30
1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ E A SEGURANÇA PÚBLICA EM ESCOLAS ESTADUAIS DO MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO Carlos Agenor Bueno da Silva Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas. Orientadora: Prof. Drª. Hilka P. Vier Machado Maringá 2009

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ · denominada de Patrulha Escolar Comunitária, fazendo uma análise se esta forma de atuação, com a presença do Policial Militar no ambiente

Embed Size (px)

Citation preview

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO DE P OLÍTICAS PÚBLICA

PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ E A SEGURANÇA PÚBLICA EM ESCOLAS ESTADUAIS D O

MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO

Carlos Agenor Bueno da Silva

Artigo apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de especialista em Formulação e Gestão de Políticas Públicas. Orientadora: Prof. Drª. Hilka P. Vier Machado

Maringá

2009

2

PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA DA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ E A SEGURANÇA PÚBLICA EM ESCOLAS ESTADUAIS D O

MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO

Aluno: Carlos Agenor Bueno da Silva Orientadora: Prof. Drª. Hilka P. Vier Machado

RESUMO O presente trabalho tem por objetivo mostrar a forma de atuação, em questão de segurança pública, voltada para as escolas estaduais, desenvolvida pela Polícia Militar do Paraná, denominada de Patrulha Escolar Comunitária, fazendo uma análise se esta forma de atuação, com a presença do Policial Militar no ambiente escolar, tem feito frente às diversas formas de violência pela qual a escola tem convivido, em especial nos últimos anos. E ainda se está provocando por meio de suas diversas ações, as mudanças necessárias de comportamento, nas pessoas que vivenciam a escola, para através da prevenção, transformar a escola em um ambiente mais seguro. O trabalho tem enfoque nas escolas estaduais do município de Campo Mourão, utilizando ainda de uma pesquisa realizada junto à comunidade escolar, sendo alunos, professores e funcionários, com o objetivo de fazer um diagnóstico para saber quais foram às principais mudanças, após, a patrulha escolar comunitária começar a atuar junto das escolas. Os resultados apontaram que há uma satisfação com a presença da patrulha escolar, mas tanto alunos, quanto professores e funcionários solicitaram presença mais intensa da patrulha escolar. Os principais problemas vivenciados, na visão dos professores são as drogas e na visão dos alunos são as brigas e roubos.

Palavras-chave: Segurança Pública; Violência; Patrulha Escolar.

1. INTRODUÇÃO

A imprensa nacional constantemente apresenta noticias, opiniões ou medidas

relacionadas com a segurança pública, mais precisamente, relativas à falta de segurança que

notadamente interfere na vida da população, sobretudo na parcela mais carente, fato que vem

atingindo nos últimos anos também pessoas com maior poder aquisitivo, que compõem a

menor parcela, mas com grande influência no cenário nacional. Cavalcanti (2004), afirma que

com a globalização, a qualidade no atendimento das polícias militares do Brasil se tornou

condição essencial para essas instituições permanecerem à frente da segurança pública, com

isso o cidadão passa a exigir um serviço de segurança de boa qualidade. Porém, é evidente

que as políticas públicas não estão alcançando o objetivo de trazer segurança para toda a

população. A mensagem de que as políticas públicas adotadas no Brasil tem sido insuficientes

no combate à criminalidade pode ser avaliada por meio de dados oficiais do Ministério da

3

Saúde e Ipsos, conforme registrado por Carneiro (2007), no ano de 1997, a criminalidade

vinha como prioridade nas questões que mais preocupavam a população para apenas 31% dos

brasileiros. Já em 2007, depois de uma crescente considerável dos índices de violência, pela

primeira vez em uma década, a violência tornou-se a maior preocupação do país, conforme

consta:

Para 59% dos cidadãos, a falta de segurança é um problema maior que o desemprego ou os baixos salários. [...] Em 1980, o Brasil registrava 12 homicídios para cada 100.000 habitantes. Em 2005, esse número já havia subido para 26 mortes em cada 100.000 habitantes. (CARNEIRO, 2007, p.83)

E ainda, segundo Leite (2001, p.1), a violência já é o maior problema a ser combatido e

este cenário catastrófico só é devido a fatores que marcam a sociedade atual, como as

desigualdades sociais, a tendência crescente ao predomínio da ótica de mercado e da redução

das ações do estado nas questões sociais, em um mundo globalizado, que apresenta altos

índices de desemprego e condições cada vez mais precárias, beirando ao limite das condições

de vida e de trabalho, da maior parcela da população, e ainda:

Neste sentido, não se constitui tarefa fácil dimensionar analiticamente as manifestações de violência, com a emergência de gangues, o tráfico de drogas, o comércio clandestino de armas e até mesmo a criminalidade, situações vivenciadas, cada vez em maior proporção, por crianças e jovens no Brasil. (LEITE, 2001, p.1).

A violência passa também a ser integrante do cotidiano das crianças e jovens, onde a

família quando não é a principal geradora de violência nas suas vidas, é omissa na proteção

dos direitos destes indivíduos ainda em processo de desenvolvimento, e em grande parte dos

casos, incapazes de se defender das injustiças que sofrem no seu cotidiano. Passa a ser natural

ainda, que essa violência que cerca as crianças e jovens no seu dia-a-dia também os

acompanhe para o ambiente escolar, o que é um fator de proporções catastróficas já que o

ambiente escolar deveria ser civilizado em uma sociedade, afinal proporcionar a educação

deveria ser o norte a ser seguido por um país. Segundo Leite (2001, p.1), o espaço escolar até

então era “ilha de ordem”, onde os alunos estariam em segurança distantes dos perigos que

existiam fora dos seus limites.

4

Qual seria então a melhor forma de combater a violência nas escolas? Os mecanismos

de segurança que são adotados atualmente estão conseguindo mudar esta realidade de

violência, pela qual a escola está passando nos últimos anos?

Com a finalidade de combater a violência nas escolas estaduais do Estado do Paraná

foi implantada a patrulha escolar comunitária, composta por equipes de Policiais Militares

preparados e capacitados para atenderem as ocorrências policiais nas escolas e ainda interagir

com a comunidade escolar, para através de ações preventivas evitar que qualquer tipo de

violência venha atingir a escola.

Esta pesquisa tem como objetivo geral identificar se a patrulha escolar comunitária,

sendo um dos setores da corporação que melhor representa a filosofia de polícia comunitária,

está alcançando os objetivos para os quais foi criada, ou seja, de mobilizar toda a comunidade

escolar para através de medidas de natureza preventiva, transformar o ambiente escolar em

um local seguro para quem dele participa. Para cumprir este objetivo, será realizada uma

pesquisa em escolas públicas estaduais do município de Campo Mourão.

Como objetivos específicos, procurar-se-á identificar os principais tipos de violências

sofridos no ambiente escolar, na interpretação de pessoas que vivenciam o ambiente escolar, e

ainda conhecer a imagem que alunos, professores e funcionários projetam dos policiais

militares que trabalham na patrulha escolar comunitária do Município de Campo Mourão.

2. DO EMBASAMENTO LEGAL 2.1 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Na Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),

encontra-se alicerçada a doutrina jurídica de proteção integral da criança e do adolescente, e

traz em seu bojo a necessidade de uma nova postura que deve ser adotada pela escola, família,

entidades de atendimento, sociedade e o Estado, objetivando proteger os direitos das crianças

e adolescentes. No tocante a segurança, a lei estabelece em seu art. 7°, o seguinte:

Art. 7° - A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Conforme se pode verificar, a criança e o adolescente necessitam de uma especial

atenção por estarem em condição de desenvolvimento. No ECA encontra-se descrito que os

5

órgãos governamentais, por meio de políticas sociais, devem prover o bem estar das crianças

e dos adolescentes. Ainda neste sentido, o ECA, em seu Art. 53, estabelece conforme segue:

Art. 53 – A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser respeitado por seus educadores; III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV – direito de organização e participação em entidades estudantis; V – acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência. Parágrafo único – É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.

Sem dúvida esses são basilares para o pleno desenvolvimento das crianças e dos

adolescentes, e fica evidente que o responsável por assegurar a manutenção destes direitos é o

Estado. No tocante ao respeito destes direitos nas escolas estaduais, cabe sem dúvida à escola,

e aqui está incluída toda a comunidade que de alguma forma está ligada à escola, cabe

também à Polícia Militar e ainda a outros órgãos que por diversos motivos ainda não se

atentaram para a importância da questão, garantir os direitos mencionados.

2.2 SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO

BRASIL E NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ

Na carta magna, consta a base legal para a atividade policial, que é atribuição das

Polícias Militares dos estados da federação, sendo responsável pela segurança pública dentro

do território nacional, conforme se verifica em seu texto:

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I – polícia federal; II – polícia rodoviária federal; III – polícia ferroviária federal; IV – polícias civis; V – polícias militares e corpo de bombeiros militares.

6

§ 5° às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública ...

Baseado nos preceitos legais acima descritos observa-se que é dever do Estado prover

a segurança pública, dentro de seu perímetro territorial, e é importante salientar que a

segurança pública tem sua base na prevenção dos crimes, chegando até a aplicação de ações

repressivas, quando do cometimento de ações delituosas. Neste sentido, todos os programas

desenvolvidos pelas polícias militares no sentido de prevenir o crime, independente de ser

voltado para toda a coletividade ou para um público específico, trata-se do cumprimento do

contido no texto da constituição federal. No mesmo sentido e ainda com o objetivo da

segurança pública, é responsabilidade de todos, contribuir com a segurança e com as ações

desenvolvidas pela polícia militar. Com isso, a filosofia de polícia comunitária adotada pela

polícia militar do Paraná, encontra-se em sintonia com a previsão legal.

No estado do Paraná, a constituição reforça a responsabilidade da Polícia Militar com

as questões de segurança pública, dentro das diversas especialidades de policiamento,

conforme se observa:

Art. 48. A polícia militar, força estadual, instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia e disciplina dos militares, cabe a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública, a execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, busca, salvamentos e socorros públicos, o policiamento de trânsito urbano e rodoviário, o policiamento ferroviário, de florestas e de mananciais, além de outras formas e funções definidas em lei.

O Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária foi criado com o objetivo de compor a

estrutura da Polícia Militar, sendo ela responsável pela segurança em todos os segmentos da

sociedade. A atuação da patrulha escolar comunitária encontra-se, portanto definida como

uma das formas de policiamento a serem desenvolvidas pela Polícia Militar já que se trata da

instituição responsável pela questão de segurança pública no estado do Paraná.

3. A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

A violência no ambiente escolar pode ser identificada como um reflexo do seu

entorno, sendo de difícil mensuração, pois deve ser levado em consideração diversos fatores

que estão inseridos na sociedade como um todo. Ao considerar que as pessoas que compõem

o ambiente da escola são também integrantes da comunidade que a cerca, e que se encontram

7

envoltas a questões complexas no tocante à violência, podendo ser representada, segundo

Charlot (1997), por ameaças e agressões de alunos contra professores, pelo abuso de

autoridade, pela violência sexual entre alunos e alunas, uso de armas, consumo de drogas,

roubos e furtos contra o patrimônio. Não é possível deixar de destacar como um dos maiores

problemas vividos pela sociedade moderna que é o uso e o comércio de substâncias

entorpecentes, que além dos danos irreparáveis que provocam no organismo e na vida de

quem faz uso destas substâncias, ainda alimenta uma cadeia de violência sem precedentes.

Nesta realidade, a escola sofre duas vezes quanto à questão da violência, pois além dos

fatos já descritos, os quais se podem chamar de questões externas à escola, ela ainda convive

com fatores internos, como a violência e indisciplina entre os próprios alunos e destes com os

professores ou vice-versa, fatores que somados aumentam cada vez mais as dificuldades de se

estabelecer a tranqüilidade dentro da escola (GUIMARÃES,1996, p.77).

Toda essa situação de violência, em que a escola está envolvida, mostra a necessidade

de discussão sobre o assunto, com o intuito de estabelecer medidas, projetos e outros

mecanismos que de alguma forma tragam resultados no combate à criminalidade.

Padilha (2003) desenvolveu um trabalho com o objetivo de saber da comunidade

escolar da cidade de Cascavel, se os órgãos de segurança existentes na época do estudo,

atendiam as expectativas quanto a proporcionar segurança para as escolas. Foram realizadas

entrevistas com diretores, professores, e alunos de 8ª série do ensino fundamental e 1° ano do

ensino médio. Os resultados foram preocupantes, pois revelaram que 67% dos entrevistados

conheciam alunos que foram vítimas de violência na escola; 68% afirmaram que os policiais

militares que atendiam as escolas não interagiam com a comunidade escolar a respeito dos

problemas de segurança da escola e 71% dos entrevistados consideravam não adequados o

perfil dos policiais militares que atendiam a escola.

A situação atual na questão de segurança nas escolas, requer medidas de contenção da

criminalidade dentro e fora das escolas, o mais breve possível, sob pena de prejuízos para a

sociedade.

3.1 PROGRAMAS DE SEGURANÇA VOLTADOS PARA A ESCOLA

Serão abordados neste item dois projetos que tratam da questão do combate à

violência nas escolas, apresentando cada um, enfoques diferentes para a mesma questão.

8

3.1.1 O Projeto Escola Viva Comunidade Ativa

Trata-se de um projeto elaborado pela Secretaria de Estado da Educação de Minas

Gerais no ano de 2002, com a finalidade de preparar as escolas públicas, para que fossem

capazes de atender necessidades educacionais das crianças e jovens mais afetados pelos

fenômenos da exclusão social e da violência, procurando garantir as condições para que o

processo de aprendizagem acontecesse (MINAS GERAIS, 2002).

Esse projeto, num primeiro momento, foi direcionado para as escolas públicas, tanto

estaduais quanto municipais, localizadas em áreas de risco da cidade de Belo Horizonte. O

projeto escola viva comunidade ativa, tem como elementos básicos os seguintes preceitos:

conhecer para planejar, planejar para mudar, oferecer um sistema de apoio com

acompanhamento e avaliação da sua implantação na escola, ou seja, procurar entender o

contexto da escola na questão de segurança para poder interagir com a mesma na solução dos

problemas existentes. (MINAS GERAIS, 2002).

A condição básica para a participação da escola no projeto, era a elaboração de um

Desenvolvimento Pedagógico e Institucional (PDPI), instrumento que apresentaria as

características da escola, suas necessidades e demandas específicas, devendo ainda indicar

seis compromissos básicos dos gestores, dos educadores e de toda a comunidade em relação à

escola, que viessem a suprir as expectativas com relação às necessidades e demandas da

escola, dentro do limite das possibilidades estabelecidas pelo projeto. (MINAS GERAIS,

2002).

As atividades do programa foram realizadas por meio das informações sobre

processos, produtos e resultados e implicam no acompanhamento contínuo, sistemático e

detalhado de todas as ações programadas. A avaliação consiste em verificar o efeito dos

impactos dos resultados do programa sobre a aprendizagem, o comportamento e o tipo da

convivência estabelecida no ambiente escolar, alem da participação da comunidade na vida da

escola (MINAS GERAIS, 2002).

Os resultados esperados objetivam contribuir para a aprendizagem e o

desenvolvimento do aluno, assegurando-lhe o acesso à educação, o direito à inclusão e a

permanência numa escola democrática que privilegie a pluralidade das dimensões da

formação dos alunos e dos próprios profissionais da educação; o reconhecimento da unidade

escolar como uma escola integrada à vida da comunidade e ainda, que a escola se transforme

e passe a atuar de maneira a superar suas dificuldades internas em benefício de um projeto

9

comum, como um grupo que aprende com a sua própria experiência. (MINAS GERAIS,

2002).

3.1.2 Patrulha Escolar Comunitária

A Polícia Militar do Estado do Paraná durante seus cento e cinqüenta e quatro anos de

existência, vem passando por um processo de desenvolvimento que acompanha o

desenvolvimento da sociedade brasileira. O Brasil passa por uma fase de amadurecimento da

democracia, caracterizada pela liberdade de expressão, que se confunde com uma liberdade

para praticar atos criminosos. Sendo que muitos problemas de segurança da sociedade atual,

surgiram neste novo contexto, podendo ser mencionado como exemplo o crime organizado,

que pauta suas ações no tráfico de drogas, sempre envolto em atos de violência extrema.

Contudo, tem-se, uma sociedade muito mais participativa se comparada à de outros tempos,

principalmente quando se trata de exigir resultados das autoridades constituídas. Com base

neste novo contexto, onde a criminalidade e a violência se apresentam com um percentual

muito mais significativo do que em momentos históricos anteriores, a Polícia Militar do

Paraná passou a desenvolver suas atividades buscando aproveitar a participação social como

mecanismo de combate à criminalidade, denominando essa iniciativa de Polícia Comunitária,

e usando como modelo as práticas que tiveram sucesso em outros países como Canadá e

Japão, que adotaram esta filosofia de policiamento a décadas e hoje colhem os frutos, com

uma sociedade mais segura e pacífica.

3.1.2.1 Histórico

A Polícia Militar do Paraná no ano de 1994, com o crescimento da criminalidade e da

violência que prejudicava de forma considerável o ambiente nas escolas da cidade de

Curitiba/Pr, procurou implementar ações direcionadas para atender com exclusividade as

escolas, proporcionando uma maior segurança para rede estadual e municipal de ensino, que

passou a ser denominada de Patrulha escolar. Esta nova ação de policiamento ostensivo,

compreendido pelo policiamento fardado e caracterizado pelos equipamentos do policial

militar e ainda pela viatura policial devidamente identificada, que tinha o objetivo de inibir a

prática de ações delituosas nas escolas, constituídas inicialmente por duplas de policiais

femininas, as quais desenvolviam as suas atividades através de patrulhamento motorizado e de

permanência em locais de maior potencial de risco, complementado com visitas programadas

10

aos estabelecimentos de ensino da Capital do Estado, com a finalidade de aumentar a

sensação de segurança e ainda a proteção às crianças e aos adolescentes que freqüentam as

escolas (PARANÁ, 2003).

Já a partir do ano de 1997, foi necessária a expansão da Patrulha Escolar, objetivando

proporcionar a segurança junto às escolas Públicas estaduais, municipais e ainda particulares,

sendo ampliada para os Municípios de Colombo, Pinhais, Piraquara, Almirante Tamandaré e

Quatro Barras, ficando sob responsabilidade dos batalhões policiais militares de área.

No ano de 2001, a PMPR deu início à implantação da nova filosofia e estratégia de

polícia conhecido como policiamento comunitário, tendo iniciado uma série de medidas de

ordem institucional, com um ciclo de cursos e palestras para todo o efetivo da corporação, e

buscando abranger todos os setores da instituição desde as equipes de repressão ao crime,

passando pelas equipes de atendimento de ocorrências e chegando ao policiamento escolar.

Foi lançado um projeto piloto nos bairros de Curitiba, com objetivo de reduzir o crime;

reduzir a desordem percebida; melhorar a condição geral de vida no bairro, entre outros,

através da participação da própria comunidade que vive nos bairros, interagindo para alcançar

os objetivos pretendidos (PARANÁ, 2003).

Como marco da nova atuação da Patrulha Escolar, no ano de 2003 a Drª. Margarete

Maria Lemes, Assessora Jurídica do Núcleo Regional de Educação da área Norte de Curitiba,

propôs ao Comandante Geral da PMPR a criação do programa por uma Escola Segura, dando

início a uma parceria entre a corporação, Núcleo de Educação e a comunidade. Sendo então

elaborado após vários debates uma forma de atuação padronizada e bem delimitada da

Patrulha Escolar dentro das escolas e principalmente com a participação direta da comunidade

escolar na discussão e resolução dos problemas de segurança de cada escola estadual,

constituindo uma ordem de ações que atualmente são a base da atuação da patrulha em todo o

Estado do Paraná (PARANÁ, 2003)

Sendo sua atuação com base fundamentalmente na prevenção, fica em segundo plano

a atuação repressiva a crimes e atos infracionais, que é a ação delinqüente praticada pelo

adolescente, e a prevenção passa a ser alcançada pela aproximação do policial com os

professores, alunos, funcionários da escola e todas as pessoas que, de alguma forma, têm

contato com a escola. Assim, o policial militar passa a atuar como um assessor de segurança,

utilizando seu conhecimento técnico característico da profissão policial militar, para auxiliar

esta comunidade escolar a resolver problemas de segurança que surgirem.

11

3.1.2.2 Forma de Atuação

A Patrulha Escolar Comunitária encontra-se estruturada em cinco etapas a serem

seguidas pelo patrulheiro escolar. Na primeira etapa o policial militar da patrulha escolar

agenda uma data com o diretor da escola e juntamente com o diretor faz um levantamento

completo da situação em que as instalações físicas da escola se encontram no tocante à

segurança. Utilizando-se de um formulário padrão, são verificadas as condições em que se

encontram os muros, o pátio, a arborização, o sistema de iluminação, entre outros quesitos,

que podem estar relacionados com uma melhor condição de segurança da escola ou ao

contrário, identificar algum ponto que facilite a ação de criminosos nas escolas. De posse

destas informações a patrulha escola elabora um Laudo de Segurança, fornecendo ao diretor

da escola as orientações do que poderia ser modificado para que a escola apresentasse

condições estruturais que proporcionasse mais segurança. Este laudo instrui os pedidos de

verbas para reparos e adaptações junto ao órgão responsável. A segunda etapa compreende a

realização das dinâmicas de grupos. Neste momento ocorrem reuniões com toda a

comunidade escolar, sendo que primeiro é feito com os professores e funcionários da escola,

depois com todas as turmas de alunos, ainda com os pais dos alunos e, por fim, com os

vizinhos da escola. Durante cada dinâmica ocorre a apresentação dos policiais para essa

comunidade, criando desde o início, uma identidade entre o patrulheiro escolar e as pessoas

que integram o ambiente escolar. São então debatidos todos os quesitos relacionados com a

segurança da escola, tendo como referência a resposta pela comunidade a três perguntas que

direcionam a dinâmica, sendo elas:

• Quais são os problemas de segurança que você identifica na sua escola?

• Quais seriam as soluções que você indica para resolver esses problemas de

segurança identificados?

• Qual seria o seu comprometimento, ou seja, o que você poderia fazer para

resolver estes problemas?

Com base nas respostas das três questões o policial militar pode direcionar a

responsabilidade para resolução dos problemas apresentados, inclusive despertando na

comunidade escolar um maior comprometimento com a resolução dos problemas, passando a

buscar de forma conjunta soluções que venham a proporcionar maior segurança para a escola.

Para finalizar esta etapa é realizada uma reunião entre as classes interessadas no assunto, com

12

os seguintes representantes: dos alunos, dos professores, dos funcionários, da direção da

escola, da patrulha escolar, dos pais e dos vizinhos da escola, para com base nas informações

colhidas nas dinâmicas, elaborar um plano de ação para escola, com o objetivo de delimitar as

responsabilidades e definir o que cada classe deverá fazer para que a soma das forças venha a

resolver os problemas de segurança da escola.

A terceira etapa do programa trata-se de por em prática as ações constantes no plano

de ação, sendo fundamentalmente a concretização de idéias, a tomada de providências e as

mudanças de atitudes e procedimentos.

A quarta etapa consiste em palestras, que tem o objetivo de trazer informações para a

comunidade escolar sobre assuntos ligados a segurança da escola, buscando com isso uma

mudança de atitude sobre alguns aspectos antes desconhecidos, estando previsto entre outras

palestras, sobre: o Estatuto da Criança e do Adolescente, segurança, paz, auto-estima,

disciplina, situações de risco e conflitos.

Para finalizar, a quinta etapa, em cada escola é elaborado um plano de segurança,

novamente com a participação de cada representante da comunidade escolar, juntamente com

a patrulha escolar e o núcleo regional de educação, sendo então registrados todos os passos do

programa, com os resultados alcançados e o que ainda deve ser realizado na questão de

segurança (PARANÁ, 2003).

3.1.2.3 A Patrulha Escolar Em Campo Mourão

No município de Campo Mourão, foi oficialmente instituído o programa patrulha

escolar comunitária em fevereiro de 2006, sendo disponibilizadas duas viaturas policiais

militares e passando a se utilizar da nova metodologia de trabalho, com o início da aplicação

das cinco etapas já mencionadas. Num primeiro momento, o programa encontrava-se

vinculado ao 11° Batalhão de Polícia Militar, que é responsável pelo policiamento ostensivo

geral de Campo Mourão e região.

Em Dezembro de 2007, para selar este processo, foi criado o mais novo batalhão de

Polícia Militar do Estado do Paraná, denominado de Batalhão de Patrulha Escolar

Comunitária. Em Campo Mourão está sediado o terceiro pelotão, tendo como área de

abrangência os Núcleos de Educação das cidades de Umuarama, Cianorte, Goioerê e Campo

Mourão. Garantindo-se através de lei, a continuidade dessa forma de policiamento,

impedindo, por exemplo, que a mudança de governo no Estado viesse interromper os

trabalhos já desenvolvidos.

13

O terceiro Pelotão da patrulha escolar sediado na cidade de Campo Mourão, fazendo

parte da terceira Companhia de Patrulha escolar localizada na cidade de Maringá, é

responsável para aplicar o programa de patrulha escolar comunitária nas quinze escolas

estaduais do município. Para realizar o policiamento e também o desenvolvimento das etapas

do programa nas escolas de Campo Mourão são utilizados quatro policiais militares, sendo

que este efetivo é dividido em duas equipes, uma dupla atuando das sete horas, até às quinze

horas e a outra dupla de policiais assume às quinze horas atuando até às vinte e três horas.

Com esta distribuição é garantido o atendimento das escolas em todos os três períodos de

aulas.

As etapas do programa de patrulha escolar comunitária foram desenvolvidas de forma

homogênea nas quinze escolas estaduais do município, inclusive nas escolas da área rural da

cidade. Durante o ano de 2006 foi realizada a primeira etapa, com o levantamento das

condições das instalações físicas das escolas. Já no ano de 2007 foram desenvolvidas as

dinâmicas com a comunidade escolar. E ainda durante o ano de 2008 foi desenvolvida a

terceira etapa, que é a colocação em prática de um plano de ação, que foi construído no final

das dinâmicas com a comunidade escolar e teve a participação de representantes de todos os

segmentos da escola e também da patrulha escolar na sua elaboração.

Fica evidente neste programa que todos os passos da patrulha escolar procuram

aproximar o policial militar da comunidade escolar para que o patrulheiro escolar atue como

um assessor de segurança da escola, procurando resolver os problemas quando for possível e

de sua competência, mas, fundamentalmente direcionando os esforços da escola para que ela

própria adote medidas neste sentido. Esse é o princípio básico da filosofia de polícia

comunitária que é atualmente aplicado na Polícia Militar do Paraná, sendo que a patrulha

escolar é um dos exemplos mais evidentes desta nova filosofia.

4 MÉTODO DA PESQUISA

Tendo em vista o objetivo do trabalho de analisar o serviço desenvolvido pela Polícia

Militar do Paraná através da Patrulha Escolar Comunitária, que se encontra inserido no

contexto da segurança pública, como mecanismo de combate à violência e a criminalidade

nos estabelecimentos de ensino do estado, foi escolhida para amostra um percentual das

escolas estaduais do município de Campo Mourão.

14

No tocante a metodologia utilizada, enquadra-se como quantitativo exploratório, pois,

de acordo com Cooper e Schindler (2003), apresenta a possibilidade de desenvolver os

resultados dos questionamentos para aplicações futuras. Trata-se de um estudo estatístico-

descritivo, já que, conforme Triviños (1987), visa expor as características apresentadas pela

patrulha escolar comunitária, a respeito de um determinado fenômeno, ou seja, o atendimento

oferecido em questão de segurança, para as escolas estaduais de Campo Mourão.

Em relação à amostra, essa foi do tipo probabilística por conglomerados, ou seja,

dividiu-se as escolas em subgrupos e focalizou-se apenas um subgrupo.

No Município de Campo Mourão, localizado na região Noroeste do estado do Paraná,

estão em funcionamento quinze escolas estaduais, sendo que destas, três estão localizadas na

área rural, e as demais no perímetro urbano da cidade. Essas escolas possuem, no total 10.000

alunos e estão distribuídas no perímetro da cidade, sendo que na área central há cinco escolas,

na área leste da cidade estão mais quatro escolas e as outras três na área oeste da cidade.

Nesta pesquisa, para uma maior abrangência com referência ao público alvo,

adotaram-se três escolas estaduais, o que corresponde a 25% das escolas urbanas da cidade,

sendo uma em cada área da cidade, e ainda a que possuir o maior número de alunos em cada

área. Sendo assim, as escolas classificadas foram: o Colégio Estadual Marechal Cândido

Rondon, localizado na área central da cidade, o Colégio Estadual Dom Bosco, na área oeste o

Colégio Estadual Ivone Soares Castanharo, localizado na área leste. Os dados referentes às

escolas podem ser visualizados na Tabela 01.

Tabela 01: Distribuição da população por escolas

Escolas Aluno

Matutino

Alunos

Vespertino

Alunos

Noturno

Alunos

Total

Professores

Total

Funcionários

Total

Marechal

Rondon

724 587 510 1821 117 42

Dom Bosco 400 365 189 954 65 19

Ivone

Castanharo

347 340 320 1007 67 29

Fonte: Secretaria da Educação do Paraná, 2008.

O total de alunos nas três escolas é de 3782, o que corresponde a 37,82% dos alunos

matriculados nas escolas estaduais do município de Campo Mourão. Para a pesquisa, serão

entrevistados 5% dos alunos, funcionários e professores de cada uma das escolas, sendo que

15

no caso dos alunos, a pesquisa será dividida entre as turmas para abranger uma parcela de

alunos de cada ano, da 5ª série ao 3° ano do ensino médio, e ainda a divisão levará em conta

os três turnos de aulas, podendo ser visualizado na Tabela 02.

Tabela 02: Distribuição dos questionários por escola

Escolas Questionário para Aluno

Questionário por Turma

Questionário para

Professores

Questionário para

Funcionários

Questionário Diretor e

Vice-Diretor Marechal

Rondon

91 13 06 02 02

Dom Bosco 49 07 03 01 02

Ivone

Castanharo

56 08 03 01 02

Fonte: Dados da pesquisa

Para aplicação do questionário foram repassadas as orientações necessárias ao diretor

de cada uma das três escolas, junto com a entrega do material de pesquisa, e solicitado ao

mesmo que aplicasse para todo o público que estivesse incluído na amostra, em sua escola,

isso em virtude do pesquisador ser policial militar, portanto sua presença durante a pesquisa

poderia interferir nas respostas dos entrevistados.

A coleta de dados foi realizada por meio de questionário, conforme anexo I, composto

por 19 questões, sendo 17 fechadas e duas abertas, o questionário foi respondido pelo público

classificado na amostra.

5 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS

Após aplicação do questionário nas três escolas estaduais do município de Campo

Mourão, conforme o método já apresentado, e de posse das respostas necessárias para se ter

um diagnóstico da atuação da patrulha escolar comunitária no referido município, foi

realizada a tabulação dos dados obtidos, utilizando uma planilha do programa excel, com o

objetivo de auxiliar na presente análise.

Quanto ao perfil, a maioria dos entrevistados é do sexo masculino, perfazendo 56,19%

dos alunos e 85,71% dos professores e funcionários, sendo ainda que 98,92% dos alunos

residem na cidade de Campo Mourão, enquanto apenas 1,08% são de municípios vizinhos, já

os professores e funcionários são todos moradores do município.

16

Foi questionado aos entrevistados o meio de transporte utilizado para ir até a escola,

sendo que 49,51% dos alunos vão a pé para escola, e ainda 15,20% dos alunos costumam se

deslocar de motocicleta para a escola. Já 59,09% dos professores e funcionários costumam ir

de automóvel para a escola, sendo que outros 27,27% vão a pé para escola. Grande parte dos

alunos, ou seja, 44,91% vão para escola acompanhados de amigos, e ainda 32,87% dos alunos

vão sozinhos para escola.

A primeira questão a ser analisada é se a patrulha escolar está cumprindo seus

objetivos, no sentido de mobilizar a comunidade escolar para que com a participação de

todos, resolva os problemas de segurança existentes na escola. Ao ser perguntado aos

entrevistados se haviam presenciado palestras da patrulha escolar comunitária, 33,85% dos

alunos responderam que presenciaram uma palestra, 33,33% responderam que presenciaram

algumas palestras, 11,98% presenciaram muitas palestras e 20,83% nunca tiveram palestras

da patrulha escolar.

Sendo ainda que 50% dos professores e funcionários tiveram algumas palestras,

36,36% presenciaram uma palestra, 13,64% presenciaram muitas palestras e nenhum

professor ou funcionário das escolas disse nunca ter presenciado palestras da patrulha escolar.

Pode-se observar que a grande maioria dos entrevistados, já assistiu ao menos uma palestra

com os policiais militares da patrulha escolar, contudo ainda existe uma parcela considerável

de alunos que não tiveram sequer uma palestra com a Patrulha Escolar, sendo assim o

objetivo de mobilizar toda a comunidade escolar ainda não foi alcançado, necessitando uma

maior abrangência do programa de patrulha escolar.

Outro questionamento feito aos entrevistados, ainda com relação aos resultados

obtidos pela patrulha escolar, é se as orientações de segurança sugeridas pela patrulha escolar,

através das palestras estão sendo colocadas em prática pela escola. Sendo que 40,38% dos

alunos responderam que algumas das orientações de segurança são colocadas em prática,

38,94% responderam não saber responder, 12,98% responderam que as orientações são

colocadas totalmente em prática e 7,69% responderam que nenhuma das orientações são

colocadas em prática.

Já para 71,43% dos professores e funcionários algumas das orientações são colocadas

em prática, 19,05% responderam que são colocadas totalmente em prática e 9,52% afirmam

que nenhuma das orientações são colocadas em prática. Estas respostas podem indicar que a

atuação da Polícia Militar na escola provoca modificações em alguns costumes do meio

escolar em relação ao trato com as questões de segurança.

17

Também os professores e funcionários quando questionados se estão participando de

atividades para identificar os problemas e as soluções para as questões de segurança da escola

constata-se que 36,36% responderam terem participado muitas vezes, 27,27% responderam

que tem participado sempre, 18,18% responderam que participaram poucas vezes, 9,09%

raramente participam e 9,09% nunca participaram. Pode-se notar que a maioria dos

professores e funcionários, cerca de 63% tem tido participação considerável na resolução dos

problemas de segurança da escola, inclusive através da identificação da solução dos

problemas que se apresentam, porem deve-se destacar os outros 36% que ainda não estão

interados dentro das propostas do programa de Patrulha Escolar, ou não foram direcionados

neste sentido por falta de um maior esclarecimento com referencia ao programa, ou ainda não

compactuam com a forma de atuação da patrulha escolar.

Outro aspecto investigado foi sobre mudanças depois que a patrulha escolar começou

a atuar nas escolas e quais foram estar mudanças. Para a maioria dos entrevistados, ou seja,

37,13% dos alunos e 43,75% dos professores e funcionários, a mudança na entrada da escola

não permitindo acesso direto das pessoas que não pertencem à escola, foi à grande mudança a

partir das ações da patrulha escolar.

Quando perguntado se a Polícia Militar deve continuar atuando através da patrulha

escolar nas escolas estaduais, 76,44% dos alunos responderam que sim, 4,19% acreditam que

não e 19,37% não souberam responder. Já para 100% dos professores e funcionários a

resposta foi sim, a patrulha escolar deve continuar sendo aplicada pela Polícia Militar nas

escolas estaduais. Esta afirmação positiva quanto à continuidade do serviço prestado pela

patrulha escolar nas escolas, indica a necessidade da atuação de um órgão de segurança mais

próximo das escolas, o que comprova que iniciativas como esta da Patrulha Escolar, possam

se bem desenvolvidas e provocarem modificações consideráveis na questão de segurança

dentro do cotidiano da escola.

Com relação à imagem da patrulha escolar comunitária, foi questionado se os

entrevistados estavam satisfeitos com a atuação da patrulha escolar, sendo que 42,49% dos

alunos responderam que sim, estão satisfeitos, outros 34,72% responderam que estão

satisfeitos em parte, e ainda 15,54% não estão satisfeitos. Ainda 52,38% dos professores e

funcionários responderam que sim, e 47,62 responderam em parte, sendo que nenhum

professor ou funcionário disse não estar satisfeito com a atuação da patrulha escolar.

No que foi proposto como objetivo específico para o trabalho, pode-se identificar que

para os alunos os principais tipos de violências identificados dentro do ambiente escolar são

18

as brigas, apontado por 38,91% dos entrevistados, e para 21,79% dos alunos o roubo seria a

principal violência dentro da escola.

Pode-se observar ainda, que na mesma pergunta, respondida pelos professores e

funcionários das escolas, é indicado como principal violência o caso das drogas, sendo

apontado por 38,10% dos professores, o que demonstra que a visão com relação ao tema

proposto, é diferente, apesar de se tratar de pessoas que convivem no mesmo ambiente.

Também com relação à questão da violência na escola, 42,86% dos professores e

funcionários, apresentaram respostas diversas às existentes na pergunta, utilizando o campo

outros problemas, tendo como respostas mais comum que: a escola não possui problemas, que

os problemas existentes são todos resolvidos pela atuação da patrulha escolar comunitária e

que o principal problema é a aglomeração de pessoas desocupadas na frente da escola.

Alguns comentários foram feitos pela comunidade escolar e merecem ser citados:

a) Apontamentos positivos enfatizados, com relação à atuação da Patrulha Escolar:

“A Patrulha Escolar deixa os pais mais tranqüilos na questão da segurança dos filhos”; “A Patrulha Escolar deve continuar atuando na escola, porque é um apoio importante para coibir a violência na escola e arredores”; “A Patrulha Escolar deve continuar atuando na escola, para apoiar em situações de segurança onde os funcionários não estão preparados para atuar”.

“A partir do momento em que a Patrulha escolar começou a participar dos acontecimentos ao redor do colégio, tudo melhorou bastante”; “Ultimamente nossa escola ficou mais segura e até melhorou o ambiente”. “A comunidade respeita a polícia Militar, e sua presença inibe vários tipos de delinqüência”;

b) Falhas no Programa de Patrulha Escolar ou aspectos a serem melhorados:

“A Patrulha Escolar deveria estar mais presente”; “Quero que a Patrulha Escolar passe todos os dias, em todos os turnos, para ficarmos mais seguros”; “A Patrulha Escolar deveria estar mais presente para não haver brigas e outras situações”; “A Patrulha Escolar deveria atuar mais nas entradas e saídas das aulas”; “Queria que a Patrulha escolar fosse mais responsável pela segurança da escola, porque às vezes quando não se precisa eles

19

estão aqui, e às vezes quando mais se precisa eles não estão”; “O número de policiais militares da Patrulha Escolar é limitado”.

Verifica-se que uma parcela da comunidade escolar, em especial os alunos que são as

pessoas que merecem uma atenção especial no ambiente escolar, ainda não estão devidamente

esclarecidas da importância que o tema segurança tem para a sociedade de um modo geral.

Pois em diversas respostas apresentadas verifica-se o desconhecimento sobre o assunto ou a

utilização do espaço para comentários não convenientes.

No entanto a maioria dos entrevistados, contribuiu para se poder ter uma noção ampla

do estágio em que se encontra a atuação da patrulha escolar.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar se a patrulha escolar comunitária,

estava alcançando os objetivos para os quais foi criada, ou seja, de mobilizar toda a

comunidade escolar para através de medidas de natureza preventiva, transformar o ambiente

escolar em um local seguro para quem dele participa.

Pode-se afirmar, após, realizada a pesquisa, que a Patrulha Escolar Comunitária do

Estado do Paraná, nestes quase doze meses de atuação como Batalhão de Polícia Militar,

especializado no policiamento das escolas estaduais, ainda não atingiu o patamar desejado,

em especial na mobilização de toda a comunidade escolar para participarem da resolução dos

problemas de segurança das escolas, apesar da sensível mudança de comportamento com

relação às questões de segurança observadas nas escolas. Isto em virtude de ser uma nova

forma de policiamento com enfoque na prevenção de crimes no ambiente escolar, e ainda não

estar totalmente familiarizada com os novos desafios apresentados.

Deve-se mencionar ainda o fato de existir certa desconfiança por parte da escola, com

respeito à inserção do policial militar, antes distante da escola, e agora participando de forma

decisiva dentro do ambiente escolar. Contudo, a maioria dos entrevistados na pesquisa,

afirmam que a Patrulha Escolar deve continuar atuando nas escolas, como assessores de

segurança, devendo inclusive estar mais presente, em especial nos momentos de saída e

entrada dos alunos, sendo, contudo, necessário um maior contingente policial para atuar como

patrulheiros escolares.

Um dos objetivos específicos era identificar os principais tipos de violências

existentes no ambiente escolar, na interpretação de pessoas que vivenciam o ambiente escolar,

20

e ainda conhecer a imagem que alunos, professores e funcionários projetam dos policiais

militares que trabalham na patrulha escolar comunitária do Município de Campo Mourão.

Foi verificado que as principais formas de violência para os alunos são as brigas,

afinal é muito comum este tipo de violência nas escolas, em especial entre os alunos, sendo

ainda que para a maioria dos professores e funcionários das escolas as drogas seriam o

principal tipo de violência identificado dentro do ambiente escolar. Pode-se notar que existe

divergência de opiniões porem em se tratando de públicos diferentes, com formação e estágio

distintos, torna as afirmações aceitáveis.

A atuação da patrulha escolar com relação às brigas, tem uma importância especial em

virtude da oportunidade dos policiais militares de terem contato com os alunos, quando da

realização das palestras, podendo com isso mudar o comportamento das crianças e jovens, já

no caso das drogas o programa de patrulha escolar deve ser um dos mecanismos de atuação,

necessitando, no entanto, de uma gama maior de esforços da parte de toda a sociedade

organizada, em conjunto com as autoridades, para fazer frente a este problema que flagela

todo o Brasil.

Outro objetivo específico referia-se à imagem da Patrulha Escolar Comunitária

perante a comunidade escolar, sendo que se pode identificar que existe uma visão satisfatória

da referida atuação, afinal antes da atuação da Patrulha Escolar a escola não tinha nenhuma

forma de ação, voltada para prevenção de delitos, porém, trata-se de uma atuação que não

consegue suprir todas as necessidades das escolas, ou por não estar presente com a freqüência

necessária na escola, ou ainda em virtude de não poder dar soluções imediatas em algumas

situações, em virtude de estar atrelado a alguns dispositivos legais, ou à atuação de outros

órgãos, que limitam a atuação da Patrulha Escolar, em especial no tocante ao envolvimento de

crianças e adolescentes em delitos.

Algumas dificuldades foram percebidas, na obtenção dos dados por meio do

questionário, nota-se o pouco conhecimento e ainda a falta de motivação por parte de uma

parcela dos integrantes da comunidade escolar, com relação ao tema segurança, em especial

os alunos, que não responderam algumas das perguntas, ou usaram o espaço para fazer

comentários que não estão relacionados com o objetivo da pergunta.

A pesquisa foi ainda realizada em um espaço reduzido de tempo, o que impossibilitou

uma maior abrangência do trabalho, em especial na busca de outras formas de atuações

voltados para a segurança no ambiente escolar.

21

O período em que a pesquisa foi realizada, ou seja, no final do ano letivo, contribuiu

para diminuir o interesse de participação do público alvo na pesquisa, pois estavam

concentrados nas provas de final de ano, ou já pensando nas férias escolares.

Como sugestão para outras pesquisas semelhantes, a mesma poderia ser realizada num

período mais tranqüilo do ano letivo e com um espaço maior de tempo para sua realização.

Outro ponto que facilitaria maior participação e maior compromisso dos entrevistados com as

respostas, seria a realização desta pesquisa por uma pessoa que não fosse integrante da Polícia

Militar, o que possibilitaria sua presença no momento da resposta dos questionamentos, sem

uma interferência nas respostas, podendo com isso transmitir a importância da pesquisa aos

entrevistados.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal (1988). Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Brasília: Senado Federal, 1990.

CARNEIRO, Marcelo. A realidade só a realidade. Revista Veja. São Paulo: Editora Abril. ed. 2030, ano 40, nº 41, 2007.

CAVALCANTI, Carlos de Melo. Qualidade total na atividade-fim do Batalhão de Polícia Escolar – Uma proposta de emprego na Polícia Militar de Alagoas: Monografia Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, PMPR. Curitiba, 2003. CHARLOT, Bernard; EMÍN, Jean Claude (Coord.) Violences à l’école: état des savoirs. Paris: Masson & Armand Colin, 1997. CIESLAK, Altevir e Pucheti, Éveron César. Atuação da Patrulha Escolar Comunitária e Segurança nas Escolas do Estado do Paraná. Monografia do curso de Especialização em Gestão Estratégica em Segurança Pública da Universidade Estadual da Bahia em convênio com a Polícia Militar da Bahia. Salvador, 2008. COOPER, D.R. & SCHINDLER, P.S. Métodos de Pesquisa em administração. São Paulo: McGraw-Hill, 2003.

EDUCAÇÃO, Secretaria da. Informações sobre as Escolas Estaduais do Paraná. Disponível em: www.seed.pr.gov.br, Acesso em: dezembro de 2008.

22

GUIMARÃES, Áurea M. A dinâmica da violência escolar: conflito e ambigüidade. Campinas: Autores Associados, 1996. LEITE, Maria Ruth Siffert Diniz T. A interação entre a instituição pública de ensino fundamental e a diversidade socioeconômica e cultural das crianças. Dissertação (Mestrado em Administração Pública). Belo Horizonte: Escola de Governo/Fundação João Pinheiro, abr., 2001. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado da Educação. Projeto Escola Viva Comunidade Ativa . Belo Horizonte, 2002. PADILHA, Antônio Roberto dos Anjos. O perfil do Policial-Militar para a Patrulha Escolar: Monografia Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, PMPR. Curitiba, 2003.

PARANÁ. Constituição Estadual (Atualizada até 30/06/2006). Curitiba: Assembléia Legislativa, 2006. PARANÁ, Polícia Militar. Diretriz n 004-PM/3, Patrulha Escolar. Curitiba, 2003. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa qualitativa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

23

ANEXO I

QUESTIONÁRIO (ALUNOS) Trabalho de pesquisa científica elaborado pelo aluno Carlos Agenor Bueno da Silva do Curso de Especialização em Gestão e Formulação de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Maringá em Convênio com a Escola de Governo do Estado do Paraná. Sua participação é muito importante para se conhecer os efeitos da Patrulha Escolar Comunitária no Colégio Estadual _______________________________________________. Marque um X na resposta de sua preferência e/ou responda nos espaços determinados, pode ser marcado mais de uma resposta. BLOCO A (DA IDENTIFICAÇÃO) 01. IDENTIFICAÇÃO: SEXO: ( ) Masculino ( ) Feminino IDADE: ____________ 02. QUAL SEU NÍVEL DE ESCOLARIDADE? a. ( ) Cursando a 5ª série / ensino fundamental b. ( ) Cursando a 6ª série / ensino fundamental c. ( ) Cursando a 7ª série / ensino fundamental d. ( ) Cursando a 8ª série / ensino fundamental e. ( ) Cursando o 1° ano do ensino médio f. ( ) Cursando o 2° ano do ensino médio g. ( ) Cursando o 3° ano do ensino médio 03. QUAL O MUNICÍPIO EM QUE VOCÊ RESIDE? a. Campo Mourão no bairro: __________________________________ b. Outro: ___________________________________ 04. QUAL O MEIO DE TRASPORTE QUE VOCÊ UTILIZA PARA IR ATÉ SUA ESCOLA? a. ( ) A pé b. ( ) Bicicleta c. ( ) Motocicleta d. ( ) Automóvel e. ( ) Ônibus (circular) f. ( ) Ônibus (escolar)

24

05. COMO VOCÊ COSTUMA IR PARA ESCOLA? a. ( ) Sozinho b. ( ) Na companhia dos pais c. ( ) Na companhia de amigos d. ( ) Na companhia de um irmão e. ( ) Na companhia de um parente f. ( ) Outro:______________________________________________ 06. EM QUE TURNO(S) VOCÊ VAI PARA A ESCOLA? a. ( ) Matutino (manhã) b. ( ) Vespertino (tarde) c. ( ) Noturno d. ( ) Todos

BLOCO B (DAS PALESTRAS) 07. VOCÊ JÁ PRESENCIOU PALESTRAS DA PATRULHA ESCOLAR NA SUA ESCOLA?

a. ( ) Muitas vezes b. ( ) Algumas vezes c. ( ) Uma vez d. ( ) Nenhuma vez 08. QUAIS OS TEMAS QUE FORAM MINISTRADOS NAS PALESTRAS DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA? a. ( ) Brigas b. ( ) Patrimônio público c. ( ) Entrada e saída da escola d. ( ) Outros:____________________ e. ( ) Nenhuma palestra 09. SEMPRE QUE VOCÊ SE DEPARA COM UMA SITUAÇÃO DE PERIGO DENTRO OU NAS PROXIMIDADES DA ESCOLA O QUE VOCÊ FAZ ? a. ( ) Avisa o professor b. ( ) Deixa para contar aos pais c. ( ) Chama a patrulha escolar d. ( ) Não faz nada 10. DE MODO GERAL, AS ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA SUGERIDAS PELA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA, ATRAVÉS DAS PALESTRAS ESTÃO SENDO COLOCADAS EM PRÁTICA? a. ( ) São colocadas totalmente em prática b. ( ) Algumas delas são colocadas em prática c. ( ) Nenhuma delas são colocadas em prática

25

d. ( ) Não sabe responder BLOCO C (DA ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA )

11. DEPOIS DO INÍCIO DA ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA, HOUVE ALGUMA MUDANÇA NA ESCOLA PARA QU E ELA FICASSE MAIS SEGURA? a. ( ) Sim b. ( ) Não c. ( ) Não sei 12. SE HOUVE MUDANÇAS, DE QUE TIPOS FORAM ELAS? a. ( ) Muro mais alto b. ( ) Instalação de câmeras na escola c. ( ) Mudança na entrada não permitindo acesso direto das pessoas que não pertencem à escola d. ( ) Instalação de alarme e. ( ) Outras: _______________________________________________________________ 13. NO DIA-A-DIA DA ESCOLA, ESSAS MUDANÇAS TROUXERAM MAIS SEGURANÇA? a. ( ) Ficou como estava b. ( ) Trouxe mais segurança. Em quê? __________________________________________ ___________________________________________________________________________ c. ( ) Trouxe menos segurança, Em quê? _________________________________________ ___________________________________________________________________________ d. ( ) Não sabe responder 14. VOCÊ ACHA QUE A POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ DEVE CONTINUAR ATUANDO NAS ESCOLAS ATRAVÉS DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA? a. ( ) Sim, por quê? __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ b. ( ) Não, por quê? __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ c. ( ) Não sabe responder 15. VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM A ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA EM SUA ESCOLA? a. ( ) Sim b. ( ) Não c. ( ) Em parte d. ( ) Não sabe responder

26

16. NA SUA OPINIÃO, QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SEGURANÇA DA ESCOLA, QUE A PATRULHA ESCOLAR AINDA NÃO RESOLVEU? a. ( ) Roubo b. ( ) Furto c. ( ) Brigas d. ( ) Drogas e. ( ) Outros:________________________________________________________________ 17 – COMENTÁRIO FINAL QUE DESEJE EXPRESSAR. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Muito obrigado! Campo Mourão, novembro de 2008.

27

ANEXO II

QUESTIONÁRIO (PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS) Trabalho de pesquisa científica elaborado pelo aluno Carlos Agenor Bueno da Silva do Curso de Especialização em Gestão e Formulação de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Maringá em Convênio com a Escola de Governo do Estado do Paraná. Sua participação é muito importante para se conhecer os efeitos da Patrulha Escolar Comunitária no Colégio Estadual _______________________________________________. Marque um X na resposta de sua preferência e/ou responda nos espaços determinados, pode ser marcado mais de uma resposta. BLOCO A (DA IDENTIFICAÇÃO) 01. IDENTIFICAÇÃO: SEXO: ( ) Masculino ( ) Feminino IDADE: ____________ 02. QUAL SEU NÍVEL DE ESCOLARIDADE? a. ( ) 5ª Série / ensino fundamental b. ( ) 6ª Série / ensino fundamental c. ( ) 7ª Série / ensino fundamental d. ( ) 8ª Série / ensino fundamental e. ( ) 1° Ano do ensino médio f. ( ) 2° Ano do ensino médio g. ( ) 3° Ano do ensino médio h. ( ) Curso superior (cursando) i. ( ) Curso superior (concluído) j. ( ) Especialização (cursando) k. ( ) Especialização (concluído) l. ( ) Mestrado (cursando) m. ( ) Mestrado (concluído) n. ( ) Doutorado (cursando) o. ( ) Doutorado (concluído) 03. QUAL O MUNICÍPIO EM QUE VOCÊ RESIDE? a. Campo Mourão no bairro: __________________________________ b. Outro: ___________________________________

28

04. QUAL O MEIO DE TRASPORTE QUE VOCÊ UTILIZA PARA IR ATÉ A ESCOLA? a. ( ) A pé b. ( ) Bicicleta c. ( ) Motocicleta d. ( ) Automóvel e. ( ) Ônibus (circular) f. ( ) Ônibus (escolar) 05. EM QUE TURNO(S) VOCÊ VAI PARA A ESCOLA? a. ( ) Matutino (manhã) b. ( ) Vespertino (tarde) c. ( ) Noturno d. ( ) Todos

BLOCO B (DAS PALESTRAS) 06. VOCÊ JÁ PRESENCIOU PALESTRAS DA PATRULHA ESCOLAR NA ESCOLA?

a. ( ) Muitas vezes b. ( ) Algumas vezes c. ( ) Uma vez d. ( ) Nenhuma vez 07. QUAIS OS TEMAS QUE FORAM MINISTRADOS NAS PALESTRAS DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA? a. ( ) Brigas b. ( ) Patrimônio público c. ( ) Entrada e saída da escola d. ( ) Outros: _______________________________________________________________ e. ( ) Nenhuma palestra 08. SEMPRE QUE VOCÊ SE DEPARA COM UMA SITUAÇÃO DE PERIGO DENTRO OU NAS PROXIMIDADES DA ESCOLA O QUE VOCÊ FAZ ? a. ( ) Avisa o direção da escola b. ( ) Procura resolver sozinho c. ( ) Chama a patrulha escolar d. ( ) Não faz nada 09. DE MODO GERAL, AS ORIENTAÇÕES DE SEGURANÇA SUGERIDAS PELA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA, ATRAVÉS DAS PALESTRAS ESTÃO SENDO COLOCADAS EM PRÁTICA? a. ( ) São colocadas totalmente em prática b. ( ) Algumas delas são colocadas em prática

29

c. ( ) Nenhuma delas são colocadas em prática d. ( ) Não sabe responder 10. VOCÊ TEM PARTICIPADO DE ATIVIDADES PARA IDENTIF ICAR OS PROBLEMAS DE SEGURANÇA DE SUA ESCOLA E TAMBEM PARA ENCONTRAR AS SOLUÇÕES PARA ESSES PROBLEMAS? a. ( ) Participado sempre b. ( ) Participado muitas vezes c. ( ) Participado poucas vezes d. ( ) Raramente participado e. ( ) Nunca participei

BLOCO C (DA ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA )

11. DEPOIS DO INÍCIO DA ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA, HOUVE ALGUMA MUDANÇA NA ESCOLA PARA QU E ELA FICASSE MAIS SEGURA? a. ( ) Sim b. ( ) Não c. ( ) Não sei 12. SE HOUVE MUDANÇAS, DE QUE TIPOS FORAM ELAS? a. ( ) Muro mais alto b. ( ) Instalação de câmeras na escola c. ( ) Mudança na entrada não permitindo acesso direto das pessoas que não pertencem à escola d. ( ) Instalação de alarme e. ( ) Outras: _______________________________________________________________ 13. NO DIA-A-DIA DA ESCOLA, ESSAS MUDANÇAS TROUXERAM MAIS SEGURANÇA? a. ( ) Ficou como estava b. ( ) Trouxe mais segurança. Em quê? __________________________________________ ___________________________________________________________________________ c. ( ) Trouxe menos segurança, Em quê? _________________________________________ ___________________________________________________________________________ d. ( ) Não sabe responder 14. VOCÊ ACHA QUE A POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ DEVE CONTINUAR ATUANDO NAS ESCOLAS ATRAVÉS DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA? a. ( ) Sim, Por quê? __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ b. ( ) Não, Por quê? __________________________________________________________

30

___________________________________________________________________________ c. ( ) Não sabe responder 15. VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM A ATUAÇÃO DA PATRULHA ESCOLAR COMUNITÁRIA EM SUA ESCOLA? a. ( ) Sim b. ( ) Não c. ( ) Em parte d. ( ) Não sabe responder 16. NA SUA OPINIÃO, QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE SEGURANÇA DA ESCOLA, QUE A PATRULHA ESCOLAR AINDA NÃO RESOLVEU? a. ( ) Roubo b. ( ) Furto c. ( ) Brigas d. ( ) Drogas e. ( ) Outros:________________________________________________________________ 17 – COMENTÁRIO FINAL QUE DESEJE EXPRESSAR. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Muito obrigado! Campo Mourão, novembro de 2008.