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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA – UFPB
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS A DISTANCIA
DINAIR ALVES DOS SANTOS
RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Fábulas: no processo de aquisição dos elementos textuais em narrações
CAMPINA GRANDE – PB
DEZEMBRO DE 2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA – UFPB
CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS A DISTANCIA
DINAIR ALVES DOS SANTOS
RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Fábulas: no processo de aquisição dos elementos textuais em narrações
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Curso de Letras a Distância da Universidade
Federal da Paraíba, como requisito para a
obtenção do grau de Licenciado em Letras.
Profª Lorena Davim Paiva Ponce de Leon,
orientador
CAMPINA GRANDE - PB
DEZEMBRO DE 2013
DINAIR ALVES DOS SANTOS
RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO FUNDAMENTAL II
Fábulas: no processo de aquisição dos elementos textuais em narrações
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Letras a Distância da Universidade
Federal da Paraíba, como requisito para a obtenção do grau de Licenciado em Letras.
Data de aprovação _____/_____/_____
Banca Examinadora
_______________________________________________________________________
orientador
_______________________________________________________________________
examinador
_______________________________________________________________________
examinador
CAMPINA GRANDE - PB
DEZEMBRO DE 2013
DEDICATÓRIA
A Deus
Força maior da minha existência, que manteve em mim a perseverança de um sonho, dando-
me os meios para realizar a conquista almejada, estando presente em meus caminhos, que me
deu a luz da vida, acrescentando a ela a importante luz do saber.
A meus pais (in memória)
Não poderei expressar com palavras meu especial carinho, àqueles que sempre me apoiaram
nos tropeços de ser imperfeita e muito colaborou para que eu galgasse os degraus da minha
vida.
A minha filha
Pela sua compreensão e, se não me abati pelos obstáculos, foi porque voltei-me para meu
coração e lá te encontrei. “Você é a presença de Deus em minha vida”.
AGRADECIMENTOS
A minha orientadora
Pela sua atenção, doando seus conhecimentos, para elaboração e melhor desempenho desse
trabalho. E ainda, pelas suas palavras de muito bom senso, otimismo e principalmente de
encorajamento a cada feedback, sua forma de avaliar marcou positivamente o meu
aprendizado. Meu afetuoso abraço.
A toda equipe da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Os professores e tutores, que me oportunizaram a obter novos conhecimentos. Parabenizo a
tutora à distância Ana Carolina que respondeu às solicitações dos fóruns, em tempo preciso,
isto muito influenciou no cumprimento das tarefas no prazo determinado. Receba meu sincero
“muito obrigado”!
A minha inestimável tutora presencial ProfªMs. Herciliana
Que durante todo curso mostrou-se acessível a colaborar de forma relevante para a
aprendizagem, com ela foi possível conversar, falar das angústias durante a realização desse
trabalho, ouvir sua opinião e sugestões, expor dúvidas e principalmente retornar para casa
com ideias renovadas e problemas sanados. Minha gratidão e carinho.
A toda coordenação do polo de Campina Grande
Pelas gentilezas, cordialidades nos atendimentos, e soluções aos problemas surgidos.
A minha sobrinha
Sua participação e contribuição foram primordiais, ajudando-me e auxiliando-me, na
utilização de ferramentas do notebook que ora não dominava, ora desconhecia, e a ela
recorria. Benções de Deus e sucesso.
As colegas do curso
Sheila e Thaíse, nossa convivência foi breve, mas com intensidade, nos tornamos mais que
colegas, somos cúmplices. Sentirei saudades!
SANTOS, Dinair Alves dos. Fábulas: no processo de aquisição dos elementos textuais em
narrações. 2013. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras) – Centro de Ciências
Humanas, Letras e Artes – Curso de Letras a Distância - Universidade Federal da Paraíba.
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo identificar os possíveis problemas que ocasionam as
dificuldades relacionadas à produção textual. Para tanto, relata-se a experiência didático-
pedagógica vivenciada pela educadora Dinair Alves dos Santos, intitulada “Fábulas no
processo de aquisição dos elementos textuais em narrações”, essa experiência foi
desenvolvida na EMEIF Eduardo Medeiros, e concretizada nas aulas de Língua Portuguesa.
Nesse processo de realização, foram lidas diversas fábulas de Monteiro Lobato e uma única
versão de Esopo. Além de uma pesquisa bibliográfica do autor Monteiro Lobato com a
finalidade de ampliar conhecimentos de suas obras e biografia. As atividades propostas
tiveram o intuito de identificar as dificuldades de escrita na produção textual e de aprimorar as
práticas de produção textual do aluno leitor/identificador/produtor, de acordo com o gênero e
tipologia textual. Nas atividades propostas buscou-se investigar a compreensão interpretativa
textual; o processo de aquisição dos elementos textuais que formam as narrativas, as práticas
de produção textual de acordo com o gênero e tipologia textual. Visando às dificuldades que
interferem na produção textual. Concluiu-se que a inserção dos elementos essenciais do texto
na recriação e produção textual é relevante para construção do texto, assimilou-se que todo
texto e qualquer texto é fundamentado de acordo com seu gênero e sua tipologia textual, e que
para se escrever ou descrever se faz uso do gênero e da tipologia textual, e ainda, que os
gêneros estão baseados e determinados para atender critérios sociais e comunicativos da ação
humana.
Palavras Chave: Leitura – Gênero textual – Produção textual
6
1. INTRODUÇÃO
A experiência de ensino/aprendizagem definida neste relato foi desenvolvida com
alunos do 6º ano A. Durante as aulas de Língua Portuguesa da EMEIF Eduardo Medeiros no
município de Serra Redonda – PB. Sob a orientação da professora Dinair Alves dos Santos,
durante três semanas, realizada no mês de setembro, nas cinco aulas semanais, distribuídas
como carga horária da disciplina de Língua Portuguesa, totalizando quinze aulas.
Nesse processo os alunos leram o gênero fábula e reconheceram a estrutura e
organização textual da narrativa. O trabalho configurou-se na oportunidade de leitura de
diversas fábulas, visando os seguintes pontos, caracterização do gênero fábula; tipologia
textual narrativa; elementos estruturais do texto; o que é fábula; o que é narrativa.
Os alunos debateram e discutiram a temática, interpretaram e produziram textos,
realizaram diversas leituras e recontaram oralmente histórias de fábulas lidas, apresentaram
biografia e algumas obras do autor Monteiro Lobato; organizaram um mural expositivo das
fábulas lidas, fixando-o no ponto central de acesso a todos os alunos da escola. Com o auxílio
da professora os alunos também organizaram uma coletânea com as fábulas produzidas em
um singelo encarte.
Nesse ambiente revelador de apreensão do aluno como leitor/produtor foi possível
constatar e registrar como eles estavam envolvidos no processo de ensino/aprendizagem de
produção textual, sentindo-se privilegiados e valorizados pela participação ativa nas
atividades. Percebeu-se como ficaram orgulhosos de terem suas produções lidas por outros
alunos da escola, alguns se envaideciam ao receber elogios. Uma aluna da turma ao receber
um elogio pela sua produção de texto se expressou da seguinte forma. “ - Professora espero
que isto me ajude no (ENEM) – Exame Nacional de Ensino Médio”. A referida aluna
surpreendeu a professora, esta fazia menção à redação obrigatória do exame (ENEM), ela que
está cursando o 6º Ano do Ensino Fundamental já se preocupava com o seu nível de
aprendizagem para o Ensino Médio e principalmente com o seu sucesso no (ENEM), pois já
demonstrava consciência da importância da redação no exame (ENEM) e como a sua
classificação frente ao exame poderia garantir sua entrada no Ensino Superior. Essa
observação da aluna deixou a professora gratificada, fortalecendo sua perspectiva no empenho
de que a busca por uma educação qualificada se faz tão urgente como um novo modelo de
transmissão dos conteúdos na prática escolar.
7
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.1 Gêneros textuais em discussões.
Segundo MARCUSCHI (2007) os gêneros textuais estão associados historicamente à
vida cultural e social. Contribuindo de forma organizada e estabilizada nas atividades do dia-
a-dia.
“São entidades sócio-discursivas e formas de ação social
incontornáveis em qualquer situação comunicativa. No entanto,
mesmo apresentando alto poder preditivo e interpretativo das ações
humanas em qualquer contexto discursivo, os gêneros não são
instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa”.
(MARCUSCHI, 2007: 19).
Os gêneros têm formas flexíveis, assumindo particularidades nas atividades
socioculturais e estão relacionadas diretamente às inovações tecnológicas. Sob esses aspectos
de ampla variedade, os gêneros demonstram sua legitibilidade em quantidade dos gêneros
textuais vigentes, em relação a sociedades anteriores à comunicação escrita.
Quanto às sociedades anteriores à comunicação escrita, MARCUSCHI afirma que:
“uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros revela
que, numa primeira fase, povos de cultura essencialmente oral
desenvolveram um conjunto limitado de gêneros. Após a invenção
da escrita alfabética por volta do século VII a.C., multiplicam-se os
gêneros, surgindo os típicos da escrita. Numa terceira fase, a partir
do século XV, os gêneros expandem-se com o florescimento da
cultura impressa para, na fase intermediária de industrialização
iniciada no século XVIII, dar início a uma grande ampliação. Hoje,
em plena fase da denominada cultura eletrônica, com o telefone, o
gravador, o rádio, a TV e, particularmente o computador pessoal e
sua aplicação mais notável, a internet, presenciamos uma explosão
de novos gêneros e novas formas de comunicação, tanto na oralidade
como na escrita”. (MARCUSCCHI, 2007, p.19).
As fases elencadas por esse autor (ibidem: id), caracterizam os gêneros textuais como
surgimento da necessidade funcional, infiltrando-se às culturas que os desenvolvem. Sendo
desenvolvidos mais pela intencionalidade de cumprir suas funções comunicativas, cognitivas
e institucionais do que por suas propriedades linguísticas e estruturais.
8
MARCUSCHI (2007) concerne a esse estudo dos gêneros a divulgação da diversidade
funcional dos gêneros. Assim sendo, as novas tecnologias, destacando-se a área da
comunicação, criam e inovam o surgimento dos novos gêneros textuais. Entretanto, as
tecnologias por si só não originam os gêneros, mas sim, o uso ativo das tecnologias que
influenciam nas formas de comunicação diárias. Como o rádio, a televisão, o jornal, a revista,
a internet, pois fazem parte do cotidiano da realidade humana englobando todas as classes
sociais dentro de um contexto inovador e criador de novos gêneros surgidos tais como os
editoriais, notícias, telefonemas, telegramas, telemensagens, teleconferências,
videoconferências, reportagens ao vivo, cartas eletrônicas (e-mails), batepapos virtuais, aulas
virtuais e outros.
Os gêneros novos são subsequentes daqueles já existentes, nessa sequência
modificadora, inovadora e complementar. Isto significa dizer que a tecnologia garante
inovação dos gêneros como, por exemplo, o telefonema que é uma conversação através do
canal telefônico, com características próprias, nesse modelo a conversação é pré-existe, mas
assume diferença entre um diálogo face a face, e um diálogo telefônico. Nessa perspectiva,
Bakhtin (1997, apud MASCUSCHI 2007: 22) “que falava na 'transmutação' dos gêneros e na
assimilação de um gênero por outro gerando novo”. MARCUSCHI (2007) enfatiza também
sobre os gêneros emergentes na mídia virtual, citando o e-mail (correio eletrônico), que
provêm dos bilhetes e das cartas (pessoais, comerciais etc.), os gêneros emergentes focalizam
aspectos centrais da linguagem em uso entre oralidade e escrita.
De acordo com (PCN-LP, 2001) - Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua
Portuguesa.
“a importância e o valor dos usos da linguagem são determinados
historicamente segundo as demandas sociais de cada momento.
Atualmente exigem-se níveis de leitura e de escrita diferentes e
muito superiores aos que satisfizeram as demandas sociais até bem
pouco atrás – e tudo indica que essa exigência tende a ser crescente”.
(PCN, 2001: 30).
Os gêneros apresentam complexidades e para introduzi-los na prática pedagógica é
preciso pesquisa constante por parte do docente. É o que ressalta FREIRE (1996):
“Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. 1 Esses que-
fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino
1 Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. No meu entender o que há de pesquisador no professor
não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar. Faz parte da natureza da
9
continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque
indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar,
constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para
conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a
novidade”. (FREIRE, 1996: 29).
Sabendo-se que a comunicação verbal só se realiza por meio de texto, ou seja, por
qualquer tipo de gênero textual, conforme defende BAKHTIN (1997) e BRONCKART
(1999) apud MARCUSCHI 2007: 22. Com esses parâmetros a língua assume a função social,
histórica e cognitiva.
Os gêneros textuais estão permanentemente em mudanças: “Daí dizer-se que os
gêneros são modelos comunicativos. Servem, muitas vezes, para criar uma expectativa no
interlocutor e prepará-lo para uma determinada reação. Operam prospectivamente, abrindo o
caminho da compreensão”, É o que frisa BAKHTIN (1997, apud MACUSCHI 2007: 33).
A linguista alemã Elizabeth Gülich (1986, apud MARCUSCHI 2007: 33) descreve que
os interlocutores seguem em geral três critérios para designarem seus textos:
a) canal! meio de comunicação: (telefonema, carta, telegrama)
b) critérios formais: (conto, discussão, debate, contrato, ata, poema)
c) natureza do conteúdo: (piada, prefácio de livro, receita culinária, bula de remédio).
Vale ressaltar, que ainda assim esses critérios se tornam insuficientes, pois não oferece
uma classificação, nem constitui todos os nomes.
Apoiado nesse âmbito teórico, Douglas BIBER (1988) afirma que os gêneros são
baseados com pretensões a garantir necessidades dos falantes, são utilizados no uso e não na
forma, “fundam-se em critérios externos (sócio-comunicativos e discursivos), enquanto os
tipos textuais fundam-se em critérios internos (linguísticas e formais)”. (BIBER, 1988 apud
MARCUSCHI 2007: 34).
Para Elizabeth Gülich (1986, apud MASCUSCHI 2007: 34) Os falantes se comunicam
utilizando os gêneros textuais, dentro das situações e contextos que consideram adequados,
visando às regras que determinam tais situações.
MARCUSCHI (2007: 22) apresenta duas noções que se insere no contexto, sendo
relevante para se trabalhar com a produção e a compreensão textual, enfocando a diferença
entre gênero e tipo textual: 1) O termo “tipo textual” classifica uma determinada construção
prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o
professor de perceba, e se assuma, porque professor, como pesquisador.
10
teórica de natureza linguística que compõem os aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais,
relações lógicas. Englobando especificidades como: narração, argumentação, exposição,
descrição, injunção. 2) O termo “gênero textual” se classifica de uma noção vaga que reflete
os textos materializados, vindo das características sócio-comunicativas dos conteúdos
propriedades funcionais, estilo e composição característica.
Segundo MARCUSCHI (2007)
“Enquanto os tipos textuais estão limitados acerca de meia dúzia,
estabelecidos por: narração, argumentação, exposição, descrição,
injunção. Os gêneros são inúmeros. Exemplos: telefonema, sermão,
carta comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem
jornalística, aula expositiva, reunião de condomínio, notícia
jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de remédio, lista de
compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoor,
inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação
espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador,
aulas virtuais e assim por diante”. (MARCUSCHI, 2007: 23).
Comungando com essa ideia, TRAVAGLIA (1996) enfoca que para os alunos
desenvolverem a competência comunicativa, a escola precisa expandir e explorar os
diferentes tipos de textos, “caso contrário estaremos instrumentalizando nossos alunos para
atuar comunicativamente em alguns tipos de situação e não em outros. Temos, portanto de
decidir com que tipos de textos vamos trabalhar [...] com quais vamos trabalhar mais e menos
detidamente”. (TRAVAGLIA, 1996: 104).
2.1.2 Tipologia textual
Sobre os tipos textuais, SOLÉ (1998) explicita que:
“A diversidade dos textos com os quais nos deparamos, assim como
mostrar por que é necessário, a meu ver, que a leitura na escola não
se limita a um ou dois tipos de textos. Considero que alguns textos
são mais adequados que outros para determinados propósitos de
leitura – assim como para determinadas finalidades de escrita – e
que as estratégias que utilizamos para ler se diversificam e adaptam
em função do texto que queremos abordar”. (SOLÉ, 1998: 82).
Sabendo-se que os tipos textuais são vários e que sua caracterização é apropriada para
se garantir necessidades específicas. SOLÉ (1998) aponta dois motivos para distinguir os
textos que utilizamos: o primeiro motivo é expresso pela diferenciação entre eles, pois os
textos são diferentes na forma de escrita e de leitura, não se pode ler versos da mesma forma
11
que se lê um processo jurídico: já o segundo motivo se pauta as expectativas causada no leitor
com os diferentes tipos de textos. O conteúdo nos tipos textuais não é visto como essencial,
ou seja, para o autor ao se narrar um acontecimento, é preciso fazer uso da estrutura formal de
uma narrativa. Poderá usar sua criatividade, fazer modificações, mas sem alterar tal estrutura.
E este aporte seguirá em toda tipologia textual.
“Um escritor2 competente é alguém que, ao produzir um discurso,
conhecendo possibilidades que estão postas culturalmente, sabe
selecionar o gênero no qual seu discurso se realizará escolhendo
aquele que for apropriado a seus objetivos e à circunstância
enunciativa em questão”. (PCN, 2001: 65).
Os PCN nos dar o respaldo para a confirmação do que já havia sido falado
anteriormente por SOLÉ (1998), a questão da tipologia textual se adequar a necessidade do
interlocutor.
Segundo MARCUSCHI (2007):
“a expressão "tipo de texto" muito usado nos livros didáticos e no
nosso dia-a-dia, é equivocadamente empregada e não designa um
tipo, mas sim um gênero de texto. Quando alguém diz, por exemplo,
"a carta pessoal é um tipo de texto informal", ele não está
empregando o termo "tipo de texto" de maneira correta e deveria
evitar essa forma de falar. Uma carta pessoal que você escreve para
sua mãe é um gênero textual, assim como um editorial, horóscopo,
receita médica, bula de remédio, poema, piada, conversação casual,
entrevista jornalística, artigo científico, resumo de um artigo,
prefácio de um livro”. (MARCUSCHI, 2007: 25).
Dessa maneira, se faz necessário entender que a cada gênero, se realiza um tipo textual
ou num mesmo gênero podemos obter várias tipologias textuais. Exemplo: carta pessoal; dita
como uma sequência narrativa (cumpre com a função de revelar, contar fatos), uma
argumentação (que permite a argumentação reflexiva em função de fatos ocorridos, ou coisa
“objeto”), uma descrição (que se pode descrever: situação, fato, objeto). Evidentemente, os
tipos textuais podem ocorrer em um mesmo gênero, ou seja, pode realiza-se por um, dois ou
mais tipos. Assim, um texto é normalmente, em geral tipologicamente diversificado, ou
precisamente (heterogêneo).
Apropriamos-nos dessa carta informal (a mesma foi escrito para uma conversação
entre amigos, onde se relata fatos pessoais do cotidiano) em que MARCUSCHI (2007)
2 O termo “escritor” está sendo utilizado aqui para referir-se não a escritores profissionais e sim a pessoas
capazes de redigir.
12
descreve algumas tipologias textuais, para melhor compreensão: A carta abaixo está escrita
parcialmente, suprimindo-se algumas partes, pois a intenção é apenas demonstrar às várias
tipologias referentes a trecho da mesma.
Sequências tipológicas Gênero textual: carta pessoal
Descritiva Rio, 11/08/1991
Injuntiva Amiga A.P.
Oi!
Descritiva Para ser mais preciso estou no meu quarto, escrevendo na
escrivaninha, com um Micro System ligado na minha frente (bem
alto, por sinal).
Expositiva Está ligado na Manchete FM – ou rádio dos funks - eu adoro
funk, principalmente com passos marcados.
Aqui no Rio é o ritmo do momento... e você, gosta? Gosto
também de house e dance music, sou fascinado por discotecas!
Sempre vou à K.I,
Narrativa Ontem mesmo (sexta-feira) eu fui e cheguei quase quatro horas
da madrugada.
Expositiva Dançar é muito bom, principalmente em uma discoteca legal.
Aqui no condomínio onde moro têm muitos jovens, somos todos
muito amigos e sempre vamos todos juntos. É muito maneiro![...]
Argumentativa
Narrativa
escreva!
Faz um favor? Diga pra M., A. P. e C. que esperem, [...]
Do amigo
P. P.
15:16h
FONTE: (MARCUSCHI 2007: 25-27)
Analisando esta carta, concretiza-se que em um mesmo gênero pode haver diversas
tipologias textuais. MARCUSCHI (2007) caracteriza:
“É notável a variedade de sequências tipológicas nessa carta pessoal,
em que predominam descrições e exposições, o que é muito comum
para esse gênero [...] Portanto, entre as características básicas dos
tipos textuais está o fato de eles serem definidos por seus traços
linguísticos predominantes. Por isso, um tipo textual é dado por um
13
conjunto de traços que formam uma sequência e não um texto [...]
Como tais, os gêneros são uma espécie de armadura comunicativa
geral preenchida por sequências tipológicas de base que podem ser
bastante heterogêneas, mas relacionadas entre si3. Quando se nomeia
um certo texto como "narrativo", "descritivo" ou"argumentativo",
não se está nomeando o gênero e sim o predomínio de um tipo de
sequência de base”. (MARCUSCHI, 2007: 27).
Segundo MARCUSCHI (2007) prevalece um elemento central que caracteriza a
organização de cada texto. Por exemplo, nos textos narrativos é a sequência temporal. Nos
textos descritivos as sequências de localização. Os textos expositivos as sequências analíticas
ou então explicitamente explicativas. Os textos argumentativos as sequências contrastivas
explícitas. Nos textos injuntivos as sequências imperativas. Voltando ao exemplo da carta
pessoal, nota-se que cada uma das sequências lá identificadas realiza os traços linguísticos
aqui apresentados. Essa é a forma para se analisar os gêneros textuais, baseando-se nesses
critérios para se identificar as sequências. E para o ensino de produção textual em sala de
aula, podemos falar da dificuldade que prevalecem na organização das sequências tipológicas
de base, uma vez que, as mesmas não podem ser apenas justapostas. “Os alunos apresentam
dificuldades precisamente nesses pontos e não conseguem realizar as relações entre as
sequências. E os diversos gêneros sequenciam bases tipológicas diversas”. (MARCUSCHI,
2007: 29).
Segundo KOCH (2009) é natural que as práticas comunicativas recebam “rotulação”
como sendo classificação tipológica de textos, e que “propiciam-nos a construção de um
“modelo” sobre o que são, como se definem, [...] que conteúdo é esperado nessas produções e
em que estilo fazê-lo”. (KOCK, 2009: 54). Assim textos que abordem assuntos como:
previsão astral, descrição do horóscopo do dia, seja “rotulado” como horóscopo; e aquela
comunicação geralmente curta, com poucas palavras, que descreve vários assuntos ou
informações, seja “rotulado” de bilhete; já aquele caderninho todo especial, com significado
afetivo, onde se descreve fatos, assuntos, informações, desejos, considerados como íntimos,
secretos, guardados, trancafiados para que permaneçam no anonimato, seja “rotulado” como
diário individual e/ou confidencial. Ainda, KOCK (2009: 54) afirma que “todos nós,
falantes/ouvintes, escritores/leitores, construímos, ao longo de nossa existência, uma
3 Esta é uma posição defendida recentemente também por Jean-Michel Adam (1999) que julga ser a unidade
"texto" muito heterogêneo para ser tomada como uma entidade linguística. Tratasse, pois de uma entidade
comunicativa que é construída com unidades composicionais constituídas pelas sequências tipológicas.
14
competência metagenérica, que diz respeito ao conhecimento de gêneros textuais, sua
caracterização e função”.
Essa competência metagenérica é responsável pela adequação de produção
comunicativa da qual participamos. Isto também influi no nosso comportamento frente às
situações comunicativas, de forma que, consideramos que contar piadas em velório é
inadequado, e cantarmos o hino do nosso país em eventos particulares é inviável.
A competência metagenérica nos orienta a diferenciar a variedades dos gêneros, ou
seja, reconhecer se estão diante de um poema, uma piada, uma carta comercial ou pessoal,
uma conferência acadêmica, etc., como também nos capacita no conhecimento que predomina
e classifica um texto em sequências: narrativo, descritivo, expositivo, e/ou argumentativo.
Os diversos textos do cotidiano estimula a capacidade metatextual, e referem-se aos
textos do cotidiano os: avisos, catálogos, manuais, receitas médicas, artigos de jornais, etc.,
esta vai facilitar no processo construtivo e intelectual dos textos.
De acordo com KOCH (2009: 55) “todas as nossas produções, quer orais; quer
escritas, se baseiam em formas-padrão relativamente estáveis de estruturação de um todo a
que denominamos gêneros”. Assim como a língua tem aspectos heterogêneos, ocorre o
mesmo em relação aos gêneros que apresentam heterogeneidade. Por isso, são incluídos desde
o diálogo do dia-a-dia até as teses científicas.
BAKHTIN (1992 apud KOCH 2009: 55), menciona a distinção dos gêneros em
primários dos secundários. Os primeiros são: carta, diálogo, interação face a face, estes se
referem a situações comunicativas relacionadas a esferas sociais cotidianas da relação
humana. Os segundos estão afixados a outras esferas públicas de mais complexidades, da
interação social, estes se referem aos gêneros primários, que se transformam e se alteram, e se
apresentam com frequência na forma escrita.
2.1.3 O texto, a tipologia e o ensino de produção textual.
A prática de ensino dos gêneros deverá ser fundamentada em estudos e focos de
pesquisas para atender as necessidades comunicativas cotidianas e sociais. É na sala de aula
que os gêneros perpassam da teoria à prática, no qual se relata toda estrutura, e se integra as
particularidades de ensino/aprendizagem. Segundo os PCN (2001) se o objetivo é formar
cidadãos capazes de compreender os diferentes textos com os quais se defrontam, é necessário
inserir essas práticas no trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola.
É primordial saber que o conhecimento absorve intimidade na diversidade dos gêneros
15
e ajudam na classificação da tipologia textual, e certamente os gêneros atuam no nosso
cotidiano social. Nesse aspecto temos a necessidade de saber produzir vários gêneros textuais.
Mas, como as escolas lidam com essa parte do ensino da produção textual? Como se aprende
a produzir textos? Será que a fórmula está atrelada a um aparato memorizador das
características dos gêneros e tipos ao qual cada um faz parte?
TRAVAGLIA (1996) aborda a relação entre a tipologia, dos “tipos” de texto e das
atividades de ensino de produção de textos. E registra sua inquietação e preocupação com as
propostas dos estudos sobre tipologia textual e como os “tipos” podem nos dar o
embasamento para ampliar a produção de textos da escola. Ele cita as bases que facilitam o
trabalho e não as técnicas de ensino. Nesse contexto, define alguns pontos que consideram
fundamentais: 1) os alunos já entram na escola falando a Língua Portuguesa. Então, o
educador deve utilizar a língua materna e desenvolver a competência comunicativa desses
alunos, para que seja capaz de usar os recursos da língua, no intuito, de fazer à produção de
efeito atender situação específica de interação comunicativa. 2) a comunicação é feita por
textos, assim é preciso desenvolver nos alunos a capacidade de produção e compreensão
textual, garantindo o desenvolvimento da capacidade comunicativa, e por fim, 3) como os
textos precisam atender as diversidades das situações sociais de interação comunicativa e as
situações também são diversificadas, o ensino tipológico da língua é necessariamente
importante.
FREIRE (1996) defende a formação do educador sob um patamar da prática
educativo-crítico numa teoria de reflexão. Para esse autor (1996: 22) o educador deve
“assumi-se como sujeito também da produção do saber, se convença definitivamente de que
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a
sua construção”.
Na visão dos PCN (2001 p. 30), “cabe, portanto, à escola viabilizar o acesso do aluno
ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los”.
Ainda Conforme os PCN (2001):
“toda educação verdadeiramente comprometida com o exercício da
cidadania precisa criar condições para o desenvolvimento da
capacidade de uso eficaz da linguagem que satisfaça necessidades
pessoais – que podem estar relacionadas às ações efetivas do
cotidiano, à transmissão e busca de informação, ao exercício da
reflexão”. (PCN, 2001: 30).
Segundo TRAVAGLIA (2000) a concepção de linguagem do professor sofre impacto
16
na sua prática com a língua em termos de ensino, pois “a concepção de linguagem é tão
importante quanto à postura que se tem relativamente à educação”. TRAVAGLIA (2002,
apud FRANCELINO 2011: 92).
De acordo com FRANCELINO (2011), essa problemática é vista pelo fato do
professor resistir às mudanças de postura em relação a sua prática metodológica, e
geralmente, essa resistência está relacionada ao fator de não saber como modificar uma
prática já condicionada à forma habitual. Mas, entendendo-se que o ensino da língua materna
traz como objetivo principal a competência comunicativa, prevalecendo o domínio da
oralidade e da escrita + modalidade padrão, é preciso um prática de ensino produtiva, que
permita abranger habilidades linguísticas, porém, os ensinos prescritivos e descritivos não
perderam seu espaço, nem deixaram de ser aplicados, deverão ser reestruturado no encaixe
dessa nova forma inovadora de ministrar conteúdos.
FRANCELINO (2011) desmistifica a concepção de que “Português é muito difícil”.
“é urgente reverter esse quadro da língua portuguesa, pois nenhum
objetivo pedagógico será atingido se, por um lado, os alunos
continuarem considerando que “aprender Português é muito difícil”
e, por outro lado, os professores continuarem lamentando o fato de
os alunos não aprenderem, uma vez que não se mostram capazes de
transferir as informações que deveriam ter sido adquiridas nas aulas
de gramática para a escrita de seus textos”. (FRANCELINO 2011:
91).
Sob a mesma problemática que “Português é muito difícil”, BAGNO (2000) assegura
ser este um preconceito e afirma ser este prima-irmã da ideia, aquela que diz “brasileiro não
sabe português”. O autor continua desmistificando esse preconceito, esclarecendo que o que
estar presente neste contexto é que o ensino da língua portuguesa esta atrelado à norma
gramatical de Portugal, e que as regras impostas na escola, quase sempre não está de acordo
com a língua que falamos e escrevemos no Brasil. Nesse ângulo justifica-se a crendice em
dizer que “Português é uma língua difícil”; pois decoramos conceitos e regras fixas sem
significação. E quando nosso ensino de português for usado no uso real, vivo e verdadeiro da
língua portuguesa do Brasil, haverá mudanças, e talvez, as pessoas deixem de repetir tal frase.
Segundo BAGNO (2000: 35). “Todo falante nativo de uma língua sabe essa língua. Saber
uma língua, no sentido científico do verso saber, significa conhecer intuitivamente e empregar
com naturalidade as regras básicas de funcionamento delas”. Seguindo essa linha FREIRE
(2005) atribui a concepção “bancária” da educação como sendo as relações educador-
educandos na escola, marca especial de produto pautado nas relações narradoras,
17
dissertadoras. E definem que as aulas são estruturadas em narração de conteúdos, estando
estáticas, assim estabilizada nessa realidade. “Narração ou dissertação que implica um sujeito
– o narrador – e objetos pacientes, ouvintes – os educandos”. O ponto primordial aqui diz
respeito ao educador - transmissor e o aluno – receptor, a função do educador se resume a
transmitir seus conteúdos no estilo conservador do tradicional que é moldado num método,
em que o professor relata suas aulas, fazendo abordagem de seus conteúdos e acreditando que
o montante de acúmulos desses conteúdos é mais significativo, ou seja, quanto mais repassar
conteúdos mais bem informados estará seus alunos. O aluno é ouvinte passivo, recebe,
memoriza, guarda, e quando cobrado, na forma avaliativa, expõe o que sabe (o que
memorizou). Nesse contexto, o educador não dar importância se o aluno aprende e/ou
apreende, minimizando sua capacidade de desenvolver sua criatividade e sua assimilação para
conduzir-se ao ensino-aprendizagem que lhes darão suporte as modificações da competência
comunicativa, que refletirá no seu poder de interpretar, compreender, criar e produzir, se
apoderando do conhecimento.
De acordo com FREIRE (2005):
“A educação que se impõe aos que verdadeiramente se
comprometem com a libertação não pode fundar-se numa
compreensão dos homens como seres vazios a quem o mundo
“encha” de conteúdos; não pode basear-se numa consciência
espacializada, mecanicistamente compartimentada, mas nos homens
com, “corpos conscientes” e na consciência como consciência
intencionada no mundo. Não pode ser a do depósito de conteúdos,
mas a da problematização dos homens em suas relações com o
mundo”. (FREIRE, 2005: 77).
O autor exprime seu pensamento em prol da educação da libertação, da inovação, do
desenvolvimento que expande a capacidade do educando em criar, produzir, e principalmente
sentir-se como parte de uma sociedade intelectual perante as necessidades da vida em geral.
Nessa perspectiva, a questão da produção de textos na escola é fruto de muitos
questionamentos entre pesquisadores e professores que vivenciam esse impasse no ambiente
escolar. A postura do professor numa visão reflexiva, em relação ao objetivo principal, que é
desenvolver os alunos no ponto das competências comunicativas, significa criar
oportunidades através dos textos explicitados em sala de aula, dando ênfase para o aluno
dominar as competências comunicativas de real sentido, incorporando as práticas de leituras
às práticas sociais.
18
2.2 Descrição metodológica.
Essa proposta foi desenvolvida para propiciar aos alunos o ensino/aprendizagem dos
elementos textuais de narrativas. A partir da identificação do gênero e da tipologia textual,
com base no processo de inserção da produção textual com fábulas de Monteiro Lobato,
obedecendo a um ângulo visionário de que os alunos apresentam dificuldades de compreensão
e interpretação textual, no nível de coerência da formulação de ideias escritas e orais, como
também em criar e produzir textos. Para realização das atividades, utilizaram-se diversas
fábulas de Monteiro lobato e uma única versão de Esopo. Assim, concretizaram-se essas
atividades nas etapas a seguir:
1º momento – Explanação do conteúdo sobre o gênero e tipologia textual.
Os alunos receberam o material impresso do conteúdo,
em seguida iniciamos a explanação do conteúdo: breve
abordagem, discussão, questionamentos, inferimos
conhecimentos prévio sobre o gênero fábula; tipologia textual
narrativa; o que é fábula; o que é narrativa; características das
fábulas; esgotados os questionamentos, foram direcionados para sala de informática,
agruparam-se nos computadores. E tiveram como sugestões de atividades, pesquisarem sobre
fábulas, biografia e obras de Monteiro Lobato. Foram direcionados a escolher uma fábula e
anotar o título da história, sua moral e fazer um relato oral das fábulas escolhidas. No relato
deveria descrever oralmente: o nome da fábula, os personagens, tempo e espaço, cenário, o
final, a moral da história e porque escolheu tal fábula. Sobre o autor fizeram anotações das
informações que consideraram mais interessantes e também citaram algumas obras.
2º momento – Breve discussão sobre a pesquisa.
Os alunos foram orientados a formarem grupos, de livre escolha, com quatro
componentes. Formaram nove grupos de quatro componentes, ficaram dois alunos fora dos
grupos, que posteriormente foram agregados aos grupos formados. A turma ficou distribuída
em nove grupos, sete grupos de quatro componentes e outros dois com cinco componentes.
Combinou-se que todas as atividades seriam realizadas em grupos e não haveria identificação
de nomes, mas os grupos ficariam classificados por letras. Os grupos seriam identificados por
Figura 1 – Pesquisa de
fábulas
19
letras A, B, C, D, E, F, G, H e I, em seguida assinaram uma lista com os nomes, e a
letra do grupo. Durante as atividades dois alunos resolveram sair do seu grupo de origem e se
agruparam em outro grupo. Verificou-se nesse momento, a
dificuldade dos alunos de trabalharem em grupo, de aceitar as
diferentes opiniões. Os alunos leram algumas fábulas e oralmente
fomos associando a estrutura do gênero e tipo de texto, refletindo
sob sobre os elemento sobre os elementos textuais e características das fábulas; tipos de
personagens; simbologia dos personagens; em quantas partes se divide à ação e quais são
elas? Moral da história; provérbios; ensinamentos de conduta.
3º momento – Leitura e análise da fábula “O corvo e o pavão” de Monteiro Lobato.
Foram entregues aos alunos cópias do texto: a fábula “O Corvo e o Pavão” de
Monteiro Lobato. Iniciando-se a primeira atividade que constou da leitura de fábulas,
destacando-se características e elementos vistos anteriormente nas pesquisas, discussões e
questionamentos dos grupos. Depois disso, uma atividade de “Interpretação textual”
(atividade I) foi desenvolvida em grupo, a atividade teve como objetivo estimular o aluno a
leitura, refletir sobre pontos implícitos e explícitos existentes no texto, aferir elementos de
estrutura quanto o gênero e o tipologia textual e principalmente oferecer suporte para o aluno
responder, criar, inovar e formular suas ideias em relação à interpretação textual, induzindo-o
a prática de produção textual, uma vez que, a maioria dos alunos tem dificuldades na parte
compreensiva e interpretativa textual. Este trabalho visou à capacidade de produção textual.
É notório que quando o aluno compreende e interpreta um texto, facilita na sua
produção textual.
Os alunos demonstraram dificuldades na
compreensão, vez por outra, trocavam às falas
dos personagens, alguns ao responder questões
que pediam ser com suas palavras ou de acordo
com a sua compreensão, usavam as palavras
idênticas ao texto, a maioria teve dificuldade em
descrever com suas palavras o provérbio do texto estudado “não há beleza sem senão”.
Mas, com a intervenção da professora a maioria conseguiu desatar os nós que impediam de
realizar a tarefa.
Figura 2 – Leitura de
Fábulas
Figura 3 – Realização da Interpretação
textual
20
4º momento – Comparando fábulas, recriando e produzindo textos.
Foram entregues aos alunos cópias das três versões da fábula. A primeira versão
utilizou-se a história “A cigarra e a formiga” (A formiga boa) de Monteiro Lobato; na
segunda versão utilizamos a história “A cigarra e a formiga” (A formiga má) do mesmo
autor; e na terceira versão utilizamos a história “A cigarra e a formiga” de Esopo.
“A cigarra e a formiga” foi uma das fábulas, fruto da atividade de pesquisa dos
alunos, no 1º momento. Essas análises permitiu a realização da atividade, de comparação
entre os textos, estabelecendo relações intertextuais e permitindo que os alunos apontassem
semelhanças e diferenças entre as versões da mesma fábula.
A leitura das três versões foi direcionada para os grupos no sentido de relacioná-la a
reconhecer particularidades do gênero e da tipologia textual, integrando-se aos elementos
estruturais e suas características, logo depois, deu-se início ao novo olhar da leitura
comparativa dos pontos e características que realçava de forma comum e/ou diferenciada nas
três versões, os grupos fizeram suas anotações e os resultados foi foco de um debate entre os
mesmos, das semelhanças e diferenças entre elas, a professora interferia quando oportuno,
fazendo observações de fechamento nas abordagens. Assim aplicou-se a segunda atividade
escrita que teve como finalidade reescrever a história “A cigarra e a formiga”. As produções
ficaram assim estabelecidas dos nove grupos formados, três grupos fariam suas produções
(atividade II) baseadas nos seguintes pré-requisitos: teriam que reler as três versões, para
utiliza-se da criatividade e produzir uma nova versão da história “A cigarra e a formiga”,
mantendo os principais elementos dos textos lidos: os personagens, tempo e espaço, estrutura
narrativa, diálogo e moral da história. Apenas modificar o
início e/ou o final da história.
Outros três grupos fariam suas produções (atividade III)
baseadas nos seguintes pré-requisitos: teriam que reler as três
versões e criar uma nova versão, poderiam introduzir algumas
mudanças como: alterar o final, incluir um novo personagem,
inovar o cenário. Enfim, deixar a criatividade interferir na
produção textual. Atentos para não excluir da produção textual:
caracterização dos personagens; indicação de tempo e espaço; apresentação de cenários;
linguagem (estilo, vocabulário, presença de diálogos, etc.) e a moral da história.
E os três grupos restantes, fariam suas produções (atividade IV) baseadas nos
seguintes pré-requisitos: teriam que reler as três versões e criar sua própria versão, numa
Figura 4 – Realizando
produção textual
21
Figura 5 – Reescritura do texto
Figura 6 - Escolha do provérbio ou
moral
produção livre, poderia direcionar da forma que desejassem. Mas, atentos para às
características do gênero e tipologia textual. Utiliza-se da criatividade e se entregar a
produção do texto.
Sempre que necessário, a professora auxiliava na
construção dos textos, no processo de reescritura gradativa.
Para determinar a produção textual que cada grupo
faria, sorteamos nove fichas escritas, (atividade II, atividade
III e atividade IV) e cada grupo escolheu uma ficha. O grupo que pegou a ficha da atividade II
desenvolveu a produção textual II; e assim, respectivamente. No entanto, todos os grupos
tiveram como inspiração a fábula “A cigarra e a formiga” para concretizarem as atividades de
produções textuais II, III e IV.
5º momento – Provérbios e/ou Moral da história.
Após leitura das diversas fábulas, os alunos em grupos identificaram a moral das
fábulas que muitas vezes eram construídas por provérbios e /ou ditos populares e assim com o
auxílio da professora, compreenderam e interpretaram as morais. Depois disso foram
entregues pequenos recortes de cartolina para que cada aluno escrevesse uma moral ou um
provérbio: todas as fichas escritas foram colocadas numa cestinha, em seguida uma aluna
passou com a cestinha, e cada grupo escolheu uma ficha aleatoriamente, para associar a uma
das fábulas lidas. Dando continuidade, solicitou-se que os grupos produzissem fábulas a partir
dos provérbios e/ou moral escritos nas fichas escolhidas (atividade V).
Os grupos teriam que desenvolverem a seguinte
tarefa: Observarem a ficha, questionarem, explorarem com
seus colegas, em seguida elaborarem a história,
produzirem uma fábula. Tendo em vista que a base da
produção era a “moral”, ou seja, um ensinamento. Atentos
para os elementos estruturais que deveria conter na fábula:
título; caracterização dos personagens; indicação de tempo
e espaço; apresentação de cenário; linguagem (estilo, vocabulário, presença de diálogos, etc.);
moral da história.
Nessas atividades as dificuldades foram quase que unânimes, pois a maior parte dos
grupos escreveram uma versão da fábula que se identificava com a moral ou provérbios, da
ficha, mesmo com a intervenção da professora, dos nove grupos, apenas três desenvolveram
22
uma história baseada na moral ou provérbio da ficha, os
demais produziram uma versão da fábula que condizia
com a moral ou provérbio da ficha.
6º momento – Produto final.
Finalmente os grupos se organizaram para apreciação de suas produções e
apresentaram as fábulas produzidas, a biografia e algumas obras do autor. Nesse momento os
grupos partilharam sua criatividade com a sala. Todos tiveram a oportunidade de ouvir e
conhecer a história produzida por cada grupo. Encerrou-se com a organização de uma
coletânea de todas as fábulas expostas no mural e decidiu-se um local para expor (o corredor
de acesso principal de entrada e saída da escola) cuja intenção seria que todos os alunos da
escola pudessem ver e ler as produções das fábulas do 6º ano A. Além disso, os grupos
produziram uma singela capa para colocar no encarte de fábulas e no espiral improvisado,
uniram-se as fábulas produzidas por todos os grupos na (atividade V) e mais algumas versões
da história “A cigarra e a formiga” (atividade II, III, IV - 5º momento).
Figura 8 – Apresentação da biografia Figura 9 - Apresentação de algumas obras
Abaixo, exposta duas amostras do encarte da Coletânea de Fábulas.
Figura 7 – Produzindo o texto
23
2.3 Avaliação dos resultados.
A maioria dos alunos mostrou-se participativo, interagindo com os colegas para
execução das atividades propostas. As atividades realizadas aconteceram no clima de
descontração e harmonia, sentiam-se a vontade e satisfeito, não faziam objeção ao gênero
abordado, nem julgaram ser esse um gênero infantil para sua faixa etária (entre 10 e 12 anos).
A avaliação foi contínua envolvendo participação, interação com o grupo, assiduidade
na entrega das atividades, o comprometimento e respeito com as leituras e apresentações dos
colegas, o empenho e desenvoltura individual. Na avaliação tivemos as análises das
produções textuais, que também obedecia alguns critérios como: título; caracterização dos
personagens; indicação de tempo e espaço; apresentação de cenário; linguagem (estilo,
vocabulário, presença de diálogos, etc.); moral da história.
Esses elementos essenciais foram acordados que seriam considerados para esse
momento avaliativo. Ressaltando, que os alunos também foram alertados para alguns itens
gramaticais como: parágrafos, iniciar com letras maiúsculas, pontuação adequada (vírgulas,
pontos continuativo, ponto final, interrogação, travessão nos diálogo, etc.), coerência das
ideias do texto.
Sobre a ortografia não ficou registrado nenhum acordo, nem tampouco foi mencionado
pela professora que faria parte da avaliação, uma vez que, a intenção do trabalho estava mais
centrada em verificar a aquisição dos elementos textuais, e no desenvolvimento do aprendiz
leitor/produtor. Assim, a questão da ortografia não era o mais interessante, sendo de interesse
avaliar a coerência e a organização textual do gênero em estudo.
Sabe-se que a escrita ortográfica é de suma importância. Mas, para esse momento a
apropriação do gênero e da tipologia textual contextualizando a prática de produção de textos
seria enfatizada com maior probabilidade.
As atividades propostas foram mediadas no intuito de atingir ou extrapolar o interesse
participativo dos alunos e no decorrer do desenvolvimento foi observada essa empolgação.
No tocante as produções textuais, observa-se que as novas versões foram recriadas e
produzidas mostrando-se as inúmeras formas de recriações e inovações. Nessa problemática,
o objetivo foi conquistado. Algumas fábulas foram constituídas numa relação mais estreitas
com as fábulas lidas em sala de aula ou quase idênticas as originais; outras foram escritas sem
coerência, outros textos faltavam algum (ns) elemento (s) básico (s) da narrativa. No entanto,
registrou-se êxito, através de fábulas com boa estrutura, com criatividade e produzidas numa
nova versão bem interessante.
24
Entretanto, os alunos foram avaliados durante o percurso do desenvolvimento das
atividades e pelo seu interesse demonstrado nas realizações como: pesquisa, leitura, confecção
de cartaz, capa para o encarte da coletânea das fábulas, produções de textos e apresentação.
As dificuldades aqui expostas apresentam que o aprofundamento nessas questões
relativas à estrutura do gênero e da tipologia textual deverá ser adotado e utilizado como
práticas que certamente avançará no processo de apropriação do gênero e da tipologia textual.
No que tange as práticas de ensino/aprendizagem e ao aspecto geral avaliativo, pode-
se afirmar que os resultados foram bastante significativos, e que as dificuldades
diagnosticadas servirão de base para aprimorar conhecimentos e sanar os problemas ora
diagnosticados.
25
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta desse trabalho era intensificar e ampliar conhecimentos do gênero fábula e
da tipologia textual narrativa, que consistia em oportunizar ao aluno, um novo olhar diante da
produção textual que certamente seria necessário o conhecimento e inserção desses elementos
essenciais do texto em suas recriações e produções.
Tendo em vista, um leitor/produtor nos aspectos relacionados não apenas aos textos,
mas fazer valer que, essa assimilação de que todo texto e qualquer texto é fundamentado de
acordo com seu gênero e sua tipologia textual, tornar evidente que para se escrever ou
descrever se faz uso do gênero e da tipologia textual.
Os gêneros estão baseados e determinados para atender alguns critérios sociais e
comunicativos da ação humana, e para o ensino de produção textual em sala de aula, essa
variação é significativa, uma vez que, os alunos apresentam muitas dificuldades de introduzir
suas produções nesse ponto fundamental, relacionando os critérios de organização entre os
elementos essenciais e o gênero textual, os gêneros desencadeiam os diversos tipos de textos
que sejam orais ou escritos.
A experiência de ensino realizada teve como finalidade principal identificar os
possíveis problemas que ocasionam as dificuldades relacionadas à produção textual. Partindo
desde ponta pé inicial para calcarmos as possíveis mudanças, buscando formas inovadoras
para se aplicar em sala de aula os gêneros em parceria com a prática do leitor/produtor.
Se o aluno já traz esse aparato de conhecimentos engajados na sua vivência cotidiana,
mas não tem consciência disso, ou ainda, não relaciona essa visão a sua prática escolar, cabe
ao professor despertá-lo para essa conscientização e prática, propondo atividades que revele e
estimule essa nova forma de praticar a escrita dos textos na escola.
Fazendo uso dos conhecimentos prévios dos alunos e oferecendo-lhe um repertório de
conhecimentos que eles, ainda não exploraram e/ou não dominam. Assim, esse trabalho de
produção textual ponderou-se numa perspectiva sociointeracionista, diante do aluno assumir-
se como ser agente do processo de construção de sentido de sua produção de texto,
empregando, fazendo uso da função sociocomunicativa da Língua Portuguesa.
Sabe-se ainda que o conhecimento humano é inesgotável, e que isto, vale para o
aprendiz e o seu mediador, ou seja, no processo de ensino/aprendizagem ambos saem
lucrativos, professor e aluno consegue ampliar, inovar, renovar e complementar de forma
ascendente o seu saber.
Nesse sentido, é preciso que o educador se engaje nessas condições reflexivas da sua
26
prática pedagógica gradativamente durante o exercício de ser professor/formador/mediador
consciente de seu papel como profissional atuante diretamente no mundo da cidadania como
um todo. Um professor que acredita na sua missão, tendo como ponto refletivo a
transformação para os futuros indivíduos que farão parte de uma sociedade, deverá se
questionar diariamente, se perguntando.
Como estou encaminhando àqueles que deverão cumprir sua identidade de cidadã?
Será que a minha prática docente esta condizente ao perfil que a sociedade exige? As minhas
aulas são direcionadas a que tipo de objetivo, atende às necessidades da sociedade ou apenas
introduz o aluno para que tenha um certificado de conclusão? Eu estou atuando muito,
cumprindo rigorosamente meu horário, mas isto é ou não suficiente? Então, devo buscar
formas diferentes, inovadoras e criar oportunidades para ampliar o campo visionário dos meus
alunos? Por onde, devo começar as modificações? Como transformar minhas aulas para
desenvolver e capacitar alunos para que seja realmente participativo, dentro da sala de aula e
no convívio pessoal, social e profissional? Como posso utilizar a língua, o discurso, e a
diversidade textual para esses fins? Será possível encontrar uma forma, em que os textos,
venham propiciar essa amplitude de conhecimentos não só linguísticos, mas também, perante
a cidadania?
Confirma-se ainda que a intervenção do professor referente à apropriação do gênero é
primordial para aquisição dos elementos essenciais do texto e do aluno leitor/produtor, e
ainda, que é preciso implementar as duas modalidades na prática de ensino/aprendizagem,
tanto os gêneros como a prática de produção textual, estabelecendo conexões e
experimentando estratégias distintas, avaliando e reavaliando sua postura e a do aluno.
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REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: O que é, como se faz. São Paulo. Editora
Loyola, 1999.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Minidicionário da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
____________, Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005. KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Escrita e práticas comunicativas: Gêneros
textuais – o que são? Para que servem? Ler e escrever: estratégias de produção textual.
São Paulo: Editora contexto, 2009.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: definição e funcionalidade. In: Dionísio,
Ângela Paiva, Machado, Anna Raquel, Bezerra, M. Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino.
– 5. Ed. - Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Ministério da Educação. Secretaria
da Educação Fundamental. – 3. Ed. – Brasília: A Secretaria, 2001.
ROCHA, Ruth. Minidicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Scipione, 1996.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Trad. Claúdia Schilling – 6. ed. – Porto Alegre:
Artmed, 1998.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Tipologia textual e o ensino da produção de textos. In: XI
Encontro Nacional de Professores de Português, 1996, Natal. Anais do XI Encontro Nacional
de Professores de Português. Natal : Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte, 1996.
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SITES CONSULTADOS:
http://projetofabulando.blogspot.com.br/p/monteiro-lobato.html
http://dyrcene.blogspot.com/2009/06/sugestoes-de-atividades.html
http://escritaemacao.blogspot.com/2012/06/confabulando...atividades-com.html
http://revistaescola.abril.com.br
http://almeidanabiblioteca.blogspot.com/2012/09/o-corvo-e-o-pavao-monteiro-lobato-
texto.html
http://roseartseducar.blogspot.com/2011/05/fabula-o-corvo-e-o-pavão-interpretação.html
http://www.portugues.com.br/redacao/generostextuais
http://jupedagoga25.blogspot.com
http://www.significados.com.br/fabula/
http://lereumabeleza.blogspot.com.br
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ANEXO A – Fábulas selecionadas.
1. O corvo e o pavão – Monteiro Lobato.
2. A cigarra e as formigas – I – A formiga boa – Monteiro Lobato.
3. A cigarra e as formigas – II – A formiga má – Monteiro Lobato.
4. A cigarra e as formigas – III - Esopo do livro Fábulas de La Fontaine, 1992.
5. A coruja e a águia – Monteiro Lobato.
6. A rã e o boi – Monteiro Lobato.
7. O olho do dono – Monteiro Lobato.
8. A assembleia dos ratos – Monteiro Lobato.
9. A malícia da raposa – Monteiro Lobato.
10. O burro sábio – Monteiro Lobato.
11. A menina do leite – Monteiro Lobato.
12. A galinha dos ovos de ouro – Monteiro Lobato.
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ANEXO B – Atividades selecionadas.
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32
33
34
35
36
37
38
39