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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO ELETRÔNICO INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DA SEGES-MT E DE PRÁTICAS DE IHC ELISÂNGELA SOUZA FERREIRA CUIABÁ MT 2016 UFMT

Universidade Federal de Mato Grosso¢ngela Souza... · ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO ELETRÔNICO INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DA SEGES-MT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE

SOFTWARE DA SEGES-MT E DE PRÁTICAS DE IHC

ELISÂNGELA SOUZA FERREIRA

CUIABÁ – MT

2016

UF MT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE

SOFTWARE DA SEGES-MT E DE PRÁTICAS DE IHC

ELISÂNGELA SOUZA FERREIRA

Orientador: Prof.ª Dra. PATRICIA CRISTIANE DE SOUZA

Co-orientador: Prof. Dr. JOSE VITERBO

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Engenharia Web e Governo

Eletrônico do Instituto de Computação da

Universidade Federal de Mato Grosso, como

requisito para conclusão do Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu em Engenharia Web e

Governo Eletrônico.

CUIABÁ – MT

2016

UF MT

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA WEB E GOVERNO

ELETRÔNICO

CERTIFICADO DE APROVAÇÃO

TÍTULO: INTEGRAÇÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE

SOFTWARE DA SEGES-MT E DE PRÁTICAS DE IHC

AUTOR: ELISÂNGELA SOUZA FERREIRA

Aprovada em 01/12/2016

UF MT

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DEDICATÓRIA

À minha mãe Iracema Sena de Souza pelo apoio incondicional em todos os momentos

da minha vida.

Ao meu noivo Éder Braga Martins pelo super amor e confiança.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por me manter firme no caminho e pela oportunidade de aprendizado.

Agradeço aos professores Patrícia Cristiane de Souza e José Viterbo por doarem seu

tempo e dedicação a minha orientação.

Agradeço ao coordenador do setor de Tecnologia de Informação da SEGES-MT, Marcel

Ribeiro Primo de Souza, por intermediar a autorização para essa pesquisa.

Agradeço ao meu noivo, Éder Braga Martins, e minha mãe, Iracema Sena de Souza,

pelo apoio e confiança durante os momentos de fraqueza.

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RESUMO

É comum as organizações possuírem um Processo de Desenvolvimento de Sistemas

(PDS) próprio, formalizado, cada um com suas características e métodos. Um PDS

consiste em um conjunto de passos ordenados e executados com o objetivo de criar um

sistema de informação, visando assegurar o desenvolvimento com prazos e necessidades

de recursos definidos, com alta produtividade, de forma econômica e com qualidade. As

áreas de Engenharia de Software (ES) e de Interação Humano-Computador propõem o

desenvolvimento de sistemas interativos de forma sistemática, definindo modelos,

técnicas, processos e métodos específicos. Entretanto, é comum ainda hoje,

encontrarmos trabalhos que discutem a integração das duas áreas. Para transpor a

dificuldade de fazer a integração de ES e IHC é necessária uma identificação mais

detalhada das tarefas a serem realizadas e a necessidade de uma boa comunicação entre

os especialistas das duas áreas durante o processo de desenvolvimento do sistema. Neste

sentido, com o intuito de verificar como estão estruturados os PDS nas organizações em

nossa região, foi desenvolvida uma pesquisa preliminar na qual foram analisados os

PDSs de seis instituições: três públicas e três privadas. E constatou-se que nenhum

destes PDS possuíam processos de IHC efetivamente formalizados, somente realizam

algumas atividades isoladas. Uma das instituições é a Secretaria de Estado de Gestão de

Mato Grosso (SEGES-MT, Brasil). Esta possui um PDS que foi desenvolvido com o

intuito de facilitar o intercâmbio de informações e experiências adquiridas no

desenvolvimento e manutenção de sistemas em todas as instituições do estado. Uma vez

que este PDS é utilizado como referência pelas instituições públicas do Estado de Mato

Grosso, na sua concepção, foi considerada a disparidade existente entre as equipes de

desenvolvimento de software de cada instituição. Por isso, as atividades e artefatos

recomendados no PDS são definidos como essenciais, pois é possível a inclusão de

outras atividades e artefatos conforme necessidade dos projetos. Neste trabalho é feita

uma análise detalhada de todo o documento PDS desta Secretaria, inicialmente com o

intuito de entender seu funcionamento e, em seguida analisou-se o processo afim de

identificar atividades presentes relacionadas a área de IHC. A partir desta análise uma

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proposta de inserção de métodos, técnicas e atividades da área de IHC nas fases da PDS

é discutida.

Palavras-chave: Interação Humano-computador, Engenharia de Software,

Processo de Desenvolvimento de Sistemas.

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ............................................................................................................. 4

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... 5

RESUMO ......................................................................................................................... 6

SUMÁRIO ....................................................................................................................... 8

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 10

LISTA DE TABELAS .................................................................................................. 11

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................. 12

INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 13

1.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 13

1.2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 15

1.2.1. OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 15

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 15

1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 15

1.4 METODOLOGIA ................................................................................................. 17

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................... 17

INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR ............................................................. 18

2.1 ENGENHARIA DE USABILIDADE .................................................................. 18

2.2 MODELOS DE CICLO DE VIDA ....................................................................... 19

2.3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENGENHARIA DE USABILIDADE................. 24

2.4 INTEGRAÇÃO COM ENGENHARIA DE SOFTWARE ................................... 28

2.5 TRABALHOS RELACIONADOS ...................................................................... 30

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DA SEGES-MT ......... 46

3.1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................... 46

3.2 ANÁLISE DO PROCESSO .................................................................................. 52

PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO ............................................................................... 56

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 56

4.2 A PROPOSTA ...................................................................................................... 58

CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 70

REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 72

APÊNDICE A - AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA ............................................ 78

APÊNDICE B - DOCUMENTO DE VISÃO ............................................................. 79

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APÊNDICE C - DOCUMENTO DE REQUISITOS ................................................. 88

APÊNDICE D - PROJETO DE IHC .......................................................................... 95

APÊNDICE E - PLANO DE TESTE ........................................................................ 100

<APÊNDICE F - CASO DE TESTE ......................................................................... 114

APÊNDICE G - AVALIAÇÃO HEURÍSTICA ....................................................... 116

APÊNDICE H - DOCUMENTO DE HOMOLOGAÇÃO ...................................... 122

APÊNDICE I - TESTE DE USABILIDADE ........................................................... 126

APÊNDICE J - DOCUMENTO DE FEEDBACK .................................................. 129

ANEXO A - PDS SEGES-MT ................................................................................... 131

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sequência genérica de atividades durante o processo de design [Fonte:

Barbosa; Silva, 2010] ..................................................................................................... 20

Figura 2. Modelo simples de design de interação [Fonte: PREECE et al., 2005] .......... 21

Figura 3. Modelo de ciclo de vida estrela [Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010] ............. 22

Figura 4. Modelo de ciclo da engenharia de usabilidade de Débora Mayhew [Fonte:

PREECE et al., 2005] ..................................................................................................... 23

Figura 5. Proposta de adaptação do PDS DATAPREV [Fonte: DE SOUSA FERREIRA;

DE OLIVEIRA, 2010] .................................................................................................... 32

Figura 6. PDS da Fábrica GAIA [Fonte: MIRANDA et al., 2011] ................................ 33

Figura 7. Integração das visões do designer, desenvolvedor, cliente e usuário. [Fonte:

MIRANDA et al., 2011] ................................................................................................. 34

Figura 8. Modelo de integração da GD à Gerência de Requisitos do PDS GAIA [Fonte:

MIRANDA et al., 2011] ................................................................................................. 35

Figura 9. Modelo proposto com as ações de projeto da WebApp. [Fonte: DE SOUZA et

al., 2013] ......................................................................................................................... 36

Figura 10. Framework UEF-WEB [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015] .............. 39

Figura 11. Roteiro Básico de Questões para Entrevista e Reunião. [Fonte: SILVEIRA;

SCHNEIDER, 2015] ...................................................................................................... 40

Figura 12. Artefato Formulário de Feedback. [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015]

........................................................................................................................................ 40

Figura 13. Artefato Formulário de Inspeção. [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015]

........................................................................................................................................ 41

Figura 14. Visão geral do processo de desenvolvimento de software de XPlus. [Fonte:

GUIMARAES et al., ] .................................................................................................... 42

Figura 15. Modelo de teste de usabilidade XPlus. [Fonte: GUIMARAES et al., ] ........ 43

Figura 16. Quadro Geral do PDS da SEGES-MT [Fonte: MATO GROSSO, 2010] ..... 47

Figura 17. Adaptações sugeridas ao PDS da SEGES-MT [Fonte: Adaptado de MATO

GROSSO, 2010] ............................................................................................................. 59

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Técnicas de entendimento de requisitos de design ........................................ 25

Tabela 2 - Técnicas de representação de design ............................................................. 26

Tabela 3 - Técnicas de avaliação de design .................................................................... 27

Tabela 4 - Resumo das Fases do Modelo proposto [DE SOUZA et al., 2012] .............. 37

Tabela 5 - Resumo do PDS da SEGES-MT ................................................................... 48

Tabela 6 - Atividades de IHC identificadas no PDS ...................................................... 53

Tabela 7 - Adaptação do PDS na fase de Concepção ..................................................... 60

Tabela 8 - Adaptação do PDS na fase de Projeto ........................................................... 62

Tabela 9 - Adaptação do PDS na fase de Implementação .............................................. 63

Tabela 10 - Adaptação do PDS na fase de Teste ............................................................ 65

Tabela 11 - Adaptação do PDS na fase de Homologação .............................................. 66

Tabela 12 - Adaptação do PDS na fase de Implantação/ Encerramento ........................ 68

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

CSS Cascading Style Sheets

CTI Coordenadoria de Tecnologia de Informação

ECMAScript JavaScript

ES Engenharia de Software

EU Engenharia de Usabilidade

GOMS Gols, Operators, Methods, and Selection Rules.

HTML HyperText Markup Language

IHC Interação Humano-Computador

MUMMS Measuring the Usability of Multi-Media Systems

PDS Processo de Desenvolvimento de Sistemas

SEGES-MT Secretaria de Estado de Gestão de Mato Grosso

SUMI Software Usability Measurement Inventory

SUS System Usability Scale

UWIS Methodology for Usability Assessment and Design of web based

Information Systems

W3C Cascading Style Sheets

XHTML Extensible Hypertext Markup Language

XML Extensible Markup

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INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO

Atualmente existem vários Processos de Desenvolvimento de Sistemas (PDS)

formalizados, cada um com suas características e métodos próprios. Um PDS consiste

em um conjunto de passos ordenados e executados com o objetivo de criar um sistema

de informação, visando assegurar o desenvolvimento com prazos e necessidades de

recursos definidos, com alta produtividade, de forma econômica e com qualidade.

Assim, Pressman (2011, p. 52) conceitua PDS como uma “metodologia para as

atividades, ações e tarefas necessárias para desenvolver um software de alta

qualidade”.

Diante dessa demanda pelo projeto de sistemas de qualidade e mais adequados às

necessidades do usuário, a área de interação humano-computador (IHC) tem despertado

cada vez mais interesse, devido a sua preocupação em melhorar a comunicação e

interação entre pessoas e sistemas. Como citado na Cartilha de Usabilidade do governo

Federal (2010), IHC refere-se à clareza e facilidade de uso de interfaces eletrônicas,

visando construir o conhecimento necessário para embasar o desenho de interfaces que

garantam uma boa usabilidade.

Da Silva (2014) afirma que tanto as áreas de IHC, quanto de Engenharia de

Software (ES) propõem o desenvolvimento de sistemas interativos de forma sistemática,

definindo modelos de técnicas, processos e métodos específicos. Para Barbosa e Silva

(2010), a área de IHC objetiva projetar e desenvolver sistemas com alta usabilidade, ou

seja, objetiva projetar, avaliar e implementar sistemas interativos para uso humano com

foco na facilidade de uso de aplicações. Já a área de Engenharia de Software (ES) tem

direcionado seus esforços para desenvolver sistemas levando em consideração fatores

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relacionados à qualidade em engenharia, ou seja, no que diz respeito às fases de

construção instalação e manutenção de sistemas.

Para transpor a dificuldade de fazer a integração de ES e IHC é necessária uma

identificação mais detalhada das tarefas a serem realizadas e o estabelecimento de uma

boa comunicação entre os especialistas das duas áreas durante o processo de

desenvolvimento do sistema. É importante considerar os aspectos dessas duas áreas

durante o desenvolvimento de sistemas, pois assim é possível desenvolver sistemas que

sejam de fácil manutenção, que satisfaçam o usuário quanto ao prazo de entrega e ao

custo, que sejam mais confiáveis e de fácil utilização (DA SILVA, 2014).

A fim de conhecer o PDS utilizado pela Secretaria de Estado de Gestão de Mato

Grosso (SEGES-MT), foi realizada uma visita à Coordenadoria de Tecnologia de

Informação (CTI), vinculada à Superintendência de Administração Sistêmica, com o

intuito de investigar se o processo utilizado pela equipe incluía atividades de IHC. Para

isso, nesse primeiro momento, foram realizadas entrevistas com quatro servidores da

coordenadoria que afirmaram que o PDS da SEGES-MT não possuía práticas de IHC de

maneira efetiva, disponibilizando tal documento para constatação e estudo. É importante

salientar que para realização dessa pesquisa solicitou-se à SEGES-MT, consentimento

para disponibilização de dados sobre o PDS da Secretaria e autorização para realização

das entrevistas com os servidores da CTI da Secretaria. O documento de autorização de

pesquisa encontra-se no Apêndice A desse trabalho.

A CTI é responsável por todas as atividades de desenvolvimento, manutenção e

suporte em tecnologia de informação da SEGES-MT. O setor nos disponibilizou o

documento utilizado pela secretaria como guia para o desenvolvimento de sistemas, que

está no Anexo I desse trabalho. Assim foi possível fazer uma análise do PDS da

SEGES-MT, que será apresentada de maneira mais detalhada no Capítulo 03 desse

trabalho.

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1.2 OBJETIVOS

1.2.1. OBJETIVO GERAL

O objetivo geral desse trabalho é apresentar uma proposta de integração de

práticas de IHC ao PDS da SEGES-MT, visando garantir o atendimento aos critérios de

usabilidade no desenvolvimento de sistemas e, consequentemente, aumentar a

aceitabilidade do produto de software pelos usuários e clientes da Secretaria.

1.2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos específicos relacionam os resultados que se pretende alcançar, na

forma de etapas a serem cumpridas para a realização do objetivo geral. Levando isso em

consideração foram definidos os seguintes objetivos específicos para esse trabalho:

Pesquisar sobre a importância de IHC no desenvolvimento de sistemas;

Estudar os diferentes tipos de práticas de IHC voltadas para o design de

interfaces e suas aplicações no projeto de sistemas;

Pesquisar trabalhos semelhantes que agreguem valor ao projeto;

Analisar detalhadamente o PDS da SEGES-MT;

Sugerir adaptações ao PDS da SEGES-MT afim de inserir atividades de IHC.

1.3 JUSTIFICATIVA

Durante o desenvolvimento de Sistemas de Informação, a participação do

usuário é fundamental, uma vez que uma experiência de uso de baixa qualidade diminui

a produtividade, aumenta a possibilidade de erro, desmotiva a interação e requer maior

treinamento e aprendizado, podendo levar ao fracasso de negócios e serviços

(BARBOSA; SILVA, 2010).

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A fim de minimizar tais problemas e garantir a aceitabilidade dos sistemas pelos

usuários, tem-se procurado inserir atividades de IHC nas fases de desenvolvimento de

sistemas de modo a incluir o usuário de maneira efetiva ao desenvolvimento de

sistemas.

Esse trabalho originou-se de uma atividade desenvolvida na disciplina de Projeto

de Interfaces do Curso de Especialização em Engenharia Web e Governo Eletrônico, do

Instituto de Computação da UFMT, em que foram analisados os PDSs de seis

instituições, três públicas e três privadas, com o intuito de verificar se havia integração

entre as áreas de ES e IHC nos PDSs utilizados por essas instituições.

Ao analisar os trabalhos da atividade constatou-se que as instituições não

possuem processos de IHC formalizados efetivamente nos PDSs correspondentes,

porém foram identificadas algumas atividades de IHC em cada um deles.

A instituição que possui a área de IHC mais avançada é uma empresa privada

que possui um profissional responsável pelo controle de qualidade e documentação,

padronizações de interface e teste de usabilidade. As outras duas empresas privadas

procuram atender requisitos de usabilidade durante a prototipação dos sistemas. Em

duas instituições públicas o desenvolvedor é responsável por validar os quesitos de

qualidade e usabilidade dos sistemas através de testes unitários. O PDS da SEGES-MT

possui, além disso, dois papéis definidos exclusivamente para atividades relacionados a

teste: o “Projetista de Teste” que planeja e implementa os procedimentos de teste e o

“Testador” que executa os testes propriamente ditos. No capítulo 3 desse trabalho será

feito uma descrição mais aprofundada do PDS da SEGES-MT.

A equipe de desenvolvimento e manutenção de sistemas da CTI da SEGES-MT

é composta por oito servidores, seis efetivos e dois contratados, sendo que o

desenvolvimento de sistemas é realizado de maneira individual. Por exemplo, o último

sistema desenvolvido pela coordenadoria, foi um sistema de frequência de assiduidade,

criado por um servidor terceirizado, que também está dando manutenção ao mesmo.

Porém a CTI futuramente sofrerá uma reestruturação e pretende aumentar seu quadro de

servidores, por isso este trabalho pode ser importante na tomada de decisões durante

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esse processo, no que diz respeito à definição da equipe de desenvolvimento,

especialmente profissionais de IHC, por exemplo.

1.4 METODOLOGIA

O trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa aplicada e exploratória. O

Estudo bibliográfico teve como finalidade conhecer as diversas formas de contribuições

científicas já realizadas com foco na integração das áreas de IHC e ES pertinentes ao

tema de pesquisa. A partir desse estudo foi possível, após análise experimental do PDS

da SEGES-MT, elaborar uma proposta de melhoria do processo, descrita no capítulo 4

desse trabalho.

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho está estruturado em cinco capítulos: no capítulo seguinte são

apresentados alguns conceitos acerca de IHC, destacando a importância e benefícios da

integração entre as áreas de IHC e ES, além de descrever e citar alguns trabalhos

relacionados e alguns métodos e técnicas de EU (Engenharia de Usabilidade). No

terceiro capítulo é apresentado o PDS da SEGES-MT resumidamente, descrevendo as

atividades relacionadas a área de IHC presentes nas fases do processo. Já no quarto

capítulo é apresentada a proposta desse trabalho, assim como as atividades de IHC,

métodos, técnicas e artefatos sugeridos. Por fim, o trabalho encerra-se com algumas

considerações acerca dos resultados obtidos e sugestões de trabalhos futuros.

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18

2

INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR

Interação humano-computador (IHC) é uma área de pesquisa dedicada a estudar os

fenômenos de comunicação entre sistemas computacionais e pessoas, de acordo com

GASPARINI (2013 apud ACM SIGCHI). Barbosa e Silva (2010 apud HEWETT et al.,

1992, p.10) conceituam IHC como “uma disciplina interessada no projeto,

implementação e avaliação de sistemas computacionais interativos para o uso humano,

juntamente com os fenômenos relacionados a esse uso”.

A área de IHC está relacionada com diversas áreas do conhecimento: Ciência da

Computação, Sistemas de Informação, Linguística, Semiótica, Psicologia, Antropologia,

Engenharia, Design, etc., sendo uma área multidisciplinar, que envolve diversas

disciplinas, buscando a solução de um problema, interdisciplinar, que há diferentes

disciplinas que podem adotar uma perspectiva metodológica comum, e em constante

evolução (GASPARINI, 2013; DE SOUZA et al., 2008).

De acordo com Barbosa e Silva (2010) a área de IHC privilegia a qualidade de

uso dos sistemas interativos. Nesse contexto, o aumento da qualidade de uso de sistemas

apresenta vários benefícios para a experiência do usuário: aumento da produtividade;

redução do número e gravidade dos erros cometidos; redução do custo de treinamento,

do suporte técnico e do desenvolvimento; aumento das vendas e fidelidade do cliente ou

usuário. Por isso a importância do estudo e cuidado da interação entre pessoas e

sistemas computacionais.

2.1 ENGENHARIA DE USABILIDADE

Os aspectos da Engenharia de Usabilidade (EU) são fundamentais no contexto de

ES. Da Costa e Ramalho (2010 apud QUEIROZ, 2001, p.14) define engenharia de

usabilidade como “uma área de conhecimento na qual os pesquisadores e

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desenvolvedores procuram desenvolver e implementar técnicas que sistematicamente

tornem os produtos de software mais usáveis, otimizando os produtos através da

otimização do processo”.

A EU está focada na interface do software com o usuário, diferentemente da ES

que direciona a atenção para a lógica de funcionamento do sistema. Assim, EU é um

processo de construção de interfaces que visa proporcionar facilidade de aprendizado e

de uso e satisfação dos usuários ao interagir com as interfaces de um sistema

(SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015 apud BARANAUSKAS, 2003).

É importante destacar que Rabello (2012), encontrou alguns trabalhos que

buscavam integrar EU a ES, através de revisão do estado da arte, que mostraram que

este é um processo difícil, porém, apresenta grandes benefícios para qualidade do

produto final.

Segundo Da Costa e Ramalho (2010) o termo usabilidade começou a ser utilizado

na década de 1980, como um substituto da expressão user-friendly, principalmente nas

áreas de Psicologia e Ergonomia. No trabalho de Silveira e Schneider (2015 apud ISSO,

2010) conceitua-se usabilidade como um atributo de qualidade associado à facilidade e

eficiência de uso e ao grau de satisfação em se fazer algo. Já para Rabello et al. (2012)

usabilidade é a medida na qual um produto pode ser utilizado por usuários específicos

para atingir objetivos bem definidos com eficácia, eficiência e satisfação em um

contexto de aplicação também específico. Nesse cenário, Preece et al. (2005, p. 35-36)

afirma que a usabilidade é dividida em cinco metas: ser fácil de usar (eficácia); ser

eficiente no uso (eficiência); ser segura no uso (segurança); ser de boa utilidade

(utilidade); ser fácil de aprender (learnability) e fácil de lembrar como de usa

(memorability).

2.2 MODELOS DE CICLO DE VIDA

As atividades básicas do design de interação, segundo Preece et al. (2005),

consistem em identificar necessidades e estabelecer requisitos, desenvolver designs

alternativos, construir versões interativas dos designs e avalia-las. Barbosa e Silva

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(2010) apresentam o processo em três atividades básicas: a análise da situação

(identificação do problema), síntese de uma intervenção e a avaliação dessa intervenção

projetada ou já aplicada à situação atual. As autoras ressaltam que essas atividades são

detalhadas de forma particular em cada processo, no que diz respeito a execução,

sequência, atividades que devem repetir, artefatos consumidos e produzidos etc. A

Figura 1 ilustra essa sequência genérica de atividades que engloba cada modelo de ciclo

de vida em IHC.

Figura 1. Sequência genérica de atividades durante o processo de design [Fonte:

Barbosa; Silva, 2010]

Os processos de design de IHC envolvem, segundo Preece et al. (2005), a

execução das atividades de forma interativa permitindo refinamentos sucessivos do

design com base em feedbacks dos usuários. Corroborando, Barbosa e Silva (2010)

enfatizam o foco no usuário, ressaltando a necessidade de atender e servir os usuários e

demais envolvidos (stakeholders), ajudando-os a alcançar seus objetivos. Nesse

contexto, o projeto de interação e interface do sistema interativo devem ser centrados no

usuário.

Existem muitas propostas de processos de design de IHC na literatura, nesse

trabalho serão apresentadas sucintamente apenas quatro delas: modelo de ciclo de vida

simples, modelo de ciclo de vida estrela e modelo de ciclo de vida da engenharia de

usabilidade de Jakob Nielsen e de Débora Mayhew.

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O modelo de ciclo de vida simples para o design de interação foi proposto por

Preece et al. (2005) e ilustrado na Figura 2. Nesse modelo, cada atividade pode retornar

a uma atividade anterior para aprimorar ou corrigir algum requisito ou artefato. A

iteração entre as atividades ocorre quantas vezes forem necessárias sendo limitadas

apenas pelos recursos disponíveis. O desenvolvimento termina com uma atividade de

avaliação que garante que o produto final, ou uma especificação da interação e da

interface com o usuário, respeite os critérios de usabilidade prescritos.

Figura 2. Modelo simples de design de interação [Fonte: PREECE et al., 2005]

O modelo de ciclo de vida estrela foi proposto por Hix e Hartson na década de

1990 (BARBOSA; SILVA, 2010) e tem como principal característica a alta

flexibilidade. Esse processo, que pode ser observado na Figura 3, não especifica

ordenamento das atividades que o compõem, sendo estas altamente conectadas: pode-se

ir de uma para outra atividade, contudo que se passe pela atividade central de avaliação

(PREECE et al., 2005).

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Figura 3. Modelo de ciclo de vida estrela [Fonte: BARBOSA; SILVA, 2010]

O Modelo de ciclo de vida da engenharia de usabilidade de Débora Mayhew foi

proposto por ela em 1999. Segundo Preece et al. (2005, p.214), esse modelo oferece

uma visão holística acerca da engenharia de usabilidade, uma descrição detalhada de

como realizar testes de usabilidade e especifica como tarefas de usabilidade podem ser

integradas nos ciclos de vida tradicionais da ES. Esse ciclo de vida possui três, tarefas:

análise de requisitos, onde são definidas metas de usabilidade que devem ser captadas

em um guia de estilo utilizado em todo o projeto; projeto/teste/implementação, que

envolve maior número de subtarefas; e instalação, conforme Figura 4.

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Figura 4. Modelo de ciclo da engenharia de usabilidade de Débora Mayhew

[Fonte: PREECE et al., 2005]

Em 1993, Jakob Nielsen definiu engenharia de usabilidade, em seu modelo de

ciclo de vida, como o seguinte grupo de atividades que devem ocorrer durante o

processo de desenvolvimento do produto: conhecer seu usuário; realizar uma análise

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competitiva; definir as metas de usabilidade; fazer designs paralelos; adotar o design

participativo; fazer o design coordenado da interface como um todo; aplicar diretrizes e

análise heurística; fazer protótipos; realizar testes empíricos e praticar design iterativo

(BARBOSA, 2010).

É importante ressaltar que, os modelos de ciclo de vida fornecem instruções, por meio

de princípios e atividades de projeto, que ajudam no desenvolvimento de interfaces com

maior qualidade de uso. Esses modelos, como os apresentados nessa seção, procuram

sustentar o desenvolvimento de soluções de interfaces mais sólidas, que respondam

positivamente às expectativas dos usuários. Entretanto não fornecem detalhes sobre

instrumentos e artefatos de apoio às atividades que os compõe, o que, na prática, dificulta a

realização dessas atividades e, consequentemente, a conquista dos objetivos estabelecidos

(SILVEIRA, SCHNEIDER, 2015).

2.3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENGENHARIA DE USABILIDADE

Nas últimas décadas foram propostos vários métodos e técnicas para EU, que

podem ajudar as organizações a realizar atividades como, por exemplo, levantamento e

registro de informações, definição e especificação de requisitos, projeto e

desenvolvimento de versões de interfaces, avaliação de soluções, dentre várias outras.

(SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015). Nessa seção são apresentadas resumidamente

algumas dessas técnicas e métodos.

De acordo com Silva e Mendonça (2014 apud BERVIAN et al. 2002) técnicas são

procedimentos específicos utilizados por uma ciência determinada, sendo que um

conjunto dessas técnicas constituem os métodos. Silva e Mendonça (2014 apud CYBIS

et al. 2010) ainda dividem as técnicas e métodos de EU em três grupos: concepção,

análise e avaliação. Nesse trabalho resolveu-se dividir as técnicas de EU também em

três grupos, porém considerando o estudo de algumas obras, principalmente de Benyon

(2011). A partir do estudo dessas publicações, resolveu-se dividir as técnicas

apresentadas em três tipos: técnicas de entendimento de requisitos de design, técnicas de

representação de design e técnicas de avaliação de design.

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As técnicas de entendimento dos requisitos de design têm como objetivo

principal ajudar o designer a entender as pessoas que estão envolvidas no produto ou

sistema, suas atividades, os contextos que essas atividades estão inseridas e as

aplicações para o design que as tecnologias representam. Assim essas técnicas ajudam

os designs a identificar, de maneira geral, os requisitos de design no contexto de um

produto ou sistema. A Tabela 1 apresenta algumas técnicas de entendimento de

requisitos de design amplamente utilizadas e uma descrição resumida de cada uma

delas.

Tabela 1 - Técnicas de entendimento de requisitos de design

Técnica Descrição

Entrevistas

Uma maneira vital de reunir histórias é conversando com os

stakeholders afim de descobrir o que querem e quais

problemas possuem. As entrevistas estruturadas utilizam

perguntas elaboradas com antecedência e seguem um roteiro

com precisão (BENYON, 2011).

Cenários/ histórias

Histórias são experiências reais, ideias, fatos e conhecimentos

das pessoas que podem ser capturados de diversas formas.

Cenários são histórias sobre pessoas realizando atividades em

contextos, usando determinadas tecnologias. Essa técnica é

utilizada na ES, no design de sistemas interativos e nos

trabalhos de IHC há anos (BENYON, 2011).

Questionários

É uma maneira de obter informação com os stakeholders a

distância. Coletar grande quantidade de dados quantificáveis

ou captar respostas de pessoas que não podem se envolver

diretamente (BENYON, 2011).

Personas

Representação de um grupo de usuários reais criada para

descrever usuários típicos utilizando como critérios de criação

seus objetivos (BARBOSA; SILVA, 2010).

Card Sorting

Refere-se a uma série de técnicas voltadas para o

entendimento de como se classificam e categorizam as coisas.

Pode ser feita de várias maneiras, a mais básica consiste em

escrever conceitos em cartões e depois agrupa-los de diversas

maneiras (BENYON, 2011).

Brainstorming

Uma atividade em grupo que visa levantar de forma bastante

livre um conjunto grande e abrangente de opiniões e ideias

dos participantes em torno de um tema. Fornece mais

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benefícios quanto aplicada na fase conceitual do

desenvolvimento do produto (BARBOSA; SILVA, 2010).

Focus Groups

Nessa técnica um facilitador realiza um conjunto de perguntas

específicas para um grupo de pessoas, que são estimuladas a

interagir aos comentários umas das outras. Os grupos de

interesse podem ser aperfeiçoados com protótipos e outros

estímulos (BENYON, 2011).

Estudo da

documentação

Procedimento que não compromete o tempo dos stakeholders

e ajudam substancialmente no entendimento de requisitos.

São exemplo de documentações que podem ser estudadas:

manuais, diários ou logs de trabalho, legislação etc

(BENYON, 2011).

Observação natural

Essa técnica é interessante quanto há dificuldades por parte

dos stakeholders em descrever o que fazem e como realizam

suas tarefas. Nesse caso o observador acompanha de perto um

deles, tomando notas, fazendo algumas perguntas e

observando o que está sendo feito no contexto natural da

atividade (PREECE et al., 2005).

GOMS

É um método que tem como objetivo descrever tarefas e o

conhecimento do usuário sobre como realizar-las em termos

de objetivo, operadores, métodos e regras de seleção. A

análise desse método aplica-se principalmente a situações em

que o usuário realizam tarefas que dominam muito bem

(BARBOSA; SILVA, 2010).

As técnicas de representação de design têm como objetivo principal ajudar o

designer a tornar suas ideias visíveis, ajudam na geração, comunicação e avaliação junto

aos envolvidos das propostas apresentadas. A Tabela 2 apresenta resumidamente

algumas técnicas (BENYON, 2011) de representação de requisitos de design muito

utilizadas e também uma descrição resumida dessas técnicas.

Tabela 2 - Técnicas de representação de design

Técnica Descrição

Esboços Nessa técnica idéias e pensamentos podem ser rapidamente

visualizados e explorados.

Storyboards

Técnica extraída do cinema que possui uma estrutura simples

no estilo de desenho animado. É uma opção muito econômica

e vantajosa por permitir uma percepção do “fluxo” da

experiência.

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Mapas de

Navegação

Enfocam como as pessoas se movimentam pelo site ou

aplicação, de maneira a evidenciar a experiência das pessoas

ao utilizar o produto de software.

Mapas mentais/

Fluxogramas

Os mapas mentais relacionam os principais conceitos de

design, evidenciando suas ligações. Os fluxogramas mostram

informações através da representação gráfica, utilizando

símbolos gráficos, para descrever passo a passo a natureza e o

fluxo do processo de design.

Protótipos

É uma representação ou implementação efetiva, porem

incompleta, do design de um sistema. Podem ser usados para

demostrar conceitos nas fases iniciais do design, para testar

detalhes desses conceitos nas fases posteriores e até mesmo

como especificação para o produto final. Pode ser feito de

materiais simples, como papel e papelão, e muito complexo,

sendo desenvolvido com um pacote de software sofisticado.

Por fim, as técnicas de avaliação de design têm como objetivo auxiliar o designer

a revisar, experimentar ou testar uma ideia de design, um sistema, produto ou serviço e

descobrir se esse atende a alguns critérios estabelecidos. A Tabela 3 apresenta

resumidamente algumas técnicas de avaliação de design utilizadas e suas descrições

resumidas.

Tabela 3 - Técnicas de avaliação de design

Técnica Descrição

Avaliação heurística

Existem dois tipos principais: métodos baseados em

especialista e métodos com participantes. A avaliação

heurística consiste em examinar o design proposto e avaliar

sua qualificação considerando uma lista de princípios,

diretrizes ou “heurísticas” (BENYON, 2011).

Acompanhamento

cognitivo

Um profissional de usabilidade percorre passo a passo as

tarefas cognitivas que precisam ser realizadas na interação

com a tecnologia. Envolve simular um processo de solução

de problemas, verificando se é possível constatar que os

objetivos e a memória dos usuários conduzem a uma próxima

ação correta (PREECE et al., 2005).

Teste de usabilidade

Tem o objetivo de avaliar a usabilidade de um sistema

interativo a partir de experiências do uso de seus usuários,

sendo que os critérios utilizados são definidos dependendo

dos objetivos da avaliação (BARBOSA; SILVA, 2010).

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Checklists

Técnica de inspeção que oferece uma abordagem rápida, fácil

e de baixo custo para a avaliação de interfaces, permitindo

que usuários que não são especialistas em usabilidade

identificarem problemas menores e repetitivos (SILVA;

MENDONÇA, 2014 apud CYBIS et al., 2010).

Avaliação de

comunicabilidade

Esse método consiste na aplicação de avaliações de

comunicabilidade a um grupo pequeno de usuários em

ambiente controlado e tem o objetivo de avaliar a qualidade

da recepção da metacomunicação do designer pelo usuário,

sendo um método qualitativo de análise profunda

(BARBOSA; SILVA, 2010).

É através da comunicação que as soluções de design surgirão, serão avaliadas e

serão transformadas em um produto final (BENYON, 2011). Daí a importância da

preocupação em manter uma comunicação clara e eficiente entre os envolvidos no

desenvolvimento do produto de software.

As técnicas descritas nessa seção podem ser combinadas entre si e com outras

técnicas, sendo que para a escolha de cada uma é importante analisar as possibilidades

dos recursos necessários e disponíveis e as expectativas de resultados da avaliação de

usabilidade (SILVA; MENDONÇA, 2014).

2.4 INTEGRAÇÃO COM ENGENHARIA DE SOFTWARE

A área de IHC, desde sua origem, tem sido proposta em contraste com o

desenvolvimento centrado no sistema tipicamente praticado pela ES (BARBOSA;

SILVA, 2010 apud NORMAN; DRAPER, 1986; SHNEIDERMAN 1998; SHARP et

al., 2007). Para Barbosa e Silva (2010) reforçam afirmando que as áreas de IHC e ES

possuem perspectivas diferentes sobre o que é importante em sistemas interativos, no

que diz respeito ao desenvolvimento e significado de utilização. Segundo eles, na

perspectiva de design centrado no sistema, os fatores de qualidade mais valorizados

estão relacionados com a construção do sistema interativo (disponibilidade, integridade,

robustez, manutenibilidade e recuperabilidade) e que para alcançar tais fatores essa

perspectiva foca em conceitos fundamentais para a construção de sistemas interativos

como, por exemplo, a arquitetura do sistema, estrutura de dados, mecanismos de

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persistências desses dados, comunicação entre sistemas, linguagens de programação,

ambiente de desenvolvimento etc.

Já a perspectiva do design centrada no uso, tipicamente utilizada pela área de

IHC, tem o objetivo de desenvolver um sistema interativo que apoie o usuário na

realização de suas tarefas e alcance de seus objetivos. Para tanto, trabalha com conceitos

relacionados ao uso do sistema, tais como: contextos de usos, objetivos dos usuários,

características dos usuários, possíveis formas de interação do usuário com a interface do

sistema.

Levando em consideração esse contraste de perspectivas, para tornar o

desenvolvimento de sistemas interativos de qualidade é necessário conciliar as boas

práticas tanto de ES quanto de IHC, afim de evitar problemas de usabilidade e

consequentemente experiências de uso de baixa qualidade (BASTOS; OLIVEIRA,

2010). Para isso, Barbosa e Silva (2010, p.123) apresentam as três principais

abordagens de integração de processos de IHC e ES: definição de características de um

processo de desenvolvimento que se preocupa com a qualidade de uso; definição de

processos de IHC paralelos que devem ser incorporados aos processos propostos pela

ES; indicação de pontos em processos propostos pela ES em que atividades e métodos

de IHC podem ser inseridos. No capítulo 4 é feito uma descrição das abordagens de

integração utilizadas nesse trabalho.

Os principais desafios encontrados para essa integração, segundo Rabello (2012

apud ANDERSON et al. 2001, p.60), resume-se na boa comunicação entre os

profissionais das duas áreas e entendimento dos processos de desenvolvimento

propostos por cada uma. O autor lista os seguintes desafios: “compreensão dos

processos, do vocabulário e ferramentas utilizados pelas equipes; alinhamento das

ferramentas usadas pelas equipes de desenvolvimento; capacidade de cada elemento de

ambas as equipes abordarem os desenvolvedores, independentemente de sua formação

e experiência; capacidade da equipe de usabilidade de explicar como integrar o projeto

centrado no usuário em qualquer um dos processos de desenvolvimento; mudança

cultural e organizacional”.

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Corroborando, Da Silva (2014) afirma que para superar os desafios da integração

entre as duas áreas é necessária uma identificação mais detalhada das tarefas a serem

realizadas e a necessidade de uma boa comunicação entre os especialistas das duas áreas

durante todo PDS, pois assim é possível desenvolver sistemas que sejam de fácil

manutenção, que satisfaçam o usuário quanto ao prazo de entrega e custo, que o tornem

mais confiável e de fácil utilização.

2.5 TRABALHOS RELACIONADOS

Há muitos trabalhos publicados sobre IHC no contexto de desenvolvimento de

sistemas, entretanto poucos abordam todas as fases de desenvolvimento (DIAS, 2010).

Com relação a quantidade de publicações, o trabalho de Gasparini et al. (2013)

corrobora tal afirmação, uma vez que apresenta, dentro do período de 15 anos, uma

exploração visual de 236 artigos completos do IHC, submetidos ao principal evento da

SBC na área: o simpósio IHC, desde sua primeira ocorrência em 1998.

Durante a fase de levantamento bibliográfico procurou-se por publicações que

objetivavam contornar a dificuldade de fazer a integração entre as áreas de IHC e ES.

Foram encontradas publicações na área de dispositivos móveis (DE LIMA JUNIOR et

al., 2016), avaliações de usabilidade em sistemas (KLOCK et al. 2016), (DE

OLIVEIRA et al., 2016), dentre outros (BARBOSA; FURTADO, 2008), (DE

OLIVEIRA et al., 2004), (PRATES; BARBOSA, 2007), (BIM, 2010), (MIRANDA;

DE BARROS, 2011), (PEREIRA; PAIVA, 2011), (VALENTIM; DE OLIVEIRA,

2012), (VILLELA et al., 2012), (DE OLIVEIRA et al. 2012), (DE MENDONÇA; DA

SILVA, 2014), (GOMES; CENDÓN, 2015), (DE SOUZA; FERNANDES, 2015).

Além desses, o trabalho de Dias (2010) descreve uma revisão sistemática sobre a

inserção de acessibilidade nas fases de desenvolvimento da ES em sistemas Web, com

base no grupo de processos de Engenharia da Norma ISSO/IEC 12207. Já Lapolli

(2011) propõe um modelo integrado de desenvolvimento de sistemas embasado no uso

de metodologias ágeis de ES com conceitos de IHC para o desenvolvimento de objetos

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de aprendizagem baseados em simulações. O modelo apresentado por Lapolli aborda as

principais fases do PDS educacional: levantamento de requisitos, projeto instrucional,

projeto de interface e a metodologia de desenvolvimento.

Lapolli (2011) propõe na etapa de Levantamento de Requisitos do modelo a

aplicação do método Gols, Operators, Methods, and Selection Rules (GOMS). O

resultado dessa etapa consiste na criação de modelos ágeis que fazem a descrição das

necessidades do usuário e os objetivos da tarefa. Na próxima etapa, Ciclo Inicial de

Produção, o processo de identificação da solução de projeto é guiado por avaliações de

interface do usuário sendo proposto a geração de protótipos mais detalhados e

interativos e o refinamento de cenários. No ciclo de Construção e Testes de pequenas

versões é proposto a criação de unidades de testes de aceitação, que são utilizados para

avaliar as partes da arquitetura do sistema e da interface do usuário. E finalmente nas

últimas etapas do ciclo, Implementação e Produção, novas funcionalidades podem ser

solicitadas, assim como, questões de usabilidade e de design podem ser levantadas,

sendo possível retornar as fases anteriores para atender a essas novas exigências.

Em De Araújo Camargo e Fazani (2014) são apresentados alguns princípios e

práticas de Design Participativo que podem ser utilizados no contexto da ES durante o

processo de coleta e tratamento de informação. Princípios que levam em consideração

tanto o design direcionado para o usuário, quanto as experiências dos usuários no

design. São eles: depoimentos, oficinas, maquetes, descrição de cenários, card-sorting,

análise de redes sociais, braindraw, prototipação, etc. Os autores ainda afirmam que a

prática deve ser mais explorada no contexto de “interação usuário-sistema” e que

depende muito da situação de modo que não se pode generalizar, porém alguns

elementos são recorrentes no processo.

A seguir são descritas cinco publicações mais detalhadamente, dando foco nas

propostas de integração entre as áreas de IHC e ES apresentadas por elas. Tais

publicações são semelhantes a essa pesquisa e contribuíram substancialmente para a

elaboração da proposta desse trabalho. O capítulo 4 apresenta detalhadamente a

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contribuição de cada publicação, descrevendo as atividades de IHC propostas por elas

adicionadas no PDS da SEGES-MT.

a) Inclusão de usabilidade no processo de desenvolvimento de software da

DATAPREV (DE SOUSA FERREIRA; DE OLIVEIRA, 2010)

O trabalho De Sousa Ferreira e De Oliveira (2010) descreve como se deu a

inclusão de usabilidade no PDS da DATAPREV, que é baseado no RUP, abreviação de

Rational Unified Process (ou Processo Unificado da Rational). Após análise constatou-

se que a metodologia utilizada apresentava lacunas quanto aos aspectos relacionados à

usabilidade. A fim de minimizar tais problemas, propôs-se adaptação do processo de

forma que envolvesse práticas do desenvolvimento centrado no usuário. Para isso foram

feitas reuniões e entrevistas de maneira à elicitar os principais problemas de usabilidade

e identificar práticas isoladas de projeto centrado no usuário, levando em consideração o

contexto dos projetos da empresa. A Figura 5 ilustra a proposta de adaptação realizada

no processo. No trabalho, essas atividades não foram detalhas.

Figura 5. Proposta de adaptação do PDS DATAPREV [Fonte: DE SOUSA

FERREIRA; DE OLIVEIRA, 2010]

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Com a adaptação do PDS, que não foi detalhada no trabalho, os autores

esperavam que os problemas encontrados fossem minimizados, tais como: dificuldade

na execução das tarefas por parte dos usuários; mensagens de erro inadequadas;

padronização incipiente de elementos de interface; maior necessidade de treinamento;

manual de ajuda ineficiente; ausência de ajuda contextual online; e grande número de

chamados ao suporte.

b) A integração da Gestão do Design a um Processo de Desenvolvimento de

Software de maturidade nível G uma experiência acadêmica na Fábrica de

Software GAIA (MIRANDA et al., 2011)

O trabalho de Miranda et al. (2011) apresenta um modelo de integração da

gestão do design ao PDS utilizado na fábrica de Software GAIA, que é um projeto de

pesquisa e extensão da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no qual viabilize e

facilite sua melhoria contínua visando obter níveis elevados de maturidade no modelo

MPS.Br (Melhoria de Processo do Software Brasileiro). A partir de uma visão de

gerenciamento baseada no PMBOK, o PDS da GAIA contempla oito macroatividades,

ilustrado na Figura 6: análise inicial, análise e planejamento, execução e

implementação, validação e teste, entrega, finalização, manter requisitos e gerenciar

portfólio.

Figura 6. PDS da Fábrica GAIA [Fonte: MIRANDA et al., 2011]

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Com o intuito de dar andamento ao processo de integração da Gestão de Design

ao PDS GAIA foi feita a inclusão de um gestor de design a fábrica, de modo a

apresentar um modelo de incorporação sob uma perspectiva de design integradora de

funções. A principal ação para viabilizar esse processo de integração foi a inclusão da

visão do designer no PDS de forma altamente conectada a necessidade do negócio e as

características do sistema (Figura 7).

Figura 7. Integração das visões do designer, desenvolvedor, cliente e usuário.

[Fonte: MIRANDA et al., 2011]

As alterações foram feitas na macroatividade análise e planejamento do PDS,

implantando as atividades de geração de ideias como auxílio à etapa de levantar

Requisitos e Arquitetura da Informação e Design da Informação auxiliando as

atividades Expandir a WBS, Revisar Requisitos e Validar Requisitos, conforme Figura

8. No trabalho a proposta foi exemplificada através do estudo de caso de um sistema de

prontuários odontológicos.

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Figura 8. Modelo de integração da GD à Gerência de Requisitos do PDS GAIA

[Fonte: MIRANDA et al., 2011]

Na etapa de Gestão de Design integrada à Gerência de Requisitos o gestor de

desing deve conduzir a definição de três itens: identificação dos usuários, situações,

cenários e contextos de uso; equalização dos fatores projetuais (econômicos,

geométricos, filosóficos, mercadológicos, psicológicos, tecnológicos, ergonômicos,

ecológicos e antropológicos); organização do produto. As técnicas sugeridas pelos

autores são: geração de alternativas, que consiste na utilização de ferramentas como

brainstorming, card sorting etc; etnografia rápida que consiste em estudos cujo objetivo

é fornecer informações sobre o ambiente onde o sistema será implantado e entrevistas

com usuários.

O artefato resultante da atividade auxiliar à etapa de Levantar Requisitos é o

levantamento de requisitos não funcionais, como as necessidades do cliente e dos

possíveis usuários do sistema a ser desenvolvido e aspectos favoráveis à melhoria da

experiência do usuário. Já para as atividades complementares às etapas de Revisar e

Validar Requisito sugeriu-se a modelagem do registro dos requisitos dos usuários do

sistema, com a definição das suas principais ações, criação do fluxo de navegação dos

usuários e relacionamento dos usuários com as telas do sistema.

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Por fim, os autores concluiram afirmando que, com o estudo realizado, foi

possível constatar que a Gestão de Design pode integrar-se facilmente ao processo de

Gerência de Requisitos, auxiliando e contribuindo para a melhoria do processo de

desenvolvimento de softwares.

c) Projetando sistemas web com o uso de técnicas de interação humano-

computador (DE SOUZA et al., 2012)

O trabalho De Souza et al. (2012) descreve uma proposta de integração de

técnicas de projeto de IHC no desenvolvimento de aplicações Web, baseando-se em um

arcabouço ágil dentro da ES, que contempla o projeto de interface, estético, de

conteúdo, funcional, navegacional, de componente e arquitetural. A Figura 9 apresenta

o modelo proposto no trabalho:

Figura 9. Modelo proposto com as ações de projeto da WebApp. [Fonte: DE

SOUZA et al., 2013]

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O modelo proposto por De Souza et al. permite que as ações sejam executadas

ciclicamente, tendo o usuário como centro do processo. Para cada etapa são propostas

ações, métodos, técnicas e artefatos. A Tabela 4 descreve as etapas, atividades e

artefatos sugeridos pelos autores no modelo proposto.

Tabela 4 - Resumo das Fases do Modelo proposto [DE SOUZA et al., 2012]

Etapa Atividades Artefatos

Projeto de

informação: junção dos

projetos de conteúdo e

arquitetura.

Definição do conteúdo; análise

sobre a necessidade de um

sistema de gerenciamento de

conteúdo; definição da estrutura

conceitual do conteúdo;

detalhamento dos elementos

tecnológicos.

Definição dos conteúdos

e elementos necessários

para a aplicação;

Prototipação:

storyboarding e

wireframe;

Projeto de navegação:

baseado no projeto de

informação.

Descrição da sintaxe e da

semântica de navegação;

elaboração do mapa de

navegação.

Mapa de Navegação;

definição da semântica

de navegação utilizando-

se da técnica de

diagramas de sequência e

classes.

Projeto de interação:

composto pelo projeto

de interface e estético;

foca-se nos objetivos

dos usuários; baseia-se

nos projetos de

informação e

navegação.

Detalhamento das tarefas dos

usuários; desenvolvimento de

protótipos; elaboração do projeto

gráfico e de relatórios das

mensagens; estabelecimento dos

critérios de usabilidade,

acessibilidade e

internacionalização ao projeto;

avaliação dos layouts de alta

fidelidade.

Wireframes e layouts em

alta fidelidade.

Projeto funcional:

interação entre sistema

e usuário por meio das

suas funcionalidades.

Checagem dos perfis de usuários;

elaboração dos diagramas de

modelagem das funcionalidades

do sistema.

Diagramas de caso de

uso, sequência, atividade

e estado.

Projeto de Pesquisa de mercado; descrição e Diagramas de UML que

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componentes: opcional análise quanto a viabilidade do

componente; desenvolver o

modelo da sua integração com a

aplicação.

melhor representem o

comportamento do

sistema junto ao

componente.

Apesar de focar apenas na fase de projeto do PDS, o trabalho de De Souza et al.

(2012) é muito interessante pois demonstra e descreve como é possível fazer a

integração de processos de ES e IHC na prática.

d) UEF-WEB Um Framework Para Desenvolvimento De Aplicações Web

Ergonômicas (SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015)

O Trabalho de Silveira e Schneider (2015) propõe um framework de apoio à EU

para aplicações WEB (UEF-WEB), resultado de uma dissertação de mestrado, que

consiste em um arcabouço sucinto de fases, atividades, recursos e artefatos de suporte à

usabilidade. Esse framework, segundo os autores, tem como objetivo ajudar as

organizações a inserir, de maneira sistemática, recursos de usabilidade no processo de

desenvolvimento de interfaces, com o objetivo de aumentar a qualidade de uso das

interfaces.

O framework UEF-WEB segue as prescrições da norma ISO 9241-210, tendo

como ideia central a execução cíclica e evolutiva de um conjunto de fases, atividades,

recursos e artefatos de suporte a usabilidade, com participação dos usuários. A Figura

10 ilustra sua estrutura geral, composta pelas fases de planejamento, desenvolvimento e

avaliação.

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Figura 10. Framework UEF-WEB [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015]

A fase de planejamento tem como objetivo especificar o contexto de uso e de

requisitos de usabilidade das interfaces da aplicação. É composta pela atividade de

análise e especificação do contexto de uso, que visa levantar informações dos usuários,

das tarefas e do ambiente onde a aplicação será utilizada e a atividade especificação de

requisitos de usabilidade, onde deve-se definir os requisitos de usabilidade com mais

detalhes. Nessa fase foi estabelecido um roteiro de questões, demostrado na Figura 11,

para auxiliar os recursos de entrevista e reuniões sugeridos.

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Figura 11. Roteiro Básico de Questões para Entrevista e Reunião. [Fonte:

SILVEIRA; SCHNEIDER, 2015]

A finalidade da fase de desenvolvimento é projetar e construir as interfaces da

aplicação através das atividades de projeto e implementação características da ES

relacionadas a aspectos de construção e modelagem. Para a atividade de projeto foi

definido a utilização do recurso de prototipação e para apoia-lo o artefato formulário de

feedback, apresentado na Figura 11.

Figura 12. Artefato Formulário de Feedback. [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER,

2015]

Afim de auxiliar na descoberta de problemas de interface, durante atividade de

implementação, foi definido o recurso de inspeção de usabilidade baseada em

perspectivas, que consiste na análise das interfaces a partir de um conjunto de questões

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de usabilidade sob o ponto de vista de perspectivas de projeto. A adoção desse recurso

se deu por meio da técnica Web Design Perspectives- Basead Usability Evaluation

(WDP), que combina as perspectivas de projeto apresentação, conceituação e navegação

com as dez heurísticas de usabilidade de Nielsen. O artefato formulário de inspeção,

ilustrado na Figura 13, foi definido no framework para apoiar a aplicação desta técnica.

Figura 13. Artefato Formulário de Inspeção. [Fonte: SILVEIRA; SCHNEIDER,

2015]

Ainda sobre a técnica WDP é definido um roteiro com três etapas (sessões de

inspeção individuais, consolidação das inspeções e seleção dos problemas a serem

corrigidos), que é executado pela equipe de desenvolvimento após treinamento, o que

reduz a dependência de especialistas em usabilidade no processo de avaliação das

interfaces.

Por fim, a fase de avaliação do framework tem como objetivo medir a satisfação

dos usuários ao interagir com a interface. Para isso a atividade de teste de usabilidade

foi definida afim de colocar o usuário em contato com a aplicação para que possam

relatar suas perspectivas e nível de satisfação ao utiliza-las.

e) XPlus- Integrando o Design de Interfaces Centrado na Experiência do Usuário

ao Processo de Desenvolvimento de Software com eXtreme Programming

(GUIMARAES et al., )

Em 2008 foi proposto a metodologia XPlus (MENDONÇA; DA SILVA, 2014), que

propõe uma integração entre práticas de design de interface centrado na experiência do

usuário aos valores e práticas do processo de desenvolvimento ágil XP. A Figura 14

mostra uma visão geral da metodologia Xplus. Em seguida é feita uma descrição

sintética das suas fases.

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Figura 14. Visão geral do processo de desenvolvimento de software de XPlus.

[Fonte: GUIMARAES et al., ]

Fase preparação do projeto: através do contrato de escopo negocial prepara-se o

ambiente físico e virtual, definindo-se ferramentas, linguagem de programação e banco

de dados.

Fase especificação do software: propõe-se a dinâmica do jogo do planejamento para

decidir quais funcionalidades e interfaces serão implementadas na iteração. Na primeira

iteração já se discute o layout da aplicação (aspectos de cores e formas da interface) e

implementa-se um protótipo inicial que deve ser melhorado continuamente durante o

projeto. Em conversas com o cliente, as estórias são elaboradas e afim de auxiliários

desenvolve-se protótipos de baixa fidelidade das interfaces. Depois de aceitos pelos

clientes os protótipos são registrados no verso do cartão de estória, que possuem a

seguinte estrutura: nome, descrição, estimativa e prioridade. Após concluir os cartões de

estórias (funcionalidades e protótipos) deve-se estimá-los, levando em consideração a

dificuldade do desenvolvimento das interfaces. Fazer protótipos antes da estimativa é

importante, pois dependendo da complexidade das interfaces o valor estimado varia

também.

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Fase desenvolvimento de software: durante o desenvolvimento do sistema, a

metodologia XPlus recomenda com ênfase a utilização das práticas de XP “Sentar-se

junto”, “Trabalho Energizado”, Programação em par”, “Integração contínua”, “Build de

10 minutos”, “Design incremental”, “Código coletivo”, “Código e testes”, “Base de

código unificada”. Durante o desenvolvimento é utilizado o design de interação, onde as

duplas devem ser formadas por um profissional de implementação e um de interface e

recomenda-se a utilização de padrões de design de interfaces.

Fase Validação: Em relação ao código deve-se utilizar o desenvolvimento orientado a

testes (TDD). Ao final de uma iteração, o cliente deverá validar a aplicação quanto as

funcionalidades e interfaces. Com o intuito de garantir que os usuários reais façam bom

uso da aplicação a metodologia indica a realização de testes de usabilidade com esses

usuários. Quanto a execução dos testes, atentando-se ao valor de simplicidade e ao

princípio “software funcionando vale mais do que documentação externa”, optou-se por

simplificar o esquema de planejamento proposto por Jackob Nielsen, resultando no

modelo especificado na Figura 13. Os testes devem ser realizados com a presença do

facilitador que observará o comportamento do usuário e extrairá informações que

ajudem na melhoria da usabilidade da aplicação.

Figura 15. Modelo de teste de usabilidade XPlus. [Fonte: GUIMARAES et al., ]

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A Tabela 5 exibe, de maneira sucinta, as práticas de IHC (atividades, técnicas e

métodos) identificados nos cinco trabalhos descritos anteriormente. A maioria das

atividades encontradas nessas publicações foram utilizadas na proposta de adaptação

apresentada no capítulo 4 deste trabalho.

Tabela 5. Práticas de IHC identificadas nos trabalhos relacionados

Trabalho Atividades/ métodos/ técnicas

a) DE SOUSA

FERREIRA; DE

OLIVEIRA, 2010

Análise de contexto de uso;

Definição de padrões e heurísticas de projeto de

interface;

Uso de validadores de código;

Testes com métodos analíticos (avaliação

heurística e inspeções de conformidade) e

empíricos (teste de usabilidade);

Prototipação, mapas de navegação;

b) MIRANDA et al., 2011

Inclusão de um gestor de design a fábrica (visão do

designer);

Identificar usuários, situações, cenários e contextos

de uso;

Criar fluxo de navegação dos usuários e

relacionamento destes com as telas;

Brainstorming, card sorting, etnografia rápida,

entrevistas;

c) DE SOUZA et al., 2012

Definição de conteúdo;

Detalhamento das tarefas dos usuários;

Estabelecimento de critérios de usabilidade;

Avaliação dos layouts de alta fidelidade;

Prototipação, storyboarding, wireframes, mapas de

navegação;

d) SILVEIRA;

SCHNEIDER, 2015

Análise e especificação do contexto de uso;

Especificação de requisitos de usabilidade;

Teste de Usabilidade;

Entrevistas, reuniões, prototipação, inspeção de

usabilidade baseada em perspectivas, questionário;

e) GUIMARAES et al.,

Definição de funcionalidades e interfaces;

Utilização de padrões de interface;

Prototipação, avaliação heurística;

Programação aos pares (um profissional de

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implementação e um de interface);

Testes de unidade, testes de aceitação e testes de

usabilidade;

Captura de feedback dos usuários;

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46

3

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS DA SEGES-MT

3.1 APRESENTAÇÃO

A SEGES-MT utiliza como Processo de Desenvolvimento de Sistemas (PDS) o

documento apresentado no Anexo I, que é utilizado como referência pelas instituições

públicas do estado de Mato Grosso. O objetivo do PDS é facilitar o intercâmbio de

informações e experiências adquiridas no desenvolvimento e manutenção de sistemas

em todas as instituições do estado. Para isso durante o desenvolvimento desse

documento, foi considerado a disparidade existente entre as equipes de desenvolvimento

de software de cada instituição. Por isso as atividades e artefatos recomendados no

processo são definidos como essenciais, pois é possível a inclusão de outras atividades e

artefatos conforme necessidade dos projetos.

A Figura 14 fornece uma visão geral da estrutura do PDS utilizado pela SEGES-

MT. Nela pode-se notar quais documentos são produzidos, as atividades que devem ser

realizadas e os papéis envolvidos agrupados em seis fases de desenvolvimento:

concepção, projeto, implementação, teste, homologação, implantação/encerramento. As

linhas na cor violeta indicam os artefatos de uma fase que servem de entrada para

elaboração de artefatos das fases seguintes. As linhas na cor verde indicam a sequência,

nem sempre obrigatória, para elaboração dos artefatos de cada fase.

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Figura 16. Quadro Geral do PDS da SEGES-MT [Fonte: MATO GROSSO, 2010]

As fases do processo podem ser planejadas iterativamente, de forma a fracionar

a entrega do produto em vários subprodutos. Dessa forma, é possível fazer o

planejamento das iterações, ou seja, repetição de atividades de cada fase, onde cada

iteração produz uma release, ou parte do sistema executável, que juntas compõem a

versão completa do sistema.

A fim de favorecer a melhor compreensão do PDS foi elaborada uma descrição

resumida de cada fase do processo contendo uma pequena descrição, os papéis dos

envolvidos, as atividades e os artefatos gerados conforme apresenta a Tabela 6.

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Tabela 6 - Resumo do PDS da SEGES-MT

É importante ressaltar que a atividade de diagnóstico não compõe o

processo, mas é fundamental para iniciá-lo, pois tem como objetivo

analisar a viabilidade de execução do projeto. Com a ajuda do líder

de projeto, o cliente deve definir o fluxo de negócio que será

automatizado e os requisitos do sistema a serem desenvolvidos. Dessa

forma, dois documentos são produzidos nessa atividade e são

necessários para o início de processo: o fluxo de negócio e o

documento de requisitos.

Deve-se também fazer registro em Ata, das visitas e reuniões com

clientes e catalogação dos termos identificados durante o processo em

um Glossário, que tem como finalidade registrar termos pertinentes

do negócio com seus respectivos significados de forma a facilitar o

entendimento dos documentos elaborados e comunicação com o

cliente.

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É na fase de concepção que o desenvolvimento do sistema é

iniciado. O objetivo dessa fase é o estabelecimento de um acordo

formal entre a equipe de desenvolvimento e o cliente por meio dos

documentos de visão e estimativa de Pontos por Função produzidos

nessa fase.

Papéis envolvidos: Líder de Projeto, Analista de Requisitos e o

Cliente.

Artefatos de entrada: Fluxo de Negócio e Documento de Requisitos.

Atividades: 1- Elaborar documento de Visão; 2- Criar repositório

para projeto; 3– Complementar Documento de Requisitos; 4–

Elaborar cronograma; 5– Elaborar Glossário; 6- Elaborar Diagrama

de Caso de Uso; 7- Especificação do Caso de Uso; 8- Elaborar

Protótipo; 9 – Calcular Pontos por Função;10 – Encerrar a fase.

Durante essa fase são realizados estudos mais abrangentes sobre o

projeto, sendo possível ao final dois caminhos: a interrupção ou

continuidade do processo, iniciando a fase de projeto. Essa decisão

deve ser tomada pelo cliente em conjunto com o líder de projeto.

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50

A fase de projeto tem como objetivo apresentar uma estimativa de

prazos e custos a ser aprovado pelo Cliente e, após aprovação, definir

os quesitos para a fase de implementação, tais como arquitetura,

modelo de dados etc.

Papéis envolvidos: Projetista, Arquiteto de Software, Projetista de

Banco de dados, Analista de Requisitos, Líder de Projeto.

Artefatos de Entrada: Documento de Visão, Glossário,

Especificação de Casos de Uso e Cronograma de Atividades.

Atividades: 11 -Apresentar prazos e custos e atualizar Cronograma;

12-Definir Arquitetura; 13- Elaborar Modelo de Dados; 14- Realizar

Casos de Uso; 15- Definir Infraestrutura.

A atividade 11, apresentar prazos e custos, é muito importante para a

continuidade do projeto, uma vez que sem a aprovação do custo e

prazo pelo cliente o sistema não deve ser implementado.

A fase de implementação tem como objetivo produzir o código fonte

do sistema e realizar testes iniciais para garantir-se que a aplicação ou

módulo desenvolvido pode passar para a fase de testes do processo.

Papéis envolvidos: Implementador, Projetista, Líder de Projeto.

Artefatos de Entrada: Especificação de Casos de Uso, Realização

do Caso de Uso e Protótipo.

Atividade: 16- Desenvolver código fonte; 17- Disponibilizar em

ambiente de teste.

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A finalidade da fase de teste é assegurar que a aplicação tenha

disponibilidade ao usuário final com comportamento inesperado

mínimo.

Papéis envolvidos: Projetista de Teste, Testador, Analista de

Requisitos.

Artefatos de entrada: Especificação de Casos de Uso, Aplicação

disponível em ambiente de teste.

Atividades: 18 – Planejar o Teste; 19 – Executar e disponibilizar

correções.

Na atividade 18, planejar o teste são elaborados o Plano de Teste e os

Casos de Teste para requisitos funcionais e de interface. Ao final o

líder de projeto, caso de acordo, deve solicitar ao implementador que

disponibilize a aplicação no ambiente de homologação.

A fase de homologação tem como objetivo certificar que o sistema

está pronto para ser utilizado pelo usuário.

Papéis envolvidos: Líder de Projeto, Analista de Requisitos, Cliente.

Artefatos de Entrada: aplicação esteja disponível em ambiente de

homologação.

Atividades: 20 – Treinar usuários finais; 21- Homologar a aplicação.

Durante a atividade 21, homologar aplicação, o Líder de Projeto deve

preencher o Documento de Homologação, acionar atividades de

ajuste, como correção de erros, melhoria no desempenho e

usabilidade, assim como providenciar a produção da documentação

complementar no Documento de Visão - Manual do Usuário do

Sistema, Help Online, Manual de Instalação e Configuração (artefatos

obrigatórios para desenvolvimento terceirizado de sistemas).

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A fase de Implantação e Encerramento tem como objetivo marcar o

encerramento de um projeto ou módulo do sistema.

Papéis envolvidos: Líder de Projeto, Analista de Requisitos, Superior

imediato do líder de projeto, Cliente.

Artefatos de Entrada: aplicação homologada pelo cliente.

Atividades: 22 – Implantar o Sistema; 23- Formalizar o aceite.

Na atividade 23, formalizar o aceite, deve-se confeccionar o Termo de

Entrega e Termo de Aceite, que devem ser assinados pelos

envolvidos.

3.2 ANÁLISE DO PROCESSO

A primeira atividade metodológica realizada foi a análise do PDS da SEGES-MT,

com o objetivo de identificar atividades relacionadas a área de IHC presentes no

processo. Durante essa análise foram identificadas algumas atividades de IHC e outras

apenas relacionadas a área. NA Tabela 7 podem ser visualizadas as atividades

encontradas em cada fase do PDS, sendo que as destacadas em negrito foram

consideradas atividades de IHC e as demais apenas relacionadas a área. Essas atividades

são descritas de forma mais detalhada no texto dessa seção.

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Tabela 7 - Atividades de IHC identificadas no PDS

Fase Atividades

Diagnóstico Elaborar documento de Requisitos (requisitos de interface)

Concepção

Elaborar Documento de Visão (entrevistas e visitas ao

ambiente), Complementar Documento de Requisitos e

Elaborar Protótipo

Implementação Realizar testes unitários locais

Teste Elaborar Planos de Teste e Caso de Teste (requisitos de

interface e padrões de telas)

Homologação Elaborar Manual do Usuário do Sistema, Help Online e

o Manual de Instalação e Configuração do Sistema

Na fase Diagnóstico, que antecede o início do PDS tendo como objetivo analisar a

viabilidade do projeto, o cliente define o fluxo de negócio e os requisitos do sistema,

com auxílio do Líder de Projeto/Analista de Sistemas. No PDS, durante essa fase, nada

é mencionado sobre requisitos de IHC, porém na prática são definidos requisitos de

interface. Ao final é produzido o Documento de Requisitos, que é refinado na Fase de

Concepção através da atividade Complementar Documento de Requisitos. Desse modo,

foram identificadas as atividades Elaborar Documento de Requisitos e Complementar

Documento de Requisitos como atividades relacionadas a área de IHC.

Na fase de Concepção identificou-se as atividades Elaborar Documento de Visão

e Elaborar Protótipo, além da atividade Complementar Documento de Requisitos já

mencionada. A Atividade Elaborar Documento de Visão contempla a realização de

entrevistas com o cliente e visitas ao ambiente onde o sistema será implantado. Por

meio do Documento de Visão é possível acordar com o cliente os requisitos e

funcionalidades do sistema. Já a atividade Elaborar Protótipo permite que o cliente

verifique se todas as funcionalidades solicitadas foram contempladas. Dessa maneira,

identificou-se a atividade Elaborar Protótipo como uma atividade efetivamente de IHC e

a atividade Elaborar Documento de Visão como relacionada a área.

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54

Na fase de Implementação, durante a atividade Desenvolver Código Fonte é

descrito no PDS que devem realizados, em ambiente de desenvolvimento, testes

unitários locais, pelo papel do implementador, que deve considerar as recomendações

do Documento de Arquitetura, Modelagem de Dados e Documento de Requisitos,

produzidos nas fases de Concepção e Projeto do processo. Assim, considerou-se a

atividade Realizar Testes Unitários Locais como uma atividade relacionada a área de

IHC, pois são realizados testes de interface durante o desenvolvimento.

Na fase de Teste foi identificada a atividade Elaborar Plano de Teste e Caso de

Teste como uma atividade de IHC que precisa ser melhor especificada no PDS. Nessa

fase é elaborado, pelo Projetista de Teste, os documentos Plano de Teste e Casos de

Teste, para requisitos funcionais e de interface, com objetivo de orientar o Testador

durante a execução. Este deve considerar o funcionamento correto do sistema, o

cumprimento das padronizações de telas e relatórios e a performance do sistema na

operacionalização de funcionalidades complexas. Nessa fase, é apenas mencionado os

requisitos de interface e padrões de telas, porém não é especificado nada sobre o

assunto.

Na fase de Homologação a palavra “usabilidade” é mencionada na atividade

Homologar aplicação, em que o Líder de Projeto deve demandar atividades de ajuste,

como correção de erros, melhoria no desempenho e na usabilidade, se forem

necessárias. Nessa fase o Documento de Visão é finalizado contemplando o Manual do

Usuário do Sistema, Help Online e o Manual de Instalação e Configuração do Sistema.

Assim, foi identificada a atividade Elaborar Manual do Usuário do Sistema, Help

Online e o Manual de Instalação e Configuração do Sistema como uma atividade

relacionada a área de IHC, uma vez que auxilia o usuário a interagir com o sistema caso

haja alguma dúvida.

Ao final dessa análise, chegou-se à conclusão de que o PDS da SEGES-MT

possui duas atividades de IHC, entretanto tem uma “perspectiva de design centrada no

sistema” (BARBOSA, 2010, p.121) em que a área de IHC recebe pouca atenção já que

algumas atividades são citadas no processo e outras possuem apenas ações relacionadas

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a área de IHC, com exceção das atividades Elaborar Protótipo, na fase de Concepção e a

atividade Elaborar Plano de Teste e Caso de Teste na fase de Teste.

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56

4

PROPOSTA DE INTEGRAÇÃO

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Com o objetivo de fazer a integração de métodos e técnicas de IHC ao PDS da

SEGES-MT, optou-se em considerar as principais abordagens de integração, segundo

Barbosa e Silva (2010, p. 123): “definição de características de um processo de

desenvolvimento que se preocupa com a qualidade de uso; definição de processos de

IHC paralelos que devem ser incorporados aos processos propostos pela ES; indicação

de pontos em processos propostos pela ES em que atividades e métodos de IHC podem

ser inseridos”.

Assim, essa proposta abordou duas das três formas de integração mencionadas.

Uma das formas foi a definição de algumas características inseridas ou enfatizadas no

processo afim de tratar adequadamente a qualidade de uso. Características como foco no

usuário, participação ativa dos usuários, representação de design simples, customização

do processo de forma que possibilite adaptação para outras instituições governamentais,

participação de profissional de IHC continuamente no processo, presença de atividades

de design explícitas e conscientes, avaliação das propostas de solução considerando

critérios de qualidade de uso definidos inicialmente (BARBOSA; SILVA, 2010 apud

GULLIKSEN et al. 2005, p.124).

A segunda forma de integração utilizada foi a sugestão de inserção de atividades,

métodos e práticas de IHC em alguns pontos do processo.

Algumas considerações acerca das adaptações sugeridas:

Durante o processo de desenvolvimento da aplicação, as partes interessadas

devem avaliar as soluções propostas, sejam na forma de protótipos ou produto

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final, para garantir que os requisitos estabelecidos previamente sejam atendidos

(MELO; BARANAUSKAS, 2006). Durante esse processo é importante uma boa

comunicação entre os envolvidos no PDS, sendo muito importante a

participação do cliente/usuário durante os estágios de desenvolvimento;

Os métodos e técnicas apresentados por essa proposta devem ser escolhidos

conforme necessidade de desenvolvimento. Nesse trabalho, os métodos e

técnicas são descritos como uma sugestão, podendo ser utilizados em parte ou

até mesmo adicionados outros não citados, conforme necessidade;

Considerando que as aplicações desenvolvidas pela SEGES-MT são todas web,

as atividades propostas ao PDS são adequadas especificamente para o

desenvolvimento web;

Encontram-se nos apêndices do trabalho, sugestões de modelos (templates) dos

artefatos alterados e adicionados em cada uma das fases, com exceção do

documento Guia de Estilo, que está em fase de desenvolvimento pela

Coordenadoria de Tecnologia de Informação (CTI) da SEGES-MT, fato este que

será explicado com mais detalhes na próxima seção;

Os artefatos existentes que foram modificados são: Documento de Visão

(Apêndice B), Documento de Requisitos (Apêndice C), Plano de Teste

(Apêndice E), Caso de Teste (Apêndice F) e Documento de Homologação

(Apêndice H). Os artefatos criados e adicionados foram: Projeto de IHC

(Apêndice D), Avaliação heurística (Apêndice G), Teste de Usabilidade

(Apêndice I) e Documento de Feedback (Apêndice J);

Foi adicionado ao PDS o papel Designer de IHC, um profissional especialista

em design de interação ou usabilidade que deve trabalhar em conjunto com os

outros papéis definidos no processo. Na próxima seção serão indicadas em quais

atividades é importante a atuação desse papel.

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58

Como mencionado, inicialmente realizou-se uma análise da documentação do

PDS da SEGES-MT com o intuito de entender seu funcionamento. Em seguida

analisou-se o processo afim de identificar atividades presentes relacionadas a área de

IHC. Os resultados desta análise foram descritos no Capítulo 3 desse trabalho, seção

3.2. Com o levantamento bibliográfico foi possível encontrar variadas obras que

contribuíram para elaboração da proposta dessa pesquisa, sendo algumas descritas com

mais detalhes no Capítulo 2, seção 2.5. Na próxima seção será apresentada

detalhadamente a proposta dessa pesquisa.

4.2 A PROPOSTA

Essa seção apresenta as adaptações recomendadas ao PDS da SEGES-MT e

descreve as atividades alteradas e adicionadas, técnicas e métodos de EU sugeridos,

assim como os artefatos alterados e adicionados para cada fase do processo. A Figura 17

ilustra uma visão geral das adaptações realizadas no PDS da SEGES-MT. Nela as

marcações em vermelho indicam as atividades e artefatos modificados e as marcações

em amarelo as atividades e artefatos adicionados ao processo.

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Figura 17. Adaptações sugeridas ao PDS da SEGES-MT [fonte: Adaptado de

MATO GROSSO, 2010]

A seguir é feita uma descrição mais detalhada das adaptações ilustradas na

Figura 17, por fase do PDS.

Fase de Concepção

Na fase de Concepção do processo as atividades Elaborar Documento de Visão e

Complementar Documento de Requisitos foram modificadas, conforme especificado na

Tabela 8, que representa resumidamente a adaptação realizada na fase, especificando as

atividades adicionadas, os métodos e técnicas sugeridos e artefatos alterados.

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60

Tabela 8 - Adaptação do PDS na fase de Concepção

Atividades Métodos/Técnicas Artefatos

Elaborar

Documento de

Visão

Especificar Perfis de

Usuários, Contexto de

uso e de tarefas

Entrevistas, grupo focal,

questionários,

brainstorming, card

sorting, estudos de

documentação,

observação natural,

personas, cenários,

prototipação de baixa

fidelidade

Documento de

Visão

Complementar

Documento de

Requisitos

Definir Critérios de

Qualidade em IHC Documento de

Requisitos Especificar Requisitos

de Usabilidade e

Design

Barbosa e Silva (2010) mencionam que nessa fase devem ser definidos quem são

os usuários, os clientes e demais stakeholders, seus objetivos e quais tarefas realizam

para atingi-los em um determinado contexto. Assim, na atividade Elaborar Documento

de Visão foi adicionada a atividade Especificar Perfis de Usuários (lista de hierarquia),

Contexto de uso e de tarefas (descrição de tarefas por categoria) (Silveira; Sheneider,

2015; De Souza et al., 2012). Essa atividade foi adicionada com o intuito de deixar mais

evidente a importância da definição desses itens no Documento de Visão, onde devem

ser inseridos os resultados obtidos com essa atividade. O modelo do Documento de

Visão é detalhado no Apêndice B.

Na atividade Complementar Documento de Requisitos foram adicionadas duas

atividades: Especificar requisitos de usabilidade e design e Definir critérios de

qualidade em IHC (Bastos; Oliveira, 2010). Na atividade Especificar requisitos de

usabilidade e design devem ser especificados os critérios de qualidade em IHC

definidos na atividade Definir critérios de IHC, ou seja, as duas atividades se

complementam e dependem uma da outra. Os dados coletados a partir dessas atividades

devem ser adicionados no Documento de Requisitos que consta no Apêndice C desse

trabalho.

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A atividade Definir Critérios de Qualidade em IHC foi inspirada na atividade

Definição de “paradigmas de interação” do trabalho de Bastos e Oliveira (2010).

Enquanto os autores colocaram a atividade na fase de Projeto, aqui essa atividade foi

inserida na fase de Concepção pois acredita-se que ela faz parte das atividades de

levantamento de requisitos do sistema, que são necessários na próxima fase, para o

projeto das soluções de software considerando tais critérios.

Durante a atividade Definir Critérios de qualidade em IHC, o cliente deve

acordar quais critérios de qualidade em IHC devem ser inicialmente definidos e

posteriormente validados na entrega do produto. Barbosa e Silva (2010), por exemplo,

apresentam como critérios de qualidade de uso em sistemas interativos: usabilidade

(facilidade de aprendizado, facilidade de recordação, eficiência, segurança no uso,

satisfação do usuário), experiência do usuário, acessibilidade e comunicabilidade.

As atividades descritas nessa fase podem ser realizadas conforme necessidade e

contexto do sistema a ser desenvolvido, por exemplo, por meio de entrevistas com os

stakeholders, grupo focal, questionários, brainstorming de necessidades e desejos do

usuário, card sorting, estudos de documentação existentes ou legislação vigente,

observação natural, personas, estudos de campo etc.

Fase de Projeto

Na fase de Projeto do processo foi adicionada a macro atividade Elaborar Projeto de

IHC, conforme especificado na Tabela 9, que representa resumidamente a adaptação

realizada na fase, especificando também os métodos e técnicas sugeridos e os artefatos

envolvidos.

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Tabela 9 - Adaptação do PDS na fase de Projeto

Atividades Métodos/ Técnicas Artefatos

Elaborar Projeto de IHC

Prototipação

(storyboarding, wireframes,

mapas de navegação)

Guia de Estilo

Projeto de IHC

Protótipo

A atividade Elaborar Projeto de IHC foi adaptada do trabalho de De Souza et al.

(2012). Aqui o projeto de IHC contempla os projetos de conteúdo, projeto de

arquitetura, projeto de navegação e projeto de interação. Os resultados obtidos com

esses projetos devem ser inseridos no documento Projeto de IHC (Apêndice D), com

exceção dos protótipos interativos de média e alta fidelidade, que devem compor o

artefato Protótipo descrito no processo.

O projeto de conteúdo, segundo De Souza et al. (2012) é importante porque

apresenta toda a informação que deve conter na aplicação, ou seja, é feito uma descrição

dos conteúdos e elementos necessários a aplicação com base nas informações passadas

pelos clientes e usuários.

Na fase de Projeto do PDS há a atividade Definir Arquitetura, porém esta se

refere à definição de arquitetura de software da área de ES. O projeto de arquitetura

presente no projeto de IHC trata da disponibilidade das informações na aplicação e seu

refinamento pelos stakeholders, podendo ser elaborado por meio das técnicas de

storyboarding e wireframes de conteúdo.

Segundo Benyon (2011), a navegação é uma característica importante para

muitos sistemas. Considerando isso, nesse trabalho, o projeto de navegação consiste

basicamente no desenvolvimento de mapas de navegação, que focam na experiência que

o usuário terá com a aplicação, destacando como estes se movimentam por ela.

A Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) da SEGES-MT, está

desenvolvendo um Guia de Estilo, que deve ser utilizado como base para o

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desenvolvimento das novas aplicações e também algumas existentes. A ideia é

desenvolver um padrão de interfaces e componentes que caracterizem a identidade da

secretaria nas aplicações. Um ponto positivo na utilização de um guia de estilo é que

este torna o desenvolvimento do sistema mais ágil, uma vez que os componentes da tela

estão previamente definidos. Considerando isso, o projeto de interação, aqui

apresentado, consiste no desenvolvimento de protótipos de média e alta fidelidade

considerando o documento Guia de Estilo, que está em desenvolvimento.

Fase de Implementação

Na fase de Implementação do processo foi alterada a macro atividade

Implementar Sistema, conforme demonstrado na Tabela 10, que representa

resumidamente a adaptação realizada na fase, especificando também os métodos

sugeridos e os artefatos envolvidos.

Tabela 10 - Adaptação do PDS na fase de Implementação

Atividades Método Artefatos

Implementar

Sistema

Utilizar Padrões Pré-

definidos Guia de Estilo

Guia de Estilo

Código Fonte

Validar Páginas

Validadores

Automáticos de

Código

A atividade Implementar Sistema foi alterada adicionando a atividade Utilizar

Padrões Pré-definidos para o desenvolvimento das interfaces das aplicações. Essa

atividade foi adaptada do trabalho de De Souza Ferreira et al. (2010) e considera como

fonte o artefato Guia de Estilo. Essa adaptação reflete também no artefato Código

Fonte.

Na atividade Implementar Sistema também foi adicionada a atividade Validar

Páginas, inspirada no trabalho de De Souza Ferreira et al. (2010). Sonza et al. (2015)

afirma que a validação das páginas web é obtida por meio de testes automáticos e

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manuais que devem ser feitos desde o início do desenvolvimento. É importante ressaltar

que a validação manual é indispensável, uma vez que nem todos os problemas de

acessibilidade são identificados mecanicamente através dos validadores automáticos. Há

questões que somente podem ser identificadas pelo ser humano.

A conformidade com os padrões World Wide Web Consortium (W3C) são

fundamentais para garantir questões de acessibilidade, uma vez que, os navegadores e

ferramentas como leitores de tela, que se baseiam nesses padrões, podem interpretar o

conteúdo da página de maneira indesejada/incorreta (SANTANA et al., 2010). Assim, a

atividade Validar Páginas consiste no uso de validadores de código automáticos para

avaliar se as páginas desenvolvidas seguem padrões estabelecidos e tem como objetivo

principal garantir questões de acessibilidade.

Esta atividade deve ser realizada pelo Implementador (programador) em

conjunto com Designer de IHC. A validação de padrões, como HyperText Markup

Language (HTML) e Cascading Style Sheets (CSS), Extensible Hypertext Markup

Language (XHTML), o Extensible Markup Language (XML) e o ECMAScript

(JavaScript), por exemplo, pode ser feita com os diversos avaliadores automáticos

online disponibilizados pelo W3C conforme descrito nos trabalhos de Oliveira e Eler

(2015) e Sonza et al. (2015).

Fase de Teste

Na fase de Teste do processo, as duas atividades presentes (Elaborar Plano de

Teste e Elaborar Casos de Teste) foram modificadas. A Tabela 11 representa

resumidamente a adaptação realizada nessa fase, especificando as atividades

adicionadas, os métodos e técnicas sugeridos e artefatos alterados.

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Tabela 11 - Adaptação do PDS na fase de Teste

Atividades Métodos Artefatos

Elaborar Plano

de Teste

Planejar Avaliação de

IHC Avaliação Heurística,

Percurso Cognitivo,

Método de Inspeção

Semiótica

Documento Plano de

Teste

Elaborar Casos

de Teste

Realizar Avaliação

com Especialista em

IHC

Documento Caso de

Teste

Na perspectiva de quem desenvolve o sistema, o objetivo principal da avaliação

é verificar se o sistema funciona de acordo com a especificação de requisitos

(BARBOSA; SILVA, 2010, p.287). Assim, a atividade Elaborar Plano de Teste foi

alterada adicionando a atividade Planejar Avaliação de IHC, que consiste no plano de

teste considerando a realização de avaliações da interação e de interfaces por

profissionais especializados (p.ex. Designer de IHC) e pelos usuários da aplicação. Os

testes com profissionais especializados são realizados nessa fase, já os testes com

usuários são aplicados na fase de homologação do processo.

Segundo Benyon (2010), o plano de teste tem o objetivo de orientar a avaliação,

especificando os objetivos da sessão de teste, detalhes práticos (onde, quando, tempo de

duração, equipamentos e materiais necessários), número e tipo de participantes e tarefas

a serem realizadas com a especificação de término bem-sucedido. A definição de como

os testes serão realizados devem ser descritas no Documento Plano de Teste, que se

encontra no Apêndice E.

Os métodos de inspeção não envolvem a participação de usuários e tratam de

experiências potenciais de uso realizadas pelo avaliador que tenta se colocar no lugar

dos usuários afim de identificar possíveis problemas que estes podem vir a ter ao

interagirem com a aplicação (BARBOSA; SILVA, 2010). Considerando isso, na

atividade Elaborar Casos de Teste foi inserida a atividade Realizar Avaliação com

Especialista em IHC. Os casos de testes devem ser implementados com profissional

especialista em design de interação ou usabilidade com o uso de métodos tais como:

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avaliação heurística (DE SOUZA FERREIRA, 2010; GUIMARAES et al.; SILVEIRA;

SCHENEIDER, 2015), percurso cognitivo (BARBOSA; SILVA, 2010; PREECE et al.,

2005; BENYON, 2011), método de inspeção semiótica (BARBOSA; SILVA, 2010) etc.

No documento Caso de Teste, que se encontra no Apêndice F, devem ser descritos os

resultados obtidos com as avaliações realizadas.

Preece et al. (2005) definem avaliação heurística como uma técnica de inspeção

de usabilidade em que especialistas avaliam se os elementos de interface estão de

acordo com um conjunto de princípios de usabilidade. Considerando a natureza diversa

dos produtos de software possíveis, os autores recomendam que os avaliadores devem

desenvolver seu próprio conjunto de heurísticas, moldando-as as dez heurísticas de

Jakob Nielsen. Os critérios de qualidade em IHC estabelecidos na Atividade Definir

critérios de qualidade em IHC durante a fase de concepção do processo, devem ser

inseridos no conjunto de heurísticas citado. No Apêndice G, consta um roteiro de

atividades e um modelo de avaliação heurística que pode ser utilizado como base. Este

modelo foi produzido pela autora em uma atividade em grupo da disciplina de

Avaliação em IHC e adaptado para essa pesquisa.

Fase de Homologação

Segundo Preece et al. (2005), os testes com usuários são mais adequados para

avaliar protótipos e sistemas que estejam funcionando, uma vez que, segundo Barbosa e

Silva (2010, p. 287) o objetivo principal da avaliação é verificar se o sistema apoia

adequadamente os usuários a atingirem seus objetivos em um determinado contexto de

uso. Considerando as colocações, na fase de Homologação, optou-se por modificar a

atividade Realizar Homologação com o Cliente, conforme representado na Tabela 12.

Tabela 12 - Adaptação do PDS na fase de Homologação

Atividades Métodos/ Técnicas Artefatos

Realizar

homologação

Realizar Teste de

Usabilidade

Teste de Usabilidade e

Teste de

Documento de

Homologação

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com o

Cliente

Realizar Avaliação de

Comunicabilidade

Comunicabilidade

A atividade Realizar Homologação com o Cliente foi alterada inserindo duas

atividades: Realizar Teste de Usabilidade e Realizar Avaliação de Comunicabilidade,

sendo que a consolidação das análises dos resultados obtidos com essas atividades deve

ser descrita no Documento de Homologação, que consta no Apêndice H. É importante

lembrar que essas atividades não são obrigatórias e devem ser aplicadas considerando o

contexto da aplicação desenvolvida.

A atividade Realizar Teste de Usabilidade consiste na aplicação de testes de

usabilidade, também utilizados nos trabalhos de De Souza Ferreira (2010), Guimaraes et

al., Silveira e Scheneider (2015). O teste de usabilidade tem por objetivo, segundo

Silveira e Scheneider (2015), proporcionar a interação dos usuários com a aplicação

desenvolvida afim de que esses possam relatar as suas percepções e nível de satisfação

com relação às interfaces utilizadas. Os autores optaram por adotar, para isso, o

questionário System Usability Scale (SUS) proposto por Brooke (1986) acrescido de

questões fechadas e abertas para obter informações acerca do perfil e da percepção dos

usuários. E o trabalho de Secco et al. (2016) demostra como se deu a avalição de

usabilidade do Chamilo, um ambiente virtual de aprendizagem, por meio do SUS.

Além do SUS, existem outras escalas de usabilidade, como por exemplo, o

Software Usability Measurement Inventory (SUMI), Methodology for Usability

Assessment and Design of webbased Information Systems (UWIS), Measuring the

Usability of Multi-Media Systems (MUMMS) (DA COSTA LIMA et al., 2015),

DaSilva, eScanner (OLIVEIRA; ELER, 2015). Porém, na atividade Realizar Teste de

Usabilidade, sugere-se a utilização da escala SUS, por ser um questionário amplamente

utilizado sendo possível encontrar muitas publicações sobre o assunto, como em Souza

(2015), pelo número reduzido de questões e principalmente por ser gratuito. No

Apêndice I é feita uma sugestão de como o teste de usabilidade pode ser aplicado

utilizando o SUS.

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A atividade Realizar Avaliação de Comunicabilidade compreende a aplicação de

avaliações de comunicabilidade a um grupo pequeno de usuários (cinco a dez) em

ambiente controlado. Esse método tem o objetivo de avaliar a qualidade da recepção da

metacomunicação do designer pelo usuário, sendo um método qualitativo de análise

profunda. É foco dessa análise identificar prováveis caminhos de interpretação dos

usuários, suas intenções de comunicação e rupturas de comunicação que podem ocorrer

durante a interação. Daí é possível identificar possíveis problemas na comunicação da

metamensagem do designer e na comunicação dos usuários com o sistema (BARBOSA;

SILVA, 2010). Um exemplo de aplicação desse método pode ser visto no trabalho de

Oliveira et al. (2015).

Nesta fase, portanto, são sugeridos dois métodos (teste de usabilidade e

avaliação de comunicabilidade), que permitem o registro e análise de dados que

identificam problemas reais enfrentados pelos usuários e não apenas potenciais

problemas previstos pelo avaliador, como podem identificar os métodos de inspeção

mencionados na fase de teste do PDS.

Fase de Implantação/ Encerramento

Na fase de Implantação/ Encerramento, após a atividade Entregar Sistema/

Release, optou-se por adicionar a atividade Realizar Teste de Aceitação, conforme

apresentado pela Tabela 13.

Tabela 13 - Adaptação do PDS na fase de Implantação/ Encerramento

Atividades Métodos/ Técnicas Artefato

Realizar Teste de

Aceitação

Entrevistas e questionários

de satisfação Documento de Feedback

A atividade Realizar Teste de Aceitação consiste na aplicação de técnicas como

entrevistas e questionários de satisfação afim de averiguar a satisfação dos usuários após

um tempo de utilização da aplicação. A forma como essa atividade deve ser realizada

vai depender do tamanho da aplicação, podendo ser realizada após entrega de módulos

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ou somente quando o produto estiver finalizado. Essa é uma decisão tomada pela equipe

de desenvolvimento juntamente com os clientes e/ou usuários. Os resultados dessa

atividade devem ser descritos no Documento de Feedback, apresentado no Apêndice J.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esse trabalho apresentou uma proposta de adaptação do processo de

desenvolvimento de sistemas (PDS) da SEGES-MT com práticas de interação humano-

computador (IHC). Inicialmente foi realizada análise do PDS com o objetivo de

identificar as atividades de IHC presentes no processo (Capítulo 3). A partir dos

resultados dessa análise e com os estudos bibliográficos realizados anteriormente foi

possível elaborar a proposta de adaptação do PDS apresentada no capítulo 4 desse

trabalho. Acredita-se que com as alterações propostas, o PDS tenha adquirido uma

perspectiva de desenvolvimento centrada no uso.

Como trabalhos futuros, pretende-se melhorar a proposta apresentada adicionando

atividades que contemplem questões de acessibilidade de maneira mais ampla, uma vez

que a proposta apresentada fez menção a acessibilidade, na fase de Implementação do

PDS, onde se adicionou a atividade Validar Página, que tem como objetivo garantir

questões de acessibilidade e consiste no uso de validadores de código automáticos para

avaliar se as páginas desenvolvidas seguem padrões estabelecidos.

Futuramente, pretende-se apresentar formalmente a proposta de adaptação do PDS

para a Coordenadoria de Tecnologia de Informação (CTI) da SEGES-MT, com o

objetivo de receber sugestões de melhorias e validação da mesma, para que seja

utilizada futuramente pela Secretaria no desenvolvimento de suas aplicações.

A CTI da SEGES-MT deu início recentemente ao desenvolvimento de um novo

sistema de gestão de viagens (SGV) que será utilizado por todas as secretarias do

estado. O sistema atual possui uma série de inconsistências, de modo que é inviável

correções e melhorias. Desse modo, optou-se por desenvolver o novo sistema do zero,

uma vez que constatou-se ser mais vantajoso do que reaproveitar o existente.

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Atualmente o desenvolvimento está no primeiro release, na fase de concepção, com a

modelagem de processos e entendimento do negócio.

Acredita-se que a CTI da SEGES-MT tem a oportunidade de dar continuidade ao

desenvolvimento do SGV, seguindo a proposta desse trabalho, pois assim será possível

averiguar se os resultados obtidos com a utilização do PDS adaptado serão positivos e

se trarão melhorias aos produtos de softwares no que diz respeito ao atendimento de

critérios de usabilidade e aceitabilidade do sistema pelos usuários e clientes da

secretaria.

Caso seja possível aplicar essa proposta no desenvolvimento do SGV, pretende-se

ao final do desenvolvimento da aplicação, realizar entrevistas e questionários junto aos

usuários do sistema e servidores envolvidos no desenvolvimento com o intuito de

coletar informações que comprovem melhorias no processo, e constatem que problemas

anteriormente existentes foram minimizados, tais como redução do custo de

desenvolvimento, diminuição de atrasos com retrabalho, aumento da produtividade,

aceitação e satisfação dos usuários etc.

É interessante ressaltar que tanto as atividades quanto os artefatos adicionados ao

PDS são sugestões que podem ser utilizadas ou não a depender das particularidades de

cada aplicação a ser desenvolvida. Dessa forma, espera-se também que a SEGES-MT e

outras instituições públicas de Mato Grosso possam utilizar esse processo como um

guia para o desenvolvimento de suas aplicações, de forma a auxiliar o desenvolvimento

de soluções de software com maior qualidade de uso e de acordo com as necessidades e

anseios de seus clientes e usuários.

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APÊNDICE A

AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA

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APÊNDICE B

DOCUMENTO DE VISÃO

<Nota1: Este documento é uma template. O texto contido

dentro desta marcação “< >” é a instrução de elaboração do

documento. A instrução, assim como as marcações deverão ser

lidas e deletadas à medida que o documento for elaborado. Todas

deverão ser deletadas, inclusive as notas.>

<Nota2: Para que a numeração seja mantida, consistente

com o padrão, os títulos das seções e subseções devem continuar

aparecendo no documento, indicando-se “Não se aplica.” no

respectivo corpo quando não houver informações a serem

colocadas.>

DOCUMENTO DE VISÃO

Projeto: <Nome do Projeto>

Versão: <1.0>

Data de Revisão: <dd/mm/aaaa>

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Histórico de Revisão

<As atualizações do documento devem ser reportadas, obrigatoriamente, neste

histórico.>

Data Descrição Autor

<dd/mm/aaaa> <Descrição da atualização realizada no

documento>

<Nome do

responsável pela

atualização>

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Sumário

VISÃO ESTRATÉGICA ...................................................................................................... 82

ESCOPO ............................................................................................................................ 82

NÃO-ESCOPO ................................................................................................................... 82

DEFINIÇÕES E ABREVIATURAS ....................................................................................... 82

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 82

BENEFÍCIOS DO PROJETO ............................................................................................... 83

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ............................................................................................ 83

USUÁRIOS ENVOLVIDOS NO PROJETO ............................................................................ 84

USUÁRIO FINAL ............................................................................................................... 84

DESCRIÇÃO DE PERFIS DE USUÁRIOS ............................................................................. 84

DESCRIÇÃO DE TAREFAS POR CATEGORIA .................................................................... 84

DESCRIÇÃO DE CONTEXTOS DE USO E AMBIENTE DO USUÁRIO ................................... 85

PERSPECTIVA DO PRODUTO ............................................................................................ 85

LICENÇA E INSTALAÇÃO ................................................................................................. 86

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Visão do Projeto

Introdução

O objetivo deste documento é a coleta, análise e definição das necessidades e

características do projeto <Nome do Projeto> em alto nível de abstração.

O foco deste documento é identificar as necessidades dos stakeholders

(patrocinadores do projeto) e usuários-alvo e o porquê delas existirem.

O detalhamento de como o <Nome do Projeto> suprirá estas necessidades será

realizado nas especificações de casos de uso e especificações suplementares.

Visão Estratégica

<Obrigatória a informação e deve ser vinculada a uma medida.>

<Transcrever a visão estratégica deste projeto que deve, obrigatoriamente,

delimitar e direcionar a concepção do escopo do projeto.>

Escopo

<Descrever texto explicativo e estruturado sobre o escopo do projeto, sendo

obrigatório sua aderência a Visão Estratégica. Identificar os módulos, funcionalidades e

sistemas associados.>

Não-Escopo

<Descrever texto explicativo e estruturado sobre o que não está dentro escopo do

projeto. Identificar os módulos, funcionalidades e sistemas associados.>

Definições e Abreviaturas

Vide Glossário do projeto.

Referências

<Identificar os documentos utilizados como referência para a definição do

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projeto.> <Reportar as referências: existentes; existentes mais com necessidade de

atualização; e a serem criadas sob demanda deste projeto >

Nome do Documento de

Referência

Data de Criação Autor Situação

Atual

<nome do documento>

<Leis, Portarias,

Convênios, Atas...>

<dd/mm/aaaa>

<em caso de referência

a ser criada, não

informar data>

<Identificação do

autor>

<Expressar

segundo

legenda

abaixo>

Legenda de Situação: (1) Referência existente; (2) Referência existente, mas com necessidade de

atualização; (3) Referência deve ser criada sob demanda deste projeto.

Posicionamento

Benefícios do Projeto

<Descrever os benefícios que o projeto trará ao cliente e demais envolvidos.>

<Descrição do benefício 1>

<Descrição do benefício 2>

Descrição do Problema

<Descrever de forma resumida sobre o problema a ser resolvido por este projeto,

identificando os usuários afetados e o impacto causado pelo problema.>

Priorização das Necessidades

<Lista dos problemas chaves, por ordem de prioridade, com as soluções

existentes, percebidas pelo usuário, detalhando os seguintes tópicos de cada problema:

Quais são as razões do problema?

Como o problema está sendo resolvido atualmente?

Quais soluções propostas para o problema?>

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Descrição da Necessidade

(Problema)

Solução Atual Solução Proposta

Descrição dos Usuários

Usuários Envolvidos no Projeto

Papel na Organização Entidade Representada Papel no Projeto

<tipo do papel na

organização>

<Descrição de que entidade o

usuário gestor está

representando no contexto do

desenvolvimento do projeto>

<Descrição do papel do

usuário gestor no processo

de desenvolvimento>

Usuário Final

Papel na Organização Descrição das Atividades Representado por

<tipo do papel na

organização>

<Descrição das atividades

que o usuário executará no

sistema>

<Usuário envolvido no

projeto que representa este

usuário>

Descrição de Perfis de Usuários

É interessante criar uma representação hierárquica dos perfis de usuários definidos.

Grupo Descrição Permissões

<nome do grupo> <Descrição do grupo> <Descrição das atividades

que esse grupo pode

realizar >

Descrição de Tarefas por Categoria

Categoria: <Nome da Categoria>

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Tarefa Descrição da Tarefa Perfil de Usuário

<Nome da Tarefa> <Descrição da tarefa que o

usuário executará no

sistema>

<Usuário (s) envolvido no

projeto com permissão

para realizar a tarefa>

Descrição de Contextos de Uso e Ambiente do Usuário

<Descrever o ambiente de trabalho do usuário. Sugestões:

Descrever variáveis como número de pessoas necessárias para executar a

função e se este número pode sofrer alteração.

Descrever o número de pessoas envolvidas para a realização das tarefas

críticas do sistema.

Descrever tempo para conclusão das tarefas primordiais.

Descrever as plataformas utilizadas.

Citar aplicações que são utilizadas atualmente e citar aplicações que deverão

ser integradas com o sistema proposto (se existirem)

Se necessário descrever cenários de uso específicos>

Visão Geral do Produto

Esta seção descreve a visão geral das características do projeto <Nome do

Projeto> (textual e gráfica), expressando relação entre funcionalidades e interfaces com

as aplicações <Nomes das aplicações externas, caso exista>.

Perspectiva do Produto

<Descrição geral - textual e gráfica, do produto, expressando relações internas e

externas (integrações com outras aplicações). Pode-se apresentar o diagrama de

contexto do produto. Por exemplo: ilustrar interações entre funcionalidades e

integrações com aplicações>.

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Licença e Instalação

<Especificar necessidades do usuário quanto ao controle de licença e instalação

do software desenvolvido e que impactam no esforço de desenvolvimento>

Características Funcionais

Esta seção define e descreve as características funcionais do <Nome do

Projeto>. As características funcionais são capacidades necessárias ao sistema para que

o mesmo possa atender a demanda funcional do usuário.

<Como o documento de visão é revisado por diversos papéis durante o projeto,

as funcionalidades devem ser descritas de forma resumida, permitindo o entendimento

de todos, contudo as informações devem ser necessárias o suficiente para a modelagem

de casos de uso. Tais funcionalidades devem fornecer a base fundamental para

identificar as operações, definição do produto, gerência de escopo e gerência do projeto,

sob um ponto de vista externo. Cada funcionalidade será explicada detalhadamente na

modelagem de casos de uso.>

<Nome da característica funcional>

<Descrição da funcionalidade e operações necessárias para executar a

característica funcional>

Funcionalidade: <nome da funcionalidade>

Operação: <nome da operação>

Impacto: <criação ou atualização ou exclusão>

Exemplo (Sistema ECF):

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Exemplo (Sistema ECF):

Intervenção

Descrição: O sistema deve permitir que uma empresa interventora efetue uma

solicitação de intervenção. Na conclusão da solicitação o sistema deve gerar lacre

eletrônico do equipamento que sofrerá intervenção, podendo esta solicitação ser

consultada e/ou cancelada.

Funcionalidade: Intervenção

Operação: Solicitação de Intervenção

Impacto: criação

Operação: Cancelamento de Intervenção

Impacto: criação

Aprovação

Autor: <Nome>

Data Função Nome Assinatura

<<dd/mm/aaaa>>

<<dd/mm/aaaa>>

<<dd/mm/aaaa>>

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88

APÊNDICE C

DOCUMENTO DE REQUISITOS

<Nota1: Este documento é uma template. O texto contido

dentro desta marcação “< >” é a instrução de elaboração do

documento. A instrução, assim como as marcações deverão ser lidas

e deletadas à medida que o documento for elaborado. Todas deverão

ser deletadas, inclusive as notas.>

<Nota2: Para que a numeração seja mantida, consistente com

o padrão, os títulos das seções e subseções devem continuar

aparecendo no documento, indicando-se “Não se aplica.” no

respectivo corpo quando não houver informações a serem

colocadas.>

DOCUMENTO DE REQUISITOS

Projeto: <Nome do Projeto>

Versão: <1.0>

Data de Revisão: <dd/mm/aaaa>

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Histórico de Revisão

<As atualizações do documento devem ser reportadas, obrigatoriamente, neste

histórico.>

Data Descrição Autor

<dd/mm/aaaa> <Descrição da atualização realizada no

documento>

<Nome do

responsável pela

atualização>

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90

Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 91

DESCRIÇÃO TEXTUAL DOS REQUISITOS ....................................................................... 91

PRIORIDADE DOS REQUISITOS ......................................................................................... 91

REQUISITOS FUNCIONAIS .................................................................................................. 92

REQUISITOS NÃO-FUNCIONAIS ........................................................................................ 93

REQUISITOS DE USABILIDADE ......................................................................................... 93

APROVAÇÃO ......................................................................................................................... 94

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Documento de Requisitos

Introdução

Este documento tem por objetivo capturar os requisitos a serem utilizados no

sistema, na forma textual e estruturada, do projeto <Nome do Projeto>.

<Descrever o contexto e a finalidade so software.>

Descrição Textual dos Requisitos

<Descrever os requisitos a serem contemplados no projeto>

<Essa descrição pode ser estruturada em itens e subitens, que definirão as

entidades e as operações a serem realizadas.>

<Entende-se por Entidade qualquer coisa, objeto, concreto ou abstrato que

possui existência distinta sobre o qual precisa-se armazenar e/ou recuperar

informações.>

<Entende-se por Operação qualquer ação a ser executada com as informações da

entidade. As entidades podem ter mais de uma operação.>

Prioridade dos requisitos

Para estabelecer a prioridade dos requisitos, sugere-se as denominações

“essencial”, “importante” e “desejável”.

1. Essencial é o requisito sem o qual o sistema não entra em funcionamento.

Requisitos essenciais são requisitos imprescindíveis, que têm que ser

implementados impreterivelmente.

1. Importante é o requisito sem o qual o sistema entra em funcionamento, mas de

forma não satisfatória. Requisitos importantes devem ser implementados, mas,

se não forem, o sistema poderá ser implantado e usado mesmo assim.

2. Desejável é o requisito que não compromete as funcionalidades básicas do

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sistema, isto é, o sistema pode funcionar de forma satisfatória sem ele.

Requisitos desejáveis podem ser deixados para versões posteriores do sistema,

caso não haja tempo hábil para implementá-los na versão que está sendo

especificada.

Requisitos Funcionais

<Operação>

Prioridade: <nome da prioridade>

Descrição: <Descrever a operação referente a entidade a ser executada, os dados

utilizados e as regras para execução.>

Exemplo:

Cadastrar fabricante

Prioridade: Essencial

Consiste em cadastrar os fabricantes ou montadoras de equipamento emissor de cupom

fiscal que tiveram seus modelos de equipamento autorizados pela Cotepe. Durante o

cadastro de fabricantes, o usuário deverá informar os seguinte dados:

Tipo de produção *: indica se o fabricante tem:

o Produção própria

o Produção O&M

o Ambos os tipos de produção.

Número do CNPJ *: deve ser selecionar um CNPJ válido no cadastro de

pessoas. Se o CNPJ não estiver cadastrado, deverá efetuar o cadastro a

partir de um serviço disponível no sistema de cadastro.

Fabricante(s) vinculado(s): para fabricantes que tem produção O&M, o

usuário será obrigado a informar o(s) fabricante(s) fornecedores de peças

para confecção dos modelos de ECF que serão montados. Neste caso, o

usuário deverá informar pelo menos um fabricante modelo. É importante

observar que os fabricante informados como modelo terão

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obrigatoriamente que ter tipo de produção própria ou ambos os tipos de

produção. Além disso, o fabricantes modelo devem estar cadastrados e

sua situação deve ser Ativo.

No caso o fabricante ter ambos os tipos de produção, o fabricante vinculado

poderá corresponder a ele próprio, já que é possível ter a célula de produção própria

fornecendo peças para a célula O&M. Assim sendo, o fabricante vinculado não é

obrigatório.

Um fabricante, cujo tipo de produção for própria, não poderá ter fabricantes

vinculados associado.

Caso o fabricante se trate de um contribuinte não inscrito, o usuário deverá

informar adicionalmente:

Responsável (is) *: responsável(is) pessoa física do fabricante. O usuário

deverá informar pelo menos um responsável com as seguinte

informações:

Número do CPF

Nome do responsável

(*) Informações obrigatórias

Caso o fabricante a ser cadastrado corresponda a um contribuinte inscrito na

Sefaz-MT, este deverá estar com a situação Ativa para que o cadastro seja permitido.

Requisitos Não-Funcionais

<Operação>

Prioridade: <nome da prioridade>

Descrição: <Descrever a operação referente a entidade a ser executada, os dados

utilizados e as regras para execução.>

Requisitos de Usabilidade

Deve-se definir critérios de qualidade em IHC, que posteriormente serão validados

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94

pelos clientes/usuários na entrega do produto. Exemplo: usabilidade (facilidade de

aprendizado, facilidade de recordação, eficiência, segurança no uso, satisfação do

usuário), experiência do usuário, acessibilidade e comunicabilidade.

Especificar Requisitos de Usabilidade e Design:

<Requisito>

Prioridade: <nome da prioridade>

Descrição: <Descrever o requisito de usabilidade relacionando atividades, usuários,

dados e regras de execução>

Aprovação

Autor: <Nome do Analista de Requisitos>

Data Função Nome Assinatura

<dd/mm/aaaa>

<dd/mm/aaaa>

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APÊNDICE D

PROJETO DE IHC

PROJETO DE IHC

Projeto: <Nome do Projeto>

Versão: <1.0>

Data de Revisão: <dd/mm/aaaa>

<Nota1: Este documento é uma template. O texto contido

dentro desta marcação “< >” é a instrução de elaboração do

documento. A instrução, assim como as marcações deverão ser lidas

e deletadas à medida que o documento for elaborado. Todas deverão

ser deletadas, inclusive as notas.>

<Nota2: Para que a numeração seja mantida, consistente com

o padrão, os títulos das seções e subseções devem continuar

aparecendo no documento, indicando-se “Não se aplica.” no

respectivo corpo quando não houver informações a serem

colocadas.>

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96

Histórico de Revisão

<As atualizações do documento devem ser reportadas, obrigatoriamente, neste

histórico.>

Data Descrição Autor

<dd/mm/aaaa> <Descrição da atualização realizada no

documento>

<Nome do

responsável pela

atualização>

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Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 98

PROJETO DE CONTEÚDO .................................................................................................... 98

PROJETO DE ARQUITETURA ............................................................................................. 98

PROJETO DE NAVEGAÇÃO ................................................................................................ 99

PROJETO DE INTERAÇÃO ................................................................................................... 99

APROVAÇÃO ......................................................................................................................... 99

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98

Projeto de IHC

Introdução

Este documento tem por objetivo descrever as soluções de software propostas

relacionadas a área de IHC do projeto <Nome do Projeto>. Esse documento é dividido

em quatro projetos: projetos de conteúdo, projeto de arquitetura, projeto de navegação e

projeto de interação.

Projeto de Conteúdo

Apresentar toda a informação que deve conter na aplicação, ou seja, descrever os

conteúdos e elementos necessários a aplicação com base nas informações passadas

pelos clientes e usuários.

Projeto de Arquitetura

Propor como deve ser a disponibilidade das informações na aplicação através,

por exemplo, das técnicas de storyboarding e wireframes de conteúdo. Abaixo um

exemplo de wireframe de conteúdo:

Artefato: < Nome do artefato>

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Wireframe de Conteúdo [Fonte: De Souza et al., 2012]

<Descrição do artefato>

Projeto de Navegação

Desenvolver mapas de navegação que devem focar na experiência que o usuário

terá com a aplicação, destacando como estes se movimentam pela ela.

Projeto de Interação

Desenvolver protótipos de média e alta fidelidade considerando o documento

Guia de Estilo. Pode ser inserido aqui capturas de telas desses protótipos.

Aprovação

Autor: <Nome do Analista>

Data Função Nome Assinatura

<dd/mm/aaaa>

<dd/mm/aaaa>

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100

APÊNDICE E

PLANO DE TESTE

PLANO DE TESTE

Projeto: <Nome do Projeto>

Versão: <1.0>

Data de Revisão: <dd/mm/aaaa>

<Nota1: Este documento é uma template. O texto contido

dentro desta marcação “< >” é a instrução de elaboração do

documento. A instrução, assim como as marcações deverão ser lidas

e deletadas à medida que o documento for elaborado. Todas deverão

ser deletadas, inclusive as notas.>

<Nota2: Para que a numeração seja mantida, consistente com

o padrão, os títulos das seções e subseções devem continuar

aparecendo no documento, indicando-se “Não se aplica.” no

respectivo corpo quando não houver informações a serem

colocadas.>

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Histórico de Revisão

<As atualizações do documento devem ser reportadas, obrigatoriamente, neste

histórico.>

Data Descrição Autor

<dd/mm/aaaa> <Descrição da atualização realizada no

documento>

<Nome do

responsável pela

atualização>

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102

Sumário

INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 103

PROPÓSITO .......................................................................................................................... 103 ESCOPO................................................................................................................................ 105 IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ............................................................................................... 106

REQUISITOS DE TESTE ................................................................................................... 107

ESTRATÉGIA DE TESTE ................................................................................................. 107

TESTE DE INTEGRIDADE DE DADOS E DO BANCO DE DADOS ............................................... 107 TESTES FUNCIONAIS ............................................................................................................ 108

PLANO DE TESTE - AVALIAÇÃO DE IHC ................................................................... 108

TESTE DA INTERFACE COM ESPECIALISTAS EM IHC ............................................................ 108 TESTE DA INTERFACE COM USUÁRIOS ................................................................................. 109

TESTE DE SEGURANÇA E CONTROLE DE ACESSO ............................................... 110

FERRAMENTAS ................................................................................................................. 111

RECURSOS .......................................................................................................................... 111

PAPÉIS ................................................................................................................................. 111

SISTEMA .............................................................................................................................. 112

PRAZO DE EXECUÇÃO .................................................................................................... 112

HOMOLOGAÇÃO .............................................................................................................. 113

LOGS DE TESTE .................................................................................................................... 113 RELATÓRIOS DE DEFEITOS ................................................................................................... 113

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Plano de Teste

Introdução

Propósito

Este documento de Plano de Testes do projeto <nome do projeto> tem os

seguintes objetivos:

<Indique as informações de projeto e os componentes de software a serem testados;>

Serão testados:

i. Requisitos funcionais através dos casos de uso, modelo de casos de

uso, especificações funcionais e diagramas de atividade.

ii. Requisitos não funcionais, descritos no documento de especificações

suplementares;

iii. Desempenho, derivados do documento de especificações

suplementares.

Tipo de testes:

i. Funcionais: com foco na execução dos casos de uso. A estratégia a

ser utilizada é o de caixa preta (black box), isto é, comportamento

externo do sistema.

ii. Desempenho do sistema (Performance): foco na medição do tempo

de resposta.

iii. Configuração: identificar e validar o comportamento da aplicação

sobre testes em diferentes configurações, derivados das

especificações suplementares.

iv. Documentação: entrada derivada das especificações suplementares

Objetivos do Teste:

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104

i. Verificar se a navegação, entrada de dados, processamento e

recuperação dos dados está em conformidade com os requisitos do

sistema.

ii. Avaliar o desempenho do sistema.

iii. Avaliar o comportamento do sistemas em diferentes configurações

de hardware e software.

Técnicas:

i. Identificar transações

ii. Identificar e executar caso de testes em condições positivas (caminho

feliz) e negativas.

iii. Criar os procedimentos de testes:

Onde começar.

Como implementar, executar, verificar e validar a execução.

Critério de validação:

i. Todos os erros encontrados serão registrados <indique a ferramenta

ou planilha>.

Será enviado um relatório dos resultados obtidos para o Gerente de projeto.

i. Recursos humanos

ii. Projetista de teste

iii. Testador/Implementador/Especialista em IHC

iv. Especialista nas ferramentas de teste

Ambiente de Teste:

Hardware

i. Plataforma para implementação dos testes

ii. Plataforma para execução dos testes (ambiente do cliente)

Ferramentas

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i. <Indique a ferramenta utilizada, se houver>.

Dados

i. Definir carregamento de dados para teste (datapool, arquivo texto e

banco de dados)

ii. Definir área no banco de dados para os testes

Escopo

Os principais motivos são:

i. Realizar testes de verificação do sistema (inexistência de erros);

ii. Realizar testes de interação com outros sistemas;

iii. Realizar testes do comportamento do sistema em ambientes de

produção.

iv. Realizar avaliações de inspeção de conformidade e observação

Tipo de testes:

i. Funcionais: com foco na execução dos casos de uso da interface do

usuário. O estratégia a ser utilizada é o de caixa preta (black box),

isto é, comportamento externo do sistema.

ii. Desempenho do sistema (Performance): foco na medição do tempo

de resposta.

iii. Configuração: identificar e validar o comportamento da aplicação

sobre testes em diferentes configurações.

iv. Volume/carga: impactos da disponibilização do sistema.

v. Stress: identificar o comportamento do sistema em situação de sobre-

uso.

<Entre com uma lista de características e funcionalidades dos elementos a serem

testados. Entre com uma lista restrições, riscos ou contingências que podem

afetar o projeto, desenvolvimento ou execução dos testes.>

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106

Identificação do Projeto

A tabela abaixo identifica os documentos disponíveis usados para desenvolver o Plano

de Teste:

<Nota: Remova ou inclua itens de acordo com a necessidade>

Documento

(versão/data)

Disponível Recebido

ou

Revisado

Autor ou

Recurso

Observações

Especificação de

Requisitos

Sim

Não

Sim

Não

Especificações

Funcionais

Sim

Não

Sim

Não

Relatório de Casos de

uso

Sim

Não

Sim

Não

Plano de Projeto Sim

Não

Sim

Não

Projeto de IHC Sim

Não

Sim

Não

Especificações do

Projeto

Sim

Não

Sim

Não

Protótipo Sim

Não

Sim

Não

Manual do Usuário Sim

Não

Sim

Não

Modelo de Negócio Sim

Não

Sim

Não

Modelo de Dados Sim

Não

Sim

Não

Regras e Funções de

Negócio

Sim

Não

Sim

Não

Avaliação de Risco de

Negócio ou Projeto

Sim

Não

Sim

Não

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Lista de Riscos do

Projeto

Sim

Não

Sim

Não

Requisitos de Teste

A lista abaixo indica os itens – requisitos funcionais e não funcionais – que

foram identificados como alvos para testes. Esta lista representa o que será testado:

<Descreva os requisitos funcionais e não funcionais>

Estratégia de Teste

O objetivo principal é verificar se os requisitos do projeto foram atendidos

corretamente de acordo com as necessidades levantadas junto ao cliente.

Teste de Integridade de Dados e do Banco de Dados

O banco de dados e os processos deverão ser testados como um subsistema do

<nome do projeto>. Esses subsistemas serão testados sem a interface do usuário.

Objetivo do Teste: Garantir que os processos e métodos de acesso à base de

dados funcionem adequadamente e sem corrupção de dados.

Mecanismo:

Acionar todos os processos e métodos de acesso à base de

dados, passando para cada um dos dados válidos e inválidos.

Inspecionar a base de dados para garantir que os dados

tenham sido incluídos corretamente, que todos os eventos do

banco de dados tenham ocorrido adequadamente e analisar os

dados retornados para garantir que os mesmos tenham sido

recuperados corretamente.

Critério de

Completude:

Todos os processos e métodos de acessos ao banco de dados

estejam como projetado e sem qualquer corrupção nos dados.

Considerações

Especiais:

Este teste pode necessitar que seja utilizado um ambiente

adequado para acesso às informações do banco de dados

diretamente, viabilizando a inclusão ou alteração direta contra

a base de dados.

Este processo deve ser acionado manualmente.

É interessante que a base de dados de teste tenha poucos

registros de forma a melhorar a visibilidade de eventos de

erros.

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108

Testes Funcionais

A meta deste teste é verificar a aceitação dos dados, processamento, resposta e a

implementação apropriada das regras de negócio. Este tipo de teste é baseado nas

técnicas de caixa preta (black Box).

Objetivo do Teste: Garantir o funcionamento adequado do objeto em teste,

incluindo a navegação, entrada de dados, processamento e

recuperação.

Mecanismo:

Executar cada caso de uso, fluxo de caso de uso ou função,

usando dados válidos e inválidos de forma a verificar se:

É apresentado o resultado esperado quando um dado

válido é usado;

É apresentada uma mensagem de erro (ou atenção)

apropriada quando um dado inválido e usado;

Cada regra de negócio é aplicada adequadamente.

Critério de

Completude:

Todos os testes planejados foram executados;

Foi dado encaminhamento para todos os defeitos

observados.

Considerações

Especiais:

Plano de Teste - Avaliação de IHC

O plano de teste para avaliação de IHC descreve a avaliação, especificando os objetivos

da sessão de teste, detalhes práticos (onde, quando, tempo de duração, equipamentos e

materiais necessários), número e tipo de participantes e tarefas a serem realizadas com a

especificação de término bem-sucedido.

Teste da Interface com Especialistas em IHC

Os testes com especialistas têm o objetivo de identificar possíveis problemas que os

usuários teriam ao interagirem com o sistema. Os métodos de inspeção não envolvem a

participação de usuários e tratam de experiências potenciais de uso realizadas pelo

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avaliador. A meta é assegurar que os objetos dentro da UI funcionem como esperado e

em conformidade com padrões estabelecidos.

Sugestões de métodos que podem ser utilizados: Avaliação Heurística, Percurso

Cognitivo e Método de Inspeção Semiótica.

Teste: <Nome do Teste>

Objetivo: <Descrever objetivos do teste>

Métodos/ técnicas: <Nome da técnica/ método>

Detalhes práticos: <onde, quando, tempo de duração, equipamentos e materiais

necessários, ferramentas>

Participantes: <Número e tipo de participantes>

Tarefas: <Tarefas a serem realizadas com a especificação de término

bem-sucedido>

Considerações

Especiais:

Teste da Interface com Usuários

Os testes com usuários são mais adequados para avaliar protótipos e sistemas que

estejam funcionando. Este teste verifica a interação do usuário com o software. A meta

é assegurar que os objetos dentro da UI funcionem como esperado e em conformidade

com padrões estabelecidos. Sugestões de métodos que podem ser utilizados: Teste de

usabilidade e Teste de Comunicabilidade.

Teste: Teste de Usabilidade

Objetivo: <Descrever objetivos do teste>

Métodos/ técnicas: <Ex: Questionário>

Detalhes práticos: <onde, quando, tempo de duração, equipamentos e materiais

necessários , ferramentas>

Participantes: <Número e tipo de participantes>

Tarefas: <Tarefas a serem realizadas com a especificação de término

bem-sucedido>

Considerações

Especiais:

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110

Teste de Segurança e Controle de Acesso

Este teste tem seu foco em duas áreas principais de segurança:

Segurança em nível aplicação, incluindo acesso as funções de dados e

negócio.

Segurança em nível sistema, incluindo logar ou acessar remotamente o

sistema.

Objetivo do Teste: Segurança em nível de aplicação: Verifique se um ator

pode acessar somente as funcionalidades ou dados para

os qual tenha sido dada permissão ao seu tipo de

usuário;

Segurança em nível de sistema: Verifique se somente

os atores com acesso ao sistema e aplicações tenha

permissões para acessá-lo;

Mecanismo: Utilizar testes desenvolvidos para perfis de

desempenho ou testes de carga.

Crie testes para cada tipo de usuário e verifique cada

permissão, criando transações específicas para cada

tipo de usuário;

Altere o tipo do usuário e execute os mesmos testes

para os mesmos usuários. Em cada caso, verifique se

as funcionalidades adicionais ou dados foram

disponibilizados ou negados adequadamente;

Definir um limite para o tamanho do banco de dados

(real, adaptável ou preenchido com dados

representativos) e múltiplos clientes para executar

consultas e reportar transações simultaneamente por

longos períodos.

Critérios

Complementares:

Para cada tipo de ator, as funcionalidades ou dados

estejam disponíveis e todas as transações funcionem

como esperado e de acordo com a execução prévia dos

testes funcionais da aplicação.

Considerações Especiais: O acesso ao sistema deve ser revisado ou discutido

com o administrador do sistema ou da rede. Este teste

pode não ser necessário uma vez que pode ser

responsabilidade do administrador do sistema ou da

rede.

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Ferramentas

As seguintes ferramentas serão usadas neste projeto:

Finalidade Ferramenta Terceirizada/In-house Versão

<qual a finalidade da

ferramenta>

<Nome> <Propriedade> <versão>

Testes Funcionais Robot, Test

Manager

2001A

04

Recursos

Esta sessão apresenta os recursos recomendados para o <nome do projeto>, suas

responsabilidades principais e seu conhecimento ou conjunto de habilidades.

Papéis

Esta tabela mostra os recursos humanos alocados para os testes

Recursos Humanos

Papel Recursos mínimos

necessários

Responsabilidades Específicas

Gerente de projeto de

teste

Supervisiona os testes

Adquire recursos necessários

Fornece relatório de

gerenciamento

Projetista de teste

(especialista em IHC)

Gerar plano de teste

Gerar modelo de teste

Avaliar a efetividade do esforço

de teste

Testador (especialista

em IHC)

executar testes

recuperar os erros

documentar solicitação de

mudança

Gerente de banco de

dados

administrar dados para teste

(banco de dados)

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112

Implementador criar as classes e pacotes de teste

implementados no modelo de

teste.

Sistema

A tabela seguinte apresenta recursos do sistema para o projeto de teste.

Recursos do Sistema

Recursos Nome/tipo

Servidor de Banco de Dados

Rede

—Nome do servidor

—Nome do banco de dados

Maquinas de teste Cliente

—Incluir configuração de requisitos

Repositório de teste

—Rede

—Nome do servidor

Máquinas (PC´s) de desenvolvimento

de testes

Prazo de execução

O teste do Sistema de <nome do projeto> deve incorporar as atividades para

cada esforço de teste identificado nas sessões anteriores.

Atividade Duração Data de

Início

Data de

Término

Criar plano de teste 2 dias

Projetar teste 2,5 dias por caso de uso

Implementar teste 1,5 dia por caso de uso

Executar teste 1 dia por caso de uso

Avaliar teste 0,5 dia por caso de uso

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Homologação

Logs de teste

<Ferramenta utilizada para registro de log, quando aplicável>.

Relatórios de defeitos

<Ferramenta utilizada para registro ou local onde os erros foram registrados>

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114

APÊNDICE F

CASO DE TESTE

<Nome do Caso de Uso>

Projeto: <Nome do Projeto> Módulo: <Nome do módulo>

Data: <dd/mm/aaaa> Versão: <x.x> Responsável: <Nome>

Objetivo

O objetivo deste documento é fornecer uma visão geral dos Casos de Testes levantados

para o caso de uso <Nome do Caso de Uso>.

Escopo

<Enumerar casos de teste para cada fluxo descrito no documento de especificação do

caso de uso Identificar e comunicar as condições que serão implementadas no teste e

que são necessárias para verificar uma implementação de sucesso e aceitável dos

requisitos do produto (casos de uso, características de performance, etc).>

Definições e Abreviaturas

Vide Glossário do Projeto e documento Abreviaturas.

Referências

Os casos de teste a serem realizados utilizam as seguintes documentações:

Especificação do Caso de Uso <Nome do Caso de Uso>;

Diagramas de Caso de Uso;

Plano de Teste.

<Acrescente outros, se houver>

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Interface

Teste com especialistas

Especificar condições de aplicação dos métodos utilizados nos testes com especialistas.

Sugere-se a utilização dos métodos avaliação heurística, percurso cognitivo e inspeção

semiótica, conforme explicado no capítulo 4.

Exemplo: avaliação heurística, ide Apêndice G.

Teste com usuários

Especificar condições de aplicação dos métodos utilizados nos testes com usuários.

Sugere-se a utilização dos métodos teste de usabilidade e avaliação de

comunicabilidade, conforme explicado no capítulo 4.

Exemplo: teste de usabilidade, ide Apêndice I.

Funcionais

<<Nome do Caso de Teste>>

Cenário/ Condição: <descrição do cenário/ condição inicial de teste >

Fator: <descrição dos fatores>

Resultados Esperados: <descrição da ação a ser executada>

Legenda

V - Para situações válidas

I - Para situações inválidas

A - Para situações alternativas

N/A - Não se aplica

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116

APÊNDICE G

AVALIAÇÃO HEURÍSTICA

Roteiro de Atividades

A tabela abaixo apresenta um roteiro de atividades e tarefas para aplicação do método

de avaliação heurística proposto por BARBOSA e SILVA (2010).

Atividade Tarefa

Preparação Todos os avaliadores:

Aprendem sobre a situação atual: usuários, domínio etc.

Selecionam as partes da interface que devem ser

avaliadas

Coleta Cada avaliador, individualmente:

Inspeciona a interface para identificar violações das

heurísticas

Lista os problemas encontrados pela inspeção, indicando

local, gravidade, justificativa e recomendações de solução

Interpretação

Consolidação dos

resultados

Todos os avaliadores:

Revisam os problemas encontrados, julgando sua

relevância, gravidade, justificativa, e recomendações de

solução

Geram um relatório consolidado que deve inserido no

artefato Caso de Teste

Relato dos

Resultados

O Checklist de usabilidade, a seguir, pode ser utilizado como ferramenta de coleta de

dados no processo de avaliação heurística.

Checklist de Usabilidade – Avaliação Heurística

Avaliador: <Nome do Avaliador> Data: <dd/mm/aaaa>

Aplicação: <Nome da Aplicação>

Interface: <Listar partes da Interface avaliadas, pode ser por páginas,

módulos, funcionalidades, ou até a aplicação como um todo>

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Marque N para “Não”, P para “Parcial”, S para “Sim” e NA para “Não se aplica”.

Visibilidade do status do sistema

1. Para cada ação do usuário a aplicação oferece feedback imediato e adequado

sobre seu status?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

2. Os itens selecionados são claramente distintos dos demais?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

3. As mensagens sobre o status da aplicação possuem uma linguagem clara e

concisa?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

4. Todas as telas possuem identificação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

5. Todas as telas mantêm acessíveis menus e funções comuns da aplicação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

6. Fornece um update do status para operações mais lentas?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

7. A aplicação oferece informações sobre sua versão?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Compatibilidade entre sistema e mundo real

8. A linguagem utilizada é adequada a linguagem do usuário?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

9. O significado de símbolos e ícones são compreensíveis e intuitivos?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

10 10. As informações são dispostas em uma ordem lógica e natural?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Controle e liberdade para o usuário

11. É o usuário quem inicia e encerra tarefas e não a aplicação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

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118

12. É possível identificar o número de passos necessários para a realização de uma

tarefa?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

13. A aplicação oferece mensagens de fechamento para tarefas que envolvam um

conjunto de etapas?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

14. É possível retornar a tela anterior a qualquer momento?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

15. O usuário pode desfazer uma ação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

16. O usuário pode refazer uma ação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

17. Em aplicações com sobreposição de janelas, estas possuem transparência para

que seu contexto fique visível?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Consistência e padrões

18. As telas com o mesmo tipo de conteúdo possuem o mesmo título?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

19. Controles e botões se distinguem do restante do layout, deixando evidente que

são clicáveis?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

20. Itens não clicáveis deixam evidente que não o são?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

21. O nome do botão/ícone é consistente com o nome da tela que abre?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

22. Todas as informações textuais da aplicação utilizam o mesmo idioma?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

23. Funções diferentes são apresentadas de maneira distinta ao usuário?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

24. Funções semelhantes são apresentadas de forma similar?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

25. A forma de navegação é consistente entre as telas da aplicação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

26. Os links são tratados de forma consistente entre as telas?

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( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Prevenção de erros

27. Em caso de erros, o sistema permite corrigi-los com facilidade?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

28. Nas primeiras interações do usuário com a aplicação são mostradas instruções

básicas?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Reconhecimento em lugar de lembrança

29. Os títulos das telas são curtos?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

30. Utiliza o nome da tela anterior ao invés de “voltar” para nomes de botões e

links?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

31. Há padronização de cores para identificação e sinalização das áreas da

aplicação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

32. A aplicação utiliza em seus textos e rótulos, uma linguagem habitual e

conhecida pelo usuário?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

33. Os títulos das telas descrevem adequadamente seu conteúdo?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

34. Os rótulos dos links descrevem adequadamente seu conteúdo?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

35. Em campos onde há a necessidade de inserção de dados isso é evidente?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

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120

Flexibilidade e eficiência de uso

36. A aplicação possui funcionalidades que são acessíveis a usuários com

deficiência visual?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

37. A aplicação possui funcionalidades que são acessíveis a usuários com

deficiência motora?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

38. O propósito/função da aplicação é claro?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

39. A aplicação é carregada rapidamente?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

40. A aplicação funciona corretamente, sem apresentar problemas durante a

interação?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

41. 46. As funções mais utilizadas são facilmente acessadas?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

42. A aplicação utiliza objetos (ícones) ao invés de botões?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Projeto minimalista e estético

43. São exibidas apenas informações relacionadas a tarefa que está sendo

realizada?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

44. São usados textos somente quando estes são realmente indispensáveis?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

45. Em textos o uso de abreviaturas é evitado?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

46. O menu é esteticamente simples e claro?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

47. Os títulos de telas/janelas e rótulos de botões/links são curtos?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

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Auxiliar os usuários a reconhecer, diagnosticar e recuperar erros

48. As mensagens de erro são expressas em linguagem natural (sem código),

sugerindo uma solução?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

49. As mensagens de erros são claras e simples de forma a não intimidar o

usuário?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

Ajuda e documentação

50. O usuário utiliza com frequência a funcionalidade de ajuda?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

51. A ajuda está disposta de forma fácil de ser encontrada?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

52. Possui ajuda interativa e centrada na tarefa do usuário?

( ) N ( ) P ( ) S ( ) NA

Anotações:

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122

APÊNDICE H

DOCUMENTO DE HOMOLOGAÇÃO

HOMOLOGAÇÃO

Projeto: <Nome do Projeto>

Versão: <1.0>

Data de Revisão: <dd/mm/aaaa>

<Nota1: Este documento é uma template. O texto contido dentro

desta marcação “< >” é a instrução de elaboração do documento. A

instrução, assim como as marcações deverão ser lidas e deletadas à

medida que o documento for elaborado. Todas deverão ser deletadas,

inclusive as notas.>

<Nota2: Para que a numeração seja mantida, consistente com o

padrão, os títulos das seções e subseções devem continuar aparecendo

no documento, indicando-se “Não se aplica.” no respectivo corpo

quando não houver informações a serem colocadas.>

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Sumário

FUNCIONALIDADES DO PRODUTO/VERSÃO ............................................................... 124

FUNCIONALIDADE DO DOCUMENTO DE VISÃO ........................................................ 124

RESULTADOS DOS TESTES COM USUÁRIOS ............................................................... 124

APROVAÇÃO DO DOCUMENTO ...................................................................................... 125

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124

Documento de Homologação

Funcionalidades do Produto/Versão

<Nesta seção deverão ser avaliadas as características funcionais e não funcionais

definidas no documento de visão, quanto ao seu atendimento.>

<Cada item deverá ser classificado em: Atendido Totalmente, Atendido Parcialmente,

Não atendido.>

Funcionalidade do documento de visão

<<Nome/Descrição da Funcionalidade>> <<Classificação>>

<<Nome/Descrição da Funcionalidade>> <<Classificação>>

<<Nome/Descrição da Funcionalidade>> <<Classificação>>

<<Nome/Descrição da Funcionalidade>> <<Classificação>>

Exemplo:

Criar Funcionalidade de Consulta de Laudo Preenchido. <Atendido Totalmente>

Criar Funcionalidade de inclusão de Laudo < Atendido Parcialmente>

Resultados dos Testes com Usuários

Os testes com usuários proporcionam a interação destes com a aplicação desenvolvida

de maneira que seja possível o relato das suas percepções e nível de satisfação com

relação às interfaces utilizadas.

Descrever de maneira mais objetiva e clara possível os resultados obtidos com os testes

com usuários. Sugestão: utilizar relatórios com gráficos e tabelas que sumarizam as

medições realizadas.

No caso da aplicação do método teste de usabilidade, as informações que devem conter

o relatório de resultados, segundo Barbosa e Silva (2010), são:

Objetivos e escopo da avaliação;

Uma breve descrição do método utilizado;

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O número e perfil dos avaliadores e dos participantes;

As tarefas executadas;

Uma lista de problemas encontrados, indicando para cada problema: local onde

ocorreu; descrição e justificativa; discussão, indicando os fatores de usabilidade

prejudicados e sugestões de melhoria.

Aprovação do Documento

As funcionalidades descritas são homologadas pela <área solicitante>, abaixo

representada.

Cargo/Função Nome Assinatura

<<Usuário Gestor>> <<Nome>>

<<Usuário Gestor>> <<Nome>>

<<Lider do Projeto>> <<Nome>>

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126

APÊNDICE I

TESTE DE USABILIDADE

Roteiro de Atividades

A tabela abaixo apresenta um roteiro de atividades e tarefas para aplicação do método

teste de usabilidade. Esse roteiro foi adaptado da obra de BARBOSA e SILVA (2010).

Atividade Tarefa

Preparação Definir tarefas para os participantes executarem

Definir o perfil dos participantes e recrutá-los

Preparar material para observar e registrar o uso

Executar um teste-piloto

Coleta de dados Observar e registrar a performance e opinião dos

participantes durante sessões de uso controladas através

de vídeo, áudio etc.

Aplicar questionário SUS

Interpretação Reunir, contabilizar e sumarizar os dados coletados dos

participantes Consolidação dos

resultados

Relato dos

Resultados

Relatar a performance e a opinião dos participantes

Lembrete: As atividades apresentadas aqui devem ser descritas com mais detalhes no

documento Caso de Teste (Apêndice F). O relato dos resultados dos testes também deve

ser incluído, de forma resumida, no documento de Homologação (Apêndice H).

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SUS (System Usability Scale)

Introdução

O questionário de usabilidade SUS consiste em uma avaliação subjetiva simples

composta por dez questões que mostram uma visão geral do usuário em relação ao

sistema (SOUZA, 2015 apud BROOKE, 1996, p. 105).

O SUS é uma escala de Likert com cinco níveis (discordo plenamente, discordo, nem

concordo nem discordo, concordo, concordo plenamente). A interpretação das

respostas a escala SUS envolve o cálculo do “escore SUS”, que sintetiza em um valor

numérico a utilização geral do sistema a ser estudado, visto que os escores dos itens

individuais não significativos isoladamente. Para obter o escore SUS é necessário

calcular as contribuições de cada item do instrumento com valores de 0 a 4: para

questões ímpares a contribuição é calculada pela posição da escala menos 1; para

questões pares calcula-se 5 menos o valor da posição na escala. Multiplica-se a soma

dos valores por 2.5 e obtém-se o escore SUS, cuja amplitude total varia de 0 a 100%

(SOUZA, 2015 apud BROOKE, 1996, p. 105).

Questionário SUS - adaptado de Souza (2015)

Projeto: <Nome do Projeto> Data: <dd/mm/aaaa>

Participante: <Nome do Participante Sexo: <Descrição>

As afirmativas apresentadas abaixo se destinam a avaliar a usabilidade do sistema

<Nome do Sistema>. Analise cuidadosamente as afirmativas e, de acordo com usa

opinião, atribua um valor de 1 a 5 conforme escala abaixo:

1 Discordo plenamente

2 Discordo

3 Nem concordo nem discordo

4 Concordo

5 Concordo plenamente

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128

1 Eu acho que gostaria de utilizar este sistema frequentemente. 1 2 3 4 5

2 Eu achei o sistema desnecessariamente complexo. 1 2 3 4 5

3 Eu achei o sistema fácil de usar. 1 2 3 4 5

4 Eu acho que precisaria do apoio de um suporte técnico para ser

possível usar este sistema.

1 2 3 4 5

5 Eu achei que as diversas funções neste sistema foram bem

integradas.

1 2 3 4 5

6 Eu achei que houve muita inconsistência neste sistema. 1 2 3 4 5

7 Eu imagino que a maioria das pessoas aprenderia a usar esse

sistema rapidamente.

1 2 3 4 5

8 Eu achei o sistema muito pesado para uso. 1 2 3 4 5

9 Eu me senti muito confiante usando esse sistema. 1 2 3 4 5

10 Eu precisei aprender uma série de coisas antes que eu pudesse

continuar a utilizar esse sistema.

1 2 3 4 5

Sugestões:

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APÊNDICE J

DOCUMENTO DE FEEDBACK

Analista: <Nome> Data: <dd/mm/aaaa>

Aplicação: <Nome da Aplicação>

Introdução

Esse documento foi criado com o objetivo de descrever os métodos utilizados e

resultados obtidos durante a atividade Realizar Teste de Aceitação com os usuários.

Essa atividade consiste na aplicação de técnicas como entrevistas e questionários de

satisfação afim de averiguar a satisfação dos usuários após um tempo de utilização da

aplicação. Os testes de aceitação podem ser realizados após entrega de módulos ou

somente quando o produto estiver finalizado. Essa é uma decisão tomada pela equipe de

desenvolvimento juntamente com os clientes e/ou usuários.

Método

Descrever método utilizado (entrevista/ questionário) e condições de aplicação (local,

usuários, tarefas, contexto de uso etc.).

Resultados

Descrever os resultados obtidos de maneira clara e objetiva destacando problemas

encontrados que eventualmente poderão ser solucionados.

Aprovação do Documento

As funcionalidades descritas são homologadas pela <área solicitante>, abaixo

representada.

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130

Cargo/Função Nome Assinatura

<<Usuário Gestor>> <<Nome>>

<<Usuário Gestor>> <<Nome>>

<<Lider do Projeto>> <<Nome>>

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ANEXO A PDS SEGES-MT

Guia de Referência para o

Processo de Desenvolvimento de Software nas Instituições

Públicas do Estado de Mato Grosso

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 134

1.1. HISTÓRICO............................................................................................................................. 134

1.2. A QUEM SE DESTINA ........................................................................................................... 134

1.3. LIMITAÇÕES .......................................................................................................................... 135

1.4. TERMOS UTILIZADOS NESTE DOCUMENTO ............................................................... 135

1.5. ENVOLVIDOS NA EXECUÇÃO DO PROCESSO ............................................................. 136

1.6. ESTRUTURA DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE ............... 137

1.7. INFORMAÇÕES DE CARÁTER GERAL ........................................................................... 138

1.8. ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO .................................................................................. 140

2. DIAGNÓSTICO ............................................................................................................................ 140

3. FASE CONCEPÇÃO.................................................................................................................... 141

3.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 141

3.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 141

3.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 142

3.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 142

4. FASE PROJETO .......................................................................................................................... 150

4.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 150

4.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 151

4.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 151

4.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 151

5. FASE IMPLEMENTAÇÃO......................................................................................................... 153

5.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 153

5.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 154

5.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 154

5.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 154

6. FASE TESTE ................................................................................................................................ 155

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6.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 155

6.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 155

6.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 155

6.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 155

7. FASE HOMOLOGAÇÃO ............................................................................................................ 157

7.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 157

7.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 157

7.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 157

7.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 157

8. FASE IMPLANTAÇÃO E ENCERRAMENTO ....................................................................... 158

8.1. OBJETIVO ............................................................................................................................... 158

8.2. PAPÉIS IDENTIFICADOS NESTA FASE ........................................................................... 158

8.3. ARTEFATOS DE ENTRADA ................................................................................................ 159

8.4. ATIVIDADES E ARTEFATOS PRODUZIDOS .................................................................. 159

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1. INTRODUÇÃO

Este documento apresenta a descrição do Processo de Desenvolvimento de

Software que será adotado pelas instituições públicas do estado de Mato Grosso (PDS-

MT). O objetivo é facilitar o intercâmbio de informações e experiências adquiridas no

desenvolvimento e manutenção de produtos de software em todas as instituições

públicas do estado. Para atingir este fim foi considerado durante a elaboração deste

documento a disparidade existente entre as equipes de desenvolvimento de software de

cada instituição, por este motivo, as atividades e artefatos recomendados foram

definidas pelos representantes de todas as instituições como essenciais para desenvolver

um produto de software de qualidade que atenda às necessidades do solicitante e cuja

manutenção seja facilitada.

O processo apresenta as atividades que devem ser realizadas e os documentos

que serão produzidos agrupados em seis fases de desenvolvimento: concepção, projeto,

implementação, teste, homologação, implantação/entrega. Estas fases são antecedidas

pela atividade de diagnóstico que fornecem parâmetros importantes para o início do

processo.

1.1. Histórico

O Grupo Temático de Software foi constituído em 2009, com a finalidade de

desenvolver uma política de padronização dos processos de planejamento, aquisição,

desenvolvimento, avaliação e manutenção de software no Estado de Mato Grosso. Este

guia consiste no resultado do trabalho desenvolvido pelo grupo.

1.2. A quem se destina

A todas as instituições públicas do estado de Mato Grosso que desenvolvem ou

contratam empresas de desenvolvimento de software.

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1.3. Limitações

Considerando que há uma grande disparidade em relação ao tamanho das

equipes de desenvolvimento de software no setor público estadual optou-se por propor

um processo enxuto que contemple atividades essenciais para o desenvolvimento de

software, por isto é possível que seja necessário incluir outras atividades e artefatos para

desenvolver projetos em algumas instituições.

1.4. Termos utilizados neste documento

Artefato: resultado que deve ser obtido após a execução de cada atividade.

Atividade: o que deve ser feito;

Funcionalidade: uma ação disponível para o usuário através do sistema e para a

qual ele pode visualizar um início e um fim;

Função: operação realizada pelo sistema;

Módulo: conjunto de funcionalidades do sistema agrupadas de acordo com

características similares. Exemplo: Módulo de Conta Corrente. Funcionalidades: Abrir

Conta, Sacar, Depositar, Consultar, Encerrar.

Participante: pessoa convidada pelo responsável para auxiliar na execução de

uma atividade ou designada como revisor;

Regra de negócio: normas, regulamentações, leis e restrições que o sistema deve

obedecer.

Requisito funcional: descrição de uma função que o cliente deseja que o

software permita executar;

Requisito não funcional: qualidade geral de um software como facilidade de

manutenção, usabilidade, desempenho, entre outras.

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Responsável: pessoa responsável pela execução da atividade;

1.5. Envolvidos na execução do processo

Para que o processo seja realizado devemos envolver pessoas com

conhecimentos e responsabilidades bem definidas. A esta responsabilidade foi dado o

nome de papel. Uma pessoa pode assumir vários papéis durante o processo de

desenvolvimento de software.

Cliente: contratante ou representante legal que a represente. Responsável por

retirar dúvidas relacionadas ao negócio ou designar quem poderá fazê-lo; aprovar

artefatos e verificar se os requisitos estão sendo atendidos pela equipe desenvolvedora.

Líder de Projeto: planeja recursos, define prioridades, coordena ações com os

clientes, e mantêm o projeto com o foco nos objetivos planejados. O líder de projeto

também estabelece um conjunto de práticas para garantir a integridade e qualidade dos

artefatos do projeto.

Analista de requisitos: responsável pelo levantamento das necessidades,

requisitos funcionais e requisitos não funcionais, definindo o escopo do sistema através

de casos de uso. Deve ser um bom facilitador e possuir habilidade de comunicação. O

conhecimento do negócio é essencial e ele deve estar familiarizado com o modelo de

negócio. Deve estar preparado para entender as necessidades dos clientes, suas

estratégias e seus objetivos.

Analista de CM:

Projetista: define responsabilidades, operações, atributos e relacionamentos

entre classes, e determina como eles serão ajustados para o ambiente de implementação.

Além disso, é responsável também por um ou mais pacotes de projetos ou subsistemas.

Arquiteto de Software: lidera e coordena as atividades técnicas e a construção

de artefatos de todo o projeto. Ele estabelece a estrutura completa para cada arquitetura:

a decomposição da visão, os elementos agrupados e as interfaces entre os grupos.

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Projetista do Banco de Dados: define tabelas, índices, visões, constraints,

triggers, procedimentos de armazenamento e parâmetros de bancos de dados específicos

construídos para armazenar, recuperar e apagar objetos persistentes.

Implementador: é responsável por desenvolver e testar componentes de acordo

com o padrão de projeto adotado.

Projetista de Testes: é responsável por planejar e implementar os procedimentos

de teste e gerar um sumário com os resultados dos testes.

Testador: executa os testes elaborados pelo projetista de teste e registra os erros

e melhorias identificados.

1.6. Estrutura do Processo de Desenvolvimento de Software

O processo de software descreve quais atividades são necessárias para produzir o

software. A Figura 1 fornece uma visão geral destas fases, papéis, atividades e artefatos.

As linhas mais espessas (na cor violeta) indicam os artefatos de uma fase que servem de

entrada para elaboração de artefatos das fases seguintes. As linhas mais finas (em verde)

indicam a seqüência, nem sempre obrigatória, para elaboração dos artefatos de cada

fase.

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Figura 18: Fluxo do PDSMT

Através da figura é possível notar que a atividade de diagnóstico não compõe o

processo, mas é primordial para iniciá-lo. Estão representadas também as seis fases do

processo e os artefatos gerados em cada uma delas.

1.7. Informações de caráter geral

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I. O acompanhamento e homologação com assinatura, quando assim

padronizado, dos artefatos normatizados neste guia é de responsabilidade do

analista responsável pelo projeto.

II. As atividades necessárias à evolução/criação de software só serão

autorizadas após 06 (seis) meses da disponibilização em produção da versão

atual.

III. Quanto às alterações no escopo ou funcionalidades do projeto sugeridas após

a Fase de Concepção:

a. As alterações no escopo do projeto que, em seu conjunto, sejam menor

ou igual 10% do escopo, poderão ser adicionadas na versão em

desenvolvimento, sem autorização prévia, sendo obrigatório à

atualização do cálculo FPA com as alterações demandadas;

b. Caso o percentual do conjunto de alterações exceda a 10% do escopo, a

relação de alterações deve ser encaminhada pelo Superior Imediato do

Líder de Projeto aos gestores (cliente) do projeto para avaliação,

validação e autorização das alterações.

IV. Quanto aos sistemas terceirizados, o líder de projeto tem como atribuição:

a. Acompanhar e monitorar o projeto;

b. Validar os artefatos com suporte dos responsáveis pela auditoria do

processo;

c. Efetuar contato com os usuários;

d. Formalizar decisões (atas e documentos pertinentes);

e. Manter a gerência direta ciente das atividades do desenvolvimento;

V. O acompanhamento do andamento das atividades deve ser realizado através

reuniões de acompanhamento do projeto com a elaboração de atas de reunião

e atualização do cronograma.

VI. Todos os projetos solicitados pelas instituições públicas do estado devem,

obrigatoriamente, apresentar o Documento de Visão.

VII. Todas as fases podem ser planejadas iterativamente, de forma a

particionar a entrega do produto em vários sub-produtos. Efetuar-se-á o

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planejamento das iterações (repetição de atividades de cada fase), onde cada

iteração produz uma release (ou parte do sistema executável), sendo o

conjunto das releases a versão completa da aplicação;

VIII. Recomenda-se que os arquivos sejam inseridos em um repositório para o

controle de versionamento.

1.8. Organização do documento

A seção seguinte apresenta a atividade de diagnóstico que antecede a execução

do processo. A seção 3 apresenta as atividades e artefatos da fase de Concepção, a seção

4 descreve a fase de Projeto, e a seção 5 a fase de Implementação, os testes e a

homologação são descritos na seção 6 e 7 respectivamente, a seção 8 aborda a última

fase do desenvolvimento a implantação e encerramento. Encontram-se em anexo os

modelos (templates) dos artefatos que são produzidos em cada fase.

2. DIAGNÓSTICO

A atividade de diagnóstico antecede o início da execução do processo e tem

como finalidade analisar a viabilidade de execução do projeto e, por conseguinte, o

início do desenvolvimento do processo. Através desta atividade o cliente deve definir o

fluxo do negócio que será automatizado e os requisitos que o sistema deve conter. Estas

definições devem ser realizadas com o auxílio do analista de sistemas. Sendo assim,

dois documentos serão utilizados para iniciar o processo: o fluxo de negócio, cuja

elaboração é altamente recomendável e cujo modelo encontra-se definido no template

de Fluxo de Negócio e o documento de requisitos ilustrado através do template de

Requisitos, cuja elaboração é indispensável.

Outros pontos importantes são o registro em Ata, das visitas e reuniões com o

cliente e a catalogação dos termos identificados durante a atividade de levantamento de

requisitos e durante a execução do processo que devem ser registrados em um

Glossário. A finalidade do glossário é registrar os termos pertinentes a área de negócio e

seus significados facilitando o entendimento dos documentos elaborados e a

comunicação com o cliente.

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3. FASE CONCEPÇÃO

A fase de concepção dá início ao desenvolvimento do software, por este motivo

as decisões sobre a viabilidade de desenvolvimento e a disponibilidade da equipe já

devem ter sido tomadas quando as atividades desta fase começarem. É evidente que

após a conclusão da fase de concepção o projeto pode ser considerado inviável, mas

espera-se que a inviabilidade de uma grande parte dos projetos possa ser identificada

ainda na atividade de diagnóstico.

Durante a Fase de Concepção, pode ocorrer necessidade de modelar

Funcionalidades/Operações não capturadas no Documento de Visão, em função deste

ser elaborado em contexto de alto nível de abstração. Caso ocorra, o Documento de

Visão deverá ser atualizado somente em suas Funcionalidades/Operações, não sendo

necessária nova assinatura dos envolvidos. O Histórico do Documento de Visão deve

ser atualizado e a versão anterior que foi assinada pelos envolvidos deve ser mantida em

arquivo.

3.1. Objetivo

O objetivo da fase de Concepção é o estabelecimento de um acordo formal, entre

a equipe de desenvolvimento e o solicitante sobre o produto que será desenvolvido. Para

que este acordo seja firmado é necessário que o cliente aprove o documento de visão e a

estimativa de Pontos por Função realizada.

3.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Líder de Projeto, o Analista de TI – Requisitos e o

Cliente.

Para cada atividade descrita será identificado qual papel será responsável (R) e

participante (P) pela execução da atividade e pelo artefato gerado.

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3.3. Artefatos de entrada

Os seguintes artefatos devem ser produzidos para que esta fase tenha início:

Fluxo de Negócio e Documento de Requisitos.

3.4. Atividades e Artefatos produzidos

Esta seção lista todas as atividades que devem ser executadas para concluir a

fase de concepção do projeto e os artefatos (documentos) resultantes de cada uma das

atividades.

Atividade 1 Elaborar Documento de Visão

Papéis: Líder de Projeto (R); Cliente (P).

O Documento de Visão é um artefato fundamental na fase de concepção,

através deste documento é possível firmar um acordo com o cliente de quais os

principais requisitos do sistema, quais funcionalidades serão abordadas e quais

as expectativas do cliente sobre a forma que o sistema auxiliará em suas

necessidades e quais leis e normas o sistema deve obedecer.

As consequências de um descuido na elaboração deste documento podem

gerar um desgaste entre a equipe de desenvolvimento e o cliente e, se não for

corrigido a tempo, resultará na elaboração de uma ferramenta deficiente que

não atende as necessidades do solicitante.

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Passo 1 Realize entrevistas com o cliente e visitas ao ambiente onde o

software será implantado registrando-as na Ata de Reunião;

Passo 2 Identifique as principais funcionalidades do sistema (escopo),

as funcionalidades que não serão contempladas (não-escopo)

e os envolvidos com o desenvolvimento do sistema;

Passo 3 Sintetize os resultados obtidos através do Documento de

Visão;

Passo 4 Obtenha a aprovação do cliente no Documento de Visão e

arquive em uma pasta de documentos do sistema.

Artefato 1 Documento de Visão.

Atividade 2 Criar repositório para o projeto

Papéis: Analista de CM (R), Líder de Projeto (P)

O repositório tem como finalidade armazenar e versionar os artefatos

gerados para o projeto. É interessante que seja utilizada uma ferramenta que auxilie

no controle de acesso e versionamento dos artefatos (Ex: SVN, ClearCase).

Os artefatos deverão ser armazenados seguindo a tabela abaixo:

Artefato Diretório

Documento de Visão Documentacao\Requisitos\Levantamento

Cronograma Documentacao\Gerencia de Projetos\Cronograma

Atas Documentação\Gerência de Projetos\Atas

Documento de Requisitos Documentação\Requisitos\Levantamento

Glossário Documentacao\Requisitos\Levantamento

Caso de Uso Documentacao\Requisitos\Casos de Uso

Protótipos Documentação\Requisitos\Protótipos

Planilha FPA Documentacao\Gerencia de Projetos

Arquivo - Modelagem de Classes e

Objetos

Documentacao\Modelos

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Arquivo - Modelagem de Dados Documentacao\Modelos

Documento de Especificação de

Infra-estrutura

Documentacao\Analise e Design

Plano de Teste, Procedimento de

Teste e Casos de Teste

Documentacao\Testes

Documento de Homologação Documentacao\Gerencia de Projetos

Ajuda on-line Implementacao\web\ajuda

Documento de Entrega do Projeto Documentacao\Gerencia de Projetos

Documentos inerentes a modelagem

de negócio, tendo como origem o

cliente e/ou unidade fazendária

(POP, Matriz Insumo-Produto,

Normas, Procedimentos...)

Documentacao\Modelagem de Negocio

Passo 5 Solicite ao Analista de CM que crie um repositório para o

projeto.

Atividade 3 Complementar Documento de Requisitos

Papéis: Líder de Projeto (R); Cliente (P)

É possível que o Documento de Requisitos elaborado pelo cliente não

abranja todas as necessidades que ele deseja que o sistema atenda, por este

motivo é importante especificar melhor estes requisitos e organizá-los.

O Documento de Requisitos será utilizado para elaborar o cronograma da

fase de concepção, o diagrama de caso de uso e a especificação de caso de uso,

portanto ele é um dos alicerces da ferramenta e deve ser elaborado com calma

e atenção.

Passo 6 Atualize o Documento de Requisitos agrupando os requisitos

em termos de funcionalidades do sistema e estas

funcionalidades em módulos;

Passo 7 Identifique no Documento de Visão, durante as visitas e

entrevistas com usuários e gestores, através da consulta a leis,

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regulamentações, políticas e padrões as regras de negócio e

requisitos do sistema e registrá-los no Documento de

Requisitos.

Passo 8 Providencie o arquivamento físico do Documento de

Requisitos do projeto assinado pelo cliente e o

armazenamento do arquivo no repositório do projeto.

Artefato 2 Documento de Requisitos.

Atividade 4 Elaborar cronograma

Papéis: Líder de Projeto (R); Cliente (P)

A elaboração do cronograma é importante para que a equipe de

desenvolvimento estime o tempo necessário para concluir o levantamento,

para que o cliente possa acompanhar as atividades desta fase e o tempo

requerido para conclusão de cada uma delas.

Passo 9 Com base no Documento de Visão e na Complementação do

Documento de Requisitos estime o tempo necessário para:

Elaborar o Diagrama e a Especificação de Caso de Uso, o

Protótipo e a Análise de Pontos por Função.

Passo 10 Efetue a validação do cronograma através de registro em ata

de reunião.

Passo 11 Providencie o arquivamento do Cronograma no repositório

do projeto.

Artefato 3 Cronograma.

Atividade 5 Elaborar Glossário

Papéis: Analista de TI - Requisitos (R) Cliente (P)

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Passo 12 Identifique os termos característicos da área de negócio do

cliente e especifique no Glossário;

DICA 1: Este artefato deve ser atualizado durante o

desenvolvimento do projeto.

Passo 13 Providencie o arquivamento do Glossário no repositório do

projeto.

Artefato 4 Glossário.

Atividade 6 Elaborar Diagrama de Caso de Uso

Papéis: Analista de TI - Requisitos (R) Cliente (P)

Não há uma ordem de execução obrigatória entre as atividades 5 e 6.

Elas podem ser realizadas em paralelo, contudo, a realização de uma não

substitui a necessidade de execução da outra.

O Diagrama de Caso de Uso é importante por oferecer uma visão geral

do sistema e dos usuários (atores) que irão interagir com ele. Ao ver o

diagrama o cliente deve ter uma idéia das principais funcionalidades que o

sistema deve possuir.

Passo 14 Considerando a Especificação do Documento de Requisitos e

o Documento de Visão desenhe o Diagrama de Caso de Uso.

DICA 2: A Elaboração do Diagrama de Caso de

Uso e a Especificação podem ser realizadas em

paralelo com a elaboração do protótipo, uma vez

que, a visualização das telas facilita a escrita, e a

escrita, por sua vez, facilita o desenho das telas;

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Passo 15 Providenciar assinatura do Líder de Projeto nos Diagramas

de Caso de Uso.

Passo 16 Providencie o arquivamento físico do Diagrama de Caso de

Uso assinado pelo líder de projeto e o armazenamento do

arquivo no repositório do projeto.

Artefato 5 Diagrama de Caso de Uso.

Atividade 7 Especificação do Caso de Uso

Papéis: Analista de TI - Requisitos (R) Cliente(P)

A Especificação de Caso de Uso detalha e documenta quais atores

podem realizar uma determinada funcionalidade, quais passos devem ser

seguidos para execução desta funcionalidade e o feedback que o usuário deve

receber no momento que a tarefa for concluída ou quando houver alguma

exceção. Por estes motivos este documento é fundamental para execução da

atividade de prototipação e para que os desenvolvedores identifiquem as

funcionalidades do sistema.

DICA 3: A especificação de casos de uso pode ser

planejada em iterações, sempre priorizando os casos

de uso mais complexos. Ou seja, o planejamento da

especificação do conjunto de casos de uso do projeto

pode ser dividido em sub-conjuntos ou módulos,

onde as atividades orientadas pelo sub-conjunto já

especificado poderão ser inicializadas, enquanto o

próximo sub-conjunto de casos de uso é

especificado;

DICA 4: Os casos de uso que integram com outros

sistemas devem possuir o nome do sistema com o

qual mantém integração. Nos “Pontos de Inclusão”

e/ou “Pontos de Extensão” do caso de uso, deve ser

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reportado o caso de uso e o nome do sistema ao qual

pertence este caso de uso [p. ex. Caso de Uso:

Consultas de Histórico de Contribuinte (Sistema

Cadastro de Contribuintes), sendo também

necessário reportar no item “Requisitos Não

Funcionais” do caso de uso, as integrações mantidas

por este caso de uso.

Passo 17 Considerando o Diagrama de Caso de Uso e a Especificação

dos Requisitos especifique, conforme o template, cada caso

de uso identificado.

Passo 18 Obtenha a aprovação das Especificações de Caso de Uso

através da assinatura do Líder de Projeto e do Cliente.

Passo 19 Providencie o arquivamento físico das Especificações de

Caso de Uso assinadas e o armazenamento do arquivo no

repositório do projeto.

Artefato 6 Especificação do Caso de Uso.

Atividade 8 Elaborar Protótipo

Papéis: Analista de TI - Requisitos (R) Cliente(P)

O protótipo é muito importante para que o analista demonstre ao cliente

como as funcionalidades foram organizadas no menu e o desenho das

interfaces através da qual o cliente terá acesso a elas.

Além disso, o protótipo permite que o cliente verifique se todas as

funcionalidades solicitadas no Documento de Visão foram contempladas.

O protótipo também pode ser útil durante o cálculo dos pontos por

função e principalmente para os desenvolvedores que poderão, através da

especificação de casos de uso e da consulta ao protótipo, entender mais

rapidamente as características do sistema e as regras de negócio.

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Passo 20 Desenhe as interfaces do sistema com base nas descrições dos

casos de uso.

DICA 5: O protótipo pode ser apresentado em

conjunto com os casos de uso para aprovação das

funcionalidades solicitadas pelo cliente.

Passo 21 Providencie o arquivamento dos Protótipos no repositório do

projeto.

Artefato 7 Protótipo elaborado.

Atividade 9 Calcular Pontos por Função

Papéis: Analista de TI - Requisitos (R) Cliente (P)

A principal finalidade da Análise de Pontos por Função é definir o custo,

em horas, do desenvolvimento de cada módulo. Com base nesta análise é

possível complementar o cronograma elaborado para fase inicial para que ele

abranja as fases posteriores estimando assim, o tempo total de

desenvolvimento do sistema. A partir desta análise é possível também, que o

cliente e a equipe de desenvolvimento analisem também a viabilidade da

implementação do sistema.

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Passo 22 Consulte o Diagrama, a Especificação de Caso de Uso e o

Protótipo para elaborar o documento de entrada para Análise

de Pontos por Função;

Passo 23 Aplique a APF e registre os resultados;

Passo 24 Providencie o arquivamento físico do Documento de Análise

de Pontos por Função no repositório do projeto.

Artefato 8 Documento de Análise de Pontos por Função.

Atividade 10 Concluir a Fase de Concepção

Papéis: Líder de Projeto (R), Cliente (R).

Durante a fase de concepção foram realizados estudos mais abrangentes

sobre o projeto e como conseqüência dois caminhos são possíveis: a

interrupção ou o início da fase de projeto. Esta decisão deve ser tomada pelo

Cliente em conjunto com o Líder de Projeto.

Como forma de assinalar que esta fase já produziu os artefatos esperados

e necessários para dar início à fase de Projeto, o Documento de visão deve ter

sido aprovado pelo cliente e o Documento de Análise de Pontos por Função

deve estar disponível para uso.

4. FASE PROJETO

4.1. Objetivo

O objetivo da fase de Projeto é apresentar a estimativa de prazos e custos para

que seja aprovado pelo Cliente e, após a aprovação, definir os alicerces para construção

do sistema, tais como, arquitetura, modelo de dados e outros.

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4.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Projetista (R), Arquiteto de Software (R), Projetista de

Banco de dados (R), Analista de Requisitos (P), Líder de Projeto (P).

4.3. Artefatos de entrada

Os seguintes artefatos devem estar disponíveis para que esta fase tenha início:

Documento de Visão, Glossário, Especificação de Casos de Uso e Cronograma de

Atividades.

4.4. Atividades e Artefatos produzidos

Atividade 11 Apresentar prazos e custos

Papéis: Líder de Projeto (R), Cliente (R).

Esta atividade é fundamental para continuação do projeto, uma vez que

sem a aquiescência do cliente em relação a prazos e custos o software não

deve ser desenvolvido.

Passo 25 Atualize o cronograma;

Passo 26 Apresente ao cliente o Cronograma e o resultado da Análise

de Pontos por Função e receba aprovação para dar

continuidade às atividades;

Passo 27 Providencie o arquivamento físico de todas as abas da

planilha de pontos por função e do cronograma aprovado pelo

cliente.

Artefato 9 Versão atualizada do cronograma aprovada pelo cliente.

Atividade 12 Definir Arquitetura

Papéis: Arquiteto de Software (R), Líder de Projeto (P).

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Passo 28 Defina a Arquitetura de Software utilizando o template de

arquitetura em anexo.

Passo 29 Providencie o arquivamento do documento de Arquitetura

de Software no repositório do projeto.

Artefato 10 Arquitetura.

Atividade 13 Elaborar Modelo de Dados

Papéis: Projetista de BD (R), Líder de Projeto (P).

Passo 30 Elabore o Modelo de Dados seguindo orientações do Guia de

Referência de Criação e Manutenção de Modelo de Dados.

Passo 31 Providencie o arquivamento do Modelo de Dados no

repositório do projeto.

Artefato 11 Modelo de Dados.

Atividade 14 Realizar Casos de Uso

Papéis: Projetista (R), Líder de Projeto (P).

Esta atividade consiste em representar os fluxos e regras documentados

no caso de uso através de outros diagramas da UML (Unified Modeling

Language). É obrigatório para: projetos de evolução de versão que possuem

modelagem de classes e objetos, projetos novos e projetos terceirizados

(desenvolvimento externo), sendo para este último, obrigatória a realização

apenas para casos de uso de maior complexidade.

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Passo 32 Elabore o Diagrama de Classe.

Passo 33 Elabore diagramas complementares caso necessário expressar

visualmente algum contexto de sistema onde os Diagramas de

Classe são avaliados como insuficientes, utilizar diagrama da

UML compatível com a necessidade.

Passo 34 Providencie o arquivamento dos Diagramas elaborados no

repositório do projeto.

Artefato 12 Diagrama de Classe e outros.

Atividade 15 Definir Infraestrutura

Papéis: Projetista (R), Líder de Projeto (P).

Passo 35 Elaborar Documento de Especificação de Infraestrutura,

seguindo template de infraestrutura, capturando necessidades

do projeto que dever ser atendidas pelo Sistema Gerenciador

de Banco de Dados, Servidores de Aplicação e Sistemas

Gerenciadores de Redes.

Artefato 13 Documento de Infraestrutura

5. FASE IMPLEMENTAÇÃO

5.1. Objetivo

O objetivo da fase de Implementação é elaborar o código fonte da aplicação e

realizar os testes iniciais para certificar-se que o sistema ou módulo desenvolvido pode

passar pela fase de testes para os ajustes finais.

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5.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Implementador (R), Projetista (P), Líder de Projeto (P).

5.3. Artefatos de entrada

Os seguintes artefatos devem estar disponíveis para que esta fase tenha início:

Especificação de Casos de Uso, Realização do Caso de Uso e Protótipo.

5.4. Atividades e Artefatos produzidos

Atividade 16 Desenvolver código fonte

Papéis: Implementador (R), Projetista (P).

Passo 36 Construa o código-fonte considerando as recomendações do

Documento de Arquitetura, a Modelagem de Dados e o

Documento de Requisitos;

Passo 37 Execute o Teste Unitário Local, em ambiente de

desenvolvimento, nas funcionalidades da versão, verificando

se as regras de negócio descritas nos artefatos (Casos de Uso

e Diagramas) estão sendo plenamente atendidas pelas

funcionalidades.

Passo 38 Solicite à equipe responsável pelo Banco de Dados a

criação/atualização do banco de dados, necessário para o

funcionamento do sistema em ambiente de teste.

Artefato 14 Código fonte desenvolvido.

Atividade 17 Disponibilizar em ambiente de teste

Papéis: Implementador (R), Líder de Projeto (P).

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Passo 39 Informe ao Líder de Projeto, que a aplicação está disponível

em ambiente de teste para ser operacionalizada e testada.

Passo 40 Execute os Testes de Integração (Suíte de Teste) das

funcionalidades, operacionalizando outras integrações, caso

exista.

Artefato 15 Aplicação disponível para teste.

6. FASE TESTE

6.1. Objetivo

A fase de teste tem a finalidade de assegurar que o sistema será disponibilizado

ao usuário final com a menor chance possível de apresentar um comportamento

inesperado.

6.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Projetista de Teste (R), Testador (R), Analista de

Requisitos (P).

6.3. Artefatos de entrada

Os seguintes artefatos devem estar disponíveis para que esta fase tenha início:

Especificação de Casos de Uso, Aplicação disponível em ambiente de teste.

6.4. Atividades e Artefatos produzidos

Atividade 18 Planejar o Teste

Papéis: Projetista de Teste (R), Analista de Requisitos (P).

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A concepção dos Planos e Casos de Teste pode ser iniciada após a

modelagem de casos de uso, ocorrendo paralelamente com as demais

atividades.

Passo 41 Elabore o Plano de Teste e os Casos de Teste para requisitos

funcionais e de interface, com objetivo de orientar o Analista

responsável na execução de Testes Funcionais e de Interface,

em grau exaustivo na aplicação, verificando o descrito

abaixo:

a. O correto funcionamento do sistema, de acordo com todos os

artefatos referenciados na construção;

b. O correto cumprimento das padronizações de telas, relatórios,

etc.;

c. A performance do sistema na operacionalização de

funcionalidades complexas.

Artefato 16 Plano de Teste.

Artefato 17 Casos de Teste.

Atividade 19 Executar e disponibilizar correções

Papéis: Testador (R), Projetista de Teste (P).

Passo 42 Realize todos os testes prescritos nos Casos de Teste e

Registre os Resultados obtidos;

Passo 43 Encaminhe ao Líder de Projeto as melhorias e ajustes para

que sejam implementadas e disponibilizadas pelo

Implementador para novos testes.

Artefato 18 Resultados dos Testes.

É importante notar que após a implementação dos ajustes e melhorias

novos testes devem ser executados para certificar que as correções não

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inseriram novos erros. Após estes novos testes o Testador deve encaminhar os

resultados para o Líder de Projeto que, caso considere o sistema em condições

de uso, deve solicitar ao Implementador que disponibilize a aplicação no

ambiente de homologação.

7. FASE HOMOLOGAÇÃO

7.1. Objetivo

A finalidade desta fase consiste em certificar que o sistema está pronto para ser

utilizado pelo usuário final.

7.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Líder de Projeto (R), Analista de Requisitos (P), Cliente

(P).

7.3. Artefatos de entrada

Para que esta fase tenha início é necessário que a aplicação esteja disponível em

ambiente de homologação.

7.4. Atividades e Artefatos produzidos

Atividade 20 Treinar usuários finais

Papéis: Analista de Requisitos (R), Cliente (P).

Passo 44 Planejar o Treinamento e elaborar cronograma;

Passo 45 Realizar o treinamento;

Atividade 21 Homologar a aplicação

Papéis: Líder de Projeto (R), Cliente (R).

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Passo 46 O Líder de Projeto deve preencher o Documento de

Homologação do Sistema, que deve ser assinado pelo Cliente,

armazenado no arquivo físico e arquivado no repositório do

projeto.

Passo 47 Caso existam, o Líder de Projeto deve acionar atividades de

ajuste, como correção de erros, melhoria no desempenho e

usabilidade. E, após as correções, efetuar a homologação dos

itens afetados pela atualização/correção em conjunto com o

Cliente.

Passo 48 O Líder de Projeto deve providenciar confecção da

documentação definida no Documento de Visão - Manual do

Usuário do Sistema, Help Online, Manual de Instalação e

Configuração (artefatos obrigatórios para desenvolvimento

terceirizado de sistemas).

Artefato 19 Documento de Homologação

Artefato 20 Manual do Usuário

8. FASE IMPLANTAÇÃO E ENCERRAMENTO

8.1. Objetivo

Esta fase tem por objetivo marcar o encerramento de um projeto ou iteração de

desenvolvimento.

8.2. Papéis identificados nesta fase

Participam desta fase o Líder de Projeto (R), Analista de Requisitos (P),

Superior imediato do líder de projeto (P), Cliente (P).

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8.3. Artefatos de entrada

Para que esta fase tenha início é necessário que a aplicação esteja homologada

pelo cliente.

8.4. Atividades e Artefatos produzidos

Atividade 22 Implantar o Sistema

Papéis: Líder de Projeto (R), Implementador (R).

Passo 49 Prepare ambiente de produção;

Passo 50 Disponibilize o sistema no ambiente de produção;

Atividade 23 Formalizar o aceite

Papéis: Líder de Projeto (R), Superior imediato do líder de projeto (P),

Cliente (P).

Passo 51 Confeccione o Termo de Entrega

Passo 52 Providencie a assinatura do termo pelo Cliente, pelo Líder de

Projeto e pelo Superior imediato do líder de projeto e arquive

na pasta de documentos do sistema.

Artefato 21 Termo de Aceite.