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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING ALINE TASCA PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA CENTRAL DISTRIBUIDORA DE CIGARROS São José 2004

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO DA UNIVALI EM SÃO JOSÉ

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – HABILITAÇÃO MARKETING

ALINE TASCA

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA CENTRAL DISTRIBUIDORA DE

CIGARROS

São José

2004

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ALINE TASCA

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO PARA CENTRAL DISTRIBUIDORA DE

CIGARROS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharel em Administração

com habilitação em Marketing da Universidade do Vale do

Itajaí.

Professor Orientador: Gilson Rihan Karkotli

São José

2004

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ALINE TASCA

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING DE RELACIONAMENTO DA CENTRAL DISTRIBUIDORA DE

CIGARROS

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma final

pela Coordenação do Curso de Administração – Habilitação Marketing da Universidade do

Vale do Itajaí, em 22 de junho de 2004

Prof.a Luciana Merlin Bervian MSc. Univali – CE São José

Coordenadora do Curso

Banca Examinadora:

Prof. Gilson Rihan Karkotli MSc.

Univali – CE São José Professor Orientador

Prof.a Luciana Merlin Bervian MSc.

Univali – CE São José Membro

Prof. Ricardo Boeing da Silveira

Univali – CE São José Membro

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iv

Entre muitas pessoas que me ajudaram, queria dedicar o

trabalho a minha família, em geral, que compreendeu tudo o

que passei desde o início, em especial a minha mãe,

Elizabete, que foi paciente comigo sempre, e meu pai Eli,

pela orientação, supervisão e compreensão no trabalho, amo

muito minha família.

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v

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à minha família que é meu porto seguro de tudo na vida, e

que sem eles eu não teria forças para chegar aonde estou. Meu pai Eli pela orientação, minha

mãe Elizabete pela paciência e compreensão, meu irmão Alex, minhas irmãs Olívia e

Alexandra e minha sobrinha Brendha.

Agradeço ao meu orientador Gilson Riahn Karkotli que me passou conhecimento

pessoal e profissional.

Agradeço à Professora e Cordenadora de curso Luciana Merlin Bervian que, desde o

começo de minha carreira na faculdade, sempre acreditou no meu potencial e soube muitas

vezes escutar coisas que ninguém me escutava.

Agradeço ao Professor Ricardo Boeing da Silveira pela ajuda, paciência e, acima de

tudo, porque acreditou na minha capacidade e me passou confiança sempre que precisei.

Agradeço ao Professor Amarildo Felipe Kanitz, por ter me aturado desde o começo

do meu projeto, escutando minhas reclamações e me dando conselhos fazendo pensar com

mais carinho nos meus problemas sabendo resolvê-los da melhor maneira.

Agradeço aos amigos da universidade que sempre estiveram juntos lado a lado, e que

alguns deles não se formarão comigo mas, com certeza, sentirei saudade de cada um e sempre

estarei grata pela ajuda que me deram de alguma forma para eu conseguir chegar até aqui.

Aos meus amigos e amigas que sempre me ajudaram no trabalho, seja com palavras,

com carinho, com compreensão e até mesmo apenas sabendo me ouvir: Isabelle Dutra

Cardoso, Heloísa Vieira, Vanessa Mira, Simone Rocha, Cristiane Guedes, Douglas

Coelho.

Obrigada à todos pelo carinho, dedicação e apoio ao longo dessa minha nova etapa na

vida.

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“Meu interesse está no futuro, porque é lá que vou

passar o resto da minha vida”

(Charles Kettering)

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Razão Social

Elizabete Pereira Tasca Firma Individual

Endereço

Av. Lédio João Martins, 721 – loja 18 – Kobrasol – São José – SC.

Setor de desenvolvimento do estágio

Departamento Comercial

Nome e cargo do supervisor de campo

Eli Tasca

Diretor

RESUMO

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O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é elaborar um plano de marketing de

relacionamento para Central Distribuidora de Cigarros. Na empresa não existe uma cultura de

pesquisas constantes para avaliar a satisfação dos clientes periodicamente, portanto, elaborou-

se estratégias mercadológicas e a partir das mesmas poderá proporcionar um melhoramento

no que se trata de fidelização dos clientes. Notou-se que os clientes dão um valor, muitas

vezes incalculável, às organizações que nos fazem sentir respeitados e supridos materialmente

e emocionalmente. Com relação à metodologia do trabalho, utilizou-se a pesquisa

quantitativa, com característica exploratória-descritiva, dados primários, com a amostra de 50

clientes escolhidos de formas aleatórias, e posteriormente tem-se os resultados e análises

dessa pesquisa. Os dados foram coletados através de um questionário estruturado. Alguns dos

resultados da pesquisa nos surpreenderam bastante pelo fato de não se saber que certas coisas

que para empresa são imperceptíveis, para os clientes tem grande valor dentro da empresa em

estudo. Verificou-se por meio do resultado da pesquisa, que pode-se melhorar e muitos dos

serviços estão suprindo os clientes. Por meio dos resultados, pode-se ver qual a necessidade

dos clientes e estudar para melhorar no quesitos com baixa ocupação da pesquisa. A análise e

tratamento dos dados foram feitos através de gráficos e tabelas. A partir do levantamento

sobre estruturas de planos de marketing feito na fundamentação teórica, foi desenvolvido uma

estrutura que melhor se adequasse a empresa em estudo. Para isso foi utilizado o sumário

executivo, análise ambiental, análise SWOT, metas e objetivos, estratégias e avaliação e

controle. Desta maneira, a empresa poderá utilizar o plano de marketing aqui proposto para

que possa aumentar e melhorar o relacionamento com seus clientes.

Palavras-chave: relacionamento – plano de marketing – clientes.

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ABSTRACT

The objective of this work of course conclusion is to elaborate a plan of marketing of

relationship for Deliverering Cigarette Central office. In the company a culture of constant

research does not exist to evaluate the satisfaction of the customers periodically, therefore, it

elaborated marketing strategies and from the same ones it will be able to provide an

improvement in that if it deals with fidelização of the customers. It was noticed that the

customers give a value, many times incalculable, to the organizations that in make them to

feel respected and supplied materially and emotionally. With relation to the methodology of

the work, it was used quantitative research, with exploratória-descriptive characteristic,

primary data, with the sample of 50 chosen customers of random forms, and later it has the

results and analyses of this research. The data had been collected through a structuralized

questionnaire. Some of the results of the research in had sufficiently surprised them for the

fact of not if to know that certain things that company stops are imperceptible, for the

customers inside has great value of the company in study. It was verified by means of the

result of the research, that can be improved and many of the services are supplying the

customers. By means of the results, it can be seen which the necessity of the customers and be

studied to improve in the questions with low occupation of the research. The analysis and

treatment of the data had been made through graphs and tables. From the survey on structures

of plans of marketing made in the theoretical recital, a structure was developed that better

adjusted the company in study. For this the executive summary was used, ambient analysis,

analysis SWOT, goals and objectives, strategies and evaluation and control. In this way, the

company will be able to use the plan of marketing considered here so that she can increase

and improve the relationship with its customers.

Word-key: relationship - plain of marketing - customers

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SUMÁRIO Dados de identificação da empresa ....................................................................................................................vii

Resumo ................................................................................................................................................................viii

Abstract ................................................................................................................................................................. ix

Lista de ilustrações .............................................................................................................................................. 13

Listas de tabelas................................................................................................................................................... 14

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................15

1.1 EXPOSIÇÃO DO TEMA ..............................................................................................15

1.2 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO PROBLEMA .....................................................................16

1.3 OBJETIVOS...............................................................................................................17

1.3.1. Objetivo Geral ............................................................................................17

1.3.2. Objetivos Específicos .................................................................................17

1.4 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................19

2.1 O MARKETING.........................................................................................................19

2.2 MARKETING DE RELACIONAMENTO .........................................................................21

2.3 MARKETING ONE-TO-ONE ........................................................................................31

2.4 PESQUISA DE MARKETING .......................................................................................42

2.5 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO................................................................................43

2.6 PLANO DE MARKETING............................................................................................45

2.6.1. Sumário Executivo .....................................................................................49

2.6.2. Análise Ambiental ......................................................................................49

2.6.3. Análise SWOT............................................................................................49

2.6.4. Metas e Objetivos .......................................................................................51

2.6.5. Estratégias de Marketing ............................................................................51

2.6.6. Implementação do Marketing.....................................................................52

2.6.7. Orçamentos.................................................................................................52

2.6.8. Avaliação e Controle ..................................................................................53

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ..................................................................54

3.1 DELINEAMENTO E ABORDAGEM DO ESTUDO ............................................................54

3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO.......................................................................................55

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3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS...............................................................................57

3.4 TÉCNICAS DE ANÁLISE DOS DADOS ..........................................................................60

3.5 LIMITAÇÃO DA PESQUISA.........................................................................................60

4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ..........................................................61

4.1 RELATÓRIO GERAL DOS DADOS ..............................................................................62

4.2 ANÁLISE GERAL DA PESQUISA ................................................................................73

5 PLANO DE MARKETING DA EMPRESA EM ESTUDO.........................................74

5.1 SUMÁRIO EXECUTIVO..............................................................................................74

5.2 A EMPRESA..............................................................................................................74

5.3 MISSÃO ...................................................................................................................76

5.4 VISÃO......................................................................................................................76

5.5 ANALISE AMBIENTAL ..............................................................................................76

5.5.1. Análise Interna............................................................................................76

5.5.2. Análise Externa ..........................................................................................77

5.5.3. Fatores Sociais............................................................................................78

5.5.4. Fatores Econômicos....................................................................................79

5.5.5. Fatores Legais.............................................................................................81

5.5.6. Fatores Políticos .........................................................................................81

5.5.7. Fatores culturais..........................................................................................81

5.5.8. Fatores concorrência...................................................................................82

5.6 METAS E OBJETIVOS................................................................................................83

5.7 ESTRATÉGIAS E AÇÕES ............................................................................................84

Objetivo específico A: Elaborar um programa de relacionamento ........................84

Objetivo específico B: Ampliar a carteira de clientes em 20% em 12 meses ........86

Objetivo específico C: Desenvolver ações de marketing one-to-one.....................86

Objetivo específico D: Aumentar o mix de produtos. ............................................87

5.8 CRONOGRAMA DE AÇÕES ........................................................................................89

5.9 ORÇAMENTOS..........................................................................................................90

5.10 AVALIAÇÃO E CONTROLE........................................................................................91

7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ......................................................................92

8 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................94

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9 APÊNDICES .....................................................................................................................98

10 ANEXOS .........................................................................................................................102

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Lista de ilustrações

Figura 1 – Os 11 C´s do marketing de relacionamento e suas descrições................................25

Figura 2 – Posicionamento Dinâmico ......................................................................................25

Figura 3 – A equação do valor .................................................................................................35

Figura 4 – Pirâmide da hierarquia das necessidades ................................................................38

Figura 5 – Quadro das satisfações dos clientes ........................................................................40

Figura 6 – Os três níveis de planejamento................................................................................44

Figura 7 – Matriz SWOT..........................................................................................................50

Quadro 1 – Níveis de marketing de relacionamento ................................................................26

Quadro 2 – Informações da empresa ........................................................................................75

Quadro 3 – Síntese dos pontos fracos e fortes da empresa.......................................................77

Quadro 4 – Síntese das ameaças e oportunidades da empresa .................................................77

Quadro 5 – Características dos principais concorrentes...........................................................83

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Lista de tabelas

Tabela 1 – Motivos pelo qual os clientes se desencantam .......................................................38

Tabela 2 – Conteúdo de um plano de marketing ......................................................................48

Tabela 3 – Roteiro do plano de marketing ...............................................................................48

Tabela 4 – Cigarro mais vendido pelo estabelecimento ...........................................................62

Tabela 5 – Quanto compra de cigarro por semana ...................................................................63

Tabela 6 – Quanto a comunicação, competência dos vendedores............................................64

Tabela 7 – Quanto a qualidade dos produto oferecidos............................................................65

Tabela 8 – Quanto ao preço dos produtos ................................................................................66

Tabela 9 – Quanto a variedade dos produtos............................................................................67

Tabela 10 – Quanto ao atendimento .........................................................................................68

Tabela 11 – Quanto a localização da empresa..........................................................................69

Tabela 12 – Quanto ao ambiente da empresa ...........................................................................70

Tabela 13 – Quanto a forma de pagamento..............................................................................71

Tabela 14 – Encontrar algo mais ..............................................................................................72

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Exposição do Tema

A Central Distribuidora de Cigarros tem como razão social “Elizabete Pereira Tasca

Firma Individual”, CNPJ n.º 04.873.376/0001-61, Inscrição Estadual: 254.346.723, é uma

empresa de médio porte, localizada em São José, na rua Lédio João Martins, 721 – Kobrasol.

A empresa possui uma cadeia de clientes relativamente boa, os clientes são na maioria

pessoas jurídicas que revendem os produtos em bares, restaurantes, casas noturnas, entre

outros. A empresa tem dificuldade em manter um relacionamento maior com seus clientes.

Visto isso, a empresa terá uma proposta de plano de marketing de relacionamento, que foi o

tema abordado nesse trabalho, em busca de manter um vínculo maior com cada um dos

clientes.

Os clientes dão um valor, muitas vezes incalculável, às organizações que nos fazem

sentir respeitados e supridos materialmente e emocionalmente. Felizmente a empresa em

estudo acordou para esse fato, e está investindo no seu pessoal e procurando satisfazer cada

vez mais o seu cliente.

O marketing de relacionamento é uma das ferramentas que favorecem uma melhor

comunicação cliente-empresa . Esse se faz essencial nas organizações, pois é por meio dela

que as empresas garantem maior qualidade nos produtos e serviços, maior oportunidade de

crescimento, lucratividade enfim, garantem ou não seu sucesso. Sendo assim, o marketing de

relacionamento pode ser considerado uma forma de fazer negócios. O mesmo é uma

ferramenta que deve ser aplicada com os clientes internos e externos a organização, deve

proporcionar satisfação aos mesmos, deve suprir suas necessidades e também seus desejos. Os

clientes devem merecer atenção contínua, com um serviço personalizado.

Sobre o plano de marketing, Etzel (2001, p.52) coloca que “se você não sabe para

onde está indo, qualquer estrada serve”. Este axioma tem como sentido que, todas as

organizações precisam de planejamentos e planos para obter sucesso. Planejamento em

marketing resume-se em plano de marketing, que é um processo de raciocínio e coordenação

de pessoas, recursos financeiros e materiais, onde a meta final é a satisfação do cliente.

Conforme Ambrósio (1999), para que essa meta seja alcançada, o profissional de marketing

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deve saber o que fará com muita segurança, pois trata-se do ponto alto do processo de decisão

de aproveitar oportunidades oferecidas pelo mercado.

Visando esses conceitos, detectou-se na empresa Central Distribuidora de Cigarros, a

necessidade de estudos mercadológicos, que podem ser aprimorados a partir de um plano de

marketing, principalmente no setor do fumo. Um plano de marketing será importante à

empresa pois envolverá análise dos pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades e ainda,

análise de mercado, proporcionalmente maior conhecimento dos consumidores reais e

potenciais, pelo qual a mesma não possui conhecimento.

É pertinente destacar que optou-se por utilizar como referência principal o Ambrósio

(1999), pois o foco deste estudo é a elaboração de um plano de marketing adaptado a

necessidade da empresa em estudo. Esse autor oferece conceitos claros e atuais sobre a

elaboração de um plano de marketing, bem como um roteiro definido das fases de um plano

de marketing a serem seguidas.

1.2 Descrição da situação problema

Na empresa em estudo foi encontrado o problema de falta de fidelização dos clientes

jurídicos pelo fato de ter muitos concorrentes e a diferenciação deles ser significantes.

Analisando o composto mercadológico com relação a empresa em estudo e

concorrência pode-se dizer que os produtos são os mesmos, o preço é tabelado, o que

diferencia é a promoção/comunicação, a conveniência/praça o qual buscam nos benefícios e

diferenciação estratégica.

A empresa, por ser pequena, não possui um plano de marketing de relacionamento

com os clientes, dificultando o relacionamento com eles. A partir do plano pode-se aumentar

a fatia no mercado por meio de estratégias de relacionamento com cliente.

Por ser uma empresa de Tabacaria, não se tem muito diferencial no fumo, mas pode-se

ser diferente no mix dos produtos e no marketing de relacionamento com seus clientes,

tratando-os de maneira diferenciada com cada um.

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1.3 Objetivos

1.3.1. Objetivo Geral

Elaborar um plano de marketing de relacionamento para a Central Distribuidora de

Cigarros no período de julho de 2004 à junho do 2005.

1.3.2. Objetivos Específicos

- Realizar o diagnóstico interno (levantamento de dados secundários internos da

organização);

- Realizar uma pesquisa para verificar o nível de satisfação de seus clientes jurídicos com

relação aos serviços e produtos oferecidos;

- Analisar as principais características da concorrência;

- Apresentar estratégias mercadológicas do plano de marketing.

1.4 Justificativa Visando que o mercado do cigarro tem muitas ameaças a empresa tem que fazer com

que os consumidores se manifestem por meio da satisfação nos produtos e serviços

oferecidos. Justifica-se a necessidade de realizar o plano de marketing de relacionamento,

com a finalidade de que melhorar a relação cliente e empresa em estudo.

Esta pesquisa é de grande valia, uma vez que a empresa está sofrendo a cada dia com a

diminuição das vendas do cigarro, não sabendo assim o motivo real do problema. Para isso

tem-se que consultar os responsáveis pela diminuição da demanda e compras dos produtos

que são os clientes, podendo depois se fazer uma pesquisa para satisfazer os seus desejos e

necessidades.

Na empresa não existe uma cultura de pesquisas constantes para avaliar a satisfação

dos clientes periodicamente, para a partir desta, elaborar estratégias mercadológicas. A

empresa poderá melhorar, com os dados levantados na pesquisa, o processo de decisão e

verificar os motivos que levam os clientes a não comprar ou comprar da empresa, tendo como

conseqüência o aumento do relacionamento de cliente com a organização.

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O plano de marketing tem uma grande importância às organizações com objetivo de

poder identificar as melhores oportunidades e se manter na posição desejada no mercado. O

plano deve ser flexível para poder-se reestruturar quando preciso e tem de ser compartilhado

desde o funcionário até o presidente para poder chegar em um só objetivo, pois segundo

Westwood (1997), o “plano de marketing é um documento que formula um plano para

comercializar produtos e serviços. Um plano de marketing tem estrutura formal ou informal

que tem grande flexibilidade”.

Philip Kotler (2003), diz que o marketing de relacionamento é uma mudança de

paradigma, porque trata da evolução da mentalidade competitiva e conflituosa para uma nova

abordagem pautada pela interdependência e cooperação. Mas reconhece-se a importância das

várias partes em constantes cooperações para fornecer mais valor aos clientes-alvo.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O Marketing

Estudando os conceitos de marketing viu-se que os mesmos estão evoluindo, passando

por várias fases que podem chegar até mesmo a serem conflitantes. Seguindo a definição no

qual marketing é uma filosofia de negócios, segundo Semenik e Bamossy (1995), toda a

estratégia de planejamento e execução dos projetos de marketing da empresa tem como

propósito fundamental à satisfação das necessidades de seus clientes. Tal definição restringe a

função de marketing que é muito mais abrangente.

Segundo Robert Skacel (1992), a palavra marketing tem sido usada livremente para

designar principalmente as atividades de promoção, vendas e propaganda. Pode-se dizer que

nos tempos atuais o marketing é uma grande ferramenta gerencial para se constituir uma

disciplina em si responsável por um julgamento bem criativo para poder direcionar os

recursos da empresa para poder alcançar metas lucrativas específicas por meio de uma

satisfação inovadora de todas as necessidades do consumidor. O Marketing em si assume um

papel de fundamental importância na determinação das necessidades das empresas e dos

consumidores, ressaltando a importância do composto mercadológico para o atendimento ao

mercado consumidor, incluindo a pesquisa mercadológica como forma de manter a empresa

bem informada sobre as tendências do mercado.

Segundo Richers (2000, p.5), o marketing deve propiciar um elevado grau de

satisfação e lealdade a seus clientes, ou seja, nas palavras do autor “marketing é simplesmente

definido como a intenção de entender e atender o mercado”. Devido a isto, o marketing atual

tem a responsabilidade de estar diretamente ligado ao processo de identificar mercados nichos

e suas oportunidades de demanda que foram inadequadamente satisfeitas pelas empresas já

existentes.

Essa definição encontra-se com o enfoque dado ao marketing

por Regis Mackenna (1992), de acordo com qual deixa-se de lado

a visão de que o marketing era somente uma forma de vender

produtos e/ou serviços de uma empresa; na transição ele passa a

atender as necessidades dos clientes e não “manipular” suas

mentes. É então visível que o cliente sabe escolher e tem

ofertas e oportunidades para isso, não sendo mais possível

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oferecer-lhe o que a empresa tem, mas aquilo que ele, em

conjunto com a mesma, definirem como o melhor.

Já Kotler (1998, p.27), define marketing como sendo “um processo social e gerencial

pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, oferta e

troca de produtos de valor de mercado” ou de forma simplificada, mas com mesmo sentido,

marketing é satisfazer as necessidades e desejos dos mercados-alvo. Seguindo a mesma linha

de pensamento, para Churchill e Peter (2000, p. 4), “marketing é o desenvolvimento de trocas

em que organizações e clientes participam voluntariamente de transações destinadas a trazer

benefícios para ambos”.

Entende-se por desenvolvimento de trocas, o ato de se obter alguma coisa de alguém

oferecendo algo em contrapartida, e do qual participam indivíduos e organizações, a fim de

que estas transações proporcionem satisfação e tragam benefícios para ambos os lados. Com

isso, pode-se dizer que o marketing esta passando por uma reavaliação intensa diante dos

desafios globais, tecnológicos, econômicos e sociais enfrentados pelas empresas. É visto

como uma ferramenta gerencial indispensável para a manutenção de uma empresa no

mercado.

Os conceitos de marketing se aplicam ao grau de

envolvimento que a organização tem com a tarefa de conquistar e

manter seus clientes. Uma das ferramentas que as organizações

podem utilizar para atingir seu mercado-alvo e atender as

expectativas de seus clientes, são os 4 Ps.

Alguns autores como Bretzke (1999) e Gordon (2000)

concordam que não se deve subestimar as outras variáveis do

marketing mix, como o posicionamento, produto, preço e canais de distribuição; e que a empresa deve estar preparada para

traduzir em todos os aspectos de sua gestão a proposição de

valor que o cliente entende e valoriza. Com relação aos os “4

Ps” do marketing, Gordon (2000) aponta algumas mudanças

impactantes advindas do marketing de relacionamento:

•Produto: quando devidamente implementado, o marketing de

relacionamento resulta em produtos que são cooperativamente

projetados, desenvolvidos, testados, orientados, fornecidos,

instalados e aprimorados. Produto e serviços são conseqüência

de um processo de colaboração que cria valores que os clientes

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querem, para cada componente do produto e seus serviços

associados.

•Preço: como com o marketing de relacionamento, o produto

varia conforme as preferências e os preceitos dos clientes, o

valor também vai mudar proporcionalmente. O preço deverá

refletir as escolhas feitas e o valor criado a partir destas

escolhas.

•Promoção: com o marketing de relacionamento o cliente tem

oportunidade de decidir como ele deseja se comunicar como a

empresa e de que maneira isso se dará.

•Praça/distribuição: o marketing de relacionamento

considera a distribuição a partir da perspectiva do cliente que

decide onde e como comprar o que a empresa/vendedora oferta.

O mercado busca a fidelização dos clientes melhorando por meio dos serviços

prestados, bom atendimento, mix do composto de marketing e rapidez nas decisões, por isso a

concorrência esta cada vez maior. As empresas querem sempre ganhar mercado não apenas

vendendo um produto, querem fazer com que eles tenham um bom relacionamento e voltem

sempre. Quando estão ganhando mercado, a empresa mostra que o produto foi desenvolvido

para atender especificamente aquele mercado em que está definido.

2.2 Marketing de relacionamento

A fidelização com os clientes, não vem dos tempos atuais, Peppers e Rogers (1994) dizem que antes da Revolução Industrial, o marketing de

relacionamento era a forma com que se faziam os negócios, antes

dos produtos de massa e das grandes mídias e que os empresários

da época era o de que o seu negócio coincidia exatamente com

“a participação no cliente”.

Ainda, segundo Peppers e Rogers (1994), o lojista era o

responsável pelo marketing e levava um banco de dados na

cabeça. Hoje, a tecnologia da informação dá possibilidades às

grandes empresas de serem tão eficazes nos relacionamentos

pessoais quantos os pequenos lojistas daquela época. A

concorrência, na década de 80, freqüentemente se baseava na

qualidade dos produtos e serviços. Atualmente como requisito

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competitivo à qualidade do relacionamento com o cliente é a

medida mais apropriada do sucesso.

A terminologia marketing de relacionamento, de acordo com

Bretzke (1999), surgiu com Berry, na literatura de marketing de

serviços, em 1983. Naquela época concebeu-se que a fidelização

de clientes era uma forma de alcançar maior competitividade das

empresas e maior satisfação dos clientes; definiu-se o

marketing de relacionamento como a atração, a manutenção e o

aprimoramento de relacionamento com clientes. A atração de

novos clientes deveria ser vista apenas como um passo

intermediário no processo de marketing.

Segundo Kotler (2003), um relacionamento é considerado a soma do conhecimento,

experiência e confiança de que a empresa desfruta perante os clientes, empregados,

fornecedores e parceiros de distribuição. Os relacionamentos determinam o valor futuro e é o

ponto-chave para qualquer negócio . Mas todo relacionamento pode passar por deslizes que,

se acontecer, prejudicará o desempenho da empresa, para isso pode-se dizer que é importante

manter boletins de relacionamentos que avaliem os pontos fortes, os pontos fracos, as

oportunidades e as ameaças referentes a esses relacionamentos. A empresa precisa agir com

rapidez e consertar com urgência qualquer deficiência em relacionamentos importantes.

Adrian Payne (1991) define que o Marketing de Relacionamento trata sobre como

maximizar o valor do cliente para a empresa através da criação, construção e prolongamento

dos relacionamentos com os clientes a fim de vender mais, fazer venda cruzada, e manter

clientes em longo prazo.

Entretanto, McKenna (1992) trata o Marketing de Relacionamentos como um aspecto

fundamental para fazer negócios envolvendo todas as partes da organização numa função de

construção e sustentação da infra-estrutura de relacionamentos de clientes. É a integração de

clientes à empresa, desde o projeto, desenvolvimento, processos industriais, e de vendas.

Todos os empregados precisam estar no negócio de construir relacionamentos de clientes.

Kotler (1998, p. 619) diz que o relacionamento é feito para que os clientes importantes

tenham uma atenção contínua para que os vendedores da empresa possam trabalhar com

clientes-chaves e fazer mais do que uma simples visita. O autor ressalta que os clientes que

tem relacionamento com as empresas devem também ser convidadas a jantar, devem ser

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visitados em outras ocasiões que não as de serviço, devem receber também algumas sugestões

para que melhore seu negócio.

Kotler (1998, p 59), diz que “é mais fácil recuperar consumidores do que encontrar

outros novos” e ainda ressalta que o ponto de partida do marketing de relacionamento começa

com os consumidores prováveis, ou seja, todos que podem comprar os produtos ou serviço.

Esses clientes são estudados junto às empresas para poder determinar quais deles são

consumidores potenciais. As empresas esperam converter os consumidores potenciais

qualificados em consumidores novos, para a partir daí, transformar os novos em leais, que são

os que as empresas trabalham mais para transformá-los em clientes, e daí então fazer deles o

maior advogado de sua empresa, aqueles que defendem a empresa e estimulam outras pessoas

a comprar nela. Existem também os consumidores não qualificados que são aqueles que a

empresa rejeita porque não tem crédito.

Mas Oliver (1999), apresenta como uma nova denominação

para um Marketing de relacionamento evoluído: o Marketing da

intimidade, que dá ênfase a intimidade com o consumidor, tem

como objetivo exceder suas expectativas e a ação envolve a

participação do consumidor e o público que eram os nichos passa

a ser individual. Segundo Oliver a crescente dificuldade econômica que

chegou com o século XXI, seus consumidores sofisticados e bem informados, e a

concorrência global intensificada é que forçou outra abordagem do marketing.

Por meio da necessidade de um melhor relacionamento, viu-se que é necessário

sempre manter com os clientes o marketing de relacionamento, que, segundo Bertzke, 1999 é

a filosofia empresarial com base na aceitação da orientação para o cliente e para o lucro por

parte de toda a empresa e , também, no reconhecimento de que se devem buscar novas formas

de comunicação para estabelecer um relacionamento profundo e duradouro com os clientes,

clientes potenciais, e todos os agentes da infra-estrutura.

Segundo Gordon (1998) marketing de relacionamento é um processo contínuo de

identificação e criação de novos valores com clientes individuais e o compartilhamento de

seus benefícios durante uma vida toda de parceria. Esse marketing envolve compreensão,

concentração e administração de uma colaboração contínua entre fornecedor e cliente. O autor

relata uma lista de menções do marketing de relacionamento.

1) Procura criar novo valor ao cliente e compartilhá-lo entre o produtor e o

consumidor;

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2) Reconhece o papel fundamental que o cliente tem como comprador e na definição

do valor que deseja;

3) Exige que as empresas planejem e alinhem seus processos de negócio,

comunicação, tecnologia e RH, para manter o valor que o cliente deseja;

4) Esforço contínuo e colaborativo entre o comprador e o vendedor;

5) Reconhece o valor do cliente por seu período de vida de consumo (ou vitalício) –

união progressiva;

6) Procura construir uma cadeia de relacionamentos (fornecedor/ clientes/ acionistas/

intermediários) para criar o valor desejado aos clientes.

O Marketing de relacionamento é constituído de 11 C´s que já substituem os 4 P´s.

São eles:

Clientes Definir os clientes, o vinculo, outros objetivos e as estratégias a serem

seguidas para atende-los procurando a obtenção de benefícios mútuos

Categorias Qual o alcance das ofertas dos produtos

fornecidos? A empresa deve terceirizar, utilizar

outros meios para a entrega, ou não?

Capacidades Quais as capacidades da empresa em relação às

necessidades e desejos dos clientes?

Custo A empresa deve criar valores para os clientes

(construir a lucratividade do cliente). Duas

maneiras: - mais competitivos (custos); - novas

oportunidades de rendimento.

Controle do contato

com processos

monetários

O profissional precisa comandar a equipe

concentrada no cliente e assegurar que os

processos sejam desempenhados no interesse mútua

empresa-cliente.

Colaboração A busca da garantia de acesso aos principais

tomadores de decisão, apoio ao aprendizado em

conjunto, a divisão estratégica e outras formas de

colaboração estratégica e operacional que levam a

integração.

Customização A criação de novo valor para o cliente, customizar

aspectos de desenvolvimento do produto, da

produção/ distribuição e assumir um papel mais

abrangente na administração do produto durante

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todo seu tempo de vida.

Comunicação Comunicações interativas/ em tempo real. Bem

posicionada em relação ao cliente.

Cálculos sobre o

cliente

Rastrear o desempenho da empresa na mente do

cliente. Acompanhar as avaliações do cliente, o

progresso no vinculo com o mesmo.

Cuidados com os

clientes

Fornecimento de informações em tempo real,

treinamento, retorno e quaisquer outros serviços

exigidos.

Cadeia de

relacionamento

Compreende as ligações formais dentro da empresa e com os participantes

externos (fornecedores e intermediários), criando o

valor que os clientes finais desejam. Figura 1 – Os 11 C´s do marketing de relacionamento e suas descrições Fonte: adaptado de Gordon (1998).

O principal mecanismo para manter relacionamentos de longa duração com os clientes

é aumentar sua satisfação por meio de interações com a empresa, tanto em qualidade quanto

em número. Para monitorar as interações, a empresa precisa ter um conhecimento completo

de como os clientes compram atualmente seus produtos ou serviços e como eles interagem

com ela. Em relação às interações com a organização, a empresa deve saber quando, como,

em que condições, para quais propósitos e com quem os clientes interagem em sua

organização. Uma forma conveniente para identificar interações específicas com clientes é

chamado de programação de clientes.

Programação é um processo objetivo acompanhado por meio de um fluxograma das

oportunidades de contato de uma empresa com seus clientes.

Figura 2 – Posicionamento Dinâmico

Fonte: McKenna, 1992, p. 49

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Para se ter um bom programa de marketing de relacionamento, existem algumas

etapas que um estabelecimento deve estabelecer: identificar quais são os clientes-chaves que

merecem uma melhor atenção; a decisão de um gerente de relacionamento para cada cliente-

chave; o desenvolvimento de uma descrição de tarefas dos próprios gerentes de marketing de

relacionamento; uma indicação de um gerente geral para poder supervisionar os gerentes de

relacionamento e o desenvolvimento de um plano em longo prazo e um plano anual de

relacionamento feito pelos gerentes de relacionamento.

MARGEM ALTA MARGEM MÉDIA MARGEM BAIXA

Muitos consumidores/ distribuidores Responsável Reativo Baixo ou reativo

Número médio de consumidores/ distribuidores

Proativo Responsável Reativo

Poucos consumidores/ distribuidores Parceria Proativo Responsável

Quadro 1 – Níveis de marketing de relacionamento

Fonte: Kotler, P., Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle; tradução Ailton Bomfim Brandão – 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1998.

O Marketing de relacionamento tem algumas vantagens para a empresa. Segundo

Berry (1995), a maior qualidade de produtos e serviços é alcançada por meio do

conhecimento do valor demandado pelo cliente. A oferta de valor adequado leva à maior

satisfação e probabilidade para a manutenção de um relacionamento de longo prazo. A

fidelidade, por sua vez, leva à maior lucratividade, pois além de gerar maior receita por mais

tempo, custa menos do que conquistar novos clientes.

Sendo assim as vantagens destacadas, segundo Berry (1995), para a empresa são:

• Mais qualidade nos produtos e serviços;

• Maior satisfação do cliente;

• Melhor desenvolvimento da fidelidade dos clientes;

• Ambiente de trabalho que favorece soluções inovadoras;

• Estabelece local propício para testar novas idéias;

• Oportunidade maior de crescimento;

• Maior lucratividade

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Mas a vantagem maior do marketing de relacionamento é para os clientes, pois com a

globalização, a concorrência acirrada, o cliente só tem a lucrar. Hoje ele é bem mais

respeitado, as empresas se sentem ameaçadas pelo mesmo. O cliente, assim como as

empresas, sabem que o bom relacionamento é o fator chave de sucesso (pelo menos

teoricamente). A estratégia de marketing de relacionamento, portanto, possibilita ao cliente

grandes benefícios. São elas:

• Obtenção contínua (ou periódica) de serviços que são importantes e customizados

às suas necessidades e desejos;

• Redução do risco da compra, pois conhecem o(s) fornecedor(es);

• Recebem serviço personalizado (status);

• Maior bem-estar e qualidade de vida, por facilitar o processo decisório de compra.

Segundo McKenna (1992), o marketing de relacionamento usa as ferramentas de Database

Marketing, Telemarketing e Comunicação Dirigida, assentando-se sobre informações,

conhecimento e experiência (Knowledge-based e experience-based):

• Sobre a tecnologia na qual compete;

• Sobre a sua concorrência;

• Sobre os seus clientes;

• Sobre novas fontes de tecnologia que podem alterar o ambiente competitivo;

• Sobre sua própria organização:

As principais características do Marketing de Relacionamento relacionadas com o

paradigma de kwoledge-based, segundo McKenna (1992), são :

A integração do cliente no processo de planejamento dos produtos ou serviços, para

garantir que os mesmos sejam desenvolvidos, não somente em função das necessidades e

desejos do cliente, mas também de acordo com a estratégia do cliente. Isto é válido,

principalmente, no mercado "business-to-business".

O desenvolvimento de nichos de mercado onde, o conhecimento da empresa sobre canais

de distribuição e identificação de segmentos, leva a um ganho de mercado.

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Desenvolvimento da infra-estrutura de fornecedores, vendas, parceiros, governo, e

clientes, em que o relacionamento irá ajudar a criar e sustentar a imagem da empresa e o

seu desenvolvimento tecnológico.

Quanto aos aspectos de "experience-based", o Marketing de Relacionamento enfatiza a

interatividade, conectividade e criatividade, significando que:

A empresa irá despender esforços mercadológicos e tempo com os seus clientes,

monitorando constantemente as mudanças que ocorrem no ambiente competitivo, por

meio de um Sistema de Suporte a Decisões Mercadológicas, possuindo um afinado

sistema de "Market Intelligence" integrado a toda a empresa.

Monitoramento constante da Concorrência, dentro do conceito definido por Porter onde

uma análise da concorrência é usado como um importante ponto de partida para prever as

condições futuras da indústria. Em que os prováveis movimentos de cada concorrente e da

sua capacidade de responder a mudanças pode determinar a perda ou ganho de vantagem

competitiva da empresa.

Desenvolvimento de um Sistema de Análise Mercadológica, que pelo "feedback",

(principalmente pela mensurabilidade) retorna a informação sobre mercado, concorrência,

e comportamento dos clientes, fornecedores e outros intermediários, para o Sistema de

Suporte à Decisão, aperfeiçoando o próprio sistema e permitindo uma tomada de decisão

ágil e consistente, num processo contínuo de adaptação às condições mutantes do

ambiente competitivo.

Embora possa haver algumas distinções (e elas existem, dependendo do autor e das

intenções de garantir mercado no universo crescente do atendimento ao cliente), CRM

(Customer Relationship Management) compreende o esforço de empresas e organizações em

geral para manter um relacionamento personalizado com os clientes (usuários, associados

etc), visando promover a sua fidelização, incrementando as vendas, agregando valor a marcas

ou buscando a sua adesão a determinadas idéias.

CRM, para muitos especialistas, como, por exemplo, Don Peppers e Martha Rogers,

criadores do chamado Marketing um a um, é sinônimo também de Marketing de

Relacionamento ou mesmo de Marketing em tempo Real. O CRM se apoia em tecnologias

adequadas, capazes de identificar as demandas, expectativas e interesses dos clientes e, desta

forma, poder atendê-las satisfatoriamente. Segundo Karkotli (2001) o CRM tem a ver com um

conceito mais profundo: cada cliente é distinto, diferente, e deve ser tratado de forma

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diferente. A função do CRM é determinar quais são estes clientes, quais devem ser tratados de

forma personalizada, one-to-one, e quais são os clientes que devem ser deslocados para níveis

de prioridade inferior.

Para Peppers & Rogers (2001. p.47), “CRM é uma estratégia de negócio voltada ao

entendimento e à antecipação das necessidades dos clientes atuais e potenciais de uma

empresa”. Do ponto de vista tecnológico, CRM envolve capturar os dados do cliente ao longo

de toda a empresa, consolidar todos os dados capturados interna e externamente em um banco

de dados central, analisar os dados consolidados, distribuir os resultados dessa análise aos

vários pontos de contato com o cliente e usar essa informação ao interagir com o cliente

através de qualquer ponto de contado com a empresa.

Tipos de Relacionamentos

Um relacionamento bom é constituído por meio de uma série de interações

colaborativas entre empresas e clientes. Com o tempo essas interações sucessivas

desenvolvem um contexto que reflete o desejo dos clientes. Cada relacionamento é diferente e

gera informações importantes das participações individuais de clientes.

O Marketing de Relacionamento Total é baseado em relacionamentos, redes e

interações com todos os participantes do processo. Segundo Gummesson (1999), pode-se

enumerar trinta tipos de relacionamentos que devem ser estudados para se implementar o

Marketing de Relacionamentos dentro de uma organização. São eles:

- relacionamento entre o fornecedor e o cliente que é na realidade o maior relacionamento

do marketing; pois é a troca fundamental de valor que constitui a base do negócio;

- o relacionamento entre o fornecedor, o cliente e o concorrente, trazendo a tona a

competição como ingrediente central da economia de mercado;

- o relacionamento com os canais de distribuição, onde a tradicional distribuição física e o

moderno gerenciamento do canal incluindo bens, serviços, pessoas e informações consiste

numa rede de relacionamentos;

- os relacionamentos em tempo integral e em parte do tempo, trazendo uma nova filosofia

para dentro da empresa, mostrando a contribuição de cada um dentro da organização na

construção do relacionamento com os clientes externos;

- o relacionamento entre o cliente e a produção traduzido muitas vezes como o “momento

da verdade”;

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- o relacionamento entre o principal executivo do cliente e o principal executivo do

fornecedor traduzido em um marketing das organizações;

- o relacionamento com o cliente do cliente;

- o relacionamento distante do cliente através de relatórios e pesquisas;

- o relacionamento com clientes insatisfeitos;

- o relacionamento de monopólio quando o cliente é prisioneiro do fornecedor ou vice-

versa; o cliente como sócio com o objetivo de criar um relacionamento duradouro;

- o relacionamento eletrônico onde a tecnologia da informação é um elemento

fundamental nos diversos tipos de marketing;

- o relacionamento com símbolos e objetos onde há incorporação da sociedade com a

marca da empresa;

- o relacionamento não-comercial entre o setor público e o cidadão / cliente;

- o relacionamento com o verde, onde ambiente e saúde, gradativamente, está tendo sua

importância incrementada;

- o relacionamento baseado na lei através de contratos e ações litigiosas.;

- o relacionamento entre redes criminais construído através de um negócio ilegal

provocando perturbações no funcionamento do mercado e da indústria;

- a rede pessoal e social freqüentemente determinando rede de negócios através da

condução dos negócios por amigos ou amigos-dos-amigos;

- o mega-marketing através de relacionamentos com indivíduos influentes, governos,

legisladores e outros com o objetivo de tornar possível o nível operacional;

- o relacionamento através de alianças entre empresas no mercado com o objetivo de inibir

a competição e criar uma economia de mercado;

- o relacionamento do conhecimento com o objetivo estratégico e crítico de aquisição de

conhecimentos e formação de alianças; as mega alianças buscando condições básicas para

relacionamentos internacionais;

- o relacionamento com a mídia de massa como forma de influenciar a opinião pública;

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- o relacionamento através de centros de lucros dentro das organizações; o relacionamento

com o cliente interno como forma de executar os processos entre os departamentos da

organização;

- o relacionamento entre operações e marketing construindo o moderno conceito de

qualidade onde relacionamentos internos tem a mesma importância que os relacionamentos

com os clientes;

- o relacionamento com os empregados como suporte necessário para o relacionamento

consistente com os clientes externos;

- a matriz bi-dimensional de relacionamento entre organizações matriciais;

- o relacionamento com fornecedores que suportam uma série de serviços para as

organizações;

- o relacionamento entre o proprietário e o financista determinando as condições sob as

quais a função de marketing pode operar.

Segundo Gummesson (1999), a análise e interpretação destes trinta tipos de

relacionamentos dentro do contexto do negócio em estudo certamente leva a implementação

mais abrangente desta nova filosofia de Marketing de Relacionamento.

2.3 Marketing one-to-one

Hoje, as empresas estão percebendo que mais lucrativo do que fazer negócios com

muitas pessoas é fazer muitos negócios, de forma mais personalizada possível com os seus

melhores clientes. É a era do Marketing de Relacionamento e de sua versão radical, o

Marketing one-to-one, uma filosofia que vem conquistando um número cada vez maior de

adeptos, propondo resgatar algo que parecia perdido no passado: um atendimento

verdadeiramente voltado para o cliente, focado na satisfação de suas necessidades específicas.

O marketing um a um é baseado no desenvolvimento e no gerenciamento de relacionamentos

com clientes individualmente. A tecnologia de banco de dados permite a uma empresa trilhar

relacionamentos e abordar seus clientes separadamente.

Segundo Peppers e Rogers (1994), o marketing one-to-one é uma nova maneira de

analisar a base fundamental da concorrência independentemente do ramo de atividade de

atuação. O ponto central é o de competir de forma eficaz utilizando a tecnologia da

individualização. O marketing one-to-one busca vender a um único cliente o maior número de

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produtos durante um longo período. O propósito final da atividade é gerar vendas por meio de

clientes leais. A comunicação com o cliente se dará por meio da mídia individualizada. De

acordo com Kotler (1998, p.626), “as empresas que conhecem seus clientes podem adaptar

produtos, ofertas mensagens, sistemas de entrega e métodos de pagamento para maximizar o

resultado de suas campanhas”.

O processo de implementação de um programa de marketing one-to-one ou de uma

iniciativa de CRM pode ser pensado como uma série de quatro passos básicos: Identificar,

Diferenciar, Interagir e Personalizar. Esses passos estão mais ou menos organizados por grau

de dificuldade e complexidade, ainda que se possa encontrar áreas comuns entre eles.

Peppers & Rogers (2001) define esses passos como:

1. Identifique seus clientes. Não é possível estabelecer uma relação com alguém que

não conseguimos identificar. Assim, é absolutamente crítico “conhecer” os clientes

individualmente, com o maior número de detalhes possível e ser capaz de reconhecê-los em

todos os pontos de contato, em todas as formas de mensagem, ao longo de todas as linhas de

produtos, em todos os locais e em todas as divisões. Se a empresa não tem uma forma de

identificar pelo menos uma parcela considerável de seus melhores clientes, ela não está

preparada para lançar uma iniciativa one-to-one (ou talvez não tenha definido seus clientes de

forma correta e deva tentar estabelecer relações com os revendedores e como canais de

distribuição, e não com os consumidores). Para o varejo, por exemplo, o processo de

identificação pode exigir algum tipo de programa para o comprador freqüente, projetado para

incentivar o cliente a “levantar a mão” e identificar-se todas as vezes que ele vier à loja. Para

uma empresa que negocia diretamente com outras empresas, por outro lado, a identificação

pode envolver tentar saber os nomes de pessoas e posições específicas dos executivos da

organização do cliente que podem influenciar ou decidir a compra.

2. Diferencie seus clientes. Os clientes podem ser diferenciados de duas maneiras: pelo

nível de valor para sua empresa (alguns têm um valor muito alto; outros, nem tanto) e pelas

necessidades que têm de produtos e serviços de sua empresa. Assim, uma vez tendo

identificado seus clientes, o próximo passo é diferenciá-los de maneira a: (a) priorizar seus

esforços e aproveitar o mais possível de seus clientes de maior valor e (b) personalizar o

comportamento de sua empresa, baseado nas necessidades individuais de seus clientes. Claro

que isso implica em estabelecer algum tipo de critério de estratificação, modelo de

lucratividade ou medida de valor dos clientes. Mas isso também significa que a empresa deve

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começar categorizando os clientes por suas diferentes necessidades, e preparar-se para tratar

seus diferentes clientes de forma diferente.

3. Interaja com seus clientes. Você tem de melhorar a eficiência e a eficácia de suas

interações com seus clientes. Isso quer dizer que não somente deve buscar a forma mais

barata e automatizada de interação, mas também a mais útil em termos de produção de

informação que possa ajudar a fortalecer suas relações com os clientes. Além disso, toda

interação com o cliente deve estabelecer-se dentro do contexto de todas as outras interações

com aquele cliente. A nova conversa deve iniciar-se onde a última conversa terminou, não

importando se ela ocorreu ontem à noite ou há um mês, através do call center, da Web, ou no

escritório do cliente quando visitado por um vendedor. A etapa de interação está intimamente

ligada à de diferenciação e à de personalização. Além de saber como as necessidades de seus

clientes mudam, é necessário um processo de utilização dos feedbacks de um cliente em

particular para que seja possível deduzir quais são as necessidades específicas daquele cliente.

Dessa forma, com base nessa informação, seguimos para o próximo passo da implementação.

4. Personalize alguns aspectos do comportamento de sua empresa para melhor atender

seus clientes. Para incentivar os clientes a manter uma Relação de Aprendizado, a empresa

precisa adaptar-se às necessidades individuais expressas pelo cliente. Isso pode significar a

“personalização em massa” de um produto ou a personalização das opções oferecidas “ao

redor” do produto. Para a empresa ser verdadeiramente one-to-one, seus produtos ou serviços

devem ser capazes de tratar um cliente particular de forma diferente, de acordo com o que

aquele cliente disse durante uma interação com a área de vendas ou de marketing. Um engano

comum a respeito do marketing one-to-one, já que ele chega até o nível do cliente individual,

é que cada cliente deve ter uma oferta ou mensagem singular. É um objetivo a ser perseguido,

porém o que one-to-one realmente significa é simplesmente tratar clientes diferentes de forma

diferente, de forma que isso seja significativo para os clientes de forma individual. Esse tipo

de personalização torna-se viável apenas através de uma metodologia de “personalização em

massa” – que permite criar uma variedade de produtos altamente específicos a partir de

componentes distintos ou módulos. Doze módulos “A”, quando combinados com 25 módulos

“B”, 16 “C” e 13 módulos “D”, são suficientes para gerar mais de 60.000 produtos possíveis.

Note que apenas 66 módulos estão envolvidos na configuração desse número enorme de

produtos diferentes. É assim que funciona a personalização em massa. Além disso, aplicar

esse processo na forma de tratar os clientes é mais do que combinar atributos físicos. Você

pode personalizar em massa a forma como os produtos são entregues ou pagos. Você também

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pode personalizar em massa a forma com que seu call center responde a telefonemas de seus

clientes ou a forma como seu Web site se apresenta aos distintos visitantes.

Faz-se necessário o conhecimento do marketing one-to-one, para que se possa

desenvolver uma estratégia voltada para o relacionamento sólido com cliente a fim de

aumentar a quantidade de compras não tão somente aumentar o número de clientes em seus

bancos de dados. Para o consultor Valsoir Tronchin, sócio do Peppers and Rogers Group do

Brasil (1to1center.com.br), o marketing one-to-one tem como objetivo aumentar o número de

necessidades atendidas de um grupo específico de clientes: aqueles de maior valor e maior

potencial. "Enquanto o marketing de massa tem como missão aumentar a participação da

empresa no mercado (market share), o marketing one-to-one tem como objetivo aumentar a

participação da empresa no cliente (share of customer)".

É notório que as empresas terão que considerar o uso desta ferramenta do marketing

de serviços virtual para encontrar, atingir, comunicar e vender a clientes potenciais e reais. De

acordo com Armor (2000, p.30) “a internet permite que as empresas reajam às necessidades

individuais do cliente. Todos os clientes podem ser tratados da maneira que preferirem. O

marketing one-to-one se tornou a forma padrão de lidar com os clientes na internet”.

Segundo o consultor, tratar clientes diferentes de forma diferente, a essência do

marketing de relacionamento, implica também admitir que isso não é para todos os clientes.

Por isso, uma etapa importante do programa one-to-one envolve a diferenciação dos clientes.

"A partir dessa diferenciação, baseada nos critérios específicos e pertinentes a cada empresa,

são escolhidos os melhores clientes e com eles deve-se manter um relacionamento

personalizado".

O negócio é, portanto, tratar cada cliente de modo que ele se sinta especial, fique

satisfeito e permaneça leal à marca e/ou à empresa por um longo período de tempo. Exemplo:

uma pessoa que vai adquirir um carro novo numa concessionária deveria ser por ela tão bem

atendido em suas necessidades específicas que permanecesse comprando lá os demais carros

de sua vida útil como cliente e não só aquele que acabou de adquirir. Assim, estaria fazendo

um bom marketing de relacionamento.

Cardoso & Filho (2001) citam que o marketing um a um significa repensar a estrutura

organizacional, os sistemas de informação e a estrutura de orçamentos e de recompensas

dentro da empresa. O processo necessariamente envolverá toda a corporação em um esforço

para tratar cada diferente cliente o mais individualmente possível, por meio de cada função,

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departamento e divisão da corporação. No fundo, é uma técnica de marketing cujo segmento é

uma pessoa, um consumidor, um cliente.

E para conhecer bem o cliente e seus gostos, tem-se também que entender bem o

mercado atual e onde se pretende para que seu empreendimento seja algo de alta qualidade E

para deter isso, significa ampliar o mercado ou ate mesmo diminui-lo. Um dos grandes

desafios do profissional de administração de marketing é saber as expectativas antes, durante

e depois da compra de cada consumidor. Segundo Alexandre Las Casas (2001), o Marketing

deve ser ajustado às alterações ambientais, exigindo as constantes adaptações de atividades

mercadológicas.

Conforme Marcos Cobra (2001, p.147) “Todo processo de avaliação do nível de

satisfação do cliente deve estar integrado para identificar as necessidade e desejos dos

clientes”

= _ Valor para o

cliente

Benefícios

percebidos

Custos

percebidos

Figura 3 – A equação do valor Fonte: Churchill (2000, p.16)

De acordo com Las Casas, (2001, p.23) “o problema freqüentemente citado como

causa dos resultados negativos é que muitos se aventuram em negócios sem avaliar a

necessidade do mercado”. Os bens ou serviços devem estar adequados às necessidades dos

consumidores ou usuários. Segundo o SEBRAE (1999, p.15) “as pessoas não compram bens

ou utilizam serviços somente porque têm qualidade ou seus preços são acessíveis. Elas

precisam sentir necessidade de ter o produto e condições para adquiri-los”.

Segundo Kotler (1998) quando a diferenciação do produto for muito complexa, o meio

mais fácil para alcançar o sucesso competitivo está na ampliação e na qualidade dos produtos.

Os principais diferenciadores de uma empresa são a entrega, a instalação, serviço de suporte,

o treinamento do consumidor entre outras coisas que agregam valor ao produto. Mas

Churchill e Peter (2000, p. 292) diz que “embora o processo de identificar e satisfazer as

necessidades dos mercados-alvo e criar valor para eles seja essencialmente o mesmo para

bens e serviços, a natureza dos serviços cria desafios especiais para os profissionais de

marketing”.

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O consumidor está mudando rapidamente, com o aumento significativo da expectativa de

vida, nota-se um amadurecimento do mercado, consumidores mais velhos em maior número

que tomam as decisões de compra com base nas experiências anteriores. As decisões de

compra são compartilhadas entre membros da família, e com esse maior numero de

informações percebe-se que todas as marcas são praticamente iguais. Com estas mudanças

começa-se a notar um enfraquecimento na lealdade à marca. (VAVRA,1993)

Richers (2000, p.117) faz uma análise do comportamento do consumidor brasileiro por

décadas, que se inicia em 1950 e se estende por mais cinqüenta anos, baseando-se dentro de

um conceito político, econômico e social. O autor informa "constatei que ao longo deste

processo de evolução, o consumidor apresenta alguns traços imutáveis e outros que variam

com o seu amadurecimento e as pressões do meio ambiente". O autor faz referência aos

hábitos do consumidor brasileiro onde cita que é consumista, ostenta o ato da compra por

questões de status, compra sem recursos para pagamento e sofre forte influência dos meios de

comunicação no ato da compra.

Gordon (2000) analisa o comportamento dos consumidores por meio de classificação

por participação (números de vezes que o cliente se dispõe a comprar seus produtos) e pelo

share of mind (o que passa pela cabeça do consumidor), e as classificam em seis categorias

distintas:

· Prospects - São pessoas identificadas dentro da população e cujo perfil combina com

que a empresa está procurando, conhecidos comumente como clientes potenciais.

· Experimentadores - São os prospects que tomam conhecimento de sua empresa bem

como suas ofertas e realizam compras experimentais.

· Compradores - São os experimentadores satisfeitos que passam a fazer negócios

eventuais com a empresa.

· Clientes eventuais - Realizam as compras enquanto suas necessidades forem

preenchidas

· Clientes regulares - São os que compram de sua empresa por muito tempo. Tornando-se um

cliente leal com a empresa.

· Clientes defensores - Efetuam compras regularmente e farão de sua empresa uma

fonte de referência, tornando-se clientes leais com a empresa.

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A partir destas definições já citadas pode-se fazer referência ao varejo, suas definições,

abordagem e estratégias. Essas considerações fazem-se necessárias pelo fato de a empresa em

estudo estar classificada no mercado como sendo uma empresa varejista.

Segundo Michael Levy e Barton Weitz (2000, p.26), "um varejista é um negociante

que vende produtos e serviços de uso pessoal ou familiar aos consumidores. Um varejista é o

último negociante de um canal de distribuição que liga fabricantes a consumidores". O varejo

se encontra em todas as etapas do mercado e sua função compreende em agregar valor aos

produtos, oferecendo uma variedade de produtos e serviços, a fim de fracionar os lotes de

compras, manter estoque a baixos custos e fornecer serviços capazes de agregar valor e

encantar seus clientes.

Kotler (1998, p 493) diz que no varejo é incluída todas as atividade envolvidas em

uma venda diretamente ao consumidor final para um uso pessoal. O varejo ou uma loja de

varejo pode ser considerado qualquer empresa cuja vendas são decorrente do fornecimento

por unidade ou pequenos lotes.

O varejo afeta todas as facetas da vida. Aos varejistas, é importante criar uma

vantagem competitiva sustentável que possa ser mantida sobre a concorrência por longos

períodos, porém algumas vantagens competitivas podem ser reproduzidas pela concorrência

quase que imediatamente. Cabe, então, ao estrategista de marketing de varejo, estabelecer

uma vantagem competitiva e significativa, a fim de criar uma barreira protegendo sua posição

no mercado. Levy e Weitz (2000) informam que as vantagens competitivas sustentáveis são:

· Lealdade do cliente.

· Local.

· Relações com os fornecedores.

· Sistemas de distribuição e informações gerenciais.

· Operações de baixo custo.

Uma pesquisa realizada pelo SEBRAE (1995) indica os motivos pela qual os clientes

deixam de comprar em uma determinada loja. Ficou evidente que o motivo com maior grau

de comprometimento no momento da compra foi o mau atendimento, como está apresentada

na tabela por Gonçalves (1995, p.144).

Mau atendimento 22%

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Gerencia distante 5%

Preços elevados 14%

Insistência em demasia 5%

Falta de sortimento de produtos 9%

Ausência de promoção 7%

Má arrumação dos produtos (layout) 5%

Serviços demorados 6%

Qualidade inferior dos produtos 4%

Dificuldade de estacionamento 6%

A não substituição dos produtos 2%

Tabela 1 – Motivos pelo qual os clientes se desencantam

Fontes: Dados secundários. Gonçalves (1995)

Nos dias atuais os clientes vivem como se fossem reis, pois as empresa dependem

deles para sobreviver. Os clientes substituíram os bens e serviços como fator escasso. Para

compreender o consumidor é preciso primeiro entendê-lo, ou seja, identificar o que ele quer,

para depois atender as suas necessidades e os seus desejos.

Necessidade de auto-realização: busca da auto-realização, status Necessidade estima e ego: respeito,

prestígio, sucesso, reconhecimento. Necessidade Social: Participar de um grupo, ter amigos. Necessidades de Segurança: Proteção pela rotina. Necessidades Fisiológicas: Fome, sede, habitação Figura 4 – Pirâmide da hierarquia das necessidades

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É importante que a empresa se estruture da forma racional e emocional. Gordon (2000,

p.49) relata que “empresas que se reorganizam freqüentemente, sem contexto estratégico e

base racional, quase sempre têm dificuldades para definir e implementar uma estratégia

vitoriosa”.

É claro que as pessoas são essenciais para qualquer tipo de relacionamento e, nas

empresas, elas estão se tornando cada vez mais importantes. O pessoal da ‘linha de frente’,

que antigamente era treinado a trabalhar como máquina, totalmente de forma racional, está se

reeducando. Agora esses profissionais devem ter habilidades de comunicação, de modo a

conhecer cada cliente, seu histórico, prever certos comportamentos, propor soluções enfim,

estão se tornando consultores. O cliente, que antes era considerado verbalmente ‘o rei’, hoje é

muito mais do que isso, pode ser considerado o dono da empresa. A tecnologia é outro

componente importante, pode-se dizer essencial no mundo organizacional e, principalmente,

no marketing de relacionamento. Isso porque ela facilita comunicações internas e externas,

armazena e recupera dados – criando a memória organizacional. Com o uso correto da

tecnologia a empresa tem condições de se comunicar melhor com seus clientes e de oferecer

aos mesmos o canal de comunicação desejado.

Os relacionamentos com os clientes devem desenvolver, nos mesmos, novos

conhecimentos e percepções. Isso deve ser realizado de forma intensa e constante. Os

processos, dentro das empresas, estão sofrendo mudanças. Com as melhorias o

relacionamento com os clientes e o próprio cliente eram excluídos do centro das atividades, os

processos não visavam ou não giravam em torno dele. Atualmente o cliente é o centro da

organização, sem ele não há empresa, não há futuro, os processos estão sendo realizados ao

seu redor, dando possibilidade de comunicação aos mesmos na hora do desenvolvimento

empresarial. [...] o cliente é nosso visitante mais importante. Ele não depende de nós – nós é que dependemos dele. Não é um estranho em nosso negócio – é parte dele. Não prestamos nenhum favor aos cliente quando os servimos... ao contrário, ele é que nos presta um favor ao dar-nos a oportunidade de servi-lo. (KOTLER, 2003, p. 26)

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Figura 5 – Quadro das satisfações dos clientes

Quando se trata de compreender os clientes, Tiffany e Peterson (1998) dizem que uma

boa estratégia é descobrir o que outras empresas tentam saber sobre seus clientes. Algumas

empresas até oferecem uma pequena recompensa se o cliente contar algo sobre si mesmo.

Reichheld (1996) diz que independente do setor de atividade há a preocupação em

conquistar clientela. Pois é tão importante quanto atrair clientes senão de maior valia, é

fidelizá-los. Para isso é necessário o conhecimento e estudo de técnicas que determinem o

caminho, permitindo levar as organizações ao sucesso de tal iniciativa. Para se ganhar a

fidelidade dos clientes é exigida, além de uma análise cuidadosa, ação coerente, buscando

respostas para a tomada de decisão e definição de estratégias, baseando-se principalmente no

conhecimento do que é importante e interessa aos mesmos.

Kotler (1998), analisa que conquistar um novo cliente

custa mais caro do que reter um cliente atual, verifica-se que

a busca de novos clientes pode ser mais atraente e motivadora

para a Força de Vendas nas agências, mas é mais cara do que

manter um cliente atual. Esta é uma boa razão para a empresa

desenvolver uma estratégia de fidelização de clientes. Além

disso, atender as necessidades dos atuais clientes pode ser

mais fácil, porque se pode saber melhor quem são, onde estão e

quais as suas necessidades. Quando perde um cliente a empresa

perde todo o lucro que teria com as compras futuras deste com o

qual já teve custos para conquistar, a tais custos terá de

acrescentar ainda, o custo de reposição dessa perda.

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Segundo Kotler (1999), pesquisas da TARP (Techinical

Assistance Research Program), revelam que além de custar cinco

vezes mais conquistar um novo cliente, do que manter o atual,

poderá demorar alguns anos até que o novo cliente compre na

mesma proporção do antigo. Torna-se então valiosa a

recomendação do autor, quando diz que a empresa deve monitorar

o nível de satisfação de seus clientes atuais em relação ao que

está oferecendo a eles, não presumindo que os clientes que

possui estão garantidos pois constantemente estão tentando

fisga-los. Deve-se fazer algo especial para eles sentirem-se

valorizados, percebendo que para ele, cliente, também é

vantajosa a parceria, como também encorajá-los a opinarem,

darem feedback.

Para Kotler, grandes empresas desenvolveram uma hábil

capacidade de obter e manter clientes. Os principais processos

envolvidos são: localizar clientes potenciais; vender pela

primeira vez para eles, e mantê-los, fazendo com que suas

compras cresçam, se possível para sempre. A criação de valor é

essencial para a fidelização dos clientes, diz Gale (1996), ao

defender que é necessário oferecer uma proposta de valor melhor

que a da concorrência e não simplesmente a oferta de utilidades

imediatas. Esse valor precisa ser também administrado por meio

do gerenciamento da qualidade na organização. Criar valor é

oferecer algo que destaca um produto ou serviço sob a visão do

cliente. Não é o que o produto faz, mas o que aquele espera que

o produto faça por ele de maneira destacada e, se possível,

única.

Para se saber o que representa valor para ele deve-se

pesquisar junto ao mesmo diz, Cobra (2000), ele que irá dizer o

que quer. Por meio de pesquisa junto ao cliente sabe-se criar

valor. Este último ajuda a “construção” da fidelidade diz

Raphel (1999). Para o Autor criar valor e transformar um

cliente eventual em cliente leal é construir fidelidade; e não

existe motivo para um cliente ser fiel a uma organização se ela

não for fiel a ele.

Nos tempos atuais, as empresas estão cada vez mais se preocupando com o meio

ambiente pois, a sociedade espera que as companhias usem sua força econômica para atingir

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objetivos sociais mais amplos e para demonstrar responsabilidade ambiental, apoiar as

comunidades e praticar altos padrões de comportamento ético, satisfazendo os diversos

públicos com os quais se relaciona.

2.4 Pesquisa de Marketing

Para ligar o consumidor, o cliente e o público ao profissional de marketing por meio

de informações, deve-se fazer uma pesquisa de marketing. As informações são usadas para

identificar e definir oportunidades e problemas de marketing. Gerar, refinar e avaliar ações de

marketing, monitorar o desempenho do marketing e melhorar o seu entendimento como

processo.

A pesquisa de marketing evoluiu e ganhou importância à medida que o conceito de

marketing evoluiu, principalmente com a adoção, pelas empresas, da orientação filosófica

para o consumidor.

Segundo Kotler (1998, p. 114) a pesquisa de marketing é o planejamento, coleta,

análise e apresentação sistemática de dados e descobertas relevantes sobre uma situação

específica de marketing enfrentada por uma empresa. Lembrando sempre que pesquisa de

marketing e pesquisa de mercado são coisas diferentes, pois a pesquisa de mercado age em

um mercado específico e é apenas uma componente da pesquisa de marketing.

Kotler (1998) ressalta que a primeira etapa da pesquisa consiste na definição do

problema e dos objetivos, a seguir desenvolve-se um plano de pesquisa, ou seja, quais serão

as fontes de dados, a abordagem e os instrumentos de coleta. A pesquisa de marketing tem

todo um processo a ser feito, dentro dele existem etapas, fases e diversos passos. As etapas

primeiramente ditas são:

- Reconhecimento e formulação de um problema de pesquisa

- Planejamento da pesquisa

- Execução da pesquisa

- Comunicação dos resultados

Falando-se em pesquisa, o melhor conceito a ser dito é o seguinte: [...] é a investigação sistemática, controlada, empírica e crítica de dados com o objetivo de descobrir e (ou) descrever fatos e (ou) de verificar a existência de relações presumidas entre fatos referentes ao marketing de bens, serviços e idéias, e

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ao marketing como área de conhecimento de administração. (MATTAR, 2001, p. 15)

Há duas maneiras de se fazer pesquisa de marketing. Uma é projetando e executando o

estudo com pessoal interno, e outra é contratando uma empresa externa especializada. A

importância do mercado global para as empresas de pesquisa aumentou consideravelmente

nos últimos anos.

A informação é um ingrediente crucial na formulação e implementação de uma

estratégia de marketing bem sucedida. O sistema de informação de marketing deve produzir

um fluxo contínuo, enquanto a pesquisa de marketing é a coleta de dados sistemática,

específica para o projeto.

2.5 Planejamento Estratégico

Para que um plano de marketing e um planejamento estratégico aconteça de uma

forma eficaz é preciso planejar a empresa interiormente. O planejamento estratégico nada

mais é do que um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes e fracos da

empresa, e das oportunidades e ameaças do meio ambiente com o intuito de estabelecer

objetivos, estratégias e ações que possibilitem um aumento da competitividade empresarial.

O planejamento estratégico popularizou-se pela necessidades das empresas

aperfeiçoarem seus processos de planejamento e gerencia e manterem-se alerta par possíveis

modificações futuras, numa época em que as mudanças sociais e econômicas já eram mais

rápidas. O mesmo utilizava métodos mais racionais e analíticos pára a criação de cenários

futuros, numa época em que a visão administrativa era a de explorar ao máximo as dimensões

racionais da gerencia para dominar as ambigüidades que surgiam no meio ambiente.

O planejamento tão pouco é a solução pára os problemas de criação de estratégias. O

planejador deve estar consciente de suas limitações, pois o processo de planejamento é caro,

menos flexível e que geralmente requer uma estabilidade não realista do ambiente. O conceito

de estratégia, associado ao planejamento, começou a ser empregado no meio empresarial a

partir da década de 50. O planejamento organizacional clássico predominante, serviu ao

propósito de manter, por meio de análise racional e prognósticos sobre produtos e serviços, o

êxito empresarial, num mundo pouco mutantes, relativamente imune a pressões sociais e de

futuros previsíveis.

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Segundo Tiffany (1998) um plano estratégico é uma visão específica do futuro de uma

empresa que contém as seguintes descrições: Como será seu setor; em que mercados você vai

competir; contra quem vai competir; que produtos e serviços vai oferecer; que valor vai

oferecer aos clientes e que vantagens em longo prazo terá.

Planejamento Estratégico

Planejamento Tático

Plano estratégico (5 anos ou mais)

Plano de marketing (1 ano)

Plano Promocional (menos de 1 Planejamento Operacional

Figura 6 – Os três níveis de planejamento Fonte: Ambrósio (1999)

Quando se fala em planejamento e pesquisa, tem-se que lembrar da comunicação

como persuasão entre a empresa e cliente. Quando se fala em comunicação, pensa-se

prioritariamente em publicidade e propaganda. Realmente a propaganda foi a principal arma

para a comunicação de produtos/serviços ate o fim da década de 70. Na década de 80

vislumbra-se uma nova fase, a fase da comunicação de marketing que rouba espaço da

propaganda para ser mais abrangente. Isto porque a comunicação comercial, preconiza a

necessidade da empresa de se comunicar bem e simultaneamente a níveis globais e locais.

A comunicação de marketing ou comercial, surge devido a não utilização por parte das

empresas de todos os instrumentos disponíveis, pois os mesmos só procuravam explorar a

propaganda e a publicidade. Existem formas de comunicação diretas e indiretas. Entre as

diretas pode-se citar o telemarketing e as vendas diretas. Já as indiretas exigem que haja um

intermediário para que se transmita a mensagem, tem-se como exemplo a mala direta, que é

uma informação e não uma comunicação não deixando assim os leitores fazerem perguntas, e

sim apenas tem a missão de que o leitor apenas leia a informação passada.

Para poder nos comunicar com os clientes é preciso tanto ouvir, quanto falar. Isso é o

que diz o novo marketing. A comunicação dentro da empresa é um diálogo e quando feita de

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uma maneira correta é boa para ambas às partes: a que passa e a que recebe. É por meio do

próprio diálogo que consegue-se fazer com que os produtos sejam concebidos e aceitos.

No mercado, a administração precisa pensar em como criar experiências de relações

boas com seus clientes, fornecedores, vendedores e distribuidores e toda a equipe geral da

organização, pois eles são os meios de comunicação da empresa em que trabalham. Toda

empresa também estudar o feedback para poder completar o diálogo. Este é a resposta de toda

comunicação que você tem dentro da organização, e é com esse mecanismo que irá ajudar a

melhorar o que precisa.

Segundo McKenna (1992), “a comunicação é muito mais ampla do que a publicidade,

a mala direta ou as relações públicas. Embora tenham vários níveis de valor, segundo a

complexidade do produto e o tamanho do mercado, não podem gerar a experiência do

cliente”.

2.6 Plano de Marketing

Para Nickels e Wood (1999, p.33) o plano de marketing “começa com a missão e

metas gerais da organização e análise da situação. Aí então descreve como a organização irá

usar o marketing para atingir suas metas e fazer progresso na direção de sua missão”.

Conforme Etzel (2001, p.52) “se você não sabe para onde está indo, qualquer estrada

serve”. Isso quer dizer que, todas as organizações precisam de planejamentos e planos para

obter sucesso. O processo de marketing inicia-se com a análise das oportunidades mercadológicas, segue adiante com as pesquisas e a seleção de mercados-alvo, a concepção de estratégias de marketing, o planejamento de programas de marketing, terminando com a implementação de ações de marketing. O bom andamento de todo esse ciclo depende de esforços de organização e do controle dos resultados alcançados. (VENETIANER, T., 1999)

Na visão de Ferrel (2000) o plano de marketing é um relatório ou documento que

expõe as informações detectadas no processo de planejamento. Talvez o maior valor de um

plano de marketing bem concebido seja o de equipar a empresa com um plano de trabalho que

aponte os resultados específicos e determine como eles podem ser obtidos. Se a empresa não

utilizar o plano, estará ignorando a principal razão que o levou a prepará-lo. Não se pode

confundir plano de marketing com planejamento de marketing, pois o planejamento pode ser

qualquer um processo de planejamento que se encaixe no escopo amplo das responsabilidades

do marketing, mas o plano de marketing segundo Skacel (1992) é um documento escrito que

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detalha as ações específicas de marketing dirigidas a objetivos específicos no âmbito de um

certo ambiente de marketing.

O plano de marketing aborda o mercado e o ambiente onde será colocado em prática

através do levantamento de informações. Os elementos básicos desta fase são o consumidor, o

mercado, os aspectos legais e o posicionamento do produto, devido. (Ambrósio, 1999). Em

outras palavras, fazer uma revisão da análise ambiental, identificando e avaliando as forças e

deficiências da organização, explicando por que este cenário oferece oportunidades ou

ameaças, isto é necessário devido ao ambiente de marketing proporcionar uma estrutura para

toda atividade de marketing. (Churchill, 2000) Plano de marketing é o documento que resume o planejamento de marketing. Este, por sua vez, é um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor. (AMBRÓSIO, 1999, p. 01)

O plano de Marketing é um plano que visa no geral a empresa, o mesmo estabelece

objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia com o plano estratégico

geral da empresa. É toda a relação produto/mercado, que em conjunto com os outros planos

táticos, forma o plano estratégico. Alguns pontos devem ser considerados quanto aos

procedimentos e conteúdos de um plano de marketing, a variação do planejamento de uma

organização para outra, e não perder de vista as deficiências mais freqüentes, que são a falta

de realismo, a análise insuficiente e o foco restrito no curto prazo, pois se trata do produto

mais importante do processo de marketing. (Kotler, 1998)

O plano traz algumas vantagens nas áreas de responsabilidade, entre elas: apontará os

pontos forte e fracos, identificará os obstáculos e problemas, exporá oportunidades ocultas,

abrirá um caminho maior para a criatividade, irá estabelecer datas e prazos, avaliará as

estratégias, entre outras coisas.

Pode-se dizer que o plano de marketing faz parte do plano estratégico da empresa, e

que o mesmo tem vários sub-planos. É um documento que formaliza o planejamento de

marketing. Nele encontra-se o análise ambiental, com a identificação dos pontos fortes e

fracos, oportunidades e ameaças, os objetivos de marketing, as estratégias , o orçamento e um

instrumento de avaliação e um controle das estratégias e ações sugeridas.

Ao desenvolvê-los, é preciso pensar em cada detalhe das atividades que serão

desenvolvidas, pois é importante para empresa, uma vez que é resultados de um processo todo

de planejamento. Segundo Las Casas (2001, p. 21), “o plano bem-feito servirá como base do

plano de negócios, o que atrairá bons investidores quando necessário e facilitará a obtenção

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do capital. Quando bem elaborados, o plano de marketing serve como base fundamental para

os objetivos”

Conforme Skacel (1992) pode-se obter seis passes para desenvolver um plano de

marketing, são eles:

1. Preparar um fact base1 correto;

2. Fazer uma lista de problemas e oportunidades

3. Fixe objetivos específicos

4. Desenvolva estratégias

5. Estabeleça o orçamento

6. Projete as vendas, lucros e resultados da atividade de marketing

Para Kotler (1998, p. 105) o plano de marketing em um processo de marketing, é um

dos produtos mais importantes, e nele deve conter alguns elementos. Nas tabelas 2 e 3, serão

mostradas roteiros ou estruturas de planos de marketing da visão de alguns autores.

1. Sumário executivo e índice

de conteúdo Apresenta uma breve visão do plano proposto

2. Situação atual de marketing Apresenta dados históricos relevantes sobre o mercado,

produto, concorrência, distribuição e macroambiente.

3. Análise de oportunidades e

assuntos

Identifica as principais ameaças/ oportunidades,

forças/fraquezas e assuntos relativos ao produto

4. Objetivos Define as metas financeiras e de marketing do plano em

termos de volume de vendas, participação de mercado e lucro

5. Estratégia de marketing Apresenta a abordagem ampla de marketing que será usada

para atingir os objetivos do plano

6. Programas de ação Apresenta programas de marketing especiais preparados para

atingir o objetivo do negócio

7. Demonstração do resultado Prevê o resultado financeiro esperado pelo plano

1 Conjunto de informações básicas

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projetado

8. Controles Indica como o plano será monitorado Tabela 2 – Conteúdo de um plano de marketing Fonte: Kotler, P., Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle; tradução Ailton Bomfim Brandão – 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1998.

I. Sumário Executivo A. Sinopse B. Principais aspectos do plano de marketing

II. Análise Ambiental A. Análise do ambiente externo B. Análise do ambiente do consumidor C. Análise do ambiente (organizacional) interno

III. Análise SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidade e Ameaças) A. Forças B. Fraquezas C. Oportunidades D. Ameaças E. Ajustando, convertendo, minimizando e evitando estratégias

IV. Metas e Objetivos de Marketing A. Metas de Marketing B. Objetivos de Marketing

V. Estratégias de Marketing A. Mercado- alvo B. Composto de marketing para cada mercado alvo C. Principais clientes e reações da concorrência

VI. Implementação de Marketing A. Assuntos estruturais B. Abordagem para implementação C. Marketing interno D. Comunicação E. Autoridade de tomada de decisão F. Motivação de funcionários G. Atividades, responsabilidades e orçamentos H. Programação de implementação

VII. Avaliação A. Avaliação financeira B. Controle de marketing

Tabela 3 – Roteiro do plano de marketing Fonte: Pride e Ferrell (2001, p.32)

Para entender melhor melhor, cabe conceituar os componentes do plano de marketing:

(Na visão de Pride e Ferrel (2001, p.33-36).

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2.6.1. Sumário Executivo

Segundo Churchill & Peter (2003), o resumo executivo tem no máximo três páginas

no qual sintetiza os elementos do plano de marketing, fornecendo as informações úteis para os

gerentes que desejam familiarizar-se com o plano sem precisar conhecer seus detalhes. Kotler

(2000), diz que para que a administração compreenda o direcionamento do plano, faz-se-á um

breve resumo das principais metas e recomendações da empresa

Pride e Ferrel (2001) também ressaltam que o resumo é uma sinopse, geralmente em

uma ou duas páginas, não tenho um detalhamento das informações, mas sim uma visão geral

do plano para que as pessoas possam identificar as principais questões pertinentes a seus

papéis no processo do planejamento e implementação.

O resumo é uma das partes mais importantes do Plano de Marketing, porque fornece

informações à pessoas de fora da organização, como no caso de uma instituição financeira,

que tem seu papel como fornecedor e investidor do projeto.

2.6.2. Análise Ambiental

Segundo Pride e Ferrel (2001), a análise fornece as informações de como está a

situação atual da empresa ao que diz respeito ao ambiente de marketing, ao mercado alvo e

aos objetivos e desempenhos da empresa. A análise do ambiente inclui a avaliação dos fatores

ambientais externos (políticos, competitivos, econômicos, etc.), que podem contrafazer as

atividades de marketing. Deve também avaliar as necessidades dos mercados-alvos (aprecia

as necessidades de mudanças, assim como também, como o produto está atendendo as

expectativas dos clientes). E finalmente, avalia de forma crítica os objetivos de marketing

juntamente com o desempenho da empresa.

2.6.3. Análise SWOT

Para poder selecionar as estratégias adequadas, Churchill e Peter (2003), dizem que os

gerentes precisam analisar os ambientes interno e externo, sendo, um dos propósitos o fato de

identificar as fortes e deficiências, oportunidades e ameaças, para dar base aos gerentes de

marketing para os mesmos poderem utilizar das combinações dos pontos fortes com as

oportunidades do ambiente.

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Para Westwood (1997, p. 95), “[...] esta é uma das partes mais importantes de todo o

processo de planejamento”. É através da análise PFOA (Potencialidades e Fragilidades

conforme se relacionam às nossas Oportunidades e Ameaças no mercado), que ocorrem as

perguntas que permitir-se-ão determinar se a companhia, assim como, o seu produto serão

realmente capazes de satisfazer o seu plano e quais serão suas limitações.

Segundo Ferrel (2000), a análise SWOT ( uma análise de seus pontos fortes, fracos,

oportunidades e ameaças) permite que se construa um balanço estratégico de sua empresa, na

análise, você reúne todos os fatores internos, inclusive os pontos fortes e fracos da sua

empresa. Em seguida, avalia esses fatores em relação às forças eternas identificadas, coo as

oportunidades e ameaças que sua empresa enfrenta em conseqüência de forças competitivas

ou tendências em seu ambiente de negócios. O equilíbrio entre esse fatores determina o que

sua empresa deve fazer e quando deve fazer.

A análise SWOT fornece uma orientação estratégica útil.

FORÇAS combinação combinação OPORTUNIDADES

Conversão

FRAQUEZAS

Conversão

AMEAÇAS Figura 7 – Matriz SWOT

Fonte: Adaptado de Nigel Piercy. Market-Led Strategic Change, Oxford, UK : Butterworth-Heineman, 1992. P.

260

Após o diagnóstico da situação é extremamente importante sintetizar a informação

para facilitar a compreensão e a utilização da mesma. Com esse intuito, surge a análise SWOT

(Strenghts, weeknesses, oportunities and threats) ou seja: pontos fortes, pontos fracos

(relativos à empresa), oportunidades e ameaças (relativos ao meio envolvente à empresa).

O objetivo desta análise é relacionar os pontos fortes e fracos internos da empresa com

as oportunidades e ameaças externas do mercado e da concorrência, a fim de verificar como a

empresa se encontra no mercado. Para realização desta análise será utilizado uma ferramenta

que se baseia nos conceitos da Análise SWOT com extensões que a permitem objetivar e

quantificar os resultados.

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51

2.6.4. Metas e Objetivos

Ambrósio (1999) diz que um objetivo é “algo que se quer alcançar em um

determinado período, e que configure a realização de uma oportunidade”. E Westwood (1997,

p. 113) diz que: “Objetivos são aquilo que queremos conseguir; as estratégias são como

vamos chegar lá. Por tanto existem objetivos e estratégias em todos os níveis dentro da

companhia”. Os objetivos devem ser quantificáveis e definíveis de forma que tenha um alvo

atingível para o qual se possa mirar.

Pride e Ferrel (2001) ressaltam que os objetivos de marketing devem ter algumas

características determinadas. Primeira, tais objetivos devem ser claros e concisos de modo que

todos entendam o que se está tentando alcançar. Segunda, os objetivos devem ser escritos de

modo possa ser medito com precisão. Terceira, deve-se especificar um tempo a fim de avaliar

se e quando um ou todos os objetivos foram alcançados. Os objetivos de marketing devem ser

coerentes com as estratégias

2.6.5. Estratégias de Marketing

As estratégias, segundo Pride e Ferrel (2001), descrevem como a organização

alcançará seus objetivos de marketing, consistindo na seleção do mercado-alvo e no

desenvolvimento de um mix de marketing. referem-se ao modo como a organização vai

administrar suas relações com os clientes de maneira a ganhar vantagem sobre a concorrência.

Para compreender melhor sobre as estratégias, explica-se: “É importante intender o que é estratégia e como ela se diferencial das táticas. As estratégias são os métodos escolhidos para se atingir objetivos específicos. Elas descrevem os meios para se atingir os objetivos no prazo de tempo exigido. Elas não incluem detalhes dos cursos de ação individuais que serão seguidos em base diária ou mensal: Estes serão as táticas. Estratégia é a definição ampla de como o objetivo deve ser atingido, os passos da ação são as táticas, e os planos de ação contém detalhes individuais, o momento de ocorrência dos mesmos e quem os executará.” (WESTWOOD, 1997. p.139)

Conforme Richers (2000) a estratégia é a parte central do relatório, pois refere-se as

inovações sugeridas, como mudanças estruturais ou lançamento de novos produtos/serviços, e

sua evolução de crescimento e participações de mercado, além de uma abordagem de sumária

do marketing mix.

Segundo Ferreira(1995, p.249) estratégia de marketing é o “processo que busca manter

ajustada as rotas, levando em consideração as oportunidades de mercado e as capacitações das

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empresas para aproveita-las”. É desnecessário afirmar, que a escolha de estratégia de

marketing é vital para a pequena empresa. Portanto, é importante que a pequena empresa

tome suas decisões de forma clara, concisa e consciente. Devido ao porte das organizações, as

estratégias mais indicadas para a pequena empresa são segmentação e nicho de mercado,

conforme atestam alguns autores, cujas opiniões apresenta-se a seguir:

Ikeda (1993, p.141) “para as empresas de pequeno porte, com recursos limitados, o

procedimento mais sensato é a estratégia de identificar e servir segmentos muito pequenos

para as grandes empresas, porém com tamanho suficiente para o seu porte”.

2.6.6. Implementação do Marketing

Para Pride e Ferrel (2001) nesta fase é que se descreve como as estratégias de

marketing serão implementadas por meio da resposta a muitas das questões sobre as

atividades de marketing descritas na seção de estratégias de marketing. quando se fala em

implementação, é importante ressaltar que as organizações não implementam estratégias,

portanto, são as pessoas que o fazem.

Porém Richers (2000) ressalta que para se ter uma união do plano de marketing com o

plano estratégico é preciso determinar as diretrizes que façam link entre as duas estimativas.

Essas diretrizes devem girar em torno das medidas necessárias para se atingir os objetivos. É

importante destacar que a fase de implementação é a que cuida do treinamento, comunicação

e motivação.

2.6.7. Orçamentos

Segundo Westwood (1996), existe algumas analogias entre o processo global de

elaboração do orçamento e o processo de planejamento de marketing. Os dois envolvem

planejar, medir e controlar todas as atividades futuras. Quando a empresa prepara o

orçamento, passa por três etapas principais para o processo global:

- O estabelecimento de objetivos financeiros;

- Planejamento orçamentário;

- Controle orçamentário.

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2.6.8. Avaliação e Controle

A avaliação e controle é a parte final do plano de marketing, pois é com ele que se

verá como o plano será avaliado e controlado. Com base nos autores Pride e Ferrel (2000), a

etapa de cavilação e controle é a que possui todas as ações que será empreendidas para

minimizar a diferença entre o desempenho planejado e o real.

Se o plano de marketing não está correspondendo as expectativas da empresa, a

mesma poderá usar procedimentos para monitorar as causas potenciais. Segundo Kotler

(1998) essa etapa do plano de marketing é a que delineia todos os controles para poder

monitorar o desenvolvimento do plano. As metas e orçamentos são fixados mensal ou

trimestral, para que a alta administração poder analisar os resultados em cada período e

identificar os negócios que não estão sendo atendidos as metas estabelecidas.

É através do controle que a empresa sabe se seu rumo está correto ou se é preciso

planejar um novo cursa de ação.

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3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo é abordado todos os procedimentos tomados para fazer a pesquisa

mercadológica, fazendo com que chegue em um resultado de satisfação dos clientes para com

a empresa.

Segundo Oliveira (1998), uma ferramenta muito importante para medir o grau de

satisfação é a própria pesquisa, que tem como objetivo estudar os métodos e meios para que

resulte em um final correto e verdadeiro, para que se possa estabelecer a diferença do

verdadeiro para o imaginário.

3.1 Delineamento e abordagem do estudo

No presente estudo, o método de abordagem foi predominantemente quantitativo.

Segundo Roesch (1996, p.122), “se o propósito do projeto implica em medir relações entre

variáveis (associação ou causa efeito), em avaliar o resultado de algum sistema ou projeto,

recomenda-se utilizar preferencialmente o enfoque da pesquisa quantitativa (...)”, ou seja, a

pesquisa utilizada tem por finalidade medir o grau em que algo está presente. O design

quantitativo foi escolhido para analisar entre os clientes já existentes, seus fatores de

satisfação com a empresa, os fatores de lealdade e classificá-los em grupos de relacionamento.

O estudo em desenvolvimento terá como características a pesquisa exploratório-

descritivo, sendo o seu delineamento o estudo de caso, uma vez que estamos analisando a

satisfação de vários clientes com relação uma empresa em estudo.

Sobre a característica da pesquisa, foi exploratório-

descritivo para se ter uma visão geral do relacionamento dos

clientes com a Central Distribuidora de Cigarros. Segundo

Mattar (1996), a pesquisa exploratória tem por objetivo

promover um maior conhecimento sobre o problema de pesquisa.

Contudo, a pesquisa exploratória visa conhecer os pontos fortes

e fracos da empresa assim como as oportunidades e ameaças do

mercado através dos levantamentos em fontes secundárias,

levantamentos de experiência, estudos de casos e observação

informal.

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Já sobre descritiva, Mattar (1996) diz que, As pesquisas descritivas caracterizam-se

por utilizarem como ferramentas às entrevistas, questionários e a observação. As pesquisas

descritivas possuem objetivos bem definidos, com seus procedimentos formais e por serem

bem estruturadas. Portanto, esse tipo de pesquisa descreve as características dos clientes da

empresa em estudo.

De acordo com Roesch (1999, p.137) as pesquisas descritivas “buscam informações

necessárias para a ação ou predição”. Sendo assim, esta pesquisa baseia-se na interrogação

das pessoas com o objetivo de coletar as informações desejadas, para obter com isto um

retrato da situação atual. Alguns autores consideram que o estudo de caso pode trabalhar tanto

com a abordagem quantitativa quanto qualitativa, sendo que este não necessita estar associado

a um único meio de coleta de dados. Defendem ainda que o mesmo pode utilizar-se de

estratégias de pesquisa tanto exploratórias quanto descritivas. Nesse sentido, Roesch (1999,

p.156) aborda que o estudo de caso como uma estratégia de pesquisa pode ser utilizado de

modo exploratório (visando levantar questões e hipóteses para futuros estudos, através de

dados qualitativos), descritivo (buscando associações entre variáveis, normalmente com

evidências de caráter quantitativo).

Os propósitos do estudo de caso não são os de proporcionar o conhecimento preciso

das características de uma população, mas sim o de proporcionar uma visão global do

problema ou de identificar possíveis fatores que o influenciam ou são por ele influenciados,

afirma Gil (2002, p.55).

Desta forma, esse estudo de caso irá contribuir na avaliação dos atuais sistemas de

atendimento da empresa Central Distribuidora de Cigarros e auxiliar na verificação dos

impactos que as mudanças na estrutura organizacional provocaram no processo de satisfação

dos clientes.

3.2 Delimitação do estudo

A pesquisa foi realizada com os clientes da empresa em estudo, localizadas na região

da Grande Florianópolis, no decorrer do primeiro semestre de 2004. A população pesquisada

compreendeu os clientes atuais da empresa, no qual é constituída de 100 clientes jurídicos que

a empresa possui cadastrados no seu banco de dados.

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Amostra é definida como parte representada da população (MATTAR, 2001). A

pesquisa foi aplicada com uma amostra em média de 50 clientes potenciais já cadastrados.

Foi aplicado os valores na fórmula com um erro amostral de 10%.

Fórmula: No = 1 . No = 1 . No = 1 . No = 100.

(Eo)2 (0.1) 2 0.01

n = No x no n = 100 x 100 n = 50 clientes

N + no 100 + 100

Amostragem, conforme Mattar (2001) diz que é o processo de recolher amostra de

uma população. A amostragem foi estratificada, pois segundo Marconi e Lakatos (1999,p.50)

“os estratos são feitos pelo pesquisador, conforme a necessidade de sua pesquisa”. Ao se

formar estratos, tem-se que tomar cuidado, pois todos os elementos da população deve estar

enquadrado neles e nenhum indivíduo pode ser colocado em dois estratos diferentes, relativos

ao mesmo atributo. Marconi e Lakatos (1999) ainda dizem que esse tipo de amostragem tem

suas vantagens e desvantagens:

Vantagens:

- Assegura representatividade com respeito à propriedade que dá a base para

classificar as unidades

- É nula a possibilidade de não incluir algum elemento da população no processo da

classificação;

- De cada estrato pode ser avaliada suas características, podendo assim fazer

comparações.

Desvantagens:

- Para não ser muito grande o erro, requer informações acurada da proporção de

população de cada estrato;

- Se não tem uma lista estratificada disponível, poderá se tornar dispendioso para

prepará-las; há possibilidade de classificação errônea e de aumento da

variabilidade.

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3.3 Método de coleta de dados

Sobre a coleta de dados Kotler (1998, p. 218) diz que são coletadas em base contínua

no campo (força de vendas, canais, fornecedores, empresas de pesquisa de mercado), de

funcionários dos concorrentes, de pessoas que fazem negócios com os concorrentes, da

observação dos concorrentes ou da análise de evidência física e de fontes públicas.

Embora a maioria das técnicas de reunir informações seja legal, algumas envolvem

problemas éticos questionáveis.

Na pesquisa foi utilizado o método face a face que, segundo Hangue e Jackson (1997),

é o método mais comum e tradicional de coletar os dados primários.

As vantagens desse método são:

- Melhores explicações;

- Maior profundidade;

- Maior precisão;

- Colocação de produtos

Os dados foram primários pois, foram coletados diretamente com os clientes. Quando

se trata de dados primários pode-se dizer que : [...] são aqueles que não foram antes coletados, estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de atender às necessidades específicas da pesquisa em andamento. As fontes básicas de dados primários são: pesquisados, pessoas que tenham informações sobre o pesquisado e situações similares. (MATTAR, 2001, p. 48)

Neste estudo o levantamento dos dados primários foi realizado através de questionário

fechado para os clientes atuais (Apêndice A). O mesmo foi aplicado através de agendamentos

de horário e encontro com os clientes selecionados na amostra, no decorrer do mês de março

de 2004, buscando conhecer assim o nível de satisfação atual dos clientes.

Já com relação aos dados secundários, foi pesquisado o banco de dados da empresa em

estudo, com o objetivo de conhecer quem são os clientes atuais e os afastados, como também

as características de compra de cada cliente.

Para dar um conceito de instrumento de coleta, Mattar (1999), diz que é o documento

através do qual as perguntas e questões foram apresentadas aos respondentes e onde são

registrados as respostas e dados obtidos. Chama-se de instrumento de coleta de dados a todos

os possíveis formulários utilizados para relacionar dados a serem coletados e/ou registrar os

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dados coletados, utilizando-se de qualquer forma de administração (questionários, formulários

para anotações de observações, tópicos a serem seguidos durante uma entrevista )

Mayo (apud MATTAR, 1999) saliente que a entrevista em profundidade é a técnica

fundamental da pesquisa considerada por como método básico das ciências sociais. É uma

técnica demorada e que requer muita dedicação do entrevistador. Seu objetivo primário é

entender o que os entrevistadores atribuem a questões e situações em contextos que não foram

estruturados anteriormente a partir das suposições do pesquisador.

A utilização da entrevista em profundidade por Malhotra (2000) é adequada quando:

(1) se procura entender a forma de construção utilizada pelos entrevistados como base para

suas opiniões e crenças sobre uma questão ou situação específica; (2) o objetivo é desenvolver

uma compreensão sobre o mundo do respondente; (3) a lógica passo a passo da situação não

está clara; (4) o assunto em questão é altamente confidencial e o entrevistado poderia relutar

em se expressar nas entrevistas em grupo.

É destacado por Gil (2002), que o grau de estruturação de uma entrevista em uma

pesquisa qualitativa depende do propósito do pesquisador. Em entrevistas semi-estruturadas

utilizam-se questões abertas, que permitem ao entrevistador entender e captar a perspectiva

dos participantes. Dessa forma, o pesquisador não está pré-determinando sua perspectiva

através de uma seleção prévia de categorias de questões, como no caso do método

quantitativo. Malhotra (2000) cita que entrevistas completamente desestruturadas não são

recomendadas.

Segundo Demo (1988), é válido lembrar que o pesquisador deve evitar conduzir as

respostas. Ele não deve dizer coisas como: “então você diria que estava satisfeito com...” em

lugar disso, o entrevistador deve solicitar mais explicações. E Boyd (1982) acrescenta que o

roteiro de entrevistas deve ser utilizado quando os objetivos das perguntas variarem entre: (1)

as razões das atitudes e propósitos do próprio indivíduo; (2) razões que são resultados das

influências externas no indivíduo, tais como a propaganda; (3) razões que são baseadas nas

características do próprio objeto da pesquisa.

Essas pesquisas tem como objetivo penetrar além das razões superficiais de

determinadas reações do mercado consumidor. Neste sentido, Boyd (1982), conceitua as

pesquisas em profundidade com roteiro de entrevistas como uma técnica que não envolve o

uso de questionários formais e que sua discussão fica a respeito do tema da pesquisa.

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Para poder coletar os dados, se fará uma entrevista utilizando o instrumento de coleta

roteiro de entrevista estruturada.

Mas quando se refere a questionário estruturado especificamente, Hague e Jackson

(1997) dizem que o mesmo estabelece a redação exata das perguntas e a ordem em que elas

irão ser feitas. A grande maioria das perguntas já tem respostas pré codificadas, deixando

pouca liberdade para o entrevistado de dizer o que foi perguntado.

Na pesquisa foi realizado um pré teste nos dias 19 e 20 de fevereiro de 2004, com 20

clientes de forma aleatória a fim de melhorar as questões entrevistadas do roteiro.

Em seguida, foi percebido que poderia ser melhoradas e colocadas algumas questões

para que os clientes entrevistados entendessem com mais ciência o fundamento de cada

pergunta.

O pré-teste é necessário para identificar as questões que eram de fácil entendimento

pelos entrevistados e se haveria necessidade de alguma modificação no questionário, caso a

pergunta não ficasse clara num primeiro momento.

A respeito de pré-teste, pode-se dizer que: [...]a análise dos dados, após a tabulação, evidenciará possíveis falhas existentes: inconsistência de complexidade das questões; ambigüidade ou linguagem inacessível; perguntas supérfluas ou que causem embaraço ao informante; se as questões obedecem à determinada ordem ou se não muito numerosas, etc. (MARCONI E LAKATOS, 1999, p.102)

Depois de ver as falhas, tem-se que reformular o questionário arrumando os itens. As

perguntas abertas podem tornar-se fechadas quando não tem variabilidade de respostas.

Depois de realizado o pré-teste foram realizadas as seguintes mudanças no roteiro:

• Foram tiradas perguntas que não se referiam a pessoas jurídicas;

• Foi colocada a pergunta número 6 porque entendeu-se que as pessoas sentiam falta de

algumas variedades de produtos na empresa em estudo;

• A pergunta 9 foi refeita fato das pessoas falaram em colocarem em observação a questão

da pintura.

Após a realização do pré-teste foi realizado a pesquisa com amostra de 50 sujeitos

(clientes jurídicos) no período de 15 de janeiro a 01 de março de 2004, no qual a partir da

aplicação da pesquisa pode entender e ouvir as necessidade e desejos dos clientes .

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3.4 Técnicas de análise dos dados

Nesta etapa do estudo foram compiladas as informações extraídas dos questionários

aplicados para que gerassem os gráficos estatísticos que permitiram analisar percentualmente

os dados coletados, utilizando para isto medidas de posição, de dispersão e de associação, que

de acordo com Mattar (1996, p.189) podem ser descritas como:

• Medidas de posição: servem para caracterizar o que é “típico” no grupo;

• Medidas de dispersão: servem para medir como os indivíduos são distribuídos no

grupo;

• Medidas de associação: servem para medir o nível de relacionamento existente entre

duas ou mais variáveis.

A partir disso, poderão ser efetuadas as comparações que se fizerem necessárias com

relação ao processo de atendimento da empresa Central Distribuidora de Cigarros,

possibilitando verificar se a mesma está cumprindo o que se quer com os clientes. Esta análise

permite obter uma visão crítica em relação aos fatores de satisfação abordados; fatores estes

que podem contribuir ou prejudicar o relacionamento dos clientes com as empresas.

Concluída a análise, se percebida a necessidade, pôde ser elaboradas propostas de

melhorias no processo de atendimento dos clientes da empresa.

3.5 Limitação da pesquisa

A limitação da pesquisa se deu por falta de tempo dos clientes em atender

pessoalmente, dificuldade de agendar horários, pouco interesse dos clientes em responder a

pesquisa e a opinião dos pesquisados em relação ao cigarros dizendo que o mesmo faz mal a

saúde, portanto acham que o tabaco tem uma qualidade não tão boa..

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4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

A análise e descrição foi apresentada por meio gráficos de cada resposta do

questionário usado na pesquisa da Central Distribuidora de Cigarros.

Foram entrevistados 50 cliente na empresa em estudo, por meio de um questionário de

11 perguntas, sendo 10 fechadas e 1 aberta. Nas perguntas fechadas as alternativas de escolha

eram: ótimo, bom, regular, ruim, péssimo.

A aplicação do questionário foi de tal importância para que a empresa em estudo

pudesse melhorar os produtos e serviços prestados, e ter um melhor relacionamento com cada

um de seus clientes.

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4.1 Relatório Geral dos Dados

1) Quanto ao cigarro que os pesquisados mais vendem nos seus estabelecimentos são: Tabela 4 – Cigarro mais vendido pelo estabelecimento

Freqüência Carlton Free Box Derby Azul

Hilton KS Plaza KS TOTAL

N.º de clientes 9 8 32 0 1 50

Percentual 18 16 64 0 2 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Marca mais vendida:

Carlton Red18%

Derby Azul64%

Hilton0%Plaza KS

2%

Free Box16%

Carlton RedFree BoxDerby AzulHiltonPlaza KS

Quanto ao cigarro mais vendido nos estabelecimentos atendidos pela Central

Distribuidora de cigarros, pode-se ver que a grande maioria é Derby Suave, totalizando 64%

dos 50 clientes entrevistados. Por ser um cigarro mais barato e o que tem a maior

porcentagem de desconto, é também considerado o mais vendido, seguido do Free Box e

Carlton Red que são cigarros mais sociais.

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2) Quanto à compra semanal deles com a empresa é a seguinte: Tabela 5 – Quanto compra de cigarro por semana

Freqüência Ate R$100

de R$100 à R$300

de R$300 à R$500

de R$500 à R$700

Acima de R$700

TOTAL

N.º de clientes 7 14 17 5 7 50

Percentual 14 28 34 10 14 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Média de venda por semana:

14%

34%

10%

14%

28%

Até R$100de R$100 à R$ 300de R$300 à R$ 500de R$500 à R$ 700Acima de R$ 700

Quanto à média de venda por semana dos clientes pode-se ver que a grande maioria,

34 %, compram na média de R$ 500,00 por semana. Mas tem-se também uma clientela de

compra de R$100,00 à R$300,00. Dá-se para notar que tem-se uma grande variedade de

compras dos clientes. Na média a compra se dá nos valores de R$ 100,00 à R$ 500,00 reais.

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3) Quanto à comunicação, competência e agilidade dos vendedores Tabela 6 – Quanto a comunicação, competência dos vendedores

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 26 23 1 0 0 50

Percentual 52 46 2 0 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Comunicação, competência e agilidade:

52%

0%

0%2%

46%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Se tratando em comunicação, competência e agilidade dos vendedores, nota-se na

figura que 52%, ou seja 26 clientes acham que os vendedores são ótimos nesses quesitos ,e

também viu-se que 46%, ou seja, 23 clientes acham os vendedores são bons, totalizando uma

porcentagem de 98%.

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4) Quando a qualidade dos produtos oferecidos Tabela 7 – Quanto a qualidade dos produto oferecidos

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 12 27 7 1 3 50

Percentual 24 54 14 2 6 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Qualidade dos produtos:

Ótimo24%

Regular 14%

Ruim2%

Péssimo6%

Bom54%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Por meio do gráfico pode-se ver que mais do que a metade dos entrevistados, ou seja, 54%

acham que a qualidade dos produtos é boa, e 12 das 50 pessoas entrevistadas acham que a

qualidade é ótima, totalizando um percentual de 78 % dos entrevistados acha a qualidade dos

produtos é boa.

Já 22% das pessoas entrevistadas acham que a qualidade dos produtos vai de regular a

péssimo.

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5) Quando ao preço dos produtos Tabela 8 – Quanto ao preço dos produtos

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 19 20 7 2 2 50

Percentual 38 40 14 4 4 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Preço dos Produtos:

38%

14%

4% 4%

40%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Quanto aos preços dos produtos, 78% acredita que estão de ótimo a bom, porém 22%

das outras pessoas acham que o preço poderia melhorar, ou seja, a porcentagem de desconto

poderia ser maior.

Mas é explicado que o lucro da empresa em estudo é de apenas 5% e daí tem-se que

repassar pelo preço acessível para nós. Dentre os concorrentes está entre um dos que mais

repassa a porcentagem para os clientes.

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6) Quanto à variedade dos produtos Tabela 9 – Quanto a variedade dos produtos

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 21 26 3 0 0 50

Percentual 42 52 6 0 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Variedade dos Produtos:

Ótimo42%

Regular 6%

Ruim0%

Péssimo0%

Bom52%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Em resposta a variedade dos produtos, os clientes estão satisfeitos, pois das 50

pessoas entrevistadas, 47 acha que a empresa em estudo está boa em relação ao mix de

produtos. Mas 3 entrevistados disseram que ainda faltam algo mais que poderia ter na

empresa.

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7) Quanto ao atendimento Tabela 10 – Quanto ao atendimento

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 29 18 3 0 0 50

Percentual 58 36 6 0 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Atendimento:

58%

0%6% 0%

36%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Quanto ao atendimento, é possível notar que de todos os 50 clientes entrevistados, 58%

deles acharam que o atendimento é ótimo e 36% deles acharam que o atendimento é bom,

totalizando um índice percentual de 84 %. Mas 6% dos clientes, ou seja 3 clientes acharam

que o atendimento pode melhorar.

Esta questão confirma os dados obtidos que 98% acham que a comunicação,

competência e agilidade dos vendedores é ótimo, enquanto 94% acham o atendimento bom a

ótimo. E apesar dos entrevistados não acharem a qualidade e o preço muito bom, viu-se que o

atendimento está fazendo a diferença.

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8) Quanto à localização da empresa Tabela 11 – Quanto a localização da empresa

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 17 29 3 1 0 50

Percentual 34 58 6 2 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Localização da empresa:

34%

6%

2%

0%

58%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Quanto à localização da empresa, mais de 92 % dos clientes acham que a localização da

empresa está boa, porem 8% afirmam que a empresa está em boa localidade, porém pode

melhorar.

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9) Quanto ao ambiente Tabela 12 – Quanto ao ambiente da empresa

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 8 29 9 4 0 50

Percentual 16 58 18 8 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Ambiente da empresa:

16%

18%

8%

0%

58%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Se tratando em ambiente da empresa, a grande maioria, ou seja, 29 dos 50 clientes

entrevistados acham que o ambiente (limpeza, visual, lay-out e pintura) está boa, mas 26%, ou

seja, 13 clientes acham que isso pode melhorar, reformando, pintando, mudando o lay-out

fazendo com que os produtos fiquem mais bem visualizados aos olhos dos clientes.

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10) Quanto à forma de pagamento

Tabela 13 – Quanto a forma de pagamento

Freqüência Ótimo Bom Regular Ruim Péssimo TOTAL

N.º de clientes 13 29 5 3 0 50

Percentual 26 58 10 6 0 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Forma de pagamento:

26%10%

6%0%

58%

ÓtimoBomRegular RuimPéssimo

Como pode-se ver, 58 % dos clientes entrevistados estão satisfeitos quanto à forma de

pagamento, mas 6 % dos clientes entrevistados acham que poderia existir mais formas de

pagar os produtos.

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11) Gostaria de encontrar algum produto na empresa relacionado com tabacaria? Qual?

Tabela 14 – Encontrar algo mais

Freqüência Sim Não TOTAL

N.º de clientes 1 49 50

Percentual 2 98 100 % Fontes: Dados primários (2004)

Encontrar algo mais:

2%

98%

SimNão

Entre as 50 pessoas entrevistadas, 49 disseram que não queriam encontrar mais nada

relacionado com tabacaria na empresa em estudo.

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4.2 Análise Geral da Pesquisa

Analisando todos os dados pesquisados com cada clientes através do questionário de

satisfação da Central Distribuidora de Cigarros, viu-se que os cigarros mais vendidos nos

estabelecimentos é o Derby, pois é um cigarro mais barato, pois a renda da população está

cada vez mais baixa. Mas mesmo assim, os estabelecimentos fazem compras em média de

R$400,00 por não poderem comprar mais, apesar da procura ser grande.

Se tratando dos clientes em relação a empresa em estudo, pode-se dizer que os

entrevistados estão satisfeitos com os produtos e serviços oferecidos, os clientes acham que a

empresa tem uma boa competência, comunicação e agilidade, tanto com os vendedores

quando à qualquer serviços que tenham. Alguns dos clientes ressaltaram também que a

localização não é tão boa, por não ter um estacionamento exclusivo, e o ambiente não ser tão

bom, pelo fato de que a empresa, por ser antiga, não preocupa com constantes pinturas e

mudança de lay-out.

Em relação ao cigarro, muitos dos entrevistados disseram ser não tão bom. Com

observação não planejada, viu-se que a opinião dos clientes foram ruins pois alegaram o fato

de que o cigarro faz mal a saúde, e não levaram em conta a qualidade do fumo em si fabricado

pela Souza Cruz. Do mesmo modo em que, com a observação não-planejada, notou-se que os

entrevistados alegaram sobre o péssimo preço do produto, pois ressaltaram que o cigarro

deveria ser mais barato por fazer mal, acham que o desconto poderia ser maior, mas que a

forma de pagamento está boa pelo fato de que a empresa dá prazos e formas que nenhuma das

concorrência pequenas que a empresa tem dá.

Apesar de que a empresa em estudo não ter um grande mix de produtos, ou seja, não

se tem muita variedade dos produtos, os entrevistados disseram que estão satisfeitos com os

mesmos que a empresa oferece, tendo um clientes dito que a empresa deveria trabalhar com

uma variação maior e melhor de isqueiros.

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5 PLANO DE MARKETING DA EMPRESA EM ESTUDO

5.1 Sumário Executivo

A Central Distribuidora de Cigarros é uma empresa de médio porte, que está a 20 anos

no mercado, possui no seu quadro funcional 4 (quatro) funcionários e o gerente. Um gerente,

um auxiliar administrativo, um vendedor interno e dois vendedores externos sendo que cada

um deles tem sua função específica para que cada um trabalhe com boa qualidade. Essa

empresa atua no ramo de tabacaria em geral, sendo vendidos, cigarros importados e nacionais,

charutos, cachimbos e fumos para o mesmo, cigarrilha, cartões telefônicos, isqueiros e

acessórios para o mesmo, palha e palheiro. A cada ano se expande mais no que diz respeito a

produtos, contando hoje com 30 itens de tabacaria em média

A empresa visa para os próximos anos, aumentar o numero de clientes e tendo um

relacionamento maior com cada um deles. Sua meta para os anos de 2005 e 2006 é aumentar

40% de clientes. Para isso, o processo para melhorar o relacionamento foi feito um controle

que foi desenvolvido para organizar as informações dos clientes, dos negócios realizados com

o clientes e a empresa, compras semanais, informações pessoais de cada cliente para, a partir

daí, desenvolver um plano de marketing de relacionamento com os clientes antigos e ganhos

pela empresa. Foi utilizado comunicações como a mala direta, os serviços pós-vendas e as

confraternizações para uma maior aproximação deles com a empresa.

O cadastro de clientes e o controle do atendimento foi uma boa estratégia também,

pois visará um aumento de satisfação dos clientes já existentes, devido o aperfeiçoamento do

atendimento. Para a imagem da empresa, essas estratégias irão ser usadas como algo positivo

com um bom desempenho, organização e formalidade perante os clientes atuais e futuros.

5.2 A empresa

A Central Distribuidora de Cigarros foi aberta no ano de 1984, pelo proprietário na

época Eli Tasca, com a intenção satisfazer o mercado, não apenas com cigarros, mas com um

mix de produtos maior e um melhoramento no tratamento com seus clientes. O proprietário

havia adquirido uma experiência na empresa Souza Cruz por 10 anos.

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Atualmente a empresa se encontra no nome de Elizabete Pereira Tasca Firma

Individual. A mesma tem no quadro funcional quatro funcionários e o gerente. A empresa

conta em média de 40 itens de tabacaria.

Hoje a Central Distribuidora de cigarros é uma representante da Souza Cruz, que visa

ter os clientes sempre satisfeitos com os produtos diversificados e com preços acessíveis para

o mercado. O cliente tem a opção de comprar no balcão ou até mesmo no carro de

atendimento que tem dias de visitas em todo o continente, fazendo com que a compra fique

mais acessível e de maneira mais confortável, sem precisar sair de casa.

Esta empresa que é familiar, está crescendo a cada dia, fazendo com que os clientes se

fidelizem mais pelo atendimento.

Razão Social: Elizabete Pereira Tasca Firma Individual

CNPJ: 04.873.376/0001-61

Nome Fantasia: Central Distribuidora de Cigarros

Proprietária: Elizabete Pereira Tasca

Endereço: Av. Lédio João Martins, 721 loja18 – Kobrasol – São José Quadro 2 – Informações da empresa Fonte: Aline Tasca

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5.3 Missão

A missão da empresa em estudo é: “Qualidade nos produtos e serviços”. A missão de

uma organização tem como essência o que a diferencia das demais, fornece as linhas gerais e

atuação podendo ser reajustada de acordo com as mudanças ambientais ou novas filosofias de

atuação no mercado, sendo características de organizações eficazes a constante reavaliação da

sua missão. (Boone, 1998)

5.4 Visão

A missão da empresa em estudo é: “Ser uma tabacaria com um ótimo mix de produtos

e de qualidade, sempre mantendo um bom relacionamento e visando sempre a satisfação com

cada cliente com os serviços e produtos oferecidos.”

5.5 Analise Ambiental

5.5.1. Análise Interna

Dentro de uma organização, a análise interna tem por finalidade, evidenciar as

qualidades e deficiências da empresa, que estará sendo analisada na sua atual posição de

produto versus mercado.

Segundo Oliveira (2002), pontos fortes são as variáveis internas e controláveis que

propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação a seu ambiente. Pontos fracos

são as variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a

empresa em relação a seu ambiente.

Com base nos dados primários, coletados através da realização da entrevista face a

face foi realizado esta análise dos pontos fortes e pontos fracos, demonstrado no quadro 3.

Pontos Forte Pontos Fracos

- Variedade de produtos;

- Local acessível;

- Estabelecimento sem estacionamento

próprio;

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- Boa negociação com prazos e compras

altas de produtos;

- Garantia nos produtos;

- Especializa seus atendentes para obter

maior eficiência no atendimento;

- A empresa em estudo é flexível.

- Dificuldade de controle de estoque;

- Qualidade nos produtos;

- Tratamento igual a todos os clientes;

- Banco de dados não informatizado;

- Cadastro desatualizado dos clientes;

- Empresa não possui programa ou ações de

relacionamento com os clientes;

- Falta de cultura mercadológica na

empresa.

- Mix de produtos fraco. Quadro 3 – Síntese dos pontos fracos e fortes da empresa Fonte: Dados primários (2004)

5.5.2. Análise Externa

Com base nos dados secundários obtidos na empresa foi realizado esta análise das

oportunidades e ameaças, demonstrado pelo quadro 4.

Oportunidades Ameaças

- Expansão dos serviços da empresa em

estudo através da internet

- Empresa atenta as mudanças;

- Leis

- Concorrência:

- Culturas

- Marcas Ilegais Quadro 4 – Síntese das ameaças e oportunidades da empresa Fonte: dados primários (2004)

Na realidade muitas organizações operam sem planos formais, esta atitude pode ser

considerada suicida, pois em um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, deve –se

ter em mente sempre a rota e o lugar certo onde se quer chegar.

Segundo Oliveira (2002, p. 64), oportunidade é a força ambiental incontrolável pela

empresa que pode favorecer sua ação estratégica, desde que conhecida e aproveitada,

satisfatoriamente, enquanto perdura. E ameaça é a força ambiental incontrolável pela

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empresa, que cria obstáculo a sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser servida, desde

que conhecida em tempo hábil.

Entretanto torna-se necessário à explanação dos principais

aspectos externos a serem avaliados. Os aspectos sociais,

econômicos, legais, políticos, culturais, como também a

concorrência e outros aspectos serão apresentados em forma de

tópicos para que se possa perceber a influência que os aspectos

externos causam nas organizações, assim podendo verificar se

existência de uma oportunidade ou uma ameaça no mercado

analisado.

5.5.3. Fatores Sociais

A pesquisa sobre o Perfil Econômico do Consumidor realizada trimestralmente pelo

Núcleo de Pesquisas da FECOMÉRCIO/SC procura traçar um panorama econômico por meio

da opinião do consumidor sobre sua situação financeira e de compra/investimento, gerando

um indicador mercadológico que serve de termômetro para as vendas do comércio. A

pesquisa realizada é referente ao mês de Fevereiro de 2004, e conta com a participação de 400

entrevistados em Florianópolis e São José –SC.

- Compras do Mês

O momento é de queda iminente no poder aquisitivo, segundo a opinião dos

consumidores, é que as despesas com supermercados (alimentação, higiene e limpeza)

praticamente cresceram em um ano (de 43,17% para 65,75%), sendo que o consumidor tenta

de todas as formas comprar as mesmas quantidades, embora este índice seja menor que o do

mês de fevereiro de 2002,e a tendência apontar para uma redução de consumo.

- Contas Regulares

No mês de fevereiro/2003, os gastos com contas de (água, luz, telefone, condomínio,

etc,) foram maiores que no mês anterior segundo 44,50% dos entrevistados. (Pagamentos do

período de férias) Mesmo com todas as dificuldades, o consumidor tenta manter sua situação

legal, ou seja, a inadimplência em relação às contas regulares reduziu de 31,5% em fevereiro

de 2002 para 17,75% no mês de fevereiro de 2003. Aquele que informou estar com alguma

conta em atraso, disse que esta se concentra no comércio (4,75%) em fevereiro de 2003,

contra (6,67%) em fevereiro de 2002 e o telefone fixo com (3,50%) em 2003.Com seu

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orçamento apertado o consumidor reduziu os financiamentos, em fevereiro de 2002, 26,50%

possuíam algum tipo de financiamento, em fevereiro de 2003 este percentual caiu para 15%.

Outra boa notícia é a que fala a respeito dos que possuem algum financiamento, o resultado

indica que o número de inadimplentes vem caindo.

- Orçamento

A maior parte dos consumidores está sem dinheiro. Após o pagamento de todas as

despesas 71% dos entrevistados informaram que não sobrará dinheiro, ou seja, o consumidor

continua com seu orçamento apertado. Quem apontou para uma possível sobra financeira

(12,25%) pretende guardar o que sobrou para uma eventualidade (4,50 %). Diferente do

resultado encontrado em fevereiro de 2002 onde naquela ocasião os que apontaram para uma

sobra financeira, indicaram como meta o de guardar o que sobrou para consumir um bem no

futuro. Para quem não conseguiu fechar o orçamento (16,75%), as alternativas apontadas

foram: em primeiro lugar não pagar alguma conta ou prestação (5,00%), em seguida, deixar

de consumir alguma coisa 3,25%. Para aqueles que informaram que deixaram de pagar

alguma conta ou prestação, a opção escolhida foi o comércio com 2,75% .

- Renda Familiar

A renda familiar do consumidor de Florianópolis e São José sofreu algumas

alterações, embora esta esteja um pouco mais pulverizada, a pesquisa mostra um aumento do

número de trabalhadores na faixa de 2 a 3 salários mínimos. O perfil da amostra foi composto

por trabalhadores de diversos ramos de atividades, mantendo-se em primeiro lugar o setor de

serviços, com 30,75%, setor público com 25,25% e comércio com 23,75%. Pode-se perceber

também que o índice de desemprego apresentou um aumento nas três últimas pesquisas.

5.5.4. Fatores Econômicos

Mesmo com o advento do enquadramento em imposto simples e único, o comércio

ainda sofre com a carga tributária. Recente pesquisa divulgada pela Federação do Comércio

do Estado de Santa Catarina (Fecomércio) demonstrou que a maior parte dos empresários

catarinenses ouvidos (32,2%) aponta a carga tributária elevada como a grande vilã para o

crescimento das empresas. A pesquisa levou em conta uma entrevista feita em 180 empresas

das principais regiões do Estado em outubro. A estatística demonstra, ainda, que, para 23,7%

dos empresários, os encargos sociais elevados constituem a segunda principal causa de

dificuldade de crescimento.

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Fazendo os cálculos, é possível entender toda esta preocupação com os tributos.

Partindo do esquema do Simples, os percentuais até que não são muitos, porém os impostos

existentes abocanham boa parte do faturamento dos comerciantes. Um empresário do

comércio, que tenha faturamento mensal entre R$ 60.000,00 e R$ 100.00,00, estará sujeito a

dois tipos de impostos basicamente: o ICMS (Simples Estadual) e o Simples Federal. A

“mordida” é de 5,95% menos a parcela de R$ 1.555,00 no caso do ICMS e 8,6% para o

Simples Federal. “Neste caso, só em relação aos tributos normais, o valor a ser pago

mensalmente chega a R$ 12.995,00”, explica Nilson Göedert, vice-presidente do Conselho

Regional de Contabilidade de Santa Catarina.

O cálculo não levou em conta, ainda, os encargos sociais por conta dos trabalhadores e

nem taxas como o IOF (aplicado em operações de crédito como empréstimos e descontos de

títulos) e a CPMF (que incide sobre quaisquer movimentações financeiras) com uma alíquota

atualmente na ordem de 0,38%. “Para os que fazem importação direta, há outros impostos que

ainda incidem e se refletem no valor final do preço”, acrescenta Nilson.

Para o presidente da Federação do Comércio de Santa Catarina, Antônio Edmundo

Pacheco, o aumento de alíquotas tem repercussão direta na geração de empregos e no valor

final de determinado produto. Por causa dos impostos altos, a tendência é de um aumento do

chamado mercado informal e do risco de aumento da sonegação. Além disso, como observa

Pacheco, o comerciante tenta evitar ao máximo perdas financeiras repassando ao valor final

do produto o custo destas taxas. Ele salienta que os empresários do comércio já sofrem com

fatores como a sazonalidade, alterações climáticas e inadimplência.

Segundo o site da Indústria de cigarros Souza Cruz (www.souzacruz.com.br) O lucro

fácil, as dificuldades na fiscalização e, mais recentemente, a proibição da propaganda de

cigarros tornaram o mercado ilegal de cigarros uma atividade extremamente lucrativa no

Brasil, onde a alta tributação sobre o produto legal favorece ainda mais a prática clandestina.

Atualmente, a ilegalidade representa cerca de um terço dos cigarros consumidos no país, o

equivalente a 46 bilhões de unidades.

O Brasil está entre os países que praticam as maiores taxas tributárias do mundo e,

como se pode comprovar pelos dados, quanto maior a carga tributária, maior a ilegalidade.

Hoje, no Brasil, existem mais de 300 marcas ilegais, incluindo produtos falsificados

(contrafação) e, principalmente, contrabandeados, de países fronteiriços e até de nações

distantes, como a China.

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O mercado formal brasileiro comercializou em 2002, 96 bilhões de cigarros a um

preço médio de R$1,42, gerando uma receita de R$ 6,8 bilhões. O mercado ilegal, por sua

vez, comercializou no mesmo período 46 bilhões de cigarros a um preço médio de R$0,87,

movimentando R$ 1,8 bilhão. Considerando a estabilidade dos preços praticados no mercado

ilegal, isso corresponderia a uma perda total de arrecadação tributária de R$1,4 bilhão em

2001. Com este dinheiro, o governo poderia alfabetizar 13 milhões de pessoas, construir cerca

de 33 mil creches ou 130 mil ambulatórios.

5.5.5. Fatores Legais

LEI N 9.294, DE 15 DE JULHO DE 1996.

Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas

alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da

Constituição Federal.

5.5.6. Fatores Políticos

Segundo Ferrel (2000, pag. 69), Ações legais contra a indústria de tabaco podem levar

a mudanças significativas na forma com que a s empresas de cigarros vendem seus produtos.

Um acordo proposto entra a indústria e os secretários de saúde de vários estados representa

uma ameaça que pode resultar na proibição de alguns tipos de propaganda de cigarro e na

regulamentação dos níveis de nicotina pelo FDA.

5.5.7. Fatores culturais

Nota-se que no ramo de tabacaria, os compradores nem sempre são os que fumam. O

maior retorno que pode-se ter é de compras feitas por pessoas jurídicas, tendo uma

porcentagem vendida de 75% em média vendidas para estas. Os clientes da empresa em

estudo, são divididos em pessoas físicas e jurídicas. Entre as pessoas jurídicas são

subdivididas em clientes de balcão e clientes externos.

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5.5.8. Fatores concorrência

Para trabalhar de forma coerente, legal e diferenciada, a Central Distribuidora de

Cigarros tem a necessidade de conhecer seus concorrentes, pontos forte e fracos, condições de

pagamentos, garantias e como são os relacionamentos com os cliente.

Para falar da concorrência, primeiro tem-se que lembrar que as mesmas são

organizações que oferecem produtos e serviços similares a um mesmo mercado alvo de uma

outra organização. Segundo Kotler e Armstrong (1991, p.39), os profissionais de marketing,

além de adaptarem a organização as necessidades do mercado alvo, devem também adaptar às

estratégias dos concorrentes, que estão servindo aos mesmos consumidores-alvo.

O quadro abaixo foi feito através do conhecimento, visitas e busca de informações dos

principais segmentos de concorrência da empresa em estudo. Para isso, vê-se um resumo das

características dos principais concorrentes.

Principais concorrentes Pontos Fortes Pontos Fracos

Supermercados

- Diversas condições de pagamentos;

- Bom acesso;

- Estacionamento exclusivo;

- Sem muita variedade de produtos;

- Alto custo para manutenção de ambiente;

- Preço alto;

- Atendimento não personalizado

Atacadistas

- Negociação alta com os fornecedores conseguindo, preços, prazos e condições melhores;

- Lojas com ótimo ambiente;

- Cartões personalizados;

- Atendimento personalizado;

- Conveniências e melhores condições de pagamento

- Sem foco em um produto específico;

- Dificuldade de um controle maior de estoque;

- Produtos quase vencidos;

Distribuidores ilegais de marcas contrabandeadas

- Preços baixos;

- O estoque é mais barato;

- Não pagam impostos;

- Limite de diversificação de produtos;

- Trabalham sem nota fiscal;

- Atendimento não personalizado;

- Não podem ter

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distribuidores legalizados;

- Sem garantia dos produtos Quadro 5 – Características dos principais concorrentes Fonte: Dados primários (2004)

5.6 Metas e Objetivos

Baseando em todo aspecto levantado, viu-se necessário se ter uma atendimento

personalizado com cada clientes, portanto, o objetivo geral no plano deu-se como aumentar o

número de clientes no período de 2004 à 2005. Esperando ter um aumento de satisfação de

atendimento e produtos com seus clientes. Hoje, a empresa já constatou o aumento de número

de clientes. Os clientes são empresas que trabalham no ramo de motéis, bares, boliches,

restaurantes, postos de gasolina, e alguns deles com nomes fortes no mercado.

Os objetivos específicos são:

A. Elaborar um programa de relacionamento;

B. Ampliar a carteira de clientes em 30% em 12 meses;

C. Desenvolver ações de marketing one-to-one;

D. Elaborar um estudo da curva ABC.

A meta é de aumentar um 30% o numero de clientes no período do plano de

marketing.

A retenção dos clientes se justifica pois, como a tabacaria é algo igual para todos que

consumem, a empresa precisa ter seu diferencial com os clientes, no atendimento, no

relacionamento e contatos, já que a empresa possui clientes com perfis de grande porte

estando a muito tempo no mercado.

Para atingir o objetivo geral, pretende-se traçar estratégias para fidelizar os clientes

reais aumentando a carta de clientes, além do geral, tem-se também os objetivos específicos

para propor alterações de estruturas e táticas, e estratégia de reter os clientes detectando os

pontos que podem ser melhorados em relação ao produto, deixando clara a marca, ou seja, o

nome da empresa como a maior percepção de bom atendimento e qualidade.

A empresa, para os próximos anos, tem os objetivos aumentar seu mix de produtos,

manter cada dia mais um ótimo relacionamento com seus clientes, classificando entre clientes

A, B e C através da curva. A meta foi de aumentar a maneira de vendas, conseguindo colocar

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também mais vendedores externos, e expandir seu negócio, não precisando ficar tão focado no

cigarro.

5.7 Estratégias e ações

Para que a Central Distribuidora de Cigarros expanda o negócio mantendo clientes e

fidelizando cada um deles, a mesma pode utilizar as ferramentas de marketing que atende as

necessidades que uma empresa precisa. Com base no objetivo geral e específico,

desenvolveu-se algumas estratégias para que se possa aproxime os clientes da empresa,

melhorando, assim, o relacionamento e tratando-os de forma diferenciadas. Abaixo foi

mostrada algumas estratégias para que a empresa possa atingir o objetivo geral.

Objetivo específico A: Elaborar um programa de relacionamento

Estratégia A1: Implementação de um banco de Dados

Ações

- Fazer orçamento de software de banco de dados para implementar na empresa;

- Contratar um técnico para instalação do software,

- Implementar um banco de dados sofisticado e cadastrar os clientes de acordo com

os melhores índices de lucratividade;

Objetivo A: Elaborar um programa de relacionamento

Estratégia A1: Implementação de um banco de Dados

Ações Custo Período Responsável Fazer orçamento de software de banco de dados para implementar na empresa R$ 18.000,00 Jan-Dez Aline Tasca

Contratar um técnico para instalação do software R$ 45,00 Set Aline Tasca Implementar um banco de dados sofisticado e cadastrar os clientes de acordo com os melhores índices de lucratividade

R$ 40,00 Set Aline Tasca

Estratégia A2: Estruturar a área de Marketing

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Ações

- Contratar um profissional de marketing para gerenciar as atividades da área.

Objetivo A: Elaborar um programa de relacionamento

Estratégia A2: Estruturar a área de Marketing

Ações Custo Período Responsável Contratar um profissional de marketing para gerenciar as atividades da área R$ 18.000,00 Jan-Dez Aline Tasca

Estratégia A3: Melhorar a qualidade do atendimento oferecido aos clientes

Ações

- Formalizar o processo de vendas;

- Criar um formulário para que os clientes possam enviar sugestões e reclamações

- Enviar (via correio) boletins e informativos que são feitos a todos os clientes;

- Manter um contato, uma vez a cada duas semanas, por telefone com os clientes;

- Fazer treinamento com algum funcionário para ser ouvidor da empresa

Objetivo A: Elaborar um programa de relacionamento

Estratégia A3: Melhorar a qualidade do atendimento oferecido aos clientes

Ações Custo Período Responsável

Formalizar o processo de vendas - Out-Nov Eli Tasca

Criar um formulário para que os clientes possam enviar sugestões e reclamações - Set Aline Tasca

Enviar (via correio) boletins e informativos que são feitos a todos os clientes R$ 100,00 Todo

mês João da Cunha

Manter um contato, uma vez a cada duas semanas, por telefone com os clientes - Sempre Aline Tasca

Fazer treinamento com algum funcionário para ser ouvidor da empresa R$ 1.000,00 Nov Eli Tasca

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86

Objetivo específico B: Ampliar a carteira de clientes em 20% em 12 meses

Estratégia B1: Promover a Central Distribuidora de Cigarros

Ações

- Identificar e classificar clientes potenciais por perfil de investimento;

- Criar mala direta segmentada evidenciando as características da empresa para cada

perfil de cliente;

- Fazer visitas constantes aos clientes potenciais.

Objetivo B: Ampliar a carteira de clientes em 20% em 12 meses

Estratégia B1: Promover a Central Distribuidora de Cigarros

Ações Custo Período Responsável

Identificar e classificar clientes potenciais por perfil de investimento - Out Aline Tasca

João da Cunha

Criar mala direta segmentada evidenciando as características da empresa para cada perfil de cliente

- Out-Nov Aline Tasca

Fazer visitas constantes aos clientes potenciais - Sempre Aline Tasca Eli Tasca

Objetivo específico C: Desenvolver ações de marketing one-to-one.

Estratégia C1: Elaborar um curva ABC com a finalidade e escala de clientes

Ações

- Fazer uma análise com base no modelo de curva ABC, quais são os melhores

índices de lucratividade;

- Criar um programa de lealdade com foco no marketing one-to-one, utilizando a

curva ABC

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Objetivo C: Desenvolver ações de marketing one-to-one

Estratégia C1: Elaborar um curva ABC com a finalidade e escala de clientes

Ações Custo Período Responsável Fazer uma análise com base no modelo de curva ABC, quais são os melhores índices de lucratividade

- Dez Eli Tasca

Criar um programa de lealdade com foco no marketing one-to-one, utilizando a curva ABC - Jan (2005) –

Mai (2005) Eli Tasca

Objetivo específico D: Aumentar o mix de produtos.

Estratégia D1: Busca da satisfação dos clientes com produtos

Ações

- Fazer orçamento com mais fornecedores para pesquisa de preço de produtos

novos;

- Analisar os produtos de mercado do mesmo segmento;

- Fazer pesquisa de natureza qualitativa para obter mais informações dos “porquês”

da pesquisa de satisfação

Objetivo D: Aumentar o mix de produtos

Estratégia D1: Busca da satisfação dos clientes com produtos

Ações Custo Período Responsável

Fazer orçamento com mais fornecedores para pesquisa de preço de produtos novos - Todo mês Aline Tasca

Analisar os produtos de mercado do mesmo segmento - Out (2004)-

Fev (2005 Eli Tasca

Fazer pesquisa de natureza qualitativa para obter mais informações dos “porquês” da pesquisa de satisfação

- Dez Eli Tasca Aline Tasca

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Detalhamento de algumas ações

- Técnico para instalação do software: A empresa tem um custo para a atualização do

sistema a cada visita

- Implementar um banco de dados sofisticado: A empresa adquiriu o software da Virtual

Center e todo ano é feito uma atualização do seu sistema de acordo com a necessidade do

cliente.

- Fazer uma análise com base no modelo de curva ABC, quais são os melhores índices

de lucratividade: O diagnóstico e a segmentação com base na curva ABC será realizada

pelo auxiliar administrativo da empresa, não gerando custo para a mesma.

- programa de fidelização com foco no marketing one-to-one: O programa de fidelização

será realizado através do envio de comunicativos para os clientes cadastrados no banco de

dados. Estes comunicativos terão o objetivo de parabenizá-los devido algum

acontecimento especial e de informá-lo dos descontos

- Fazer orçamento com mais fornecedores para pesquisa de preço de produtos novos:

O auxiliar administrativo responsável, fará um orçamento com empresas que já estão

atuando no mercado no ramo de tabacaria, para verificar os preços dos produtos para saber

se está compatível com a empresa em estudo

- Analisar os produtos de mercado do mesmo segmento: O responsável será encarregado

de visitar as concorrências para saber quais os produtos mais procurados.

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5.8 Cronograma de Ações

Ações Jul

/04

Ago

/04

Set

/04

Out

/04

Nov

/04

Dez

/04

Jan

/05

Fev

/05

Mar

/05

Abr

/05

Mai

/05

Jun

/05 Fazer orçamento de software de banco de dados para implementar na empresa

Contratar um técnico para instalação do software Implementar um banco de dados sofisticado e cadastrar os clientes de acordo com os melhores índices de lucratividade

Contratar um profissional de marketing para gerenciar as atividades da área

Formalizar o processo de vendas Criar um formulário para que os clientes possam enviar sugestões e reclamações

Enviar (via correio) boletins e informativos que são feitos a todos os clientes

Manter um contato, uma vez a cada duas semanas, por telefone com os clientes

Fazer treinamento com algum funcionário para ser ouvidor da empresa

Identificar e classificar clientes potenciais por perfil de investimento

Criar mala direta segmentada evidenciando as características da empresa para cada perfil de cliente

Fazer visitas constantes aos clientes potenciais Fazer uma análise com base no modelo de curva ABC, quais são os melhores índices de lucratividade

Criar um programa de lealdade com foco no marketing one-to-one, utilizando a curva ABC

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Fazer orçamento com mais fornecedores para pesquisa de preço de produtos novos Analisar os produtos de mercado do mesmo segmento Fazer pesquisa de natureza qualitativa para obter mais informações dos “porquês” da pesquisa de satisfação

5.9 Orçamentos

Ações Custo Período Responsável Fazer orçamento de software de banco de dados para implementar na empresa R$ 40,00 Ago Aline Tasca

Contratar um técnico para instalação do software R$ 45,00 Set Aline Tasca Implementar um banco de dados sofisticado e cadastrar os clientes de acordo com os melhores índices de lucratividade

R$ 40,00 Set Aline Tasca

Contratar um profissional de marketing para gerenciar as atividades da área

R$ 18.000,00

Jul (2004) - Jun (2005) Aline Tasca

Formalizar o processo de vendas - Out-Nov Eli Tasca Criar um formulário para que os clientes possam enviar sugestões e reclamações - Set Aline Tasca

Enviar (via correio) boletins e informativos que são feitos a todos os clientes R$ 100,00 Todo mês João da Cunha

Manter um contato, uma vez a cada duas semanas, por telefone com os clientes - Sempre Aline Tasca

Fazer treinamento com algum funcionário para ser ouvidor da empresa

R$ 1.000,00 Nov Eli Tasca

Identificar e classificar clientes potenciais por perfil de investimento - Out Aline Tasca

João da Cunha Criar mala direta segmentada evidenciando as características da empresa para cada perfil de cliente

- Out-Nov Aline Tasca

Fazer visitas constantes aos clientes potenciais - Sempre Aline Tasca Eli Tasca

Fazer uma análise com base no modelo de curva ABC, quais são os melhores índices de lucratividade

- Dez Eli Tasca

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Criar um programa de lealdade com foco no marketing one-to-one, utilizando a curva ABC - Jan (2005) –

Mai (2005) Eli Tasca

Fazer orçamento com mais fornecedores para pesquisa de preço de produtos novos - Todo mês Aline Tasca

Analisar os produtos de mercado do mesmo segmento - Out (2004)-

Fev (2005 Eli Tasca

Fazer pesquisa de natureza qualitativa para obter mais informações dos “porquês” da pesquisa de satisfação

- Dez Eli Tasca Aline Tasca

TOTAL R$ 19.225,00

5.10 Avaliação e Controle

Após o término de todas as ações, um controle deverá ser feito para que todos os

processos propostos neste plano de marketing de relacionamento tenham uma continuidade ao

longo dos outros anos. A cada novo cliente externo, os vendedores da área serão responsáveis

para preencher uma ficha cadastral com informações precisas a respeito de cada cliente.

Será feita também, uma atualização mensal no banco de dados da empresa para que

nenhuma informação fique fora do conhecimento de cada um dos clientes. Os projetos

deverão ser incluídos sempre que forem finalizados, assim como os clientes conquistados

também.

Terá também um processo contínuo em relação ao contato com os clientes, sendo o

gerente encarregado de fazer visitas a cada um deles, fazendo uma pesquisa de satisfação e de

mercado constante.

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7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo, apresentam-se as conclusões e recomendações, resultados da

investigação da presente pesquisa, buscando auxiliar a organização objeto de estudo a

elaborar um plano de marketing e para ser implantado, pois a justifica a importância deste

estudo.

Conclusões

O objetivo deste trabalho foi elaborar um plano de marketing de relacionamento para a

Central Distribuidora de Cigarros. O cenário atual oferece muitas oportunidades mas também

desafios, como a existência de muita competitividade.

Constatou-se que a Central Distribuidora de Cigarros não possui um plano de

marketing, ou seja, um planejamento formal das suas estratégias de marketing,

comprometendo a sua atuação.

Os resultados desta pesquisa, demonstraram que a Central Distribuidora de Cigarros

deve possuir estratégias de marketing definidas, através de um plano de marketing para

nortear as suas estratégias de atuação.

Pode-se citar como contribuições deste estudo:

- Proposição de uma estratégia para composição de um plano de marketing a ser utilizado

por organizações do setor agropecuário que queiram atuar na Internet

- Despertar na organização estudada as vantagens de se adotar estratégias de marketing

definidas;

- Demonstrar que a Central Distribuidora de Cigarros pode tornar-se referência na

disponibilização de informações pertinentes ao setor do fumo;

- Definir estratégias para ampliar o relacionamento com os clientes .

Através do plano de marketing sugerido, a organização estudada poderá obter eficácia

na sua estratégia de relacionamento, consequentemente aumentando a satisfação do seu

público-alvo na troca de informações.

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93

A presente pesquisa não tem como objetivo ser determinante nos resultados nem

tampouco esgotar o assunto abordado, visa incentivar novas pesquisas abordando o tema aqui

estudado.

Recomendações

Para trabalhos futuros na organização e na área de marketing na Internet para

agronegócios faz-se as seguintes recomendações:

- Estruturação do processo de vendas, visando melhorar o atendimento aos clientes e as

rotinas da venda;

- Realizar pesquisas constantes aos clientes para obter informações sobre a percepção dos

mesmos, quanto aos aspectos: produto, preço promoção e relacionamento;

- Avaliação constante do plano de marketing, pois este não se encerra com o início da sua

implementação na organização;

Pode-se concluir que a presente pesquisa irá dar início a uma mudança na organização

estudada, a partir da qual, novos estudos surgirão que possibilitarão a adequação de novas

estratégias de marketing a serem seguidas, cada vez que forem necessárias.

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94

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98

9 APÊNDICES

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99

APÊNDICE A – Questionário aplicado com os clientes

P E S Q U I S A D E S A T I S F A Ç Ã O

Este questionário tem como finalidade saber o grau de satisfação dos clientes da

Central Distribuidora de Cigarros com relação ao atendimento, os produtos e os serviços

prestados. Buscando melhorar os serviços e a sua satisfação, é solicitado a sua colaboração

em responder está pesquisa.

Pedimos, para que preencha a ficha que se segue:

PERFIL DO CLIENTE

Empresa: __________________________________________________________________ Nome:_____________________________________________________________________ Endereço:__________________________________________________________________ Bairro: _____________________________________ Cidade:______________________ Telefone: __________________________________________________________________ Profissão_______________________________

1. Qual a marca de cigarro que mais vende no seu estabelecimento?

R____________________________________________________________________

2. Quanto compra por semana (em média)?

( ) até R$ 100,00 ( ) de R$ 100,00 à R$ 300,00 ( ) de R$ 300,00 à R$ 500,00 ( ) de R$ 500,00 à R$ 700,00 ( ) acima de R$ 700,00

FAVOR AVALIAR OS SERVIÇOS DESEMPENHADOS PELA EMPRESA 3. Quanto a comunicação, competência e agilidade de vendas dos vendedores

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

4. Quanto a qualidade dos produtos oferecidos ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

5. Quanto ao preço dos produtos

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100

( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

6. Quanto a variedade dos produtos ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

7. Quanto ao atendimento (carro de entrega ou balcão) ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

8. Quanto à localização da empresa ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

9. Quanto ao ambiente da empresa (visual, limpeza, tamanho) ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

10. Quanto a forma de pagamento ( ) Ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Péssimo

11. Gostaria de encontrar outro produto relacionado com a empresa? Qual? R____________________________________________________________________

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101

APÊNDICE B – Ficha de Cadastro dos Clientes

Data: FICHA DE CADASTRO DE CLIENTES

N.º do cliente:

Nome Fantasia:

Razão Social:

CNPJ/CPF: Insc. Mun/ Est:

Endereço: N.º

Referência:

Bairro: Cidade: UF:

Telefone: Celular:

E-mail:

Ramo de negócio:

C O N T A T O

Responsável:

Cargo:

Local da Compra: Carro: Balcão:

Dia da semana para contato: Seg Ter Qua Qui Sex

Horário: Manhã Tarde Outro:

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10 ANEXOS

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103

ANEXO A – LEI DO CIGARRO

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º O uso e a propaganda de produtos fumígeros, derivados ou não do tabaco, de

bebidas alcoólicas, de medicamentos e terapias e de defensivos agrícolas estão sujeitos às

restrições e condições estabelecidas por esta Lei, nos termos do § 4° do art. 220 da

Constituição Federal.

Parágrafo único. Consideram-se bebidas alcoólicas, para efeitos desta Lei, as bebidas

potáveis com teor alcoólico superior a treze graus Gay Lussac.

Art. 2° É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer

outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público,

salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento

conveniente.

§ 1° Incluem-se nas disposições deste artigo as repartições públicas, os hospitais e

postos de saúde, as salas de aula, as bibliotecas, os recintos de trabalho coletivo e as salas de

teatro e cinema.

§ 2° É vedado o uso dos produtos mencionados no caput nas aeronaves e veículos de

transporte coletivo, salvo quando transcorrida uma hora de viagem e houver nos referidos

meios de transporte parte especialmente reservada aos fumantes.

Art. 3° A propaganda comercial dos produtos referidos no artigo anterior somente será

permitida nas emissoras de rádio e televisão no horário compreendido entre as vinte e uma e

as seis horas.

§ 1° A propaganda comercial dos produtos referidos neste artigo deverá ajustar-se aos

seguintes princípios:

I - não sugerir o consumo exagerado ou irresponsável, nem a indução ao bem-estar ou

saúde, ou fazer associação a celebrações cívicas ou religiosas;

II - não induzir as pessoas ao consumo, atribuindo aos produtos propriedades

calmantes ou estimulantes, que reduzam a fadiga ou a tensão, ou qualquer efeito similar;

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104

III - não associar idéias ou imagens de maior êxito na sexualidade das pessoas,

insinuando o aumento de virilidade ou feminilidade de pessoas fumantes;

IV - não associar o uso do produto à prática de esportes olímpicos, nem sugerir ou

induzir seu consumo em locais ou situações perigosas ou ilegais;

V - não empregar imperativos que induzam diretamente ao consumo;

VI - não incluir, na radiodifusão de sons ou de sons e imagens, a participação de

crianças ou adolescentes, nem a eles dirigir-se.

§ 2° A propaganda conterá, nos meios de comunicação e em função de suas

características, advertência escrita e/ou falada sobre os malefícios do fumo, através das

seguintes frases, usadas seqüencialmente, de forma simultânea ou rotativa, nesta última

hipótese devendo variar no máximo a cada cinco meses, todas precedidas da afirmação "O

Ministério da Saúde Adverte":

I - fumar pode causar doenças do coração e derrame cerebral;

II - fumar pode causar câncer do pulmão, bronquite crônica e enfisema pulmonar;

III - fumar durante a gravidez pode prejudicar o bebê;

IV - quem fuma adoece mais de úlcera do estômago;

V - evite fumar na presença de crianças;

VI - fumar provoca diversos males à sua saúde.

§ 3° As embalagens, exceto se destinadas à exportação, os pôsteres, painéis ou

cartazes, jornais e revistas que façam difusão ou propaganda dos produtos referidos no art. 2°

conterão a advertência mencionada no parágrafo anterior.

§ 4° Nas embalagens, as cláusulas de advertência a que se refere o § 2° deste artigo

serão seqüencialmente usadas, de forma simultânea ou rotativa, nesta última hipótese devendo

variar no máximo a cada cinco meses, inseridas, de forma legível e ostensivamente destacada,

em uma das laterais dos maços, carteiras ou pacotes que sejam habitualmente comercializados

diretamente ao consumidor.

§ 5° Nos pôsteres, painéis, cartazes, jornais e revistas, as cláusulas de advertência a

que se refere o § 2° deste artigo serão seqüencialmente usadas, de forma simultânea ou

rotativa, nesta última hipótese variando no máximo a cada cinco meses, devendo ser escritas

de forma legível e ostensiva.

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Art. 4° Somente será permitida a propaganda comercial de bebidas alcoólicas nas

emissoras de rádio e televisão entre as vinte e uma e as seis horas.

§ 1° A propaganda de que trata este artigo não poderá associar o produto ao esporte

olímpico ou de competição, ao desempenho saudável de qualquer atividade, à condução de

veículos e a imagens ou idéias de maior êxito ou sexualidade das pessoas.

§ 2° Os rótulos das embalagens de bebidas alcoólicas conterão advertência nos

seguintes termos: "Evite o Consumo Excessivo de Álcool".

Art. 5° As chamadas e caracterizações de patrocínio dos produtos indicados nos arts.

2° e 4° , para eventos alheios à programação normal ou rotineira das emissoras de rádio e

televisão, poderão ser feitas em qualquer horário, desde que identificadas apenas com a marca

ou slogan do produto, sem recomendação do seu consumo.

§ 1° As restrições deste artigo aplicam-se à propaganda estática existente em estádios,

veículos de competição e locais similares.

§ 2° Nas condições do caput, as chamadas e caracterizações de patrocínio dos produtos

estarão liberados da exigência do § 2° do art. 3° desta Lei.

Art. 6° É vedada a utilização de trajes esportivos, relativamente a esportes olímpicos,

para veicular a propaganda dos produtos de que trata esta Lei.

Art. 7° A propaganda de medicamentos e terapias de qualquer tipo ou espécie poderá

ser feita em publicações especializadas dirigidas direta e especificamente a profissionais e

instituições de saúde.

§ 1° Os medicamentos anódinos e de venda livre, assim classificados pelo órgão

competente do Ministério da Saúde, poderão ser anunciados nos órgãos de comunicação

social com as advertências quanto ao seu abuso, conforme indicado pela autoridade

classificatória.

§ 2° A propaganda dos medicamentos referidos neste artigo não poderá conter

afirmações que não sejam passíveis de comprovação científica, nem poderá utilizar

depoimentos de profissionais que não sejam legalmente qualificados para fazê-lo.

§ 3° Os produtos fitoterápicos da flora medicinal brasileira que se enquadram no

disposto no § 1° deste artigo deverão apresentar comprovação científica dos seus efeitos

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terapêuticos no prazo de cinco anos da publicação desta Lei, sem o que sua propaganda será

automaticamente vedada.

§ 4° Toda a propaganda de medicamentos conterá obrigatoriamente advertência

indicando que, a persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.

Art. 8° A propaganda de defensivos agrícolas que contenham produtos de efeito

tóxico, mediato ou imediato, para o ser humano, deverá restringir-se a programas e

publicações dirigidas aos agricultores e pecuaristas, contendo completa explicação sobre a sua

aplicação, precauções no emprego, consumo ou utilização, segundo o que dispuser o órgão

competente do Ministério da Agricultura e do Abastecimento, sem prejuízo das normas

estabelecidas pelo Ministério da Saúde ou outro órgão do Sistema Único de Saúde.

Art. 9° Aplicam-se aos infratores desta Lei, sem prejuízo de outras penalidades

previstas na legislação em vigor, especialmente no Código de Defesa do Consumidor, as

seguintes sanções:

I - advertência;

II - suspensão, no veículo de divulgação da publicidade, de qualquer outra propaganda

do produto, por prazo de até trinta dias;

III - obrigatoriedade de veiculação de retificação ou esclarecimento para compensar

propaganda distorcida ou de má-fé;

IV - apreensão do produto;

V - multa de R$ 1.410,00 (um mil quatrocentos e dez reais) a R$ 7.250,00 (sete mil

duzentos e cinqüenta reais), cobrada em dobro, em triplo e assim sucessivamente, na

reincidência.

§ 1° As sanções previstas neste artigo poderão ser aplicadas gradativamente e, na

reincidência, cumulativamente, de acordo com as especificidade do infrator.

§ 2° Em qualquer caso, a peça publicitária fica definitivamente vetada.

§ 3° Consideram-se infratores, para efeitos deste artigo, os responsáveis pelo produto,

pela peça publicitária e pelo veículo de comunicação utilizado.

Art. 10. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo máximo de sessenta dias

de sua publicação.

Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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Art. 12. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 15 de julho de 1996; 175º da Independência e 108º da República.