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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL DIAGNÓSTICO DOS PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO PREDIAL NAS EDIFICAÇÕES DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO EM CUIABÁ PASCHOAL GAVAZZA DE ARAUJO NETO Dissertação apresentada junto ao Programa de Pós-graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para a obtenção do título de Mestre. Orientador: Prof. Dr. José Manoel Henriques de Jesus Co-orientador: Prof. Dr.: Humberto da Silva Metello Cuiabá, MT Agosto de 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE …200.129.241.80/ppgeea/sistema/dissertacoes/225.pdf · Cuiabá ± MT, 2015. 106f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Edificações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E

AMBIENTAL

DIAGNÓSTICO DOS PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO PREDIAL NAS

EDIFICAÇÕES DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

EM CUIABÁ

PASCHOAL GAVAZZA DE ARAUJO NETO

Dissertação apresentada junto ao Programa de

Pós-graduação em Engenharia de Edificações e

Ambiental da Universidade Federal de Mato

Grosso, como requisito para a obtenção do título

de Mestre.

Orientador: Prof. Dr. José Manoel Henriques de Jesus

Co-orientador: Prof. Dr.: Humberto da Silva Metello

Cuiabá, MT

Agosto de 2015

DEDICATÓRIA

Este estudo é dedicado aos meus país e a minha família pela paciência, confiança e

dedicação.

AGRADECIMENTOS

Aos amigos da PROPLAN e da Prefeitura pela confiança e persistência.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da

Universidade Federal de Mato Grosso pela amizade e pelos ensinamentos.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 16

1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 17

1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivos Específicos...................................................................................................... 18

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................................... 18

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................ 19

2.1 A PERDA DE DESEMPENHO DE MATERIAIS, PRODUTOS E SUBSISTEMAS

COM O DESGASTE COM O TEMPO................................................................................... 19

2.2 CICLO DE VIDA DOS MATERIAIS. ............................................................................. 24

2.3 CICLO DE VIDA DAS EDIFICAÇÕES .......................................................................... 24

2.4 TIPOS DE MANUTENÇÃO E SUA EXECUÇÃO ......................................................... 25

2.5 PLANO DE MANUTENÇÃO. ......................................................................................... 35

2.6 A LEGISLAÇÃO REFERENTE À MANUTENÇÃO PREDIAL .................................... 46

2.6.1 Normas da ABNT – NBR 5674, NBR 14037, NBR 15.575........................................... 48

2.7 A MANUTENÇÃO NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO. ........................... 53

2.7.1 A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). .............................................. 53

2.7.2 Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ). ............................................................ 53

2.7.3 A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). .......................................................... 54

2.7.4 A estrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)......................... 55

2.7.5 A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). ............................................. 56

2.7.6 A Universidade Federal de Goiás (UFG). ....................................................................... 58

2.7.8 A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). ............................................. 60

2.7.9 A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). ...................................................... 61

2.7.10 A Universidade Federal da Bahia (UFBA). .................................................................. 62

2.7.11 A Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB). ................................................... 63

2.7.12 A Universidade Federal do Pará (UFPA). .................................................................... 64

2.7.13 A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ........................................................ 65

2.8 CONCLUSÃO SOBRE O REFERENCIAL TEÓRICO. .................................................. 69

3. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 73

3.1 ESTRUTURA DA UFMT PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DE

MANUTENÇÃO. .................................................................................................................... 73

3.2 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO POR SISTEMA POR

ANO E NO PERÍODO. ........................................................................................................... 74

3.3 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SUBSISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÃO POR ANO E NO PERÍODO. ......................................................................... 74

3.4 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SUBSISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÃO POR ANO E NO PERÍODO, CONSIDERANDO-SE A IDADE DE

CONSTRUÇÃO. ..................................................................................................................... 77

3.5 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE INFLUÊNCIA DA IDADE DE CONSTRUÇÃO

E DA ÁREA CONSTRUÍDA NAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO. ............................ 77

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 79

4.1 SISTEMA DE GERENCIAMENTO E GESTÃO DA MANUTENÇÃO DAS

EDIFICAÇÕES NA UFMT. .................................................................................................... 79

4.2 DISTRIBUIÇÃO ANUAL DAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO POR SISTEMA. 83

4.3 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR GRUPO DE EDIFICAÇÃO POR

SISTEMA NO PERÍODO ESTUDADO. ................................................................................ 84

4.4 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÕES NO PERÍODO, CONSIDERANDO-SE A IDADE DE CONSTRUÇÃO. .. 90

4.5 DETERMINAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS EM FUNÇÃO DA IDADE DE

CONSTRUÇÃO E DA ÁREA CONSTRUÍDA DOS EDIFÍCIOS. ....................................... 93

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................. 95

5.1 CONCLUSÕES. ................................................................................................................ 95

5.2 RECOMENDAÇÕES. ....................................................................................................... 97

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 98

APÊNDICE I ......................................................................................................................... 103

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – MODELO ESQUEMÁTICO DE PROCESSOS E PRODUTOS DAS EDIFICAÇÕES ................. 20

FIGURA 2 - VIDA ÚTIL DA EDIFICAÇÃO. .................................................................................... 21

FIGURA 3 - MUDANÇA DO ENFOQUE - MANUTENÇÃO FUNÇÃO ESTRATÉGICA .......................... 38

FIGURA 4 - PATOLOGIA POR PROBLEMAS DE PROJETO ............................................................... 42

FIGURA 5 - CICLO DA QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL. ....................................................... 43

FIGURA 6 - PRECARIEDADE DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E DETERIORAÇÃO DO

MADEIRAMENTO DA COBERTURA. ......................................................................... 44

FIGURA 7 - DESAGREGAÇÃO DE REVESTIMENTO DE LAJE POR PROVÁVEL FALTA DE

IMPERMEABILIZAÇÃO. ........................................................................................... 45

FIGURA 8 - INFILTRAÇÃO EM LAJE DE CONCRETO ARMADO NA REGIÃO DA TUBULAÇÃO DE

ESGOTO. ................................................................................................................ 45

FIGURA 9 - MODELO DE SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS DA UFBA ................................................ 63

FIGURA 10 - FORMULÁRIO PARA SOLICITAÇÃO DE SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO UFOB. ........... 64

FIGURA 11 - REQUISIÇÃO DE SERVIÇOS – UFSCAR .................................................................. 68

FIGURA 12 - CICLO DE VIDA DAS EDIFICAÇÕES ......................................................................... 70

FIGURA 13 - MODELO DE SOLICITAÇÃO DE SERVIÇO - UFMT ................................................... 80

FIGURA 14 – REPRESENTAÇÃO DO UNIVERSO ESTUDADO - DEMANDAS DE MANUTENÇÃO NAS

EDIFICAÇÕES NO PERÍODO 2012-2014. ................................................................. 82

FIGURA 15 - PERCENTUAIS DAS DEMANDAS DE SERVIÇOS POR SISTEMA E NO PERÍODO. ............ 84

FIGURA 16 - GRUPO DE EDIFICAÇÕES COM MAIOR NÚMERO DE DEMANDAS. ............................. 89

FIGURA 17 - GRUPO DE EDIFICAÇÕES COM MAIOR NÚMERO DE DEMANDAS SEGUNDO A FAIXA

ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO. .................................................................................... 92

FIGURA 18 – ÍNDICE DE INFLUÊNCIA DA IDADE DE CONSTRUÇÃO CONSIDERANDO-SE OS

GRUPOS DE EDIFICAÇÕES POR FAIXA ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO. ........................... 94

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – DEMANDAS DE MANUTENÇÃO NAS EDIFICAÇÕES NO PERÍODO 2012-2014. ............ 82

TABELA 2 – DISTRIBUIÇÃO ANUAL DAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO POR SISTEMA. ............... 83

TABELA 3 – IDENTIFICAÇÃO DOS GRUPOS DE EDIFICAÇÕES E OS SISTEMAS QUE MAIS

DEMANDARAM NO PERÍODO. .................................................................................. 85

TABELA 4– GRUPO DE EDIFICAÇÕES COM MAIOR NÚMERO DE DEMANDAS. ............................... 89

TABELA 5 – DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SISTEMA POR GRUPO DE EDIFICAÇÕES

CONSIDERANDO-SE A IDADE DE CONSTRUÇÃO. ....................................................... 91

TABELA 6- DEMANDAS POR M² POR IDADE DA CONSTRUÇÃO NO PERÍODO 2012-2014. ............. 92

TABELA 7 – DEMANDAS DE MANUTENÇÃO EM FUNÇÃO DA IDADE DE CONSTRUÇÃO E DA

ÁREA CONSTRUÍDA DOS EDIFÍCIOS. ......................................................................... 93

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1- DEFINIÇÃO DOS SISTEMAS DE UMA EDIFICAÇÃO. ................................................... 74

QUADRO 2 - AGRUPAMENTO DAS EDIFICAÇÕES. ....................................................................... 75

QUADRO 3 - GRUPOS POR FAIXA ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO........................................................ 77

QUADRO 4 – IDADE MÉDIA DA CONSTRUÇÃO CONSIDERANDO AS FAIXAS ETÁRIAS DA

CONSTRUÇÃO. ...................................................................................................... 77

QUADRO 5 - ÁREAS CONSTRUTIVAS POR GRUPO DE EDIFICAÇÕES POR FAIXA DE TEMPO DE

CONSTRUÇÃO. ...................................................................................................... 78

QUADRO 6– GRUPO DE EDIFICAÇÕES SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO. .................. 90

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas.

CEF: Caixa Econômica Federal.

CCV: Custo do Ciclo de Vida.

APO: Avaliação Pós-Ocupação.

CASS: Coordenação Assistência Social e Saúde do Servidor.

CEMEQ: Centro de Manutenção de Equipamentos.

CEGEF: Centro de Gestão do Espaço Físico.

COHAB: Companhia de Habitação Popular.

CPD: Centro de Processamento de Dados.

DC: Divisão de Comunicação.

DCF: Departamento de Contabilidade e Finanças.

DMA: Diretoria de Meio Ambiente.

DMP: Departamento de Material e Patrimônio.

DIMACS: Divisão de Manutenção do Complexo de Saúde.

DIMAN: Diretoria de Manutenção e Instalações Físicas.

DPJ Divisão de parques e jardins.

DSMI: Departamento de Serviços de Manutenção e Infraestrutura.

DSU: Divisão de segurança universitária.

DT: Divisão de transportes.

EIT: Escritório de Inovação Tecnológica.

ETE: Estação de tratamento de esgotos.

ETO: Escritório Técnico de Obras.

FAECC: Faculdade de Administração e Ciências Contábeis.

FAMEVZ: Faculdade de Agronomia Medicina Veterinária e Zootecnia.

FAEN: Faculdade de Enfermagem.

FANUT: Faculdade de Nutrição.

FE: Faculdade de Economia.

FENF: Faculdade de Engenharia Florestal.

FM: Faculdade de Medicina.

GDP: Gerência de Desenvolvimento de Pessoas.

IB: Instituto de Biociência.

IBAPE/SP: Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias do Estado de São Paulo.

ICET: Instituto de Ciências Exatas e da Terra.

ICHS: Instituto de Ciências Humanas e Sociais.

INOCOOP: Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais.

IF: Instituto de Física.

IFES: Instituições Federais de Ensino.

IL: Instituto de Linguagens.

IPT: Instituto de Pesquisa Tecnológica.

ISC: Instituto de Saúde Coletiva.

NEMAM - Núcleo de Engenharia, Meio Ambiente e Manutenção.

PROAD: Pró-Reitoria Administrativa.

PROEG: Pró-Reitoria de Ensino de Graduação.

PROPEQ: Pró-Reitoria de Pesquisa.

PROPLAN: Pró-Reitoria de Planejamento.

PROPG: Pró-Reitoria de Ensino de Pós-Graduação.

RU: Restaurante Universitário.

SEAP: Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio.

SIGServ: Sistema de solicitação de serviços.

STI: Secretaria de Tecnologia e Informática.

PDI: Plano de Desenvolvimento Institucional.

PPEEU: Planejamento, Projeto, Execução, Entrega e Uso.

TPM: Total Productive Maintenance (manutenção produtiva total).

UAB: Universidade Aberta do Brasil.

UFMT: Universidade Federal de Mato Grosso.

UFRJ: Universidade federal do Rio de Janeiro.

UFRN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

14

RESUMO

NETO, P. G. A. Diagnóstico dos procedimentos de manutenção predial nas edificações do

campus da Universidade Federal de Mato Grosso em Cuiabá. Cuiabá – MT, 2015. 106f.

Dissertação (Mestrado em Engenharia de Edificações e Ambiental) Faculdade de Arquitetura,

Engenharia e Tecnologia, Universidade Federal de Mato Grosso.

A manutenção de edificações é normalmente relegada pelos gestores a um segundo plano,

quando há ocorrência de intervenções em um momento em que é necessária uma ação corretiva

de custos elevados em comparação com as ações preventivas. A ampliação da vida útil de

materiais e componentes das edificações poderia ser alcançada por meio das ações preventivas

conduzidas sistematicamente com o apoio de um plano de manutenção predial das edificações.

No caso do diagnóstico dos procedimentos de manutenção no Campus da UFMT, em Cuiabá,

o estudo identificou a falta de um plano de manutenção para as edificações. Foram levantadas

as modalidades realizadas nas ações de manutenção promovidas pela UFMT e analisado o

banco de dados referente aos períodos de 2012 a 2014 onde foram registradas as demandas por

manutenção. Este estudo foi conduzido considerando as edificações subdivididas em dez

subsistemas. Como resultados observou-se que os quatro subsistemas mais demandados, foram

os subsistemas de esquadrias, de instalações elétricas, de ar-condicionado e o subsistema

hidrossanitário que, do total das demandas, representaram respectivamente; 38,54%; 27,45%;

20,34% e 12,95%. Calculado o índice de influência da idade da construção por área construída

e demandas de manutenção no período estudado, verificou-se que as edificações mais novas

foram aquelas onde ocorreu proporcionalmente a maior quantidade de intervenções,

diferentemente das edificações antigas, em que onde se esperava um maior número. Esse

resultado sugere que poderiam ter ocorrido deficiências no projeto e/ou materiais de construção

empregados e/ou nos processos construtivos e/ou na deficiência de fiscalização dos serviços

executados.

Palavra-chave: Manutenção; Edificações Públicas; Plano de Manutenção.

15

ABSTRACT

NETO, P. G. A. Diagnostic procedures for building maintenance in buildings of the

campus of the Federal University of Mato Grosso in Cuiabá. Cuiabá – MT, 2015. 106f.

Dissertation (Master's Degree in Environmental and Edification Engineering) Technology,

Engineering and Architecture School, Federal University of Mato Grosso.

Managers usually is put aside by administrators, since interventions occurring at a time when

a corrective action with high costs compared to the preventive action are required. Extending

the useful life of materials and components of buildings could be achieved through preventive

actions systematically conducted with the support of a building maintenance plan of the

Campus buildings on UFMT in Cuiabá. The study identified the lack of a maintenance plan for

the buildings. It collected database from the way maintenance actions carried out, promoted by

UFMT, and analyzed it for the periods 2012-2014, when the demands for maintenance were

recorded. This study was conducted considering the buildings subdivided into ten subsystems.

As a result it was observed that the four subsystems with more demands were the frames

subsystems, electrical installations, air conditioning and sanitary subsystem, with a total

demand accounted of respectively 37,53%; 24,38%; 17,79% and 13,53%. Calculated the rate

of demand for average construction time for building area during the study period, it was found

that the newest buildings were those where there were proportionally the highest number of

interventions unlike the old buildings where it would be expected most indications number of

interventions. This result suggests that could have been deficiencies in the design and / or

construction materials used and / or construction processes.

Key words: Maintenance, Public Buildings, Maintenance Plan.

16

1. INTRODUÇÃO

As edificações públicas são formadas por elementos estruturais, vedações, cobertura,

esquadrias metálicas ou de madeiras, instalações elétricas e hidrossanitárias que visam

condições de segurança, habitabilidade e eficiência energética e adequação climática ao

ambiente construído.

Observa-se que a administração pública brasileira enfrenta, atualmente, um

envelhecimento do seu patrimônio construído, caracterizado por diferentes procedimentos que,

em geral, não apresentam planejamento e rigor técnico na manutenção preditiva e na qualidade

dos materiais empregados.

No Brasil a prática da avaliação de desempenho em edificações tem início no final da

década de 70, por meio do Instituto de Pesquisa Tecnológica – IPT/SP. Esta prática coincide

com o aumento das taxas de crescimento impulsionado por novas obras patrocinadas pelos

programas elaborados por órgãos governamentais financiados por diferentes agentes

financiadores, Caixa Econômica Federal, Companhia de Habitação Popular, Instituto de

Orientação às Cooperativas Habitacionais, Prefeituras e Bancos Hipotecários.

Observa-se que as falhas da gestão pública para manter as condições mínimas de uso e

a economia na manutenção predial, geralmente estabelecem apenas a substituição de alguns

equipamentos ou a repintura de paredes. Isto mostra a desinformação dos gestores públicos

com relação à manutenção predial.

As tecnologias de apoio à gestão da manutenção predial, tais como a aplicação dos

critérios de engenharia e a informática são elementos dos quais o gestor público não pode se

privar. De outra parte, o uso inadequado dos edifícios públicos por parte dos usuários e o não

desenvolvimento de um programa de gestão que dê continuidade à operação de manutenção

podem reduzir o período de vida útil das edificações.

Xavier (1998), afirma que os problemas de qualidade na construção civil brasileira não

são atribuídos apenas à falta de conhecimentos técnicos. Outros fatores como a falta de

investimentos, impunidade, visão distorcida dos empresários, baixa remuneração de

profissionais de projeto e construção, a falta de divulgação de estudos sobre patologias em

edificações e a sobrecarga de funções dos engenheiros são determinantes na qualidade das

construções.

Para melhorar essa qualidade é necessário que os sistemas construtivos adotados não

ofereçam aos usuários qualquer tipo de riscos nos elementos de fundação, estrutura, instalações

17

elétricas, hidráulicas, telefonia e rede lógica, vedações internas e externas, pisos, revestimentos,

esquadrias e cobertura.

Os programas de manutenção visam garantir a conservação, a preservação e valorização

de edificações públicas. Do mesmo modo devem garantir a infraestrutura que compõe uma

edificação como o abastecimento de água, a energia elétrica, a pavimentação, a drenagem de

águas pluviais e o descarte adequado dos resíduos sólidos, de modo a proteger o meio ambiente.

1.1 JUSTIFICATIVA

O prolongamento da vida útil e a recuperação total dos níveis de desempenho dos

sistemas que compõem uma edificação são fatores que justificam o investimento na aplicação

de recursos públicos para a manutenção predial.

O aumento do conforto do usuário aliado a uma correta utilização, poderá promover a

redução de energia e recursos naturais e deteriorações prematuras dos seus elementos. A

redução de custos, com a racionalização da compra dos materiais, contribuirá para a redução

de desperdícios e danos ao meio ambiente.

O custo e a complexidade de novas tecnologias exigem constante aprimoramento das

técnicas especializadas na programação da manutenção predial. Ainda que os novos projetos

de arquitetura utilizem técnicas construtivas que preveem a manutenção predial, o

planejamento de manutenção não evitará o desgaste devido à utilização dos sistemas e

subsistemas prediais.

A durabilidade das edificações está diretamente ligada à rotina de manutenção e custos

impostos pelo modo de utilização do usuário. Observa-se, em geral, que os gestores de

manutenção predial devem conscientizar os administradores da necessidade de aplicar uma

manutenção planejada, fundamentada na funcionalidade e especialização. Os recursos a serem

programados pelos administradores devem, obrigatoriamente, incluir a manutenção preventiva

e também a corretiva de modo a preservar o patrimônio público.

Para Xavier (1998) as atividades de manutenção estão relacionadas com a resolução de

problemas com a alta taxa de retrabalho, equipes não qualificadas, estoques de equipamentos

e peças insuficientes, a não existência de um banco de dados e falta de planejamento prévio.

As atividades da manutenção predial têm a característica da complexidade, os sistemas

e subsistemas que compõem as edificações são estruturas compostas por elementos

construtivos diferenciados, dificuldades para a execução das ações de manutenção ocorrem por

18

motivos diversos, inclusive por motivação cultural e de aceitação por parte dos usuários,

quando não dão importância aos serviços a serem realizados.

1.2 OBJETIVOS

O objetivo principal é realizar o diagnóstico dos procedimentos de manutenção predial

nas edificações da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus de Cuiabá, considerando as

intervenções registradas nos últimos três anos.

1.2.1 Objetivos Específicos

1. Caracterizar a estrutura de manutenção predial do Campus da UFMT – Cuiabá.

2. Sistematizar as ocorrências de manutenção predial do período 2012 – 2014

segundo os subsistemas de uma edificação.

3. Identificar os subsistemas em que ocorreram o maior número de intervenções

de manutenção.

4. Identificar as intervenções com maior frequência.

5. Verificar se existe a influência da área construída e da idade das edificações

nas demandas de manutenção.

1.3 ESTRUTURA DO TRABALHO

Esta dissertação está dividida em cinco capítulos. O primeiro reporta a introdução que

apresenta o tema observando as dificuldades enfrentadas com o envelhecimento do patrimônio

público e os objetivos deste estudo. O segundo capítulo trata da revisão bibliográfica que

aborda a perda de desempenho dos materiais, o ciclo de vida dos materiais e das edificações,

os tipos de manutenção, o plano de manutenção, a legislação referente ao tema. Apresenta

também o estudo da manutenção predial nas Instituições Federais de Ensino e informações

sobre o referencial teórico. O terceiro capítulo aborda os materiais e métodos que registram os

meios utilizados na pesquisa para a realização do trabalho. O quarto capítulo trata dos

resultados alcançados por meio da aplicação das estratégias definidas para obtenção dos

objetivos propostos. Por fim, tem-se as conclusões e recomendações para futuros estudos, que

estão descritos no capítulo cinco.

19

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A PERDA DE DESEMPENHO DE MATERIAIS, PRODUTOS E SUBSISTEMAS

COM O DESGASTE COM O TEMPO.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, por meio da norma Coletânea de Normas

Técnicas Edificações Habitacionais - ABNT-NBR 15575 (2013), estabelece e normatiza o

desempenho das edificações. Segundo Gomide, Neto e Gullo, (2011), esta norma constitui uma

dinâmica inovadora no setor de construção civil, por estabelecer, de modo claro, as

responsabilidades impostas para cada área dos sistemas construtivos de uma edificação.

O processo construtivo é composto pelas etapas que, Pujadas (2013) apresenta como;

planejamento, projeto, execução, entrega e utilização. O foco na manutenção predial é a

alternativa para a preservação de edificações públicas e privadas, visto que problemas

construtivos são de responsabilidade dos construtores.

Paiva (2012) afirma que a omissão por parte de gestores e administradores do setor de

manutenção predial, constatada nas edificações com a redução da vida útil dos elementos

construtivos, eleva os custos dos serviços de recuperação e de construção de novas edificações.

O desenvolvimento de novas normas técnicas e procedimentos, tais como a norma de

desempenho, o manual de uso, a norma de manutenção e a prática da inspeção predial em

grandes edificações, revelam a necessidade de ampliar o desenvolvimento da inspeção predial,

de modo a se adequar aos enfoques da sustentabilidade, desempenho, durabilidade e inovações

tecnológicas.

Na figura 1, procura-se apresentar o foco no desenvolvimento de novas tecnologias para

a condução, manutenção e uso das edificações.

20

Figura 1 – Modelo esquemático de processos e produtos das edificações

Fonte: Adaptado de Gomide, Pujadas, Fagundes Neto, 2006.

A iniciativa privada atua de forma consistente na área de manutenção predial, porém o

poder público começa a despertar, recentemente, para os problemas apresentados nos edifícios

públicos. Anomalias construtivas, segundo Siquera at al. (2012), são causadores de lesões

pessoais e danos materiais como, por exemplo, a degradação de bens públicos urbanos que

favorecem o crime e afastam o turismo.

Falhas de construção e manutenção predial inadequadas são causadoras de mortes e

danos materiais. O envelhecimento e, consequentemente, desvalorização das edificações,

causam desabamentos, incêndios, quedas de marquise e fachadas, vazamentos, infiltrações e

outros tipos de manifestação de patologias causadas por falta de manutenção e negligências

que podem ser evitadas com medidas preventivas e planejamento.

Na publicação “ Inspeção Predial-Check-up: Guia da Boa Manutenção - 3ª Edição do

Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias do Estado de São Paulo, IBAPE/SP (2012) são

apontadas as diferenças entre os tipos de deficiências encontradas nas edificações, cujas

anomalias ou falhas podem determinar as orientações técnicas para a manutenção predial: o

plano de reparo e o plano de manutenção.

21

A classificação das falhas e anomalias, a ser feita na inspeção predial por pessoa

qualificada para exercer a tarefa de inspetor predial, exige conhecimentos específicos sobre a

origem das causas e deficiências na execução. Os tipos de anomalias podem ser: endógena,

identificada no projeto, nos materiais e na execução do serviço; exógena com origem em fatores

externos à edificação causados por terceiros; natural, com origem nas intempéries previsíveis

e imprevisíveis e, por fim, funcional que ocorre durante o uso da edificação.

As falhas de planejamento são decorrentes de erros procedimentos e adoção de

especificações inadequadas no plano de manutenção. As falhas de execução resultam de

procedimentos inadequados. As falhas operacionais manifestam-se por meio de procedimentos

inadequados de registros, controles, rotinas e demais atividades desenvolvidas. Por fim tem-se

as falhas gerenciais resultantes da falta de controle de qualidade dos serviços de manutenção.

Pujadas, (2013), afirma que o método e os critérios da Inspeção Predial são baseados

na classificação das não conformidades técnicas, de uso, de manutenção e funcionais da

edificação, Baseia-se também na classificação das não conformidades em grau de risco ou

criticidade, considerando aspectos de desempenho segurança e saúde na elaboração da lista de

prioridades técnicas, na elaboração de recomendações e orientações técnicas para a correção e

ajustes das anomalias e falhas constatadas, na classificação da qualidade de manutenção e, por

fim, na classificação do uso e utilização do edifício.

Figura 2 - Vida útil da Edificação.

Fonte: http://www.ebah.com.br/

22

A figura 2 mostra o desempenho requerido pelo período de vida útil sem a intervenção da

manutenção predial e o acréscimo deste período por meio das ações de manutenção

programada.

Autores definem:

“Um imóvel é planejado e construído para atender seus usuários por muito tempo,

para que isso seja concretizado torna-se primordial a prática constante de planos de

manutenção, uma vez que os materiais que a constituem possuem uma vida útil, para

isso é realizada uma inspeção predial que visa conhecer o real estado de conservação

dos edifícios, evitando fatalidade e prejuízos materiais. A inspeção predial auxilia a

preservação patrimonial, contribuindo para a racionalização dos gastos com as

manutenções, garantindo a segurança dos moradores e proporcionando uma melhor

orientação na condução dos negócios imobiliários”, Oliveira, Rodrigues e Falcão

(2013).

A inspeção predial sistemática, segundo esses autores, deve avaliar o grau de

conservação e manutenção, com identificação das deficiências e a produção de laudos que

forneçam registros necessários à elaboração de um plano de manutenção predial. Assim as

condições de desempenho, funcionalidade, conforto e segurança podem contribuir para o

aumento da vida útil dos materiais e dos sistemas construtivos.

A inspeção predial permite avaliações que, segundo conceito adotado por Gomide

(2011), implicam na visão sistêmica mostrada na figura 1. Elas são classificadas como: técnica

para a identificação das anomalias construtivas de materiais, de sistemas e análise do

desempenho; funcionais e de desempenho das condições de ocupação, confiabilidade,

segurança e conforto considerando o meio ambiente, por fim de manutenção; para a

averiguação de falhas, dos materiais utilizados, das vantagens e desvantagens e da análise da

metodologia aplicada na manutenção e aferição dos custos.

Costa (2013) propõe um roteiro para a elaboração de um manual de utilização, operação

e manutenção nas edificações, baseando-se nas normas vigentes da Associação Brasileira de

Normas Técnicas: NBR 14037 (2011), Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação

e manutenção das edificações — Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos,

NBR 5674 (2012), Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de

manutenção e NBR 15575 (2013), Coletânea de Normas Técnicas Edificações Habitacionais.

O autor afirma que intervenções periódicas são necessárias para a manutenabilidade, termo

utilizado pelas normas citadas para indicar o grau de facilidade de um sistema, elemento ou

componente de ser mantido ou recolocado no estado no qual possa voltar a executar suas

23

funções originais, considerando a composição de uma edificação com especificações de cada

tipo de material empregado e sistema construtivo utilizado.

As edificações apresentam, ao longo do tempo, modernizações e alterações do projeto

original no que se refere a equipamentos e a utilização de alguns sistemas construtivos. As

normas citadas preveem alguns tipos de manutenção predial tais como; manutenção rotineira,

que correspondem a limpeza de áreas comuns, jardins e lavagem em geral; manutenção

preventiva, que são serviços programados com antecedência e o objetivo de prolongar a vida

útil dos sistemas construtivos e equipamentos e a manutenção corretiva, que corresponde a

serviços que se apresentam de maneira não programada e demandam ações imediatas para

continuidade do uso do sistema construtivo.

Costa (2013) afirma que para alguns tipos de manutenção é possível manter uma equipe

no local para os serviços rotineiros que não requerem especialização, para a manutenção

corretiva e preventiva é necessário treinamento e capacitação das equipes de atuação. Conclui,

que as normas citadas são referências e diretrizes para a elaboração do manual de utilização

predial e que profissionais especializados podem fazer programações e acompanhamento dos

serviços para reparo e conservação.

Gomide, Neto e Gullo (2011) configuram a engenharia diagnóstica em edificações

como processo construtivo materializado pelas etapas denominadas PPEEU (planejamento,

projeto, execução, entrega e uso). Os autores destacam o uso NBR 5674 (2012) como referência

para a conscientização dos profissionais de setor da construção civil e para a mudança da

cultura centrada apenas na preocupação do construtor com a entrega da edificação. Afirmam

também que as edificações são patrimônio que representam um produto com manutenção

compatível a um automóvel em que participação do usuário na preservação vem a ser

determinante.

Seguindo essa linha a implantação de operações e uso da edificação tem-se orientações

para a preservação física e econômica do patrimônio. Segurança e conforto para a longevidade

da edificação deve ser prevista no projeto por meio de um plano de manutenção.

Freitas (2009) indica que a manutenção predial envolve quatro diferentes aspectos de

classificação: a manutenção de conservação, com atividades rotineiras dos serviços de

manutenção em períodos mensais, semanais e diários que permitam a higienização da

edificação; a manutenção de reparação, que envolve procedimentos de conservação dos

sistemas construtivos integrantes do prédio, ligado aos serviços de manutenção preventivos e

corretivos com o objetivo de prevenir a ocorrência de falhas que atinjam níveis mínimos de

24

desempenho sem atingir o nível inicial do projeto por fim tem-se a manutenção de restauração,

que por meio da manutenção corretiva permite a substituição parcial ou total de sistema ou

componentes e a manutenção de modernização. Ela abrange procedimentos da manutenção

preventiva e corretiva visando a recuperação ao nível inicial do sistema construtivo ou

componente de equipamento avaliado, sendo o usuário o principal indicador da necessidade da

modernização.

A engenharia de diagnóstico, apresentada por Gomide, Neto e Gullo (2011), destaca o

planejamento e a fase de estudos preliminares em que são definidas as diretrizes do projeto

executivo e o padrão de validade da edificação.

A manutenção, o manual de operação, uso e manutenção a inspeção predial de uso e

manutenção são abordados nas normas brasileiras como atividades em que cabe aos projetistas

considerar na elaboração dos projetos e na escolha dos sistemas construtivos da edificação. O

conjunto de atividades a serem realizadas e os respectivos recursos para recuperar a capacidade

funcional da edificação devem atender as necessidades dos usuários

2.2 CICLO DE VIDA DOS MATERIAIS.

A perda da durabilidade de uma edificação está relacionada com a degradação por ação

das intempéries e o desgaste natural de materiais e componentes dos sistemas construtivos. As

manifestações de patologias indicam deterioração dos materiais e componentes em função do

aparecimento de agentes que aceleram o processo de perda de desempenho. O aumento da

complexidade dos projetos das edificações contribui para as dificuldades que se apresentam no

gerenciamento dos procedimentos de manutenção predial. Isso costuma viabilizar o

investimento em práticas de planejamento e controle na gestão eficaz de um plano de

manutenção predial (Castro, 2009).

A degradação das edificações é apontada por Leite (2009) como a redução do

desempenho dos materiais empregados, com alterações na composição e nas propriedades dos

elementos construtivos. O processo de degradação é complexo e conjuga diversos fatores, tais

como: erros de projeto, erros de utilização, agentes externos, agentes internos e causas

acidentais.

2.3 CICLO DE VIDA DAS EDIFICAÇÕES

O ciclo de vida de uma edificação é composto por atividades preliminares de

planejamento, de estudos de viabilidade técnicas e financeira, de projetos, das atividades de

25

construção, montagem e operação e por fim da utilização e manutenção dos edifícios. A

administração pública toma decisões realizada por seus gestores. Essas decisões geram

consequências aos usuários e dificultam o controle do uso dos recursos públicos empregados

na manutenção predial. A administração pública tem atribuição para formar um conjunto de

órgãos de governo com o objetivo de atender as funções necessárias aos serviços públicos do

estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. (Carlino, 2012).

Paiva (2012) afirma que a omissão do gestor de manutenção predial em relação à

necessária atenção para a manutenção das edificações pode ser constatada nos frequentes casos

de edificações desocupadas antes de atingir da vida útil projetada. Isso causa transtornos a

sociedade e aumento de custo com serviços de recuperação e/ ou construção de novas

edificações. O autor afirma que no custo global das edificações, a manutenção predial não

poderá ser executada de modo improvisado e casual, devendo ser interpretado como um serviço

técnico, cuja responsabilidade exige capacitação e treinamento de seus operadores. Conceitua

também características da manutenção predial como as relativas a questões do desempenho, da

vida útil, da funcionalidade, da operacionalidade, da disponibilidade e da confiabilidade dos

sistemas e elementos construtivos. Entre essas características da manutenção, destacam-se

aquelas ligadas aos objetivos básicos de recuperação e conservação, de tal sorte que a

manutenção não tem como finalidade principal à execução de reformas e/ou alterações de

sistemas para sanear problemas de concepção ou execução dos empreendimentos. Também não

tem como objetivo a alteração de uso da edificação. Nesse sentido, ainda, a manutenção pode

prever e sugerir aspectos de inovações tecnológicas e/ou funcionais, incorrendo em

modificações e reformas, a fim de garantir o atendimento das necessidades e expectativas de

usuários.

A norma NBR 5674 (2012) estabelece os requisitos para a gestão do sistema de

manutenção que inclui meios para preservar as características originais da edificação e prevenir

a perda de desempenho decorrente da degradação dos seus sistemas, elementos ou

componentes. As edificações existentes antes da vigência dessa norma devem se adequar ou

criar os seus programas de manutenção atendendo aos requisitos apresentados.

2.4 TIPOS DE MANUTENÇÃO E SUA EXECUÇÃO

A gestão do sistema de manutenção deve considerar as principais características das

edificações, tais como: tipologia da edificação; uso efetivo da edificação; tamanho e

complexidade da edificação e seus sistemas; localização e implicações do entorno da

26

edificação. A manutenção deve ser orientada por um conjunto de diretrizes que preserve o

desempenho previsto no projeto ao longo do tempo, minimizando a depreciação patrimonial e

estabelecendo as informações pertinentes ao fluxo da comunicação entre os envolvidos. O

edifício deve ser seguro e se manter em bom estado para evitar riscos desnecessários aos

usuários e também devem ser observados os conceitos apresentados na elaboração de projetos

e planejamento de uma edificação, que são: planejamento, construção, operação e manutenção

predial (Carlino, 2012).

Os sistemas e subsistemas que constituem a edificação são dependentes da correta

interpretação das especificações na aquisição dos materiais e da execução dos serviços com

aplicação de mão de obra especializada com verificação da qualidade. O autor afirma que

projetistas não atendem devidamente aos serviços de manutenção predial na elaboração de seus

projetos. As edificações são bens duráveis que necessitam de intervenções e manutenção

adequada aos diferentes sistemas construtivos que compõem o edifício. A manutenção predial,

ainda segundo Carlino (2012), deve incluir todos os serviços a serem realizados para prevenir

e corrigir a perda de desempenho dos elementos construtivos ligando a capacidade de

atendimento às necessidades dos usuários. Este autor considera que a edificação tenha um

comportamento ao longo do período de uso normal com as ações de manutenção atuando para

o retardamento da deterioração dos sistemas que compõem o prédio. Afirma que a eficácia de

uma edificação está elevada no início da ocupação do prédio, em que os elementos construtivos

e os sistemas e subsistemas integrados por eles não apresentam desgastes. A redução do

desempenho pode ser atendida com o planejamento da manutenção predial que pode garantir

o aumento da vida útil dos componentes da edificação. A NBR 5674 (2012) define alguns

procedimentos para a elaboração de um plano de manutenção predial com o objetivo de

administrar os serviços de manutenção predial.

Autores como Lessa e Souza (2010) apud Carlino (2012) indicam os pontos a serem

alcançados na manutenção predial: o desempenho, a vida útil, a funcionalidade, a

operacionalidade e a durabilidade que são requisitos necessários ao bom funcionamento de

qualquer edificação e atendendo às necessidades dos usuários.

Gomide (2006) aborda a viabilidade dos serviços de manutenção predial como: técnica

para responder pelo sucesso dos procedimentos de manutenção; uso e operacional que viabiliza

a ocupação e administrativa, que responde pela viabilidade financeira da manutenção predial.

O autor considera que falhas e anomalias estão relacionadas a erros de procedimentos

27

decorrentes de problemas de manutenção ou operação e classifica as falhas como de

planejamento, de procedimento ou especificações, de execução durante execução da obra,

operacional por meio de procedimentos inadequados de registro e controle e gerencial,

caracterizada pela falta de controle de qualidade nos serviços.

As anomalias destacadas por Gomide (2006), estão relacionadas a problemas

construtivos ou funcionais. Elas podem ser classificadas como: endógenas (causadas por

problemas de ordem construtivos), exógenas (causadas por terceiros), naturais (causadas por

agentes naturais) e funcionais (causas relacionadas a vida útil da edificação). Gomide, Pujadas

e Neto (2006) indicam que a estratégia para o plano de manutenção predial deve especificar

as atividades a serem implantadas como; conservação (atividades desenvolvidas diariamente

ou em períodos curtos de tempo), reparação (atividade preventiva ou corretiva para garantir o

prolongamento da vida útil da edificação), restauração (atividade corretiva responsável pela

substituição total ou parcial de antigos elementos por componentes novos) e modernização

(atividade preventiva e corretiva com a finalidade de melhorar o nível de qualidade e

desempenho da edificação e seus subsistemas). A periodicidade na implantação de um plano

de manutenção predial é considerada por esses autores como de grande importância para o

funcionamento de todo sistema. Essas atividades podem ser classificadas como de rotina,

periódicas e emergenciais. A classificação dos tipos de manutenção predial é descrita como de:

manutenção preditiva, cujo o objetivo é analisar sistemas e equipamentos durante seu uso,

apontando problemas e direcionando o plano de manutenção preventiva programada;

manutenção preventiva, realizada antes da necessidade de reparação, atividades programadas

com datas preestabelecidas, de manutenção corretiva, efetuando a correção de falhas que

podem ser programadas ou não acarretando em paralisação de um sistema construtivo e pôr

fim a manutenção detectiva ou proativa, que tem o objetivo de detectar as causas dos problemas

e falhas para que possa auxiliar em futuramente os planos de Manutenção.

Pinto e Xavier (2010) elaboraram uma lista de práticas básicas para um plano de

manutenção que são: a manutenção corretiva não planejada, manutenção corretiva planejada,

a manutenção preventiva, a manutenção preditiva, a manutenção detectiva e a engenharia de

manutenção predial.

O crescimento da atividade econômica dos últimos anos trouxe ao setor da construção

civil um impulso, depois de anos de incertezas nos investimentos públicos e privados. Hoje a

sociedade acompanha o aquecimento do mercado imobiliário, devido à demanda reprimida de

28

moradias e projetos do governo que não foram executados por falta de planejamento ou vontade

política.

Diante dessas definições, pode-se afirmar que a manutenção predial é a somatória de

processos desenvolvidos no intuito de manter a edificação em condições mínimas de uso sem

prejuízo de atender às necessidades dos usuários por melhoramentos e/ou reformas.

Como premissas básicas a norma NBR 5674 (2012), Manutenção de edificações,

requisitos para o sistema de gestão de manutenção, admite que: a manutenção visa preservar

ou recuperar as condições ambientais adequadas previstas para o uso das edificações; a

manutenção inclui todos os serviços realizados para prevenir ou corrigir a perda de desempenho

decorrente da deterioração dos seus componentes ou de atualizações decorrente das

necessidades de seus usuários; e que a manutenção predial não inclui serviços que venham

alterar o uso das edificações, como exemplo, são alterações de projeto após conclusão da obra.

Os tipos de manutenção corretiva que podem ser consideradas de maneira planejada e

não planejada, segundo Pinto e Xavier (2010), a manutenção é aquela em que um elemento

construtivo ou parte do sistema construtivo apresentam deficiência no desempenho, porém sem

ser caracterizada a emergência. A manutenção não programada corresponde à execução de

ações não previstas ou planejadas. Consiste na reparação de falhas de desempenho, do desgaste

natural do elemento construtivo, de má utilização do usuário ou de falta de manutenção em que

a correção é efetuada de maneira aleatória gerando custos superiores aos que poderiam ocorrer

com o planejamento da manutenção predial. A manutenção corretiva programada, segundo

esses autores permite que decisões de gerenciamento efetuem as correções a partir da

ocorrência das falhas do sistema construtivo ou quando o desempenho é abaixo do esperado.

Geralmente neste caso, o gestor toma conhecimento da ocorrência por meio do usuário.

A manutenção programada é definida por Carlino (2012) como aquela em que o

gerenciamento da manutenção predial antecipa a queda de desempenho ou a ocorrência de falha

do sistema construtivo. A manutenção preventiva é definida pelo autor como o tipo de

manutenção que antecipa a ocorrência de falha ou queda de um sistema construtivo ou

equipamento.

Castro (2007) define a manutenção preventiva como as atividades em que as ações

ocorrem antes da necessidade de reparo com o estabelecimento de programação e período

estabelecidos obedecendo a critérios de fornecedores e fabricantes. Aponta ainda que as

atuações da manutenção preditiva mesmo em períodos determinados podem ocorrer falhas

antes do tempo de programação.

29

Gomide et al (2006) afirmam que custos com manutenção preventiva deverão ser

considerados como investimento patrimonial da edificação e que esses levantamentos de custos

devem ser acompanhados pelos gestores da manutenção predial. Carlino (2012), cita ainda que

esses autores apresentam justificativas para os investimentos na manutenção preventiva tais

como: a redução do desgaste com recuperação da vida útil e desempenho dos sistemas

construtivos, considerando a segurança, conforto e confiabilidade; conter depreciação do

sistema construtivo por falta de apoio financeiro na execução dos serviços de manutenção

predial de forma correta e redução de custos.

A manutenção detectiva, tratada por Carlino (2012) e Pinto e Xavier (2010), tem como

principal objetivo a detecção de falhas ocultas ou não perceptíveis aos agentes operadores do

sistema construtivo. A identificação de falhas em que não são percebíveis é a garantia do bom

funcionamento e da confiança no sistema construtivo. Segundo Lessa e Souza (2010) apud

Carlino (2012) a manutenção predial é o setor que trata do planejamento e gerenciamento de

sistemas construtivos de uma edificação, com foco na tecnologia, economia, estatística e

administração. Xenos (1998), apud Carlino (2012) define a engenharia de manutenção, como

política de prevenção da manutenção predial e tem como princípio básico: a melhoria da

confiabilidade, a manutenabilidade do sistema e equipamentos, devendo ser identificadas as

causas e situações crônicas de mau desempenho.

Pinto e Xavier (2010) afirmam que as atribuições da engenharia de manutenção tem o

objetivo de obter a confiabilidade, a disponibilidade, melhorar a manutenibilidade, a segurança,

eliminar os problemas crônicos, resolver problemas de tecnologia, melhorar a capacitação dos

operários, gerenciar os materiais e sobressalentes, participar de projetos novos, dar suporte

necessários à execução dos serviços de manutenção, fazer análise de falhas e estudos, elaborar

planos de manutenção, inspeção predial e análise crítica, acompanhar os indicadores com

registros e zelar pela documentação técnica e registros das ocorrências.

Segundo Bonin (1988), apud Freitas (2009) as ações envolvem aspectos tais como: a

manutenção de conservação que engloba as atividades rotineiras realizadas diariamente,

semanalmente, mensalmente. São procedimentos diretamente relacionados com a higienização

do prédio criando condições adequadas para seu uso, a manutenção de reparação que abrange

os procedimentos relacionados à conservação do bom estado das partes do prédio e está ligada

as atividades preventivas ou corretivas antes que essas partes alcancem níveis mínimos de

desempenho, a manutenção de restauração que está relaciona a procedimentos ligados a

correção das partes integrantes após o edifício ou, um de seus componentes, atingirem níveis

30

inferiores ao nível de desempenho mínimo aceitável sem que a recuperação ultrapasse os níveis

iniciais, a manutenção de modernização engloba procedimentos relacionados a atividades

preventivas e corretivas que visam recuperar e superar os níveis de desempenho inicial do

componente onde este tipo de manutenção está relacionada com as necessidades dos usuários

e os tipos de estratégias para a manutenção: a corretiva, a preventiva e a preditiva. Ainda

segundo esses autores as origens das necessidades da manutenção são classificadas como

intervenções por perda de durabilidade que está relacionada com a vida útil dos componentes

que sofrem a ação de fatores de degradação como, chuva, radiação solar, temperatura, poluição,

vento e a presença de patologias que estão ligadas às ações do desgaste natural.

Freitas (2009) afirma que os sistemas de manutenção predial têm aumentado com a

complexidade dos projetos de prédios e com as dificuldades de se gerenciar um conjunto de

edifícios. A abordagem empírica da manutenção não é mais suficiente, sendo necessário um

melhor controle e planejamento das atividades de manutenção. No caso de um conjunto de

edifícios, cria-se a necessidade de um sistema de manutenção que tenha uma estrutura capaz

de realizar o controle dos trabalhos necessários para atender as necessidades dos usuários.

Para Lopes (1993), um sistema de manutenção predial visa o planejamento e análise do

estoque predial, de modo a atender as necessidades de manutenção e aumentar a eficácia no

gerenciamento dos edifícios. John e Bonin (1988) ainda afirmam que um sistema de

manutenção em funcionamento permite não apenas minimizar custos, mas também melhorar a

qualidade dos edifícios a serem construídos por meio da retroalimentação das informações

geradas pelo sistema. Eles afirmam que um sistema de manutenção tem como objetivos a médio

ou longo prazo:

a) diminuição dos custos;

b) melhoramento do conforto e redução dos riscos aos usuários;

c) melhora na qualidade dos imóveis a serem construídos.

O gerenciamento da manutenção como um sistema que trabalha com um grande número

de dados tem no o uso de computadores grande valia para sua implantação. Segundo Lopes

(1993) o uso de sistemas de computadores otimiza tarefas que seriam inviáveis sem a aplicação

de sistemas para armazenar e analisar os dados. O autor descreve vantagens obtidas com o

desenvolvimento de um sistema informatizado de manutenção de estoques prediais, o

acompanhamento do desempenho do sistema com o tempo, o controle das relações com

empresas contratadas, a possibilidade de elaboração de programas complexos de manutenção,

31

fazer previsões orçamentárias e disponibilizar de banco de dados para análise, planejamento e

gerenciamento das atividades.

Leite (2009) aponta que os tipos de manutenção predial podem ser classificados como

corretivas, proativas e integradas. O fluxo das ações é apontado pela autora como fases

principais para atuação dos diagnósticos da estratégia corretiva, que são a verificação do caráter

prioritário ou urgente da intervenção, a definição do método de atuação, a decisão da

intervenção e a execução, controle, registro e atualização do banco de dados. A autora enfoca

a implantação da manutenção corretiva na medida em que são destacadas a gestão da

informação, o critério da intervenção, os recursos disponíveis para as ações de intervenção e o

controle e monitoramento destas ações.

Após o diagnóstico, Leite (2009) indica que as manifestações de patologias identificadas e

definidas nas ações de reparo devem seguir os procedimentos tais como: atuação imediata,

esperar até o surgimento de outras patologias semelhantes e que justifiquem a intervenção,

aguardar a justificativa para uma maior intervenção, aguardar em virtude de haver uma grande

intervenção já programada ou inserir na programação de atividades em data mais apropriada.

A autora considera que a manutenção proativa surgiu após a implantação da estratégia de

manutenção predial corretiva, devido à complexidade a que projetos modernos estão

dificultando os tipos de gestão em edificações gerando ações novas em que é possível

identificar falhas com base em sinais que apontam para situações onde não possam

comprometer o funcionamento e desempenho normal da edificação. A estratégia proativa,

segundo Leite (2009), se baseia no objetivo de intervir antes da ocorrência da falha com a

redução da probabilidade de o elemento construtivo apresentar deterioração que indiquem

desempenho abaixo das exigências estabelecidas. Afirma também que a divisão dos tipos de

manutenção predial em procedimentos diferentes e com critérios distintos podem ser definidos

em: manutenção sistemática ou preventiva, manutenção condicionada ou preditiva e a

manutenção para melhoramento da edificação.

A manutenção preditiva é baseada na execução das atividades após análise das

condições dos elementos construtivos no planejamento das inspeções prediais e nos tipos de

serviços a executar. A manutenção considerada de melhoramento é fundamentada na

melhoria das características iniciais do elemento construtivo por meio das alterações nos

sistemas construtivos. A política empregada na manutenção preventiva se baseia na

recuperação dos níveis iniciais de desempenho definidos em projeto, porém com o avanço da

32

idade do material ou sistema construtivo a perda da capacidade de operação ao longo do

tempo vai se intensificando. (Leite, 2009).

Antonioli (2011) coloca que o planejamento dos serviços de manutenção predial pode

ser dividido em preventivos e corretivos. A primeira reduz custos e a segunda apresenta

melhores condições de aquisição de materiais e serviços por meio de negociações efetuadas

com maior tempo disponível para avaliação e decisão de compra. Contudo Leite (2009) aponta

que por motivos econômicos é vantajoso aprimorar a frequência das intervenções nos

elementos construtivos. O tipo de manutenção preditiva é considerado por Leite (2009) como

a estratégia baseada no planejamento de inspeções aos elementos construtivos com o uso de

rigor na qualificação técnica das informações visando a correta atuação na correção do sistema

avaliado.

A manutenção preditiva mostra que as fases de projeto e a utilização da edificação são

abordados de forma igual a manutenção preventiva, sendo que de uso a avaliação dos elementos

construtivos é realizada durante cada inspeção.

A automação do plano de manutenção pode contribuir para a melhoria dos

procedimentos com capacidade de produzir uma tecnologia para inspeção, relatório de campo,

orçamento e programação da manutenção predial, identificação de fornecedores, execução de

procedimentos de compras, emissão de ordem de serviço, receberem relatórios da fiscalização

e realimentar o ciclo de manutenção.

A manutenção preditiva tem como principal característica do ciclo pela inspeção técnica

e que difere da manutenção corretiva, que inicia após o registro efetuado pelo usuário. A

metodologia para a manutenção preditiva tem conteúdos técnicos que abrangem dados como:

identificação, especificações, consumos e produtividade.

A tecnologia da gestão de manutenção permite a elaboração de planejamento nas ações

de inspeção, possibilitando quantificar, orçar, comprar, contratar, executar e atender as

demandas dos usuários. A técnica de gestão em que a engenharia e a informática se completam

no objetivo de dar o suporte necessário aos profissionais que atuam nesta área oferecem

condições de antecipar o surgimento determinadas anomalias. Com isso a administração é

exercida de forma contínua, considerando custos e demais elementos de controle da execução

e realimentando do ciclo de manutenção predial. (Leite, 2009).

A programação preditiva por meio do levantamento permite a elaboração da base de

dados que define a frequência das inspeções técnicas, vida útil e garantias dos serviços de

manutenção. Segundo Antonioli (2011), a manutenção predial preditiva não impede a

33

necessidade de intervenções corretivas, porem a atuação será menor e com menores impactos

nos custos. A qualidade do processo de planejamento pode ser atingida por meio de um

procedimento citado pelo autor como, “Avaliação de Condições” (Conditioning Assessment),

sistema utilizado pelo mercado para uma auditoria completa da edificação a ser analisada.

Deste modo, o levantamento dos custos das não conformidades encontradas é detalhado e

descrito no diagnóstico das correções a serem executadas e armazenadas em banco de dados.

As informações alimentam o planejamento de manutenção a ser elaborado, apresentando

planos de execução que abrangem previsões de curto, médio e longo prazo.

A gestão, denominada efetiva por Carvalho, Ragazzi e Pini (2011), considera a

manutenção preditiva como a modalidade de maior interesse aos gestores do setor de

manutenção, pois tem como base os resultados das inspeções técnicas realizados em períodos

pré-determinados. Esses autores mostram que os recursos financeiros disponibilizados para

gestão de manutenção são insuficientes para a execução de obras levantadas pelas inspeções

periódicas e com isso propõem um processo de hierarquização das ações de manutenção. Como

método indicam um sistema informatizado que de forma automatizada é capaz de orientar os

procedimentos para geração de ordem de serviços. Ocorrências de caráter emergencial e de

outros tipos são parte integrante do desgaste das edificações, cabendo ao gestor elaborar a

programação das inspeções técnicas, de modo que considere todas as demandas, distribuindo

as ordens de serviço para as equipes de inspeção e execução.

Relatórios a serem submetidos aos gestores devem conter as especificações referentes

aos serviços, os quantitativos e a avaliação da patologia identificada. Devem também indicar o

grau de criticidade observado e, quando necessário, elaborar o projeto e orçamento para dar

suporte técnico à decisão a ser tomada. Aos gestores cabe o desafio de elencar as prioridades

no atendimento das ocorrências, tendo prioridade as situações emergenciais. A utilização do

check-lists é uma importante ferramenta para a inspeção técnica, trazendo a identificação de

anomalias e/ou falhas. Esses afirmam que a inspeção técnica deve dispor de orientação precisa

para: localizar o problema, verificar as condições de segurança da edificação e analisar os riscos

submetidos pela ocorrência da patologia.

Carvalho, Ragazzi e Pini (2011), afirmam que a manutenção preditiva deve atrair cada

vez mais gestores interessados em aplicar em seus planos de trabalho, antecipando-se aos

problemas, implantando inspeções periódicas, preparando orçamentos, selecionando

fornecedores e priorizando ações com o objetivo de obter economias expressivas da ordem de

trinta por cento, segundo os autores. A engenharia de manutenção predial, aliada à informática,

34

à internet aponta para procedimentos de manutenção preditiva a muito desejados pelo setor de

construção. Os autores descrevem que a primeira necessidade de um gestor para início da

estratégia da manutenção predial é o conhecimento do patrimônio de ativos, com informações

específicas de identificação, avaliações da qualificação desempenho dos prédios. Essas

informações deverão conter dados particularizados, com descrição detalhada da localização,

utilização e especificações de projeto confirmadas por documentação atualizada, indicando o

estado de conservação, patologias e necessidades de cada prédio com a realização de inspeções

técnicas com definição dos períodos da manutenção preditiva.

Carvalho, Ragazzi e Pini (2011) também definem as especificações de cada prédio com

destaque para as referências para conformidades, desempenho e durabilidade orientações

fornecem suporte ao planejamento das inspeções prediais.

O conhecimento das manifestações de patologias com as informações fornecidas pelas

especificações simplificará a execução das inspeções técnicas, tornando-as mais ágeis e

econômicas. A identificação das origens das anomalias, com a respectiva caracterização das

falhas, riscos e danos consecutivos. Com a classificação dos tipos de graus de criticidade como

suporte para tomada de decisões com relação às prioridades a serem consideradas no plano de

manutenção predial.

O conhecimento dos tipos de procedimentos relativos às especificações técnicas

determina as outras formas de gestão com tipos de conservação e prevenção que definirão os

serviços.

Os procedimentos de inspeção predial podem orientar os responsáveis pelas atividades

periódicas com destaque para a execução dos serviços que poderão acarretar em novas obras,

obras de manutenção ou de recuperação englobando reformas, restauração, atualização

tecnológica da edificação (retrofit), reforços e recuperação na estrutura do prédio.

Segundo Carvalho, Ragazzi e Pini (2011), a segurança item essencial para a realização

dos trabalhos relativos à manutenção com procedimentos de sinalização segurança dos

usuários. O orçamento e planejamento, fundamenta em fatores de produção, produtividade e

consumos, são característicos de obras de manutenção. A negociação com fornecedores durante

as prevenções corretivas e emergenciais pode implicar em custos não previstos. Gestores

costumam ser obrigados a aceitar imposições devido a criticidade do momento deixando a

prática de preços negociados com o fornecedor. Itens relacionados a seguir são norteadores

para a elaboração da base de dados: recursos técnicos, logísticos e financeiros, aspectos

35

institucionais, normas, políticas de gestão uso e operação, planos de investimentos, agentes

envolvidos com todas as ações e a avaliação do patrimônio imobiliário.

Carvalho, Ragazzi e Pini (2011), afirmam que: a base de dados em que a reunião de

diversas bases de autores considerados no mercado da construção civil, junto às contribuições

conceituais recentes por profissionais que se dedicam ao tema, forma a estratégia da

manutenção preditiva com engenharia embarcada em processos geridos com segurança e

resultados por profissionais sem formação técnica.

Leite (2009) considera que a estratégia de manutenção de melhoramento identifica as

melhorias de desempenho durante as inspeções da edificação com o objetivo de evitar falhas

de funcionalidades nos elementos construtivos. Apresenta o tipo de manutenção integrada em

que, o uso de inovações tecnológicas e rigor técnico são características eficazes para avaliação

das edificações de maior complexidade construtiva e custo de construção. Considera o tipo de

manutenção predial de maior evolução e modernização da atualidade, pois a gestão da

manutenção junta de maneira simultânea ações e informações da manutenção corretiva e

proativa pelo gerenciamento dos sistemas integrados. Aponta também as desvantagens da

aplicação da estratégia da manutenção integrada como; a implantação do sistema informatizado

gera resistência dos trabalhadores do setor na fase de implantação, a total informatização dos

controles de manutenção predial pode resultar na dependência do sistema informatizado onde

a ocorrência de uma falha pode provocar o colapso, portanto o sistema manual deverá ser

mantido, a capacitação dos trabalhadores exigirá treinamento prático com equipes

especializadas e adequadas às demandas dos profissionais.

A redução de custos por meio da informática no processo de manutenção predial

permite a melhoria da gestão, a constituição de um banco de dados com os registros das

manifestações de patologias dos elementos construtivos e sistemas, facilitando a identificação

das ocorrências e avaliação dos custos de manutenção predial. (Leite, 2009).

2.5 PLANO DE MANUTENÇÃO.

Para Leite (2009), o plano de manutenção predial vem a ser o conjunto de

especificações com o sentido de definir e planejar ações de manutenção predial. O tipo das

ações a serem executadas será determinado pelas decisões do gestor da edificação. A autora o

plano de manutenção predial deve ser programado com a integração de cinco procedimentos a

seguir: a inspeção, a limpeza, prevenção, a correção e a substituição de elementos construtivos

danificados.

36

O plano de manutenção predial deve ter os seguintes aspectos: o planejamento deve ser

capaz de determinar a vida útil de cada elemento construtivo e definir níveis de qualidade

patologias relevantes, possíveis causas e mecanismos de degradação, prever sintomas de

patologias, seleção para as operações de manutenção, estabelecer as rotinas para a inspeçãoe

as estratégias para a atuação nos serviços, analisar registros históricos e comparar com registros

de comportamentos de outras experiências, registrar o custo das operações de manutenção,

verificar todas as intervenções e as recomendações técnicas dos produtos utilizados.

As ações da manutenção predial, segundo Leite (2009), constituem a implementação

do plano de manutenção, por meio do conjunto de procedimentos adotados pelos gestores. A

implantação dessas ações é a redução do processo de degradação e por consequência a redução

nos custos da manutenção predial. As ações de inspeção, limpeza, tratamento de manutenção,

reparação e substituição, são preventivas e se enquadram na estratégia do plano de manutenção

predial.

A inspeção predial, segundo Neves e Branco (2009), é uma vistoria para a avaliação

dos estados de conformidades da edificação em estudo, em função de aspectos de desempenho,

exposição ambiental, utilização e operação com ênfase nas observações dos usuários.

Os registros e apontamentos das não conformidades devem diferenciar os tipos de

manifestações de patologias ou anomalias construtivas, provenientes da própria construção. O

termo anomalia funcional é usado para problemas de uso e/ou falha, para não conformidades

decorrentes da manutenção predial são classificadas quanto ao grau de gravidade e urgência,

sistema de vistoria deve atender a técnica, a funcionalidade e a manutenção.

A implantação do plano de manutenção deve ser realizada por ações considerando as

rotinas de inspeção que segundo Leite (2009), representam procedimentos de caráter

preventivos para obter indicadores do comportamento dos elementos construtivos da

edificação. Este procedimento permite que a estratégia para que o plano de manutenção predial

atue no tipo de manutenção preventiva e também na manutenção preditiva, pois permite

observar o desempenho dos elementos construtivos e observar sintomas de patologias, que o

torna fundamental para o desenvolvimento do plano de manutenção.

As ações de limpeza, nem sempre são consideradas de importância, porem são

vantajosas segundo (Leite, 2009) pois reduzem custos em relação às ações de reparação. O

acumulo de sujeiras em fachada resultante de diversos tipos de agentes agressores aos

revestimentos externos prejudicam o desempenho dos elementos construtivos. A correção por

37

meio da limpeza com a melhoria e o retorno às características de origem permitem ganho no

desempenho.

Ações de reparação e substituição apontam para a devolução do elemento construtivo

ou sistema construtivo à situação de origem de projeto, por meio de correções e sem a reparação

total e com procedimentos de reposição por outro elemento com as mesmas características.

Ainda segundo (Leite, 2009) o diagnóstico como o conjunto de procedimentos que visa

identificar as causas das manifestações de patologias obtidas pelas informações e

manifestações apontadas pelos usuários. As intervenções serão efetuadas após o levantamento

da inspeção predial e o diagnóstico das ações a serem realizadas, as intervenções são

consideradas de forma específicas ou globais. Os agentes de manutenção predial devem seguir

cinco fases para o diagnóstico: análise dos resultados, caracterização das patologias,

determinação das causas, selecionar as soluções para eliminar as causas e definir o tipo de

intervenções.

O registro de ocorrências de manutenção é abordado por Leite (2009) como relevante

nas operações da manutenção predial, incluindo o desempenho dos elementos construtivos

após as intervenções de manutenção. A cada ação de manutenção e recuperação do

desempenho, o serviço é seguido do registro da operação para que seja utilizado em consultas

futuras para análise e melhor entendimento da patologia identificada.

Carlino (2012) ressalta que a evolução dos estudos sobre a manutenção predial e de

equipamentos, com recursos na redução do consumo e aumento na produtividade,

mencionando Pinto e Xavier (2010), para os quais na manutenção predial ocorrem alterações

de procedimentos devido a fatores como: incremento da diversidade nos elementos

construtivos, como; equipamentos, instalações e edificações, projetos arquitetônicos mais

complexos, novas técnicas de manutenção predial, novos enfoques sobre a organização da

manutenção predial e suas responsabilidades e a manutenção predial com a visão estratégica

da busca do melhor resultado e maior competição entre os executores dos projetos de

engenharia.

Carlino (2012), apresenta comentários em que profissionais com qualificação na área

de manutenção predial executam os serviços buscando evitar a ocorrência de falhas, em vez de

corrigi-los. A figura 3 indica a mudança do enfoque dos profissionais do setor:

38

Figura 3 - Mudança do Enfoque - Manutenção Função Estratégica

Fonte: Carlino (2012)

Carlino (2012) cita a norma NBR 14037 (2011), “Manual de Operações, Uso e

Manutenção de Edificações, Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação” onde

é abordada a qualidade na execução das edificações como um dos pilares para mudanças na

produção da edificação e entre os agentes envolvidos. O processo de produção de edificações

segundo esse autor deverá encontrar caminhos que facilitem sua a operação e manutenção nos

diversos elementos construtivos. As atividades de manutenção predial nem sempre são

facilitadas e possíveis, pois, segundo Xavier (1998), os problemas resultam da alta taxa de

retrabalho, falta de pessoal qualificado, convivência com problemas crônicos, falta de

sobressalentes no estoque, número elevado de serviços não previstos, baixa produtividade,

histórico de manutenção inexistente, falta de planejamento prévio e abuso de montagens

improvisadas.

A estratégia da manutenção predial deve ser estendida aos órgãos públicos com o intuito

de assegurar aos usuários o perfeito funcionamento de planos ou programas de manutenção

programada com a garantia da conservação e valorização das edificações públicas, incluindo a

39

infraestrutura que serve ao edifício. As dificuldades de gestão da manutenção predial, segundo

o autor, devem evitar a depreciação ao longo do tempo, com um plano de manutenção focado

na melhoria do atendimento, de maneira que as atividades dos operadores do setor de

manutenção e usuários da edificação possam alcançar a qualidade na prestação dos serviços e

na preservação do patrimônio público.

A existência de um plano ou programa de manutenção predial em órgão da

administração direta e indireta do Governo Federal deve ter como base a qualidade da prestação

dos serviços, com a preservação do patrimônio e redução de gastos desnecessários. Segundo

Carlino (2012) o processo de implantação do plano de manutenção com conceitos de

engenharia tem o papel de organizar, planejar e controlar as atividades e ações desenvolvidas

com a previsão de retroalimentação do sistema empregado. Os procedimentos e rotinas de

serviços da conservação e manutenção de edificações referem-se aos processos de vistoria,

limpeza e reparos dos componentes e sistemas e subsistemas da edificação.

A manutenção predial rotineira e preventiva, realizada por meio de inspeções

periódicas, pode ser executada a custos acessíveis. Entretanto, grandes intervenções,

principalmente nas fundações ou estruturas, costumam gerar custos elevados, além de causar

outros prejuízos indiretos, como uma eventual necessidade de desocupação e a desvalorização

do preço de mercado do imóvel.

Bezerra (2000) afirma que a manutenção predial, em geral, é realizada por profissionais

ou empresas contratadas diretamente pelo gestor de manutenção. No entanto, existe situações

em que as atividades mais simples, são exercidas pelo próprio órgão público. Acredita-se que,

excetuando os elevadores que, em geral, têm manutenção preventiva, os demais serviços, na

sua maioria, têm na manutenção corretiva, a principal modalidade. A implantação de conceitos

da manutenção produtiva total (TPM) na manutenção predial segundo o autor, propicia o

comprometimento da alta administração da instituição pública ou privada com a divulgação e

a criação de um comitê para a implantação do programa de manutenção predial. A definição

de metas, agregação das empresas parceiras, detalhamento do plano de manutenção, definição

das áreas e equipamentos, estruturação de equipes de trabalho, implantação por etapas

acompanhada por auditoria, desenvolvimento e capacitação dos funcionários, com ênfase na

polivalência de habilidades, estruturação da gestão e controle de equipamentos e da edificação

e, finalmente, a criação de formas de reconhecimento e premiação são conceitos necessários à

obtenção dos requisitos para a implantação da manutenção produtiva total.

40

A TPM, sendo um sistema de gerenciamento que visa tornar a organização mais

produtiva e eficiente pela redução de custos e pelo envolvimento dos funcionários, pode

proporcionar procedimentos para a melhoria da qualidade e, com o tempo, uma relação

custo/benefício atrativa aos condomínios.

Costa (2013) afirma que a norma NBR 14.037 Diretrizes para elaboração de manuais

de uso, operação e manutenção das edificações pode colaborar para a elaboração de requisitos

e apresentação dos conteúdos, tais como as características técnicas dos elementos construtivos

e os procedimentos para conservação da edificação. O autor conclui que a norma regula o uso,

operação e manutenção de cada sistema construtivo de uma edificação.

O manual de uso, operação e manutenção contempla características técnicas de cada

edificação, compatibilizando os sistemas construtivos com a elaboração dos profissionais

habilitados para prever a influência de determinadas atividade sobre a edificação.

O usuário, para Costa (2013), deve seguir as instruções e determinações descritas no

manual da edificação, em que a segurança e o aumento da vida útil deve ser alcançado pelas

intervenções no período de vida útil projetada.

Oliveira (2011) conceitua a avaliação pós-ocupação (APO) como o processo de

avaliação de edificações concluídas e com ocupações já realizadas considerando os usuários e

as necessidades que se apresentam com manifestações patológicas. Aponta como objetivos a

avaliação do desempenho dos materiais e soluções construtivas, de modo a oferecer

recomendações técnicas de manutenção para conscientizar os profissionais sobre a necessidade

da avaliação periódica da edificação. Busca-se assim, aplicar os dados levantados na avaliação

pós-ocupação para a correção de erros construtivos e sensibilizar os gestores públicos para a

necessidade de se proceder esse tipo de avaliação de forma continuada nas edificações públicas.

O diagnóstico, segundo o autor, deve seguir os procedimentos de redução e correção dos

problemas encontrados na edificação avaliada, por meio da implantação de um plano de

manutenção e conscientização dos usuários e do planejamento dos procedimentos de

retroalimentação do banco de dados.

Ainda segundo esse autor a avaliação pós-ocupação se inicia no planejamento e finaliza

na etapa de uso, operação e manutenção para um fluxo cíclico, sendo a realimentação das etapas

realizadas por meio de dados avaliados. Avaliação pós-ocupação do ambiente construído deve

ser por meio dos conceitos de técnica construtiva, funcional e econômica cujos os diagnósticos

são realizados por levantamento de campo, seguindo os procedimentos de observações visuais,

entrevistas, questionários e levantamentos físicos.

41

Para Santana (2006), a indústria da construção civil possui características próprias e

atribui-se a elas as dificuldades de implantação de novas teorias de qualidade. Essas

características são especificadas como uma indústria que não se fixa em apenas um local. Ela

é apontada como geradora de desperdício, que se utiliza de produtos únicos e que não são

produzidos em série e, por consequência são aplicados produção centralizada. A indústria da

construção se caracteriza por ser tradicionalista e sujeita a poucas alterações. Prazos e custos

são considerados prioritários para engenheiros e gestores de obras. A mão de obra intensiva,

pouco qualificada, executa trabalhos sobre condições extremas, intempéries, utiliza

especificações complexas, e confusas, apresentando responsabilidades dispersas e pouco

definidas em comparação com as outras indústrias.

Oliveira (2011) afirma que a NBR 15.575 (2013), Coletânea de Normas Técnicas

Edificações Habitacionais que estabelece os critérios e métodos para avaliação do desempenho

dos principais sistemas construtivos, tais como: estrutura, pisos, vedações verticais internas e

externas, coberturas e subsistemas hidrossanitários. As incumbências e responsabilidades dos

incorporadores, projetistas, fornecedores, construtores e usuários está definida pelos requisitos

da norma, com a garantia da qualidade e segurança dos sistemas construtivos. O autor indica

como desafio, o desempenho dos sistemas construtivos e as interpretações das necessidades

indicadas pelos usuários por meio de critérios e requisitos que podem ser medidos e avaliados,

considerando as condições de exposição e de utilização. Os tipos de agentes a que as

edificações estão expostas e a forma de atuação são fatores de relevância para obter níveis

satisfatórios de desempenho ao longo do tempo. Os fatores internos apontados pelos usuários

contribuem para a redução da vida útil. Condições adequadas de uso e operação dificultam a

obtenção do desempenho esperado durante a vida útil da edificação.

Para Oliveira (2011), a identificação das necessidades dos usuários e a viabilidade

técnica e econômica são facilitadas pela utilização do planejamento dos processos de

administração de mão de obra, materiais, equipamentos, prazos e custos. O planejamento pode

ser classificado em estratégico, tático e operacional: o planejamento estratégico define as metas

a serem alcançadas. O planejamento tático busca a viabilidade técnica e econômica do plano e

o planejamento operacional busca alternativas para a implantação do sistema construtivo.

A figura 4 mostra as manifestações patológicas registradas durante o período de vida

útil que são originadas em parte na concepção de projetos e nas fases de execução, conforme

dados fornecidos por Oliveira (2011).

42

Figura 4 - Patologia por problemas de projeto

Fonte: Adaptado de Oliveira (2011)

A fase de projetos interfere sobremaneira na qualidade da edificação. Este autor define

as principais intervenções para a produção de um projeto, como sendo a compatibilização dos

projetos complementares e a definição das especificações de materiais que influenciam no

desempenho e na durabilidade da edificação. O detalhamento completo do projeto, o

atendimento às normas vigentes e a coordenação entre os tipos de projetos contribuem para a

melhoria do desempenho e da qualidade. Ainda segundo o autor, a influência dos projetos de

arquitetura e complementares, na vida útil, no custo dos procedimentos de manutenção e

utilização, fazem parte dos requisitos para as estratégias do plano de manutenção. Este deve

ser retroalimentado com registros das manifestações patológicas decorrentes da ocupação

tendo como objetivo evitar a repetição de manifestações e contribuir para a melhoria da

qualidade nos projetos de arquitetura e complementares.

Para este autor o uso das edificações abrange operações e atividades de manutenção que

são realizadas durante o período de vida útil. Essas atividades são repetitivas e periódicas,

fazendo com que a implantação de um plano de manutenção predial possa aperfeiçoar a redução

dos custos e manter a qualidade dos sistemas construtivos que integram a edificação.

Os procedimentos recomendados para implantação de um plano de manutenção predial

segundo Oliveira (2011), são considerados procedimentos gerais para todos tipos de

edificações. As especificações de um programa de manutenção preventiva de componentes,

instalações e equipamentos visa garantir a segurança e a salubridade da edificação. Martins

43

(2011) afirma que a manutenção predial é um segmento do setor da construção civil em que se

observa a crescente conscientização dos usuários.

As manifestações patológicas mais comuns, tais como infiltrações, descolamentos de

cerâmicas e eflorescências podem ser identificadas por meio de inspeções periódicas previstas

no plano de manutenção predial. O conhecimento e a participação ativa dos usuários são

necessários para atingir metas de ampliação da vida útil da edificação.

Santos (2003) afirma que a qualidade na indústria da construção deve atingir todas as

etapas de produção. A figura 5 apresenta o diagrama do ciclo da qualidade no setor da

construção civil.

Figura 5 - Ciclo da qualidade na construção civil.

Fonte: Adaptado de Santos (2003).

Indica também que as etapas de uso, operação e manutenção como fundamental no ciclo

da construção civil, pois abrange contato direto do usuário com a edificação. As informações

das formas de utilização são necessárias para um melhor desempenho dos sistemas

construtivos. O plano de manutenção predial conjuntamente com o manual das edificações são

elementos do processo de produção do prédio, que são alimentadas por informações registradas

durante todas as etapas de projeto, execução e pós-ocupação.

Para Jordy et al., (2010), a perda de desempenho nas edificações tem como uma de suas

causas principais, as ações ambientais associadas ao mau uso do sistema, provocando

intervenções periódicas com objetivo de recuperar o desempenho inicial do sistema danificado.

As intervenções para a recuperação do sistema estrutural, das instalações prediais, da

44

impermeabilização, da substituição de revestimentos danificados e dos madeiramentos

buscando assegurar maior durabilidade das edificações.

A manutenção predial deve seguir o processo de monitoramento por meio de registros

levantados nas inspeções prediais com o histórico de patologias e observações das ações de

recuperação do desempenho inicial incluindo projetos e especificações. Segundo os autores, a

implantação de planos de manutenção predial e inspeções periódicas mensais, semestrais ou

anuais devem ser obrigatórias, pois a avaliação de desempenho dos sistemas construtivos,

quando não satisfatórias, pode existir grandes intervenções de reparação e recuperação do

desempenho da edificação. Problemas de desempenho podem ocorrer por diferentes fatores

tais como, o desgaste oriundo do uso do equipamento ou material, as intempéries e as

degradações do sistema construtivo.

Assim, a implantação de um plano de manutenção predial é a solução para a redução

da degradação predial. As informações a respeito da edificação podem indicar a melhor

estratégia para a manutenção predial.

As figuras 6, 7 e 8 são exemplos de manifestações patológicas oriundas da falta de

manutenção periódica e preventiva.

Figura 6 - Precariedade das instalações elétricas e deterioração do madeiramento da

cobertura.

Fonte: Jordy et al., (2010).

45

Figura 7 - Desagregação de revestimento de laje por provável falta de impermeabilização.

Fonte: Jordy et al., (2010).

Figura 8 - Infiltração em laje de concreto armado na região da tubulação de esgoto.

Fonte: Jordy et al., (2010).

Os autores indicam que o planejamento da manutenção corretiva com registros das

manifestações patológicas identificadas e o detalhamento das causas podem apontar para

procedimentos de restauração por meio do plano de manutenção. Concluem que grande parte

das patologias identificadas nas edificações, de modo geral, são decorrentes da negligência de

gestores e falta de programas apropriados para a gestão da engenharia de manutenção predial.

Paes (2008) afirma que o ciclo de vida do edifício depende da seleção dos materiais de

construção e do conhecimento do desempenho e dos impactos por eles causados. A seleção dos

materiais a serem utilizados na edificação são determinantes na execução. A facilidade de

reposição, manutenção, limpeza e segurança podem servir para a escolha e padronização dos

produtos.

46

O conceito de durabilidade é referenciado por Paes (2008) como a capacidade da

edificação e dos sistemas construtivos em manter o desempenho ao longo do tempo de vida

útil quando exposta ao uso e condições normais de utilização. O grau de satisfação do usuário

confere adequação às funções para os quais foram projetados. A durabilidade não decorre

apenas do tipo de material utilizado e sim é resultante da interação das características do

material com o ambiente em que estará inserido. O uso adequado às características do material

empregado no sistema construtivo e a manutenção preventiva são fatores decisivos para esta

interação. Projetos de arquitetura que proporcionam detalhamentos dos componentes

integrados aos sistemas construtivos costumam apresentar maior proteção às intempéries e

contribuem para o aumento da vida útil. Ainda segundo o autor, após a conclusão da

edificação, procedimentos de manutenção predial devem ser considerados para garantir

durabilidade da edificação.

2.6 A LEGISLAÇÃO REFERENTE À MANUTENÇÃO PREDIAL

O poder executivo por meio da publicação do Manual de Obras Públicas – Edificações,

Práticas SEAP, Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio, órgão da administração

direta do poder executivo, divulga em portal eletrônico o manual Práticas de Manutenção e

Prática Geral de Manutenção Predial, em que o objetivo é de estabelecer diretrizes gerais para

execução de serviços de conservação e manutenção de uma edificação ou um conjunto de

edificações públicas.

Este manual estabelece condições gerais para a subcontratação, definindo regulamentos

que apontam para a observância das leis, decretos, regulamentos, portarias e normas federais

aplicáveis ao objeto do contrato, determinando responsabilidades da contratada e suas

subcontratadas. Estabelece também as diretrizes da manutenção predial e as responsabilidades

da área de manutenção e conservação das edificações públicas. A implantação de um sistema

de manutenção tem o objetivo segundo este manual a preservação do desempenho, da

segurança e a confiabilidade dos sistemas construtivos proporcionando o prolongando da vida

útil de seus componentes e a redução dos custos da manutenção. O sistema a ser aplicado deve

ser configurado de acordo com as diretrizes de organização das áreas de manutenção, arquivo

técnico e cadastro dos componentes e subsistemas e o plano de manutenção da edificação.

Ainda segundo o manual a organização para a realização dos serviços de manutenção

predial deve ser compatível com o tipo do edifício e a complexidade dos sistemas construtivos.

Os gestores são responsáveis pelas contratações de serviços terceirizados, abrangendo as

47

funções de suprimento, almoxarifado, oficina e os serviços de manutenção e também pela

implantação e execução dos subsistemas de manutenção com as informações dos arquivos

técnicos, cadastro dos componentes, elementos construtivos e plano de manutenção predial.

O arquivo técnico deverá ser constituído por documentação específica de edificações

tais como: projetos, memoriais descritivos, memórias de cálculos, especificações técnicas e

com informações sobre os equipamentos, manuais de manutenção e operação, instruções de

montagem, termos de garantia fornecidos pelos fabricantes, fornecedores e sistemas da

edificação, segundo as diretrizes do manual.

O cadastro deve conter registro de todos componentes e sistemas que abrangem o plano

de manutenção, identificando, descrevendo e localizando as peças e documentos fornecidos

pelos fabricantes e fornecedores. O arquivo, o cadastro e o plano de manutenção devem estar

permanentemente atualizados refletindo fielmente as modificações, adequações, ampliações e

complementações ocorridas ao longo da vida útil da edificação, considerando todas as

alterações efetuadas.

Ao gestor de manutenção predial este manual indica que cabe definir a caracterização

e quantificação dos materiais, componentes e serviços de manutenção que serão contratados e

fiscalizados pela administração. Por meio de registros durante a vida útil da edificação, será

facilitada a aquisição de equipamentos e serviços de manutenção predial, pois poderá ser

programada a disponibilidade de recursos necessários para a orientação dos quantitativos e

estoque do almoxarifado referente aos serviços de manutenção.

Ainda segundo o manual publicado pela SEAP, o plano de manutenção predial é obtido

por meio de rotinas e procedimentos de manutenções preventivas recomendadas pelo projeto

executivo, pelo Manual de Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais, pelos

manuais de manutenção dos fabricantes e fornecedores e pela experiência do agente

contratante.

O almoxarifado responde pela guarda, controle do estoque e dos materiais pertencentes

às práticas de manutenção predial. O setor de suprimento responde pela aquisição dos materiais

e componentes da manutenção predial e pela contratação de serviços terceirizados. O setor de

oficina responderá pelos serviços executados pela própria administração e também pela

fiscalização e acompanhamento dos serviços contratados para atender a programação do plano

de manutenção predial. A gestão do plano de manutenção deve ter o apoio de programas de

informática para o gerenciamento dos arquivos e das informações referentes às atividades de

manutenção predial.

48

O uso da contratação de serviços terceirizados deve considerar a complexidades dos

tipos de serviços de manutenção e a especialização das empresas a serem contratadas, do

pessoal e dos recursos disponíveis considerando às diretrizes da administração. Os

procedimentos e rotinas do plano de manutenção preventiva devem ser continuamente

avaliados pela contratante de modo a permanecer atualizado ao longo da evolução das novas

tecnologias considerando a experiência adquirida na gestão do plano de manutenção predial

implantado. Portanto, segundo essas diretrizes definidas no manual da SEAP, a manutenção

predial deve concentrar esforços na elaboração do caderno de encargos, da garantia de

qualidade, dos procedimentos e rotinas de conservação e manutenção, da fiscalização, e da

medição e recebimento dos serviços executados.

2.6.1 Normas da ABNT – NBR 5674, NBR 14037, NBR 15.575

A norma NBR 5674 (2012), Manutenção de edificações, requisitos para o sistema de

gestão de manutenção, tem o objetivo de orientar os procedimentos para realização e

organização de um sistema de manutenção de edificações, em outras palavras, um plano de

manutenção predial.

A referência normativa é baseada na norma NBR 14037 (1998), Manual de operação,

uso e manutenção das edificações, conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação,

as definições e nomenclaturas estão reproduzidas no apêndice 1 com os elementos que

auxiliaram nos procedimentos de organização do plano de manutenção.

A norma NBR 5674 identifica que as edificações devem ser administradas para a

preservação com a recuperação das condições ambientais adequadas ao uso previsto em

projeto. A manutenção inclui todos os serviços realizados para prevenir ou corrigir a perda de

desempenho decorrente da deterioração dos seus componentes por meio do uso ou depredação,

promovendo a atualizações indispensáveis às necessidades dos seus usuários. A manutenção

de edificações não inclui serviços realizados para alterar o tipo de utilização da edificação. A

norma ainda define as responsabilidades do proprietário da edificação estabelecendo que

manuais normas técnicas, de uso e operação deverão ter observação constante por parte dos

administradores. O sistema de manutenção predial deve ser caracterizado pelos tipos de

elementos construtivos integrantes da edificação, como; o tipo de uso, o tamanho e

complexidade funcional, número e dispersão geográfica e relações especiais de vizinhança e

implicações no entorno.

49

O sistema de manutenção predial deve ser orientado por diretrizes com os padrões de

operação que assegurem a preservação do desempenho e do valor das edificações ao longo do

tempo e o fluxo de informações entre os diversos intervenientes do sistema. Inclui também

instrumentos para comunicação com o proprietário e os usuários e atribui responsabilidades e

autonomia de decisão dos intervenientes.

Para a organização de um plano de manutenção predial, cabe aos gestores prever a

estrutura material, financeira e de recursos humanos, com previsão de capacidade de

atendimentos aos diferentes tipos de manutenção necessários a uma edificação. O plano de

manutenção predial deve ter uma gestão em que a coordenação dos diferentes tipos de

manutenção das edificações irá minimizar a ocorrência de serviços não planejados, os

executores desses tipos de serviços deveram receber treinamentos específicos, pois a exigência

do conhecimento será diferenciada dos serviços normais da construção civil.

Seguindo as especificações adotadas na norma, a documentação básica na elaboração

de um sistema de manutenção, que é a reunião do conjunto de procedimentos organizados para

gerenciar os serviços de manutenção predial, deve elaborar detalhadamente os métodos de

trabalhos, ferramentas e equipamentos necessários. A estrutura dos registros e documentos

deve conter informações como, o manual de operação, uso e manutenção das edificações,

incluindo desenhos arquitetônicos e de engenharia, projetos de sistemas de segurança e

proteção das edificações, memoriais de cálculo, memoriais descritivos, especificações e suas

atualizações. Deve conter os registros de serviços de manutenção realizados, classificados pela

natureza ou componente da edificação, contendo a documentação da tomada de preços,

propostas técnicas e relatórios de fiscalização da execução. Ainda deve apresentar custos e

tempo de execução de cada serviço, os registros das reclamações e solicitações dos usuários,

os relatórios das inspeções realizadas, o acervo de normas e procedimentos padronizados para

serviços de manutenção e os programas de manutenção para as edificações e seus

equipamentos, com destaque para os aspectos relativos à higiene, saúde e segurança dos

usuários.

As informações para o sistema de manutenção deveram vir das solicitações e

reclamações dos usuários e das inspeções técnicas efetuadas pelos gestores de manutenção

predial. A NBR 14037 (2010), prevê a verificação, definida pelas diretrizes para a elaboração

de manuais de uso, operação e manutenção das edificações, em que constam os requisitos para

a elaboração e apresentação dos conteúdos.

50

As inspeções prediais devem considerar as condições de uso e exposição ambiental

relevantes ao desempenho da edificação, para se poder estimar o comportamento futuro da

mesma e de seus componentes.

As inspeções devem ser orientadas por listas de conferência padronizadas (check-lists),

que consideram os roteiros de inspeção, componentes e equipamentos da edificação, as formas

de manifestação esperadas pela degradação da edificação e as solicitações e reclamações dos

usuários.

Os relatórios das inspeções devem seguir modelo estabelecido em norma, para facilitar

o registro, documentação e recuperação de informações. Esses relatórios das inspeções devem

descrever a deterioração de cada componente da edificação e avaliar a perda do seu

desempenho, classificando os serviços de manutenção conforme o grau de urgência

classificando por serviços de urgência para ações imediatas e serviços a serem incluídos em

um programa de manutenção. Os relatórios de inspeção devem orientar a gestão da manutenção

das edificações para minimizar a necessidade de serviços de manutenção não planejada. A

manutenção predial segundo a norma deve seguir planos de manutenção de curto, médio e

longo prazo com a finalidade da coordenação os serviços para redução da necessidade de

sucessivas intervenções, minimizar a interferência dos serviços de manutenção no uso da

edificação e a interferência dos usuários sobre a execução dos serviços e aperfeiçoar o

aproveitamento de recursos humanos, financeiros e equipamentos.

A norma prevê a elaboração projetos e programação para serviços de manutenção

predial, devendo estar incluso os seguintes itens:

a) especificações detalhadas dos materiais e procedimentos de execução;

b) desenhos e plantas, incluindo detalhes;

c) programação de atividades, incluindo, quando necessário, a previsão de estágios

intermediários para o controle da qualidade dos serviços realizados;

d) dispositivos de sinalização e proteção dos usuários;

e) instruções para procedimento em caso de imprevistos;

f) o projeto deve prever acessos seguros a todos os locais da edificação onde sejam

realizados inspeções e serviços de manutenção.

Os serviços de manutenção predial deveram ser projetados de modo a minimizar a

intervenção na fase de utilização do prédio pelo usuário. Também prevê o mínimo possível de

intervenção por parte do usuário.

51

A programação para serviços de manutenção predial deve constar de procedimentos

que promovam a durabilidade esperada dos materiais e componentes nas condições ambientais

a que estão submetidos. Os relatórios das inspeções, as solicitações e reclamações dos usuários,

os registros disponíveis, as restrições climáticas e ambientais, os padrões de manutenção

predial estão entre os serviços a serem executados, de acordo com a disponibilidade financeira.

Significa que a contratação por parte de serviços terceirizados preveem orçamentos de serviços

de manutenção, devendo ser discriminados de acordo com a estrutura apresentada na

documentação e nos registros utilizados para facilitar a apropriação dos custos.

O controle da execução dos serviços de manutenção exige responsabilidade técnica de

empresa e profissional com habilidade e respeito às normas em vigor. É responsabilidade do

executor dos serviços de manutenção predial providenciar dispositivos especiais que garantam

condições necessárias à realização com segurança dos serviços de manutenção, de acordo com

as normas, dispositivos que protejam os usuários das edificações de eventuais danos ou

prejuízos decorrentes da execução dos serviços de manutenção e delimitações, informações e

sinalização de advertência aos usuários sobre eventuais riscos.

A norma sugere que toda documentação referente aos serviços de manutenção seja

guardada junto ao manual de operação, uso e manutenção da edificação. Quando houver

alteração das características da edificação, deverá ser providenciada a atualização de todas as

informações referentes à edificação como: projetos, manuais de operação e utilização.

O plano de manutenção deve facilitar a gestão da qualidade com as determinações bem

definidas para a elaboração dos procedimentos para o sistema de manutenção. Inclui

documentação técnica para a execução dos serviços de manutenção, supervisionar a qualidade

das atividades desenvolvidas no sistema de manutenção. Inclui também as etapas de

documentação e registro, coleta de informações, previsão orçamentária, planejamento, projeto

e programação, orçamentação, contratação de serviços de terceiros e controle da execução de

modo a avaliar continuamente a eficiência do sistema de manutenção. Considera também

aspectos como: tempo médio de resposta às solicitações dos usuários e intervenções de

emergência; relação entre custo e tempo estimados e efetivamente realizados; Taxa de sucesso

das intervenções, medida pela incidência de retrabalho necessário; satisfação dos usuários da

edificação, medida por meio de pesquisas de opinião; desempenho econômico do sistema e

acompanhar a variação do valor da edificação ao longo de sua vida útil, em função do resultado

do sistema de manutenção.

52

A norma NBR 5674 (2012), estabelece requisitos para o gerenciamento de um plano

de manutenção predial para conservar as características iniciais da edificação e a recuperação

gradativa do desempenho dos elementos construtivos. Em contraponto a norma NBR 15575

(2013) que não se aplica a obras em construção, edificações existentes e outros, prevê que

edificações antes da vigência se adequem e elaborem seus planos de manutenção predial.

A norma NBR 15575 (2013), Coletânea de Normas Técnicas Edificações

Habitacionais, é dividida em seis partes que comtemplam requisitos de sistemas gerais,

estruturais, de pisos, de vedações internas e externas, de coberturas e subsistemas

hidrossanitários. Outros elementos construtivos podem ser considerados em situações tais

como: insolação, ambientes agressivos, impactos de corpo mole e corpo duro, batidas de porta,

atuação de peças suspensas, resistência ao desgaste pelo uso repetitivo e outros.

A norma procura determinar a durabilidade dos elementos construtivos com busca na

habitabilidade como, desempenho térmico e acústico com o estabelecimento dos níveis de

desempenho como exemplo: mínimo, intermediário e superior.

A elaboração do projeto arquitetônico, com considerações elencadas na norma NBR

15575 (2013) ressalta a necessidade de mudanças na postura dos incorporadores e usuários das

edificações públicas ou particulares, com alterações no comportamento inclusive dos

promotores e financiadores do setor da construção civil.

As orientações do Guia Orientativo para atendimento à norma NBR 15575 (2013) da

Câmara Brasileira da Indústria da Construção, CBIC, Brasília 2013, apontam como os atores

de maior importância na cadeia construtiva de uma edificação os autores do projeto. O

detalhamento dos materiais a serem empregados e a durabilidade de cada elemento construtivo

facilita as manutenções preventivas e corretivas ao longo da vida útil. Compete aos gestores e

administradores o cumprimento dos programas de limpeza e manutenção, conforme definem

normas para o setor.

A norma NBR 14037 (2010), Diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e

manutenção das edificações, requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos, define

as subdivisões dos sistemas construtivos em: subsistemas hidrossanitários, eletroeletrônicos,

de proteção contra descargas atmosféricas, de ar-condicionado, ventilação e calafetação, de

automação, de comunicação, de incêndio, de fundações e estruturas, de vedações, de

revestimentos internos e externos, de pisos, de coberturas, de jardins, paisagismo e áreas de

lazer, de esquadrias e vidros e pedidos de ligações públicas.

53

2.7 A MANUTENÇÃO NAS INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO.

A durabilidade das edificações públicas está ligada diretamente a rotina de manutenção

e custos decorrentes da forma de utilização. As edificações devem ter como funções

predominantes normas de conduta dos usuários, equipe especializada para lidar com as

dificuldades, treinamento visando a reciclagem de aprendizado, inventários, controles de

equipamentos, rotina de manutenção preventiva e corretiva e rotina de segurança. A avaliação

constante dos custos e orçamentos com troca de informações e análises possibilitando a

melhoria das condições de manutenção.

As atividades da administração pública têm características e regras as quais o

administrador está submetido pois, de forma legítima, estes agentes tomam decisões que

utilizam recursos públicos.

2.7.1 A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

O sítio oficial da Universidade monstra o organograma da instituição que aponta que a

manutenção predial está subordinada à Pró-Reitoria de Administração – PROAD, em que o

Departamento de Serviços de Manutenção e Infraestrutura - DSMI, coordena e gerencia os

setores responsáveis pelas áreas relacionadas como a Divisão de serviços de manutenção –

DSM, Divisão de segurança universitária – DSU, Divisão de transportes – DT e a Divisão de

parques e jardins – DPJ.

Os serviços de manutenção predial são geridos pela Divisão de serviços de manutenção

- DSM por meio das seções de conservação predial e seção de operações, subsistemas elétricos,

hidráulicos e telefônicos – SOSEHT. Por meio de uma alteração no organograma registrada

em nova visita ao site da Universidade na data de 23-04-2015 às 8:00 hs foi possível verificar

a criação do Núcleo de Engenharia, Meio Ambiente e Manutenção (NEMAM), que segundo

publicado surgiu da necessidade de dar maior celeridade aos procedimentos de manutenção

predial e para atingir o objetivo a então Pró – Reitoria de Planejamento deixou de gerir serviços

de engenharia e passou a dedicar-se ao planejamento de toda instituição.

A manutenção das edificações passou a ser gerenciada pelo NEMAM com atribuições

que envolvem edificações, planejamento de manutenção predial e controle de resíduos das

obras na Universidade.

2.7.2 Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A Prefeitura da Cidade Universitária da UFRJ tem como missão gerenciar o ambiente

e áreas físicas comuns. A Prefeitura atua em quatro áreas distintas, são elas: gestão do

54

ambiente; engenharia urbana; mobilidade urbana e segurança. A estrutura administrativa da

gestão do ambiente controla a ocupação do espaço físico por meio de políticas de

sustentabilidade, do controle da coleta e tratamento dos resíduos sólidos e conservação de áreas

verdes e da ambientação urbana dos Campi. A estruturação administrativa do setor de

engenharia urbana tem como ponto principal o planejamento, execução, manutenção de

edificações e áreas urbanas das redes de abastecimento e captação e mobiliário urbano. O setor

de mobilidade urbana produz por meio de políticas de mobilidade sustentável a gestão e

fiscalização dos serviços de transporte integrado seguindo orientações para o transito e

transporte público na área dos Campi. O setor de segurança tem a atribuição de manter a

vigilância e monitoramento dos campi com auxílio de meios tecnológicos para o cumprimento

das diretrizes estabelecidas para o setor. O manual de manutenção predial não é mencionado

em na página oficial da Instituição, nem procedimentos na ocorrência de sinistros ou patologias

nas edificações. A UFRJ não relaciona nas publicações de orçamento dos anos de 2011 a 2014,

informações referentes a limpeza e conservação de edificações. Em função disso, não foi

possível verificar a evolução dos gastos referentes a aplicação de recursos na manutenção

predial.

2.7.3 A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

A estrutura administrativa da Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSM, que entre outras

funções, trata da coordenação de projetos, especificações, orçamentos e execução de novas

obras e também orçamentos e execução de manutenção e reformas de prédios e infraestrutura

viária. A fiscalização abrange áreas de baixa e alta tensão, orçamentos e concorrências

públicas, fiscalização de redes, manutenção preventiva e corretiva, reformas em geral e

coordenação e execução de rede de abastecimento de água e saneamento básico como também

coordenar os serviços de urbanização, jardinagem e paisagismo e produção do viveiro florestal,

por fim coordenar contratos de manutenção predial e os sistemas que o alimentam.

A Pró-Reitoria de Infraestrutura da Universidade Federal de Santa Maria possui três

coordenações que representam a estratégia para enfrentar os problemas relativos à manutenção

predial, a Coordenação de Serviços Gerais; que abriga o setor administrativo, o setor de oficina,

setor de transporte e setor de vigilância, a Coordenação de Manutenção; que é composta pelo

setor de construção civil, setor de eletromecânico, setor de hidráulica e saneamento, setor de

telefonia e setor de urbanismo e paisagismo e a Coordenadoria de obras e planejamento

ambiental e urbano; que possui um setor administrativo, setor de cadastro, setor de

55

planejamento ambiental e setor de planejamento urbano. Essa estrutura foi obtida da página

oficial da Instituição, os dados referentes aos procedimentos de manutenção predial e dos

mecanismos aplicados nos campi não foi repassado após contato telefônico e por meio de e-

mail, porém observa-se no organograma da Pró-Reitoria de Infraestrutura a preocupação da

administração superior com os problemas de manutenção predial, pois criou a Coordenação de

Manutenção.

A Pró-Reitoria da UFSM por meio do Conselho Universitário cria o Departamento de

Planejamento e Obras em 1962, o órgão estava subordinado diretamente ao reitor com a missão

de planejar e elaborar um plano diretor para a instituição. Em 1972 ele foi transformado em

Prefeitura do Campus Universitário, tendo função de coordenar, fiscalizar e executar obras em

conjunto com outro órgão planejador, o Escritório Técnico de Obras- ETO.

Em 1990, a estrutura modificou mais uma vez e criou-se a Coordenação de

Planejamento Físico / PROPLAN que junto com a Diretoria de Obras da Prefeitura tem

atribuições de executar projetos e estudos de viabilidade para a manutenção das instalações nas

edificações e manutenção do sistema viário.

A Coordenação de Planejamento Físico que estava em duplicidade de funções com a

Prefeitura do Campus Universitário, fica com as atividades de planejamento, projeto,

acompanhamento e fiscalização da execução de obras e serviços de engenharia.

A Prefeitura da Cidade Universitária atua na Diretoria de Divisão de Obras os serviços

especializados de manutenção, conservação de edificações suas instalações elétricas,

hidráulicas, esgoto e demais sistemas e subsistemas integrados aos prédios. As informações

obtidas não identificam a forma de atuação no planejamento da manutenção predial, a forma

de atendimento das demandas geradas pelos usuários.

2.7.4 A estrutura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

O portal eletrônico da UFRN informa que a Superintendência de Infraestrutura abriga

a Diretoria de Projetos e Obras-DPO, responsáveis pela coordenação do planejamento, da

execução e avaliação das atividades inerentes a diretoria como: elaboração de projetos de

arquitetura e engenharia, especificações técnicas, custos de obras e serviços, orçamentos,

pareceres técnicos e fiscalização de obras e serviços. A Superintendência de Infraestrutura

abrange também a Divisão de Manutenção do Complexo de Saúde- DIMACS, que coordena o

planejamento das atividades de manutenção das instalações físicas e prediais do complexo

56

saúde o que engloba o recebimento de obras e serviços de engenharias realizadas pela Diretoria

de Projetos e obras.

Também tem função de gerenciar os sistemas de abastecimento de água; de energia

elétrica; de telefonia e lógica; de drenagem e esgoto sanitário e o gerenciamento da manutenção

das edificações existentes executado por empresas terceirizadas e proceder a levantamentos

necessários a manutenção das instalações físicas. A estrutura também apresenta a Diretoria de

Meio Ambiente - DMA que aponta o planejamento e execução da política de urbanismo e meio

ambiente de acordo com a política ambiental da UFRN.

O gerenciamento do sistema de coleta e destinação final de resíduos sólidos inservíveis

é parte das atividades da diretoria em que ocorre o gerenciamento desenvolvido na estação de

tratamento de esgotos-ETE e a unidade de armazenamento temporário-UATR e por fim o Horto

Florestal.

Essas atribuições exigem manutenção constante e periódica que garantem também a

habitabilidade de áreas comuns, passeios públicos, sistemas de cobertura vegetal e

ajardinamento. A Diretoria de Manutenção e Instalações Físicas-DIMAN é responsável pelo

planejamento, a execução e a avaliação das atividades de manutenção sua principal função isto

é: executar a política de manutenção predial em consonância com as determinações elencadas

pela Superintendência no tocante às instalações hidráulicas, sanitárias e de águas pluviais;

instalações elétricas; telefônicas e lógicas; esquadrias; coberturas; supervisionar, acompanhar

os serviços terceirizados e os levantamentos necessários à manutenção das instalações físicas.

A estrutura física apresentada pela UFRN está em conformidade com as necessidades

de um Campus Universitário na área de manutenção predial. A grande dificuldade do gestor é

a cultura enraizada até nos profissionais que são atuantes da área e nos usuários das edificações,

a implantação das propostas descritas acima não pode ser verificada por não haver respostas

aos contatos telefônicos e por e-mail das áreas envolvidas.

2.7.5 A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFMS é composta por três coordenadorias que

apresentam características diferentes na atuação da gestão administrativa, a Coordenadoria de

Operações e Atendimento à Comunidade - COA, que tem atribuições como: proteção

patrimonial, transporte e logística sustentável, conservação urbanismo e meio ambiente,

protocolo e apoio a serviços e espaço físico. A Coordenadoria de Apoio Logístico ao Campus

é responsável pelo apoio operacional no Campus Universitário e a Coordenadoria de

57

Manutenções é subdividida em áreas distintas: a Divisão de Manutenção Elétrica que

desenvolve atividades relacionadas à manutenção de rede e equipamentos elétricos; a Divisão

de Revitalizações e Adequações dos Espaços Físicos responsáveis pelas reformas e

revitalizações e a Divisão de Serviços Gerais e Manutenção Predial que executa serviços de

manutenção emergencial e reparos em instalações prediais.

A manutenção emergencial é baseada no atendimento às instalações elétricas e

equipamentos de refrigeração, condicionadores de ar e manutenção de equipamentos. Os

serviços gerais e manutenção predial englobam telefonia, hidráulica, sonorização, vidraçaria,

marcenaria, alvenaria, serralheria fechaduras, divisórias, persianas, limpezas prediais internas

e externas entre outros.

A Coordenadoria de Manutenções por meio da Divisão de revitalizações e adequações

do espaço físico procurou definir os conceitos para obras de reforma simples com foco na

manutenção predial planejada e não caracterizada como de emergência tem como objetivo é o

atendimento aos usuários sob demanda dos demais subsistemas prediais com a garantia de

conforto, higiene e segurança, reformas que exijam projetos de arquitetura, elétrico,

hidrossanitário, estrutural e ampliações dos espaços físicos outros não serão atendidos como

reforma.

As diferentes fases para atendimento das demandas provenientes das Faculdades são

delimitadas pelas fases de planejamento, execução, acompanhamento e encerramento.

O planejamento permite a organização desde a origem da demanda da unidade geradora, 1ª

etapa: a unidade realiza o levantamento de necessidades, na 2ª etapa : a direção encaminha as

necessidades para inclusão no Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, na 3ª etapa : a

Pró-Reitoria de Planejamento defini com a unidade a ordem de prioridade para execução da

demanda gerada, na 4ª etapa : a Pró- Reitoria de Planejamento viabiliza os recursos necessários

para execução da obra, na 5ª etapa : a Pró Reitoria de Infraestrutura define as ações

preparatórias que são : ordem de serviço; checagem das demandas aprovadas X demandas reais

e adequações resultantes da verificação no local.

A fase de execução é subdividida nas seguintes etapas: primeiramente a unidade

encaminha memorial descritivo detalhado do serviço, na segunda a elaboração do orçamento,

na terceira a definição do cronograma de execução com a empresa e unidade geradora da

demanda, na quarta a autorização da unidade solicitante, na quinta a expedição da ordem de

serviço pela Pró Reitoria de Infraestrutura e na sexta etapa, será dado o início da obra em até

58

quinze dias após a emissão da ordem de serviço, no qual assinam o gestor da ata, o fiscal da

ata, o fiscal técnico, o diretor da unidade e o Pró- Reitor de Infraestrutura .

A fase de acompanhamento é considerada uma etapa contínua e periódica com visitas

técnicas quinzenais do fiscal do contrato para supervisão dos serviços verificando a qualidade

e o cronograma da reforma. As medições são elaboradas por meio do relatório do fiscal do

contrato e assinadas pela chefia da Divisão de Revitalizações e Adequações dos espaços físicos,

pelo gestor do contrato e pelo fiscal do contrato. A fase de encerramento inclui duas etapas, a

elaboração do termo de conclusão e entrega da revitalização ou adequação executada e o

levantamento dos registros fotográficos, relatórios e inclusão das informações relevantes no

Relatório de Gestão Anual da Unidade.

A Pró-Reitoria de Infraestrutura por meio de atas de registros de preços e contratos

efetua a contratação de empresas terceirizadas com o objetivo de agilizar o atendimento das

demandas nos setores de maior complexidade na execução dessas tarefas.

2.7.6 A Universidade Federal de Goiás (UFG).

A Pró-Reitoria de Administração e Finanças que apresenta como um dos objetivos: dar

o suporte ao ensino, pesquisa e extensão e supervisionar e coordenar as atividades relativas ao

planejamento e à administração orçamentário-financeira, de material, de comunicação, de

telecomunicação, de transporte, de manutenção de equipamentos, de estrutura física e outros

serviços gerais. Entre outras atribuições a Pró-Reitoria é responsável por coordenar os recursos

destinados a investimentos, o CEMEQ (Centro de Manutenção de Equipamentos) - É o órgão

que realiza a manutenção de equipamentos de óptica, eletrônica, eletromecânica e apoio de

serviços de mecânica e de telefonia. Tais serviços podem ser solicitados por telefone ou ofício,

de forma que seja informado a marca, o modelo e o número de tombamento que requer

manutenção,

O Centro de Gestão do Espaço Físico - CEGEF órgão responsável pelos serviços de

manutenção e adaptação do espaço físico da universidade, realiza planejamento de obras,

reformas e serviços de manutenção, recuperação, mudança, supervisão de limpeza e vigilância,

retiradas de objetos e outras adaptações de espaço físico, do Campus do centro da cidade e o

Campus Samambaia tem aplicação da manutenção corretiva por meio de demandas enviadas

ao Centro de Gestão do Espaço Físico que elencará as prioridades e organizará o atendimento

ao usuário.

59

O Departamento de Contabilidade e Finanças - DCF - responsável por proceder as

solicitações de diárias, em caso de viagens de servidores, a serviço da UFG, fora do município

de Goiânia e dos municípios que integram a grande Goiânia, após aprovação da autoridade

competente.

O Departamento de Material e Patrimônio - DPM- órgão para o qual são feitas as

solicitações para aquisição de material, serviços de terceiros, material de consumo de uso

regular e movimentação de bens patrimoniais, a (Divisão de Comunicação - DC – é designada

para os serviços de desarquivamento de documentos, e de comunicação/protocolo e

encaminhamento de correspondências.

A Divisão de Telecomunicações - DTEL executa os serviços de telecomunicações, tais

como instalação, recuperação e manutenção de linhas telefônicas ou aparelhos ligados a

manutenção predial e por disponibilizar informações sobre os serviços de telefonia da UFG.

E a Divisão de Transportes - DT- recebe e encaminha os pedidos de veículos e ônibus, da

Universidade Federal de Goiás, para viagens.

2.7.7 A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A Pró – Reitoria de Administração é o setor de gerenciamento da manutenção predial

segundo publicação na página do site oficial da UFMG, em que suas atribuições tem o objetivo

de assegurar condições adequadas de funcionamento e apoio logístico para os serviços de

manutenção predial, limpeza, segurança, transporte, compras e comunicação.

As Instituições Federais de Ensino entre outras atribuições têm a finalidade de

gerenciamento do patrimônio em consenso com os princípios de uso racional das edificações e

conservação do patrimônio público, seguindo a descrição relatada na página da Universidade.

Em boletim informativo nº1827 – Ano – 39 publicado na revista eletrônica do dia 1º de

julho de 2013, comunica a criação da Superintendência de Infraestrutura e Manutenção (SIM)

que assume as atribuições da gestão de manutenção predial em resposta ao processo de

expansão de vagas para alunos e ao crescimento das atividades de pesquisa e extensão.

Informa que o novo organograma apresenta a Superintendência vinculada à Reitoria

com status de Pró – Reitoria em que a responsabilidade do planejamento, execução da

manutenção predial e infraestrutura dos Campi exerceram o cumprimento de 30 mil ordens de

serviço em 2012 e aproximadamente 40 mil em 2013, indicando acerto na decisão de

concentrar as ações de manutenção predial com um bom nível de atendimento com o

acompanhamento dos serviços por meio de relatórios mensais e embasados de forma estatística.

60

Não foi possível localizar no site da instituição a identificação de como são feitas as

ordens de serviços, mas por meio das indicações e do volume apresentado deduzimos que as

mesmas são preenchidas por meio eletrônico semelhante ao utilizado na UFMT o sistema de

gestão de serviços em que o usuário cadastrado comunica as demandas de serviços relativos a

edificação.

2.7.8 A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS).

O sitio oficial da UFGRS mostra a estrutura da Superintendência de Infraestrutura –

SUINFRA, criada em substituição a Pró – Reitoria de Infraestrutura tendo a finalidade de zelar

pela infraestrutura da instituição construindo e conservando o patrimônio oferecendo serviços

com qualidade na procura de superar as expectativas dos usuários, estas informações encontram

– se disponíveis na página <http://www.ufrgs.br/suinfra/?page=gerais&id=4 consulta realizada

em 01- 05 ´-2015 às 8:30hs, que define as atribuições do órgão para assessorar, planejar,

projetar e administrar obras e serviços de manutenção do espaço físico da Universidade,

planejar o uso do espaço físico e desenvolvimento da infraestrutura em todas as áreas da

Universidade, projetar, executar e administrar obras da Universidade, manter o controle e

registro de documentos referentes ao espaço físico da Universidade, zelar pelos bens

patrimoniais e instalações gerais, receber, classificar, armazenar, distribuir e controlar os

estoques de materiais adquiridos pela SUINFRA, manter as redes, centrais e equipamentos de

telefonia e informática, supervisionar, controlar e fiscalizar reformas e adaptações em todos os

componentes da infraestrutura da Universidade, manter acessos, logradouros, parques e jardins

da Universidade e desenvolver atividades de projeto e manutenção das redes de energia

elétrica.

A equipe é composta pela Superintendência e duas vices – superintendências, a de obras

e de manutenção predial que coordenam as prefeituras dos Campi do Centro, Campus da Saúde

e olímpico, Campus do Vale e Campus do Litoral. As Prefeituras executam serviços de

manutenção predial que consiste em ações de manutenção hidráulica e elétrica, pintura

carpintaria, vidraçaria, persianas, recuperações de alvenaria, pequenas obras, manutenção e

fiscalização de elevadores e caldeiras dos restaurantes universitários e serviços de conservação

e limpeza. Essas atribuições estão em conjunto com a autonomia de decisões visando

celeridade no processo de atendimento às solicitações de serviços expelidos pelas unidades

acadêmicas e administrativas da UFRGS, por meio do sistema de cadastro físico de acesso às

61

solicitações de serviços relativos a manutenção predial pela via do Portal do Servidor/ Gestão

que consiste em conservação das edificações e pequenas obras.

As unidades fazem a indicação de dois servidores que após a autorização da

Superintendência de Infraestrutura obterão acesso ao sistema de cadastro em que o primeiro

servidor terá acesso a cadastrar e alterar o espaço físico das edificações e o segundo a apenas

fazer solicitações referentes a manutenção predial. Serviços de marcenaria e serralheria

considerados no que definem como Oficinas de Produção são administradas por meio da

padronização para a produção de mobiliário, quadros, armários, estantes, balcões definidos em

catálogo para os serviços de marcenaria e para serviços de serralheria em que é definida a

produção de grades, cercas, e suporte para ar-condicionado. Serviços que exigem produção

para manutenção de mobiliários e intervenções de serviços de serralheria, a unidade interessada

fará a solicitação pelo sistema eletrônico e a Oficina de Produção verificará o quantitativo dos

materiais a serem utilizados no atendimento e retornará a unidade para providenciar a aquisição

dos materiais necessários a confecção das peças. A execução do serviço e o prazo para entrega

será definido após análise das demandas de serviços da Oficina de Produção.

2.7.9 A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Em consulta realizada em 01/05/2015 na página oficial da instituição observa-se as

atribuições da Prefeitura do Campus seguindo as funções relacionadas como a coordenação da

manutenção e conservação do patrimônio da UFSC, a execução da manutenção de bens, de

pequenos serviços de engenharia, bem como encarregar-se de reformas das instalações

pertencentes à UFSC ou por ela administradas, implantar, conservar e manter as áreas verdes

e jardins, bem como produzir mudas para o paisagismo do Campus Universitário, atendimento

aos diretores, bem como pessoas de instituições que se relacionem com a UFSC, despachar

com os diretores de divisão, elencar por prioridade as atividades da PU, coordenar e despachar

com os chefes de serviços administrativos e convocar reuniões e orientar seus subordinados

quanto as metas a serem perseguidas pela UFSC.

A estrutura existente para a gestão da manutenção predial é constituinte por duas

Coordenadorias: a de manutenção predial e a de manutenção urbana e de infraestrutura.

O Departamento de Manutenção Predial e de Infraestrutura tem a finalidade de dar

suporte à Prefeitura Universitária com a implantação da centralização das ações relativas à

manutenção predial visando o atendimento da comunidade acadêmica referente a sobreposição

de atividades de manutenção predial executadas anteriormente. A concentração dos serviços

62

de manutenção predial e da infraestrutura em um único setor deu celeridade às soluções para

contratações necessárias ao atendimento dos serviços solicitados. A responsabilidade de

contratar, supervisionar, fiscalizar, controlar e gerir os serviços de manutenção nos Campi com

acompanhamento da manutenção dos espaços físicos com objetivos de proporcionar bem-estar

aos usuários é a missão do Departamento de Manutenção Predial e de Infraestrutura. A

Coordenação de Manutenção Predial da UFSC é formada pela coordenação, cinco engenheiros

e dois técnicos em edificações que definem as ações para planejamento, organização, direção

e controle dos serviços da manutenção preventiva e corretiva dos prédios e instalações. A

Coordenação de Manutenção Urbana e Infraestrutura apresenta uma equipe formada pelo

coordenador, um engenheiro civil, um engenheiro mecânico, um engenheiro sanitarista e um

engenheiro eletricista que tem definidas as ações de manutenção preventiva e corretiva das

instalações elétricas prediais das subestações da UFSC, das instalações hidráulicas, dos

subsistemas de ar – condicionados, manutenção de calçadas, estacionamentos e sistemas de

escoamento das aguas pluviais.

O Departamento de Manutenção Predial e de Infraestrutura tem atribuições de gerenciar

Atas de Registros’ de Preços para a contratação de serviços de recuperação estrutural,

tratamento de rachaduras em paredes de alvenaria e impermeabilizações nas edificações, e

serviços de manutenção predial (conservação, reparação e restauração) nas coberturas das

edificações da UFSC.

2.7.10 A Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A Prefeitura do Campus Universitário da UFBA é o órgão responsável pela manutenção

e conservação de uma área construída de aproximadamente 285.483,00 m² nos três Campi. A

estrutura organizacional da Prefeitura do Campus Universitário que está ligada a Pró – Reitoria

de Administração, apresenta o modelo em que as solicitações de serviços são feitas via meio

eletrônico conforme figura 9:

63

Figura 9 - Modelo de solicitação de serviços da UFBA

Fonte: UFBA

2.7.11 A Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).

A estrutura para administração da UFOB é coordenada pela Pró – Reitoria de

Administração e Infraestrutura em que apresenta dois setores para a gestão de manutenção

predial na Universidade que são o Núcleo de Gestão de Contratos de Obras e Manutenção e

Núcleo de Serviços de Manutenção, onde serviços de manutenção predial são realizados após

análise das solicitações por via eletrônica conforme formulário apresentado na figura 10.

64

Figura 10 - Formulário para solicitação de serviços de manutenção UFOB.

Fonte: UFOB.

A UFOB é uma das mais novas universidades em exercício no país, criada em 2013,

apresenta a estrutura física do Campus constituída por prédios, laboratórios, salas de aula e

auditório: A universidade utiliza o antigo colégio Padre Vieira doado pela Prefeitura da cidade

de Barreiras antigo Campus da Universidade Federal da Bahia.

2.7.12 A Universidade Federal do Pará (UFPA).

A Universidade Federal do Pará tem na Prefeitura do Campus a unidade onde são

atribuídas responsabilidades como planejamento, operação e controle da infraestrutura e do

espaço físico, a consulta ao site oficial da Universidade foi realizada no dia 25/02/2015 às

65

14h10min < www.ufpa.br/prefeitura/> que apresenta o organograma a seguir como a estrutura

administrativa da instituição para o setor de manutenção predial:

A Diretoria de Espaço Físico – DIESF é o órgão com a finalidade de planejar,

coordenar, executar e avaliar ações relativas a planos diretores, projetos de arquitetura e

engenharia, obras e serviços de engenharia, como; orçamentos, perícias e avaliações, elaborar

projetos básicos de terceirização de serviços relacionados ao espaço físico, manter atualizados

arquivos de projetos das edificações da instituição.

A DIESF é dividida coordenadorias que são a Coordenadoria de Projetos e Obras e a

Coordenadoria de Manutenção Predial.

A Coordenadoria de Manutenção Predial tem como objetivo a elaboração de planos de

manutenção predial preventiva a ser implantado nas unidades com a finalidade de controle dos

serviços de inspeção e vistoria da manutenção preventiva, orientar as unidades sobre as

intervenções necessárias à manutenção das edificações, gerenciar contratos terceirizados de

manutenção de instalações de manutenção predial e exercer outras atribuições compatíveis com

as atividades de manutenção predial.

A Universidade tem na unidade Diretoria de Infraestrutura – DINFRA a função de

coordenação dos sistemas relativos à infraestrutura viária do Campus como: urbanística,

paisagística, de captação e distribuição de água tratada, esgoto, drenagem, telefonia, logística,

limpeza, conservação e gestão de resíduos sólidos.

A Coordenação de Serviços Urbanos é responsável pela manutenção do sistema viário,

calçamento e passarelas, elabora projetos de sinalização horizontal e vertical executa e realiza

a manutenção do sistema de trânsito, promove a conservação dos equipamentos e projetos de

paisagismo.

2.7.13 A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

A Prefeitura Universitária da UFSCar é o órgão ligado à Reitoria responsável pelos

serviços de manutenção da infraestrutura física do Campus, com a finalidade de garantir as

condições adequadas às necessidades das atividades fim da Instituição.

As ações prioritárias definidas no documento publicado na Universidade, abrange tipos

de serviços que entre outros estão relacionados como obras novas, ampliações e reformas de

edificações, infraestrutura urbana, envolvendo redes de água, esgoto, drenagem, calçadas,

iluminação pública, sistema viário e estacionamentos; restabelecer as condições necessárias de

uso nas edificações por meio dos serviços de manutenção e reforma; acompanhamento de obras

66

e reformas; a contratação de serviços de manutenção predial e reformas e ampliações do espaço

físico; o gerenciamento dos serviços de limpeza e o gerenciamento dos serviços de

urbanização.

A Divisão de Manutenção – DiMan é o setor que tem a função de manter as edificações

em condições ideais de funcionamento, como manter as instalações prediais em condições

normais de uso; executar medidas de conservação predial; executar serviços de manutenção

preventiva; executar serviços de manutenção corretiva; executar inspeções prediais; prestar

serviços de apoio a eventos e movimentação de mobiliário e a elaboração de projetos visando

a melhoria das instalações prediais. O relatório citado aponta para as dificuldades de gestão

da manutenção predial com foco na redução do quadro de pessoal em função do

envelhecimento e impossibilidade de reposição, em contrapartida a expansão das áreas

edificadas é a realidade e o consequente comprometimento no atendimento ao usuário. Esses

fatos segundo o relatório da UFSCar contribuíram para a decisão da contratação de empresas

terceirizadas como solução para a estruturação do setor de manutenção predial.

Visando facilitar e tornar mais ágil a aquisição de bens e serviços por toda a comunidade

universitária, a Pró-Reitoria de Administração (ProAd) da UFSCar atua promovendo a

capacitação de sua equipe para intensificar a utilização de uma modalidade especial de

licitação, o sistema de registro de preços, que, além de facilitar os processos de compra, pode

também resultar em economia significativa de recursos para todas as unidades da Universidade.

O sistema de registro de preços é destinado à aquisição parcelada de bens e serviços

que são contratados frequentemente pela Universidade. Nessa modalidade, após a identificação

da demanda da Instituição e o detalhamento das especificações dos itens a serem adquiridos, é

realizado um único processo licitatório, a partir do qual os fornecedores selecionados assumem,

por um determinado período, o compromisso com valores registrados na chamada “ata de

registro de preços”. No entanto, a aquisição efetiva só é feita quando e se há necessidade.

Antes dos esforços voltados à intensificação do uso das atas, a UFSCar já utilizava o

sistema para aquisição de gêneros alimentícios, materiais de escritório distribuídos por meio

do Departamento de Almoxarifado e materiais de limpeza, dentre alguns outros itens

destinados à manutenção do funcionamento dos Campi.

Em 2014, as licitações passaram a ser realizadas por meio de Termo de Referência para

aquisição de computadores e outros equipamentos de informática, mobiliário e produtos para

uso em laboratórios (como reagentes e vidraria) por meio do sistema de registro de preços. Em

67

2015, foram firmadas atas para aquisição de produtos para construção civil, aparelhos de ar

condicionado, veículos e bebedouros industriais, bem como para contratação de serviços de

editoração de periódicos.

Também estão em andamento processos para a concretização da aquisição de outros

materiais e serviços por meio do registro de preços, como, por exemplo, água mineral,

camisetas para eventos, materiais para manutenção de edificações e infraestrutura dos campi

(elétrica, hidráulica e reparos, dentre outros), componentes eletrônicos, capas de dissertações e

teses e serviço de coffee - break. Além dos ganhos em termos de agilidade, por concentrarmos

compras que antes eram realizadas de forma fragmentada em um único processo, temos

também vantagens em termos de economia de recursos, devido à escala das compras, que passa

a ser muito maior. Com isso conseguimos, por exemplo, atrair fornecedores mais confiáveis,

com produtos de melhor qualidade, que poderiam não se interessar por processos de compra

em menor quantidade.

O Departamento de Compras da Pro-Reitoria Administrativa adotou o sistema de

registro de preços também previne o desabastecimento; facilita o planejamento orçamentário

das diferentes unidades, já que é possível saber de antemão o volume de recursos a serem gastos

com determinada contratação: A padronização progressiva adotada pelo departamento pode

reduzir os gastos com peças de reposição e procedimentos de manutenção, novamente devido

à economia de escala.

O modelo da planilha para requisições de serviços de manutenção predial representado

na figura 11, em que o usuário irá aprovar ou reprovar o serviço executado pela divisão de

manutenção.

68

Figura 11 - Requisição de serviços – UFSCar

Fonte: www.ufscar.gov.br

69

2.8 CONCLUSÃO SOBRE O REFERENCIAL TEÓRICO.

Com a revisão bibliográfica realizada pode-se compreender o significado da expressão

“manutenção predial” seguindo a linha, onde a avaliação a ser feita pelos responsáveis da

gestão deve observar procedimentos como a perda de desempenho dos materiais, produtos, e

sistemas construtivos, o ciclo de vida útil dos materiais da construção civil, os tipos de

manutenção predial, o plano de manutenção predial, a legislação referente à manutenção

predial, o órgão de manutenção predial nas IFES e os instrumentos de controle e registros.

A manutenção preventiva por meio de ações rotineiras e sistemáticas reduz retrabalhos

e interferências das equipes de manutenção na vida cotidiana de um prédio público. O

planejamento por meio da implantação do plano de manutenção pode viabilizar as ações de

inspeção, limpeza, tratamento de manutenção, reparação e substituição de componentes que,

são procedimentos que conduzirão a redução do processo de degradação e custos resultantes

da utilização dos prédios públicos.

A norma NBR 15.575 (2013), considera responsabilidade construtiva em todas as áreas

dos sistemas e subsistemas de uma edificação, tecnologias recentes e a prática de inspeções

prediais, visando a sustentabilidade, o desempenho e a durabilidade nas edificações.

Segundo o Guia orientativo para atendimento à Norma ABNT NBR 15575/2013,

publicação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, CBIC, é responsabilidade dos

usuários ações de manutenção predial para assegurar a garantia e vida útil das edificações

determinando as observações das normas específicas do setor (NBR 5674 e NBR 14037).

Ainda segundo o guia, a norma NBR 5674 (2012), está voltada para os proprietários e síndicos,

que dispõem de requisitos para a gestão da manutenção predial, inclusive meios para a

preservação original das características do prédio e a prevenção para reduzir a perda de

desempenho dos sistemas e subsistemas construtivos.

A NBR 14037 (2010) ainda segundo o Guia Orientativo está focada nos construtores e

incorporadores, pois apresenta os requisitos mínimos para a elaboração dos conteúdos a serem

utilizados no manual de uso, operação e manutenção em edificações, que como produto final

serão entregues aos usuários do prédio.

A contrapartida é que a sociedade toma conhecimento pela imprensa de casos em que

a omissão dos gestores, fica evidente com os exemplos de degradação e redução da vida útil

dos prédios públicos.

A consulta às normas citadas e a publicação INSPEÇÃO PREDIAL – Check-up

Predial: Guia da boa manutenção – 3ª Edição, conduziram a pesquisa para a definição dos

70

principais subsistemas que envolvem a edificação como; estrutural, de vedação, de

revestimentos, de pinturas, de esquadrias, de instalações elétricas, de instalações

hidrossanitárias, de impermeabilização, de ar-condicionado e de cobertura.

Esta dissertação concorda com a visão sistêmica tridimensional proposta por Gomide

(2011) pois, sugere a mais adequada forma de visualizar os caminhos por onde a manutenção

predial está inserida, na execução de uma edificação, que são: a construção, a manutenção e a

utilização após a ocupação.

A inspeção predial é o mecanismo de melhor eficácia para a identificação das anomalias

e falhas de um prédio, a experiência e técnica do inspetor que fará a avaliação e classificação

das não conformidades encontradas determinará as condições da edificação conforme

orientações da técnica, uso e manutenção.

Autores como Carlino (2012) e outros indicam no capítulo 2 o ciclo de vida dos

materiais de construção considerando três etapas: atividades preliminares; atividades de

construção e montagem; operação, uso e manutenção.

As edificações têm o ciclo de vida representado na figura 12 onde está considerada a

cadeia total do sistema construtivo, desde o processo de extração da matéria prima, a

fabricação, a construção, o uso e manutenção, a demolição, a reciclagem e deposição do

material utilizado.

Figura 12 - Ciclo de vida das edificações

Fonte: Tavares (2006)

71

Paiva (2012) apresenta conceito em que a manutenção predial é o conjunto de atividades

e recursos necessários objetivando a conservação e recuperação dos sistemas e elementos

construtivos tendo como referência o projeto arquitetônico e demais projetos complementares

e as especificações definidas no Memorial Descritivo. Ainda seguindo conceitos do autor, a

gestão de manutenção predial deve considerar na avaliação das edificações características

como: a tipologia da edificação, o uso, a área, a complexidade, os sistemas construtivos, a

localização e complicações do entorno.

O gestor de manutenção predial deve ter como objetivo a preservação do desempenho

determinado em projeto com redução da depreciação por meio de ações efetivas de

gerenciamento, como o estabelecimento de responsabilidades e autonomia de decisão dos

agentes envolvidos nos procedimentos de manutenção predial.

A definição e identificação das dificuldades a serem enfrentadas no gerenciamento da

manutenção predial observadas na referência bibliográfica, indica os tipos de procedimentos

para a viabilidade técnica dos serviços de manutenção. O plano de manutenção predial é

indicado pelo referencial teórico como a somatória de procedimentos sucessivos adotados por

gestores em ações de inspeção, limpeza, tratamento, reparação e substituição de elementos

construtiva de forma antecipada a ocorrência de anomalias ou falhas de execução ou de projeto.

A inspeção predial na norma NBR 15.575 (2013), é indicada como a ferramenta de

verificação das condições de conservação e análise dos procedimentos de manutenção por gerar

a base para as informações de orientação de um plano ou programa de manutenção predial.

A legislação voltada para edificações públicas que trata das ações de manutenção

predial é escassa, foi possível a identificação por meio eletrônico do “ Manual de Obras

Públicas-Edificações” da Secretaria de Estado da Administração e Patrimônio, onde foram

estabelecidas as diretrizes gerais para a execução de serviços de conservação e manutenção em

edificações públicas. Não foi identificado na literatura pesquisada uma norma que

regulamentasse a implantação de planos de manutenção em edificações públicas.

As Instituições Federais de Ensino consultadas para esta dissertação de mestrado

publicam em páginas eletrônicas e/ou organogramas em que a área de manutenção predial pode

estar subordinada tanto a Prefeitura do Campus, como da Pró-Reitoria de Infraestrutura ou

ainda a Superintendência de Infraestrutura, todas ligadas de forma direta à Reitoria da

Instituição.

As universidades observadas têm características comuns que são as solicitações ou

ordem de serviços por meio eletrônico, feitas à administração superior pelas unidades da

72

instituição, acadêmica ou administrativa para providências quanto à reparação, restauração,

substituição de equipamentos danificados e inclusive a modernização de sistemas e subsistemas

construtivos das edificações.

As instituições ao longo do tempo foram aprimorando o tipo de organização, ações e

procedimentos como na Universidade Federal de Santa Maria onde constatou- se a duplicidade

de funções com o organograma inicial provocando a reorganização da estrutura e definições

das atribuições da Prefeitura do Campus com a Coordenação de Planejamento Físico órgão da

Pró-Reitoria de Planejamento.

Como destaque, as estruturas organizacionais apresentadas pelas instituições

Universidade Federal de São Carlos e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

apresentaram características que levantadas no referencial teórico são de importância para a

celeridade do controle dos procedimentos de manutenção predial.

É preciso registrar que as instituições pesquisadas apresentam o sistema de contratação

de mão de obra de serviços continuados do tipo; manutenção de edificações e auxiliar de

manutenção e limpeza por contratação do Regime de Pregão Eletrônico, onde são definidas as

formas de prestação de serviços através do Termo de Referência em que são discriminadas as

tarefas básicas relativas aos serviços de manutenção predial e limpeza e conservação de

prédios.

Vale ressaltar, que o procedimento da contratação de serviços terceirizados se deve ao

envelhecimento dos funcionários das instituições e com a atuação do governo na não

substituição das vagas a medida que foram acontecendo as aposentadorias desses servidores.

73

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ESTRUTURA DA UFMT PARA O ATENDIMENTO DAS DEMANDAS DE

MANUTENÇÃO.

A Universidade Federal de Mato Grosso criada em 1970, é considerada a mais

importante e abrangente instituição de ensino superior no estado, composta por 27 institutos e

faculdades com aproximadamente 21 mil alunos em 101 cursos de graduação e 56 de pós-

graduação, distribuídos em trinta conjuntos de edificações que serão analisadas com os

levantamentos das demandas de manutenção predial.

A engenharia de manutenção permite organizar, planejar e controlar as atividades

desenvolvidas prevendo a retroalimentação e a atualização contínua do sistema. Nessa

abordagem busca-se verificar os procedimentos e analisar os processos de gestão adotados

pelos órgãos responsáveis pelo setor. A atividade de manutenção predial em órgão público

requer uma gestão de planejamento no lugar do improviso e rigor técnico com análise

permanente do desempenho, uma vez que existem edificações construídas ao longo do tempo

com diferentes tipologias no campus da Universidade Federal de Mato Grosso.

Os procedimentos e ações de manutenção predial realizadas pela equipe da Prefeitura

do Campus da UFMT em Cuiabá, foram obtidos por meio de entrevistas com os gestores:

Prefeito do Campus, Coordenador de Manutenção Predial, Engenheiro Eletricista da Prefeitura,

Gerentes de Manutenção e Gerência Técnica Predial e a Secretaria da Prefeitura que

responderam as questões de que como é feita e quem são os responsáveis pela manutenção

predial; como são os registros e controles da manutenção; se a manutenção é feita de forma

preventiva e por fim se existe um plano de manutenção para as edificações do Campus da

UFMT.

74

3.2 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO POR SISTEMA POR

ANO E NO PERÍODO.

As demandas de manutenção prediais referentes aos atendimentos verificados de 2012

a 2014, foram agrupadas em dez subsistemas de uma edificação, definidos pelo autor e

inspirados nas normas brasileiras NBR 5674 (2012), NBR 15575 (2013) e na publicação;

Inspeção Predial – IBAPE/SP (2012), conforme Quadro 1:

Quadro 1- Definição dos subsistemas de uma edificação.

SUBSISTEMAS TIPOS DE SERVIÇOS

Subsistema estrutural Serviços de pedreiros

Subsistema de vedação Serviços de pedreiros

Subsistema de revestimentos Serviços de pedreiros

Subsistema de pintura Serviços de pintura

Subsistema de esquadrias Serviços de serralheria, chaveiros,

vidraçaria e marcenaria.

Subsistema hidrossanitário Serviços hidráulicos e esgoto

Subsistema de impermeabilização Serviços de pedreiros

Subsistema de cobertura Serviços de pedreiros e carpintaria

Subsistema de instalações elétricas Serviços elétricos

Subsistema de ar condicionado Serviços de refrigeração, manutenção de

câmaras frias e bebedouros

Fonte: O autor.

Após o agrupamento das demandas nos dez subsistemas definidos, aplicou-se um filtro

em uma planilha eletrônica contendo os dados com as demandas solicitadas no período, com a

finalidade agrupar e determinar quais os subsistemas que apresentaram maior demanda por ano

e no período.

3.3 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SUBSISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÃO POR ANO E NO PERÍODO.

O Campus da UFMT é formado por 73 edificações onde funcionam unidades

acadêmicas que abrigam laboratórios, salas de aula e administração acadêmica e, em alguns

75

casos atividades referentes a administração central. Em algumas edificações, por conta dessa

mistura de atividades, a identificação das demandas fica dificultada, uma vez que várias dessas

unidades coabitam o mesmo prédio. Por isso foi necessário o agrupamento das 73 edificações

em 30 grupos de edificações conforme Quadro 2:

Quadro 2 - Agrupamento das edificações.

EDIFICAÇÕES UNIDADES SITUADAS NA EDIFICAÇÃO

CASARÃO Pró-Reitoria Administrativa-PROAD, Pró-Reitoria de Ensino de

Graduação-PROEG, Pró-Reitoria de Pesquisa-PROPEQ, Pró-

Reitoria de Ensino de Pós-Graduação-PROPG, Pró-Reitoria de

Planejamento-PROPLAN- Protocolo Geral

ICHS/FAECC/FE Instituto de Ciências Humanas e Sociais- Faculdade de

Administração e Ciências Contábeis-Faculdade de Economia

FAMEVZ/FENF Faculdade de Agronomia Medicina Veterinária e Zootecnia -

Faculdade de Engenharia Florestal

CASS Coordenação Assistência Social e Saúde do Servidor

GDP/EIT Escritório de Inovação Tecnológica - Gerência de

Desenvolvimento de Pessoas

FM/FAEN/ISC/IB Faculdade de Medicina-Faculdade de Enfermagem-Instituto de

Saúde Coletiva-Instituto de Biociência

IB/HERBÁRIO Instituto de Biociência-Herbário

FM/FANUT/FAEN Faculdade de Medicina-Faculdade de Nutrição

FAET/ICET/IF Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia-Instituto de

Ciências Exatas e da Terra-Instituto de Física

GINÁSIO Ginásio de Esportes

IL-bl.2 A Instituto de Linguagens

IL-bl.2D Instituto de Linguagens

BIBLIOTECA /REIT. Biblioteca Central-Reitoria

COORD. FINAN. Coordenação Financeira-

GRÁF. /UNISEL. Gráfica-Fundação Uniselva

FAMEVZ/HOVET bl. 3

e 4

Faculdade de Agronomia Medicina Veterinária e Zootecnia -

Faculdade de Engenharia Florestal

Continua...

76

Quadro 2 - Agrupamento das edificações (continuação).

EDIFICAÇÕES UNIDADES SITUADAS NA EDIFICAÇÃO

FAET/ICET/IF-BL.F Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia-

Instituto de Ciências Exatas e da Terra-Instituto de Física

FAET/ICET/IF-BL.E Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia-

Instituto de Ciências Exatas e da Terra-Instituto de Física

RU Restaurante Universitário

COORD. DE SEG. Coordenação de Segurança

I E-bl. 2B Instituto de Educação

C. CULTURAL-bl 1A Centro Cultural

EDUFMT bl.3 Editora Universitária

F. D. Faculdade de Direito

I. C.- bl 8-8 A-8B Instituto de Computação

I.F-PÓS-GRAD. Instituto de Física Pós-Graduação

FAEN-bl.6 Faculdade de Enfermagem

BIOTÉRIO

CENTRAL-bl-8

Biotério Central

F. E. Faculdade de Economia

UAB/CPD Universidade Aberta do Brasil-Centro de Processamento

de Dados

Fonte: o autor

Em seguida, por meio de filtro aplicado a uma planilha eletrônica contendo os dados do

período, as demandas por sistema, por ano e no período foram distribuídas nos grupos de

edificações definidos obtendo-se como resultado os grupos de edificações em que ocorreram o

maior número de demandas.

77

3.4 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SUBSISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÃO POR ANO E NO PERÍODO, CONSIDERANDO-SE A IDADE DE

CONSTRUÇÃO.

Para se determinar as demandas por subsistemas, por ano e no período, considerando-

se a idade de construção das edificações, foram definidos cinco grupos de construção, indicados

no Quadro 3:

Quadro 3 - Grupos por faixa etária de construção.

GRUPOS IDADE DE CONSTRUÇÃO (ANOS)

I ANTES DE 1970-1979

II 1980-1989

III 1990-1999

IV 2000-2009

V 2010-2014

Fonte: o autor

Em seguida, por meio de filtro aplicado a uma planilha eletrônica, contendo os dados

do período, as demandas por subsistema, por ano e no período, considerando-se o tempo de

construção, foram distribuídas nos grupos definidos por faixa etária de construção, obtendo-se

como resultado aqueles onde ocorreram o maior número de demandas.

3.5 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE INFLUÊNCIA DA IDADE DE CONSTRUÇÃO

E DA ÁREA CONSTRUÍDA NAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO.

Para se determinar a influência da idade construção e da área construída no número de

demandas realizadas nos grupos de edificações, foi definido um índice que levasse em

consideração o impacto dessas variáveis no número de intervenções realizadas. Foi definido,

assim, a idade média da construção dos grupos de edificações, quadro 4.

Quadro 4 – Idade média da construção considerando as faixas etárias da construção.

GRUPOS IDADE MÉDIA DE CONSTRUÇÃO (ANOS)

1 39

2 29

3 19

4 9

5 2

Fonte: o autor

A relação das áreas por grupo de edificações encontra-se no Quadro 5:

78

Quadro 5 - Áreas construtivas por grupo de edificações por faixa de tempo de construção.

N° PRÉDIO ÁREA (m²)

1 CASARÃO 1918,54

2 ICHS/FAECC/FE 8818,85

3 FAMEVZ/FENF 10186,80

4 CASS 582,50

5 GDP/EIT 1044,00

6 FM/FAEN/ISC/IB 3287,00

7 IB/HERBÁRIO 5155,00

8 FM/FANUT/FAEN 6216,00

9 FAET/ ICET 5936,76

10 GINÁSIO 6945,00

11 IL- bl,2A 6076,01

12 BIBLIOT, / REITORIA 5294,00

13 COORD, FINANC, bl, 2 1500,00

14 GRÁFICA/UNISELVA 1106,00

15 BLOCO F-FAETE/ICET/IF 7554,74

16 BLOCO E – FAET/ICET 2296,34

17 R. U. 3035,00

18 CCORD, SEGURANÇA 135,80

19 IE – bl, 2B 2475,39

20 IL- bl, 2D 1144,55

21 CENTRO CULTURAL bl, 1A 3328,12

22 FAMEV/HOVET-bl, 3 e 4 5187,87

23 EDITORA bl,3 452,52

24 FACULD, DIREITO 2135,00

25 INST, COMP, bl, 8-8A-8B 3239,69

26 IF - PÓS GRADUAÇÃO 528,25

27 FAEN – bl, 6 1123,42

28 BIOTÉRIO CENTRAL bl,8 564,00

29 FACULD, ECONOMIA 2457,67

30 UAB/CPD 3639,53

TOTAL 103364,35

Fonte: Proplan

Para a determinação deste índice o número total de demandas realizadas por grupos de

edificações foi dividido pela idade média da construção e em seguida pela área das edificações

de cada grupo. Os resultados são apresentados na forma de tabelas e gráficos para melhor

entendimento dos resultados.

79

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir por meio das respostas aos questionamentos mencionados anteriormente,

trata-se da manutenção especificamente em edificações, conforme os subitens:

4.1 SISTEMA DE GERENCIAMENTO E GESTÃO DA MANUTENÇÃO DAS

EDIFICAÇÕES NA UFMT.

A Prefeitura do Campus, órgão subordinado à Pró-Reitoria Administrativa é o setor

responsável pelo planejamento, coordenação e execução dos serviços relacionados à

manutenção de todo o Campus da UFMT. A estrutura administrativa para o atendimento da

manutenção em edificações, é formada pela Coordenação de Manutenção Predial e Serviços

Gerais, que por meio do apoio de duas gerências que fazem a distribuição e o acompanhamento

dos serviços, após análise e verificação das condições de atendimento pela Coordenação. A

Secretaria da Prefeitura do Campus registra e imprime as solicitações de serviços (figura 13)

originadas pelos usuários, para classifica-las por tipo de serviço, e encaminha-las a

Coordenação avaliações, averiguações e indicação da urgência e prioridade para o atendimento.

O sistema de gestão de serviços teve início na metade do ano de 2011, segundo

informações obtidas na secretaria da Prefeitura, que processa as informações registrando-as no

sistema eletrônico das solicitações que foram atendidas e as que foram indeferidas pela

Coordenação, descrevendo a motivação para tal procedimento. Às solicitações de serviços

selecionadas ao atendimento são separadas por setor (serviços de pedreiros, serralheria, pintura,

instalações elétricas, hidrossanitárias e outros) e agrupadas conforme as prioridades

determinadas e a urgência do serviço a ser executado. As demandas de solicitações de serviços

são recebidas por via eletrônica, por processos administrativos e pelas identificações de

patologias por parte da equipe de técnicos da área de manutenção, desta forma o banco de

dados formado pelo sistema de gestão de serviços é alimentado pelo setor. Observa-se que as

informações do modelo de solicitação de serviços são insuficientes para o correto

acompanhamento dos tipos de serviços, a falta de prazo para conclusão e o aceite de que o

serviço foi realizado por parte do usuário, não demonstra se houve a aplicação de técnicas de

engenharia no atendimento efetuado, pois não há registro de recebimento do serviço por parte

da equipe responsável pela manutenção predial da Prefeitura do Campus. A prerrogativa de ser

a única unidade administrativa com atribuições para a elaboração solicitações de serviços para

intervenções em unidades, permite celeridade nas soluções que se apresentam, porém dificulta

a identificação dentro do sistema e a correta localização da edificação onde será realizado o

tipo de serviço.

80

As gerências de Manutenção e Técnica Predial transferem para os encarregados dos

setores as determinações e após a conclusão de serviço é solicitado ao usuário sua assinatura

no modelo de solicitação para o reconhecimento de que o serviço foi atendido conforme o

pedido realizado, após este procedimento o encarregado do setor, devolve à Secretaria da

Prefeitura para a baixa no sistema eletrônico. Os subsistemas de instalações elétricas,

hidráulicos e o de ar condicionado são avaliados como prioridade para o atendimento pois

apresentam maior grau urgência na resolução dos problemas apresentados. A Coordenação tem

o suporte para o acompanhamento dos tipos de serviços, uma outra equipe formada por um

engenheiro eletricista, um engenheiro civil, um técnico em edificações e dois estagiários, um

do Departamento de Engenharia Civil e um do Departamento de Engenharia Elétrica.

Na figura 13 representa-se o modelo utilizado para os registros das demandas por

manutenção predial:

Figura 13 - Modelo de solicitação de serviço - UFMT

Fonte: UFMT

A periodicidade dos atendimentos realizados pela Prefeitura do Campus da UFMT, está

sujeita a fatores que podem influenciar na execução, como por exemplo: a disponibilidade de

81

mão de obra e de material a ser utilizado no tipo de serviço da demanda e no custo do serviço

a ser executado.

A falta de um plano de manutenção que tenha inspeção rotineira nas edificações e um

banco de dados atualizado, contribui para o aumento dos custos.

A terceirização das equipes que executam os serviços é fator que pode contribuir para

a falta de comprometimento do funcionário com a instituição, pois a legislação permite o alto

grau de rotatividade, que é característico do setor de construção civil, essa característica pode

contribuir para o baixo nível de acabamento nos serviços realizados seguido da deficiência no

acompanhamento da execução dos serviços.

A exemplo da falta de planejamento das ações pode-se citar as intervenções na

substituição de luminárias para lâmpadas fluorescentes tubular de embutir e de sobrepor por

luminárias para lâmpadas tipo compactas de fácil manutenção, baixo consumo, maior

durabilidade. Para este tipo de trabalho não foi considerado a vida útil das lâmpadas tubulares

existentes, deve-se salientar que a substituição deste tipo de componente é significativa, o que

motivou tal providência por parte da administração.

O serviço foi realizado em forro tipo PVC que para a instalação das antigas luminárias

efetuaram-se rasgos de diferentes tamanhos, o que conduziu a substituição da folha de forro

por nova, causando o retrabalho na equipe de limpeza e conservação por falta de melhor

interlocução entre os responsáveis.

As equipes de retirada e colocação de luminárias e a equipe que substitui a folha do

forro não trabalham em sequência, o que provoca a limpeza do local por duas vezes no mesmo

tipo de serviço, o que caracteriza a falta de um adequado planejamento.

A tabela 1 mostra a totalização das demandas de manutenção no Campus da UFMT em

Cuiabá no período avaliado.

82

Tabela 1 – Demandas de manutenção nas edificações no período 2012-2014.

Solicitações descartadas período 2012-2014

Ano

Solicitações Solicitações descartadas

Total

Total

%

Demandas fora das

edificações

Demandas em

edificações não

identificas

2012 4475 18,01 552 140 3783

2013 10735 43,21 1392 2198 7145

2014 9631 38,77 979 1661 6991

Total 24841 100,00 2923 3999 17919

Fonte: o autor

Foram desconsideradas as demandas que ocorreram fora das edificações, uma vez que

só interessam a este estudo as demandas ocorridas nas edificações e também aquelas

edificações que não puderam ser identificadas, resultando em um total de 17919 demandas no

período considerado. Nos resultados apresentados na tabela 1, pode-se verificar que em 2012

as demandas atingem 3.783 solicitações, que representam 21,11% do total de demandas

consideradas (17919). Em 2013, o registro foi de 7.145 solicitações de serviços, que

correspondem à 39,87% das demandas armazenadas no período. Em 2014, as demandas

alcançaram 6.991 intervenções efetuadas nas edificações do Campus, que representa 39,02%

do total dos registros. A figura 14 representa o universo estudado.

Figura 14 – Demandas de manutenção nas edificações no período 2012-2014.

Fonte: o autor.

3783

7145

6991 Total 17919

2012

2013

2014

83

4.2 DISTRIBUIÇÃO ANUAL DAS DEMANDAS DE MANUTENÇÃO POR

SISTEMA.

O agrupamento das ocorrências com a identificação dos subsistemas e o quantitativo

das intervenções nas unidades administrativas e acadêmicas da UFMT estão representados na

Tabela 2. Adotando a classificação por sistema por meio da aplicação de filtro na planilha

eletrônica foi possível identificar o subsistema em que ocorreu a maior incidência. Os maiores

números de demandas foram no subsistema de esquadrias com 6.433 solicitações de serviços,

o sistema de instalações elétricas com 4.578 registros, o subsistema de ar-condicionado 3.462

registros seguido do sistema hidrossanitário com 2241 solicitações.

Tabela 2 – Distribuição anual das demandas de manutenção por subsistema.

Subsistemas 2012 % 2013 % 2014 % Total %

Estrutural 16 0,42 2 0,03 5 0,07 23 0,13

Vedação 6 0,16 1 0,01 12 0,17 19 0,11

Revestimento 48 1,27 52 0,73 160 2,29 260 1,44

Pintura 102 2,70 292 4,09 315 4,51 709 3,95

Esquadrias 1458 38,54 2453 34,33 2522 36,07 6433 35,90

Hidrossanitário 490 12,95 886 12,40 865 12,37 2241 12,51

Impermeabilização 41 1,08 40 0,56 67 0,96 148 0,83

Cobertura 13 0,34 5 0,07 28 0,40 46 0,26

Instalações Elétricas 901 23,82 1961 27,45 1716 24,55 4578 25,55

Ar Condicionado 708 18,72 1453 20,34 1301 18,61 3462 19,32

Total 3783 100,00 7145 100,00 6991 100,00 17919 100,00 Fonte: o autor

Os dados da tabela 2 sinalizam que o subsistema de esquadrias como o de maior número

de demandas no período de três anos. Este resultado pode ser explicado pela grande quantidade

de serviços de serralheria, marcenaria, vidraçaria e chaveiros que em conjunto elevam este tipo

de ocorrências.

Na figura 15 pode-se observar um padrão regular de comportamento nas demandas no

período avaliado. O subsistema de esquadrias teve o maior percentual de demandas no ano de

2012 com 38,54% dos registros daquele ano, com porcentagens semelhantes nos anos

seguintes. O sistema hidrossanitário teve sua maior demanda em 2012 com 12,95% das

ocorrências, que foram semelhantes nos anos seguintes. O subsistema de instalações elétricas

registrou a maior demanda no ano de 2013 com 27,45% e o de ar condicionado, também no

mesmo ano, com 20,34%. Os resultados encontrados para as intervenções nos subsistemas de

instalação elétrica, de ar condicionado e hidrossanitário, podem indicar possíveis alterações

84

das funções dos espaços físicos e/ou adaptações destes a novas instalações de equipamentos,

características da dinâmica estes espaços estão sujeitos.

Figura 15 - Percentuais das demandas de serviços por sistema e no período.

Fonte: o autor

4.3 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR GRUPO DE EDIFICAÇÃO POR

SISTEMA NO PERÍODO ESTUDADO.

A distribuição das demandas por manutenção predial pelas unidades da UFMT,

permitiu constatar no levantamento realizado que não seria possível a verificação dos

quantitativos das intervenções por subsistemas, considerando o formato apresentado pelos

registros do banco de dados elaborado pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI). O

agrupamento das unidades por conjunto de edificações foi necessário para a identificação das

unidades acadêmicas (laboratórios, salas de aula e administração acadêmica) e unidades

administrativas gerais. Em alguns casos essas unidades estão na mesma edificação ou conjunto

de edificações. A identificação dos subsistemas foi concretizada com a investigação de cada

solicitação de serviço registrada. Após esse levantamento, foi feita a classificação dos

subsistemas, agrupando-os por edificações ou conjunto de edificações, conforme pode ser

observado na Tabela 3.

38,54

12,95

23,82

18,72

34,33

12,4

27,45

20,34

36,07

12,37

24,55

18,61

37,05

13,36

24,06

17,57

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Esquadrias Hidrossanitario Instalações Eletricas Ar Condicionado

Dem

and

as (

%)

2012 2013 2014 TOTAL 2012-2014

85

Tabela 3 – Identificação dos grupos de edificações e os subsistemas que mais demandaram no período.

SISTEMA/GRUPOS DE

EDIFICAÇÕES

ÁREA

(m² )

SISTEMA 1 SISTEMA 2 SISTEMA 3

Estrutural Vedação Revestimento

2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 %

ICHS/FAECC/FE 8818,85 1 0,08 0 0 0 0 1 0,08 0 0,00 0 0,00 4 0,32 0 0,00 15 1,21

FACULD. ECONOMIA 2457,67 1 0,25 0 0,00 0 0,00 1 0,25 0 0,00 0 0,00 4 0,99 0 0,00 1 0,25

IL- bl.2A 6076,01 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12 1,89 1 0,16 1 0,16

IL- bl. 2D 1144,55 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,67 0 0,00

IE – bl. 2B 2475,39 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,15 0 0,00 0 0,00 11 1,62 CENTRO CULTURAL bl. 1A 3328,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,24 6 1,46 4 0,97

FAMEVZ/FENF 10186,80 2 0,08 0 0,00 0 0,00 1 0,04 1 0,04 1 0,04 1 0,04 3 0,12 33 1,35

FAMEV/HOVET-bl. 3 e 4 5187,87 4 0,37 0 0,00 2 0,19 1 0,09 0 0,00 1 0,09 0 0,00 0 0,00 16 1,49

BIBLIOT. / REITORIA 5294,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,09 0 0,00 1 0,09

UAB/CPD 3639,53 0 0,00 0 0,00 1 0,21 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,41

EDITORA bl.3 452,52 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

CASS 582,50 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00

CASARÃO 1918,54 1 0,12 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,24 3 0,36 5 0,61

COORD. FINANC. bl. 2 1500,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,25 1 0,25 7 1,76

GDP/EIT 1044,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,99

GRÁFICA/UNISELVA 1106,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,15

FM/FANUT/FAEN 6216,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,15 0 0,00 1 0,07 1 0,07 8 0,60 19 1,42

IB/HERBÁRIO 5155,00 2 0,15 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,15 0 0,00 8 0,61 10 0,77

FM/FAEN/ISC/IB 3287,00 1 0,45 2 0,89 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,45 0 0,00

FAEN – bl. 6 1123,42 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 1,21 0 0,00

FACULD. DIREITO 2135,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4 1,54 0 0,00 3 1,16

INST. COMP. bl. 8-8A-8B 3239,69 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,39 0 0,00 0 0,00 0 0,00

IF - PÓS GRADUAÇÃO 528,25 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,89

FAET/ ICET 5936,76 1 0,45 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 0,20 0 0,00 9 0,59 14 0,91

BLOCO F-FAETE/ICET/IF 7554,74 1 0,08 0 0,00 1 0,08 0 0,00 0 0,00 0 0,00 8 0,63 3 0,24 10 0,79

BLOCO E – FAET/ICET 2296,34 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,23 4 0,93 0 0,00 1 0,23 BIOTÉRIO CENTRAL bl.8 564,00 0 0,00 0 0,00 1 0,62 0 0,00 0 0,00 0 0,00 3 1,85 0 0,00 0 0,00

CCORD. SEGURANÇA 135,80 1 0,30 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,30 0 0,00 2 0,60 2 0,60

GINÁSIO 6945,00 1 0,46 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 2 0,92 3 1,38 0 0,00

R.U 3035,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,79 2 1,59

SUBTOTAL 16 0,09 2 0,01 5 0,03 6 0,03 1 0,01 12 0,07 48 0,27 52 0,29 160 0,89

86

Tabela 3 – Identificação dos grupos de edificações e os subsistemas que mais demandaram no período (continuação).

SISTEMA/GRUPOS DE

EDIFICAÇÕES

ÁREA

(m² )

SISTEMA 4 SISTEMA 5 SISTEMA 6

Pintura Esquadrias Hidrossanitários

2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 %

ICHS/FAECC/FE 8818,85 4 0,32 29 2,34 16 1,29 214 17,26 187 15,08 131 10,56 17 1,37 65 5,24 17 1,37

FACULD. ECONOMIA 2457,67 4 0,99 12 2,98 1 0,25 63 15,63 56 13,90 28 6,95 11 2,73 25 6,20 12 2,98

IL- bl.2A 6076,01 0 0,00 6 0,94 6 0,94 128 20,13 50 7,86 83 13,05 24 3,77 26 4,09 26 4,09

IL- bl. 2D 1144,55 0 0,00 2 3,33 0 0,00 5 8,33 8 13,33 3 5,00 2 3,33 4 6,67 5 8,33

IE – bl. 2B 2475,39 4 0,59 12 1,77 7 1,03 59 8,70 57 8,41 117 17,26 10 1,47 25 3,69 66 9,73

CENTRO CULTURAL bl. 1A 3328,12 0 0,00 8 1,95 10 2,43 66 16,06 43 10,46 45 10,95 30 7,30 15 3,65 14 3,41

FAMEVZ/FENF 10186,80 37 1,52 67 2,75 66 2,70 56 2,30 309 12,66 451 18,48 59 2,42 123 5,04 116 4,75

FAMEV/HOVET-bl. 3 e 4 5187,87 17 1,58 2 0,19 12 1,12 90 8,36 103 9,57 124 11,52 46 4,28 74 6,88 75 6,97

BIBLIOT. / REITORIA 5294,00 4 0,37 9 0,84 39 3,65 57 5,34 154 14,42 95 8,90 34 3,18 102 9,55 55 5,15

UAB/CPD 3639,53 3 0,62 1 0,21 6 1,23 26 5,34 62 12,73 126 25,87 8 1,64 17 3,49 23 4,72

EDITORA bl.3 452,52 0 0,00 0 0,00 3 3,30 6 6,59 15 16,48 4 4,40 7 7,69 12 13,19 6 6,59

CASS 582,50 0 0,00 1 0,53 5 2,65 11 5,82 23 12,17 27 14,29 0 0,00 12 6,35 7 3,70

CASARÃO 1918,54 1 0,12 6 0,73 13 1,58 59 7,17 100 12,15 159 19,32 29 3,52 25 3,04 49 5,95

COORD. FINANC. bl. 2 1500,00 0 0,00 2 0,50 8 2,01 18 4,52 39 9,80 55 13,82 7 1,76 17 4,27 16 4,02

GDP/EIT 1044,00 0 0,00 0 0,00 2 1,98 0 0,00 24 23,76 17 16,83 4 3,96 2 1,98 2 1,98

GRÁFICA/UNISELVA 1106,00 0 0,00 3 3,45 0 0,00 0 0,00 1 1,15 9 10,34 4 4,60 7 8,05 11 12,64

FM/FANUT/FAEN 6216,00 11 0,82 7 0,52 31 2,31 106 7,90 182 13,56 147 10,95 49 3,65 32 2,38 80 5,96

IB/HERBÁRIO 5155,00 6 0,46 20 1,53 25 1,92 98 7,52 216 16,58 203 15,58 18 1,38 60 4,60 55 4,22

FM/FAEN/ISC/IB 3287,00 0 0,00 4 1,79 0 0,00 8 3,57 50 22,32 27 12,05 1 0,45 3 1,34 4 1,79

FAEN – bl. 6 1123,42 0 0,00 4 2,42 0 0,00 17 10,30 36 21,82 13 7,88 6 3,64 11 6,67 3 1,82

FACULD. DIREITO 2135,00 0 0,00 8 3,09 5 1,93 13 5,02 36 13,90 20 7,72 5 1,93 19 7,34 6 2,32

INST. COMP. bl. 8-8A-8B 3239,69 0 0,00 0 0,00 1 0,39 38 14,84 73 28,52 1 0,39 12 4,69 32 12,50 1 0,39

IF - PÓS GRADUAÇÃO 528,25 0 0,00 0 0,00 1 0,89 3 2,68 3 2,68 4 3,57 3 2,68 13 11,61 10 8,93

FAET/ ICET 5936,76 10 0,65 23 1,50 31 2,02 112 7,31 298 19,44 311 20,29 13 0,85 26 1,70 53 3,46

BLOCO F-FAETE/ICET/IF 7554,74 0 0,00 38 2,99 18 1,42 89 7,00 100 7,87 166 13,06 48 3,78 72 5,66 71 5,59

BLOCO E – FAET/ICET 2296,34 1 0,23 9 2,10 6 1,40 33 7,69 75 17,48 81 18,88 4 0,93 12 2,80 26 6,06

BIOTÉRIO CENTRAL bl.8 564,00 0 0,00 1 0,62 3 1,85 29 17,90 10 6,17 11 6,79 12 7,41 14 8,64 3 1,85

CCORD. SEGURANÇA 135,80 0 0,00 2 0,60 0 0,00 24 7,23 39 11,75 35 10,54 10 3,01 37 11,14 25 7,53

GINÁSIO 6945,00 0 0,00 16 7,37 0 0,00 30 13,82 86 39,63 0 0,00 17 7,83 3 1,38 0 0,00

R.U 3035,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 18 14,29 29 23,02 0 0,00 1 0,79 28 22,22

SUBTOTAL 102 0,57 292 1,63 315 1,76 1458 8,14 2453 13,69 2522 14,07 490 2,73 886 4,94 865 4,83

87

Tabela 3 – Identificação dos grupos de edificações e os subsistemas que mais demandaram no período (continuação).

SISTEMA/GRUPOS DE

EDIFICAÇÕES ÁREA

(m² )

SISTEMA 7 SISTEMA 8 SISTEMA 9

Impermeabilização Cobertura Inst. Elétricas

2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 % 2012 % 2013 % 2014 %

ICHS/FAECC/FE 8818,85 1 0,08 0 0,00 4 0,32 1 0,08 0 0,00 1 0,08 35 2,82 146 11,77 112 9,03

FACULD. ECONOMIA 2457,67 1 0,25 0 0,00 0 0,00 1 0,25 0 0,00 0 0,00 31 7,69 47 11,66 15 3,72

IL- bl.2A 6076,01 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 60 9,43 52 8,18 36 5,66

IL- bl. 2D 1144,55 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,67 8 13,33 6 10,00

IE – bl. 2B 2475,39 0 0,00 0 0,00 2 0,29 0 0,00 0 0,00 3 0,44 22 3,24 47 6,93 72 10,62

CENTRO CULTURAL bl. 1A 3328,12 1 0,24 4 0,97 1 0,24 4 0,97 0 0,00 0 0,00 32 7,79 1 0,24 42 10,22

FAMEVZ/FENF 10186,80 15 0,61 6 0,25 12 0,49 1 0,04 1 0,04 2 0,08 141 5,78 310 12,70 265 10,86

FAMEV/HOVET-bl. 3 e 4 5187,87 2 0,19 0 0,00 6 0,56 1 0,09 0 0,00 5 0,46 55 5,11 122 11,34 108 10,04

BIBLIOT. / REITORIA 5294,00 1 0,09 1 0,09 2 0,19 0 0,00 2 0,19 1 0,09 47 4,40 182 17,04 89 8,33

UAB/CPD 3639,53 0 0,00 0 0,00 3 0,62 0 0,00 0 0,00 0 0,00 20 4,11 45 9,24 35 7,19

EDITORA bl.3 452,52 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 6 6,59 7 7,69 7 7,69

CASS 582,50 0 0,00 0 0,00 2 1,06 0 0,00 0 0,00 1 0,53 13 6,88 24 12,70 22 11,64

CASARÃO 1918,54 1 0,12 1 0,12 2 0,24 0 0,00 0 0,00 0 0,00 36 4,37 86 10,45 95 11,54

COORD. FINANC. bl. 2 1500,00 0 0,00 3 0,75 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 0,25 17 4,27 47 11,81 67 16,83

GDP/EIT 1044,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4 3,96 18 17,82 7 6,93

GRÁFICA/UNISELVA 1106,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,15 4 4,60 4 4,60 17 19,54

FM/FANUT/FAEN 6216,00 7 0,52 3 0,22 9 0,67 0 0,00 0 0,00 1 0,07 84 6,26 154 11,48 125 9,31

IB/HERBÁRIO 5155,00 4 0,31 4 0,31 1 0,08 0 0,00 0 0,00 2 0,15 49 3,76 146 11,20 127 9,75

FM/FAEN/ISC/IB 3287,00 0 0,00 1 0,45 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 4 1,79 29 12,95 18 8,04

FAEN – bl. 6 1123,42 0 0,00 3 1,82 2 1,21 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 3,03 16 9,70 7 4,24

FACULD. DIREITO 2135,00 1 0,39 1 0,39 5 1,93 0 0,00 0 0,00 0 0,00 6 2,32 45 17,37 13 5,02

INST. COMP. bl. 8-8A-8B 3239,69 1 0,39 0 0,00 1 0,39 0 0,00 0 0,00 0 0,00 17 6,64 26 10,16 0 0,00

IF - PÓS GRADUAÇÃO 528,25 1 0,89 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 19 16,96 19 16,96 10 8,93

FAET/ ICET 5936,76 3 0,20 7 0,46 6 0,39 3 0,20 1 0,07 5 0,33 35 2,28 130 8,48 187 12,20

BLOCO F-FAETE/ICET/IF 7554,74 1 0,08 2 0,16 1 0,08 2 0,16 1 0,08 4 0,31 78 6,14 150 11,80 143 11,25

BLOCO E – FAET/ICET 2296,34 0 0,00 1 0,23 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 22 5,13 36 8,39 36 8,39

BIOTÉRIO CENTRAL bl.8 564,00 0 0,00 0 0,00 1 0,62 0 0,00 0 0,00 0 0,00 12 7,41 17 10,49 7 4,32

CCORD. SEGURANÇA 135,80 1 0,30 2 0,60 7 2,11 0 0,00 0 0,00 1 0,30 15 4,52 43 12,95 36 10,84

GINÁSIO 6945,00 0 0,00 1 0,46 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 26 11,98 4 1,84 0 0,00

R.U 3035,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 0 0,00 5 3,97 0 0,00 12 9,52

SUBTOTAL 41 0,23 40 0,22 67 0,37 13 0,07 5 0,03 28 0,16 901 5,03 1961 10,94 1716 9,58

88

Tabela 3 – Identificação dos grupos de edificações e os subsistemas que mais demandaram no período (continuação).

SISTEMA/GRUPOS DE

EDIFICAÇÕES

ÁREA (m² )

SISTEMA 10

TOTAL

% Ar Condicionado

2012 % 2013 % 2014 %

ICHS/FAECC/FE 8818,85 41 3,31 122 9,84 76 6,13 1240 6,92

FACULD. ECONOMIA 2457,67 35 8,68 43 10,67 11 2,73 403 2,25

IL- bl.2A 6076,01 33 5,19 43 6,76 49 7,70 636 3,55

IL- bl. 2D 1144,55 2 3,33 6 10,00 7 11,67 60 0,33

IE – bl. 2B 2475,39 29 4,28 43 6,34 91 13,42 678 3,78

CENTRO CULTURAL bl. 1A 3328,12 28 6,81 38 9,25 18 4,38 411 2,29

FAMEVZ/FENF 10186,80 70 2,87 154 6,31 137 5,61 2440 13,62

FAMEV/HOVET-bl. 3 e 4 5187,87 35 3,25 80 7,43 95 8,83 1076 6,00

BIBLIOT. / REITORIA 5294,00 34 3,18 87 8,15 71 6,65 1068 5,96

UAB/CPD 3639,53 7 1,44 48 9,86 54 11,09 487 2,72

EDITORA bl.3 452,52 1 1,10 7 7,69 10 10,99 91 0,51

CASS 582,50 7 3,70 18 9,52 16 8,47 189 1,05

CASARÃO 1918,54 47 5,71 40 4,86 63 7,65 823 4,59

COORD. FINANC. bl. 2 1500,00 11 2,76 43 10,80 38 9,55 398 2,22

GDP/EIT 1044,00 4 3,96 9 8,91 7 6,93 101 0,56

GRÁFICA/UNISELVA 1106,00 7 8,05 7 8,05 11 12,64 87 0,49

FM/FANUT/FAEN 6216,00 75 5,59 107 7,97 101 7,53 1342 7,49

IB/HERBÁRIO 5155,00 55 4,22 104 7,98 88 6,75 1303 7,27

FM/FAEN/ISC/IB 3287,00 14 6,25 33 14,73 24 10,71 224 1,25

FAEN – bl. 6 1123,42 11 6,67 21 12,73 8 4,85 165 0,92

FACULD. DIREITO 2135,00 6 2,32 50 19,31 13 5,02 259 1,45

INST. COMP. bl. 8-8A-8B 3239,69 19 7,42 31 12,11 2 0,78 256 1,43

IF - PÓS GRADUAÇÃO 528,25 4 3,57 16 14,29 5 4,46 112 0,63

FAET/ ICET 5936,76 32 2,09 99 6,46 121 7,89 1533 8,56

BLOCO F-FAETE/ICET/IF 7554,74 58 4,56 107 8,42 99 7,79 1271 7,09

BLOCO E – FAET/ICET 2296,34 9 2,10 23 5,36 49 11,42 429 2,39

BIOTÉRIO CENTRAL bl.8 564,00 9 5,56 19 11,73 10 6,17 162 0,90

CCORD. SEGURANÇA 135,80 12 3,61 21 6,33 16 4,82 332 1,85

GINÁSIO 6945,00 7 3,23 21 9,68 0 0,00 217 1,21

R.U 3035,00 6 4,76 13 10,32 11 8,73 126 0,70

SUBTOTAL 708 3,95 1453 8,11 1301 7,26 17919 100,00

89

A identificação dos grupos edificações e respectivas faixas etárias de construção

considerando-se o total de demandas no período 2012-2014 estão representadas na tabela 4.

Tabela 4– Grupo de edificações com maior número de demandas.

Grupo de edificações

Total de

demandas no

período

Faixa etária de construção

FAMEVZ/FENF 2440 Antes de 1970-1979

FAET/ICET 1533 Antes de 1970-1979

FM/FANUT/FAEN 1342 Antes de 1970-1979

IB/HERBARIO 1303 Antes de 1970-1979

FAETEC/ICET/IF- BL. F 1271 1980-1989

ICHS/FAECC/FE 1240 Antes de 1970-1979

Fonte: o autor

Observa-se que os números de maiores demandas estão nas edificações com a idade de

construção acima de quarenta anos para cinco grupos e um com trinta anos de construção.

A figura 16 permite uma melhor visualização dos grupos de edificações que obtiveram

as maiores demandas.

Figura 16 - Grupo de edificações com maior número de demandas.

Fonte: o autor.

2440

1533

1342

1303

1271

1240

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

FAMEVZ/FENF - Antes de 1970-1979

FAET/ICET - Antes de 1970-1979

FM/FANUT/FAEN - Antes de 1970-1979

IB/HERBARIO - Antes de 1970-1979

FAETEC/ICET/IF- BL. F - 1980-1989

ICHS/FAECC/FE - Antes de 1970-1979

Gru

po

de

ed

ific

açõ

es

Demandas

90

4.4 DISTRIBUIÇÃO DAS DEMANDAS POR SISTEMA POR GRUPO DE

EDIFICAÇÕES NO PERÍODO, CONSIDERANDO-SE A IDADE DE CONSTRUÇÃO.

O quadro 6 apresenta a faixa etária de construção dos grupos de edificações para

facilitar a identificação das demandas de manutenção predial por faixa etária. Os grupos de

edificações foram reunidos por faixa etária de construção.

Quadro 6– Grupo de edificações segundo a faixa etária de construção.

Nº GRUPO DE EDIFICAÇÕES FAIXA ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO

1 CASARÃO

ANTES DE 1970-79

2 ICHS/FAECC/FE

3 FAMEV/FENF

4 CASS

5 GDP/EIT

6 FM/FAEN/ISC/IB

7 IB/HERBÁRIO

8 FM/FANUT/FAEN

9 FAET/ ICET

10 GINÁSIO

11 IL- bl,2A

1980-1989

12 BIBLIOT, / REITORIA

13 COORD, FINANC, bl, 2

14 GRÁFICA/UNISELVA

15 BLOCO F-FAETE/ICET/IF

16 BLOCO E – FAET/ICET

17 R.U

18 CCORD, SEGURANÇA

19 IE – bl, 2B

1990-1999 20 IL- bl, 2D

21 CENTRO CULTURAL bl, 1A

22 FAMEV/HOVET-bl, 3 e 4

23 EDITORA bl,3

2000-2009

24 FACULD, DIREITO

25 INST, COMP, bl, 8-8A-8B

26 IF - PÓS GRADUAÇÃO

27 FAEN – bl, 6

28 BIOTÉRIO CENTRAL bl,8

29 FACULD, ECONOMIA 2010-2014

30 UAB/CPD

Fonte: o autor

A tabela 5 apresenta um resumo das demandas totais por ano e por período e por faixa

etária de construção, onde conclui-se que a faixa etária onde ocorreram as maiores demandas

foi a de antes de 1970 a 1979. Verifica-se no período estudado que o sistema de esquadrias

obteve o percentual de 35,90% do total de demandas atendidas nos grupos de edificações

formados. Observa-se também que o sistema de instalações elétricas tem 25,55% das

ocorrências e que apresenta 19,32%. Em seguida tem-se o sistema hidrossanitário com 12,51%

das demandas do levantamento efetuado no período.

91

Tabela 5 – Distribuição das demandas por subsistema por grupo de edificações considerando-se a idade de construção.

Subsistemas

Grupos de edificações/ faixa etária de construção

Total

% Antes1970- 1979 1980- 1989 1990- 1999 2000-2009 2010-2014

2012 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014 2012 2013 2014

Estrutural 9 2 0 2 0 1 4 0 2 0 0 1 1 0 1 23 0,13

Vedação 4 1 7 0 0 2 1 0 2 0 a0 1 1 0 0 19 0,11

Revestimento 10 35 97 26 8 25 1 7 31 7 2 4 4 0 3 260 1,45

Pintura 69 173 189 5 69 77 21 24 29 0 13 13 7 13 7 709 3,96

Esquadrias 694 1475 1473 349 476 553 220 211 289 106 173 53 89 118 154 6433 35,90

Hidrossanitário 207 351 383 131 274 258 88 118 160 45 101 29 19 42 35 2241 12,51

Impermeabilização 31 23 36 3 9 10 3 4 9 3 4 9 1 0 3 148 0,83

Cobertura 5 2 12 2 3 8 5 0 8 0 0 0 1 0 0 46 0,26

Instalações Elétricas 427 1047 958 248 514 436 110 178 228 65 130 44 51 92 50 4578 25,55

Ar Condicionado 352 707 633 170 344 344 94 167 211 50 144 48 42 91 65 3462 19,32

Total 1808 3816 3788 936 1697 1714 547 709 969 276 567 202 216 356 318 17919 100

Fonte: o autor

92

A tabela 6 apresenta as demandas de manutenção agrupadas por tempo de

construção e com as ocorrências apresentadas nos subsistemas onde fica evidenciado que

no período de “antes de 1970-1979”, foi aquele onde foram registrados os maiores

números de intervenções com 9412 ocorrências, enquanto as demandas para as demais

faixas de tempo de construção foram reduzindo-se até o menor registro que ocorreu no

período 2010-2014 com 890 intervenções nas edificações. Também se observou uma

regularidade nos resultados em que os prédios mais antigos foram aqueles que registraram

Tabela 6 – Demandas por m² por idade da construção no período 2012-2014.

Faixa etária de

construção

Área (m²)

Ano

Total

2012 % 2013 % 2014 %

Antes de 1970-1979 50090,45 1808 19,21 3816 40,54 3788 40,25 9412

1980-1989 26997,89 936 21,53 1697 39,04 1714 39,43 4347

1990-1999 12135,93 547 24,58 709 31,87 969 43,55 2225

2000-2009 8042,88 276 26,41 567 54,26 202 19,33 1045

2010-2014 6097,20 216 24,27 356 40,00 318 35,73 890

ÁREA TOTAL 103364,35 3783 21,11 7145 39,87 6991 39,01 17919

Fonte: o autor

as maiores demandas. Esses resultados são limitados pois não permitem uma visão mais

abrangente das demandas nos grupos de edificações por não considerarem o tempo

decorrido de construção e a área das edificações. A figura 17 apresenta as demandas de

manutenção considerando os grupos de edificações segundo a faixa etária de construção.

Figura 17 - Grupo de edificações com maior número de demandas segundo a

faixa etária de construção.

Fonte: o autor.

1808936

547276

216

3816

1697

709567

356

37881714

969202 318

9412

4347

2225

1045 890

0

2000

4000

6000

8000

10000

antes de 70-79 1980-1989 1990-1999 2000-2009 2010-2014

de

dem

and

as

Faixa etária de construção2012 2013 2014 Total 2012-2014

93

4.5 DETERMINAÇÃO DAS OCORRÊNCIAS EM FUNÇÃO DA IDADE DE

CONSTRUÇÃO E DA ÁREA CONSTRUÍDA DOS EDIFÍCIOS.

Para se verificar quais os grupos de edificações por faixa etária de construção que

mais demandaram os serviços de manutenção, foi necessário para uma melhor análise

criar o índice de influência da idade da construção por área construída. Este índice foi

calculado considerando-se o número de demandas de manutenção pela área construída

das edificações, por faixa etária de construção e por sua respectiva idade média de

construção. Os resultados são apresentados na tabela 7.

Tabela 7 – Demandas de manutenção em função da idade de construção e da área

construída dos edifícios.

Faixa etária

de

construção.

N° de

demandas.

Área (m²).

Idade

média

(anos).

Demanda

média anual.

Demanda

média

anual por

m².

Índice de influência da

idade da construção por

área construída e

demandas /m2 /ano.

Antes de

1970-1979

9412

50090,45

39

241,33

0,188

0,0048

1980-1989 4347 26997,89 29 149,90 0,161 0,0055

1990-1999 2225 12135,93 19 117,11 0,183 0,0096

2000-2009 1045 8042,88 9 116,11 0,130 0,0144

2010-2014 890 6097,20 2 445,00 0,146 0,0730

Fonte: o autor

Os maiores índices calculados foram aqueles pertencentes ao grupo de edificações

com idade média de construção de dois anos, com índice de 0,0730, seguido do grupo de

edificações com idade média de nove anos, com índice de 0,0144. Observa-se a redução

deste índice com o aumento do tempo médio de construção os grupos de edificações.

Esperava-se que ocorresse o contrário, pois os grupos de edificações com maior idade de

construção, apresentaram um maior número de intervenções por m². Esses resultados

podem sugerir a ocorrência de problemas referentes a diminuição da qualidade do projeto

e/ou uso de materiais de construção empregados de baixa qualidade e/ou falhas na

execução das construções. O gráfico da figura 18 apresenta a evolução do índice de

influência da idade da construção por área construída.

94

Figura 18 – Índice de influência da idade de construção considerando-se os grupos de

edificações por faixa etária de construção.

Fonte: o autor

0,00480,0055

0,00960,0144

0,073

0

0,01

0,02

0,03

0,04

0,05

0,06

0,07

0,08

Antes de 1970-1979

1980 - 1989 1990-1999 2000-2009 2010-2014

Índ

ice

de

infl

uêc

ia (

dem

and

a/m

²/an

o)

FAIXA ETÁRIA DE CONSTRUÇÃO

95

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

5.1 CONCLUSÕES.

A estrutura para o atendimento das demandas de manutenção predial no Campus

de Cuiabá da UFMT pode ser aperfeiçoada as informações do banco de dados são

insuficientes para o planejamento das ações de manutenção. A falta de controle na

qualidade dos serviços executados e a constatação de que a manutenção é feita de forma

corretiva e sem organização permite observar que a falta de cadastros e registros dos

espaços físicos e a deficiência das informações no modelo de solicitação de serviços. Em

alguns casos essas solicitações são preenchidas de forma que impede a localização correta

de onde será executado os serviços demandados por uma unidade acadêmica e/ou

administrativa.

A falta de cadastramento dos espaços físicos em que o registro de materiais e

componentes poderia facilitar ações de manutenção preventiva na realidade prejudica o

desenvolvimento dessas ações por falta de conhecimento dos componentes existentes nas

salas de aula, laboratórios e áreas destinadas à administração acadêmica e geral. Foi

possível verificar, que não há previsão de intervenções em função da vida útil nos tipos

de subsistemas aqui estudados e a falta de critérios técnicos para o controle da qualidade

dos serviços realizados em função das demandas registradas.

A implantação de um plano de manutenção para as edificações do Campus da

UFMT de Cuiabá precisa fazer parte da realidade da instituição, por meio de medidas

como a elaboração do inventário de cada edificação ou conjunto de edificações com o

cadastramento dos tipos de materiais e componentes empregados. A integração dos

órgãos envolvidos no tratamento da manutenção de um prédio pode atingir metas de

redução de custos e padronização de forma organizada dos tipos de componentes e

especificações das edificações.

O plano de manutenção predial para o Campus pode promover ações rotineiras de

inspeção, manutenção, reparação e substituição de componentes, considerando um banco

de dados de procedimentos por meio do cadastro das edificações, plantas as built e

registros de programação preventiva, com a verificação das frequências das inspeções

prediais e durabilidade prevista de cada item especificado em projeto.

96

As informações com a caracterização da estrutura de manutenção predial o

agrupamento das demandas no período analisado, a identificação dos subsistemas de o

maior número de intervenções nas unidades acadêmicas e administrativas da UFMT, a

verificação das demandas de maior frequência considerando o tempo de construção dos

grupos de edificações analisados foram procedimentos que levaram a verificação de

possíveis influências dos tipos de construção e/ou materiais empregados e/ou projetos nas

demandas de manutenção predial.

A pesquisa identificou, por meio dos levantamentos no banco de dados, o sistema

de esquadrias como o de maior número de demandas registradas nas unidades do Campus,

seguido pelos subsistemas de instalações elétricas, de ar-condicionado e sistema

hidrossanitário. A repetição dessas demandas nos anos subsequentes pode indicar

comportamento de mesmo padrão em virtude da dinâmica dos espaços físicos de um

ambiente universitário, em que as áreas acadêmicas são, com frequência alteradas em

função de aquisições de novos equipamentos e alterações no layout das edificações.

As edificações que demandaram o maior número de intervenções, considerando

os seis resultados mais significativos, mostrados na tabela 3 foram as unidades das

Faculdades de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia e Faculdade de Engenharia

Florestal que apresentou o maior percentual com 13,62% do total das demandas geradas

pelas unidades acadêmicas e/ou administrativas. Em seguida com 8,56% o grupo de

edificações da Faculdade de Arquitetura Engenharia e Tecnologia, seguido do grupo de

edificações das Faculdades de Medicina, de Nutrição e de Enfermagem com 7,49%. As

demandas o grupo de edificações do Instituto de Biociências e o Herbário da UFMT

apresentaram 7,27% das demandas no período de antes de 1970-1979. Em posição muito

semelhantes estão os grupos de edificações da FAET/ICET/IF e os ICHS/FAECC/FE,

que tem idade de construção diferentes, um pertencente ao tempo de construção anterior

e o outro de 1980-1989 (bloco F).

Nas demandas por faixa etária de construção por grupo de edificações pode-se

observar que este número de ocorrência é maior a medida em que aumenta a faixa idade

de construção em que estão os grupos de edificações estudados. Entretanto nas demandas

por idade de construção por área construída, pode-se observar que as edificações mais

recentes registraram os maiores índices em relação as edificações com tempo de

97

construção superior a 39 anos, o que indica que edificações e/ou conjunto de edificações

com menos de dez anos de uso estão proporcionalmente mais degradadas edificações

mais antigas. Estes resultados indicam que os responsáveis por esses problemas são

decorrentes de projetos contemporâneos deficientes, com pouco detalhamento

arquitetônicos e/ou especificação inadequada de materiais empregados e/ou execução

malfeita e com fiscalização pouco eficaz.

O estudo permite concluir que a estrutura para o tratamento da manutenção predial

na UFMT poderá ser melhorada com criação de um mecanismo onde as ações de

elaboração e execução de projetos de engenharia, manutenção dos prédios após ocupação.

A aquisição de materiais e equipamentos para edificações podem ser usadas de forma

integrada e harmônica visando a padronização das ações e permitindo a redução de custos

sem a perda de qualidade.

5.2 RECOMENDAÇÕES.

Como sugestão para trabalhos futuros, recomendamos:

a) Estudos que considerem o cadastramento de todos os espaços

físicos do Campus Universitário com o detalhamento das

especificações das edificações, relacionando os tipos de materiais

e equipamentos existentes, de forma que houvesse constante

atualização do banco de dados por meio de plantas as built.

b) Estudos visando o levantamento das condições estruturais para a

implantação de um plano de manutenção predial para as

edificações da UFMT em Cuiabá.

98

REFERÊNCIAS

ALENCASTRO, João Paulo Ulrich de. Diagnóstico das Práticas de Coordenação e

Compatibilização de Projetos no Mercado de Construção civil de Florianópolis-

SC.2006.153 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade

Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006

ANTONIOLI, Paulo Eduardo. Planejamento de Manutenção. In. PINI, Mario Sergio at

al. Manutenção Predial. 1.ed. São Paulo: PINI, 2011. P.53-61.

ARAÚJO, Viviane Miranda. Práticas Recomendadas para Gestão mais Sustentável

de Canteiro de Obras.2009.204 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola

Politécnica da Universidade São Paulo, São Paulo, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 5674: Manutenção de

Edificações - Procedimento. Rio de Janeiro: 2012 (ago.)

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103

APÊNDICE I

Conceitos e definições que estabelecem as terminologias adotadas por

profissionais da área de manutenção predial, segundo as normas da ABNT:

Contratante: órgão setorial que contrata a execução dos serviços de um

componente ou sistema construtivo da edificação.

Contratada: empresa ou profissional contratado para a execução dos serviços de

manutenção deum componente ou sistema construtivo da edificação.

Cadernos de encargos: parte do edital de licitação, que tem o objetivo de definir

o objeto da licitação e do sucessivo contrato, e estabelecer requisitos e condições técnicas

e administrativas para a execução dos serviços.

Fiscalização: atividade exercida de modo sistemático pelo contratante e seus

prepostos com o objetivo de verificar o cumprimento das disposições do contrato em

todos os aspectos.

Componentes: composição, associação, fixação ou aplicação de materiais e

equipamentos na edificação.

Solicitações de uso: formas e condições de utilização dos componentes e sistemas

construtivos da edificação.

Desempenho técnico: comportamento de um sistema construtivo ou componente

devido a utilização a que é submetido ao longo do tempo.

Conservação: atividades técnicas e administrativas destinadas a preservação das

características de desempenho técnico dos sistemas e componentes da edificação.

Manutenção: atividade técnica e administrativa destinada a preservação das

características de desempenho dos sistemas construtivos e componentes da edificação.

Manutenções corretivas: atividade de manutenção executada após a ocorrência

da falha ou desempenho insuficiente do sistema construtivo ou componente.

Manutenções preventivas: atividade de manutenção executada antes da

ocorrência da falha ou do desempenho do sistema construtivo ou componente.

Planos de manutenção predial: conjunto de inspeções destinadas a evitar a

ocorrência de falha ou desempenho insuficiente dos sistemas construtivos, definidas em

função das características dos componentes da edificação e orientação técnica de

fabricantes e fornecedores.

104

Manutenção programada: a manutenção preventiva a ser realizada seguindo as

determinações do plano de manutenção predial.

Desempenho: a capacidade de atendimento das necessidades dos usuários da

edificação.

Edificação: o produto constituído pelo conjunto de elementos definidos e

integrados em conformidade com os princípios e técnicas da Engenharia e da Arquitetura

para, ao integrar a urbanização, desempenhar funções ambientais em níveis adequados.

Inspeção: a avaliação do estado da edificação e de suas partes constituintes,

realizada para orientar as atividades de manutenção.

Manual de operação, uso e manutenção: o documento que reúne

apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades de

operação, uso e manutenção da edificação.

Manutenção: como o conjunto de atividades a serem realizadas para conservar

ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes constituintes de atender

as necessidades e segurança dos seus usuários.

Necessidades dos usuários: como as exigências de segurança, saúde, conforto,

adequação ao uso e economia cujo atendimento é condição para realização das atividades

previstas no projeto.

Planejamento (dos serviços de manutenção): a elaboração de uma previsão

detalhada dos métodos de trabalho, ferramentas e equipamentos necessários, condições

especiais de acesso, cronograma de realização e duração dos serviços de manutenção.

Previsão orçamentária: que é a estimativa do custo para a realização de um

programa de manutenção.

Programação (dos serviços de manutenção): que é a elaboração de um

cronograma para a realização dos serviços de manutenção.

Projeto: descrito como a descrição gráfica e escrita das características de um

serviço ou obra de Engenharia ou de Arquitetura, definindo seus atributos técnicos,

econômicos, financeiros e legais.

105

Proprietário: como a pessoa física ou jurídica que tem o direito de dispor da

edificação.

Serviço de manutenção: como a intervenção realizada sobre a edificação e suas

partes constituintes, com a finalidade de conservar ou recuperar a sua capacidade

funcional.

Sistema de manutenção: como o conjunto de procedimentos organizado para

gerenciar os serviços de manutenção.

Usuário: como a pessoa física ou jurídica, ocupante permanente ou não

permanente da edificação.

Vida útil: como o intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes

constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetadas,

obedecidos aos planos de operação, uso e manutenção previstos.

O planejamento da Divisão de Revitalizações e Adequações, DIRE indica os

agentes que representaram a administração da Universidade nas diferentes fases para

atendimento das demandas planejadas que são:

Gestor do Contrato: com a função de promover o equilíbrio econômico-

financeiro, dos incidentes relativos a pagamentos, de questões ligadas à documentação,

ao controle de prazos de vencimento, de prorrogação etc. É um serviço administrativo

propriamente dito, que pode ser exercido por uma pessoa ou por um setor.

Fiscal do Contrato: com a função de exercer o acompanhamento e a fiscalização

do cumprimento contratual, devendo informar a Administração sobre eventuais vícios,

irregularidades ou baixa qualidade dos serviços prestados pela contratada, propor as

soluções e as sanções que entender cabíveis para a regularização das faltas e defeitos

observados. Exercer a fiscalização de execução da reforma/adequação com provimento

informacional de medições periódicas que deve conter: registro de levantamentos, os

cálculos, registros fotográficos, e gráficos necessários aos detalhamentos e a

determinação da quantidade de serviços efetivamente executados.

Interlocutor Setorial: com o objetivo de auxiliar no levantamento das

necessidades da reforma, conversar com os responsáveis solicitantes, reunir-se para

106

alterações ou necessidades de aditivos, realizar reclamações sobre a qualidade e execução

do cronograma. Não pode interferir na execução.

Diretor da Unidade: com a função de articular setorialmente na priorização das

revitalizações/adequações, representar a unidade nas definições do Plano de

Desenvolvimento Institucional - PDI junto à Pró-Reitoria de Planejamento – PROPLAN.