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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL ALCIÊNIA SILVA ALBUQUERQUE CARACTERIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DE CORRETIVO EM SOLO DE PERÍMETRO IRRIGADO, SOB CULTIVO INICIAL DE ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.]. Patos Paraíba 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL

ALCIÊNIA SILVA ALBUQUERQUE

CARACTERIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DE

CORRETIVO EM SOLO DE PERÍMETRO IRRIGADO, SOB CULTIVO INICIAL

DE ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.].

Patos – Paraíba

2014

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ALCIÊNIA SILVA ALBUQUERQUE

CARACTERIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DE

CORRETIVO EM SOLO DE PERÍMETRO IRRIGADO, SOB CULTIVO INICIAL

DE ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.].

Monografia apresentada a Universidade

Federal de Campina Grande, Campus Patos-

PB, para obtenção do Grau de Engenheira

Florestal.

Orientador: Dr. Rivaldo Vital dos Santos

Patos – Paraíba

2014

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ALCIÊNIA SILVA ALBUQUERQUE

CARACTERIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DE

CORRETIVO EM SOLO DE PERÍMETRO IRRIGADO, SOB CULTIVO INICIAL

DE ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.].

Monografia apresentada como parte das exigências para a obtenção do Grau de

Engenheira Florestal.

APROVADA em: ___/___/___

Prof. Dr. RIVALDO VITAL DOS SANTOS (UAEF/UFCG)

Orientador

Prof. Dr. ÉDER FERREIRA ARRIEL (UAEF/UFCG)

1º Examinador

Prof. Dr. LAUTER SILVA SOUTO (UFCG/CCTA)

2º Examinador

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Dedico aos meus pais, marido e irmãos, pelo incentivo,

compreensão, apoio e por sempre estarem presentes

em todas as dificuldades e conquistas da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço em primeiro lugar a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse e

por me dar sabedoria e discernimento durante toda esta longa caminhada;

Aos meus amados pais, Arlindo (in memoriam) e Guia, pelo amor, apoio e pela

educação que me proporcionaram, sendo eles para sempre meus verdadeiros

amigos, e a quem dedico esta, bem como todas as minhas conquistas;

Ao meu esposo, Welinson Pires da Silva, que de forma especial me deu força e

coragem, me apoiando nos momentos de dificuldades;

Aos meus três irmãos Valdeir, Gladstone e Agnaldo por estarem sempre

presentes na minha vida me dando apoio e incentivo;

A todos os familiares que, embora não estivessem sempre próximos, mas

incentivaram de maneira especial os meus pensamentos me levando a buscar meus

objetivos;

Ao professor Rivaldo Vital dos Santos, pela orientação, compreensão, amizade e

cordialidade, sempre me incentivando e estando presente ao longo desses anos;

Aos membros da Banca Examinadora, Prof. Dr. Éder Ferreira Arriel, Prof. Dr.

Lauter Silva Souto e Prof. Dr. Diércules Rodrigues dos Santos, pela disponibilidade

de participação e pelas valiosas contribuições;

A todos os professores que me acompanharam durante a graduação e que me

passaram seus conhecimentos, em especial à Ivonete, Alana, Naelza, Amador,

Elenildo, Carlos Lima, Gilvan, pelo aprendizado, incentivo e amizade;

Aos amigos que compartilharam essa batalha e se fizeram presentes em muitos

momentos, especialmente, Walleska, Amanda, Juliana, Mileny, Jéssica, William,

Marcelo e Cândido.

Aos funcionários da UFCG, em especial José Aminthas;

E a todos que direta ou indiretamente contribuíram para minha formação, o meu

muito obrigado.

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Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem

foram conquistadas do que parecia impossível. (Charles Chaplin)

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ALBUQUERQUE, Alciênia Silva. CARACTERIZAÇÃO DOS ATRIBUTOS QUÍMICOS E INFLUÊNCIA DE CORRETIVO EM SOLO DE PERÍMETRO IRRIGADO, SOB CULTIVO INICIAL DE ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.]. 2014. Monografia (Graduação) Curso de Engenharia Florestal. CSTR/UFCG, Patos - PB, 2014. 38f.

RESUMO

A região semiárida é caracterizada pelas elevadas temperaturas e baixa pluviometria, acarretando na necessidade de implantação de perímetros irrigados como alternativa para a atividade agrícola. No entanto, o manejo inadequado desses solos resulta na degradação por salinização e sodificação, sendo necessário o conhecimento de seus atributos químicos, para a adoção de técnicas de correção eficientes. Assim, o presente projeto de pesquisa objetivou identificar a variação espacial dos atributos químicos em solos salinizados, e verificar o efeito do ácido sulfúrico nesses atributos e no crescimento inicial da algaroba [Prosopis juliflora (SW) D. C.]. As amostras do solo utilizadas foram coletadas no Perímetro Irrigado São Gonçalo, em cinco pontos dos setores sete e dez. Posteriormente foram encaminhadas ao laboratório para a caracterização química para fins de salinidade e fertilidade. Estudou-se a correlação entre percentual de sódio trocável (PST) e condutividade elétrica (CE), pH, cálcio e magnésio. Numa etapa seguinte em telado, conduziu-se um experimento com algaroba, aplicando-se quatro doses crescentes de H2SO4 (0, 2, 4, 6 ml/kg solo), em fatorial 5x4, com três repetições, totalizando 60 vasos. Os solos foram incubados por 20 dias, lavados e amostrados (100 g.vaso-1) para determinação dos valores de pH e extração dos teores de P, utilizando dois extratores, Mehlich-1 e Olsen. A seguir efetuou-se a semeadura de dez sementes/vaso e 15 dias após a emergência realizou-se o desbaste, mantendo-se três plantas/vaso. Durante quarenta dias foi avaliado o crescimento em altura das plântulas. Constatou-se que os solos do perímetro irrigado apresentam uma elevada variabilidade espacial em seus atributos químicos. A correlação do PST dos solos foi positiva com a condutividade elétrica e negativa com os teores de cálcio e magnésio, e o corretivo ácido proporcionou redução do pH do solo em todos os PST. Quanto ao efeito das doses nas plantas constatou-se resultados conflitantes. Portanto, conclui-se que os atributos químicos na área irrigada apresentam elevada variabilidade espacial e que a aplicação das doses de H2SO4 no solo proporcionou redução do pH e crescimento desuniforme das plantas de algaroba.

Palavras-chave: Semiárido, solos, recuperação.

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ALBUQUERQUE, Alciênia Silva. CHARACTERIZATION OF CHEMICAL ATTRIBUTES AND THE INFLUENCE OF CORRECTIVE ON IRRIGATED PERIMETER SOIL, SOIL UNDER INITIAL ALGAROBA [Prosopis juliflora (SW) D. C.] CULTIVATION. 2014. Monograph (Graduation) Course of Forest Engineering. CSTR / UFCG Patos - PB, 2014. 38pgs.

ABSTRACT

The semi-arid region is characterized by high temperatures and low rainfall, resulting in the need to implement irrigation schemes as an alternative to agricultural activity. However, an inadequate management of these soils results in degradation by salinization and sodicity, the knowledge of their chemical properties, for the use of the techniques for efficient correction is necessary. So, this research project aims to identify the variation of the chemical properties of saline soils, and check the effect of sulfuric acid on these attributes and initial growth of algaroba [Prosopis juliflora (SW) DC]. The soil samples used were collected in the Irrigated Perimeter São Gonçalo, in five points of the sectors seven and ten. After, they were taken to the laboratory for chemical characterization of salinity and fertility. We studied the correlation between exchangeable sodium percentage (PST) and electrical conductivity (CE), pH, calcium and magnesium. In a next stage in a greenhouse, an experiment was conducted with mesquite, applying four increasing rate of sulfuric acid (0, 2, 4, 6 ml soil / kg) in 5x4 factorial design with three replications, totaling sixteen pots. The soils were incubated for twenty days, washed and sampled (100 g.pot-1) to determine the levels of pH and extracting the contents of phosphorus, using two extractants, Mehlich-1 and Olsen. Then we performed the sowing of ten seeds / pot and 15 days after emergence took place scraping remaining three plants / pot. For forty days we assessed height growth of the seedlings. It was found that the soils of the irrigated area showed a high spatial variability in their chemical attributes. The correlation of the PST was positive with soil electrical conductivity and negative with the calcium and magnesium, and provided corrective acid pH decrease all soil PST. As to the effect of the dosage used in plants, conflicting results were obtained. Therefore, it is concluded that the chemical attributes in irrigated area have high spatial variability and the application of rate of sulfuric acid in the soil caused a reduction in pH and uneven plant growth algaroba. Keywords: Semi-arid, soils, recovery.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Classificação dos cinco grupos de solos coletados em São

Gonçalo ...............................................................................................................

23

Tabela 02 – Caracterização dos teores trocáveis nos cincos pontos de coleta.. 24

Tabela 03 – Doses de ácido sulfúrico que deixaram o pH a 6,5 ........................ 29

Tabela 04 – Teores de fósforo do solo nos diferentes PSTs e extratores .......... 31

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 – Lote salinizado do Perímetro Irrigado São Gonçalo, Sousa – PB ... 20

Figura 02 – Variação dos valores de pH, CE e dos teores de Ca e Mg,

segundo os diferentes valores de PST dos solos ...............................................

26

Figura 03 – Variação do pH em relação a aplicação de níveis crescentes de

ácido sulfúrico em solos com diferentes PST .....................................................

28

Figura 04 – Efeito das doses de ácido sulfúrico nos teores de fósforo

extraídos pelos métodos de Mehlich-1 e Olsen nos cinco PST ..........................

30

Figura 05 – Altura de plantas de algaroba, em função da PST no decorrer do

tempo ..................................................................................................................

32

Figura 06 – Comportamento em altura de plantas de algaroba, de acordo com

as doses de ácido sulfúrico .................................................................................

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 14

2.1 Os solos afetados por sais .................................................................................. 14

2.2 Nutrientes no solo ............................................................................................... 16

2.3 Melhoradores químicos ...................................................................................... 17

2.4 Cultura utilizada ................................................................................................... 18

3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 20

3.1 Localização do ensaio ......................................................................................... 20

3.2 O solo: localização, amostragem e caracterização ............................................. 20

3.3 Análises químicas .............................................................................................. 21

3.4 Estudo de correlações ......................................................................................... 21

3.5 Tratamentos ........................................................................................................ 21

3.6 Semeadura, condução e parâmetro avaliado ...................................................... 22

3.7 Análise estatística ............................................................................................... 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 23

4.1 Caracterização química dos solos ....................................................................... 23

4.1.1 Extrato de saturação ........................................................................................ 23

4.1.2 Teores trocáveis ............................................................................................... 24

4.2 Estudos de correlação ......................................................................................... 26

4.3 Aplicação do ácido Sulfúrico .............................................................................. 27

4.3.1 O pH ................................................................................................................ 28

4.3.2 Disponibilidade de fósforo ................................................................................ 29

4.3.3 As plantas ......................................................................................................... 31

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 34

REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................ 35

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INTRODUÇÃO

Com o atual crescimento populacional mundial se faz necessário o uso de

técnicas que atendam as demandas nos vários setores de mercado, e um setor que

tem crescido é o alimentício. Como consequência desse crescimento, as áreas

destinadas à agricultura foram aumentadas expandindo, portanto, a procura pela

irrigação. Esse perfil torna-se mais ainda preocupante quando voltado às regiões

áridas e semiáridas, pois por serem regiões marcadas pela baixa precipitação

pluvial, necessitam de técnicas que supram as necessidades hídricas, e que tornem

essas regiões favoráveis a produtividade.

Para Netto et al. (2007), em regiões com elevada evapotranspiração e baixo

índice pluviométrico os sistemas de irrigação são uma prática indispensável para a

maioria das culturas, já que a necessidade de água não é suprida apenas pelas

chuvas, sendo portanto, necessário para que tais áreas sejam produtivas e

economicamente viáveis.

Nas regiões semiáridas a exploração intensiva e inadequada dos recursos água

e solo, provocam a degradação das propriedades físicas e químicas devido ao

surgimento de salinidade e sodicidade, em decorrência do manejo pouco eficaz do

solo e da água associado à drenagem deficiente, em consequência da baixa

permeabilidade dos solos, devido também às condições topográficas desfavoráveis

e a constante exploração agrícola das terras (LEITE et al. 2012)

A salinidade e a sodicidade nas áreas semiáridas irrigadas, constituem o principal

fator responsável pela perda da capacidade produtiva dos solos, resultando em

graves problemas de natureza socioeconômico e ambiental (SANTOS, 2005).

Essa degradação é ocasionada pelo excesso de sais solúveis que vão sendo

depositados na superfície e subsuperfície do solo, devido à má qualidade da água

utilizada para a irrigação. Para isso, Lopes et al. (2008) recomendam que seja

conduzida a lavagem dos sais na zona radicular, para que só assim seja possível

obter-se um nível aceitável de concentração salina no solo, e por não existirem

chuvas suficientes garantir a lavagens desses sais acumulados.

Ainda segundo Lopes et al. (2008), as características físicas do solo, as

condições de drenagem e a precipitação total anual, são fatores decisivos na

concentração de sais nos solos irrigados, porém, deve-se deixar claro que o

processo de salinização pode acontecer também em solos com boas características,

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desde que sejam submetidos à irrigação frequente, e que não exista manejo do solo

e da água adequados.

Problemas de degradação do solo presentes nos perímetros irrigados e a baixa

produtividade das culturas levam ao consequente abandono das terras. Dessa

forma, o uso de corretivos vem sendo uma alternativa para a recuperação desses

solos.

Outro fato importante a ser destacado é que ao longo período de estiagem,

aumenta as dificuldades dos agricultores devido a escassez de forragens para os

animais. A seleção e cultivo de espécies vegetais tolerantes, além de reduzir o

grave problema ambiental e social provocado pela ocorrência de áreas com excesso

de sais, ainda funciona como área produtora de alimentos para o rebanho.

É imprescindível que se desenvolvam estudos que busquem alternativas para

recuperar áreas degradadas pela salinização, de modo que essas áreas voltem a

ser produtivas, e o abandono dessas terras não ocorram.

Com a possibilidade da recuperação dessas áreas, de forma econômica e viável,

será visível uma redução do elevado investimento inicial nos perímetros irrigados, a

redução de problemas de cunho social para as famílias de agricultores que exploram

tais áreas, e minimização do impacto ambiental provocado pela degradação

ocasionada pelo acúmulo de sais, e pela perda da capacidade produtiva do solo.

Uma das alternativas sugeridas é a avaliação dos atributos químicos do solo,

como forma de auxiliar o uso de corretivos para melhoria do solo, para que só assim

seja possível o desenvolvimento de espécies arbóreas, tal como a algaroba, nessas

áreas degradadas, já que as mesmas constituem um ótimo instrumento para

reflorestamento, melhoria do solo e ao mesmo tempo favorecem questões

ambientais e econômicas para o produtor.

Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a variação espacial dos

atributos químicos em solos salinizados, assim como verificar o efeito do ácido

sulfúrico nesses atributos e no crescimento inicial da algaroba [Prosopis juliflora

(SW) D. C.].

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Os solos afetados por sais

Os solos salinizados apresentam características químicas, físicas e biológicas

desfavoráveis para o crescimento das espécies vegetais, assim faz-se necessário a

correção dos mesmos, para que suas propriedades sejam melhoradas, e

consequentemente a produção de biomassa seja aumentada. Assim a utilização de

fertilizantes, corretivos o manejo adequado constituem uma ação desejada e

imprescindível em qualquer solo com problemas de salinidade.

A região Nordeste do Brasil é marcada pela ocorrência de déficits hídricos, o que

tem limitado o rendimento das culturas a maior parte do tempo. Dessa forma, a

crescente demanda por alimentos e as necessidades geradas pela escassez de

chuvas, tornou o uso da irrigação imperativos, não só nessa região, mas em todo o

mundo, principalmente nas regiões áridas e semiáridas (SANTOS, 2005).

Assim, a prática da irrigação tem contribuído, para o desenvolvimento da

agricultura nessas regiões, porém, quando mal manejada, torna-se um problema

ocasionando a degradação, a qual influi nas características químicas e físicas,

refletindo de maneira negativa na qualidade e capacidade produtividade do solo, e

na economia da região. Portanto, uma análise adequada das propriedades químicas

do solo é de importância relevante na estratégia do manejo de irrigação, adubação,

prevenção e recuperação de áreas agrícolas (LEÃO et al., 2007).

A intemperização dos minerais primários é a principal fonte dos sais solúveis

encontrados no solo, porém, raramente tem-se verificado acúmulo de quantidades

suficientes de sais solúveis por meio da salinização primária (LOPES et al., 2008).

Para Netto et al. (2007), a salinização secundária que é causada pela ação do

homem, manifesta-se, principalmente, em decorrência da irrigação, em áreas onde o

controle da drenagem não é realizado ou feito de forma ineficiente.

As áreas afetadas por sais vêm se expandindo anualmente. Em nível global, um

quarto de toda área irrigada encontra-se seriamente comprometida por sais. No

Brasil, são aproximadamente nove milhões de hectares em sete Estados do

Nordeste. Na Bahia localiza-se a maior área de solos degradados por sais, com

cerca de 44% das terras salinizadas, seguido do Ceará, com 25,5% (CARNEIRO et

al., 2002).

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Essas áreas localizam-se mais frequentemente nos perímetros irrigados, pois o

manejo inadequado da irrigação, pode resultar no acumulo de sais no solo. Para

Netto et al. (2007), esses problemas serão acentuados dependendo da qualidade da

água utilizada na irrigação, da fração de lixiviação adotada e a demanda

evapotranspirativa da região.

Os solos com problemas de salinidade são caracterizados por sua

heterogeneidade, apresentando grandes manchas desnudas e propriedades

químicas e físicas prejudiciais às plantas, como exemplo um solo impermeável e de

difícil de ser manuseado (SERTÃO, 2005).

Leite et al. (2012) afirmam que a salinidade e sodicidade é comum nas regiões

áridas e semiáridas em razão dos baixos índices pluviométricos e alta taxa de

evaporação, o que para Ruiz et al. (2004) é ocasionado pelo fato dos sais presentes

no solo não serem lixiviados se acumulando na superfície e subsuperfície do solo,

tornando-o prejudicial ao desenvolvimento das plantas.

Problemas decorridos após períodos sucessivos de irrigação refletem-se na

perda da fertilidade, restrição ao movimento livre de ar, água, enraizamento e

produtividade das culturas o que provoca graves transtornos de natureza

socioeconômica e ambiental (LEITE, 2002; LEITE et al. 2001; CAVALCANTE, 2002).

Vital et al. (2005) observaram que os problemas com excesso de sais solúveis e

sódio trocável no solo reduzem o potencial de produção de grandes extensões de

área no mundo devido a dispersão da argila, redução da infiltração e retenção da

água, ar e raízes e consequentemente dificultando a agricultura produtiva.

As culturas desenvolvidas nesses solos, quando sobrevivem, apresentam

desordens nutricionais visíveis, pois contêm sais solúveis e/ou sódio trocável em

quantidades suficientes para reduzir ou interferir no desenvolvimento vegetal,

ocasionando uma competição entre os sais e os nutrientes no processo de

absorção. Assim, o baixo potencial produtivo das culturas, principalmente nos

perímetros irrigados, é frequente e em consequência disso, o abandono das terras é

uma prática rotineira já que a salinização e sodificação do solo são responsáveis

pela redução na fertilidade do solo e na redução da produção agrícola, resultando

quase sempre no abandono de áreas agrícolas gerando grandes prejuízos à

economia regional (MELO et al., 2008)

Assim, a recuperação dessas áreas é imprescindível, já que a necessidade de

produção de alimentos só aumenta. O primórdio dessa recuperação é a redução da

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concentração de sais solúveis e do sódio trocável no perfil do solo para isso, utiliza-

se a lavagem da camada do solo explorada pelo sistema radicular para lixiviar os

sais solúveis para camadas mais profundas do solo ou para fora da área de cultivo,

e o uso de corretivos para neutralizar o efeito do cátion dispersante (Na+) do solo,

através da utilização do gesso agrícola de baixo custo e a fácil de ser encontrado

(SANTOS, 2005).

A utilização do ácido sulfúrico é uma alternativa para a recuperação desses solos

assim como a avaliação de outros tipos de corretivos e fontes.

2.2 Nutrientes no solo

O solo é uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas

e gasosas, tridimensionais, dinâmicos e formados por materiais minerais e orgânicos

(MENDONÇA, 2010).

A composição mineralógica do solo é bastante variável e depende da

composição da rocha matriz. A maioria dos minerais que compõe as rochas são

silicatos e óxidos que contem silício (Si), alumínio (Al), ferro (Fe), cálcio (Ca),

magnésio (Mg), sódio (Na) e potássio (K), porém, além desses, outros minerais

podem estar presentes no solo, como o quartzo, sulfetos, sulfatos, fosfatos

(MENDONÇA, 2010).

A intemperização da rocha matriz representa uma fonte de entrada de nutrientes

nesses ecossistemas e determina as principais características químicas e físicas dos

solos. Porém, o processo de salinização nos solos ocasiona a elevação do pH,

causando deficiências de nutrientes, tais como, nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre

(S), molibdênio (Mo), cobre (Cu), zinco (Zn), manganês (Mn) e ferro (Fe) e, em

alguns casos a toxidade de íons (SERTÃO, 2005).

Embora comum a deficiência dos nutrientes supracitados, Santos et al. (2010)

enfatizam que os solos salinizados apresentam elevada heterogeneidade química e

que em uma mesma área são necessários estudos específicos para determinação

desses nutrientes.

Nos solos salinizados as plantas são prejudicadas pela baixa absorção de água

pelas raízes, pois a grande concentração de sais reduz a energia livre da água,

tornando o meio hipertônico. Em solos sódicos, quando a concentração salina fica

muito abaixo, há um aumento nos teores de sódio provocando a dispersão das

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argilas e consequentemente reduzindo a porosidade do solo, a disponibilidade de

nutrientes e a fertilidade do solo (SANTOS et al., 2010).

Algumas plantas criam resistência ao sal, se adaptando à ambientes sob

condições de estresse salino. Porem, o sódio geralmente em altas concentrações

nos ambientes salinos, é um dos maiores inibidores do crescimento das plantas. Já

o potássio é um macronutriente essencial importante no ajustamento osmótico, mas

pode ser igualmente tóxico como o sódio, quando em elevada concentração

(SERTÃO, 2005).

O fósforo (P) por sua vez, é o macronutriente em grande quantidade total no solo

podendo ser encontrado nos solos nas formas orgânica e inorgânica, sendo variável

a proporção em que elas ocorrem, porém, apenas uma parte dele esta disponível

para as plantas. Geralmente a quantidade de fósforo orgânico aumenta com a

diminuição do pH do solo (LEÃO et al., 2007).

O fósforo é disponibilizado no ambiente pela ação antrópica, tendo como fonte as

jazidas, e depositado via fertilizante, nos ambientes agrícolas. Quando bem

manejados, os solos agrícolas apresentam estabilidade do elemento, no entanto,

quando mal manejados, o elemento é diluído e transferido para os ambientes

aquáticos (GATIBONI, 2003).

Leão et al. (2007), estudando a variabilidade espacial de fósforo em solos do

perímetro irrigado, constataram que há variação dos teores de fósforo e os maiores

valores foram encontrados na camada superficial. Esses valores elevados dos

teores de fósforo, principalmente na camada superficial, podem ser atribuídos as

frequentes aplicações de fertilizantes, ou ainda ao fato de que o fósforo apresenta

pouca mobilidade no solo contribuindo para o seu acumulo no solo.

Assim, a compreensão da dinâmica do fósforo no solo é importante para se

descobrir a necessidade de adição, doses e modos de aplicação de fertilizantes

fosfatados. O diagnóstico da disponibilidade de fósforo é feito através da análise de

solos por diferentes metodologias as quais apresentam suas vantagens e limitações

(SANTOS et al., 2008).

2.3 Melhoradores químicos

O principal objetivo da recuperação de solos afetados por sais é à redução da

concentração dos sais solúveis e do sódio trocável no perfil do solo a um nível não

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prejudicial ao desenvolvimento de espécies. A redução do teor de sódio trocável

ocorre pelo seu deslocamento do complexo de troca pelo cálcio antes do processo

de lixiviação (SERTÃO, 2005).

Os solos salino-sódicos e sódicos, além do excesso de sódio trocável,

normalmente apresentam reação alcalina, com valores de pH variando de 8 a 11. Há

necessidade de neutralizar e remover o Na+ e também reduzir o pH para o intervalo

de 6 a 7, aumentando a disponibilidade de nutrientes e o crescimento vegetal. Têm-

se utilizado corretivos neutros no solo como o sulfato de cálcio desidratado ou

gesso, que pouco reduz o pH do solo, porém, melhora a permeabilidade do solo,

reduzindo a densidade, aumentando a infiltração de água e a quantidade de íons

sódio lixiviados, fazendo-se assim necessário a utilização de corretivos de reação

ácida como o ácido sulfúrico (H2SO4) que reduz os valores de pH do solo

constituindo uma alternativa para a recuperação desses solos (LEITE et al., 2012).

Leite et al. (2012) destacam ainda a importância de usar corretivos que reduza a

concentração dos íons carbonatos e bicarbonatos. A neutralização de tais íons

elimina seus efeitos sobre as plantas e melhora a fertilidade do solo por provocar a

redução do pH da solução dos solos sob condições de sodicidade.

Além do H2SO4 , Ribeiro et al. (2009) mostram que para a recuperação de solos

com excesso de Na trocável, outros corretivos podem ser utilizados, tais como S

elementar, sulfato de alumínio, cloreto de cálcio, e gesso mineral. Embora seja

comprovadamente eficiente, o uso desses corretivos é oneroso e de efeito

cronologicamente lento, portanto devem ser cautelosamente planejados (LEITE et

al., 2010).

2.4 Cultura utilizada

A algaroba (Prosopis Juliflora) pertence à família Leguminoseae, é uma árvore

perene que ocorre naturalmente em três continentes: América, Ásia e África

(RIBASKI et al., 2009)

É uma espécie vegetal não oleaginosa, e é na Ásia onde se concentra a maioria

das 44 espécies do gênero Prosopis, apresentando forte adaptação (SILVA et al.,

2001).

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Foi introduzida no Nordeste brasileiro há mais de 50 anos (SILVA et al., 2001), e

constitui-se em uma espécie altamente resistente á seca, de rápido desenvolvimento

e baixo requerimento nutricional (AGUIAR et al., 2004).

Embora não seja muito admirada por alguns estudiosos, devido a sua fácil

disseminação, Andrade et al. (2010) afirmam que os conhecimentos até então

difundidos no Nordeste brasileiro sobre a algaroba são de que esta espécie constitui

uma cultura arbórea de múltiplas utilidades. Trata-se de uma espécie de

considerável valor econômico e social, pois além de constituir-se de uma boa

alternativa para reflorestamento, pode ser utilizada na produção de lenha, madeira,

estacas, carvão, álcool, melaço, alimentação humana e animal, apicultura,

reflorestamento, jardinagem e sombreamento (SILVA et al.,2001).

Produz grande quantidade de vagens de excelente palatibilidade e boa

digestibilidade, apresentando glicose, amido, proteínas, ácidos orgânicos e outras

substâncias em sua composição química, servindo como alimento de engorda para

os animais (SILVA et al., 2001).

Assim, a algaroba consiste em uma espécie alternativa de fácil disseminação em

regiões semiáridas, e também por possui uma estrutura biológica que ajuda na

fixação de nitrogênio ao solo e na recuperação de áreas degradadas (EMBRAPA,

2014).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização do ensaio.

O experimento foi conduzido em telado no Centro de Saúde e Tecnologia Rural,

Patos PB. A área é caracterizada pelas coordenadas geográficas: latitude 7 1’28”S,

longitude 37º 16’48” N e altitude 242 metros.

Segundo a classificação de Kõppen, a região se enquadra no tipo climático Bsh,

semiárido quente, possui medias termais anuais superiores a 25°C e pluviosidade

média menor que 1.000 mm/ano, com períodos chuvosos irregulares (INPE, 2012).

3.2 O solo: localização, amostragem e caracterização.

O solo foi coletado em lotes salinizados nos setores 7 e 10, do Perímetro irrigado

de São Gonçalo (Figura 1), localizado a 10 km da cidade de Sousa-PB, e delimitada

pelas coordenadas geográficas Latitude 6º50’00’’ e 6º45’00’’S, respectivamente,

Longitude 38º10’00’’N Gr e altitude de 220 metros.

Figura 1 – Lote salinizado do Perímetro Irrigado São Gonçalo, Sousa – PB.

Fonte – Albuquerque (2013)

Esta região é caracterizada por um clima com precipitação média anual em torno

de 894 mm. A temperatura média anual é de 27°C, com uma mínima de 22° C e

uma máxima de 38° C. A evaporação média anual é de 3.056,6 mm. O clima da

região é do tipo Bsh da classificação de Köppen, semiárido quente. Os solos

aluvionais, dominantes na área do perímetro irrigado, são profundos, de textura

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média a argilosa. Aparecem, ainda, com certa representatividade, os vertissolos,

com textura argilosa, medianamente profundos e os podzólicos, com textura que vai

de arenosa a argilosa, e fertilidade natural variando de boa a média (DNOCS, 2014).

As amostras foram coletadas de 0-30 cm de profundidade, em cinco pontos

distintos nos setores citados, totalizando cinco amostras. Em seguida secas ao ar,

destorroadas em peneira com malha de 2mm de abertura, e cada amostra

homogeneizada entre si.

3.3 Análises químicas

Numa primeira etapa foram coletadas 100 g de solo de cada ponto de coleta,

para análise química e determinação da variabilidade dos atributos químicos nos

cinco pontos.

Para essa caracterização química com fins de fertilidade, as amostras foram

encaminhadas ao laboratório de solos CSTR/UFCG e para fins de salinidade

realizou-se análise do solo no extrato de saturação no laboratório de solos do Centro

de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba. O cálcio e o magnésio

foram determinados por titulometria, o sódio e potássio por fotometria de emissão e

o PST, calculado a partir dos resultados da análise de fertilidade do solo através da

seguinte fórmula:

PST = (CTC

Na x 100) (1)

3.4 Estudo de correlações

Com os dados obtidos na análise química, foi realizado o coeficiente de

correlação de pearson entre os caracteres PSTxCa, PSTxMg, PSTxpH, PSTxCE,

para obter-se o grau de correlação entre as variáveis supracitadas.

3.5 Tratamentos

Numa etapa seguinte, conduziu-se um experimento em vasos. O delineamento

utilizado foi o inteiramente casualizado (DIC), em esquema fatorial 5x4, sendo solos

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dos cinco lotes, quatro doses de H2SO4 (0, 2, 4, 6 ml/kg de solo), com três

repetições, totalizando 60 parcelas. Esses permaneceram úmidos, 70% da

capacidade de campo, por 20 dias e depois realizada a lavagem, aplicando-se o

volume de água correspondente a duas vezes a porosidade. Em seguida foi

homogeneizada e amostrada aproximadamente 100 gramas do solo para

determinação de seu pH e dos teores de P utilizando-se dois extratores (Mehlich-1 e

Olsen).

Após a aplicação do da regressão polinomial para as doses de ácido sulfúrico,

foram estimadas as doses do ácido que mantivessem o pH dos solos em 6,5

utilizando-se das equações de regressão.

3.6 Semeadura, condução e parâmetro avaliado.

A dormência da algaroba foi quebrada através de um choque térmico colocando

as mesmas durante 10 segundos na água quente e em seguida na água fria. Foram

semeadas 10 sementes por vaso e 15 dias após a emergência realizado o desbaste,

mantendo-se apenas três plantas por vaso, deixando sempre a terra úmida com

metade da sua capacidade de campo.

Semanalmente, por quarenta dias, foi avaliado o crescimento, em altura, das

plântulas, nos cinco grupos de solos, doses de H2SO4 e repetições.

3.7 Análise estatística

Aplicou-se a comparação descritiva na comparação dos solos nos diferentes

lotes. Para verificar a significância das doses de ácido sulfúrico, regressão

polinomial quadrática e por fim, tukey a 5% de probabilidade para os tipos de

extratores.

As análises estatísticas foram realizadas pelo pacote estatístico Sisvar 5.3.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Caracterização química dos solos

4.1.1 Extrato de saturação

A seguir são apresentadas a caracterização e classificação das amostras de

solo, segundo o grau de salinidade, coletadas aleatoriamente nos cinco pontos do

perímetro irrigado de São Gonçalo. A classificação foi baseada na concentração de

sais solúveis, expressa pela condutividade elétrica, na percentagem de sódio

trocável (PST) e pelo pH, extraídos todos da solução da pasta de saturação (Tabela

01).

Tabela 01 – Classificação dos cinco grupos de solos coletados em São Gonçalo.

PST pH CEes (dS m-1) Classificação

95 8,17 2,8 Sódico

95 8,20 3,5 Sódico

96 7,12 2,5 Sódico

98 9,12 5,7 Salino-sódico

99 10,12 16,1 Salino-sódico

Fonte – Albuquerque (2014)

Observa-se, que os valores do PST variaram de 95 a 99, indicando um alto teor

de sais de sódio nas amostras de solo coletadas. Essas classes de solos

apresentam em seus perfis sais solúveis tais como sais de sódio, que elevam a

concentração na solução do solo, e também provocam degradação estrutural,

efeitos que se relacionam diretamente ao desenvolvimento das plantas, pois

comprometem a absorção de nutrientes pelos vegetais, em razão do desequilíbrio

que os mesmos promovem nas propriedades físicas do solo.

Constata-se também que em todos os pontos os solos apresentaram reação

alcalina, com pH variando de levemente alcalino, pH 7,12 no PST96, a muito

alcalino, pH 10,12 e 9,12 nos PSTs 98 e 99. Essa alta alcalinidade, independente do

PST, associa-se a maiores teores de ânions, predominantemente carbonatos,

bicarbonatos e hidroxilas e baixa concentração de H+.

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As condutividades elétricas, no extrato de saturação nos PSTs 95, 95 e 96,

apresentaram valores mais baixos, 2,8, 3,5, 2,5 dS.m-1, respectivamente. No entanto

representaram concentração expressiva de sais no perfil dos solos, restringindo a

absorção de água e nutrientes pela redução na energia livre da água na solução do

solo. Tal aspecto acentua-se nas CEes 5,7 e 16,1 dS m-1.

Tal efeito também foi constatado por Amorim et al. (2002), que ao estudar o

efeito da salinidade no crescimento e produção de alho, constatou que o alto nível

de sódio trocável ocasiona degradação da estrutura do solo, dispersão da argila e

toxidez nas plantas podendo, até, impedir a germinação das sementes e o

desenvolvimento das raízes. Leite (2005), relata que esses solos são de capacidade

de infiltração e drenagem reduzidas, alta microporosidade e elevada retenção de

água.

Segundo Ribeiro (2010), os solos são classificados como salino-sódicos quando

o PST é maior ou igual a 15%, os níveis de salinidade permanecem altos com

condutividade elétrica maiores que 4 (dS.m-1), e em virtude desse excesso de sais,

os solos salino-sódicos possuem valores altos de potencial osmótico. O autor

classifica ainda como sódicos, os solos que apresentam as mesmas características

supracitadas, diferindo nos valores de CEes que devem ser menores que 4 (dS.m-1).

4.1.2 Teores trocáveis

Na tabela 02 são apresentados os valores da caracterização química para fins de

fertilidade, realizada nos cinco grupos de solos provenientes do perímetro irrigado de

São Gonçalo.

Tabela 02 – Caracterização dos teores trocáveis nos cincos pontos de coleta.

PST pH P Ca Mg K Na H+ Al CTC V

mg.dm-3 ----------------------- cmolc.dm-3 ----------------------- %

61 7,1 14,3 5,2 2,0 0,44 13,3 0,7 21,6 96

63 8,2 25,8 5,0 0,8 0,60 12,2 0,5 19,3 97

79 8,2 17,8 3,0 1,4 0,26 20,3 0,6 25,5 97

95 9,2 19,5 0,6 0,2 0,42 39,2 0,1 40,5 99

97 10,2 20,7 0,6 0,2 0,47 38,5 0,1 39,9 99

Fonte – Albuquerque (2014)

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Os resultados revelaram, um pH relativamente alto, superior a 7, demonstrando

que os solos apresentam uma reação alcalina, com elevada concentrações de

ânions adsorvidos no complexo trocável. Embora o solo apresente características

de boa fertilidade com saturação por bases variando entre 96 e 99%, solos com

reação alcalina e excesso de sódio tendem a provocar na prática um desequilíbrio

nas propriedades físicas e químicas dos solos, ou seja, dispersão das argilas,

adensamento, baixa percolação da água e reações de oxi-redução pouco intensa,

propriedades desfavoráveis que prejudicam a prática agrícola e o desenvolvimento

das plantas de uma forma geral. Vital et al. (2005) recomendam o uso do corretivo

gesso em solo salino-sódico como alternativa para a redução do pH e dos teores de

sódio. Já para Leite et al. (2010), o ácido sulfúrico mostrou-se mais eficiente do que

o gesso em relação a redução do pH.

Os teores de fósforo encontrados foram médios na maioria dos PSTs. Para o

cálcio, os níveis foram alto nos PSTs 61 e 63, médio no PST 79 e muito baixo nos

PSTs 95 e 97. Já o magnésio apresentou-se alto no PST 61, médio nos PSTs 63 e

79 e baixo nos PST 95 e 97. E por fim o potássio, que mostrou valores médios no

PST 79 e alto nos demais (EMATER, 1979). Brito (2010), avaliando a fertilidade do

solo no semiárido, constatou níveis médios de cálcio, altos de magnésio e potássio e

baixos de fósforo. Corrêa et al. (2009) complementa afirmando que os teores de

Ca2+, Mg2+ e P e os valores de pH são geralmente adequados em sistemas

agrícolas, quando comparados a outros sistemas.

Verifica-se ainda na tabela 02, que existe uma variabilidade espacial das

propriedades químicas dos solos nos cinco pontos coletados, tal fato, deve-se a

influência das práticas de manejo utilizadas, profundidade dos lençóis freáticos,

permeabilidade do solo, taxa de evapotranspiração, dentre outros. Santos et al.

(2010) também destacam a elevada heterogeneidade química dos solos salinizados.

Observa-se na tabela 02 que os solos caracterizados possuem altas

concentrações dos íons Na+, e quando o PST foi superior a 90%, o solo obteve

baixas concentrações de Ca2+ e Mg2+, ou seja, a concentração de Na+ reduziu à

medida que a PST diminui e o Ca e Mg aumentou. Santos et al. (2013a) também

observaram predomínio dos íons Na+ no complexo de troca em relação a Ca2+, K+ e

Mg2+ trocáveis, íons esses em equilíbrio com a fração que permanece na solução

(íons solúveis).

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Segundo Leite et al. (2007), uma alternativa para solucionar esses problemas é

aplicação de corretivos no solo, como forma de elevar significativamente os teores

de Ca2+ e Mg2+ e reduzindo os teores de sódio solúvel e de sódio trocável. Santos et

al. (2010) complementam que solos com alta concentrações de íons Na+ sofrem

também uma deficiência de outros elementos tais como K, Zn, Cu, Mn e que tal

deficiência parece estar ligada diretamente com as concentrações de Na+.

Este tipo de balanço nutricional provoca toxicidade enquanto que baixas

concentrações de Ca 2+e Mg 2+ aumentam a RAS (relação de adsorção de sódio) da

solução do solo, conduzindo uma deficiência destes elementos para a planta.

O principal risco dos solos salino- sódicos, é que a lixiviação dos sais, ocorre

mais rapidamente do que a remoção do sódio trocável, o que irá causar uma

conversão para solos sódicos, podendo ocasionar uma redução na condutividade

hidráulica do solo. Neste caso recomenda-se associar à lavagem dos solos à

aplicação de corretivos de salinidade, gesso agrícola, S elementar ou ácido sulfúrico,

para neutralizar o sódio.

4.2 Estudos de correlação

Na figura 02, pode-se observar a correlação entre percentual de sódio trocável

(PST), e os valores de pH, CE e a concentração de Ca2+ e Mg2+ dos solos nos cinco

pontos de coleta.

Figura 02 – Variação dos valores de pH, CE e dos teores de Ca e Mg segundo os

diferentes valores de PST dos solos.

y = 0,0619x + 3,6902 R² = 0,8098

y = -0,1321x + 13,313 R² = 0,9973

y = 0,026x + 1,1633 R² = 0,0823

y = -0,0362x + 3,7803 R² = 0,6212

0

2

4

6

8

10

12

60 70 80 90 100

Var

iáve

is

PST

CEes

Ca

Mg

pH

Fonte – Albuquerque (2014)

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Observou-se uma correlação linear positiva e significativa entre o PST e os

valores de CE e pH para os cinco solos estudados, ou seja, a cada aumento

observado nos teores de Na+ correspondeu a um aumento da CE e pH. Netto et al.

(2007), estudando características químicas e salino-sódicas em um perímetro

irrigado no estado de Sergipe, também verificou que o aumento do PST resultou em

um significativo aumento do pH do solo.

Esse aumento do valor do pH é causado pela presença de carbonatos e

bicarbonatos de sódio, explicando assim que solos com alta concentração de sódio,

tendem a possuir um pH mais elevado.

A condutividade elétrica indica a concentração iônica em solos afetados por sais,

ou seja, ela interpreta a presença de sais solúveis encontrado nos solos. Observou-

se que ocorreu um aumento da condutividade elétrica quando a PST dos solos

aumentou, porém, era esperado que essa curva fosse decrescente em relação a

PST, pois com o aumento da concentração de sódio diminui a concentração de sais

solúveis, ou seja, de cátions no solo. Esse fato deve-se aos solos estudados serem

classificados como salino-sódicos e sódicos, considerado como um sistema

extremamente heterogêneo e dinâmico e a possível presença de elevados teores de

sais de sódio, tais como, cloretos, carbonatos e bicarbonatos.

Resultados semelhantes foram observados por Freire et al. (2003), ao verificar

que o incremento da condutividade elétrica elevou a percentagem de sódio trocável,

indicando saturação crescente de sódio nesses solos.

Em relação as concentrações de Ca+2 e Mg 2+ com relação a PST, verificou-se

que houve um decréscimo destes elementos com o aumento do PST. Os solos

salino-sódicos apresentam baixas concentrações de Ca2+ e Mg2+, que se solubilizam

mais facilmente do que o Na+, fazendo com que a relação existente seja inversa, ou

seja, a concentração de Na+ seja superior no solo.

Ribeiro (2010), define o PST como sendo o percentual de Na+ em relação a

capacidade total de troca de cátions. Esse valor é de grande importância,

principalmente em trabalhos com solos salinizados ou com problema de sais, pois

estima a quantidade de sódio adsorvido na solução do solo e é de extrema

significância a relação do Na com os demais cátions adsorvidos no sistema.

4.3 Aplicação do ácido sulfúrico

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4.3.1 O pH

A figura 03 trás os valores referentes a variação do pH nos cinco PSTs, em

relação as doses de ácido sulfúrico aplicadas.

Figura 03 – Variação do pH em relação a aplicação de níveis crescentes de ácido

sulfúrico em solos com diferentes PST.

Fonte – Albuquerque (2014)

Verifica-se que ocorreu uma redução do pH dos solos em todos os PSTs com o

aumento das doses de ácido sulfúrico. A dose mais elevada do corretivo, tornou o

solo extremamente ácido, atingindo os valores de pH de 3,5; 3,7; 3,2 e 3,6

respectivamente nos PSTs 63, 79, 61 e 94. No PST 97, a dose máxima do ácido

reduziu o pH, deixando-o levemente ácido atingindo o valor de 6,4.

Numa análise genérica entre os PSTs, observa-se que os solos com PST mais

elevados apresentam também um pH elevado, devido então a este fato, os solos

com estes PST necessitaram de uma dose maior de ácido para promover a redução

de seu pH em torno de 6,5, enquanto que PST com valores intermediários

necessitaram de uma menor dose de ácido. Desta forma a curva do pH em relação

ao ácido sulfúrico foi decrescente mostrando que quando maior a PST, maior a

dosagem de ácido a ser aplicada.

Leite et al. (2012) e Leite et al. (2010), constataram que com o aumento da dose

de ácido sulfúrico em solos salino-sódico, o corretivo promove a redução do pH,

devido a ação ácida do corretivo.

y = -0,0625x2* - 0,27x + 10,225 R2=0,97

y = 0,0663x2* - 1,1805x + 8,224 R2=0,94

y = 0,1444x2* - 1,5678x + 7,924 R2=0,99

y = 0,1613x2* - 1,6075x + 6,995 R2=0,98

y = 0,1169x2* - 1,6568x + 9,366 R2=0,96

0

2

4

6

8

10

12

0 2 4 6

pH

H2SO4 (ml kg-1)

PST 97

PST 63

PST 79

PST 61

PST 94

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Considerando as curvas de regressão foram estimadas as doses de H2SO4 que

deixa o pH a 6,5 (Tabela 03).

Tabela 03 – Doses de ácido sulfúrico que deixaram o pH a 6,5.

PST H2SO4 (ml kg-1)

61 0,33

63 1,65

79 1,34

94 2,04

97 5,8

Fonte – Albuquerque (2014)

As doses exibidas variam segundo o PST, demonstrando que os solos com

maiores teores de sódio requerem maior dose de H2SO4. Como se sabe, o ácido

neutraliza os H+ da solução do solo e também reagem com os carbonatos formando

sulfato de cálcio, que precipitam os sais solúveis existentes nestes tipos de solos,

principalmente os carbonatos de cálcio e magnésio, diminuindo desta forma a

concentração iônica da solução, fazendo com que o pH do solo diminua.

No decorrer do experimento, percebeu-se também, que os solos tratados com

ácido diferiram visualmente daqueles que não obtiveram tratamentos, pois naqueles

solos com adição de tratamento, a água percolava mais facilmente por aumentar a

agregação nos solos.

4.3.2 Disponibilidade de fósforo

Ao avaliar a figura 04 que relaciona os teores de P pelo método Mehlich e Olsen,

com diferentes PST e níveis de ácido sulfúrico, observou-se que em ambos os

métodos de extração, ocorreu uma redução dos teores de P com o aumento de

doses crescentes de ácido sulfúrico em todos os PST avaliados, exceto na extração

por Olsen no ponto PST 63 e por Mehlich-1 no ponto PST 97, onde constatou-se

que as doses de ácido sulfúrico promoveram aumento significativo nos teores de P.

Silva e Raij (1999) afirmam que o extrator Mehlich-1 dissolve predominantemente o

P ligado ao Ca e quantidades menores de P ligado a Fe e Al. Já para o extrator de

Olsen, o princípio do método é a liberação do P ligado a Fe e Al em pH elevado.

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Figura 04 – Efeito das doses de ácido sulfúrico nos teores de fósforo extraídos

pelos métodos de Mehlich-1 e Olsen nos cinco PST.

y = 0,425x2*- 3,35x + 12,6R² = 0,9919

y = -0,2312x2*+ 0,7025x + 8,555R² = 0,6752

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

0 2 4 6

sfo

ro (m

g d

m-3

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 61

Mehlich-1

Olsen

y = -1,865x* + 38,07R² = 0,9914

y = 0,455x + 7,86R² = 0,2943

7

12

17

22

27

32

37

0 2 4 6

sfo

ro (m

g d

m-3

)

H2SO4 (ml kg -1)

PST 63

Mehlich-1

Olsen

y = 0,35x2 * - 3,59x + 20,12R² = 0,9945

y = -0,25x2*+ 1,03x + 10,06R² = 0,9915

7

9

11

13

15

17

19

21

0 2 4 6

sfo

ro (m

g d

m-3

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 79

Mehlich-1

Olsen

y = -0,1875x2 + 0,875x + 11,45R² = 0,2373

y = -0,125x2*+0,15x + 11,1R² = 0,9111

7

8

9

10

11

12

13

14

15

0 2 4 6

sfo

ro (m

g d

m-3

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 95

Mehlich-1

Olsen

y = 0,375x2 - 2,02x + 20,81R² = 0,2621

y = 0,1625x2* - 2,445x + 18,06R² = 0,9984

9

11

13

15

17

19

21

23

0 2 4 6

sfo

ro (m

g d

m-3

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 97

Mehlich-1

Olsen

Fonte – Albuquerque (2014)

Em relação à diminuição dos teores de P com a adição do corretivo ácido o que

pode ter ocorrido e consequentemente ocasionado a diminuição dos teores de P, foi

uma reação do ácido sulfúrico com o carbonato de cálcio presente no solo, fazendo

com que o ácido se transformasse em sulfato de cálcio (gesso), com a presença do

gesso foi disponibilizado mais Ca+ para o solo o qual reagiu com o fosfato

precipitando assim o fósforo. Inferindo-se que a ação do H+ do corretivo foi

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consumido nessa reação com mínimo impacto na solubilização dos fosfatos

bicálcicos de baixa solubilidade.

Comparando a determinação dos teores de P, pelos dois métodos de extração,

independentemente das doses do ácido sulfúrico, verificou-se que o método de

Mehlich apresentou uma concentração maior de P do que o método de Olsen, isto

se deve ao fato de que, como Silva e Raij (1999) afirmam, o método Mehlich-1 utiliza

os ácidos sulfúrico e clorídrico (HCl 0,05mol L-1 + H2SO4 0,0125 mol L-1), já o método

de Olsen utiliza o bicarbonato de sódio (NaHCO3 0,5 mol L-1), isto fez com que o

extrator Mehlich retirasse uma concentração maior de P do solo do que o extrator

Olsen, fazendo com que ocorresse esta variação, nos teores de P para o mesmo

tipo de solo (Tabela 04).

Tabela 04 – Teores de fósforo do solo nos diferentes PSTs e extratores.

PST Extratores

Olsen Mehlich

--------------------------------- mg.dm-3 ----------------------------------

63 9,2 b 32,5 a

97 7,4 a 8,5

79 9,7 b 14,2 a

95 9,8 b 11,4 a

61 13,0 b 20,0 a

Na horizontal letras distintas diferem entre si, a 5% de probabilidade pelo teste de tukey.

Fonte – Albuquerque (2014)

4.3.3 As plantas

Na análise do crescimento em altura das plantas de algaroba até os 40 dias após

a emergência, constatou-se resultados já esperados, com maior altura de plantas ao

longo do período de avaliação principalmente nos PSTs 95 e 97, conforme ilustrado

na figura 05. Santos et al. (1998) também observaram que nos primeiros 30 dias

após a emergência, as plantas de algaroba e tamboril, apresentaram bom

desenvolvimento em altura após tratamento do solo com o acido sulfúrico.

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Figura 05 – Altura de plantas de algaroba, em função do PST no decorrer do tempo.

Fonte – Albuquerque (2014)

Verifica-se na figura 06, os valores de crescimento das plantas de algaroba em

função das doses de H2SO4, sendo observado resultados conflitantes,

demonstrando que as doses de ácido sulfúrico aplicadas surtiram resultados

diferenciados nos PSTs. Observa-se, portanto, uma correlação linear decrescente e

significativa no crescimento em altura nos PSTs 61 e 63 e quadrática decrescente

no PST 79 e apenas no PST 97 a dose maior do acido sulfúrico promoveu

crescimento em altura das plantas de algaroba.

Figura 06 – Comportamento em altura de plantas de algaroba, de acordo com as

doses de acido sulfúrico.

Continua...

y = 0,201x + 4,521

y = 2,953x + 6,4085

y = 0,458x + 5,537

y = 0,421x + 5,809

y = 0,337x + 5,900

5

10

15

20

25

8 16 24 32 40

Alt

ura

(cm

)

Dias após a emergência

PST 79

PST 63

PST 97

PST 95

PST 61

y = -1,6464x + 18,943

R2 = 0,902*

0

5

10

15

20

25

0 1 2 3 4 5 6

Alt

ura

(cm

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST61

y = -0,5767x + 16,998 R2 = 0,461*

6

8

10

12

14

16

18

0 2 4 6

Alt

ura

(cm

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 63

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Figura 06 – Comportamento em altura de plantas de algaroba, de acordo com as

doses de Ácido Sulfúrico.

Fonte – Albuquerque (2014)

Observa-se ainda, que nos PST 61, 63, 79 e 95, o crescimento em altura da

algaroba foi menor na dose máxima do corretivo. Tal fato, se explica pela drástica

redução do pH nesses solos, o que não ocorreu nos solos com PST 97, pois nesses

a dose máxima do ácido reduziu o pH do solo para 6,4, valor considerado ideal para

a maioria das culturas.

A redução do pH foi maior nos PST menores, constatando o que já foi discutido

anteriormente, sobre relação direta do PST com pH, e enfatizando que PST

menores necessitam de doses menores de ácido sulfúrico.

Santos e Tertuliano (1998) constataram crescimento favorável da Algaroba e do

tamboril nas condições adversas dos solos salino-sódicos sob tratamento com ácido

sulfúrico. Leite et al. (2012), ao analisar o crescimento do girassol em função das

doses de ácido sulfúrico, constataram que a altura das plantas apresentaram

resultados significativos. Santos et al. (2013b) numa análise preliminar sofre o efeito

da salinidade sobre o crescimento da algaroba, verificou uma redução no

desenvolvimento da planta, a medida que os níveis de salinidade aumentam.

y = -0,9711x2 + 6,0377x + 12,028

R2 = 0,739*

0

5

10

15

20

25

0 2 4 6

Alt

ura

(cm

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST 79

y = -0,249x + 16,66

R² = 0,023

0

5

10

15

20

25

0 2 4 6

Alt

ura

(cm

)

H2SO4 (ml kg -1)

PST95

y = 1,9805x + 3,426 R2 = 0,911*

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

0 2 4 6

Alt

ura

(cm

)

H2SO4 (ml kg-1)

PST97

...Continuação

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5. CONCLUSÕES

Os solos do perímetro irrigado apresentam uma elevada variabilidade espacial de

seus atributos químicos;

A análise de correlação do PST dos solos demonstrou-se positiva com a

condutividade elétrica e negativa com os teores de cálcio e magnésio;

O corretivo ácido proporcionou redução do pH do solo em todos os PST,

ocorrendo redução excessiva na dose máxima em todos os pontos de coleta,

exceto no PST mais alto, indicando portanto, que solos com uma percentagem de

sódio trocável elevado, apresentam um pH mais elevado. Devido a este fato,

necessitam de uma dose maior de corretivo ácido para a redução do pH;

Utilizando-se o extrator de fósforo Mehlich-1, observou-se maior redução dos

teores de P do solo com o aumento das doses do corretivo ácido, com exceção

do PST 97;

Quanto ao crescimento das plantas de algaroba os resultados não apresentaram

tendência padrão;

Ao longo do tempo observou-se maior crescimento das plantas, diferenciando-se

em relação aos vários PST, indicando, portanto que a variação química do solo

influencia diretamente o crescimento da Algaroba.

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REFERENCIAL TEÓRICO

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