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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
FACULDADE DE ENGENHARIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE DE
MUROS DE PESO EM GABIÃO
JOSÉ GERALDO DE SOUZA JÚNIOR
JUIZ DE FORA
FACULDADE DE ENGENHARIA DA UFJF
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARAIA CIVIL
INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE DE
MUROS DE PESO EM GABIÃO
JOSÉ GERALDO DE SOUZA JÚNIOR
JUIZ DE FORA
2013
JOSÉ GERALDO DE SOUZA JÚNIOR
INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE DE
MUROS DE PESO EM GABIÃO
Trabalho Final de Curso apresentado ao
Colegiado do Curso de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Juiz de Fora, como
requisito parcial à obtenção do título de
Engenheiro Civil.
Área de Conhecimento: Geotecnia
Orientador: JULIANE GONÇALVES
Co-orientador: RAFAEL CERQUEIRA
Juiz de Fora
Faculdade de Engenharia da UFJF
2013
INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO NAS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE DE
MUROS DE PESO EM GABIÃO
JOSÉ GERALDO DE SOUZA JÚNIOR
Trabalho Final de Curso submetido à banca examinadora constituída de acordo com o Artigo
9o do Capítulo IV das Normas de Trabalho Final de Curso estabelecidas pelo Colegiado do
Curso de Engenharia Civil, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de
Engenheiro Civil.
Aprovado em: ____/________/_____
Por:
_____________________________________
Prof. Juliane Cristina Gonçalves (orientador)
_____________________________________
Eng. Rafael Cerqueira Silva
_____________________________________
Prof. Guilherme Soldati
“Todas as idéias grandiosas que já tive me vieram como uma inspiração de Deus.
Elas Lhe pertencem de direito, mas Ele desejou me dar uma compreensão de Suas Leis e Suas Idéias. Eis porque, já que elas não me pertencem, desejo transmiti-las a
outros para seu Uso e vantagem, como um dom de Deus.” (Pitágoras)
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, pelo dom da vida, pelas oportunidades a
mim agraciadas e por me ajudar a cada dia em minhas realizações e conquistas, a
Ti Senhor agradeço pela concretização de mais uma etapa em minha vida e entrego
em Suas mãos o meu futuro, pois sei que tens o melhor para mim.
A minha orientadora, professora Juliane Cristina Gonçalves, pela boa vontade,
apoio e incentivo durante a realização deste trabalho, excelente professora e
exemplo de profissional a ser seguido.
Ao meu Co-orientador e amigo, engenheiro Rafael Cerqueira Silva, profissional
exímio e pessoa extraordinária. Obrigado pela paciência, incentivo, conselhos, apoio
e compreensão durante a realização deste trabalho e por todos os conhecimentos a
mim passados desde o primeiro momento de convívio, que para mim foi, um prazer
e uma honra.
Ao professor Guilherme Soldati, membro da banca examinadora e um querido
professor, creio que não só por mim, mas por toda Faculdade de Engenharia Civil.
A todos os professores que fizeram parte de minha graduação em Engenharia
Civil, sem sombra de dúvidas vocês foram fundamentais para essa conquista.
Aos meus pais José Geraldo e Noêmia e a minha irmã Ana Lídia, os maiores
amores da minha vida! A eles dedico esta vitória, pois lutamos juntos para chegar
até aqui, e essa luta não foi fácil, mais tenho certeza que colheremos bons frutos e
Deus nos recompensará por todos os sacrifícios.
As minhas avós Conceição e Maria, pela pureza de sentimentos e amor
despendidos durante toda minha vida.
A todos os meus familiares que torceram por minha conquista, em especial
minhas tias Maria Catarina e Maria Eva, pelo apoio constante, torcida e incentivo.
Aos meus companheiros de república em Juiz de Fora, meu amigo Nielsen e
meu primo Lucas, sem vocês aqui não seria a mesma coisa.
Aos meus amigos de curso que por todos esses anos conviveram comigo e
fizeram a diferença em minha vida, compartilhando alegrias e tristezas, notas boas e
ruins, Anaíra, Lorena, Nielsen, Paula, Regina, Sérgio, Tharlles, Tiago, Ugo, Viviane e
William, Deus colocou vocês no meu caminho.
A todos os amigos em geral, de Juiz de Fora e Muriaé, amo vocês!
A todos que torceram e oraram por mim, meu obrigado.
RESUMO
Nos últimos anos, novas soluções para evitar o deslizamento de taludes
naturais e artificiais foram desenvolvidas. Isto significa que, hoje em dia, os riscos de
escorregamentos podem ser melhor controlados pela engenharia civil. Os muros de
peso em gabiões são uma das possíveis alternativas para conter um talude, sendo
de fácil execução e menor custo.
Equivocadamente, ao se dimensionar um gabião, alguns projetistas não levam
em consideração o efeito da compactação do solo, levando a encontrarem fatores
de segurança acima dos reais. A compactação gera tensões horizontais do solo
contra o muro, aumentando o empuxo ativo, em síntese o solo terá mais “força” para
“empurrar” o muro, causando grande relevância em um dimensionamento real.
Devido a isto, este trabalho aborda o efeito que a compactação do solo causa nos
fatores de segurança ao se dimensionar um muro de peso em gabião e através de
estudo de problema em engenharia civil comparam-se os fatores de segurança
quando não se considera a compactação e quando a mesma é considerada.
Palavras Chave: contenção, gabião, efeito da compactação.
Conteúdo 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 1
1.1. Objetivos ................................................................................................................. 1
1.2. Justificativa .............................................................................................................. 2
2. EMPUXOS DE TERRA ................................................................................................. 3
2.1. Empuxo no Repouso ................................................................................................ 3
2.2. Empuxo Ativo x Empuxo Passivo ............................................................................ 4
2.3. Teoria de Coulomb .................................................................................................. 5
2.4. Teoria de Rankine .................................................................................................... 7
2.5. Aspectos Gerais que Influenciam na Determinação do Empuxo ............................... 9
3. EFEITO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO ................................................................. 11
3.1. Compactação do Solo ............................................................................................ 11
3.2. Efeito da Compactação .......................................................................................... 11
4. ESTABILIDADE DE TALUDES ................................................................................. 15
4.1. Métodos Determinísticos ....................................................................................... 17
4.1.1. Métodos de Equilíbrio Limite ............................................................................. 17
4.1.2. Método das Fatias .............................................................................................. 18
4.1.3. Método de Bishop Simplificado ......................................................................... 20
5. CAPACIDADE DE CARGA NA FUNDAÇÃO ........................................................... 22
5.1. Formulação Teórica de TERZAGHI (1943) ........................................................... 23
5.2. Formulação Teórica de VESIC (1973) ................................................................... 24
6. CÁLCULO DE MURO DE PESO ................................................................................ 27
6.1. Segurança Contra o Tombamento .......................................................................... 28
6.2. Segurança Contra o Deslizamento .......................................................................... 28
6.3. Segurança Contra Ruptura e Deformação Excessiva do Terreno de Fundação ........ 30
6.4. Segurança Contra a Ruptura Global ....................................................................... 33
7. ESTUDO DE PROBLEMA EM ENGENHARIA CIVIL .............................................. 35
7.1. Metodologia do Estudo .......................................................................................... 37
7.2. Fatores de Segurança Sem o Efeito da Compactação .............................................. 37
7.2.1. Terrapleno Horizontal ........................................................................................ 37
7.2.2. Terrapleno Inclinado .......................................................................................... 47
7.3. Calculo de Empuxo Total e Momento de Tombamento com Efeito da Compactação 56
7.3.1. Terrapleno Horizontal: ....................................................................................... 57
7.3.2. Terrapleno Inclinado (i=20°) .............................................................................. 61
7.4. Fatores de Segurança com o Efeito da Compactação .............................................. 67
7.4.1. Terrapleno Horizontal ........................................................................................ 67
7.4.2. Terrapleno Inclinado (i=20°) .............................................................................. 71
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 75
8.1. Solução Proposta ................................................................................................... 77
8.2. Recomendações para Futuros Trabalhos................................................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 80
1
1. INTRODUÇÃO
Movimentos de massas ou movimentos coletivos de solos e de rochas tem sido
objeto de amplos estudos, não só na sua importância como agentes atuantes na
evolução das formas de relevo, mas também em função de suas implicações
práticas e de sua importância do ponto de vista econômico.
Compete aos geotécnicos a mais importante contribuição ao estudo dos
mecanismos de tais movimentos, genericamente chamados escorregamentos, termo
utilizado no sentido de abranger todo e qualquer movimento coletivo de materiais
terrosos e rochosos.
Neste trabalho apresenta-se o processo de contenção inspirado nos muros de
gravidade em gabião. Trata-se de caixas ou “gaiolas” de arame galvanizado,
preenchidas com pedra britada ou seixos, que são colocadas justapostas, formando
os muros, sendo discutido o efeito da compactação do terrapleno acima do gabião
em relação aos fatores de segurança.
1.1. Objetivos
As estruturas de contenção de muro de peso em gabião são muito utilizadas
em todas as áreas da construção civil. Utilizadas em taludes de cortes e aterros, em
rodovias, em ferrovias, em córregos e rios e até mesmo em áreas de edificações,
estas estruturas apresentam uma alternativa simples, de rápida execução e de baixo
custo.
Este trabalho tem como objetivo principal verificar a influência da compactação
do solo na estabilidade dessas estruturas de contenção em gabião, através de
estudo de problema.
Por conseqüência será reforçado conceitos de mecânica dos solos e geotecnia,
pois o assunto aborda: empuxos de terra, compactação do solo, estabilidade de
2
taludes, capacidade de carga da fundação e mecanismos de estabilidade de muros
de peso.
1.2. Justificativa
Em todas as áreas, e principalmente na construção civil, observa-se a
necessidade de reduzir custos e prazos de execução, sem reduzir desempenho e
mantendo um elevado padrão de qualidade das obras.
O tipo de material utilizado em gabiões é um dos fatores que influi nos sentidos
citados acima, já que muitas vezes o material pode ser coletado em loco e não há a
necessidade de mão de obra especializada para a execução do serviço.
Porém, de maneira geral, alguns engenheiros, quando dimensionam muro de
peso, não levam em consideração o efeito da compactação, que pode afetar
significativamente as tensões internas dessas estruturas.
DUNCAN E SEED (1986) assinalam que a operação de compactação pode ser
representada por ciclos de carga e descarga que provocam o surgimento de tensões
horizontais residuais no solo. Dependendo da energia de compactação, as tensões
horizontais residuais podem ser muito maiores do que aquelas decorrentes apenas
do peso próprio do solo lançado.
Tal equívoco conduz a fatores de segurança “FS” maiores do que os
encontrados quando se leva em consideração a tensão horizontal gerada pelo efeito
da compactação.
3
2. EMPUXOS DE TERRA
O empuxo é a resultante das pressões laterais de terra ou água, que atuam
sobre uma estrutura. Sua magnitude depende:
Do desnível vencido pela estrutura;
Do tipo de características do solo;
Propriedades e deformação sofridas pela estrutura;
Posição do nível d’água;
Inclinação do aterro, etc...
Segundo GERSCOVICH (2010), entende-se por empuxo de terra a ação
horizontal produzida por um maciço de solo sobre as obras com ele em contato. O
valor do empuxo de terra, assim como a distribuição de tensões ao longo do
elemento de contenção, depende da interação solo-elemento estrutural durante
todas as fases da obra. O empuxo atuando sobre o elemento estrutural provoca
deslocamentos horizontais que, por sua vez, alteram o valor e a distribuição do
empuxo, ao longo das fases construtivas da obra.
Conforme MACHADO E MACHADO (1997), as obras de contenção exigem em
seus dimensionamentos e análises de estabilidade, o conhecimento dos valores dos
empuxos.
2.1. Empuxo no Repouso
De acordo com GERSCOVICH (2010), o empuxo no repouso é definido pelas
tensões horizontais, calculadas para condição de repouso. Neste caso para a
condição de semi-espaço infinito horizontal, o empuxo é produto do coeficiente de
empuxo lateral no repouso (ko) e da tensão efetiva vertical, acrescido da parcela da
poropressão.
ko = �′�
��� (����çã�1)
4
�′����. �′�(����çã�2)
�ℎ = σ′� + u(����çã�3)
Onde: σ′� =tensão principal horizontal efetiva
�′� = tensão principal vertical efetiva
ko = coeficiente de empuxo no repouso
u = poropressão
O valor de ko depende de vários parâmetros geotécnicos do solo, como, por
exemplo, ângulo de atrito, índice de vazios, razão de pré-adensamento.
2.2. Empuxo Ativo x Empuxo Passivo
De acordo com GERSCOVICH (2010), o empuxo ativo verifica-se quando
determinada estrutura é construída para suportar um maciço de solo. Neste caso, as
forças que o solo exerce sobre as estruturas são de natureza ativa. O solo “empurra”
a estrutura, que reage, tendendo a afastar-se do maciço. Por outro lado, quando a
estrutura é “empurrada” contra o solo, a força exercida pela estrutura sobre o solo é
de natureza passiva.
As figuras 1 e 2 mostram, respectivamente, a ação e a distribuição do empuxo
ativo e passivo.
Figura 1 - Ação do empuxo ativo / empuxo passivo (Adaptado de MARINHO, 2006)
5
Figura 2 - Distribuição do empuxo ativo e passivo (MARINHO, 2006)
2.3. Teoria de Coulomb
MOLITERNO (1994) ressalta que a teoria de Coulomb é baseada na hipótese
de que o esforço físico exercido na estrutura é proveniente da tensão do peso
parcial de um material, que desliza pela perda de resistência ao cisalhamento ou
atrito.
O deslizamento ocorre frequentemente ao longo de uma superfície de
curvatura, em forma de espiral logarítmica. Nos casos práticos, poderá ser
substituída por uma superfície plana, denominada de plano de ruptura, ou plano de
deslizamento ou plano de escorregamento. A grandeza do empuxo pode ser
considerada como uma tensão distribuída ao longo da altura da estrutura.
Segundo MAGALHÃES (2003), a Teoria de Coulomb se aproxima das
condições vigentes no caso do empuxo de terra, por levar em consideração o atrito
entre o material exercedor do empuxo.
No entanto, para MACHADO E MACHADO (1997), o cálculo do empuxo é
efetuado estabelecendo as equações de equilíbrio das forças atuantes sobre um
material de deslizamento hipotético.
6
De acordo com GERSCOVICH (2010), a teoria de Coulomb de empuxo de
terra baseia-se na teoria de equilíbrio limite; isto é, na existência de uma superfície
de ruptura, e, ao contrario da teoria de Rankine, admite a existência de atrito solo
muro, denominado �.
Em resumo são consideradas as seguintes hipóteses:
Solo homogêneo e isotrópico;
A ruptura ocorre sob o estado plano de deformação.
Pode existir atrito solo-muro (�), isto é, em qualquer ponto da parede haverá a
mobilização de resistência ao cisalhamento, por unidade de área, dada por
σn.tan�, onde σn é a tensão normal atuante na parede. Caso o solo tenha
coesão, haverá também uma componente de adesão na parede (cw).
�� = �� +������(����çã�4)
Figura 3 - Atrito solo-muro (MARINHO, 2006)
Uma pequena deformação da parede é suficiente para mobilizar estado limite
Adota condição de equilíbrio limite:
A resistência ao cisalhamento é mobilizada instantaneamente;
Estado plástico desenvolve-se numa cunha (como um bloco rígido).
7
A Equação 5 apresenta o valor do coeficiente de empuxo ativo obtido pelo
método de Coulomb.
�� = ����(� +��)
����(�) ∗���(� − �) �1 + ����(� ���)∗���(� ���)
���(���)∗���(���)�
2(����çã�5)
Onde: α = 90 – θ
Β = ângulo de inclinação do terreno adjacente
� = ângulo de inclinação do paramento interno do muro com a vertical
� = ângulo de atrito entre solo/muro
�′ = ângulo de atrito interno
A Equação 6 apresenta o valor do coeficiente de empuxo passivo obtido pelo
método de Coulomb.
�� = ����(� − ��)
����(�) ∗���(� + �) �����(� ���)∗���(� ���)
���(���)∗���(���)�
2(����çã�6)
2.4. Teoria de Rankine
Para SILVA (2002), através da Teoria de Rankine se calcula o empuxo ativo ou
passivo numa estrutura com paramento vertical.
Conforme MACHADO E MACHADO (1997), a utilização da Teoria de Rankine
está na integração ao longo da altura de suporte do elemento e nas tensões
horizontais, calculadas através do sistema de equações utilizadas para o maciço.
Para GERSCOVICH (2010), de acordo com a teoria de Rankine, o
deslocamento de uma parede irá desenvolver estados limites, plásticos. No
momento da ruptura surgem infinitos planos de ruptura e ocorre a plastificação de
todo o maciço.
Em resumo, o método de Rankine considera o solo em estado de equilíbrio
plástico e baseia-se nas seguintes hipóteses:
8
Solo isotrópico;
Solo homogêneo;
Superfície do terreno plana;
A ruptura ocorre em todos os pontos do maciço simultaneamente;
A ruptura ocorre sob o estado plano de deformação;
Muro perfeitamente liso (atrito solo-muro: � = 0) - os empuxos de terra atuam
paralelamente à superfície do terreno;
A parede da estrutura em contato com o solo é vertical.
No interior de uma massa de um corpo de prova, considerada como um semi-
espaço infinito, limitada apenas pela superfície do solo e sem nenhuma sobrecarga,
uma das tensões principais tem a direção vertical e seu valor é dado pelo peso
próprio do material.
A direção da outra tensão principal será horizontal.
A determinação do coeficiente de empuxo ativo para solos granulares é feita
através da seguinte expressão:
�� = ����
= 1 − ���∅
1 + ���∅= ��� �45 −
∅
2�(����çã�7)
Onde: �� = tensão cisalhante ativa
�� = tensão cisalhante vertical
Obtém-se o coeficiente de empuxo passivo para solos granulares através da
seguinte expressão:
�� = ��
��=
1 + ���∅
1 − ���∅= ��� �45 +
∅
2�(����çã�8)
Onde: �� = tensão cisalhante ativa
�� = tensão cisalhante vertical
MACHADO E MACHADO (1997), especificam que no caso de taludes com
uma inclinação i com a horizontal, pode-se mostrar que os coeficientes de empuxo
9
ativo e passivo são dados pelas equações 9 e 10, respectivamente. Os valores do
empuxo sobre as estruturas de contenção são dados pelas equações 11 e 12,
respectivamente.
�� =�′���′�
=���(�) − � ����(�) − ����(�′)
���(�) + � ����(�) − ����(�′)(����çã�9)
�� =�′��
�′�=���(�) + � ����(�) − ����(�′)
���(�) − � ����(�) − ����(�′)(����çã�10)
�� =��. ℎ
�. �
2 . ���(�)(����çã�11)
�� =��. ℎ
�. �
2 . ���(�)(����çã�12)
SILVA (2010) apud EHRLICH (2003) observa que as expressões clássicas de
Rankine são válidas somente para escavações com faces verticais e terraplenos
horizontais. Já o método de Coulomb permite com facilidade a consideração de
cargas externas, taludes inclinados irregulares, cortes com inclinações quaisquer e
pressões de água.
2.5. Aspectos Gerais que Influenciam na Determinação do Empuxo
A seguir é feito um resumo sobre alguns fatores que influenciam no valor do
empuxo em estruturas de contenção de acordo com MACHADO E MACHADO
(1997).
Influência da poro pressão: o empuxo devido à água deve ser considerado
separadamente, não sendo possível incluir os esforços devido à percolação da água
nas teorias de Rankine e Coulomb. Deve-se lembrar que ao assumir o nível de água
estático, os coeficientes de empuxo referem – se às tensões efetivas, e que a água
10
exerce igual pressão em todas as direções, sendo o empuxo da água perpendicular
à face de contenção.
Influência de sobrecargas aplicadas à superfície do terreno: no cálculo dos
acréscimos dos empuxos devidos a carregamentos em superfície, alguns resultados
de instrumentação comprovam a aplicabilidade das expressões da Teoria de
Elasticidade, sendo necessárias algumas correções empíricas para adequá-las aos
valores reais medidos, sendo um dos aspectos a considerar e que requer correção
refere-se à rigidez da estrutura.
Influência do atrito entre o solo e o muro: a mesma pode ser evidenciada
observando-se que quando o muro move-se, o solo que ele suporta expande-se ou
é comprimido. Ao expandir o solo apresenta uma tendência a descer ao longo da
parede que, se impedida, origina tensões tangenciais ascendentes que suportam em
parte a massa de solo deslizante, aliviando assim, o valor do empuxo sobre o muro.
No caso passivo, onde o solo é comprimido, ocorre simplesmente o contrário. O
Método de Rankine desconsidera o atrito solo/muro, fornecendo soluções do lado da
segurança, já o Método de Coulomb, considera o atrito solo/muro, fornecendo
soluções mais realistas.
Ponto de aplicação do empuxo: é importante principalmente na verificação
da estabilidade da estrutura de fundação quanto ao tombamento. A forma de
distribuição das tensões horizontais sobre a estrutura de contenção, a qual
determina o ponto de aplicação do empuxo, irá depender de fatores como: presença
de água no solo, existência ou não de carregamentos em superfície e a liberdade de
movimentação da estrutura.
Fendas de tração: nos solos que apresentam coesão existe a possibilidade do
surgimento de fendas de tração. A profundidade que estas podem atingir é
determinada pelo ponto em que a tensão lateral se anula (Z0).
11
3. EFEITO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO
3.1. Compactação do Solo
Conforme PINTO (2006) a compactação de um solo é a sua densificação por
meio de equipamentos mecânicos, como um rolo compactador, embora, em alguns
casos possam ser utilizados até soquetes manuais. Um solo, quando transportado e
depositado para a construção de um aterro, fica num estado relativamente fofo e
heterogêneo, além de pouco resistente e muito deformável. A compactação tem em
vista dois aspectos: aumentar a intimidade de contato entre os grãos e tornar o
aterro mais homogêneo. O aumento da densidade ou redução do índice de vazios é
desejável não por si, mas porque diversas propriedades do solo melhoram com isto.
Segundo CAPUTO (1988) entende-se por compactação de um solo o processo
manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios e, assim, aumentar
sua resistência, tornando-o mais estável. A compactação de um solo visa melhorar
suas características, não só quanto à resistência, mas, também, nos aspectos de
permeabilidade, compressibilidade e absorção d’água.
Ainda de acordo com CAPUTO (1988) na compactação há expulsão de ar.
3.2. Efeito da Compactação
A consideração do efeito da compactação do solo no comportamento de
estruturas de contenção é importante, uma vez que a intensidade da compactação e
o tipo de solo utilizado no maciço podem interferir no desenvolvimento das tensões
internas.
DUNCAN E SEED (1986) assinalam que a operação de compactação pode ser
representada por ciclos de carga e descarga que provocam o surgimento de tensões
horizontais residuais no solo.
12
Conforme EHRLICH & BECKER (2009), as tensões horizontais residuais
podem ser maiores do que as tensões geradas devido ao peso próprio do material
lançado, isto dependerá da energia de compactação. Devido a isto, as tensões nos
reforços podem sofrer algum aumento, mas isso não significa que o processo de
compactação é prejudicial para a estrutura, uma vez que os carregamentos
aplicados após a construção da estrutura, normalmente são inferiores àqueles
induzidos pela compactação.
Ainda de acordo com EHRLICH & BECKER (2009), os equipamentos de
compactação induzem no solo um complexo caminho de tensões, por causa dos
vários ciclos de carga e descarga ocasionados pela sua passagem.
Porém, o modelo proposto por EHRLICH & MITCHELL (1994), sugere que o
caminho de tensões seja simplificado e assume apenas um ciclo de carga e
descarga para cada camada de solo, conforme ilustrado na Figura 4.
Figura 4 – Trajetória de tensões efetivas em um ponto no interior da massa de solo
durante a construção de um aterro compactado em camadas (EHRLICH & BECKER,
2009)
O eixo das ordenadas apresenta as tensões verticais efetivas e o eixo das
abscissas, as tensões horizontais efetivas.
13
O ponto 1 corresponde ao estado de tensões decorrente do lançamento da
primeira camada de solo.
O ponto 2 representa o estado de tensões durante o processo de
compactação. A passagem do equipamento de compactação induz acréscimos nas
tensões verticais, elevando-as para σ’zc,i (máxima tensão vertical efetiva induzida
durante a compactação, incluindo as forças de origem dinâmica).
Simultaneamente, há aumento nas tensões horizontais, que atingem um valor
máximo também. Uma vez retirado o equipamento, ao final do processo de
compactação, a tensão vertical regressa ao valor inicial, σ’z, ponto 3.
Entretanto, não acontece o mesmo com a tensão horizontal, porque esta passa
a ter um valor superior ao inicial, visto que o solo não é um material elástico. Com
isso, o solo “memoriza” a tensão horizontal ocasionada pela compactação σ’sx,c.
Com o lançamento da camada seguinte haverá novo acréscimo na tensão vertical e
uma pequena variação na tensão horizontal, conforme representa o ponto 4.
Se não houvesse compactação, os pontos 1, 2 e 3 do gráfico acima seriam
coincidentes, não haveria descarregamento nem tensão horizontal residual.
A memória de compactação poderá ser completamente apagada quando a
tensão vertical provocada pelo peso próprio das camadas acima do ponto
considerado ultrapassar a tensão vertical máxima induzida durante as operações de
compactação, σ’zc,i.
INGOLD (1979) apud RICCIO FILHO (2007) propõe um método analítico para
cálculo da tensão horizontal induzida pela compactação em muros de contenção.
Considera-se que as tensões induzidas mobilizam toda resistência ao cisalhamento
do solo, ou seja, o solo plastifica e atinge a condição Ka. O ponto a na figura 5
representa esta condição. Um incremento Δσ’v leva as tensões ao ponto b e a
tensão horizontal assume o valor de σ’h1. Quando tal incremento é removido a
tensão σ’v retorna ao seu valor original, caso não haja atrito entre o muro de
contenção e o solo.
14
INGOLD (1979) apud RICCIO FILHO (2007) embasado por medições
efetuadas por JONES (1973, 1978) comenta que caso haja atrito suficiente no
contato solo-muro a recuperação de σ’v pode ser apenas parcial. Abaixo de uma
certa profundidade, denominada crítica, não há redução no valor da tensão
horizontal devido à remoção de Δσ’v pois o solo terá sofrido deformações plásticas. O
ponto c na figura 5 representa tal situação.
Figura 5 – Caminho de tensões idealizado por Ingold (INGOLD, 1979)
INGOLD (1979) apud RICCIO FILHO (2007) comenta que o acréscimo de
tensão vertical (Δσ’v) pode ser obtido a partir da teoria da elasticidade. No caso de
rolos vibratórios, deve ser considerada uma carga estática equivalente composta
pelo peso próprio do rolo compactador somado ao peso dinâmico, gerado pelo
mecanismo de vibração, transformado em carga estática equivalente.
15
4. ESTABILIDADE DE TALUDES
De acordo com CARMO (2009), os taludes podem ter sua estabilidade abalada
por sua forma e inclinação das encostas, chuvas, natureza da cobertura vegetal,
dispositivos de drenagem mal dimensionados e/ou comprometidos, características e
estado dos solos (ou rochas), natureza geológica (litológica e estrutural) do meio,
tensões internas, abalos naturais e induzidos e ação antrópica de ocupação.
Conforme BARBOSA (2008), um talude pode ser considerado como
potencialmente instável a partir do momento em que as tensões tangenciais
originadas por esforços desestabilizadores são ou possam tornar-se maiores que a
resistência ao corte do material que constitua a zona do maciço que permita definir
uma região potencial de ruptura. Assim, os fatores que, por um lado, aumentam ou
introduzem tensões de corte ou por outro, que diminuem a resistência ao corte do
maciço são os responsáveis pelas condições gerais que favorecem a
desestabilização de taludes.
Os tipos mais comuns de instabilidade que podem afetar os taludes estão
representados na figura 6.
Figura 6 – Tipos de instabilidade que afetam taludes: a) escorregamento rotacional;
b) escorregamento translacional; c) escorregamento limitado por camada resistente;
d) escorregamento condicionado por camada fraca; e) corrida de lama, rastejo ou
“creep”; f) tombamento (DYMINSKI, 2008 apud BARBOSA, 2008)
16
De acordo com MOLITERNO (1994), existem vários métodos para se aumentar
a estabilidade dos taludes como:
Diminuição da inclinação
Drenagem (Superficial ou Profunda)
Bermas
Estaqueamento no pé do talude
Chumbamento (ancoragem e atiramento)
Revestimento do Talude (gramação, concreto projeto, imprimação asfáltica)
Obstrução de fissura (cimento ou betume)
Injeções (cimento, cal, resinas para consolidação)
Muros de arrimo
Neste trabalho aborda-se apenas o muro de arrimo.
Os métodos de análise de estabilidade de taludes são divididos em duas
categorias: métodos determinísticos, nos quais a medida da segurança do talude é
feita em termos de um fator de segurança e métodos probabilísticos, nos quais a
medida de segurança é feita em termos da probabilidade ou do risco de ocorrência
da ruptura. (GEORIO, 2000).
No presente trabalho é abordado e utilizado o método determinístico.
De acordo com GERSCOVICH (2009), a analise da estabilidade de uma
determinada estrutura é feito seguindo os seguintes passos:
i) recolhe-se amostra indeformada no campo;
ii) realizam-se ensaios de laboratório;
iii) determinam-se os parâmetros que definem o comportamento tensão x
deformação x resistência;
iv) utilizam-se teorias e metodologias de dimensionamento que fornecem o fator de
segurança.
17
Figura 7 – Esquema de análise da estabilidade de uma estrutura (GERSCOVICH,
2009)
Segundo BRITO (2003), como em qualquer ramo da engenharia, um dos
principais requerimentos na engenharia geotécnica é projetar as estruturas de forma
a garantir um fator de segurança mínimo contra a ruptura. A definição mais geral
para o fator de segurança pode ser escrita como:
�� =�����������������
������ê��������������(����çã�13)
Segundo TAVENAS et al. (1980) apud BRITO (2003) a relação acima é
aplicada em engenharia geotécnica de várias formas. Na análise de aterros,
fundações ou taludes, tanto a resistência ao cisalhamento como o carregamento são
funções da geometria do problema. Assim, a Equação 13 não pode ser escrita em
uma forma explicita.
4.1. Métodos Determinísticos
4.1.1. Métodos de Equilíbrio Limite
De acordo com DUTRA (2013), nos métodos de equilíbrio limite, os resultados
da análise são geralmente apresentados em termos de um fator de segurança que
indica a razão entre a resistência disponível e a resistência mobilizada (equação 13).
18
Têm-se então que o fator de segurança (FS) é a razão entre as forças estabilizantes
e forças instabilizantes.
Neste tipo de análise, adotam-se as seguintes hipóteses:
A superfície potencial de ruptura é previamente conhecida e ocorre ao longo de
uma superfície bem definida;
A massa de solo comporta-se como material rígido-plástico e encontra-se em
condições iminentes de ruptura generalizada, ou seja, rompe-se bruscamente
sem se deformar;
As equações de equilíbrio estático são válidas até a iminência da ruptura do
talude, ou seja, no estado onde a resistência da massa de solo é igual
solicitação imposta a ele;
O fator de segurança, FS, é constante ao longo da superfície potencial de
ruptura, ignorando-se eventuais fenômenos de ruptura progressiva.
4.1.2. Método das Fatias
Dentre os métodos que utilizam a hipótese do equilíbrio limite, o mais utilizado
é o Método das Fatias.
DUTRA (2013) descreve que na solução dos problemas, há um número
excessivo de incógnitas já que equações adicionais, obtidas considerando-se o
comportamento tensão-deformação dos materiais, não são incorporadas pelos
métodos de equilíbrio limite. Hipóteses simplificadoras devem então ser introduzidas.
Os diferentes métodos de fatias propostos na literatura (BISHOP SIMPLIFICADO,
1955; JANBU SIMPLIFICADO, 1968; MORGENSTERN & PRICE, 1965; SARMA
1973 e 1979; entre outros) se diferenciam conforme as simplificações adotadas no
processo de cálculo, geralmente em relação às forças entre fatias e no modo de se
determinar a força normal N na base da fatia. No presente trabalho apresenta-se o
método de BISHOP SIMPLIFICADO (1955).
Segundo GERSCOVICH (2009), o método das fatias consiste nas seguintes
etapas:
19
i) subdividir o talude em fatias e assumir a base da fatia linear;
ii) efetuar o equilíbrio de forças de cada fatia, assumindo que as tensões
normais na base da fatia são geradas pelo peso de solo contido na fatia;
iii) calcular o equilíbrio do conjunto através da equação de equilíbrio de
momentos.
As Figuras a seguir ilustram, respectivamente, a massa de solo dividida em
fatias e uma das fatias analisada separadamente.
Figura 8 – Massa de solo dividida em fatias (DUTRA, 2013)
Figura 9 – Fatia de solo analisada individualmente (GERSCOVICH, 2009)
20
A partir da figura 9, tem-se:
W – peso da Fatia;
Xn e Xn+1 – resultantes das tensões cisalhantes às laterais da fatia;
En e En+1 – resultantes das tensões normais às laterais da fatia;
u – resultante da poro-pressão na base da fatia;
N’ – resultante das tensões efetivas normais à base;
s – resistência mobilizada na base da fatia.
4.1.3. Método de Bishop Simplificado
Conforme BISHOP E MORGENSTERN (1960), é possível omitir os termos de
esforços horizontais entre fatias, (Xn – Xn+1), com uma perda de acurácia de menos
de 1%. Tem-se então, o método chamado BISHOP SIMPLIFICADO (1955). Faz-se o
equilíbrio de forças em cada fatia na direção vertical à superfície de ruptura,
obtendo:
�� =� + �� − ���� − �. � −
��.�
��. ����
���� ������.��� �
���
(����çã�14)
Substituindo o valor de N’ na equação geral e rearranjando os termos, tem-se:
�� =1
∑ ��. ��������. � + [(� − �. �) + (�� − ����)]�.
���′
���� ������.��� �
���
(����çã�15)
O método de Bishop assume que:
�[(�� − ����)].���′
���� ������.��� �
���= 0(����çã�16)
21
Esta hipótese equivale a desprezar as parcelas de esforço horizontal entre
lamelas. Com isso chega-se a:
�� =1
∑ ��. ���������. � + [(� − �. �). ���′]�.
1
���� ������.��� �
����
(����çã�17)
Como o FS aparece nos dois lados da equação, deve-se usar um cálculo
iterativo para obter uma solução.
O cálculo iterativo deverá ser realizado da seguinte forma: estima-se um valor
inicial FS1, e entra-se com esse FS1 no lado direito da equação e extrai-se um novo
valor de fator de segurança, FS2, que deve ser comparado com FS1, sendo
necessária somente precisão decimal no valor de FS em análises correntes. Caso a
precisão não seja alcançada deve-se repetir o processo. Entra-se com esse FS2 no
lado direito da equação e extrai-se um novo valor de fator de segurança, FS3, que
deve ser comparado com FS2. Assim sucessivamente até obter a precisão desejada.
Existem algumas dificuldades na aplicação do método de Bishop simplificado e
recomenda-se aplicar outro método mais rigoroso quando ocorrer as seguintes
situações:
Na região no pé do talude, negativo, gerando um valor negativo ou nulo no
denominador de N’;
FS menor que 1,0, e excesso de poro-pressão (u) grande o suficiente para
tornar o denominador de N’ negativo.
Em síntese o Método de BISHOP SIMPLIFICADO (1955):
Satisfaz a condição de equilíbrio de momentos;
Satisfaz o equilíbrio de forças para N;
Considera as forças normais;
Mais comum na prática;
É aplicável sobretudo para superfícies de corte circulares.
22
5. CAPACIDADE DE CARGA NA FUNDAÇÃO
O solo deve ser capaz de suportar as cargas colocadas sobre ele, sem que
haja ruptura e os recalques devem ser toleráveis para a estrutura. Deste modo, num
projeto de fundações, é de extrema importância a correta quantificação dos esforços
que o solo suporta e os recalques que ele apresentará.
A capacidade de carga de um solo, σr, é a tensão que, aplicada ao solo através
de uma fundação, causa a sua ruptura. Alcançada essa tensão, a ruptura é
caracterizada por recalques incessantes, sem que haja aumento da tensão aplicada.
A tensão admissível σadm de um solo, é obtida dividindo-se a capacidade de carga σr
por um coeficiente de segurança, η, adequado a cada caso.
���� =���(����çã�18)
A capacidade de carga de um solo pode ser determinada por três enfoques
distintos:
• Capacidade de carga na ruptura (valor de capacidade de carga para qual o
terreno se rompe por cisalhamento);
• Capacidade de carga máxima (valor de capacidade de carga para o qual o solo
suportará, sem risco de ruptura, um dado carregamento não considerando
eventuais recalques que possam ocorrer);
• Capacidade de carga admissível (leva em consideração os recalques).
A determinação da tensão admissível dos solos é feita através das seguintes
formas:
• Pelo cálculo da capacidade de carga, através de formulações teóricas;
• Pela execução de provas de carga;
• Pela adoção de taxas advindas da experiência acumulada em cada tipo de
região razoavelmente homogênea.
23
5.1. Formulação Teórica de TERZAGHI (1943)
TERZAGHI (1943) define dois modos de ruptura do maciço de solo, quais
sejam: para solos de alta resistência tem-se a ruptura geral (brusca), e para solos de
baixa resistência tem-se a ruptura local (não evidência uma ruptura nítida).
Para desenvolver uma teoria de capacidade de carga, TERZAGHI (1943)
considera as seguintes hipóteses básicas:
• A sapata é corrida, isto é, o comprimento L é bem maior (L/B>5 ou, às vezes,
L/B>10) do que a largura B, o que constitui um problema bidimensional;
• A profundidade de assentamento é inferior à largura da sapata (D≤B), situada
acima da cota de apoio da sapata. Essa simplificação implica que a camada de
solo superior à base da sapata pode ser substituída por uma sobrecarga de
valor igual ao peso específico efetivo do solo multiplicado por sua espessura;
Como o problema passa a ser o de uma faixa (sapata corrida) de largura
definida, carregada uniformemente, localizada na superfície horizontal de um maciço
semi-infinito, TERZAGHI (1943) estabeleceu o estado de equilíbrio plástico dessa
situação, na iminência da ruptura, realizando o equilíbrio de esforços gerados.
Através desse equacionamento, TERZAGHI (1943) chega a um valor
aproximado da capacidade de carga do sistema sapata solo para ruptura
generalizada que é dado pela equação:
���� = �. �� + �.�� + 0,5. �. �. ��(����çã�19)
onde: qult = é a capacidade de carga do sistema;
c = é a coesão do solo;
Nc - Nq - Nγ = são os fatores de capacidade de carga;
q = é a sobrecarga;
B = é a largura da base da sapata.
24
Para o caso de ruptura localizada, TERZAGHI (1943) recomenda que os
parâmetros de resistência do solo devem ser minorados através das seguintes
equações:
�� =�
��(����çã�20)
���� =�
����(����çã�21)
Após o desenvolvimento da equação da capacidade de carga de TERZAGHI
(1943), vários pesquisadores trabalharam na área e aprimoram a solução
(MEYERHOF (1951 e 1963); LUNDGREN & MORTENSEN (1953); BALLA (1962);
VESIC (1973 e 1975); HANSEN (1961 e 1970) e BEER (1970)). Diferentes soluções
mostram que os fatores de capacidade de carga Nc e Nq não apresentam grande
variação. Entretanto para um determinado valor de �, os valores de Nγ obtidos por
vários pesquisadores diferem de modo expressivo. Tal diferença é causada pela
consideração de várias formas de cunha do solo abaixo da sapata.
5.2. Formulação Teórica de VESIC (1973)
VESIC (1973) considera três modos de ruptura do maciço de solo de um
elemento isolado de fundação: ruptura geral, ruptura local e ruptura por
puncionamento. Estes modos de ruptura estão ilustrados na figura 10.
25
Figura 10 – Modos de ruptura (VESIC, 1973)
A ruptura geral é caracterizada pela existência de uma superfície de
deslizamento contínua que vai da borda da base do elemento estrutural de fundação
até a superfície do terreno (Figura 10 a). A ruptura é repentina e a carga bem
definida. Observa-se a formação de considerável protuberância na superfície e a
ruptura é acompanhada por tombamento da fundação.
A ruptura local é claramente definida apenas sob a base do elemento estrutural
de fundação (Figura 10 b). Apresenta algumas características dos outros dois modos
de ruptura, constituindo-se num caso intermediário.
A ruptura por puncionamento, ao contrário da ruptura geral, não é fácil de ser
observada (Figura 10 c). Com a aplicação da carga, o elemento estrutural de
fundação tende a afundar significativamente, em decorrência da compressão do solo
subjacente. O solo externo a área carregada praticamente não é afetado e não há
26
movimento do solo na superfície. O equilíbrio da fundação no sentido vertical e
horizontal é mantido.
Para sapatas, ocorre ruptura geral em solos de alta resistência e ruptura por
puncionamento em solos muito compressíveis. Além da compressibilidade do solo, o
modo de ruptura também depende da profundidade. Assim, para tubulões e estacas
pode ocorrer ruptura por puncionamento mesmo em areia compacta, dependendo
da profundidade, VESIC (1973)
Para reduzir a capacidade de carga no caso de solos compressíveis, em que a
ruptura não é do tipo geral, VESIC (1973) apresenta uma solução analítica, em
contraposição à proposta de TERZAGHI (1943).
Primeiramente, VESIC (1973) define um Índice de Rigidez do solo (Ir), em
função de parâmetros de resistência e compressibilidade, bem como um Índice de
Rigidez Crítico (Irc), em função do ângulo de atrito do solo e da geometria da sapata.
Sempre que ocorrer Ir < Irc, a capacidade de carga deve ser reduzida. Para isso, são
calculados três fatores de compressibilidade, definidos pelo autor, e introduzidos nas
parcelas da equação geral de capacidade de carga. Detalhes dessa metodologia
podem ser consultados em VESIC (1973).
A expressão de VESIC (1973) para sapatas corridas em ruptura generalizada é
a mesma de TERZAGHI (1943) citada acima (equação 19). Entretanto, os fatores de
capacidade de carga de VESIC (1973), Nc - Nq - Nγ, são ligeiramente diferentes.
Para ruptura localizada e por puncionamento, VESIC (1973) não emprega
expressões distintas para o cálculo da capacidade de carga de fundações.
27
6. CÁLCULO DE MURO DE PESO
De acordo com GERSCOVICH (2010), muros são estruturas corridas de
contenção de parede vertical ou quase vertical, apoiadas em uma fundação rasa ou
profunda. Podem ser construídos em alvenaria (tijolos ou pedras) ou em concreto
(simples ou armado), ou ainda, de elementos especiais.
Os muros de arrimo podem ser de vários tipos: gravidade (construídos de
alvenaria, concreto, gabiões ou pneus), de flexão (com ou sem contraforte) e com ou
sem tirantes.
Os cálculos de muro de peso devem ser feitos para a verificação de sua
estabilidade, verificando as seguintes condições:
Segurança contra o tombamento
Segurança contra o deslizamento
Segurança contra ruptura e deformação excessiva do terreno de fundação
Segurança contra a ruptura global
Figura 11 – Estabilidade de muros de arrimo (GOMES, 2010)
28
6.1. Segurança Contra o Tombamento
De acordo com GERSCOVICH (2010), para que o muro não tombe em torno
da extremidade externa (ponto A da Figura 12), o momento resistente deve ser
maior do que o momento solicitante. O momento resistente (Mres) corresponde ao
momento gerado pelo peso do muro. O momento solicitante (Msolic) é definido como
o momento do empuxo total atuante em relação ao ponto A.
O coeficiente de segurança contra o tombamento é definido como a razão:
Figura 12 – Segurança contra o tombamento (GERSCOVICH, 2010)
������ =����
������≥ 2,0(����çã�20)
������ =�. �� + ���. ��
���. ��≥ 2,0(����çã�21)
6.2. Segurança Contra o Deslizamento
Conforme GERSCOVICH (2010), a segurança contra o deslizamento consiste
na verificação do equilíbrio das componentes horizontais das forças atuantes, com a
aplicação de um fator de segurança adequado, como visto na equação 22.
�������� =∑ ����∑ ������
≥ 1,5(����çã�22)
onde: ∑ ���� = somatório dos esforços resistentes;
29
∑ ������ = somatório dos esforços solicitantes;
�������� = fator de segurança contra o deslizamento.
A Figura 13 exemplifica os esforços atuantes no muro.
Figura 13 – Segurança contra o deslizamento (GERSCOVICH, 2010)
O fator de segurança contra o deslizamento será:
�������� =�� + �
��≥ 1,5(����çã�23)
onde: �� = empuxo passivo;
�� = empuxo ativo;
� = esforço cisalhante na base do muro.
O valor de S é calculado pelo produto da resistência ao cisalhamento na base
do muro vezes a largura; isto é :
Tabela 1 – Cálculo do esforço cisalhante na base do muro (GERSCOVICH, 2010)
30
O deslizamento pela base é, em grande parte dos casos, o fator condicionante.
As 2 medidas ilustradas na Figura 14 permitem obter aumentos significativos no
fator de segurança, são elas:
Base do muro é construída com uma determinada inclinação, de modo a
reduzir a grandeza da projeção do empuxo sobre o plano que a contém;
Muro prolongado para o interior da fundação por meio de um “dente”; dessa
forma, pode-se considerar a contribuição do empuxo passivo.
Figura 14 – Medidas para aumentar o FS contra o deslizamento da base do muro
(GERSCOVICH, 2010)
6.3. Segurança Contra Ruptura e Deformação Excessiva do Terreno de Fundação
Para GERSCOVICH (2010), a capacidade de carga consiste na verificação da
segurança contra a ruptura e deformações excessivas do terreno de fundação. A
análise geralmente considera o muro rígido e a distribuição de tensões linear ao
longo da base.
Se a resultante das forças atuantes no muro localizar-se no núcleo central da
base do muro, o diagrama de pressões no solo será aproximadamente trapezoidal.
O terreno estará submetido apenas a tensões de compressão. A Figura 15
apresenta os esforços atuantes na base do muro.
31
Figura 15 – Capacidade de carga da fundação (GERSCOVICH, 2010)
A distribuição de pressões verticais na base do muro apresenta uma forma
trapezoidal e esta distribuição não uniforme é devida à ação combinada do peso W e
do empuxo E sobre o muro.
Para o cálculo das pressões verticais na base do muro σ1 e σ2, temos as
equações 24 e 25.
�� =�
�. �1 +
6. �
��(����çã�24)
�� =�
�. �1 −
6. �
�� (����çã�25)
onde: V = somatório das forças verticais; e = excentricidade; b = largura da base do muro.
A excentricidade é calculada pela resultante de momentos em relação ao ponto
A da Figura 15.
� =��� ⟹ �� =∑ �
∑ ��⟹ � =
�
2− ��(����çã�26)
32
Deve-se garantir que a base esteja submetida a tensões de compressão (σmin >
0) a resultante deve estar localizada no terço central; ou seja, e < �
�, para evitar
pressões de tração na base do muro.
Para evitar a ruptura do solo de fundação do muro, o critério usualmente
adotado recomenda-se que:
���� <����
��=
����
2,5(����çã�27)
Sendo qmax a capacidade de suporte calculada pelo método clássico de
TERZAGHI-PRANDTL, considerando a base do muro como sendo uma sapata,
conforme mostra a equação 28.
���� = �′. �� + ��. �� + 0,5. ��. �′. ��(����çã�28)
onde: qmax = capacidade de suporte da fundação;
B’ = B - 2e = largura equivalente da base do muro;
c’ = coesão do solo de fundação;
�� = peso específico do solo de fundação;
Nc - Nq - Nγ = são os fatores de capacidade de carga;
�� = sobrecarga efetiva no nível da base da fundação (qs = 0, caso a
base do muro não esteja embutida no solo de fundação).
Na tabela abaixo, encontram-se alguns valores dos fatores de capacidade de
carga por VESIC (1973), mais detalhes também poderão ser obtidos na mesma
referência.
Tabela 2 - Fatores de Capacidade de Carga (VESIC, 1973)
Ф (graus) Nc Nq Nγ
0 5,14 1,00 0,00
10 8,35 2,47 1,22
20 14,83 6,40 5,39
30 30,14 18,40 22,40
40 75,31 64,20 109,41
50 266,89 319,07 762,89
33
Ainda de acordo com GERSCOVICH (2010), se, no entanto, a resultante
localizar-se fora do núcleo central, a distribuição será triangular e limitada apenas à
compressão. A Figura 16 apresenta os esforços atuantes, neste caso:
Figura 16 – Capacidade de carga da fundação (resultante fora do núcleo central)
(GERSCOVICH, 2010)
Teremos para o cálculo da pressão vertical na base do muro σ1, a equação 28.
�� =2. �
3. �′(����çã�28)
Caso qualquer uma das condições não seja obedecida, as tensões na base
deverão ser recalculadas com a nova dimensão da base do muro.
6.4. Segurança Contra a Ruptura Global
A última verificação refere-se à segurança do conjunto muro-solo. A
possibilidade de ruptura do terreno segundo uma superfície de escorregamento ABC
(Figura 17) também deve ser investigada. Para isso, devem ser utilizados os
conceitos de análise da estabilidade geral.
34
A verificação de um sistema de contenção quanto a sua segurança em relação
a estabilidade geral consiste na verificação de um mecanismo de ruptura global do
maciço. Neste caso, a estrutura de contenção é considerada como um elemento
interno à massa de solo, que potencialmente pode se deslocar como um corpo
rígido. Normalmente essa verificação consiste em se garantir um coeficiente de
segurança adequado à rotação de uma massa de solo que se desloca ao longo de
uma superfície cilíndrica, isto é:
�������� =∑ ������������
∑ ����������������(����çã�29)
GERSCOVICH (2010) usa como referência para fatores de segurança global
um valor maior que 1,3 e 1,5 para obras provisórias e obras permanentes,
respectivamente.
Para o cálculo do fator de segurança pode ser utilizado qualquer método de
cálculo de equilíbrio limite, normalmente empregado para avaliação da estabilidade
de taludes. No presente trabalho utilizaremos o software MacStars 2000.
Figura 17 – Estabilidade global (GERSCOVICH, 2010)
35
7. ESTUDO DE PROBLEMA EM ENGENHARIA CIVIL
Para o estudo é proposto a verificação dos fatores de segurança “FS” do muro
de peso em gabião sem o efeito da compactação e com o efeito do mesmo.
As condições de estabilidade são:
Segurança Contra o Tombamento - FStomb ≥ 2,0
Segurança Contra o Deslizamento - FSdesliz≥ 1,5
Capacidade de Carga da Fundação – FS ≥ 3,0
Segurança Contra a Ruptura Global – FS ≥ 1,5
São estudadas variações de considerações e métodos com base em muro de
gabião e terrapleno de geometria simples (Figura 18). Para o muro em gabião serão
analisados dois casos variando o terrapleno em horizontal e inclinado (i = 20º).
Figura 18 – ( i ) terrapleno horizontal; ( ii ) terrapleno inclinado (i=20°)
Quanto ao muro de gabião, são analisados três modelos, todos com altura de
3,0 metros e variação da base em comprimentos de 3,0 metros; 2,5 metros e 2,0
metros, como exemplificado nas figuras a seguir.
Figura 19 – ( i ) muro em gabião de 3,0 x 3,0 m, com terrapleno horizontal; ( ii ) muro
em gabião de 3,0 x 3,0 m, com terrapleno inclinado (i=20°)
36
Figura 20 – ( i ) muro em gabião de 2,5 x 3,0 m, com terrapleno horizontal; ( ii ) muro
em gabião de 2,5 x 3,0 m, com terrapleno inclinado (i=20°)
Figura 21 – ( i ) muro em gabião de 2,0 x 3,0 m, com terrapleno horizontal; ( ii ) muro
em gabião de 2,0 x 3,0 m, com terrapleno inclinado (i=20°)
O peso específico do solo arrimado foi tomado como 18 kN/m³ e seu ângulo de
atrito como 27°.
Considerando o peso específico da rocha de enchimento do gabião igual a 26,4
kN/m³ e porosidade de 30%, tem-se que o peso específico do gabião é de 18,5
kN/m³. Como simplificação dos cálculos no atual estudo será considerado como
peso especifico do gabião o valor de 18,0 kN/m³.
Também como simplificação é considerado que o muro está apoiado sobre o
solo e não enterrado, não havendo o empuxo passivo (Ep).
37
7.1. Metodologia do Estudo
Ao se desconsiderar o efeito da compactação, o empuxo ativo é calculado
normalmente pela teoria de Rankine.
Ao se considerar o efeito da compactação, pela teoria de INGOLD (1979), há
aumento da tensão horizontal, o empuxo é calculado pela sobreposição dos
métodos de Rankine e INGOLD (1979) sendo determinado pelo cálculo da área do
diagrama de tensão lateral.
Para o calculo do fator de segurança global, foi utilizado o softwareMacStars
2000, desenvolvido pela empresa Maccaferri, o qual utiliza o método de Bishop para
obtenção de “círculos críticos” do talude. Foram gerados estudos de fator de
segurança global para as diferentes variações da coesão do solo.
7.2. Fatores de Segurança Sem o Efeito da Compactação
7.2.1. Terrapleno Horizontal
Tabela 3 – Fatores de segurança contra o tombamento, em relação a variação da
coesão do solo.
Fator de Segurança contra Tombamento
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FStomb FStomb FStomb
0 7,989 5,548 3,551
1 9,632 6,689 4,281
2 11,758 8,165 5,226
3 14,559 10,110 6,471
4 18,325 12,726 8,145
5 23,511 16,327 10,449
6 30,854 21,426 13,713
7 41,602 28,890 18,490
8 57,982 40,265 25,770
9 84,225 58,489 37,433
10 129,024 89,600 57,344
38
Figura 22 – Gráfico Coesão x FStombamento, relacionado a tabela 3.
Tabela 4 – Fatores de segurança contra o deslizamento, em relação a variação da
coesão do solo.
Fator de Segurança contra Deslizamento
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FSdesliz FSdesliz FSdesliz
0 1,730 1,442 1,154
1 2,072 1,727 1,381
2 2,494 2,079 1,663
3 3,023 2,519 2,016
4 3,696 3,080 2,464
5 4,567 3,805 3,044
6 5,716 4,764 3,811
7 7,273 6,061 4,849
8 9,445 7,871 6,296
9 12,588 10,490 8,392
10 17,358 14,465 11,572
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
39
Figura 23 – Gráfico Coesão x FSdeslizamento, relacionado a tabela 4.
Tabela 5 – Fatores de segurança da capacidade de carga na fundação, em relação
a variação da coesão do solo.
0
5
10
15
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS d
esl
izam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
Gabião 3,0x3,0m Gabião 2,5x3,0m Gabião 2,0x3,0m
Coesão FS FS FS
0 4,652 3,243 1,899
1 5,338 3,886 2,459
2 6,041 4,563 3,071
3 6,755 5,265 3,729
4 7,472 5,985 4,427
5 8,184 6,713 5,155
6 8,884 7,439 5,900
7 9,564 8,153 6,649
8 10,219 8,845 7,387
9 10,846 9,508 8,101
10 11,441 10,137 8,781
Fator de Segurança Capacidade de Carga na Fundação
40
Figura 24 – Gráfico Coesão x FSfundação, relacionado a tabela 5.
Fator de segurança global do muro de peso de 3,0 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 25 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 3,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS fu
nd
ação
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Horizontal C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.611
41
Figura 26 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 3,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
Figura 27 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 3,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Horizontal C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.138
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Horizontal C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.659
42
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.611
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):2.138
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.659
Fator de segurança global do muro de peso de 2,5 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 28 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 2,5x3,0 m e terrapleno horizontal.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
Mac StARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Horizontal C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.486
43
.
Figura 29 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 2,5x3,0 m e terrapleno horizontal.
Figura 30 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 2,5x3,0 m e terrapleno horizontal.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Horizontal C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.017
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Horizontal C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.528
44
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.486
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):2.017
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.528
Fator de segurança global do muro de peso de 2,0 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 31 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 2,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Horizontal C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.345
45
.
Figura 32 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 2,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
.
Figura 33 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 2,0x3,0 m e terrapleno horizontal.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Horizontal C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.846
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Horizontal C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.340
46
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.345
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):1.846
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.340
Na tabela 6, segue síntese dos fatores de segurança global para os muros de
peso com terrapleno horizontal, proporcionando assim uma melhor análise dos
parâmetros.
Tabela 6 – Fatores de segurança global dos gabiões com terrapleno horizontal, com
variação de geometria e de coesão.
Figura 34 – Gráfico coesão x FSglobal, referente a tabela 6.
Gabião Coesão(kPa) FSglobal
0 1,611
5 2,138
10 2,659
0 1,486
5 2,017
10 2,528
0 1,345
5 1,846
10 2,340
3x3m
2,5x3m
2x3m
0
1
2
3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS g
lob
al
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
47
7.2.2. Terrapleno Inclinado
Tabela 7 – Fatores de segurança contra o tombamento, em relação a variação da
coesão do solo.
Fator de Segurança contra Tombamento
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FStomb FStomb FStomb
0 5,374 4,102 2,939
1 6,074 4,645 3,332
2 6,915 5,301 3,809
3 7,935 6,100 4,394
4 9,185 7,086 5,121
5 10,736 8,317 6,036
6 12,686 9,877 7,205
7 15,175 11,887 8,727
8 18,407 14,523 10,746
9 22,689 18,056 13,490
10 28,493 22,910 17,320
Figura 35 – Gráfico Coesão x FStombamento, relacionado a tabela 6.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
48
Tabela 8 – Fatores de segurança contra o deslizamento, em relação a variação da
coesão do solo.
Fator de Segurança contra Deslizamento
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FSdesliz FSdesliz FSdesliz
0 1,280 1,111 0,936
1 1,463 1,272 1,072
2 1,679 1,462 1,234
3 1,935 1,688 1,427
4 2,241 1,960 1,659
5 2,611 2,289 1,944
6 3,063 2,694 2,294
7 3,620 3,196 2,732
8 4,318 3,829 3,289
9 5,206 4,640 4,008
10 6,359 5,702 4,958
Figura 36 – Gráfico Coesão x FSdeslizamento, relacionado a tabela 7.
49
Tabela 9 – Fatores de segurança da capacidade de carga na fundação, em relação
a variação da coesão do solo.
Figura 37 – Gráfico Coesão x FSfundação, relacionado a tabela 8.
Gabião 3,0x3,0m Gabião 2,5x3,0m Gabião 2,0x3,0m
Coesão FS FS FS
0 4,554 3,105 2,088
1 5,071 3,564 2,455
2 5,613 4,054 2,854
3 6,180 4,574 3,286
4 6,771 5,124 3,754
5 7,386 5,705 4,259
6 8,023 6,315 4,801
7 8,680 6,954 5,380
8 9,356 7,619 5,997
9 10,048 8,307 6,648
10 10,752 9,017 7,332
Fator de Segurança Capacidade de Carga na Fundação
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS fu
nd
ação
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
50
Fator de segurança global do muro de peso de 3,0 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 38 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 3,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
Figura 39 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 3,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Inclinado C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.344
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Inclinado C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.748
51
Figura 40 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 3,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
.
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.344
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):1.748
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.148
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Inclinado C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.148
52
Fator de segurança global do muro de peso de 2,5 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 41 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 2,5x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
Figura 42 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 2,5x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Inclinado C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.247
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Inclinado C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.671
53
Figura 43 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 2,5x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
.
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.247
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):1.671
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.092
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
Mac StARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:
Arquivo: Terrapleno Inclinado C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.092
54
Fator de segurança global do muro de peso de 2,0 x 3,0 m, com variação da
coesão.
Figura 44 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 0 (kPa), muro
de 2,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
Figura 45 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 5 (kPa), muro
de 2,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
Mac StARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Inclinado C=0
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.163
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Inclinado C=5
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 1.613
55
Figura 46 – Análise da estabilidade global para coesão do solo igual a 10 (kPa),
muro de 2,0x3,0 m e terrapleno inclinado com i = 20°.
.
Verificação da estabilidade Global:
Força atuante nos Reforços de acordo com o Método Rígido.
Análise de estabilidade com superfícies circulares de acordo com o Método de
Bishop.
Fator de Segurança Calculado C = 0 (kPa):1.163
Fator de Segurança Calculado C = 5 (kPa):1.613
Fator de Segurança Calculado C = 10 (kPa):2.055
Na tabela 10, segue síntese dos fatores de segurança global para os muros de
peso com terrapleno inclinado (i=20°).
[m] 0 2 4 6 8 10
0
2
4
6
Legenda
GABIÃO
SOLO
MacStARS 2000MaccaferriStability Analysisof Reinforced Slopes
Data: 09/08/2013
Pasta:
Nome do Projeto: Gabião Aterro Horizontal
Seção transversal:Arquivo: Terrapleno Inclinado C=10
Análise da estabilidade global (Método de cálculo: Rígido)SF = 2.055
56
Tabela 10 - Fatores de segurança global dos gabiões de terrapleno inclinado, com
variação de geometria e de coesão.
Figura 47 – Gráfico coesão x FSglobal, referente a tabela 10.
7.3. Calculo de Empuxo Total e Momento de Tombamento com Efeito da Compactação
Os gráficos a seguir representam os diagramas de tensão lateral obtido pelo
Método de Rankine, considerando o efeito da compactação conforme previsto por
INGOLD (1979). O efeito da compactação resulta em aumento da tensão horizontal.
Gabião Coesão (kPa) FSglobal
0 1,344
5 1,748
10 2,148
0 1,247
5 1,671
10 2,092
0 1,163
5 1,613
10 2,055
3x3m
2,5x3m
2x3m
0
1
2
3
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS g
lob
al
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
57
As equações abaixo de autoria de INGOLD (1979) levam em consideração a
compactação, em que o peso do compactador a ser considerado é de 85 kN/m.
2
2
)2
2
)1.(.
..2
1.(
.
)1.(
.
a
a
a
a
a
a
ck
kp
k
ck
k
kcz
(����çã�30)
a
c
cahm kcz
pzk ..2)
.
.2..(
(����çã�31)
.a
hmck
h
(����çã�32)
O empuxo pela sobreposição dos métodos de Rankine e INGOLD é
determinado pelo cálculo da área do diagrama de tensão lateral.
7.3.1. Terrapleno Horizontal:
Figura 47 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=0 kPa.
58
Figura 48 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=2 kPa.
Figura 49 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=4 kPa.
59
Figura 50 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=6 kPa.
Figura 51 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=8 kPa.
60
Figura 52 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno horizontal, c=10
kPa.
Na tabela 11 é informado os valores do empuxo total e do momento de
tombamento referente ao efeito da compactação do terrapleno horizontal referente
as figuras 47 a 52.
Tabela 11 – Valores de empuxo total e momento de tombamento do terrapleno
horizontal com o efeito da compactação provocado por compactador de 85 kN/m.
Coesão (kPa)
Empuxo Total (kN/m)
Momento de Tombamento (kN.m/m)
0 65,78 82,72
2 64,72 82,85
4 64,5 83,96
6 65,39 86,44
8 67,7 90,81
10 71,89 97,73
61
7.3.2. Terrapleno Inclinado (i=20°)
Terrapleno Inclinado 3,0 x 3,0 m:
Figura 53 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 3,0 x 3,0 m, c=0 kPa.
Figura 54 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 3,0 x 3,0 m, c=5 kPa.
62
Figura 55 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 3,0 x 3,0 m, c=10 kPa.
Tabela 12 - Valores de empuxo total e momento de tombamento do terrapleno
inclinado (i=20°) com o efeito da compactação provocado por compactador de 85
kN/m.
Coesão (kPa)
Empuxo Total (kN/m)
Momento de Tombamento (kN.m/m)
0 91,00 131,64
5 81,12 118,49
10 76,85 111,89
63
Terrapleno Inclinado 2,5 x 3,0 m:
Figura 56 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,5 x 3,0 m, c=0 kPa.
Figura 57 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,5 x 3,0 m, c=5 kPa.
64
Figura 58 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,5 x 3,0 m, c=10 kPa.
Tabela 13 - Valores de empuxo total e momento de tombamento do terrapleno
inclinado (i=20°) com o efeito da compactação provocado por compactador de 85
kN/m.
Coesão (kPa)
Empuxo Total (kN/m)
Momento de Tombamento (kN.m/m)
0 84,89 115,81
5 75,01 104,44
10 70,74 98,61
65
Terrapleno Inclinado 2,0 x 3,0 m:
Figura 59 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,0 x 3,0 m, c=0 kPa.
Figura 60 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,0 x 3,0 m, c=5 kPa.
66
Figura 61 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 2,0 x 3,0 m, c=10 kPa.
Tabela 13 - Valores de empuxo total e momento de tombamento do terrapleno
inclinado (i=20°) com o efeito da compactação provocado por compactador de 85
kN/m.
Coesão (kPa)
Empuxo Total (kN/m)
Momento de Tombamento (kN.m/m)
0 78,71 100,27
5 68,90 90,77
10 64,63 85,76
Através dos dados expostos pelos gráficos das figuras 47 a 61, é possível
calcular os fatores de segurança tanto do terrapleno horizontal quanto do terrapleno
inclinado (i=20°) levando-se em conta o efeito da compactação.
67
7.4. Fatores de Segurança com o Efeito da Compactação
7.4.1. Terrapleno Horizontal
Tabela 14 – Fatores de segurança contra o tombamento, com e efeito da
compactação, variação da coesão do solo e terrapleno horizontal.
Fator de Segurança contra Tombamento com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FStomb FStomb FStomb
0 3,694 2,565 1,642
2 3,755 2,607 1,669
4 3,767 2,616 1,674
6 3,716 2,581 1,652
8 3,589 2,493 1,595
10 3,380 2,347 1,502
0
20
40
60
80
100
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m
Gabião 2x3m Gabião 3X3m (com compactação)
Gabião 2,5x3m (com compactação) Gabião 2x3m (com compactação)
68
Figura 62 – Gráfico Coesão x FStombamento, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno horizontal.
Tabela 15 – Fatores de segurança contra o deslizamento, com o efeito da
compactação, variação da coesão do solo e terrapleno horizontal.
Fator de Segurança contra Deslizamento com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FSdesliz FSdesliz FSdesliz
0 0,800 0,667 0,533
2 0,813 0,678 0,542
4 0,816 0,680 0,544
6 0,805 0,671 0,537
8 0,778 0,648 0,518
10 0,732 0,610 0,488
0
2
4
6
8
10
0 2 4 6 8 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m
Gabião 2x3m Gabião 3X3m (com compactação)
Gabião 2,5x3m (com compactação) Gabião 2x3m (com compactação)
69
Figura 63 – Gráfico Coesão x FSdeslizamento, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno horizontal.
0
5
10
15
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS d
esl
izam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
Gabião 3x3m (com compactação) Gabião 2,5x3m (com compactação) Gabião 2x3m (com compactação)
70
Tabela 16 – Fatores de segurança da capacidade de carga na fundação, com o
efeito da compactação,variação da coesão do solo e terrapleno horizontal.
Fator de Segurança Capacidade de Carga na Fundação com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FS FS FS
0 3,003 1,760 0,528
2 3,439 2,096 0,680
4 3,844 2,396 0,795
6 4,196 2,635 0,837
8 4,466 2,776 0,762
10 4,615 2,771 0,508
Figura 64 – Gráfico Coesão x FSfundação, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno horizontal.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS fu
nd
ação
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
Gabião 3x3m com Compactação Gabião 2,5x3m com Compactação Gabião 2x3m com Compactação
71
7.4.2. Terrapleno Inclinado (i=20°)
Tabela 17 – Fatores de segurança contra o tombamento, com o efeito da
compactação, variação da coesão do solo e terrapleno inclinado (i=20°).
Fator de Segurança contra Tombamento com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FStomb FStomb FStomb
0 3,594 2,661 1,850
5 3,761 2,775 1,914
10 3,758 2,758 1,886
0
5
10
15
20
25
30
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m
Gabião 2x3m Gabião 3x3 com Compactação
Gabião 2,5x3 com Compactação Gabião 2x3 com Compactação
72
Figura 65 – Gráfico Coesão x FStombamento, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno inclinado com (i=20°).
Tabela 18 – Fatores de segurança contra o deslizamento, com o efeito da
compactação, variação da coesão do solo e terrapleno inclinado (i=20°).
Fator de Segurança contra Deslizamento com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FSdesliz FSdesliz FSdesliz
0 0,689 0,610 0,526
5 0,743 0,659 0,568
10 0,762 0,675 0,581
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS t
om
bam
en
to
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m
Gabião 2x3m Gabião 3x3 com Compactação
Gabião 2,5x3 com Compactação Gabião 2x3 com Compactação
73
Figura 66 – Gráfico Coesão x FSdeslizamento, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno inclinado com (i=20°).
74
Tabela 19 – Fatores de segurança da capacidade de carga na fundação, com o
efeito da compactação, variação da coesão do solo e terrapleno inclinado (i=20°).
Fator de Segurança Capacidade de Carga na Fundação com Efeito da Compactação
Gabião
3,0x3,0m Gabião
2,5x3,0m Gabião
2,0x3,0m
Coesão FS FS FS
0 0,996 0,296 −
5 2,120 1,010 −
10 3,321 1,852 −
Figura 67 – Gráfico Coesão x FSfundação, com e sem o efeito da compactação,
para terrapleno inclinado com (i=20°).
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FS fu
nd
ação
Coesão (kPa)
Gabião 3x3m Gabião 2,5x3m Gabião 2x3m
Gabião 3x3 com Compactação Gabião 2,5x3 com Compactação
75
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Recapitulam-se os pontos principais desse estudo, apresentando-os nos
seguintes termos:
i. Nos muros de peso onde não se levou em conta o efeito da compactação, nota-se
significativa influência do valor da coesão nos fatores de segurança (FS).
ii. Os muros com terrapleno horizontal tiveram fatores de segurança contra o
tombamento e deslizamento com valores mais altos que os muros com terrapleno
inclinado, isso já esperado devido a própria geometria.
iii. Nos fatores de segurança em relação a fundação as diferenças de terrapleno não
ocasionaram grandes diferenças nos resultados.
iv. Há situações em que o muro ficaria com algum dos fatores de segurança abaixo do
recomendado por norma. Entretanto, mesmo numa condição saturada, com total
perda da coesão (c=0 kPa), não ocorreria uma ruptura global (FSglobal<1) em nenhum
dos terraplenos estudados.
v. Ou seja, ao longo do ano os fatores de segurança apresentariam variações bastante
expressivas em função das condições meteorológicas (períodos seco e chuvoso),
mas não haveria risco de colapso. Observa-se que as condições de equilíbrio do
muro são governadas pelos fatores do deslizamento e da fundação, a condição de
equilíbrio pelo tombamento apresenta fatores de segurança elevados, mesmo para
uma coesão nula.
vi. Visto não corresponder à situação real de uma obra de contenção, desconsiderando-
se o efeito da compactação que tem influencias significativas nos fatores de
segurança, as análises gráficas tiveram como objetivo principal destacar o efeito da
sucção na estabilidade do muro.
vii. Nos muros de peso onde leva-se em consideração o efeito da compactação do solo,
há aumento significativos dos valores do empuxo ativo, decorrente das tensões
horizontais residuais.
76
viii. Quanto maior a força exercida pelo rolo compactador, maiores serão as tensões
horizontais geradas, ocasionando assim um maior valor de empuxo ativo, força essa
onde o solo tenta “empurrar” o muro.
ix. No presente estudo, fez-se referencia de um rolo compactador que imprimia uma
força de 85kN/m no solo, possível situação de projeto. Pode-se comprovar que os
fatores de segurança gerados, tanto no terrapleno horizontal quanto no inclinado,
foram menores que os fatores onde não se considera a compactação, devido ao
empuxo ativo ser maior quando se considera a compactação.
x. Ao se considerar a compactação do aterro, para o fator de segurança de
tombamento, somente o muro de peso com base de 2,0m, tanto com terrapleno
horizontal quanto com terrapleno inclinado, não atende a exigência por norma de
FS≥2.
xi. No fator de segurança da fundação, para o terrapleno horizontal o muro de base de
3,0m atenderia a condição FS≥3 mesmo com uma coesão nula, porém o muro com
terrapleno inclinado precisaria de um solo com uma coesão mínima de 9 kPa. As
demais geometrias de muro vistas no estudo não atenderiam o fator de segurança da
fundação.
xii. No entanto, nenhuma das geometrias estudadas atenderia as exigências para o fator
de segurança de deslizamento, ocorrendo nos dois terraplenos, horizontal e
inclinado, ruptura por deslizamento.
xiii. A ruptura por deslizamento é decorrente do tipo de solo da fundação ou da condição
da base do muro, nivelada, em relação ao terreno, ou da associação das duas
situações. Uma solução que poderia ser estudada seria modificar o terreno de
fundação ou enterrar a base do muro.
xiv. Levando em consideração o efeito da compactação do solo, podemos concluir que,
com os parâmetros considerados no estudo, nenhum dos muros de peso estaria de
acordo com as normas.
77
8.1. Solução Proposta
Com a proposta de atender aos fatores de segurança estabelecidos por norma,
é recomendado a construção de um muro de peso em gabião, de 3,0 x 3,0 m, para o
caso de terrapleno inclinado (i=20°).
Conforme deve ser feito, considerar-se-á o efeito da compactação do solo,
porém com um valor de 50 kN/m.
O solo arrimado possui parâmetros de resistência de peso específico de 18
kN/m³, ângulo de atrito de 27° e coesão de 10 kPa.
O valor do empuxo passivo será desconsiderado. Caso enterrássemos o muro
em 0,50m, a parcela do empuxo passivo seria de 0,33 kN/m, o que não causaria
mudanças significativas nos resultados visto ser um valor muito pequeno.
Pelo diagrama de tensão horizontal (Figura 68) tem-se que o empuxo total é de
71,10 kN/m e o momento de tombamento igual a 100,51 kN.m/m.
Figura 68 – Diagrama Tensão Lateral x Profundidade, terrapleno inclinado (i=20°),
muro de peso de 3,0 x 3,0 m, c=10 kPa, força gerada pelo rolo compactador de 50
kN/m.
15
,43
; 0,7
1
15,43; 1,66
34,77; 3,7334,77; 3,73
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
0 10 20 30 40
Pro
fun
did
ade
(m)
Tensão lateral (kPa)
78
Figura 69 – Consideração geométrica para determinação do esforço resistente.
Através das considerações acima, será encontrado um fator de segurança para
tombamento de 3,68.
O fator de segurança para deslizamento será de 1,97, atendendo a norma, se a
coesão fosse nula esse fator de segurança cairia para 1,50, estando de acordo com
a norma, através disso podemos observar que a diminuição da força exercida pelo
rolo compactador no solo foi de fundamental importância para chegarmos a valores
que atendesse a norma.
Caso haja substituição do terreno de fundação por rachão de pedra de mão
agulhada com uma espessura de 30 cm, muito usual em projetos desse tipo,
teremos um ângulo de atrito para o rachão de 35° e uma coesão nula, que resultará
em um fator de segurança de 2,09.
Como fator de segurança da fundação, foi obtido o valor de 5,81, que também
atende a exigência mínima de FS≥3.
O fator de segurança global será de 2,148, como podemos observar na figura
40.
79
Tabela 20 – Fatores de segurança para muro de peso de 3,0 x 3,0 m, terrapleno
inclinado (i=20°), c = 10 kPa e variação do rolo compactador.
Como pode-se observar na tabela 20, os fatores de segurança encontrados
para a força de compressão de 50 kN/m atendem ao mínimo estipulado por norma.
Ressalta-se que no processo de projeto, comumente é recomendado
considerar uma sobrecarga da ordem de 10 a 15 kPa.
Tal consideração é importante, pois a passagem de equipamentos de
terraplenagem e caminhões nas proximidades do muro é comum neste tipo de obra,
também é uma forma de prever a possibilidade de futuros carregamentos.
8.2. Recomendações para Futuros Trabalhos
i. Seria interessante avaliar as condições de estabilidade das geometrias de muro
propostas nesse trabalho com a aplicação de uma sobrecarga variando entre 10 e 25
kPa, sendo a última representativa da atual frota de caminhões que trafegam nas
rodovias do Brasil.
ii. Outra linha de pesquisa seria a comparação dos empuxos mobilizados pelos
métodos de INGOLD (1979) e EHRLICH & MITCHELL (1994), verificando inclusive
as condições de estabilidade para cada método.
Força de Compressão (kN/m) FStombamento FSdeslizamento FSfundação
85 3,76 0,76 3,32
50 3,68 1,97 5,81
80
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