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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA Curso de Engenharia Civil DANILO SILVA FONSECA ESTUDO DE TRÁFEGO NA PÇA. JACKSON DO AMAURI Feira de Santana/BA 2010

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

Curso de Engenharia Civil

DANILO SILVA FONSECA

ESTUDO DE TRÁFEGO NA PÇA. JACKSON DO AMAURI

Feira de Santana/BA

2010

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DANILO SILVA FONSECA

ESTUDO DE TRÁFEGO NA PÇA. JACKSON DO AMAURI

Trabalho de conclusão do curso de Engenharia Civil, do

Departamento de Tecnologia – DTEC, da Universidade

Estadual de Feira de Santana – UEFS, apresentado

como requisito parcial para obtenção do grau de

Engenheiro Civil.

Orientadora: Prf.ª Janeide Vitória de Souza

Feira de Santana/BA

2010

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DANILO SILVA FONSECA

ESTUDO DE TRÁFEGO NA PÇA. JACKSON DO AMAURI

Trabalho de Conclusão de Curso definido e aprovado

em sua forma final pelo professor orientador e pelos

membros da banca examinadora.

______________________________________________

Prof.ª Janeide Vitória de Souza - Orientadora

Banca Examinadora

_______________________________________________

Prof. Areobaldo Oliveira Aflitos

_______________________________________________

Prof.ª Rosângela Leal Santos

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Dedico este trabalho à minha mãe (Glória),

meus avôs (Bela e Filinto), minhas tias (Lú e

Magui), meu irmão (Júnior) e minha namorada

(Nídia), que sempre estiveram ao meu lado

apoiando no que fosse necessário.

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RESUMO

No presente trabalho, foi demonstrado, através de dados estatísticos, que a cidade de Feira

de Santana vem crescendo não só em número de pessoas como também em frota de veículos,

tudo isso decorrente do crescimento econômico de toda a região, com um grande número de

empresas e indústrias instaladas, gerando emprego e renda. Com esse crescimento econômico, a

administração municipal precisa acompanhar essas mudanças, oferecendo boa infra-estrutura.

Para isso requer um planejamento constante e otimizado. Foi observado que a rotatória praça

Jackson do Amauri, formada por uma interseção entre as avenidas Presidente Dutra e J.J. Seabra

vem gerando um incômodo para os condutores poderem circularem normalmente com seus

veículos. Diante dessa observação foram feitas pesquisas sobre o assunto e coleta de dados na

interseção, foram estudados 9 tipos de movimentos possíveis de serem realizados pelos veículos.

Destes, foram determinados o grau de solicitação de cada um, ou seja, qual o volume de veículos

passantes em determinados horários. Foi calculada a capacidades das vias nos diversos pontos

estudados, afim de verificar os níveis de serviço ali presentes. A pesquisa de campo foi feita no

dia 25/11/2010. Além disso, foi feita uma projeção para 2, 4 e 6 anos do tráfego existente,

constatando um aumento considerado no volume de veículos no trecho estudado, salvo de

interferências como modificações feitas no traçado viário ou de qualquer outra interferência. O

trânsito de veículos nessa interseção é bastante complexo, o que fez com que pudesse entender ou

justificar os movimentos feitos pelos veículos em determinados horários do dia.

Palavras-chaves: Trânsito de veículos, Volumes de veículos, Infra-estrutura, Interseção.

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ABSTRACT

In this study, was demonstrated by statistics, the city of Feira de Santana is growing not

only in number of people but also in the vehicle fleet, all stemming from economic growth across

the region, with a large number of businesses and industries located, generating employment and

income. With this growth, the city government needs to accompany these changes, offering good

infrastructure. To achieve this requires a constant and optimized planning. It was observed that

the rotation of Amauri Jackson Square, formed by an intersection of the avenues and JJ Seabra

and Dutra has created a nuisance for drivers can usually move with their vehicles. Given this

observation were done research on the subject and data collection at the intersection were studied

nine types of movements can be performed by vehicles. Of these, we determined the degree of

each request, in other words, what volume of vehicles at certain times bystanders. It was

calculated the capacity of roads in different parts studied in order to verify service levels present

there. Field research was made on 25/11/2010. In addition, a projection was made for 2, 4 and 6

years of existing traffic, noting considerable increase in the volume of vehicles on the section

studied, except for interference as modifications made to the road layout or other interference.

The vehicular traffic on that intersection is very complex, which meant that he could understand

or explain the movements made by vehicles at certain times of day.

Keywords: Transit vehicles, volumes of vehicles, infrastructure, intersection.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Formação de equipe para coleta de dados ...................................................................38

Tabela 2 – Estabelecimentos do mercado formal por atividade econômica em

Feira de Santana ...........................................................................................................46

Tabela 3 – Estimativa da população residente do município de Feira de Santana.........................47

Tabela 4 – Frota de veículos registrados na CIRETRAN de Feira de Santana, em

Janeiro de 2007 ............................................................................................................48

Tabela 5 – Frota de veículos registrados na CIRETRAN de Feira de Santana, em

Janeiro de 2008 ............................................................................................................49

Tabela 6 – Fluxo de tráfego médio.................................................................................................55

Tabela 7 – Fluxo de tráfego máximo .............................................................................................55

Tabela 8 – Capacidade ...................................................................................................................57

Tabela 9 – Capacidade residual .....................................................................................................58

Tabela 10 – Nível de serviço, segundo Manual de Projeto de Interseções, 2005 ..........................60

Tabela 11 – Nível de serviço .........................................................................................................61

Tabela 12 – Fluxo de saturação nos pontos estudados ..................................................................66

Tabela 13 – Projeções dos volumes de veículos ............................................................................67

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Avenida Presidente Dutra ............................................................................................19

Figura 2 – Praça Jackson do Amauri .............................................................................................20

Figura 3 – Nível de serviço “A” ....................................................................................................31

Figura 4 – Nível de serviço “B” ....................................................................................................32

Figura 5 – Nível de serviço “C” ....................................................................................................33

Figura 6 – Nível de serviço “D” ....................................................................................................34

Figura 7 – Nível de serviço “E” .....................................................................................................35

Figura 8 – Nível de serviço “F” .....................................................................................................36

Figura 9 – Croqui esquemático do local para coleta de dados ......................................................38

Figura 10 – Mapa parcial da cidade de Feira de Santana ..............................................................40

Figura 11 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento A ........................50

Figura 12 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento B .........................50

Figura 13 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento C .........................51

Figura 14 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento D ........................51

Figura 15 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento E .........................52

Figura 16 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento F .........................52

Figura 17 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento G ........................53

Figura 18 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento H ........................53

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Figura 19 – Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento I ..........................54

Figura 20 – Tempo médio de espera, TME, segundo Manual de Projeto de Interseções, 2005 ...59

Figura 21 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento A ...........................................62

Figura 22 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento B ............................................62

Figura 23 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento C ............................................63

Figura 24 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento D ...........................................63

Figura 25 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento E ............................................64

Figura 26 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento F ............................................64

Figura 27 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento G ...........................................65

Figura 28 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento H ...........................................65

Figura 29 – Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento I .............................................66

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LISTA DE SIGLAS

CDL – Câmara de Dirigentes e Lojistas

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito

DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

DETRAN – DEPARTAMENTO Estadual de Trânsito

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

PDDUA – Plano Diretor de desenvolvimento Urbano Ambiental

SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

UCP – Unidade de Carro Passeio

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................14

1.1 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................................14

1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................15

1.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................................................15

1.2.2 Objetivos Específicos ...........................................................................................................15

1.3 METODOLOGIA ....................................................................................................................16

1.4 ESTRUTURA ..........................................................................................................................16

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...............................................................................................17

2.1 SUBSISTEMA VIÁRIO .........................................................................................................17

2.2 CONTROLE DAS INTERSEÇÕES DAS VIAS PÚBLICAS ................................................20

2.3 PESQUISAS DE CAMPO ......................................................................................................22

2.4 PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO ..................................................................................24

2.5 CONTROLE DO TRÁFEGO ..................................................................................................25

2.6 CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE TRÁFEGO ...........................................................26

2.7 FLUXO DE SATURAÇÃO ....................................................................................................27

2.8 NÍVEIS DE SERVIÇO ............................................................................................................30

3. METODOLOGIA DA PESQUISA DE CAMPO .................................................................37

3.1 PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS .....................................................................37

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3.2 PROJEÇÃO DO TRÁFEGO LOCAL ....................................................................................39

3.3 IDENTIFICAÇÃO DO PONTO ESTUDADO .......................................................................40

4 IDENTIFICAÇÃO DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO (PGT) ..........................41

5 APRESENTAÇÃO DE DADOS E OBTENÇÃO DE RESULTADOS ...............................42

5.1 BREVE HISTÓRICO DE FEIRA DE SANTANA ................................................................42

5.2 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL DE FEIRA DE SANTANA ....................................43

5.2.1 Localização ...........................................................................................................................43

5.2.2 Limites ..................................................................................................................................43

5.2.3 Altitude .................................................................................................................................44

5.2.4 Área ......................................................................................................................................44

5.2.5 Acidentes Geográficos ..........................................................................................................44

5.2.6 Clima ....................................................................................................................................44

5.2.7 Riquezas Naturais .................................................................................................................45

5.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DE FEIRA DE SANTANA ....................................................45

5.4 POPULAÇÃO .........................................................................................................................46

5.5 FROTA DE VEÍCULOS .........................................................................................................48

5.6 RESULTADO DOS DADOS OBTIDOS DA CONTAGEM DE VEÍCULOS ......................49

5.6.1 Volumes de Tráfego .............................................................................................................49

5.6.2 Fluxo de Tráfego ..................................................................................................................54

5.6.3 Capacidade ............................................................................................................................55

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5.6.4 Determinação dos Níveis de Serviço ....................................................................................57

5.6.5 Fluxo de Saturação ...............................................................................................................61

5.7 PROJEÇÕES DE TRÁFEGO .................................................................................................67

6 CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ....................................68

REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................70

APÊNDICE A – Ficha de Contagem Volumétrica .......................................................................73

APÊNDICE B – Ficha de coleta de dados para Fluxo de Saturação .............................................74

APÊNDICE C – Mapa (sem escala) indicando os pólos geradores de tráfego, compreendendo um

trecho da cidade de Feira de Santana ................................................................75

APÊNDICE D – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento A / Observador 1) .........76

APÊNDICE E – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento B / Observador 2) .........77

APÊNDICE F – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento C / Observador 2) ..........78

APÊNDICE G – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento D / Observador 3) .........79

APÊNDICE H – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento E / Observador 3) .........80

APÊNDICE I – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento F / Observador 4) ...........81

APÊNDICE J – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento G / Observador 4) ..........82

APÊNDICE K – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento H / Observador 5) .........83

APÊNDICE L – Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento I / Observador 5) ...........84

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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho mostra um estudo de tráfego realizado em determinado trecho na rotatória

da avenida Presidente Dutra que circunda a praça Jackson do Amauri, em Feira de Santana-BA.

As facilidades de uso do automóvel incentivam a expansão urbana. As distâncias

aumentam e novas vias são necessárias. As redes de equipamentos públicos - água, esgoto,

iluminação - tornam - se mais caras. Os ônibus precisam trafegar mais, reduzindo sua

rentabilidade. Algumas áreas tornam-se críticas, com o transporte público altamente deficitário.

A área aproxima-se da insustentabilidade.

A circulação em vias urbanas de cidades brasileiras tem apresentando baixos níveis de

qualidade, o que pode ser verificado em congestionamentos, redução das velocidades e aumento

dos tempos de viagem. Essa situação é conseqüência da priorização de investimentos na

ampliação na infra-estrutura viária em detrimento de melhorias no sistema de transporte coletivo,

além do crescimento da frota de veículos circulantes cujo ritmo de crescimento supera o da

ampliação viária.

As pesquisas de tráfego são requisitos muito importantes para o planejamento, construção

conservação e segurança de tráfego nas rodovias ou ruas urbanas. As pesquisas de tráfego podem

ser realizadas visando à elaboração de projetos, ou a realização de estudos especiais, ou ainda

para planejamento rodoviário ou urbano. Contudo, as pesquisas para planejamento não são

comumente realizadas em nosso país, quiçá por não haver, da parte dos dirigentes, uma

conscientização da importância das pesquisas e do planejamento rodoviário e urbano. (Akishino,

2004).

1.1 JUSTIFICATIVA

Diante do crescente número de veículos, percebe-se uma proporcional lentidão no tráfego

de veículos em diversos trechos da cidade. Em especial, o trecho abordado como objetivo do

estudo de tráfego serve acesso a um bairro que vem passando por uma série de investimentos na

área de habitação, surgindo um grande número de empreendimentos. Uma das razões que

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contribuem para aparecimento dos problemas de fluxo de tráfego de veículos é quando a

administração do município não consegue acompanhar esse crescimento, não implementando

modificações necessárias.

Para Carvalho, Sales Filho e Gonçalves (2000), tendo em vista o processo acelerado do

crescimento da população urbana, verificado no Brasil nas últimas décadas e o fato que em geral

este fenômeno tem acontecido de maneira desordenada, sem um planejamento adequado. As

principais cidades têm experimentado um crescimento na demanda de transportes, para o qual

não estavam preparadas, levando a uma insuficiência da infra-estrutura para suprir as

necessidades da população no que concerne o sistema de distribuição de cargas. Tal fato tende a

agravar problemas relacionados à compatibilização entre as necessidades de movimentação de

cargas e pessoas.

No Brasil, valoriza-se pouco a coleta, a tabulação, o processamento, a análise e a

utilização de dados. Dá-se pouca importância à esses aspectos por falta de tradição e, também,

por desconhecimento da importância dessas informações para orientação dos trabalhos

(DENATRAN, 2000).

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Estudar o volume e a qualidade de tráfego na Praça Jackson do Amauri, que se localiza no

centro de Feira de Santana/BA.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Verificar os níveis de serviço em diversos pontos na rotatória em estudo;

• Fazer uma previsão do volume de tráfego nos pontos estudados.

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1.3 METODOLOGIA

O trabalho foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica em livros, monografias,

artigos de revistas e internet, em órgãos públicos, e por fim, de pesquisa de campo para obtenção

de informações representativas à cerca do problema. Trata-se de um estudo de caso, em que são

feitas pesquisas de campo para obtenção de dados representativos. A pesquisa tem caráter

qualitativo e quantitativo. Qualitativo porque são caracterizados os tipos de veículos que cruzam

as vias que fazem parte do estudo, e quantitativo porque é contabilizada a quantidade de veículos.

1.4 ESTRUTURA

No capítulo 1 é exposta a introdução.

No capítulo 2 é exposta toda a revisão bibliográfica do trabalho, que serve de

fundamentação teórica para realização do estudo de caso.

No capítulo 3 é abordada a metodologia empregada para o estudo de caso, bem como a

localização geográfica, a formação da equipe e organização da coleta de dados.

No capítulo 4 são delimitados os pólos geradores de tráfego.

No capítulo 5 são exibidos todos os dados coletados no campo, bem como todos os

cálculos feitos para a obtenção de resultados.

No capítulo 6 é feita a conclusão e sugestão para trabalhos futuros.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 O SUBSISTEMA VIÁRIO

De todos os subsistemas de infra-estrutura urbana, o viário é o mais delicado, merecendo

estudos cuidadosos porque, é o mais caro dos subsistemas, já que normalmente abrange mais de

50% do custo total de urbanização; ocupa uma parcela importante do solo urbano (entre 20 e

25%); uma vez implantado, é o subsistema que mais dificuldade apresenta para aumentar sua

capacidade pelo solo que ocupa, pelos custos que envolvem e pelas dificuldades operativas que

cria sua alteração; é o subsistema que está mais vinculado aos usuários (os outros subsistemas

conduzem fluidos, e este, pessoas) Mascaró, 1987 (apud Zmitrowicz e Angelis Neto, 1997).

As rotatórias são consideradas como dispositivos voltados para a segurança, o

ordenamento e a canalização do tráfego em interseções viárias, geralmente usadas em situações

onde diversos fluxos de tráfego se interceptam em um mesmo ponto. As rotatórias, também

conhecidas como roundabouts (em inglês) ou rotundas (em Portugal), apresentam como aspecto

positivo proporcionar circulação continuada com controle auto-ajustável, facilitando a realização

organizada dos movimentos da interseção, com maior segurança, pois reduz a velocidade dos

veículos e o número de pontos de conflito (Raia Jr et al, 2008).

Para Taekratok 1998 (apud Raia Jr, 2008), um dos objetivos no projeto de facilidades

viárias é proporcionar mobilidade e segurança para todos os usuários do sistema, isto é,

condutores, pedestres e ciclistas. Ressalta, no entanto, que dispor de mobilidade segura para os

pedestres pode ser uma tarefa complexa. Recomenda que, para a implementação de rotatórias,

algumas preocupações com os aspectos relacionados com os pedestres são importantes: i)

identificação de prioridades entre condutores e pedestres; ii) uso de faixa de pedestres; iii)

determinação do local apropriado das faixas de pedestres, iv) incorporação das necessidades de

pedestres com deficiências físicas, e v) uso de ilha divisora de fluxos. Robinson et al, 2000, apud

Raia Jr, 2008, enfatiza que faixas de pedestres acessíveis devem ser disponibilizadas em todos os

projetos de rotatórias. Stone et al, 2002 (apud Raia Jr, 2008), aponta que, embora pareça ser alta a

segurança de pedestres em rotatórias (baseada na experiência internacional), muitos pedestres não

percebem que elas sejam realmente seguras. Além disso, por razões diversas, as rotatórias podem

ser mais difíceis para a travessia dos pedestres com deficiências físicas. A distância de caminhada

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é, geralmente, maior do que em interseções comuns. Nas rotatórias, o fluxo está sempre em

movimento e, visualmente, os pedestres com deficiência física podem ter mais dificuldades para

julgar os gaps para a travessia. Assim, o processo de decisão de travessia para pedestres

deficientes visuais e mesmo de outros pedestres pode ser mais fácil em interseções semaforizadas

quando comparadas com as rotatórias. No Brasil, estes dispositivos vêm sendo utilizados,

principalmente nas zonas urbanas, com muita freqüência, visando dar maior fluidez e segurança

ao trânsito de veículos. No entanto, a segurança dos pedestres não vem sendo incluída

sistematicamente e/ou de maneira adequada nos seus projetos.

Segundo Costa (2007), mini rotatórias deverão ser consideradas em áreas onde as vias que

para ele convergem tem velocidades 85-por cento menor que 50 km/h (30mph). Mini rotatórias

não são recomendadas em locais onde é esperada uma grande quantidade de retornos, tais como

em fins de trechos de ruas com restrições de acesso. Mini rotatórias não são indicadas para altos

volumes de tráfegos de caminhões, já que os caminhões ocupam grande parte da interseção

quando fazem retornos. Cada interseção consiste em uma ou mais áreas de manobras, que são os

elementos mais simples do projeto da interseção. Tipos e arranjos alternativos de áreas de

manobra podem ser empregados para criar interseções com variações na qualidade de operação.

Em geral, as mais complexas são as de maior custo de construção. Existem duas espécies de áreas

de manobra: áreas elementares e áreas múltiplas. As áreas elementares ocorrem quando somente

dois fluxos de tráfego, em duas vias de uma faixa e um sentido, cruzam, emergem ou divergem.

Áreas múltiplas de manobra acomodam mais de duas vias de uma faixa e um sentido.

A escolha do tipo específico de interseção depende de diversos fatores, como a Classe das

vias envolvidas, a Capacidade, a Segurança, e a Topografia da região onde se localiza a

interseção.

A insuficiência de capacidade para suportar elevados volumes de tráfego é também

determinante do tipo de interseção a ser adotado no projeto. O grau de risco e a freqüência de

acidentes no local podem justificar a adoção do tipo da interseção. A topografia da região em que

está localizada a interseção pode influir na escolha de determinado tipo de interseção.

Segundo Costa (2007) existem três tipos de interseção rodoviária:

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1. Interseção no mesmo nível;

2. Interseção em níveis diferentes com rampas de acesso;

3. Interseção em níveis diferentes sem rampas de acesso.

A figura 1 mostra uma fotografia de avenida que atravessa uma rotatória. A figura 2 mostra a

vista superior da rotatória.

Figura 1 – Av. Presidente Dultra. Fonte: Wikipédia – Enciclopédia Livre. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Monumentodutra.JPG>. Acesso em 17 out. 2009.

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Figura 2 – Praça Jackson do Amauri. Fonte: Mário, Gil. Disponível em:

<http://media.photobucket.com/image/monumento%20feira%20de%20santana/hallis3d/Monumento.jpg>. Acesso

em 17 out. 2009.

2.2 CONTROLE DAS INTERSEÇÕES DAS VIAS PÚBLICAS

Na área urbana, são predominantes as vias de fluxo interrompido, as quais requerem

tratamentos na administração dos fluxos que se cruzam nas inúmeras interseções em nível.

Ejzemberg, 1996 (apud Espel, 2000), ao tratar da análise da circulação e fluxos de tráfego

aponta que o tratamento e controle das interseções é o principal fator determinante da capacidade

do sistema viário, além de influir significativamente na segurança. No aspecto fluidez, os

cruzamentos (intersecções) podem causar efeitos de restrição à passagem do fluxo de tráfego

(perda de capacidade), em vias que supostamente suportariam a demanda de tráfego. Como

exemplo, um semáforo pode reduzir de menos da metade a até um terço da capacidade de uma

via, se comparado com a sua capacidade num trecho fora da intersecção. Na ótica da segurança,

grande parcela dos acidentes ocorre concentradamente nas intersecções. São apresentados

também os diferentes tipos de controle de intersecções, que são função, nessa ordem, do

acréscimo dos volumes de veículos dos cruzamentos:

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- Placa “Dê a preferência”.

- Placa “Pare” – Parada obrigatória.

- Mini- Rotatória.

- Canalização.

- Rotatória.

- Semáforo.

- Intersecções em desnível: Pontes, viadutos, túneis, etc.

Muitos cruzamentos geram impedância a passagem dos veículos, seja por fatores

geométricos e de topografia, e mais comumente quando os volumes de tráfego atingem níveis

onde começa a haver a “disputa” do espaço comum, na chamada área de conflito do cruzamento.

Os veículos e pedestres provenientes das diferentes vias, com origens e destinos diferentes,

inevitavelmente terão que se encontrar nos espaços comuns dos cruzamentos, tendo que

“negociar” suas manobras. Essa negociação quando se torna mais acirrada, com o aumento do

volume de veículos, começa a se tornar difícil e perigosa, influindo na fluidez com aumento nos

atrasos e perda de capacidade, e na segurança com risco potencial de acidentes, destacando-se o

conflito “desigual” do veículo com o pedestre, no qual o pedestre quase sempre leva a pior. Essas

considerações levam a conclusão de que é fundamental o controle eficaz das intersecções. Entre

os tipos de soluções para controle das intersecções, passando desde a simples regra geral de

circulação até soluções sofisticadas, radicais e custosas como as intersecções em desnível

verifica-se que o semáforo está listado imediatamente atrás das intersecções em desnível, sendo

etapa anterior das grandes obras de arte, o que mostra ser também uma solução radical e custosa.

Deve somente ser utilizado quando plenamente justificado, com o cruzamento apresentando

volumes mínimos, de veículos e/ou pedestres, os quais seus conflitos não podem ser

administrados pelas soluções anteriores, Ejzemberg, 1996 (apud Espel, 2000).

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2.3 PESQUISAS DE CAMPO

Os Estudos de Tráfego em vias urbanas, normalmente possuem finalidades diferentes dos

para rodovias, porém, as pesquisas do tráfego existente numa via urbana seguem características

muito similares àquelas vistas para rodovias.

Como uma pesquisa de tráfego deve ser conduzida para o fim específico a que se destina,

o programa de pesquisa deverá ser compatível com o objetivo e finalidades.

Normalmente, no entanto, as diversas cidades fazem pesquisas para identificar o tráfego

existente num cruzamento, a fim de verificar a necessidade de semáforo no local, bem como

dimensioná-lo, caso seja necessário. Entretanto, o melhor objetivo de pesquisas de tráfego em

vias urbanas deverá ser o da elaboração de estudos para planejamento viário e o da elaboração do

projeto de pavimentação.

Para planejamento viário, apenas pesquisas nos horários de pico seriam suficientes; para

dimensionamento de pavimentos as pesquisas deverão identificar o tráfego diário (24 horas de

um dia). Sejam pesquisas somente em horários de pico, sejam pesquisas abrangendo as 24 horas

do dia, as mesmas podem ser executadas da mesma forma que em rodovias, isto é, preenchendo-

se formulários pré-definidos (Akishino, 2004).

As contagens de tráfego envolvem o registro de número, da classificação, do sentido do

movimento e de outras características dos veículos ou dos pedestres, durante vários períodos de

tempo e num determinado ponto de uma via pública ou num cruzamento. Para que uma contagem

de tráfego se revista de um certo valor deverá ser cuidadosamente planejada (de forma a coletar

os dados necessários), executada com precisão (de forma a que os dados obtidos inspirem

confiança) e condensada e analisada (de forma que os dados obtidos possam ser utilizados a

qualquer tempo. A finalidade principal das contagens do volume de tráfego consiste em

apresentar dados com os quais se possa atacar ou prevenir problemas relacionados com o tráfego.

Para isso, torna-se indispensável o conhecimento dos seguintes itens: quantidade de tráfego

existente, o seu volume em certas ocasiões, os movimentos empreendidos pelos veículos e os

tipos de veículos envolvidos (Soares, 1975).

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Em rodovias são elevadas as composições de veículos de carga (caminhões), enquanto

que em vias urbanas, as mesmas são de baixa incidência, tanto na quantidade, como em tamanho.

Ao longo do dia, não há bruscas variações de tráfego nas rodovias, sendo muito comuns nas vias

urbanas. O tráfego de rodovias costuma ser de longa distância, enquanto que a maioria do tráfego

urbano é de curta distância.

Justamente, porque os principais estudos de tráfego em vias urbanas são realizados para

os horários de pico, as pesquisas de tráfego costumam desenvolver-se para o período de pico.

Normalmente, o período de pico em cidades grandes resume-se ao pico da manhã e da tarde. Em

cidades de porte médio/pequena existe o pico do almoço, normalmente, o maior pico do dia. Para

se identificar o horário de pico de uma cidade é necessário que haja pesquisas ao longo do dia em

diversos pontos da mesma. Às vezes os horários de pico são diferentes por tipo e classe de via,

outras vezes, por regiões da cidade. Somente uma pesquisa de um dia nos diversos pontos,

identificará qual o caso de uma determinada cidade.

Quando uma pesquisa em via urbana é realizada apenas nos horários de pico, essa

pesquisa deve abranger um período de 2 horas consecutivas e as anotações devem ser realizadas a

cada 15 minutos, não só para identificar a hora correta do pico, mas também para que se possa

determinar o fluxo de tráfego e o fator de hora pico. Quando se trata de uma cidade grande, com

altos volumes de tráfego, a pesquisa deve apresentar anotações de 5 em 5 minutos para se

determinar o fluxo horário referido aos 5 minutos máximo (Akishino, 2004).

Quando se pretende elaborar o projeto de pavimentação, o seu dimensionamento exige o

conhecimento do número de veículos que deverá fazer uso da via, durante o ano inteiro pelo

período de projeto. Isto significa que é necessário conhecer, não só o tráfego total de um dia de

24 horas, mas toda a variação semanal e mensal, o que exige que pesquisas sejam realizadas por,

pelo menos, 7 dias consecutivos. Por um problema de limitações de custos, muitas vezes é

comum não se realizar pesquisas por 7 dias consecutivos, alegando-se que o tráfego urbano não

apresenta acentuada variação como o tráfego rodoviário. Para outras finalidades que não seja

dimensionamento de pavimentos, as pesquisas podem ser realizadas nos horários de pico, desde

que se conheça o horário de pico das diversas regiões do perímetro urbano em análise. Caso os

horários de pico não sejam conhecidos, postos de pesquisas estrategicamente localizados, devem

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ser alocados, a fim de se definir os horários de pico das diversas regiões da cidade em estudo

(Akishino, 2004).

Normalmente, os estudos de tráfego em vias urbanas são realizados para o volume de

tráfego máximo. É necessário lembrar que diversas vias apresentam o seu tráfego máximo nos

finais de semana e não nos dias úteis (Queiroz, 2005).

Em outras palavras, constata-se a necessidade de que é preciso ser realizado um estudo

preliminar em caráter de sondagem, analisando visualmente o comportamento do trânsito em

determinado local a ser estudado.

As contagens de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número de veículos

que passa através de um determinado ponto da via, durante certo período, podendo-se determinar

o VMD (volume médio diário), a composição do tráfego, etc. (Lima, s.d.).

2.4 PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO

São considerados Pólos Geradores de Tráfego (PGT) os empreendimentos constituídos

por edificação ou edificações cujo porte e oferta de bens ou serviços geram interferências no

tráfego do entorno e grande demanda por vagas em estacionamentos ou garagens (DECRETO N.º

19.915/98; PDDUA, 1999). Como exemplos de PGT, constam, entre outros estabelecimentos:

shopping centers, supermercados, hotéis, centro de convenções, teatros, escolas, portos e

aeroportos. Importante salientar que, cada vez mais, os novos PGT vêm se caracterizando como

empreendimentos que contemplam uma combinação mista de estabelecimentos (Pinto et. al.,

s.d.).

Os impactos sobre a circulação de veículos ocorrem quando o volume de tráfego nas vias

adjacentes eleva de modo significativo, devido ao acréscimo de viagens gerado pelo

empreendimento reduzindo os níveis de serviço e de segurança viária na área de influência

(DENATRAN, 2001).

Segundo o DENATRAN, em seu Manual de Procedimentos para o Tratamento de Pólos

Geradores de tráfego (2001), tal situação produz efeitos indesejáveis, tais como:

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• Congestionamentos, que provocam o aumento do tempo de deslocamento dos usuários do

empreendimento e daqueles que estão de passagem pelas vias de acesso ou adjacentes,

além do aumento dos custos operacionais dos veículos utilizados;

• Deterioração das condições ambientais da área de influência do pólo gerador de tráfego, a

partir do aumento dos níveis de poluição, da redução do conforto durante os

deslocamentos e do aumento do número de acidentes, comprometendo a qualidade de

vida dos cidadãos;

• Conflitos entre o tráfego de passagem e o que se destina ao empreendimento e

dificuldades de acesso às áreas internas destinadas à circulação e ao estacionamento, com

implicações nos padrões de acessibilidade da área de influência imediata do

empreendimento.

Os pólos geradores de tráfego devem prever um número suficiente de vagas de

estacionamento em seu interior, afim de que não restrinjam a capacidade da via, visto que os

veículos podem passam a ocupar espaços até então destinados à circulação, reduzindo a fluidez

do tráfego.

2.5 CONTROLE DO TRÁFEGO

O controle do tráfego nas interseções é imprescindível no sentido de promover o

deslocamento seguro de veículos e pedestres nestes pontos da malha viária. Esse controle deve

assegurar, na medida do possível, a fluidez na circulação do tráfego e a redução dos indesejáveis

congestionamentos. Para tanto, um dos dispositivos de controle extremamente utilizado,

sobretudo em áreas urbanas, é o semáforo (Queiroz, 2005).

Certos dispositivos de controle tornam-se necessários em alguns cruzamentos urbanos

para regular o direito de passagem, reduzir a velocidade dos veículos, proibir movimentos

indesejáveis, regulamentar a utilização das pistas de tráfego e canalizar ordenadamente as

diversas correntes de veículos e de pedestres. Os conflitos em potencial poderão ser separados

pelos diagramas de tempo-espaçamento. Um controle adequado deverá preencher as seguintes

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finalidades: Evitar acidentes, utilizar toda a capacidade possível do cruzamento, favorecer as vias

principais e proteger os pedestres (Soares, 1975).

A eficácia do semáforo está diretamente ligada a dois aspectos básicos. O primeiro deles

diz respeito à justificativa para a utilização do equipamento, que é avaliada a partir dos volumes

conflitantes de veículos e pedestres na interseção, da severidade dos conflitos e das características

físicas do local. O segundo aspecto está ligado à programação semafórica, que é definida a partir

das características dos movimentos conflitantes (volume, direção e sentido) e das condições

oferecidas pela interseção para o atendimento destes movimentos. O potencial da interseção em

atender ao tráfego que nela circula depende tanto das suas condições geométricas quanto das

próprias características de operação do tráfego no local (Queiroz, 2005).

A corrente de tráfego é composta por veículos que diferem entre si quanto ao tamanho,

peso e velocidade. Sua composição é a medida, em porcentagem, dos diferentes tipos de veículos

que a formam. Os veículos, de uma maneira geral, são classificados em leves (automóveis,

caminhonetes, etc.) e pesados (caminhões, ônibus, etc.) Os veículos pesados, sendo mais lentos e

ocupando maior espaço na via, interferem na mobilidade dos outros veículos, acarretando uma

diminuição da vazão de tráfego das vias. Assim, o efeito de um caminhão ou ônibus na corrente

de tráfego é equivalente ao efeito de mais de um automóvel. Em vista disso, é comum adotar um

fator de equivalência e transformar um volume misto num volume equivalente de carros de

passeio (UCP). Portanto, a influência dos caminhões, ônibus e outros veículos maiores, na

corrente de tráfego, é considerada em termos de sua equivalência em relação aos carros de

passeio (Lima, s.d.).

Da mesma forma citada anteriormente, podemos destacar também a influencia de veículos

que causam um efeito inferior que de um automóvel, que é o caso de motocicletas, logo elas

também terão um fator de equivalência em relação ao carro de passeio, porém um fator redutor.

2.6 CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DE TRÁFEGO

Capacidade de uma via é o número máximo de veículos que pode passar por uma

determinada seção, em uma direção ou ambas, durante a unidade de tempo, nas condições

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normais de tráfego e da via. A capacidade nunca poderá ser excedida sem que se modifiquem as

condições da via considerada. A capacidade de uma via depende de quanto as condições físicas e

de tráfego, prevalecentes na referida via distanciam-se das condições consideradas ideais (Lima,

s.d.).

Para efeito de análise, define-se como condições ideais:

1. Condições Físicas:

1.1 Largura da faixa de tráfego maior ou igual a 3,6 metros;

1.2 Existência de canteiro central separador;

1.3 Pavimento em boas condições de uso;

1.4 Rampa máxima de 2%;

1.5 Existência de distância de visibilidade igual ou superior a 450 metros.

2. Condições de Tráfego:

2.1 Tráfego composto exclusivamente de veículos de passeio;

2.2 Existência de controle total de acesso;

2.3 Fluxo contínuo, livre de interferências laterais de veículos e de pedestres.

2.7 FLUXO DE SATURAÇÃO

Fluxo de saturação é definido como a taxa máxima de fluxo para um dado grupo de

faixas, que pode ocorrer sob condições predominantes do tráfego da via, com 100% de tempo

verde, tendo como unidade veículo por hora (veic/h). Já o fluxo de tráfego, embora possa ser

expresso também normalmente em veículos por hora, ele é dado pela relação entre o número de

veículos que passa em uma determinada seção de uma via e o intervalo de tempo durante o qual

foi observada essa passagem e para a otimização de valores comparáveis entre si, o fluxo de

tráfego pode ser expresso em unidades de carros de passeio por hora (ucp/h).

Um dos elementos chaves empregados nos diversos procedimentos para a realização da

programação semafórica é o fluxo de saturação, que pode ser definido como a taxa veicular

máxima horária que pode cruzar uma faixa ou assumindo estar a indicação do verde

continuamente disponível, May, 1990 (apud Queiroz, 2005). Ele é um importante elemento

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revelador do comportamento do tráfego no processo de partida das filas nas aproximações

semaforizadas e, sempre que possível deve ser medido in loco. No entanto, em algumas situações

esta medição não pode ser realizada, como no caso de projetos de novas interseções ou por

restrições ligadas a questões de tempo e custo. Nestes casos, o fluxo de saturação necessita ser

estimado. Embora existam vários modelos para estimativa do fluxo de saturação, os modelos de

uso mais corrente foram desenvolvidos no exterior e, portanto consideram padrões do tráfego

internacional. De acordo com Jacques et al. (1980), isto faz com que esses modelos apresentem

baixo desempenho quando utilizados em países, como por exemplo o Brasil, onde as condições

do tráfego são distintas daquelas nas quais foram gerados (Queiroz, 2005).

Os volumes de tráfego nunca devem ser considerados como estáticos. Daí a precisão dos

dados ser limitada ao tempo da contagem. O conhecimento das variações poderá ser útil; a) na

programação das contagens; b) ao comparar os volumes num determinado tempo ou local com os

volumes assinalados em outros locais e em outras ocasiões; c) para determinar a precisão das

contagens (Soares, 1975).

Segundo Soares (1975), as variações no volume de tráfego dependem não só do tipo da

instalação viária e das características intrínsecas do próprio tráfego, como também dos períodos

de tempo em que a contagem é efetuada. Quanto ao tipo de instalação viária:

a) As estradas rurais apresentam características distintas das ruas urbanas, assim como as

estradas primárias ou secundárias, municipais ou intermunicipais apresentam

características diferentes das rodovias interestaduais.

b) As ruas urbanas apresentam características distintas entre si, da mesma forma que as ruas

do centro urbano diferem das vias principais e das ruas residenciais.

Quanto às características do tráfego, diferem elas de acordo com o tipo de utilização dos

terrenos marginais à via pública (zoneamento) e de acordo com as diferentes porcentagens em

que são representados os vários tipos de veículos envolvidos (de passageiros, caminhões, ônibus,

etc.) (Soares, 1975).

Estudos presentes na literatura indicam que o fluxo de saturação varia ao longo do tempo,

devido às contínuas evoluções tecnológicas dos veículos e dos próprios sistemas de controle, e do

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espaço, visto que ele sofre influencia das características físicas das vias e do comportamento dos

motoristas de cada local. Isto justifica o fato de diversos países iniciarem estudos e pesquisas para

o desenvolvimento de modelos de estimativa do fluxo de saturação adequado às suas condições,

ou pelo menos, para a recalibração de modelos existentes (Queiroz, 2005).

Segundo Lima (s.d.) os fluxos de tráfego apresentam variações contínuas nos seus

volumes. As variações de volume mais importantes ocorrem em função do tempo e de uma

maneira cíclica. As principais variações são horárias, diárias, semanais, mensais e anuais.

No Brasil, alguns estudos já foram realizados no sentido de modelar o fluxo de saturação,

podendo-se citar, dentre eles, os trabalhos de Andrade (1980), Ribeiro (1992) e Magalhães et al.

(1998). Estes modelos, entretanto, contêm algumas simplificações e/ou propõem a utilização de

fatores de ajuste baseados nos padrões de tráfego de outros países, que podem vir a comprometer

suas aplicações em diferentes configurações de aproximações de interseções. Assim, a realização

de estudos que dêem continuidade e aprofundem a investigação sobre modelos para estimativa do

fluxo de saturação nas cidades brasileiras torna-se necessária (Queiroz, 2005).

O conhecimento do Fluxo de Saturação (FS) é de fundamental importância para o bom

desempenho do controle semafórico. O fluxo de saturação é um parâmetro básico para a

determinação dos tempos semafóricos e todos os cálculos de desempenho de interseções

semaforizadas (capacidade, comprimento de fila, atraso médio por veículo, número de paradas)

pressupõem o conhecimento deste parâmetro (Neto, 2008).

O DENATRAN, em seu Manual de Semáforos (DENATRAN, 1984), propõe identificar o

fluxo de saturação usando histogramas de tráfego. O histograma de tráfego tem por fim

reproduzir o gráfico fluxo x tempo adotado por Webster e pode ser aplicado tanto a faixas

individuais como a aproximações completas. O método pede a existência de fila durante o

período de verde e de amarelo do semáforo como requisito, ou seja, operação saturada da

aproximação. Dessa forma, durante a coleta de dados, o fluxo de veículos será contínuo e

ininterrupto, havendo, no fim do verde, um número suficiente de veículos para “ocupar toda a

largura da aproximação”. Garante-se, assim, ser possível obter além do fluxo de saturação, os

tempos perdidos. Ao longo de vários ciclos, no mínimo cinco, é contado o número de veículos

que cruzam a linha de retenção a cada cinco segundos, até o término do fluxo de veículos. A

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contagem do tempo inicia-se no fim do verde do estágio anterior, prosseguindo até o término da

descarga de veículos. Para cada período de cinco segundos, calcula-se a razão do somatório de

veículos observados em cada período de cinco segundos pelo número de ciclos usados nessas

observações. Assim, para cada período de cinco segundos, obtém-se o fluxo de veículos

respectivo, que pode ser representado graficamente em um histograma. Desprezando o primeiro e

o último período, o fluxo de saturação é calculado pelo valor médio dos fluxos de veículos dos

períodos de cinco segundos restantes, que matematicamente representa substituir a área total das

barras verticais do histograma por um retângulo de área equivalente. O valor da média obtida

representa o fluxo médio de veículos para um intervalo de cinco segundos. Multiplicando esse

valor por 720 obtém-se o valor de saturação em veículos por hora (veic/h). O primeiro e último

intervalo são usados para o cálculo do tempo perdido inicial (TPI) e tempo perdido do fim de

estágio (TPF), respectivamente, usando o procedimento de equivalência de áreas. Nesses casos, a

altura do retângulo já está determinada, que é o valor do fluxo de saturação calculado, e, portanto

determina-se a largura da base. Os tempos perdidos são obtidos pela subtração dos valores das

bases encontradas de cinco segundos.

2.8 NÍVEIS DE SERVIÇO

Segundo Lima, s.d., o conceito de Nível de Serviço está associado às diversas condições

de operação de uma via, quando ela acomoda diferentes volumes de tráfego. É uma medida

qualitativa do efeito de uma série de fatores, tangíveis e intangíveis, que para efeito prático é

estabelecido apenas em função da velocidade desenvolvida na via e da relação entre o volume de

tráfego e a capacidade da via (V/C). Qualquer seção de uma via pode operar em diferentes níveis

de serviço, dependendo do instante considerado. De acordo com o “Highway Capacity Manual”,

foram classificados 6 níveis de serviço, desde o A (condições ideais de escoamento livre) até o F

(congestionamento completo). Os diversos níveis de serviço são assim definidos:

• NÍVEL A:

Condição de escoamento livre, acompanhada por baixos volumes e altas velocidades. A

densidade do tráfego é baixa, com velocidade controlada pelo motorista dentro dos limites de

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velocidade e condições físicas da via. Não há restrições devido a presença de outros veículos. Na

Figura 3 apresenta-se o correspondente ao Nível A.

Figura 3: Nível de Serviço “A” – Foto tirada pelo próprio autor.

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• NÍVEL B:

Fluxo estável, com velocidades de operação a serem restringidas pelas condições de

tráfego. Os motoristas possuem razoável liberdade de escolha da velocidade e ainda têm

condições de ultrapassagem, conforme figura 4:

Figura 4: Nível de Serviço “B” – Foto tirada pelo próprio autor.

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• NÍVEL C:

Fluxo ainda estável, porém as velocidades e as ultrapassagens já são controladas pelo alto

volume de tráfego. Portanto, muitos dos motoristas não têm liberdade de escolher faixa e

velocidade. É a situação da via apresentada na Figura 5.

Figura 5: Nível de Serviço “C” – Foto tirada pelo próprio autor.

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• NÍVEL D:

Próximo à zona de fluxo instável, com velocidades de operação toleráveis, mas

consideravelmente afetadas pelas condições de operação, cujas flutuações no volume e as

restrições temporárias podem causar quedas substanciais na velocidade de operação. Observe a

Figura 6.

Figura 6: Nível de Serviço “D” – Foto tirada pelo próprio autor.

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• NÍVEL E:

É denominado também de Nível de Capacidade. A via trabalha a plena carga e o fluxo é

instável, sem condições de ultrapassagem. Uma via operando em Nível de Serviço “E” pode ser

representada pelo que está mostrado na Figura 7.

Figura 7: Nível de Serviço “E” – Foto tirada pelo próprio autor.

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• NÍVEL F:

Descreve o escoamento forçado, com velocidades baixas e com volumes abaixo da

capacidade da via. Formam-se extensas filas que impossibilitam a manobra. Em situações

extremas, velocidade e fluxo podem reduzir-se a zero. A Figura 8 mostra uma via operando em

Nível “F”.

Figura 8: Nível de Serviço “F” – Foto tirada pelo próprio autor.

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3. METODOLOGIA

3.1 PROCEDIMENTO DA COLETA DE DADOS

Foi realizada uma visita à Prefeitura Municipal de Feira de Santana e através do setor de

Planejamento foi adquirida uma cópia da planta baixa da Praça Jackson do Amauri e um arquivo

digital da respectiva área. A Secretaria Municipal de Trânsito e a Superintendência Municipal de

Trânsito também foram visitadas no intuito de obter dados referentes a projetos semafóricos, de

sinalização vertical e horizontal e/ou outras pesquisas de tráfego anteriores, porém nada foi

obtido. A agência do DETRAN de Feira de Santana também foi visitada, na qual foi obtidas

informações referentes à frota de veículos da cidade. Por fim, o SAMU também foi visitado,

porém neste órgão não se obteve informações que pudessem ser utilizadas para o trabalho, uma

vez que o órgão não filtra chamados de acidentes por bairro ou locais específicos da cidade.

Alguns dados foram obtidos através da internet, como o valor da população da cidade ao

longo dos últimos anos no site do IBGE.

A etapa da pesquisa de quantificação foi realizada através de coleta de dados com uso de

uma planilha (Ficha de Contagem Volumétrica - conforme apêndice A), em que se é estudado

cada movimento de tráfego e feita a contagem de veículos passantes, em data e horário definidos.

Com a Ficha de Contagem Volumétrica os dados coletados in loco, são reescritos para

gráficos. As contagens de veículos passantes são classificadas por categorias, como: ponto de

localização, dia da semana mês/ano, horas do dia, condições climáticas, tipo de veículos. A partir

dessa, é realizado o somatório, resultando os totais de veículos passantes de cada categoria de

veículo no período das contagens e um somatório geral dos veículos.

Outra etapa da pesquisa é que se trata de uma análise de fluxo de saturação, feita para

cada tipo de movimento existente no trecho abordado. Essa análise é feita com a coleta de dados

através de planilha específica mostrada no apêndice B.

O estudo em questão foi realizado em um único ponto da cidade, porém por se tratar de

uma rotatória, foi identificada a existência de nove movimentos realizados pelos veículos. A

coleta de dados foi realizada no dia 25/11/2010 (quarta-feira) em seis intervalos de tempo, cada

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intervalo com 2 horas de duração. Para a coleta de dados foi necessária a participação de seis

equipes constituídas por cinco pesquisadores cada, totalizando 30 pesquisadores. Abaixo segue

um croqui detalhando os movimentos (representados por letras) e os pesquisadores

(representados por números) e posteriormente a tabela com a composição dos intervalos de tempo

adotados:

Figura 9: Croqui esquemático do local para coleta de dados.

FORMAÇÃO DE EQUIPE PARA COLETA DE DADOS

EQUIPE 1 EQUIPE 2 EQUIPE 3 EQUIPE 4 EQUIPE 5 EQUIPE 6

06:00 às 08:00 08:00 às 10:00 10:00 às 12:00 12:00 às 14:00 15:00 às 17:00 17:00 às 19:00

Tabela 1: Formação de equipe para coleta de dados.

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3.2 PROJEÇÃO DO TRÁFEGO LOCAL

Através do Manual de Estudos de Tráfego do DNIT, 2006, é constatado que os modelos

de tráfego utilizam normalmente variáveis como população, emprego, renda, frota de veículos e

outros para uma previsão de uma situação futura. Porém, para se obter essa previsão de tráfego,

faz necessária a coleta de uma série de dados, encontrando uma função que mais se aproxima da

variação constatada no decorrer dos anos e adotando como base para a previsão do tráfego futuro.

Segundo o DNIT, 2006, esse tipo de projeção se baseia em extrapolação de tendências e

apresenta como principal limitação o fato de isolar a evolução do tráfego, não considerando a

influência de outras variáveis intervenientes. O Manual de Estudos de Tráfego do DNIT aborda

três procedimentos comuns para esses casos: a utilização de curvas representando uma

progressão aritmética, uma progressão geométrica ou exponencial e de curvas do tipo logístico.

Normalmente, utiliza-se a variação exponencial, por ser a mais provável para períodos de curta e

média duração.

A Projeção Geométrica, também chamada de Projeção Exponencial, admite que o volume

de tráfego cresce segundo uma progressão geométrica, em que o primeiro termo é o volume

inicial e a razão é o fator de crescimento anual.

Vn = Vo . r n

Fórmula 1: Projeção de volume de tráfego. (Fonte: Manual de Estudos de Tráfego DNIT, 2006)

onde:

Vn = volume de tráfego no ano “n”

Vo = volume de tráfego no ano base

r = razão da progressão geométrica (fator de crescimento anual)

n = número de anos decorridos após o ano base

De forma mais freqüente é escolhida a representação:

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40

Vn = Vo . (1 + a) n

Fórmula 2: Projeção de volume de tráfego, forma usual. (Fonte: Manual de Estudos de Tráfego DNIT, 2006)

Onde se substitui a razão “r” por uma taxa de crescimento anual “a”, geralmente expressa

em percentagem.

Segundo o Manual de Estudos de Tráfego DNIT, 2006, tem sido comum adotar, devido á

falta de informações de variáveis socioeconômicas, uma taxa de crescimento anual de 3%,

próxima da taxa de crescimento econômico do país como um todo.

3.3 IDENTIFICAÇÃO DO PONTO ESTUDADO

A Praça Jackson do Amauri está localizada no centro da cidade, cruzada pela avenida

Presidente Dutra, que liga o centro da cidade à avenida do Contorno. Abaixo segue mapa

detalhando a localização da Praça, marcada com o ponto vermelho:

Figura 10: Mapa parcial da cidade de Feira de Santana (sem escala), Praça Jackson do Amauri em destaque

vermelho. Fonte: Google Maps

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4 IDENTIFICAÇÃO DOS PÓLOS GERADORES DE TRÁFEGO (PGT)

Para realizar a identificação de um pólo gerador de tráfego faz-se uso de parâmetros para

enquadramento de empreendimentos. Esses parâmetros variam de acordo com a necessidade do

planejamento de tráfego local por parte dos órgãos executivos de trânsito.

Por inexistência desses parâmetros na cidade de Feira de Santana, foi adotado o conceito

de que pólo gerador de tráfego é todo empreendimento que apresenta uma área de construção

igual ou superior a 5.000 m², igualmente ao município de Curitiba/PR.

Através de pesquisa em campo foi verificada a existência de 7 (sete) pólos geradores, são

eles:

• Residencial Vila Olímpia, composto por 16 condomínios residenciais;

• Estação Rodoviária;

• Hipermercado GBarbosa;

• Colégio Estadual de Feira de Santana;

• Instituição Educacional Gastão Guimarães;

• Colégio Estadual Dr.º Luís Eduardo Magalhães;

• Colégio Padre Ovídio;

• Centro comercial de artigos importados (conhecido como Feiraguai).

Sendo importante ressaltar a condição da localização da praça, situando-se no centro da

cidade, próxima de avenidas que produzem grande atração do público consumidor varejista.

No apêndice C é exibido um mapa com a localização dos pólos geradores de tráfego que,

possivelmente, produzem interferência no fluxo de tráfego na rotatória da Praça Jackson do

Amauri.

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42

5 APRESENTAÇÃO DE DADOS E OBTENÇÃO DE RESULTADOS

5.1 BREVE HISTÓRICO DE FEIRA DE SANTANA

Originou-se no começo do século XVIII da Fazenda Santana dos Olhos D’Água,

conhecida por Olhos D’Água, de propriedade de Domingos Barbosa de Araújo e Ana Brandão,

que constituíram uma capela, sob as invocações de São Domingos e Santana, em torno da qual

surgiu a povoação. Ao redor do templo, construíram-se os casebres de rendeiros e senzalas. Estas

terras passariam a constituir o Município de Feira de Santana, por morte dos proprietários foram

mais tarde julgadas devolutas e incorporadas à Fazenda Nacional. Ali instituiu-se uma feira, que

se tornou um centro de permuta comercial e, por isto, pouso obrigatório de tropas e viajantes que,

pela estrada real de Capoeiruçú, provinham do alto do sertão da Bahia, de Minas, do Piauí e de

Goiás, em Paraguaçú, onde se localizavam grandes estabelecimentos de tecidos e mercadorias

diversas, pertencentes a comerciantes portugueses (Anuário estatístico de Feira de Santana,

2008).

Ainda na metade do mesmo século, a povoação já era centro de permutas e escambos. Daí

à formação do arraial – o arraial de Santana da Feira – foi um passo. Do comércio incipiente

gerou-se pequena feira livre, realizada no primeiro dia da semana. O seu desenvolvimento forçou

a abertura de ruas adequadas ao trânsito de feirantes de toda parte. A população cresceu e as lojas

foram aparecendo (Anuário estatístico de Feira de Santana, 2008).

Seu desenvolvimento econômico levou os habitantes a pedirem a criação do município, o

que concretizou-se com a instalação em 18 de setembro de 1833, com território desmembrado do

município de Cachoeira. Do território municipal primitivo em 1833, faziam parte a freguesia de

São José das Itapororocas, Santa Ana do Camisão e Santíssimo Coração de Jesus do Pedrão. As

duas últimas foram mais tarde desanexadas para constituir território de novos municípios de Ipirá

e Pedrão (Anuário estatístico de Feira de Santana, 2008).

A lei provincial n.º 1.320, de 16 de junho de 1873, concedeu foros de cidade à sede

municipal, com a denominação de “Cidade Comercial de Feira de Sant’Anna”. Os decretos

estaduais de números 7.455 e 7.479, de 23 de junho e 8 de agosto de 1931, respectivamente

simplificaram o nome para Feira. Esta denominação, todavia, mais uma vez foi modificada para o

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43

atual topônimo de Feira de Santana, a partir da vigência do decreto estadual n.º 11.089, de 30 de

novembro de 1938. De acordo com a divisão territorial vigente, o município é constituído de 8

distritos: Feira de Santana (sede), Bonfim da Feira, Humildes, Governador João Durval Carneiro,

Jaguara, Jaíba, M.ª Quitéria e Tiquaruçú (Anuário estatístico de Feira de Santana, 2008).

5.2 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL DE FEIRA DE SANTANA

5.2.1 LOCALIZAÇÃO

Pela importância de sua localização geo-econômica, Feira de Santana é um dos maiores

entroncamentos rodoviários do interior do país cortado por três rodovias federais: BRs 101, 116 e

324, e quatro rodovias estaduais: BAs 052, 502, 503 e 504, favorecendo, assim uma grande

concentração de fluxo de população, mercadorias e dinheiro, num entreposto que liga o Nordeste

ao Centro-Sul do Brasil, na fronteira da capital Salvador com o sertão, do recôncavo aos

tabuleiros do semi-árido da Bahia. Está o município situado no “Polígono das Secas”, excluindo-

se apenas a área do Distrito de Humildes. Está em direção N.N.O da capital do Estado, de que

dista em linha reta longitude Greenwich, fuso horário de menos de 3 horas (Anuário estatístico de

Feira de Santana, 2008).

5.2.2 LIMITES

Ao norte Candeal, Tanquinho e Santa Bárbara. Ao Sul São Gonçalo dos Campos. Ao leste

Santanópolis, Coração de Maria, Conceição do Jacuípe e Santo Amaro. Oeste Antônio Cardoso,

Ipecaetá, Anguera e Serra Preta (Anuário estatístico de Feira de Santana, 2008).

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44

5.2.3 ALTITUDE

Sua altitude é de 234 metros, conforme assinala a placa à direita da porta principal da

Igreja Senhor dos Passos, na avenida do mesmo nome (Anuário estatístico de Feira de Santana,

2008).

5.2.4 ÁREA

A área do município é de 1362,88 Km², representando 0,235 Km² da área do Estado da

Bahia (Anuário estatístico de Feira de Santana, 2008).

5.2.5 ACIDENTES GEOGRÁFICOS

A hidrografia municipal é pobre, sem rios perenes. Os principais (rios Jacuípe, Pojuca,

Calandro e Salgado) são afluentes da bacia do Paraguaçú. O rio Subaé, que nasce no município,

deságua no oceano no município de Saubara. Os acidentes geográficos não estão incluídos em

nenhum dos grandes sistemas brasileiros; as serras têm elevações máximas de 200 a 300 metros.

As principais são a Serra das Agulhas, dos Cágados, de Tanquinho e a Serra Grande (Anuário

Estatístico de Feira de Santana, 2008).

5.2.6 CLIMA

Seco a sub-úmido e semi-árido, a temperatura média anual é de 23,5ºC, média máxima de

28,2ºC e a média mínima 19,6ºC. As chuvas de inverno normalmente ocorrem de maio a agosto.

Pluviosidade média anual máxima 1595 mm e a mínima de 444 mm (Anuário Estatístico de Feira

de Santana, 2008).

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5.2.7 RIQUEZAS NATURAIS

O município não sendo rico em minerais, possui, entretanto minas de enxofre e manganês

inexploradas. Há exploração de pedras para construção e de argila em abundância (Anuário

Estatístico de Feira de Santana, 2008).

5.3 ASPECTOS ECONÔMICOS DE FEIRA DE SANTANA

Feira de Santana com tamanha diversificação de negócios incorporou nas últimas três

décadas, uma importância econômica que age como pólo gravitacional na confluência da

produção e distribuição de bens e serviços, transformando-se num eixo básico da região,

expandindo suas atividades às áreas do recôncavo, do semi-árido baiano, atingindo outros

Estados da Federação (CDL, 2010).

Portadora de uma economia diversificada (conforme Tabela 2), Feira de Santana é uma

cidade de atração demográfica, de geração de emprego, renda e de grandes oportunidades de

negócios, em todos os setores de atividades econômicas. Sendo o terceiro maior arrecadador de

ICMS do Estado da Bahia com R$ 344.028.788,18 em 2008. PIB per-capita/ano de R$ 7.191 e

PIB total de 3.853.347 mil a preços correntes em 2006, 88º mais rico do país e 4º colocação na

Bahia (CDL, 2010).

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DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA DE FEIRA DE SANTANA

ATIVIDADE ECONÔMICA NÚMERO DE

EMPRESAS

PESSOAL

EMPREGADO

Total 8.294 76.296

Agropecuária 302 1.136

Indústria de transformação 1.079 15.136

Indústria da construção civil 289 4.722

Comércio 4.311 27.223

Serviços 2.313 28.079

Tabela 2: Estabelecimentos do mercado formal por atividade econômica de Feira de Santana em 2007. Fonte: CDL

Feira de Santana. Disponível em http://www.cdlfs.com.br/feiradesantana.php#aspectos_economicos

5.4 POPULAÇÃO

A Tabela 3 apresenta a estimativa da população residente do município de Feira de

Santana entre 1992 e 2008, percebendo o elevado crescimento ao longo desse intervalo de tempo.

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ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO DE FEIRA DE SANTANA

ANO ESTIMATIVA EM 01/ JULHO DE CADA ANO

1992 413.415

1993 425.974

1994 434.845

1995 443.497

1997 461.468

1998 470.726

1999 479.992

2000 489.291

2001 490.307

2002 496.625

2003 503.900

2004 519.173

2005 527.625

2006 535.820

2007 571.997

2008 584.497

Tabela 3: Estimativa da população residente do município de Feira de Santana, Bahia 1992-2008. Fonte: Anuário

Estatístico de Feira de Santana – CDL, 2008.

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5.5 FROTA DE VEÍCULOS

Abaixo segue tabelas com valores da frota de veículos registrados na CIRETRAN de

Feira de Santana, em 2007 e em 2008, comprovando o crescimento do número de veículos de

todos os tipos.

FROTA DE VEÍCULOS – JANEIRO 2007

VEÍCULO QUANTIDADE %

Auto 66.364 51,63

Caminhoneta 12.920 10,05

Caminhão 8.027 6,25

Ônibus 1.139 0,89

Microônibus 998 0,78

Moto 29.789 23,18

Outros 9.290 7,23

TOTAL 128.527 7,99*

* Comparado com valor da frota registrada em todas as CIRETRANs do Estado.

Tabela 4: Frota de veículos registrados na CIRETRAN de Feira de Santana, em Janeiro de 2007. Fonte: DETRAN-

BA

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FROTA DE VEÍCULOS – JANEIRO 2008

VEÍCULO QUANTIDADE %

Auto 72.293 49,84

Caminhoneta 14.079 9,71

Caminhão 8.582 5,92

Ônibus 1.207 0,83

Microônibus 1.118 0,77

Moto 36.673 25,29

Outros 11.085 7,64

TOTAL 145.037 8,15*

* Comparado com valor da frota registrada em todas as CIRETRANs do Estado.

Tabela 5: Frota de veículos registrados na CIRETRAN de Feira de Santana, em Janeiro de 2008. Fonte: DETRAN-

BA

5.6 RESULTADOS DOS DADOS OBTIDOS DA CONTAGEM DE VEÍCULOS

5.6.1 VOLUMES DE TRÁFEGO

Os dados foram coletados na Praça Jackson do Amauri, com a utilização da ficha de

contagem volumétrica mostrada no anexo A e organizados de acordo com o tipo de movimentos,

afim de encontrar os pontos que possuem maior fluxo de veículos. Assim sendo dividido em 9

(nove) tipos de movimentos existentes, conforme figura 9. Nos apêndices de letras D a L são

exibidas as planilhas com resultados obtidos nas contagens feitas durante o dia pesquisado. A

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seguir são apresentados os gráficos obtidos através da contagem volumétrica para seus

respectivos movimentos:

Figura 11: Quantidade de veículos (U

Figura 12: Quantidade de veículos (UCP

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resentados os gráficos obtidos através da contagem volumétrica para seus

Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento A.

2: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento B.

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Movimento A0

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Movimento B

50

resentados os gráficos obtidos através da contagem volumétrica para seus

movimento A.

movimento B.

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Figura 13: Quantidade de veículos (UCP

Figura 14: Quantidade de veículos (UCP

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3: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento C.

4: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento D.

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Movimento C

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Movimento D

51

movimento C.

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Figura 15: Quantidade de veículos (UCP

Figura 16: Quantidade de veículos (UCP

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5: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento E.

Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento F.

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Movimento E

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movimento E.

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Figura 17: Quantidade de veículos (UCP

Figura 18: Quantidade de veículos (UCP

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7: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento G.

8: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento H.

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Movimento G

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Movimento H

53

movimento G.

movimento H.

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:45

18

:15

-18

:30

16

:45

-17

:00

17

:30

-17

:45

18

:15

-18

:30

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Figura 19: Quantidade de v

Diante dos resultados dos gráficos, percebe

apresentaram hora de pico diferente dos demais

pico de fluxo de veículos em torno

veículos em torno de 12:00 horas, o movimento G apresentou pico de fluxo de

das 16:00 horas e os movimentos E e I apresentaram pico de fluxo de veículos em torno das

18:00 horas.

5.6.2 FLUXOS DE TRÁFEGO

Sendo normalmente expresso em

encontrados para cada movimento

da passagem de veículos entre horas de pico, foi adotado um

contagem, e assim definidos seus valores respectivos:

0

100

200

300

400

500

600

06

:00

-06

:15

06

:45

-07

:00

9: Quantidade de veículos (UCP) x Intervalo de tempo, movimento I.

Diante dos resultados dos gráficos, percebe-se com clareza

apresentaram hora de pico diferente dos demais. Os movimentos A, B,

em torno das 8:00 horas, o movimento H apresentou pico de fluxo de

veículos em torno de 12:00 horas, o movimento G apresentou pico de fluxo de

16:00 horas e os movimentos E e I apresentaram pico de fluxo de veículos em torno das

5.6.2 FLUXOS DE TRÁFEGO

o normalmente expresso em ucp/h, foi construída uma tabela com os valores

encontrados para cada movimento ao longo de todo o dia pesquisado. Devido à grande variação

da passagem de veículos entre horas de pico, foi adotado um valor médio para todo o período de

contagem, e assim definidos seus valores respectivos:

07

:30

-07

:45

08

:15

-08

:30

09

:00

-09

:15

09

:45

-10

:00

10

:30

-10

:45

11

:15

-11

:30

12

:00

-12

:15

12

:45

-13

:00

13

:30

-13

:45

15

:15

-15

:30

16

:00

-16

:15

16

:45

-17

:00

Movimento I

54

movimento I.

se com clareza que alguns movimentos

Os movimentos A, B, C, D e F apresentaram

8:00 horas, o movimento H apresentou pico de fluxo de

veículos em torno de 12:00 horas, o movimento G apresentou pico de fluxo de veículos em torno

16:00 horas e os movimentos E e I apresentaram pico de fluxo de veículos em torno das

, foi construída uma tabela com os valores

Devido à grande variação

valor médio para todo o período de

16

:45

-17

:00

17

:30

-17

:45

18

:15

-18

:30

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55

FLUXO DE TRÁFEGO MÉDIO

Movimento A B C D E F G H I

Fluxo de

Tráfego

(ucp/h)

688,3 359,3 773,7 987,1 471,1 150,9 237,4 1252,8 1009,4

Tabela 6: Fluxo de Tráfego Médio

Em seguida foi construída uma tabela com os valores definidos para os horários de maior

pico em cada movimento, a fim de se determinar a capacidade do respectivo trecho para a pior

situação possível de ocorrência:

FLUXO DE TRÁFEGO MÁXIMO

Movimento A B C D E F G H I

Fluxo de

Tráfego

(ucp/h)

705,5 480 1275,25 1426 926 212,25 311,5 1700 1736

Tabela 7: Fluxo de Tráfego Máximo

5.6.3 CAPACIDADE

Devido à sua simplicidade e facilidade de uso, o método utilizado para determinação da

capacidade é o das Normas Alemãs, abordado e explicado no Manual de Projeto de Interseções,

2005.

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56

Segundo o Manual de Projeto de Interseções, 2005, os volumes na rotatória antes de cada

entrada são fundamentais para a determinação da Capacidade Básica (G), de acordo com a

fórmula abaixo:

� = 3600 × �1 − �� × � � × 3600�

��× �� × ��� �−

�3600 × � −

�2 − �� �

onde:

G – capacidade básica da entrada, em ucp/h;

K – fluxo de tráfego na pista rotatória, em ucp/h;

nk – número de faixas de tráfego na pista rotatória antes da entrada;

nz – número de faixas de tráfego na entrada;

tg – valor médio do intervalo mínimo entre veículos na rotatória, aceitável por veículos na

entrada aguardando oportunidade de se inserir na rotatória, em segundos;

tf – valor médio do intervalo entre dois veículos sucessivos da entrada, que entram no mesmo

intervalo de veículos da rotatória, em segundos;

tmim – valor mínimo do intervalo entre dois veículos da rotatória, em segundos.

Na Alemanha são adotados os valores: tg = 4,1s, tf = 2,9s e tmim = 2,1s, que são

recomendados para o Brasil, até que se determine experimentalmente valores mais condizentes

com nossas condições.

O Manual de Projetos de Interseções, 2005, informa que a Capacidade (C) é obtida ao

multiplicar o valor da Capacidade Básica (G) por um fator de pedestres (f), em que leva em

consideração uma redução de capacidade causada pela interferência dos pedestres que atravessam

as vias de acesso. Para o presente estudo não foi considerada essa possível interferência, devido à

existência de sinalização semafórica.

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57

A seguir são apresentados os valores obtidos dos cálculos realizados para encontrar os

valores das capacidades nas vias da interseção:

CAPACIDADE

MOVIMENTO Nk Nz FLUXO (UCP/h) CAPACIDADE (UCP/h)

A 2 3 705,5 2109,15

B 3 3 480 2579,41

C 3 3 1275,25 1303,54

D 4 3 1426 1178,70

E 4 3 926 1809,53

F 3 3 212,25 3177,10

G 3 3 311,5 2944,09

H 4 2 1700 612,64

I 2 2 1736 464,11

Tabela 8: Capacidade

5.6.4 DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE SERVIÇO

De acordo com o Manual de Projetos de Interseções, 2005, os níveis de serviço são

definidos pelos tempos de espera (TME) na interseção, porém é preciso saber o valor da

capacidade residual, encontrada pela diferença entre a Capacidade e o Fluxo. A seguir são

apresentados os valores da Capacidade Residual e o gráfico (figura 11) para determinação do

tempo de espera:

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58

CAPACIDADE RESIDUAL

MOVIMENTO FLUXO

(UCP/h)

CAPACIDADE

(UCP/h)

CAPACIDADE

RESIDUAL (UCP/h)

A 2109,15 705,5 1403,65

B 2579,41 480 2099,41

C 1303,54 1275,25 28,29

D 1178,70 1426 -247,30

E 1809,53 926 883,53

F 3177,10 212,25 2964,85

G 2944,09 311,5 2632,59

H 612,64 1700 -1087,36

I 464,11 1736 -1271,89

Tabela 9: Capacidade Residual

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59

TEMPO MÉDIO DE ESPERA

Figura 20: Tempo Médio de Espera,TME, segundo Manual de Projeto de Interseções, 2005

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60

O Manual de Projeto de Interseções, 2005, determina a classificação de níveis de serviço

em função dos tempos de espera, através da seguinte tabela:

NÍVEIS DE SERVIÇO REFERENCIAIS

Tempo médio de espera TME(s) Nível de serviço (NS)

≤ 10 A

≤ 20 B

≤ 30 C

≤ 45 D

> 45 E

Ri < 0 F

Tabela 10: Nível de serviço, segundo Manual de Projeto de Interseções, 2005

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61

De posse de todos os resultados e valores de referência, conseguiu-se obter os níveis de

serviços em todos os trechos estudados na interseção, apresentados a seguir:

NÍVEIS DE SERVIÇO ENCONTRADOS

Movimento Nível de serviço (NS)

A A

B A

C E

D F

E A

F A

G A

H F

I F

Tabela 11: Nível de serviço

5.6.5 FLUXO DE SATURAÇÃO

A seguir, os resultados da contagem de veículos para intervalos de 5 segundos, iniciando

no momento de início de verde e interrompendo quando cessar a passagem de veículos. Sendo

assim, dois movimentos tiveram contagens de tempo diferente, como ocorreu no movimento A,

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que cessou a passagem de veículos

interrupção do tráfego de veículos, os demais movimentos cessaram após os 30 segundos.

Figura 21

Figura 22

0

2

4

6

8

10

0-5

3,1

0

2

4

6

8

10

0-5

1,4

que cessou a passagem de veículos a partir dos 25 segundos, e no movimento D, que não houve

interrupção do tráfego de veículos, os demais movimentos cessaram após os 30 segundos.

Figura 21: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento A.

Figura 22: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento B.

5 5-10 10-15 15-20 20-

3,1 2,83,3

2,4 2,5

Movimento A

5-10 10-15 15-20 20-25 25

1,4

2,4 2,12,6 2,6

Movimento B

62

dos 25 segundos, e no movimento D, que não houve

interrupção do tráfego de veículos, os demais movimentos cessaram após os 30 segundos.

movimento A.

movimento B.

-25

2,5

25-30

2,2

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Figura 23

Figura 24

0

2

4

6

8

10

0-5

8,6

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

0-5

5-1

0

10

-15

8,3

7,3

5,6

Figura 23: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento C.

Figura 24: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento D.

5-10 10-15 15-20 20-25 25

8,6

9,7

7

4,1

3,2

Movimento C

10

-15

15

-20

20

-25

25

-30

30

-35

35

-40

40

-45

45

-50

50

-55

55

-60

60

-65

65

-70

70

-75

75

-80

80

-85

5,6

4,55,2

3,3

2,3

5,8

7,2

5,3

4,4 4,3

5,8 5,5

3,5

4,4 4,1

Movimento D

63

movimento C.

movimento D.

25-30

2,1

85

-90

90

-95

95

-10

0

4,14,9

5,7

3,9

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Figura 25

Figura 26

0

2

4

6

8

10

0-5

1,7

0

2

4

6

8

10

0-5

1,8

Figura 25: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento E.

Figura 26: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento F.

5-10 10-15 15-20 20-25 25

1,72,2 1,9 2,2 1,9

Movimento E

5-10 10-15 15-20 20-25 25

1,8 1,8 1,91,5 1,8

Movimento F

64

movimento E.

movimento F.

25-30

1,7

25-30

1,8

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Figura 27

Figura 28

0

2

4

6

8

10

0-5

5,1

0

2

4

6

8

10

0-5

6,7

Figura 27: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento G.

Figura 28: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimento H.

5-10 10-15 15-20 20-25 25

5,1

2,4

4,1

3,3 3,1

Movimento G

5-10 10-15 15-20 20-25 25

6,77,1

7,5 7,8

5,5

Movimento H

65

movimento G.

movimento H.

25-30

1,8

25-30

4,7

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Figura 29

A partir dos gráficos mostrados, é possível extrair o valor do fluxo de saturação para cada

movimento, extraindo a média dos fluxos de veículos (representados pelas colunas), desprezando

o primeiro e o último valor, por considerações

Assim sendo, segue tabela resultada dos cálculos dos fluxos de saturação para cada

movimento:

Movimento A

Fluxo de

Saturação 2,83

0

2

4

6

8

10

0-5

4,4

Figura 29: Fluxo de veículos x Intervalos de tempo, movimen

áficos mostrados, é possível extrair o valor do fluxo de saturação para cada

movimento, extraindo a média dos fluxos de veículos (representados pelas colunas), desprezando

o primeiro e o último valor, por considerações já feitas na revisão bibliogr

Assim sendo, segue tabela resultada dos cálculos dos fluxos de saturação para cada

FLUXO DE SATURAÇÃO OBTIDOS

B C D E F

2,42 6,00 4,95 2,05 1,75

Tabela 12: Fluxo de saturação nos pontos estudados

5-10 10-15 15-20 20-25 25

4,4 4,55

4,33,6

Movimento I

66

movimento I.

áficos mostrados, é possível extrair o valor do fluxo de saturação para cada

movimento, extraindo a média dos fluxos de veículos (representados pelas colunas), desprezando

evisão bibliográfica.

Assim sendo, segue tabela resultada dos cálculos dos fluxos de saturação para cada

G H I

3,22 6,97 4,35

25-30

3,2

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67

5.7 PROJEÇÕES DO TRÁFEGO

A partir dos dados coletados para o volume de tráfego, foram extraídos os maiores valores

ou valores correspondentes ao “horário de pico”. Posteriormente utilizando da fórmula 2, que

determina a projeção do tráfego, que neste caso foi feita para 2, 4 e 6 anos. A seguir é

apresentado os resultados para estas projeções:

PROJEÇÃO DE TRÁFEGO

Movimento Volume de

veículos*

Projeção para 2

anos

Projeção para 4

anos

Projeção para 6

anos

A 256,5 272,12 288,69 306,27

B 175 185,66 196,96 208,96

C 355 376,62 399,56 423,89

D 510,5 541,59 574,57 609,56

E 300 318,27 337,65 358,22

F 66 70,02 74,28 78,81

G 109,5 116,17 123,24 130,75

H 494,5 524,62 556,56 590,46

I 489 518,78 550,37 583,89

* Registrado no momento de maior fluxo de veículos no decorrer do dia pesquisado, durante um

intervalo de 15 minutos.

Tabela 13: Projeções dos volumes de veículos

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68

6. CONCLUSÃO E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Os objetivos foram alcançados, onde pode verificar os trechos da rotatória que são mais e

menos solicitados pelos condutores, através destes dados é possível ser feito um aperfeiçoamento

no planejamento do trânsito neste local, reprogramando a sinalização semafórica, dimensionando

de forma mais eficiente a pavimentação e até mesmo analisando a necessidade e a viabilidade de

realizar modificações no traçado viário e/ou alargando as pistas com possíveis desapropriações de

imóveis.

Dados muito importantes foram coletados e estudados, uma vez constatada a ausência de

pesquisas relacionadas ao local destacado pelo autor. O movimento representado pela letra H teve

valor com maior fluxo de tráfego com 1.252,8 veic/h e o movimento representado pela letra F

teve o menor valor de fluxo de tráfego com apenas 150,9 veic/h.

Níveis de serviços foram determinados nos pontos estudados, notando que a capacidade

de alguns trechos já não suporta a demanda de veículos passantes, como é o caso dos movimentos

indicados pelas letras D, H e I, em outras palavras, quer dizer que o número de veículos que

chegam durante um longo intervalo de tempo é superior à capacidade, formam-se longas e

crescentes filas de veículos, com elevados tempos de espera, o trecho está sobrecarregado. O

movimento indicado pela letra C também já está perto de atingir o mesmo nível de serviço

anteriormente. Os demais estão com um nível de serviço satisfatório, atendendo perfeitamente o

fluxo de veículos nos respectivos trechos, com nível de serviço A.

Baseado nos volumes de veículos encontrados conseguiu-se destacar os horários em que

ocorrem maior tráfego, chamado “horário de pico”. Com esses valores foram feitas projeções

para o tráfego nos mesmos pontos estudados para 2, 4 e 6 anos. O movimento representado pela

letra D teve maior volume de veículos, com 510,5 num intervalo de 15 minutos, projetando esse

valor para 609,6 para 6 anos, e o movimento representado pela letra F como o que mostrou menor

valor no volume de veículos, com 66 veículos num intervalo de 15 minutos, projetando esse valor

para 78,81 para 6 anos.

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69

Diante dos resultados obtidos e das análises, o presente trabalho se torna importante não

tão somente em encontrar os pontos críticos da interseção estudada, mas também no sentido de

evidenciar os locais que não necessitam sofrer intervenções, o que é muito comum perceber em

vários pontos da cidade, trazendo transtornos para a população e gerando gastos desnecessários.

Com essas informações, o autor sugere a realização de uma pesquisa mais aprofundada,

verificando o comportamento do trânsito num intervalo de tempo maior, destacando as variações

diárias, semanais e até mesmo mensais.

Seguindo ainda como sugestão futura de trabalhos que possam dar continuidade ao

presente estudo realizado, recomenda-se a análise da infra-estrutura, buscando propor novas

formas de planejamento.

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70

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características - Apostila do curso de graduação em Engenharia Civil da UFPR. 2004.

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SOARES, Luiz Ribeiro. Engenharia de Tráfego. Rio de Janeiro, GB. Almeida Neves-Editores

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WIKIPEDIA – Enciclopédia Livre. Feira de Santana. P.1, 2009. Disponível em:

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Feira_de_Santana>. Acesso em 17 out. 2009.

ZMITROWICZ, W., ANGELIS NETO, G. D., Infra-estrutura Urbana. Texto Técnico. Escola

politécnica da USP, Departamento de Engenharia de Construção Civil. São Paulo, 1997.

Disponível em: <http://pcc2561.pcc.usp.br/ttinfraestrutura17.pdf>. Acesso em 18 out. 2009.

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73

APÊNDICE A - Ficha de Contagem Volumétrica

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74

APÊNDICE B – Ficha de coleta de dados para Fluxo de Saturação

COLETA DE DADOS PARA FLUXO DE SATURAÇÃO - PLANILHA DE CAMPO

LOCAL: _______________________________________ APROXIMAÇÃO: _______________________________ NÚMERO DE FAIXAS: ______________ HORÁRIO: ________________________ DATA: ___/___/_____ Instruções: 1. Anotar a cada 5 segundos o número de veículos que passa pela retenção

2. Começar a contagem no instante em que se inicia o verde

3. Prosseguir contando, até cessar a passagem de veículos

4. Efetuar, no mínimo, 10 contagens (em situação normal de fluxo).

A = média acumulada / B = média não acumulada

t(s) 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º A B 0-5

5-10 10-15 15-20 20-25 25-30 30-35 35-40 40-45 45-50 50-55 55-60 60-65 65-70 70-75 75-80 80-85 85-90 90-100

PESQUISADOR: ______________________ OBS: ___________________________________

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75

APÊNDICE C – Mapa (sem escala) indicando os pólos geradores de tráfego,

compreendendo um trecho da cidade de Feira de Santana.

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76

APÊNDICE D - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento A / Observador 1)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

A 1

101,5

06:15-06:30 114

06:30-06:45 110

06:45-07:00 156,5

07:00-07:15 156

07:15-07:30 197,5

07:30-07:45 234,5

07:45-08:00 256,5

08:00-08:15 162,5

08:15-08:30 132

08:30-08:45 115,5

08:45-09:00 137,5

09:00-09:15 141

09:15-09:30 134,5

09:30-09:45 128

09:45-10:00 139,5

10:00-10:15 185

10:15-10:30 170,5

10:30-10:45 204,5

10:45-11:00 211,5

11:00-11:15 218

11:15-11:30 190

11:30-11:45 216,5

11:45-12:00 249,5

12:00-12:15 212,5

12:15-12:30 193

12:30-12:45 199

12:45-13:00 167,5

13:00-13:15 187,5

13:15-13:30 144,5

13:30-13:45 172

13:45-14:00 190,5

15:00-15:15 171

15:15-15:30 174

15:30-15:45 210

15:45-16:00 233

16:00-16:15 181

16:15-16:30 202

16:30-16:45 172

16:45-17:00 174

17:00-17:15 126

17:15-17:30 87

17:30-17:45 99

17:45-18:00 180,5

18:00-18:15 235

18:15-18:30 219,5

18:30-18:45 156,5

18:45-19:00 110

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77

APÊNDICE E - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento B / Observador 2)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

B 2

37,5

06:15-06:30 69,5

06:30-06:45 53

06:45-07:00 73

07:00-07:15 73

07:15-07:30 79

07:30-07:45 157

07:45-08:00 175

08:00-08:15 162,5

08:15-08:30 91,5

08:30-08:45 94,5

08:45-09:00 87

09:00-09:15 97

09:15-09:30 95,5

09:30-09:45 97,5

09:45-10:00 104

10:00-10:15 97,5

10:15-10:30 109

10:30-10:45 68,5

10:45-11:00 103,5

11:00-11:15 112,5

11:15-11:30 82,5

11:30-11:45 88,5

11:45-12:00 93,5

12:00-12:15 83

12:15-12:30 73,5

12:30-12:45 68,5

12:45-13:00 51,5

13:00-13:15 71

13:15-13:30 56,5

13:30-13:45 66

13:45-14:00 76,5

15:00-15:15 88,5

15:15-15:30 92

15:30-15:45 98

15:45-16:00 106

16:00-16:15 68,5

16:15-16:30 86,5

16:30-16:45 93,5

16:45-17:00 95,5

17:00-17:15 60

17:15-17:30 60

17:30-17:45 65,5

17:45-18:00 109,5

18:00-18:15 153

18:15-18:30 125,5

18:30-18:45 91

18:45-19:00 70,5

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78

APÊNDICE F - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento C / Observador 2)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

C 2

81,5

06:15-06:30 75,5

06:30-06:45 95

06:45-07:00 119,5

07:00-07:15 148,5

07:15-07:30 196

07:30-07:45 260

07:45-08:00 330

08:00-08:15 355

08:15-08:30 334

08:30-08:45 336

08:45-09:00 316

09:00-09:15 304,5

09:15-09:30 290

09:30-09:45 285

09:45-10:00 277,5

10:00-10:15 173

10:15-10:30 214

10:30-10:45 159

10:45-11:00 184

11:00-11:15 225

11:15-11:30 170,5

11:30-11:45 225

11:45-12:00 212,5

12:00-12:15 203,5

12:15-12:30 170

12:30-12:45 184,5

12:45-13:00 168,5

13:00-13:15 165,5

13:15-13:30 126,5

13:30-13:45 151

13:45-14:00 171,5

15:00-15:15 170,5

15:15-15:30 143

15:30-15:45 158,5

15:45-16:00 212,5

16:00-16:15 157,5

16:15-16:30 221,5

16:30-16:45 183,5

16:45-17:00 224,5

17:00-17:15 126

17:15-17:30 94

17:30-17:45 96

17:45-18:00 180,5

18:00-18:15 168,5

18:15-18:30 194

18:30-18:45 141,5

18:45-19:00 104,5

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79

APÊNDICE G - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento D / Observador 3)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

D 3

96,5

06:15-06:30 132

06:30-06:45 139

06:45-07:00 211

07:00-07:15 241

07:15-07:30 362

07:30-07:45 459,5

07:45-08:00 510,5

08:00-08:15 297,5

08:15-08:30 289

08:30-08:45 376,5

08:45-09:00 256

09:00-09:15 301

09:15-09:30 270

09:30-09:45 270,5

09:45-10:00 255

10:00-10:15 293

10:15-10:30 236,5

10:30-10:45 156

10:45-11:00 170

11:00-11:15 176,5

11:15-11:30 176,5

11:30-11:45 198,5

11:45-12:00 244

12:00-12:15 298

12:15-12:30 271

12:30-12:45 232

12:45-13:00 185,5

13:00-13:15 175

13:15-13:30 168,5

13:30-13:45 161,5

13:45-14:00 212

15:00-15:15 299

15:15-15:30 278

15:30-15:45 341

15:45-16:00 370

16:00-16:15 324

16:15-16:30 371

16:30-16:45 338

16:45-17:00 323

17:00-17:15 229

17:15-17:30 183

17:30-17:45 150,5

17:45-18:00 168,5

18:00-18:15 203,5

18:15-18:30 166

18:30-18:45 146,5

18:45-19:00 133

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80

APÊNDICE H - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento E / Observador 3)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

E 3

33,5

06:15-06:30 38

06:30-06:45 38,5

06:45-07:00 47

07:00-07:15 62

07:15-07:30 92,5

07:30-07:45 131

07:45-08:00 149

08:00-08:15 72

08:15-08:30 72

08:30-08:45 89,5

08:45-09:00 56

09:00-09:15 110,5

09:15-09:30 57,5

09:30-09:45 82

09:45-10:00 71,5

10:00-10:15 118

10:15-10:30 116,5

10:30-10:45 123,5

10:45-11:00 114,5

11:00-11:15 87

11:15-11:30 115

11:30-11:45 131,5

11:45-12:00 133,5

12:00-12:15 108,5

12:15-12:30 104

12:30-12:45 85

12:45-13:00 85,5

13:00-13:15 81

13:15-13:30 90

13:30-13:45 71,5

13:45-14:00 55

15:00-15:15 73

15:15-15:30 104

15:30-15:45 111

15:45-16:00 175

16:00-16:15 150

16:15-16:30 138

16:30-16:45 113

16:45-17:00 115

17:00-17:15 202,5

17:15-17:30 209

17:30-17:45 234

17:45-18:00 265

18:00-18:15 300

18:15-18:30 243,5

18:30-18:45 208

18:45-19:00 190

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81

APÊNDICE I - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento F / Observador 4)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

F 4

10,5

06:15-06:30 18

06:30-06:45 22

06:45-07:00 12,5

07:00-07:15 22,5

07:15-07:30 31,5

07:30-07:45 46

07:45-08:00 40,5

08:00-08:15 66

08:15-08:30 59

08:30-08:45 50,5

08:45-09:00 41

09:00-09:15 45

09:15-09:30 42,5

09:30-09:45 36,5

09:45-10:00 35,5

10:00-10:15 33,5

10:15-10:30 44

10:30-10:45 50,5

10:45-11:00 43

11:00-11:15 45,5

11:15-11:30 55

11:30-11:45 57,5

11:45-12:00 62,5

12:00-12:15 55,5

12:15-12:30 55

12:30-12:45 48

12:45-13:00 42

13:00-13:15 39

13:15-13:30 41

13:30-13:45 33,5

13:45-14:00 29,5

15:00-15:15 33

15:15-15:30 35

15:30-15:45 37

15:45-16:00 42

16:00-16:15 38,5

16:15-16:30 40,5

16:30-16:45 30

16:45-17:00 38,5

17:00-17:15 26,5

17:15-17:30 26

17:30-17:45 20

17:45-18:00 23

18:00-18:15 24

18:15-18:30 24,5

18:30-18:45 27

18:45-19:00 31

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82

APÊNDICE J - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento G / Observador 4)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

G 4

22

06:15-06:30 24,5

06:30-06:45 18

06:45-07:00 41,5

07:00-07:15 37

07:15-07:30 47,5

07:30-07:45 58,5

07:45-08:00 55

08:00-08:15 75,5

08:15-08:30 65,5

08:30-08:45 68

08:45-09:00 52

09:00-09:15 82,5

09:15-09:30 70,5

09:30-09:45 75

09:45-10:00 72

10:00-10:15 61

10:15-10:30 70,5

10:30-10:45 69

10:45-11:00 78

11:00-11:15 63,5

11:15-11:30 65,5

11:30-11:45 79,5

11:45-12:00 73,5

12:00-12:15 79

12:15-12:30 76

12:30-12:45 65,5

12:45-13:00 49

13:00-13:15 53

13:15-13:30 58

13:30-13:45 44

13:45-14:00 39,5

15:00-15:15 48,5

15:15-15:30 58

15:30-15:45 84,5

15:45-16:00 96

16:00-16:15 109,5

16:15-16:30 80,5

16:30-16:45 78

16:45-17:00 68

17:00-17:15 33

17:15-17:30 49

17:30-17:45 39

17:45-18:00 28

18:00-18:15 65

18:15-18:30 62,5

18:30-18:45 31

18:45-19:00 28,5

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83

APÊNDICE K - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento H / Observador 5)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

H 5

73

06:15-06:30 81,5

06:30-06:45 96

06:45-07:00 128,5

07:00-07:15 153,5

07:15-07:30 149

07:30-07:45 205

07:45-08:00 234,5

08:00-08:15 362

08:15-08:30 348,5

08:30-08:45 351,5

08:45-09:00 351

09:00-09:15 254

09:15-09:30 408,5

09:30-09:45 397

09:45-10:00 398,5

10:00-10:15 332

10:15-10:30 357,5

10:30-10:45 397

10:45-11:00 398,5

11:00-11:15 420,5

11:15-11:30 407

11:30-11:45 393

11:45-12:00 457,5

12:00-12:15 494,5

12:15-12:30 432

12:30-12:45 297

12:45-13:00 269,5

13:00-13:15 271

13:15-13:30 297

13:30-13:45 293,5

13:45-14:00 266,5

15:00-15:15 303

15:15-15:30 295,5

15:30-15:45 332,5

15:45-16:00 350,5

16:00-16:15 311

16:15-16:30 347

16:30-16:45 310,5

16:45-17:00 304

17:00-17:15 309

17:15-17:30 318

17:30-17:45 327

17:45-18:00 330

18:00-18:15 342

18:15-18:30 386

18:30-18:45 352

18:45-19:00 340

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APÊNDICE L - Planilha de dados coletados na pesquisa (Movimento I / Observador 5)

HORÁRIO MOVIMENTO OBSERVADOR TOTAL (UCV)

06:00-06:15

I 5

62

06:15-06:30 87

06:30-06:45 116,5

06:45-07:00 81

07:00-07:15 199

07:15-07:30 297

07:30-07:45 311,5

07:45-08:00 367

08:00-08:15 217,5

08:15-08:30 198

08:30-08:45 210,5

08:45-09:00 223

09:00-09:15 206

09:15-09:30 219

09:30-09:45 222,5

09:45-10:00 212,5

10:00-10:15 216,5

10:15-10:30 229

10:30-10:45 225,5

10:45-11:00 256,5

11:00-11:15 240

11:15-11:30 234

11:30-11:45 210,5

11:45-12:00 239

12:00-12:15 314

12:15-12:30 275

12:30-12:45 201

12:45-13:00 193

13:00-13:15 187,5

13:15-13:30 194

13:30-13:45 170,5

13:45-14:00 180,5

15:00-15:15 182

15:15-15:30 153,5

15:30-15:45 213

15:45-16:00 295

16:00-16:15 209

16:15-16:30 238,5

16:30-16:45 261,5

16:45-17:00 292

17:00-17:15 374

17:15-17:30 407

17:30-17:45 405

17:45-18:00 453

18:00-18:15 478

18:15-18:30 489

18:30-18:45 454

18:45-19:00 412

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