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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS - ICAA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP CURSO DE AGRONOMIA PROSPECÇÃO DE MOSCA-DAS-FRUTAS NA REGIÃO NORTE DE MATO GROSSO Sinop - MT Julho - 2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO ......método eficiente de controle de moscas-das-frutas é o controle biológico, que vem sendo cada vez mais utilizado, principalmente

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS - ICAA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

CURSO DE AGRONOMIA

PROSPECÇÃO DE MOSCA-DAS-FRUTAS NA REGIÃO NORTE DE MATO

GROSSO

Sinop - MT

Julho - 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS - ICAA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP

CURSO DE AGRONOMIA

PROSPECÇÃO DE MOSCA-DAS-FRUTAS NA REGIÃO NORTE DE MATO

GROSSO

MICHELE EMILY SOUZA DA SILVA

ORIENTADOR: PROF. DR. MARLITON ROCHA BARRETO

Sinop - MT

Julho – 2018

Trabalho de conclusão de curso (TCC)

apresentado ao curso de Agronomia do

ICAA/CUS/UFMT, como parte das

exigências para a obtenção do Grau de

Bacharel em Agronomia.

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AGRADECIMENTOS

- Acima de tudo e todos a Deus pois Ele é meu Senhor, se não por meio Dele, não teria

chegado até aqui.

- A meu noivo Michel, a minha família, Jonas, Noeli, Mayla, Sheila, Marcelo e Luíz

Otávio, a minhas amigas Elen, Vanessa e Thayna, que me ajudaram e me apoiaram em todas

as etapas deste trabalho.

- Ao professor e orientador Dr. Marliton Rocha Barreto, que me orientou de forma

objetiva para obter êxito neste trabalho.

- A todos os produtores que tão prontamente nos forneceram os frutos utilizados neste

trabalho, meu muito obrigada.

- Ao Dr. Ricardo Adaime da Silva e a doutoranda Maria do Socorro Miranda de Sousa,

pela identificação das moscas-das-frutas.

- Aos demais professores, do curso de graduação, que nos transmitiram seus

conhecimentos e contribuíram para minha formação.

- A todos que de alguma forma contribuíram direta ou indiretamente para minha

formação acadêmica.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Pontos de coleta dos frutos para obtenção de moscas-das-frutas, no período de julho de 2016

a novembro de 2017, nos municípios de Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba, Nova Guarita, Sinop e Terra

Nova do Norte e suas respectivas coordenadas

geográficas...................................................................................................................................20

Tabela 2 - Frutos coletados na região norte de Mato Grosso, nomes comum e científico, moscas-

das-frutas associadas e município em que foi

coletada.....................................................................................................................................31

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Recipientes plásticos para armazenamento de frutos e obtenção das moscas-das-frutas.

Fonte: Silva, M. E. S. 2017........................................................................................................21

Figura 2. Armadilha usada para captura das moscas-das-frutas. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.....22

Figura 3. Moscas-das-frutas e outros insetos obtidos, acondicionadas em microtubos para envio

à identificação. Fonte: Silva, M. E. S. 2017...............................................................................23

Figura 4. Adulto de Ceratitis capitata (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.................................25

Figura 5. Adulto de Anastrepha fraterculus (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.....................26

Figura 6. Adulto de Anastrepha obliqua (Macquart, 1835). Foto: Barreto, M. R.......................26

Figura 7. Adulto de Anastrepha sororcula Zucchi, 1979. Foto: Barreto, M. R..........................27

Figura 8. Adulto de Anastrepha striata Schiner, 1868. Foto: Barreto, M. R..............................27

Figura 9. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no Estado de Mato Grosso.

Confeccionado por Silva, M. E. S. da, 2018. *: mosca registrada sem identificação de

município..................................................................................................................................28

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RESUMO

As moscas-das-frutas estão presentes em todas as regiões do Brasil e são responsáveis

por grandes perdas em pomares comerciais em todo o país. Objetivou-se com este trabalho

realizar um levantamento da riqueza de espécies de moscas-das-frutas presentes e suas

respectivas espécies frutíferas relacionadas em municípios da região norte do Estado de Mato

Grosso. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizadas coletas de aproximadamente

2.500 frutos, envolvendo 34 espécies vegetais, entre os meses de julho de 2016 a novembro de

2017. Os frutos foram acondicionados em recipientes plásticos para observar a emergência das

moscas-das-frutas e também foram utilizadas armadilhas de garrafas PET adaptadas do modelo

McPhail®. Com o uso dos dois métodos, 2.821 moscas-das-frutas foram coletadas no total.

Três famílias, dois gêneros e cinco espécies foram identificadas: Ceratitis capitata (Wied.,

1824), Anastrepha striata Schiner, 1868, A. obliqua (Macquart, 1835), A. sororcula Zucchi,

1979 e A. fraterculus (Wied., 1824) foram registradas no presente trabalho. Este é o primeiro

registro destas espécies para a região norte do Estado.

Palavras-chave: Riqueza, Anastrepha, Amazônia Meridional, Fruticultura, Tephritidae.

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ABSTRACT

Fruit flies are present in all regions of Brazil and are responsible for large losses in

commercial orchards throughout the country. The objective of this work was to survey the

richness of fruit fly species present and their related fruit species in municipalities in the

northern region of the State of Mato Grosso. For the development of this work were collected

approximately 2,500 fruits, involving 34 plant species, from July 2016 to November 2017. The

fruits were packed in plastic containers to observe the emergence of fruit flies and were also

used PET bottle traps adapted from the McPhail® model. With the use of both methods, 2,821

fruit flies were collected in total. Three families, two genera and five species were identified:

Ceratitis capitata (Wied., 1824), Anastrepha striata Schiner, 1868, A. obliqua (Macquart,

1835), A. sororcula Zucchi, 1979 and A. fraterculus (Wied., 1824) were recorded in the present

work. This is the first record of these species for the northern region of the State.

Key words: Wealth, Anastrepha, Southern Amazonia, Fruticulture, Tephritidae.

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SUMÁRIO

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................ 6

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. 7

RESUMO ................................................................................................................................................ 8

ABSTRACT ............................................................................................................................................ 9

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 11

2. OBJETIVOS ................................................................................................................................. 13

2.1. Objetivo Geral ....................................................................................................................... 13

2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................................ 13

3. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................... 14

3.1. Fruticultura: Importância econômica e social no Brasil. ....................................................... 14

3.2. Frutas, diversidade e saúde .................................................................................................... 15

3.3. Mosca-das-frutas e sua diversidade no Brasil e no mundo ................................................... 15

3.3.1. Danos causados pelas moscas-das-frutas ...................................................................... 17

3.3.2. Métodos de controle das moscas-das-frutas .................................................................. 18

4. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................................................... 20

4.1. Locais do experimento .......................................................................................................... 20

4.2. Captura, triagem e armazenamento dos insetos .................................................................... 21

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................. 24

5.1. Moscas-das-frutas.................................................................................................................. 24

5.2. Plantas hospedeiras das moscas-das-frutas e municípios onde foram coletadas ................... 29

6. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 34

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................... 35

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil manteve-se, até 2017, na posição de terceiro maior produtor mundial de frutas,

atrás apenas da China e Índia que ocupam a primeira e segunda posições respectivamente.

Segundo o Ministério da Agricultura, o país produziu em 2016 aproximadamente 46 milhões

de toneladas de frutas frescas, para consumo interno e exportação.

Com grandes produções, a possibilidade de ataque de pragas e doenças também é

sempre presente. Foi estimado, no ano de 2016, a perda de cerca de um bilhão de dólares

relacionado aos danos causados pelas moscas-das-frutas em todo o mundo. O aumento

populacional, consequentemente gerou aumento da demanda e venda de frutas e o avanço das

áreas produtoras, tendo como consequência ainda, o aumento das áreas afetadas pelas moscas-

das-frutas (Diptera: Tephritidae), levando à necessidade de controle também no Brasil.

Com todo estudo e conhecimento acerca das moscas-das-frutas três níveis de danos

causados por elas são registrados: ocasionado por perda dos frutos, o dano direto na produção

e o dano durante a comercialização. Os frutos danificados são menos aceitos pelo mercado

consumidor por possuírem menor vida útil de prateleira, além disso, pode ocorrer o fechamento

dos mercados para exportação, através de implicações quarentenárias, visando o impedimento

de entrada da praga aos países importadores de frutas.

O método mais utilizado para controle de moscas-das-frutas é o controle químico, que

se utiliza de princípios químicos ativos que agem de forma inseticida eliminando-as, embora

eficientes, além de muito agressivos a outros insetos que não as moscas-das-frutas, os

inseticidas são também prejudiciais ao meio ambiente. Alternativo ao uso de inseticidas, outro

método eficiente de controle de moscas-das-frutas é o controle biológico, que vem sendo cada

vez mais utilizado, principalmente por sua menor nocividade ao ambiente em relação a produtos

químicos. Os meios de controle biológico são: uso de parasitoides, insetos predadores e

patógenos (vírus, fungos, bactérias e protozoários).

Tendo conhecimento do potencial de danos causados pelas moscas-das-frutas e sabendo

do grande prejuízo financeiro que tem causado ao redor do mundo, é de extrema importância o

conhecimento das espécies presentes em cada região do território nacional, não somente em

áreas produtoras, mas também em áreas ainda sem produção, mas que possuem potencial

produtivo.

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A incidência de mosca-das-frutas na região norte de Mato Grosso e a escassez de

trabalhos sobre as espécies presentes nesta região, justificam a execução deste trabalho.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Verificar a riqueza de moscas-das-frutas na região norte do estado de Mato Grosso.

2.2. Objetivos Específicos

• Determinar a riqueza de espécies de moscas-das-frutas capturados em

municípios da região norte de Mato Grosso e suas respectivas plantas

hospedeiras;

• Avaliar a riqueza de moscas-das-frutas e sua ocorrência em frutos coletados em

municípios da região norte de Mato Grosso;

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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1. Fruticultura: Importância econômica e social no Brasil.

Presente em todos os estados brasileiros a fruticultura é responsável pela geração direta

de milhões de empregos em todo o ciclo produtivo e em diversas funções. Buainain & Batalha

(2007) registraram que, cada hectare ocupado com fruticultura emprega diretamente de duas a

cinco pessoas ao longo de toda a cadeia produtiva, permitindo que famílias inteiras tirem seu

sustento da produção de frutas e derivados, esses números correspondem a 27% da mão de obra

de todo o setor agrícola do País. Com área de plantio correspondente a 2,6% da área ocupada

pela agricultura no Brasil, gera em média, três empregos permanentes diretos e dois empregos

indiretos a cada 10 mil dólares investidos na produção (ANUÁRIO BRASILEIRO DA

FRUTICULTURA, 2015).

Com um lucro de 636 milhões de dólares com exportações em 2014, a fruticultura possui

influência de peso na economia nacional. Sabendo-se ainda que esta produção possui grande

potencial de aumento, podemos esperar uma melhor posição no ranking mundial de produção

em alguns anos (REETZ et al., 2015; CAMARGOS et al., 2017).

Considerando a boa aceitação das frutas brasileiras pelos países importadores, a

tendência é de aumento nas exportações de frutas frescas, secas e derivados, a cada ano (FAO,

2015). Segundo o MAPA (2016) o número total de países consumidores de frutas do Brasil

chegou a 96.

Garantindo a continuidade do Brasil na terceira posição de maior produtor de frutas

mundial, atrás apenas da China e da Índia, até o ano de 2016, a produção estimada de 2017 foi

de 44 milhões de toneladas. Responsável por 30 % da produção mundial, a China produz

aproximadamente 255 milhões de toneladas de frutas, enquanto que a produção indiana

corresponde a 10 % da produção mundial com 90 milhões de toneladas de frutas. As áreas

destinadas a produção são de aproximadamente 15,6 milhões de hectares na China, 7,2 milhões

de hectares na Índia e 2,3 milhões de hectares no Brasil (ANDRADE, 2017).

Dentro do país, 30 polos de produção espalhados em mais de 50 municípios já foram

registrados, englobando uma área de 3,4 milhões de hectares. As frutas com maiores produções

no Brasil são: laranja, banana, mamão e abacaxi, o que corresponde a cerca de 70% da produção

total (SEBRAE, 2015).

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Álvares & Bayma (2017) relataram que em 2014, segundo dados do IBGE em 2016, a

produção de frutos superou 39 milhões de toneladas e apresentou valor bruto total de R$ 25,4

bilhões. Segundo esses mesmos autores, a região da Amazônia Legal, em 2014 respondeu por

7,34% do total de frutas produzidas no Brasil e proporcionou uma receita de R$ 2,7 bilhões

para uma produção de 2.928.040 toneladas de frutas, obtida em uma área de 226.178 há e o

Mato Grosso é responsável por 6,34% dessa produção.

3.2. Frutas, diversidade e saúde

Sabendo-se da grande dimensão territorial do Brasil, pode-se imaginar a quantidade de

frutos presentes também em solo brasileiro. Com as mais variadas formas, tamanhos, cores e

composições químicas, a extensa biodiversidade do Brasil favorece os estudos acerca dos

benefícios atingidos com o consumo de frutas, sendo elas exóticas ou nativas (ANUÁRIO

BRASILEIRO DA FRUTICULTURA, 2016).

Conhecendo a riqueza em vitaminas e minerais das frutas, o consumo per capita deste

alimento no mundo deve continuar crescendo a taxas superiores às da economia mundial, de

acordo com projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação

(FAO, 2015).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2016), as frutas possuem vitaminas e

minerais indispensáveis aos seres humanos (PRATA & MARQUES, 2017; COSTA et al.,

2017), além de compostos químicos com potencial antioxidante que podem ser usados em

tratamentos de saúde como a obesidade, envelhecimento precoce, redução do risco de doenças

cardiovasculares e também alguns tipos de câncer (SILVA, 2013; ALBUQUERQUE et

al.,2016; ANTUNES et al., 2017; SANTOS et al., 2017).

3.3. Mosca-das-frutas e sua diversidade no Brasil e no mundo

As moscas-das-frutas tem sido o maior motivo de preocupação nos pomares ao redor do

mundo, as perdas anuais chegam a 2 bilhões de dólares e, somente no Brasil esse valor é de

aproximadamente 200 milhões de dólares, envolvendo perdas de frutos e custos alfandegários

com o comércio internacional tornando o controle efetivo das moscas-das-frutas uma

necessidade global (CAMARGOS et al., 2017).

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Na região Neotropical são conhecidas mais de 250 espécies de moscas-das-frutas do

gênero Anastrepha Schiner 1868, nesta região é também o gênero mais diversificado e

economicamente relevante, e a espécie introduzida Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824), mais

conhecida como mosca do mediterrâneo, estão entre os insetos frugívoros mais importantes em

frutas comerciais (NORRBOM, 2010; JESUS-BARROS et al., 2012).

Há registro de mosca-das-frutas nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas,

Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas

Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio

Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito

Federal (CORSATO, 2004; PONTES, 2006; ZUCCHI & MORAES, 2008; LEAL et al., 2009;

MARINHO et al., 2011; VELOSO et al., 2012; NASCIMENTO et al., 2014).

No Brasil, cerca de 121 espécies de Anastrepha já foram relatadas, situação que coloca

o país em uma posição elevada em questão de diversidade da mosca-das-frutas no continente,

além de uma posição preocupante relacionando-se ao comércio internacional de frutas

(ZUCCHI & MORAES, 2008).

Espécies polífagas de moscas-das-frutas, como Anastrepha obliqua (Macquart, 1835)

A. striata (Schiner, 1868) e A. fraterculus (Wiedemann, 1830), distribuem-se geograficamente

de forma mais ampla do que as espécies consideradas especialistas. Assim como muitas

espécies podem utilizar um mesmo hospedeiro, em uma certa região, um fruto frequentemente

infestado por uma espécie de mosca-das-frutas, mesmo polífaga, pode não ser infestado em

outra região (DEUS & ADAIME, 2013).

A espécie Ceratitis capitata foi registrada no Brasil no início do século 20, mais

precisamente no ano de 1901 no estado de São Paulo, e é a única espécie do gênero que ocorre

no País. É considerada a espécie de mosca-das-frutas mais cosmopolita em todo o mundo, com

374 espécies de hospedeiros conhecidos, pertencentes a 69 famílias. Está distribuída em

praticamente todos os estados brasileiros, com maior importância econômica nas regiões

Sudeste e Nordeste (NAVA et al., 2017).

As moscas-das-frutas podem ser encontradas em pomares da África (VARGAS et al.,

2012; EL HARYM & BELQAT, 2017; GVANVOSSOU et al., 2017), Ásia (PRABHAKAR et

al., 2012; VARGAS et al., 2015), Oceania, Europa (VARGAS et al., 2015), América do Norte

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(PAPADOPOULOS et al., 2013; VARGAS et al., 2015; HEVE et al., 2017;), América Central

(FLORES et al., 2017; RULL et al., 2018) e América do Sul (VARGAS et al., 2012).

Para o estado de Mato Grosso 23 espécies de moscas-das-frutas já foram registradas,

sendo elas: C. capitata (Wiedwmann, 1824); Anastrepha amita Zucchi, 1979; A. coronilli

Carrejo & González, 1993; A. daciformis Bezzi, 1909; A. dissimilis Stone, 1942; A. distincta

Greene, 1934; A. fractura (Stone, 1942); A. fraterculus (Wiedemann, 1830); A. grandis

(Macquart, 1846); A. leptozona Hendel, 1914; A. matertela Zucchi, 1979; A. mixta Zucchi,

1979; A. mucronota (Stone, 1942); A. obliqua (Macquart, 1835); A. pickeli Lima, 1934; A.

pseudoparallela (Loew, 1873); A. punctata Hendel, 1914; A. serpentina (Wiedemann, 1830);

A. sororcula Zucchi, 1979; A. striata Schiner, 1868; A. turpiniae Stone, 1942; A. zenildae

Zucchi, 1979 e A. matogrossensis Norrbom & Uchôa, 2011 (PONTES, 2006; NORBOM &

UCHÔA, 2011; SILVA et al., 2017). As espécies A. daciformis, A. mixta e A. punctata são

registradas no Estado, mas não possuem identificação do município em que foram coletadas

(ZUCCHI & MORAES, 2008).

3.3.1. Danos causados pelas moscas-das-frutas

Devido ao impacto econômico direto causados pelas moscas-das-frutas, estes insetos

estão entre as pragas de maior importância mundial. Os danos ocorrem primeiramente pela

oviposição da fêmea, a partir do crescimento da larva começam os danos causados pelo

consumo da polpa das frutas pela própria larva da mosca, além das rígidas restrições

quarentenárias impostas por muitos países visando o impedimento à entrada da praga (ALUJA

& MANGAN, 2008).

Mesmo sendo conhecida como mosca-das-frutas, algumas espécies, em sua fase

larvária, podem se alimentar de botões florais, flores, gemas, folhas, sementes e raízes,

causando danos irreparáveis às culturas (UCHÔA, 2012).

Os danos causados pelas moscas-das-frutas são visivelmente semelhantes em

praticamente todas as espécies de frutas. Iniciam pela inserção do ovipositor nos frutos,

causando injúrias que favorecem a entrada de doenças e, além dos danos causados pela

movimentação e alimentação das larvas formando galerias nas polpas, levando a posterior

apodrecimento e queda dos frutos (NAVA & BOTTON, 2010).

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3.3.2. Métodos de controle das moscas-das-frutas

Até 2017 o método de controle da mosca-das-frutas mais realizado e considerado mais

eficaz era o uso de inseticidas, aplicado, por meio de pulverizações em cobertura e aplicações

de isca tóxica (DUARTE et al., 2017). Geralmente os inseticidas utilizados para o controle da

mosca-das-frutas são do grupo dos organofosforados, que controlam os adultos e seus estágios

imaturos no interior dos frutos e a isca tóxica (atrativo alimentar e inseticida) diminui a

população de adultos no pomar e reduz a oviposição da mosca nos frutos (NAVA & BOTTON,

2010).

Há também a técnica do inseto estéril (TIE), técnica ecológica e de certa forma

sustentável, que foi idealizada e criada pelo entomologista americano E.F. Knipling, como uma

possibilidade de controle ou até mesmo a erradicação da mosca varejeira, Cochliomyia

hominivorax (Coquerel, 1858) (Diptera: Calliphoridae) (PARANHOS, 2005). A TIE consiste

na criação massal do inseto praga que se deseja controlar, na sua esterilização com radiação

gama e na liberação semanal de uma população no mínimo nove vezes maior do que a selvagem

no campo. Este macho estéril copula com a fêmea selvagem (da mesma espécie presente no

campo) que, por sua esterilidade, não gera descendentes (ARAUJO & SPENCER, 2017).

Estudos foram conduzidos com Tephritidae utilizando-se de armadilhas, tanto para

coletas amostrais quanto controle propriamente dito. O modelo McPhail® por exemplo, é usado

mundialmente para monitoramento e mesmo controle destes insetos (JEMÂA et al., 2010;

AZEVEDO et al., 2012; TRASSATO et al., 2016). Adaptações podem ser feitas visando o

menor custo e também a sustentabilidade por meio do aproveitamento de garrafas Poli Etileno

Tereftalato (PET) para a produção de armadilhas, utilizadas para fim de controle, detecção ou

monitoramento de moscas-das-frutas (BARCELOS & MARUYAMA, 2014; VENZON et al.,

2016).

Apesar de a principal forma de controle das moscas-das-frutas nos pomares ser por meio

de aplicações de inseticidas, o controle biológico tem assumido um papel importante nas

práticas de manejo integrado dos tefritídeos (HÄRTER et al. 2010; NÚÑEZ-CAMPERO et al.,

2014). Dentre os métodos de controle biológico, o uso de himenópteros parasitoides está entre

os mais utilizados, sendo em diversas partes do mundo considerado por muitos pesquisadores

como os mais importantes inimigos naturais das moscas-das-frutas (ALUJA et al., 2014).

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Porém para que as técnicas de controle biológico no manejo de mosca-das-frutas sejam

eficientes, é de grande importância o conhecimento de parâmetros dos inimigos naturais como,

sua interação com a espécie de mosca-das-frutas e suas plantas hospedeiras (BITTENCOURT

et al., 2011).

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4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1. Locais do experimento

A condução deste trabalho foi realizada durante o período de julho de 2016 e novembro

de 2017, no município de Sinop e algumas cidades próximas: Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba,

Nova Guarita e Terra Nova do Norte. Em todos os pontos de coleta de frutos foram registradas

as coordenadas geográficas obtidas com auxílio de GPS (Global Positioning System) (Tabela

1).

Tabela 1 – Pontos de coleta dos frutos para obtenção de moscas-das-frutas, no período de julho de 2016

a novembro de 2017, nos municípios de Cláudia, Gaúcha do Norte, Itaúba, Nova Guarita, Sinop e Terra

Nova do Norte e suas respectivas coordenadas geográficas.

Local da Coleta Coordenada geográfica

Chácara Bom Sucesso - Sinop 11°52'29.1"S 55°27'52.1"O

Chácara Esconderijo do Osama - Sinop 11°50'03.5"S 55°27'33.5"O

Chácara Ângela - Sinop 11°51'45.8"S 55°22'46.1"O

Comunidade Branca de Neve - Sinop 11°51'35.8"S 55°27'18.3"O

Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'40.9"S 55°38'36.8"O

Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'41.2"S 55°38'36.9"O

Embrapa – Agrossilvipastoril - Sinop 11°53'41.4"S 55°38'37.0"O

Jardim Botânico - Sinop 11°51'56.9"S 55°30'41.1"O

Jardim Europa – Sinop 11°50'25.2"S 55°31'48.4"O

Jardim Europa – Sinop 11°50'25.2"S 55°31'48.5"O

Jardim Itália - Sinop 11°50'30.8"S 55°32'01.4"O

Jardim Primaveras - Sinop 11°50'21.5"S 55°29'54.7"O

Jardim Primaveras – Sinop 11°50'21.6"S 55°29'54.5"O

Universidade Federal de Mato Grosso - Sinop 11°51'45.7"S 55°28'50.6"O

Universidade Federal de Mato Grosso – Sinop 11°51'53.9"S 55°29'00.8"O

Cláudia 11°30'26.5"S 54°52'58.2"O

Fazenda Águas do Jabuti – Gaúcha do Norte 13°06'59.2"S 53°18'23.9"O

Itaúba 11°00'23.4"S 55°14'24.7"O

Nova Guarita 10°18'21.9"S 55°24'10.0"O

Nova Guarita 10°18'22.4"S 55°24'10.5"O

Terra Nova do Norte 10°35'55.3"S 55°06'53.8"O

Terra Nova do Norte 10°35'58.8"S 55°07'08.3"O

Fonte: Silva, M. E. S. 2017.

O clima da região norte do estado de Mato Grosso, de acordo com a classificação de

Köppen, adequa-se ao tipo Aw, que é caracterizado por estações seca e chuvosa bem definidas,

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apresenta ainda média pluviométrica anual de 2.000mm e altas temperaturas, a média anual é

de 30º C (Celsius), tendo 15º C de diferença entre o mês mais quente e o mês mais frio

(ALVARES et al., 2013).

4.2. Captura, triagem e armazenamento dos insetos

Dois métodos foram utilizados para captura dos insetos. No primeiro método, foram

coletadas frutas potencialmente infestadas em pomares de sítios, comunidades e de fundos de

quintais, estas foram recolhidas tanto das árvores quanto do solo e posteriormente armazenadas

em sacos de papel tipo kraft, para transporte até a Universidade Federal de Mato Grosso,

Campus Sinop.

No Laboratório de Entomologia, as frutas foram acondicionadas em recipientes

plásticos previamente preparados para acolhimento das mesmas (Figura 1). Estes possuíam

tampas plásticas, furadas e vedadas com microtelas de tecido para que não houvesse saída dos

insetos depois de emergidos e, também, possibilitar a circulação de ar. No fundo dos recipientes

foram colocados de três a quatro centímetros, de altura, de vermiculita expandida, para o

alojamento das pupas.

Figura 1. Recipientes plásticos para armazenamento de frutos e obtenção das moscas-das-frutas. Fonte:

Silva, M. E. S. 2017.

Os recipientes foram tampados e armazenados em estantes e mantidos em temperatura

ambiente, por cerca de 20 a 30 dias, período suficiente para emergência dos insetos. Para coleta

dos insetos que emergiram, os recipientes foram colocados em ambiente frio, com temperatura

média aproximada de menos seis graus Celsius (-6 ºC), de cinco a dez minutos, para redução

de movimento dos insetos visando sua coleta, sem perda e sem afetar os insetos ainda na fase

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pupal. Os adultos foram coletados com auxílio de pinça, sendo separadas as moscas-das-frutas

de outros insetos associados as frutas que emergiram juntamente (parasitoides e outros) e

observados para pré-reconhecimento visual de possíveis gêneros.

O segundo método utilizado para captura das moscas-das-frutas foi o uso de garrafas

PET (Figura 2) adaptadas do modelo de armadilhas do tipo McPhail®. Para confecção foram

utilizadas garrafas de plástico transparentes de 2L, 4 aberturas foram feitas com auxílio de

estilete, aberturas estas posicionadas de forma equidistante uma das outras nas laterais, de

tamanho aproximado 2x2cm. Posteriormente foram vedadas na parte superior, com a tampa

própria de cada embalagem, evitando entrada de água. Receberam ainda, próximo as tampas,

um pedaço de arame liso e maleável, com aproximadamente 20 cm de comprimento, para serem

suspensas nos diversos ambientes em que foram dispostas (galhos de árvores, por exemplo).

Figura 2. Armadilha usada para captura das moscas-das-frutas. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.

Quando levadas a campo, no interior de cada garrafa foi colocado uma solução atrativa

de melado de cana (10%), e adicionadas algumas gotas de detergente neutro (utilizado para

quebra da tensão superficial da solução facilitando a imersão dos insetos). O procedimento de

coleta com armadilhas PET foi realizado duas vezes ao mês durante todos os meses de estudo

para obtenção das moscas-das-frutas.

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As armadilhas foram posicionadas nas fruteiras e retiradas aproximadamente 48 horas

depois da instalação. Com auxílio de uma peneira de malha fina e pinça, os insetos foram

retirados das armadilhas e acondicionados em pequenos recipientes plásticos com solução de

álcool 70%, e devidamente tampados para transporte. A solução da garrafa era então eliminada

e substituída por nova solução preparada de mesmo modo.

Após a retirada das armadilhas do campo e feito a separação das moscas emergidas nos

recipientes, no Laboratório de Entomologia os insetos foram armazenados em microtubos

(Figura 3) contendo solução de álcool 70%, etiquetados com informações de data e local de

coleta, nome do coletor e possível gênero, e enviados à especialista para identificação.

Figura 3. Moscas-das-frutas e outros insetos obtidos, acondicionadas em microtubos para envio à

identificação. Fonte: Silva, M. E. S. 2017.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O período total do experimento foi de 17 meses. Durante o desenvolvimento deste

trabalho foram coletados 3.217 (três mil duzentos e dezessete) insetos. Destes,

aproximadamente 2.821 insetos foram identificados como moscas-das-frutas, que foram

capturados pelas coletas de frutos diretamente (96%) e por meio das armadilhas (4%) dispostas

nos pomares e florestas.

5.1. Moscas-das-frutas

As moscas-das-frutas capturadas, foram identificadas e resultaram em: uma família

(Tephritidae), dois gêneros (Ceratitis e Anastrepha) e cinco espécies: Ceratitis capitata,

Anastrepha fraterculus, A. obliqua, A. sororcula e A. striata.

Tephritidae é a família de espécies de moscas-das-frutas mais conhecida e estudada

entre os dípteros de importância econômica. Com ampla distribuição geográfica, no Brasil três

gêneros desta família são encontrados, sendo eles, Anastrepha, Bractocera e Ceratitis e os

danos causados por estas moscas, são feitos pelas fêmeas na oviposição e pelas larvas inseridas

nos frutos (TRASSATO et al., 2017).

O estabelecimento dos três gêneros em todos os estados brasileiros não ocorreu ainda,

possivelmente, pela grande diversidade de climas e ambientes nas cinco regiões do país,

dificultando a adaptação dos insetos às mesmas (MONTES et al., 2011).

O gênero Ceratitis possui cerca de 65 espécies registradas, no entanto, C. capitata

(figura 4) é a única espécie encontrada no Brasil (PINTO et al., 2017) e é a espécie que traz

mais preocupação aos produtores, sendo uma das mais cosmopolitas e considerada a espécie

mais nociva entre os tefritídeos. Ao redor do mundo 374 espécies vegetais são hospedeiras para

C. capitata, no Brasil oito espécies foram registradas como hospedeiras, porém, todas são

exóticas (SILVA et al., 2011).

Dias & Silva (2014) registraram nove plantas hospedeiras desta espécie na fronteira

Oeste do Rio Grande do Sul, enquanto que Azevedo et al. (2017) registraram apenas dois

hospedeiros em Rio Branco, no Acre. Araújo et al. (2016) registraram oito hospedeiros no

estado do Pará, e dois destes frutos são de espécies nativas da Amazônia.

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Figura 4. Adulto de Ceratitis capitata (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.

Também conhecida como mosca-do-mediterrâneo, ela causa prejuízos extremos aos

pomares e foi registrada pela primeira vez no Brasil em 1901 no estado de São Paulo, na

Amazônia Legal brasileira atinge os estados do Acre (ADAIME et al., 2017a), Maranhão

(AZEVEDO et al., 2017), Mato Grosso (PONTES, 2006), Pará (ARAÚJO et al., 2016),

Rondônia, Roraima (TRASSATO et al., 2017) e Tocantins (BOMFIM et al., 2014). No estado

de Mato Grosso, exemplares de C. capitata já haviam sido capturados, em armadilhas do tipo

McPhail, em Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jaciara, Ouro Branco (distrito de Itiquira) e

Rondonópolis (PONTES, 2006) (Figura 9).

Até 2011 havia registro de 109 espécies do gênero Anastrepha no território nacional,

destas, 54 estavam presentes na região amazônica e 29 eram exclusivas da Amazônia Legal que

compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,

Roraima e Tocantins. Nenhuma destas espécies são pragas quarentenárias regulamentadas no

Brasil, porém os danos causados por elas, interferem nas exportações por exemplo (ZUCCHI

et al., 2011).

Anastrepha fraterculus (figura 5) está distribuída em quatro estados (Amapá, Maranhão,

Pará e Tocantins) e apresenta dez espécies vegetais de sete famílias botânicas como hospedeiras

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(SILVA et al., 2011; ADAIME et al., 2017b). Dias & Silva (2014) registraram quatro plantas

hospedeiras desta espécie na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

Figura 5. Adulto de Anastrepha fraterculus (Wied., 1824). Foto: Barreto, M. R.

A espécie Anastrepha obliqua (figura 6) pode ser encontrada em todos os nove estados

pertencentes a Amazônia Legal, possui 25 espécies vegetais hospedeiras, de oito famílias

botânicas (SILVA, 2011).

Figura 6. Adulto de Anastrepha obliqua (Macquart, 1835). Foto: Barreto, M. R.

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Anastrepha sororcula (figura 7) está distribuída nos estados do Amapá, Maranhão, Mato

Grosso, Pará, Roraima e Tocantins, com sete espécies hospedeiras de cinco famílias botânicas,

estas não estão amplamente distribuídas (SILVA, 2011).

Figura 7. Adulto de Anastrepha sororcula Zucchi, 1979. Foto: Barreto, M. R.

Anastrepha striata (figura 8) é encontrada nos nove estados e possui 28 espécies

hospedeiras, pertencentes a quinze famílias botânicas (GODOY et al., 2011; UCHÔA &

PONTES, 2011).

Figura 8. Adulto de Anastrepha striata Schiner, 1868. Foto: Barreto, M. R.

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As espécies A. obliqua, A. sororcula, A. striata e C. capitata, já possuem registro para

Mato Grosso na região sudeste do estado (PONTES, 2006) (figura 9).

Figura 9. Distribuição geográfica das espécies de moscas-das-frutas no Estado de Mato Grosso.

Confeccionado por Silva, M. E. S. da, 2018. *: mosca registrada sem identificação de município.

Neste trabalho a porcentagem de machos de Anastrepha foi de 38,4 % do total de

moscas-das-frutas identificadas. O dimorfismo sexual nas moscas-das-frutas apresenta-se de

forma variável dependendo da espécie observada, sendo sucinto em vezes e distinto em outras,

podendo expressar-se de diversas formas como diferença nos olhos, no tamanho do inseto, no

formato do abdome, número de cromossomos, presença de acúleo (ovopositor), etc. É ainda

fundamental na identificação de espécies de Anastrepha por exemplo, sendo utilizadas as

fêmeas na diferenciação entre espécies (FACHOLI-BENDASSOLLI & UCHOA-

FERNANDES, 2006).

Por meio do uso das armadilhas PET adaptadas foram capturados espécimes da família

Tephritidae; machos do gênero Anastrepha; e as espécies Ceratitis capitata, Anastrepha

obliqua, A. sororcula e A. fraterculus. Este método obteve, embora em menor quantidade, a

maior variabilidade de espécimes coletados.

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Armadilhas tipo PET são recomendadas pelo MAPA para o controle de C. capitata nas

culturas de citros, goiaba, mamão, manga e pêssego, inclusive com a utilização de atrativos

sexuais sintéticos, para monitoramento e para coleta massal (VENZON et al., 2016), mesmo

com estas recomendações, infelizmente em grande parte das regiões do Brasil, essa técnica é

utilizada mais para monitoramento de adultos e posterior controle químico do que efetivamente

para o controle de moscas-das-frutas (FERNANDES et al., 2009).

Sharifi et al. (2013) registraram com sucesso o controle massal de insetos-praga em

citrus com a utilização de armadilhas PET, assim como Azevedo et al. (2012), que registraram

seu uso em pomares produtores de goiaba. Para áreas de vinhedo, as armadilhas plásticas

também podem ser utilizadas para controle e monitoramento de moscas-das-frutas (BOTTON

et al., 2015).

Fernandes et al. (2014) também registraram sua eficiência utilizando-as em cafezais de

Minas Gerais, para o mesmo estado na região sul, as armadilhas foram utilizadas com eficiência

também em cafezais, no controle de moscas de Anastrepha e C. capitata (SOUZA et al., 2018).

5.2. Plantas hospedeiras das moscas-das-frutas e municípios onde foram coletadas

Os frutos foram coletados de acordo com a sua disponibilidade em campo, o que

influenciou na diversidade de espécie de fruto encontrado em cada município. Neste

experimento foram coletados aproximadamente 2.500 frutos de 34 espécies, todos os frutos

foram identificados visualmente no Herbário CNMT (herbário participante do INCT – Herbário

Virtual da flora e dos fungos) do Acervo Biológico da Amazônia Meridional (ABAM) da

Universidade Federal de Mato Grosso, utilizando-se de comparações com exsicatas e literatura

específica (LORENZI et al., 2006). Do início ao fim do experimento, de todos os frutos

coletados, 13 espécies apresentaram-se como hospedeiros de moscas-das-frutas (Tabela 2).

Os frutos coletados foram: acerola ( Nova Guarita, Sinop e Terra Nova do Norte), amora

(Sinop), araçá (Sinop), araçá-boi (Nova Guarita), bergamota (Nova Guarita), cacau (Cláudia),

cajuzinho-do-cerrado (Itaúba), café (Cláudia), caju (Sinop), carambola (Cláudia, Nova Guarita

e Sinop), chapéu-de-napoleão (Nova Guarita), cupuaçu (Sinop), figo (Nova Guarita e Sinop),

fruta-do-conde (Sinop), goiaba (Nova Guarita e Sinop), graviola (Nova Guarita e Sinop),

jabuticaba (Nova Guarita e Sinop), jambo-amarelo (Sinop), jambo-vermelho (Gaúcha do Norte

e Sinop), jamelão (Sinop), jenipapo (Sinop), laranja (Gaúcha do Norte e Nova Guarita), limão

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(Gaúcha do Norte e Sinop), lobeira (Sinop), mamão (Sinop), manga (Nova Guarita e Sinop),

maracujá (Sinop), noni (Sinop), pitanga (Itaúba e Sinop), pitomba (Sinop), poncã (Gaúcha do

Norte, Sinop), romã (Nova Guarita e Sinop), seriguela (Sinop) e uvaia (Itaúba, Nova Guarita e

Sinop)

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31 Tabela 2 - Frutos coletados na região norte de Mato Grosso, nomes comum e científico, moscas-das-frutas associadas e município em que foi coletada.

Nome popular Nome científico / Família Moscas-das-frutas presentes /Município

Acerola Malpighia emarginata - Malpighiaceae C. capitata / Gaúcha do Norte, Nova Guarita, Sinop, Terra Nova do Norte;

Anastrepha sp.* / Terra Nova do Norte;

A. sororcula / Terra Nova do Norte;

Araçá Psidium cattleianum - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop; A. striata / Sinop;

A. obliqua / Sinop;

A. sororcula / Sinop;

Araçá-boi Eugenia stipitata- Myrtaceae C. capitata / Nova Guarita;

Caju Anacardium occidentale - Anacardiaceae C. capitata / Sinop;

A. obliqua / Sinop;

Anastrepha sp.* / Sinop;

Carambola Averrhoa carambola - Oxalidaceae C. capitata / Nova Guarita, Sinop;

A. obliqua / Nova Guarita;

A. fraterculus / Nova Guarita;

Goiaba Psidium guajava - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop; C. capitata / Sinop;

A. striata / Sinop; Jabuticaba Plinia cauliflora - Myrtaceae C. capitata / Sinop;

A. sororcula / Nova Guarita, Sinop;

Anastrepha sp.*/ Nova Guarita, Sinop;

Jambo-vermelho Syzygium malaccense - Myrtaceae A. sororcula / Gaúcha do Norte;

Anastrepha sp.* / Gaúcha do Norte

Manga

(variedades Rosa e Espada)

Mangifera indica L. - Anacardiaceae Anastrepha sp.* / Sinop;

A. obliqua / Sinop

Pitanga Eugenia uniflora - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop;

A. sororcula / Sinop;

C. capitata / Sinop;

Seriguela Spondias purpurea - Anacardiaceae C. capitata / Sinop;

A. obliqua / Sinop;

A. fraterculus / Sinop; Anastrepha sp.* / Sinop;

Uvaia Eugenia pyriformis - Myrtaceae Anastrepha sp.* / Sinop;

A. sororcula / Sinop.

Fonte: Silva, M. E. S. 2017. -*: Macho de Anastrepha.

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O período de ocorrência das moscas-das-frutas foi variável. C. capitata apresentou-se

em oito hospedeiros. Santana et al. (2017) registraram predominância de C. capitata em frutos

de acerola no Vale do Submédio São Francisco e ainda observaram este fruto como

multiplicador potencial desta espécie. Dias & Silva (2014) registraram C. capitata parasitando

frutos de bergamota, diferindo do atual trabalho.

O fruto da goiabeira é registrado como hospedeiro de cerca de 11 espécies de tefritídeos

do gênero Anastrepha (ZUCCHI, 2007; HARTER et al., 2010; NAVA et al., 2014).

Anastrepha sororcula apresentou-se em seis hospedeiros. Para o estado de Mato Grosso,

há registro de associação desta espécie com frutos de carambola e seriguela, diferindo dos

resultados deste trabalho (SILVA et al., 2017).

Anastrepha obliqua apresentou-se em seis hospedeiros, é considerada a mais polífaga

das Anastrepha, sendo registrada sua preferência por frutas das famílias Anacardiaceae e

Myrtaceae (MARSARO JÚNIOR et al., 2017), especialmente plantas do gênero Spondias

(SOUSA et al., 2017), como a Seriguela.

Anastrepha fraterculus apresentou-se em dois hospedeiros, esta foi encontrada por Dias

& Silva (2014) associada a frutos de pitanga e de goiaba. Sousa et al. (2017) afirmam que A.

fraterculus possui preferência por hospedeiros da família Anacardiaceae.

Anastrepha striata foi encontrada em dois frutos hospedeiros. Sousa et al. (2017)

relataram que esta espécie possui preferência por plantas da família Myrtaceae, como a goiaba

e o araçá. Já Marsaro Júnior et al. (2017) registraram um número maior de espécies hospedeiras

para A. striata no estado de Roraima, com dez espécies hospedeiras pertencentes a cinco

famílias botânicas: Anacardiaceae, Malpighiaceae, Myrtaceae, Oxalidaceae e Passiloraceae.

Havendo poucos pomares comerciais na região norte de Mato Grosso, se comparada a

regiões produtoras, a diversidade de moscas-das-frutas e também sua quantidade pode se

considerar limitada, uma vez que a ocorrência de mosca-das-frutas esteja diretamente

relacionada a disponibilidade de frutas hospedeiras, corroborando com os dados obtidos por

Sousa et al. (2017).

Jesus-Barros et al. (2012) registrou, somente em cinco municípios do estado do Amapá,

12 espécies de Anastrepha. Araújo et al. (2015) registraram 14 diferentes frutos hospedeiros de

moscas das frutas, sendo as 4 espécies principais de moscas-das-frutas identificadas:

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Anastrepha obliqua (Macquart), Anastrepha sororcula Zucchi, Anastrepha zenildae Zucchi e

C. capitata.

Alguns frutos considerados de alta suscetibilidade a moscas-das-frutas, como por

exemplo o fruto do café (CAMARGOS et al., 2015), não se apresentaram como hospedeiros.

No presente trabalho, um total de 365 frutos de café foram observados, estes foram coletados

nos municípios de Cláudia e Sinop em chácaras com pequenas produções para consumo próprio

dos agricultores, em duas datas diferentes no primeiro ano de condução do experimento, porém,

nenhuma mosca emergiu dos mesmos, possivelmente relacionado ao tamanho das áreas de

produção, estas utilizadas somente para consumo próprio dos agricultores. Fruto de grande

valor comercial e com forte mercado para exportação, as regiões produtoras de café no Brasil

sofrem com ataque de moscas-das-frutas, destacando-se várias espécies dos gêneros Anastrepha

e Lonchaeidae e a espécie Ceratitis capitata (Wiedemann) (MONTES et al., 2012).

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6. CONCLUSÃO

Através deste estudo foi realizado o primeiro registro de Ceratitis capitata, Anastrepha

obliqua, Anastrepha sororcula e Anastrepha fraterculus, para a região norte do Estado de Mato

Grosso.

Também se faz aqui o registro dos hospedeiros acerola, araçá-boi, cajú, carambola,

goiaba, jabuticaba, pitanga e seriguela para C. capitata; de carambola e seriguela para A.

fraterculus; de araçá, caju, carambola, manga e seriguela para A. obliqua; de acerola, araçá,

jabuticaba, jambo-vermelho, pitanga e uvaia para A. sororcula e de araçá e goiaba para A.

striata nesta região.

Considerando que um período de 17 meses seja um curto período para investigação de

diversidade de espécies presentes em um estado do tamanho de Mato Grosso, avanços foram

obtidos com este trabalho, porém muito ainda pode ser desenvolvido.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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