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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL UNIDADE ACADEMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CAMPUS DE PATOS-PB DIEGO DOS SANTOS ALVES Aspectos morfológicos e morfométricos de populações de Tropidurus hispidus e Tropidurus semitaeniatus (Squamata: Tropiduridae) em diferentes áreas de Caatinga dos Estados da Paraíba e Pernambuco Patos-PB Maio/2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

UNIDADE ACADEMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CAMPUS DE PATOS-PB

DIEGO DOS SANTOS ALVES

Aspectos morfológicos e morfométricos de populações de Tropidurus hispidus e

Tropidurus semitaeniatus (Squamata: Tropiduridae) em diferentes áreas de Caatinga

dos Estados da Paraíba e Pernambuco

Patos-PB

Maio/2016

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DIEGO DOS SANTOS ALVES

Aspectos morfológicos e morfométricos de populações de Tropidurus hispidus e

Tropidurus semitaeniatus (Squamata,: Tropiduridae) em diferentes áreas de Caatinga

dos Estados da Paraíba e Pernambuco

Trabalho de Conclusão de Curso, como

requisito parcial para obtenção do título de

Licenciado em Ciências Biológicas, pela

Universidade Federal de Campina Grande,

Centro de Saúde e Tecnologia Rural.

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Nogueira de

Carvalho Kokubum.

Patos-PB

Maio/2016

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A472a

Alves, Diego dos Santos

Aspectos morfológicos e morfométricos de populações de Tropidurus

hispidus e Tropidurus semitaeniatus (Squamata,: Tropiduridae) em diferentes áreas de Caatinga dos Estados da Paraíba e Pernambuco / Diego

dos Santos Alves – Patos, 2016.

66f.: il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Medicina Veterinária) – Universidade

Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2016.

"Orientação: Prof. Dr. Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum”

Referências.

1. Morfologia. 2. Morfometria. 3. Nordeste brasileiro. 4. Sertão. 5. Lagartos. I. Título.

CDU 616:619

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente à Deus por minha vida, pelos dons concedidos e pela proteção

constante.

À minha família pelo apoio de todas as horas e pelo esforço de cada um para me

manter focado em meus trabalhos.

A minha mãe (Carleusa dos Santos Alves), pelo apoio, compreensão, pelo amor

desmedido, pela confiança, e acima de tudo por acreditar nos meus sonhos.

A minha mulher Yngred Lima e a minha filha Julia Lima por todo o amor e

compreensão.

Aos meus irmãos Tulio dos Santos, Edjane dos Santos e Girlandia dos Santos por

todos estes anos em que partilhamos tantos momentos felizes com as quais aprendi o valor

de cada momento e que sempre me apoiaram e incentivaram, respeitando minhas decisões

e buscando sempre o melhor para minha vida.

À minha amiga, Claudenice Arruda, pelo incentivo, força e disposição de sempre

se colocar ao meu lado para solucionar meus problemas.

À Italo Tarsis, que além de um grande amigo é também um parceiro que sempre

me ajudou quando precisei.

À Marcelo Kokubum, meu orientador que apesar das minhas limitações de tempo

me ofereceu suporte e conhecimentos para preparar e finalizar este trabalho, pela paciência,

amizade e confiança que ele sempre me passou.

Às amigas, Ingrid Gisely, Eduarda Araujo, Fernanda Rodrigues, Fernanda

Souto e Rosimere Lucena e amigos, Monasses Marques, Lindomar Ricardo e

Henrique Andrade pela amizade e companheirismo que me foi concedido. E, finalmente,

a cada professor e a cada colega da universidade que contribuíram para o meu

crescimento

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SUMÁRIO

Introdução.................................................................................................................................13

Material e métodos....................................................................................................................15

Análises laboratoriais....................................................................................................17

Análises estatísticas.......................................................................................................20

Resultados......................................................................................................... ........................21

Morfometria..................................................................................................................21

Morfologia.....................................................................................................................25

Discussão..................................................................................................................................35

Referências................................................................................................................................38

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APÊNDICES

Apêndice I. Dados morfológicos (p.e. comprimento rostro-cloacal) dos machos de Tropidurus

hispidus de Itapetim, Pernambuco, São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre

município de Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima

citadas. Os dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão)

(N=número de casos)................................................................................................................44

Apêndice II. Dados morfológicos (p.e. comprimento rostro-cloacal) das fêmeas de Tropidurus

hispidus de Itapetim, Pernambuco, São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre

município de Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima

citadas. Os dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão) (N=

número de casos).......................................................................................................................47

Apêndice III. Dados morfológicos (p.e. comprimento rostro-cloacal) dos machos de

Tropidurus semitaeniatus de Itapetim, Pernambuco e São Mamede, Paraíba e do Parque

Estadual Pico do Jabre município de Matureia, Paraíba, analisados durante o período de

estudo nas cidades acima citadas. Os dados de cada população seguem mínimo-máximo

(média ± desvio padrão) (N = número de casos)......................................................................50

Apêndice IV. Dados morfológicos (p.e. comprimento rostro-cloacal) dos machos de

Tropidurus semitaeniatus de Itapetim, Pernambuco e São Mamede, Paraíba e do Parque

Estadual Pico do Jabre município de Matureia, Paraíba, analisados durante o período de

estudo nas cidades acima citadas. Os dados de cada população seguem mínimo-máximo

(média ± desvio padrão) (N= número de casos).......................................................................53

Apêndice V. Os quatro Morfotipos listados para a região gular em machos de Tropidurus

hispidus.....................................................................................................................................57

Apêndice VI. Os quatro Morfotipos listados para a região torácica em machos de Tropidurus

hispidus.....................................................................................................................................57

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Apêndice VII. Os dois morfotipos listados para a região abdominal de machos de Tropidurus

hispidus.....................................................................................................................................58

Apêndice VIII. Os dois morfotipos listados da região do dorso em machos de Tropidurus

hispidus ....................................................................................................................................58

Apêndice IX. Os quatro morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

hispidus ....................................................................................................................................59

Apêndice X. Os três morfotipos listados da região gular em fêmeas de Tropidurus hispidus

...................................................................................................................................................59

Apêndice XI. Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas de Tropidurus

hispidus ....................................................................................................................................60

Apêndice XII. Os seis morfotipos listados da região do abdomem de fêmeas Tropidurus

hispidus ....................................................................................................................................60

Apêndice XIII. Os três morfotipos listados da região dorsal de femeas de Tropidurus hispidus

...................................................................................................................................................61

Apêndice XIV. Os três morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

hispidus ....................................................................................................................................61

Apêndice XV. Os três morfotipos listados da região gular em machos de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................62

Apêndice XVI. Os cinco morfotipos listados da região do tórax em machos de Tropidurus

semitaeniatus ............................................................................................................................62

Apêndice XVII. Os quatro morfotipos listados da região do abdome em machos de

Tropidurus semitaeniatus .........................................................................................................63

Apendice XVIII. Os três morfotipos listados da região do dorso em machos de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................63

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Apêndice XIX. Os seis morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................64

Apêndice XX. Os quatro morfotipos listados da região gular em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................64

Apêndice XXI. Os seis morfotipos listados da região do tórax em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................65

Apêndice XXII. Os três morfotipos listados da região abdominal em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................65

Apêndice XXIII. Os dois morfotipos da região dorsal em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................66

Apêndice XXIV. Os seis morfotipos listados da região da cabeça em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.............................................................................................................................66

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. A - Indivíduo adulto de Tropidurus semitaeniatus analisado durante atividades de

campo no Sítio Angola, município de São Mamede, Paraíba. B - Indivíduo adulto de

Tropidurus hispidus observado/analisado durante atividades de campo no Sítio Angola,

município de São Mamede, Paraíba B. Fonte: Marcelo N.de C. Kokubum 2013....................16

FIGURA 2. Áreas de Afloramento rochoso onde foram realizadas as coletas de espécimes, no

Sítio Angico Torto município de Itapetim, Pernambuco (área 1), no Sítio Angola, município

de São Mamede, Paraíba (área 2) e no Parque estadual Pico do Jabre, município de Maturéia,

Paraíba (área3) Fonte:www.google.paraibaimagens................................................................17

FIGURA 3. As 18 variáveis morfométricas medidas em laboratório com o auxílio de

paquímetro de precisão de 0,5mm............................................................................................19

FIGURA 4. As regiões analisadas para identificar possíveis padrões morfológicos e assim

compará-los entre as populações...............................................................................................20

FIGURA 5. Aspectos morfométricos e de massa corporal (g) de machos de T. hispidus de três

populações. M: massa corporal (g); CRC; CC; DIM; CZA; CEA; LAA; CEP; LC; AC; CTF;

DNO; DIO.......................................................................................................................22

FIGURA 6. Variáveis das populações de fêmeas de T. hispidus que tiveram resultados

significativos que indicaram diferenças morfometricas em CZA:

LAA..........................................................................................................................................23

FIGURA 7. Aspectos morfométricos e de massa corporal (g) de machos de T. semitaeniatus

de três populações. M; CRC; DIM; CAA; CEA; LAA; CAP; CEP; LAP;

DIO:..........................................................................................................................................24

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FIGURA 8. Aspectos morfométricos de fêmeas de T. semitaeniatus de três populações. CC;

CT; CAA; CZA; CEA; LAA; CAP; CZP; AL; DIO................................................................25

FIGURA 9. Morfotipos referentes as populações de machos de T. hispidus de todas as

localidades onde 1,3 ,4,5,6 ,7, 8 só ocorrem em São Mamede, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17,

18 só estão presentes em Itapetim e 19, 20, 21, 22, 23 estão presentes apenas na área do Pico

do Jabre, Matureia.....................................................................................................................32

FIGURA 10. Morfotipos referentes as populações de fêmeas de T. hispidus de todas as

localidades trabalhadas.............................................................................................................33

FIGURA 11. Morfotipos referentes as populações de machos de T. semitaeniatus de todas as

localidades trabalhadas.............................................................................................................34

FIGURA 12. Morfotipos referentes as populações de fêmeas de T. semitaeniatus de todas as

localidades trabalhadas.............................................................................................................35

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. Distância entre as áreas de estudo onde foram realizadas as coletas..................16

TABELA 2. Morfotipos listados para as 5 regiões avaliadas em laboratório em todos os

machos de Tropidurus hispidus das três localidades...............................................................25

TABELA 3. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratório com todas as

fêmeas de Tropidurus hispidus.................................................................................................27

TABELA 4. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratório com todos os

machos de Tropidurus semitaeniatus coletados em todas as localidades.................................28

TABELA 5. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratório com todas as

fêmeas de Tropidurus semitaeniatus coletados em todas as áreas trabalhadas........................30

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ANEXOS

Anexo I. Protocolo cedido pelo comitê de ética ......................................................................67

Anexo II. Licença permanente para coleta de material zoológico............................................68

Anexo III. Normas para a elaboração de trabalhos a serem submetidos à revista

iheringia....................................................................................................................................69

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ASPECTOS MORFOLÓGICOS E MORFOMÉTRICOS DE POPULAÇÕES DE

TROPIDURUS HISPIDUS E TROPIDURUS SEMITAENIATUS (SQUAMATA;

TROPIDURIDAE) EM DIFERENTES ÁREAS DE CAATINGA DOS ESTADOS DA

PARAÍBA E PERNAMBUCO

Diego dos Santos Alves¹, Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum²

¹ Acadêmico de Ciências Biológicas, Laboratório de Herpetologia, Centro de Saúde e Tecnologia Rural,

Universidade Federal de Campina Grande, Av. dos Universitários, s/n, Santa Cecília, CEP58700-970, Patos, PB.

² Professor da Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas, Laboratório de Herpetologia e Programa de Pós-

graduação em Ciências Florestais, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina

Grande, Av. dos Universitários, s/n, Santa Cecília, CEP58700-970, Patos, PB.

RESUMO

Em regiões de Caatinga, poucos foram os trabalhos com espécies de lagartos deste gênero e

escassos estudando características morfométricas e morfológicas com espécies de Tropidurus.

Este trabalho objetivou o estudo das variações morfológicas e morfométricas em duas

espécies de Tropidurus – T. hispidus e T. semitaeniatus, em afloramentos rochosos nos

estados da Paraíba (São Mamede - altitude: 269 m e Maturéia, Pico do Jabre – altitude: 1197

m) e Pernambuco (Itapetim - altitude: 637 m). Neste trabalho foi coletado um total de 193

lagartos de ambas as espécies. Os dados mostraram que os machos de T. hispidus do Pico do

Jabre foram maiores (média= 116,92 mm; p=0,04) e mais pesados (média = 74,00 g; p = 0,05)

do que as populações das outras localidades. Com relação a T. semitaeniatus, os machos

também foram mais pesados (média=23,56 g; p=0,03) que nas outras localidades. Com

relação as fêmeas, não houveram diferenças significativas entre o peso e o tamanho entre as

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populações de fêmeas de T. hispidus, mas as fêmeas de T. semitaeniatus de São Mamede

foram mais pesadas (média=17,04 g; p=0,035) e maiores (média=82,5 mm; p=0,04) que as de

Itapetim (média= 10,05 g; média=69,05 mm) e Maturéia (média=10,06 g; média=72,73 mm).

Os dados morfológicos obtidos mostraram que a população de Itapetim possui a maior

variedade de morfotipos em comparação com as demais localidades e em todas as populações.

Estas variações podem refletir que, diferenças populacionais ocorrem e podem advir das

características ambientais, como a altitude.

Palavras-chave: morfologia, morfometria, Nordeste brasileiro, sertão, lagartos

ABSTRACT

In Caatinga regions there were few studies with species of lizards and no one studying

morphometric and morphologic characteristics with Tropidurus species. This work aimed to

study the morphological and morphometric variation in two species of Tropidurus - T.

hispidus and T. semitaeniatus in rocky outcrops in the state of Paraíba (São Mamede -altitude:

269m and Maturéia, Pico do Jabre - altitude: 1197 m) and Pernambuco (Itapetim-altitude: 637

m). In this work it was collected a total of 193 lizards of both species. The data showed that T.

hispidus males were higher in Pico do Jabre (-Average = 116.92 mm; p = 0.04) and heavier

(mean = 74.00 g; p = 0.05) than populations other locations. With respect to T. semitaeniatus,

males were also heavier (mean = 23.56 g; p = 0.03) than in other places. Regarding females,

there were no significant differences between the weight and the size of the populations of T.

hispidus females, but the females of T. semitaeniatus São Mamede were heavier (mean =

17.04 g; p = 0.035) and higher (mean = 82.5 mm; p = 0.04) than those of Itapetim (mean =

10.05g; mean = 69.05 mm) and Maturéia (mean = 10.06 g; mean = 72.73 mm). The

morphological data showed that the population of Itapetim has the largest variety of

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morphotypes compared to other locations in all populations. These variations may reflect that

population differences occur and can result from environmental conditions such as altitude.

Key-words: morphology, morphometry, brazilian Northeast, Sertão, lizard

INTRODUÇÃO

A região nordeste do Brasil apresenta diversos domínios morfoclimáticos, ricos em

ecossistemas (AB’SÁBER, 1974). Dominando na região do Nordeste, o bioma da Caatinga,

ocupando uma área aproximada de 800.000 km2

(NIMER, 1977), sendo um dos biomas mais

conhecidos quando se fala da fauna de répteis (RODRIGUES, 2000). Apresenta um ambiente

com clima seco, escassez de água, elevadas temperaturas e indivíduos adaptados (NIMER,

1977).

Ainda que o domínio da Caatinga seja o mais conhecido no Nordeste quando se refere

a répteis, na região semi-árida deste, os estudos ainda são considerados restritos, apesar da

grande diversidade de espécies; isto porque a fauna da Caatinga é resultado de complicados

processos que determinaram a sobreposição de comunidades que viveram em tempos

diferentes neste espaço geográfico. Assim, qualquer estudo que diz respeito à ecologia da

fauna da Caatinga exige um acervo mínimo de conhecimento sobre a história da região.

Segundo Pough (2008), os lagartos são animais adaptáveis que vivem em inúmeros

hábitats que variam de pântanos a desertos e até mesmo acima da faixa das florestas, e

também em algumas montanhas. E assim, eles podem explorar os mais diversos recursos e

micro-habitats, o que lhes confere distintas estratégias para captura de itens alimentares e

obtenção de parceiros reprodutivos.

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A base dos estudos ecológicos clássicos está fundamentada no conceito de nicho,

conforme definido por Hutchinson (1957). Utilizando este conceito como pressuposto, três

principais componentes ecológicos têm sido considerados responsáveis pela distribuição das

espécies e utilização dos recursos: o espaço (hábitat), o tempo (período de atividade) e o

recurso explorado (PIANKA, 1973; ARAÚJO, 1994). Com isto, ressaltamos a importância de

se realizar trabalhos e estudos ecológicos que incluam a utilização do habitat e dos recursos,

bem como as estratégias comportamentais para aproveitar dos mesmos.

As relações tróficas entre lagartos e seus habitats e a forma com que eles conseguem seus

recursos alimentares constituem alguns dos aspectos mais importantes da ecologia destes

organismos (VITT, 1991; COLLI et al., 1992). Lagartos alimentam-se basicamente de

artrópodes, contudo, o modo de forrageio pode influenciar no tipo de presa consumida (VITT,

1991) já que segundo Pough (2008), lagartos com modos de forrageio diferentes utilizam

diferentes métodos para detectar a presa. Alguns aspectos da história natural dos lagartos

podem ser compreendidos com base no modo de obtenção de suas presas no ambiente (VITT,

1991; COLLI et al., 1992), embora o nível de atividade seja dependente da temperatura do ar

e grau de insolação (ELLINGER et al., 2001). O fato é que a presença dos lagartos em

determinados ambientes tem forte ligação com os comportamentos de forrageamento,

termorregulação, dieta, adaptações morfológicas e padrões de atividade adotados por cada

espécie (VITT, 1991, 1993; BERGALLO & ROCHA, 1993).

A utilização do espaço varia amplamente entre as espécies de lagartos. Poucos são

exclusivamente subterrâneos ou fossoriais, alguns são exclusivamente arbóreos e outros são

completamente terrestres, dos quais fazem parte as espécies que se restringem à vida em

ambientes rochosos, consideradas saxícolas (PIANKA, 1973). Dentro destas guildas podem

ser encontrados diferentes graus de segregação, quanto ao uso de microhabitat (PIANKA,

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1973), que pode ser resultado de outra característica dos lagartos, como o modo de forrageio

(VITT, 1995).

Tropidurus hispidus (Spix, 1825) e T. semitaeniatus (Spix, 1825) são duas espécies de

lagartos heliófilos que são simpátricos e têm ampla distribuição geográfica e ocorrem em

sintopia nas Caatingas do Nordeste (VANZOLINI et al., 1980; RODRIGUES 1987, VITT,

1995). No entanto, T. hispidus (maior espécie do gênero), se distribui no nordeste da América

do Sul, predominantemente nas Caatingas, Serra do Espinhaço, tendo como limite o sul do

estado de Minas Gerais (RODRIGUES, 1987). Já T. semitaeniatus, é uma espécie menor

sendo reconhecida originalmente como habitante de toda a Caatinga nordestina - endêmica

(VANZOLINI et al., 1980; RODRIGUES, 1987) e com distribuição relictual (RODRIGUES,

2003). Recentemente foi encontrado em afloramentos rochosos, em clareiras e entornos de

remanescentes da Mata Atlântica nordestina (FREIRE, 2001) e, no litoral norte da Bahia

(FREITAS & PAVIE, 2002).

Diante do exposto objetivou-se estudar aspectos morfológicos e morfométricos de

duas espécies de Tropidurus: Tropidurus semitaeniatus e Tropidurus hispidus, comparando

indivíduos de algumas áreas com afloramentos rochosos na Caatinga e verificando possíveis

diferenças entre estas populações.

MATERIAL E MÉTODOS

O alvo da pesquisa foi estudar os aspectos morfológicos e morfométricos congêneres:

Tropidurus semitaeniatus (Figura 1. A) e Tropidurus hispidus (Figura 1.B). Os indivíduos

foram capturados de forma aleatória por busca ativa com o auxílio de espingarda de pressão

(4,5 mm da Marca Rossi®). A massa corporal de cada lagarto foi aferida in loco com balança

digital (precisão de 0,05 g).

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Figura 1– A - Indivíduo adulto de Tropidurus semitaeniatus analisado durante atividades de

campo no Sítio Angola, município de São Mamede, Paraíba. B - Indivíduo adulto de

Tropidurus hispidus observado/analisado durante atividades de campo no Sítio Angola,

município de São Mamede, Paraíba B. Fonte: M. N. C. Kokubum 2013

As localidades escolhidas para as coletas do material zoológico são de distâncias

diferentes umas das outras (Tabela 1) e também com altitudes diferentes, tentando buscar

possíveis diferenças nas populações de T. semitaeniatus e de T. hispidus. Foram realizadas

coletas em três áreas. A primeira área está localizada no Sítio Angico Torto, município de

Itapetim, Estado de Pernambuco (7°02’33”S e 37°17’09”O; altitude: 637 m); a segunda área

no Sítio Angola que está localizado no município de São Mamede, Paraíba (6°55’35.84”S,

37°05’46.45”O; altitude: 269m); e a terceira área no parque estadual Pico do Jabre, município

de Maturéia, Paraíba (07°2541’’ S 37°38’54’’ O; altitude; 1197m) (Figura 2).

Tabela 1. Distância entre as áreas de estudo onde foram realizadas as coletas.

São Mamede-PB Itapetim

São Mamede-PB

Itapetim-PE 90km

Pico do Jabre-PB 67km 55km

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Figura 2. Áreas de afloramento rochoso estudados no presente trabalho. Área 1: Sítio Angola,

município de São Mamede, (PB); Área 2: Sítio Angico Torto, município de Itapetim, (PE) e,

Área 3: no Parque estadual Pico do Jabre, município de Maturéia, (PB). Fonte:

www.google.paraibaimagens.

ANÁLISES LABORATORIAIS

Os lagartos coletados foram sexados, fixados em formalina a 10%, conservados em

álcool a 70% e tombados no laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina

Grande (LHUFCG). A aferição das medidas morfométricas e o estudo dos aspectos

morfológicos também foram feitos no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal

de Campina Grande (LHUFCG), campus de Patos, Paraíba. Para a aferição das medidas dos

indivíduos coletados (Figura 3) foi utilizado um paquímetro com precisão de 0,5 mm.

Para as medições verificadas para cada indivíduo foi seguido e adaptado o método de Moura

(2010):

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20

1. Comprimento rostro-cloacal (CRC), medida entre a porção mais anterior do focinho

(rostro) e a abertura cloacal.

2. Comprimento da cauda (CC), medida entre a abertura cloacal e a extremidade da

cauda.

3. Comprimento total (CT), medida entre a porção mais anterior do focinho (rostro) e a

extremidade da cauda.

4. Distância intermembros (DIM), menor medida entre um membro posterior e anterior

de um mesmo lado.

5. Comprimento autopodium anterior (CAA), medida entre o início do carpo e a

extremidade distal do maior artelho anterior.

6. Comprimento zeugopodium anterior (CZA), medida entre o cotovelo e o início do

carpo.

7. Comprimento estilopodium anterior (CEA), medida entre a axila e cotovelo.

8. Largura do autopodium anterior (LAA), distância entre as extremidades laterais da

mão do membro anterior.

9. Comprimento autopodium posterior (CAP), medida entre o início do tarso e a

extremidade distal do maior artelho posterior.

10. Comprimento zeugopodium posterior (CZP), medida entre o término da coxa e o

início do autopodium.

11. Comprimento estilopodium posterior (CEP), medida entre a virilha e o início do

zeugopodium.

12. Largura do autopodium posterior (LAP), distância entre as extremidades laterais da

mão do membro posterior.

13. Largura da cabeça (LC), maior medida entre as extremidades laterais da cabeça.

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21

14. Altura da cabeça (AC), medida da cabeça no sentido dorso ventral.

15. Comprimento tímpano focinho (CTF), menor medida entre a porção mais anterior do

focinho (rostro) e o tímpano.

16. Distância tímpano narina (CTN), menor medida entre o tímpano e a narina

17. Distância narina olho (DNO), menor medida entre a narina e o olho.

18. Distância interocular (DIO), menor medida entre os olhos.

Figura 3: Desenho esquemático evidenciando as 18 variáveis morfométricas utilizadas neste

trabalho, para as medições verificadas para cada indivíduo foi seguido e adaptado o método

de Moura (2010).

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Os registros fotográficos feitos antes dos indivíduos serem fixados (em formalina 10%) e

por meio de observações em laboratório, foram utilizados para evidenciar partes específicas

do corpo como a região gular, torácica, abdominal, dorsal e da cabeça das duas espécies de T.

semitaeniatus e de T. hispidus, machos e fêmeas (Figura 4), de modo a se estabelecer os

morfotipos.

Figura 4. Desenho esquemático salientando as regiões analisadas para identificar os padrões

morfológicos das populações de espécies de Tropidurus hispidus e Tropidurus semitaeniatus.

ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Análises descritivas (mínimo-máximo; média e desvio padrão) foram realizados para

descrever variáveis como o comprimento rostro-cloacal de machos e fêmeas. Para o

dimorfismo sexual foi utilizado o teste de Mann-Whitney e diferenças das variáveis entre os

sexos e entre populações por Kruskall-Wallis. Todos os testes seguem nível de significância

de 0,05. Os testes foram realizados pelos programas Biostat 5.0 (Ayres et al., 2007) e

Mystat® 13.0 (Systat Software Corporation).

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23

RESULTADOS

Durante o período de setembro de 2013 a setembro de 2014 foram feitas 6 visitas nas

áreas de estudo em que as atividades de campo consistiram em 140 horas-homem. As coletas

resultaram em um total de 193 indivíduos, porém o número de juvenis (n= 12) não foi

suficiente para os mesmos serem utilizados na pesquisa, portanto, apenas os lagartos adultos

foram utilizados, o que resultou em 181 indivíduos, sendo que 73 são indivíduos de T.

hispidus e 108 de T. semitaeniatus.

Na área 1, foram coletados um total de 55 indivíduos, sendo 19 T. hispidus e 36 T.

semitaeniatus; na área 2, foram coletados 77 indivíduos, sendo 40 de T. hispidus e 37 de T.

semitaeniatus e; na área 3, 49 indivíduos foram coletados sendo que destes, 35 T.

semitaeniatus e 14 T. hispidus.

Morfometria

Os resultados das análises estatísticas relacionados com a massa corporal indicaram que

as populações de machos de T. hispidus da área 3 possuem maior média de massa corporal

quando comparado com as outras localidades. Os indivíduos da população de machos de T.

hispidus da área 1 apresentaram média de massa corporal superior à população da área 2. Os

resultados das análises estatísticas relacionados com a massa corporal dos machos de T.

semitaeniatus indicou que a população da área 3 possui maior massa corporal que as demais

localidades e que a área 2 tem maior massa em relação a população da área 1. Os dados

relacionados à massa das fêmeas não obtiveram resultados significativos em relação a massa

corporal.

Os resultados referentes ao dimorfismo sexual indicaram que os indivíduos machos das

duas espécies estudadas de todas as localidades onde os indivíduos foram coletados,

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apresentavam tanto o comprimento rostro-cloacal (CRC) quanto a massa (g), maiores em

relação às fêmeas.

Das 13 variáveis morfométricas analisadas que obtiveram resultados significativos

(Figura 5), 11 indicam que os machos de T. hispidus da população da área 3 são maiores e

possuem maior massa (g) do que as demais localidades. A população de área 1 apresenta

apenas uma medida (distância intra ocular) maior em relação à população da área 3. Já em

comparação à população da área 2, a população da área 1 apresenta 7 variáveis morfométricas

superiores, incluindo a massa corporal (g).

Figura 5. Aspectos morfométricos e de massa corporal (g) de machos de T. hispidus de três

populações dos estados da Paraiba e Pernabuco. M; CRC; CC; DIM; CZA; CEA; LAA; CEP;

LC; AC; CTF; DNO; DIO.

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As populações de fêmeas de Tropidurus hispidus (Figura 6) não variaram muito, uma

vez que das 18 variáveis morfométricas estudadas apenas 2 obtiveram resultados

significativos, em que foi observado que a população da área 3 possui a largura do

autopódium maior em comparação às demais áreas. A população da área 1 possuiu o CZA

maior em relação as demais populações e a população da área 2 apresenta as menores médias

para estas variáveis morfométricas.

Figura 6. Variáveis das populações de fêmeas de Tropidurus hispidus que tiveram resultados

significativos que indicaram diferenças morfométricas em CZA e LAA.

Para os machos de T. semitaeniatus estudados nas populações (Figura 7), foi observado

que 10 das 19 variáveis mostraram resultados significativos, em que 8 delas indicaram maior

média em tamanho e massa corporal da população da área 3 em comparação com as outras

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localidades. A população da área 2 mostrou-se maior em tamanho e massa (g) quando

comparado com a população da área 1.

Figura 7. Aspectos morfométricos e de massa corporal (g) de machos de T. semitaeniatus de

três populações. M; CRC; DIM; CAA; CEA; LAA; CAP; CEP; LAP; DIO.

Para as fêmeas de T. semitaeniatus estudados nas populações (Figura 8), foi observado

que das 11 variáveis morfométricas que mostraram resultados significativos, 8 delas

indicaram maior média em tamanho da população da área 3 em comparação com as outras

localidades. A população da área 2 mostrou-se superior em tamanho em 6 variáveis quando

comparado com a população da área 1.

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Figura 8. Aspectos morfométricos de fêmeas de T. semitaeniatus de três populações dos

estados da Paraiba e Pernambuco. CC; CT; CAA; CZA; CEA; LAA; CAP; CZP; AL; DIO.

Morfologia

Com base nas observações feitas por fotos e em laboratório com os 35 indivíduos machos

de T. hispidus, coletados em todas as localidades, foi possível listar um total de 4 morfotipos

para a região gular, 4 para a região torácica, 4 para o abdome, 2 para o dorso e 4 para a região

da cabeça (Tabela 2).

Região Descrição Morfotipo

Gular Manchas brancas em toda a região com maior concentração

próximo a boca

A

Manchas brancas bem evidentes em toda a região B

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Com poucas manchas brancas C

Escuro e quase sem manchas D

Torácica Escuro e com poucas manchas claras

A

Escuro e com uma presença maior de manchas brancas

B

Claro e com poucas manchas

C

Escuro sem manchas

D

Abdominal Escuro e com poucas manchas brancas

A

Claro e com poucas manchas B

Escuro e com ausência de manchas claras C

Escuro com concentração de manchas claras na região central do

abdome

D

Dorso Com intervalos escuros e claros posicionados de forma paralela

uma da outra

A

As manchas brancas e pretas estão distribuídas aleatoriamente

em toda região do dorso

B

Cabeça Sem mancha entre o tímpano e olho região sub ocular e da narina cinza

A

Mancha clara entre o olho e o tímpano e região sub ocular e da

narina claro

B

Sem manchas entre o olho e o tímpano com região sub ocular e

da narina amarelado

C

Mancha clara entre o tímpano e o olho e região sub ocular e da narina escuro

D

Tabela 2. Morfotipos listados para as 5 regiões avaliadas em laboratorio em todos os machos

de Tropidurus hispidus das três localidades dos estados da Paraiba e Pernambuco.

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Para as 37 fêmeas de T. hispidus foi listado um total de 3 morfotipos para a região gular,

6 para a região torácica, 5 morfotipos abdominais, 3 para o dorso e 3 para a cabeça (Tabela 3).

Região Descrição Morfotipo

Gular Escuro e com manchas brancas próximo á boca A

Escuro e com poucas manchas brancas B

Claro e com poucas manchas brancas C

Torácica Claro com muitas manchas brancas A

Claro e com poucas manchas B

Escuro e com poucas manchas C

Manchas claras e escuras paralelas D

Escuro e com muitas manchas E

Escuro e com mancha branca formando uma linha F

Abdominal Claro sem manchas A

Claro com poucas manchas B

Escuro sem manchas C

Claro na região central e escuro nas extremidades D

Escuro e com poucas manchas E

Dorso Colorações escuras e claras dispostas paralelas A

Coloração escura e clara distribuído de forma uniforme B

Coloração escura predominante em relação a clara C

Cabeça Região entre o olho e a narina sem manchas e subocular e próximo

a narina mais claro

A

Região entre o olho e o tímpano com uma mancha clara e região

subocular e da narina mais amarelado

B

Mancha entre o olho e o tímpano e região subocular e da narina

mais escuros

C

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30

Tabela 3. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratório com todas as fêmeas

de Tropidurus hispidus coletados em todas as áreas trabalhadas.

Para todos os 41 machos de T. semitaeniatus foi listado um total de 3 morfotipos para a

região gular, 6 para a região do tórax, 4 para a região abdominal, 3 para o dorso e 6 para a

cabeça (Tabela 4).

Região Descrição Morfotipo

Gular Manchas brancas em toda a região com maior concentração

próximo a boca

A

Manchas brancas bem evidentes em toda a região B

Com poucas manchas brancas C

Torácica Manchas brancas formando duas linhas A

Com manchas brancas distribuídas aleatoriamente B

Manchas brancas formando uma linha e outras manchas

distribuídas aleatoriamente

C

Com manchas mais concentradas na região central do tórax D

Escuro quase sem manchas

E

Claro e com poucas manchas F

Abdominal Escuro e com poucas manchas brancas

A

Claro e com poucas manchas B

Escuro e com ausência de manchas claras C

Escuro com concentração de manchas claras na região

central do abdome

D

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31

Dorso Apresenta intervalo escuros em meio as colorações brancas

em todo o dorso

A

Apresenta intervalos escuros em meio as colorações

brancas em apenas metade do dorso

B

As manchas brancas e pretas estão distribuídas

aleatoriamente em toda região do dorso

C

Cabeça Possui duas manchas brancas entre o olho e o tímpano,

região sub ocular e anterior a narina escuros

A

Com duas manchas entre os olhos e o tímpano, região sub

ocular e anterior a narina mais claros

B

Possui duas manchas quase juntas entre os olhos e o

tímpano, região sub ocular e anterior a narina mais claros

C

Sem macha entre o tímpano e o olho e região da narina e

sub ocular escuro

D

Três manchas entre o olho e o tímpano região sub ocular e

da narina escuro

E

Três manchas entre olho e tímpano e região sub ocular e da

narina claro

F

Tabela 4. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratorio com todos os machos

de Tropidurus semitaeniatus coletados em todas as localidades.

Para todas as 67 fêmeas de T. semitaeniatus foi listado um total de 4 morfotipos para a

região gular, 6 para a região do tórax, 3 para o abdome, 2 para o dorso e 6 para a região da

cabeça (Tabela 5).

Região Descrição Morfotipo

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32

Gular Com manchas brancas por toda a região gular A

Com manchas brancas na região gular com mais

concentração próximo a boca

B

Claro e com poucas manchas C

Com manchas brancas por toda a região gular com uma

linha na parte central

D

Tórax Com poucas manchas e distribuídas aleatoriamente A

Escuro e com poucas manchas distribuídas aleatoriamente B

Com manchas brancas formando uma linha e outras

distribuídas aleatoriamente

C

Com manchas dispersas mais com uma leve concentração

de manchas central

D

Quase totalmente claro E

Claro com manchas brancas formando duas linhas F

Abdominal Clara e com poucas manchas A

Escuro e com poucas manchas B

Claro e com ausência de manchas C

Dorso Com intervalos escuros em metade do dorso A

Com intervalos escuros por todo o dorso B

Cabeça Duas manchas claras entre o olho e o tímpano e com região

subocular e região da narina claro

A

Duas manchas claras entre a tímpano e o olho e região

subocular e da narina escuro

B

Com três manchas entre o olho e o tímpano e região

subocular e da narina escuro

C

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33

Duas manchas quase unidas entre os olhos e o tímpano

subocular e narina claros

D

Com três manchas entre o olho e o tímpano e região

subocular e da narina clara

E

Sem manchas na região do tímpano e narina região

subocular e da narina claro

F

Tabela 5. Morfotipos listados para cada região avaliada em laboratorio com todas as fêmeas

de Tropidurus semitaeniatus coletados em todas as áreas trabalhadas.

A relação entre os morfotipos listados em cada região corporal trabalhada resultou em

23 morfotipos de machos de T. hispidus somando as três localidades trabalhadas (figura 9), o

morfotipo 2 é o único que aparece em mais de uma localidade estando presente nas três

localidades trabalhadas. O morfotipo mais frequente foi o morfotipo 9. Os morfotipos 1, 3, 4,

5, 6, 7, 8 só ocorreram na área 1 enquanto os morfotipos 9, 10 ,11 ,12 ,13 ,14 ,15 ,16 ,17 ,18

só estão presentes na área 2 e 19, 20 ,21 ,22 ,23 estão presentes apenas na área 3.

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34

Figura 9. Morfotipos referentes as populações de machos de T. hispidus de todas as

localidades.

A relação entre os morfotipos listados em cada região corporal trabalhada resultou em 32

morfotipos de fêmeas de T. hispidus somando as três localidades trabalhadas (figura 10).

Os morfotipos de 1 a 9 só ocorreram na área 1, os morfotipos do 10 a 23 estão presentes

apenas na área 2. Os morfotipos 24, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32 só estão presentes na área 3. O

único morfotipo que está presente em mais de uma localidade é o 25 que está tanto na área 1

quanto na área 2.

Figura 10. Morfotipos referentes as populações de fêmeas de T. hispidus de todas as

localidades trabalhadas.

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35

A relação entre os morfotipos listados em cada região corporal trabalhada resultou em 32

morfotipos de machos de T. semitaeniatus somando as três localidades trabalhadas (Figura

11). Sendo que os morfotipos 1, 2, 3, 4, 5, 8, 9, 10, 12 e13 estão presentes apenas na área 2, os

morfotipos 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 e 24 estão presentes apenas na área 1 e os 25, 26, 27,

28, 29, 30, 31, e 32 estão presentes apenas na área 3.

Os morfotipos 6, 7 e 11 estão presentes na área 1 e 2 enquanto que os morfotipos 21 e 22

estão presentes na área 2 e área 3, o único que está presente em todas as localidades é o

morfotipo 6 sendo também o mais frequente.

Figura 11. Morfotipos referentes as populações de machos de Tropidurus semitaeniatus de

todas as localidades trabalhadas.

A relação entre os morfotipos listados em cada região corporal trabalhada resultou em 24

morfotipos de fêmeas de T. semitaeniatus somando as três localidades trabalhadas (Figura

12).

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Os morfotipos 1, 3 ,4, 5, 6, 7, e 8 estão presentes apenas na área 1 enquanto que os

morfotipos de 9 a 19 são encontrados apenas na área 2, já os morfotipos de 20 a 24 so

ocorrem na área 3. O morfotipo mais frequente é o 10 que aparece 3 vezes na mesma

população da área 1, o morfotipo 2 é o único que aparece em mais de uma população estando

presente na área 1 e 2.

Figura 12. Morfotipos referentes as populações de fêmeas de Tropidurus semitaeniatus de

todas as localidades trabalhadas.

DISCUSSÃO

Diversos trabalhos já foram realizados com espécies deste gênero inclusive com

informações sobre a dieta (p.e. ALVAREZ et al., 1985; VITT et al., 1996; FARIA &

ARAÚJO, 2004; KOKUBUM & LEMOS, 2004; KIEFER et al., 2006), incluindo

coespecíficos (p.e. ALVAREZ et al., 1985; KIEFER & SAZIMA, 2002; DIAS & ROCHA,

2004) e, plantas (p.e. ROCHA & BERGALLO, 1994; VITT et al., 1996; FILHO et al., 2000;

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37

FARIA & ARAÚJO, 2004). Outros trabalhos envolvem a ecologia (VAN SLUYS, 1992;

VAN SLUYS et al., 2004; WIEDERHECKER et al., 2003; CRUZ, 1998; CRUZ &

SCROCHI, 1998; VITT, 1993; VITT et al., 1996) ecologia térmica (ROCHA &

BERGALLO, 1990), comportamento (VITT et al., 1996;) e, partilha de recursos (COLLI et

al., 1992; VITT, 1995)

Os dados morfométricos obtidos das populações de machos de T. hispidus apontam

que há uma tendência de serem maiores em relação à massa corporal e o tamanho (CRC) para

indivíduos que vivem em altitudes elevadas (p.e. área 3 que está a 1197 metros de altitude).

Em contrapartida, as populações da área 2 e área 1 não seguem este padrão, uma vez que os

indivíduos da área 1 são maiores em comprimento rostro-cloacal e em massa corporal (g),

quando comparados com a população da área 2. Porém, os membros posteriores dos

indivíduos da área 1 são maiores do que os da população da área 1.

As populações de fêmeas de T. hispidus não variaram muito, pois apresentaram

diferenças apenas no comprimento do zeugopodium anterior (CZA) indicando que a

população da área 1 tem membros anteriores maiores quando comparado as demais

localidades. A população da área 3 possui largura do altopodium anterior (LAA) maior

quando comparado com as outras áreas.

As populações de machos e fêmeas de T. semitaeniatus apresentaram o mesmo padrão

das populações de machos de T. hispidus o que indicou uma maior média no tamanho do

comprimento rostro-cloacal (CRC) e na massa corporal dos indivíduos que vivem em

ambientes de elevada altitude. Nesse sentido, também foram significativos os resultados para

o tamanho dos membros. Os machos de T. semitaeniatus da área 2 possuem os membros

posteriores maiores quando comparado com a população da área 1. Já a população de fêmeas

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38

de T. semitaeniatus da área 1 tem membros anteriores maiores e mãos mais largas em

comparação com a população da área 2.

As variações nas características corporais (p.e. comprimento do corpo, comprimento

da cauda) são bem documentadas entre os répteis (SEIGEL & FORD, 1987; ZUG et al., 2001)

e podem diferir tanto na diversificação genética ou efeitos fenotípicos, pela disponibilidade de

recursos e/ou outros fatores ambientais (MADSEN & SHINE, 1993; WEATHERHEAD et al.,

1995; PEARSON et al., 2002; BOBACK & GUYER, 2003).

Em relação aos dados obtidos sobre o dimorfismo sexual, foi observado que os

machos são maiores que as fêmeas em massa corporal e comprimento rostro-cloacal.

Características morfológicas que apontam dimorfismo sexual como a coloração e diferença de

tamanho corporal são comuns em lagartos do gênero Tropidurus (VANZOLINI & GOMES,

1979; VITT, 1993; VAN SLUYS, 1998). Os lagartos deste gênero são forrageadores do tipo

senta-e-espera e habitam diversos ambientes incluindo formações abertas (RODRIGUES,

1987, VITT, 1993 e VITT, 1995).

Com relação aos dados morfológicos, ficou evidente que existe uma grande variedade

de morfotipos em cada área e a comparação entre os padrões morfológicos destas localidades

mostraram que ainda existem padrões semelhantes entre as localidades, embora seja em uma

escala (p.e. 1 morfotipo para 23 listados).

Desta maneira, fica evidente que em estudos comparativos de indivíduos de uma

mesma espécie de populações separadas por distâncias não ultrapassando 100 km em relação

a cada área estudada, pode ser constatado que existem diferenças em certos padrões

populacionais.

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39

O fato das populações estarem distantes umas das outras, viverem em altitudes e

fitofisionomias diferentes e apresentarem aspectos ecológicos (e.g. dieta, tipo de

forrageamento) e comportamentais distintos pode ter influenciado nas diferenças

morfométricas e morfológicas que foram mostradas neste trabalho já que obtivemos dados

significativos que indicam tanto a variedade de morfotipos e diferenças em algumas médias

morfométricas.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos amigos e colegas do Laboratório de Herpetologia da Universidade

Federal de Campina Grande (LHUFCG) pelo apoio e suporte que me foi concedido durante

todo o meu trabalho e aos proprietários das localidades onde o estudo foi realizado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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44

Apêndices

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45

Apêndice 1. Dados morfológicos dos machos de Tropidurus hispidus de Itapetim,

Pernambuco, São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre município de

Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima citadas. Os

dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão) (N= número de

casos).

Machos T.hispidus

(Itapetim-PE)

(N = 15)

T.hispidus

(SM, PB)

(N=8)

T.hispidus

(Mat-PB)

(N=5)

TAR (C°) 23-36,1

(31,28 ± 3,39)

29.70-37.10

(32.50±2.59)

24.40-30.50

(28.02±2.54)

TC (C°) 28-37,4

(34,7±2,46)

32.30-38.30

(35.34±2.24)

23.90-35.600

(31.04±4.84)

TS (C°) 27-41,6

(3392±4,58)

30.00-41.00

(34.09±3.52)

24.00-35.40

(30.10±4.34)

UR (%) 25-48

(32,06±8,93)

25.00-54.40

(37.17±10.20)

30.00-53.00

(39.80±9.04)

Peso (g) 14,10-82,25

(44,27±21,61)

21,00-110,10

(55,52±26.72)

45.50 -87,50

(74.00± 16,44)

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46

CRC (mm) 69,90-122,20

(96,24±15,78)

83,30-122,80

(102,86±12.22)

11,60-126,60

(116,92 ± 10,39)

CC (mm) 61,60-180,00

(146,17±32,79)

111.40-232.90

(172.71±34.73)

16,90-196,00

(181,2±17,81)

CT (mm) 163,30-301,00

(242,45±41,63)

194,70-298,90

(260,23±34,19)

79,40-16,60

(75,74±8,32)

DIM (mm) 31,80-53,70

(42,80±6,79)

17.60-47,80

(38.76±9.76)

42,50-60,20

(52,40±6,34)

CAA (mm) 11,30-21,90

(17,87±3,06)

7,00-20,20

(15.95±4.10)

18,60-22,00

(20,54±1,36)

CZA (mm) 10,90-18,90

(15,04±2,48)

4,50-17,30

(7.14±4.15)

5,60-7,80

(7,14±0,89)

CEA (mm) 11,10-23,00

(15,76±2,89)

10,50-17,10

(14,65±2,24)

16,30-17,90

(17,32±0,60)

LAA (mm) 4,20-7,20

(5,94±1,00)

4.500-17,30

(7,14±4,15)

12,70-24,00

(17,8±5,24)

CAP (mm) 21,90-34,60 24,30-34,50 30,30-35,50

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47

(28,77±4,65) (28.76±3.65) (33,68±2,09)

CZP (mm) 12,80-25,10

(20,61±3,50)

11,20-32,40

(16,52±6,77)

19,60-33,30

(24,48±5,84)

CEP (mm) 10,40-23,50

(16,02±3,99)

7,30-17,20

(13,20±3,90)

19,40-24,8

(21,90±2,47)

LAP (mm) 4,90-8,20

(6,76±1,09)

5,10-24,00

(8,95±6,15)

7,00-9,60

(8,20±0,92)

LC (mm) 15,40-28,70

(21,72±3,99)

14,50-25,61

(19.88±3,90)

21,70-31,70

(26,66±3,62)

AC (mm) 8,80-22,70

(15,38±4,09)

8,40-27,60

(16.41±5.31)

16,20-32,40

(23,00±6,32)

CTF (mm) 17,50-29,90

(23,99±3,97)

18,70-29,50

(24,28±3,59)

25,4-32,40

(29,20±2,54)

DNT (mm) 15,20-26,60

(20,60±3,52)

6,10-25,90

(18,77±4,15)

21,10-26,90

(24,70±2,24)

DNO (mm) 5,50-12,20

(6,74±1,00)

5,50-7,80

(7,21±2,19)

6,40-7,90

(7,24±0,57)

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

48

DIO (mm) 9,30-16,60

(11,35±1,76)

9,40-14,00

(11,82±1,52)

12,40-14,10

(6.64±2.103)

Apêndice 2. Dados morfológicos das fêmeas de Tropidurus hispidus de Itapetim,

Pernambuco, São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre município de

Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima citadas. Os

dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão) (N= número de

casos).

Fêmeas T. hispidus

(Itapetim, PE)

(n=17)

T. hispidus

(São Mamede, PB)

(n=9)

T.hispidus

(Matureia-PB)

(n=9)

TAR (C°) 23,9-36,1

(30,66±3,99)

27.40-34.20

(30.67±2.08)

26.30-33.50

(29.66±2.36)

TC (C°) 26,6-39,4

(34,25±3,64)

28.40-36.20

(34.65±2.36)

26.70-36.60

(31.57±3.68)

TS (C°) 24,0-38,39

(32,23±4,45)

28.40-33.60

(31.37±1.64)

26.50-33.10

(29.09±2.43)

UR (%) 23,0-61

(34,06±12,42)

25.00-54.00

(40.54±8.72)

32.00-49.00

(41.49±5.61)

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49

Peso (g) 13,52-32,01

(20,89±5,26)

20.20-28.10

(22.51±2.13)

7.30-55.870

(27.26±15.53)

CRC (mm) 68,60-93,10

(79,91±7,31)

74.00-86,80

(81.49±3.92)

57,20-99,60

(83,60±15,60)

CC (mm) 107,90-155,60

(130,12±10,88)

36.40-151,60

(120.26±38.54)

45,60-166,50

(128,34±38,89)

CT (mm) 184,40-242,00

(210,04±16,52)

39,50-35,40

(8,57±1,43)

102,80-226,10

(211,94±53,45)

DIM (mm) 21,60-45,60

(35,43±5,85)

28,80-42,70

(34,47±4,05)

23,60-50,40

(37,36±9,12)

CAA (mm) 10,40-17,00

(14,72±1,52)

13,90-16,20

(15,20±0,69)

7,20-18,00

(14,27±3,59)

CZA (mm) 8,10-13,50

(11,96±1,28)

4,40-5,30

(4,74±0,28)

3,50-6,90

(4,96±1,02)

CEA (mm) 9,80-14,90

(12,58±1,30)

12,00-14,40

(12,80±0,88)

9,60-14,80

(12,46±1,90)

LAA (mm) 4,00-5,70 10,70-15,40 10,60-17,80

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

50

(4,80±0,50) (13,13±1,37) (14,1±2,57)

CAP (mm) 18,30-28,30

(23,94±2,90)

22,00-25,80

(24,71±1,20)

21,40-30,10

(26,41±3,13)

CZP (mm) 12,80-19,80

(17,00±1,63)

14,90-18,60

(17,22±1,24)

12,40-21,70

(17,56±3,30)

CEP (mm) 6,60-19,70

(12,62±3,01)

11,00-13,10

(12,10±0,67)

9,20-21,40

(14,37±3,92)

LAP (mm) 4,40-6,30

(5,32±0,51)

4,20-6,60

(5,51±0,97)

3,90-7,00

(5,70±0,98)

LC (mm) 14,70-19,50

(16,89±1,33)

16,10-18,64

(16,94±0,88)

11,40-21,70

(17,47±3,44)

AC (mm) 8,70-14,20

(10,80±1,27)

9,80-13,10

(11,05±1,01)

7,50-18,00

(12,47±3,24)

CTF (mm) 17,20-21,60

(19,07±1,50)

19,10-21,10

(20,05±3,30)

14,70-23,70

(19,84±19,84)

DNT (mm) 14,70-18,30

(16,30±1,27)

15,80-18,10

(16,94±4,23)

12,30-20,20

(16,75±2,68)

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

51

DNO (mm) 4,20-6,30

(5,31±0,66)

4,90-5,90

(5,41±3,77)

3,90-13,20

(6,48±2,67)

DIO (mm) 8,80-10,90

(9,75±0,62)

9,20-11,60

(10,33±3,43)

7,40-11,60

(9,77±1,30)

Apêndice 3. Dados morfológicos dos machos de Tropidurus semitaeniatus de Itapetim,

Pernambuco e São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre município de

Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima citadas. Os

dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão) (N= número de

casos).

Machos T.semitaeniatus

(Itapetim, PE)

(N=14)

T.semitaeniatus.

(Sâo Mamede-PB)

(N=9)

T.semitaeniatus.

(Matureia-PB)

(N=13)

TAR (C°) 24,0-34,8

(30,45±3,56)

27,9-34,9

(30,72±2,34)

23.10-32.00

(27.04±2.73)

TC (C°) 29,3-39,1

(34,92±3,15)

32,2-39,4

(35,81±2,07)

27.00-37.80

(32.65±3.74)

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

52

TS (C°) 25,7-38,3

(32,68±4,93)

27,3-37,7

(31,47±3,22)

25.50-36.70

(29.38±3.90)

UR (%) 25-48

(32,02±9,90)

24-65

(44±14,22)

17.50-64.00

(46.45±12.83)

Peso (g) 7,80-27,68

(19,45±5,91)

12,60-20,00

(16,54±2,17)

15,70-32,00

(23,56±5,76)

CRC (mm) 68,70-93,20

(86,30±7,74)

74,60-91,66

(81,35±3,91)

75,00-98,70

(87,97±6,52)

CC (mm) 83,3-163,20

(137,4±23,2)

114,30-216,90

(140,67±23,7)

98,20-179,40

(141,48±29,4)

CT (mm) 166,6-252,3

(223,74±26,37)

131,10-233,40

(210,07±24,5)

186,20-265,90

(229,50±29,3)

DIM (mm) 25,80-41,90

(37,97±4,41)

15,8-38,10

(28,15±9,27)

31,20-43,80

(38,33±3,63)

CAA (mm) 12,20-18,10

(15,20±2,15)

12,90-16,80

(15,43±0,97)

16,30-19,40

(17,66±0,88)

CZA (mm) 9,10-14,40 3,3-4,30 3,90-5,70

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53

(12,60±1,94) (3,82±0,26) (4,70±0,46)

CEA (mm) 10,80-18,00

(15,68±2,02)

9,80-13,90

(12,62±1,63)

12,30-14,90

(13,63±0,88)

LAA (mm) 2,805,20

(4,30±0,69)

11,10-17,20

(14,62±1,63)

14,10-19,80

(17,03±1,49)

CAP (mm) 21,60-28,40

(26,17±1,95)

23,40-29,10

(25,35±1,70)

27,40-32,10

(29,36±1,34)

CZP (mm) 13,20-22,00

(17,93±2,38)

15,10-19,70

(17,77±1,26)

17,40-22,20

(19,54±1,66)

CEP (mm) 10,70-18,30

(15,80±1,98)

12,80-16,90

(14,40±1,24)

14,10-21,70

(16,80±2,10)

LAP (mm) 3,70-6,20

(5,18±0,77)

4,0-5,20

(4,65±0,32)

4,70-6,30

(5,45±0,48)

LC (mm) 12,40-18,10

(15,99±2,14)

12,03-19,16

(15,21±1,66)

14,20-19,70

(16,59±1,60)

AC (mm) 4,80-9,20

(7,25±1,29)

6,4-8,50

(7,19±0,67)

5,90-7,80

(6,93±0,65)

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54

CTF (mm) 15,10-21,50

(19,70±1,93)

17,30-21,60

(18,95±1,07)

18,60-21,80

(20,19±1,16)

DNT (mm) 13,00-18,40

(16,74±1,65)

14,80-18,90

(16,30±1,01)

15,40-18,10

(16,85±0,93)

DNO (mm) 4,00-6,20

(5,03±0,66)

4,40-5,80

(4,91±0,49)

4,20-6,10

(5,12±0,51)

DIO (mm) 7,40-11,10

(9,30±1,14)

6,6-10,10

(8,40±1,09)

4,20-10,30

(6,50±2,07)

Apêndice 4. Dados morfológicos dos machos de Tropidurus semitaeniatus de Itapetim,

Pernambuco e São Mamede, Paraíba e do Parque Estadual Pico do Jabre município de

Matureia, Paraíba, analisados durante o período de estudo nas cidades acima citadas. Os

dados de cada população seguem mínimo-máximo (média ± desvio padrão) (N= número de

casos).

Fêmeas T.semitaeniatus.

(Itapetim, PE)

(n=23)

T.semitaeniatus.

(São Mamede, PB)

(n=9)

T.semitaeniatus.

(Matureia.PB)

(n=22)

TAR (C°) 23,5-36,8 27,8-36,4 23.90-30.90

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(29,96±3,87) (32,67±2,27) (27.07±2.19)

TC (C°) 28,5-38,6

(35,12±2,59)

30,09-39,5

(36.06±2,04)

26.90-38.00

(33.19±3.08)

TS (C°) 24,3-41,8

(32,77±4,68)

28,3-39,5

(33,74±2,70)

24.30-32.70

(27.91±2.43)

UR (%) 22-58

(32,17±11,94)

20-53

(36,36±8,66)

33.00-57.00

(47.45±6.75)

Peso (g) 3,49-20,78

(10,05±4,87)

6-19,4

(10,39±3,08)

5.60-13.60

(10.07±1.611)

CRC (mm) 51,10-89,50

69,05±10,26

59,58-81,05

(69,96±5,47)

61,00-81,30

(72,73±4,73)

CC (mm) 74,20-151,70

(117,43±18,63)

55,5-145,5

(108,95±22,12)

98,80-146,30

(124,65±13,33)

CT (mm) 144,70-241,20

(186,51±26,35)

126,9-226,70

(178,89±24,47)

159,9-227,3

(197,3±15,8)

DIM (mm) 21,20-40,30

(30,40±5,14)

24,9-37,02

(30,03±3,12)

27,30-37,6

(32,05±2,73)

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CAA (mm) 11,20-17,30

(13,92±1,67)

11,2-16,3

(13,14±1,34)

12,70-16,3

(14,1±0,9)

CZA (mm) 8,20-13,50

(10,51±1,49)

2,7-4,5

(3,28±0,51)

3,00-4,20

(3,50±0,32)

CEA (mm) 8,90-16,50

(12,30±1,75)

9,4-14,1

(10,83±1,17)

8,90-12,90

(10,91±0,83)

LAA (mm) 2,60-4,80

(3,40±0,55)

10-16

(12,82±1,79)

9,90-15,80

(13,05±1,43)

CAP (mm) 19,20-28,80

(22,65±2,93)

19,3-28,9

(22,44±2,56)

21,50-26,7

(23,70±1,39)

CZP (mm) 10,40-19,70

(14,01±2,44)

12,05-19,3

(15,25±1,82)

13,00-17,7

(15,17±1,05)

CEP (mm) 8,90-15,50

(12,25±1,68)

9,9-16,8

(11,98±1,70)

10,08-15,3

(12,70±1,35)

LAP (mm) 2,70-5,30

(3,89±0,69)

2,9-5,6

(3,94±0,64)

3,30-4,60

(3,90±0,28)

LC (mm) 9,90-16,40 11,5-16,6 10,80-15,1

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(13,02±1,66) (13,08±1,29) (12,46±0,92)

AC (mm) 4,00-8,20

(5,50±1,17)

4,4-8,0

(5,77±0,93)

4,20-5,70

(4,95±0,40)

CTF (mm) 12,50-19,30

(15,69±1,94)

12,5-20,6

(15,99±1,69)

14,10-18,3

(15,83±0,80)

DNT (mm) 10,50-16,90

(13,31±1,69)

12,1-17,40

(13,55±1,27)

12,20-15,3

(13,26±0,67)

DNO (mm) 3,10-4,80

(3,95±0,43)

3,40-5,10

(4,21±0,45)

3,40-4,80

(4,05±0,34)

DIO (mm) 6,30-9,30

(7,28±0,75)

6,7-8,8

(7,62±0,58)

6,80-8,20

(7,27±0,34)

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58

Apêndice 5. Os quatro morfotipos listados para a região gular em machos de Tropidurus

hispidus.

Apêndice 6. Os quatro morfotipos listados para a regiao torácica em machos de Tropidurus

hispidus.

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

59

Apêndice 7. Os dois morfotipos listados para a regiao abdominal de machos de Tropidurus

hispidus.

Apêndice 8. Os dois morfotipos listados da região do dorso em machos de Tropidurus

hispidus.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

60

Apêndice 9. Os quatro morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

hispidus.

Apêndice 10. Os três morfotipos listados da região gular em fêmeas de Tropidurus hispidus.

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

61

Apêndice 11. Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas de Tropidurus

hispidus.

Apêndice 12. Os seis morfotipos listados da região do abdomem de fêmeas Tropidurus

hispidus.

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62

Apêndice 13. Os três morfotipos listados da região dorsal de femeas de Tropidurus hispidus.

Apêndice 14. Os três morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

hispidus.

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63

Apêndice 15. Os três morfotipos listados da região gular em machos de Tropidurus

semitaeniatus.

Apêndice 16. Os cinco morfotipos listados da região do tórax em machos de Tropidurus

semitaeniatus.

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64

Apêndice 17. Os quatro morfotipos listados da região do abdome em machos de Tropidurus

semitaeniatus.

Apêndice 18. Os três morfotipos listados da região do dorso em machos de Tropidurus

semitaeniatus.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE-UFCG … · Morfologia. 2 . Morfometria. 3 ... Os seis morfotipos listados da região do torax em fêmeas ... Os seis morfotipos listados da

65

Apêndice 19. Os seis morfotipos listados da região da cabeça em machos de Tropidurus

semitaeniatus.

Apêndice 20. Os quatro morfotipos listados da região gular em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.

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66

Apêndice 21. Os seis morfotipos listados da região do tórax em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.

Apêndice 22. Os três morfotipos listados da região abdominal em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.

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Apêndice 23. Os dois morfotipos listados da região dorsal em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.

Apêndice 24. Os seis morfotipos listados da região da cabeça em fêmeas de Tropidurus

semitaeniatus.

.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL

Comitê de Ética em Pesquisa

Declaro a quem possa interessar que Sr. Diego dos Santos Alves, deu entrada via eletrônica em processo para apreciação de projeto de pesquisa, como

coordenador deste, visando parecer consubstanciado, junto ao CEP/CSTR/UFCG. O projeto “ASPECTOS MORFOLÓGICOS E MORFOMÉTRICOS DE

POPULAÇÕES DE Tropidurus hispidus e Tropidurus semitaeniatus (Squamata; Tropiduridae) EM DIFERENTES ÁREAS DE CAATINGA DOS ESTADOS DA PARAIBA E

PERNAMBUCO” O referido projeto tem Nº de protocolo CEP 051/2016.

Patos, 11 de maio de 2016.

Atenciosamente

Thiago Oliveira

Secretário do CEP [email protected]

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Ministério do Meio Ambiente - MMA

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - SISBIO

Licença permanente para coleta de material zoológico

SISBIO

Observações e ressalvas

1 As atividades de campo exercidas por pessoa natural ou jurídica estrangeira, em todo o território nacional, que impliquem o deslocamento de recursos humanos e

materiais, tendo por objeto coletar dados, materiais, espécimes biológicos e minerais, peças integrantes da cultura nativa e cultura popular, presente e passa da, obtidos

por meio de recursos e técnicas que se destinem ao estudo, à difusão ou à pesquisa, estão sujeitas a autorização do Ministério de Ciência e Tecnologia.

2

A licença permanente não é válida para: a) coleta ou transporte de espécies que constem nas listas oficiais de espécies ameaçadas de extinção; b) manutenção de

espécimes de fauna silvestre em cativeiro; c) recebimento ou envio de material biológico ao exterior; e d) realização de pesquisa em unidade de conservação federal ou em

caverna. A restrição prevista no item d não se aplica às categorias Reserva Particular do Patrimônio Natural, Área de Relevante Interesse Ecológico e Área de Proteção

Ambiental constituídas por terras privadas. 3 O pesquisador titular da licença permanente, quando acompanhado, deverá registrar a expedição de campo no Sisbio e informar o nome e CPF dos membros da sua

equipe, bem como dados da expedição, que constarão no comprovante de registro de expedição para eventual apresentação à fiscalização; 4 Esta licença permanente não exime o seu titular da necessidade de obter as anuências previstas em outros instrumentos legais, bem como do consentimento do

responsável pela área, pública ou privada, onde será realizada a atividade. 5 Esta licença permanente não poderá ser utilizada para fins comerciais, industriais ou esportivos ou para realização de atividades integrantes do processo de licenciamento

ambiental de empreendimentos. 6 Este documento NÃO exime o pesquisador titular da necessidade de atender ao disposto na Instrução Normativa Ibama nº 27/2002, que regulamenta o Sistema Nacional

de Anilhamento de Aves Silvestres. 7 O pesquisador titular da licença permanente será responsável pelos atos dos membros da equipe (quando for o caso) 8 O órgão gestor de unidade de conservação estadual, distrital ou municipal poderá, a despeito da licença permanente e das autorizações concedidas pelo ICMBio,

estabelecer outras condições para a realização de pesquisa nessas unidades de conservação.

9 O titular de licença ou autorização e os membros da sua equipe deverão optar por métodos de coleta e instrumentos de captura direcionados, sempre que possível, ao

grupo taxonômico de interesse, evitando a morte ou dano significativo a outros grupos; e empregar esforço de coleta ou captura que não comprometa a viabilidade de

populações do grupo taxonômico de interesse em condição in situ. 10 O titular da licença permanente deverá apresentar, anualmente, relatório de atividades a ser enviado por meio do Sisbio no prazo de até 30 dias após o aniversário de

emissão da licença permanente.

11 O titular de autorização ou de licença permanente, assim como os membros de sua equipe, quando da violação da legislação vigente, ou quando da inadequação, omissão

ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição do ato, poderá, mediante decisão motivada, ter a autorização ou licença suspensa ou revogada

pelo ICMBio e o material biológico coletado apreendido nos termos da legislação brasileira em vigor. 12 A licença permanente será válida enquanto durar o vínculo empregatício do pesquisador com a instituição científica a qual ele estava vinculado por ocasião da solici tação.

Número: 25267-1 Data da Emissão: 27/08/2010 10:48

Dados do titular

Nome: Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum CPF: 119.871.838-27

Nome da Instituição : Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos CNPJ: 05.055.128/0005-08

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13 Este documento não dispensa o cumprimento da legislação que dispõe sobre acesso a componente do patrimônio genético existente no território nacional, na plataforma

continental e na zona econômica exclusiva, ou ao conhecimento tradicional associado ao patrimônio genético, para fins de pesquisa científica, bioprospecção e

desenvolvimento tecnológico. 14 As atividades contempladas nesta autorização NÃO abrangem espécies brasileiras constante de listas oficiais (de abrangência nacional, estadual ou municipal) de espécies

ameaçadas de extinção, sobreexplotadas ou ameaçadas de sobreexplotação. Táxons autorizados

# Nível taxonômico Táxon(s)

Destino do material biológico coletado

Este documento (Licença permanente para coleta de material zoológico) foi expedido com base na Instrução Normativa nº154/2007. Através do código de autenticação abaixo, qualquer cidadão

SISBIOpoderá verificar a autenticidade ou regularidade

deste documento, por meio da página do Sisbio/ICMBio na Internet (www.icmbio.gov.br/sisbio).

Código de autenticação: 71182611 Ministério do Meio Ambiente - MMA

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio

Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade - SISBIO

Licença permanente para coleta de material zoológico

1 CLASSE Amphibia 2 ORDEM Squamata 3

Página 1/2

# Nome local destino Tipo Destino 1 Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos coleção

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SISBIO

Registro de coleta imprevista de material biológico

De acordo com a Instrução Normativa nº154/2007, a coleta imprevista de material biológico ou de substrato não

contemplado na autorização ou na licença permanente deverá ser anotada na mesma, em campo específico, por ocasião da

coleta, devendo esta coleta imprevista ser comunicada por meio do relatório de atividades. O transporte do material

biológico ou do substrato deverá ser acompanhado da autorização ou da licença permanente com a devida anotação. O

material biológico coletado de forma imprevista, deverá ser destinado à instituição científica e, depositado,

preferencialmente, em coleção biológica científica registrada no Cadastro Nacional de Coleções Biológicas (CCBIO).

Este documento (Licença permanente para coleta de material zoológico) foi expedido com base na Instrução Normativa nº154/2007. Através do código de autenticação abaixo, qualquer cidadão

Número: 25267-1 Data da Emissão: 27/08/2010 10:48

Dados do titular

Nome: Marcelo Nogueira de Carvalho Kokubum CPF: 119.871.838-27

Nome da Instituição : Universidade Federal de Campina Grande - Campus de Patos CNPJ: 05.055.128/0005-08

Página 2/2

Táxon* Qtde. Tipo de amostra Qtde. Data

* Identificar o espécime no nível taxonômico possível.

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SISBIOpoderá verificar a autenticidade ou regularidade deste documento, por meio da

página do Sisbio/ICMBio na Internet (www.icmbio.gov.br/sisbio).

Código de autenticação: 71182611

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73

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Escopo e política

Forma e preparação de manuscritos

ISSN 0073­4721

versão

impressa ISSN 1678­4766 versão online

Escopo e política

O periódico Iheringia, Série Zoologia, editado pelo Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica

do Rio Grande do Sul, destina­se a publicar trabalhos

completos originais em Zoologia, com ênfase em taxonomia e sistemática, morfologia, história natural e

ecologia de comunidades ou populações de espécies da fauna Neotropical recente. Notas científicas não serão

aceitas para publicação. Em princípio, não serão aceitas

listas faunísticas, sem contribuição taxonômica, ou que não sejam o resultado de estudos de ecologia ou

história natural de comunidades, bem como chaves

para identificação de grupos de táxons definidos por limites políticos. Para evitar transtornos aos autores,

em caso de dúvidas quanto à adequação ao escopo da revista, recomendamos que a Comissão Editorial seja

previamente consultada. Também não serão aceitos

artigos com enfoque principal em Agronomia, Veterinária, Zootecnia ou outras áreas que envolvam

zoologia aplicada. Manuscritos submetidos fora das normas da revista serão devolvidos aos autores antes

de serem avaliados pela Comissão Editorial e Corpo de

Consultores.

Forma e preparação de manuscritos

1. Submeter o manuscrito eletronicamente através do

site: http://submission.scielo.br/index.php/isz.

2. Os manuscritos serão analisados por, no mínimo, dois

consultores. A aprovação do trabalho, pela Comissão

Editorial, será baseada no conteúdo científico, respaldado pelos pareceres dos consultores e no

atendimento às normas. Alterações substanciais poderão ser solicitadas aos autores, mediante a

devolução dos arquivos originais acompanhados das

sugestões.

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3. O teor científico do trabalho é de responsabilidade dos

autores, assim como a correção gramatical.

4. O manuscrito, redigido em português, inglês ou

espanhol, deve ser impresso em papel A4, em fonte

“Times New Roman” com no máximo 30 páginas numeradas (incluindo as figuras) e o espaçamento

duplo entre linhas. Manuscritos maiores poderão ser negociados com a Comissão Editorial.

5. Os trabalhos devem conter os tópicos: título; nomes

dos autores (nome e sobrenome por extenso e demais preferencialmente abreviados); endereço completo dos

autores, com e­mail para contato; abstract e keywords (máximo 5) em inglês; resumo e palavras­chave

(máximo 5) em português ou espanhol; introdução;

material e métodos; resultados; discussão; agradecimentos e referências bibliográficas. As

palavras­chave não deverão sobrepor com aquelas presentes no título.

6. Não usar notas de rodapé.

7. Para os nomes genéricos e específicos usar itálico e, ao

serem citados pela primeira vez no texto, incluir o

nome do autor e o ano em que foram descritos. Expressões latinas também devem estar grafadas em

itálico.

8. Citar as instituições depositárias dos espécimes que

fundamentaram a pesquisa, preferencialmente com

tradição e infraestrutura para manter coleções científicas e com políticas de curadoria definidas.

9. Citações de referências bibliográficas no texto devem ser feitas em Versalete (caixa alta reduzida) usando

alguma das seguintes formas: BERTCHINGER & THOMÉ

(1987), (BRYANT, 1915; BERTCHINGER & THOMÉ, 1987), HOLME et al. (1988).

10. Dispor as referências bibliográficas em ordem alfabética e cronológica, com os autores em Versalete

(caixa alta reduzida). Apresentar a relação completa de

autores (não abreviar a citação dos autores com “et al.”) e o nome dos periódicos por extenso. Alinhar à

margem esquerda com deslocamento de 0,6 cm. Não serão aceitas citações de resumos e trabalhos não

publicados.

Exemplos:

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75

BERTCHINGER, R. B. E. & THOMÉ, J. W. 1987. Contribuição

à caracterização de Phyllocaulis soleiformis (Orbigny, 1835) (Gastropoda, Veronicellidae). Revista Brasileira de Zoologia

4(3):215­223.

BRYANT, J. P. 1915. Woody plant­mammals interactions. In: ROSENTHAL, G. A. & BEREMBAUM, M. R. eds.

Herbivores: their interactions with secondary plants metabolites. San Diego, Academic. v.2, p.344­365.

HOLME, N. A.; BARNES, M. H. G.; IWERSON, C. W. R.;

LUTKEN, B. M. & MCINTYRE, A. D. 1988. Methods for the study of marine mammals. Oxford, Blackwell Scientific.

527p.

PLATNICK, N. I. 2002. The world spider catalog, version 3.0.

American Museum of Natural History. Disponível

em: <http:/

/research.amnh.org/entomology/spiders/catalog8187/index.html>. Acesso em: 10.05.2002.

11. As ilustrações (desenhos, fotografias, gráficos e mapas) são tratadas como figuras, numeradas com

algarismos arábicos sequenciais e dispostas adotando o critério de rigorosa economia de espaço e considerando

a área útil da página (16,5 x 24 cm) e da coluna (8 x 24

cm). A Comissão Editorial reserva­se o direito de efetuar alterações na montagem das pranchas ou solicitar nova

disposição aos autores. As legendas devem ser

autoexplicativas. Ilustrações a cores implicam em custos a cargo dos autores. As figuras devem ser encaminhadas

apenas em meio digital de alta qualidade (ver item 16).

12. As tabelas devem permitir um ajuste para uma (8

cm) ou duas colunas (16,5 cm) de largura, ser

numeradas com algarismos romanos e apresentar título conciso e autoexplicativo.

13. Figuras e tabelas não devem ser inseridas, somente indicadas no corpo do texto.

14. A listagem do material examinado deve dispor as localidades de Norte a Sul e de Oeste a Leste e as siglas

das instituições compostas preferencialmente de até 4

letras, segundo o modelo abaixo:

VENEZUELA, Sucre: San Antonio del Golfe, (Rio Claro, 5o57’N 74o51’W, 430m) 5 ♀, 8.VI.1942, S. Karpinski col. (MNHN 2547). PANAMÁ, Chiriquí: Bugaba (Volcán de Chiriquí), 3 ♂, 3 ♀,

24.VI.1901, Champion col. (BMNH 1091). BRASIL, Goiás: Jataí (Fazenda Aceiro), 3 ♂, 15.XI.1915, C. Bueno col. (MZSP); Paraná: Curitiba, ♀, 10.XII.1925, F. Silveira col. (MNRJ); Rio Grande do

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76

Sul: São Francisco de Paula (Fazenda Kraeff, Mata com Araucária, 28o30’S 52o29’W, 915m), 5 ♂, 17.XI.1943, S.

Carvalho col. (MCNZ 2147).

15. Recomenda­se que os autores consultem um artigo

recentemente publicado na Iheringia Série Zoologia para verificar os detalhes de formatação.

16. Enviar o arquivo de texto em Microsoft Word (*.doc) ou em formato “Rich Text” (*.rtf). Para as imagens

utilizar arquivos Bitmap TIFF (*.tif) e resolução mínima

de 300 dpi (fotos) ou 600 dpi (desenhos em linhas). Enviar as imagens nos arquivos digitais independentes

(não inseridas em arquivos do MS Word, MS Power Point e outros), nomeados de forma autoexplicativa (e. g.

figura01.tif). Gráficos e tabelas devem ser inseridos em

arquivos separados (Microsoft Excel para gráficos e Microsoft Word ou Excel para tabelas). Para arquivos

vetoriais utilizar formato Corel Draw (*.cdr).

17. Para cada autor será fornecido um exemplar da

revista. Os artigos também estarão na página do

Scientific Electronic Library Online, SciELO/Brasil, disponível em www.scielo.br/isz.

Não há taxa para submissão e avaliação de artigos.

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