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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS GEOVANA SILVA SANTOS ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT. Rondonópolis MT 2020

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS … · 2020. 8. 7. · O Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a principal fonte arrecadadora dos Estados brasileiros

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  • UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS

    FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E POLÍTICAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

    GEOVANA SILVA SANTOS

    ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA

    EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE

    RONDONÓPOLIS-MT.

    Rondonópolis – MT 2020

  • GEOVANA SILVA SANTOS

    ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS BENEFÍCIOS PARA UMA

    EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIOS NA CIDADE DE

    RONDONÓPOLIS-MT.

    Rondonópolis – MT 2020

    Monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Departamento de Ciências Contábeis, do ICHS/CUR/UFMT, como exigência parcial para a conclusão do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, sob a orientação do Professor Ms. Florentino Gonçalves Senise.

  • GEOVANA SILVA SANTOS

    ICMS ESTIMATIVA SIMPLIFICADA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS

    BENEFÍCIOS PARA UMA EMPRESA DE COMÉRCIO VAREJISTA DE ARTIGOS

    DE VESTUÁRIOS E ACESSÓRIO NA CIDADE DE RONDONÓPOLIS-MT.

    FOLHA DE APROVAÇÃO

    Esta monografia apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, através do Curso de Ciências Contábeis, do FACAP/CUR/UFMT, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis, tendo sido aprovada pela banca examinadora abaixo identificada e assinada. Data da defesa:____/____/ ______. Nota:

    Rondonópolis – MT, ___ de _________ de 2020.

    Profª Ms. Adelina Neres de Souza Campos Coordenador de Monografias

    BANCA EXAMINADORA:

    Prof. Ms. Florentino Gonçalves Senise

    Orientador e Presidente da Banca

    Prof. Ramon Luiz Arenhardt

    Membro da Banca Examinadora

    Prof. Marcílio da Silva Tomaz

    Membro da Banca Examinadora

  • DEDICATÓRIA

    Dedico este trabalho primeiramente a

    Deus, por ser essencial em minha vida,

    autor do meu destino, meu guia, socorro

    presente nas horas de angústia. Dedico

    também a todos que direta ou

    indiretamente contribuíram para minha

    formação acadêmica e pessoal, em

    especial meus pais, familiares e amigos.

    Obrigada por sempre me apoiarem a

    persistir pelos meus objetivos e metas e

    nunca me deixarem desistir.

  • AGRADECIMENTOS

    Agradeço primeiramente a Deus, meu pai celestial, que permitiu que tudo isso

    acontecesse ao longo de minha vida; não somente nestes anos como universitária,

    mas em todos os momentos, pelo dom da vida, pelo seu amor infinito, por todas as

    graças e bênçãos a mim concedidas.

    A minha família, meus pais Giovani e Edenilza, meu irmão Matteus, que foram

    essenciais nessa jornada. Se não fosse por eles, eu não seria o que sou e não

    estaria onde estou hoje. Agradeço por não me deixarem desistir quando estava

    surtando!

    Aos meus amigos de classe, em especial as minhas amigas Virginia, Paula,

    Vanessa e Francisca, que aprendi a amar e construí laços eternos. Obrigada por

    todos os momentos bons e ruins que passamos. Esta caminhada não seria a mesma

    sem vocês.

    Sou grata ao meu orientador o professor Florentino Gonçalves Senise! Você

    me ajudou a traçar o caminho para a execução deste trabalho.

    Enfim, a todos que, de certa forma, contribuíram para essa conquista.

  • “Se não puder destacar-se pelo talento,

    vença pelo esforço”.

    Dave Weinbaun

  • RESUMO

    Comparar tecnicamente de modo objetivo, os dois regimes de ICMS em Mato Grosso, imposto de maior receita da federação, e que este trabalho tem como objetivo geral. Por ser um imposto indireto, ou seja, “invisível” para o consumidor, detalha-lo é essencial para que os contribuintes de fato saibam quanto e o que estão pagando, bem como o empresário consiga otimizar o seu planejamento tributário. O presente trabalho foi elaborado com base na legislação e também, foi realizado um estudo de caso com tabelas e gráficos para melhor visualização dos resultados. Portanto, este estudo, na sua conclusão, auxilia o empresário a observar a melhor opção de regime do ICMS em Mato Grosso, podendo visualizar o benefício que foi perdido, já que o regime de Estimativa Simplificada foi extinto no ano de 2020 pela Lei Complementar 631/2019.

    Palavras-chave: ICMS. Regimes de tributação. Regime de Apuração Normal. Regime de Estimativa Simplificada. Estado de Mato Grosso.

  • ABSTRACT

    Technically compare objectively, the two ICMS regimes in Mato Grosso, the highest revenue tax in the federation, and that this work has as its general objective. As it is an indirect tax, that is, “invisible” to the consumer, detailing it is essential so that taxpayers in fact know how much and what they are paying, as well as the entrepreneur is able to optimize his tax planning. The present work was elaborated based on the legislation and also, a case study was carried out with tables and graphs for better visualization of the results. Therefore, this study, in its conclusion, helps the entrepreneur to observe the best option of the ICMS regime in Mato Grosso, being able to see the benefit that was lost, since the Simplified Estimate system was extinguished in 2020 by Complementary Law 631 / 2019.

    Keywords: ICMS. Taxation regimes. Normal Counting Regime. Simplified Estimating Regime. State of Mato Grosso.

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Unificação do ICMS. ................................................................................. 26

    Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. ......................... 37

    file:///C:/Users/GEOVANA/Desktop/PESSOAL/MONOGRAFIA%20GEOVANA%20S.%20SANTOS.docx%23_Toc35529151

  • LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada ........................ 41

    Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS ........................................................... 42

    Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS .................................................. 43

    Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS ...................................................................... 43

    Tabela 5 - Apuração do ICMS DIFAL ....................................................................... 44

  • LISTA DE QUADRO

    Quadro 1 - Delineamento da Lei Kandir nº 87 de 1996. ........................................... 30

  • LISTA DE GRÁFICO

    Gráfico 1 - Comparativo entre os dois Regimes ....................................................... 45

  • LISTA DE SIGLAS

    CF – Constituição Federal

    CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas

    CTN – Código Tributário Nacional

    CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária

    DIFAL – Diferencial de Alíquotas

    FOB - Free on board

    ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço de transporte

    interestaduais e intermunicipais e de comunicação

    IOF – Imposto sobre Operações Financeiras

    IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados

    ISS – Imposto sobre Serviços

    RICMS-MT – Regulamento do ICMS do Estado de Mato Grosso

  • SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 16

    1.1 Tema/Problema ........................................................................................ 17

    1.2 Justificativa ............................................................................................... 18

    1.3 Objetivos da pesquisa .............................................................................. 19

    1.3.1 Objetivo geral ........................................................................................... 19

    1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................ 19

    1.4 Hipótese ................................................................................................... 20

    1.5 Metodologia da Pesquisa ......................................................................... 20

    1.6 Delimitação do Campo de Estudo ............................................................ 22

    1.7 Organização Lógica da Monografia .......................................................... 23

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 24

    2.1 Contabilidade Tributária ........................................................................... 24

    2.2 Planejamento Tributário ........................................................................... 25

    2.3 ICMS Geral ............................................................................................... 25

    2.4 Fato gerador e incidência ......................................................................... 28

    2.5 Base de cálculo ........................................................................................ 30

    2.6 Alíquota .................................................................................................... 32

    2.7 Contribuintes ............................................................................................ 33

    2.8 Regime de apuração normal .................................................................... 34

    2.9 Regime de Estimativa Simplificada .......................................................... 36

    3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................. 40

    3.1 Caracterização da Empresa ..................................................................... 40

    3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada ........................ 40

    3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal ................................. 41

    3.4 Comparativo dos Regimes ....................................................................... 45

    4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 47

    REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

  • 16

    1 INTRODUÇÃO

    O atual cenário econômico passou por inúmeras transformações ao longo dos

    últimos anos, grandes corporações surgiram, novas atividades econômicas e

    comerciais foram desenvolvidas, produtos e serviços foram criados e aprimorados,

    normas e leis são constantemente criadas e adaptadas para acompanhar esse

    desenvolvimento econômico. Logo, a sobrevivência de qualquer empreendimento

    neste ambiente está vinculada ao seu planejamento e gestão de tributos, devido sua

    difícil compreensão e grande burocracia.

    Dentre esses tributos está o imposto sobre Circulação de Mercadorias e

    Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

    Comunicação, também conhecido como ICMS, ele é um dos impostos com maior

    carga tributária para as empresas e o que mais gera receita para o Estado.

    No cotidiano depara-se com um vasto número de leis, normas e decretos que

    visam a regulamentação do sistema de apuração e recolhimento do ICMS, as quais

    possui um alto grau de complexidade acerca do entendimento, isso faz com que

    grande parte das situações o contribuinte não analise a melhor forma de recolher o

    ICMS, optando assim recolher pela forma mais simplificada ou que a maioria das

    empresas adotam. Diante das diversas formas de apuração presentes no Estado de

    Mato Grosso, torna-se necessário que os empresários e contadores analisem os

    regimes e optem pelo mais benéfico à entidade.

    Sendo assim, este trabalho tem como objetivo a análise e comparação

    técnica da tributação do ICMS no Estado de Mato Grosso, mas especificamente na

    cidade de Rondonópolis, de uma empresa de Comércio Varejista de Artigos de

    Vestuários e Acessórios, em especial no regime de estimativa simplificada e

    apuração normal. A razão social e o nome fantasia da empresa serão mantidos em

    sigilo, para preservação da sua identidade e de suas informações.

    Para tanto, a investigação se baseou em uma pesquisa classificada

    tipologicamente como descritiva, quanto aos procedimentos do tipo estudo de caso,

    bibliográfica e documental, já quanto á abordagem é qualitativa. Como forma de

  • 17

    coleta de dados serão utilizados os demonstrativos contábeis elaborados e os

    disponibilizados pela empresa.

    Cabe destacar que uma das formas de apuração analisada, já é a opção

    utilizada pela organização até o presente exercício financeiro, de modo que tal

    análise considerou os impactos financeiros ocasionados.

    1.1 Tema/Problema

    O Código Tributário Nacional (CTN), em seu art. 3º, define tributo da seguinte

    forma: “tributo é toda a prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor

    nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e

    cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Os tributos são

    divididos em impostos, taxas e contribuição de melhoria, o ICMS está enquadrado

    na categoria impostos, pois decorre de situação geradora independente de qualquer

    contraprestação do estado em favor do contribuinte, é cobrado de forma indireta, ou

    seja, seu valor é adicionado ao preço do produto comercializado ou do serviço

    prestado.

    É de competência dos Estados e Distrito Federal o direito de tributar as

    operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de

    transporte intermunicipal e interestadual e de comunicação, ainda que as operações

    e as prestações se iniciem no exterior.

    A tributação interestadual do imposto sobre circulação de mercadorias e

    serviços (ICMS) é um dos assuntos mais polêmicos do regime tributário vigente no

    estado de Mato Grosso, em razão dos efeitos que as distorções dos atuais regimes

    vêm produzindo e dos poderosos interesses ligados à questão. Segundo Azevedo,

    Silva e Gatsios (2018, p. 1):

    O Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a principal fonte arrecadadora dos Estados brasileiros. Considerando todas as esferas governamentais, em torno de 20% do que se é arrecadado no Brasil é proveniente do ICMS.

  • 18

    Neste sentido, fatores como dificuldade de interpretação das legislações em

    vigor a respeito do ICMS acabam por afetar diretamente o custo dos produtos,

    refletindo na formação dos preços de venda, que causa transtornos na

    competitividade empresarial.

    A redação do art. 128 do RICMS do Mato Grosso, capítulo VI, define que os

    estabelecimentos dos contribuintes obrigados a efetuar e manter escrituração fiscal

    deverão apurar o valor do imposto a recolher, em conformidade com os seguintes

    regimes: I – Regime de apuração normal; e II – Regime de estimativa.

    Considerando a intensa concorrência no município de Rondonópolis que

    possui 1445 (um mil quatrocentos e quarenta e cinco) empresas legalmente

    cadastradas em com a atividade de comércio varejista de artigos de vestuários e

    acessórios, conforme pesquisa Revista Perfil Rondonópolis (2017).

    Diante dos levantamentos apresentados pretende-se responder ao seguinte

    questionamento: Qual a melhor forma de recolhimento do ICMS para uma

    empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios

    estabelecida em Rondonópolis/MT, Regime de Apuração Normal ou Estimativa

    Simplificada?

    1.2 Justificativa

    A dificuldade de acompanhar, interpretar e aplicar a legislação tributária

    brasileira é grande, devido à complexibilidade de entendimento da escrita e o grande

    número de leis a respeito de um único tributo. Essas circunstâncias têm aumentado

    a necessidade das empresas organizarem seus negócios com foco na diminuição do

    pagamento de tributos, sendo que o ICMS é um o tributo mais caro para as

    empresas, e quem paga é o consumidor final.

    Desta forma, tal pesquisa se faz relevante aos gestores da organização objeto

    desse trabalho, no sentido de norteá-los na tomada de decisão para a escolha da

    melhor forma de regime para o recolhimento do ICMS nos próximos anos-

    calendários, otimizando seus custos e auxiliando na expansão de suas riquezas.

    A respectiva pesquisa também se faz primordial aos contadores para reforçar

    a importância que têm o planejamento e estudo de qual forma de regime para

  • 19

    recolhimento do ICMS a entidade deve adotar, usando os benefícios concedidos

    pelo estado da melhor maneira.

    Sendo assim, fica claro que a viabilidade de crescimento organizacional está

    relacionada com a gestão de tributos e expectativa de rentabilidade futura, que só

    poderá ser alcançada com o planejamento de custos e despesas. Vale salientar

    que os resultados da pesquisa não se limitam apenas a empresa estudada, podendo

    assim servir como base às demais entidades de mesmo porte e atividade.

    1.3 Objetivos da pesquisa

    Nesta sessão, são apresentados os propósitos norteadores da pesquisa, os

    quais são compostos por um objetivo geral e três objetivos específicos.

    1.3.1 Objetivo geral

    Identificar dentre as duas opções de recolhimento do ICMS, nos Regimes de

    Estimativa Simplificada e Apuração Normal, qual proporciona maior economicidade

    à empresa de comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizada na

    cidade de Rondonópolis-Mato Grosso.

    1.3.2 Objetivos específicos

    Os objetivos específicos da pesquisa são:

    (a) Apresentar dois dos regimes de tributação do ICMS no Estado de Mato

    Grosso.

    (b) Demonstrar mediante análise comparativa as formas de recolhimento do

    Regime de Apuração Normal e Regime de Estimativa Simplificada na

    empresa estudada.

  • 20

    (c) Comparar as vantagens e desvantagens de cada regime estudado para um

    comércio varejista de artigos de vestuários e acessórios localizado na cidade

    de Rondonópolis-MT.

    1.4 Hipótese

    A hipótese apresenta uma possível e provisória solução ao problema

    apresentado pelo pesquisador, ao qual pode ou não ser confirmada com o decorrer

    do estudo, conforme destaca Silva (2008, p. 48):

    A hipótese não é a certeza da resposta à pesquisa, pois se assim o fosse não seria necessário realizar a pesquisa. Contudo, faz-se necessário ter uma relação estreita entre o problema e hipótese(s) de pesquisa. As hipóteses são provisórias, porque poderão ser confirmadas ou refutadas com o desenvolvimento da pesquisa. Um mesmo problema pode ter diversas hipóteses, que são soluções possíveis para sua resolução.

    Desta forma, acredita-se que por se tratar de um benefício fiscal concedido

    pelo Estado de Mato Grosso, que está regulamentado atualmente pela Lei nº

    7098/98 com alterações no decreto 1599/2018 o regime de estimativa simplificada

    seja mais benéfico à empresa estudada, pois paga-se o valor do ICMS na entrada

    das mercadorias oriundas de outros estados, utilizando uma alíquota chamada

    „carga média‟ que é definida de acordo com a atividade da empresa, assim

    encerrando a cadeia do imposto.

    Portanto, infere-se que o regime de recolhimento estimativa simplificada

    é o que proporcionaria maior economia fiscal, é a opção adotada pela empresa até o

    presente exercício financeiro.

    1.5 Metodologia da Pesquisa

    Na metodologia apresenta-se as características da pesquisa quanto aos seus

    critérios relacionados ao tema, como os objetivos e a finalidade da monografia.

    Segundo Silva (2008, p. 54), “a definição dos objetivos da pesquisa condiciona a

    escolha do(s) método(s) a ser (em) utilizado(s) pelo pesquisador. Diante dos

    objetivos traçados, o pesquisador deve ter uma ideia clara de como o trabalho será

  • 21

    desenvolvido.” Sendo assim, a metodologia apresentará as etapas

    que conduziram a investigação, no sentido de articular os planos e estruturas para

    à obtenção de respostas ao problema de pesquisa estabelecido.

    O primeiro passo é a delimitação da amostra com a finalidade de identificar a

    parcela da população a ser examinada. Sendo assim, a amostra a ser analisada

    neste trabalho monográfico abrangeu apenas uma empresa de comércio varejista de

    artigos de vestuários e acessórios localizada na cidade de Rondonópolis - Mato

    Grosso, cujo nome fantasia e razão social não serão divulgados com o intuito de

    preservar sua identidade, bem como seus dados e informações.

    A coleta dos dados foi feita através da análise das demonstrações contábeis

    fornecidas pela empresa, referente ao ano de 2019, sendo elas: Relatório de

    Faturamento mensal, Relatório de Compras mensal e Razão das contas de ICMS

    pagas no ano. Os resultados da pesquisa serão apresentados por meio de tabelas,

    quadros e gráficos, considerando os resultados das apurações mensal e anual.

    Inúmeras são as classificações apresentadas pelos autores quanto aos

    métodos a serem utilizados. Segundo Beuren (2010) aborda que é

    possível enfocar as tipologias de delineamentos de pesquisas em três categorias,

    sendo elas: pesquisa quanto aos objetivos, que contempla a pesquisa exploratória,

    descritiva e explicativa; pesquisa quanto aos procedimentos, que inclui o estudo de

    caso, o levantamento, a pesquisa bibliográfica, documental, participante e

    experimental; e a pesquisa quanto à abordagem do problema, que compreende a

    pesquisa qualitativa e a quantitativa.

    Aderindo a classificação de Beuren (2010), quanto aos objetivos, essa

    pesquisa se classifica como descritiva, que na concepção de Gil (2002) tem

    como propósito primordial a descrição das características de determinadas

    populações e fenômenos. Sendo assim, será feita uma análise comparativa dos

    valores dos ICMS apurado em dois regimes, apuração normal e estimativa

    simplificada, buscando evidenciar qual é a opção mais econômica à entidade

    analisada, descrevendo os benefícios, vantagens e desvantagens à organização.

    Quanto aos procedimentos, a pesquisa se encaixa em três categorias: estudo

    de caso, bibliográfica e documental. No que se refere a estudo de caso Silva (2008,

    p. 57) menciona que “o objetivo a ser pesquisado neste tipo de pesquisa pode ser o

  • 22

    indivíduo, a empresa, uma atividade, uma organização ou até mesmo uma situação”.

    Tendo em vista, que a amostra deste estudo contempla apenas um elemento da

    população, fundamenta-se então, a classificação desta pesquisa na categoria estudo

    de caso.

    Quanto à pesquisa bibliográfica, Silva (2008, p. 54) destaca que “essa

    pesquisa explica e discute um tema ou problema com base em referências teóricas

    já publicadas em livros, revistas, periódicos, artigos científicos etc.”. Sendo assim,

    como a pesquisa utiliza-se de matérias publicadas por autores conceituados, de

    livros e legislações a respeito da matéria estudada se enquadra também na

    pesquisa bibliográfica.

    Ainda no que tange à pesquisa documental, segundo Silva (2008, p. 55)

    “difere da pesquisa bibliográfica por utilizar material que ainda não recebeu

    tratamento analítico ou que pode ser reelaborado; suas fontes são muito mais

    diversificadas e dispersas”. Levando em consideração que foi utilizado os dados

    disponibilizados pela empresa para análise, e elaborado demonstrações com base

    neles.

    Na abordagem do problema, a pesquisa classifica-se como qualitativa, pois

    segundo Beuren (2010, p. 92) “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais

    profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Sendo necessária

    uma interpretação profunda de diversas variáveis para a mensuração das vantagens

    e desvantagens dos dois tipos de regime do ICMS, faz-se oportuna sua classificação

    como qualitativa.

    1.6 Delimitação do Campo de Estudo

    Tendo em vista que o tributo de maior destaque para o ramo do comércio é o

    ICMS, e que a legislação acerca deste imposto possui um alto grau de

    complexibilidade, que dificulta o entendimento do contribuinte, assim influenciando

    na decisão de qual regime optar para o recolhimento.

    A pesquisa se limitou ao regulamento do ICMS de Mato Grosso, com foco em

    uma análise comparativa entre dois regimes, de apuração normal e estimativa

  • 23

    simplificada, aplicado em uma empresa de comércio varejista de artigos de

    vestuários e acessórios, a qual está localizada na cidade de

    Rondonópolis, região sul do Estado de Mato Grosso.

    1.7 Organização Lógica da Monografia

    Para uma melhor compreensão e visualização do leitor acerca do tema

    proposto, a presente pesquisa se encontra estruturada em quatro capítulos.

    O capítulo um é composto pela apresentação do tema, abordagem e definição

    do problema, os objetivos geral e específicos almejados, bem como a hipótese de

    possível resposta ao problema e os procedimentos metodológicos adotados.

    O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica de assuntos

    importantes para a elaboração do trabalho, através de uma revisão literária baseada

    em legislações fiscais e tributárias aplicáveis e em materiais publicados por

    renomados autores em livros, artigos, revistas, teses, dissertações e anais de

    congressos, descrevendo sobre o imposto ICMS e sua importância para as

    organizações.

    No terceiro capítulo, apresenta-se o resultado da pesquisa realizada através

    da aplicação de técnicas de pesquisa preestabelecida bem como identificar a

    problemática existente a partir dos resultados obtidos.

    No quarto e último capítulo, serão apresentadas as conclusões e as principais

    contribuições que a pesquisa proporcionou, avaliando os pontos fortes e fracos e se

    a hipótese levantada se confirmou, finalizando com as sugestões de futuros

    trabalhos.

  • 24

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

    Esta seção aborda conceitos necessários para a compreensão dos objetivos

    propostos, a qual visa facilitar a compreensão do leitor acerca do tema, bem como

    expor as características pertinentes do ICMS e dos dois regimes de recolhimento

    utilizados para este estudo, apuração normal e estimativa simplificada, dispostas em

    aspectos legais.

    Deste modo, por meio de uma pesquisa em legislações fiscais e tributárias

    aplicáveis à matéria, foi possível a elaboração do referencial teórico, para compor o

    embasamento da pesquisa proposta, colaborando assim para o seu enriquecimento.

    2.1 Contabilidade Tributária

    Fica evidenciado que, a contabilidade, como ciência que estuda e controla a

    evolução patrimonial das organizações, materializa-se como instrumento primordial

    ao processo decisório no que tange aos diversos aspectos empresariais, sendo uma

    de suas funções, a orientação e controle das vertentes tributárias que norteiam as

    atividades das empresas, demonstrando assim um ramo específico da contabilidade,

    a contabilidade tributária, conforme preceitua Fabretti (2013, p. 5):

    [...] ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada [...] deve demonstrar a situação do patrimônio e o resultado do exercício, de forma clara e precisa, rigorosamente de acordo com conceitos, princípios e normas básicas de contabilidade. O resultado apurado deve ser economicamente exato.

    Sendo assim, a contabilidade tributária, em obediência aos princípios

    e conceitos, tem por finalidade interpretar e aplicar normas legais, bem como apurar

    os valores tributários devidos, sendo a responsável direta pela execução das

    funções e atividades da gestão tributária.

  • 25

    2.2 Planejamento Tributário

    A redução dos custos é uma necessidade constante de todas as empresas

    brasileiras vista as condições de alta competitividade, uma das condições básica

    para o sucesso de qualquer empreendimento é a realização de um bom

    planejamento tributário, que é utilizado como mecanismo estratégico para obtenção

    de melhores resultados.

    No que se refere ao planejamento tributário, Fabretti (2013, p. 8) salienta que

    “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo,

    pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos

    onerosas, denomina-se planejamento tributário”. Portanto, o planejamento deve ser

    feito de forma ordenada, de acordo com a legislação vigente, antes da ocorrência do

    fato gerador e exige o bom senso do planejador ao analisar todas as opções que

    estão disponíveis.

    Sendo assim, o planejamento tributário, por meio da utilização de métodos e

    práticas com respaldo jurídico, pode vir a minimizar a incidência da carga

    tributária nas atividades empresariais, visto que a própria legislação oferece

    inúmeras opções legais acessíveis e incentivos fiscais, que somente a partir de um

    estudo minucioso das vertentes organizacionais, será possível verificar a alternativa

    mais vantajosa para a realidade da empresa.

    2.3 ICMS Geral

    Com a instituição da Lei nº 4.625/1922 se inicia no Brasil a evolução histórica

    do ICMS, que era chamado a princípio de “Imposto sobre vendas Mercantis (IVM)”.

    Com a Constituição de 1934, é criado o antigo “Imposto Sobre Vendas e

    Consignações (IVC)”, tributo de modelo cumulativo que incidia sobre as vendas de

    mercadorias em geral, sendo em seguida substituído pelo Imposto sobre Circulação

    de Mercadorias (ICM), que foi criado com o intuito de inovar por não apresentar as

    características de cumulatividade, o ICM detinha de um capítulo próprio no Código

    Tributário Nacional para regulamentar as operações Estaduais e Municipais relativas

  • 26

    à circulação de mercadorias, sem encontravam nos artigos 52 à 62, posteriormente

    foi revogado pelo Decreto-lei nº 406/1968 que lhe deu novas formas. (VALOR

    TRIBUTÁRIO, [2013?]).

    De acordo com Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81) “a

    Constituição Federal de 1988 criou este único imposto com a junção de outros

    impostos já previstos na Constituição Federal de 1967”. Essa junção pode ser

    observada na Figura 1 que segue.

    Fonte: Da Silva, Da Costa Cruz e Almeida Santos (2016, p. 81).

    O atual Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e

    Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de

    Comunicação (ICMS) surgiu com a promulgação da Constituição Federal de 1988,

    em que se ampliou a base de incidência do antigo ICM, incorporando a produção de

    petróleo e derivados, de energia elétrica e os serviços de telecomunicações e de

    transporte interestadual, até então objetos de um regime tributário próprio, ganhou a

    sua configuração de ICMS, sendo regido, a partir de 1996, pela Lei Complementar nº

    87.

    O imposto é de competência dos Estados e do Distrito Federal conforme está

    previsto no artigo 155, II, da Constituição Federal (1988):

    Figura 1 - Unificação do ICMS.

  • 27

    Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - Operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

    Ainda neste sentido, deve considerar-se a importância da arrecadação do

    ICMS para os municípios, levando em consideração o que está mencionado no

    artigo 158, IV, da Constituição Federal (1988):

    Pertencem aos Municípios: IV - Vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

    Pode-se destacar que o ICMS se trata de um imposto indireto, uma vez que

    quem paga ao Fisco (contribuinte de direito) pode regularmente transmitir o

    respectivo ônus da carga fiscal para um terceiro, que é consumidor final (contribuinte

    de fato). Na perspectiva jurídica, o imposto indireto compreende uma dualidade de

    sujeitos, ou seja, seu fato gerador é uma operação e o contribuinte a pessoa que

    impulsiona o ciclo econômico, podendo transferir o encargo para outro partícipe do

    mesmo fato gerador.

    O ICMS atenderá aos seguintes princípios, conforme (CONSTITUIÇÃO

    FEDERAL, 1988).

    a) Não cumulatividade: compensando-se o que for devido em cada operação

    relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante

    cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal, e a

    isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação, não

    implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou

    prestações seguintes, acarretando a anulação do crédito relativo às operações

    anteriores;

    b) seletividade: em que a lei poderá fixar alíquotas diferenciadas para certos

    produtos ou serviços em função da sua essencialidade;

  • 28

    c) imunidades: sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,

    bem como sobre serviços prestados a destinatários no exterior; sobre operações

    que destinem a outros Estados, petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis

    líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; sobre o ouro como ativo

    financeiro; e sobre as prestações de serviço de comunicação nas modalidades de

    radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita; sobre as

    operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; sobre

    as operações com fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil

    contendo obras musicais ou literomusicais.

    No Estado de Mato Grosso, a norma regulamentadora das operações dentro

    do Estado encontra-se na lei nº 7.098/1998, e no RICMS aprovado pelo Decreto nº

    2.212 de 2014.

    2.4 Fato gerador e incidência

    O fato gerador e a incidência do ICMS podem ser verificados na atual

    Constituição Federal, na Lei Kandir nº 87/1996 e na Lei Estadual do Mato Grosso nº

    7.098/1998.

    O Código Tributário Nacional em seus artigos 114 e 115 traz a definição de

    fato gerador como sendo:

    Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

    O fato gerador do ICMS pode ser sintetizado em três grupos:

    a) circulação de mercadorias;

    b) prestação de serviços de transporte interestaduais e intermunicipais;

  • 29

    c) prestação de serviços de comunicação.

    Em relação às operações de circulação de mercadoria, referem-se à saída

    física ou jurídica de mercadorias do estabelecimento que envolva uma

    efetiva transferência da propriedade da mercadoria. Por exemplo, não incide o ICMS

    nas operações de locação, comodato, leasing, consignação entre outras, pois há

    apenas a mera saída física da mercadoria e não a transferência de propriedade.

    Consideram-se mercadorias as coisas móveis objeto de comércio, adquiridas para

    revenda até o consumidor final, realizada de forma habitual e com fins comerciais.

    Para que seja qualificada como mercadoria, esta deve ter destinação comercial, isto

    é, objetivo de venda ou revenda efetuada por comerciante, ou seja, alguém que,

    com habitualidade, dedica-se ao comércio. A redação da lei do Mato Grosso nº

    7.098/1998 em seu artigo 3º considera ocorrido o fato gerador do imposto no

    momento:

    I - da saída da mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; II - do fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento; III - da transmissão a terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado; IV - da transmissão da propriedade da mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;

    No que diz respeito aos serviços de transporte interestadual e

    intermunicipal de pessoas e bens, locomoção por qualquer via ou meio, inclusive por

    dutos ou semelhantes, para ocorrer a incidência do ICMS, o transporte deve

    ultrapassar fronteira territorial, entre Municípios e entre Estados. No serviço

    intermunicipal (dentro do mesmo município), será fato gerador do ISS e não do

    ICMS se o transporte for de pessoas, por exemplo, transporte terrestre de ônibus de

    coletivos, o imposto será ISS e incidirá sobre o preço do serviço. Se o transporte for

    de bens, mercadorias ou valores, o imposto incidirá sobre o valor do frete cobrado.

    Contudo o imposto não incide no caso de transporte de carga própria, uma vez que

    se configura uma venda FOB (Free on board), isto é, sem pagamento de frete a

    terceiros. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, V e VI, considera ocorrido o fato

    gerador do imposto no momento:

  • 30

    V - do início da prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, de qualquer natureza; VI - do ato final do transporte iniciado no exterior;

    Os serviços de comunicação para fins de incidência do ICMS devem-se

    considerar como comunicação o transporte de mensagem, por qualquer meio

    (inclusive eletrônica), sempre de forma onerosa, entre o emissor e o receptor. O

    ICMS não deve incidir sobre a habilitação de celular (etapa anterior ao serviço de

    comunicação), mas tão somente sobre o serviço de comunicação de telefonia fixa ou

    móvel. A lei nº 7.098/1998 em seu artigo 3º, VII, considera ocorrido o fato gerador do

    imposto no momento:

    VII - da prestação onerosa de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;

    Portanto o fato gerador é a realização da hipótese de incidência tributária que

    faz nascer à obrigação de pagar o tributo.

    2.5 Base de cálculo

    A Lei Complementar nº 87 de 1996 em seu artigo 13, determina que a base

    de cálculo do ICMS seja em regra geral, o preço de venda da mercadoria. No

    entanto, por existir diversas hipóteses de incidência, a base de cálculo pode ser

    composta de outros valores. Abaixo segue quadro 1 que ilustra como funciona o

    valor da base de cálculo do ICMS.

    Quadro 1 - Delineamento da Lei Kandir nº 87 de 1996.

    Lei Kandir Fato Gerador Base de Cálculo

    Artigo 13, I

    Saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.

    O Valor da operação.

    Transmissão à terceiro de mercadoria depositada em armazém geral ou em depósito fechado, no Estado do transmitente.

    Transmissão de propriedade de mercadoria, ou de título que a represente, quando a mercadoria não tiver transitado pelo estabelecimento transmitente.

    Artigo 13, II Fornecimento de alimentação, bebidas e Compreende o valor da

  • 31

    outras mercadorias por qualquer estabelecimento.

    mercadoria e serviço.

    Artigo 13, III Prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

    Preço do Serviço.

    Artigo 13, IV, a Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios.

    O Valor total da operação.

    Artigo 13, IV, b Fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto de competência estadual, como definido na lei complementar aplicável.

    O preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada.

    Artigo 13, V Desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do exterior.

    A soma das seguintes parcelas: a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importação, observado o disposto no art. 14; b) imposto de importação; c) imposto sobre produtos industrializados; d) imposto sobre operações de câmbio; e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras.

    Artigo 13, VI Recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior.

    O valor da prestação do serviço, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilização.

    Artigo 13, VII Aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados.

    O valor da operação acrescido do valor dos impostos de importação e sobre produtos industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente.

    Artigo 13, VIII Entrada no território do Estado de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

    O valor da operação de que decorrer a entrada.

    Artigo 13, IX Utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em outro Estado e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente.

    O valor da prestação no Estado de origem.

    Fonte: Elaborado pela autora, 2019.

    base de cálculo na saída de mercadorias é o valor da operação. No

    fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer

  • 32

    estabelecimento a base de cálculo é valor da operação, compreendendo

    mercadorias e serviço. No transporte, é o preço do serviço. Na importação, o valor

    da mercadoria ou bem, incluindo as parcelas referentes ao IPI, IOF e quaisquer

    outros impostos, taxas, contribuiç es e despesas aduaneiras. Quando a mercadoria

    é fornecida para uso ou consumo do destinatário, e não para comercialização, o

    valor do IPI, se houver, entra também na base de cálculo.

    2.6 Alíquota

    As alíquotas são valores em percentual ou fixo aplicados para calcular qual

    valor será pago de determinado tributo.

    Segundo a lei nº 7.098/1998 as alíquotas do imposto são as seguintes:

    a) 17% (dezessete por cento), nas operações realizadas dentro do Estado,

    ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso I da lei nº

    7.098/1998;

    b) 12% (doze por cento), nas operações realizadas fora do Estado,

    ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso II da lei nº

    7.098/1998;

    c) 25% (vinte e cinco por cento), nas operações internas e de importação,

    realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de

    Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses

    expressamente previstas no inciso IV da lei nº 7.098/1998;

    d) 30% (trinta por cento), nas demais prestações onerosas de serviços de

    comunicação, inclusive quando prestados ou iniciados no exterior,

    ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso V da lei nº

    7.098/1998;

    e) Variáveis de acordo com as faixas de consumo de energia elétrica,

    ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VII da lei nº

    7.098/1998;

    f) 4% (quatro por cento, nas prestações de serviços de transporte aéreo

    interestadual de passageiro, carga e mala postal e nas operações

    interestaduais com bens e mercadorias importadas do exterior,

  • 33

    ressalvadas as hipóteses expressamente previstas no inciso VIII da lei nº

    7.098/1998;

    g) 35% (trinta e cinco por cento), nas operações internas e de importação,

    realizadas com as mercadorias segundo a Nomenclatura Brasileira de

    Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), ressalvadas as hipóteses

    expressamente previstas no inciso IX da lei nº 7.098/1998;

    As alíquotas do ICMS estão divididas entre operações com mercadorias e

    prestações de serviços de transporte e comunicação realizados dentro do mesmo

    Estado alíquotas internas, fixadas pela lei nº 7.098/1998 e as realizadas para fora do

    Estado alíquotas interestaduais, fixadas por Resolução do Senado Federal, e as

    realizadas fora do país alíquotas de exportação.

    No comércio entre pessoas localizadas em Estados diferentes, usa-se a

    alíquota interestadual se o destinatário for contribuinte do ICMS. Se o destinatário

    não for contribuinte do ICMS, a alíquota será a interna (CF, art. 155, § 2º, VII).

    2.7 Contribuintes

    O art. 155, § 2º, XII, a, CF, determina que cabe lei complementar definir quem

    será o contribuinte do ICMS.

    Sendo assim, contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com

    habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de

    circulação de mercadoria ou prestações de serviços descritas como fatos geradores

    do tributo (LEI COMPLENTAR Nº 87, 1996).

    Qualquer pessoa, que participa da cadeia de circulação e compra de um

    produto ou serviço é contribuinte do ICMS, porque ele é cobrado de maneira

    indireta, o que significa que o valor do imposto é adicionado ao preço final do bem

    adquirido.

    A Lei Complementar nº 87 (1996), também estabelece que:

  • 34

    Art. 4º (...) Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: I – Importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua finalidade; II - Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; III – adquira em licitação mercadorias ou bens apreendidos ou abandonados; IV – Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.

    A Constituição Federal, em seu art. 150, § 7º, admite o fenômeno da

    responsabilidade atinente ao ICMS, no contexto da substituição tributária

    progressiva ou “para frente”, onde o substituto recolhe o imposto de operações

    posteriores ou futuras, a escolha de uma terceira pessoa para recolher o tributo

    antes da ocorrência do fato gerador, em uma nítida antecipação de recolhimento

    perante um fato gerador presumido.

    Na substituição tributária, o Fisco deixa de lado o contribuinte, atribuindo o

    encargo do imposto a um substituto, que deve ser pessoa vinculada de alguma

    forma ao fato gerador. Em certos casos, quando o substituto também é contribuinte,

    recolherá ele, na mesma nota fiscal, uma parcela referente ao ICMS normal, como

    contribuinte, e outra referente ao ICMS por substituição, como substituto.

    2.8 Regime de apuração normal

    O Regime de Apuração Normal do ICMS está regulamentado no artigo 131 e

    132 do RICMS MT. É o regime de apuração mais comum no país, sendo que a sua

    principal característica é apuração do crédito na entrada das mercadorias e o débito

    na saída das mesmas. Por consequência, caso os créditos forem maiores que os

    débitos o contribuinte possuirá Impostos a Recuperar junto ao fisco, sendo que se os

    débitos forem maiores que os créditos o contribuinte terá Imposto a Pagar ao fisco.

    A sistemática de apuração das entradas e saídas está fundamentada no Art.

    131, incisos I e II do RICMS MT (2014):

  • 35

    Os estabelecimentos enquadrados no regime de apuração normal apurarão, no último dia de cada mês: I – no Registro de Saídas: a) o valor contábil total das operações e/ou prestações; b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com débito do imposto e o valor do respectivo imposto debitado; c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem débito do imposto; II – no Registro de Entradas: a) o valor contábil total das operações e/ou prestações; b) o valor total da base de cálculo das operações e/ou prestações com crédito do imposto e o valor total do respectivo imposto creditado; c) o valor fiscal total das operações e/ou prestações isentas ou não tributadas; d) o valor fiscal total de outras operações e/ou prestações sem crédito do imposto; e) o valor total da diferença do imposto devido a este Estado, decorrente da entrada ou aquisição das mercadorias oriundas de outra unidade federada, destinadas a uso, consumo ou ativo fixo, e da utilização de serviço cuja prestação não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente alcançada pela incidência do ICMS;

    Cabe destacar que, conforme consta na alínea “e” mencionada acima, se a

    mercadoria adquirida em operação interestadual for destinada à uso, consumo ou

    ativo fixo do contribuinte, este deverá calcular e recolher separadamente o imposto,

    em código especifico, denominado “Diferencial de líquota”.

    A alíquota aplicada as mercadorias a título de Diferencial de Alíquota, é a

    diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de

    origem, conforme art. 96, II, RICMS MT (2014):

    Quanto à alíquota, deverão, ainda, ser observadas as seguintes regras: II – (...) em relação à entrada no estabelecimento de contribuinte de bem ou mercadoria, adquiridos em outra unidade federada, destinados a uso, consumo ou ativo permanente, bem como na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha sido iniciada fora do território mato-grossense e não esteja vinculada à operação ou prestação subsequente, alcançada pela incidência do imposto, a alíquota será o percentual que resultar da diferença entre a alíquota interna deste Estado, aplicável à operação ou à prestação, e aquela aplicada na unidade federada de origem da mercadoria ou do serviço para a operação ou a prestação interestadual.

  • 36

    Deste modo, será recolhido o Diferencial de Alíquota, pois esta mercadoria

    não será objeto de operação ou prestação subsequente, tão somente será feito o

    uso ou fará parte do ativo fixo da empresa.

    As alíquotas aplicadas para a apuração normal do ICMS em Mato Grosso,

    variam de acordo com o tipo de atividades e mercadorias, contudo conforme art. 95

    do RICMS/MT, é definido como alíquota base do estado o percentual de 17%, para

    operações internas, as realizadas dentro deste estado e de 12% para operações

    interestaduais, aquelas destinadas a outros estados, por ser as de maior

    abrangência.

    A portaria nº 100/1996 que consolida as normas que dispõem sobre os prazos

    de recolhimento do ICMS e dá outras providências, institui em seu artigo 1º, I, que:

    O Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS -, inclusive a parcela relativa ao diferencial de alíquota, deverá ser recolhido nos prazos abaixo: I – para os contribuintes sujeitos ao regime de apuração mensal, inclusive aqueles enquadrados nas disposições do artigo 132 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n° 2.212, de 20 de março de 2014, ressalvado o disposto nos incisos seguintes: até o 6° (sexto) dia do mês subsequente ao da apuração.

    Para o prazo de recolhimento do ICMS deverá ser observada as exceções

    impostas pela legislação. Caso a data de recolhimento do imposto cair em dias de

    sábado, domingo, feriado, ponto facultativo ou qualquer outra data em que não

    tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos públicos estaduais, o pagamento do

    tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil seguinte ao vencimento.

    2.9 Regime de Estimativa Simplificada

    O Regime de Estimativa Simplificado, também conhecido como Carga Média,

    foi instituído para apuração e pagamento do Imposto Sobre Circulação de

    Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) pelos Decretos n° 392/2011, 410/2011

    e 468/2011, entrou em vigor no dia 1º de junho de 2011, a motivação para a criação

    do novo regime foi para melhorar a eficiência nos controles tributários e contribuir

  • 37

    para a simplificação dos procedimentos, tanto para o fisco quanto para o

    contribuinte.

    A legalidade do decreto está consignada no rt. 30, inciso V, alínea “b”, da Lei

    nº 7.098/98:

    Em substituição ao regime mencionado nos artigos 28 e 29, a apuração do imposto poderá ser efetuada, também, através: V - de regime de estimativa por operação ou prestação, nos termos do regulamento e normas complementares, cuja tributação poderá, cumulativa ou alternativamente, objetivar: (Nova redação dada pela Lei 9.226/09) b) a simplificação, mediante exigência baseada na carga tributária média e eventual encerramento da fase tributária.

    Ademais, o regime de estimativa encontra se regulamentado no RICMS do

    Mato Grosso, nos artigos 133 a 139 e seus efeitos são para os fatos geradores

    ocorridos a partir de 1º de junho de 2011. O Decreto nº 392/2011 introduziu o anexo

    XVI no RICMS MT, conhecido como percentual de carga média por atividade

    (CNAE), para fins de aplicação em todas as operações.

    O regime de estimativa simplificada foi criado através da junção de outras

    modalidades de recolhimento, conforme figura 2, ilustrada abaixo:

    Figura 2 - Unificação do ICMS Regime de Estimativa Simplificada. Fonte: Sefaz Mato Grosso, [2015?].

    http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/709f9c981a9d9f468425671300482be0/2b3d992bfd29d005842576580041a56d?OpenDocument#_19h2ki82eksg3ibhi68r2o8248kg34ch08h2i0jqlag_

  • 38

    A sistemática deste regime é aplicar uma carga média, que se encontra no

    anexo VI do RICMS MT, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades

    Econômicas (CNAE) principal do contribuinte sobre a base de cálculo do imposto. É

    aplicado este sistema a todos os contribuintes pertencentes a esse regime em todas

    as operações interestaduais de entrada sujeitas ao fato gerador do ICMS.

    No regime de Estimativa Simplificada não há mais distinção entre bens e

    mercadorias destinadas a venda ou ao ativo permanente, uso ou consumo. Desta

    forma, aplicar-se-á, no caso de mercadorias destinadas ao ativo permanente, uso ou

    consumo a mesma sistemática das mercadorias destinadas à comercialização.

    Sendo assim, para o cálculo do ICMS devido aos fatos geradores abrangidos pelo

    diferencial de alíquota, o contribuinte aplicará a sistemática do Regime de Estimativa

    Simplificado, onde o ICMS devido será: Valor da operação ou prestação x Carga

    Média conforme o anexo XIII do RICMS MT 2014.

    Conforme o artigo 139 (RICMS, 2014):

    Fica vedada ao contribuinte enquadrado no regime de estimativa a utilização, para abatimento do montante mensal a recolher, de qualquer valor, inclusive daqueles referentes à aplicação em atividades incentivadas, geradoras de créditos fiscais para compensação com o ICMS.

    Dessa forma ao optar por este regime o contribuinte não terá direito a

    dedução, manutenção, estorno ou glosa de crédito, sendo que, salvo exceções, o

    recolhimento do imposto neste regime encerra a cadeia tributária.

    Ficam excluídas do Regime de Estimativa Simplificada as operações com

    veículos automotores novos e usados, bebidas alcoólicas, cigarros e seus derivados,

    combustíveis, lubrificantes e biodiesel, energia elétrica, saídas de produtos

    integrantes de cesta básica do estabelecimento industrial, operações promovidas

    por estabelecimentos industriais mato-grossenses e demais exceções que se

    encontram no artigo 157, § 2º do RICMS-MT 2014.

    Para o prazo de recolhimento do ICMS Estimativa Simplificada é até o

    vigésimo do segundo mês subsequente à entrada da mercadoria, caso a data de

    recolhimento do imposto cair em dias de sábado, domingo, feriado, ponto facultativo

    ou qualquer outra data em que não tenha expediente normal nos Bancos ou órgãos

  • 39

    públicos estaduais, o pagamento do tributo deverá ser realizado no primeiro dia útil

    seguinte ao vencimento.

  • 40

    3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

    Este capítulo está dividido em tópicos para a exposição da aplicação das

    bases teóricas e modelos práticos, na análise dos impactos financeiros da adoção

    de duas formas de recolhimento do ICMS, Regime de Estimativa Simplificada e

    Regime de Apuração Normal.

    3.1 Caracterização da Empresa

    A pesquisa foi aplicada em uma empresa localizada na cidade de

    Rondonópolis-MT, cujo nome fantasia e razão social foram mantidos em sigilo, no

    intuito de resguardar seus dados, informações e imagem.

    A empresa está constituída sob a forma de sociedade limitada, com tributação

    no Lucro Presumido, e tem como objeto comercial a venda de artigos de vestuários

    e acessórios.

    O quadro societário da entidade está composto por 6 (seis) sócios e 33 (trinta

    e três) funcionários legalmente registrados. O montante faturado pela empresa por

    ano é de aproximadamente R$ 5.200.000,00 contribuindo assim, significativamente

    para o desenvolvimento econômico da cidade.

    3.2 Aplicação do modelo Regime de Estimativa Simplificada

    De acordo com o anexo com o anexo XIII do RICMS MT 2014, o percentual

    de carga média tributária para o CNAE nº 47.84-4-00 - Comércio varejista de artigos

    do vestuário e acessórios, da empresa estudada, é de 19%. Para compor a base de

    cálculo mensal do imposto utiliza-se o valor das mercadorias que deram entrada

    dentro do mês, proveniente de outras unidades de federação, inclusive as

    mercadorias destinadas a uso consumo e ativo fixo da empresa. No ano de 2019, a

    empresa fez o recolhimento do ICMS utilizando este regime, a tabela 1 abaixo

    demonstra os valores apurados e recolhidos pela entidade durante o ano.

  • 41

    Tabela 1 - Demonstrativo de Cálculo ICMS Estimativa Simplificada

    Mês Compras de outros Estados de

    Mercadorias para revenda, uso e consumo e ativo fixo.

    Carga Média

    Valor devido e Recolhido de

    ICMS

    jan/19 R$ 62.173,94 19% R$ 11.813,05

    fev/19 R$ 62.505,43 19% R$ 11.876,03

    mar/19 R$ 126.448,00 19% R$ 24.025,12

    abr/19 R$ 178.306,12 19% R$ 33.878,16

    mai/19 R$ 227.944,66 19% R$ 43.309,49

    jun/19 R$ 187.520,19 19% R$ 35.628,84

    jul/19 R$ 120.487,01 19% R$ 22.892,53

    ago/19 R$ 187.867,49 19% R$ 35.694,82

    set/19 R$ 69.870,11 19% R$ 13.275,32

    out/19 R$ 591.333,37 19% R$ 112.353,34

    nov/19 R$ 804.400,26 19% R$ 152.836,05

    dez/19 R$ 306.717,37 19% R$ 58.276,30

    TOTAL R$ 2.925.573,95 R$ 555.859,05

    Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

    Conforme apresentado na tabela 1, o cálculo do ICMS Estimativa

    Simplificada utiliza o valor das compras oriundas de outros estados, que são

    destinadas a revenda, uso, consumo e ativo fixo, multiplicando-se pela carga média

    da empresa que foi estabelecida em 19%. Sendo assim as compras do ano

    totalizaram o valor de R$ 2.925.573,95 que gerou um desembolso de R$

    555.859,05 referente ao ICMS apurado.

    Vale destacar, que no mês de novembro ocorreu o maior volume de

    compras e também o maior recolhimento do imposto, as compras totalizaram o

    valor de R$ 804.400,26 e o ICMS o valor de R$ 152.836,05 que se dá pelas datas

    comemorativas do final de ano. Nos meses de janeiro e fevereiro houve o menor

    número de compras e menor desembolso do imposto, sendo respectivas as

    compras de R$ 62.173,94 e R$ 62.505,43 e o ICMS de R$ 11.813,05 e R$

    11.876,03, por se tratar de um período de pouco movimento para as vendas.

    3.3 Aplicação do modelo Regime de Apuração Normal

    No cálculo com base no regime de Apuração Normal, usa-se a sistemática

  • 42

    de apuração do crédito na entrada das mercadorias para revenda e o débito na

    saída das mesmas. A tabela 2 abaixo, apresenta os dados do faturamento

    fornecido pela empresa, os quais já se encontram deduzidos os valores das

    devoluções, abatimentos, descontos comerciais concedidos e o ICMS por

    substituição tributária.

    Tabela 2 - Faturamento com débito do ICMS

    Mês Valor do Faturamento

    Líquido Alíquota Interna do ICMS no MT Débito do ICMS

    jan/19 R$ 206.034,68 17% R$ 35.025,90

    fev/19 R$ 195.646,96 17% R$ 33.259,98

    mar/19 R$ 252.074,11 17% R$ 42.852,60

    abr/19 R$ 494.672,01 17% R$ 84.094,24

    mai/19 R$ 499.575,29 17% R$ 84.927,80

    jun/19 R$ 325.909,54 17% R$ 55.404,62

    jul/19 R$ 404.102,87 17% R$ 68.697,49

    ago/19 R$ 540.110,35 17% R$ 91.818,76

    set/19 R$ 349.808,66 17% R$ 59.467,47

    out/19 R$ 414.074,22 17% R$ 70.392,62

    nov/19 R$ 479.053,24 17% R$ 81.439,05

    dez/19 R$ 1.025.601,86 17% R$ 174.352,32

    TOTAL R$ 5.186.663,79 R$ 881.732,84

    Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

    A tabela 2 mostra que a empresa obteve um faturamento anual de R$

    5.186.663,79. No mês de fevereiro obteve o menor faturamento de R$ 195.646,96,

    já no mês de dezembro, devido as datas comemorativas, obteve o maior

    faturamento no valor de R$ 1.025.601,86.

    A empresa revende as mercadorias no mercado interno, dando origem a um

    débito de 17% de ICMS, conforme o art. 95 do RICMS MT (2014) que diz:

    As alíquotas do imposto são: (cf. caput do art. 14 da Lei n° 7.098/98)

    I – 17% (dezessete por cento), ressalvadas as hipóteses expressamente previstas nos incisos II a VII deste artigo: (cf. inciso I do caput do art. 14 da Lei n° 7.098/98) a) nas operações realizadas no terriório do Estado;

    O débito de ICMS do ano totalizou-se em R$ 881.732,84 correspondente a

    aplicação do percentual de 17% nos valores dos faturamentos obtidos mês a mês.

  • 43

    Na obtenção dos créditos será utilizando alíquota de ICMS próprio de 7%,

    pois a maior concentração de compras da empresa é oriunda dos estados de São

    Paulo e Paraná. A tabela 3 ilustra o cálculo dos créditos de acordo com os

    relatórios disponibilizados pela empresa.

    Tabela 3 - Compras com direito à crédito do ICMS

    Mês Valor das Compras para

    Revenda Alíquota

    Interestadual Crédito do ICMS

    jan/19 R$ 53.309,21 7% R$ 3.731,64

    fev/19 R$ 57.062,78 7% R$ 3.994,39

    mar/19 R$ 126.448,00 7% R$ 8.851,36

    abr/19 R$ 178.306,12 7% R$ 12.481,43

    mai/19 R$ 217.134,14 7% R$ 15.199,39

    jun/19 R$ 178.455,18 7% R$ 12.491,86

    jul/19 R$ 120.872,27 7% R$ 8.461,06

    ago/19 R$ 187.867,46 7% R$ 13.150,72

    set/19 R$ 62.641,24 7% R$ 4.384,89

    out/19 R$ 222.429,24 7% R$ 15.570,05

    nov/19 R$ 234.610,77 7% R$ 16.422,75

    dez/19 R$ 175.374,16 7% R$ 12.276,19

    TOTAL R$ 1.814.510,57 R$ 127.015,74

    Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

    No regime de apuração normal é utilizado crédito do ICMS apenas das

    compras de mercadorias destinadas a revenda. A tabela 3 destaca que as compras

    do ano somaram o valor de R$ 1.814.510,57 que aplicado a alíquota de ICMS de

    Origem de 7% totaliza um crédito anual de R$ 127.015,74.

    Depois de encontrar os valores de débito e crédito do ICMS, é feita a

    apuração do valor devido, conforme ilustração da tabela 4 que segue abaixo:

    Tabela 4 - Apuração Normal do ICMS

    Mês Débito do ICMS Crédito do ICMS ICMS Devido no Mês

    jan/19 R$ 35.025,90 R$ 3.731,64 R$ 31.294,25

    fev/19 R$ 33.259,98 R$ 3.994,39 R$ 29.265,59

    mar/19 R$ 42.852,60 R$ 8.851,36 R$ 34.001,24

    abr/19 R$ 84.094,24 R$ 12.481,43 R$ 71.612,81

    mai/19 R$ 84.927,80 R$ 15.199,39 R$ 69.728,41

  • 44

    jun/19 R$ 55.404,62 R$ 12.491,86 R$ 42.912,76

    jul/19 R$ 68.697,49 R$ 8.461,06 R$ 60.236,43

    ago/19 R$ 91.818,76 R$ 13.150,72 R$ 78.668,04

    set/19 R$ 59.467,47 R$ 4.384,89 R$ 55.082,59

    out/19 R$ 70.392,62 R$ 15.570,05 R$ 54.822,57

    nov/19 R$ 81.439,05 R$ 16.422,75 R$ 65.016,30

    dez/19 R$ 174.352,32 R$ 12.276,19 R$ 162.076,13

    TOTAL R$ 881.732,84 R$ 127.015,74 R$ 754.717,10

    Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

    Ao confrontar os valores de débito e crédito, conforme mostrado acima na

    tabela 4 no regime de apuração normal pega-se o valor de débito R$ 881.732,84 e

    subtrai-se o crédito de R$ 127.015,74 o resultado de R$ 754.717,10 é o valor devido

    de ICMS no ano. Cabe salientar, que este valor é somente sobre as mercadorias

    que foram revendidas, quando há compra de mercadorias destinadas a uso,

    consumo e ativo fixo será cobrado o ICMS Diferencial de Alíquotas, pois está

    mercadoria não será objeto de operação ou prestação subsequente.

    O ICMS Diferencial de Alíquota, também conhecido como DIFAL, é a

    diferença entre a alíquota interna do estado e a alíquota aplicada no estado de

    origem. Na tabela 5 está tabulado o valor devido.

    Tabela 5 - Apuração do ICMS DIFAL

    Mês

    Compras Materiais de

    Uso, Consumo e Ativo Fixo

    Alíquota Interna

    do ICMS

    Alíquota Interestadual

    do ICMS

    Diferença de

    Alíquota

    Valor devido de ICMS DIFAL

    jan/19 R$ 7.839,73 17% 7% 10% R$ 783,97

    fev/19 R$ 5.211,00 17% 7% 10% R$ 521,10

    mar/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -

    abr/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -

    mai/19 R$ 10.416,73 17% 7% 10% R$ 1.041,67

    jun/19 R$ 8.945,01 17% 7% 10% R$ 894,50

    jul/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -

    ago/19 R$ - 17% 7% 10% R$ -

    set/19 R$ 3.574,02 17% 7% 10% R$ 357,40

    out/19 R$ 368.871,00 17% 7% 10% R$ 36.887,10

    nov/19 R$ 575.204,60 17% 7% 10% R$ 57.520,46

    dez/19 R$ 130.374,90 17% 7% 10% R$ 13.037,49

    TOTAL R$ 1.110.436,99 R$ 111.043,70

  • 45

    Fonte: Elaborada pela autora, 2020.

    Tendo em vista a ampliação e reforma da empresa no ano de 2019 houve um

    alto número as aquisições de ativos imobilizados. A tabela 5 descreve os valores

    mensais das compras de mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo que

    somam R$ 1.110.436,99 aplicado a alíquota de 10% que é resultante da diferença

    entre 17% alíquota interna do Mato Grosso e 7% alíquota interestadual de São

    Paulo e Paraná, encontra-se o valor devido a titulo de ICMS Diferencial de alíquotas

    de R$ 111.043,70.

    Para recolhimento do ICMS no regime de Apuração Normal a empresa

    desembolsaria dentro do ano o valor de R$ 865.760,80, somando o valor devido

    sobre as vendas de mercadorias e o diferencial de alíquotas das compras que não

    são destinadas a revenda.

    3.4 Comparativo dos Regimes

    Os valores apurados em cada regime podem ser observados no gráfico 1

    abaixo:

    Gráfico 1 - Comparativo entre os dois Regimes

    Fonte: Elaborado pela autora, 2020.

    R$

    11

    .81

    3,0

    5

    R$

    11

    .87

    6,0

    3

    R$

    24

    .02

    5,1

    2

    R$

    33

    .87

    8,1

    6

    R$

    43

    .30

    9,4

    9

    R$

    35

    .62

    8,8

    4

    R$

    22

    .89

    2,5

    3

    R$

    35

    .69

    4,8

    2

    R$

    13

    .27

    5,3

    2

    R$

    11

    2.3

    53

    ,34

    R$

    15

    2.8

    36

    ,05

    R$

    58

    .27

    6,3

    0

    R$

    32

    .07

    8,2

    2

    R$

    29

    .78

    6,6

    9

    R$

    34

    .00

    1,2

    4

    R$

    71

    .61

    2,8

    1

    R$

    70

    .77

    0,0

    8

    R$

    43

    .80

    7,2

    6

    R$

    60

    .23

    6,4

    3

    R$

    78

    .66

    8,0

    4

    R$

    55

    .43

    9,9

    9

    R$

    91

    .70

    9,6

    7

    R$

    12

    2.5

    36

    ,76

    R$

    17

    5.1

    13

    ,62

    J A N F E V M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z

    Série1 Série2

  • 46

    Conforme demonstrado no gráfico 1, o azul representa os valores apurados

    pelo regime de estimativa simplificada, já o laranja representa os valores apurados

    pelo regime de apuração normal, incluindo o diferencial de alíquotas. Podemos

    observar que nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho,

    agosto, setembro e dezembro, cerca de 83% dos meses, é vantajoso para a

    empresa recolher pelo regime de estimativa simplificada, pois acarretará em menor

    desembolso.

    Os meses de outubro e novembro foram os únicos em que o recolhimento

    pelo regime de apuração normal foi o menor, devido ao alto número de compras e

    consequentemente créditos para aproveitar. Segundo informações repassadas pela

    empresa, são os meses com maior concentração de compras para estocagem de

    mercadorias para vendas em dezembro.

  • 47

    4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    O objetivo deste trabalho foi de apresentar e comparar tecnicamente os dois

    regimes de apuração do ICMS no Estado de Mato Grosso, Regimes: Normal e

    Estimativa Simplificada. Assim, a partir de uma pesquisa descritiva e bibliográfica,

    principalmente remetendo-se à legislação, para analisar o ICMS dentro do ano de

    2019 da entidade estudada, buscando-se compreender a sistemática e suas formas

    de apuração.

    O regime de apuração normal utiliza a sistemática de apuração do crédito na

    entrada das mercadorias para revenda e o débito na saída das mesmas. Caso os

    créditos forem maiores que os débitos a empresa possuirá Impostos a Recuperar

    junto ao fisco, sendo que se os débitos forem maiores que os créditos a empresa

    terá Imposto a Pagar ao fisco. Havendo ainda que recolher o DIFAL para as

    mercadorias destinadas a uso, consumo e ativo fixo da entidade, pois as mesmas

    não serão objetos de operações subsequentes.

    No regime de estimativa simplificada a sistemática utilizada é aplicar a carga

    média, alíquota definida de acordo com o CNAE da empresa. Nesse regime não há

    distinção entre bens e mercadorias destinadas a venda ou ao ativo fixo, uso ou

    consumo. Desta forma, aplica-se a mesma sistemática para as mercadorias

    destinadas a comercialização, uso, consumo e ativo fixo.

    Diante dos resultados simulados, notamos que o melhor regime a ser adotado

    para a empresa estudada é o de estimativa simplificada, cuja hipótese fora

    confirmada ao decorrer do estudo, ficando evidenciado que encerra a cadeia

    tributária do ICMS dentro do Estado, e proporciona menor desembolso. Nota-se que

    a sistemática de tributação Simplificada leva em consideração para apuração do

    ICMS a pagar apenas o CNAE da empresa e o valor das entradas provenientes de

    outras unidades de federação, o que acaba trazendo vantagens para empresas de

    médio e grande porte, como é o caso da empresa objeto de estudo, pois sabe-se

    que essas empresas conseguem comprar suas mercadorias a um menor preço, ou

    seja, a base de cálculo para a apuração do imposto e consequentemente o imposto

    a pagar de uma empresa de médio ou grande porte será menor do que de uma

    pequena, mesmo em se tratando do mesmo produto.

  • 48

    Contudo, a partir de 01.01.2020 não é mais permitido o uso do regime de

    estimativa simplificada em nosso Estado de Mato Grosso, uma vez que foi revogado

    pela Lei Complementar nº 631 de 31 de julho de 2019, que dispõe sobre a remissão

    e anistia de créditos tributários decorrentes de benefícios fiscais ou fiscais-

    financeiros de ICMS, criados sem lastros em Convênios aprovados no âmbito no

    Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária). Ocorre que a sistemática de

    tributação Estimativa Simplificada só existe no estado de Mato Grosso, e foi

    estabelecida com incompatibilidade à Constituição Federal, uma vez que não foi

    implementada com base em lei complementar e muito menos submetida à

    aprovação do Confaz, sendo considerada como benefício fiscal e impulsionado a

    famosa guerra fiscal.

    A guerra fiscal é a prática dos Estados de concederem incentivos fiscais, sem

    a aprovação do Confaz, o qual é composto pelos secretários de fazenda de todos os

    Estados, e a aprovação de qualquer incentivo fiscal tem que ser por unanimidade.

    Consequentemente todos os Estados foram obrigados a reinstituição, modificação

    ou extinção dos benefícios fiscais concedidos em desacordo da lei, inclusive com

    remissão e anistia dos incentivos, isenção ou benefícios fiscais. Fica aprovado como

    forma de recolhimento padrão do ICMS o regime de apuração normal, ou seja, pela

    conta gráfica, para todos os Estados, afim de acabar com a guerra fiscal.

    O regime de estimativa simplificada entrou em vigor no dia 1º de junho de

    2011 e foi extinto em 31 de dezembro de 2019, beneficiando muitos

    empreendimentos e empresários durantes os 8 anos e 6 meses que ficou vigente.

    Por fim, constata-se que o objetivo geral foi alcançado, assim como o

    problema de pesquisa, respondido. Como desdobramentos futuros, essa linha

    pesquisa pode ser estendida através da investigação sobre como se comportou a

    formação de preço dos produtos de vestuários e acessórios com o aumento do

    ICMS e consequentemente o aumento dos custos empresarias.

  • 49

    REFERÊNCIAS

    ASSOCIAÇÃO COMERCIAL, INDUSTRIAL E EMPRESARIAL DE RONDONÓPOLIS. Revista Perfil Rondonópolis. Rondonópolis, 7ª ed., p. 134, jan./dez. 2017. Disponível em: . Acesso em: 15 jun. 2019.

    BEUREN, Ilse Maria. Como elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

    BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2019. BRASIL. Lei Complementar nº 87, 1996. Disponível em: . Acesso em: 04 ago. 2019. BRASIL. Lei n. 7.098/98. Consolida normas referentes ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação em Mato Grosso - ICMS. Disponível em: . Acesso em: 23 jul. 2019.

    BRASIL. Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1.966. Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2019. DA SILVA, Varlindo Alves; DA COSTA CRUZ, Jonas; ALMEIDA SANTOS, Paulo Sérgio. Comparativo dos regimes de ICMS no Estado Mato Grosso: Uma análise técnica. Revista UNEMAT de Contabilidade, S.I, v. 5, n. 10, p. 79-112, jul./dez. 2016.

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