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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HAB. COMÉRCIO EXTERIOR EVANDRO CARLOS SCHULTZ ANÁLISE DA DISTRIBUICÃO DO PRODUTO PÃO DE MEL COBERTURA DE CHOCOLATE NO PEQUENO VAREJO DA GRANDE FLORIANÓPOLIS. São José 2005

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO HAB. COMÉRCIO EXTERIOR

EVANDRO CARLOS SCHULTZ

ANÁLISE DA DISTRIBUICÃO DO PRODUTO PÃO DE MEL COBERTURA DE CHOCOLATE NO PEQUENO VAREJO DA

GRANDE FLORIANÓPOLIS.

São José 2005

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EVANDRO CARLOS SCHULTZ

ANÁLISE DA DISTRIBUICÃO DO PRODUTO PÃO DE MEL COBERTURA DE CHOCOLATE NO PEQUENO VAREJO DA

GRANDE FLORIANÓPOLIS

Trabalho de Conclusão de Curso

projeto de aplicação

apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de

Bacharel em Administração da Universidade do Vale do

Itajaí.

Professor Orientador: Prof. Antonio José Bicca

São José 2005

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EVANDRO CARLOS SCHULTZ

ANÁLISE DA DISTRIBUICÃO DO PRODUTO PÃO DE MEL COBERTURA DE CHOCOLATE NO PEQUENO VAREJO DA

GRANDE FLORIANÓPOLIS.

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração Habilitação Comércio Exterior da

Universidade do Vale do Itajaí, em [dia, mês e ano constante da ata de aprovação]

Prof (a) MSc. LUCIANA MERLIN BERVIAN Univali CE São José

Coordenador (a) do Curso

Banca Examinadora:

Prof. MSc ANTONIO JOSÉ BICCA Univali CE São José Professor Orientador

Prof MEng Geraldo Majela F. de Macedo Univali CE São José

Membro

Profª Dra. Gisela Müller Univali CE São José

Membro

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Dedico esta obra à Dona Clédis, minha

mãe, meu

maior mestre nesta caminhada chamada vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo caminho iluminado, minha maravilhosa mãe, a mais

linda, minha fonte de amor e bondade, briguenta às vezes; meu pai (in memoriam) em

um estágio maior, mas presente em orações; meus irmãos guerreiros por natureza,

especialmente ao Eigor e o Elcio, pois nunca duvidaram deste sonho; minha namorada

Jaline, seu carinho, paciência, ali que me refiro; ao amigo Lourival e família exemplos

de humildade e perseverança; aos mestres pela paciência, apoio e também pelas notas;

ao meu orientador sábio, humano, sincero, simplesmente o Bicca ; meus colegas e

grandes amigos Fernando, Letícia e Paulo, ombros companheiros e braços dados em

cada desafio; aos amigos Cláudio e Elaine por

abrirem meus olhos e dizerem: Você

pode.

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Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos

contrários.

Madre Paulina

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RESUMO

A utilização da logística no processo de tomada de decisões na administração de uma organização tornou-se uma ferramenta importante nos dias atuais. Questões relacionadas à distribuição de produtos, cumprimento de prazo de entrega e confiabilidade operacional em cenários econômicos instáveis, determinam que os administradores busquem equacionar os suprimentos de forma eficaz e eficiente. Desta forma, o presente trabalho objetivou analisar as condições operacionais da distribuição do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate, no pequeno varejo da grande Florianópolis, onde a Distribuidora Independência está encontrando dificuldades na distribuição horizontal deste item. Pelo método de pesquisa indutivo, adequado para o caso, porque parte de uma situação geral para aquela vivenciada na empresa, da pesquisa bibliográfica e documental, entrevista informal não estruturada com amostragem intencional, obtiveram-se as informações desejadas, facilitado pelo bom relacionamento existente entre o acadêmico com os entrevistados, vendedores da Distribuidora. O projeto de aplicação mostrou-se eficaz, pois a sugestão de fracionamento nas embalagens secundárias melhorou consideravelmente o resultado da venda do produto, aumentando o número de clientes positivados, diminuindo o índice de retorno em função do vencimento do mesmo e ainda servindo de modelo para outros produtos que apresentavam índices de insuficiência semelhantes na distribuição horizontal. Assim, o foco na distribuição regional poderá levar a indústria não só a aumentar volumes no pequeno varejo, mas também melhorar a credibilidade com os mesmos em relação aos seus produtos e serviços.

Palavras-chave: Logística. Distribuição. Varejo.

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ABSTRACT

The use of the logistic one in the process of taking of decisions in the administration of an organization became an important tool in the current days. Questions related to the distribution of products, fulfilment of delivery stated period and operational trustworthiness in unstable economic scenes, determine that the administrators search to equate suppliments of efficient and efficient form. Of this form, the present work objectified to analyze the operational conditions of the distribution of the product Bread of Honey Covering of Chocolate, in the small retail of the great Florianópolis, where Deliverering Independence is finding difficulties in the horizontal distribution of this item. For the inductive method of research, adjusted for the case, because it has left of a general for that one lived deeply in the company, of the bibliographical research and documentary situation, not structuralized informal interview with intentional sampling, the desired information had been gotten, facilitated for the good existing relationship enter the academic with the interviewed ones, selling of the Deliverer. The application project revealed efficient, therefore the suggestion of fracionamento in the secondary packings consideravelmente improved the result of venda of the product, increasing the number of positivados customers, diminishing the index of return in function of the expiration of exactly and still serving of model for other products that presented similar indices of insufficience in the horizontal distribution. Thus, the focus in the regional distribution will be able to take the industry to not only increase volumes in the small retail, but also to improve the credibility with same in relation

Key-words: Logistic. Distrribution. Retail.

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Lista de figuras

Figura 1: Cross Docking Simples ........................................................................... 15

Figura 2: Cross Docking Avançado ........................................................................ 15

Figura 3: Layout depósito ....................................................................................... 18

Figura 4: Modal Rodoviário.................................................................................... 22

Figura 5: Fluxograma de processo de distribuição.................................................. 32

Quadro 1: Vendas Pão de Mel coberturas............................................................... 34

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Lista de quadros

Quadro 1: Vendas Pão de Mel coberturas........................................................................... 34

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SUMÁRIO

Resumo .....................................................................................................................................................................vii

Abstract .................................................................................................................................................................. viii

Lista de ilustrações...................................................................................................................................................ix

Listas de tabelas.........................................................................................................................................................x

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................1

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .........................................................2

1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................2

1.2.1 OBJETIVO GERAL ...........................................................................................2

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................2

1.3 JUSTIFICATIVA .....................................................................................................3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .....................................................................................5

2.1 LOGÍSTICA .............................................................................................................5

2.1.1 HISTÓRICO DA LOGÍSTICA.................................................................................5

2.1.1 CONTEXTO DA LOGÍSTICA NA ADMINISTRAÇAO E O COMPORTAMENTO DOS

CONSUMIDORES .........................................................................................................8

2.2 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA.......................................................................................12

2.2.1 ARMAZENAGEM...........................................................................................12

2.2.2 ESTOQUE......................................................................................................18

2.2.3 PROCESSAMENTO DE PEDIDOS......................................................................20

2.2.4 SISTEMA DE TRANSPORTES ..........................................................................21

2.2.5 FRACIONAMENTO/CONSOLIDAÇÃO..............................................................23

2.2.7 EMBALAGEM................................................................................................25

3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO ..........................................................................................27

4 PESQUISA ........................................................................................................................30

4.1 EMPRESA ..............................................................................................................30

4.2 DESCRIÇÃO DOS DADOS ..................................................................................31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...........................................................................................35

REFERÊNCIAS......................................................................................................................38

ANEXOS..................................................................................................................................40

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1 INTRODUÇÃO

O ambiente competitivo em que as empresas estão inseridas muda continuamente e em

velocidade cada vez maior.

Anteriormente, acreditava-se que o adequado para uma empresa estava na orientação

de seus atos e decisões, que precisavam ser analisados e compreendidos antes de implementá-

los. Hoje, na era da informação, iniciada a partir da década de 90, houve a influência dos mais

variados fatores nas negociações, como a televisão, o telefone e o computador, já que as

organizações adquiriram a condição de atuar em tempo real, oferecendo bases para o

surgimento da globalização da economia, atrelada à liberação de mercados, causada por

forças oriundas da revolução científica e tecnológica. Redimensionaram-se, desta forma, as

modalidades de negócios praticados nos mais diversos setores (CHIAVENATO, 1991).

Evidenciou-se, a partir de então, a concorrência entre produtores e fornecedores de

serviços. A necessidade de ser competitivo existente nos mercados tem feito as indústrias

revisarem suas práticas, pois pressionadas podem utilizar canais de distribuição nem sempre

os mais indicados. A presença de atravessadores, sem comprometimento específico com uma

ou outra empresa, buscando sugar somente o melhor do negócio, é um destes indicativos. Para

fazer frente a este quadro desfavorável, as indústrias optam, por exemplo, por distribuidores

regionais, que têm a exclusividade da venda de determinados itens, para gerar, com essa

condição, um diferencial ao agregar valor aos produtos com serviços, pois qualidade e preço

costumam ser pressupostos no setor varejista.

Para o problema estudado, a distribuição do Pão de Mel, há necessidade de

fundamentar suas bases de distribuição no pequeno varejo, com um maior número de clientes

e fracionando sua embalagem. A partir desta prática, a utilização de uma logística adequada, a

pesquisa busca identificar se é possível atingir uma rentabilidade adequada, tanto para o

distribuidor como para a indústria, em uma determinada região, obtendo alguma vantagem

competitiva.

Segundo Ching (2001, p. 26),

[...] o tempo da logística está chegando e uma nova ordem das coisas está começando. Isto irá demandar ótima administração para que as empresas se tornem mais competitivas, tenham sistemas logísticos mais eficientes e eficazes, proporcionando melhor padrão de vida para todos e tornando-se, dessa forma, vital para a economia e para empresa como entidade individual.

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Desta forma, fica caracterizada a situação problema que será abordado no item

seguinte.

1.1 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA

A Distribuidora Independência trabalha com a exclusividade no pequeno varejo da

grande Florianópolis para comercialização dos produtos da ZADIMEL IND. COM. LTDA. A

mesma está encontrando dificuldades na distribuição horizontal do produto Pão de Mel

Cobertura de Chocolate. O problema fica aparentemente caracterizado como sendo na

distribuição, cabendo os seguintes questionamentos:

A dificuldade na venda do produto Pão de Mel está restrita à distribuição?

A melhoria na distribuição poderá incrementar as vendas?

1.2 OBJETIVOS

Para o desenvolvimento do presente trabalho, propõe-se os objetivos a seguir

relacionados;

1.2.1 Objetivo geral

Analisar o processo de distribuição do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate -

ZADIMEL, no pequeno varejo da grande Florianópolis.

1.2.2 Objetivos específicos

Descrever as características do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate;

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Descrever o processo logístico do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate

no pequeno varejo da grande Florianópolis;

Elaborar um fluxograma do processo de distribuição;

Identificar os gargalos do processo;

Propor alternativas.

1.3 JUSTIFICATIVA

Uma vez caracterizado o problema de pesquisa e definidos os objetivos do presente

trabalho, torna-se relevante justificar o porquê da sua realização.

A Distribuidora Independência Ltda. é uma empresa que atua no segmento de

comercialização de mercadorias em geral, adquirindo junto a diversas indústrias e

comercializando no pequeno varejo da grande Florianópolis. É administrada por seu líder

Lourival de Souza Junior, juntamente com 40 colaboradores, e busca sempre desenvolver um

diferencial, com o propósito de atender seu cliente de forma singular, satisfazendo os anseios

dos mesmos e aumentando sua margem de participação no mercado e de lucratividade. Um

dos seus objetivos é o desenvolvimento de uma mentalidade de distribuição horizontal em

determinadas indústrias.

Face ao exposto, a realização do trabalho, para a indústria e para o distribuidor, poderá

apresentar soluções para problemas ou dificuldades semelhantes enfrentados por outros

produtos, além do Pão de Mel, a partir da identificação dos gargalos do processo de

distribuição naquele mercado específico.

Sabe-se que a Logística trata de aspectos de suprimento de insumos, na distribuição,

na política de estocagem, nos meios de transportes utilizados e nas questões informacionais e

gerenciais, envolvendo uma análise sistêmica do produto em questão. Neste sentido, este

estudo poderá contribuir para um ganho de espaço no mercado, para aumento da

competitividade e da lucratividade, gerando crescimento na indústria e, consequentemente,

em todos os participantes da cadeia.

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O acadêmico terá a oportunidade de correlacionar as teorias aprendidas em sala de

aula com a prática no dia-a-dia da distribuidora e, principalmente, tendo a possibilidade de

analisar um problema específico e, ao mesmo tempo, propor alternativas de soluções.

Para a Instituição, o trabalho poderá ser uma fonte de consulta para outros acadêmicos

que se interessarem pela área pesquisada.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são abordados os principais conceitos sobre os tópicos que servirão

como base para o desenvolvimento deste trabalho.

2.1 LOGÍSTICA

A Logística empresarial vem sendo atualmente, uma das peças-chave na estratégia

competitiva das empresas. Por isso, o comércio e as atividades decorrentes da prática deste

passam a ter importância no contexto. É o que afirma Novaes (2001, p.1).

[...] o comércio envolve a troca de bens e serviços por dinheiro. Algumas vezes, a transação se faz sem a interveniência do dinheiro, ou seja, troca-se uma mercadoria ou serviço por outra coisa não-monetaria (escambo). Ao longo de toda a cadeia produtiva, o objetivo final e supremo do processo é o consumidor. Tradicionalmente, este se abastece a partir do varejo, que constitui o negócio final em um canal de comercialização de produtos, canal esse que liga aos consumidores finais. Os fabricantes adquirem matéria-prima e componentes dos fornecedores. Por sua vez, os fabricantes vendem seus produtos a atacadistas e/ ou a varejistas. Quando há atacadistas atuando no canal de comercialização, estes vendem os produtos aos varejistas. Os varejistas, por sua vez, compram os produtos diretamente dos fabricantes ou dos atacadistas e os vendem aos consumidores finais.

Entretanto, com a evolução da informação e com a expansão do comércio eletrônico,

as características das atividades logísticas vêm se alterando, impactando novas formas de

comercialização e principalmente nas variáveis que a compõe.

2.1.1 Histórico da Logística

A Logística era inicialmente identificada como uma atividade realizada pelos

militares. Somente a partir dos anos 50, é que a academia começou a se interessar por ela e a

fazer analogia entre as ações dos exércitos e das empresas. Surgiram os primeiros conceitos

que foram evoluindo até chegar àqueles utilizados na atualidade.

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Na sua origem, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter, sob suas ordens, uma equipe que providenciasse o deslocamento, na hora certa, de munição, víveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. Por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégica bélica e sem o prestigio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam quase sempre em silêncio. (NOVAES, 2001, p.31,32).

Da mesma forma que ocorre para os exércitos, conforme citado, a situação é

semelhante para as empresas, já que estas precisam transportar os seus produtos do local de

fabricação para os depósitos ou para as lojas de seus parceiros, além de ter de providenciar e

armazenar os insumos em quantidade suficiente para garantir os níveis de fabricação

planejados. Para Novaes (2001, p.32), essas operações eram antigamente consideradas

atividades de apoio, inevitáveis. Os executivos entendiam então que, no fundo, tais operações

não agregavam nenhum valor ao produto , sem maiores implicações estratégias e de geração

de negócios.

A evolução desta atividade trouxe agregação de valor de lugar, de tempo, de qualidade

e de informação à cadeia produtiva, eliminando, também, tudo o que não tenha valor para o

cliente. Como explica Novaes (2001, p.35), tudo que acarrete somente custos e perda de

tempo .

Esta é uma preocupação observada na economia brasileira, que apresenta atualmente

uma visão adequada ao padrão de comércio internacional, pela utilização de processos de

distribuição de produtos, respeitando a tendência à competitividade e expansão. Conforme

Moura (1998), em meio à diversidade e complexidade dos produtos, o processo logístico é um

fator determinante no comportamento de compra.

Como um fator de sucesso, sem levar em consideração o tamanho e as metas de uma empresa, a logística está cada vez mais assumindo uma posição central do pensamento e ação estratégicos. A eficiência de custo, orientação ao cliente e economia de tempo são somente algumas das muitas vantagens competitivas que os sistemas logísticos modernos podem oferecer. (MOURA, 1998, p.60).

As regras de mercado sofrem modificações com o passar do tempo e produtores

regionais podem se tornar fornecedores globais, espalhando a variedade de produtos e criando

uma nova política de preços e aumentando a disponibilidade de canais de distribuição,

proporcionando maiores opções de escolha entre os fornecedores diretos.

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A logística em si, já é algo presente desde o tempo de grandes guerras. Christopher

(2002, p.1) aponta que ao longo da história do homem, as guerras têm sido ganhas e perdidas

através do poder e da capacidade da logística

ou falta deles . Da mesma forma, em um

mercado competidor como é o ramo do mercado varejista, a importância da logística é

significativa.

Não só das guerras é que a logística era fundamentada. A trajetória da história da

logística é abordada por Ballou (2001, p. 19) que:

[...] na antiguidade, as mercadorias que as pessoas desejavam não eram produzidas onde elas gostariam de consumi-las ou não eram acessíveis quando as desejavam. [...] Entretanto, devido à ausência de um sistema de transporte bem-desenvolvido e de sistemas de armazenagem, o movimento de mercadorias era limitado ao que um indivíduo podia transportar, e a armazenagem de perecíveis era possível apenas por um curto período de tempo.

A Logística, segundo Daskin (1985 apud NOVAES, 2001), é o processo de

planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para

que insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e temporais de forma econômica.

Outro conceito trata como sendo o controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de

matéria-prima, do estoque em processo, produtos acabados e informações relativas desde o

ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender as exigências dos

clientes . (BALLOU, 2001, p. 21).

Os autores Bowersox e Closs (2001, p.13 e 14) definem ainda que:

[...] a logística empresarial inclui todas as atividades de movimentação de produtos e a transferência de informações de, para e entre participantes de uma cadeia de suprimento. A cadeia de suprimento constitui uma estrutura lógica para que as empresas e seus fornecedores trabalhem em conjunto para levar produtos, serviços e informações, de maneira eficiente, aos consumidores finais.

Conforme exposto, a logística visa tornar disponíveis produtos e serviços no local

onde são necessários, no momento em que são desejados.

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2.1.2. O contexto da logística na administração e o comportamento dos consumidores

Atualmente, observa-se que o perfil dos consumidores está bastante diferenciado,

longe daquele de desinformação, da passividade e do conformismo que marcavam as

negociações no passado. Identifica-se a necessidade de uma perfeita sintonia com os

fornecedores e os próprios consumidores finais, o que significa comprar a quantidade correta,

na data prevista, atendendo às necessidades e aos anseios do mercado consumidor.

As relações interpessoais, conforme Novaes (2001, p.11), no comércio, não ocorrem

de forma aleatória ou sem nexo, mas dependem de um conjunto de forças de natureza

econômica, social e tecnológica que estão por trás do comportamento dos fabricantes, dos

comerciantes e dos consumidores finais dos produtos , e determinam a compra do produto

por parte do consumidor.

Na competitividade das empresas, a logística pode ser um fator determinante, para o

sucesso ou o fracasso de seu ciclo de vida. Sendo a logística um importante aliado da

administração, para Ballou (1993), a sua concepção deve estar agrupada conjuntamente as

atividades relacionadas ao fluxo das atividades da concepção dos produtos ou serviços:

[...] a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. A Logística é um assunto vital. É um fato econômico que tanto os recursos quanto os seus consumidores estão espalhados numa ampla área geográfica. Além disto, os consumidores não residem, se é que alguma vez o fizeram, próximos donde os bens ou produtos estão localizados. Este é o problema enfrentado pela logística: diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem. (BALLOU, 1993 p.17).

Por isso, o desenvolvimento tecnológico em áreas como transporte e comunicações

tem quebrado barreiras nos últimos anos, ajudando a superar as condicionantes espaciais e

temporais, objetivos da Logística.

A última década presenciou uma verdadeira revolução econômica, com mudanças

efetivadas em extensão e velocidade surpreendentes. Os diversos setores de serviços e

produtos de tecnologia de ponta transformaram-se nos segmentos de atividade dinâmica,

proporcionando que nações emergentes com novos empreendimentos e produtos adquirissem

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maior importância no cenário mundial. Sendo assim, para Ballou (1993, p. 28) a prática

moderna da logística empresarial configura nova disciplina. Isto não significa que as

atividades essenciais de transporte, manutenção de estoques e processamento de pedidos são

novidades , mas são tratados de forma mais objetiva, como o propósito de guiar os passos na

administração.

A logística também se utiliza de uma ferramenta importante que é o planejamento,

fazendo com que, para cada nível deste, adote-se uma perspectiva diferente, tanto na questão

de tempo, como das estratégias de tomadas de decisão.

As principais áreas de planejamento abordadas por Ballou (2001), são as seguintes:

níveis do serviço de clientes, localização das instalações, decisões de estoques e decisões de

transporte. Os objetivos do serviço de cliente podem afetar drasticamente o projeto do sistema

logístico.

Baixos níveis de serviços permitem o uso de poucos locais de estoque e transportes menos dispendiosos. Um alto nível de serviços, geralmente, exige o oposto. No entanto, quando o nível de serviços estiver pressionado pelo limite superior, os custos logísticos aumentarão a uma taxa desproporcional ao nível de serviço. (BALLOU, 2001, p. 42).

Já nas estratégias de localização das instalações, segundo Ballou (2001, p. 42),

[...] a localização geográfica dos pontos de estocagem e suas fontes de fornecimentos criam um esboço para o plano logístico. A fixação do número, dos locais e do tamanho das instalações e a determinação da demanda do mercado para elas determinam os meios através dos quais os produtos chegam no mercado.

O escopo apropriado para problemas de localização das instalações é incluir todos os

movimentos de produtos e os custos associados desde a planta, passando pelo fornecedor ou

até chegar ao porto, através de pontos de estocagem intermediários até chegar ao cliente.

A estratégia baseada no mercado está voltada ao gerenciamento de um grupo limitado de atividades logísticas de uma única unidade de negócio para múltiplas unidades de negócio. A otimização logística procura fazer embarques conjuntos do produto para clientes comuns, para diferentes grupos de produtos e procura facilitar a coordenação de vendas e logística através de uma única fatura. (MOURA, 1998, p.61).

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Nas decisões de estoque, Ballou (2001, p.43) afirma que:

[...] referem-se à maneira através da qual os estoques são gerenciados. Alocar (empurrar) estoques para os pontos de estocagem versus puxá-los para o ponto de estocagem através de regras de reabastecimento representam duas estratégias. Outras são localizar seletivamente vários itens da linha de produção da planta, no armazém regional ou no campo, ou gerencial níveis de estoque por vários métodos de revisão continua de estoque.

No transporte, as decisões envolvidas estão na seleção de modal, tamanho de

carregamento, e roteirizarão e programação (Ballou, 2001, p.43). Além do que os níveis de

estoque podem ser regidos pelo tamanho do carregamento.

Os métodos de construção partem de um ou dois pontos, e vão formando o roteiro através do acréscimo paulatino de pontos adicionais. A sistemática mais simples é ir ligando cada ponto ao seu vizinho mais próximo. Elege-se um deles como ponto inicial e se procura, dentre os demais pontos, aquele que estiver mais perto do primeiro. Torna-se o segundo ponto, e faz-se o mesmo procedimento, tomando o cuidado de excluir todos aqueles que já fazem parte do roteiro. (NOVAES, 2001, p.285).

Para Bowersox e Closs (2001, p.20), a logística envolve a integração de informações,

transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. Todas essas áreas

que envolvem o trabalho logístico oferecem ampla variedade de tarefas estimulantes .

Dentre os processos que envolvem a logística, o canal de distribuição pode ser um

ponto fundamental para a organização, uma vez que uma estratégia adequada na distribuição

resulta na otimização dos estoques, das atividades de manuseio, bem como da própria

distribuição. A logística estuda como melhorar o nível de rentabilidade nos serviços de

distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle

efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem. (BALLOU, 1993).

Um canal de distribuição física é o termo empregado para descrever o método e os meios pelos quais um produto ou um grupo de produtos é fisicamente transferido (distribuído) do ponto do produto ao ponto no qual fica disponível ao cliente final. A escolha do canal e a seleção referem-se à decisão de se o produtor deve transferir o produto do cliente ou se intermediários devem ser utilizados. (MOURA, 1998p. 74).

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Assim, tem-se a logística como um conjunto de atividades que, se coordenadas com

competência, garantem à empresa a possibilidade de alcançar uma vantagem competitiva, na

busca por um ponto de equilíbrio entre as suas necessidades e as de seus clientes.

Os canais de distribuição de um produto podem ser classificados como a última fase

da logística antes da utilização do produto pelo cliente. Lembrando que o conceito de logística

é um conjunto de atividades entre o produto pronto para o despacho e sua chegada ao

consumidor final.

Segundo Novaes, (2001, p.108):

A maior parte dos produtos comercializados no varejo chega às mãos dos consumidores através de intermediários: o fabricante ou montadora, que produz o objeto, o atacadista ou distribuidor, o varejista, e eventualmente outros intermediários. Sob esse enfoque, os elementos que formam a cadeia de suprimento, na parte que vai da manufatura ao varejo, formam o canal de distribuição.

Logo, a distribuição está diretamente relacionado com a competitividade, de acordo

com a velocidade, confiabilidade e controlabilidade ao entregar bens aos consumidores dentro

do prazo.

As principais atividades relacionadas à distribuição estão segmentadas da seguinte

maneira:

Armazenagem;

Estoque;

Processamento de pedidos;

Sistema de transporte;

Fracionamento /consolidação das cargas;

Transferências;

Embalagem.

A partir da apresentação das atividades, será abordada cada uma delas com mais

detalhes, a seguir.

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2.2 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

A distribuição física está normalmente associada ao transporte, porém tem uma

abrangência maior, sendo integrada por um número maior de atividades. Todas visam levar

produtos acabados ou semi-acabados, desde o setor produtivo até o mercado consumidor.

Chiavenato (1991, p.156) destaca que:

A palavra distribuição pode ser utilizada com diferentes significados. Para a teoria econômica, distribuição significa o processo de distribuição do produto de toda a atividade econômica entre os diversos fatores de produção, como a natureza, o capital e o trabalho. Para a administração mercadológica, distribuição é a movimentação e manipulação dos produtos/serviços desde a fonte de produção até o ponto de consumo. É também denominada distribuição física, por envolver o fluxo dos produtos/serviços do produtor até o consumidor. .

Arnold (1999, p.30) afirma que a distribuição física inclui todas as atividades

envolvidas em movimentar bens, do fornecedor para o início do processo produtivo e do final

do processo produtivo até o consumidor. Pode-se dizer que a distribuição está diretamente

interligada com o estoque.

As principais atividades da distribuição física são: armazenagem, estoque,

processamento de pedidos, sistema de transportes, fracionamento e embalagem.

2.2.1 Armazenagem

A armazenagem é a administração do espaço físico. Novaes (1994, p.182) salienta que

o objetivo da armazenagem é o

[...] de guardar a mercadoria por um certo tempo. Ou seja, a mercadoria deve ser mantida no deposito por um certo período de tempo ate que seja requisitada para consumo próprio ou para comercialização. Outras características importantes devem também ser respeitadas ao se armazenar um produto, principalmente no que diz respeito a segurança, evitando-se avarias e quebras, extrativos, furtos etc.

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O funcionamento adequado de um armazém exige um sistema rápido para

transferência de carga, além de uma imobilização do veículo próprio ou terceirizado, durante

o menor tempo possível.

Ballou (1993, p. 204), complementa ainda que:

A armazenagem de mercadorias, prevendo seu uso futuro, exige investimento por parte da demanda da organização. O ideal seria a perfeita sincronização entre oferta e demanda, de maneira a tornar a manutenção de estoques desnecessária. Entretanto, como é impossível conhecer exatamente a demanda futura e como nem sempre os suprimentos estão disponíveis a qualquer memento, deve-se acumular estoque para assegurar a disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e distribuição.

Para Bertaglia (2003), o processo de armazenagem corresponde a retirar os produtos

do local de recebimento e transferi-los para um local apropriado, mantendo-os ali até que

sejam demandados.

Algumas das razões para a manutenção de um espaço para armazenagem são a

necessidade de reduzir custos de transporte e produção, a coordenação de suprimento e a

demanda, além do auxílio para os processos de produção e marketing.

De acordo com Novaes (2001, p. 210), o custo de estoque está diretamente

relacionado com o custo financeiro do capital empatado na mercadoria, afetando dessa forma

o dono do produto .

Destaca-se assim a importância da manutenção de um controle da armazenagem, que

pode estar relacionado à observação destes aspectos:

Dispor de um sistema de informações que permita colocar produtos em locais

conhecidos em uma ordem conhecida;

Retirada dos produtos de forma rápida e na quantidade necessária;

Realizar uma rotação correta dos produtos, utilizando métodos como o PEPS e

UEPS;

Ter instalações com docas que permitam o cross docking.

Dentre os métodos utilizados para controlar o custo do estoque, destacam-se o PEPS e

UEPS o PEPS, que estão definidos a seguir, por Silva (1998, p. 102):

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PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair), este método tem como principio que o custo deve ser calculado pelo valor efetivo do material utilizado pela produção. Então, o método em questão, diz-nos que os primeiros materiais usados na produção são os mais antigos em estoque; terminando estes, deverão ser aqueles que entraram imediatamente após, e, assim, sucessivamente.

Já o UEPS (Último a entrar, primeiro a sair) é definido por Silva (1998, p.103) como:

Procedimento inverso ao do anterior, podemos dizer que o custo dos materiais deve ser feito por ocasião da entrada, isto é, torna-se em primeiro lugar o lote mais recente, em seguida, o imediatamente anterior ate atingir o mais antigo. Este método pressupõe que o custo mais recente é o mais significativo na determinação do lucro.

Já o método Cross Docking consiste na atividade de separação de cargas recebidas em

lotes menores, para serem despachados sem armazenamento local, ou na mistura de cargas de

produtos diferentes em lotes consolidados para clientes específicos.

Segundo Ching (2001), o Cross Docking pode ser definido como uma operação do

sistema de distribuição em que os produtos são recebidos, selecionados e encaminhados para

outro veículo. No entanto, essa operação necessita de grande exatidão quanto ao tempo de

entrada e saída de produtos.

No Centro de Distribuição (CD), o material é separado em quantidades necessárias e

consolidado por cliente, sem dar baixa no estoque do CD.

O Cross Docking é uma modalidade bastante utilizada para pedidos de emergência

relacionados com picos de demandas, ou para empresas que utilizam curtos períodos de prazo

de entrega (TA tempo de atendimento).

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Fábrica

________________

separação p/ CD

Separaçãop/ cliente

Entrega Centralizada com Cross Docking Simples no CDEntrega Centralizada com Cross Docking Simples no CD

Modalidades de EntregaModalidades de Entrega

Figura 1

Cross Docking Simples

Fonte: Bowersox e Closs (2001, p.87)

No Cross Docking, o material já é separado e consolidado por cliente, na fábrica. No

Centro de Distribuição, a carga é apenas redistribuída por veículo com roteiro regional. Esta é

uma modalidade bastante utilizada por empresas que trabalham com clientes que aplicam a

filosofia Just in time de produção.

Fábrica________________

separação p/ cliente

Transferênciade veículo

Modalidades de EntregaModalidades de Entrega

Entrega Centralizada com Cross Docking AvançadoEntrega Centralizada com Cross Docking Avançado

Figura 2

Cross Docking Avançado

Fonte: Bowersox e Closs (2001, p.89)

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Para Ballou (1993), a armazenagem é a administração do espaço necessário para

manter os estoques.

O planejamento de armazéns inclui:

Localização.

Dimensionamento de área.

Arranjo físico.

Áreas de carga e descarga.

Equipamentos para movimentação.

Sistemas informatizados para localização de estoques.

Mão-de-obra disponível.

Armazenagem.

Razões para a manutenção de um espaço para armazenagem:

Reduzir custos de transporte e produção.

Coordenar suprimento e demanda.

Auxiliar os processos de produção e marketing.

Sobre armazenagem, Ballou (1993, p.152) relata o seguinte:

[...] a armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Os seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas da firma. Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais acontece, na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos destas atividades estão intimamente associados à seleção desses locais.

Comprovando que a armazenagem, alem das vantagens tradicionais, ora econômicas e

de serviços, esta ferramenta da logística poderá também oferecer serviços de valor agregado, e

redução de custos, tornando o produto competitivo, indiferente da forma em que a empresa se

utilizara para estocar seus produtos.

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Custo de Armazenagem

Atualmente, observa-se que, para o mercado, qualquer centavo vale uma negociação,

minimizar custos é uma ordem primária, principalmente custos fixos. Segundo Dias (1995,

p.44),

[...] o custo de armazenagem, anteriormente, parecia pequeno e com pouca possibilidade de redução. Na realidade, era considerável, tendo-se em vista que representava um meio de grande eficácia para diminuir os custos globais da empresa, e, conseqüentemente, podia ser uma arma poderosa para enfrentar a concorrência.

Para Martins (2000, p.95), o custo de armazenagem e expresso pela seguinte fórmula:

CA = Custo de armazenagem CA = CA + CP + CR/F + Cobs + Cseg CA = Custo do aluguel; CP = Custo por perdas; CR/F = Custo por furtos e roubos; Cobs = Custo por obsolescência; Cseg = Custo de seguro. Ainda para Martins (ano), o custo total de estocagem esta representado pela expressão: CTE = [CA + (P x i)] Q/2 + CP x D/Q + Ci + (D x P) CA = Custo de armazenagem; P = Preço do produto; i = taxa de juros correntes anual; (P x i) = custo do capital investido; [CA + (P x i)] = Custo de carregamento do estoque; Q/2 = Estoque médio; Q = tamanho do lote; CP = Custo de obtenção do pedido; D = demanda; D/Q = numero de vezes que o pedido e efetuado; Ci = Custos independentes ou fixos; (D x P) = Custo do estoque.

Quadro 1 Fórmula de custo de armazenagem

Fonte: Martins, (2000, p.95).

O layout, ou arranjo físico tem a sua importância em um depósito. Segundo Bowersox

e Closs, (2001, p. 339),

[...] o layout de depósitos depende do sistema de manuseio de materiais escolhidos e exige um plano de uso da área útil, a fim de facilitar a movimentação de produtos. É difícil fazer generalizações a respeito de layout de depósitos, porque estes devem ser idealizados para atender a requisitos específicos.

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Quanto a rotatividade das mercadorias armazenadas, Shun ichi, (2000, p. 147) discorre

os objetivos que possuem elevada freqüência de entradas e saídas devem ser colocados na

frente, enquanto aqueles que se movem pouco devem ser colocados atrás ou no alto. Os

lugares onde são colocados os materiais devem ser objeto de constante manutenção .

Figura 3

Layout depósito

Fonte: Elaboração Própria

Após a abordagem da armazenagem, faz-se necessário discorrer sobre estoque, razão

de ser da mesma.

2.2.2 Estoque

O estoque tem sido considerado, em algumas vezes, como um componente de custo a

ser reduzido de qualquer maneira. Porém, em outras, tem importância fundamental na

continuidade do processo produtivo e operacional da empresa.

Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de

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produção. Todas as empresas e instituições precisam manter estoques. Freqüentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos ativos totais. (ARNOLD, 1999, p. 265).

Há uma necessidade de manter-se um estoque para atender as necessidades dos

clientes, onde também devemos manter a saúde financeira da empresa.

O controle de estoque exerce influência muito grande na rentabilidade da empresa. Os estoques absorvem capital que poderia estar sendo investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da empresa. Aumentar a rotatividade do estoque líber ativo e economiza o custo de manutenção do inventario. (CHING, 2001 p.32).

O estoque apresenta-se neste mercado globalizado como fator inimigo as finanças da

empresa. Francischini e Gurgel (2002, p.81) definem estoque como: quaisquer quantidades

de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo.

No objetivo do estoque, devem estar alinhados os objetivos do setor de compras, produção,

financeiro e vendas. Assim temos algo em comum na empresa, Dias (1995, p. 19), cita que

O objetivo, é otimizar o investimento em estoques, aumentando o uso eficiente dos meios

internos da empresa, minimizando as necessidades de capital investido em estoques.

No universo de empresas, diferentes profissionais buscam otimizar seus estoques,

Ballou (2001 p. 251) descreve cinco categorias:

Estoques no canal: são os estoques que estão em trânsito entre os pontos de estocagem ou de produção porque o movimento não é instantâneo. Estoques especulação : matérias-primas, tais como cobre, ouro e prata, são compradas tanto para a especulação de preço quanto pra satisfazer exigências de operação. Estoques de natureza regular ou cíclica: são necessários para satisfazer a demanda média durante o tempo entre reabastecimentos sucessivos. Estoque segurança: estoques podem ser gerados como uma proteção da variabilidade na demanda para o estoque e no tempo de reabastecimento. Estoque obsoleto, morto ou reduzido: é quando este estoque sofre alguma deterioração, tem a sua validade vencida ou é roubada ou perdida quando mantido por um período de tempo.

Conforme Dias (1993, p.30-31), os tipos de estoques são:

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Matérias-primas: são os materiais básicos e necessários para a produção de produto acabado, seu consumo é proporcional ao volume de produção. Produtos em processo: o estoque de produtos em processo consiste em todos os materiais que estão sendo usados no processo fabril. Produtos Acabados: consiste em itens que já foram produzidos, mas ainda não foram vendidos. Peças de manutenção: sua importância e tanto quanto a matéria prima, pois equipamento ocioso, mão-de-obra parada, prazo de entrega adiado e a própria perda ocasional de encomenda, quando não do cliente.

As empresas buscam através da gestão de estoques viabilizarem suas estratégias

gerenciais, em sincronia com a logística. Abordando a gestão, Ching afirma:

[...] por gestão de estoques entendemos o planejamento do estoque, seu controle e sua retro alimentação sobre planejamento. O planejamento consiste na determinação dos valores que o estoque terá com o correr do tempo, bem como na determinação das datas de entrada e saída dos materiais do estoque e na determinação dos pontos de pedido de material. O controle consiste no registro dos dados reais, correspondentes aos planejados mencionados. A retro alimentação é a comparação dos dados de controle com os dados do planejamento, a fim de constatar seus desvios e determinar suas causas. (CHING, 2001 p.36)

Alguns fatores como compras, ponto de pedido, custo de estoques auxiliam na gestão

de estoques. Outra atividade relacionada com a distribuição é o processamento de pedidos,

conforme se apresenta a seguir.

2.2.3 Processamento de pedidos

É uma das atividades que compõem a distribuição física de materiais e, por ser

desenvolvida internamente na empresa, não recebe a atenção devida. Conforme Ballou (2001,

p. 100),

[...] o tempo necessário para completar as atividades do ciclo do pedido é o coração dos serviços ao cliente. Tem sido estimado que as atividades associadas à preparação, à transmissão, à entrada e ao preenchimento do pedido representam de 50 a 70% do total do tempo de ciclo do pedido em muitos setores.

Sendo o processamento de pedidos representado por várias áreas, percebe-se a

importância de uma comunicação ímpar entre os setores.

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O processamento de pedidos do comércio varejista, para Ballou (2001, p. 104), diz

que:

[...] as empresas que são intermediárias entre os fabricantes e os consumidores freqüentemente projetam seus sistemas de processamento de pedidos com um grau moderado de automação. Geralmente, não é necessária uma proposta muito rápida aos pedidos, já que há estoques disponíveis para consumidores finais. Esses estoques atuam como um pulmão contra os efeitos indiretos do ciclo de reposição.

Agilidade e desempenho são fatores significativos dentro do processo, onde Bertaglia

(2003) salienta que o pedido perfeito é aquele entregue conforme o requerido pelo cliente, nos

prazos, quantidades e especificações solicitadas.

Fica evidenciada a importância desta atividade que pode representar em muitas vezes,

o gargalo de todo o processo de distribuição física.

Outro item a ser observado é o sistema de transporte, abordado no item seguinte.

2.2.4 Sistema de transportes

Para muitos, o transporte é a atividade que se confunde com a distribuição, mas para

ser desenvolvida necessita daquelas abordadas anteriormente, ou seja, a armazenagem e o

processamento de pedidos.

De acordo com Ballou (2001, p. 119-120), o transporte é geralmente o elemento mais

importante nos custos logísticos, para a maioria das empresas. A movimentação de fretes

absorve entre um e dois terços do total dos custos logísticos. Assim, o profissional de logística

necessita de um bom entendimento das questões de transporte .

No concorrido mercado varejista, um grande diferencial pode ser o transporte. Neste

contexto, Ballou (2001, p.119) afirma que [...] um sistema de transporte eficiente e barato

contribui para aumentar a concorrência no mercado, elevar as economias de escala de

produção e reduzir os preços das mercadorias .

Levando em consideração que para o problema pesquisado, a distribuição física do

Pão de Mel, utiliza-se o transporte rodoviário, a abordagem será para esta tipologia. Por outro

lado, nos estudos da logística há outros importantes modais de transporte que muito

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favorecem ao andamento dos processos de distribuição, mas não alcançam a distribuição porta

à porta, necessário para o mercado do pequeno varejo.

No Brasil, o transporte rodoviário é responsável por aproximadamente 62% da

movimentação de cargas, apesar de seu custo não ser o menor em relação ao transporte

ferroviário e hidroviário. O transporte rodoviário é tido como o mais flexível dos modais,

ainda pode ser considerado como o integrador dos demais modais.

Conforme Bowersox e Closs (2001, p. 285),

[...] o transporte rodoviário expandiu se rapidamente nos EUA a partir do fim da Segunda Guerra Mundial. O rápido crescimento do setor de transporte rodoviário resultou principalmente da flexibilidade operacional alcançada com o serviço porta a porta e a velocidade de movimentação intermunicipal.

Figura 4 Modal Rodoviário

Fonte: Elaboração Própria

Nos centros urbanos, este modal é o único capaz de atender às demandas de

mercadorias nos pontos de venda. Porém, as cargas necessitam de fracionamento, atividade

abordada a seguir.

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2.2.5 Fracionamento/Consolidação

A otimização dos veículos de transporte determina que as cargas sejam fracionadas ou

consolidadas, dependendo do caso.

Referente ao fracionamento, Ching (2001, p. 158) comenta:

[...] os produtos são recebidos e direcionados para uma área de preparação em que várias atividades, como colocação de etiquetas, embalagem contra pedido, pequenas montagens, pacotes customizados e outros atributos de merchandise, são realizadas para distribuição dos produtos, conforme necessidades de cada cliente.

Já na definição da consolidação, criar grandes carregamentos a partir de vários outros

pequenos (consolidação) é fator economicamente importante no planejamento logístico.

Resulta das economias de escala associada a maiores lotes de carga nas estruturas de frentes

(BALLOU, 1993, p. 94).

Para Bertaglia (2003), o conceito de carga unitilizada está vinculado à consolidação

de vários volumes pequenos em outros maiores, de tipos e formatos padronizados,

possibilitando que sejam movimentados mecanicamente ao longo da cadeia de

abastecimento .

Assim, percebe-se a necessidade de planejar qualquer atividade, de modo a permitir a

otimização dos seus meios. E para tal, os produtos envolvidos precisam ter uma embalagem

adequada para a sua movimentação, conforme analise no item seguinte.

2.2.6 Benchmarking

O benchmarking é uma técnica atualmente muito utilizada pelas organizações que

desejam avaliar o seu desempenho em relação à concorrência. Para Bowersox (2001, p.386),

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[...] essa técnica alcançou popularidade como uma maneira de ajudar os executivos a avaliarem a eficiência com que sua organização executa uma tarefa ou especialização especifica. Para usarmos uma definição formal, benchmarking consiste em um procedimento sistemático para a modificação do conhecimento existente, de modo a alcançar um desempenho superior. O benchmarking apóia-se em duas convicções básicas. Primeira, a convicção de que empresas progressivas devem buscar um aperfeiçoamento continuo de todas as facetas de suas operações. Portanto, sua atitude deve corrigir ou aprimorar um método de trabalho antes que ele falhe, em oposição ao ponto de vista de não conserte caso não esteja quebrado. E, segunda a convicção de que a melhor prática deve ser identificada e estudada, o que normalmente significa pesquisar fora da própria empresa.

Em benchmarking (NOVAES, 2001, p.394), define que as empresas se apóiam em

duas premissas básicas.

Em primeiro lugar, admite-se que as firmas devam buscar aperfeiçoamentos contínuos em todas as facetas de suas operações, se quiserem sobreviver. Isso significa que a empresa deve corrigir ou aperfeiçoar os processos ou as atividades que estejam apresentando problemas, antes que se deteriorem completamente. Deve-se evitar, assim, a busca de uma solução tardia, em que se busca corrigir o sistema depois que acabou se degradando de forma irremediável. A segunda premissa é que as melhores práticas devem ser buscadas externamente à empresa, sempre que possível. Tradicionalmente, as empresas avaliavam seu desempenho fazendo comparações internas. Assim, os administradores comparavam a produtividade das unidades regionais entre si, atribuindo prêmios às mais produtivas, de forma a estimular as demais a aumentarem a produção.

Sendo assim, em relação à competitividade Christopher (1997, p. 85),

[...] o benchmarking competitivo poderia ser definido como a medição continua dos produtos, serviços, processos e praticas da companhia, em relação aos padrões dos melhores concorrentes e outras companhias que são consideradas como lideres. As medidas que forem escolhidas para comparação devem, direta ou indiretamente, exercer um impacto sobre a avaliação que o cliente faz sobre seu desempenho.

Desta forma, a utilização do benchmarking poderá trazer um feedback para a empresa

que o utiliza sobre a sua real situação no mercado em relação à concorrência.

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2.2.7 Embalagem

Inicialmente, as embalagens surgem associadas aos produtos, ajudando-os a identificá-

los, dando forma e protegendo-os. É entendida por Ballou (2001, p. 66) da seguinte forma:

Com exceção de um número limitado de itens, como matéria-prima a granel, automóveis e mobília, a maioria dos produtos é distribuída em embalagens. Diversas são as razões pelas quais há despesas de embalagem. Entre elas, estão as seguintes: facilitar a estocagem e o manuseio; promover melhor utilização de equipamentos de transportes; alterar a densidade de produtos; promover a venda de produtos; facilitar o uso de produtos; fornecer valor de reutilização a clientes.

Já Bowersox e Closs (2001, p. 364-365) define embalagem como:

Produtos e peças são embalados geralmente em caixas de papelão, sacos, pequenas caixas, ou mesmo barris, para maior eficiência no manuseio. Essas embalagens são usadas para agrupar produtos e são chamadas secundárias. Quando as embalagens secundárias são agrupadas em unidades maiores, para fins de manuseio, essa formação é chamada unitização. O tamanho-padrão da caixa foi projetado para acomodação ideal condizente com a cubagem das carretas, a fim de eliminar espaço ocioso no empilhamento dentro dos veículos. A padronização das embalagens secundárias proporcionou substancial redução do custo total, bem como a adoção de um sistema de manuseio muito mais eficiente, tanto no depósito como na loja varejista.

O objetivo da embalagem de um produto é dar a ele uma forma para sua apresentação,

proteção, movimentação e utilização, de modo que ele possa ser comercializado e manipulado

durante todo o seu ciclo de vida. A embalagem pode ser primária, ou seja, de consumo, que

protege diretamente o produto, ou secundária, de transporte, servindo para proteger a

embalagem primária.

Pode ter os mais variados tamanhos e formatos e ser de vários tipos de materiais. A

embalagem necessita ser apropriada para a proteção da mercadoria contra perecimento, roubo,

avaria, contaminação, etc. E também a embalagem que dá forma, volume e peso (Ballou,

2001, p. 67). Além de informa um conjunto revisado das características do produto.

Dentro do estudo das embalagens, a literatura revela que as embalagens podem ser

protegidas através da utilização de filmes encolhíveis (shrink) ou estiráveis (stretch), bem

como pelo uso de fitas simples de plástico ou metal passadas em volta da pilha, de cima a

baixo, etc.

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Podem, também, ser protegidas através da paletização ou unitização em containers,

conforme afirma Bowersox e Closs (2001 p. 368-369):

Um ponto importante da embalagem, para armazenagem e manuseio de materiais, é a unitização. O termo significa agrupamento de caixas numa carga única, formando um só volume, para manuseio ou transporte. Os termos conteinerização e palatização comportam todas as formas de unitilização, desde a ligação de duas embalagens secundárias com fita adesiva até o uso de equipamento especializado de transporte. Todos os tipos de conteinerização e palatização têm o objetivo básico de aumentar a eficiência do manuseio de materiais.

Ao definir as embalagens das mercadorias, os fatores que podem afetar as embalagens

podem ser muitos. É necessário notar que elas podem ser afetadas pelos movimentos de

embarque, desembarque e transporte, das mais diversas maneiras. No transporte internacional

ela poderá sofrer as variações climáticas, dos veículos, vibrações, más condições das estradas,

etc. Até nas próprias variações climáticas.

Em função da abordagem logística e da sua importância, realizou-se a análise das

condições operacionais da distribuição do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate

ZADIMEL no pequeno varejo da grande Florianópolis.

No capítulo seguinte, abordam-se os aspectos metodológicos que envolveram a

realização do estudo.

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3 DESCRIÇÃO DO MÉTODO

Este capítulo apresenta os conceitos e a metodologia adotada no desenvolvimento

deste trabalho.

O ser humano valendo-se de suas capacidades procura conhecer o mundo que o rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento das pessoas. (GIL, 1999, p. 19).

Inicialmente, o método a utilizado foi o indutivo que se mostra adequado para o caso,

uma vez que parte de uma situação particular vivenciada na empresa, para o geral. De acordo

com Pasold (1999), o método indutivo é o ato de pesquisar e identificar as partes de um

fenômeno e colecioná-las de modo a ter uma percepção ou conclusão geral, já que não há

ciência sem o emprego de métodos científicos (MARCONI; LAKATOS, 2000, p. 44).

A Metodologia Científica pretende orientar a relevância dos recursos informacionais

disponível ofertados, sejam eles de ordem estrutural ou advindos de produção externa

(SOUZA, 1997, p. 08).

O conhecimento científico caracteriza-se por ser racional, verificável, analítico, explicativo, útil em decorrência de sua objetividade, pois busca a verdade, criando ferramentas de observação e experimentação que lhes conferem um conhecimento adequado, entre outros conceitos adicionais. (MARCONI E LAKATOS, 2000, p.30).

Considerando os objetivos e os recursos disponíveis, optou-se por realizar uma

pesquisa exploratória, cuja premissa é desenvolvida a partir de material já elaborado (GIL,

1999, p.65), buscando uma visão geral do fato, o que exige uma revisão de literatura com

intuito de procurar aprimorar idéias, para proporcionar maior familiaridade com o problema,

com vistas a torná-lo mais explícito ou constituir hipóteses , ainda segundo Gil (2002, p.41).

Outra definição dada para este tipo de pesquisa é a de Vergara (1998, p.45), que afirma que a

pesquisa exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e

sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta hipóteses que, todavia, poderão

surgir durante ou ao final da pesquisa .

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Também a pesquisa descritiva apresenta-se como adequada ao caso. Para Vergara

(1998, p.45),

[...] a pesquisa descritiva expõe características de determinada população ou determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal explicação. Pesquisa de opinião insere-se nessa classificação.

Quanto aos meios de investigação o projeto obedecerá às diretrizes de um estudo de

caso, com uma análise do processo e uma posterior proposta de reestruturação logística, pela

aplicação de uma nova forma de distribuição.

A técnica de coleta de dados para esta investigação utilizará, além da pesquisa

bibliográfica e documental, entrevista informal não estruturada (sendo coletadas através de

conversas informais com os envolvidos no procedimento de distribuição e comercialização do

produto em questão), com amostragem intencional, buscando, principalmente, extrair as

informações desejadas(todas as informações coletadas na entrevista informal, foram

registradas em uma caderneta de anotações). Tal fato justifica-se pela facilidade existente por

parte do pesquisador no relacionamento com os entrevistados, os vendedores da Distribuidora.

Adotou-se a pesquisa bibliográfica que, para Gil (1994 p.71), tem como premissa o

desenvolvimento de um estudo a partir de um material previamente elaborado, constituído

principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido

algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de

fontes bibliográficas .

A pesquisa bibliográfica, pela revisão de literatura, auxiliou na identificação

comportamental da atividade logística da distribuição horizontal do produto analisado o que

permitiu o entendimento dos fenômenos registrados (GIL, 2002).

Outro tipo de pesquisa utilizado foi a documental, que se assemelha muito à

bibliográfica, e suas diferenças estão na natureza de suas fontes. Gil (1994, p.73) afirma que

esta vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda

podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa .

Dentre os procedimentos e instrumentos de coletas de dados, a entrevista é uma das

técnicas mais utilizadas no âmbito de estudos na área de ciências sociais, de acordo com Gil

(1999). Neste caso, o instrumento utilizado foi a entrevista informal.

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Este tipo de entrevista é o menos estruturado possível e só se distingue da simples conversação porque tem como objetivo básico a coleta de dados. O que se pretende com entrevistas deste tipo é a obtenção de uma visão geral do problema pesquisado, bem como a identificação de alguns aspectos da personalidade do entrevistado (GIL, 1994, p.115 - 116).

A pesquisa tem, em relação à sua natureza, uma abordagem tanto quantitativa como

qualitativa. Possui características quantitativas porque, ao analisar os dados obtidos junto aos

vendedores da Distribuidora, sob a forma de questionário, realiza uma medição das opiniões e

preferências de clientes. Para Gil (1995, p.77), a pesquisa quantitativa facilita analise

estatística dos dados obtidos mediante levantamentos , podendo se agrupar em tabelas.

Também é qualitativa por caracterizar-se como estudo de caso na medida em que

propõe uma análise aprofundada da problemática vivida pela empresa e observada pelo

pesquisador. Coleta de dados através do uso de documentos, relatos dos fatos reais e a

participação interativa do próprio pesquisador. De maneira a permitir conhecimento amplo e

detalhado do mesmo (GIL, 1994, p. 78). Promovendo um delineamento na idéia de que a

analise realizada na Distribuidora, apresentará um universo que possibilitará a compreensão

ou um estabelecimento de bases para uma investigação precisa e sistêmica.

E por fim a tabulação dos dados junto com a análise dos procedimentos adotados pela

Distribuidora bem como os dados secundários avaliados argumentarão a problemática

defendida neste projeto, proporcionando uma visão geral dos resultados e uma relação entre

as variáveis, resultando em possíveis sugestões para a melhor distribuição do produto Pão de

Mel Cobertura Zadimel no pequeno varejo da grande Florianópolis.

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4 PESQUISA

Neste capítulo, inicialmente, apresenta-se a empresa objeto do estudo e suas principais

características. Posteriormente, são descritos e analisados os dados obtidos durante o

desenvolvimento da pesquisa.

4.1 Empresa

São José

uma cidade da grande Florianópolis é palco de uma história escrita há

quase 20 anos intitulada Distribuidora Independência Ltda. Pelas mãos de Lourival de Souza

Júnior surgia uma empresa promissora, que desenvolvia no trabalho e simplicidade seu jeito

humano de existir.

Criada em abril de 1987, em uma sala alugada, sob o nome de Independência

Comercio de Alimentos Ltda. E voltada para comercializar produtos alimentícios e de limpeza

doméstica. O tempo foi passando, a empresa crescendo cada vez mais, e, em 1989 já contava

com sede própria. Em ritmo acelerado, mas com a visão sempre voltada ao bom atendimento,

comprometimento e atitude com seu cliente, fornecedores e colaboradores. Sua sede chega

aos sonhados 1000 m quadrados no final de 2002.

A continuidade do crescimento fez com que a empresa implantasse mais tecnologia,

pois o mercado competitivo necessitava de uma maior agilidade na Logística. Com recursos

próprios, Lourival vem apostando no trabalho de seus colaboradores, em fevereiro de 2003,

inaugura o que seria sua sede definitiva, com aproximadamente 2500 m quadrados, totalmente

nos padrões logísticos, e principalmente de segurança. É fato. Em aproximadamente dezoito

meses de trabalho, em sua sede, concretiza diversas parcerias com indústrias no ramo de

alimentos, higiene pessoal e limpeza doméstica, planejando para um futuro breve focar seu

trabalho exclusivamente na distribuição horizontal no pequeno varejo da grande

Florianópolis.

Em 23 de agosto de 2004, um sinistro criminoso, leva embora toda uma vida de

trabalho, sua sede e demais mercadorias são totalmente destruídas. Em meios aos destroços,

ainda procurando uma razão para tamanha injustiça, desabafa: [...] vamos continuar, achem

um depósito pra mim [...] . Em uma procura relâmpago, surgem diversas oportunidades.

Poucos custaram a acreditar, mas em 10 dias sua rotina de trabalho, agora em ritmo de

reorganização, estava em pé novamente.

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No próximo mês de dezembro de 2005, São José, será palco de um novo capitulo desta

historia, passados 16 meses do sinistro, a nova sede, no mesmo local, mas agora com

capacidade 50% maior de armazenamento, voltará ao ritmo normal de atividade. Isto, porque

alguém acreditou que sonhar era possível, e ninguém, mas ninguém tem o direito de roubar o

seu sonho.

4.2 Descrição dos Dados

Descrever as características do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate;

O Pão de Mel Cobertura de Chocolate é elaborado com os seguintes ingredientes:

Farinha de trigo (rica em ferro e ácido fólico), açúcar invertido, açúcar refinado, fermentos

químicos, bicarbonato de sódio e amônio, cobertura de chocolate hidrogenada, aromatizante

artificial de mel, como acidulante o ácido cítrico. O produto contém glúten.

Sua embalagem primária é transparente, proporcionando ao cliente a visualização total

do produto. Isto é um fator positivo, pois o consumidor observa a qualidade do produto. Esta

embalagem vem com 180 gramas de produto, e são acomodadas doze unidades em uma

embalagem secundária.

Descrever o processo logístico do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate no

pequeno varejo da grande Florianópolis;

Com uma parceria entre a Zadimel e a Distribuidora Independência, os pedidos de

reposição do estoque são gerados todas às sextas-feiras, na parte da manhã. Posteriormente,

são encaminhados para a indústria. Lá são separados para carregamento e programados para

entrega às segundas-feiras, na primeira hora da manhã, na distribuidora.

Também na distribuidora, os produtos são ordenados de acordo com a data de

validade, onde é utilizado o sistema FIFO

Firt to Expire, First-Out, ou primeiro que vence

é o primeiro que sai. Serve para gerenciar a arrumação e expedição das mercadorias do

estoque de acordo com o prazo de validade . (SILVA, 1998, p.105). Assim, o processo

minimiza trocas relacionadas ao vencimento dos produtos.

A logística da distribuidora funciona na forma de pré-venda, onde seus vendedores

atendem os clientes com visitas semanais, emitindo pedidos. A seqüência destes segue

conforme fluxograma abordado no próximo item.

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Elaborar um fluxograma do processo de distribuição;

Figura 5: fluxograma do processo de distribuição

Fonte: elaboração própria

Identificar os gargalos do processo;

Segundo o relato da equipe de vendas da Distribuidora, pôde-se constatar alguns

aspectos peculiares que dificultam uma melhor distribuição do produto no pequeno varejo.

Questionados quanto à qualidade do produto, mostraram-se unânimes positivamente,

demonstrando que este não era o ponto, já que não houve manifestação de parte dos clientes

neste sentido.

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Em relação à dificuldade na distribuição horizontal, em que se busca atingir o maior

número de clientes e não o maior volume foi apontado que um dos problemas era a

quantidade na caixa de expedição (embalagem secundária), pois os clientes, na grande

maioria, são de pequeno porte, e sequer tinham espaço na área de venda para acomodar doze

unidades. Soma-se a isto, o fato de o produto ter data de validade não muito extensa, o total

financeiro investido, a existência de concorrentes com produtos semelhantes e a aposta do

cliente em um novo produto.

Propor alternativas.

O acompanhamento do trabalho da Distribuidora Independência neste período de

estágio proporcionou vivenciar situações, trocar idéias. O supervisor de campo, Sr. Lourival,

sua equipe de vendas e demais colaboradores apoiaram o estagiário, facilitando o acesso à

informação sobre o sistema desenvolvido.

Conseguiu-se durante a pesquisa aplicar com sucesso o projeto de fracionamento nas

embalagens secundárias (caixa de expedição) do produto Pão de Mel Cobertura de Chocolate.

Isto foi comprovado pelas entrevistas informais com a equipe de vendas e o próprio

supervisor de campo, que adotou em outros produtos, não só naqueles da Indústria Zadimel,

como também em outros itens de sua pauta de venda que demonstravam problemas

semelhantes.

O gráfico abaixo compara as vendas antes e depois do fracionamento da embalagem

secundária.

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0

20

40

60

80

100

120

Mar

coAbr

ilM

aio

Junh

oJu

lho

Agosto

Setem

bro

Outub

ro*

Vendas Caixa normal

Clientes Positivados

Vendas C/Fracionamento

Gráfico 1: Vendas Pão de Mel Coberturas

Fonte: Elaboração própria

Através do gráfico 1, pode-se observar o crescimento de clientes positivados, devido

as vendas em caixas fracionadas.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme proposto pelos objetivos específicos para o desenvolvimento do presente

trabalho, no capítulo anterior se relatou a pesquisa, resultados e a análise dos dados,

referenciando cada objetivo com o seu equacionamento. Desta forma, foi possível concluir o

que segue.

Diante da escassez de tempo observada na maioria das empresas, verifica-se, com base

na fundamentação teórica apresentada, que estas buscam aperfeiçoamentos contínuos,

corrigindo e melhorando os processos onde haja problemas, pois, caso contrário, todo o

sistema pode ser afetado. Assim, a busca de uma solução tardia, pode trazer conseqüências

irremediáveis. Uma empresa precisa, pelos seus colaboradores, observar as possíveis práticas

fora desta que realmente possam estar afetando-a negativamente. E a logística é uma

ferramenta importante neste sentido.

A utilização da logística empresarial para buscar estratégias para se obter vantagem

competitiva, que sejam adequadas ao setor focado, é uma característica peculiar de empresas

bem administradas. O desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos, de modo a

alcançar os objetivos do negócio. É igualmente importante que executivos vejam a logística

não somente como a maneira de obter um desempenho excelente ou competitivamente

superior, mas torná-la integrante da estratégia da empresa.

Na logística, a distribuição física efetua o papel de sincronismo dos sistemas. Portanto,

os aspectos econômicos vão além de questões associadas às operações logísticas. Como meta

primordial, é preciso levar os produtos certos, no momento certo, em lugares certos e com o

nível de serviço desejado, buscando a excelência com o menor custo aplicável. Associar o

nível de serviço ao menor custo, torna-se quase uma utopia, mas para alcançar este estágio, a

empresa precisa focalizar a melhor ordem na distribuição e buscar agregar valor nos produtos

distribuídos. Assim, por exemplo, vê-se na armazenagem um aliado na administração do

espaço físico disponível para a organização.

Como um componente na formação do custo da mercadoria, a armazenagem tem

como característica fazer a administração do espaço físico para manter o produto estocado.

Devido a este fato, empresas necessitam de mais agilidade no processo, para a minimização

de erros e a otimização de custos que se tornam fatores decisórios. Na Distribuidora, esta

atividade está adequada às necessidades da mesma.

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Ainda no contexto de otimização de custos, outro elemento importante é o sistema de

transporte, pois o mesmo consome quase dois terços dos custos logísticos, conforme referido

no capítulo 4.

No problema pesquisado, a distribuidora utiliza-se do transporte rodoviário para

efetuar as entregas no pequeno varejo, por ser o mais adequado e eficiente para o caso. Este

transporte tem flexibilidade operacional e também a velocidade de movimentação necessária.

Toda mercadoria transportada tem como elo de proteção sua embalagem. Sendo a

embalagem fator determinante, tanto para identificação, armazenamento, transporte e

marketing, o projeto buscou a partir desta auxiliar melhorar o gargalo da venda do Pão de Mel

no pequeno varejo, encontrado pela distribuidora. No ciclo de vida do produto, a embalagem

mostra argumentos para o sucesso do mesmo, embora tenham sido identificados tropeços da

empresa neste quesito. Por visar um mercado único, padronizou em uma escala acima

daquelas absorvidas por áreas integrantes do processo de distribuição. Pela pesquisa aplicada

neste trabalho, identificou-se pelos colaboradores da Distribuidora Independência, o

problema, ou seja, a embalagem secundária que, segundo os mesmos, estaria prejudicando a

distribuição.

Analisando essa questão, juntamente com o supervisor de campo, buscou-se uma

alternativa. Na fundamentação teórica, foram encontradas ferramentas que auxiliam na

solução parcial do problema, como por exemplo, o fracionamento. Foi proposto ao Sr.

Lourival, o fracionamento das embalagens secundárias, onde as mesmas seriam divididas ao

meio e comercializadas como 6 embalagens de 180 gramas e não mais 12 de 180 gramas.

Assim, seus colaboradores poderiam atingir uma gama maior de clientes, a aceitação seria

maior, os problemas com trocas por vencimento diminuiriam e a reposição nos

estabelecimentos menores seria facilitada, pois com a nova apresentação do produto, o

pequeno varejo poderia adquirir uma menor quantidade, aumentando a rotatividade deste.

A proposta de fracionamento foi aprovada, tendo sido aplicada também em outros

produtos da Distribuidora que apresentavam problemas semelhantes. Não houve entraves para

esta nova configuração, tendo sido utilizada sem a geração de custos extras, sem a

necessidade de trabalho especializado e nem mesmo autorização junto à fiscalização.

Como sugestão para a empresa (fábrica), outros fatores poderiam ser apontados, os

quais foram levantados pela equipe de colaboradores, mas por exigirem uma pesquisa

específica, serão encaminhados à mesma, com a aprovação do supervisor de campo. Uma

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destas seria a diminuição da gramatura na embalagem primária, pois os concorrentes locais

trabalham com uma menor em seus produtos.

Para trabalhos futuros, sugere-se o seguinte:

Elaborar uma pesquisa mercadológica para identificar o nível de aceitação do

produto, junto aos consumidores.

Revisar o atual plano de marketing utilizado pela fábrica e propor alternativas.

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DORNIER, Philippe-Pierre. Logística e operações globais: textos e casos. São Paulo: Atlas, 2000.

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GIANESI, Irineu G. N. Administração estratégica de serviços: operações para a satisfação do cliente. São Paulo: Atlas, 1996.

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______. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

______. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.

MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia científica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

MARTINS, Petrônio G. Administração e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2000.

MOURA, Reinaldo A. Sistemas e técnicas de movimentação e armazenagem de materiais. 4. ed. São Paulo: Iman, 1998.

NOVAES, Antônio Galvão. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição: estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

PASSOLD, César Luiz. Prática da pesquisa jurídica: idéias e ferramentas úteis para o pesquisador de direito. Florianópolis: OAB/SC Editora, 1999.

ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.

SCHN ICHI, Kobayashi. Renovação da logística: como definir as estratégias de distribuição física global. Tradução: Valeria Custódio dos Santos. São Paulo: Atlas, 2000.

SILVA, Elisberto Nogueira da. Administração de materiais e produção. São Paulo: Érica, 1998.

SOUZA, Francisco das Chagas. Escrevendo e normatizando trabalhos acadêmicos. Florianópolis: UFSC, 1997.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1998.

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Anexos

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ANEXO A DADOS DA EMPRESA

Figura 1: Logo Marca Distribuidora Independência

Fonte: Distribuidora Independência

Foto 2: Distribuidora Independência em 1989

Fonte: Distribuidora Independência

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Foto 3: Distribuidora Independência no ano de 2004

Fonte: Distribuidora Independência

Foto 4: Sinistro na Distribuidora 23/08/04

Fonte: Distribuidora Independência Ltda

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Foto 5: Distribuidora Independência em 2005

Fonte Distribuidora Independência

Foto 6: Reconstrução Depósito Sinistrado em 2004

Fonte Distribuidora Independência

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ANEXO B EMBALAGENS

Foto 1: Embalagem Secundaria Pão de Mel Cobertura de Chocolate

Fonte: Elaboração Própria

Foto 2: Embalagem Secundária Fracionada

Fonte: Elaboração própria

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Foto 3 : Embalagem Secundária Wafer

Fonte: Elaboração própria

Foto 4: Embalagem Secundária Fracionada - Wafer

Fonte: Elaboração Própria

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