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Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - MDR&MA POLLYANNA ALVES DIAS COSTA DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA ILHÉUS - BAHIA 2012

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Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente

Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente - MDR&MA

POLLYANNA ALVES DIAS COSTA

DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA

URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA

ILHÉUS - BAHIA 2012

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POLLYANNA ALVES DIAS COSTA

DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA

URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC.

Orientadora: Profª. Drª. Vitória Solange Coelho Ferreira

Co-orientador: Prof. Dr. Marcelo Inácio Ferreira Ferraz

ILHÉUS - BAHIA 2012

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C837 Costa, Pollyanna Alves Dias.

Dengue : uma análise socioambiental da área urba-

na do município de Itabuna, Bahia / Pollyanna Alves

Dias Costa. – Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, 2012.

80 f. : Il. ; anexos.

Orientadora: Vitória Solange Coelho Ferreira.

Co-orientador: Marcelo Inácio Ferreira Ferraz.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de

Santa Cruz, Ilhéus, BA, 2012.

Inclui bibliografias.

1. Dengue. 2. Dengue – Aspectos sociais – Itabuna (BA). 3. Dengue – Aspectos ambientais. 4. Arboviroses.

I. Título.

CDD 614.571

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DEDICATÓRIA

A todos que de forma anônima ou reconhecidamente, ao longo dessas duas

décadas, tem dedicado seus esforços no combate a dengue e demais doenças

infecciosas que afligem a população deste país.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, Divino Criador, causa primária de todas as coisas.

Aos meus pais, José e Vera Dias, instrumentos divinos da minha criação, pela

dedicação e cuidado da vida inteira. Minha gratidão é ainda maior pelo amor,

cuidado e presença constante na vida dos meus filhotes: Marina e Artur.

A Márcio, com quem continuo a dividir os meus mais preciosos sonhos, para quem

qualquer especificação de agradecimento seria insuficiente. Obrigada por você

existir em nossas vidas. “Se todos fossem no mundo iguais a você, que maravilha

viver”!

A Dan Lobão pelo apoio, incentivo e motivação decisivos para a realização deste

mestrado. Por fazer do diagrama do elefante mais do que um elo de ligação, foi a

chave para a conexão da minha vida com as ciências ambientais. Também por ter

me apresentado à Kátia Curvelo, a quem agradeço pela colaboração no processo de

seleção.

À Vitória Solange, orientadora desta pesquisa, pelos valiosos ensinamentos, por

quem desde a graduação tenho o mais sincero sentimento de respeito e admiração

pela dedicação aos estudos.

A Marcelo Ferraz, co-orientador deste estudo, pela aceitação, acolhimento,

motivação, tranquilidade na condução e orientação constante. Sou muito grata à sua

disponibilidade.

À Maria Schaun, por quem tenho um sincero carinho. Pela eficiência e apoio a todos

nós. Estou certa de que o PRODEMA/UESC não seria o mesmo sem você.

Ao colegiado e coordenação do Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio

Ambiente da UESC na pessoa do Prof. Salvador Trevisan, coordenador do curso.

A todos os professores do PRODEMA/UESC. Em especial ao Prof. Paulo Terra,

minha admiração e gratidão pela oportunidade de conviver com a face mais bela do

mundo acadêmico.

Aos professores Milton Ferreira e Neylor Calazans pelo apoio e incentivo constante.

Aos colegas de turma, Arthur, Bárbara, Camila, Daniel, Elis, Francine, Henrique,

Juliana, Leonardo, Melba, Michele, Nayara, Paulo, Renata, Taciana e Tereza, pela

felicidade do nosso encontro, pelo convívio saudável e pelo aprendizado mútuo que

nos proporcionamos neste ano de ‘efervescência’ de aulas e convivência diária.

Às colegas Inatiane Martins e Natiane Carvalho pelo importante incentivo e

motivação para a inscrição no processo de seleção.

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À Isabela, colega e amiga, pelo apoio no processo de seleção e colaboração na

coleta dos dados para a pesquisa.

À Ângela, colega da Vigilância Epidemiológica de Itabuna, pela disponibilidade

constante em fornecer dados para a pesquisa.

À Aline, amiga de sempre, e à Rose Paz pela ajuda que me concederam para além

da língua vernácula.

Um agradecimento especial à Jeane, para quem minha gratidão já seria justificada

pelo profissionalismo, competência e exemplo que é para todos nós que

trabalhamos na Saúde Coletiva. Soma-se a esta gratidão, sentimentos de carinho,

respeito, fraternidade e amizade. Obrigada pelo incentivo, motivação,

encorajamento, orientação, disponibilidade... Obrigada por tudo.

Aos colegas de Departamento da Secretaria Municipal de Saúde, Jaqueline, Matias,

Iolanda, Matheus e Joanne pelo apoio, incentivo e carinho nesta caminhada.

Ao Núcleo de Planejamento, Informação e Gestão Estratégica da Secretaria

Municipal de Saúde de Itabuna na pessoa de Roberta Fulgêncio, por ter concedido

permissão para o cumprimento das atividades do mestrado e por ter suportado

minhas ausências.

À CEPLAC pelo fornecimento dos dados da Estação Meteorológica do Centro de

Pesquisas.

A todos os profissionais envolvidos com o Sistema de Informação do Sistema Único

de Saúde.

À UESC, pela oportunidade do cumprimento de mais uma etapa acadêmica. Meu

respeito e reconhecimento à importância desta instituição para o desenvolvimento

da região. Tenho muito orgulho de ser filha desta casa.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Ciclo de vida do Aedes Aegipty.............................................................. 21

Figura 2: O vetor de transmissão........................................................................... 22

Figura 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo............................................... 26

Figura 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil.................................. 28

Figura 5: Mapa de localização de Itabuna............................................................. 31

Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com Índice de

Infestação Predial no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA......

39

Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores

notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia.......................

40

Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores

notificações no ano de 2005 no município de Itabuna – Bahia..............................

41

Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores

notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia...............................

42

Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no

município de Itabuna – BA.....................................................................................

43

Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária no período de 2001 a

2010 no município de Itabuna – BA.......................................................................

45

Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de

ocorrência, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de

Itabuna – BA...........................................................................................................

47

Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de

2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA............................

48

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue

do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010.................................

36

Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do município de Itabuna - Bahia no

período de 2006 a 2010....................................................................................

37

Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial

anual no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna -

Bahia.......................................................................................................................

38

Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de

dengue no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia...................

44

Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue,

temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001

a 2010.....................................................................................................................

49

Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no

município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010......................................

50

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LISTA DE APÊNDICES

Quadro 1: Notificação do dengue por bairros do município de Itabuna, no

período 2001 a 2010..............................................................................................

60

Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no município de

Itabuna, no período 2001 a 2010...........................................................................

64

Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no município de Itabuna, no

período 2001 a 2010..............................................................................................

64

Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna, segundo sexo no

período 2001 a 2010..............................................................................................

65

Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa

etária, no período de 2001 a 2010.........................................................................

65

Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no município de Itabuna,

no período 2001 a 2010.........................................................................................

66

Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no município de

Itabuna, no período 2001 a 2010...........................................................................

66

Quadro 8: Temperatura média mensal do município de Itabuna, no período

2001 a 2010...........................................................................................................

67

Quadro 9: Precipitação mensal do município de Itabuna, no período 2001 a

2010........................................................................................................................

67

Figura 15: Diagrama de Dispersão da notificação de dengue e sua relação com

os níveis de temperatura do período de 2001 a 2010, no município de

Itabuna....................................................................................................................

68

Figura 16: Diagrama de Dispersão da notificação de Dengue e os níveis de

precipitação pluviométrica do período de 2001 a 2010, no município de

Itabuna....................................................................................................................

68

Tabela 7: Abastecimento de água no município de Itabuna – Bahia, no período

de 2001 a 2010......................................................................................................

69

Tabela 8: Esgotamento sanitário no município de Itabuna – Bahia, no período

de 2001 a 2010......................................................................................................

69

Tabela 9: Destino do lixo no município de Itabuna – Bahia, no período de 2001

a 2010.....................................................................................................................

70

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LISTA DE ANEXOS

Anexo 1: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2001 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

71

Anexo 2: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2002 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

72

Anexo 3: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2003 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

73

Anexo 4: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2004 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

74

Anexo 5: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2005 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

75

Anexo 6: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2006 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

76

Anexo 7: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2007 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

77

Anexo 8: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2008 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

78

Anexo 9: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2009 da Zona Geral

do município de Itabuna – SIAB.............................................................................

79

Anexo 10: Consolidado das Famílias Cadastradas no ano de 2010 da Zona

Geral do município de Itabuna – SIAB...................................................................

80

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LISTA DE ABREVIATURAS

CEPLAC – Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

DC – Dengue Clássica

FHD – Febre Hemorrágica do Dengue

IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IIP - Índice de Infestação Predial

MMA – Ministério do Meio Ambiente

OMS – Organização Mundial de Saúde

PDR – Plano Diretor de Regionalização

RNA – Ácido Ribonucléico

SCD – Síndrome do Choque do Dengue

SIAB – Sistema de Informação da Atenção Básica

SINAN – Sistema de Informação de Agravos de Notificação

SIG – Sistema de Informação Geográfica

SISFAD – Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue

SMS – Secretaria Municipal de Saúde

SPSS – Statistical Package for the Social Sciences

SUS – Sistema Único de Saúde

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DENGUE: UMA ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL DA ÁREA URBANA DO MUNICÍPIO DE ITABUNA, BAHIA

RESUMO

O dengue é um desafio e grave problema de Saúde Pública no mundo, principal doença (re)emergente da atualidade e a mais importante arbovirose que afeta o ser humano. O presente estudo analisou a ocorrência de dengue e os fatores sociais e ambientais na área urbana do município de Itabuna, Bahia, no período de 2001 a 2010. O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias e, no Estado da Bahia, Itabuna caracteriza-se como um município prioritário para o Programa de Controle da Dengue. Foi realizado um estudo epidemiológico observacional, exploratório, de série temporal do tipo ecológico, tendo o município de Itabuna como unidade agregada de observação e a ocorrência dos casos de dengue na população representando a unidade de análise. Os dados coletados foram obtidos em fontes secundárias. As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência de dengue e notificação (mensal e anual); as variáveis independentes foram: bairro de ocorrência, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura, precipitação e saneamento básico (abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo). O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado, apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009. O risco epidemiológico de infecção por dengue para a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de 2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP) estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório (1%), chegando a 19,6% para o ano de 2010. As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009 foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista, representando as localidades de maior risco. O sexo feminino apresentou o maior número de notificação. Foi observado mudança na faixa etária com predominância inicial de 15 a 59 anos, com aumento para a faixa etária menor de 15 anos a partir de 2008. Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. Houve significância estatística de correlação da temperatura média mensal com a ocorrência de dengue. O saneamento básico apresentou melhora gradativa. Embora 91% das residências possuam sistema de abastecimento de água, mas este abastecimento não é regular, 26% da população não possuem esgotamento sanitário e 12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a adoecimentos. Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de nova epidemia para Itabuna. Problemas complexos requerem soluções complexas. É preciso conciliar estratégias convencionais com inovações tecnológicas.

Palavras-chave: Dengue. Fatores sociais. Fatores ambientais. Epidemia. Itabuna.

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DENGUE: A SOCIAL ENVIRONMENTAL ANALYSIS OF THE URBAN AREA OF THE CITY OF ITABUNA, BAHIA

ABSTRACT

Dengue is a serious challenge and public health problem in the world. Nowadays it is the main disease (re) emerging and the most important arbovirus that affects humans. The present study analyzed the occurrence of dengue and the social and environmental factors in the urban area of Itabuna, Bahia, in the period of 2001 to 2010. Brazil faces the constant risk of outbreaks and epidemics, and in the State of Bahia, Itabuna is characterized as a priority city for Dengue Control Program. It was done an epidemiological ecological study and Itabuna aggregates the unit of observation and the occurrence of dengue cases in the population representing the unit of analysis. The data were obtained from secondary sources. The selected dependent variables were: incidence rate of dengue and notification (annual and monthly). The independent variables were: boroughs that presented the cases of dengue, gender, age, educational level, temperature, precipitation and sanitation (water supply, sewage and garbage collection). The city has lived with dengue during all the years of the period studied. It showed endemic feature with epidemic manner for the years of 2002, 2003, 2005, 2008 and 2009. The epidemiological risk of dengue infection for the population of Itabuna is high. The city presented a high incidence of the disease reaching 4,648 cases per 100,000 inhabitants in 2009. In all the years of the period studied, the rates of building infestation were much higher than recommended as satisfactory (1%), reaching 19.6% for the year 2010. The highest occurrences of epidemics in the years 2002, 2003, 2005 and 2009 were in the neighborhoods of Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; followed by São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo and Parque Boa Vista, representing the locations of the greatest risk. There was a predominance of occurrence in females. It was observed changes in the age group with initial predominance starting from 15 to 59 years, increasing to the age group below 15 years from 2008. The months from March to May had the highest intensity of dengue; however, it was found the record of the disease in all the months of the year. There was a statistically significant correlation between monthly average temperature and the occurrence of dengue. Sanitation has improved gradually. Although 91% of households have water supply system, but this supply is not regular, 26% of the population do not have sanitation and 12% do not collect the waste produced, revealing a scene of a predisposition to illnesses. These factors predict the possibility of a new epidemic of dengue in Itabuna. Complex problems require complex solutions. It is necessary to combine technological innovations with conventional strategies.

Keywords: Dengue. Social factors. Environmental factors. Epidemic. Itabuna.

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SUMÁRIO

RESUMO.............................................................................................................. x

ABSTRACT.......................................................................................................... xi

1. INTRODUÇÃO................................................................................................. 13

1.1. Justificativa.................................................................................................... 16

1.2. Problema de pesquisa e hipóteses.............................................................. 19

1.3. Objetivos....................................................................................................... 19

1.3.1. Objetivo Geral............................................................................................ 19

1.3.2. Objetivos Específicos................................................................................. 19

2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 20

2.1. Do agente etiológico ao vetor de transmissão do Dengue........................... 20

2.2 Aspectos clínicos da doença......................................................................... 23

2.3. Aspectos históricos e epidemiológicos do Dengue....................................... 24

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................ 29

3.1. Delineamento da pesquisa............................................................................ 29

3.2. Local de estudo............................................................................................. 30

3.3. Análise dos dados......................................................................................... 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..................................................................... 35

4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais........................................... 35

4.2. Ocorrência do agravo por mês...................................................................... 46

4.3. Correlação entre variáveis climáticas e a ocorrência mensal do dengue.....

4.4. Saneamento básico.......................................................................................

49

50

5. CONCLUSÕES................................................................................................ 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 56

APÊNCDICES..................................................................................................

ANEXOS..........................................................................................................

60

71

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1. INTRODUÇÃO

Os seres vivos se encontram em um meio condicionante de sua evolução,

que é particularizada pelo patrimônio hereditário específico de cada espécie.

Quando há mudança no meio, o organismo reage e, no intervalo permitido pelo

patrimônio hereditário, readapta-se à nova realidade vigente. Por sua vez, essas

transformações são, também, uma força impactante no meio coletivo, construindo

um sistema complexo e cíclico que impele a reordenações seletivas.

Os vínculos entre desenvolvimento, condições ambientais e saúde são muito

estreitos e decorre, principalmente, da forma como são realizadas as intervenções

humanas no ambiente. Dentre as ações de maiores potencialidades de impactos,

estão as capazes de gerar o meio ambiente artificial, ou seja, gerar mudanças nos

bens ambientais.

Pode-se conceber o meio ambiente como o conjunto de forças e condições

que envolvem e influenciam os seres e as coisas em geral. Como exemplo de

fatores constituintes deste meio tem-se a água, o clima, o solo, a iluminação, a

pressão, o teor de oxigênio, os seres vivos, modo de vida em sociedade e,

especificamente para o ser humano, a educação, a companhia, a saúde, dentre

outros.

Para Pignatti (2004), na trilogia ecológica da medicina homem-agente-meio, o

meio ambiente refere-se a uma combinação homogênea dos fatores físico-químicos,

biológicos e sociais, caracterizado pelo entorno. Ampliando esta concepção, o

Ministério do Meio Ambiente considera como o conjunto de condições, leis,

influências, alterações e interações de ordem física, química e biológica, que

permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas (art. 3º, I, da Lei 6.938, de

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14

31.8.81); sendo dividido em meio ambiente físico ou natural, cultural, artificial e do

trabalho.

Seguindo a mesma amplitude de abordagem, o Conselho Nacional de Meio

Ambiente - CONAMA (2009) considera impacto ambiental como qualquer alteração

nas propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por

qualquer forma de matéria ou energia, decorrentes das atividades humanas, que

direta ou indiretamente prejudiquem: a saúde, a segurança e o bem-estar da

população; as atividades sociais e econômicas; a biodiversidade; as condições

estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos naturais.

Desde os primórdios da civilização é observada uma estreita relação entre

saúde e meio ambiente. Nas discussões sobre o desenvolvimento social

predominam duas correntes do pensamento, uma que procura ajustar o processo

aos interesses econômicos e sociais imediatistas e outra em que predomina a visão

de sustentabilidade duradoura.

No que pese a existência deste debate, o setor saúde precisa ampliar os

espaços de discussão e participar mais ativamente da discussão sobre

desenvolvimento sustentável. Debate esse que, em nível mundial, teve início no final

dos anos 60, na reunião do chamado Clube de Roma, e prosseguiu com inúmeros

outros encontros ao longo do tempo, tendo sua maior referência na reunião mundial

acontecida em 1992 no Rio de Janeiro: Conferência das Nações Unidas Sobre Meio

Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92). Neste encontro ficou estabelecida a

“Agenda 21”, que definiu as normas gerais para o desenvolvimento social e

econômico no século 21.

Hall (2001, p. 20), citando Brundtland, define desenvolvimento sustentável

como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a

possibilidade de as gerações futuras atenderem às próprias necessidades”. Afirma

ainda que o relatório da Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento,

mais conhecido como Relatório Brundtland, identifica cinco princípios básicos para

que se alcance a sustentabilidade: o conceito do planejamento holístico e a criação

de estratégias; a importância de preservar processos ecológicos essenciais; a

necessidade de proteger o patrimônio humano e a biodiversidade; a necessidade de

buscar um tipo de desenvolvimento que permita à produtividade ser sustentada no

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15

longo prazo para as gerações futuras; e a meta de atingir um melhor equilíbrio de

justiça e oportunidades entre as nações.

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente - IBAMA (2003) divulga como

classificação para os problemas ambientais a divisão segundo “Agendas”. Define na

“Agenda Verde” os aspectos referentes à preservação de florestas e biodiversidade;

na “Agenda Azul” aqueles referentes à gestão de recursos hídricos; e na “Agenda

Marrom” os pertinentes às questões ambientais relacionadas à urbanização, à

industrialização, ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social, tais como

a poluição do ar, da água e do solo, a coleta e reciclagem de lixo, o ordenamento

urbano, a segurança química, dentre outros.

Ainda segundo este Instituto, a reunião da Cúpula Mundial para o

Desenvolvimento Sustentável, denominada Rio+10, como mecanismo para tentar

amenizar as disputas entre os países desenvolvidos e os chamados em

desenvolvimento, definiu dois níveis de enfoques e tolerância para as políticas

públicas de desenvolvimento: países mais ricos, sem grandes problemas sociais ou

econômicos e já tendo se desenvolvido com base em um modelo poluidor, priorizam

a Agenda Verde; países em desenvolvimento, priorizando elevar os padrões sociais,

concentram-se na Agenda Marrom.

A questão ambiental tem adquirido uma importância maior devido a fatores

globais, no entanto, os problemas locais têm impactado significativamente a saúde

humana. É na forma da organização socioeconômica e ambiental que as doenças

encontram espaço para ora emergirem, ora ganharem novas faces. (PIGNATTI,

2004).

Historicamente, a forma de organização socioambiental e econômica tem

determinado uma crescente modificação do meio ambiente e isto, tem contribuído

para muitas doenças e agravos encontrarem força para surgirem ou (re) emergirem,

sobretudo aquelas em que as condições ambientais podem ser os fatores

determinantes para sua (re)produção, como é o caso do dengue.

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1.1. Justificativa

O Brasil protagoniza o cenário mundial, dos mais de três milhões de casos de

dengue notificados à Organização Mundial de Saúde – OMS no período de 2000 a

2005. Segundo Morato e Silva (2008), cerca de 60% das notificações foram oriundas

deste país.

Vale ressaltar que esse não é um problema recente. Desde o século XIX o

agravo vem ocorrendo de forma continuada, intercalada com períodos epidêmicos,

sobretudo nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste. Apesar

destas regiões serem responsáveis pela maior parte das notificações, a doença está

presente em todos os estados da Federação, apenas o Estado de Santa Catarina

nunca teve transmissão autóctone de dengue (BRASIL, 2009).

O Brasil enfrenta constante risco de surtos e epidemias por apresentar

condições urbanas ideais de reprodução e proliferação do Aedes aegypti e pela

ineficácia das políticas públicas estabelecidas para o controle (TAUIL, 2011).

No Estado da Bahia, o município de Itabuna se caracteriza como município

prioritário para o Programa Estadual de Controle da Dengue, por possuir registro de

transmissão epidêmica da Dengue nos anos de 2002, 2003, 2005, 2008 e 2009, e

por apresentar alto Índice de Infestação Predial (IIP) do vetor e de transmissão da

doença na sua forma mais grave.

Itabuna vem tendo ao longo dos últimos cinco anos, um dos maiores IIP do

Brasil, sendo considerado um município de alto risco para adoecimento, surtos,

epidemias e óbitos por dengue no país. O período de 2001 a 2010 registrou 29.776

notificações, sendo o biênio 2008/2009 responsável por 17.302 destas notificações,

com 09 óbitos, apresentando aumento expressivo das formas graves.

Apesar dos esforços que vem sendo empreendidos para o controle desta

arbovirose, as epidemias de grande magnitude e sua expansão geográfica

continuam em curso. As intervenções sobre o problema transcendem o setor saúde

que, isoladamente, não tem como resolver a complexidade dos fatores que

favorecem a proliferação do vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti.

Dentre as causas de proliferação, que simultaneamente caracterizam-se

como óbice ao controle, tem-se o intenso trânsito de pessoas e a rápida

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urbanização, associados a déficits nas estruturas de saneamento básico e ao

acúmulo de lixo. Embalagens plásticas, pneus inservíveis e diversos resíduos

urbanos expostos no meio ambiente, mal acondicionados, não tratados

convenientemente ou não recolhidos, permanecem por tempo suficiente para

funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito.

Contribuindo com este processo, a elevada circulação e concentração

demográfica com acelerado e desordenado crescimento urbano tem gerado

desdobramentos nocivos ao meio e consequentemente ao seres que nele vivem de

forma incompatível com a visão de desenvolvimento sustentável. A

indissociabilidade desta relação caracteriza a interdependência das questões de

saúde e de qualidade de vida da população com o meio e a estabilidade deste com

as ações humanas, tornando, desta forma, o ser humano agente indutor e receptor

dos problemas ambientais.

O Brasil é cada vez mais um país urbano. Nossas cidades cresceram em

número e tamanho de uma maneira avassaladora nas últimas décadas. Passou de

rural a urbano com mais de 80% da população vivendo em médios e grandes

centros urbanos (THE LANCET, 2011). Alguns aspectos dessa urbanização

influenciam na qualidade de vida, tais como saneamento, qualidade ambiental e

adoecimentos. (MEIO AMBIENTE BRASIL, 2004)

Nessa direção, o município de Itabuna tem como característica ser um pólo

regional de confluência de pessoas da região para o comércio, serviços de saúde,

universidade, faculdades, entre outros serviços. Com o desenvolvimento dos últimos

anos, obteve um crescimento rápido e desordenado, sem planejamento urbano, com

o processo de favelização caracterizada por condições precárias de urbanização,

irregularidade de abastecimento de água e da coleta de lixo. Fatores estes, que são

considerados, pelo Programa Nacional de Controle da Dengue, como determinantes

para a manutenção de criadouros ideais para a fêmea do mosquito vetor colocar

seus ovos. (BRASIL, 2009b)

Fica evidente a necessidade do desenvolvimento de ações e instituição de

políticas intersetoriais que venham contemplar as necessidades e problemas que

impactam no processo saúde e doença, principalmente, considerando o conceito

ampliado de saúde descrito na VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), que a

define como “resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda,

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meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra e

acesso a serviços de saúde”1 (BRASIL, 1990). A Constituição Federal Brasileira

dispõe que:

a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”. (BRASIL, 1988. Art. 196)

Observa-se que as condições sociais e ambientais são determinantes para o

estado de saúde da população e, sobretudo, para o grande crescimento do número

de casos de dengue. Assim sendo, será insuficiente estudar e intervir apenas em

aspectos clínicos da doença, mantendo o modelo biomédico, que privilegia a

intervenção na doença instalada. É necessário então, debruçar-se cada vez mais

nos fatores que tem uma relação importante na permanência do vetor no nosso meio

e na ocorrência da doença. E nesse caso, o meio ambiente tem um papel

fundamental na prevenção e controle da dengue, quer seja em nível municipal,

estadual, nacional e internacional.

Apesar dos avanços tecnológicos, sobretudo na assistência ao indivíduo

acometido pela doença, da forte e sistemática divulgação dos fatores que

contribuem para a recorrência da doença e para a manutenção dos altos índices de

infestação predial no nosso meio, em Itabuna, desconhece-se a singularidade dos

fatores socioambientais que tem contribuído e determinado a manutenção da grave

situação no município. Desta forma, este estudo permitirá o conhecimento e a

análise de variáveis sociais e ambientais que contribuíram para a infecção pelo vírus

do dengue na área urbana do município de Itabuna no período de 2001 a 2010.

Assim, mais que o cumprimento de uma etapa acadêmica, espera-se, que o

resultado deste estudo subsidie o planejamento e a implementação de ações

transversais e interdisciplinares para enfrentamento efetivo da dengue no município,

contribuindo para a redução da mortalidade advinda da doença, a melhoria do nível

de qualidade de vida no município e para um desenvolvimento regional sustentável.

Acima de qualquer outro aspecto, estes três contributos compõem a justificativa e a

importância diferenciada desta pesquisa.

1 Art 3º da Lei Orgânica da Saúde (Leio 8.080/90).

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1.2. Problema de pesquisa e hipótese

Refletir acerca da ocorrência de dengue, durante os últimos dez anos, na

área urbana do município de Itabuna instigou a investigação sobre qual a relação

existente entre a ocorrência deste agravo e os fatores socioambientais? A presente

questão teve outras subjacentes, a saber: onde se localizam estes casos? Sua

ocorrência tem relação com as variações climáticas? Existe uma correlação entre

proporção de saneamento básico e os coeficientes de incidência?

Tendo por base estes questionamentos, foi definido como hipótese para o

presente estudo a seguinte assertiva: admite-se que no município de Itabuna (BA),

fatores sociais e ambientais estavam relacionados com a ocorrência de dengue no

período de 2001 a 2010.

1.3. Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Analisar a ocorrência de dengue e os fatores socioambientais da área urbana

do município de Itabuna (BA), no período de 2001 a 2010.

1.3.2 Objetivos Específicos

Descrever a ocorrência de dengue por ano segundo variáveis sociais;

Identificar a ocorrência do agravo por mês;

Correlacionar variáveis climáticas com a ocorrência mensal de dengue.

Correlacionar a proporção de saneamento básico com os coeficientes de

incidência da doença.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Do agente etiológico ao vetor de transmissão do dengue

O dengue é considerado como um desafio e grave problema de Saúde

Pública no mundo, sendo a principal doença (re)emergente da atualidade, a mais

importante arbovirose que afeta o ser humano, com circulação do vírus nos cinco

continentes, com transmissão fundamentalmente urbana e com grande potencial

para o desenvolvimento de formas graves e letais. Segundo Flauzino et al (2009a),

cerca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se em risco de infecção, particularmente

em países tropicais, onde a umidade e a temperatura favorecem a proliferação do

mosquito vetor.

O agente etiológico, um vírus ácido ribonucléico (RNA), é classificado como

um arbovírus, pertence ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae. Atualmente, os

vírus da dengue são os arbovírus mais difundidos geograficamente (SOUZA, 2008).

Para a OMS, arbovírus são vírus mantidos na natureza através da transmissão

biológica entre hospedeiros vertebrados suscetíveis, por artrópodos hematófagos.

Atualmente são reconhecidos quatro sorotipos do vírus, classificados como: DENV1,

DENV2, DENV3 E DENV4 (UJVARI, 2011).

Inicialmente o vírus restringia-se aos macacos habitantes da península da

Malásia, onde se originaram por mutações e permaneceram circulando entre

mosquitos e primatas, segundo achados de microrganismos semelhantes em

macacos da região (WANG, 2000). Com o desenvolvimento da urbanização,

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grandes áreas foram desmatadas para a agricultura e habitação, produzindo

desequilíbrio no ecossistema e invasão do habitat natural do vírus.

Para Ujvari (2011), ao invadir o habitat dos primatas, o homem também

invadiu o habitat dos vírus. Essa proximidade fez com que os mosquitos que se

alimentavam através dos macacos, utilizassem também o ser humano como fonte de

alimentos, assim, os vírus precursores do dengue se transferiram para humanos e

abandonaram os primatas, surgindo uma arbovirose no Sudeste Asiático.

As arboviroses são doenças virais transmitidas ao homem através de animais

invertebrados do filo Arthropoda. Para o dengue, o principal mosquito vetor pertence

à classe Insecta, da ordem Diptera, subordem Nematocera, família Culicidae,

subfamília Culicinae, tribo Aedini, gênero Aedes, subgênero Stegomyia, e espécies

aegypti e albopictus (SUCEN, 1997).

O Aedes aegypti foi quem melhor se adaptou às áreas urbanas, vivendo

preferencialmente no domicílio ou no seu entorno, por encontrar melhores condições

para sua reprodução, uma vez que necessitam de alimentação sanguínea para

amadurecimento do folículo ovariano e de reservatórios de água para sua

ovoposição. Água limpa e parada funciona como criadouro ideal para o

desenvolvimento do ciclo de vida do vetor, no entanto, existe também viabilidade

para diferentes condições de temperatura, densidade e qualidade da água, inclusive

em águas poluídas conforme descrito por Fernandes (2006).

FIGURA 1: Ciclo de vida do Aedes aegipty. Fonte: www.dengue.org.br.

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Este vetor está entre as espécies de mosquito que passa mais rapidamente

pela fase imatura, apresenta duas fases no seu ciclo de vida, a primeira é a

aquática, que inclui três estádios de desenvolvimento, o ovo, a larva (quatro estádios

larvais) e a pupa; a segunda fase é a terrestre, que corresponde ao mosquito adulto.

A duração do ciclo de vida a partir da oviposição até a fase adulta é de

aproximadamente 10 dias, em condições favoráveis, principalmente, de temperatura

e alimentação (SUCEN, 1997).

A transmissão se dá pela picada dos mosquitos vetores, no ciclo ser humano

- Aedes aegypti - ser humano. A fêmea do mosquito é quem pica os humanos para

obter sangue para amadurecimento do folículo ovariano e então, colocar seus ovos

em qualquer superfície úmida. Assim, o mosquito vetor assume relevância desde o

seu ciclo de reprodução, que se inicia nos criadouros caracterizados por quaisquer

recipientes capazes de acumular água parada.

FIGURA 2: O vetor de transmissão.

Fonte: Laboratório Raikhel/UC-Riverside.

A doença, portanto, ocorre e dissemina-se especialmente nos países

tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a

proliferação do Aedes aegypti (BRASIL, 2006).

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2.2. Aspectos clínicos da doença

O Ministério da Saúde (BRASIL, 2006) descreve o dengue como uma doença

febril, que pode ser de curso benigno ou grave. Dependendo de suas manifestações

recebe a seguinte tipologia: infecção inaparente, dengue clássico (DC), febre

hemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque do dengue (SCD).

No Dengue Clássico a primeira manifestação é a febre alta, de início abrupto,

seguida de um ou mais dos seguintes sintomas: cefaléia, mialgia, prostração,

artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos, exantema e prurido

cutâneo. A hepatomegalia dolorosa pode ocorrer, ocasionalmente, desde o

aparecimento da febre (BRASIL, 2009).

Alguns destes aspectos clínicos são mais freqüentes em determinadas

idades. No caso da dor abdominal generalizada tem sido observada mais

freqüentemente entre crianças e as manifestações hemorrágicas como petéquias,

epistaxe, gengivorragia e metrorragia têm sido relatadas mais freqüentemente entre

adultos, ao fim do período febril. A doença tem duração de cinco a sete dias, mas o

período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e

prolongar-se por várias semanas.

No tocante à FHD os sintomas iniciais são semelhantes aos do DC, porém, há

um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com

aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório. A fragilidade

capilar é evidenciada pela positividade da prova do laço2 que é uma manifestação

hemorrágica induzida ou por manifestações hemorrágicas espontâneas que incluem

petéquias, equimoses, epistaxe, gengivorragia, hemorragia em diversos órgãos

(gastrintestinal, intracraniana) e nos de punção venosa.

Nos casos graves de FHD, o choque geralmente ocorre entre o 3º e 7º dia de

doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do

aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência

circulatória. É de curta duração e pode levar a óbito em doze a vinte e quatro horas

ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada. Caracteriza-se por

2 Refere-se a obtenção por meio do esfignomanômetro, o ponto médio entre a pressão arterial máxima e mínima do

paciente, mantendo-se essa pressão por 5 minutos (no adulto) e 3 minutos (na criança); quando positiva, aparecem

petéquias sob o aparelho ou abaixo do mesmo. Se o número de petéquias for de 20 ou mais (em adultos) e 10 ou mais

(em crianças), em um quadrado com 2,5cm de lado, a prova é considerada positiva (BRASIL, 2006).

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pulso rápido e fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades

frias, pele pegajosa e agitação. Alguns pacientes podem ainda apresentar

manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade (BRASIL, 2006).

A Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2009), definiu um critério de

classificação das formas de FHD, em quatro categorias, de acordo com o grau de

gravidade:

Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, em que a única

manifestação hemorrágica é a prova do laço positiva;

Grau II – além das manifestações constantes do Grau I, somam-se hemorragias

espontâneas como sangramentos de pele, petéquias, epistaxe, gengivorragia e

outras;

Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão

arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação;

Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis (síndrome

do choque do dengue).

2.3 Aspectos históricos e epidemiológicos do dengue

O termo Dengue tem origem da expressão Zanzibar: Ki Denga Pepo que

significa ataque repentino por um espírito mau (GUBLER, 1997). Na Espanha foi

denominada Dengue em torno de 1800, nas Antilhas de Dinga em 1827 e no Caribe

de Dyenga em 1828.

Souza (2008) sugere as primeiras associações da ocorrência da doença com

fatores relacionados à água e vetores:

“Os primeiros relatos sugerindo a doença foram documentados na enciclopédia chinesa publicada durante a dinastia Chinesa (265 a 420 d.C) [...] A doença foi chamada de veneno da água pelos chineses, que entenderam que o quadro, de algum modo, estava correlacionado com insetos voadores e água.” (SOUZA, 2008. p. 2).

O Aedes aegypti tem origem na Região Nordeste da África, de onde se

espalhou para a Ásia e Américas, principalmente através do tráfego marítimo. A

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presença do vetor em grande quantidade e a proximidade ao homem permitiu que

começassem a circular com maior rapidez os quatro sorotipos do dengue.

Existem relatos, conforme Souza (2008), que a partir do século VIII

começaram a surgir episódios importantes de infecção pela dengue, como em

Jacarta em 1779; Calcutá, 1824; Índia, 1909 e Taiwan, 1916.

A re-introdução do vetor pode estar associada à Segunda Guerra Mundial de

1939 a 1945, período em que houve um aumento da densidade da infestação do

mosquito no Sudeste da Ásia em função do cenário pós-guerra, com equipamentos

abandonados no campo de batalha caracterizando a criação de criadouros artificiais,

o deslocamento de grandes contingentes de refugiados, destruição de sistemas de

abastecimento de água, destruição de cidades, urbanização desordenada e

mudanças de ecossistemas (TAUIL, 2011).

O dengue passou a ser uma infecção de natureza epidêmica, com

acometimentos sucessivos em largos segmentos populacionais, surgindo assim,

novas formas clínicas mais graves como a FHD e a SCD, inicialmente descritas no

continente asiático, em Manila, Filipinas onde ocorreu a primeira epidemia de

dengue do tipo hemorrágico em 1953 e 1954 (HALSTEAD, 1980). Posteriormente,

ainda na década de 50, formas mais graves foram descritas em todos os países do

Sudeste Asiático e mantém, ao longo dos anos, elevado número de casos com

acometimento em crianças e alta taxa de letalidade (HOLMES, 2003).

A África possui poucos registros da ocorrência da doença em períodos

remotos, o único relato anterior ao ano de 1980 foi, segundo Souza (2008) uma

epidemia em Durban na África do Sul em 1927/1928. Posteriormente, observam-se

registros de epidemias em Angola e Senegal, 1986 e 1990; Ilhas Seychelles, 1977;

Quênia, 1982; Moçambique e Sudão, 1985; Somália, 1982 e 1993 e Arábia Saudita

em 1994, ressalta-se que as formas FHD e Síndrome do Choque do Dengue (SCD)

não estão registradas na África como epidêmicas.

Na Europa, surgiu no Mediterrâneo a partir de uma grave epidemia em 1927 e

1928 ocorrida na Grécia com o desenvolvimento de casos graves.

Nas Américas, o comércio de escravos foi o fator preponderante para a sua

expansão, instalando-se em cidades com precárias condições de saneamento,

iniciando a transmissão de febre amarela e dengue. Ao longo dos anos, nos séculos

XIX e XX, sucessivos surtos e epidemias foram assinalados, em especial no Caribe

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e EUA. Após 1930, as epidemias no Caribe tornaram-se raras e, de 1946 a 1963,

elas cessaram com as medidas de controle do vetor (SOUZA, 2008).

Até 1970, com o Programa Continental de Erradicação do Aedes aegypti, o

vetor praticamente desapareceu do continente americano com exceção apenas da

Venezuela, EUA, Guianas e algumas áreas do Caribe. O dengue deixou de ser um

problema de Saúde Pública, assim o Programa de Erradicação foi suspenso e

paulatinamente, o mosquito foi reintroduzido a partir das áreas onde não havia sido

erradicado (SOUZA, 2008).

Em 1981, Cuba foi afetada por uma epidemia de grande relevância para a

história do dengue nas Américas. Causada pelo sorotipo DENV2, foi o primeiro o

primeiro registro de febre hemorrágica do dengue fora do Sudeste Asiático e do

Pacífico Ocidental (Ministério da Saúde, 2010).

A doença se expandiu acompanhando a nova expansão geográfica do vetor.

Até 1975, os sorotipos que circulavam nas Américas eram o DENV2 e o DENV3,

apesar do DENV1 ter circulado na década de 1940. O DENV3 foi o responsável

pelas primeiras epidemias em 1963 na Jamaica e em Porto Rico e o DENV2 em

1969 e 1970 nas Ilhas do Caribe a partir das áreas não erradicadas. Durante 1950 e

1980, o DENV2 circulou de forma contínua no continente e, atualmente, os quatro

sorotipos circulam nas Américas (BRASIL, 2009).

FIGURA 3: Distribuição do Aedes Aegipty no mundo. Fonte: OPAS/OMS, 2003.

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No Brasil, chegou no século XVIII com os navios negreiros em função da

grande resistência dos ovos deste artrópode que, sem estar em contato com água,

podem permanecer viáveis por, aproximadamente, um ou dois ano. Há referências

de epidemias desde o século XIX. Há relatos em São Paulo no ano de 1916 e em

Niterói, no Rio de Janeiro, no entanto, estas epidemias não possuem registro

laboratorial. A primeira epidemia, com registro clínico e laboratorial foi no biênio de

1981/1982, em Boa Vista/Roraima, causada pelos sorotipos DENV1 e DENV4. Em

1986, ocorreram epidemias no Rio de Janeiro e algumas capitais do Nordeste.

Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada,

intercalando-se com a ocorrência de epidemias, comumente associadas à

introdução de novos sorotipos em áreas anteriores indenes. Na epidemia de 1986,

identificou-se a ocorrência da circulação do sorotipo DENV1, a princípio no estado

do Rio de Janeiro, disseminando-se, a seguir, para outros seis estados até 1990,

ano em que no Rio de Janeiro foi identificada a circulação do DENV2 (BRASIL,

2009).

Na década de 1990, a incidência sofreu um forte aumento, refletindo a

dispersão do Aedes aegypti no território nacional. A presença do vetor associada à

mobilidade da população levou à disseminação dos sorotipos 1 e 2 para 20 dos 27

estados do país. Entre os anos 1990 e 2000, várias epidemias foram registradas,

sobretudo, nos grandes centros urbanos das Regiões Sudeste e Nordeste do Brasil,

responsáveis pela maior parte dos casos notificados. As Regiões Centro-Oeste e

Norte mais tardiamente, pois as epidemias de dengue só foram registradas a partir

da segunda metade dos anos de 1990 (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).

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FIGURA 4: Mapa de risco de ocorrência do dengue no Brasil.

Fonte: Ministério da Saúde, 2011.

A circulação do DENV3, pela primeira vez, em dezembro de 2000, também no

estado do Rio de Janeiro e, posteriormente, no Estado de Roraima em novembro de

2001. A epidemia de 2002 iniciou com rápida dispersão do DENV3 para outros

estados. No primeiro semestre de 2004, 23 dos 27 estados do país já apresentavam

a circulação simultânea dos sorotipos DENV1, DENV2 e DENV3 (BRASIL, 2009).

Na Bahia, o monitoramento dos sorotipos virais no ano de 2011 demonstrou a

predominância do DENV1, que foi identificado em 49 municípios, dentre eles, Ilhéus

e Itabuna. O DENV2 foi identificado no município de Itabuna e em mais 12

municípios e o DENV3 foi isolado apenas no município de Boquira até o mês de

junho. O DENV4 foi introduzido na Bahia em março de 2011 no município de

Salvador e foi também identificado nos municípios de Dias D’Ávila, Feira de Santana

e Wanderley. (SESAB, 2011).

No município de Itabuna (BA), o primeiro sorotipo registrado foi o DENV2 em

1995, o DENV1 foi isolado pela primeira vez no ano de 1997 e o DENV3 circulou a

partir de 2002. Atualmente predomina a circulação do DENV1 com a presença

também do DENV2.

Um padrão sazonal tem sido observado em todo o país. As maiores

incidências coincidem com o verão em função da maior ocorrência de chuvas e

aumento da temperatura nessa estação. É mais comum nos núcleos urbanos, onde

há uma maior quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do ser

humano. No entanto, a doença pode ocorrer em qualquer localidade desde que

exista a população humana suscetível, presença do vetor e circulação do vírus.

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1. Delineamento da pesquisa

Sendo a metodologia epidemiológica uma variante da metodologia científica,

o caminho adotado a ser percorrido foi um estudo epidemiológico observacional,

exploratório, de série temporal do tipo ecológico. O estudo ecológico ou de agregado

se centra mais na comparação de grupos, do que de indivíduos (MORGENSTERN,

1998) em uma área geográfica específica. Tem como principais objetivos a

identificação de regiões sob risco em relação à média global do processo estudado e

a busca de fatores potencialmente explicativos dos diferenciais de ocorrência

encontrados, seja no campo da análise exploratória, mapeando doenças ou

buscando modelos explicativos, identificando diferenciais de risco e apontando

medidas preventivas. (CARVALHO, 2005)

A escolha deste estudo justifica-se por abordar áreas geográficas bem

delimitadas, analisando comparativamente variáveis, quase sempre por meio de

correlação entre indicadores de condições de vida, ambientais e indicadores de

saúde. Tem como vantagem facilidade de execução, baixo custo relativo,

simplicidade analítica e capacidade de gerar hipóteses (ROUQUAYROL, 2003). Sua

principal limitação refere-se a não poder provar conclusivamente causalidade e à

associação que faz entre o fator de exposição e o evento, que pode não estar

ocorrendo no nível do indivíduo, uma vez que tem como unidade de análise a

população, ou seja, o agregado.

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A unidade de análise representa o nível comum através do qual os dados de

todas as variáveis são reduzidas e analisadas, representada neste estudo pela

ocorrência dos casos de dengue na população. Ao tempo em que teve como

unidade agregada de observação o município de Itabuna.

Assim sendo, foi realizado um estudo ecológico abrangendo a população

residente em Itabuna, Bahia. O universo amostral do estudo foi representado pelos

casos de dengue notificados e residentes no município de Itabuna. Os dados

coletados foram obtidos em fontes secundárias, a saber: o Sistema de Informação

de Agravos de Notificação - SINAN, Sistema de Informação da Atenção Básica -

SIAB, Sistema de Informação de Febre Amarela e Dengue - SISFAD, Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e Comissão Executiva do Plano da

Lavoura Cacaueira - CEPLAC. O período estudado foi de janeiro de 2001 a

dezembro de 2010.

O projeto de pesquisa não foi encaminhado para submissão do Comitê de

Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC em virtude da

natureza do próprio estudo que não envolve seres humanos e por ter como base de

dados fontes secundárias.

3.2. Local de estudo

O estudo foi realizado no município de Itabuna (BA). Segundo o Plano Diretor

de Regionalização da Bahia (PDR) – 2007, Itabuna encontra-se situado na

Macrorregião Sul, na Microrregião de Itabuna e integra os 21 municípios da 7ª

Diretoria Regional de Saúde.

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FIGURA 5: Mapa de localização de Itabuna.

Fonte: IBGE, 2009.

Em relação ao Território Identidade, compõe o Território Litoral Sul. A sede do

município está situada na Latitude Sul 14°48’ e Longitude Oeste 39°18’ e dista, por

rodovia, 429 km de Salvador, capital do Estado da Bahia. O clima da região é quente

e úmido, com temperatura média anual de 25°C, a umidade relativa do ar é de

88,5% e a pluviosidade média anual alcança 1.393mm com período de maior

precipitação pluviométrica entre abril e junho. Em relação à vegetação, o município

tem quase sua totalidade coberta pela Mata Hidrófila Sul Baiana, a Mata Atlântica

Sul Baiana (ITABUNA, 2010).

Limita-se, ao norte, com os municípios de Barro Preto e Itajuípe; ao sul, com

Jussari e Buerarema; a leste, com Ilhéus e a oeste, com Itapé e Ibicaraí. Possui área

de unidade territorial de 432 km2, uma população total de 204.667 habitantes e

densidade demográfica de 473 habitantes por km2. (IBGE, 2011). O município possui

quarenta e quatro bairros, cinquenta e sete loteamentos e dois distritos.

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3.3. Análise dos dados

Os dados receberam tratamento estatístico na perspectiva de responder aos

objetivos específicos, estabelecendo um estudo espacial e estudo de análise de

correlação. O Excel foi o programa escolhido para elaboração dos gráficos e tabelas.

O software utilizado foi o Statistical Package for Social Science - SPSS na versão

6.1 para Windows.

As variáveis selecionadas como dependentes foram: coeficiente de incidência

de dengue e notificação (anual e mensal) da doença; as variáveis independentes

foram: bairro de notificação, sexo, faixa etária, escolaridade, temperatura,

precipitação e saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário e

coleta de lixo.

Considerando o primeiro objetivo específico, para descrever a ocorrência de

dengue no município, foram coletados dados de notificações no SINAN e calculado

o coeficiente de incidência (CI) anual do agravo através da seguinte forma:

Nº de casos confirmados de dengue na população residente na área e no ano considerado CI = _____________________________________________ x 100.000 População residente exposta ao risco nesse período, nessa área e nesse ano

Como medida epidemiológica, o coeficiente de incidência mede o risco

epidemiológico, definido como a probabilidade de ocorrência de um determinado

evento relacionado à saúde, estimado a partir do que ocorreu no passado recente

(CARMO LUIZ E COHN, 2006).

Para a descrição segundo variáveis sociais, foram identificadas as

ocorrências de dengue de acordo com o bairro, sexo (masculino e feminino), faixa

etária (menor de 1 ano; 1 a 4; 5 a 9; 10 a 14; 15 a 19; 20 a 29; 30 a 39; 40 a 49; 50 a

59; 60 a 69; 70 a 79; 80 anos e mais) e escolaridade (ignorado ou em branco;

nenhum ano de estudo; de 1 a 3 anos de estudo, de 4 a 7 anos de estudo; de 8 a 11

anos de estudo; de 12 a mais anos de estudo; e não se aplica, para aqueles que não

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estão em idade escolar). A análise da notificação por bairro foi estabelecida em

estudo espacial com aplicação de um SIG e elaboração de três mapas temáticos,

considerando os vinte bairros mais atingidos nos anos com registros epidêmicos:

2002/2003, 2005 e 2009. O biênio epidêmico 2008/2009 recebeu estudo espacial

apenas para o ano de 2009 em função de não haver registro nos Sistemas de

Informação de Saúde quanto à especificação do bairro de ocorrência para o ano de

2008. O georreferencimento foi feito através do Programa ArcGis, utilizando a base

cartográfica de Itabuna. Os SIG podem ser utilizados como ferramenta de apoio à

vigilância e monitoramento da Saúde Pública, contribuindo para o planejamento de

ações de prevenção e controle das doenças (MEDRONHO, 1993).

A distribuição por sexo, idade, escolaridade e a ocorrência do agravo por mês

foi descrita com base em dados obtidos no SINAN e realizada análise a partir de

gráficos elaborados no programa Excel e Statistica.

As variáveis climáticas, precipitação e temperatura média mensal, foram

obtidas da Estação Meteorológica do Centro de Pesquisas da CEPLAC. A descrição

da associação entre a ocorrência mensal de dengue e variáveis climáticas como

media mensal da temperatura em grau Celsius e precipitação total mensal (mm), foi

construída a partir da matriz de correlação de Pearson com grau de significância de

5% com p valor igual ou menor que 0,05. O coeficiente de correlação Pearson (r)

varia de -1 a 1, o sinal indica direção positiva ou negativa do relacionamento e o

valor sugere a força da relação entre as variáveis. Uma correlação perfeita (-1 ou 1)

indica que o escore de uma variável pode ser determinado exatamente ao se saber

o escore da outra. No outro oposto, uma correlação de valor zero indica que não há

relação linear entre as variáveis (FIGUEREDO FILHO; SILVA JÚNIOR, 2009).

Os dados relacionados ao saneamento básico não representam a totalidade

do município de Itabuna, em função da indisponibilidade de informações no IBGE,

DATASUS, SEI e EMASA para o período estudado (os dados disponíveis datam até

o ano de 2000). Foi observado que em outras pesquisas, estudos e o próprio

anuário estatístico do município, utilizaram o Sistema de Informação da Atenção

Básica, o SIAB como fonte para coleta de dados relativos ao saneamento a partir de

2001. O SIAB corresponde às informações sobre áreas onde existem serviços de

Atenção Primária em Saúde do SUS ofertados à população. Para o município de

Itabuna, a cobertura destes serviços não atinge a totalidade da população. No ano

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de 2001 apenas 50% da população do município tinha cobertura dos serviços de

Atenção Primária em Saúde e sucessivamente, 72%, 79%, 79%, 79%, 67%, 70%,

64%, 64% e 70% nos anos de 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009 e

2010.

Assim, não foi realizada a correlação entre saneamento básico e o coeficiente

de incidência de dengue a partir dos dados coletados. Optou-se por apresentar,

apenas, a descrição da situação encontrada.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Ocorrência anual do dengue e variáveis sociais

Para a descrição da ocorrência do dengue, inicialmente, foi calculado o

coeficiente de incidência anual do agravo. O Ministério da Saúde através da

Secretaria de Vigilância à Saúde considera municípios com risco muito alto para a

infecção por dengue, aqueles em que a incidência seja igual ou maior que 100 casos

confirmados para cada 100.000 habitantes.

O município de Itabuna alcançou nos anos de 2002, 2003, 2008 e 2009,

incidência por 100.000 habitantes de 381, 1.868, 818 e 4.648 respectivamente,

confirmando a forte epidemia sofrida neste período. O ano de 2005 obteve

incidência de 76/100.000, ano em que foi declarado surto epidêmico considerando o

risco epidemiológico. O ano de 2010, embora tenha tido uma melhora expressiva

quando comparado com o ano epidêmico anterior, também apresentou uma alta

incidência atingindo uma relação de 282 casos confirmados para cada 100.000

habitantes (Tabela 1).

Portanto, considerando o coeficiente de incidência, o risco de infecção por

dengue para a população de Itabuna é alto; soma-se a esse risco a análise do Índice

de Infestação Predial - IIP.

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Tabela 1: Número de casos confirmados e coeficiente de incidência de dengue do município de Itabuna - Bahia no período de 2001 a 2010.

ANO CASOS CONFIRMADOS

POPULAÇÃO COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA

(100.000 habitantes)

2001

188 197.830 95

2002

758 199.074 381

2003

3740 200.186 1868

2004

4 201.296 2

2005

156 203.815 76

2006

6 205.099 3

2007

23 206.336 11

2008

1737 212.245 818

2009

9931 213.654 4648

2010

577 204.667 282

Fonte: SINAN/SMS, 2011.

O IIP global não demonstra a heterogeneidade da distribuição deste índice

nos diversos bairros. Os IIP global fornecidos pela Secretaria Municipal de

Saúde/Vigilância Epidemiológica demonstram (Tabela 2) valores excessivamente

altos uma vez que o Ministério da Saúde preconiza que o valor satisfatório seja

menor que 1%; estando em estado de alerta entre 1,0 e 3,9% e situação de risco os

municípios que apresentarem IIP maior de 4,0%.

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Tabela 2: Índice de Infestação Predial anual do Município de Itabuna-Bahia, no

período de 2001 a 2010.

ANO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL

2001

Não disponível

2002 Não disponível

2003 Não disponível

2004 Não disponível

2005 Não disponível

2006

10,67

2007

16,7

2008

16,9

2009

11,0

2010

19,6

Fonte: SISFAD/SMS, 2011.

O levantamento e acompanhamento do IIP é um fator que pode prever a

ocorrência de epidemias, surtos e acometimentos, uma vez que o IIP permite, a

partir da pesquisa larvária, conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade do

Aedes nas localidades. O índice de Infestação Predial é calculado através da divisão

do número de imóveis positivos dividido pelo n° de imóveis trabalhados vezes 100.

(imóveis positivos / imóveis trabalhados x 100). O município de Itabuna apresentou

no ano de 2006, o IIP de 10,67% como o menor valor já mensurado.

Para os anos de 2007 e 2008 o IIP foi de 16,7 e 16,9 respectivamente, o ano

de 2009 sofreu uma queda para 11% e em 2010 houve um brusco aumento para

19,6%. Considerando que o IIP é preditivo para a ocorrência de dengue, os dados

de comparação do coeficiente de incidência com os IIP sugerem incoerência.

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Tabela 3: Coeficiente de incidência de dengue e Índice de Infestação Predial anual no período de 2006 a 2010, no Município de Itabuna-Bahia

ANO IIP (%)

COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA

(100.000 habitantes)

2006

10,67

3

2007

16,7

11

2008

16,9

818

2009

11,0

4648

2010

19,6

282

Fonte: SINAN/SISFAD/SMS, 2011.

A Tabela 3 apresenta o IIP e o coeficiente de incidência de dengue, onde

observa-se que em 2006, com o índice de 10,67%, a incidência foi de 3 casos

confirmados para cada 100.000 habitantes. No ano de 2007 houve um incremento

de 6% com o IIP de 16,7% e o coeficiente de incidência de 11 casos para cada

100.000 habitantes, no entanto, no ano de 2008 quando o incremento foi de 0,2

houve uma epidemia com 818/100.000, valores estes que sugerem subnotificação

dos dados em anos anteriores. É importante considerar que o ano de 2009 teve uma

queda de 4,1% do IIP e, ainda assim, apresentou a explosão epidêmica de 4.648

casos para cada 100.000 habitantes. O ano de 2010 apresentou um incremento de

8,6% no IIP chegando a 19,6% e um coeficiente de incidência de 282/100.000 o que,

em parte, pode ser explicado pela disponibilidade de suscetíveis e imunidade

adquirida pela infecção por sorotipo, o que pode também ser um indicativo de

fragilidade dos dados. Esta discussão é evidenciada pelo gráfico a seguir (Figura 7):

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Figura 6: Relação do coeficiente de incidência de dengue com o Índice de Infestação Predial no período de 2006 a 2010 no município de Itabuna – BA.

Em estudo realizado no município de Paracambi, Cunha et.al. (1997) sugerem

que existe uma relação direta entre baixo número de casos de dengue com o baixo

índice de infestação predial, os autores relacionaram a baixa incidência da doença

em função do baixo IIP. No entanto, Teixeira (2009) concluiu que áreas muito

infestadas podem ter sido altamente acometidas pelo agravo em períodos anteriores

gerando esgotamento de suscetíveis e refletindo na baixa incidência por dengue,

apesar da alta infestação do vetor de transmissão.

Para a descrição da ocorrência de dengue por bairros, os casos notificados

na área urbana do município foram georreferenciados nos anos em que houve

registro epidêmico considerando os bairros com as maiores ocorrências. O primeiro

período mapeado foi o biênio epidêmico 2002/2003, onde Fátima, Califórnia, Centro,

Santo Antônio, São Pedro, Ferradas, Nova Ferradas, São Caetano, Conceição,

Santa Inês, Corbiniano Freire, Sarinha, Daniel Gomes, Maria Pinheiro, Lomanto,

Novo Horizonte, São Roque, Monte Cristo, Parque Boa Vista e João Soares

representaram os vinte bairros de maior acometimento no período, conforme é

evidenciado pela Figura 8.

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Figura 7: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no biênio 2002/2003 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.

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No ano de 2005, declarado como ano de surto epidêmico, as maiores

ocorrências foram oriundas dos bairros São Caetano, Centro, Mangabinha, Santo

Antônio, Fátima, Califórnia, Jardim Primavera, Conceição, Pontalzinho, Ferradas,

URBIS IV, Santa Inês, Sarinha, Jaçanã, Vila Anália, São Pedro, Pedro Jerônimo,

Novo Horizonte, São Lourenço e Banco Raso (Figura 9).

Figura 8: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2005 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.

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Para o biênio 2008/2009, a representação espacial só foi possível para o ano

de 2009, uma vez que em 2008 não houve registro das ocorrências com

especificações por bairro. Conforme a Figura 10, as maiores ocorrências no ano

epidêmico de 2009 foram registradas para nos bairros: Fátima, Santa Rita, Castália,

Santo Antônio, Santa Inês, Centro, Lomanto, Parque Boa Vista, Carlos Silva, ACM,

São Caetano, Califórnia, Corbiniano Freire, Centro Comercial, Conceição,

Mangabinha, Berilo, Maria Pinheiro e Monte Cristo.

Figura 9: Distribuição espacial do dengue segundo bairros de maiores notificações no ano de 2009 no município de Itabuna - Bahia. Fonte: SINAN/SMS, 2011.

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Os diferentes anos epidêmicos não apresentaram distribuição espacial

uniforme, houve alteração das maiores ocorrências nos bairros do município ao

longo do período estudado. No entanto, houve bairros que se apresentaram com

predominância em todos os anos estudados, estes bairros foram: Fátima, Califórnia,

Centro, Santo Antônio, São Caetano, Conceição e Santa Inês; seguidos de São

Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha, Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte,

Monte Cristo e Parque Boa Vista. A partir desta informação, pode-se afirmar que

estas localidades representam o maior risco de infecção por dengue.

Figura 10: Notificação de dengue segundo sexo, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA . Fonte: SINAN/SMS, 2011.

Quanto ao sexo, observou-se que as ocorrências dos casos de dengue no

município de Itabuna apresentaram pequena variação, sendo ligeiramente maior no

sexo feminino, entretanto, esta informação não significa predileção por sexo, uma

vez que o resultado segue uma proporção aproximada da distribuição demográfica

segundo sexo da população residente no período.

Flauzino (2009b) elaborou uma pesquisa feita com revisão de 22 estudos

sobre dengue que relacionavam indicadores socioeconômicos e ambientais com

unidades de agregação, onde 07 estudaram o bairro como unidade de análise para

variáveis sociais, em 03 houve predominância do sexo feminino, nos demais não

houve diferença estatística em relação ao sexo.

0

10

20

30

40

50

60

70

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Ignora

Masculino

Feminino

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Tabela 4: Distribuição percentual segundo anos de estudo das notificações de dengue, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – Bahia.

ANO

Anos de Estudo

Ign/Branco Nenhum 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 a + Não se

aplica

2001 1,6 71,2 0,0 8,2 3,0 0,9 15,0

2002 3,2 69,6 0,0 14,0 5,0 1,2 7,0

2003 3,3 61,8 7,6 10,2 9,6 2,9 4,5

2004 5,3 37,7 7,9 14,9 24,6 3,5 6,1

2005 0,5 83,0 1,5 3,7 5,1 1,1 5,1

2006 2,6 14,3 5,8 22,1 37,7 9,7 7,8

2007 19,2 1,6 7,2 25,6 28,0 10,4 8,0

2008 61,7 0,0 2,2 11,1 11,4 0,7 13,0

2009 61,2 0,1 2,0 3,7 11,6 1,2 20,2

2010 86,9 0,1 0,8 1,2 1,3 0,1 9,6

Fonte: SINAN/SMS, 2011.

Os dados relacionados à escolaridade apresentam maior percentual de

ignorados ou em branco para os anos de 2008, 2009 e 2010, demonstrando a má

qualidade no registro e dificultando uma análise que melhor se aproxime da

realidade.

Chama atenção os maiores percentuais de casos de dengue entre indivíduos

com nenhum ano de estudo observado nos anos de 2001 a 2005, o que necessita

de um posterior estudo para verificar a qualidade desta informação.

Quanto à idade, foi observado mudanças nas faixas etárias no decorrer do

período estudado. A notificação de casos de dengue foi predominante na faixa etária

de 15 a 59 anos no período de 2001 a 2007, sendo que a partir de 2008 houve um

aumento do número de casos para a faixa etária menor de 15 anos com

predominância do aumento entre 5 e 9 anos (Figura 12).

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Figura 11: Notificação de dengue segundo faixa etária, no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA.

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Fonte: SINAN/SMS, 2011.

As menores faixas etárias passaram a ser o grupo de maior risco em função

daforte circulação do sorotipo DENV2 com a prsença do DENV1, para os quais a

maioria dos adultos tiveram contato anteriormente e desenvolveram imunidade para

este sorotipo. Provavelmente, os nascidos a paritr do ano 2000 tiveram maior

contato com o DENV3 e contato mínimo com o DENV2 e o DENV1, situação que

assemelha-se ao padrão epidemiológico da Bahia (DIVEP/SESAB, 2011).

Estudo realizado por Teixeira et.al. (2001) no município de Salvador,

encontrou, nos três primeiros anos de estudo, maiores ocorrências na faixa etária de

20 a 29 anos e nos anos seguintes, os maiores valores foram encontrados em

crianças com idade inferior a 10 anos.

A infecção por qualquer um dos sorotipos do vírus do dengue confere

imunidade permanente ao indivíduo, o que significa dizer que uma pessoa terá

dengue apenas quatro vezes durante sua existência. Assim, o deslocamento de

faixas etárias de acometimento do agravo não obedece a uma predileção do

mosquito vetor ou da doença e sim, é determinado pela presença de diferentes

sorotipos do vírus e pela presença de indivíduos suscetíveis e expostos ao risco de

adoecerem.

A distribuição de dengue é maior em faixas etárias menores quando há um

esgotamento de suscetíveis nas maiores faixas etárias. Teixeira et. al. (1999)

também sugere que há subnotificação nas menores faixas etárias em função do

confundimento com doenças virais e febris próprias da primeira infância.

4.2. Ocorrência do agravo por mês

Um aspecto importante a ser considerado é a descrição do agravo de acordo

com os meses do ano. A ocorrência do dengue apresentou, neste estudo, maior

intensidade nos meses de março, abril e maio, entretanto, vale ressaltar as

características dos anos epidêmicos.

No primeiro biênio epidêmico 2002/2003, o dengue já se apresentou

fortemente nos meses de janeiro e fevereiro, mantendo um número alto de

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ocorrências até o mês de maio. Em 2005, o mês de fevereiro apontou como o início

do surto epidêmico que seguiu até o mês de julho.

No biênio 2008/2009, o ano de 2008 iniciou com o comportamentamento

sazonal endêmico esperado para o agravo, no entanto, registrou um forte aumento

nos meses de março a julho, voltando a aumentar o número de ocorrências nos

meses de novembro e dezembro. Em 2009 o maior número de notificações foi

registrado no mês de janeiro e manteve a explosão epidêmica até junho; de julho a

dezembro, apesar da significativa diminuição de casos, ainda ocorreu um número

alto de registros da doença.

Figura 12: Série histórica de notificações de dengue segundo os meses de ocorrência no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011.

Apesar de no município de Itabuna, as maiores ocorrências de dengue

compreenderem os meses de março a maio, foi observado que há um resultado

relevante para os meses de janeiro a junho, o que difere da maioria das regiões do

país.

Outro resultado importante, foi o registro da doença encontrado em todos os

meses do ano durante todo o período estudado, conforme figura 14. Baseado nesta

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informação e na análise da Série Histórica (Figura 13) é possível afirmar que, neste

município, o comportamento da doença é cíclico podendo ser denominado de

endêmico-epidêmico.

J

an

eiro

Fe

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Ju

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to

Se

tem

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Ou

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Mês

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Oc

orr

ênc

ias

Figura 13: Notificação de dengue no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010 segundo os meses do ano no município de Itabuna – BA. Fonte: SINAN/SMS, 2011.

Estes resultados corroboram com Teixeira (2009) que, ao estudar o contexto

socioambiental do dengue no município do Rio de Janeiro entre 1996 e 2006,

constatou a ocorrência de transmissão em todos os meses de todos os anos

estudados, o que caracterizou o comportamento da doença como endêmico.

Sabroza et. al (1992) obteve a mesma análise para o município do Rio de Janeiro,

definindo o processo de transmissão de dengue como endêmico-epidêmico.

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4.3. Correlação entre variáveis ambientais com a ocorrência mensal do

dengue.

Para estabelecer a correlação da ocorrência do dengue com variáveis

climáticas (níveis de temperatura e de precipitação pluviométrica), foi utilizado o

coeficiente de Pearson. No período de 2001 a 2010 a maior correlação foi observada

entre a ocorrência do dengue e a temperatura com correlação positiva de 23,6%; a

precipitação apresentou uma correlação muito baixa de apenas 6,8%. A Tabela 5

representa a matriz de correlação entre a ocorrência de dengue e variáveis

climáticas.

Tabela 5: Matriz de Correlação de Pearson para notificação de dengue,

temperatura e precipitação no município de Itabuna – Bahia no período de 2001

a 2010.

Ocorrência Temperatura Precipitação

Ocorrência

1 0,236* 0,068NS

Temperatura

0,236* 1 0,198**

Precipitação

0,068NS 0,198** 1

Nota: * significativo a 10%; ** significativo a 5%; NS – não significativo.

Estatisticamente houve significância de correlação da ocorrência de dengue

apenas com a temperatura, no entanto, esta correlação não mede a causalidade, e a

partir deste resultado, não é possível afirmar que a precipitação não deve ser

estudada para explicar a permanência do dengue no cenário municipal.

A região cacaueira tem uma média pluviométrica alta com chuvas constantes,

fator este que pode ter influenciado na não significância para esta pesquisa. As altas

temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o

desenvolvimento do mosquito vetor que ao final das chuvas, quando da evaporação

da água, instalam-se perfeitos criadouros para o Aedes aegypti.

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50

Esta análise corrobora com o descrito por Leite (2010) no município de

Campinas, onde a característica de concomitância de alta temperatura com grande

volume de chuva revelou-se como indicador potencial para manutenção do ciclo da

doença.

Constam nos apêndices os diagramas de dispersão do período de 2001 a

2010 para a ocorrência de dengue e sua relação com os níveis de temperatura

(Figura 14) e de precipitação pluviométrica (Figura 15).

4.4. Saneamento básico.

Os serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água, esgotamento

sanitário e coleta de lixo) apresentaram uma melhora gradativa ao longo do período

estudado (Tabela 6).

Tabela 6: Proporção de cobertura dos serviços de saneamento básico no

município de Itabuna no período de 2001 a 2010 no município de Itabuna – BA.

ANO ABASTECIMENTO DE

ÁGUA (%)

ESGOTAMENTO

SANITÁRIO (%)

COLETA DE

LIXO (%)

2001 82 61 63

2002 86 67 74

2003 87 70 79

2004 88 70 80

2005 90 71 82

2006 88 69 82

2007 89 70 84

2008 89 71 85

2009 90 71 86

2010 91 71 88

Fonte: SIAB/SMS, 2011

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No entanto, vale ressaltar que apesar da melhora evidente na proporção de

cobertura, estes dados não demonstram a qualidade do serviço de saneamento

ofertado. Embora 91% das residências tenham sistema de abastecimento de água,

este abastecimento não é regular, sobretudo nos bairros periféricos, esta

irregularidade obriga as pessoas a acumular água em recipientes para uso

doméstico e suprir suas necessidades humanas básicas instalando, intradomicílio ou

no peridomicílio, criadouros artificiais para o Aedes aegypti, o que garante a

permanência do mosquito vetor.

Apesar de receberem serviços de Atenção Primária à Saúde, 26% da

população coberta pelo SIAB ainda vivem sem esgotamento sanitário e 12% não

tem a coleta para o lixo que produz, revelando um cenário de predisposição a

adoecimentos.

A melhoria do saneamento básico é condição necessária, mas não suficiente

para garantir a eliminação de doenças como a dengue, a complexidade existente em

torno da doença, exige ações integradas dos diversos setores da sociedade. Para

Tauil (2001), a existência do dengue está relacionada com as condições de

urbanização, habitação, coleta regular de lixo, abastecimento permanente de água

encanada e educação escolar.

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5. CONCLUSÕES

Conhecer a história natural do dengue, de seu vetor e, acima de tudo,

conhecer o comportamento da doença considerando as especificidades de cada

localidade, permite avaliar os fatores envolvidos na expansão do agravo e contribuir

para ações mais eficazes no enfrentamento do dengue que tanto tem desafiado a

Saúde Pública.

Nesse sentido, o presente estudo realizou uma análise socioambiental da

ocorrência de dengue no município de Itabuna – Bahia no período de 2001 a 2010.

O município conviveu com o dengue durante todos os anos do período estudado,

apresentando caráter endêmico com comportamento epidêmico para os anos 2002,

2003, 2005, 2008 e 2009.

Esta análise revelou que o risco epidemiológico de infecção por dengue para

a população de Itabuna é alto. O município apresentou alta incidência da doença no

período estudado, chegando a 4.648 casos para cada 100.000 habitantes no ano de

2009. Em todos os anos do período estudado, os índices de infestação predial (IIP)

estiveram muito acima do valor preconizado como satisfatório pelo Ministério da

Saúde que é de 1,0.

O primeiro valor disponível de IIP foi para o ano de 2006 que chegou a 10,6 e

o último valor foi de 19,6 para o ano de 2010. Confirmando mais um fator de risco

para infecção por dengue em Itabuna-Bahia. Houve anos em que apesar do IIP estar

muito acima do valor satisfatório, a incidência da doença foi baixa, o que sugere uma

fragilidade dos dados, mas que também pode ser melhor explicado pelo

esgotamento de suscetíveis.

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As maiores ocorrências nos anos epidêmicos de 2002, 2003, 2005 e 2009

foram nos bairros de Fátima, Califórnia, Centro, Santo Antônio, São Caetano,

Conceição e Santa Inês; seguidos de São Pedro, Ferradas, Mangabinha, Sarinha,

Maria Pinheiro, Lomanto, Novo Horizonte, Monte Cristo e Parque Boa Vista,

representando, assim, as localidades de maior risco. Diferenciais intra-urbanos,

condições de vida, densidade populacional e serviços de saneamento devem ser

melhor estudados nestas localidades para o planejamento efetivo das ações de

prevenção e controle de dengue.

Houve predominância da ocorrência no sexo feminino, o que não significa

predileção por sexo, uma vez que o resultado segue a proporção aproximada da

distribuição demográfica segundo sexo da população residente no período.

O estudo apresentou mudança na faixa etária com predominância inicial de

15 a 59 anos, a partir de 2008 houve uma aumento para a faixa etária menor de 15

anos chamando atenção para o crescimento do número de casos na idade entre 5 e

9 anos por um provável recrudescimento do sorotipo DENV 2. O deslocamento de

faixa etária é determinado pela presença de sorotipos do vírus, pela presença de

indivíduos suscetíveis e expostos a adoecerem. A distribuição de dengue é maior

em faixas etárias menores quando há introdução de novos sorotipos do vírus ou

quando há esgotamento de suscetíveis.

Os meses de março a maio foram os de maior intensidade do dengue, no

entanto, foi encontrado registro da doença em todos os meses do ano. O dengue no

município de Itabuna é constante com comportamento cíclico, variando de endêmico

a epidêmico.

Dentre as variáveis climáticas (temperatura e precipitação), estatisticamente

houve significância de correlação da ocorrência de dengue apenas com a

temperatura. A região cacaueira tem média pluviométrica alta com chuvas

constantes o que pode ter influenciado na não significância neste estudo. As altas

temperaturas associadas a períodos chuvosos formam um cenário ideal para o

desenvolvimento do Aedes aegypti que ao final das chuvas, quando da evaporação

de água, instalam-se perfeitos criadouros para o mosquito vetor.

O saneamento básico apresentou melhora gradativa ao longo do período

estudado. Apesar da melhora na proporção de cobertura, não foi demonstrado a

qualidade do serviço de saneamento prestado. Embora 91% das residências tenham

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sistema de abastecimento de água, este abastecimento não é regular, sobretudo

nos bairros periféricos, o que obriga o acúmulo de água em recipientes, instalando

criadouros artificiais para o Aedes aegypti, garantindo a permanência do mosquito

vetor. 26% da população coberta pelo SIAB não possuem esgotamento sanitário e

12% não tem coleta para o lixo produzido, revelando um cenário de predisposição a

adoecimentos.

A gravidade da doença que se constitui como um problema de Saúde Pública

é muito maior em função da complexidade e dos macro-fatores que envolvem o

“problema-dengue”, tais como a urbanização e crescimento desordenado, geração

de resíduos urbanos, abastecimento de água irregular, ausência de coleta regular de

lixo, violência impedindo o acesso de agentes aos domicílios, movimento

populacional (turismo e migração) e mudanças climáticas. Problemas complexos

requerem soluções complexas.

O dengue segue sua história natural em Itabuna a espera de ações que

interrompam este processo. O cenário atual que se apresenta é de um município

que possui cerca de 97% da população vivendo na área urbana, convivendo com

uma doença que é de transmissão fundamentalmente urbana, apresentando um alto

índice de infestação predial (19,6% em 2010), com a possibilidade de re-emergência

do sorotipo DENV3 e da introdução do DENV4 que já está em circulação na Bahia.

Uma associação de fatores que predizem a possibilidade de uma nova epidemia

para Itabuna.

O mosquito vetor é o único elo vulnerável na cadeia de transmissão do

dengue, ainda não há tratamento etiológico e não está disponível uma vacina segura

e efetiva. O controle e a vigilância vetorial tem que continuar, mas é preciso ir além,

conciliando estratégias convencionais com inovações tecnológicas, utilizando

ferramentas de monitoramento, descrição espacial e mapas de risco para atuação

nos territórios de maior vulnerabilidade. Ações estratégicas precisam ser articuladas,

os saberes multi, inter e transdisciplinares devem ser utilizados orientados pelo

conhecimento da situação epidemiológica e das particularidades do município

respeitando sua dinâmica populacional e diferenciais intra-urbanos.

A Secretaria Municipal de Saúde não pode ser responsabilizada pela

totalidade dos casos. Detectar epidemias e evitar mortes por dengue é tarefa dos

profissionais de saúde, mas combater a permanência do dengue no meio é tarefa de

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todos os entes governamentais e não governamentais. O modelo de controle da

doença não pode ser homogeneizado e fixo, a comunidade precisa ser envolvida, os

indivíduos são co-responsáveis pelo seu adoecimento, as ações padronizadas

precisam dialogar com os valores e hábitos cotidianos das pessoas.

O município de Itabuna deve somar esforços para sair dos primeiros lugares

do ranking de maior risco para infecção por dengue no Brasil e ser muito mais do

que um pólo de referência para o comércio e serviços de saúde de alta

complexidade. Pode ser um exemplo de busca pelo desenvolvimento sustentável a

partir da priorização da “Agenda Marrom” onde questões ambientais relacionadas à

urbanização e ao desenvolvimento social se constituirão em formas de organização

social, econômica e ambiental que modificarão o meio com equilíbrio para que a

dengue e outras doenças não encontrem forças para surgirem ou re-emergirem.

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APÊNDICE Quadro 1: Notificação do dengue por bairros do município de Itabuna - Bahia,

no período 2001 a 2010.

Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

ACM 457 0

ALTO MARON 2 3 6 0 8 0 12 2

ALTO MIRANTE 45 6

ANTIQUE 5 14 58 0 15 1 77 6

BAIRRO NAO

INFORMADO 1 17 78 0 24 1 1 117 0

BANANEIRA 0 0 2 8 1 0 31 1

BANCO RASO 4 13 44 2 83 3 93 13

BERILO 1 5 5 0 3 0 245 0

CAIXA D`AGUA 0 4 7 0 9 1 338 2

CALIFORNIA 22 98 416 7 162 12 360 54

CARLOS SILVA 0 2 1 1 1 0 458 0

CASTALIA 2 17 43 1 29 1 602 11

CENTRO 27 123 326 6 275 10 528 53

CENTRO

COMERCIAL 299 0

CONCEICAO 13 63 218 3 117 6 285 37

CORBINIANO

FREIRE 1 12 13 0 11 0 305 2

DANIEL GOMES 1 8 15 1 8 2 31 3

FATIMA 45 121 524 9 218 13 695 60

FERNANDO GOMES 0 0 6 0 3 0 88 3

FERRADAS 7 40 262 4 114 9 1 146 9

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Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

FONSECA 3 16 39 2 22 3 108 6

GOES CALMON 1 4 19 0 20 1 36 3

ITAMARACA 0 0 2 0 2 0 159 1

JACANA 6 20 40 3 97 1 67 12

JARDIM DAS

ACACIAS 0 0 2 0 2 0 40 0

JARDIM DE ALÁ 0 2

JARDIM GRAPIUNA 2 1 13 0 8 3 97 3

JARDIM ITALAMAR 110 1

JAD. PRIMAVERA 5 25 31 1 120 4 191 16

JAD VITORIA 2 8 18 1 34 0 152 10

JOAO SOARES 5 33 179 1 31 3 153 9

JORGE AMADO 0 2 16 0 77 1 177 12

LOMANTO 8 52 59 0 20 5 517 22

LOTEAMENTO N. Srª

das GRAÇAS

195 0

MANGABINHA 20 49 115 2 241 5 280 32

MANOEL LEAO 4 2 15 0 10 0 61 5

MARIA PINHEIRO 2 14 127 4 45 4 228 8

MONTE CRISTO 3 19 171 4 64 4 211 13

MORUMBI 3 2

MUTUNS 0 6 4 0 1 0 79 0

NOVA CALIFORNIA 5 11 32 3 20 2 112 4

NOVA ESPERANÇA 1 0

NOVA FERRADAS 14 85 165 2 30 3 114 17

NOVA ITABUNA 3 34 60 0 43 2 143 20

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Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

NOVO FONSECA 0 5 23 0 8 0 60 4

NOVO HORIZONTE 2 26 148 2 88 3 162 9

NOVO JACANA 1 1 8 0 37 0 83 3

NOVO SAO

CAETANO 3 31 25 1 39 1 172 7

ODILON 4 14 8 0 8 1 34 1

PQ BOA VISTA 5 22 100 1 36 1 485 11

PQ SANTA CLARA 7 3

PARQUE VERDE 3 4

PEDRO JERONIMO 11 63 125 5 89 2 147 34

PEDRO JORGE 60 0

PONTALZINHO 18 44 169 4 117 4 184 20

ROÇA DO POVO 0 1

SANTA CATARINA 1 2 7 0 4 0 156 0

SANTA CLARA 1 3 31 0 7 0 87 1

SANTA INES 6 64 193 7 102 3 536 30

SANTA RITA 0 1 0 0 0 0 613 0

SANTO ANTONIO 63 114 360 9 238 13 602 82

SAO CAETANO 22 124 146 10 280 10 385 62

SAO JUDAS TADEU 2 9 9 0 12 1 184 6

SAO LOURENCO 6 18 59 1 87 3 128 3

SAO PEDRO 26 86 261 1 90 0 154 27

SAO ROQUE 6 39 103 0 63 2 111 19

SARINHA 4 55 56 3 102 3 142 18

SINVAL PALMEIRA 6 21 13 1 36 2 167 12

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63

Bairro Residência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

TRAVEIROLÂNDIA 10 0

URBIS IV 6 25 30 1 110 1 59 7

VALE DO SOL 1 3 13 0 3 1 64 2

VILA ANALIA 3 17 27 1 94 1 80 12

VILA DAS DORES 48 1

VILA PALOMA 72 0

VILA ZARA 1 4 17 1 25 2 26 5

ZILDOLANDIA 2 7 14 0 23 0 21 6

ZIZO 4 17 54 1 23 0 38 2

ZONA RURAL 0 11 13 0 13 0 34 2

Total 418 1747 5143 114 3702 154 1 1 13560 854

Fonte: SINAN/SMS, 2011

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64

Quadro 2: Notificação de dengue segundo escolaridade no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

ESCOLARIDADE

Ano

Anos de Estudo

Ign/Branco Nenhum 1 a 3 4 a 7 8 a 11 12 a mais

Não se aplica

2001 07 304 0 35 13 04 64

2002 56 1226 0 247 88 21 123

2003 180 3374 416 559 525 160 245

2004 06 43 09 17 28 04 07

2005 19 3150 58 142 193 41 194

2006 04 22 09 34 58 15 12

2007 24 02 09 32 35 13 10

2008 1462 - 52 262 270 16 308

2009 8942 18 293 540 1695 180 2949

2010 925 01 08 13 14 01 102

Fonte: SINAN/SMS, 2011

Quadro 3: Notificação de dengue segundo sexo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

SEXO

Ano Ignorado Masculino Feminino Total de Notificações

2001 1 215 211 427

2002 12 721 1028 1761

2003 - 2338 3119 5459

2004 4 46 68 114

2005 - 1601 2192 3797

2006 - 65 89 154

2007 - 58 67 125

2008 - 1003 1366 2369

2009 - 6319 8614 14933

2010 - 528 536 1064

Fonte: SINAN/SMS, 2011

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65

Quadro 4: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo sexo, no período 2001 a 2010.

Sexo Pop Geral

Masculino Feminino Total

2001 94.940 102.890 197.830

2002 95.534 103.540 199.074

2003

96.070 104.116 200.186

2004 96.603 104.693 201.296

2005 97.815 106.000 203.815

2006 98.426 106.673 205.099

2007 99.035 107.301 206.336

2008 101.864 110.381 212.248

2009 102.526 111.128 213.654

2010 96.936 107.731 204.667

Fonte: DATASUS/MS, 2011

Quadro 5: Distribuição populacional do Município de Itabuna segundo faixa

etária, no período de 2001 a 2010.

POPULAÇÃO

Faixa Etária

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

< 1 3.439 3.461 3.480 3.499 3.543 3.565 3.397 3.400 3.322 2.818

1 a 4 14.014 14.101 14.178 14.258 14.437 14.528 13.971 14.085 13.857 11.042

5 a 9 18.055 18.169 18.270 18.372 18.602 18.720 17.460 18.028 18.141 15.549

10 a 14 21.244 21.379 21.498 21.616 21.888 22.025 17.210 17.457 17.428 17.230

15 a 19 23.826 23.976 24.110 24.244 24.546 24.701 19.058 18.762 18.149 17.574

20 a 29 36.090 36.316 36.520 36.722 37.182 37.416 41.891 42.615 42.222 39.464

30 a 39 28.475 28.654 28.815 28.974 29.337 29.521 29.787 31.292 32.246 31.880

40 a 49 22.196 22.335 22.400 22.585 22.867 23.011 25.584 26.349 26.539 26.283

50 a 59 13.657 13.743 13.820 13.896 14.070 14.159 17.675 18.885 19.641 20.340

60 a 69 9.395 9.454 9.507 9.560 9.679 9.740 10.784 11.305 11.639 11.924

70 a 79 5.001 5.032 5.061 5.089 5.152 5.185 6.456 6.823 7.047 7.084

80 e + 2.438 2.454 2.467 2.481 2.512 2.528 3.063 3.274 3.423 3.479

Fonte: DATASUS/MS, 2011

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Quadro 6: Notificação de dengue segundo faixa etária no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

Ano de Notificação

Faixa Etária 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

< 1 Ano 14 14 26 1 25 5 6 50 431 18

1 a 4 37 56 112 5 104 3 3 143 1630 53

5 a 9 42 124 228 7 153 9 4 336 2191 121

10 a 14 35 157 379 10 260 12 4 254 1799 88

15 a 19 41 183 612 16 376 23 12 183 1271 107

20 a 29 99 389 1340 35 972 41 36 499 2780 298

30 a 39 78 342 1067 19 715 24 22 348 1803 157

40 a 49 36 245 817 14 579 21 15 272 1409 101

50 a 59 22 135 467 6 331 8 12 156 929 61

60 a 69 11 79 235 1 175 5 9 74 426 29

70 a 79 10 26 135 0 78 2 2 32 185 22

80 e + 2 11 41 0 29 1 0 10 64 5

Fonte SINAN/SMS, 2011

Quadro 7: Distribuição de dengue segundo mês de notificação no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

OCORRÊNCIA MENSAL (nº de casos notificados)

Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2001 16 31 75 65 92 50 29 8 11 23 17 10

2002 57 257 359 497 249 55 42 45 55 48 54 43

2003 105 443 1191 2473 1049 95 63 19 6 3 6 6

2004 11 13 16 4 - 11 5 15 5 - 15 19

2005 62 263 1156 1502 532 130 38 20 18 13 30 33

2006 24 14 33 21 14 5 3 4 3 3 9 21

2007 13 8 18 21 3 7 9 2 5 9 11 19

2008 16 9 102 688 407 444 302 44 17 84 139 117

2009 447 2347 5532 4374 1064 298 147 262 132 90 110 130

2010 133 155 153 117 91 79 50 40 82 38 52 74

Fonte SINAN/SMS, 2011

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Quadro 8: Temperatura média mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010.

TEMPERATURA MÉDIA MENSAL (°C)

Ano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2001 24,4 25,6 25,1 24,3 26,7 22,0 21,5 21,0 22,4 23,2 24,6 24,8

2002 24,8 23,1 24,9 26,1 22,9 22,0 21,5 21,3 22,9 23,2 24,4 25,2

2003 26,2 25,3 25,4 25,0 23,5 25,2 21,1 21,7 22,3 23,1 24,4 25,5

2004 25,2 25,3 24,9 24,3 23,5 22,0 22,6 21,3 22,1 23,6 24,3 25,1

2005 25,3 25,8 25,8 24,7 23,6 22,6 21,3 21,8 22,9 23,7 23,6 24,3

2006 24,7 25,9 25,8 24,8 22,9 22,1 20,7 21,5 22,3 23,4 24,1 25,1

2007 25,5 25,0 24,8 24,4 22,8 21,5 21,2 20,9 21,8 22,4 23,9 24,4

2008 24,3 25,2 25,1 25,0 23,6 21,9 20,9 21,4 22,5 23,8 25,0 24,8

2009 25,4 25,3 25,7 25,3 23,6 22,4 22,2 22,2 23,6 24,9 25,5 25,8

2010 25,9 26,1 26,1 25,2 24,2 21,9 21,5 21,1 22,1 24,0 24,8 25,3

Fonte: CEPLAC, 2011

Quadro 9: Precipitação mensal do Município de Itabuna-Bahia no período de 2001 a 2010.

PRECIPITAÇÃO MENSAL (mm)

ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

2001 85,0 51,7 162,4 99,7 137,2 133,6 96,2 159,1 45,3 197,1 58,3 424,2

2002 357,2 250,6 161,9 167,7 89,2 149,6 11,7 155,0 130,5 54,2 121,6 195,7

2003 42,3 78,1 169,8 110,3 231,9 99,1 154,2 128,0 65,3 66,9 61,1 47,0

2004 134,1 138,6 308,8 139,4 149,4 134,0 126,9 6,6 22,1 114,6 187,4 22,5

2005 248,8 205,3 203,2 231,9 216,8 207,0 69,9 143,5 95,6 62,9 234,3 111,5

2006 141,7 28,3 198,2 184,5 40,6 228,8 76,0 55,7 74,8 199,7 128,7 190,2

2007 132,0 315,7 127,0 132,5 113,4 69,4 138,3 90,4 152,6 98,2 141,7 114,4

2008 70,2 83,0 151,3 84,6 81,6 133,6 108,2 74,0 16,3 34,4 123,8 210,4

2009 123,9 82,5 93,2 225,3 113,3 73,2 150,6 116,3 65,5 172,7 168,7 22,4

2010 194,1 159,8 126,2 209,2 62,7 53,7 262,5 113,2 82,0 134,1 118,1 149,1

Fonte: CEPLAC, 2011

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Figura 14: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e sua relação com os níveis de

temperatura do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia.

Figura 15: Diagrama de dispersão da notificação do dengue e os níveis de precipitação

pluviométrica do período de 2001 a 2010 no Município de Itabuna-Bahia.

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Tabela 7: Abastecimento de água no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Ano Rede Pública Poço ou Nascente Outros

2001

21.406 769 1.895

2002

32.732 1.084 2.109

2003

36.627 1.173 2.104

2004

37.417 1.147 2.063

2005

38.377 1.158 1.195

2006

33.849 1.004 1.478

2007

35.603 1.026 1.442

2008

34.433 877 1.167

2009

35.350 685 1.372

2010

38.948 653 1.284

Fonte: SIAB/SMS, 2011

Tabela 8: Esgotamento sanitário no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Ano Esgoto Fossa Céu Aberto

2001

15.986 1.256 6.828

2002

25.484 1.804 8.637

2003

29.440 1.909 8.555

2004

29.984 1.940 8.703

2005

30.940 1.912 8.668

2006

26.446 2.232 7.653

2007

28.261 2.512 7.298

2008

27.410 2.487 6.580

2009

28.198 2.595 6.614

2010

31.861 2.660 6.364

Fonte: SIAB/SMS, 2011

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Tabela 9: Destino do lixo no Município de Itabuna-Bahia, no período de 2001 a 2010.

DESTINO DO LIXO

Ano Coletado Queimado/Enterrado Céu aberto

2001

16.580 768 6.722

2002

28.209 1.006 6.710

2003

33.328 870 5.706

2004

34.359 846 5.422

2005

35.715 800 5.005

2006

31.471 759 4.101

2007

33.789 833 3.449

2008

32.799 829 2.849

2009

33.758 808 2.841

2010 37.644 751 2.490

Fonte: SIAB/SMS, 2011

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ANEXOS

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2001 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Sexo | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 91 | 3.802 | 2.303 | 3.260 | 5.651 | 6.090 | 14.949 | 4.514 | 2.898 | 3.577 | 47.135 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 83 | 3.782 | 2.326 | 3.414 | 5.584 | 6.382 | 17.020 | 5.405 | 3.379 | 4.294 | 51.669 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 174 | 7.584 | 4.629 | 6.674 | 11.235 | 12.472 | 31.969 | 9.919 | 6.277 | 7.871 | 98.804 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 2| | 138| 7| | 11| 8| | | 3| 10 a 19 | 174| | |

| | 0,01| | 0,46| 0,02| | 0,04| 0,03| | | 0,01| anos | 1,45| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 496| 28| 1| 1.188| | 96| 6.128| 19| 1| 16| 20 anos | 470| | |

| | 0,72| 0,04| 0,00| 1,73| | 0,14| 8,94| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,56| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 498| 28| 139| 1.195| | 107| 6.136| 19| 1| 19| Total | 644| | |

| | 0,50| 0,03| 0,14| 1,21| | 0,11| 6,21| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,53| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 24.071| 59,06 | | Rede publica | 21.406 | 88,93 | | Coleta publica | 16.580 | 68,88 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 15.767| 88,04 | | Poco ou nascente | 769 | 3,19 | | Queimado/Enterrado | 768 | 3,19 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 55.647| 81,23 | | Outros | 1.895 | 7,87 | | Ceu aberto | 6.722 | 27,93 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 3.343| 3,38 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 18.466| 76,71| | Sistema de Esgoto | 15.986 | 66,41 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 257 | 1,07 | | Fossa | 1.256 | 5,22 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 204 | 0,85 | | Ceu aberto | 6.828 | 28,37 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 11.822 | 49,11 | | Madeira | 4.513 | 18,75 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 739 | 3,07 | | Material aproveitado | 251 | 1,04 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 4.054 | 16,84 | | Outros | 379 | 1,57 | | Energia Eletrica | 21.774 | 90,46 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 7.455 | 30,97 |

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72

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2002 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 459 | 5.153 | 3.238 | 4.842 | 8.038 | 8.456 | 22.084 | 6.954 | 4.394 | 5.337 | 68.955 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 481 | 5.006 | 3.317 | 4.784 | 8.014 | 8.731 | 25.165 | 8.060 | 5.254 | 6.671 | 75.483 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 940 | 10.159 | 6.555 | 9.626 | 16.052 | 17.187 | 47.249 | 15.014 | 9.648 | 12.008 | 144.438 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 3| 2| 188| 10| | 25| 13| 2| | 3| 10 a 19 | 236| | |

| | 0,01| 0,00| 0,43| 0,02| | 0,06| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 1,41| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 636| 25| | 1.980| | 149| 9.707| 26| 1| 18| 20 anos | 645| | |

| | 0,63| 0,02| | 1,96| | 0,15| 9,60| 0,03| 0,00| 0,02| e mais | 1,43| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 639| 27| 188| 1.990| | 174| 9.720| 28| 1| 21| Total | 881| | |

| | 0,44| 0,02| 0,13| 1,38| | 0,12| 6,73| 0,02| 0,00| 0,01| | 1,42| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 40.757| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 35.926| 88,15 | | Rede publica | 32.732 | 91,11 | | Coleta publica | 28.209 | 78,52 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 22.918| 89,25 | | Poco ou nascente | 1.084 | 3,02 | | Queimado/Enterrado | 1.006 | 2,80 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 84.464| 83,54 | | Outros | 2.109 | 5,87 | | Ceu aberto | 6.710 | 18,68 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.033| 5,56 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 29.449| 81,97| | Sistema de Esgoto | 25.484 | 70,93 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 276 | 0,77 | | Fossa | 1.804 | 5,02 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 250 | 0,70 | | Ceu aberto | 8.637 | 24,04 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 19.186 | 53,40 | | Madeira | 5.317 | 14,80 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 965 | 2,69 | | Material aproveitado | 266 | 0,74 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 4.118 | 11,46 | | Outros | 367 | 1,02 | | Energia Eletrica | 33.069 | 92,05 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 11.656 | 32,44 |

+--------------------------------------------+

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73

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2003 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 239 | 5.391 | 3.549 | 5.279 | 8.543 | 9.162 | 24.557 | 7.928 | 4.953 | 6.034 | 75.635 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 234 | 5.323 | 3.441 | 5.135 | 8.615 | 9.537 | 28.180 | 9.180 | 5.982 | 7.702 | 83.329 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 473 | 10.714 | 6.990 | 10.414 | 17.158 | 18.699 | 52.737 | 17.108 | 10.935 | 13.736 | 158.964 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 4| 2| 179| 13| | 23| 19| 2| | 2| 10 a 19 | 266| | |

| | 0,01| 0,00| 0,39| 0,03| | 0,05| 0,04| 0,00| | 0,00| anos | 1,47| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 635| 24| | 2.333| | 158| 11.066| 22| 3| 28| 20 anos | 755| | |

| | 0,56| 0,02| | 2,06| | 0,14| 9,77| 0,02| 0,00| 0,02| e mais | 1,48| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 639| 26| 179| 2.346| | 181| 11.085| 24| 3| 30| Total | 1.021| | |

| | 0,40| 0,02| 0,11| 1,48| | 0,11| 6,97| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,48| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 50.047| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 39.904| 79,73 | | Rede publica | 36.627 | 91,79 | | Coleta publica | 33.328 | 83,52 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 24.476| 88,77 | | Poco ou nascente | 1.173 | 2,94 | | Queimado/Enterrado | 870 | 2,18 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 96.482| 85,22 | | Outros | 2.104 | 5,27 | | Ceu aberto | 5.706 | 14,30 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.690| 6,10 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.922| 85,01| | Sistema de Esgoto | 29.440 | 73,78 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 260 | 0,65 | | Fossa | 1.909 | 4,78 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 233 | 0,58 | | Ceu aberto | 8.555 | 21,44 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 21.839 | 54,73 | | Madeira | 4.871 | 12,21 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 1.086 | 2,72 | | Material aproveitado | 308 | 0,77 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 4.270 | 10,70 | | Outros | 310 | 0,78 | | Energia Eletrica | 37.192 | 93,20 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 12.709 | 31,85 |

+---------------------------------------------+

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74

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2004 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 284 | 4.531 | 3.518 | 5.219 | 8.375 | 9.035 | 25.549 | 8.186 | 5.173 | 6.378 | 76.248 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 261 | 4.499 | 3.314 | 5.101 | 8.438 | 9.454 | 29.176 | 9.541 | 6.260 | 8.117 | 84.161 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 545 | 9.030 | 6.832 | 10.320 | 16.813 | 18.489 | 54.725 | 17.727 | 11.433 | 14.495 | 160.409 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 3| 2| 157| 11| | 17| 16| | | | 10 a 19 | 276| | |

| | 0,01| 0,00| 0,36| 0,03| | 0,04| 0,04| | | | anos | 1,54| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 635| 23| 1.227| 2.330| | 160| 11.215| 26| 3| 39| 20 anos | 956| | |

| | 0,54| 0,02| 1,05| 1,99| | 0,14| 9,60| 0,02| 0,00| 0,03| e mais | 1,80| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 638| 25| 1.384| 2.341| | 177| 11.231| 26| 3| 39| Total | 1.232| | |

| | 0,40| 0,02| 0,86| 1,46| | 0,11| 7,00| 0,02| 0,00| 0,02| | 1,74| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 50.324| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 40.627| 80,73 | | Rede publica | 37.417 | 92,10 | | Coleta publica | 34.359 | 84,57 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 23.150| 85,32 | | Poco ou nascente | 1.147 | 2,82 | | Queimado/Enterrado | 846 | 2,08 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 100.181| 85,72 | | Outros | 2.063 | 5,08 | | Ceu aberto | 5.422 | 13,35 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.735| 6,07 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 34.743| 85,52| | Sistema de Esgoto | 29.984 | 73,80 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 249 | 0,61 | | Fossa | 1.940 | 4,78 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 224 | 0,55 | | Ceu aberto | 8.703 | 21,42 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 22.591 | 55,61 | | Madeira | 4.787 | 11,78 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 1.049 | 2,58 | | Material aproveitado | 313 | 0,77 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 4.118 | 10,14 | | Outros | 311 | 0,77 | | Energia Eletrica | 37.815 | 93,08 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 12.869 | 31,68 |

+---------------------------------------------+

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75

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2005 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 279 | 3.905 | 3.169 | 5.088 | 8.287 | 8.682 | 26.404 | 8.473 | 5.478 | 6.733 | 76.498 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 256 | 3.868 | 3.045 | 4.995 | 8.456 | 8.976 | 29.952 | 10.006 | 6.668 | 8.671 | 84.893 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 535 | 7.773 | 6.214 | 10.083 | 16.743 | 17.658 | 56.356 | 18.479 | 12.146 | 15.404 | 161.391 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 3| 4| 147| 14| | 19| 12| 1| | | 10 a 19 | 196| | |

| | 0,01| 0,01| 0,36| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | | anos | 1,12| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 625| 31| 1.276| 2.533| | 164| 11.747| 31| 3| 51| 20 anos | 1.006| | |

| | 0,52| 0,03| 1,06| 2,11| | 0,14| 9,79| 0,03| 0,00| 0,04| e mais | 1,82| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 628| 35| 1.423| 2.547| | 183| 11.759| 32| 3| 51| Total | 1.202| | |

| | 0,39| 0,02| 0,88| 1,58| | 0,11| 7,29| 0,02| 0,00| 0,03| | 1,65| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 58.233| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 41.520| 71,30 | | Rede publica | 38.377 | 92,43 | | Coleta publica | 35.715 | 86,02 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 21.933| 81,76 | | Poco ou nascente | 1.158 | 2,79 | | Queimado/Enterrado | 800 | 1,93 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 103.824| 86,49 | | Outros | 1.985 | 4,78 | | Ceu aberto | 5.005 | 12,05 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 9.910| 6,14 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 35.849| 86,34| | Sistema de Esgoto | 30.940 | 74,52 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 231 | 0,56 | | Fossa | 1.912 | 4,61 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 202 | 0,49 | | Ceu aberto | 8.668 | 20,88 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 23.251 | 56,00 | | Madeira | 4.643 | 11,18 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 969 | 2,33 | | Material aproveitado | 266 | 0,64 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 4.009 | 9,66 | | Outros | 329 | 0,79 | | Energia Eletrica | 38.476 | 92,67 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 13.291 | 32,01 |

+---------------------------------------------+

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76

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2006 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 187 | 3.236 | 2.423 | 4.345 | 6.941 | 7.041 | 23.171 | 7.471 | 4.921 | 6.004 | 65.740 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 173 | 3.218 | 2.346 | 4.101 | 7.002 | 7.233 | 26.149 | 8.769 | 5.995 | 7.700 | 72.686 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 360 | 6.454 | 4.769 | 8.446 | 13.943 | 14.274 | 49.320 | 16.240 | 10.916 | 13.704 | 138.426 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 1| 4| 118| 12| | 14| 9| | | | 10 a 19 | 158| | |

| | 0,00| 0,01| 0,35| 0,04| | 0,04| 0,03| | | | anos | 1,11| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 541| 28| 1.128| 2.313| | 149| 10.499| 26| | 43| 20 anos | 907| | |

| | 0,52| 0,03| 1,08| 2,21| | 0,14| 10,05| 0,02| | 0,04| e mais | 1,87| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 542| 32| 1.246| 2.325| | 163| 10.508| 26| | 43| Total | 1.065| | |

| | 0,39| 0,02| 0,90| 1,68| | 0,12| 7,59| 0,02| | 0,03| | 1,69| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 36.331| 70,86 | | Rede publica | 33.849 | 93,17 | | Coleta publica | 31.471 | 86,62 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 18.030| 80,53 | | Poco ou nascente | 1.004 | 2,76 | | Queimado/Enterrado | 759 | 2,09 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 90.924| 87,05 | | Outros | 1.478 | 4,07 | | Ceu aberto | 4.101 | 11,29 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.601| 6,21 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 31.540| 86,81| | Sistema de Esgoto | 26.446 | 72,79 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 189 | 0,52 | | Fossa | 2.232 | 6,14 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 164 | 0,45 | | Ceu aberto | 7.653 | 21,06 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 20.387 | 56,11 | | Madeira | 3.799 | 10,46 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 771 | 2,12 | | Material aproveitado | 245 | 0,67 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 3.392 | 9,34 | | Outros | 394 | 1,08 | | Energia Eletrica | 33.457 | 92,09 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 11.781 | 32,43 |

+---------------------------------------------+

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77

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2007 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 155 | 3.440 | 2.568 | 4.578 | 7.631 | 6.795 | 24.070 | 7.804 | 5.318 | 6.378 | 68.737 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 154 | 3.328 | 2.423 | 4.315 | 7.686 | 7.067 | 27.098 | 9.170 | 6.359 | 8.239 | 75.839 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 309 | 6.768 | 4.991 | 8.893 | 15.317 | 13.862 | 51.168 | 16.974 | 11.677 | 14.617 | 144.576 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 6| 2| 132| 7| | 17| 9| 1| | | 10 a 19 | 144| | |

| | 0,02| 0,01| 0,36| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | | anos | 0,98| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 513| 22| 1.285| 2.449| | 136| 11.249| 37| 1| 32| 20 anos | 872| | |

| | 0,47| 0,02| 1,19| 2,26| | 0,13| 10,39| 0,03| 0,00| 0,03| e mais | 1,71| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 519| 24| 1.417| 2.456| | 153| 11.258| 38| 1| 32| Total | 1.016| | |

| | 0,36| 0,02| 0,98| 1,70| | 0,11| 7,79| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,55| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 38.071| 74,25 | | Rede publica | 35.603 | 93,52 | | Coleta publica | 33.789 | 88,75 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 19.418| 80,21 | | Poco ou nascente | 1.026 | 2,69 | | Queimado/Enterrado | 833 | 2,19 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 95.450| 88,14 | | Outros | 1.442 | 3,79 | | Ceu aberto | 3.449 | 9,06 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 8.532| 5,90 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.672| 88,45| | Sistema de Esgoto | 28.261 | 74,23 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 247 | 0,65 | | Fossa | 2.512 | 6,60 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 146 | 0,38 | | Ceu aberto | 7.298 | 19,17 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 22.430 | 58,92 | | Madeira | 3.496 | 9,18 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 712 | 1,87 | | Material aproveitado | 227 | 0,60 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 3.460 | 9,09 | | Outros | 283 | 0,74 | | Energia Eletrica | 35.722 | 93,83 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 11.469 | 30,13 |

+---------------------------------------------+

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78

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2008 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 150 | 2.964 | 2.181 | 3.986 | 7.000 | 6.390 | 22.958 | 7.421 | 5.322 | 6.279 | 64.651 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 134 | 2.849 | 2.147 | 3.765 | 6.919 | 6.562 | 25.819 | 8.853 | 6.327 | 8.225 | 71.600 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 284 | 5.813 | 4.328 | 7.751 | 13.919 | 12.952 | 48.777 | 16.274 | 11.649 | 14.504 | 136.251 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 6| 2| 121| 7| | 15| 8| 1| | 3| 10 a 19 | 111| | |

| | 0,02| 0,01| 0,38| 0,02| | 0,05| 0,02| 0,00| | 0,01| anos | 0,82| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 470| 22| 1.304| 2.383| | 137| 11.030| 37| 1| 25| 20 anos | 735| | |

| | 0,45| 0,02| 1,25| 2,29| | 0,13| 10,59| 0,04| 0,00| 0,02| e mais | 1,49| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 476| 24| 1.425| 2.390| | 152| 11.038| 38| 1| 28| Total | 846| | |

| | 0,35| 0,02| 1,05| 1,75| | 0,11| 8,10| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,35| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 51.275| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 36.477| 71,14 | | Rede publica | 34.433 | 94,40 | | Coleta publica | 32.799 | 89,92 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 17.345| 80,04 | | Poco ou nascente | 877 | 2,40 | | Queimado/Enterrado | 829 | 2,27 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 92.461| 88,77 | | Outros | 1.167 | 3,20 | | Ceu aberto | 2.849 | 7,81 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.484| 5,49 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 32.528| 89,17| | Sistema de Esgoto | 27.410 | 75,14 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 258 | 0,71 | | Fossa | 2.487 | 6,82 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 123 | 0,34 | | Ceu aberto | 6.580 | 18,04 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 21.773 | 59,69 | | Madeira | 3.036 | 8,32 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 612 | 1,68 | | Material aproveitado | 229 | 0,63 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 3.335 | 9,14 | | Outros | 303 | 0,83 | | Energia Eletrica | 34.937 | 95,78 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 10.757 | 29,49 |

+---------------------------------------------+

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79

CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2009 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 228 | 2.712 | 2.171 | 3.640 | 6.829 | 6.241 | 23.000 | 7.659 | 5.585 | 6.543 | 64.608 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 244 | 2.572 | 2.173 | 3.478 | 6.789 | 6.441 | 25.939 | 9.097 | 6.780 | 8.598 | 72.111 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 472 | 5.284 | 4.344 | 7.118 | 13.618 | 12.682 | 48.939 | 16.756 | 12.365 | 15.141 | 136.719 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 10| 2| 133| 8| | 15| 9| 1| | 3| 10 a 19 | 123| | |

| | 0,03| 0,01| 0,43| 0,03| | 0,05| 0,03| 0,00| | 0,01| anos | 0,93| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 467| 14| 1.403| 2.519| | 129| 11.473| 45| 2| 30| 20 anos | 747| | |

| | 0,44| 0,01| 1,33| 2,38| | 0,12| 10,84| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,48| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 477| 16| 1.536| 2.527| | 144| 11.482| 46| 2| 33| Total | 870| | |

| | 0,35| 0,01| 1,12| 1,85| | 0,11| 8,40| 0,03| 0,00| 0,02| | 1,37| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 37.407| 70,03 | | Rede publica | 35.350 | 94,50 | | Coleta publica | 33.758 | 90,25 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 16.794| 80,99 | | Poco ou nascente | 685 | 1,83 | | Queimado/Enterrado | 808 | 2,16 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 94.850| 89,58 | | Outros | 1.372 | 3,67 | | Ceu aberto | 2.841 | 7,59 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 7.628| 5,58 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 33.660| 89,98| | Sistema de Esgoto | 28.198 | 75,38 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 235 | 0,63 | | Fossa | 2.595 | 6,94 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 112 | 0,30 | | Ceu aberto | 6.614 | 17,68 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 22.706 | 60,70 | | Madeira | 2.698 | 7,21 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 583 | 1,56 | | Material aproveitado | 254 | 0,68 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 3.581 | 9,57 | | Outros | 448 | 1,20 | | Energia Eletrica | 35.934 | 96,06 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 10.537 | 28,17 |

+---------------------------------------------+

Page 83: Universidade Estadual de Santa Cruzobservatorio.faculdadeguanambi.edu.br/wp-content/uploads/2015/04/... · Orientadora: Vitória Solange Coelho Ferreira. Co-orientador: Marcelo Inácio

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CONSOLIDADO DAS FAMILIAS CADASTRADAS DO ANO DE 2010 DA ZONA GERAL MUNICIPIO: ITABUNA

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| | Faixa Etaria (anos) |

| Sexo |-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------|

| | < 1 | 1 a 4 | 5 a 6 | 7 a 9 | 10 a 14 | 15 a 19 | 20 a 39 | 40 a 49 | 50 A 59 | > 60 | Total |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Masculino | 196 | 2.565 | 2.241 | 3.654 | 6.658 | 6.614 | 24.004 | 8.192 | 6.236 | 7.413 | 67.773 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Feminino | 186 | 2.514 | 2.160 | 3.586 | 6.692 | 6.914 | 27.229 | 9.765 | 7.721 | 9.950 | 76.717 |

|--------------------------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|-----------|

| Numero de Pessoas | 382 | 5.079 | 4.401 | 7.240 | 13.350 | 13.528 | 51.233 | 17.957 | 13.957 | 17.363 | 144.490 |

+--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

| Faixa | Doencas referidas | Faixa | Condicao referida |

| Etaria |---------------------------------------------------------------------------------------------------| etaria |-----------------------------|

| (anos) | ALC | CHA | DEF | DIA | DME | EPI | HA | HAN | MAL | TB | (anos) | GES | | |

| | % | % | % | % | % | % | % | % | % | % | | % | | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 0 a 14 | 9| 2| 147| 6| | 10| 6| 3| | 2| 10 a 19 | 125| | |

| | 0,03| 0,01| 0,48| 0,02| | 0,03| 0,02| 0,01| | 0,01| anos | 0,92| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| 15 anos e mais | 496| 13| 1.546| 3.069| | 143| 13.212| 41| 2| 35| 20 anos | 753| | |

| | 0,43| 0,01| 1,36| 2,69| | 0,13| 11,59| 0,04| 0,00| 0,03| e mais | 1,38| | |

|-----------------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|---------|

| Total | 505| 15| 1.693| 3.075| | 153| 13.218| 44| 2| 37| Total | 878| | |

| | 0,35| 0,01| 1,17| 2,13| | 0,11| 9,15| 0,03| 0,00| 0,03| | 1,29| | |

+-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------+

+-----------------------------------------------------+ +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| N. de familias estimadas | 53.413| % | | ABASTECIMENTO DE AGUA | No | % | | DESTINO DO LIXO | No | % |

|----------------------------------|---------|--------| |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

| N. de familias cadastradas | 40.885| 76,55 | | Rede publica | 38.948 | 95,26 | | Coleta publica | 37.644 | 92,07 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 7 a 14 anos na escola | 16.972| 82,43 | | Poco ou nascente | 653 | 1,60 | | Queimado/Enterrado | 751 | 1,84 |

|----------------------------------|---------|--------| |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| 15 anos e mais alfabetizados | 103.588| 90,84 | | Outros | 1.284 | 3,14 | | Ceu aberto | 2.490 | 6,09 |

|----------------------------------|---------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Pessoas cobertas c/ plano saude | 10.891| 7,54 | +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

|-----------------------------------------------------| | TIPO DE CASA | No | % | | DESTINO FEZES/URINA | No | % |

| N. Familias no Bolsa Familia | | | |---------------------------------------------| |-------------------------------------------|

|-----------------------------------------------------| | Tijolo / Adobe | 37.522| 91,77| | Sistema de Esgoto | 31.861 | 77,93 |

| Familias inscritas no CAD-Unico | | | |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

+-----------------------------------------------------+ | Taipa revestida | 211 | 0,52 | | Fossa | 2.660 | 6,51 |

+---------------------------------------------+ |------------------------|-----------|--------| |----------------------|-----------|--------|

| TRAT.AGUA NO DOMICILIO | No | % | | Taipa nao revestida | 103 | 0,25 | | Ceu aberto | 6.364 | 15,57 |

|---------------------------------------------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Filtracao | 26.149 | 63,96 | | Madeira | 2.523 | 6,17 |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| +-------------------------------------------+

| Fervura | 571 | 1,40 | | Material aproveitado | 206 | 0,50 | | | No | % |

|------------------------|-----------|--------| |------------------------|-----------|--------| |-------------------------------------------|

| Cloracao | 3.777 | 9,24 | | Outros | 320 | 0,78 | | Energia Eletrica | 39.621 | 96,91 |

|------------------------|-----------|--------| +---------------------------------------------+ +-------------------------------------------+

| Sem tratamento | 10.388 | 25,41 |

+---------------------------------------------+