, que poderia partir da sua Administração Central. Pelo

Page 62: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

61

que se extrai, a maioria dos usuários de bens e tomadores dos serviços não têm

conhecimento de tal norma legal.

Vale dizer também que os Atores imputam aos usuários a ausência de uma

cultura em adquirir bens e contratar serviços e obras sustentáveis, tanto da parte dos

usuários como também de grande maioria dos gestores responsáveis pelos

processos de compras e contratações. Logo, se não existe essa cultura também não

se pode esperar ações mais contundentes por parte destes, no tocante ao

estabelecimento de política interna de divulgação e conscientização da comunidade

Universitária, para a questão ambiental. É de entender com isso de que tais ações

não venham a acontecer, do contrário, dado a essas circunstâncias, pode ser um

processo mais demorado, como bem reconhece o Pró-Reitor de Administração da

UFPR, autoridade ordenadora das despesas. Na sua manifestação entende que [...]

―o processo de conscientização é de prazo mais demorado, dado que a cultura ainda

não incorporou esta consciência ambiental‖.

Ainda, segundo o Pró-Reitor, o ponto de relevância para a total aplicabilidade

da IN 01/2010 é sobre o estabelecimento da política, a qual ―se reforça amplamente

quando a cultura da sociedade envolvida for consolidada. Quanto mais

conscientização, mais fácil se implantará a Instrução Normativa‖. Vale salientar,

ademais, que outros quatro entrevistados e diretamente envolvidos com processos

de aquisição e contratação, se manifestam, mesmo de formas diferentes, atestam as

mesmas questões de ordem cultural e de ausência de política interna da

Administração Central da UFPR. Destaca-se o que diz a Diretora da Central de

Compras, no entendimento de que ―a nova Norma ainda não tem a aceitação devida

dos usuários dos bens‖ e que eles, no momento, não estão preparados para

aceitarem produtos reciclados e/ou manufaturados (―produtos verdes‖).

De todo o exposto, pode-se extrair dos atores entrevistados que poucas

ações estão sendo desenvolvidas no âmbito da UFPR, ficando muito aquém do

cumprimento dos critérios de sustentabilidade ambiental estabelecidos pela IN

01/2010, principalmente nas contratações de obras e serviços. Pelo que se pôde

constatar, as dificuldades dos gestores não residem somente na falta de uma política

interna de capacitação, divulgação e conscientização à comunidade, mas, na crença

de que o mercado ainda não está adequado para fornecer bens e serviços

sustentáveis, sendo estes os motivos relatados por todos os entrevistados.

Page 63: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

62

Aliado a isso, observa-se o receio dos atores envolvidos com as

contratações, na aplicação da referida Norma, cujos motivos elencados são desde

as polêmicas e contradições geradas pelas legislações que regem os processos de

compras e contratações de obras e serviços (Lei Geral das Licitações com as

Normas das licitações sustentáveis), restrição de mercado de produtos e serviços

sustentáveis, e falta de maior envolvimento dos órgãos governamentais

responsáveis pela edição da IN 01/2010, no sentido de melhor capacitar os

servidores públicos.

Desse contexto, é importante destacar a observação da Diretora da Divisão

de Almoxarifado Central no seu depoimento, de que, em virtude da pressa na

aquisição de materiais para estoque, dada a grande demanda de consumo, com

exceção do papel reciclado, ainda não foram adquiridos itens sustentáveis, com

receio de ocorrer licitação deserta, ocasionando o desabastecimento, em prejuízo às

atividades da UFPR. Cita o exemplo de tentativa de aquisição de chá mate sem uso

de agrotóxicos, como também a licitação realizada pelo Instituto Jardim Botânico do

Rio de Janeiro, que teve oportunidade de acompanhar. Dos 48 itens licitados, teve

sucesso em apenas 19, por falta de cotação, comenta a Diretora. Um fato

semelhante também menciona a Coordenadora da Central de Compras, afirmando

que teve uma licitação frustrada, na tentativa de adquirir papel toalha, cujo processo

foi impugnado por um fornecedor, pelo fato de não poder fornecer documento de

regularidade ambiental, exigido no edital, obrigando a Comissão a cancelar o

processo e deflagrar nova licitação.

Nesse quesito, destaca-se o que diz o Pró-Reitor de Administração por

ocasião de sua entrevista:

“A própria legislação regulatória dos processos licitatórios é ampla, exigente e ainda gera inúmeros entendimentos, muitas das vezes contraditórios. A implementação de novos elementos nos instrumentos regulatórios sempre causa alguns contratempos para a consolidação de suas interpretações. Logo haverá um tempo para que a grande maioria do contido na Instrução Normativa seja absorvida. Tal situação sempre ocorre quando de novas legislações e normativas. Cabe aos agentes públicos promover o aceleramento destas interpretações. Já é discussão a nível nacional no Fórun de Pró-Reitores de Administração e Planejamento (FORPLAD) as dificuldades que são enfrentadas pela pouca ou nenhuma condição oferecida pelo conjunto de fornecedores. Paralelamente à implementação das medidas nos editais, elas terão pouco reflexo e praticidade, pois os fornecedores ainda não estão capacitados para o enquadramento à nova legislação. É parte de nossa preocupação, com certeza”.

Page 64: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

63

Desses entendimentos, pode-se auferir a insegurança dos atores

entrevistados, pela sua crença de se aplicar os critérios de sustentabilidade

ambiental nas licitações e terem de enfrentar impugnações, recursos e até mesmo

mandado judicial por parte de fornecedores, por alegarem restrição ao caráter

competitivo das licitações. Ou o receio de determinados itens de aquisição,

considerados essenciais ao atendimento de demandas diárias das diversas

Unidades da UFPR se tornarem desertos por não acudimento de licitantes

proponentes, ocasionando falta de material, como já foi mencionado acima, pela

Diretora de Divisão do Almoxarifado Central e também pela Coordenadora da

Central de Compras citando, como um dos exemplos, o caso do papel toalha.

Já, a Diretora da Central de Compras observa os problemas que poderão ser

enfrentados com as micros e pequenas empresas, beneficiadas pela Lei

Complementar nº 123/2006, que estabelece tratamento diferenciado para estas, nos

processos licitatórios. Alega que elas não estão preparadas para participarem de

processos licitatórios com critérios de sustentabilidade ambiental, e que poderão

recorrer ao judiciário, comprometendo o processo.

Do ponto de vista econômico, todos os entrevistados são unânimes em

afirmar que os produtos e serviços sustentáveis podem ser mais caros, mas, no

entendimento da maioria, trarão grandes benefícios sócio-ambientais e acabam se

tornando mais barato a longo prazo, principalmente a partir do momento em que

todas as empresas estiverem adaptadas na sua plenitude, aos produtos e serviços

sustentáveis.

De todo esse contexto, os principais entraves da Administração, a partir da

percepção dos entrevistados, residem nos fatores políticos e sócio-culturais. Além do

mais, a complexidade de determinados dispositivos que estabelecem os quesitos

sustentáveis, aliados à ausência de indicadores gerenciais que possam contribuir à

formulação dos processos de contratações sustentáveis, capacitação e

sensibilização dos atores envolvidos, dificulta na correta interpretação das novas

Normas de sustentabilidade ambiental. Essa realidade atesta a conveniência da

proposição de formulação de Termos, contendo todas as diretrizes básicas e que

servirão como referência à elaboração dos instrumentos convocatórios de todos os

processos licitatórios na UFPR.

Page 65: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

64

4.4.2 Atores dos Órgãos de Controle Externo

Para possibilitar melhor análise, quatro tópicos foram elencados para as

entrevistas com o Auditor Chefe, em Exercício, da Controladoria Geral da União

(CGU), constantes no Apêndice C.

As respostas apresentadas não foram de forma individualizada para esses

questionamentos; apenas, em resumo, obteve-se a argumentação de que ainda não

se sabe como cada IFES está tratando a questão das contratações sustentáveis,

uma vez que a IN 01/2010 foi editada no exercício de 2010, e as contas dos

gestores não foram auditadas. Mas, de qualquer sorte, a CGU e o TCU, até o

momento, não debateram sobre o assunto. A partir da publicação da Instrução

Normativa (19/01/2010), as IFES já poderiam e podem aplicá-la de acordo com suas

possibilidades. A partir da auditoria das contas que ocorrerão a partir de março de

2011, referente à gestão de 2010 é que farão uma avaliação sobre essas questões.

No tocante às Auditorias Internas das IFES, a CGU não fez qualquer

determinação com referência ao acompanhamento e cobrança das ações dos

gestores, assim como não teve qualquer orientação do TCU sobre esse caso.

No seminário ocorrido nos dias 17 e 18 de março, em Brasília-DF, sobre o

Tema: ―As Novidades Jurídicas e a Responsabilidade Administrativa nas Licitações e

Contratos‖, cujo tema deu ênfase às licitações sustentáveis, oportunizou-se contato

com um dos Ministros do TCU, sobre a posição deste em relação à cobrança às

IFES na aplicação da IN 01/2010. Respondeu que os Órgãos podem aplicar, mas o

TCU fará uma avaliação dentro do exercício de 2011 sobre as ações dos gestores.

Segundo o Ministro, as IFES encontram dificuldades para aplicação da IN

01/2010, como: dúvidas nas disposições constantes da Norma, em alguns artigos,

os gestores não conhecem sua aplicabilidade. Entende, também, que pode ser

possível o mercado não estar ainda totalmente inteirado sobre os novos critérios.

Page 66: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

65

4.5 CONCLUSÕES SOBRE AÇÕES E DIFICULDADES DA UFPR PARA

IMPLEMENTAÇÃO DAS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

Pelo que foi levantado, a Universidade Federal do Paraná adquiriu, ao longo do

exercício de 2010, um montante de 3.052 diferentes itens e realizou 57 processos de

contratação de serviços comuns mais 69 processos de obras e serviços de

engenharia; todos mediante processo licitatório, sem considerar as contratações por

dispensa e inexibilidade de licitação, na forma da Lei.

Considerando o tamanho do volume de aquisições e contratações que a

Instituição realiza por ano, pode-se dizer que é ínfimo o número de aquisição e

contratação dentro dos critérios de sustentabilidade ambiental.

Especificamente no tocante às contratações de obras e serviços de

engenharia, a IN 01/2010 elenca grande quantidade de itens e requisitos para se

realizar uma obra e serviços sustentáveis. Observe-se que, nas contratações da

UFPR, apenas três dos critérios elencados foram observados, quais sejam, o

sistema de iluminação, bem como o uso de lâmpadas fluorescentes compactas, a

instalação de torneiras automáticas e o aproveitamento da água da chuva,

agregando ao sistema hidráulico elementos que possibilitem captação, transporte,

armazenamento e seu aproveitamento. Apenas uma das tantas obras contemplou os

critérios de sustentabilidade ambiental.

Desde a edição da IN 01/2010 (em 19/02/2010), poucas ações foram e estão

sendo desenvolvidas no âmbito da UFPR, ficando muito aquém do cumprimento dos

critérios de sustentabilidade ambiental nas suas contratações. Isso se confirma pelas

entrevistas junto aos diversos atores da UFPR, que demonstraram total insegurança

em aplicar os critérios sustentáveis nos processos de compras e contratações, tanto

pelo fato de não saberem como aplicar a Norma, como também pela crença de que

as licitações lhe trarão transtornos junto aos fornecedores e prestadores de serviços,

que estes alegarão restrição ao caráter competitivo das licitações.

Dada a restrição orçamentária atualmente na UFPR, não existe, ainda, uma

política de capacitação aos seus servidores, para os procedimentos de compras

sustentáveis; a divulgação e a conscientização da comunidade sobre esse tema

estão muito aquém de se permitir que a Instituição possa atender aos ditames legais

em sua plenitude a curto prazo. Isso se atribui, ainda, à dificuldade de mudança de

cultura dos atores envolvidos.

Page 67: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

66

Pode-se constatar, também, a crença de que o mercado ainda não está

adequado para fornecer bens e serviços sustentáveis, sendo estes motivos relatados

por todos os entrevistados. Isso remete ao desconhecimento da maioria dos

usuários da UFPR, do mercado da produção de bens e serviços sustentáveis.

Aliando-se, ainda, a uma legislação não muito clara em relação aos critérios

que visem à redução de impactos do meio ambiente, constatou-se a dificuldade na

correta interpretação da Instrução Normativa 01/2010, pela complexidade de

determinados dispositivos que normatizam a licitação sustentável.

Pode-se perceber, também, que os Órgãos Fiscalizadores externos (CGU e

TCU), limitam-se, tão somente, a proceder a aferição das contas e atuação dos

gestores, apontando as irregularidades administrativas constatadas, nunca

apresentando orientações concretas. Se posicionam sempre em compasso de

espera para, em um momento fiscalizatório, passar à interpretação da lei a cargo de

entendimento do auditor, ―pegadinha legal‖. Isso deixa qualquer gestor maluco, sem

saber o que é o certo e o que é errado, dado aos dispositivos polêmicos das normas

que regulam os processos de contratações.

Registra-se, ainda, um quadro onde não se pensa nas qualificações

técnicas dos produtos adquiridos ou utilizados em obras, ou até mesmo nas

especificações sustentáveis dos serviços contratados. Menos ainda na questão da

absorção dos resíduos, tanto pós-obra ou pós-consumo como durante as operações

de execução. Especificamente nos processos licitatórios de obras e serviços de

engenharia, promovidos pela Prefeitura da Cidade Universitária da UFPR, seus

editais não contemplam exigências, no sentido de verificar se as empresas

desenvolvem técnicas ou produtos que visem diminuir ou até mesmo acabar com o

desperdício de recursos e as agressões ao meio ambiente.

A inexistência de um plano abrangente de gestão ambiental na UFPR,

dificulta a implementação da IN 01/2010, visto que este plano seria um instrumento

de constante consulta para a elaboração de editais de licitação sustentável; Integrar

estes procedimentos ao referido Sistema de Gestão Ambiental (SGA), envolvendo

os processos de aquisição e contratação dos serviços comuns, das obras e dos

serviços de engenharia, bem como o controle da efetiva utilização e eficácia dos

Termos de Referência, certamente facilitará na implementação de todas as ações

que dizem respeito às contratações sustentáveis na UFPR.

Page 68: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

67

Neste contexto, é de extrema relevância a criação do SGA, com

incorporação dentro da estrutura hoje existente na UFPR (Divisão de Gestão

Ambiental), que está restrita à gestão de resíduos gerados, com definição clara de

Aspectos de Gestão como: aspectos ambientais, objetivos e metas ambientais,

planos de monitoramento, requisitos legais, controle de documentos e auditorias

ambientais obrigatórias. E Aspectos de Gerenciamento de Gestão de: produtos

químicos, resíduos sólidos, afluentes líquidos, emissões atmosféricas, solo, subsolo

e aqüífero subterrâneo, área de prevenção permanente, ruídos ambientais e

programa de gestão de riscos.

De qualquer forma, a realidade hoje existente na UFPR, demanda a

proposição de diretrizes para implantação das licitações sustentáveis no âmbito da

UFPR, na forma que estabelece a IN 01/2010 – SLTI/MPOG.

Page 69: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

68

5 PROPOSTA DE MODELOS PADRÕES PARA OS TERMOS DE

REFERÊNCIA

Segundo as dificuldades dos atores da UFPR, extraídas das entrevistas,

destacam-se abaixo cinco principais delas, que impedem os mesmos na elaboração

dos processos de compras e contratações:

1) Especificação do objeto da licitação;

2) Interpretação dos dispositivos da IN 01/2010;

3) Dificuldade na descrição dos elementos e requisitos a serem exigidos para

o instrumento convocatório da licitação sustentável, de forma a

proporcionar, ao máximo, o tratamento isonômico e evitar possíveis

impugnações de edital pelas empresas;

4) Falta de condições para capacitação dos atores envolvidos com compras

e contratações públicas;

5) Ausência de maior envolvimento dos Órgãos externos (Ministério do

Planejamento e outros), promotores das Normas de sustentabilidade

ambiental, no sentido de orientação aos servidores públicos, responsáveis

pelas compras e contratações.

A partir dessas dificuldades, levou-se a proposição de quatro projetos

básicos, denominados ―Termo de Referência‖, cujos documentos fez-se constar do

Apêndice A do presente trabalho.

Antes de tecer as considerações de cada um dos Termos de Referência que

ora se propõe é relevante explicar o significado do Termo propriamente dito, suas

definições e a sua importância para uma licitação bem sucedida.

O Termo de Referência é o documento assinado pelo responsável pela

Unidade Solicitante e aprovado pela Autoridade Competente (duas assinaturas),

através do qual o requisitante esclarece e detalha o que realmente precisa adquirir

ou contratar, trazendo definição do objeto, orçamento detalhado de acordo com os

preços estimados de mercado, métodos, estratégias de suprimentos, cronograma,

retratando os planejamentos iniciais da licitação e da contratação, definindo seus

elementos básicos.

Page 70: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

69

É através dos dados constantes do Termo de Referência que se elaborará o

Edital e o licitante será informado acerca do que a administração quer contratar.

Cumpre ressaltar que o sucesso da licitação depende da fase interna, da

elaboração do instrumento convocatório, pois nele são definidas todas as condições

a serem cumpridas pelo licitante vencedor.

Assim, a Unidade solicitante deverá expor, no Termo de Referência, a

definição do objeto da contratação de forma clara, precisa e detalhada, a estrutura

de custos, os preços praticados no mercado, a forma e o prazo para entrega do bem

ou realização do serviço contratado, bem como as condições de sua aceitação,

deveres do contratado e da contratante, os mecanismos e procedimentos de

fiscalização do serviço prestado, quando for o caso.

O Termo de Referência, segundo Rubel (2007, p.5), disciplina grande parte

das relações entre as partes envolvidas (a Administração Pública e as empresas

licitantes), principalmente no que se refere aos assuntos técnicos especializados,

tais como as normas técnicas a serem obedecidas, as diversas etapas de execução,

entre outras.

O Termo de Referência é um documento legal, obrigatório nas licitações,

pois fornece todas as bases e diretrizes para a elaboração do Edital de Licitação,

como o próprio nome serve de referência para o Instrumento Convocatório, fazendo

parte integrante como um dos anexos do Edital. Deve permitir ao licitante as

informações necessárias à boa elaboração de sua proposta, mediante regras

estabelecidas pela Administração, a que estará sujeito.

O Termo de Referência ou projeto básico tanto está disposto na Lei 8.666/93

como é regulamentado pelo Decreto 5450, de 31/05/2005, pois no seu art. 9º

estabelece que, na fase preparatória do pregão, será observada a elaboração de

termo de referência pelo órgão requisitante, com indicação do objeto de forma

precisa, suficiente e clara, vedadas as especificações que, por excessivas,

irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou sua realização.

Em especial, deve conter os seguintes elementos:

Objeto;

Justificativa da compra ou contratação;

Critério de aceitabilidade do objeto;

Avaliação do custo pela administração diante de orçamento detalhado;

Page 71: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

70

Metodologia, avaliação da qualidade e a forma de apresentação;

Valor estimado em planilhas de acordo com o preço de mercado;

Cronograma físico-financeiro, se for o caso;

Obrigações e responsabilidade da contratada e da contratante;

Procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contrato;

Prazo de execução e garantia, se for o caso;

Critérios para avaliação da habilitação e classificação das propostas;

Sanções por inadimplência.

Diante do exposto acima, pode-se considerar que um termo de referência mal

elaborado induz a um edital de licitação também mal elaborado, provocando

―estresse‖ durante o processo de aquisição ou contratação.

O Professor Genildo Gomes, em blog publicado em 2009, observa uma das

lições de Hely Lopes Meirelles, de que ―o objeto é a alma da licitação‖.

Ainda, segundo Gomes (2009, p. 1), assevera que:

[...] Então se o objeto é a alma da licitação como afirmou o Professor, afirmação aceita e consolidada em nossa doutrina jurídica, o Projeto ou Termo de Referência é o corpo da licitação. Nenhuma alma pode sobreviver sem um corpo. Por essa razão, Deus o Criador, primeiro fez o corpo, depois lhe deu a alma dando vida ao nosso corpo.

E é assim na licitação. A licitação sem um projeto ou termo de referência (corpo da licitação) muito bem modelado, é como uma licitação sem corpo para a alma (objeto) dar a vida que ela precisa. [...] Esses corpos doentes têm gerado licitações doentes e, conseqüentemente, contratações de serviços com resultado de produtividade de muito baixo nível e aquisições de materiais de péssimas qualidades.

Ribeiro (2009), a partir das diversas exposições acerca da importância da

adequada elaboração de um termo de referência, conclui que: ―em qualquer licitação

de obras, serviços ou aquisições, se o projeto básico ou temo de referência for falho

ou incompleto, a licitação estará viciada e a contratação não atenderá aos objetivos

da Administração‖.

Diante de todo esse contexto, passa-se a síntese dos termos de referências

propostos para aplicação na UFPR, conforme consta no Apêndice A do presente

trabalho:

Page 72: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

71

5.1 TERMO DE REFERÊNCIA 1: AQUISIÇÃO DE MOBILIÁRIO

O objeto trata da aquisição de móveis para escritório, em madeira, com

estrutura metálica, confeccionados de acordo com as normas técnicas da ABNT, etc,

e dentro dos padrões sustentáveis.

Decidiu-se pela proposição desse objeto por ser, dentro do grupo de

aquisição de bens, uma das aquisições mais complexas para o procedimento

licitatório, pois atende a todos os requisitos estabelecidos pela IN 01/2010.

Não é o caso da licitação para aquisição de papéis reciclados, por exemplo,

que, pelas suas características, é um procedimento mais simplificado, o qual

necessita somente constar a indicação da norma que regerá a licitação sustentável,

no preâmbulo do instrumento convocatório, pois nesse caso, o Termo de Referência

acaba absorvido pelo Edital de licitação. Isso ocorre nas contratações de produtos

simples ou padronizados, onde não seja necessária sofisticação tecnológica ou onde

as condições de mercado dispensam especificações mais detalhadas sobre a

configuração final e a metodologia de execução. Por exemplo, a aquisição de papel

reciclado ou de veículos de fabricação sustentáveis.

Assim sendo, o objeto (mobiliário), o Termo de Referência servirá como

elemento base e contém todas as instruções necessárias para outras aquisições de

complexidade equivalente, de forma que o órgão licitante terá de fazer somente as

adequações necessárias, segundo as especificidades de cada item do objeto,

principalmente na parte das especificações do objeto a ser licitado. Quanto aos

demais procedimentos, são basicamente os mesmos.

Os elementos que compõem o Termo de Referência 1 seguiram, em grande

parte, as experiências do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de Brasília-DF, cujo

edital de pregão eletrônico foi extraído do ―Comprasnet‖, e as demandas se

aproximam das especificidades da UFPR.

5.2 TERMO DE REFERÊNCIA 2: CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA E

HIGIENE

Page 73: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

72

Trata-se de objeto bastante complexo não só na UFPR mas também nas

demais Instituições que promovem licitação, principalmente aquelas que contratam a

mão-de-obra com fornecimento de todos os equipamentos e materiais de consumo

necessários à limpeza das áreas físicas, fachadas e vidros, externos e internos.

Da mesma forma, no Termo de Referência proposto constam todos os

elementos legais e necessários que devem compor uma contratação dentro dos

critérios de sustentabilidade ambiental. Trata-se de uma contratação de alto grau de

complexidade, pois todos os equipamentos e materiais de consumo utilizados na

limpeza são fornecidos pela empresa contratada. Nesse caso a Administração

contratante deve tomar todo cuidado de forma a garantir que os equipamentos e

materiais sejam de fabricação totalmente sustentáveis: antipoluentes, antiruídos, que

reduzam o consumo de água e energia, e produtos que não agridam o meio

ambiente e que os bens sejam constituídos, no todo ou em parte, por material

reciclado, atóxico, biodegradável, conforme ABNT NBR – 15448-1 e 15448-2.

Além dos requisitos acima, o Edital de licitação deve prever que as

empresas contratadas adotarão as seguintes práticas de sustentabilidade na

execução dos serviços:

Adote medidas para evitar o desperdício de água tratada;

Forneça aos empregados os equipamentos de segurança que se fizerem

necessários;

Realize um programa interno de treinamento de seus empregados, nos

três primeiros meses de execução contratual, para redução do consumo

de energia elétrica, de água e redução de produção de resíduos sólidos de

acordo com as normas ambientais;

Realize a separação dos resíduos recicláveis descartados pela UFPR, na

fonte geradora;

Respeite as Normas Brasileiras – NBR;

Observe a correta destinação adequada das pilhas e baterias usadas ou

inservíveis, segundo o disposto na Resolução CONAMA nº 257/1999.

A partir do Termo de Referência 2, a Comissão de Licitação o terá como

subsídio para a elaboração de editais de licitação para outras contratações de

serviços, ocasião em que adotará os requisitos nele constantes, no que couber.

Page 74: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

73

5.3 TERMO DE REFERÊNCIA 31: CONTRATAÇÃO DE PROJETOS BÁSICOS E

EXECUTIVOS, PARA OBRAS

Esse termo se direciona a conter todos os elementos necessários à

elaboração de projetos para uma obra sustentável. Conforme a IN 01/2010, as

especificações e demais exigências do projeto básico ou executivo devem ser

elaboradas visando à economia de manutenção e operacionalização da edificação,

a redução do consumo de energia e água, bem como a utilização de tecnologia e

materiais que reduzam o impacto ambiental.

Nesse quesito, não há como realizar uma obra sustentável se os projetos

não contiverem todos os elementos e requisitos de forma a se realizar a construção

de uma edificação, pois a sua execução segue fielmente os projetos básicos e

executivos. Nesse caso, a contratada deverá apresentar o projeto com nível de

detalhamento que permita a sua perfeita compreensão e orientem a execução das

obras. E para isso o Termo de Referência norteará a elaboração dos instrumentos

convocatórios para a contratação de projetos.

5.4 TERMO DE REFERÊNCIA 4: CONTRATAÇÃO DE OBRA

Conforme a IN 01/2010, os instrumentos convocatórios e contratos de obra

deverão exigir o uso de agregados reciclados nas obras contratadas, sempre que

existir a oferta de agregados reciclados, capacidade de suprimento e custo inferior

em relação aos agregados naturais, bem como o fiel cumprimento do PGRCC, sob

pena de multa, estabelecendo, para efeitos de fiscalização, que todos os resíduos

removidos deverão estar acompanhados de Controle de Transporte de Resíduos,

em conformidade com as Normas Técnicas – ABNT, ABNT NBR nºs 15.112, 15.113,

15.114, 15.115 e 15.116, de 2004.

Esse Termo de Referência também é de muita complexidade. A execução

da obra não só depende da empreiteira contratada, mas também é fundamental a

1 Os elementos básicos para a proposição do Termo de Referência 3 foram embasados nas Normas

para Projetos da Secretaria de Obras Públicas do Governo do Estado do Paraná.

Page 75: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

74

atuação do engenheiro representante da Administração pública, designado para

fiscalização dos serviços. Exige-se muita dedicação do fiscal e frequente

permanência no local da obra, principalmente porque são necessários testes,

ensaios e aferição do material que será aplicado na obra, de acordo com o que foi

contratado. Assim, se não houver essa dedicação necessária, poderá dar margem

para a empresa falhar na execução dos serviços em descumprimento do que

propôs a fazer. Da mesma forma, o Setor de Fiscalização da Instituição deve dar

todas as condições e suporte necessários para o acompanhamento e a boa

execução dos serviços.

Tanto a empresa como o servidor fiscal devem estar atentos para as boas

práticas de sustentabilidade e seguir a risca todos os itens que compõem as

obrigações de ambas as partes. Mas, para isso, essas práticas devem estar

consignadas em contrato, que é a cópia fiel do Termo de Referência, que deu

suporte à licitação. Nesse Termo constam todos os requisitos que servirão como

elementos referenciais á elaboração de edital de licitação para obra sustentável.

O presente Termo seguiu-se, em grande parte, o edital da primeira obra

sustentável, realizada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

(TJDFT), de Brasília-DF, que contempla todos os critérios de sustentabilidade

ambiental estabelecidos pela IN 01/2010, e artigo 3º da Lei Federal nº 12.349, de

16/12/2010.

Page 76: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

75

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em 1992 ocorreu a conferência mundial da Organização das Nações Unidas

(ONU), no Rio de Janeiro, portanto já está na hora de se promover novas discussões

mundiais acerca das ações governamentais no que se refere ao meio ambiente,

como uma prestação de contas do que já foi feito e o que ainda poderá ser feito.

Infelizmente, à medida que as corporações crescem, os governos ficam mais

submissos às organizações. Usamos mais água do que o necessário; mais de duas

mil árvores por minuto são devastadas. Hoje, somos possuidores de muitos bens

materiais e temos menos tempo livre para desfrutar deles. A reciclagem ajuda mas

não é suficiente.

O Brasil, mesmo de forma tímida, vem cumprindo seu papel, mas isso não é

suficiente; cada um de nós deve fazer parte desse sistema, pois aderir ao

pensamento sistêmico é fator primordial para se chegar a um desenvolvimento

sustentável, e quando isso for feito, estaremos cuidando do nosso planeta.

Por ocasião da Conferência de Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

(CNUMAD), conhecida como a Rio 92, a Comissão da Carta da Terra, em cujo texto

denominado ―A Carta da Terra‖, expressa sua manifestação acerca da situação

delicada que atravessa o nosso Planeta.

Como o mundo vem se tornando cada vez mais independente e frágil, o futuro reserva grande perigo, como também grande esperança, dependendo da reação das nações diante dos problemas que vem se arrastando desde o século passado. Para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica, numa sociedade em rede, é fundamental que nós, os povos deste planeta, assumamos o compromisso de responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, (humana e ecossistema) e com as futuras gerações.

Esse texto pode nos remeter a uma reflexão de como devemos nos

comportar, no sentido de responsabilidade universal. Ou cuidamos da terra e uns

dos outros ou arriscamos a nossa destruição e do ecossistema. Remete-nos ao fato

de que devemos mudar nossos valores e entender que quando suprirmos nossas

Page 77: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

76

necessidades básicas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser

mais e não ter mais.

É importante que toda administração pública, não só federal, mas também a

estadual e a municipal adotem os critérios de sustentabilidade ambiental nas suas

licitações. Pois só assim o mercado se renderá a essas novas práticas e passará a

oferecer produtos e serviços sustentáveis. Além de forçar a redução dos preços, em

função do aumento da concorrência. Se poucos órgãos adotam a prática de

aquisição de produtos e/ou a contratação de serviços, obviamente podem pagar

mais caro. Entretanto, quanto maior a procura por produtos ou serviços sustentáveis,

maior será o interesse pelos fabricantes em atingir esse mercado, mas isso depende

muito do governo em propulsionar esse novo mercado, visto que é um grande

consumidor e em potencial, que chega a atingir o patamar entre 10 e 15% do PIB,

no consumo.

Não se deve esquecer também da atuação dos órgãos jurídicos das

Instituições públicas, que analisam e aprovam os editais de licitação, por força do

Artigo 38, Parágrafo Único da 8.666/93, que assim o determina. É importante que

esses Órgãos abracem a causa em prol do meio ambiente ecologicamente

equilibrado, como bem estabelece o Artigo 225 da Constituição Federal, e agora a

Lei 12.349/2010, que altera a Lei 8.666/93, acrescentando mais um requisito dentro

dos princípios estabelecidos no Artigo 3º, que é o do Desenvolvimento Nacional

Sustentável.

Nesse sentido, é importante que os referidos órgãos jurídicos não emperrem

os processos licitatórios sustentáveis, como se queixa o Diretor de Qualidade do

INMETRO, Sr. Alfredo Lobo, em entrevista à Revista ―O Pregoeiro‖. Segundo ele, o

INMETRO tentou realizar uma licitação para contratação de gráfica comprometida

com a sustentabilidade ambiental, mas o Departamento Jurídico do órgão alegou

direcionamento do certame, alegando restrição de mercado.

Outro fator a ser considerado é o fato relacionado à economia de recursos, a

―cultura do menor custo‖, ou seja, os gestores contratam obras ou serviços, bem

como adquirem materiais não sustentáveis, por entender que a utilização de

materiais e sistemas não poluentes, bem como os critérios de sustentabilidade

ambiental podem resultar em acréscimo no preço final. Isso faz com que muitos

gestores, que querem levar à risca a obrigação de economizar, não elaborem editais

sustentáveis.

Page 78: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

77

Nesse contexto, vale observar o que menciona o Guia de Compras Públicas

Sustentáveis para Administração Federal, elaborado pelo MPOG, de que ―as

compras públicas sustentáveis não são mais caras; pelo contrário, ao priorizarem

eficiência e redução de desperdício, resultam em economias para o consumidor‖.

Nesse mesmo mote, o Professor Geraldo Vitor de Abreu, Diretor de

Cidadania e Responsabilidade Sócio-ambiental do Ministério do Meio Ambiente, em

entrevista à Revista ―O Pregoeiro‖ enfatiza que as contratações vantajosas também

consideram o impacto ambiental. Segundo Abreu (2010, p. 9), ―O custo aparente

mais elevado dos produtos, serviços e obras de menor impacto ambiental é menos

oneroso se diluído no longo prazo‖.

Pelo que se constata, o Governo Federal edita as leis e normas, mas deixa

muito à mercê de cada Unidade Gestora para aplicá-la ou não. Não dá o suporte

necessário à capacitação dos atores públicos, no sentido de compreensão da

legislação referente ao tema, fazendo com que estes, notadamente são os

responsáveis pelas compras e elaboração de editais, não sejam capazes de atuar

em prol de escolhas saudáveis para a Administração Pública, em especial à UFPR,

integrados aos demais Setores desta Instituição. Esse problema faz com que as

escolhas visem só ao presente, perdendo o foco no desenvolvimento sustentável.

Pode-se concluir que as dificuldades na aplicação dos critérios nas licitações

sustentáveis residem em um processo sistêmico disposto a um círculo em rede:

desde um paradigma que vem se aculturando de longas décadas, notadamente no

âmbito da UFPR, deficiência política (ausência de uma política maior), ausência de

capacitação dos seus servidores como também a falta de maior envolvimento do

MPOG, e a pouca atuação das empresas na mudança desse processo. Nesse

sentido, é primordial o envolvimento do Ministério do Planejamento, em promover

encontros e treinamentos para a correta interpretação da Instrução Normativa e

orientação de como aplicá-la, assim como a adoção de medidas pela Administração

Central da UFPR, no sentido de propulsionar a comunidade universitária a adotar as

boas práticas de sustentabilidade ambiental.

Mas, por outro lado, assim como as Instituições Públicas, notadamente a

UFPR não pode sair abraçando todas as causas de repente, e contratar errado.

Deve ir com calma e muito discernimento para não comprar o que não deve. Os

seus usuários ainda não se conscientizaram do tamanho do risco que o planeta vem

enfrentando, pelo desregrado desenvolvimento industrial, porém medidas imediatas

Page 79: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

78

devem ser tomadas pelos órgãos promotores das políticas públicas, com vistas a

fazer os gestores responsáveis adotarem as novas práticas de sustentabilidade

ambiental, mesmo que tais políticas sejam impositivas, no sentido de forçarem

mudança de paradigma, seja por parte dos servidores públicos ou das empresas,

mas para isso o poder público deve proporcionar as condições necessárias para

essa nova prática, assim como, também, os órgãos de controles internos e externos,

de sua competência, devem exercer seu papel na fiscalização das contas dos

gestores públicos.

Deixar à mercê de cada órgão para implantação de nova política de consumo

sustentável é tornar um processo bastante demorado por falta de cobrança pelos

órgãos fiscalizadores e controladores das contas públicas. A partir do momento em

que estes Órgãos passarem a cobrar as ações dos gestores, as Unidades gestoras

passarão a adotar medidas necessárias às práticas sustentáveis, sob pena de não

terem suas contas anuais aprovadas, sujeitando-se os seus gestores às sanções

legais.

Page 80: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

79

REFERÊNCIAS

ABREU, Geraldo Vitor. Entrevista. O Pregoeiro, v. 6, n. 68, p. 9, jul. 2010. ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito administrativo descomplicado. 17. ed. São Paulo: Ed. Método, 2009. BRASIL. Presidência da República. Lei N. 8.666, de 21 de junho de 1993 que regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 21 jun. 1993. BRASIL. Ministério do Planejamento. Guia de Compras Públicas sustentáveis para a Administração Federal. Brasília, 2010. Disponível em: <www.cpsustentaveis.planejamento.gov.br>. Acesso em: 18 dez. 2010. CADER, Renato. Pregão Sustentável. Entrevista. O Pregoeiro, Curitiba, v. 6, nº 68, p.10, Jul. 2010. CARTA da TERRA. Disponível em: <http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/text.html>. Acesso em: 22 set. 2010. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 15. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008. FARIA, E. F. Curso de Direito Administrativo Positivo. Belo Horizonte: Del Rey, 1997. GOMES, Genildo. Termo de Referência: o corpo da licitação. Disponível em: <http://professorgenildo.blogspot.com/2009/03>. Acesso em: 01 jun. 2011. GUTEMBERG, José. Licitação. Agosto 2004. Disponível em: <http// licitação.uol.com.br.> Acesso em: 05 maio 2010. JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 5. ed. rev. ampl. São Paulo: Dialética, 1998.

MAURANO, Adriana. A instituição do pregão para aquisição de bens e contratação

de serviços comuns. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 235, 28 fev. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/4879>. Acesso em: 9 fev. 2011. MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo brasileiro. 16. ed. atualiz. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1991. MEIRELLES, H. L. Licitação e Contrato Administrativo. São Paulo: Malheiros, 1996.

Page 81: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

80

MELLO, C. A. Bandeira de. Preferências em licitação para bens e serviços fabricados no Brasil e para empresas brasileiras de capital nacional. Revista Trimestral de Direito Público, 27 maio 2003. PARANÁ. Governo do Estado. Secretaria de Obras Públicas. Normas para projetos. Curitiba, 2010. Disponível em: <www.pr.gov.br>. Acesso em: 10 jan. 2011. PEREIRA, Cesar A. Guimarães. O Regime jurídico das licitações no Brasil e o MERCOSUL. Dir. Adm., Rio de Janeiro, n. 222: 117-132, out./dez. 2000. RIBEIRO, José Eduardo Couto. Manual Prático para Elaboração de Projeto Básico ou Termo de Referência. Dezembro de 2009. Disponível: <www.saude.df.gov.br>. Acesso em: 01 jun. 2011. RUBEL, José. Termo de Referência: Orientações para redação. Curitiba 2007. Disponível em itcg.pr.gov.br. Acesso em 01 jun. 2011. SAMPAIO, Ricardo Alexandre. A Nova Lei 8.666/93. Revista Zênite de Licitações e Contratos – ILC, p. 18-22, jan. 2011. SANTANA, Jair Eduardo; ANDRADE, Fernanda. As alterações da Lei Geral de Licitações pela Lei 12.349, de 2010: novos paradigmas, princípios e desafios. Revista SINTESE, Licitações, Contratos e Convênios. Nº 1 Fev/Mar/2011. Disponível em: <www.jairsantana.com.br>. Acesso em: 26 mar.2011. CAVALCANTI, Augusto Sherman. As Novidades Jurídicas e a Responsabilidade Administrativa nas Licitações e Contratos (Nova Lei 12.349, de 16 de Dezembro de 2010, Decreto 7.174/2010, IN 1/2010, IN 3/2009). Revista ELO: Novidades Jurídicas nas Contratações Públicas, Brasília, 15 mar. 2011. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU). Processo nº TC-005.457/2003-2. Acórdão nº300/2004 – Plenário. No mesmo sentido: Processo nº TC-001.002/2003-4. Acórdão nº 1.708/2003 – Plenário. Disponível em: <www.tcu.gov.br>. Acesso em: 03 jan. 2011. UFPR. Notícia: Resíduos URPR. Disponível em: <www.ufpr.br>. Noticiado em 05 jan. 2011.

Page 82: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

81

APÊNDICES

Page 83: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

82

APÊNDICE A

TERMOS DE REFERÊNCIAS

Page 84: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

83

TERMO DE REFERÊNCIA 1

AQUISIÇÃO DE MOBILIÁRIOS

1 OBJETO

Aquisição de mobiliário, conforme condições e especificações contidas neste

Termo de Referência, destinado às diversas Unidades da UFPR.

2 AMPARO LEGAL

Lei 10.520, de 17/07.2002, Decreto nº 5.450, de 31/05/2005, Decreto n. 3.555,

de 8/08/2000, Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, Decreto 6204 de

05/09/2007 e Lei 11.488/2007, bem como no que couber o Decreto 3.931/2001, da

IN/MARE nº 5, de 21/07/1995, publicada no D.O.U do dia 19/04/1996, e

subsidiariamente pela Lei 8.666 de 21.06.1993, com introdução e alterações das

Leis 8.883/1994, 9.648/1998 e artigo 3º da Lei 12.349 de 15/12/2010 e com a

Instrução Normativa nº 01-SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010.

3 JUSTIFICATIVA

3.1 O mobiliário a ser adquirido deve atender as necessidades das diversas

Unidades da UFPR, tendo em vista o crescimento da Instituição, devido ao

Programa de expansão (REUNI), de que a UFPR faz parte, devido a criação de

novos cursos, aliado ao aumento de pessoal contratado em função do programa

de expansão, e ainda à necessidade de substituição de alguns mobiliários, hoje

utilizados por diversas Unidades, em condições precárias já com tempo de vida

útil defasado.

3.2 As especificações do mobiliário foram elaboradas levando-se em consideração

as questões ergométricas que se aplicam a cada tipo de mobiliário, incluindo

características básicas que atendam às normas técnicas da ABNT, buscando

maximizar a saúde, o conforto, a eficiência, a produtividade do servidor;

Page 85: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

84

3.3 O mobiliário ergonomicamente correto é essencial ao conforto, bem como para

que se obtenha posição adequada para a realização das tarefas, reduzindo o

índice de lesões provocadas pelo esforço repetitivo – LER;

3.4 Procurou-se manter a unidade e a harmonia dos ambientes de trabalho,

utilizando, na medida do possível, o mesmo ―design‖ do mobiliário já adquirido,

com características ergonômicas, perfeita funcionalidade, materiais e

acabamentos de 1ª qualidade;

3.5 Visando obtenção do resultado acima descrito, as estações de trabalho

(acompanhadas dos respectivos painéis divisórios) e as poltronas foram reunidas

em dois grupos distintos, para que os materiais sigam uma mesma linha de

produção, mantendo uniformidade nos acabamentos e revestimentos;

3.6 O critério de agrupamento dos itens não restringe a competitividade, tendo em

vista que se fossem incluídos nas especificações dos itens, por exemplo, qual o

design de acabamento das bordas de PVC das estações de trabalho, bem como

da trama do tecido a ser utilizado nos revestimentos, levaria ao direcionamento

dos itens a um determinado fabricante, pois cada um possui ―design‖ próprio;

3.7 No tocante aos materiais empregados na fabricação do mobiliário, procurou-se

garantir a aquisição de móveis fabricados com madeira oriunda de processo

produtivo manejado de forma ecologicamente correta, visando, assim, à

promoção do desenvolvimento nacional sustentável, em conformidade com a Lei

12.349, de 15 de dezembro de 2010 e com a Instrução Normativa nº 01-

SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010;

3.8 A comprovação da procedência da madeira se dará por meio de apresentação

de Certificado Florestal de Cadeia de Custódia, emitida pelo fabricante da

madeira utilizada, comprovando, assim, que o produto não degrada o meio

ambiente e contribui para o desenvolvimento social e econômico das

comunidades florestais, assegurando a manutenção da floresta;

3.9 Os critérios utilizados de Referência, quanto ao agrupamento de itens,

Certificados de Conformidade com as normas da ABNT e de procedência da

madeira utilizada, visam impedir a aquisição de material de qualidade inferior e

baixa durabilidade, a exemplo das últimas aquisições realizadas pala UFPR, por

não ter sido exigido documentação que assegure a aquisição de mobiliário de 1ª

qualidade.

Page 86: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

85

4 ESPECIFICAÇÃO DO OBJETO

GRUPO 1

Item Especificações Quanti-

dade

01

Estação de Trabalho (120/120), com as seguintes especificações

mínimas:

Mesa de trabalho orgânica em forma de ―L‖, com chanfro, confeccionada

totalmente em aglomerado e revestida em ambas as faces com laminado

melamínico de baixa pressão na cor creme. Tampo superior com bordas

em PVC maciço, de formato anatômico, com 25mm de espessura, 3

(três) furos e tampa para saída de fiação, na cor do laminado;

Painéis frontais em aglomerado 18mm de espessura, intertravados com

o pé-de-canto. Entre os painéis e o tampo superior deverá haver

abertura de 25 mm para fixação de painéis divisórios. Deverá possuir

peça de reforço entre o tampo e os painéis para evitar a deformação do

tampo.

Dois pés-painéis laterais, em chapas de aglomerado de 25mm de

espessura,com furo e tampa para passagem de fiação,na cor creme.

Nivelador de piso antiderrapante em náilon, reforçado com fibra de vidro,

e eixo central com parafuso zincado;

Calha em tela aramada escamoteavel, ou estrutura equivalente,para

passagem de fiação, com divisão interna (elétrica e dados/telefone),

posicionada de forma a garantir maior segurança ao usuário. A altura da

calha deverá permitir a entrada de um gaveteiro volante por baixo da

mesa;

Pé-de-canto para subida de fiação, em tubo de seção quadrada, de

100x100mm, em aço ABNT, com 2mm de espessura com aberturas

laterais (na parte superior e inferior) em todas as faces, e com tampas

removíveis, permitindo a passagem de fiação entre estações, e pé

nivelador de piso;

Todas as partes metálicas terão acabamento em pintura epóxi creme

fosco;

Dimensões: 120/120x60/60x73cm.

Page 87: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

86

03

Estação de Trabalho (140x140), com as seguintes especificações

mínimas:

Mesa de trabalho orgânica em forma de ―L‖, com chanfro, confeccionada

totalmente em aglomerado e revestida em ambas as faces com laminado

melamínico de baixa pressão, na cor creme. Tampo superior com

bordas em PVC maciço, de formato anatômico, com 25mm de

espessura, 3 (três) furos e tampa para saída de fiação na cor do

laminado;

Painéis frontais em aglomerado 18mm de espessura, intertravados com

o pé-de-canto. Entre os painéis e o tampo superior deverá haver

abertura de 25mm para fixação de painéis divisórias. Deverá possuir

peça de reforço entre o tampo e os painéis frontais para evitar a

deformação do tampo;

Dois pés-painéis laterais, em chapas de aglomerado de 25mm de

espessura,com furo e tampa para passagem de fiação, na cor creme.

Nivelador de piso antiderrapante em náilon, reforçado com fibra de vidro,

e eixo central com parafuso zincado;

02

Painel divisório para estação de trabalho com as seguintes

especificações mínimas

Confeccionado em madeira aglomerada de 1ª qualidade, com 25mm de

espessura, revestido em laminado melamínico de baixa pressão na cor

creme, nas duas faces, interna e externa;

Acabamento de bordas em PVC maciço e com espessura de 25mm.

Quando houver a junção de quatro painéis, o vão formado no vértice

deverá ser preenchido por uma coluna metálica de secção quadrada de

25mm x 25mm e tampa superior em PVC, na cor creme.

A fixação do painel divisório à mesa deverá ser feita em chapa de aço

ABNT 1010/1020, em forma de ―L‖, com 5mm de espessura e 50mm de

largura, formando um sistema rígido.

Todas as partes metálicas deverão ter acabamento em pintura epóxi

preto fosco.

Dimensões: 120cm x 80cm x 2,5cm, para laterais de mesas de 120cm.

Page 88: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

87

Calha em tela aramada escamoteável, ou estrutura equivalente, para

passagem de fiação. Com divisão interna (elétrica e dados/telefone),

posicionada de forma a garantir maior segurança ao usuário. A altura da

calha deverá permitir a entrada de um gaveteiro volante, por baixo da

mesa;

Pé-de-canto para subida de fiação, em tubo de seção quadrada, de

100x100mm, em aço ABNT, com 2mm de espessura, com aberturas

laterais (na parte superior e inferior) em todas as faces, e com tampas

removíveis, permitindo a passagem de fiação entre as estações, e pé

nivelador de piso;

Todas as partes metálicas terão acabamento em pintura epóxi creme

fosco;

Dimensões: 140/140x60/60x73cm.

04

Painel divisório para Estação de Trabalho, com as seguintes

especificações mínimas:

Confeccionado em madeira aglomerada de 1ª qualidade, com 25mm de

espessura, revestido em laminado melamínico de baixa pressão na cor

creme, nas duas faces, interna e externa;

Acabamento de bordas em PVC maciço e com espessura de 25mm.

Quando houver a junção de quatro painéis, o vão formado no vértice

deverá ser preenchido por uma coluna metálica de secção quadrada de

25 mm x 25mm a tampa superior em PVC, na cor creme.

A fixação do painel divisório à mesa deverá ser feita em chapa de aço

ABNT 1010/1020, em forma de ―L‖, com 5mm de espessura e 50mm de

largura, formando um sistema rígido.

Todas as partes metálicas deverão ter acabamento em pintura epóxi

creme fosco.

Dimensões: 140cm x 80cm x 2,5cm, para laterais de mesas de 140cm.

Page 89: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

88

05

Estação de trabalho (140/160), com as seguintes especificações

mínimas:

Mesa de trabalho orgânica em forma de ―L‖, com chanfro, confeccionada

totalmente em aglomerado e revestida em ambas as faces com laminado

melamínico de baixa pressão na cor creme. Tampo superior com bordas

em PVC maciço, de formato anatômico, com 25mm de espessura, 3 (três)

furos e tampa para saída de fiação, na cor do laminado;

Painéis frontais em aglomerado 18mm de espessura, intertravados com o

pé-de-canto. Entre os painéis e o tampo superior deverá haver abertura

de 85mm para fixação de painéis divisórios. Deverá possuir peça de

reforço entre o tampo e os painéis frontais para evitar a deformação do

tampo;

Dois pés-painéis laterais, em chapas de aglomerado de 25mm de

espessura, com furo e tampa para passagem de fiação, na cor

creme.Nivelador de piso antiderrapante em náilon, reforçado com fibra de

vidro, e eixo central com parafuso zincado;

Calha em tela aramada escamoteável, ou estrutura equivalente, para

passagem de fiação, com divisão interna (elétrica e dados/telefone),

posicionada de forma a garantir maios segurança ao usuário. A altura da

calha deverá permitir a entrada de um gaveteiro volante por baixo da

mesa;

Pé-de-canto para subida de fiação, em tubo de seção quadrada, de

100x100mm, em aço ABNT, com 2mm de espessura, com aberturas

laterais (na parte superior e inferior) em todas as faces, e com tampas

removíveis, permitindo a passagem de fiação entre as estações, e pé

nivelador de piso;

Todas as partes metálicas acabamento em pintura epóxi preto fosco;

Dimensões: 140/160x60/x60x73cm.

Obs: As estações de trabalho deverão ser entregues da seguinte forma:

metade com o tampo virado para o lado direito, na parte maior (160cm) e

metade para o lado esquerdo.

Todos os itens que compõem este grupo 1 deverão possuir Certificado de

conformidade de Produto relativo às NBR’s da ABNT: 13964, 13966, 13967, ou

14113 e Certificado florestal de cadeia de custódia emitido pelo fabricante da

madeira utilizada nos produtos.

Page 90: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

89

GRUPO 2

Item Especificações Quanti-

dade

06

Poltrona giratória, com braços, espaldar alto, tipo Diretor, com as

seguintes especificações mínimas:

Contra-encosto em polipropileno na cor preta;

Estrutura do assento e encosto em polipropileno, estofado com espuma

de poliuretano injetada, moldada anatomicamente, com densidade

controlada e tratamento antichamas;

Suporte do encosto de alumínio fundido com oito posições de regulagem

de altura e o assento com regulagem horizontal de profundidade em no

mínimo 3 posições;

Deverá ser fixado na parte superior do contra-encosto um suporte para

paletós (cabideiro);

Mecanismo de movimento sincronizado do encosto e assento na relação

2:1, com trava de inclinação em seis posições (estrutura em alumínio

fundido);

Regulagem de tensão da mola do movimento de inclinação e regulagem

de altura do assento composto por pistão a ar comprimido (a gás); Base

giratória;

Componentes do tubo central: mola amortecedora de alta resistência,

com diâmetro do fio de aço-mola de no mínimo 5mm, dimensionada para

absorção de impactos (inclusive na regulagem mínima).

Pé com cinco pás em alumínio fundido, acabamento em alumínio polido,

aprox. 700mm;

Rodízios: Corpo em poliamida, roldanas duplas em náilon natural

injetado, com movimentos independentes, eixo vertical em aço ABNT,

fixado à base através de anel de pressão em aço.

Apoia-braços em poliuretano e com estrutura interna em chapa de aço

fixado na parte inferior do assento;

Revestimento de encosto e assento em tecido de lã na cor preto.

Page 91: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

90

07 Poltrona giratória, com braços, espaldar alto, com as seguintes

especificações mínimas:

Concha bipartida, estrutura em resina de poliéster e fibra de vidro,

almofadas em espuma de poliuretano injetada e moldada

anatomicamente, com densidade controlada e tratamento antichamas

para o assento e encosto, espessura no centro da almofada de

aproximadamente 50mm, fixada na concha por meio de perfil de PVC

semi-rígido, com mecanismo de movimento de inclinação sincronizado

entre o encosto e o assento na proporção de 2:1, com pelo menos

quatro posições de regulagem de inclinação ou movimento free-floating,

suporte de encosto com regulagem de altura em pelo menos cinco

posições, acabamento do revestimento com costura perimetral.

Estrutura giratória, com base em aço ABNT 1010/1020, com 2mm de

espessura, cinco patas, rodízio em poliamida com roldanas duplas,

mecanismo de regulagem de altura com pistão a ar comprimido e

regulagem de tensão da mola de torção, com acabamento em pintura

epóxi preto fosco;

Braço fixo, com apoia braços com chapas de aço ABNT 4.475mm,

revestido em espuma de poliuretano integral;

Revestimento de encosto e assento em tecido de lã na cor preto.

Certificado de Conformidade de Produto relativo à NBR da ABNT:

13962.

08

Poltrona giratória, espaldar alto e sem braços,com as seguintes

especificações mínimas:

Concha bipartida, estrutura em resina de poliéster reforçada com fibra de

vidro, almofada em espuma de poliuretano injetada e moldada

anatomicamente, com densidade controlada e tratamento antichamas

para o assento e encosto, espessura no centro da almofada de aprox.

50mm, fixada na concha por meio de perfil de PVC semi rígido, com

mecanismo de movimento de inclinação sincronizado entre o encosto e o

assento na proporção de 2:1, com pelo menos três posições de

regulagem de inclinação ou movimento free-floating, suporte do encosto

em tubo de aço, encosto com regulagem de altura em pelo menos cinco

posições, acabamento do revestimento com costura perimetral.

Estrutura giratória, com base em aço ABNT 1010/1020, com 2mm de

espessura, com cinco pares, mecanismo de regulagem de altura com

Page 92: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

91

pistão a ar comprido e regulagem de tensão da mola de torção, com

acabamento em pintura pó epóxi preto-fosco. Acompanha em cada um

dos pés rodízio, em polamida, com roldanas duplas.

Revestimento de encosto e assento em tecido de lã, cor preta.

09

Poltrona fixa com espaldar médio e braços, tipo interlocutor, com as

seguintes especificações mínimas:

Estrutura do assento e encosto em forma de concha interiça em resina

de poliéster reforçada com fibra de vidro, estofada com espuma de

poliuretano injetada e moldada anatomicamente, com densidade

controlada e tratamento antichamas, espessura no centro da almofada

de aprox. 50mm, fixada na concha por meio de perfil de PVC rígido,

fixado à quente.

Braços em espuma de poliuretano integral com alça de aço, ligados à

concha por chapa de aço. Apóia-braços em espuma de poliuretano

integral com alça em chapa de aço estampada.

Base de aço tubular, curvado pneumaticamente em de ―S‖ e

deslizadores em nylon;

Revestimento de encosto e assento em tecido de lã, cor preta.

Todos os itens que compõem este Grupo 2 deverão possuir Certificado de Conformidade de produto relativo à NBR da ABNT: 13962.

ITENS NÃO AGRUPADOS

Item Especificações Quanti-

dade

10

Mesa de reunião, formato oblongo, com as seguintes especificações

mínimas:

Mesa alta, com tampo de formato oblongo, design de Joe D’Urso 1980,

com base composta por quadro em tubo retangular, medindo

50x30x1,9mm (comprimento x largura x espessura);

A base possuirá tubos de aço com acabamento em camadas de cobre

alcalino e acído-níquel em pintura epóxi pó, na cor creme fosco;

Tampo em madeira compensada de 20mm de espessura com

acabamento em ambas as faces em laminado melamínico de primeira

qualidade na cor creme e encabeçamento em PVC de formato boleado

na mesma cor do tampo;

Dimensões:240x122x72cm (comprimento x largura x altura).

Deverá possuir Certificado florestal de cadeia de custódia emitido pelo fabricante na madeira utilizada no produto.

Page 93: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

92

11

Mesa de reunião, formato redondo, com as seguintes especificações

mínimas:

Dimensões: 120cm x 73cm, em madeira aglomerada de 1ª qualidade, com

espessura de 25mm;

Tampo com borda arredondada de formato anatômico em PVC maciço,

revestido de laminado melamínico de baixa pressão, na cor creme;

Pedestal em chapa de aço, pintura fostatizada em epóxi na cor creme

fosco;

Base de fixação no tampo feito em aço ABNT, de 3mm de espessura.

12

Mesa auxiliar de conexão, com as seguintes especificações mínimas:

Superfície de trabalho, de forma quadrada confeccionada totalmente em

aglomerado de 1ª qualidade e revestida em ambas as faces com laminado

melamínico de baixa pressão na cor creme. Tampo superior com borda em

PVC maciço, arredondada na parte frontal, com 25mm de espessura, 3

(três) furos e tampa para saída de fiação, na cor do laminado;

Painéis frontais em aglomerado 18mm de espessura. Deverá possuir peça

de reforço entre o tampo e os painéis frontais para evitar a deformação do

tampo;

Dois pés-painéis laterais, em chapas de aglomerado de 25mm de

espessura,com furo e tampa para passagem de fiação, na cor creme.

Nivelador de piso antiderrapante em náilon, reforçado com fibra de vidro, e

eixo central com parafuso zincado;

Dimensões: 0,60cm x 0,60cm x 0,73cm.

Deverá possuir Certificado florestal de cadeia de custódia emitido pelo fabricante na madeira utilizada no produto.

13

Gaveteiro volante, com as seguintes especificações mínimas:

Tampo monobloco, fabricado em madeira aglomerada com 25mm de

espessura, revestido em laminado fenólico melamínico 0,8mm, na cor

creme, borda longitudinal anterior, frontal arredondada post forming 180º e

bordas revestidas em fita de poliestireno de 1,5mm;

Três gavetas médias e uma gaveta porta-lápis. Fechadura e chave frontal

no lado direito, com travamento simultânio, rodízios duplos e fechadura.

Frente das gavetas em MDF maciço, revestimento final em laminado

melamínico de alta pressão com 0,7mm na cor creme, com bordas

boleadas para acesso à abertura das gavetas;

Corpo das gavetas em aço com tratamento antiferruginoso, base, fundo e

Page 94: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

93

lateral confeccionados em madeira aglomerada com 18mm de espessura,

com puxadores tipo alça metálicos;

Dimensões: 440mmx480mmx580mm.

Deverá possuir Certificado florestal de cadeia de custódia emitido pelo fabricante na

madeira utilizada no produto.

14 Apoio para os pés em metal, com as seguintes especificações mínimas:

Base e superfície superior com material antiderrapante.

Ângulo de inclinação entre 10º e 30º, com regulagem de altura;

Dimensões mínimas: 40cm x 30cm.

OBS.: A fabricação do mobiliário obedecerá rigorosamente ao constante nos

documentos:

Normas da ABNT (NBR 13.961, NBR 13.962, NBR 13.964, NBR 13.966,

NBR 13.967, NBR 13.111 e NBR 14.113 – móveis para escritório);

Normas relativas à ergonomia – NR-17.

5 APRESENTAÇÃO DE AMOSTRA

5.1 A empresa cuja proposta tenha sido selecionada na fase dos lances mediante o

aceite dos itens respectivos, será convocada a apresentar amostra do mobiliário

ofertado, no prazo máximo de 5 (cinco) dias úteis, a contar da notificação

expedida pela Comissão Permanente de Licitação, para avaliação técnica de

compatibilidade com as especificações constantes deste Termo de Referência;

5.1.1 No caso em tela, deverão ser disponibilizadas as amostras em local

indicado pela empresa, preferencialmente na cidade de Curitiba-PR ou

região Metropolitana, para verificação da compatibilidade do material

com as especificações técnicas;

5.2 Caso a empresa, por razões justificadas, não possa disponibilizar as amostras

no local indicado no item 5.1.1 acima, poderá, no mesmo prazo, franquear os

produtos no próprio local de sua sede, para diligências da Comissão, desde que

as despesas de locomoção (transporte, alimentação e pousada) sejam custeadas

pela empresa. (art. 5º, § 2º da IN 01/2010). Nesse caso, o valor dos custos será

equivalente ao valor dessas despesas, determinados pelo Governo Federal para

o servidor público federal, vigentes na época da licitação. Os valores deverão ser

Page 95: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

94

recolhidos pela empresa licitante, antecipadamente, na conta única da UFPR no

Banco do Brasil, mediante emissão de Guia de Recolhimento Unificado - (GRU);

5.3 O não atendimento aos requisitos acima, dentro do prazo estabelecido, ou caso

não se confirme a adequação dos produtos, conforme especificação do edital, a

proposta selecionada será recusada, sendo convocada a autora da segunda

melhor proposta, estando sujeita às mesmas condições dos itens acima.

6 DA GARANTIA

6.1 A empresa deverá oferecer garantia do mobiliário, contra defeito de fabricação,

de no mínimo 5 (cinco) anos, a contar do recebimento definitivo.

6.2 Durante a vigência da garantia, a adjudicatária deverá prestar assistência técnica

ao mobiliário, no local da repartição (Unidades da UFPR), por intermédio de

empresa credenciada que se situe na cidade de Curitiba ou região

metropolitana, a fim de manter o mobiliário em perfeitas condições de uso, sem

ônus adicionais para a UFPR, custeando o transporte do bem caso haja

necessidade de assistência técnica nas dependências da empresa credenciada;

6.3 A empresa deverá oferecer atendimento para assistência técnica, no prazo de

até 72 horas, contados do recebimento da chamada técnica pela UFPR.

6.4 A empresa deverá substituir ou reparar, às suas custas, durante o período da

garantia, o mobiliário avariado, quando o problema não decorrer de utilização

inadequada por parte da UFPR, no prazo máximo de 20 (vinte) dias corridos, a

contar do início do atendimento.

7 PRAZO E LOCAL DE ENTREGA

7.1 O mobiliário deverá ser entregue no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos, a

contar do recebimento do empenho.

7.2 O mobiliário deverá ser entregue nos endereços e nos horários indicados pelas

Unidades emissoras dos empenhos, sendo todos na cidade de Curitiba.

Page 96: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

95

8 PLANO DE LICITAÇÃO

8.1 Proposta: A proposta da licitante deverá acompanhar:

8.1.l Termo de Garantia para o mobiliário cotado, com prazo mínimo de 5

(cinco) anos, a contar do recebimento definitivo.

8.1.2 Certificado de Conformidade de Produto, relativo às NBRs da ABNT,

referentes aos itens dos Grupos 1 e 2;

8.1.3 Certificado Florestal de Cadeia de Custódia, emitido pelo fabricante da

madeira utilizada nos produtos referentes aos itens constantes dos

Grupos 1 e dos itens não agrupados, de números 10 a 13;

8.2. Habilitação: A licitante deverá apresentar os seguintes documentos, além

daqueles exigidos no edital de licitação:

8.2.1. Dois atestados de capacidade técnica, emitido por pessoa jurídica de

direito público ou privado, comprovando o fornecimento de mobiliário,

objeto deste Termo de Referência, devendo constar que a empresa

cumpriu ou está cumprindo suas obrigações contratuais de modo

satisfatório.

8.2.2. Declaração do cumprimento do disposto no Art. 7º, XXXIII, da

Constituição Federal/88 (trabalho de menores de idade, observada a Lei

9.854/1999), conforme modelo constante no Instrumento Convocatório.

8.2.3. Declaração de inexistência de fato superveniente impeditivo da

habilitação, conforme modelo constante no Instrumento convocatório;

9 RECEBIMENTO

O objeto da licitação será recebido da seguinte forma:

a) Provisoriamente, no ato da entrega do mobiliário;

b) Definitivamente em até 5 (cinco) dias úteis a contar do recebimento provisório,

após a montagem do mobiliário, quando for o caso, e comprovação da

adequação do objeto às especificações técnicas do Termo de Referência.

10 OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA

10.1 Fornecer o mobiliário no prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos, a contar do

recebimento da Nota de Empenho da despesa;

Page 97: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

96

10.2 Montar o mobiliário, quando for o caso, nos locais indicados pela Unidade

compradora, sem quaisquer ônus adicionais à UFPR, no prazo de 5 (cinco)dias

úteis, a contar da entrega;

10.3 Credenciar, se não for por meios próprios, empresa para prestar assistência

técnica dos mobiliários durante o período de garantia;

10.4 Prestar assistência técnica ao mobiliário durante o período de garantia, no local

da repartição (UFPR), por meios próprios ou por intermédio de empresa

credenciada, sem ônus adicionais à UFPR;

10.5 Atender ao chamado de assistência técnica no prazo de até 72 (setenta e duas)

horas, contados do recebimento do chamado, escrito ou por meio eletrônico,

pela UFPR;

10.6 Substituir ou reparar, à sua custa, durante o período de garantia, o mobiliário

avariado, quando o problema não ocorrer de utilização inadequada por parte da

UFPR, no prazo máximo de 20 (vinte) dias corridos, a contar do início do

atendimento;

10.7 Responder por todas as despesas decorrentes do fornecimento.

11 OBRIGAÇÕES DA UFPR

Proceder os pagamentos dentro das condições e prazo estipulados.

12 DO PAGAMENTO

12.1. O pagamento será efetuado mediante crédito em conta-corrente da

Contratada, por ordem bancária, no prazo de 5(cinco) dias úteis no caso de

aquisição até o limite de R$ 8.000,00 (oito mil reais), ou até 30 (trinta) dias

corridos para as aquisições acima deste limite, conforme o disposto nos

artigos 5º (§ 3º) e 40 Inciso XIV ―a‖), respectivamente, da Lei 8.666/93,

mantidas todas as condições de habilitação, e cumpridos os seguintes

requisitos:

a) Apresentação da nota fiscal/fatura de acordo com a legislação vigente à

época da emissão;

b) Verificada a regularidade com o INSS e FGTS.

Page 98: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

97

12.2. O pagamento somente será efetuado após o recebimento definitivo do objeto,

pela UFPR, desde que não se verifiquem falhas no fornecimento;

12.3. A empresa optante pelo Simples Nacional deverá encaminhar, juntamente

com a Nota Fiscal, sempre que houver fornecimento, declaração em

conformidade com o Art. 4º da Instrução Normativa SRF nº 480/2004;

12.4. No caso de não apresentação da declaração prevista no subitem anterior

serão retidos todos os tributos e contribuições no pagamento a ser efetuado.

13 SANÇÕES

13.1. No caso de atraso injustificado para entrega do material e prestação de

assistência técnica, nos prazos estabelecidos pela Administração, a

contratada ficará sujeita às multas e demais penalidades previstas na

legislação vigente;

13.2. As eventuais multas aplicadas à contratada poderão ser descontadas dos

pagamentos a serem efetuados pela UFPR.

Assina servidor responsável

Page 99: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

98

TERMO DE REFERÊNCIA 2

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE LIMPEZA E HIGIENE

1 OBJETO

Contratação de empresa para prestação de serviços de limpeza, asseio,

higiene, e conservação diária, com fornecimento de mão-de-obra, todo material e

equipamentos necessários, nas dependências da Universidade Federal do Paraná

(UFPR) em Curitiba, Palotina e litoral (Matinhos, Pontal do Paraná e Paranaguá),

conforme especificação contida neste Termo de Referência.

2 OBEDIÊNCIA LEGAL

Lei 10.520, de 17/07.2002, Decreto nº 5.450, de 31/05/2005, Decreto n. 3.555,

de 8/08/2000, Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006, Decreto6204 de 05/09/2007

e Lei 11.488/2007, bem como no que couber o Decreto 3.931/2001, da IN/MARE nº

5, de 21/07/1995, publicada no D.O.U do dia 19/04/1996, e subsidiariamente pela

Lei 8.666 de 21.06.1993, com introdução e alterações das Leis 8.883/1994,

9.648/1998 e artigo 3º da Lei 12.349 de 15/12/2010 e com a Instrução Normativa nº

01-SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010.

3 JUSTIFICATIVA PARA INSERÇÃO DOS CRITÉRIOS DE

SUSTENTABILIDADE

O Estado, no desempenho de suas atividades é também poluidor, na

emissão de gases de efeito estufa, e responsável pelo desperdício de recursos

ambientais, como água, energia e combustível, além de ser um potencial

consumidor de produtos que agridem o meio ambiente.

Nesse sentido, a administração deve buscar, através de programas de

gestão pública socioambiental, modificar os padrões de produção e consumo nos

órgãos públicos, por meio de adoção de novos referenciais de desempenho e

atuação, pela inserção de variável socioambiental nas atividades diárias, gerando

Page 100: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

99

economia de recursos públicos e fomentando a responsabilidade socioambiental nas

instituições públicas e privadas, através de novas práticas e procedimentos

sustentáveis visando ao consumo e à produção sustentável, contribuindo assim com

a redução na emissão de gases estufa.

Desse modo, as licitações sustentáveis, assim como a coleta seletiva

solidária, a educação ambiental, o uso racional dos bens públicos, bem como a

promoção da melhoria do ambiente de trabalho, representam algumas das ações

desenvolvidas através destes programas. Um exemplo de inserção de uma gestão

pública socioambiental é o programa da Agenda Ambiental da Administração Pública

(A3P) desenvolvido por meio do Ministério do Meio Ambiente, que visa sensibilizar

os gestores para as questões socioambientais, promover a redução dos gastos

institucionais e contribuir para a revisão dos padrões de produção e consumo e

adoção de novos referenciais de sustentabilidade, no âmbito da Administração

Pública.

A fundamentação do gestor para a escolha de um tipo de produto e adoção

de critérios de sustentabilidade encontra-se amparada no disposto nos artigos 170 e

225 da Constituição Federal, no artigo 2º Inciso I e artigo 9º da Lei 6.938/1981, artigo

3º da Lei 12.349 de 15/12/2010, artigo 3º da Lei nº 8.666/1993, Lei nº 12.187/2009,

Instrução Normativa nº 01/2010 SLTI/MPOG, regulamentando a utilização de

critérios sustentáveis na aquisição de bens e contratação de obras e serviços pelos

órgãos do governo federal.

4 DA DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

Os serviços compreenderão a limpeza e a conservação das salas, corredores,

halls, estacionamentos, calçadas, elevadores, escadarias, divisórias, pisos,

esquadrias e vidros internos e externos, copas, lavatórios, móveis e objetos,

garagem, almoxarifado, etc.

5 DA DEFINIÇÃO DE SANEANTES DOMISSANITÁRIOS

São substâncias ou materiais destinados à higienização, desinfecção

domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no

tratamento da água, compreendendo:

Page 101: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

100

5.1 Desinfetantes:

Destinados a destruir, indiscriminada ou seletivamente, microorganismos,

quando aplicados em objetos inanimados ou ambientes;

5.2 Detergentes

Destinados a dissolver gorduras e à higiene de recipientes e vasilhas, e a

aplicações de uso doméstico;

5.3 Material de Higiene

5.3.1 Cesto para lixo, saboneteira, porta papel toalha, papel higiênico, sabonete

líquido e em tabletes;

5.3.2 São equiparados aos produtos domissanitários, os detergentes e

desinfetantes e respectivos congêneres, destinados à aplicação em objetos

inanimados e em ambientes, ficando sujeitos às mesmas exigências e

condições no concernente ao registro, à industrialização, entrega ao consumo

e fiscalização.

6 DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS E DE SUSTENTABILIDADE

6.1 Instruções socioambientais em geral

6.1.1 A implantação de ações ambientais, seja por meio de treinamento de

empregados da Contratada, por conscientização de todos os envolvidos, ou

por meio de ações concretas apontadas especialmente nas especificações

técnicas e obrigações da Contratada, bem como ações da Contratante que

venham a integrar uma ação conjunta na implementação de práticas de

valores éticos e socioambientais, que envolve e se estendem na gestão

contratual, refletindo na responsabilidade da Administração no desempenho

do papel de consumidor.

7 OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA

7.1 A Contratada deverá promover programa de capacitação para seus

colaboradores, na área de Resíduos Sólidos (coleta seletiva), com

discriminação da carga horária e da qualificação do educador, bem como

emissão regular de certificado;

Page 102: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

101

7.2 Elaborar e manter um programa interno de treinamento de seus empregados,

promover a partilha de conhecimentos para redução de consumo de energia

elétrica, do consumo de água e da redução na produção de resíduos sólidos e

sua correta separação (segregação), observadas as normas ambientais

vigentes;

7.3 Receber, da Contratante, informações a respeito dos programas de uso racional

dos recursos que impactem o meio ambiente;

7.4 Responsabilizar-se pelo preenchimento do ―Formulário de Ocorrências‖, que

poderá ser fornecido pela Contratante. Nesse caso, a empresa prestadora de

serviços, quando houver ocorrências, deverá entregar o ―Formulário de

Ocorrências‖ devidamente preenchido e assinado pelo responsável.

7.4.1 Exemplos de ocorrências mais comuns e que devem ser apontados são:

Vazamentos na torneira ou no sifão do lavatório e sanitários e/ou chuveiros,

ou válvula de descarga desregulada;

Saboneteira e toalheiros quebrados;

Lâmpadas queimadas ou piscando;

Tomadas e espelhos soltos;

Fios desencapados;

Janelas, fechaduras ou vidros quebrados;

Tapetes e tacos soltos, entre outras.

7.4 Racionalização de uso de substâncias potencialmente tóxicas/poluentes;

7.5 Substituição de substâncias tóxicas por outras atóxicas ou de menor

toxicidade;

7.6 Racionalização/economia no consumo de energia (especialmente elétrica) e

água;

7.7 Segregação, reciclagem e destinação adequada dos resíduos sólidos, gerados

nas atividades de limpeza, asseio e conservação.

7.8 Uso Racional da Água. A Contratada deverá:

7.8.1 Capacitar o seu pessoal e orientá-lo quanto ao uso da água;

7.8.2 Colaborar com as medidas de redução de consumo e uso racional

de água e atuar como facilitador das mudanças de comportamento

de seus empregados;

Page 103: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

102

7.8.3 Utilizar-se de equipamento de limpeza com jatos de vapor de água

saturada sob pressão sempre que adequado e necessário. Trata-se

de alternativa de inovação tecnológica, cuja utilização será precedida

de avaliação pela Contratante das vantagens e desvantagens. Em

caso de utilização de lavadoras, sempre adotar as de pressão com

vazão máxima de 360 litros/hora;

7.8.4 Manter os critérios especiais constantes neste Instrumento para

aquisição e uso de equipamentos e complementos que promovam a

redução de consumo de água.

7.9 Uso Racional de Energia Elétrica

7.9.1 Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição de produtos

e equipamentos que apresentem eficiência energética e redução de

consumo de energia, como exemplo a aquisição de equipamentos

eletro-eletrônicos mais eficientes quanto à economia de energia,

classificados pelo Selo Procel de Economia de Energia (um

instrumento promocional do PROCEL – Programa Nacional de

Conservação de Energia Elétrica, coordenado pelo Ministério das

Minas e Energia), que comprova a eficiência energética. De acordo

com esta eficiência, os aparelhos são classificados pelo INMETRO –

Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade

Industrial.

7.9.2 Comunicar à Contratante sobre equipamentos instalados nas

dependências desta, com mau funcionamento ou danificados como

lâmpadas queimadas ou piscando, zumbido excessivo em reatores

de luminárias e mau funcionamento de instalações energéticas. Tal

comunicação será feita por meio do ―Formulário de Ocorrência‖;

7.9.3 Sugerir à Contratante, locais e medidas que tenham a possibilidade

de redução do consumo de energia, tais como: desligamento de

sistemas de iluminação, instalação de interruptores, instalação de

sensores de presença, rebaixamento de luminárias, etc;

7.9.4 Ao remover o pó de cortinas ou persianas, verificar se estas estão

impedindo a saída do ar condicionado ou aparelho equivalente;

Page 104: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

103

7.9.5 Verificar se existem vazamento de vapor ou ar nos equipamentos de

limpeza, sistema de proteção elétrica e as condições de segurança

de extensões utilizadas em aspiradores de pó, enceradeiras, etc;

7.9.6 Realizar verificações e, se for o caso, substituir imediatamente

equipamentos defeituosos, ou manutenção periódica nos seus

aparelhos elétricos, extensões, filtros, recipientes dos aspiradores de

pó e nas escovas das enceradeiras. Evitar, ao máximo, o uso de

extensões elétricas;

7.9.7 Repassar a seus empregados todas as orientações referentes à

redução do consumo de energia fornecidas pela Contratante;

7.10 Redução de Produção de Resíduos Sólidos e Coleta Seletiva Solidária

7.10.1 Para as ocorrências relativas ao descarte de materiais

potencialmente poluidores, a Contratada deverá seguir os

procedimentos já existentes na UFPR;

7.10.2 Em atendimento à Resolução CONAMA nº 401 de 5 de novembro de

2008, a Contratada deverá entregar à Contratante, as pilhas e

baterias dispostas para descarte que contenham em suas

composições chumbo, mercúrio cádmio e seus compostos. Esta, por

sua vez, irá promover o descarte final, de forma ambientalmente

adequada;

7.10.3 Tratamento idêntico deverá ser dispensado a lâmpadas

fluorescentes e frascos de aerossóis em geral. Esses produtos,

quando descartados, deverão ser separados e acondicionados em

recipientes adequados para destinação específica;

7.10.4 Em atendimento à Resolução CONAMA nº 258, de 26 de agosto de

1999, a Contratante comunicará à Contratada sobre os pneumáticos

inservíveis abandonados ou dispostos inadequadamente, para que a

Contratante providencie a destinação final adequada, tendo em vista

que esses constituem passivo ambiental, que resulta em sério risco

ao meio ambiente e à saúde pública;

7.10.5 Uma vez implantado pela Contratante, o Programa de Coleta

Seletiva de Resíduos Sólidos, intitulado ―SEPARANDO JUNTOS NA

UFPR‖, a Contratada deverá colaborar de forma efetiva no

Page 105: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

104

desenvolvimento das atividades do programa interno de separação

de resíduos sólidos, em recipientes para coleta seletiva nas cores

internacionalmente identificadas, disponibilizados pela Contratante;

7.10.6 No programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos, a Contratada

deverá observar as seguintes regras:

a) Materiais não Recicláveis:

b) São todos os materiais que ainda não apresentam técnicas de

reaproveitamento e estes são denominados REJEITOS, como: lixo

de banheiro, (papel higiênico e papel toalha utilizados, lenço de

papel), e outros como: cerâmicas, pratos, vidros pirex e similares,

trapos e roupas sujas, toco de cigarro, cinza e ciscos – que deverão

ser segregados e acondicionados separadamente para destinação

adequada; acrílico, papéis plastificados, metalizados ou

parafinados, papel carbono e fotografias, fitas e etiquetas adesivas,

copos descartáveis de papel, espelhos, vidros planos e cristais.

c) Materiais Recicláveis

d) Para os materiais secos recicláveis, deverá ser seguida a

padronização internacional para a identificação, por cores, nos

recipientes coletores disponibilizados pela Contratante: (VERDE

para vidro, AZUL para papel seco, AMARELO para metal,

VERMELHO para plástico e CINZA para lixo não reciclável e/ou

rejeitos);

7.10.7 Quando implantados pela Contratante, operações de

compostagem/fabricação de adubo orgânico, a Contratada deverá

separar os resíduos orgânicos de varrição de parques (folhas,

gravetos etc.) e encaminhá-los, posteriormente, às referidas

operações, de modo a evitar a sua disposição em aterro sanitário;

7.10.8 Fornecer sacos de lixo, nas cores PRETA E AZUL, nos tamanhos

adequados e REFORÇADOS (10 a 12 micras de espessura) a sua

utilização, com vistas à otimização em seu uso, bem como a redução

da destinação de resíduos sólidos, de acordo com a legislação;

7.10.9 Otimizar a utilização dos sacos de lixo, cujo fornecimento é de sua

responsabilidade, adequando sua disponibilização quanto à

capacidade e necessidade, esgotando dentro do bom senso e da

Page 106: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

105

razoabilidade o seu volume útil de acondicionamento, objetivando a

redução da destinação de resíduos sólidos, de acordo com a

legislação;

7.10.10 Realizar o recolhimento dos resíduos, respeitando a

SEPARAÇÃO PRÉVIA (segregação) dos recicláveis, retirando os

resíduos das lixeiras seletivas (nas cores azul, verde, amarela e

vermelha) e colocando-os em saco de cor AZUL, objetivando a sua

destinação para fins de reciclagem;

7.10.11 Realizar o recolhimento e a separação dos papéis, passíveis de

reciclagem, alocados nas caixas de papelão, distribuídas nas

diversas Unidades da Contratante;

7.10.12 Realizar o recolhimento dos Resíduos ORGÂNICOS/REJEITOS,

respeitando a SEPARAÇÃO PRÉVIA (segregação) dos mesmos,

retirando os Resíduos orgânicos/rejeitos das lixeiras seletivas (na cor

cinza) e colocando-os em saco de cor PRETA, objetivando a sua

destinação final adequada;

7.10.13 Dispor os Resíduos Sólidos, coletados e segregados fora dos

prédios, para serem recolhidos pela equipe de manutenção predial, a

fim de alocarem os Resíduos nos containers próprios, destinados à

Coleta Seletiva da UFPR;

7.10.14 Separar e entregar à Contratante as pilhas e baterias dispostas

para o descarte apropriado, para que esta adote, diretamente ou por

meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem,

tratamento ou disposição final ambientalmente adequada, em face

dos impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte

inadequado desses materiais.

7.11 Saneantes Domissanitários

7.11.1 Manter os critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de

produtos biodegradáveis enumerados neste Instrumento.

7.11.2 Utilizar racionalmente os saneantes domissanitário, cuja aplicação

nos serviços deverá observar regra basilar de menor toxidade, livre

de corantes e redução drástica de hipoclorito de sódio.

Page 107: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

106

7.11.3 A Contratada deverá manter os critérios de qualificação de

fornecedores levando em consideração as ações ambientais por

estes realizadas;

7.11.4 Observar rigorosamente, quando da aplicação e/ou manipulação de

detergente e seus congêneres, no que se refere ao atendimento das

prescrições do Artigo 44 da Lei nº 6.360 de 23 de setembro de 1976

e do artigo 67 do Decreto nº 79.094 de 05 de janeiro de 1977, as

prescrições da Resolução Normativa nº 1 de 25 de outubro de 1978,

cujos itens de controle e fiscalização, por parte das autoridades

sanitárias e da Contratante, são os Anexos da referida Resolução:

ANEXO I – Lista de substâncias permitidas na elaboração de

detergentes e demais produtos destinados à aplicação em objetos

inanimados e ambientes; ANEXO II – Lista de substâncias

permitidas somente para entrarem nas composições de detergentes

profissionais; ANEXO III – Especificações e; ANEXO IV – Frases de

Advertências para Detergentes e seus Componentes.

7.11.5 Não utilizar na manipulação, sob nenhuma hipótese, os corantes

relacionados no Anexo 1 da Portaria nº 9, de 10 de abril de 1987, em

face de que a relação risco x benefício pertinente aos corantes

relacionados no Anexo 1 é francamente desfavorável a sua

utilização em produtos de uso rotineiro por seres humanos.

7.11.6 Fornecer saneantes domissanitários devidamente registrados no

órgão de vigilância sanitária competente do Ministério da Saúde

(artigo 14 e 15 do Decreto nº 79.094 de 05 de janeiro de 1977, que

regulamenta a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976).

7.11.7 Não utilizar, na prestação dos serviços, conforme Resolução

ANVISA nº 913, de 25 de junho de 2001, Saneantes Domissanitários

de Risco I, listados pelo artigo 5º da Resolução 336, de 30 de julho

de 1999.

7.11.8 Fica terminantemente proibida a aplicação de domissanitários

fortemente alcalinos apresentados sob a forma de líquido premido

(aerossol), ou líquido para pulverização, tais como produtos para

limpeza de fornos e desincrustação de gorduras, conforme Portaria

Page 108: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

107

DISAD – Divisão Nacional de Vigilância Sanitária nº 8, de 10 de abril

de 1987;

7.11.9 Observar a rotulagem quanto aos produtos desinfetantes

domissanitários, conforme Resolução RDC nº 174, de 08 de julho de

2003, e os anexos 4 e 5 da Portaria 321/MS/SNVS, de 08 de agosto

de 1997;

7.11.10 Somente aplicar saneantes domissanitários, cujas substâncias

tensoativas aniônicas, utilizadas em sua composição sejam

biodegradáveis, conforme disposição da Portaria nº 874, de 05 de

novembro de 1998, que aprova o Regulamento Técnico sobre

Biodegradabilidade dos Tensoativos Aniônicos para Produtos

Saneantes Domissanitários. Em face da necessidade de ser

preservada a qualidade dos recursos hídricos naturais, de

importância fundamental à saúde, necessidade de evitar que a flora

e fauna sejam afetadas negativamente por substâncias sintéticas.

7.11.11 Considera-se biodegradável a substância tensoativa suceptível

de decomposição e biodegradação por microorganismos, com grau

de biodegradabilidade mínimo de 90%.

7.11.12 Fica definido como referência de biodegradabilidade, para esta

finalidade específica, o nodecilbenzeno sulfonato de sódio.

7.11.13 A verificação da biodegradabilidade será realizada pela análise

da substância tensoativa aniônica, utilizada na formulação do

saneante ou no produto acabado;

7.11.14 A Contratante poderá coletar, uma vez por mês e sempre que

entender necessário, amostras de saneantes domissanitários, que

deverão ser devidamente acondicionado em recipientes esterilizados

e lacrados, para análises laboratoriais, em cujos laudos laboratoriais

deverão constar obrigatoriamente, além do resultado dos ensaios de

biodegradabilidade, resultados da análise química da amostra

analisada;

7.11.15 Quando da aplicação de álcool, deverá observar a Resolução

RDC nº 46, de 20 de fevereiro de 2002 que aprova o Regulamento

Técnico para o álcool etílico hidratado em todas as graduações e

álcool etílico anidro;

Page 109: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

108

7.11.16 Fica terminantemente proibida a aplicação de produtos que

contenham o Benzeno, em sua composição, conforme Resolução

RDC nº 252, de 16 de setembro de 2003, em face da necessidade

de serem adotados procedimentos para reduzir a exposição da

população, dados os riscos avaliados pela International Agency

Research on Câncer (IARC), agência de pesquisa referenciada pela

Organização Mundial de Saúde (OMS), para analisar compostos

suspeitos de causarem câncer, e a organização de substância como

cancerígena para humanos. Também, a necessidade de resguardar

a saúde humana e o meio ambiente e considerando os riscos de

exposição, incompatível com as precauções recomendadas pela Lei

nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, Decreto nº 79.094, de 5 de

janeiro de 1977 e a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, face

aos riscos oferecidos.

7.11.17 Fica proibida a aplicação de saneantes domissanitários que

apresentem associação de inseticidas a ceras para assoalhos,

impermeabilizantes, poluidores e outros produtos de limpeza, nos

termos da Resolução Normativa CNS nº 01, de 4 de abril de 1979;

7.11.18 Os produtos químicos relacionados pela Contratada, de acordo

com sua composição, fabricante e utilização, deverão ter registro no

Ministério da Saúde e serem comprovados mediante apresentação

de cópia reprográfica autenticada (frente e verso) no Certificado de

Registro expedido pela Divisão de Produtos (DIPROD) e/ou Divisão

de Produtos Saneantes Domissanitários (DISAD), da Secretaria de

Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde;

7.11.19 Recomenda-se que a Contratada utilize produtos detergentes de

baixa concentração e baixo teores de fosfato;

7.11.20 Apresentar à Contratante, sempre que solicitado, a composição

química dos produtos, para análise e precauções com possíveis

intercorrências que possam surgir com empregados da Contratada,

ou com terceiros;

7.12 Poluição Sonora

Page 110: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

109

Para os equipamentos de limpeza que gerem ruído no seu funcionamento,

observar a necessidade de Selo Ruído, como forma de indicação do nível de

potência sonora, medido em decibel – Db(A), conforme Resolução CONAMA nº 020,

de 7 de dezembro de 1994, em face do ruído excessivo causar prejuízo à saúde

física e mental, afetando particularmente a audição. A utilização de tecnologias

adequadas e conhecidas permite atender às necessidades de redução de níveis de

ruído.

7.13 Equipamentos de Segurança

A Contratada deverá fornecer todos os EPIs a seus empregados, inclusive

protetor auricular, se for o caso, bem como os uniformes necessários à execução

dos serviços, não podendo cobrar dos seus referidos colaboradores.

Responsável

Page 111: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

110

TERMO DE REFERÊNCIA 3

CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS

COMPLEMENTARES E EXECUTIVOS

1 OBJETO

Contratação de empresa de engenharia ou arquitetura para prestação de

Serviços Técnicos Profissionais Especializados (Seção IV da Lei 8.666) para

elaboração de projetos básicos de arquitetura e complementares.

2 JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇÃO DOS PROJETOS

O corpo técnico da Universidade Federal do Paraná está suprindo uma

demanda cada vez mais crescente de solicitações de projetos e fiscalizações de

obras, tanto para edificações novas, quanto para as existentes. Além disso, o quadro

de funcionários é insuficiente, sob o ponto de vista técnico, para a execução de

serviços específicos como: levantamentos topográficos e sondagens geológicas. O

corpo técnico da UFPR, está voltado a fazer os estudos técnicos das necessidades e

apresentar os anteprojetos para ocupação dos espaços em consonância com o

Plano Diretor, havendo, assim, para suprir a demanda em disponibilizar os

elementos técnicos para a licitação e contratação das obras; a necessidade de

agilizar o desenvolvimento dos projetos básicos de arquitetura e os complementares,

bem como, em alguns casos dependendo do porte, para coordenar a execução

deles. Dessa forma, faz-se necessária a licitação desses serviços, permitindo a

execução terceirizada com celeridade e cumprimento de um cronograma de ação a

um custo mais conveniente para a administração.

3 JUSTIFICATIVA PARA INSERÇÃO DOS CRITÉRIOS DE

SUSTENTABILIDADE

O Estado, no desempenho de suas atividades, é também poluidor, na

emissão de gases de efeito estufa, e responsável pelo desperdício de recursos

Page 112: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

111

ambientais, como água, energia e combustível, além de ser um potencial

consumidor de produtos que agridem o meio ambiente.

Nesse sentido, a administração deve buscar, através de programas de

gestão pública socioambiental, modificar os padrões de produção e consumo nos

órgãos públicos, por meio de adoção de novos referenciais de desempenho e

atuação, pela inserção de variável socioambiental nas atividades diárias, gerando

economia de recursos públicos e fomentando a responsabilidade socioambiental nas

instituições públicas e privadas, através de novas práticas e procedimentos

sustentáveis visando ao consumo e à produção sustentável, contribuindo assim com

a redução na emissão de gases estufa.

Desse modo, as licitações sustentáveis, assim como a coleta seletiva

solidária, a educação ambiental, o uso racional dos bens públicos, bem como a

promoção da melhoria do ambiente de trabalho, representam algumas das ações

desenvolvidas por esses programas. Um exemplo de inserção de uma gestão

pública socioambiental é o programa da Agenda Ambiental da Administração Pública

(A3P) desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente, que visa sensibilizar os

gestores para as questões socioambientais, promover a redução dos gastos

institucionais e contribuir para a revisão dos padrões de produção e consumo e

adoção de novos referenciais de sustentabilidade, no âmbito da Administração

Pública.

A fundamentação do gestor para a adoção de critérios de sustentabilidade

encontra-se amparada no disposto nos artigos 170 e 225 da Constituição Federal,

no artigo 2º Inciso I e artigo 9º da Lei 6.938/1981, artigo 3º da Lei 12.349 de

15/12/2010, artigo 6º (IX) e 12 (VII) da Lei nº 8.666/1993, Lei nº 12.187/2009,

Instrução Normativa nº 01/2010 SLTI/MPOG, regulamentando a utilização de

critérios sustentáveis na aquisição de bens e contratação de obras e serviços pelos

órgãos do governo federal.

4 OBEDIÊNCIA LEGAL

Lei 8.666 de 21.06.1993, com introdução e alterações das Leis 8.883/1994,

9.648/1998 e artigo 3º da Lei 12.349 de 15/12/2010 e com a Instrução Normativa nº

01-SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010, Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006,

Decreto 6204 de 05/09/2007 e Lei 11.488/2007.

Page 113: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

112

5 OBJETO

Elaboração de Projeto Básico de Arquitetura e Complementares (conforme lei

8666/93) do Edifício XXXX, com área aproximada de xxxxm², localizado no Campus

XXXX - Rua XXXX, 1540, na cidade de Curitiba - PR, conforme Anteprojeto

elaborado pela PCU-UFPR.

São partes que devem integrar a elaboração do Projeto Básico:

Levantamento topográfico do terreno compreendendo o levantamento

planialtimétrico cadastral da área delimitada, as amarrações as edificações

existentes, as referências de níveis dos acessos existentes em edificações

circuvizinhas que integrarão o complexo, os níveis do terreno em plano de

5 a 5m e demais dados de importância relevante para a execução do

projeto e futura obra;

Sondagem geológica do terrenoaté a camada impenetrável pelo método

SPT;

Projeto básico de arquitetura:

Projeto básico de arquitetura completo, compreendendo: planata,

cortes e elevações e implantação geral.

Detalhamentos arquitetônicos de todos os elementos necessários a

boa compreensão e execução quando da realização da obra

(detalhamento de instalações sanitárias, esquadrias, divisórias, pisos,

paredes e tetos, etc...).

Sistema viário

Pavimentação

Paisagismo

Comunicação visual

Perspectivas e maquete virtual

Projetos complementares:

Demolição

Terraplanagem

Fundações

Page 114: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

113

Estruturas de concreto

Estruturas metálicas, inclusive de cobertura

Estruturas de madeira, inclusive de cobertura

Contenção de maciços de terra

Canteiro de obra

Instalações elétricas

Telefonia

Lógica (cabeamento estruturado)

CFTV – Circuito Fechado de TV

Sonorização

Detecção e alarme de incêndio

Luminotécnico

SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas

Instalações hidráulicas de água fria e quente

Instalações sanitárias

Drenagem de águas pluviais

Disposição de resíduos sólidos

Tratamento de efluentes

Prevenção e combate à incêndio

GLP – Gás Liquefeito de Petróleo

Gases especiais (ar comprimido, vácuo, oxigênio, vapor, etc.)

Climatização

Elevadores

Projeto de compatibilização com todos os projetos

Planilha de quantitativo de materiais

Planilha orçamentária (Orçamento Base), conjugando todos os projetos e

serviços para a realização da obra, com preços unitários e preços totais,

individualizando material e mão de obra, e demonstração do BDI (Bonificação

de Despesas Indiretas), a ser incluído no preço final após fechado o

orçamento.

Caderno de encargos de todos os projetos.

Page 115: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

114

6 CONVENÇÕES

Contratante – É o órgão ou entidade signatária do instrumento contratual;

Contratada – A pessoa física ou jurídica signatária de contrato com a

Administração Pública;

UFPR – Universidade Federal do Paraná;

PRA – Pró-Reitoria de Administração da UFPR;

PCU – Prefeitura da Cidade Universitária da UFPR;

Fiscalização – Indivíduo ou comissão representante do Contratante junto à

Contratada, designado(a) para verificar, de modo sistemático, o cumprimento de

todas as disposições contratuais e ordens complementares, emanadas da

Contratante, em todos os seus aspectos;

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

NBR – Norma Brasileira Registrada do SINMETRO;

SEAP – Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio;

SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial;

LEI 8.666, de 21 de junho de 1993, da Presidência da República;

Instrução Normativa 02, de 30 de abril de 2008.

7 DESCRIÇÃO DETALHADA DOS SERVIÇOS

Os serviços deverão ser executados conforme diretrizes constantes nos

Anexos.

8 CRITÉRIO DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

8.1 A execução dos projetos observará em todas as fases de elaboração a

observação dos critérios dispostos para a sustentabilidade ambiental, não

frustrando a competitividade quando da execução da obra e/ou serviços de

engenharia, naquilo que estiver indicado nos projetos e no memorial descritivo

para a sua execução;

Page 116: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

115

8.2 A elaboração dos projetos observará aos critérios elencados na Instrução

Normativa n° 1 de 19 de janeiro de 2010 da Secretaria de Logística e Tecnologia

da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

8.3 Os projetos devem ser elaborados visando a economia da manutenção e

operacionalização da edificação, a redução do consumo de energia e água, bem

como a utilização de tecnologia e materiais que reduzam o impacto ambiental,

tais como:

8.3.1 Uso de equipamentos de climatização mecânica, ou de novas

tecnologias de resfriamento de ar, que utilizem energia elétrica,

apenas nos ambientes onde for indispensável;

8.3.2 Automação da iluminação do prédio, projeto de iluminação,

interruptores, iluminação ambiental, iluminação tarefa, uso de

sensores de presença;

8.3.3 Uso exclusivo de lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares de

alto rendimento e de luminárias eficientes;

8.3.4 Energia solar, ou outra energia limpa para aquecimento de água;

8.3.5 Sistema de medição individualizada de consumo de água e energia;

8.3.6 Sistema de reuso de água e de tratamento de afluentes gerados;

8.3.7 Aproveitamento da água da chuva, agregando ao sistema hidráulico

elementos que possibilitem a captação, transporte, armazenamento e

seu aproveitamento;

8.3.8 Utilização de materiais que sejam reciclados, reutilizados e

biodegradáveis, e que reduzam a necessidade de manutenção,

conforme ABNT NBR – 15448-1 e 15448-2;

8.3.9 Comprovação da origem da madeira a ser utilizada na execução da

obra ou serviço;

8.3.10 Que seja inserido na execução da obra e/ou serviço de engenharia, o

Projeto de Gerenciamento de Resíduo de Construção Civil - PGRCC,

nas condições determinadas pelo Conselho Nacional do Meio

Ambiente (CONAMA), através da Resolução nº 307, de 5 de julho de

2002, o qual deverá ser estruturado em conformidade com o modelo

especificado pelos órgãos competentes;

Page 117: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

116

8.3.11 Deve ser priorizado o emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologias

e matérias-primas de origem local para execução, conservação e

operação das obras públicas;

8.3.12 Devem ser observados os requisitos ambientais para a obtenção de

certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e

Qualidade Industrial (INMETRO) e as normas ISO 14.000 da

Organização Internacional para a Padronização (International

Organization for Standardizacion), como produtos sustentáveis ou de

menor impacto ambiental em relação aos seus similares;

8.3.13 Que os bens devam ser, preferencialmente, acondicionados em

embalagem individual adequada, com o menor volume possível, que

utilize materiais recicláveis, de forma a garantir a máxima proteção

durante o transporte e o armazenamento;

8.3.14 Que os bens não contenham substâncias perigosas em concentração

acima da recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain

Hazardous Substances), tais como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo

hexavalente (Cr(VI)), cádmio (Cd), bifenil-polibromados (PBBs), éteres

difenil-polibromados (PBDEs);

8.3.15 A comprovação do disposto neste artigo poderá ser feita mediante

apresentação de certificação emitida por instituição pública oficial ou

instituição credenciada, ou por qualquer outro meio de prova que ateste

que o bem fornecido cumpre com as exigências do edital;

8.3.16 Conforme prevê o Artigo 33 da nova lei de Política Nacional de

Resíduos Sólidos (Lei no. 12.305, de 02 de agosto de 2010), ficam

obrigados os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a

estruturar e implementar sistemas de LOGÍSTICA REVERSA2,

mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma

independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos

resíduos sólidos, de Produtos Perigosos, tais como: Agrotóxicos, seus

resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem,

após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de

2 Logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo

conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Page 118: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

117

gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento,

em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do

SUASA, ou em normas técnicas; Pilhas e Baterias; Pneus; Óleos

lubrificantes, seus resíduos e embalagens; Lâmpadas fluorescentes,

de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; Produtos eletroeletrônicos

e seus componentes. Conforme citado no Parágrafo Primeiro, do

mesmo artigo, serão estendidos a produtos comercializados em

embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e

embalagens, considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do

impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos gerados. Já,

o Decreto Federal no. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, cita no

Artigo 18 que os fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes dos produtos e embalagens supracitados, deverão

estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante o

retorno dos produtos e embalagens após o uso pelo consumidor,

ficando estes responsáveis pela realização da LOGÍSTICA REVERSA¹.

9 ETAPAS

O cronograma contendo os prazos de cada etapa deve ser entregue na

licitação. Na assinatura da Ordem de Serviço, a CONTRATADA deve entregar o

cronograma com datas determinadas do cumprimento e entrega dos serviços.

Para as etapas de Entrega Preliminar e Projeto Básico descritas abaixo, a

CONTRATADA deverá entregar um jogo completo de pranchas impressas de

cada um dos projetos, objeto deste contrato, cujos conteúdos deverão ser

apresentados conforme especificações do manual prático da SEAP e Diretrizes para

Projetos da PCU, relacionadas nos anexos acima. Os projetos deverão estar

organizados em caixas arquivo, devidamente identificadas.

Esses projetos estarão sujeitos à análise e correções realizadas pela equipe

técnica da PCU, as quais deverão ser processadas pelo executor do projeto.

Para cada uma das etapas de entrega mencionadas abaixo, somente serão

aceitas entregas completas, ou seja, de todos os levantamentos e projetos

(arquitetônico e complementares) em um mesmo momento.

Page 119: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

118

9.1 Anteprojeto:

Proposta gráfica inicial elaborada pela PCU, cujo partido arquitetônico

sugerido contempla as características essenciais relativas à viabilidade técnica do

empreendimento, à plástica e à funcionalidade dos ambientes, considerando todas

as exigências contidas no programa de necessidades.

9.2 Entrega Preliminar:

Desenvolvimento, pela CONTRATADA, do Anteprojeto elaborado pela

Contratante, com a inclusão nos desenhos técnicos de medidas, especificações, da

definição estrutural, da correlação de suas instalações complementares,

possibilitando exata compreensão da obra a ser executada; (início de elaboração de

detalhes, especificação de materiais, caderno de encargos e memorial descritivo,

etc).

O arquitetônico deve ser vistado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar

do Paraná (PMP).

9.3 Projetos Básicos:

Definição legal: Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível

de precisão adequado, para caracterizar a obra ou o serviço, ou complexo de obras

ou serviços, elaborados com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares,

que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental

do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos

métodos e do prazo de execução (art. 6.⁰, inc. IX, da Lei 8666/93).

Contratação: Projetos arquitetônicos e complementares completos, com

desenhos e especificações detalhadas, representados em escala e seguidos de

informações adequadas à perfeita execução da obra. Perspectivas exatas

obrigatórias.

Nessa etapa estão também incluídos:

Detalhamentos: informações minuciosas dos complementos exclusivos da

obra, cujos desenhos e memoriais descritivos deverão expor os detalhes

técnicos executivos referentes aos componentes especiais e adicionais da

Page 120: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

119

construção (esquadrias, paginações dos revestimentos cerâmicos, forros,

escadas, guarda-corpos, corrimãos, etc).

Memorial descritivo

Caderno de encargos

Quantitativo de materiais e serviços e Orçamento Base

Demonstrativo do BDI

Na entrega final, a CONTRATADA deverá entregar arquivo digital em formato

*.dwg *.pdf e *.ctb (arquivo de penas) para os projetos, e *.doc, *.xls e *.pdf para os

memoriais, encargos e orçamentos, organizados em pastas por tipo de projeto

(arquitetônico, estrutural, etc) e subpastas por tipo de arquivo (*.dwg, *.pdf). Por

exemplo: D:/Arquitetônico/dwg. Além desses, deverão ser entregues também, um

jogo completo de pranchas impressas de cada um dos projetos, objeto deste

contrato.

As aprovações e liberações de cada etapa do serviço contratado, vistadas

pelo fiscal de projetos da Contratante, deverão ser entregues juntamente com o

projeto final.

Na entrega final, todas as pranchas de todos os projetos, bem como os

orçamentos e os memoriais, deverão, obrigatoriamente, estar assinados pelos

responsáveis técnicos autores de cada trabalho.

10 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Para o início da execução será realizada uma reunião inicial presencial, no

ato da assinatura da Ordem de Serviço, entre o(s) fiscal(ais) do projeto e todos os

projetistas da CONTRATADA. Após, deverão ocorrer reuniões pré-agendadas, no

mínimo uma a cada 30 dias, para esclarecimentos e verificação do desenvolvimento

dos projetos, com registro em ata, que será anexada ao processo. As reuniões

deverão acontecer na Prefeitura da Cidade Universitária (PCU), Centro Politécnico,

em Curitiba, das 9h às 12h ou das 14h às 17h, de segunda a sexta-feira, com a

equipe de técnicos da PCU. O não comparecimento da CONTRATADA às reuniões

também será registrado e anexado ao processo e deixará implícito de que não há

dúvidas e nem atrasos por parte da mesma na execução dos projetos.

Page 121: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

120

10.1 A UFPR promoverá a designação de Profissional como Gerenciador de

Projetos, para acompanhar o desenvolvimento dos mesmos, obrigando-se o

Autor do Projeto a fornecer todas as informações que o profissional julgar

necessárias, assim como atender a todas as exigências do mesmo durante a

elaboração do projeto.

10.2 Os técnicos da PCU efetuarão a fiscalização dos serviços, a qualquer instante,

solicitando da CONTRATADA, sempre que julgar conveniente, informações do

seu andamento, devendo esta prestar os esclarecimentos necessários e

comunicar aos fiscais quaisquer fatos ou anormalidades que porventura

possam prejudicar o bom andamento ou o resultado final dos serviços.

10.3 Atos que descumpram qualquer cláusula deste contrato serão registrados no

processo e poderão originar Notificação à Contratada.

10.4 A ação ou omissão total ou parcial da fiscalização não eximirá a CONTRATADA

de total responsabilidade na execução dos serviços, com toda cautela e boa

técnica.

10.5 Fica estabelecido que o fiscal do contrato contará com equipe técnica para

acompanhamento dos serviços. Para isso, serão indicados três profissionais do

corpo técnico da Contratante, sendo:

Um profissional para a área de arquitetura e compatibilização

Um profissional para a área estrutural e hidráulica

Um profissional para a área de elétrica, lógica e telefonia.

11 NORMAS TÉCNICAS A SEREM SEGUIDAS

Os projetos a serem executados deverão ser conduzidos em conformidade

com as presentes especificações e desenhos, e em obediência às seguintes

disposições:

Normas da ABNT;

Dispositivos legais Federal, Estadual e Municipal;

Regulamentos das respectivas concessionárias;

Normas e regulamentos do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do

Paraná (PMP);

Page 122: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

121

Normas internacionais, na falta das correspondentes da ABNT;

Critérios, instruções, recomendações e especificações da UFPR;

Manual de Práticas da SEAP.

12 VISITA AO LOCAL DE IMPLANTAÇÃO DOS PROJETOS

12.1 É obrigatória a visita ao local de implantação dos projetos por parte dos

licitantes, antes da apresentação de suas propostas. Todas as condições locais

deverão ser adequadamente observadas nesta visita, quando os licitantes

deverão conhecer e equacionar, mediante inspeção preliminar e coleta de

informações, todos os dados e elementos que possam vir a ter influência no

desenvolvimento dos trabalhos, de modo que não serão atendidas solicitações,

durante os serviços, sob argumento de falta de conhecimento das condições de

trabalho ou de dados da especificação.

12.2 É necessária a entrega de uma declaração de que o licitante visitou o local e

está ciente de todas as dificuldades para execução dos serviços. A declaração

será vistada pelo fiscal no dia da visita.

13 PRAZO DE EXECUÇÃO

Os serviços deverão ser iniciados a partir da data da assinatura da Ordem de

Serviço. O prazo de execução dos serviços será de XXX dias corridos. Na contagem

do prazo proposto para a conclusão total dos serviços, pedidos de prorrogação

somente serão considerados desde que justificados por escrito pela CONTRATADA

e aceitos pela equipe da PCU.

14 COMPROMISSO DE SIGILO DAS PROPOSTAS

Page 123: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

122

Conforme inciso 3o do Art. 3o da Lei 8.666, a licitação não será sigilosa,

sendo públicos e acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto

ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura.

15 CONDIÇÕES DO SERVIÇO

Os serviços serão de execução indireta, contratados por EMPREITADA POR

PREÇO GLOBAL.

Os serviços não se enquadram como serviço comum, por se tratarem de

Serviços Técnicos Profissionais Especializados, conforme Seção IV da Lei 8.666.

16 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

16.1 FINALIDADE

Definir os procedimentos mínimos para apresentação dos trabalhos de

projetos e/ou serviços na área de engenharia ou arquitetura, em observância às

Normas Técnicas da ABNT e este Caderno de Projetos da UFPR.

16.2 FORMATO E DIMENSÕES DO PAPEL

16.2.1. Tamanho A4

sentido horizontal = 21,00 cm

sentido vertical = 29,70 cm

em: memoriais, especificações, quantitativos, relação de materiais, etc.

16.2.2. Desenhos

Tamanho adotado como padrão = 95,00 cm x 59,40 cm

sentido horizontal

o 4 módulos de 18,50 cm

Page 124: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

123

o 1 módulo de 17,50cm (à direita)

- margem direita = 1,00 cm

- margem esquerda = 2,50 cm

sentido vertical

o 2 módulos de 28,70 cm

- margem superior = 1,00 cm

- margem inferior = 1,00 cm

16.2.3 - Não será admitida prancha de desenho diferente do tamanho adotado, em

casos especiais, a critério da UFPR.

16.3 LEGENDA

Toda folha (prancha) desenhada deverá conter a legenda fornecida pela

UFPR, devidamente preenchida, colocada no canto inferior direito.

16.4 APRESENTAÇÃO

16.4.1. Os desenhos serão desenvolvidos em AUTOCAD, elaborados conforme as

Normas Técnicas, com traços, letras e algarismos e cores com fonte legível

após a impressão, deverão ser plotados no máximo em formato A-1 (de

preferência) em papel sulfite gramatura mínima de 75 g/m², e serão também

apresentados em arquivos magnéticos em CD a ser entregues em arquivos

DWG e em PLT, devidamente identificado.

16.4.2. Os memoriais, especificações, relação de materiais, orçamentos e demais

elementos técnicos serão apresentados em arquivos WORD (textos) –

Memoriais e Especificações e em Planilhas Excel (Quantitativos de Materiais

e Orçamento Quantitativo).

16.4.3. Os memoriais, as especificações, os quantitativos e orçamento quantitativo

com preço de materiais e serviços, deverão conter no mínimo 01 (uma)

marca de referência do que se pretende seja instalado ou executado, e logo

após a inscrição de ―ou similar de qualidade superior‖.

16.4.4 Nos projetos, memoriais e quantitativos e orçamento de quantitativos de

preços não deverão conter expressões como: ―orientativo‖, ―indicativo‖ ou

Page 125: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

124

qualquer outra expressão que permita ao executor executar de outra forma

que não seja a projetada, pois não serão admitidas modificações nos

projetos, nos memoriais, nos quantitativos de materiais e serviços, a não ser

com autorização expressa da fiscalização quando da execução da obra ou

serviços, mediante prévia consulta e aceitação do projetista.

17 ENTREGAS PARCIAIS

Durante a fase de desenvolvimento dos projetos, sempre que forem

apresentadas parciais da execução, serão apresentados os arquivos magnéticos e a

plotagem em papel sulfite da etapa desenvolvida, a qual será objeto de análise pela

fiscalização da UFPR e onde serão feitas as observações porventura existentes.

18 ESCALAS

18.1 Nos anteprojetos serão utilizadas as escalas 1:50 - 1:100 - 1:200

18.2 Nos projetos executivos serão utilizadas as seguintes escalas:

1:50 - 1:100 - plantas, cortes, fachadas

1 :500 - 1:1000 - planta de situação

1:100 - 1:200 - implantação e paisagismo

1:200 - 1:500 -

1:1000

- perfis do terreno

1:1 a 1:20 - detalhes

1:50 -1:100 -1:200 - cobertura

18.3 Outras escalas poderão ser usadas, em casos especiais, a critério da UFPR.

Page 126: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

125

19 NUMERAÇÃO DAS PRANCHAS

19.1 Todas as pranchas serão numeradas com o mínimo de quatro (4) algarismos,

sendo os dois primeiros o número de ordem das pranchas e os outros dois o

número total de pranchas do trabalho - ex.: EL - 01/09 – EL-02/09 - etc.

19.2 Todas as pranchas e demais documentos serão numerados, titulados (nome do

projeto ex: Eng. Química - Projeto Elétrico, Eng. Química - Projeto de CFTV

etc...), datados, e colocado o nome a que se refere a prancha (ex: 1º

Pavimento – Iluminação, 1º Pavimento – Tomadas Elétricas, título e número do

CREA do(s) autor(es) do trabalho.

19.3 Os arquivos em DWG e PLT, deverão ter sua descrição clara de forma a

identificar a prancha, sem a adoção de códigos numéricos (ex: EL-1º Pav.-

Iluminação, CFTV – 1º Pav. – Locação das Câmeras )

19.4 Todas as pranchas (folhas) dobradas deverão apresentar-se sob o formato final

"A4".

As letras e números deverão ter, no mínimo, 2 mm de altura. As escalas

utilizadas deverão ser compatíveis com porte e o detalhamento do projeto, sempre

garantido a condição de legibilidade dos desenhos.

Os projetos deverão estar divididos e identificados por especialidade: arquitetônico,

estrutural, elétrico, etc.

Todos os documentos e pranchas conter deverão conter número, titulo, data,

bem como o(s) nome(s) número(s) do CREA do(s) autor(es) do trabalho, e demais

informações contidas na legenda padrão.

9.5 LISTA DE ARQUIVOS

Deverá ser produzida uma lista única contendo todos os arquivos de todas as

especialidades. Nesta lista deverão estar relacionados: nome do arquivo, seu

conteúdo, extensão, números das pranchas ou números das páginas contidas nele e

tamanho das folhas (A4, A2,...).

A lista de arquivos, que deverá ser primeiro documento relacionado, deverá

ser entregue em papel e em meio digital sendo este último nos formatos, xls e pdf.

A nomenclatura dos arquivos deverá seguir a codificação proposta abaixo,

respeitando a ordem e o número de caracteres especificados:

Page 127: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

126

Campus onde a obra será realizada: 2 caracteres

Local da obra: 5 caracteres

Especialidade do projeto: 5 caracteres

Etapa do projeto: 3 caracteres

Número da prancha: de 2 a 5 caracteres

Conteúdo da prancha: 15 caracteres

Revisão: 3 caracteres

Exemplo de codificação da nomenclatura de arquivos:

C3.ENQUI.ARQ.EXE.03-05.CORTEAELEV2DET7.R03

C3 -> Campus 3

ENQUI -> ENgenharia QUÍmica

ARQ -> Projeto ARQuitêtonico

EXE -> EXEcutivo

03-05 -> Pranchas 03 a 05

CORTEAELEV2DET7 -> Coete A, e Elevação 2 e Detalhe 7

R03 -> Revisão 03

CP.MEDVE.ARQ.BAS.01-02.SITIMPLCOB.R02

CP -> Campus Palotina

MEDVE -> MEDicina VEterinária

ARQ -> Projeto ARQuitetônico

BAS -> BÁSico

01-02 -> Pranchas 01 a 02

SINTIMPLCOB -> Plantas de SITuação, IMPLantação e COBertura

R02 -> Revisão 02

Sugestão de modelo de lista de arquivos:

Page 128: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

127

NOME DO ARQUIVO

CONTEÚDO EXTENSÃO Nº DAS PRANCHAS/

PÁGINAS

TAMANHO DAS FOLHAS

Lista de arquivos

Relação de todos os arquivos entregues

doc

1 e 2

A4

C3.ENQUI.ARQ.EXE03-05.CORTEAELEV2DET7.RO3

Corte A

Elevação 2

Detelhe 7

dwg pPlt pdf

03 a 05 A0

CP.MEDVE.ARQ.BAS.01-02.SITIMPLCOB.R02

Planta de situação

Planta de implantação

Planta de cobertura

dwg plt pdf

01 a 02

A1

20 VALOR ESTIMADO PARA LICITAÇÃO E VALOR MÁXIMO GLOBAL

Para o cálculo do custo dos projetos foi utilizada a Tabela de Honorários do

Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), chegando aos valores apresentados na

tabela abaixo.

Projeto Custo

Arquitetônico R$

Complementares de estrutura R$

Complementares de instalação hidrossanitárias e gás R$

Complementares de instalações elétricas e telefônicas R$

Complementares de ar condicionado ventilação e execução

mecânica R$

TOTAL R$

Dessa forma, obtêm-se os seguintes valores:

Valor estimado para licitação: R$ xxx

Valor máximo global: R$ xxx

Obs.: o memorial de cálculo consta no documento Orçamento Base

Page 129: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

128

21 FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento será efetuado em 04 (quatro) parcelas, a saber: 1a parcela,

valor referente a 20% do total dos serviços, após a entrega, análise pela PCU e

devolução da Entrega Preliminar de arquitetura e complementares, com correções

atendidas pela CONTRATADA; 2a parcela, valor referente a 20% do total dos

serviços, após a entrega e análise pela PCU dos Projetos Básicos de arquitetura e

complementares; 3a parcela, valor referente a 50% do total dos serviços, após a

entrega de todos os itens assinados dos Projetos Básicos de arquitetura e

complementares (ART’s, projetos completos, planilhas orçamentárias, memoriais,

etc...) com aprovação final pela PCU. 4a parcela, valor referente a 10% do total dos

serviços, após a aprovação dos projetos em todos os órgãos envolvidos.

22 DOCUMENTAÇÃO DE HABILITAÇÃO RELATIVA À QUALIFICAÇÃO

TÉCNICA

As empresas licitantes devem, por intermédio de Certidão, Atestado e/ou

Declaração expedida(s) por pessoa jurídica de direito público ou privado,

devidamente acervada(s) no CREA, comprovar que:

a) O Arquiteto indicado pela empresa, responsável técnico pelo projeto

arquitetônico e projeto de compatibilização, apontado na Certidão de

Registro de Pessoa Jurídica do CREA, tenha executado serviço de projeto

arquitetônico e gerenciamento de projetos complementares, com

características equivalentes ou superiores ao projeto arquitetônico objeto

desta licitação, com área de, no mínimo, 50% da área em contratação, em

um único serviço.

b) O Engenheiro Civil indicado pela empresa, responsável técnico pelo

projeto estrutural, apontado na Certidão de Registro de Pessoa Jurídica do

CREA, tenha executado serviço de projeto estrutural, com características

equivalentes ou superiores ao projeto estrutural objeto desta licitação, com

área de, no mínimo, 50% da área em contratação, em um único serviço.

Page 130: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

129

c) O Engenheiro Civil indicado pela empresa, responsável técnico pelo

projeto hidrossanitário, apontado na Certidão de Registro de Pessoa

Jurídica do CREA, tenha executado serviço de projeto hidrossanitário,

com características equivalentes ou superiores ao projeto hidrossanitário

objeto desta licitação, com área de, no mínimo, 50% da áream em

contratação, em um único serviço.

d) O Engenheiro Eletricista indicado pela empresa, responsável técnico pelo

projeto elétrico, apontado na Certidão de Registro de Pessoa Jurídica do

CREA, tenha executado serviço de projeto elétrico, com características

equivalentes ou superiores ao projeto elétrico objeto desta licitação, com

área de, no mínimo, 50% da área em contratação, ou carga elétrica

instalada de (xxxx) KVA, em um único serviço.

e) O Engenheiro Mecânico indicado pela empresa, responsável técnico pelo

projeto de climatização, apontado na Certidão de Registro de Pessoa

Jurídica do CREA, tenha executado serviço de projeto mecânico, com

características equivalentes ou superiores aos projetos objetos desta

licitação, com área de, no mínimo, 50% da área em contratação, ou carga

térmica instalada de (xxxx) TR’s, em um único serviço.

22.1 As empresas licitantes devem apresentar registro na entidade profissional

competente – CREA, bem como apresentar os registros do arquiteto, do

engenheiro civil, do engenheiro eletricista e do engenheiro mecânico,

responsáveis técnicos pelos projetos objetos desta licitação.

22.2 As empresas licitantes devem comprovar o vínculo empregatício dos

responsáveis técnicos, podendo a comprovação ser feita através da

apresentação de cópia da Carteira de Trabalho, cópia do contrato de prestação

de serviços, de serviços devidamente registrados ou da apresentação do

contrato social.

22.3 Quando da eventual substituição dos profissinais responsáveis pelos serviços

acima citados, o novo profissional deverá ter capacitação técnica igual ou

superior à do primeiro. A substituição do(s) profissional(ais) deverá ser

comunicada por escrito à PCU. Também deverá ser entregue a nova

documentação de comprovação da capacitação técnica do(s) novo(s)

profissional(ais) para apreciação e aprovação da PCU.

Page 131: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

130

23 ACEITE DOS SERVIÇOS EXECUTADOS

23.1 Os serviços somente serão aceitos se estiverem de acordo com as normas

estabelecidas neste material, seus anexos e normas técnicas, de forma clara e

precisa.

23.2 A CONTRATADA fica legalmente responsável pelos serviços, mesmo após a

entrega dos projetos à PCU. Caso sejam constatados, durante a execução da

obra, falhas ou erros de projeto, fica a CONTRATADA obrigada a corrigi-los,

complementá-los e/ou fornecer detalhamentos adicionais necessários para a

correta execução da obra.

24 CONSIDERAÇÕES GERAIS

24.1 A proposta deverá vir acompanhada, obrigatoriamente, de cronograma físico-

financeiro.

24.2 A CONTRATADA deverá apresentar declaração de que visitou o local da

realização dos projetos e de que está ciente dos serviços a serem executados.

24.3 A CONTRATADA deverá, obrigatoriamente, recolher as seguintes Anotações

de Responsabilidade Técnica (ARTs):

ART de levantamento topográfico

ART de sondagem

ART de projeto de arquitetura e paisagismo

ART de projeto estrutural, incluindo fundações

ART de projeto de instalações elétricas, de lógica e de telefonia

ART de projeto de climatização

ART de projeto de instalações hidrossanitárias

ART de projeto de prevenção contra incêndio

ART de orçamento (exclusiva)

ART de compatibilização de projetos (exclusiva)

24.4 Os projetos deverão ser aprovados nos respectivos órgãos competentes;

Page 132: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

131

24.5 Os originais de todas as pranchas de desenho, bem como as demais peças

que integram os projetos, constituirão propriedade da UFPR.

25 DOCUMENTOS TÉCNICOS INSTRUTORES

Os documentos técnicos referentes ao desenvolvimento dos serviços são o

Orçamento Base e o Termo de Referência e seus Anexos, elaborados e fornecidos

pela PCU.

26 DOS PROJETOS

26.1 PROJETO ARQUITETÔNICO E DE PAISAGISMO

1 OBJETIVO

Este material, parte integrante do Edital de Licitação, tem por objetivo

estabelecer as diretrizes gerais e normas a serem seguidas na elaboração de

projetos arquitetônicos de construção, complementação, reforma ou ampliação de

uma edificação ou conjunto de edificações e projetos de paisagismo, no âmbito da

Universidade Federal do Paraná.

2 REQUISITOS GERAIS

A elaboração do(s) projeto(s) acima mencionado(s) deverá seguir aos

seguintes requisitos gerais:

a) Atender à legislação e normatização constantes neste documento, bem

como às demais normas e práticas complementares relacionadas ao

projeto objeto da licitação;

b) Atender aos critérios de apresentação e conteúdos mínimos exigidos,

constantes neste documento;

c) Comprometer-se a contratada a realizar a compatibilização dos projetos,

conforme estabelecido neste documento, entregando um ART exclusiva

de compatibilização de projetos;

Page 133: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

132

d) Comprometer-se a Contratada a cumprir com a legislação e normatização

referentes à acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades

especiais, quando da elaboração do(s) projeto(s) objeto(s) desta licitação;

e) Atender aos preceitos da sustentabilidade ambiental, comprometendo-se a

Contratada a buscar soluções que privilegiem o aproveitamento da

iluminação e ventilação naturais, o conforto termo-acústico, o

reaproveitamento de águas pluviais, o tratamento de efluentes (quando

aplicável), dentre outras alternativas;

f) Manter a Contratada um relação de constante aferição das propostas e

alternativas apresentadas, devendo cumprir reuniões periódicas semanais

com a equipe de profissionais da PCU/UFPR, bem como apresentar as

eventuais dúvidas que possam aparecer no intervalo entre reuniões, por

escrito, para que estas também possam ser respondidas da mesma forma;

g) Estar a Contratada ciente de que uma nova etapa na elaboração do(s)

projeto(s) só será liberada e iniciada após a aprovação, pelos técnicos da

PCU/UFPR, da etapa anterior;

h) Comprometer-se a Contratada a fazer entregas parciais de material

impresso do projeto no término de cada etapa;

i) Comprometer-se a contratada a vistar o projeto arquitetônico no Corpo de

Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná;

Havendo conflito de informações entre os materiais disponíveis, a PCU/UFPR

deverá ser consultada para solucionar as possíveis divergências.

3 NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES

Devem ser seguidos Códigos, Leis, Decretos, Potarias e Normas Federais,

Estaduais e Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos e

código de prevenção de incêndio, versões atuais, com aprovação no Corpo de

Bombeiros, com especial atenção às seguintes;

Normas da ABNT e do INMETRO

NBR 9050 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e

Equipamentos Urbanos

Page 134: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

133

Prática de Projeto, Construção e manutenção de Edifício Público Federais

NBR 9077 – Saídas de Emergência em Edifícios

NBR 6492 – Representação de Projetos de Arquitetura

NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico

NBR 13532 – Elaboração de Projetos de Edificações – Arquitetura

Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA

Normas Regulamentadoras de segurança e Medicina do Trabalho.

4 COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS

4.1 - Considerações iniciais

Fase em que se desenvolverão os trabalhos de compatibilização de todos os

projetos e seus respectivos detalhamentos. Nessa etapa, os projetos

complementares serão sobrepostos sobre o projeto arquitetônico, resultando em um

projeto compatibilizado, onde deverá ser previsto um layer diferente para cada

projeto complementar de forma a poder-se visualizar a colisão de elementos físicos

entre eles. A partir daí, poderão ser feitas possíveis alterações em todos os projetos

e nas especificações técnicas que possam surgir da sobreposição entre eles.

4.2 - Desenvolvimento da Compatibilização

O arquiteto da contrata é o principal responsável pela compatibilização de

todos os projetos desenvolvidos.

Cabe ao compatibilizador da Contratada sempre solicitar ao fiscal de projetos

da Contratante a aprovação e liberação dos serviços contratos, sendo eles:

a) Projeto básico preliminar arquitetônico, com lançamento da estrutura e

lançamento das instalações;

b) Projeto básico arquitetônico, finalizado com os detalhamentos;

c) Projeto de estrutura e fundação;

d) Projeto complementares de instalações;

Executar a sobreposição de todos os projetos, em planta, em corte e de

áreas externas, (incluindo caixas de inspeção hidráulica, sistema de prevenção e

Page 135: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

134

combate a incêndios, quadros, caixa de passagem elétrica, iluminação, eletrocalhas,

dutos de ventilação e etc.), com o intuito de eliminar ou corrigir os elementos

conflitantes que venham a causar problemas e desperdícios na execução da obra.

5 DEFINIÇÃO DAS ETAPAS DE PROJETO

5.1 ESTUDO PRELIMINAR

Consiste na definição gráfica da implantação e do partido arquitetônico,

através de plantas, cortes e fachadas, levando em consideração as condicionantes

ambientais, legais e econômicas do projeto que determinarão a sua viabilidade.

5.2 ANTEPROJETO

Desenvolvimento pela contratada do Estuto Preliminar elaborado pelo

contratante, com inclusão nos desenhos técnicos de medidas, especificações, da

definição estrutural, da correlação de suas instalações complementares,

possibilitando exata compreensão da obra a ser executada; (inicio de elaboração de

detalhes, especificação de materiais, caderno de encargos e memorial descritivo,

etc..).

5.3 PROJETO BÁSICO

Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão

adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços

objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos

preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do

impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da

obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.

5.4 - DETALHAMENTO DO PROJETO BÁSICO

Consiste na representação completa do projeto de Arquitetura, que deverá

conter de forma clara e precisa, o conjunto de elementos necessários e suficientes

Page 136: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

135

para a execução completa dos serviços e obras, incluindo todos os detalhes

construtivos e indicações necessárias à perfeita interpretação do projeto, o

orçamento detalhado, fundamentado em quantitativos de serviços, fornecimentos e

materiais perfeitamente especificados, e indicações necessárias à fixação dos

prazos de execução da obra.

6 CONTEÚDO MÍNIMO DE CADA ETAPA DE PROJETO

Os Projetos de Arquitetura obedecerão aos dispostos nos itens 6 e 7 deste

material, no que diz respeito às formas de apresentação e à observância às leis e

normas vigentes, e deverão contemplar os seguintes conteúdos mínimos para cada

etapa, representados em escala compatível com o porte do programa.

6.1 ANTEPROJETO

6.1.1 Planta de situação

a) Orientação com indicação do Norte verdadeiro e magnético;

b) Vias de acesso ao conjunto, arruamento, logradouros e/ou praças adjacentes,

com respectiva denominação;

c) Indicação das áreas a serem edificadas, com o contorno esquemático da

cobertura das edificações;

d) Denominação dos diversos edifícios ou blocos;

e) Construções existentes, demolições ou remoções futuras.

6.1.2 Planta de implantação (locação)

a) Locação da edificação ou do conjunto de edificações no terreno e seu

relacionamento com áreas de circulação, estacionamentos, jardins e outros;

b) Cotas de afastamentos e recuos;

c) Curvas de nível existentes e projetadas, com base em levantamento

topográfico objeto deste edital;

d) Acesso(s), estacionamento(s) e outros;

Page 137: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

136

e) Orientação com indicação no Norte verdadeiro e magnético;

f) Número de edificações e suas destinações.

6.1.3 Planta(s) do(s) pavimento(s), cortes e fachadas

a) Orientação com indicação do Norte verdadeiro e magnético;

b) Representação de todos os pavimentos da edificação, seguindo a ordem do

pavimento de menor cota para o de maior cota altimétrica;

c) Caracterização dos elementos do projeto: fechamentos externos e internos,

aberturas, acessos, circulações verticais e horizontais, esquemas de infra-

estrutura de serviços e demais elementos significativos;

d) Representação da estrutura pré-lançada em todos os projetos;

e) Distribuição e indicação dos nomes dos compartimentos para cada um dos

pavimentos;

f) Cotas gerais;

g) Áreas dos compartimentos;

h) Cotas de níveis principais;

i) Especificações de materiais.

6.2 PROJETO BÁSICO

5.2.1 Planta de situação

a) Curvas de nível existentes e projetadas, com base em levantamento

topográfico objeto deste edital;

b) Orientação com indicação do Norte verdadeiro e magnético;

c) Vias de acesso ao conjunto, arruamento, logradouros e/ou praças adjacentes,

com respectiva denominação;

d) Indicação das áreas a serem edificadas, com o contorno esquemático da

cobertura das edificações;

e) Denominação dos diversos edifícios ou blocos;

f) Construções existentes, demolições ou remoções futuras.

Page 138: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

137

6.2.2 Planta de implantação (locação)

a) Perímetro do terreno, cotas gerais e níveis principais;

b) Denominação de ruas e/ou praças limítrofes;

c) Curvas de nível existentes e projetadas, com base em levantamento

topográfico objeto deste edital;

d) Orientação com indicação do Norte verdadeiro e magnético;

e) Indicação das vias de acesso, vias internas, áreas cobertas, platôs e taludes;

f) Locação exata da edificação ou conjunto de edificações e seus acessos de

pedestres e veículos, com as dimensões, afastamento e locações relativas;

g) Cotas de afastamento e recuos;

h) Denominação da(s) edificação(ões).

6.2.3 Paisagismo

a) Definição de todo o espaço externo e seu tratamento: fechamentos, muros de

arrimo, rampas, escadas, jardins, estacionamentos, calçadas, iluminação,

interligações com edificações e calçadas existentes, dentre outros, sempre

com as dimensões e locações relativas;

b) Definição de plantas com espécies, preferencialmente espécies nativas

(regionais);

c) Definição de pisos, com especificação de materiais e paginação;

d) Locação de mobiliário urbano;

e) Drenagens.

6.2.4 Planta de cobertura

a) Indicação da tipologia adotada na cobertura (laje impermeabilizada, telhado

ou outros);

b) Indicação de caimentos das águas, calhas, coletores de águas pluviais,

platibandas, etc.

Page 139: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

138

6.2.5 Planta(s) do(s) pavimento(s), cortes e fachadas

a) Representação de todos os pavimentos da edificação, seguindo a ordem do

pavimento de menor cota para o de maior cota altimétrica;

b) Orientação com indicação no Norte verdadeiro e magnético;

c) Denominação de todos os ambientes e respectivas áreas úteis;

d) Caracterização dos elementos de projeto: fechamentos externos e internos;

barras de impermeabilização; aberturas; circulações verticais e horizontais

(poços de elevador(es), escada(s) e rampa(s); áreas de instalação técnica e

de serviço; cobertura/telhado e captação de águas pluviais, forros e demais

elementos significativos;

e) Lançamento do estudo luminotécnico: cálculo luminotécnico, sancas rebaixos,

posicionamento e acionamento de luminárias e especificação de luminárias e

lâmpadas;

f) Representação da estrutura pré-lançada;

g) Eixos do projeto;

h) Indicação das cotas entre os eixos, cotas parciais e totais, incluindo

espessura de paredes;

i) Indicação dos níveis de piso acabado;

j) Representação das esquadrias definitivas, indicadas com codificação a ser

empregada na Tabela de Esquadrias;

k) Indicação de cortes;

l) Indicação de fachadas;

m) Definição de mobiliário e equipamentos definitivos de todos os espaços

propostos;

n) Localização definitiva de áreas de instalações técnicas e de serviços (cabine

de GLP, cabine de transformação de energia, casa de máquinas, caixa de

elevador(es), reservatórios (volumes), centrais de ar condicionado, barriletes,

shafts/prumadas/enchimento e quadros, e outros definidos pela função da

edificação);

o) Indicação dos materiais de construção, acabamentos (codificados de acordo

com Tabela de Acabamentos) e dimensões, em todos os ambientes;

p) Definição e representação de dispositivos de proteção contra insolação

indesejada (brises).

Page 140: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

139

6.2.6 Quadro de Áreas

O quadro de Áreas deverá conter a relação das áreas do projeto, incluindo

área do terreno, área por pavimento e área total.

6.2.7 Tabela de Esquadrias

A tabela de Esquadrias deverá conter codificação de acordo com planta,

dimensões (largura, altura, e peitoril), material, sistema de abertura e quantidade.

6.2.8 Tabela de acabamentos

A tabela de Acabamentos deverá conter codificação de acordo com a planta,

com discriminação completa dos acabamentos utilizados em pisos, paredes e tetos,

incluindo cor, tamanho, padrão e demais informações que forem necessárias para

garantir o perfeito atendimento do projeto.

6.2.9 Perspectiva ou Maquete eletrônica

a) Apresentação das Perspectivas da edificação de todas as fachadas externas,

executadas por meio magnético, excepcionalmente por meio manual, quando

satisfazer as expectativas de visualização e acabamento.

e) Animação eletrônica da edificação, com 30 ―frames‖ por segundo, totalizando o

mínimo 300 ― frames‖ de 10 segundos.

b) A maquete eletrônica deverá apresentar os aspectos plástico-visuais da

proposta, ou seja, a Maquete eletrônica com no mínimo 2 (duas) perspectivas

externas e 2 (duas) internas, animação eletrônica de 300 ―frames‖ de 10

segundos com texturas, cores, ambientação, vegetação e figuras decorativas.

c) As maquetes eletrônicas para apresentação do projeto deverão conter todos os

elementos de acabamentos de paredes internas e de fachadas que efetivamente

serão vistas, ou seja a construção de ―cascas‖ e daí retiradas as perspectivas.

Page 141: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

140

d) Caso haja necessidade de maquete eletrônica completa, para visualização de

todos os espaços arquitetônicos e de engenharia, para verificação e controle de

integração inter-projetos, será feita solicitação mais direta e especificada.

d) Na animação externa, cada ―frame‖ terá sucessão com direcionamento para

porta principal, que se abrirá, continuando com ―frames‖ em segmentos internos.

e) Os percursos da animação e as perspectivas serão apresentados em ângulos

orientados pela coordenação do projeto da PCU.

6.2.10 Memorial Descritivo

No memorial descritivo, de acordo com a lei nº 8.666/93, sobre Licitações e

Contratos administrativos, é vedado incluir especificação sem similaridades

de marcas, ou com características e especificações exclusivas no objeto da

licitação, a não ser quando for tecnicamente justificável, não se admitindo

assim preferência por marcas. Assim sendo, as especificações devem ser

bem detalhadas, incluindo as exigências consideradas necessárias, mas

tomando-se cuidado de não restringir a competitividade da licitação.

Recomendamos, então, que as especificações técnicas sejam apresentadas

de acordo com as exigências da lei, e quando a referência à marca for

imprescindível para caracterizar o que se pretende, esta deverá ser feita

com no mínimo 3 (três) marcas de referência, além da citação ou similar

equivalente dentro do mesmo padrão de qualidade.

O projeto deverá ser acompanhado de orientações quanto ao uso,

operação e conservação, de forma a não deixar dúvida e garantir um bom

desempenho da obra e dos equipamentos nela instalados. O memorial

descritivo deverá conter no mínimo os seguintes itens na ordem indicada a

seguir:

Objeto com descrição sumária da obra (sinalização, dimensões,

finalidade, população beneficiada, etc.);

Sistema construtivo (justificativa e soluções adotadas);

Normalização;

Mobilização, instalação e desmobilização;

Page 142: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

141

As especificações técnicas para cada projeto, na ordem apresentada

neste termo de referência, constando no mínimo de:

o Materiais a serem empregados;

o Aplicações dos materiais e cuidados especiais;

o Eventuais ensaios;

o Cuidados com manutenção;

o Descrição de acabamento;

Manuseio e armazenagem dos materiais.O memorial descritivo deverá conter

a explicitação da proposta como um todo, bem como a justificativa das decisões

técnicas adotadas, complementando as informações contidas nos desenhos

referenciados nos itens anteriores, tendo em vista o Estudo Preliminar previamente

definido. Conterá, também, descrição do sistema construtivo dos materiais e

componentes empregados, com vistas à otimização dos custos e facilidade de

construção e de manutenção.

6.3 PROJETO EXECUTIVO

6.3.1 Projeto de Canteiro de Obras

a) Vias de acesso à obra;

b) Locação dos tapumes;

c) Indicação dos acessos ao canteiro de obras;

d) Localização de almoxarifado, depósitos, sala de administração, vestiário,

refeitório e sanitários de funcionários;

e) Local para guarda de materiais ao ar livre;

f) Ligações provisórias de elétrica, água e esgoto;

g) Demais itens exigidos pela legislação pertinente.

6.3.2 Planta de Situação

a) Cotas de afastamento do lote em relação aos limites da quadra;

b) Largura de ruas e passeios;

Page 143: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

142

c) Cotas de afastamento e recuos das edificações com relação ao limites do

terreno e com relação às edificações existentes;

d) Orientação com a indicação do Norte verdadeiro e magnético;

e) Denominação de ruas e/ou praças limítrofes.

6.3.3 Planta de implantação (locação)

a) Orientação da planta com a indicação no Norte verdadeiro e magnético e

as geratrizes da implantação;

b) Representação do terreno, com as características planialtimétricas,

compreendendo medidas e ângulos dos lados e curvas de nível

existentes e projetadas, e localização de árvores, postes, hidrantes e

outros elementos construídos existentes;

c) Áreas de corte e aterro, com localização e indicação da inclinação de

taludes e arrimos;

d) As RN – Referências de Nível do levantamento topográfico;

e) Edificações cotadas em relação à referência preestabelecida e bem

identificada;

f) Cotas de nível do terrapleno das edificações e dos pontos significativos

das áreas externas (calçadas, acessos, patamares, rampas e outros);

g) Localização dos elementos externos existentes e a construir, como

estacionamentos, guias rebaixadas, acessos, construções auxiliares e

outros (cabines de transformação, fossas, sumidouros, cisternas, postes,

redes aérea e subterrânea de média tensão (MT), baixa tensão (BT), fibra

ótica e telefonia, etc.).

6.3.4 Paisagismo

a) Definição de todo o espaço externo e seu tratamento: fechamentos,

muros, muros de arrimo, rampas, escadas, jardins, estacionamentos,

calçadas, desníveis, iluminação, interligações com edificações e calçadas

existentes, dentre outros, sempre com as dimensões e locações relativas;

b) Definição de plantas com espécies nativas (regionais);

c) Definição de pisos, com especificação de materiais e paginação;

Page 144: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

143

d) Locação de mobiliário urbano (postes de iluminação, bancos, floreiras,

etc);

e) Incluir iluminação externa no projeto elétrico;

f) Drenagens.

6.3.5 Planta de cobertura

a) Orientação com indicação do Norte verdadeiro e magnético;

b) Indicação da tipologia adotada na cobertura (laje impermealizada, telhado

ou outro);

c) Indicação de planos de coberturas com respectivos sentidos de caimento

das águas, calhas, coletores de águas pluviais, platibandas, rufos e

demais elementos constitutivos da cobertura;

d) Indicação da posição, dimensionamento e materiais das calhas condutoras

de águas pluviais e destino das mesmas;

e) Indicação dos detalhes de cumeeiras, rufos, arremates, calhas e outros

elementos;

f) Especificação dos materiais, dimensionamento da solução estrutural

básica, elementos e técnicas de impermeabilização e isolamento termo-

acústico.

6.3.6 Planta(s) do(s) Pavimento(s)

a) Orientação com a indicação do Norte verdadeiro e magnético;

b) Eixos do projeto;

c) Sistema estrutural;

d) Representação de todos os pavimentos da edificação, seguindo a ordem

do pavimento de menor cota para o de maior cota altimétrica;

e) Indicação de todas as cotas e níveis acabados, necessários para

execução da obra;

f) Caracterização dos elementos do projeto; fechamentos externos e

internos; aberturas; acessos; circulações verticais e horizontais (poços de

elevadores), escada(s) e rampa(s)); áreas de instalação técnica e de

Page 145: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

144

serviço; demais elementos significativos definidos pela função da

edificação;

g) Denominação e numeração dos compartimentos com suas respectivas

áreas úteis para referência dos acabamentos constantes no quadro geral

de acabamentos;

h) Definição de mobiliário e equipamentos definitivos de todos os espaços

propostos (planta de layout);

i) Codificação dos elementos a serem detalhados: portas, janelas, escadas,

balcões, corrimãos, banheiros, entre outros;

j) Dimensionamento de vãos e aberturas com indicação do sentido de

abertura das esquadrias;

k) Luminotecnia: cálculo luminotécnico. Sancas, rebaixos, posicionamento e

acionamento de luminárias e especificação de luminárias e lâmpadas;

l) Localização de louças, equipamentos sanitários e pontos de instalações

(torneiras, chuveiros, válvulas de descarga dentre outros);

m) Localização e dimensionamento definitivos de áreas de instalações

técnicas e de serviços (cabine de GLP, cabine de transformação de

energia, casa de máquinas, barriletes, shafts/prumadas/enchimento e

quadros, e outros definidos pela função da edificação);

n) Identificação de soleiras e peitoris, com especificação completa dos

materiais;

o) Marcação de cortes, fachadas detalhes e ampliações de escala;

p) Marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do

plano de corte;

q) Representação da estrutura.

6.3.7 Quadro de Áreas

O quadro de Áreas deverá conter a relação das áreas do projeto, incluindo

área do terreno, área por pavimento e área total.

5.3.8 Tabela de Esquadrias

Page 146: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

145

A Tabela de esquadrias deverá conter codificação de acordo com planta,

dimensões (largura, altura e peitoril), material, sistema de abertura e quantidade.

6.3.9 Tabela de Acabamentos

A tabela de acabamentos deverá conter codificação de acordo com a planta,

com discriminação completa dos acabamentos utilizados em pisos, paredes e tetos,

incluindo cor, tamanho, padrão e demais informações que forem necessárias para

garantir o perfeito entendimento do projeto e perfeita execução da obra.

6.3.10 Cortes

a) Indicação dos perfis longitudinais e transversais naturais do terreno, cortes

e aterros, e dos novos perfis longitudinais e transversais do terreno;

b) Marcação dos níveis dos pisos seccionados (acabado);

c) Representação das cotas verticais de piso, parciais e totais dos elementos

seccionados;

d) Representação do sistema estrutural;

e) Caracterização dos elementos de projeto: fechamentos externos e

internos; barras de impermeabilização; aberturas; circulação, verticais e

horizontais; áreas de instalação técnica e de serviço; cobertura/telhado,

platibandas e captação de águas pluviais; forros e demais elementos

significativos;

f) Marcação dos detalhes.

6.3.11 Fachadas

a) Representação gráfica dos materiais de revestimento, determinando o

respectivo modo de assentamento e acabamento;

b) Especificação completa dos materiais de revestimento (dimensões, cor...)

c) Indicação e especificação completas de vidros, cristais, elementos

vazados, brises, esquadrias, dentre outros;

d) Representação, numeração e sentido de abertura das esquadrias nas

fachadas;

Page 147: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

146

e) Representação da localização de aparelhos de ar-condicionado, quando

forem individuais.

6.3.12 Perspectivas exatas ou maquetes eletrônicas

6.3.13 Detalhes construtivos

6.3.13.1 Detalhes das áreas molhadas

a) Plantas cotadas com indicação de posição e referência completa de

louças sanitárias, ferragens e acessórios, bem como balcões, armários,

soleiras, frisos divisórias e arremates;

b) Cortes na quantidade necessária, com cotas indicativas totais e parciais;

c) Detalhes de bancadas e outros elementos construtivos, com especificação

de acabamentos, utilizando-se recursos de perspectiva quando

necessários.

7.3.13.2 Detalhes de escadas e rampas

a) Planta de pisos e patamares com dimensionamento e cotas,

representação e especificação completa de corrimão e revestimento de

pisos e espelhos;

b) Cortes na quantidade necessária, com cotas indicativas totais e parciais;

c) Detalhes de bancadas e outros elementos construtivos, com especificação

de acabamentos, utilizando-se recursos de perspectiva quando

necessários.

7.3.13.3 Detalhes de esquadrias

a) Discriminação conforme nomenclatura de porta e janela, P e J;

b) Elevação das esquadrias com representação das folhas e montantes

(divisões e marcos) com cotas gerais dos seus componentes, indicação

dos elementos fixos e móveis e tipos de acabamentos, quando for o caso;

Page 148: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

147

c) Secções horizontais e verticais das esquadrias, com dimensões parciais e

gerais dos seus componentes, definição de abertura, detalhes de vedação,

verga, soleira, peitoril, pingadeira, puxadores, peças de comando,

especificação de ferragens (dobradiças, pinos, pivôs, fechaduras) vidros,

painéis, dentre outros.

6.3.13.4 Detalhes de cobertura

a) Impermeabilização e arremates necessários;

b) Posicionamento e representação de reservatório(s) superior(es);

c) Representação de rufos, cumeeiras, calhas, platibandas, beirais,

condutores de águas pluviais, arremates, e outros elementos que se

fizerem necessários.

6.3.13.5 Outros detalhes

Demais detalhes que, em função da especificidade de cada projeto, se façam

necessários à correta execução da obra.

6.3.14 Relatório técnico

Deverá conter a revisão e complementação do memorial descritivo e do

memorial de cálculo apresentados no Anteprojeto.

26.2 PROJETO DE ESTRUTURA DE CONCRETO E FUNDAÇÕES

26.2.1 ESTRUTURA EM CONCRETO

1 OBJETIVO

Estabelecer diretrizes gerais a elaboração e apresentação de projetos de

estruturas em concreto.

Page 149: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

148

Deverá também ser apresentado o orçamento quantitativo dos materiais a

serem utilizados para a execução do projeto de estruturas em concreto.

O projeto das estruturas em concreto deverá estar compatibilizado com os

demais projetos: arquitetônico, fundações, hidro-sanitárias e águas pluviais, elétrico

e outros necessários.

Deverá ser indicado e detalhado, quando necessário, os locais das furações

para a passagem das instalações elétricas e hidro-sanitárias e águas pluviais nos

elementos estruturais.

Sempre que possível, devera ser utilizado o formato A1 para o detalhamento do

projeto.

2 NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES

Os projetos de estruturas em concreto deverão também, atender às seguintes

normas e práticas complementares:

Normas ABNT:

NBR 6118 – Projeto e execução de Obras de Concreto Armado;

NBR 6119 – Cálculo e Execução de Lages Mistas;

NBR 6120 – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações;

NBR 6123 – Forças Devidas ao vento em Edificações;

NBR 7191 – Execução de Desenhos para Obras de Concreto Simples

ou Armado;

NBR 7197 – Projeto de Estruturas de Concreto Pretendido;

NBR 7808 – Símbolos Gráficos para Projetos de Estruturas;

NBR 8681 – Ações e Seguranças nas Estruturas;

NBR 9062 – Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-

moldado;

NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho

Técnico;

NBR 10126 - Cotagem em Desenho Técnico;

NBR 10837 – Cálculo de Alvenaria Estrutural de Blocos Vazados de

Concreto;

Page 150: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

149

NBR 12230 – SI – Prescrições para sua Aplicação;

NBR 12655 – Concreto – Preparo, Controle e Recebimento.

Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e

Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;

Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;

Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.

3 ETAPAS DO PROJETO EXECUTIVO

Consiste do detalhamento completo da estrutura em concreto.

Deverá conter de forma clara e precisa todos os detalhes construtivos

necessários à perfeita execução da estrutura em concreto.

O projeto das estruturas em concreto deve ser constituído dos seguintes

documentos:

Desenhos

Resumo Geral de quantidades de forma, aço e concreto

Memorial descritivo;

Memorial de cálculo;

3.1 MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo deve complementar as informações técnicas contidas

nos desenhos e conter os seguintes elementos:

Sumário;

Descrição do projeto;

Fluxograma de execução (quando aplicável);

Relação dos documentos constituintes do projeto;

Relação das principais normas utilizadas no projeto;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

3.1.1. Especificações para o concreto armado

Page 151: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

150

Local;

Finalidade;

Resistência característica (fck) requerida;

Cor e textura, quando aparente;

Tipo de tratamento de juntas de concretagem;

Tolerâncias executivas admissíveis.

Características não usuais do concreto, exigidas por critério de cálculo

adotados no projeto estrutural, deverão ser acrescidas em cada caso

particular.

3.1.2. Especificações para o concreto protendido:

Local;

Finalidade;

Resistência característica (fck) requerida;

Cor e textura, quando aparente;

Aparelhos de ancoragem;

Injeção;

Protensão;

Tipo de tratamento das juntas de concretagem;

Tolerâncias executivas admissíveis.

Características não usuais do concreto, exigidas por critério de cálculo

adotados no projeto estrutural, deverão ser acrescidas em cada caso

particular.

3.1.3. Especificação para as formas

Tipo;

Características do material;

Dimensões;

Possibilidade de reaproveitamento;

Page 152: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

151

Modulação dos painéis e das peças de montagem (Tiradentes, parafusos,

pregos e outras);

Proteções e cuidados executivos.

3.1.4. Especificações para o aço:

Tipo;

Bitolas;

Emendas;

Fixadores e espaçadores;

Proteções e cuidados executivos.

3.1.5. Especificações para aparelhos de apoio

Tipo;

Características do material;

Proteções e cuidados executivos;

3.1.6 Especificações das juntas de dilatação

Tipo;

Características do material;

Proteções e cuidados executivos.

3.2 MEMORIAL DE CÁLCULO

Deve ser apresentado de forma clara e legível bem como, conter no mínimo

os itens relacionados a seguir:

Objetivo;

Documentos de referência;

Análise Estrutural contendo: Materiais Propriedades Geométricas,

Carregamentos, Combinações de Carregamentos, Sistema Estrutural,

Esforços Solicitantes, Deslocamentos e Efeitos Dinâmicos:

Page 153: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

152

Dimensionamento e Verificações Estruturais;

Método de rebaixamento do lençol freático;

Anexos.

3.3 DESENHOS

Os desenhos devem incluir:

Desenhos para a execução das formas;

Desenhos para execução de armação.

Desenhos para montagem;

Sempre que possível, utilizar o formato A1 para apresentação dos

desenhos.

3.3.1 Os desenhos para execução de formas devem conter, no mínimo:

Norte verdadeiro e norte do projeto;

Referência de Nível (RN) adotada;

A referência usada para locação (construções existentes ou sistema de

coordenadas);

Locação e orientação de pilares ou outros elementos estruturais que se

apóiem na fundação;

Identificação dos elementos estruturais;

Plantas, cortes e elevações dos elementos estruturais, necessárias ao

perfeito entendimento de sua forma e dimensões;

Detalhes construtivos (chanfros em arestas de elementos aparentes,

juntas de dilatação, retração e construção, contra-flechas e outros);

Locação, quantidade e detalhamento de elementos acessórios, tais como:

o chumbadores;

o peças embutidas no concreto;

o aparelhos de apoio;

o defensas e outros.

Lista de materiais dos elementos acessórios contendo descrição,

quantidade de massa;

Page 154: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

153

Resistência característica mínima do concreto à compressão (fck),

relação água/cimento (a/c) máxima e consumo mínimo de cimento por

m³ de concreto; a relação a/c e fck deve ser definida em função das

condições de agressividade a que estão expostas as estruturas;

Dimensão máxima característica do agregado graúdo;

Volume de concreto estrutural e magro, área de formas.

3.3.2 Os desenhos para execução de armação devem conter, no mínimo:

Tipos de aços empregados;

Localização e detalhes de emendas;

Tabela de armadura e quadro-resumo;

Cobrimento das armaduras;

Detalhamento dos raios mínimos de dobramento e curvamento das

armaduras.

3.3.3 Os desenhos para montagem, aplicáveis para estruturas compostas por

elementos pré-moldados, devem conter, no mínimo:

Fases da concretagem;

Seqüência de içamentos;

Travejamentos temporários;

Escoramentos;

Seqüência de protensão, para elementos protendidos.

Os projetos de reforços ou recuperações estruturais, que incluem formas,

armação e montagem, podem ser apresentados no mesmo desenho.

Sempre que possível, utilizar o formato A1 para apresentação dos desenhos.

26.2.2 PROJETO DE FUNDAÇÃO

1 OBJETIVO

Estabelecer diretrizes gerais a elaboração e apresentação de projetos de

fundações.

Page 155: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

154

Deverá também ser apresentado o orçamento quantitativo dos materiais a

serem utilizados para a execução do projeto de fundações.

O projeto de fundações deverá estar compatibilizado com os demais projetos:

arquitetônico, estrutural, hidro-sanitárias e águas pluviais, elétrico e outros

necessários.

Sempre que possível, devera ser utilizado o formato A1 para o detalhamento

do projeto.

2 NORMAS E PRÁTICAS COMPLEMENTARES

Os projetos de fundações deverão também, atender às seguintes normas e

práticas complementares:

Normas ABNT:

o NBR 5629 - Estruturas Ancoradas no Terreno – Ancoragens Injetadas no

Terreno - Procedimento;

o NBR 6121 - Prova de carga a compressão em Estacas Verticais –

Procedimentos;

o NBR 6122 - Projeto e execução de Fundações – Procedimento;

o NBR 6489 - Prova de Carga Direta sobre o Terreno de Fundações –

Procedimento;

o NBR 6502 - Rochas e Solos – Terminologia;

o NBR 7191 - Execução de Desenhos para obras de concreto Simples ou

Armado;

o NBR 8036 - Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento dos

Solos para Fundações de Edifícios;

o NBR 8196 - Desenho Técnico – Emprego de Escalas;

o NBR 8403 - Aplicação de Linhas em Desenhos – Tipo de Linhas – Largura

das Linhas;

o NBR 8404 - Indicação do Estado de Superfícies em Desenhos Técnicos;

o NBR 10067 - Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico;

o NBR 10126 - Cotagem em Desenho Técnico;

o NBR 10647 - Desenho Técnico;

Page 156: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

155

Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e

Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;

Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;

Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.

3 ETAPAS DA EXECUÇÃO DO PROJETO

Consiste do detalhamento completo das fundações. Deverá conter de forma

clara e precisa todos os detalhes construtivos necessários à perfeita execução das

fundações.

Todos os detalhes, que interfiram com outros sistemas, deverão ser

elaborados em conjunto, de forma a estarem perfeitamente homogeneizados entre

si.

Sempre que possível, deverá ser utilizado o formato A1 para o detalhamento

do projeto.

O projeto de fundações deve ser constituído dos seguintes documentos:

Desenhos;

Memorial descritivo;

Memorial de cálculo.

Planilha de quantitativos de materiais e serviços

3.1 DESENHOS

Os desenhos devem incluir:

Planta de locação;

Desenhos para a execução das formas;

Desenhos para a execução de armaduras.

Sempre que possível, utilizar o formato A1 para a apresentação dos

desenhos.

3.1.1. Planta de locação

Page 157: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

156

A planta de locação deve ser referida ao sistema de coordenadas e/ou a

construção existente.

A planta de locação para estacas e tubulões deve conter os seguintes

elementos:

Tipo;

Seção transversal;

Armaduras das estacas ou tubulões em concreto;

Detalhes de emendas, quanto houver;

Cotas de arrasamento;

Capacidade de carga;

Cargas atuantes nas estacas ou tubulões, inclusive cargas horizontais e

de tração;

Numeração dos blocos e numeração das estacas ou tubulões por bloco;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

A planta de locação para fundações diretas deve conter os seguintes

elementos:

Cargas atuantes;

Pressão admissível no terreno;

Cota de assentamento das funções;

Localização de sondagens e ensaios geotécnicos;

Numeração dos elementos de fundação;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

3.1.2 Formas

Os desenhos de formas devem conter os seguintes elementos:

Resistência característica do concreto à compressão – fck;

Espessura do lastro de concreto estrutural e magro;

Volume de concreto estrutural e magro;

Área de formas;

Detalhes de juntas de dilatação e de retração, quando houver;

Page 158: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

157

Locação, quantidade e detalhes de fixação dos chumbadores e peças

embutidas no concreto, quando houver;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

3.1.3 Armaduras

Os desenhos de armaduras devem conter os seguintes elementos:

Tipos dos aços empregados;

Localização e detalhes de emendas;

Tabela de armadura;

Quadro resumo de armadura;

Cobrimento da armadura;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

3.2 MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo deve complementar as informações técnicas contidas

nos desenhos e conter os seguintes elementos:

Sumário;

Descrição do projeto;

Especificação dos materiais a serem empregados;

Recomendações para execução das fundações e respectivo controle;

Programação das provas de carga;

Recomendações para tratamento de proteção das fundações em meio

agressivo;

Outras informações necessárias para o perfeito entendimento do projeto.

3.2.1 Especificações das Fundações

Para a perfeita identificação dos materiais, equipamentos e serviços previstos

no projeto de fundações, as especificações deverão discriminas as características

necessárias e suficientes ao desempenho requerido.

Page 159: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

158

Além da definição das condições de acesso à obra, da indicação dos

cuidados com construções vizinhas e dos tratamentos a serem realizados nos

taludes de escavação, as especificações deverão conter, basicamente, as

características abaixo discriminadas, quando procedentes.

3.2.1.1 Fundações diretas

Local;

Tipo;

Método de escavação;

Método de rebaixamento do lençol freático;

Tensões admissíveis nas cotas de assentamento;

Características de compactação de eventuais aterros e reaterro.

3.2.1.2 Fundações profundas ou estacas

Local;

Tipo;

Método executivo;

Tipo de escavação para execução dos blocos de coroamento;

Método de rebaixamento do lençol freático;

Dimensões das estacas;

Carga de trabalho;

Materiais utilizados;

Sistemas auxiliares necessários para cravação das estacas;

Seqüência de operações de execução do estaqueamento;

Características físico-químicas dos elementos auxiliares para perfuração

(estacas escavadas);

Período de execução e intervalos de tempo máximos entre operações

sucessivas (escavação, limpeza e concretagem);

Tolerância quanto à locação, verticalidade e outras durante a execução ou

escavação da estaca;

Page 160: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

159

Freqüência de amostragem dos materiais componentes das estacas e

tipos de ensaios;

Condições de execução e quantidade das provas de carga em função do

volume de serviço;

Negas e critérios para sua determinação.

Para estacas pré-moldadas de concreto e estacas de aço:

Tipo de transporte;

Medidas de proteção;

Metodologia de carga e descarga;

Condições de armazenamento;

Identificação de lotes;

Relação de documentos necessários para p recebimento das estacas.

3.2.1.3. Fundações por tubulões

Local;

Tipo;

Método executivo;

Tipo de escavação para execução dos blocos de coroamento;

Método de rebaixamento do lençol freático;

Dimensões do tubulão;

Carga de trabalho;

Materiais utilizados;

Resistência do concreto (fck);

―slump‖;

Metodologia de escavação dos tubulões (céu aberto ou ar comprimido);

Características do revestimento ou camisa e respectivos cuidados

executivos;

Seqüência de execução dos tubulões;

Tolerância quanto à locação, verticalidade e outras, durante a execução;

Freqüência da amostragem dos materiais componentes do tubulão e tipos

de ensaios;

Page 161: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

160

Condições de execução e quantidade de provas de carga, em função do

volume de serviço.

3.3. MEMORIAL DE CÁLCULO

Deve ser apresentado de forma clara, legível, com a citação de códigos e

normas adotas, e assinado pelo profissional responsável pela elaboração do projeto.

Deve conter os seguintes elementos:

Descrição sumária do tipo de fundação e justificativa de sua adoção;

Hipóteses de carregamento (combinação de cargas);

Cargas adotadas e pressões admissíveis no solo;

Justificativa (cálculo) dos comprimentos adotados para estacas e tubulões,

nos casos em que sejam adotados esses tipos de fundação;

Cálculo estático e dimensionamento de concreto armado;

Outras informações necessárias para perfeito entendimento do projeto.

26.3 PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS E ÁGUAS FLUVIAIS

1 OBJETIVO

O presente memorial tem a finalidade de passar diretrizes sobre as formas

que serão apresentadas os projetos hidráulicos sanitários. Estes deverão apresentar

soluções de abastecimento, reserva e distribuição de água fria a para os sistemas de

coleta, condução e destinação de esgotos sanitários e águas pluviais.

As instalações deverão ser dimensionadas e projetadas com folga suficiente

para garantir o funcionamento dos sistemas com conforto, facilidade de manutenção

e segurança, prevendo inclusive um pequeno aumento da população de usuários,

entretanto, sem provocar grandes distorções de custos operacionais ou de limpeza e

manutenção.

O projeto deverá ser aprovado na SANEPAR – Companhia de Saneamento

do Paraná.

Page 162: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

161

Deverá também ser apresentado o orçamento quantitativo dos materiais a

serem utilizados para execução do projeto de instalações hidro-sanitárias e águas

pluviais.

O projeto de instalações hidro-sanitárias e águas pluviais deverá estar

compatibilizado com os demais projetos: arquitetônico, fundações, estrutural, elétrico

e outros necessários.

2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Os projetos devem atender a toda legislação específica nos níveis Federal,

Estadual e Municipal, assim como às normas das Concessionárias de Serviços

Públicos locais. No mesmo sentido, os projetos devem obedecer às normas técnicas

pertinentes da ABNT.

Normas ABNT:

o NBR 5626-98 – Instalações Prediais de Água Fria;

o NBR 8160-99 – Instalação Predial de Esgoto Sanitário;

o NBR 10844/89 – Instalações Prediais de águas Pluviais.

Códigos, Leis, Decretos, Portarias e Normas Federais, Estaduais e

Municipais, inclusive normas de concessionárias de serviços públicos;

Instruções e Resoluções dos Órgãos do Sistema CREA-CONFEA;

Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho.

3 ÁGUA FRIA E ÁGUA QUENTE

O projeto das instalações de água fria deverá possuir os seguintes elementos

mínimos:

Planta de situação da edificação das aduções (ramal de alimentação de

rede pública ou poço profundo).

Plantas de todos os pavimentos, com representação dos reservatórios

(cisterna e caixa d’água), barriletes, prumadas, ramais, redes e pontos de

consumo/atendimento, com especificações dos materiais e diâmetro das

tubulações.

Esquemas verticais das instalações (cortes).

Page 163: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

162

Detalhamento das áreas molhadas, com especificação genérica do nível

das peças utilizadas para ligação dos principais pontos de consumo (bacia

sanitária, mictório, lavatório, pia de cozinha, torneira de lavagem,

chuveiros, registros gerais, etc).

Detalhamento das instalações especiais, caso necessário, estação

redutora de pressão, filtros pressurizadores, etc.

Especificações para Suportes (material, tipo, dimensões e características

da fixação).

Esquema isométrico geral e/ou vistas de cada área molhada, com

indicação das cotas verticais horizontais e as características das

conexões, metais e válvulas (material, tipo e diâmetro nominais);

Planta de locação e dimensões dos furos necessários na estrutura em

concreto armado.

Especificações das Bombas Hidráulicas (tipo, vazão, altura manométrica

de sucção, recalque e total), conexões (união, registros, etc.) e

acionadores.

Especificações para aquecedor de água (tipo: elétrico, gás ou solar;

capacidade de acumulação, temperatura desejada, acessórios

necessários).

Especificações dos isolamentos térmicos (materiais, espessura, proteção

contra infiltração).

Memorial descritivo.

Quantitativo de materiais.

4 ESGOTO

O sistema de esgoto deverá obrigatoriamente seguir a filosofia do sistema

separado absoluto, ou seja, não será admitida a interligação com o sistema de

águas pluviais.

O Projeto deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:

Esquemas verticais das instalações (cortes), indicado os componentes

do sistema e suas interligações.

Page 164: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

163

Especificações para Suportes (material, tipo, dimensões e

características da fixação).

Especificação para Aparelhos e acessórios Sanitários (tipo e

classificação).

Plantas, em escala conveniente, dos ambientes sanitários, com a

indicação do encaminhamento das tubulações, prumadas, cotas

horizontais e características das conexões.

Detalhamento dos sistemas especiais, recalques, fossa séptica,

sumidouro, caixas de passagem, etc. (tipo, dimensões físicas e formas e

elementos componentes e acessórios), caso existam.

Planta de locação e dimensões dos furos necessários na estrutura em

concreto armado.

Especificações para Aparelhos e acessórios Sanitários (tipo e

classificações).

Memorial descritivo.

Quantitativo de materiais.

Deverão ser projetados, especificados e detalhados todos os dispositivos de

fixação, ancoragem e suspensão de tubulações.

5 ÀGUAS PLUVIAIS

As instalações do sistema de captação, condução e disposição das águas

pluviais deverão seguir a filosofia do sistema separador absoluto, ou seja, não será

admitida a interligação ou a interseção com o sistema de esgoto. Esse projeto

deverá incluir a solução de todas as drenagens que eventualmente se façam

necessárias na edificação e seu entorno,incluindo toda a área do lote onde será

construída a edificação.

Deverão ser projetados e especificados as captações, conduções e

disposições de águas de chuva incidentes sobre os telhados lajes

impermeabilizadas, terraços, floreiras e jardins (convenientemente separadas dos

sólidos por mantas permeáveis ou outros processo mecânicos).

Page 165: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

164

As caixas de passagem projetadas deverão estar localizadas dentro de

limites máximos de distância de forma a facilitar a limpeza e desentupimento das

tubulações.

A instalação deverá ser projetada considerando-se o índice pluviométrico da

localidade ou região próxima, tomando-se por base o período de retorno (T),

conforme o estabelecido abaixo:

T = 1 ano,para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser

tolerados;

T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;

T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou

extravasamento não possa ser tolerado.

O projeto deverá conter, no mínimo, os seguintes elementos:

Planta das calhas, rufos, condutores verticais e horizontais, com

especificações dos materiais, diâmetros, encaminhamento das

tubulações e características das conexões.

Especificações para Suportes (material, tipo, dimensões e

características da fixação).

Especificações das calhas (dimensões, formas, materiais, etc.) e

detalhamento da pintura (classificação da tinta, proteção, espessura da

película, demãos).

Esquemas verticais das instalações (cortes), indicando os

componentes do sistema e suas interligações.

Detalhamentos necessários à perfeita execução do projeto;

Planta de locação e dimensões dos furos necessários na estrutura em

concreto armado.

Memorial descritivo.

Quantitativo de materiais.

6 Memorial Descritivo

No memorial descritivo, de acordo com a lei nº 8.666/93, sobre Licitações e

Contratos administrativos, é vedado incluir especificação sem similaridades de

marcas, ou com características e especificações exclusivas no objeto da licitação, a

não ser quando for tecnicamente justificável, não se admitindo assim preferência por

Page 166: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

165

marcas. Assim sendo, as especificações devem ser bem detalhadas, incluindo as

exigências consideradas necessárias, mas tomando-se cuidado de não restringir a

competitividade da licitação. Recomendamos, então, que as especificações técnicas

sejam apresentadas de acordo com as exigências da lei, e quando a referência à

marca for imprescindível para caracterizar o que se pretende, esta deverá ser feita

com no mínimo 3 (três) marcas de referência, além da citação ou similar equivalente

dentro do mesmo padrão de qualidade.

O projeto deverá ser acompanhado de orientações quanto ao uso, operação e

conservação, de forma a não deixar dúvida e garantir um bom desempenho da obra

e dos equipamentos nela instalados. O memorial descritivo deverá conter no mínimo

os seguintes itens na ordem indicada a seguir:

Objeto com descrição sumária da obra (sinalização, dimensões, finalidade,

população beneficiada, etc.);

Sistema construtivo (justificativa e soluções adotadas);

Normalização;

Mobilização, instalação e desmobilização;

As especificações técnicas para cada projeto, na ordem apresentada neste

termo de referência, constando no mínimo de:

o Materiais a serem empregados;

o Aplicações dos materiais e cuidados especiais;

o Eventuais ensaios;

o Cuidados com manutenção;

o Descrição de acabamento;

Manuseio e armazenagem dos materiais.

26.4 PROJETO DE PREVENÇÕES E COMBATE AO INCÊNDIO

1 OBJETIVO

O presente memorial tem a finalidade de passar diretrizes sobre as formas

que serão apresentadas os projetos de prevenção contra incêndios.

Page 167: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

166

O projeto deverá ser elaborado levando-se em conta a garantia das condições

mínimas de segurança contra incêndio, no caso da ocorrência de algum sinistro,para

os ocupantes da unidade habitacional.

No caso de projetos com utilização de hidrantes, deverá ser dada preferência

para alimentação do sistema por gravidade pois isto elimina a utilização de conjunto

motobombas, bombas auxiliares, tanques de pressão, etc, conseqüentemente

dispensado sua manutenção.No caso da necessidade de utilização destes

equipamentos, discriminá-los e detalhá-los adequadamente em projeto.

O projeto deverá ser aprovado pelo CORPO DE BOMBEIRO DO ESTADO

DO PARANÁ.

Deverá também ser apresentado o orçamento quantitativo dos materiais a

serem utilizados para execução do projeto das instalações de prevenção contra

incêndios.

O projeto das instalações de prevenção contra incêndios deverá estar

compatibilizado com os demais projetos: arquitetônico, fundações, estrutural, hidro-

sanitárias e águas pluviais, elétrico e outros necessários.

2 EXIGÊNCIAS DO PROJETO

Os projetos de prevenção de incêndio deverão ser elaborados por profissional

habilitado e conformidade com as normas pertinentes da ABNT ou similares

contendo o seguinte:

Normas ABNT:

o NBR 5629 – Estruturas Ancoradas no Terreno – Ancoragens

Injetadas no terreno – Procedimento;

Planta de situação, na escala adequada, com:

o Todos os esclarecimentos necessários à interpretação inicial da

edificação indicando inclusive cotas e afastamentos;

o Posicionamento das fontes de suprimento d’água;

o Posicionamento do hidrante de recalque;

o Posicionamento da central de gás combustível (GLP,GN, etc);

Page 168: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

167

Plantas de todos os pavimentos na escala: 1:50, 1:75 ou 1:100, com:

o Denominação dos compartimentos;

o Demarcação do equipamento preventivo móvel e fixo;

o Reservatórios d’água;

o Central de gás combustível, com todos os elementos que indiquem

sua adequação às disposições deste código;

o Escadas e vias de abandono com todas as especificações

necessárias;

Planta de implantação geral do sistema de proteção por hidrantes, quando for

necessário, na escala adequada;

Corte esquemático ou isométrico do sistema de proteção por hidrantes, em

escala adequada, com as especificações necessárias;

o Colocação dos extintores;

o Abrigos para mangueiras;

o Hidrantes;

o Ligação da moto-bomba ao reservatório d’água, discriminando

todos os aparelhos e conexões utilizadas;

o Hidrante de recalque;

Detalhes da construção de central de gás combustível; (em escala

adequada).

Deverá ser informado o tipo de acionamento do motor da bomba elétrica

(se por botoeira do tipo ―liga-desliga‖ ou por sistema automático de fluxo).

Detalhes do sistema de ventilação forçada das escadas enclausuradas (se

utilizado).

Memorial descritivo.

Quantitativo de materiais.

3 Memorial Descritivo

No memorial descritivo, de acordo com a lei nº 8.666/93, sobre Licitações e

Contratos administrativos, é vedado incluir especificação sem similaridades de

marcas, ou com características e especificações exclusivas no objeto da licitação, a

não ser quando for tecnicamente justificável, não se admitindo assim preferência por

Page 169: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

168

marcas. Assim sendo, as especificações devem ser bem detalhadas, incluindo as

exigências consideradas necessárias, mas tomando-se cuidado de não restringir a

competitividade da licitação. Recomendamos, então, que as especificações técnicas

sejam apresentadas de acordo com as exigências da lei, e quando a referência à

marca for imprescindível para caracterizar o que se pretende, esta deverá ser feita

com no mínimo 3 (três) marcas de referência, além da citação ou similar equivalente

dentro do mesmo padrão de qualidade.

O projeto deverá ser acompanhado de orientações quanto ao uso, operação e

conservação, de forma a não deixar dúvida e garantir um bom desempenho da obra

e dos equipamentos nela instalados. O memorial descritivo deverá conter no mínimo

os seguintes itens na ordem indicada a seguir:

Objeto com descrição sumária da obra (sinalização, dimensões, finalidade,

população beneficiada, etc.);

Sistema construtivo (justificativa e soluções adotadas);

Normalização;

Mobilização, instalação e desmobilização;

As especificações técnicas para cada projeto, na ordem apresentada neste

termo de referência, constando no mínimo de:

o Materiais a serem empregados;

o Aplicações dos materiais e cuidados especiais;

o Eventuais ensaios;

o Cuidados com manutenção;

o Descrição de acabamento;

Manuseio e armazenagem dos materiais.

26.5 PROJETO ELÉTRICO-COMUNICAÇÃO-DADOS-ALARMES-SPDA

1 OBJETIVO

O objetivo das disposições técnicas que apresentamos, visa fixar as

condições para a elaboração e o fornecimento de projetos: elétricos, de lógica e

telefonia (comunicação e dados), para a execução de obras e serviços de

Page 170: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

169

engenharia a serem realizados no âmbito da Universidade Federal do Paraná -

UFPR.

2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ELÉTRICO / TELEFÔNICO

2.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

O projeto de instalações elétricas, de telecomunicações internas (telefonia,

centrais privadas de comutação telefônica, música ambiente, transmissão de dados

e outros serviços conectados à rede pública), de telecomunicações internas

(interfones, sinalizações internas, antenas coletivas ou outros serviços não

conectados à rede pública) e de pára-raios deverá obedecer:

Para a execução dos serviços devem ser seguidas as normas listadas abaixo, sendo

obrigatórias as normas da ABNT e os Manuais de Obras Públicas.

Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – ABNT NR 10:2004;

Execução de Instalações Elétricas de Baixa Tensão – ABNT NBR 5410:2004;

Iluminação de Interiores – ABNT NBR 5413:1992;

Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas – ABNT NBR 5419:2005;

Plugues e Tomadas até 20 A/250V-Padronização – ABNT NBR 14136:2002;

NBR IEC 60439-1/2003 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão –

Parte 1;

NBR IEC 60439-2/2004 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão –

Parte 2;

NBR IEC 60439-3/2004 - Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão –

Parte 3;

Regulamentação para Etiquetagem Voluntária de Nível de Eficiência Energética

de Edifícios Comerciais, de Serviços e Públicos – INMETRO/PROCEL;

Normas Técnicas de Rede de Telefone Interno da TELEBRÁS;

Manual de Tubulações Telefônicas e Redes Internas em Edificações;

Procedimento Básico / Elaboração de Projetos e de Cabeamento de

Telecomunicações – ABNT NBR 14565:2007.

Commercial Building Standard for Telecommunications Pathways and Spaces –

EIA / TIA 569;

Page 171: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

170

Commercial Building Telecommunications Wiring Standard – EIA / TIA 568-A;

Commercial Building Grounding / Bonding Requirements – EIA / TIA

607.DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS NO SISTEMA DE ENERGIA

Padrão Ethernet/IEEE 802.3

E ainda:

aos dispositivos legais Federal, Estadual e Municipal;

aos regulamentos das respectivas concessionárias;

às normas internacionais, na falta das correspondentes da ABNT;

aos critérios, instruções, recomendações e especificações da UFPR;

estar compatibilizado com os demais projetos especializados referentes

à mesma edificação;

2.2 ETAPAS DE ELABORAÇÃO

2.2.1 ESTUDO PRELIMINAR - representação gráfica da concepção dos projetos em

escalas adequadas e forma simplificada:

2.2.1.1. Dimensionamento da Demanda;

2.2.1.2. Definição da interligação a Prumada de Serviço;

2.2.1.3. Posição dos Quadros / Caixas de Passagem;

2.2.1.4. Marcação dos Pontos de Utilização;

2.2.1.5. Cálculo de Luminotécnica;

2.2.1.6. Iluminação de Emergência;

2.2.1.7. Sistema de Recepção de TV e Sistema de Segurança;

2.2.1.8. Antena / Entrada;

2.2.1.9. Estudo de Aeração ou Tratamento de Ar (Tipo / Local);

2.2.1.10. Análise dos Elementos Existentes e/ou Conhecidos

2.2.1.11. Encaminhamento ao Coordenador, para ser Analisado e depois

devolvido com as devidas Observações;

2.2.2. ANTEPROJETO - é a solução geral, possibilitando clara compreensão da

obra, em desenhos elaborados e em escalas convenientes;

2.2.2.1. Confirmação de Entradas, Prumadas;

2.2.2.2. Distribuição;

Page 172: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

171

2.2.2.3. Dimensionamento de Quadros e Caixas de Passagens;

2.2.2.4. Definição das Transições;

2.2.2.5. Dimensionamento de Dutos, Equipamentos e Suas Potências para

Tratamento de Ar;

2.2.2.6. Encaminhamento do Trabalho ao Coordenador, para ser analisado e

depois devolvido com as devidas Observações.

2.2.3. PROJETO EXECUTIVO (definitivo) - é o conjunto que irá complementar as

informações necessárias à licitação e a edificação da obra como um todo.

Deverá ser apresentado com: memorial descritivo, relação qualitativa e

quantitativa dos materiais empregados, em escalas adequadas, com os

detalhes necessários e suficientes para a perfeita compreensão na execução

da obra, e serem devidamente aprovados pelas respectivas concessionárias.

Compreende também a entrega, quando previsto do Orçamento Quantitativo

com preços dos materiais e serviços.

2.2.4. DESENHOS - a apresentação dos desenhos será de acordo com o item

―Representação Gráfica‖ do Caderno de Projetos.

3 DIRETRIZES PARA PROJETO ELÉTRICO / TELEFÔNICO

3.1 Requisitos

3.1.1. consulta às concessionárias;

3.1.2. projeto legal arquitetônico;

3.1.3. anteprojeto estrutural;

3.2. Parâmetros Técnicos de Projeto (no que couber ao projeto de reforma e

adequação a situação existente);

3.2.1. tipo de alimentação:

- alta tensão

- baixa tensão

- subterrânea

Page 173: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

172

3.2.2. pré-dimensionamento de:

- cabine

- seccionadora

- potência dos equipamentos

- tipo de iluminação

- sala do gerador

- sala de distribuição geral - prumadas / shafts

4 CHECK-LIST PARA PROJETO ELÉTRICO / TELEFÔNICO

4.1. Quadros

4.1.1. medição de bombas de incêndio;

4.1.2. medição geral;

4.1.3. quadros do edifício ( geral );

4.1.4. quadro do(s) elevador(es);

4.1.5. medição dos conjuntos ( quando for o caso );

4.1.6. quadros dos conjuntos;

4.1.7. quadros de áreas comuns dos pavimentos;

4.1.8. quadro detecção incêndio;

4.1.9. outros;

4.2. Quadros de Bombas

4.2.1. de recalque

4.2.2. de drenagem

4.2.3. de incêndio

4.2.4. outros

4.3. Pontos de Iluminação e Tomadas Comuns (quando a iluminação for conjugada

projetar quadro de comando )

4.3.1. no pavimento térreo

4.3.2. nos pavimentos 1 e 2

4.3.3. nos pavimentos 3 e 4

4.3.4. no pavimento tipo

Page 174: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

173

4.3.5. na escada enclausurada

4.3.6. acessos

4.3.7. no barrilete

4.4. Iluminação de Emergência

4.4.1. tipo

4.4.2. gerador

4.4.3. escada enclausurada

4.4.4. hall dos pavimentos

4.4.5. hall do térreo

4.4.6. elevadores

4.4.7. outros

4.5. Iluminação Programada

4.5.1. corredores

4.5.2. outros

4.6. Iluminação de Sinalização

4.6.1. de cobertura

4.6.2. de acesso de veículos

4.6.3. de circulações

4.7. Indicação de Portões Abertos

4.8. Interruptores

4.8.1. simples

4.8.2. em paralelo

4.8.3. outros

4.9. Tomadas (pontos específicos)

4.9.1. freezer

4.9.2. geladeira

4.9.3. fogão

4.9.4. torneira elétrica

Page 175: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

174

4.9.5. TV / som / vídeo

4.9.6. computador

4.9.7. chuveiro elétrico

4.9.8. outros

4.10. Energia Elétrica Específica para:

4.10.1. elevadores

4.10.2. alarme / segurança

4.10.3. circuito interno de TV

4.10.4. central de vídeo

4.10.5. fecho eletromagnético

4.10.6. vídeo porteiro

4.10.7. central privada de comutação telefônica

4.10.8. campainhas / cigarras (localização)

4.10.9. outros

4.11. Pára-Raios

4.11.1. captores

4.11.2. hastes

4.11.3. cabos de descidas

4.11.4. posição de descidas

4.11.5. aterramento

5 CHECK-LIST PARA PROJETO TELEFÔNICO / INTERFÔNICO

5.1. Telefone

5.1.1. central privada de comutação

5.1.2. pontos de telefone

5.1.3. telefone externo para portaria

5.1.4. telefone público

5.2. Interfone

5.2.1. central de interfone na portaria

5.2.2. porteiro eletrônico

5.2.3. fecho eletrônico

Page 176: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

175

5.2.4. pontos de interfone

5.2.5. outros

6 CHECK-LIST PARA PROJETO DE TV / VIDEO

6.1. TV à Cabo

6.2. TV Coletiva

6.3. Circuito Fechado de CFTV

6.4. Outros

7 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE INFRA-ESTRUTURA ELÉTRICA

PARA REDES LOCAIS DE COMPUTADORES

7.1 DISPOSIÇÕES GERAIS

O projeto de Infraestrutura elétrica para Redes Locais de Computadores,

incluindo o sistema de Cabeamento e Aterramento, devem ser projetados em estrito

atendimento as Normas Técnicas, visando garantir o perfeito funcionamento dos

componentes do sistema e a integridade física dos seus usuários e, deverá

obedecer:

ABNT - NBR 5410/90: Instalações Elétricas de Baixa Tensão

ABNT NBR 5444/86 - NBR 5446/80 - NBR 5453/85 - Simbologia Gráfica

COPEL - NTC 9-01100: Fornecimento em Tensão Secundária de

Distribuição

COPEL - NTC 9-01110: Atendimento a Edifícios de Uso Coletivo

Normas e Regulamentações do Corpo de Bombeiro, referentes à

segurança e combate a incêndios

Recomendações dos fabricantes quanto a instalação de seus

equipamentos

As instalações devem serem projetadas de forma a possibilitarem uma

certa reserva para acréscimo de cargas futuras e alguma flexibilidade para pequenas

alterações.

Page 177: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

176

Todos os pontos de utilização projetados, bem como os dispositivos de

manobra e proteção, deverão estar em locais perfeitamente acessíveis, que

permitam manobra adequada e eventuais manutenções.

7.2 DIMENSIONAMENTOS

7.2.1 Circuitos

a) O dimensionamento de um circuito, terminal ou de distribuição, deve seguir as

seguintes etapas:

a.1) Determinação da corrente de projeto

a.2) Escolha do tipo de condutor e sua maneira de instalar (escolha do tipo de

linha elétrica)

a.3) Determinação da seção pelo critério da "capacidade de condução de

corrente"

a.4) Verificação da seção pelo critério da "queda de tensão".

b) A seção dos condutores a ser adotada terá como resultado a maior seção

que atenda a todos os critérios acima, escolhendo-se o condutor padronizado

comercialmente, cuja seção seja igual ou superior à seção calculada.

c) No dimensionamento final dos circuitos, deverão ser levados em

consideração os fatores de correção da capacidade de corrente dos

condutores e também da queda de tensão verificada nos circuitos.

d) Cada circuito terminal deverá ter no máximo quatro tomadas de uso

específico e nunca exceder a 1200 VA, sendo uma fase, um neutro e um terra

com bitola mínima de 2,5 mm2.

e) Todos os circuitos deverão ser identificados, sendo gravado no espelho das

tomadas em baixo relevo com acabamento em massa de cor preta.

f) Para alimentação do equipamento No-Break e Rack’ s instalados na Sala de

Equipamentos ou em outros locais a serem definidos, deverá ser

disponibilizado dois circuitos independentes para cada um, sendo

considerado um como back-up.

Page 178: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

177

g) Quando da existência de Quadro de Distribuição Estabilizado, deverão ser

disponibilizados dois circuitos exclusivos para alimentação do rack, sendo um

considerado como back-up.

h) Todo circuito de distribuição ou terminal deve possuir proteção adequada,

através de disjuntores.

i) Os circuitos deverão ser acondicionados em canalizações apropriadas e

exclusivas, conforme item "3.6".

j) Para cada ponto lógico, deverão existir no mínimo, duas tomadas elétricas, ou

quantidade maior, quando especificado no corpo do objeto técnico do Edital

ou orientação do coordenador do projeto da UFPR-CCE. As tomadas deverão

ser em baquelite preto com contato de latão do tipo 2P+T 25A/250V NEMA 5-

15R, com haste metálica zincada inteiriça com aterramento na haste,

contendo parafusos externos na base.

k) Em rack's distribuídos, deverá ser disponibilizada duas tomadas elétricas, em

circuitos independentes.

l) As tomadas deverão ser instaladas em caixa tipo duto-pop 2" x 4" com

espelho padrão duto-pop ou Sistema "X", e serem ligadas com F+N+T

conforme desenho abaixo (vista frontal):

m) As tomadas elétricas para cada ponto deverão, preferencialmente, serem

instaladas em uma única caixa tipo duto-pop.

n) As caixas duto-pop ou sistema "X" deverão ser fixadas com no mínimo 2

(dois) parafusos tipo S-6.

Page 179: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

178

7.3 CONDUTORES

7.3.1. Todos os condutores deverão ser de cobre, flexíveis, com isolação de PVC,

podendo ser utilizado fio com revestimento ou cabos unipolares ou

multipolares.

7.3.2. As cores das isolações dos condutores devem ser as seguintes:

Fase: (A) vermelho (B) branco e (C) amarelo

Neutro: azul claro

Terra ou de proteção: verde ou verde raiado com amarelo

7.3.3. As seções dos condutores deverão obedecer o dimensionamento descrito nos

item 7.2.1. (―a" a ―d"), sendo que os valores mínimos são os seguintes:

Condutor fase: 2,5 mm2

Condutor neutro: deve possuir a mesma seção que os condutores fase.

Em nenhuma circunstância, o condutor neutro pode ser comum a vários

circuitos

Condutor de Proteção (PE - Protection to Earth): deve possuir a mesma

seção do condutor fase.

Observação importante: O condutor de proteção deverá ser próprio para cada

circuito e dependerá do esquema projetado de aterramento.

7.4 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO

7.4.1 Todos os circuitos deverão possuir proteção contra correntes de sobrecarga e

correntes de curtos-circuitos;

7.4.2. Os dispositivos de proteção devem ser dimensionados conforme a norma NBR

5410/90;

Page 180: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

179

7.4.3. Deverão ser utilizados disjuntores termomagnéticos (contra curtos-circuitos e

sobrecargas) e disjuntores diferenciais-residuais (proteção das pessoas

contra choques elétricos) ;

7.4.4. Os disjuntores termomagnéticos em caixa moldada de material isolante,

monopolares, bipolares ou tripolares, são usados para proteção e manobra de

circuitos terminais ou de distribuição, montados em quadros de distribuição

padronizados.

7.4.5. Os disjuntores termomagnéticos devem ser fabricados conforme a NBR 5361

ou padrão europeu;

7.4.6. Em cada quadro de distribuição ou terminal, deverá ser instalado um disjuntor

geral mais um disjuntor diferencial-residual (dispositivo DR);

7.4.7. Os dispositivos de proteção à corrente diferencial-residual devem ser

fornecidos em módulos acoplados elétrica e mecanicamente a disjuntores

termomagnéticos, constituindo um único dispositivo;

7.4.8. O dispositivo DR deve ser fabricado em caixa moldada, conforme as normas

NBR 5361, NBR 8176 e IEC 157-1;

7.4.9. A corrente diferencial-residual nominal de atuação do dispositivo (IN) deve ser

igual ou inferior a 0,03A (alta sensibilidade);

7.4.10. Os disjuntores serão identificados junto ao espelho do quadro, através de

plaquetas acrílica de identificação

8 QUADROS ELÉTRICOS

8.1. Os quadros elétricos de distribuição ou terminal, deverão ser compostos de:

disjuntor geral mais um dispositivo DR, mais dispositivo de supressão contra

surtos de tensão (DPS), barramento de interligação das fases, disjuntores dos

circuitos terminais, barramento de neutro, barramento de proteção (terra),

Page 181: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

180

estrutura (composta de caixa metálica, chapa de montagem dos componentes,

isoladores, tampa e sobretampa). Todos os barramentos devem ser de cobre

estanhado, isolados da carcaça.

8.2. Todos os quadros a instalar deverão ser do tipo sobrepor com porta e espelho.

8.3. As conexões nos barramentos dos quadros deverão ser feitas com conectores

ou bornes.

8.4. Deverá ser previsto dois quadros de distribuição, um para rede não estabilizada

e outra para pontos estabilizados via No-Break. Para No-Breaks de menos de

até 2 KVA não é necessário a instalação de um quadro estabilizado, caso em

que os equipamentos serão conectados diretamente às tomadas providas pelo

mesmo.

8.5.- Os quadros deverão ser dimensionados de maneira a acomodarem o disjuntor

geral mais o dispositivo DR, mais dispositivo de supressão contra surtos de

tensão (DPS), e os disjuntores dos circuitos que partem do quadro com uma

previsão de crescimento de 40% na quantidade dos circuitos. No circuito

estabilizado (no-break), deverá ser previsto a instalação de chave reversora de

3 posições.

8.6. A alimentação dos quadros para rede não estabilizada deverá ter origem do

quadro de distribuição geral da edificação, sendo protegido através de disjuntor

geral e seguindo as normas NBR 5410, sendo que o quadro de distribuição não

estabilizado alimentará o no-break e este o quadro de distribuição estabilizado.

8.7. Os quadros de distribuição e quadros terminais deverão ser localizados

preferencialmente em local onde a distância média dos seus circuitos seja a

menor possível e onde se concentram as maiores cargas.

8.8. Um quadro deverá atender somente aos circuitos existentes no mesmo

pavimento em que se encontra instalado.

Page 182: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

181

8.9. A localização dos quadros deve obedecer a critérios, tais como: facilidade de

acesso, funcionalidade e segurança.

8.10. Todos os quadros deverão possuir identificação externa na sua porta frontal,

através de plaqueta de metal ou plástico, colada.

8.11. Em seu interior, no espelho, deverá ser identificado os circuitos correspondente

a cada disjuntor, através de plaqueta de metal ou plástico, colada. O espelho

interno deverá ser em policarbonato, com dobradiças e fecho rápido. O chassi

dos quadros de distribuição deverão ser do tipo industrial e em cor laranja,

conforme NR 26 do Ministério do Trabalho.

8.12. O projeto deverá deixar explícito que o quadro de distribuição não poderá ser

fornecido pré-fabricado (comercializado no mercado), devendo o mesmo vir

montado de fábrica, conforme projetado.

9 SISTEMA DE ATERRAMENTO

Sistema de aterramento - é o conjunto de todos os condutores e peças

condutoras com os quais é constituído um aterramento

Ambiente de Aterramento: é o local onde serão instalados os eletrodos de

terra, que podem ser localizados em solos úmidos, de preferência junto ao lençol

freático evitando-se, entretanto, locais nos quais possam ocorrer substâncias

corrosivas. Caso seja em solo arenoso, calcáreo ou rochoso, onde houver

dificuldade de conseguir-se o mínimo da resistência ohmica estabelecida neste

documento, será necessária uma compensação por meio de maior distribuição de

eletrodos, todos interligados radialmente por meio de condutores que circundem a

edificação, formando uma rede de hastes.

9.1. Deverá ser utilizado como eletrodo de aterramento, haste de cobre tipo

copperweld, com diâmetro de 19 mm (3/4") e 3 (três) metros de comprimento.

Page 183: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

182

9.2. O condutor de aterramento que interliga as hastes deve ser de cobre nu, com

seção mínima de 50 mm2

9.3. Os eletrodos deverão estar interligados entre si através dos condutores de

aterramento, com solda tipo exotérmica

9.4. Cada eletrodo de aterramento deverá estar acomodado dentro de uma caixa de

inspeção de alvenaria nas dimensões 30x30x30 cm, com tampa removível de

concreto, devendo obrigatoriamente ser instalado um conector de medição.

9.5. O sistema de aterramento deverá possuir um poço de inspeção situado em local

acessível, combinado ao terminal de aterramento principal, desmontável com a

utilização de ferramenta mecânica, que tem por finalidade desligar o condutor

de aterramento e permitir a medição da resistência de aterramento do eletrodo.

9.6. A distância máxima entre os eletrodos de aterramento deve ser igual ao

comprimento da haste, normalmente 3 (três) m.

9.7. Os eletrodos e os condutores devem ficar afastados das fundações no mínimo

50 cm.

h) Caso exista qualquer outro aterramento, os mesmos deverão ser interligados com

cabo de seção igual a do cabo de maior seção encontrado em uma das

malhas, garantindo-se com isto a equipotencialidade do sistema.

9..8.- Caso exista qualquer outro aterramento, estes deverão ser interligados com

cabo de seção igual à malha de aterramento de maior seção. Isto garantirá a

equipotencialidade do sistema.

9.9.- Quando existirem diversas edificações com sistemas de aterramentos

individuais, interligadas através de cabos ópticos, não há necessidade de

interligação destes sistemas de aterramento.

Page 184: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

183

9.10.- Todas as massas (carcaças metálicas de quadros de distribuição, eletrodos

metálicos, rack, caixas telefônicas para patch panel, etc.) deverão ser

aterrados, com o objetivo de garantir a proteção contra contatos indiretos.

9.11.- O cabo de aterramento principal deverá ser de bitola igual a do neutro, saindo

de um barramento de terra isolado da carcaça do quadro de distribuição e

sendo conectado ao conector de medição, sem emendas e/ou derivações.

9.12.- Deverá ser instalado mais um cabo de aterramento (secundário) com bitola no

mínimo imediatamente inferior para aterramento das massas sendo conectado

na carcaça do Quadro de Distribuição e indo direto ao conector de medição

sem emendas.

9.13.- Os cabos de aterramento principal e secundário deverão ser protegidos

mecanicamente em todo o seu trajeto, que compreende desde o quadro de

distribuição até o conector de medição, através de canalização apropriada.

9.14.- Cada eletrodo de terra, deverá ter resistência ohmica não superior a 2,5 ohms,

devendo ser medido individualmente.

9.15.- A resistência do conjunto de eletrodos da malha não deverá ultrapassar a 10

ohms em qualquer época do ano, medida com solo seco.

9.16.- Caso a resistência individual seja superior à estabelecida, recomenda-se

aprofundar a haste, sendo efetuada uma emenda com solda exotérmica do tipo

haste-haste.

9.17.- Caso a resistência do conjunto seja superior à estabelecida, recomenda-se

aumentar a malha de aterramento, aumentando o número de hastes.

9.18.- O sistema do edifício deverá satisfazer o limite de 1 Volt rms de diferença de

potencial de terra e uma baixa resistência entre qualquer dois terras na rede.

10 CANALIZAÇÕES

Page 185: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

184

Os diversos tipos de condutos que podem ser utilizados para a passagem do

cabeamento interno aparente são: canaletas, eletrodutos, perfilados e eletrocalhas.

Para os condutos a serem instalados, deverá ser obedecido:

10.1. Deverá possuir um eixo primário de distribuição em perfilados ou eletrocalha,

quando possível, com descidas perpendiculares e derivações através de tubos,

canaletas, caixas e demais complementos em PVC. Estas descidas,

obrigatoriamente devem serem feitas em cantos de paredes.

10.2. O percurso das canalizações deverá ser o mais retilíneo possível e sempre

obedecendo a estética do ambiente.

10.3. O dimensionamento das canalizações deverá ser feito de forma a deixar 50%

de espaço livre, após a passagem de todo o cabeamento.

Page 186: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

185

10.4. Todas as canalizações devem ser adequadamente fixadas, através de fixações

apropriadas, de modo a constituírem um sistema de boa aparência e de

firmeza para suportar o peso dos cabos.

10.5. Todo o cabeamento deverá estar dentro de canalizações, não sendo permitido

cabeamento exposto.

10.6. Dentro de um mesmo trecho, não poderá passar outros cabos que não sejam

do sistema elétrico.

10.7. As canalizações para cabeamento lógico e elétrico, deverão ser planejadas de

maneira a ser evitado o cruzamentos entre elas.

10.8. Em situações onde não é possível evitar o cruzamento em ângulo de 90o,

deverá ser utilizado acessório tipo "desvio simples" ou "desvio duplo".

10.9. As canalizações não podem contornar portas e janelas.

10.10. As canalizações sempre devem ser perpendiculares ou paralelas ao piso.

10.11. Quando da necessidade de perfurar piso, laje e/ou paredes para a passagem

de canalizações, esta perfuração deverá ser feita do tamanho o mais próximo

do diâmetro da canalização. Qualquer perfuração maior, deverá ser

recomposta a superfície perfurada, com o mesmo material e cor.

10.12. O material das eletrocalhas e perfilados devem ser de aço galvanizado ou

esmaltado, ou de alumínio.

10.13. Eletrocalhas ou perfilados deverão ser fixados a uma distância do teto de pelo

menos 20 cm de sua parte superior. Não devem ser utilizadas eletrocalhas com

dimensões inferiores a 200 x 75 mm.

10.14. Todas as peças de eletrocalha e perfilados devem ser isentas de arestas

ponteagudas e demais obstáculos que possam danificar a isolação dos cabos.

Page 187: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

186

10.15. As canaletas a serem utilizadas devem ser de PVC não anti-chama, tendo

como ordem de preferência:

Canaleta de PVC 20x10 mm, cor bege, tipo Sistema X para alcançar pontos

elétricos em parede

Canaleta de PVC 50x20 mm, cor bege, tipo Sistema X, para passagem aparente

do cabeamento, conforme quantidade e cabeamento a passar

Canaleta de PVC 110x20 mm, cor bege, tipo Sistema X, para passagem

aparente do cabeamento, conforme quantidade e cabeamento a passar (onde

não for possível a utilização da canaleta 50x20 mm)

Canaleta de PVC 30x30 mm, cor cinza, para passagem aparente do

cabeamento, conforme quantidade e cabeamento a passar

Canaleta de PVC 80x50 mm, cor cinza, para passagem aparente do

cabeamento, conforme quantidade e cabeamento a passar

Canaleta de PVC 20x10 mm, cor cinza, duto-piso para alcançar pontos elétricos

em piso

10.16. As canaletas devem ser cortadas perpendicularmente ao eixo, retirando-se

cuidadosamente todas as rebarbas.

10.17. Para emendas, arremates e terminações de canaletas, deverá ser utilizado o

mata-juntas.

10.18. Os eletrodutos a serem instalados devem ser de PVC não propagante a

chamas, rígidos ou flexíveis, roscáveis ou soldáveis.

10.19. Caixas de derivação ou passagem devem ser utilizadas quando haja trechos

contínuos retilíneos de eletrodutos maiores que 15 metros, sendo que, nos

trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida de 3 (três) metros para

cada curva de 90o.

Page 188: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

187

10.20. Em cada trecho de eletroduto, entre duas caixas, podem ser previstas, no

máximo, três curvas de 90o. Em nenhuma hipótese, podem ser previstas

curvas com deflexão superior a 90o.

10.21. As caixas devem ser instaladas em lugares facilmente acessíveis e devem

ser providas de tampas.

10.22. Os eletrodutos flexíveis não podem ser emendados de forma alguma.

10.23. O sistema subterrâneo deverá prever no projeto, todo o cabeamento de infra-

estrutura, tai como: abertura, fechamento, acabamento do asfalto ou pavimento

existente (serviços de engenharia civil). Caso o meio ambiente seja danificado,

a empresa executora deverá refazer o serviço no sentido de sua recuperação.

11 DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE INTERCONEXÃO DE REDES LOCAIS

DE COMPUTADORES ATRAVÉS DE FIBRA ÓPTICA

11.1. Disposições Gerais

O projeto de Infraestrutura de Fibra-Ótica para Redes Locais de

Computadores, deve ser projetado em estrito atendimento a Norma Técnica EIA/TIA

568 e redes padrão ETHERNET, visando garantir o perfeito funcionamento dos

componentes do sistema.

Recomendações dos fabricantes quanto a instalação e conexão a

equipamentos.

As instalações devem serem projetadas de forma a possibilitar uma certa

reserva para acréscimo de ligações e conexões de pontos, permitindo flexibilidade

para alterações.

11.2. Requisitos Mínimos

Page 189: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

188

11.2.1. O cabo óptico a ser utilizado deve ser constituído por fibras ópticas do tipo

multimodo, com fibra de diâmetro de 62,5/125m, com revestimento primário

em acrilato e protegidas por tubo de material termoplástico, não propagante

à chama.

11.2.2. O comprimento de onda a ser utilizado para a potência óptica deve ser de

850 nm.

11.2.3. Cada cabo deve conter no mínimo 4 fibras (ou quantidade maior, quando

definido pela fiscalização da UFPR), todas elas devidamente conectadas

para uso imediato.

11.2.4. Para uso externo em canalizações subterrâneas (duto) ou aéreo espinado

em cabo, o cabo óptico deverá ser do tipo geleado, para evitar a

penetração de umidade. Quando for necessário passar cabo óptico aéreo,

deverá ser utilizado tipo auto-sustentável e geleado.

11.2.5. Em caso de previsão de passagem de cabo por postes da COPEL, deverá

ser indicado, a necessidade de ser obtida autorização expressa da

mesma, bem como respeitar suas normas.

11.2.6. Deverão ser indicados nos projetos a necessidade de ser providenciada

autorizações dos Órgãos competentes (por exemplo: Prefeitura Municipal),

se necessário, para execução quando da realização das obras.

11.2.7. Os cabos ópticos de uso externo não podem serem utilizados em ambientes

internos, podendo penetrar na edificação, somente até 15 metros para

atingir o DIO - Dispositivo Interno Óptico.

11.2.8. Para o caso de instalações cuja distância ultrapasse o especificado, deverá

ser ajustado, com a fiscalização da UFPR, a utilização de uma nova

localização para o DIO.

Page 190: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

189

11.2.9. Todo cabo óptico, instalado em locais acessíveis (rack, DIO, etc.) deverão

possuir etiquetas com tamanho mínimo de 2x5 cm de cor amarela,

identificando-o como cabo óptico.

11.2.10. A interligação entre os segmentos de rede deverá ser feita sempre através

de portas FOIRL padrão IEEE 802.3 10BaseF com conectores do tipo ST

ou porta AUI padrão IEEE 802.3 10Base5 com conector DB-15 FÊMEA

(adaptada conforme Item "k"), em equipamentos concentradores, em cada

um dos segmentos a interligar. No caso da inexistência destes tipos de

portas, poderão ser utilizadas outras.

11.2.11. Na conexão através de portas que não sejam as específicas para fibra

óptica, deverão ser utilizados transceivers para conversão daquele tipo

para porta FOIRL padrão IEEE 802.3 com conectores ST. Tal transceiver

deve permitir uma taxa de transmissão mínima de 10 Mbps (dez Mega bits

por segundo).

11.2.12. Em cada um dos segmentos de rede a interligar e junto ao equipamento,

que conterá a conexão com a fibra, deverá existir um painel de distribuição

para fibras ópticas (DIO), para rack de 19" ou de parede, com os seguintes

requisitos:

Capacidade de armazenar, no mínimo 6 conectores do tipo ST;

Manter um raio de curvatura mínimo da fibra óptica de no mínimo 30 mm

(milímetros);

Capacidade de armazenar no mínimo 1 metro de cabo de 6 fibras.

11.2.13. A conexão entre o DIO e as portas FOIRL padrão IEEE 802.3 10BaseF

deve ser feita através de cordão óptico duplex constituído por dois cordões

monofibra paralelos do tipo multimodo, com conectores do tipo ST nas

pontas.

11.2.14. Para conexões de fibra óptica que atenderão somente um ponto de rede,

poderá ser utilizado terminador óptico no lugar de DIO.

Page 191: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

190

11.2.15. O comprimento máximo do cabo de fibra óptica entre repetidores deve ser

de 2.000 m (dois mil metros).

11.2.16. Na utilização de tubulação subterrânea para a passagem de cabos ópticos,

o diâmetro desta tubulação deverá ser de 50 mm.

11.2.17.- Deve ser utilizado eletrodutos de PVC rígido ou eletrodutos corrugados

para canalização subterrânea.

11.2.18. O número máximo de curvas deve ser dois e estas não podem ter deflexão

acima de 90° .

11.2.19. O comprimento máximo do lance da tubulação é dado pela tabela a seguir:

Lances Comprimento Máximo

Retilíneos 60 metros

Com uma curva 50 metros

Com duas curvas 40 metros

11.2.20. Em caso de termos mais de 2 curvas ou um lance maior que o permitido,

deverá ser instalado caixas de passagem do tipo R1, com dimensões de

60x35x50 cm.

11.2.21. A canalização para a passagem de cabos ópticos tipo geleado não poderá

conter cabos elétricos.

11.2.22. Deverão ser observadas todas as normas e procedimentos da TELEBRÁS,

quando aplicáveis.

Page 192: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

191

11.2.23. Quando da necessidade de ser instalada tubulação para fibra óptica fixada

em paredes externas, deverá ser utilizada tubulação de ferro galvanizado,

a qual deverá ser devidamente aterrada.

11.2.24. Na junção da tubulação que desce/sobe do edifício e da tubulação

subterrânea, deverá ser instalada uma caixa R1.

11.2.25. Todo o cabeamento deverá estar dentro de canalizações, não sendo

permitido cabeamento exposto.

11.2.26. Quando da necessidade de perfurar piso, laje e/ou paredes para a

passagem de canalizações, esta perfuração deverá ser feita do tamanho o

mais próximo do diâmetro da canalização. Qualquer perfuração maior,

deverá ser recomposta a superfície perfurada, com o mesmo material e

cor.

11.2.27. Certificação do link óptico (testes de perda de potência óptica no link),

fornecidos pela empresa prestadora do serviço. Os testes deverão

apresentar um valor inferior a 4 dB/km.

11.3 Memorial Descritivo

No memorial descritivo, de acordo com a lei nº 8.666/93, sobre Licitações e

Contratos administrativos, é vedado incluir especificação sem similaridades de

marcas, ou com características e especificações exclusivas no objeto da licitação, a

não ser quando for tecnicamente justificável, não se admitindo assim preferência por

marcas. Assim sendo, as especificações devem ser bem detalhadas, incluindo as

exigências consideradas necessárias, mas tomando-se cuidado de não restringir a

competitividade da licitação. Recomendamos, então, que as especificações técnicas

sejam apresentadas de acordo com as exigências da lei, e quando a referência à

marca for imprescindível para caracterizar o que se pretende, esta deverá ser feita

com no mínimo 3 (três) marcas de referência, além da citação ou similar equivalente

dentro do mesmo padrão de qualidade.

Page 193: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

192

O projeto deverá ser acompanhado de orientações quanto ao uso, operação e

conservação, de forma a não deixar dúvida e garantir um bom desempenho da obra

e dos equipamentos nela instalados. O memorial descritivo deverá conter no mínimo

os seguintes itens na ordem indicada a seguir:

Objeto com descrição sumária da obra (sinalização, dimensões, finalidade,

população beneficiada, etc.);

Sistema construtivo (justificativa e soluções adotadas);

Normalização;

Mobilização, instalação e desmobilização;

As especificações técnicas para cada projeto, na ordem apresentada neste

termo de referência, constando no mínimo de:

o Materiais a serem empregados;

o Aplicações dos materiais e cuidados especiais;

o Eventuais ensaios;

o Cuidados com manutenção;

o Descrição de acabamento;

Manuseio e armazenagem dos materiais.

27- ORÇAMENTO QUANTITATIVO

27.1- De todos os projetos elaborados deverão ser apresentados uma Planilha de

Orçamento Quantitativo, levantando-se todas as quantidades de materiais e serviços

que deverão ser aplicados para a execução total da obra. A planilha de quantitativos

poderá ser individualizada por tipo de projeto (hidro-sanitário, elétrico, etc...), ou ser

única, compondo todos os projetos. Deverão compor a planilha de orçamento todos

os serviços pertinentes a execução dos serviços.

27.2.- Precisão no levantamento de quantitativos:

A CONTRATADA se obriga a proceder o levantamento de quantitativos para

a planilha orçamentária com um nível de precisão de 5% (cinco porcento), para mais

ou para menos, da quantidade real de materiais e serviços especificados nos

projetos executados, evitando-se ao máximo o ensejo de serviços extras na obra.

Page 194: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

193

Salvo para aqueles serviços que dependam: de provas de cargas, de limites a serem

atendidos ou que os dados para elaboração dos projetos não sejam abrangentes a

tal ponto de prever a realidade com a execução na obra (ex: cravação de estacas)

28.- ORÇAMENTO BASE PARA LICITAÇÃO E CRONOGRAMA FÍSICO-

FINANCEIRO

28.1.- Componentes

A elaboração do orçamento base, deverá incluir todos os projetos: projeto

arquitetônico completo, projeto estrutural e de fundações, projeto das instalações

hidrossanitárias, projeto das instalações elétricas e Sistemas de Proteção contra

Descargas Atmosféricas (SPDA), projeto das instalações de GLP, projeto das

instalações de telefonia e rede de dados (lógica), projeto das instalações de ar

condicionado e exaustão e Projeto de Prevenção e Combate contra Incêndio.

O Cronograma Físico – Financeiro, deverá ser desenvolvido para a

execução da obra em uma única etapa compreendendo a execução de todos os

projetos dentro de um ritmo normal de execução.

28.2.- Tabela de Referência

O orçamento deverá ser realizado baseado na tabela SINAPI de custos de

composições sintéticos dos serviços, disponível no site da Caixa Econômica Federal.

Segundo o texto da Lei 12309/2010 – LEI DE DIRETRIZES

ORÇAMENTÁRIAS, no seu artigo 127, está assim disposto:

Art. 127. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e

executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de

composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana

de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da

Page 195: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

194

Construção Civil – SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica

Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos

de Obras Rodoviárias – SICRO, excetuados os itens caracterizados como

montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

Nos casos em que o SINAPI não ofereça custos unitários de insumos ou

serviços, poderão ser adotados aqueles disponíveis em tabela de referência

formalmente aprovada por órgão ou entidade da administração pública federal,

deverá ser obedecido o seguinte:

§ 1o O disposto neste artigo não impede que a Administração Federal

desenvolva sistemas de referência de preços, aplicáveis no caso de

incompatibilidade de adoção daqueles de que trata o caput, devendo sua

necessidade ser demonstrada por justificação técnica elaborada pelo órgão

mantenedor do novo sistema, o qual deve ser aprovado pelo Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão e divulgado pela internet.

§ 2o Nos casos de itens não constantes dos sistemas de referência

mencionados neste artigo, o custo será apurado por meio de pesquisa de mercado e

justificado pela Administração.

§ 3o Na elaboração dos orçamentos de referência, serão adotadas variações locais

dos custos, desde que constantes do sistema de referência utilizado.

28.3.- Memória de Cálculo e Demonstrativo do BDI (Bonificação de Despesas

Indiretas)

O responsável técnico pelo orçamento base deverá apresentar Memória de

Cálculo das composições da Planilha Orçamentária. Além disso, deverá apresentar

uma planilha com o detalhamento da composição do BDI (Bonificações e Despesas

Page 196: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

195

Indiretas), com seus respectivos percentuais praticados, segundo a metodologia

preconizada pelo Acórdão 325/2007 do Tribunal de Contas da União (TCU). O valor

do BDI não pode ser arredondado, sugerindo-se que sejam apresentados com dois

algarismos significativos (ex.:BDI 22,34%).

§ 7o O preço de referência das obras e serviços de engenharia será aquele

resultante da composição do custo unitário direto do sistema utilizado, acrescido do

percentual de Benefícios e Despesas Indiretas – BDI, evidenciando em sua

composição, no mínimo:

I - taxa de rateio da administração central;

II - percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos

aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado;

III - taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento;

e

IV - taxa de lucro.

28.4- Documentação Comprobatória

O autor da planilha orçamentária deverá apresentar ART (Anotação de

Responsabilidade Técnica) referente à elaboração da mesma. Além disso, também

deverá apresentar declaração expressa quanto à compatibilidade dos quantitativos

da planilha orçamentária com os quantitativos dos projetos de engenharia e os

custos constantes na referida planilha com os custos do SINAPI.

§ 4o Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6º, inciso IX, da

Lei nº 8.666, de 1993, inclusive de suas eventuais alterações, a anotação de

responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias, as quais deverão ser

compatíveis com o projeto e os custos do sistema de referência, nos termos deste

artigo.

Page 197: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

196

28.5 - Apresentação do Orçamento Base

O responsável técnico pelo Orçamento Base, deverá informar no escopo da

Planilha Orçamentária e do Cronograma Físico-financeiro, os seguintes dados:

· Dados do Objeto a ser executado ( ex: Construção do Bloco XXXX)

· Endereço completo da obra

· Data de elaboração do documento (dd/mm/aaaa)

· Data base de consulta da Tabela do SINAPI

· Valor do BDI (%) praticado

Todos os documentos deverão ser identificados e assinados pelo

responsável técnico da elaboração do Orçamento Base. O modelo da planilha

orçamentária será disponibilizada à CONTRATADA.

Responsável.

Page 198: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

197

TERMO DE REFERÊNCIA 4

CONTRATAÇÃO DE OBRAS

1 OBJETO

Contratação de empresa para execução de obra do prédio XXXXX, com área

de XXXXX m², localizado no Campus XXXX, Rua XXXX, na cidade de Curitiba - PR,

conforme projetos e memorial descritivos constantes deste Termo de Referência.

2 OBEDIÊNCIA LEGAL

Lei 8.666 de 21.06.1993, com introdução e alterações das Leis 8.883/1994,

9.648/1998 e artigo 3º da Lei 12.349 de 15/12/2010 e com a Instrução Normativa nº

01-SLTI/MPOG, de 19 de janeiro de 2010, Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006,

Decreto 6204 de 05/09/2007 e Lei 11.488/2007.

3 JUSTIFICATIVA PARA INSERÇÃO DOS CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE

O Estado, no desempenho de suas atividades é também poluidor, na

emissão de gases de efeito estufa, e responsável pelo desperdício de recursos

ambientais, como água, energia e combustível, além de ser um potencial

consumidor de produtos que agridem o meio ambiente.

Nesse sentido, a administração deve buscar através de programas de

gestão pública socioambiental, modificar os padrões de produção e consumo nos

órgãos públicos, por meio de adoção de novos referenciais de desempenho e

atuação, pela inserção de variável socioambiental nas atividades diárias, gerando

economia de recursos públicos e fomentando a responsabilidade socioambiental nas

instituições públicas e privadas, através de novas práticas e procedimentos

sustentáveis visando ao consumo e à produção sustentável, contribuindo assim com

a redução na emissão de gases estufa.

Page 199: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

198

Desse modo, as licitações sustentáveis, assim como a coleta seletiva

solidária, a educação ambiental, o uso racional dos bens públicos, bem como a

promoção da melhoria do ambiente de trabalho, representam algumas das ações

desenvolvidas através destes programas. Um exemplo de inserção de uma gestão

pública socioambiental é o programa da Agenda Ambiental da Administração Pública

(A3P) desenvolvido por meio do Ministério do Meio Ambiente, ,que visa sensibilizar

os gestores para as questões socioambientais, promover a redução dos gastos

institucionais e contribuir para a revisão dos padrões de produção e consumo e

adoção de novos referenciais de sustentabilidade, no âmbito da Administração

Pública.

A fundamentação do gestor para a adoção de critérios de sustentabilidade

encontra-se amparada no disposto nos artigos 170 e 225 da Constituição Federal,

no artigo 2º Inciso I e artigo 9º da Lei 6.938/1981, artigo 3º da Lei 12.349 de

15/12/2010, artigo 3º da Lei nº 8.666/1993, Lei nº 12.187/2009, Instrução Normativa

nº 01/2010 SLTI/MPOG, regulamentando a utilização de critérios sustentáveis na

aquisição de bens e contratação de obras e serviços pelos órgãos do governo

federal.

4 ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

Deverá acontecer uma reunião inicial presencial, no ato da assinatura da

Ordem de Serviço, entre o(s) fiscal(ais) do projeto e todos os projetistas da

CONTRATADA. Após, deverão ocorrer reuniões pré-agendadas, no mínimo uma a

cada 30 dias, para esclarecimentos e verificação do desenvolvimento dos projetos,

com registro em ata, que será anexada ao processo. As reuniões deverão acontecer

na PCU, Centro Politécnico, em Curitiba, das 9h às 12h ou das 14h às 17h, de

segunda a sexta-feira, com a equipe de técnicos da PCU. O não comparecimento da

CONTRATADA às reuniões também será registrado e anexado ao processo e

deixará implícito de que não há dúvidas e nem atrasos por parte da mesma na

execução dos projetos.

Os técnicos da PCU efetuarão a fiscalização dos serviços, a qualquer

instante, solicitando da CONTRATADA, sempre que julgar conveniente, informações

do seu andamento, devendo esta prestar os esclarecimentos necessários e

Page 200: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

199

comunicar aos fiscais quaisquer fatos ou anormalidades que porventura possam

prejudicar o bom andamento ou o resultado final dos serviços.

Atos que descumpram qualquer cláusula deste contrato serão registrados no

processo e poderão originar Notificação à Contratada.

A ação ou omissão total ou parcial da fiscalização não eximirá a

CONTRATADA de total responsabilidade na execução dos serviços, com toda

cautela e boa técnica.

Fica estabelecido que o fiscal do contrato contará com equipe técnica para

acompanhamento dos serviços. Para isso, serão indicados três profissionais do

corpo técnico da Contratante, sendo:

Um profissional para a área de arquitetura e compatibilização

Um profissional para a área estrutural e hidráulica

Um profissional para a área de elétrica, lógica e telefonia

5 VISITA AO LOCAL DE EXECUÇÃO DA OBRA

É obrigatória a visita ao local da obra, por parte dos licitantes, antes da

apresentação de suas propostas. Todas as condições locais deverão ser

adequadamente observadas nesta visita, quando os licitantes deverão conhecer e

equacionar, mediante inspeção preliminar e coleta de informações, todos os dados e

elementos que possam vir a ter influência no desenvolvimento dos trabalhos, de

modo que não serão atendidas solicitações, durante os serviços, sob argumento de

falta de conhecimento das condições de trabalho ou de dados da especificação.

É necessária a entrega de uma declaração de que o licitante visitou o local e está

ciente de todas as dificuldades para execução dos serviços. A declaração será

vistada pelo fiscal no dia da visita.

6 PRAZO DE EXECUÇÃO

Os serviços deverão ser iniciados a partir da data da assinatura da Ordem de

Serviço. O prazo de execução dos serviços será de XXXXX dias corridos. Na

Page 201: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

200

contagem do prazo proposto para a conclusão total da obra, pedidos de prorrogação

somente serão considerados desde que justificados por escrito pela CONTRATADA

e aceitos pela equipe da PCU.

7 ACEITE DOS SERVIÇOS EXECUTADOS

Os serviços somente serão aceitos se estiverem de acordo com as normas

estabelecidas neste material, seus anexos e normas técnicas, de forma clara e

precisa.

A CONTRATADA fica legalmente responsável pelos serviços, mesmo após a

entrega da obra à PCU. Caso sejam constatados, durante a execução da obra,

falhas ou erros de projeto, fica a CONTRATADA obrigada a corrigi-los,

complementá-los e/ou fornecer detalhamentos adicionais necessários para a correta

execução da obra.

8 CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

8.1 A Contratada deverá utilizar materiais que sejam reciclados, reutilizados e

biodegradáveis, e que reduzam a necessidade de manutenção, conforme ABNT

NBR – 15448-1 e 15448-2;

8.1.1 Na execução da obra será obrigatório o uso de agregados reciclados

sempre que existir a oferta destes, capacidade de suprimento e custo

inferior em relação aos agregados naturais, bem como o fiel cumprimento

do PGRCC, sob pena de multa, estabelecendo, para efeito de

fiscalização, que todos os resíduos removidos deverão estar

acompanhados de Controle de Transporte de Resíduo, em conformidade

com as normas da Agência Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, ABNT

NBR n°s 15.112, 15.113, 15.114, 15.115 e 15.116, de 2004,

disponibilizando campo específico na planilha de composição dos custos.

Page 202: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

201

8.2 Comprovação de que o licitante adota práticas de desfazimento sustentável ou

reciclagem dos bens que forem inservíveis para o processo de reutilização.

8.3 Comprovação da origem da madeira a ser utilizada na execução da obra ou

serviço;

8.4 Que seja inserido na execução da obra o Projeto de Gerenciamento de Resíduo

de Construção Civil - PGRCC, nas condições determinadas pelo Conselho

Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, através da Resolução nº 307, de 5 de

julho de 2002, o qual deverá ser estruturado em conformidade com o modelo

especificado pelos órgãos competentes;

8.5 Deve ser priorizado o emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologias e

matérias-primas de origem local para execução, conservação e operação das

obras públicas;

8.6 Devem ser observados os requisitos ambientais para a obtenção de certificado

do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial –

INMETRO e as normas ISSO 14.000 da Organização Internacional para a

Padronização (International Organization for Standardizacion), como produtos

sustentáveis ou de menor impacto ambiental em relação aos seus similares;

8.7 Que os bens a serem utilizados na obra devam ser, preferencialmente,

acondicionados em embalagem individual adequada, com o menor volume

possível, que utilize materiais recicláveis, de forma a garantir a máxima proteção

durante o transporte e o armazenamento;

8.8 Que os bens não contenham substâncias perigosas em concentração acima da

recomendada na diretiva RoHS (Restriction of Certain Hazardous Substances),

tais como mercúrio (Hg), chumbo (Pb), cromo hexavalente (Cr(VI)), cádmio (Cd),

bifenil-polibromados (PBBs), éteres difenil-polibromados (PBDEs);

8.9 A comprovação do disposto neste artigo poderá ser feita mediante

apresentação de certificação emitida por instituição pública oficial ou instituição

credenciada, ou por qualquer outro meio de prova que ateste que o bem

fornecido cumpre com as exigências do edital;

8.10 Conforme prevê o Artigo 33 da nova lei de Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei no. 12.305, de 02 de agosto de 2010), ficam obrigados os

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a estruturar e

Page 203: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

202

implementar sistemas de LOGÍSTICA REVERSA3, mediante retorno dos

produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público

de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, de Produtos Perigosos,

tais como: Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros

produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas

as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou

regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do

Suasa, ou em normas técnicas; Pilhas e Baterias; Pneus; Óleos lubrificantes,

seus resíduos e embalagens; Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e

mercúrio e de luz mista; Produtos eletroeletrônicos e seus

componentes. Conforme citado no Parágrafo Primeiro, do mesmo artigo, serão

estendidos a produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou

de vidro, e aos demais produtos e embalagens, considerando, prioritariamente, o

grau e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos

gerados. Já, o Decreto Federal no. 7.404, de 23 de dezembro de 2010, cita no

Artigo 18 que os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos

produtos e embalagens supracitados, deverão estruturar e implementar sistemas

de logística reversa, mediante o retorno dos produtos e embalagens após o uso

pelo consumidor, ficando estes responsáveis pela realização da LOGÍSTICA

REVERSA¹.

9 Das Obrigações da Contratada

9.1 Tomar, ao longo da execução dos serviços contratados, todas as medidas

preventivas no sentido de informar à comunidade que possa ser influenciada

pela obra do seu cronograma e providências para minimização de impactos,

inclusive sobre as ações que serão tomadas para preservar a estabilidade e

segurança das edificações nas vizinhanças. Quaisquer reclamações ou danos

causados às mesmas ou a seus ocupantes serão de responsabilidade

exclusiva da Contratada, não cabendo ônus para a Contratante;

3 Logística reversa é o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de

ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

Page 204: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

203

9.2 A Contratada deverá encaminhar à fiscalização, conforme previsto no

Cronograma Físico-Financeiro, programação de aquisição de materiais e

equipamentos a serem aplicados na obra e demonstrar, à luz da referida

programação, a viabilidade de execução dos serviços no prazo pactuado com

a Administração e sua compatibilidade com o processo de certificação LEED;

9.3 Responsabilizar-se pelo pagamento de todas as despesas decorrentes da

execução dos serviços inclusive registros necessários junto ao CREA-PR. Os

pagamentos serão efetuados da forma definida no instrumento contratual, e

vinculados à entrega dos serviços pela Contratada, e sua aprovação pela

Contratante;

9.4 Responsabilizar-se por todo e qualquer prejuízo financeiro que a Contratante

venha a sofrer devido a erros ou incorreções na execução dos serviços

prestados, nos prazos previstos na legislação vigente, inclusive as

decorrentes de não conformidade por problemas na fase de comissionamento

da obra e posterior certificação;

9.5 Tomar todas as providências necessárias à fiel execução do contrato,

inclusive orientando seus sub-contratados e fornecedores a respeito de

procedimentos a serem seguidos para a obtenção da certificação LEED no

grau OURO;

9.6 Submeter à análise e aprovação formal da Contratante, o Plano de

Comissionamento do Edifício, seguindo o preconizado pela norma LEED,

conforme Cronograma Físico-Financeiro (Anexo);

9.7 Fornecer amostra e catálogos técnicos dos matérias e equipamentos

especificados, preferencialmente, em português;

9.8 Responsabilizar-se por quaisquer erros ou vícios identificados nos projetos e

não comunicados à fiscalização da Contratante;

9.9 Corrigir, sem ônus para a Contratante, em caso de imperfeição, erros, vícios

ou incoerências nos serviços contratados, dentro do prazo de execução da

obra;

9.10 Garantir que a execução da obra seja conduzida de modo que a edificação

esteja apta a obter a certificação pelos critérios LEED instituído pelo USGBC

– Inited States Green Building Council;

9.11 Verificar, anteriormente à execução dos serviços, a compatibilidade entre os

projetos recebidos, visando detectar problemas tais como de cotas, níveis

Page 205: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

204

interferências das instalações com elementos estruturais dentre outros,

devendo os problemas detectados serem apresentados à fiscalização da

Contratante;

9.12 Tomar todas as providências necessárias para que nenhuma ocorrência de

sua responsabilidade constitua ônus à Contratante e nem motive a ampliação

dos prazos contratuais;

9.13 Designar Engenheiro(s), Mestre(s) e Encarregados de Serviços para atuarem

profissionalmente na obra ora contratada, respeitando as premissas básicas

constantes, para que exerçam suas atividades, inclusive de fiscalizadores de

sub-contratados, de modo a não comprometer a certificação LEED;

9.14 Manter no canteiro de obra, o Diário de Obra, em três vias, rigorosamente em

dia, com os registros das alterações regularmente autorizadas;

9.15 Realizar todos os testes e ensaios de materiais, em conformidade com as

normas da ABNT e outros julgados necessários pela fiscalização;

9.16 Instalar, conforme o caso, barracões, escritório, placas e demais elementos

do canteiro de obra, cujo projeto será submetido à aprovação pela

Contratante;

9.17 Informar à Contratante, por escrito, no último dia de cada semana, sobre a

elaboração do plano de trabalho para a semana seguinte, do qual devem

constar os serviços que serão executados e os recursos humanos e materiais

que serão alocados no canteiro de obras em consonância, também, com a

programação de aquisição prevista no cronograma físico-financeiro;

9.18 Emitir relatórios semanais das atividades desenvolvidas e serviços

executados;

9.19 Não executar quaisquer serviços de relevância (concretagem das estruturas,

etc) sem a presença da fiscalização e do engenheiro residente ou

responsável técnico da Contratada;

9.20 Demolir e refazer os serviços impugnados pela Contratante, logo após o

conhecimento dos mesmos, os quais lhe serão informados, via Diário de Obra

e/ou fichas de recomendações, ficando por conta exclusiva da Contratada as

despesas decorrentes destas providências;

9.21 Manter, no canteiro de obra, um perfeito e ininterrupto serviço de vigilância

até a aceitação provisória das obras e serviços;

Page 206: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

205

9.22 Fornecer todos os materiais indispensáveis à boa execução da obra, de

acordo com as especificações técnicas e projetos, bem como o equipamento

mecânico e ferramental necessário;

9.23 Retirar do canteiro de obras, observado o critério LEED, no prazo de 48

(quarenta e oito) horas, os materiais rejeitados ou não especificados e

substituí-los, após a notificação, por escrito, da Contratante, não cabendo

escusar-se desta obrigação, alegando responsabilidade do fabricante;

9.24 Entregar atestados próprios de garantia dos equipamentos fornecidos, pelo

prazo mínimo de 2 (dois) anos, a contar da data do Termo de Recebimento

Definitivo, bem como dos serviços executados, os quais incluirão mão-de-

obra e substituição de peças ou materiais, desde que não fique comprovado o

uso inadequado por parte da Contratante;

9.25 Manter as áreas de trabalho continuamente limpas e desimpedidas,

observando o disposto na legislação, no critério LEED e nas normas relativas

à proteção ambiental;

9.26 Entregar o local do serviço ou da obra completamente limpo, devendo

remover os entulhos resultantes de sua execução, observando o disposto no

critério LEED;

9.27 Assumir as despesas referentes a transporte, carga, descarga e

movimentação de materiais, suas perdas e estocagem, dentro e fora do

canteiro de obras;

9.28 Cumprir a legislação e as normas relativas à segurança, higiene e medicina

do trabalho, diligenciando para que seus empregados e seus possíveis

subcontratados trabalhem com equipamento de proteção individual _ EPI, tais

como: capacetes, botas, luvas, capas, óculos, cintos e equipamentos

adequados para cada tipo de serviço. A Contratante poderá paralisar os

serviços enquanto tais empregados não estiverem protegidos. O ônus da

paralisação correrá por conta da Contratada, mantendo-se inalterados os

prazos contratados;

9.29 Responsabilizar-se pelo correto comportamento e eficiência de seus

empregados, podendo a fiscalização da Contratante, motivadamente, exigir a

retirada de qualquer pessoa do canteiro de obras, imediatamente, cuja

permanência naquele local seja considerada indesejável;

Page 207: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

206

9.30 Providenciar por sua conta todos os registros, licenças, autorizações e

franquias exigidos pela Lei ou Atos dos órgãos competentes, para a

realização da obra, tais como Alvará de Construção, Carta de Habite-se ou

Licenciamento Prévio;

9.31 Providenciar no prazo de 10 (dez) dias, contados da assinatura do contrato, a

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) no Conselho Regional de

Engenharia e Arquitetura do Paraná (CREA/PR), bem como o competente

registro no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

9.32 Arcar com todos os ônus e obrigações concernentes à legislação social,

trabalhista, previdenciária, tributária, fiscal, securitária comercial, civil e

criminal que se relacionem direta ou indiretamente com a obra, inclusive no

tocante a seus empregados, dirigentes, subcontratados e prepostos,

pagando, inclusive, as multas porventura impostas pelas autoridades, de tudo

dando ciência à Contratante;

9.33 Providenciar, quando for o caso, às suas custas, a execução de toda a

sinalização necessária, de acordo com as normas vigentes do Departamento

de Trânsito (DETRAN), ficando responsável por qualquer acidente que vier a

ocorrer em decorrência de sua falta;

9.34 Providenciar, também, as suas custas, no prazo de 10 (dez) dias da data do

início da obra, placa informativa, em tamanho aproximado de 2,5 m x 0,90 m,

com indicação da finalidade da obra e de que está sendo executada segundo

os critérios de sustentabilidade ambiental. Neste caso os dizeres serão

fornecidos pela Contratante.

9.35 Responsabilizar-se por quaisquer acidentes causados por caso furtuito ou

quaisquer outras causas que impliquem a destruição da obra em construção

até o seu recebimento pela Contratante;

9.36 Assumir a responsabilidade por todas as providências e obrigações

estabelecidas na legislação específica de acidentes do trabalho, quando, em

ocorrência da espécie, forem vítimas os seus empregados no desempenho

dos serviços ou em conexão com eles, ainda que acontecidos nas

dependências da Contratante.

9.37 Responsabilizar-se por qualquer dano causado à Contratante, a seus

prepostos ou a terceiros, provocados por ação ou omissão da Contratada, em

decorrência da execução dos serviços objeto deste Edital, não cabendo à

Page 208: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

207

Contratante, em nenhuma hipótese, responsabilidade por danos diretos,

indiretos ou lucros cessantes decorrentes;

9.38 Responsabilizar-se por qualquer ônus decorrente de possível chamamento da

Contratante em juízo, como litisconsorte, em ação trabalhista ou de reparação

civil em decorrência da execução dos serviços, ficando a Contratante, desde

já, autorizada a glosar, nas faturas, as importâncias estimadas com o

processo. A inadimplência com referência aos encargos estabelecidos neste

subitem não transfere à Contratante a responsabilidade por seu pagamento,

nem poderá onerar o objeto do contrato;

9.39 Assumir total responsabilidade pela execução de todos os serviços

constantes deste Edital, respondendo ainda pela perfeição, segurança,

qualidade e solidez dos serviços executados, até o prazo legal de 5 (cinco)

anos, nos termos do Artigo 618 do Código Civil, bem como pelos danos

causados aos prédios circunvizinhos, redes de infraestrutura, à via ou

logradouro público, ou a terceiros, e também pela execução das medidas

preventivas contra citados danos, em obediência rigorosa às exigências das

autoridades competentes, dispositivos legais ou regulamentares,

respondendo, ainda, por eventuais multas e acidentes ocasionados durante a

execução dos serviços;

9.40 Observar todas as leis, posturas e regulamentos referentes à obra e à

segurança pública;

9.41 Observar as leis, regulamentos e posturas exigidos pelo Conselho Regional

de Engenharia e Agronomia (CREA).

9.42 Executar os serviços e instalações complementares necessários à execução

da obra, tais como alojamento para os operários, sanitários, escritório,

tapumes, almoxarifado, depósito de matérias, montagens de torres e

guinchos, vedação do terreno, entre outros, observando o disposto no critério

LEED, submetendo à aprovação da fiscalização da Contratante os croquis;

9.43 Os materiais e equipamentos especificados estarão sempre sujeitos a exame

de similaridade e de compatibilidade com os critérios LEED, desde que este

seja formalmente aprovado pela Contratante. Caberá à Contratante a decisão

sobre eventuais pedidos pela Contratada, de substituição de materiais por

produtos similares, devendo esta, para tanto, recorrer a laboratórios

especializados;

Page 209: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

208

9.44 Diz-se que dois materiais ou equipamentos apresentam similaridade total ou

equivalência se desempenham idênticas funções construtivas e operacionais

e ainda apresentam as mesmas características técnicas;

9.45 Na eventualidade de uma equivalência, a substituição se processará dentro

da máxima similaridade possível, levando-se em conta a experiência de seu

uso e manutenção pela Contratante;

9.46 A decisão quanto à similaridade será da Contratante, por meio do seu corpo

técnico responsável pela fiscalização dos serviços contratados, para cada

caso efetivamente ocorrido;

9.47 As consultas sobre similaridade serão efetuadas, em tempo oportuno, pela

Contratada, não se admitindo que a desatenção a essa oportunidade sirva

para justificar o não cumprimento dos prazos estabelecidos na documentação

contratual;

9.48 A Contratada deverá submeter-se à aprovação da contratante catálogos e

amostras dos materiais e equipamentos passíveis de serem utilizados na

obra, antes de sua efetiva aquisição, devendo seu pessoal de suprimentos

estar atento ao cumprimento dos requisitos para a certificação LEED;

9.49 As amostras dos materiais aprovados pela Contratante serão cuidadosamente

conservadas no canteiro de obra, até o fim dos trabalhos, de forma a facultar

a verificação, a qualquer tempo, de sua perfeita correspondência com os

materiais fornecidos ou já empregados;

9.50 Verificar e comparar todos os desenhos fornecidos para a execução dos

serviços. No caso de falhas, erros, discrepâncias ou omissões, bem, ainda,

transgressões às Normas Técnicas, regulamentos ou posturas, caberá à

Contratada formular imediata comunicação escrita à Contratante, buscando o

imediato encaminhamento do assunto, de forma a evitar empecilhos ao

perfeito desenvolvimento da obra;

9.51 Antecipar sempre que possível a execução das etapas estabelecidas no

cronograma físico da obra, visando garantir o cumprimento dos prazos

estabelecidos, a fim de compensar, preventivamente, a ocorrência de

imprevistos que poderiam implicar atraso futuro de etapas especificadas de

serviços;

9.52 Alocar durante todo o período da execução da obra profissionais de nível

superior, com experiência comprovada em obras sendo, necessariamente, um

Page 210: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

209

deles com formação em Engenharia Civil, desde o início dos trabalhos, e

outro com formação em Engenharia Elétrica/Eletrônica ou Engenharia

Mecânica;

9.53 A comprovação de vínculo profissional se fará com a apresentação de cópia

da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) em que conste a

licitante como contratante, do contrato de trabalho devidamente registrado no

CREA da região competente, em que conste o profissional como responsável

técnico ou, ainda, de declaração de contratação futura do profissional, desde

que acompanhada de anuência do profissional;

9.54 Para todas as peças ou elementos que possuam repetitividade (esquadrias,

portas, painéis e etc), deverão ser montados 2 (dois) protótipos para

verificação e aprovação pela fiscalização da Contratante, para comprovação

da conformidade, estanqueidade, resistência e etc. Somente após a

aprovação formal da Contratante a Contratada poderá encomendar e liberar a

fabricação das peças ou elementos.

10 Outros Atendimento de Critérios de Sustentabilidade Ambiental

10.1 A Contratada deverá elaborar e implementar um Plano de Prevenção da

Poluição das Atividades da Construção que identifique e demonstre as

medidas provisórias e definitivas para controle da erosão no terreno, devido à

ação das chuvas, ventos e da movimentação de terra e equipamentos no

terreno, bem como de contenção dos sedimentos e das medidas para evitar

sua descarga nos corpos d’água (exemplos: proteção dos taludes temporários

contra erosão; gerenciamento da água de chuva por meio de captação e

drenagem; etc);

10.2 Elaborar medidas para controle de partículas em suspensão, como, por

exemplo, nas calçadas ao redor do empreendimento, na pavimentação dentro

do canteiro de obras, no interior da construção e onde mais existir resíduos

pulverulentos, os mesmos deverão ser umedecidos antes da varrição,

controle da entrada e saída de caminhões que transportam terra para que

suas caçambas sejam protegidas com lona;

10.3 Implementar um sistema de lava-rodas na saída do empreendimento;

Page 211: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

210

10.4 Para assegurar a conformidade, o plano será preparado de acordo com a

EPA 832 r 92005, publicado pelo U.S Environmental Protection Agency, setor

Nacional Pullutant Discharge Elimination System (NPDES);

10.5 O Plano de Prevenção da Poluição das Atividades da Construção deverá

obedecer aos requerimentos estabelecidos pela EPA - Constrution General

Permit e Normas Locais;

10.6 Visando à redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos

da construção, a Contratada deverá acatar a Resolução CONAMA 307/2002.

10.7 A Contratada deverá também explicitar em 5 (cinco) dias após o início dos

serviços sua Proposta Técnica a expectativa de tipos de resíduos e os

respectivos volumes para cada etapa de construção, bem como os

respectivos planos de gerenciamento, armazenagem, destinação e registro

para cada tipo de resíduo elencado e os que mais surgirem, de forma a

garantir que pelo menos 75% de todo o resíduo gerado durante a construção

seja reutilizado ou desviado de aterro e encaminhado para reciclagem. Essa

comprovação deverá ser feita através de documentação de transporte e

recebimento do material;

10.8 A Contratada deverá enviar, mensalmente, uma planilha à equipe

certificadora do projeto comprovando os seguintes dados:

a) Tipo de material desviado/reciclado dentro do seu código e classe;

b) Quantidade de resíduo/entulho da obra desviado/reciclado;

c) Empresa destinatária qualificada e autorizada pela Prefeitura;

d) Responsável pelo transporte às Usinas de Reciclagem, Cooperativas, etc;

e) Descrição dos materiais enviados para bota-foras e aterros;

f) Identificação e localização dos bota-foras/aterros, bem como o

responsável pelo respectivo transporte.

10.9 A Contratada deverá criar um plano de gerenciamento da qualidade ambiental

interna durante o período da construção, que esteja em conformidade com as

medidas de controle recomendadas pela Control Measures of the Sheet Metal

and Air Conditioning Contractors National Association (SMACNA) IAQ

Guidelines for Occupled Bulidings under Construction 1995 Chapter 3. Os

seguintes procedimentos deverão ser implementados:

a) O acionamento do sistema de ar condicionado não será permitido durante

a execução da obra. Caso seja necessário mantê-lo em funcionamento

Page 212: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

211

durante a fase de pré-ocupação ou durante atividades de reforma, deverá

ser protegido ou vedado o retorno ou lado da pressão negativa do sistema

de ar condicionado; caso não seja possível, serão utilizados filtros nas

grelhas de retorno do Arcom valor de eficiência mínima (MERV) iguala 8,

como determinado pela ASHRAE 52.22-1999.

b) Após o término das atividades de construção, porém antes da ocupação,

será realizada operação de flush-out, com tempo e tipo de filtros conforme

critério LEED. Após o flush-out, os filtros utilizados deverão ser

substituídos por novos, exceto aqueles que tenham processado apenas ar

externo, ou será conduzido um teste de qualidade do ar interno através de

procedimento consistente com a Protocol for Evironmental Requeriments,

Baseline IAQ and Materiais, for the Research Triangle Park Campus,

Section 01445, da US EPA, e observados por ela estabelecidos. OBS: Os

filtros para o flush-out poderão ser especificados com valor de eficiência

mínima de MERV 13, conforme critério LEED;

c) Deverá ser utilizado como recurso o temporamento das bocas de saídas

dos dutos de ar condicionado com material plástico perfeitamente vedado.

10.10 Realizar limpeza abrangente dos dutos e substituição dos filtros utilizados

nas fases de construção para assegurar que poeira e outros contaminantes

gerados durante a construção sejam removidos antes da ocupação do

edifício. Os dutos de insuflamento e retorno, equipamentos de ventilação e

plenums devem ser limpos antes dos testes de qualidade do ar interno, e

novamente, antes da aceitação da entrega da obra;

10.11 Proibição de fumo na obra. Estabelecer uma política que restrinja o fumo a

uma área de designação no canteiro, completamente ventilada e que não

venha a receber revestimentos absorventes. Implantar sinalização indicativa

do local designado;

10.12 Planejar a sequência de instalação dos materiais para a contaminação de

materiais porosos tais como isolamentos, carpets, forros e placas de gesso;

10.13 Proteger materiais armazenados no local e materiais que possam absorver

umidade e contaminantes. Os materiais porosos deverão ser protegidos com

lona plástica evitando que eles sejam contaminados;

Page 213: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

212

10.14 Todos os ambientes, à medida que finalizados, deverão estar protegidos por

fechamento do ambiente por porta com vedação temporária em suas frestas,

ou com proteção de lona plástica em locais que não possuem portas;

10.15 Durante atividades geradoras de poluição em espaços fechados sempre que

possível, ventilá-los diretamente para o exterior, para dissipar emissões de

materiais e acabamentos e proteger os trabalhadores de exposição a

substâncias tóxicas;

10.16 Criar controles, tais como agendamento de atividades de construção ao final

do dia, para ventilar durante a noite (quando o canteiro de obras e o entorno

estão desocupados);

10.17 A limpeza da construção durante a pré-ocupação deverá ser executada por

empresa especializada, que utilizará, além das ferramentas e equipamentos

tradicionais (vassouras, rodos, aspiradores de pó e sacos plásticos de lixo),

produtos de limpeza biodegradáveis;

10.18 Todos os materiais que possam emitir VOCs ou odores deverão ser isolados

e protegidos em recipientes fechados, evitando a contaminação do ambiente,

além disso, estes deverão ser armazenados em locais de grande ventilação;

10.19 Deverão ser solicitadas aos fornecedores destes produtos as fichas técnicas

de produtos considerados perigosos e identificá-los com etiquetas facilmente

visíveis, tomando cuidados especiais com esses produtos;

10.20 A impermeabilização, quando realizada internamente ao edifício, deverá

possuir liberação pela empresa de consultoria para a certificação LEED

quanto à escolha do material utilizado para análise dos índices de compostos

orgânicos voláteis. Essas informações deverão ser dadas à empresa de

consultoria para a certificação LEED, com 3 meses de antecedência à

aplicação;

10.21 Ventilar o edifício com quantidade significativa de ar externo durante e após

serviços de pintura e assegurar um flush-out completo antes da ocupação;

10.22 A contratada deverá utilizar sistemas e componentes hidráulicos com vazão

reduzida (eficientes), observando o disposto nos critérios LEED;

10.23 Ao utilizar espécies vegetais no paisagismo ou para controle de erosão, a

Contratada deverá utilizar espécies de baixo consumo de água;

Page 214: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

213

10.24 Preferencialmente, toda a água utilizada no canteiro de obras para a lavagem

de betoneiras de concreto usinado e para o lava-rodas deverá ser não

potável;

10.25 A Contratada deverá utilizar carpetes, adesivos, selantes, tintas e vernizes

com baixo índice de emissão de VOC’s, não ultrapassando os valores

máximos conforme orientação e aprovações da empresa de consultoria para

a certificação LEED. Adicionalmente, para estes produtos, deve-se registrar a

quantidade, os tipos de produtos utilizados e os locais de aplicação;

10.26 A Contratada deverá priorizar soluções técnicas e equipamentos com baixo

consumo de energia;

10.27 A seleção de materiais deve observar os itens abaixo:

a) Materiais devem apresentar a extração da matéria-prima e manufatura do

produto preferencialmente dentro de um raio de 800 km da obra;

b) Materiais, se possível, devem possuir em sua composição um percentual

de material reciclado (pré-consumo e/ou pós-consumo);

c) Madeira certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council), para madeira

estrutural, pisos, portas, acabamentos e móveis, isto é, para toda madeira

que permanecerá no prédio, após a construção;

d) Materiais rapidamente renováveis;

e) Materiais de reuso.

10.28 A contratada deverá criar um procedimento de consulta à empresa de

consultoria para a certificação LEED antes da aquisição dos materiais;

10.29 Treinamento dos subcontratados. A Contratada deverá treinar e alertar seus

subcontratados quanto às premissas de sustentabilidade, de forma a garantir

que estes atendam às metas estabelecidas pelo critério LEED.

10.30 A Contratada deverá cumprir integralmente os demais critérios exigidos pelo

LEED em relação aos serviços contratados.

11 Documentação Técnica

11.1 A Contratada deverá manter dois conjuntos de documentação técnica relativa

aos serviços a serem executados, incluindo o controle tecnológico de materiais

(concreto, aço, madeira e etc) e catálogos técnicos dos equipamentos a serem

Page 215: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

214

instalados; um conjunto ficará sob a guarda da Contratada no canteiro de obras

e outro em poder da Fiscalização e deverá, necessariamente, ter seu conteúdo

em conformidade com o cronograma físico-financeiro da obra;

11.2 Durante o processo de especificação e compra dos matériais, deverão ser

fornecidos à Fiscalização da Contratante:

a) Pedidos de compra;

b) Custos de mão-de-obra e custo efetivo dos matérias descritos,

separadamente;

c) Declaração, em papel timbrado, com assinatura do responsável, contendo

as seguintes informações: custo total do material, porcentagem de

conteúdo reciclado em relação ao peso total do material; porcentagem de

conteúdo regional (distância da extração e manufatura em relação à

localização da obra) em relação ao peso total do material; porcentagem de

conteúdo de material de reuso em relação ao pelo total do material;

d) Declaração, em papel timbrado, com assinatura do responsável

informando o custo total dos materiais rapidamente renováveis e a

porcentagem de conteúdo rapidamente renovável em relação ao peso total

do material;

e) Comprovação da certificação e percentual do conteúdo de madeira

através de certificado FSC.

11.3 A Contratada deverá manter, no canteiro de obras, 1 (um) conjunto de projeto

atualizado, devidamente plotado e na revisão mais atual;

11.4 O Fornecedor/instalador deverá comprovar que está devidamente treinado e

certificado pelo fabricante, e que está apto a instalar, dar suporte técnico e

repassar conhecimento sobre os componentes da solução instalada. Essa

comprovação deverá ser feita através de carta certificadora específica,

assinada e reconhecida firma pelo representante legal do fabricante. A referida

exigência se faz necessária pelo fato de que, se a empresa não possuir a

certificação exigida, não poderá oferecer a garantia estendida de 25 (vinte e

cinco) anos exigidas para a solução do cabeamento estruturado;

Page 216: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

215

11.5 Para as comprovações técnicas, o fornecedor/instalador deverá apresentar,

em catálogos ou em páginas (sites) da internet, oficiais do fabricante,

indicando as URL de onde as informações foram extraídas;

11.6 Caberá à Contratada o fornecimento de materiais, equipamentos, acessórios

e mão-de-obra para a realização de serviços, conforme estabelecido neste

Edital e Anexos;

11.7 Relativamente ao cabeamento estruturado, o fornecedor/instalador deverá

oferecer garantia estendida sobre o produto por 25 (vinte e cinco) anos contra

defeitos de fabricação para a solução de cabeamento. Essa garantia deverá

ser comprovada através de carta específica, assinada e reconhecida firma

pelo representante legal do fabricante.

Responsável

Page 217: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

216

APÊNDICE B

ROTEIRO DE LEVANTAMENTO DE DADOS

Page 218: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

217

QUADRO - GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

Texto: Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na

aquisição de bens, contratação de serviços ou obras, tendo como referência o

Decreto nº 5.940/2006 e a Instrução Normativa nº 01/2010, Secretaria de Logística e

Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Objetivo: Verificar se as aquisições de bens/produtos e contratações de obras e

serviços da Universidade Federal do Paraná são baseadas em critérios de

sustentabilidade ambiental nos respectivos processos licitatórios, tendo em vista o

impacto ambiental dos produtos e serviços adquiridos e de seus processos de

elaboração e prestação.

Estrutura da Informação: A informação é estruturada em forma de questionários de

modo a se obter da UFPR seu nível de concordância com cada item de afirmação,

sendo que a resposta deve ser indicada pela assinalação de um ―X‖ em uma escala

de 1 a 5.

Page 219: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

218

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5

1 A UFPR tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental

em suas licitações que levem em consideração os processos

de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos

e matérias primas.

Se houver concordância com a afirmação acima, quais

critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados?

Se não houver concordância, qual o motivo? Ainda não

conhece o suficiente a IN 01; para sua aplicação

necessita-se de treinamento.

X

2 Em uma análise das aquisições dos últimos 12 meses, os

produtos atualmente adquiridos pela unidade são produzidos

com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de

conteúdo reciclável.

Se houver concordância com a afirmação acima, quais os

produtos?

Apenas foi aplicado para aquisição de microcomputadores.

Se não houver concordância, qual o motivo? Não tem

segurança para aquisição de todos os produtos.

X

2 A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se

preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora bem

como por materiais que não prejudicam a natureza (ex.

produtos de limpeza biodegradáveis).

Se houver concordância com a afirmação acima, quais

critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados?

Se não houver concordância, qual o motivo? Ainda não

sabe como aplicar.

X

4 Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem

sido considerada a existência de certificação ambiental por

parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO),

como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de

produtos e serviços.

Se houver concordância com a afirmação acima, qual

certificação ambiental tem sido considerada nesses

procedimentos?

Para os processos licitatórios oriundos da Divisão de Gestão

Ambiental (DGA/PCU), relacionados a resíduos perigosos ou

de resíduos de serviços de saúde (RSS), são exigidas

autorização Ambiental e/ou Licença de Operação da

Empresa, tanto para o transporte de resíduos, bem como

para a empresa que recepciona os resíduos gerados pela

UFPR.

X

Page 220: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

219

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5

5 No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que

colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex:

torneiras automáticas, lâmpadas econômicas).

Se houver concordância com a afirmação acima, qual o

impacto da aquisição desses produtos sobre o consumo

de água e energia? Sempre há impacto pela redução tanto

de consumo quanto nos custos de água e energia elétrica.

Se não houver concordância, qual o motivo?

X

6 No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos

reciclados (ex: papel reciclado).

Se houver concordância com a afirmação acima, quais

foram os produtos adquiridos?

Para papel sulfite.

Se não houver concordância, qual o motivo?

X

7 No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores

mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam

combustíveis alternativos.

Se houver concordância com a afirmação acima, este

critério específico utilizado foi incluído no procedimento

licitatório?

X

8 Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos

passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil

e/ou recarga).

Se houver concordância com a afirmação acima, como

essa preferência tem sido manifestada nos

procedimentos licitatórios?

Refil de toners para impressora.

X

9 Para a aquisição de bens/produtos são levados em conta os

aspectos de durabilidade e a qualidade de tais bens/produtos.

Se não houver concordância como afirmativa acima, qual

o motivo?

Para aquisição de caixas coletoras de resíduo recicláveis.

X

Page 221: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

220

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5

10 Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e

serviços de engenharia, possuem exigências que levem à

economia da manutenção e operacionalização da edificação,

à redução do consumo de energia e água e à utilização de

tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.

Se houver concordância com a afirmativa acima, quais os

itens de sustentabilidade são exigidos?

Para os itens de lâmpadas fluorescentes, luminárias,

instalação de torneiras automáticas e reaproveitamento de

água da chuva.

Para outros itens necessitam de treinamento para melhor

aplicação.

X

11 Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis

descartados, bem como sua destinação, como referido no

Decreto nº 5.940/2006.

X

12 Nos últimos exercícios, a UFPR promoveu campanhas entre

os servidores visando a diminuir o consumo de água e

energia elétrica.

Se houver concordância com a afirmação acima, como se

procedeu a essa campanha (palestras, folders,

comunicações oficiais, etc.)?

Campanha por meio de folders e comunicação oficial

X

13 Nos últimos exercícios, a UFPR promoveu campanhas de

conscientização da necessidade de proteção do meio

ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para

os seus servidores.

Se houver concordância com a afirmação acima, como se

procedeu a essa campanha (palestras, folders,

comunicações oficiais, etc.)?

Palestras, comunicação oficial e incentivo à participação

de seminários e cursos pelos servidores envolvidos com

licitação.

Se não houver concordância, qual(s) o(s) motivo(s)?

X

Considerações Gerais

Page 222: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

221

Aspectos sobre a gestão ambiental Avaliação

Licitações Sustentáveis 1 2 3 4 5

LEGENDA Níveis de Avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é

integralmente não aplicado no contexto da UFPR. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é

parcialmente aplicado no contexto da UFPR, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do

fundamento descrito na afirmativa no contexto da UFPR. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é

parcialmente aplicado no contexto da UFPR, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é

integralmente aplicado no contexto da UFPR.

FONTE: Quadro adaptado para o presente trabalho a partir do modelo extraído da

Decisão Normativa (DN) nº 107, de 07/12/2010 do TCU, – Parte A do Anexo II, decorrente da Base Normativa – Portaria 277/2010 (Disponível em: <www.tcu.gov.br>)

ORIENTAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO QUADRO

Aspectos sobre a gestão ambiental: afirmações relacionadas às aquisições de

bens/produtos e serviços por meio de licitações sustentáveis sobre as quais a

unidade deve avaliar seu nível de concordância.

Avaliação: campo a ser assinalado com um ―X‖ pela unidade conforme seu nível de

concordância com a afirmação dada, levando em consideração a escala de

avaliação de 1 a 5, conforme legenda.

Observações:

Deverá ser assinalado apenas um ―X‖ para cada afirmação. As afirmações que

pedem informações complementares devem ser respondidas logo em seguida à

pergunta, dentro do próprio quadro.

No campo ―Considerações Gerais‖ deve ser informada a metodologia usada pela

UFPR para analisar os quesitos (se respondido individualmente ou por grupo de

pessoas; que áreas os respondentes representam, etc.).

No caso de relatório de gestão consolidado, o quadro deve ser preenchido

considerando o contexto da unidade consolidadora somente.

No caso de relatório agregado, o quadro deve ser preenchido pela Unidade

agregadora e pelas unidades agregadas, considerando os respectivos contextos.

Page 223: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

222

APÊNDICE C

ROTEIRO DE ENTREVISTAS

Page 224: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

223

APÊNDICE C.1

ATORES DA UFPR

1. O Senhor(a) conhece a existência da IN 01/2010, que estabelece os critérios de

sustentabilidade ambiental nas contratações públicas, que a administração

pública federal tem que cumprir?

2. Como o(a) Senhor(a) vê a importância dessa política pública na busca pela

sustentabilidade e a defesa do meio ambiente no país?

3. No caso específico da UFPR, as contratações de obras dentro desses critérios,

além da defesa do meio ambiente, atendem às necessidades acadêmicas e de

pesquisa?

4. Quais ações devem acontecer e quais as dificuldades na aplicação da Instrução

Normativa? (políticas?, infraestrutura?, qualificação dos atores envolvidos nos

processos de licitação? (etc).

5. Quais as ações desenvolvidas pela UFPR, no tocante aos processos de compras

e contratações de obras e serviços, dentro dos critérios de sustentabilidade

ambiental estabelecidos pela IN 01/2010?

6. Como o(a) Senhor(a) observa a prática dos procedimentos licitatórios com base

nas exigências da Instrução Normativa, e quais problemas poderão ser

enfrentados, com relação aos fornecedores?

7. O que atualmente dificulta a UFPR de aplicar a IN 01 para os processos

licitatórios sustentáveis?

8. Como o(a) Senhor(a) observa do ponto de vista econômico, as licitações

sustentáveis, considerando os recursos públicos?

9. Como tem sido a avaliação dos órgãos fiscalizadores de controle interno e

externo, com referência à Instrução Normativa para as licitações sustentáveis?

10. Existe a necessidade de participação de outros atores alheios à UFPR para o

sucesso dessa política pública?

Page 225: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

224

APÊNDICE C.2

Ator: (Chefe da Controladoria Geral da União - CGU)

1. Como as IFES tratam a aplicação da IN 01/2010?

2. Como o Tribunal de Contas da União ou até mesmo a CGU encaram essa

situação? E qual a política da CGU sobre isso?

3. Como a CGU trata com as Auditorias Internas das IFES, em relação à

fiscalização da observância da Instrução Normativa?

4. Na sua opinião, qual a relação da IN 01/2010 com a Lei 8.666/93?

Page 226: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

225

APÊNDICE D

RESULTADO DAS ENTREVISTAS

Page 227: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

226

Entrevistada 1: Diretora da Central de Compras

(Entrevista realizada em 02 mar. 2011)

1. Conhece a IN 01/2010;

2. Vê essa política pública como boa iniciativa do Governo Federal por ser a

Administração Pública um consumidor em potencial e que se preocupa com o

meio ambiente, e já deveria ter sido implantada há mais tempo;

3. Com referência à contratação de obras, não opinou;

4. O Ministério do Planejamento, o autor da edição da IN 01/2010, tem que

promover treinamentos para que a implantação da norma seja eficiente, pois

como está vê muitas dificuldades para estabelecer nos editais de licitação, assim

como nas aferições e fiscalização da execução dos contratos pelas empresas.

5. Essa nova Norma ainda não tem a aceitação devida pelos usuários dos bens.

Acredita que os mesmos ainda não estão preparados para aceitarem produtos

reciclados e/ou manufaturados (―produtos verdes‖);

6. Na parte das aquisições tem sido adquirido papel reciclado, mas, ainda, continua

comprando também os tradicionais;

7. No caso de compra de carteiras a última licitação, foi exigido, no edital de

licitação, que as empresas apresentem comprovação da procedência da

madeira, mas ainda não se exigiu para os demais móveis;

8. Com relação aos computadores, na ultima aquisição foram equipamentos

sustentáveis.

9. Nas licitações de serviços de limpeza, exige-se que os empregados das

empresas prestadoras de serviços tenham conhecimento de separação de lixo;

10. Quanto às práticas de procedimentos licitatórios, com base nas exigências da IN

01/2010, não vê maiores dificuldades, mas entende que o mercado não está

preparado para atender, principalmente as pequenas e micro-empresas, e

principalmente as aquisições até R$ 80.000,00 em que a licitação é exclusiva

para micros e pequenas empresas, conforme exigência da Lei Complementar nº

123/2006 – que estabelece tratamento diferenciado para estas nos processos

licitatórios. Poderão ser enfrentados problemas com impugnações de edital,

recursos ou até mesmo mandados judiciais por alegar restrição à participação.

Page 228: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

227

11. A dificuldade da UFPR em aplicar a Instrução Normativa reside na falta de

conhecimento da comunidade, entendimentos da Norma, treinamento e também

uma definição clara da política de gestão institucional;

12. Do ponto de vista econômico não há economia. Exemplifica o papel reciclado, o

seu custo é maior do que o tradicional. E no caso dos computadores verdes,

exigem-se materiais e componentes não agressivos ao meio ambiente e isso

custa mais caro;

13. Com referência às avaliações dos órgãos de controle interno e externo até agora

a UFPR não foi auditada;

14. Deve haver o envolvimento de outros atores externos, alheios à UFPR, desde o

governo através da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI) do

Ministério do Planejamento, as indústrias, os fornecedores e a comunidade

externa atuando como fiscalizadora e cobrando as ações devidas por parte da

Administração Pública. Inclusive todos os Governos Estaduais e Municipais

devem editar normas semelhantes de sustentabilidade ambiental;

Page 229: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

228

Entrevistada 2: Coordenadora da Central de Compras

(Entrevista realizada em 04 mar. 2011)

1. Conhece a IN 01/2010;

2. Trata-se de uma política muito importante para o equilíbrio do meio ambiente. Ela

vem trazer benefícios que possam contribuir para que se evitem catástrofes

ambientais (erosões, deslizamentos, etc) e o correto descarte de materiais tóxicos

dando um destino certo, de forma a não agredir o meio ambiente;

3. Na contratação de obras e serviços de engenharia, não sabe opinar;

4. Devem ocorrer ações o mais urgente possível por iniciativa da Administração

Central da UFPR, no sentido de que sejam dados condições de capacitação e aos

seus servidores para se adaptarem à nova Norma. Apesar de já terem sido

adquiridos produtos ―verdes‖, como: computadores, papel reciclado e toner para

impressora com embalagem reciclada, os fornecedores em geral, não estão

adaptados, faltam treinamentos aos servidores, e resistência a uma nova cultura,

entendendo esta a maior dificuldade;

5. São poucas as ações da UFPR no tocante a aplicação dos critérios de

sustentabilidade ambiental, trazidos pela IN 01/2010. Além de algumas compras

de produtos acima elencados, aliadas à promoção de eventos, tais como

palestras, seminários, fóruns e comunicados oficiais, não está sendo aplicada a

IN 2010 em sua plenitude;

6. A maioria dos fornecedores ainda não está adaptada para esse novo mercado de

produção de bens e prestação de serviços dentro dos critérios sustentáveis. Cita

o exemplo de uma licitação para aquisição de papel toalha, cujo processo foi

impugnado pelo fornecedor, por não poder fornecer o documento de regularidade

ambiental exigido no edital, obrigando a Comissão de licitação a cancelar o

processo e deflagrar nova licitação;

7. A dificuldade de aplicar a IN 01/2010, reside na falta de capacitação dos atores

envolvidos com os processos, principalmente a ausência de uma política maior

por parte da Administração Central da UFPR;

8. Os critérios de sustentabilidade ambiental nas aquisições de bens e demais

contratações, podem custar mais caro. A entrevistada cita o exemplo do papel

reciclado e das carteiras escolares que foram mais caros, dadas as exigências do

Page 230: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

229

edital. Mas, por outro lado, observa que para a aquisição dos cartuchos para

impressoras, o custo foi mais baixo;

9. Os órgãos fiscalizadores ainda não se manifestaram a respeito. Entende por ser

uma norma recente;

10. Participação de outros atores alheios à UFPR, tais como: a Secretaria do

Planejamento do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, mediante

promoção de treinamentos, encontros nacionais e regionais, etc., a exemplo do

que ocorreu em setembro de 2010 na cidade de Florianópolis – SC, bem como,

também, os fornecedores e a conscientização da comunidade como um todo,

nesse engajamento, para termos um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Page 231: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

230

Entrevistada 3: Presidente da Comissão de Licitação da Central de Compras

(entrevista realizada em 07 mar. 2011)

1. Conhece a IN 01/2011;

2. Essa política pública é merecedora de aplausos, em vista dos problemas

ambientais, pois é uma preocupação comum de todos os cidadãos que buscam

qualidade de vida para si e às gerações futuras;

3. Entende que as obras sustentáveis atendem às necessidades acadêmicas e de

pesquisas;

4. As ações necessitam de uma Unidade piloto, especializada em meio ambiente,

com o objetivo de instruir e orientar as Comissões de Licitação, visando ao

cumprimento das normas ambientais dos Órgãos reguladores e fiscalizadores,

como ANVISA, Agência Nacional das Águas (ANA), IBAMA entre outras.

Também falta uma política dos órgãos superiores da UFPR, especificamente

voltada às ações das Unidades envolvidas com as licitações, a fim de que estas

tenham todo um suporte e condições técnicas e com qualificações para aplicação

da Norma sustentável;

5. Até a presente data não existe manifestação formal ou determinação, acerca

das ações a serem desenvolvidas, exceto a Divisão de Gestão Ambiental da

Prefeitura da Cidade Universitária, com referência à separação de resíduos

recicláveis e não recicláveis e sua destinação, bem como a sua destinação,

inclusive nos processos licitatórios, referentes à ocupação dos espaços físicos

da UFPR, por terceiros (cantinas, restaurantes, reprografias, etc);

6. Como toda legislação nova, existe uma adaptação lenta e gradual do mercado.

Por isso, é possível que, em primeiro momento, haja, nas licitações,

impugnações e recursos de fornecedores por alegarem restrição à participação,

por necessidade de adaptação e reembolso financeiro, em face dos editais

exigirem documentos de certificação ambiental, entre outras exigências impostas

pela IN 01/2010. Assim como, também, os objetos a serem licitados, devam

conter características de sustentabilidade ambientais. Entende que hoje são

significativas as quantidades de fornecedores que dispõem de mão de obra ,

conhecimento e investimento no Setor. Exemplo são o Setor de confecção de

móveis e outros produtos do gênero.

Page 232: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

231

7. Entende que as dificuldades na aplicação da IN 01/2010 estão no fator cultural.

A resistência dos usuários e outros atores em adquirir produtos ou contratar

serviços sustentáveis, devido ao histórico de problemas relacionados à qualidade

dos produtos, que é um foco identificado em qualquer Instituição, devido ao seu

histórico de formação sócio-econômica, além do fato de que, também, muitos

usuários não sabem da existência dessa Norma;

8. Falta ao governo dar incentivos ao Setor de industrialização e do seguimento

de mercado, de sorte a tornar o produto final sustentável e mais barato. Hoje,

determinados produtos, com essas características, são mais caros, como é o

exemplo do papel sulfite reciclado, que nas últimas aquisições feitas pela UFPR

custou mais caro em relação ao tradicional;

9. Até a presente data não houve nenhum apontamento, seja da Auditoria Interna

da UFPR, como também dos órgãos de controle externo, com relação à não

aplicabilidade da IN 01/2010;

10. Na sua visão, a IN 01/2010 apresenta elementos subjetivos; poderia ser mais

pragmática, ou seja, uma Norma tecnicamente melhor explicativa. Entende que

há necessidade de o Órgão expedidor editar uma nova edição com caráter mais

técnico e regulamentativo, de forma a proporcionar melhor compreensão na sua

aplicabilidade.

Page 233: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

232

Entrevistado 4: Autoridade Ordenadora de Despesa – Pró-Reitor de

Administração da UFPR

(Entrevista realizada em 21 mar. 2011)

1. Sim, conheço;

2. De grande importância, dada a necessidade de estabelecimento de normas para

que toda sociedade que atua no setor público esteja conscientizada para a

questão do meio ambiente e a sua sustentabilidade. O processo de

conscientização é de prazo mais demorado, dado que a cultura ainda não

incorporou plenamente esta consciência ambiental. A legislação passa a ser

importante ferramenta no processo. Muito significativa essa política implantada

pela IN/01/2010.

3. As nossas contratações, à exceção de uma, ainda não contemplam totalmente os

critérios estabelecidos pela Normativa. Portanto, nossas contratações dependem

de adaptações para que haja o enquadramento que atenda às necessidades

acadêmicas e de pesquisa.

4. Como citado anteriormente, o processo ainda é muito incipiente. Para que

possamos estar prontos à total aplicabilidade da IN, há passos a serem vencidos,

iniciando-se pela capacitação do quadro de pessoal envolvido nas aquisições e

obras, para a interpretação da IN e a capilarização deste conhecimento ao longo

da cadeia de constituição de cada processo. Quanto à infraestrutura, após a

capacitação, ela naturalmente se estabelece e acredito ser parte de mais fácil

implementação. O ponto de relevância é sobre o estabelecimento da política, a

qual, em minha opinião, se reforça amplamente quando a cultura da sociedade

envolvida for sendo consolidada. Quanto mais conscientização, mais fácil se

implantará a Instrução Normativa.

5. Primeiramente o entendimento pelos agentes geradores das demandas da

importância da questão da sustentabilidade. Esse é o primeiro passo, ou seja,

divulgação ampla e disseminada quanto à existência desta necessidade legal.

Em seguida, estamos promovendo inúmeras discussões para as imediatas

adaptações dos editais de aquisições, serviços e obras.

6. A própria legislação regulatória dos processos licitatórios é ampla, exigente e

ainda gera inúmeros entendimentos, muitas vezes contraditórios. A

implementação de novos elementos nos instrumentos regulatórios sempre causa

Page 234: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

233

alguns contratempos para a consolidação de suas interpretações. Logo haverá

um tempo para que a grande maioria do contido na Instrução Normativa seja

absorvido. Tal situação sempre ocorre quando de novas legislações e

normativas. Cabe aos agentes públicos promover o aceleramento destas

interpretações. Já é discussão a nível nacional no Fórun de Pró-Reitores de

Administração e Planejamento (FORPLAD) as dificuldades que são enfrentadas

pela pouca ou nenhuma condição oferecida pelo conjunto de fornecedores.

Paralelamente à implementação das medidas nos editais, elas terão pouco

reflexo e praticidade, pois os fornecedores ainda não estão capacitados para o

enquadramento à nova legislação. É parte de nossa preocupação, com certeza.

7. Adaptação dos editais, aplicabilidade pelos agentes envolvidos nos processos de

aquisição de bens, de serviços e de obras e o preparo dos fornecedores.

8. É, como citado no item 6, ponto de discussão controverso. Naturalmente, com as

condicionantes de sustentabilidade e aplicação de novo regramento para

materiais, serviços e procedimentos, os custos desta obtenção serão maiores.

Apesar da legislação prever que os critérios de julgamento preverem estes itens

de sustentabilidade, haverá um natural confronto, promovendo controvérsias

quanto à definição dos licitantes vencedores dos certames. Prevê-se aumento

dos valores dispendidos com estas aquisições.

9. Tem havido uma inicial cobrança dos órgãos fiscalizadores, se podendo entender

que os mesmos compreendem as dificuldades de sua implementação.

Acreditamos que para os próximos períodos as cobranças serão maiores a

respeito.

10. Sem dúvida. A troca de informações com outros órgãos, assemelhados ou não

às IFES, é fundamental. Podemos sugerir também que os órgãos reguladores de

normas que afetam o cumprimento da IN, sejam partícipes deste processo, tais

como ABNT, ANVISA, CONAMA, etc.

Page 235: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

234

Entrevistada 5: Diretora da Divisão de Almoxarifado Central

(Entrevista4 realizada em 22 mar. 2011)

1. Sim, conheço;

2. Vejo como uma atitude necessária e positiva. Contávamos apenas com

iniciativas isoladas, por cidades/estados e municípios e/ou ONGs, com atividades

de separação do lixo reciclado e reaproveitamento de poucos itens pelas

indústrias. Agora temos uma instrução normativa, respaldada por leis, que

ampara as licitações sustentáveis, possibilitando aos gestores a compra, em

âmbito nacional, de produtos/materiais fabricados com matérias primas

ecologicamente corretas que não acarretem danos ao meio ambiente e,

consequentemente, à preservação da vida em diversos níveis.

3. Com relação a obras, não tenho conhecimento.

4. 1ª- Colocar em prática, na nossa própria Instituição, atitudes como a separação

dos resíduos recicláveis (Decreto nº 5.940/2006), de resíduos sólidos , de

redução no consumo de papéis, de energia, etc . De nada adianta fazermos

compras sustentáveis, se não existe uma política interna, que supervisione e

promova constantemente a conscientização. Diariamente testemunho a não

separação do lixo. Essas políticas internas devem atingir toda comunidade

acadêmica, inclusive limpeza e manutenção. Por exemplo, no contrato com as

empresas terceirizadas para limpeza e manutenção, colocar cláusulas que

obriguem a empresa a dar cursos/instruções a seus funcionários para a

separação do lixo na fonte geradora.

2º Utilizar canais dentro do âmbito da Instituição para informar que é possível

solicitar aos gestores de compras/licitações, a aquisição de bens, contratação de

serviços/obras com sustentabilidade ambiental. Um servidor docente pode, por

exemplo, ter consciência que precisa adquirir determinado produto

ecologicamente correto, mas não tem ciência de que existem leis que amparam

essa aquisição. Portanto, a falta de informação gera dificuldade na aplicação da

Instrução Normativa 01/10.

4 Transcrita na íntegra as respostas da atora.

Page 236: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

235

3º Vejo também necessidade de maior envolvimento, entrosamento e

qualificação dos atores no processo de licitação, a começar pela pessoa que faz

a descrição/especificação do produto, até a pessoa do pregoeiro. Não há que

ficar dúvidas aos fornecedores quanto ao produto pretendido.

5. Com relação a materiais, atualmente, a UFPR adquiriu apenas papel reciclado

para utilização em xerografia/impressão, etc. Brevemente, deveremos solicitar

aquisições conforme a IN 01/2010.

6. Como observação prática, acompanhei o processo licitatório do Instituto de

Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Pregão Eletrônico 03/2010), onde

havia lotes com 48 itens de material reciclado. Do total destes itens, 27 foram

frustrados com cancelamentos e/ou inexistência de proposta. Dos 21 restantes

que obtiveram êxito, 19 itens envolviam papel reciclado e 2 itens envolviam

madeira de reflorestamento. Dentre os itens frustrados, havia materiais de

plástico e polipropileno reciclados; copos descartáveis para água e café em

papel não parafinado. Então, conclui-se que a prática do procedimento licitatório

nos mostra um mercado não preparado para as exigências, ou, algum outro fator

desconhecido.

Um ponto a ser considerado em relação aos fornecedores, é que o poder de

compra do Estado é muito grande, chegando a 15% do PIB nacional. Se

considerarmos o tripé: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e

conservação do meio ambiente, este poder do Estado pode alavancar as

contratações sustentáveis, forçando o mercado a se adequar às novas

exigências, favorecendo assim o meio ambiente, como pode também promover o

desequilíbrio momentâneo e/ou sucessivas frustrações nas licitações

sustentáveis.

7. No caso do Almoxarifado Central da UFPR, em virtude da pressa na aquisição

dos materiais para estoque, em função da grande demanda, ainda não foram

adquiridos itens (exceto papel) com critérios de sustentabilidade ambiental, com

receio da frustração na licitação, e assim, faltar materiais para atender a

Instituição. Mas estamos trabalhando para que isso ocorra o mais breve possível.

Exceção aqui a várias tentativas frustradas de adquirir chá mate, produzido com

ervas cultivadas exclusivamente para este fim, sem o uso de agrotóxicos.

8. Do ponto de vista econômico, há que se observar que os recursos públicos

destinados a contratações sustentáveis terão redução de impacto econômico ao

Page 237: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

236

longo do tempo, pois estará contribuindo, por exemplo, para diminuição de

mudanças climáticas negativas, portanto, redução de gastos com catástrofes.

Como efeito ―cascata‖ das contratações públicas sustentáveis, haverá estímulo

com inovações tecnológicas, novas indústrias e, como conseqüência, maior

arrecadação; novos mercados; mais empregos, portanto redução da pobreza e

promoção de igualdade social.

9. Não tenho conhecimento se está havendo essa avaliação pelos órgãos de

controle externo.

10. Além da necessidade da participação dos atores da UFPR e das empresas

terceirizadas, há necessidade da participação mais expressiva do Estado. Há que

se promover mais Fóruns/Cursos no âmbito da administração pública, e também

promover a fiscalização do cumprimento das ações propostas na Instrução

Normativa 01/SLTI de 19 de janeiro de 2010.

Page 238: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

237

Entrevistado 6: Presidente da Comissão Permanente de Licitação de Obras e

serviços de Engenharia

(Entrevista realizada em 22 mar. 2011)

1. Sim, conhece;

2. Entende que essa política pública trará grande benefício, principalmente à futura

geração;

3. As obras sustentáveis irão atender plenamente às necessidades acadêmicas e

de pesquisa. Acredita que poderá haver algumas resistências de alguns,

acrescenta que tais obras trarão outros horizontes, que proporcionarão novas

pesquisas, em benefício acadêmico;

4. A administração central deve dar o primeiro passo à aplicação da Norma, mas

acha que suas ações irão esbarrar em um problema cultural e político, por

aqueles que podem impor resistência;

5. Nos editais atuais, já são exigidos certificados de regularidade ambiental, para os

equipamentos instalados nas obras, como ar condicionado, e nos serviços de

obras, a destinação final dos resíduos da construção civil. Já nos projetos

básicos, alguns não vêm com essas exigências, fazendo com que a Comissão

insira por iniciativa própria. Outros já constam, mas de maneira incompleta,

ensejando complementação. Atualmente, os projetos básicos já vêm detalhados,

mas ainda muito aquém dos critérios estabelecidos na IN 01/2010.

6. A prática dos procedimentos com base na Instrução Normativa, acredita, pode

gerar resistência dos fornecedores, para cumprimento das exigências do edital;

7. A dificuldade em aplicar a IN 01/2010, nos processos licitatórios, reside no

desconhecimento da sua totalidade da Norma, bem como a falta de treinamento,

pois os servidores envolvidos ainda não sabem como aplicá-la;

8. A aplicação dos critérios de sustentabilidade ambiental nas contratações,

certamente, irá encarecer o produto, ou as obras e serviços, no seu preço final,

mas, por outro lado, esse ―mais caro‖ irá se tornar mais barato ao longo do

tempo, pelos benefícios tanto econômico como social, por se tornar mais viável

para o meio ambiente;

9. Não tem conhecimento sobre manifestações dos órgãos de controle,

fiscalizadores das contas dos gestores;

Page 239: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

238

10. O envolvimento dos órgãos de controle do meio ambiente, bem como o Ministério

do Planejamento, Orçamento e Gestão, especificamente este deve envolver-se,

promovendo encontros e treinamento para que tenhamos sucesso na aplicação

da IN 01/2010.

Page 240: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

239

Entrevistada 7: Engenheira Arquiteta, Chefe da Divisão de Arquitetura da

Prefeitura da Cidade Universitária

(Entrevista realizada em 25 mar. 2011)

1. Conhece a IN 01/2011;

2. Vê essa política pública de suma importância, principalmente porque o setor

público é um grande consumidor de bens e serviços e pode ditar parâmetros de

sustentabilidade no mercado;

3. No quesito obras, entende que os critérios de sustentabilidade atendem

perfeitamente às necessidades acadêmicas e de pesquisa;

4. Ações de mudança de padrões dentro da UFPR, na exigência dos materiais de

construção e de procedimentos de obras, especificando já nos editais de

licitação. Entende que pode encontrar dificuldades nas empresas que constroem,

visto que irão impor uma certa resistência. Na UFPR existe grande abertura para

as inovações, no sentido de sustentabilidade. Além do mais tanto os arquitetos

como os engenheiros fiscais necessitam de treinamentos de como aplicar os

critérios estabelecidos pela IN 01/2010;

5. Com relação às obras e projetos básicos e executivos, tem muito que avançar. O

que está sendo exigido é o reaproveitamento e reuso de águas pluviais, madeira

de origem certificadas, colocação de lâmpadas eficientes e torneiras com

controle de fluxo da água. Exige-se também uma orientação solar da edificação,

de sorte a promover conforto térmico, sem necessidade de climatização artificial

quando possível;

6. Na sua avaliação, são poucos os fornecedores de materiais e procedimentos

sustentáveis, porém se a Administração Pública começar a exigir vai ditar novos

parâmetros de mercado, visto que esta é grande consumidora. No início vai

haver certa restrição de mercado, o que poderá haver impugnações e recursos

pelos fornecedores, mas que aos poucos o mercado vai se rendendo às novas

práticas de sustentabilidade. Também, o critério de menor preço inviabiliza as

empresas que são obrigadas a colocar materiais sustentáveis. Que tais

exigências devem constar no memorial descritivo e no edital de licitação.

7. A dificuldade da UFPR em aplicar a IN 01/2010 está na mudança de padrões

internos, o que ainda não ocorreu;

Page 241: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

240

8. Entende que as obras sustentáveis se tornarão mais caras, pela necessidade de

os fornecedores aplicarem material e procedimentos sustentáveis, mas, por outro

lado, o sistema de reuso da água da chuva, as torneiras com controle de fluxo,

bem como o sistema de iluminação econômica, irão proporcionar economia de

recursos públicos, o que pode compensar o que foi mais caro, mas o mais

importante é o benefício social.

9. Com relação às cobranças dos órgãos de controle interno não sabe responder.

10. Sempre existe a necessidade de participação dos fornecedores e principalmente

das Associações não governamentais. Também há o envolvimento direto do

Ministério de Planejamento para orientações e treinamento dos servidores, a fim

de garantir o sucesso na aplicação da IN 01/2010.

Page 242: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

241

ANEXOS

Page 243: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

242

ANEXO A

LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ÀS LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS

Leis Federais

Lei Federal nº 12.349/2010 – Altera as Leis nºs 6.666, de 21 de junho de 1993,

8.958, de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004, e revoga o § 1º

do art. 2º da Lei nº 11.273, de 6 de fevereiro de 2006.

Lei Federal nº 8.666/1993 – Regula o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,

institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras

providências.

Lei Federal nº 10.520/2002 – Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e

Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade

de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns e dá

outras providências.

Lei Federal nº 12.187/2009 – Institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima –

PNMC e dá outras providências.

Lei Federal nº 10.295/2001 – Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e

Uso Racional de Energia e dá outras providências.

Lei Federal nº 9.795/1999 – Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política

Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

Lei Federal nº 9.660/1998 – Dispõe sobre a substituição gradual da frota de veículos

e dá outras providências.

Projetos de Lei:

Projeto de Lei nº 1991/2007 - Institui a política nacional de resíduos sólidos e dá

outras providências.

Decretos:

Decreto Federal nº 5.940/2006 – Institui a separação dos resíduos recicláveis

descartados pelos órgãos e entidades da administração pública federal direta e

indireta, na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos

catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.

Page 244: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

243

Decreto Federal nº 4131/2002 – Dispõe sobre medidas emergenciais de redução do

consumo de energia elétrica no âmbito da Administração Pública Federal.

Decreto Federal nº 4.059/2001 – Regulamenta a Lei nº 10.295 de 17 de outubro de

2001, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de

Energia e dá outras providências.

Decreto Federal nº 2.783/1998 – Dispõe sobre proibição de aquisição de produtos

ou equipamentos que contenham ou façam uso das substâncias que destroem a

Camada de Ozônio – SDO, pelos órgãos e pelas entidades da Administração

Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras providências.

Decreto Federal nº 563/1992 – Institui o Programa Piloto para a Proteção das

Florestas Tropicais do Brasil e cria a Comissão de Coordenação.

Decreto Federal nº 99.658/1990 – Regulamenta, no âmbito da Administração Pública

Federal, o reaproveitamento, a movimentação, a alienação e outras formas de

desfazimento de material.

Decreto nº 48.138/2003 – institui medidas de redução de consumo e racionalização

de uso de água.

Instruções Normativas

Instrução Normativa nº 01/2010 – Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade

ambiental na aquisição de bens, contratação de serviços ou obras pela

Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional e dá outras

providências.

Portarias

Portaria nº 277/2010 – TCU – Dispõe sobre orientações às unidades jurisdicionadas

ao Tribunal quanto ao preenchimento dos conteúdos dos relatórios de gestão

referentes ao exercício de 2010, nos termos do art. 4º, § 3º da DN TCU nº 107/2010.

Portaria nº 02/2010-SLTI/MP – Dispõe sobre as especificações padrão de bens de

Tecnologias da Informação no âmbito da Administração Pública Federal direta,

autárquica e fundacional e dá outras providências.

Portaria nº 43/2009-MMA – Dispõe sobre a vedação ao Ministério do Meio Ambiente

e seus órgãos vinculados de utilização de qualquer tipo de abesto/amianto e dá

outras providências.

Page 245: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

244

Portaria nº 61/2008-MMA – Estabelece práticas de sustentabilidade ambiental a

serem observadas pelo Ministério do Meio Ambiente e suas entidades vinculadas

quando das compras públicas sustentáveis e dá outras providências

Resoluções

Resolução CONAMA nº 416/2009 – Dispõe sobre a prevenção à degradação

ambiental, causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente

adequada, e dá outras providências.

Resolução CONAMA nº 401/2008 – Estabelece os limites máximos de chumbo,

cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os

critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado e dá outras

providências.

Resolução Conama n° 378/2006 – Define os empreendimentos potencialmente

causadores de impacto ambiental nacional ou regional para fins do disposto no

inciso III, § 1o, art. 19 da Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e dá outras

providências.

Resolução CONAMA nº 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos

para a gestão dos resíduos da construção civil.

Resolução CONAMA nº 257/1999 – disciplina o descarte e o gerenciamento

adequado de pilhas e baterias usadas, no que tange a coleta, reutilização,

reciclagem, tratamento ou disposição final.

Resolução CONAMA nº 20/1994 – Institui o Selo Ruído, como forma de indicação do

nível de potência sonora, de uso obrigatório para aparelhos eletrodomésticos.

Normas

ABNT NBR nº 15.448-1:2007 – Embalagens plásticas degradáveis e/ou renováveis -

Parte 1: Terminologia Define os termos técnicos referentes a embalagens plásticas

degradáveis e/ou renováveis.

ABNT NBR nº 15.448-2:2008 – Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes

renováveis – Parte 2: Biodegradação e compostagem — Requisitos e métodos de

ensaio Especifica os requisitos e os métodos de ensaio para determinar a

compostabilidade de embalagens plásticas, visando à revalorização de resíduos

pós-consumo, por meio de apontamento das características de biodegradação

aeróbia seguida da desintegração e impacto no processo de compostagem.

Page 246: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo

245

ABNT NBR nº 15.112/2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos –

Áreas de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR nº 15.113/2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes

- Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR nº 15.114/2004 – Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de

reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR nº 15.115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da

construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos.

ABNT NBR nº 15.116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da

construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função

estrutural – Requisitos.

ABNT NBR ISO nº 14.050/2004 – Gestão ambiental – Vocabulário.

Page 247: UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE …siaibib01.univali.br/pdf/Jose Clovis Pereira Borges.pdf · O CASO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN ... Este trabalho realiza um estudo