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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

A MELHORIA DA DISPONIBILIDADE DO

COMPENSADOR ESTÁTICO DA SE FTZ/CHESF

ATRAVÉS DA ANÁLISE DA SUA ÁRVORE DE

FALHAS

por

JOSÉ DA COSTA ROCHA

Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica da

Universidade Federal de Pernambuco como parte dos requisitos para a obtenção do grau de

Mestre em Engenharia Elétrica.

ORIENTADOR: CÍCERO MARIANO PIRES DOS SANTOS, Dr.

Recife, setembro de 2008.

José da Costa Rocha, 2008

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R672m Rocha, José da Costa.

A melhoria da disponibilidade do compensador estático da SE FTZ/CHESF através da análise da sua árvore de falhas / José da Costa Rocha. - Recife: O Autor, 2008.

xxvii, 178 folhas, il : tabs. grafs., figs Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco.

CTG. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, 2008. Inclui Bibliografia e Anexos. 1. Engenharia Elétrica. 2. Compensador Estático. 3.Análise da

Árvore de Falhas. 4.Confiabilidade. I. Título UFPE 621.3 BCTG/ 2009-041

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Dedico este trabalho a meus

pais José Francisco da Rocha e Judite

Macário da Costa Rocha, pelo amor,

carinho e apoio dedicados a mim ao

longo da minha vida, além do exemplo

de honestidade e perseverança que

sempre foram.

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Agradecimentos

A Deus, por me dar forças para enfrentar todos os momentos da minha vida, inclusive para desenvolver este trabalho, transformando as dificuldades em oportunidades. Aos meus pais José Francisco da Rocha e Judite Macário da Costa Rocha, que sempre me incentivaram a enfrentar os desafios da vida. À minha família pelos momentos dedicados a realização deste trabalho. À CHESF – Companhia Hidro Elétrica do São Francisco, pela oportunidade para o desenvolvimento deste curso. Aos colegas de trabalho pelas sugestões, em especial a Adolpho Eugenio de Andrade Lima Calazans e Francisco de Assis Façanha, pelo apoio que sempre foi dado. Ao pessoal da DADO - Divisão de Desenvolvimento de Pessoal, em especial à colega Marisa, que sempre nos incentivou. Ao Professor Doutor Cícero Mariano P. dos Santos, pela orientação que tornou possível este trabalho. Agradeço aos professores da Universidade Federal de Pernambuco que participaram do mestrado, pelos ensinamentos. Enfim, agradeço a todos que de alguma forma contribuíram para o desenvolvimento do presente trabalho.

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A MELHORIA DA DISPONIBILIDADE DO

COMPENSADOR ESTÁTICO DA SE FTZ/CHESF ATRAVÉS

DA ANÁLISE DA SUA ÁRVORE DE FALHAS

José da Costa Rocha

Setembro/2008

Orientador: Cícero Mariano Pires dos Santos, Dr.

Área de Concentração: Engenharia Elétrica – Sistemas de Energia Elétrica.

Palavras-chave: Compensador Estático, Análise da Árvore de Falhas (Fault Tree Analysis

– FTA), Manutenção, Confiabilidade, Mantenabilidade.

Número de páginas: 178.

RESUMO: Nos Sistemas Elétricos de Potência, os Compensadores Estáticos – CE são

equipamentos de elevada importância na regulação de tensão, tanto em regime permanente

como em transitório, principalmente em sistemas onde os centros de carga estão

localizados a grandes distâncias da geração. Esta dissertação, apresenta uma análise das

causas de falha do Compensador Estático instalado na Subestação - SE de Fortaleza da

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - CHESF, estado do Ceará, Brasil, com ênfase

nas origens das falhas e em suas soluções, utilizando como ferramenta de análise a Árvore

de Falhas deste Equipamento. Neste trabalho, encontramos a Árvore de Falhas do CE,

composta por 62 eventos básicos, dos quais 20 apresentaram histórico suficiente para a

análise paramétrica em um banco de dados de 22 anos. A partir das curvas de

probabilidade de falha dos eventos básicos, elaborou-se um plano de ação com melhorias

nos processos de manutenção, para viabilizar a elevação da disponibilidade do CE, com o

objetivo de maximizar a remuneração da empresa Transmissora, no caso, a CHESF, e a

confiabilidade do sistema de transmissão.

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THE AVAILABILITY IMPROVEMENT OF THE STATIC

COMPENSATOR OF THE SE FTZ/CHESF, THROUGH ITS

FAULT TREE ANALYSIS

José da Costa Rocha

September/2008

Master’s Supervisor: Cícero Mariano Pires dos Santos, Dr.

Field of Expertise: Electrical Engineering – Electric Power Systems.

Key words: Static Compensator, Fault Tree Analysis – FTA, Maintenance, Reliability,

Maintainability.

Number of pages: 178.

ABSTRACT: In the Electrical Power Systems, the Static Compensators – CE are

equipment of extreme importance for tension regulation, both in a permanent regime as in

a transitory one, mainly in systems where the load centers are located at great distances of

the generating plant. This dissertation presents an analysis of the fault causes in the Static

Compensator installed in the Fortaleza Substation of the Companhia Hidro Elétrica do São

Francisco - CHESF, Ceará State, Brasil, emphasizing the origins of the faults and its

solutions, based on the Fault Tree Analyse of this Equipment. On this research, we found

the Fault Tree of the CE, composed of 62 basic events from which, 20 presented sufficient

evidence for the parametric analysis, on a 22 years database. From the failure probability

curves of the basic events, we elaborated a plan of action with improvements on the

maintenance procedures, to enable the elevation of the availability of the CE, with the

purpose of maximizing the remuneration of the Transmission Company, in this case the

CHESF, and the reliability of the transmission system.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS...........................................................................................................ix LISTA DE SÍMBOLOS.....................................................................................................xvii LISTA DE ABREVIATURAS.........................................................................................xviii LISTA DE TABELAS.........................................................................................................xx GLOSSÁRIO DA ÁRVORE DE FALHA DO CE..........................................................xxiv 1.INTRODUÇÃO...................................................................................................................1 2 O COMPENSADOR ESTÁTICO DA SE FORTALEZA E UM BREVE REGISTRO HISTÓRICO...........................................................................................................................6

2.1 HISTÓRICO.................................................................................................................6 2.2 PROJETO E COMPOSIÇÃO DO COMPENSADOR ESTÁTICO DA SUBESTAÇÃO DE FORTALEZA...................................................................................9 2.2.1 UMA VISÃO GERAL DO CE.................................................................................9 2.2.1.1 – Tiristores............................................................................................................12 2.2.1.2 - Sistema de regulação..........................................................................................15 2.2.1.3 - Sistema de resfriamento.....................................................................................16 2.2.1.4 - Banco de capacitores..........................................................................................20 2.2.1.5 – Reator regulador................................................................................................22 2.2.1.5 – Serviços auxiliares.............................................................................................24

3 CONFIABILIDADE, MANTENABILIDADE E DISPONIBILIDADE – FUNDAMENTOS TEÓRICOS...........................................................................................27 3.1CONFIABILIDADE.......................................................................................................27 3.2 MANTENABILIDADE ...............................................................................................34 3.3DISPONIBILIDADE......................................................................................................36 3.4A TAXA DE FALHA.....................................................................................................40 3.5 A ÁRVORE DE FALHAS – FTA – UMA ABORDAGEM TEÓRICA.............................................................................................................................42

3.5.1 NOMENCLATURA DE UMA ÁRVORE DE FALHA.........................................44 3.5.2 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA FTA..............................................................46 3.6 DIAGRAMA DE BLOCOS DE CONFIABILIDADE – DBC..................................49

3.7 METODOLOGIA UTILIZADA PARA O DESNEVOLVIMENTO DA ÁRVORE DE FALHAS DO CE..................................................................................................................53 4 O DESENVOLVIMENTO DA FTA DO COMPENSADOR ESTÁTICO......................56 5 ANÁLISE PARAMÉTRICA DOS DADOS LEVANTADOS.........................................62 5.1 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS TIRISTORES CONFORME OS REGISTROS DE OCORRÊNCIAS.....................................................................................62

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5.2 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS CAPACITORES CONFORME REGISTROS DE OCORRÊNCIAS.....................................................................................68 5.3 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS CARTELAS Z DE ENGATILHAMENTO DOS TIRISTORES CONFORME REGISTROS DE OCORRÊNCIAS..................................................................................................................72 5.4 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS CARTELAS EL DE ENGATILHAMENTO DOS TIRISTORES CONFORME REGISTROS DE OCORRÊNCIAS..................................................................................................................76 5.5 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS VENTILADORES DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO DO CE..........................................................................79 5.6 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO CIRCUITO DE ELETRÔNICA DE BASE DO CE.................................................................................................................83 5.7 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO CONDUTIVÍMETRO DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO DO CE..........................................................................86 5.8 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS BOMBAS DE CIRCULAÇÃO DE ÁGUA DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO DO CE................................................89 5.9 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS ISOLADORES DE 26KV........93 5.10 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA POR FALTA DE CC DEVIDO A FALHA NO AUTOMATISMO...........................................................................................97 5.11 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA PROTEÇÃO DE BARRA DE 26KV..................................................................................................................................100 5.12 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO MICRO SWITCH DE ACESSO AOS BANCOS DE CAPACITORES DO CE...................................................................103 5.13 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS RÉGUAS DE INTERLIGAÇÃO DAS CARTELAS DE ENGATILHAMENTO DOS TIRISTORES.....................................................................................................................106 5.14 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA TUBULAÇÃO DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO.......................................................................................................109 5.15 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA PROTEÇÃO DE DESEQUILÍBRIO DE NEUTRO......................................................................................112 5.16 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO MANÔMETRO DE PRESSÃO DIFERENCIAL..................................................................................................................115 5.17 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS TERMÔMETROS DE PARTIDA E PARADA DOS VENTILADORES.............................................................118 5.18 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO CIRCUITO DE COMANDO DOS VENTILADORES.....................................................................................................121 5.19 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO CIRCUITO DE COMANDO DAS BOMBAS DE CIRCULAÇÃO DE ÁGUA .........................................................124 5.20 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA RESINA DE TRATAMENTO DE ÁGUA..........................................................................................................................127 5.21 RESULTADO COMPARATIVO DA CONFIABILIDADE DOS EVENTOS BÁSICOS...........................................................................................................................130 5.22 ÁRVORE DE FALHA E CONFIABILIDADE DO CE DA SE FORTALEZA.....................................................................................................................134

6 COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES....................................................................137 7 CONCLUSÕES...............................................................................................................148

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................150 ANEXO I – QUESTIONÁRIO DA PESQUISA APLICADA..........................................153 ANEXO II – O PODER REGULAMENTADOR E A PARCELA VARIÁVEL.............157 AANEXO III- A: ÁRVORE DE FALHA DO CE.............................................................164 ANEXO III- B: DIAGRAMA DE BLOCOS DO CE........................................................165 ANEXO IV- DADOS TÉCNICOS NOMINAIS DOS TIRISTORES DO CE DA SE FORTALEZA.....................................................................................................................166 ANEXO V - ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS DE CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA UTILIZADAS NA ANÁLISE DO HISTÓRICO DE FALHAS DO CE.......................................................................................................................................167

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Sistema de transmissão que alimentava a região metropolitana de Fortaleza

em 1988.

Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que

interliga as usinas e as subestações.

Figura 1.3 – Fluxograma da visão geral da metodologia utilizada nesta dissertação.

Figura 2.1 – Diagrama unifilar da malha 230kV do sistema Norte da Chesf no início da

década de 80

Figura 2.2 – Diagrama unifilar esquemático do Compensador Estático da SE FTZ.

Figura 2.3 – Característica de saída do compensador tipo RCT com capacitor em paralelo

fixo.

Figura 2.4 – Diagrama da disposição dos tiristores de uma das fases do compensador

estático do tipo Reator Controlado a Tiristores – RCT (Figura adaptada do manual de

fabricação, Siemens 1980).

Figura 2.5 – Módulo dos tiristores do CE.

Figura 2.6 – Diagrama unifilar do CE com a representação da atuação do regulador nos

tiristores da redundância Y e ∆.

Figura 2.7 – Diagrama de blocos das principais funções do controle de um CE

Figura 2.8 – Diagrama de blocos do sistema de Resfriamento do CE Figura 2.9 – Diagrama esquemático detalhado do sistema de resfriamento do CE

(Adaptação do manual de fabricação, Siemens 1980).

ix

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Figura 2.10 – Diagrama esquemático da redundância conectado em ∆ do CE.

Figura 2.11 – Diagrama de ligações dos reatores do CE.

Figura 2.12 – Diagrama unifilar de alimentação CA dos serviços auxiliares do CE.

Figura 2.13 – Barras de alimentação das cargas internas CA do Compensador estático.

Figura 2.14 – Barras de alimentação das cargas internas CC do Compensador Estático.

Figura 3.1 – Gráfico da Mantenabilidade para uma distribuição exponencial.

Figura 3.2 – Exemplo da curva da banheira.

Figura 3.3 – Estrutura básica para desenvolvimento de uma árvore de falhas, segundo

Santos (2006).

Figura. 3.4 – Exemplo de blocos de Confiabilidade dos componentes de um sistema de

resfriamento do CE.

Figura 3.5 – Diagrama de blocos de confiabilidade para um sistema de resfriamento do CE.

Figura 3.6 – Representação do arranjo de componentes em série.

Figura 3.7 – Representação do arranjo de componentes em paralelo.

Figura 3.8 – Exemplo da representação do arranjo de componentes em série/paralelo.

Figura 3.9 – Fluxograma da metodologia utilizada para a elaboração da Árvore de Falhas

com a identificação das causas raízes de Falha do CE.

Figura 4.1 – Diagrama em blocos dos sistemas que compõem o CE.

x

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Figura 4.2 – Diagrama em blocos dos sistemas que compõem o CE com associações

identificando às redundâncias.

Figura 4.3 – Visualização simplificada da Árvore de falha do CE com a relação existente

entre os elementos da redundância Y, ∆ e Elementos Comuns, os triângulos 1, 2 e 3

indicam respectivamente que as árvores serão desenvolvidas mais adiante.

Figura 4.4 – Árvore de Falha da redundância Y do CE (ver glossário da Árvore de Falhas).

Figura 4.5 – Árvore de Falha da redundância ∆ do CE (ver glossário da Árvore de Falhas do CE).

Figura 4.6 – Árvore de Falha dos Elementos Comuns do CE (ver glossário da Árvore de Falhas do CE).

Figura 5.1 – Gráfico da probabilidade de Falha x tempo (TT)

Figura 5.2 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha (TT)

Figura 5.3 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo. (TT)

Figura 5.4 – Gráfico da Taxa de falhas. (TT)

Figura 5.5 – Gráfico de probabilidade de falha.(CC)

Figura 5.6 – Gráfico da Confiabilidade x tempo. (CC)

Figura 5.7 – Gráfico da Função densidade de probabilidade de falha. (CC)

Figura 5.8 – Gráfico da taxa de falha. (CC)

Figura 5.9 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(Z)

Figura 5.10 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (Z)

Figura 5.11 – Gráfico da densidade de probabilidade de falha. (Z)

xi

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Figura 5.12 – Gráfico da taxa de falha ao longo de tempo. (Z)

Figura 5.13 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(EL)

Figura 5.14 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo. (EL)

Figura 5.15 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (EL)

Figura 5.16 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (EL)

Figura 5.17 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(HV)

Figura 5.18 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo.(HV)

Figura 5.19 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (HV)

Figura 5.20 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (HV)

Figura 5.21 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(EB)

Figura 5.22 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (EB)

Figura 5.23 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (EB)

Figura 5.24 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (EB)

Figura 5.25 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(RC)

Figura 5.26 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (RC)

Figura 5.27 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (RC)

Figura 5.28 – Gráfico da Taxa de falha x tempo. (RC)

xii

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Figura 5.29 – Gráfico da Função confiabilidade x tempo.(BR)

Figura 5.30 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo. (BR)

Figura 5.31 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (BR)

Figura 5.32 – Gráfico da Taxa de falha x tempo. (BR)

Figura 5.33 – Gráfico da função Confiabilidade x tempo.(PO)

Figura 5.34 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo. (PO)

Figura 5.35 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (PO)

Figura 5.36 – Gráfico da Taxa de falha x tempo. (PO)

Figura 5.37 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(FDC)

Figura 5.38 – Gráfico da Probabilidade de falha x tempo. (FDC)

Figura 5.39 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (FDC)

Figura 5.40 – Gráfico da Taxa de falha x tempo. (FDC)

Figura 5.41 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(PB)

Figura 5.42 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (PB)

Figura 5.43 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (PB)

Figura 5.44 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (PB)

Figura 5.45 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(MBC)

Figura 5.46 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (MBC)

xiii

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Figura 5.47 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (MBC)

Figura 5.48 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (MBC)

Figura 5.49 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RT)

Figura 5.50 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (RT)

Figura 5.51 – Gráfico da densidade de probabilidade de falha x tempo. (RT)

Figura 5.52 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (RT)

Figura 5.53 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(AR)

Figura 5.54 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (AR)

Figura 5.55 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (AR)

Figura 5.56 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (AR)

Figura 5.57 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RD)

Figura 5.58 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (RD)

Figura 5.59 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (RD)

Figura 5.60 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (RD)

Figura 5.61 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(MA)

Figura 5.62 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (MA)

Figura 5.63 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (MA)

Figura 5.64 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (MA)

xiv

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Figura 5.65 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(TR)

Figura 5.66 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (TR)

Figura 5.67 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (TR)

Figura 5.68 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (TR)

Figura 5.69 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(CCM)

Figura 5.70 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (CCM)

Figura 5.71 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (CCM)

Figura 5.72 – Gráfico da taxa de falha x tempo. (CCM)

Figura 5.73 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(CCB)

Figura 5.74 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (CCB)

Figura 5.75 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (CCB)

Figura 5.76 – Gráfico da Taxa de falhas x tempo. (CCB)

Figura 5.77 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RES)

Figura 5.78 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo. (RES)

Figura 5.79 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo. (RES)

Figura 5.80 – Gráfico da taxa de falhas x tempo. (RES)

xv

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Figura 5.81 – Gráfico da Confiabilidade do CE considerando os Eventos Básicos

quantificados da Árvore de Falhas.

Figura 5.82 – Gráfico da taxa de falhas do CE considerando os Eventos Básicos

quantificados da Árvore de Falhas.

xvi

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LISTA DE SÍMBOLOS

α - Ângulo de disparo dos tiristores.

σ - Desvio Padrão dos tempos até falhar

∆ - Esquema de ligação em Delta

Y - Esquema de ligação em Y

Γ - Função Gama

µ – Taxa de reparo

e - número neperiano, 2,71828...

β - parâmetro de forma da função Weibull

η - Parâmetro de escala da função Weibull

П – Produtório

γ - Parâmetro de localização

Σ – Somatório

λ - Taxa de falhas

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LISTA DE ABREVIATURAS

CHESF: Companhia Hidro Elétrica do São Francisco

ANEEL: Agência Nacional de Energia Elétrica

CIGRÉ: Conference internacionale dês Grands Réseaux Életriques à Haute Tension

ONS: Operador Nacional do Sistema

IEEE: Institute of Electrical and Electronics Engeneers

CE: Compensador Estático

RCT: Reator controlado a Tiristor

BOD: Break Over Diode

CC: Corrente Contínua

CA: Corrente alternada

CF: Capacitor Fixo

ETT: Electrically Triggered Thyristor

TP: Transformador de potencial

FTA: Fault Tree Analysis

DBC: Diagrama de Blocos e Confiabilidade

xviii

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PVI: Parcela Variável de Indisponibilidade

FT: Função Transmissão

LT: Linha de Transmissão

FTZ: Subestação de Fortaleza

FACTS: Flexible AC Transmission Systems

MLE: Método da Máxima Verossimilhança.

DVDP: Duração dos tempos de desligamentos programados.

DVOP: Duração dos tempos de desligamentos de outros desligamentos.

PB: Pagamento base da função transmissão.

KS: Teste de aderência Kolmogorov-Smirnov.

SE: Subestação

GR: Gerência Regional

xix

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LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Valores de remuneração dos ativos de regulação da regional de Fortaleza da

Chesf.

Tabela 2.2 – Valores de referência dos termômetros para partida e parada dos ventiladores.

Tabela 5.1 – Histórico de falhas dos Tiristores do CE.

Tabela 5.2 – Confiabilidade dos tiristores a cada 12 meses até o 12º ano de operação.

Tabela 5.3 – Histórico das Falhas das Células Capacitivas do CE.

Tabela 5.4 – Confiabilidade das Células Capacitivas a cada 12 meses até o 12º ano de

operação.

Tabela 5.5 – Histórico de falhas das Cartelas Z do CE.

Tabela 5.6 – Confiabilidade das cartelas de engatilhamento Z a cada 12 meses até o 12º

ano de operação.

Tabela 5.7 – Histórico de falhas das cartelas EL do CE.

Tabela 5.8 – Confiabilidade das cartelas EL a cada 12 meses até o 12º ano de operação.

Tabela 5.9 – Histórico de Falhas dos ventiladores do CE.

Tabela 5.10 – Confiabilidade dos ventivladores do sistema de resfriamento a cada 12

meses até o 15º ano de operação.

Tabela 5.11 – Histórico de Falha do Circuito de Eletrônica de Base do CE.

xx

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Tabela 5.12 – Confiabilidade do Circuito de Eletrônica de Base do CE

Tabela 5.13 – Histórico de Falha do condutivímetro do CE.

Tabela 5.14 – Confiabilidade do condutivímetro do sistema de resfriamento a cada 12

meses do 1º ao 12º ano de operação.

Tabela 5.15 – Histórico de Falhas das bombas de circulação de água.

Tabela 5.16 – Confiabilidade da bomba de circulação de água do sistema de resfriamento.

Tabela 5.17 – Histórico de falha dos isoladores de 26kV.

Tabela 5.18 – Confiabilidade dos isoladores de 26kV.

Tabela 5.19 – Histórico de falha do automatismo de alimentação CC.

Tabela 5.20 – Confiabilidade do automatismo de alimentação CC.

Tabela 5.21 – Histórico de falha da proteção de barra de 26kV.

Tabela 5.22 – Confiabilidade da proteção de barra de 26kV do CE.

Tabela 5.23 – Histórico de falha do micro switch do portão.

Tabela 5.24 – Confiabilidade do micro swuitch do portão dos bancos de capacitores.

Tabela 5.25 – Histórico de falhas da régua de interligação das cartelas de engatilhamento.

Tabela 5.26 – Confiabilidade da régua de interligação das cartelas de engatilhamento.

Tabela 5.27 – Histórico de falha da tubulação do sistema de resfriamento.

xxi

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Tabela 5.28 – Confiabilidade das tubulações do sistema de resfriamento.

Tabela 5.29 – Histórico de falha da proteção de desequilíbrio de neutro.

Tabela 5.30 – Confiabilidade da proteção de desequilíbrio de neutro.

Tabela 5.31 – Histórico de falhas do manômetro de pressão diferencial.

Tabela 5.32 – Confiabilidade do manômetro de pressão diferencial.

Tabela 5.33 – Histórico de falhas dos termômetros.

Tabela 5.34 – Confiabilidade dos termômetros de partida e parada dos ventiladores.

Tabela 5.35 – Histórico de falhas do circuito de comando dos ventiladores.

Tabela 5.36 – Confiabilidade do circuito de comando dos ventiladores.

Tabela 5.37 – Histórico de falhas do circuito de comando das bombas.

Tabela 5.38 – Confiabilidade do circuito de comando das bombas.

Tabela 5.39 – Histórico de falha da resina de tratamento de água.

Tabela 5.40 – Confiabilidade da resina de tratamento de água.

Tabela 5.41 – Valores de Confiabilidade de cada um dos Eventos Básicos ao longo dos 22

anos de análise.

Tabela 5.42 – Valores de Confiabilidade de cada um dos Eventos Básicos ordenados ao

longo dos 22 anos de análise e ações tomadas imediatamente para elevar o desempenho

dos itens com menor Confiabilidade.

xxii

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Tabela 5.43 – Confiabilidade e disponibilidade do CE em função do tempo em meses.

Tabela 6.1 – Plano de Ação para elevar a disponibilidade do CE da SE Fortaleza.

xxiii

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GLOSSÁRIO DA ÁRVORE DE FALHA DO CE

OCO - Falha por obstrução circulação de óleo

CCE - Falha por curto-circuito entre espiras

DNI - Falha por descarga no núcleo por degradação do isolamento das lâminas do núcleo

VGX - Falha por vazamento de óleo por gaxetas de vedação

VCS - Falha por vazamento de óleo isolante por corrosão elevada

RFT - Falha do sistema dos ventiladores dos transformadores de alimentação

DIE - Falha devido à degradação do isolamento das espiras dos enrolamentos

VRG – Falha por vazamento de óleo do relé de gás

CIO - Falha devido à complementação insuficiente de óleo no transformador

VFR - Falha devido ao fechamento da válvula de circulação de óleo do relé de gás

BIR - Falha devido ao baixo isolamento régua de ligação do relé de gás

ACR – Falha por penetração de animais/insetos no circuito de ligação do relé de gás

BFR - Falha devido à bóia furada do relé de gás

FBR – Falha por anormalidade no sistema de fixação da bóia do relé de gás

DEB - Falha por descarga elétrica pela superfície externa da bucha de 230kV

VGB - Falha devido a vazamento pela gaxeta de vedação da bucha

xxiv

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TPB - Falha devido à fissura ou trinca na porcelana da bucha

DTB - Falha por descarga elétrica por falha na isolação do tap capacitivo da bucha

CDE - Falha na conexão do comutador de tap a vazio do enrolamento de alta

FF - Falha por fadiga do elo fusível

CC - Falha isolação interna da célula capacitiva

RD – Falha do relé de desequilíbrio de neutro

MBC - Falha do micro switch do portão de acesso aos bancos de capacitores

HV - Falha dos ventiladores do sistema de resfriamento

FH – Falha devido à manobra inadequada pelo homem

TR – Falha do termômetro de acionamento dos ventiladores

RC - Falha condutivímetro

MA - Falha relé de pressão diferencial do sistema de resfriamento

ISR – Falha do isolamento das bobinas do reator de aterramento

POR - Falha devido à poluição nas buchas do reator de aterramento

VEG – Falha devido à vegetação elevada nos bancos de capacitores

EBR - Falha isolação bucha de 26kV do reator de aterramento

xxv

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AR – Falha devido a vazamento de água do sistema de resfriamento por falha nas

tubulações

EL - Falha cartelas EL de engatilhamento dos tiristores

EB – Falha do circuito de eletrônica de base

RT - Falha da régua de interligação da placa de engatilhamento com os tiristores

PO - Falha devido à descarga superficial nos isoladores de 26kV por poluição

TIS - Falha devido à trinca em isoladores de 26kV

PR - Falha da isolação do para raios de 26kV

TT – Falha por fadiga do tiristor

CED - Falha da câmara de extinção do disjuntor de 26kV

COD - Falha do circuito de comando do disjuntor de 26kV

BR - Falha da bomba de circulação de água do sistema de resfriamento

SC - Falha do sincronizador

CEB – Falha conversores da eletrônica de base

RE - Falha do regulador

FFI - Falha devido à descarga superficial na fibra isolante de 26kV

PB - Falha da proteção da barra de 26kV

xxvi

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FPR – Falha isolação dos para raios de 230kV

FEP - Falha devido à descarga externa nos pára-raios 230kV por poluição

PIS - Falha por fuga a terra por poluição nos isoladores de 230kV

TIS – Falha por trinca nos isoladores de 230kV

ISA - Falha por fuga a terra devido à falha de isolamento circuito DC de alimentação

FDC - Falha devido à falta de DC por falha no automatismo do serviço auxiliar

RTA – Falha devido à anormalidade no retificador

BTA - Falha devido à baixa condutividade nas baterias por corrosão interna

ISC – Falha devido à sobretensões transitórias superiores a especificada para os isoladores

de 26kV

CCM - Falha do circuito de comando dos ventiladores do sistema de resfriamento

CCB - Falha dos contactores do circuito de comando das bombas de circulação de água do

sistema de resfriamento

RES - Falha devido à saturação da resina de deionização da água do sistema de

resfriamento

Z - Falha das cartelas Z de engatilhamento dos Tiristores

REN - Falha devido à sobretensões maiores que o especificado devido a ressonâncias por

transitórios no 500kV

xxvii

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1

1. INTRODUÇÃO

Nos Sistemas Elétricos de Potência, em que os centros consumidores estão

localizados a grandes distâncias das unidades geradoras, a tarefa da regulação torna-se

mais complexa e exige a presença, com boa flexibilidade operacional, de equipamentos

como bancos de capacitores, reatores, compensadores síncronos e estáticos. Esta situação é

identificada na cidade de Fortaleza, Brasil, que é um centro de cargas situado a mais de

800 km do centro de geração do sistema Chesf, em Paulo Afonso. Assim, equipamentos

como os Compensadores Estáticos, têm elevada importância em auxiliar, de forma efetiva,

o desempenho do sistema, seja em regime permanente ou em transitório.

Neste trabalho analisaremos as falhas do Compensador Estático – CE instalado

na Subestação – SE de Fortaleza localizada na Capital do estado do Ceará, Brasil, da

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf, a partir do histórico de 22 anos de

ocorrências, bem como de entrevistas realizadas com especialistas, análise dos dados de

projeto e manual do fabricante (SIEMENS, 1980), tudo isso utilizando a metodologia da

Árvore de Falhas - FTA, descrita nesta dissertação.

Esta dissertação tem o objetivo de encontrar os modos de falha do

Compensador Estático da subestação de Fortaleza através da Árvore de Falhas e com isso

estabelecer um conjunto de ações para minimizar as falhas e elevar a disponibilidade do

CE. Esta análise considera os desligamentos intempestivos, com a finalidade de implantar

modificações no processo de manutenção preventiva e de melhorias para reduzir os tempos

de desligamentos e a freqüência dos mesmos, elevando a disponibilidade do compensador

estático. Tudo isso para maximizar a remuneração da empresa Transmissora, no caso, a

Companhia Hidroelétrica do São Francisco - CHESF.

O Compensador estático é um equipamento composto por vários subsistemas,

sendo assim, a sua disponibilidade está associada à confiabilidade de cada um dos

equipamentos que o compõem. Neste trabalho mostrou-se as causas das falhas e os

respectivos desdobramentos. Através da FTA foram identificadas as principais causas de

falha desse Compensador Estático e sugerido melhorias para elevar a sua disponibilidade.

O Compensador Estático é um equipamento que tem uma função vital para

regulação, pois tem resposta rápida às oscilações do sistema elétrico. Nos anos oitenta,

quando foi instalado na Subestação de Fortaleza, o sistema elétrico de transmissão que

alimentava a Capital do Ceará e sua região metropolitana, eram compostos por grandes

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2

linhas de transmissão de 230kV que constituíam um sistema radial com fortes oscilações e

com dificuldade de regulação. Neste contexto, foi instalado na Subestação de Fortaleza o

Compensador estático, foco deste trabalho, para eliminar as dificuldades de regulação e

melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia para aquela cidade.

O Compensador Estático, desde a sua instalação, nos anos oitenta, é

indispensável para a regulação da regional de Fortaleza, pois o fornecimento de energia

elétrica por linhas de transmissão longas não era suficiente para alimentar a regional de

Fortaleza sem problemas de regulação, pois o sistema era essencialmente radial, como

mostrado na Figura 1.1.

Figura 1.1 – Sistema de transmissão que alimentava a região metropolitana de Fortaleza

em 1988.

Dos anos oitenta até hoje, o sistema elétrico de potência desta regional passou

por ampliações, onde Linhas de Transmissão – LT de 500 e 230kV foram instaladas e

novas Subestações – SE foram construídas, contribuindo para a melhoria do desempenho

do sistema, contudo, o CE continua a ter um papel de relevante importância na regulação,

seja em regime permanente ou transitório.

Na Figura 1.2, pode-se observar o sistema elétrico de potência da região

nordeste com linhas de 500kV e 230kV que interligam os centros de geração da Chesf aos

grandes centros consumidores, que podem estar localizados a grandes distâncias da

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3

geração, como no caso da cidade de Fortaleza com mais de 800 Km de distância dos

centros de geração em Paulo Afonso, Xingo e Sobradinho, o que obriga a utilização de

equipamentos de regulação como os Compensadores Estáticos.

Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que

interligam as usinas e as subestações.

Além de tudo isso, a transmissão do sistema elétrico nacional é regida

atualmente por regras de remuneração baseadas na disponibilidade dos ativos, onde para

cada desligamento está associado um desconto na remuneração da empresa transmissora.

Neste contexto, equipamentos que possuem elevada remuneração, que é o caso

do Compensador Estático da Subestação de Fortaleza, devem ter um estudo minucioso das

causas de seus desligamentos. Este trabalho tem como objetivo identificar as causas de

falha do Compensador Estático da Subestação de Fortaleza e propor ações que minimizem

a ocorrência destas causas de falha do Compensador, como já citado anteriormente.

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4

Neste trabalho desenvolvemos uma análise do histórico de falhas do

Compensador Estático – CE da Subestação de Fortaleza, desde o início de sua entrada em

operação em meados de 1986 até o ano de 2007. Além da análise do histórico de falhas,

efetuou-se pesquisa com 20 especialistas através de reuniões e aplicação de questionário,

visando identificar as causas e a gravidade da ocorrência de cada uma delas. Utilizando a

Análise da Árvore de Falhas – FTA, agregamos o conhecimento dos especialistas, dados

de projeto e histórico de falhas e elaboramos a Árvore de Falha do CE. Podemos observar

na Figura 1.3 um fluxograma com a visão geral da metodologia utilizada. No Capítulo 3,

item 3.7, mostraremos em detalhe a metodologia utilizada.

Figura 1.3 – Fluxograma da visão geral da metodologia utilizada nesta dissertação.

Posteriormente realizamos uma análise quantitativa, utilizamos os dados

históricos de falha de cada um dos Eventos Básicos para encontrar a curva que melhor

adere aos dados de falha, aliado a isso, realizamos a eliminação das causas que não

possuíam histórico suficiente para encontrar a sua curva de probabilidade de falhas. Assim,

analisamos as curvas de Confiabilidade, densidade de probabilidade de falha,

probabilidade de falha e taxa de falha, onde identificamos os Eventos Básicos que se

encontram no inicio de vida, vida útil ou final de vida, e assim é facilitada a trajetória na

ANÁLISE QUALITATIVA -ELABORAÇÃO DA ÁRVORE

DE FALHAS (FTA)

SUGESTÕES DE

MELHORIAS

FTA CONSIDERANDO AS CAUSAS DE FALHA COM FREQUÊNCIA DE OCORRÊNCIAS MAIS RELEVANTES

BANCO DE

DADOS

ANÁLISE QUANTITATIVA -

IDENTIFICAÇÃO DAS CURVAS DE

PROBABILIDADE DE FALHA DOS EVENTOS BÁSICOS DA ÁRVORE

DE FALHA

RECOMENDAÇÕES PARA A ELEVAÇÃO DA DISPONIBILIDADE DO COMPENSADOR ESTÁTICO DA SUBESTAÇÃO DE FORTALEZA

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5

busca dos componentes que necessitam ser substituídos, os que necessitam de um plano de

manutenção específicos e os que estão em perfeito funcionamento com o plano de

manutenção atual.

No Capítulo 2, relatamos um breve histórico dos Compensadores Estáticos e de

sua localização na Subestação de Fortaleza, além do projeto e composição deste

equipamento, bem como de sua importância para o sistema elétrico de transmissão.

No Capítulo 3 deste trabalho, apresentamos os fundamentos teóricos utilizados

como Confiabilidade, Mantenabilidade, Árvore de Falhas, além da metodologia utilizada

para o desenvolvimento da Árvore de Falhas do Compensador Estático da Subestação de

Fortaleza. Onde descrevemos os conceitos teóricos utilizados e a metodologia utilizada em

toda análise.

Posteriormente no Capítulo 4, mostramos o desenvolvimento da Árvore de

Falhas do Compensador Estático da Subestação de Fortaleza baseada no histórico de falhas

do equipamento, além do conhecimento de especialistas, e dos dados de projeto e manual

da Siemens, fabricante do Compensador. Para este desenvolvimento, utilizamos o Software

Block Sim 7 da Reliasoft como suporte para a montagem da Árvore de Falhas.

Em seguida, no Capítulo 5, mostramos os resultados encontrados a partir do

histórico de falhas do Compensador Estático, de 1986 a 2007. Onde utilizamos o software

Weibull++7 da Reliasoft, como suporte para as simulações com a finalidade de

encontrarmos as curvas de probabilidade que melhor aderem aos dados de falha

informados. Além disso, neste capítulo identificamos para cada um dos eventos básicos a

situação dos componentes, em termos de estagio de vida, relativamente à curva de

mortalidade.

No Capítulo 6, mostramos as recomendações provenientes do estudo realizado

neste trabalho onde sugerimos um plano de ação para cada um dos eventos básicos

identificados.

Finalmente, no Capítulo 7, temos as conclusões e sugestões de novos trabalhos

de pesquisa.

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6

2 O COMPENSADOR ESTÁTICO DA SE FORTALEZA E

UM BREVE REGISTRO HISTÓRICO

2.1 HISTÓRICO

Conforme IRVANI (1994), o constante aumento da demanda por energia

elétrica, acompanhado pela cada vez maior restrição econômica ou ambiental para a

construção de novas unidades geradoras, tem criado um cenário em que os centros de

geração estão geralmente bem distantes dos grandes centros consumidores, o que obriga a

transmissão dessa energia por grandes linhas de transmissão, favorecendo problemas de

regulação.

Neste cenário, os recursos de regulação locais de reativos são cada vez mais

necessários, principalmente os que exercem um controle rápido do módulo da tensão

durante as oscilações do sistema, que são os equipamentos conhecidos como FACTS –

Sistemas Flexíveis de Transmissão em corrente alternada (WATANABE, 1998). O

Compensador Estático (CE) é um exemplo destes tipos de dispositivos, que, além do

controle rápido do módulo da tensão em oscilações de potência, eles desempenham um

papel importante atuando em regime permanente como suporte de potência reativa ao

sistema (OLIVEIRA, 2005).

Inicialmente, o CE foi usado na industria para compensação de flutuações de

tensão causadas por cargas, como fornos a arco. Posteriormente, passou a ser utilizado no

Sistema Elétrico de Potência – SEP, devido a sua capacidade de resolver problemas que

necessitem de um dispositivo de ação rápida para controle de potencia reativa

(OLIVEIRA, 2005; WATANABE, 1998). A seguir serão mostradas algumas das

facilidades apresentadas pelo CE:

• Controle contínuo da tensão;

• Melhoria da estabilidade transitória e de regime permanente;

• Redução das sobretensões temporárias (de manobra);

• Aumento da capacidade de transferência de potência ativa em sistemas

de transmissão;

• Minimização de perdas em sistemas de transmissão;

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7

• Amortecimento de oscilações subsíncronas;

• Redução do desequilíbrio de tensão e de corrente;

• Redução das correntes de curto-circuito;

• Controle de Flicker, etc;

A primeira geração de CE, segundo LERCH (1994), foram os do tipo Reator

Controlado a Tiristor (RCT). E consiste de elementos capacitivos fixos e de um elemento

reativo com suas grandezas elétricas controladas por tiristores, tanto em regime dinâmico

como em permanente. A primeira aplicação deste tipo de CE foi em 1977, construído pela

General Electric Corporation (GEC). No ano seguinte, segundo HINGORANI (1993), um

RCT de 40MVAr começou a operar em Minnesota Power and Light System, fabricado

pela Westinghouse Electric Corporation.

Atualmente, segundo M. H. BAKER (1997), novas tendências tem direcionado

para o desenvolvimento de CE móveis, com a finalidade de oferecer a rápida re-alocação

em resposta às transformações nas redes elétricas. Um exemplo desta tendência, foi o

relato da instalação em 2002 de 12 compensadores móveis na Inglaterra e Pais de Gales,

citado por HANSON (2002), como parte dos investimentos do programa de planejamento

da operação do sistema, com o objetivo de garantir os padrões de segurança e qualidade

após as alterações sofridas.

Neste trabalho analisaremos o CE instalado na subestação(SE) de Fortaleza, da

Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf, devido ao fato deste ser um

equipamento de elevada importância para a Chesf, seja por questões econômicas, devido a

sua elevada remuneração para a empresa, seja por questões técnicas, devido a problemas

de regulação de tensão. Este CE encontra-se instalado na SE Fortaleza que é interligada

através de LTs de 230kV às SEs Delmiro Golveia, Fortaleza II, onde atua na regulação da

tensão atendendo ao fornecimento de energia elétrica a mais de 2 milhões de

consumidores, através de uma faixa de regulação de potência reativa que varia de -

140Mvar a +200Mvar. Este CE é o equipamento de regulação de maior remuneração da

Gerencia Regional Norte da Chesf, conforme mostrado na Tabela 2.1.

Nos anos 80 a cidade de Fortaleza tinha seu fornecimento de energia elétrica

alimentado por linhas de 230kV que interligavam o centro de geração, no complexo de

Paulo Afonso, na Bahia, até a região metropolitana de Fortaleza, conforme mostrado na

Figura 2.1. Esta interligação consistia de três circuitos radiais de 230kV com linhas de

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8

transmissão extremamente longas, o que acarretava diversos problemas de regulação de

tensão e de estabilidade. Esta situação foi o que motivou a instalação, em junho de 1986,

de um equipamento que tivesse uma resposta rápida para a compensação de reativo tanto

em regime transitório como no permanente. A partir daí iniciou-se o projeto, especificação

e instalação de um dos tipos de FACTS, que é o Compensador Estático – CE do tipo reator

controlado a Tiristor.

Russas II

Coremas 230kV

Paulo Afonso

Centro de geração Chesf - Paulo Afonso, Xingó, Sobradinho, Luiz Gonzaga: 9.971 MW

Milagres 230kV

Bom Nome

Delmiro Gouveia 230kV

COMPENSADOR

ESTÁTICO

Sobral 230kV

Centro de geração Chesf - Boa Esperança: 237 MW

Banabuiu 230kV

Fortaleza Teresina 230kV

Piripiri 230kV

Figura 2.1 – Diagrama unifilar da malha 230kV do sistema Norte da Chesf no início da

década de 80

O Compensador Estático tem elevada importância para a regulação da regional,

devido ao fato da sua localização ser no final de um circuito radial de elevado

comprimento, e uma falha deste equipamento poderia ocasionar a impossibilidade do

fornecimento de energia dentro de condições regulamentadas para os consumidores.

Até meados do ano 2000, esta configuração já havia evoluído para cinco

circuitos radiais de 230kV. A partir de 2003, com a entrada em operação de novas obras,

como as linhas de 500kV Milagres – Quixadá e Quixadá – Fortaleza II, a regulação e

confiabilidade do sistema foram melhoradas e o CE é fundamental para a regulação de

tensão da Regional, além da importância financeira, por ser um dos ativos melhor

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9

remunerado da Chesf, conforme mostrado na Tabela 2.1, onde podemos observar os

valores de remuneração dos ativos de regulação do sistema regional Norte da Chesf.

Tabela 2.1 – Valores de remuneração dos ativos de regulação da Regional de Fortaleza da

Chesf.

GR SE COD OP BAY DE EQUIP

BAY PARA TOTAL

N FTZ CE 12.083,40 278.318,66 0,00 335.900,10 N MLG CE 12.083,40 155.949,02 0,00 168.032,42 N BNB 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N BNB 04H2 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N DMG 04H1 14.242,87 10.707,87 0,00 24.950,74 N FTZ 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N MLG 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N MLG 04H2 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N MSD 06H1 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N MSD 06H2 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N MSD 06H3 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N MSD 06H4 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N SBD 01H1 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N SBD 01H2 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N SBD 01H3 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07

.

Atualmente, com a implantação da Parcela Variável (ver Anexo II), os ativos de

transmissão são remunerados pelo tempo em que permanecem disponíveis para operação, o

Compensador Estático, devido a seu elevado valor de remuneração, tem um papel

importante também no aspecto econômico para a empresa.

Neste capítulo serão mostrados os detalhes construtivos do Compensador

Estático instalado na SE Fortaleza e, nos demais capítulos, os conceitos utilizados para a

análise do histórico de falhas do CE.

2.2 PROJETO E COMPOSIÇÃO DO COMPENSADOR ESTÁTICO DA

SUBESTAÇÃO DE FORTALEZA

2.2.1 UMA VISÃO GERAL DO CE

Neste trabalho, analisaremos o CE instalado na Subestação (SE) de Fortaleza

que, segundo CORREIA LIMA (2003), é do tipo RCT – reator controlado a tiristor, ou

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10

seja, um CE que pode ser chamado de primeira geração, conforme diagrama esquemático

na Figura 2.2.

Este CE possui dois bancos de capacitores fixos (CF) e dois reatores

controlados a tiristor (RCT), conectados ao sistema elétrico através de um banco de três

transformadores monofásico abaixadores, como mostrado na Figura 2.2, que foi

dimensionado para injetar na rede elétrica um valor de potência reativa que pode variar de

140 MVar indutivo a 200 Mvar capacitivos, de acordo com o projeto da Siemens (Manual

do CE, 1980).

Podemos observar que existe uma redundância no CE, onde dois conjuntos de

reatores chaveados e capacitores fixos são repetidos, um conectado ao enrolamento em ∆

do Transformador alimentador e o outro ao enrolamento em Y. Desta forma, neste

trabalho, chama-se redundância Y quando nos referirmos aos equipamentos conectados ao

enrolamento conectado em Y do transformador de alimentação e redundância ∆ quando

nos referirmos aos equipamentos conectados ao enrolamento em ∆.

A Figura 2.3 mostra o gráfico da tensão versus corrente, que representa o

comportamento do compensador para determinada tensão de referência pré-fixada no

sistema de controle. Dentro da faixa de controle, limitada pelos nominais capacitivos e

indutivos do compensador, o sistema de controle tenta manter a tensão do barramento o

mais próximo possível da tensão de referência.

Figura 2.2 – Diagrama unifilar esquemático do Compensador Estático da SE FTZ.

11,4mH

11,4mH

373µF

26kV

230kV

11,4mH

11,4mHC C

373µF

26kV

230/26/26kV -

200MVA

Xa = 1,5%Xby = XbC=27,0%

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11

Quando a tensão do barramento diminui, o sistema de controle permite que a

corrente capacitiva do compensador aumente. A corrente capacitiva aumentará até que seja

atingido o seu valor máximo, a partir do qual o compensador não mais conseguirá manter a

tensão do barramento próximo ao valor da tensão de referência, não podendo mais o

compensador contribuir para a regulação da tensão, e passando a funcionar apenas como

um elemento shunt.

No sentido oposto, caso a tensão do barramento tenda a subir acima do valor de

referência, a corrente indutiva do compensador tenderá a aumentar, com o objetivo de

manter a tensão próxima do valor de referência. Caso o sistema force no sentido de que a

tensão do barramento continue aumentando e o limite da corrente indutiva do compensador

seja atingido, o compensador não terá mais capacidade de regular a tensão do barramento,

comportando-se como um reator fixo. Após esse limite, o compensador pode ser retirado

de operação pela atuação de proteções tipo sobrecarga ou de sobretensão.

A faixa de regulação foi especificada em projeto de forma que nos limites de

potência nominal, durante as contingências selecionadas como as mais críticas, as tensões

na barra de 230kV se mantivesse dentro dos limites estabelecidos em projeto ( %5± de

variação com relação ao valor nominal), que correspondem a faixa de 218 a 241KV,

conforme mostrado na Figura 2.3.

Figura 2.3 – Característica de saída do compensador tipo RCT com capacitor em paralelo

fixo.

Ic máximoFaixa capacitiva

Corrente do Compensador

IL máximoFaixa Indutiva

ICE

Faixa de Controle

Tensão

Vref.

0,95 Vnom.

1,05 Vnom.

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12

A condição para que os compensadores do tipo RCT conduzam parcialmente a

corrente nos reatores, quando os tiristores são disparados com ângulos dentro de uma faixa

(αmin a αmáx), faz com que esses dispositivos sejam fontes geradoras de harmônicos.

Entretanto, as partes constituintes do CE são conectadas de forma a reduzir a injeção de

harmônicos no SEP.

2.2.1.1 Tiristores

Os tiristores do compensador estático da SE Fortaleza estão trifasicamente

conectadas em ∆ na tensão de 26 kV, sendo do tipo ETT (Electrically Triggered Thyristor),

havendo, como qualquer outro tiristor, a necessidade de aplicação de um sinal de corrente

nos gatilhos dos tiristores para que os mesmos conduzam. Os dados técnicos dos tiristores

podem ser observados no Anexo IV.

O controle e geração dos pulsos para o disparo dos tiristores são originados por

uma parte do sistema de controle chamada de eletrônica de base, sendo os pulsos

transmitidos para os tiristores através de fibras óticas. Nos módulos de tiristores, o sinal

proveniente da fibra óptica é convertido em sinal elétrico de impulso de disparo e o

circuito que efetua esta conversão é chamado, neste trabalho, de eletrônica de tiristores.

O sistema da eletrônica de tiristores utiliza a tensão mantida pelos capacitores

do circuito de amortecimento (Snubber), para que o mesmo seja disparado. Também na

eletrônica de tiristores está o sistema de disparo protetivo (BOD Break Over Diode), que

efetua o disparo dos tiristores caso a tensão entre seus terminais (anodo e catodo)

ultrapasse o valor limite definido no projeto do tiristor, evitando sua falha.

Os tiristores de cada lado do compensador (Y ou ∆) têm as três fases ligadas em

∆, sendo cada fase composta por dois módulos de tiristores e entre cada módulo existe um

reator de núcleo de ar, que tem como finalidade limitar o crescimento da corrente no

tirirstor, quando do disparo dos mesmos. Cada fase dos tiristores está em série com o

enrolamento do reator de potência, conforme Figura 2.4.

Os módulos de tiristores são compostos por oito conjuntos de tiristores, sendo

cada um deles formado por dois tiristores em paralelo e dois em antiparalelos. Cada fase

funciona com um conjunto de tiristores em redundância, ou seja, o compensador

permanece em operação com um tiristor em falha. Caso um segundo venha a falhar, o

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13

compensador é desligado automaticamente. A Figura 2.4 mostra a configuração de dois

módulos de tiristores que compõem uma fase do compensador estático da SE Fortaleza.

Os tiristores do compensador estático da subestação de Fortaleza são

distribuídos em 12 módulos, 2 em cada uma das fases. Cada módulo contém 32 tiristores,

totalizando 384 tiristores, todos do tipo BstT68H280S15. Os dados técnicos dos tiristores

constam no Anexo IV. A Figura 2.5 mostra um módulo de Tiristores da SE Fortaleza.

Devido às diferenças construtivas de cada tiristor, e para que haja

balanceamento da corrente em cada par de tiristores em paralelo, o par deve ser formado

por tiristores que tenham a mesma característica estática, ou seja tenham a mesma faixa de

tensão de condução, para uma mesma corrente de gatilho. De acordo com a Siemens

(1980), se a diferença de tensão entre as características estáticas dos tiristores em paralelo

for menor que 0,1 V, passando 2000A pelos tiristores, assegura-se que a diferença na

distribuição de corrente é menor que 25%, quando esses tiristores são postos para operar

em paralelo.

Reator limitador de núcleo de ar

MÓDULO 1

MÓDULO 2

CONJ.1 CONJ.2 CONJ.3 CONJ.4 CONJ.5 CONJ.6 CONJ.7 CONJ.8

CONJ.2CONJ.1 CONJ.3 CONJ.4 CONJ.5 CONJ.6 CONJ.8CONJ.7

Enrolamento do Reator de potencia

Enrolamento do Reator de potencia

Figura 2.4 – Diagrama da disposição dos tiristores de uma das fases do compensador

estático do tipo Reator Controlado a Tiristores – RCT (Figura adaptada do manual de

fabricação, SIEMENS 1980).

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14

Figura 2.5 – Módulo dos tiristores do CE.

Em regime normal de operação, os tiristores são disparados de acordo com o

ângulo de disparo (α) controlado pelo sistema de regulação do CE. Assim, de acordo com o

instante do disparo dos tiristores, varia-se o valor da corrente eficaz no reator, já que os

capacitores são fixos. Esta variação de corrente provoca uma variação de potência reativa

indutiva, que associada à potência reativa capacitiva dos capacitores resulta em uma

potência reativa total que varia de um valor nominal indutivo (140 Mvar) a um valor

nominal capacitivo (200MVAr), de acordo com o ângulo de disparo dos tiristores,

conforme diagrama esquemático mostrado na Figura 2.6, onde mostra-se um esquema de

uma das fases do CE.

Diversas são as formas que levam a este sistema falhar, e consequentemente o

CE. Uma delas é das cartelas de disparo dos tiristores, onde podem ocasionar na não

condução dos tiristores a elas associados e com isso o CE falhar. Além disso pode-se ter a

falha do próprio circuito que gera os pulsos de engatilhamento dos tiristores, chamado de

eletrônica de base, e os tiristores nem receberem o sinal de engatilhamento.

Além disso, podem ocorrer problemas nas conexões das cartelas com os

tiristores, já que o arranjo físico é de tal forma que as cartelas são montadas nos próprios

chassis dos tiristores, onde ficam sujeitos a vibração.

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15

Figura 2.6 – Diagrama unifilar do CE com a representação da atuação do regulador nos

tiristores da redundância Y e ∆.

2.2.1.2 Sistema de regulação

O sistema de Regulação, como o próprio nome diz, é o responsável pelo

controle do instante de engatilhamento dos tiristores, de forma a atender a necessidade do

sistema em termos de energia reativa.

O sistema de controle é puramente analógico, tendo o sistema, em malha

fechada, um único valor de ganho que é utilizado em todas as condições do sistema

elétrico.

Podemos analisar as principais funções do sistema de regulação do CE através

da Figura 2.7 onde vemos que é constituído basicamente de regulador, medição e atuador.

Figura 2.7 – Diagrama de blocos das principais funções do controle de um CE

SISTEMA CA

REGULADOR

VRef

C

Y

TPTransformador

C

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16

Todo o sistema de regulação é alimentado pelo serviço auxiliar, sendo que a

alimentação das cartelas deste regulador deve ser +/-15 Vcc. O regulador recebe de um

comparador, um sinal representativo da tensão de 230 kV e a sua respectiva referência. De

posse destes sinais, o regulador manda um sinal para as cartelas de engatilhamento,

chamadas de Trigger Set, do lado Y e ∆, que são responsáveis pela geração dos pulsos de

disparo.

A partir daí são gerados os pulsos de engatilhamento dos tiristores, de acordo

com a tensão de referência adotada.

2.2.1.3 Sistema de resfriamento

O sistema de resfriamento é o responsável em manter a temperatura dos

tiristores dentro de uma faixa de temperatura na qual eles se mantêm em perfeito

funcionamento.

Os tiristores são resfriados por um sistema de circulação forçada de água em

circuito fechado. A água depois de circular por trocadores de calor, posicionados em série

alternadamente com os tiristores, é resfriada por dois radiadores, cada um com quatro

ventiladores, com capacidade de dissipação máxima de 486 kW.

Esse sistema utiliza como meio de resfriamento a água deionizada, sem sais

minerais, com valor de condutividade menor que 1 µS/m. O sistema utiliza bombas de

circulação que fazem a água circular pelos tiristores e tubulações do sistema que conduzem

aos trocadores de calor onde a água troca com o meio ambiente o calor absorvido nos

tiristores com a ajuda de ventiladores.

Além disso, o sistema é monitorado por diversos termômetros e manômetros

que avaliam a temperatura e pressão do sistema e com isso controlam a partida e parada

dos motoventiladores e podem até desligar o CE se os limites de temperatura e pressão não

estiverem dentro do especificado. Na Figura 2.8 mostramos um diagrama em blocos do

sistema de resfriamento do CE.

No diagrama de blocos, notamos a presença de um reservatório de Nitrogênio,

cuja função é evitar que a pressão do sistema caia instantaneamente quando da comutação

de uma bomba para outra, evitando assim o desligamento do CE por baixa pressão

diferencial.

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17

Após a análise do diagrama da Figura 2.8, poderemos compreender mais

facilmente o funcionamento do sistema de resfriamento que está representado com mais

detalhes na Figura 2.9, conforme a SIEMENS (1980), aqui adaptado para um melhor

entendimento.

O sistema de resfriamento do CE é constituído por elementos associados a cada

uma das redundâncias Y e ∆ e por elementos que estão associados ao sistema completo,

como mostrado no diagrama da Figura 2.9.

A água deionizada é bombeada no sistema fechado através das bombas de

circulação, que trabalham em redundância, onde apenas uma é suficiente para manter o

sistema em funcionamento. Seguindo as setas após das bombas B1 e B2, a água é

bombeada passando pelo termômetro TJA4 onde é dividida passando a circular pelos

tiristores da Redundância Y e ∆. Em cada uma das saídas das redundâncias existe um

termômetro TJA3, para a redundância ∆, e TJA1 para a redundância Y. Seguindo o

percurso, encontramos o termômetro TJA2, onde após o sistema, é novamente dividido

para ter acesso aos trocadores de calor, em que existem quatro radiadores, onde cada um

possui dois ventiladores para melhorar a troca de calor entre a água e o meio ambiente. O

comando de partida e parada de cada um destes ventiladores é controlado pelos

termômetros TJA1, TJA2, TJA3 e TJA4. Cada um dos termômetros comanda um grupo de

ventiladores, que por sua vez, são constituídos por dois ventiladores.

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18

Figura 2.8 – Diagrama de blocos do sistema de Resfriamento do CE

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19

Figura 2.9 – Diagrama esquemático detalhado do sistema de resfriamento do CE

(Adaptação do manual de fabricação, SIEMENS 1980).

Os valores de referência de ajuste dos termômetros, para partida e parada de

cada um dos grupos de moto ventiladores é o mostrado na Tabela 2.2.

Tabela 2.2 – Valores de referência dos termômetros para partida e parada dos ventiladores

TERMÔMETRO ENTRADA

(ºC)

SAÍDA (ºC) ALARME (ºC) TRIP (ºC)

TJA1 54 47 - 60

TJA2 51 44 57 -

TJA3 54 47 - 60

TJA4 44 37 - -

Após passar pelos trocadores de calor, a água volta a circular pelas bombas

e novamente pelos tiristores, refazendo o circuito fechado. A água utilizada é isenta de

dipolos elétricos e sais minerais, e assim apresenta uma baixa condutividade (< 1µS/m), o

que torna possível sua utilização para resfriar os tiristores.

V3

V4

Termômetro de protecão e controleTermômetro de mercúrio

Balão de pressão de sucção

Balão de pressão de recalque

Ventiladores

0,5 BAR

N2

motobombasB1

5,7 BAR

V4

N2

LEGENDA

RADIADOR 3

V8 V7

RADIADOR 1

V1

RADIADOR 4

V5 V6

RADIADOR 2

V2

TJA 1TJA 3

TJA 2

B2

TIRISTORES ASSOCIADOS A

REDUNDÂNICA Y

B1

TIRISTORES ASSOCIADOS A

REDUNDÂNICA DELTA

TJA 4

N25,7 BAR

N20,5 BAR

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20

Existem diversas situações que levam à falha deste sistema e

consequentemente do CE. Podemos citar a situação na qual um dos termômetros de partida

dos moto-ventiladores se apresenta desaferido, o que pode levar a temperatura do CE a

atingir o valor de trip do outro termômetro e com isso levar ao desligamento do CE.

Outra falha identificada, é a ocasionada por vazamento de água, devido ao

ressecamento dos oringues de vedação das tubulações, na conexão dos tiristores. Trincas

nas tubulações também podem levar à falha do CE.

É possível ainda que ocorra a falha do condutivímetro, medidor de

condutividade da água, ao indicar uma condutividade acima do valor máximo especificado

em projeto e, com isso, provocar uma ordem de desligamento do CE.

Além destas, outra forma de falha do sistema, ocorre quando da falha de um

dos motores dos ventiladores localizados nos trocadores de calor, o que pode levar ao

aquecimento do sistema que, se a potência do CE não for limitada, pode levar à sinalização

de sobretemperatura 1º grau, e até mesmo ao desligamento do CE pela atuação de

sobretemperatura 2º grau.

Pode-se também ter a falha das motobombas de circulação de água, o que

reduz a pressão do sistema, o que ocasiona a sensibilização dos relés de pressão

diferencial, desligando o CE.

2.2.1.4 - Banco de capacitores

Como foram mostrados anteriormente, os bancos de capacitores são

constituídos por capacitores fixos, estes são do tipo monofásico , protegidos por fusíveis

externos, projetados para fornecer uma potência reativa liquida de 290,6 Var em 9.090 V,

60Hz.

Suas características elétricas, segundo manual de fabricação (Siemens, 1980),

são:

• Tensão nominal: 9.090V (eficaz);

• Tensão máxima em regime permanente: 9.999V (eficaz);

• Freqüência nominal: 60 Hz;

• Potência nominal: 290,6 Var;

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• Potência Máxima: 392 Var ;

• Capacitância nominal: 9,329 µF (-3% a +4%);

• Categoria de temperatura: -10°C a +50°C;

• Nível de impulso, fase-terra, onda plena (1,2 x 50 µs) 110kV (pico);

• Referência de isolamento: 15 kV;

• Perda máxima da temperatura ambiente: 0,58 W/kVar a 75°C;

• Nível máximo de descargas parciais: 10pC;

• Resistor de descarga: 5 MΩ;

• NBI – nível básico de impulso: 95 kV;

Além disso, os capacitores possuem uma proteção por elos-fusíveis, instalados

externamente, com a função de interromper a corrente elétrica em caso de falha do

respectivo capacitor ou de uma fuga na isolação, que leve a uma corrente maior que o

especificado. Estes elos fusíveis ficam instalados ao tempo e necessitando, portanto, de

uma avaliação periódica do seu estado de conservação.

Os bancos de capacitores podem falhar de diversas formas, e

consequentemente, podem levar à falha da redundância a que estão associados ou, em caso

crítico, a uma falha do CE por completo.

Uma das formas de ocorrer a falha dos bancos de capacitores é quando temos a

falha de mais de um dos elementos capacitivos, onde a proteção de desequilíbrio de neutro

envia uma ordem de abertura ao disjuntor que alimenta o banco de capacitor, e passa a

sinalizar “Desequilíbrio de neutro 2º grau”. Caso ocorra também falha no outro, em mais

de um elemento, tem-se, então, o desligamento do CE.

Para evitar a presença indevida de pessoas nos bancos de capacitores, o que

pode representar risco de morte, consta no projeto do CE uma proteção de abertura do

portão dos bancos de capacitores. Em caso de abertura do mesmo, com o banco

energizado, é enviado um sinal de abertura para o disjuntor de alimentação associado,

levando ao desligamento desta redundância do CE. Outro modo de falha é quando ocorre a

falha do micro switch associado a um banco de capacitor, o que pode levar a falha dessa

redundância, sem que exista a necessidade do desligamento por uma pessoa, na área

restrita do banco de capacitores.

Há também a possibilidade de falha do CE devido a ocorrências no SEP com

uma freqüência igual a da ressonância do circuito LC, formado pelos bancos de capacitores

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22

e pelos reatores de cada uma das duas redundâncias, fenômeno este que pode ocorrer por

um transitório no sistema elétrico, como por exemplo os desligamentos de linhas como as

da interligação norte-sul ou norte-nordeste e, com isso, levar à falha de mais de uma célula

capacitiva, ou até mesmo à falha de praticamente um dos bancos de capacitores por

completo, como o ocorrido em meados de 2007, no CE da SE Fortaleza.

Podemos observar a localização física do banco de capacitores de uma das

redundâncias do CE na Figura 2.10, além dos demais equipamentos associados a esta

redundância.

Figura 2.10 – Diagrama esquemático da redundância conectado em ∆ do Compensador

Estático

2.2.1.5 – Reator regulador

Os reatores do CE possuem um arranjo diferenciado se comparados a reatores

de regulação, que são comumente instalados em terminais de linha ou em barramentos de

Subestações. Estes apresentam seus enrolamentos separados, com os terminais acessíveis

para que sejam interligados com os tiristores, como já citado no início deste Capítulo. Suas

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ligações, tanto da redundância Y como na ∆, são conectadas em ∆, para assim filtrarem os

harmônicos presentes nos chaveamentos dos tiristores (SIEMENS, 1980). Podemos

observar na Figura 2.11 as ligações dos reatores.

V1 U1 W1

Figura 2.11 – Diagrama de ligações dos reatores do CE.

Observamos que os terminais V1, U1 e W1 são os que estão ligados ao

barramento de 26kV, ao qual estão conectados os bancos de capacitores e o transformador

de alimentação. Os demais terminais são conectados aos módulos tiristores de cada uma

das fases, que por sua vez, são conectados em ∆, para servir como filtro de harmônicos

(Siemens, 1980). Na Figura 2.10 podemos visualizar a localização física do reator da

redundância ∆ do CE.

Os reatores do CE são como qualquer reator derivação, onde temos um relé de

gás para monitorar a presença de bolhas de gás no óleo e um sistema de resfriamento

baseado na troca de calor entre o óleo isolante e o ar, que é ajudado por ventiladores que

são acionados por termômetros de temperatura do óleo e do enrolamento.

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24

Como os reatores estão conectados em ∆ e os capacitores estão conectados em

Y isolado da terra, o sistema precisa de uma referência para a terra, o que é propiciado por

um reator de aterramento conectado em Y aterrado, para assim servir como uma referência

para o CE. Isto ocorre em cada uma das redundâncias Y e ∆ sendo necessário um reator de

aterramento em cada uma delas, reator este que possui isolação sólida em epóxi e com

enrolamentos de baixa impedância.

2.2.1.5 – Serviços auxiliares

Os serviços auxiliares, da mesma forma que nas subestações comuns, são os

responsáveis pelo suprimento de cargas em Corrente Alternada – CA ou em Corrente

Contínua – CC, seja de cargas essenciais para o CE, sejam de cargas que não são essenciais

para o funcionamento do mesmo. As cargas em CC são alimentadas através de dois

retificadores em redundância, onde cada um é dimensionado para alimentar sozinho todas

as cargas, que são supridas por uma fonte CA, através de um transformador, conforme

mostrado na Figura 2.12.

Neste trabalho, utilizou-se a nomenclatura de serviços auxiliares para o

fornecimento da alimentação CA e CC essenciais ao funcionamento do CE. Desta forma,

sua falha refere-se à falta de fornecimento de CA ou CC. Sendo assim, a falta desta

alimentação pode levar à falha do CE em uma de suas redundância ou por completo. Nas

Figuras 2.13 e 2.14 são mostradas as disposições das barras de CA e CC com as suas

respectivas cargas associadas.

As cargas consideradas quando nos referirmos ao Serviço auxiliar, serão, por

exemplo, os relés de sobrecorrente, as bombas de circulação de água do sistema de

resfriamento, os ventiladores dos reatores e os transformadores.

Sendo assim, neste trabalho, sempre que nos referirmos à falha dos serviços

essenciais, estaremos nos referindo à falha da alimentação das cargas citadas no parágrafo

anterior.

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25

Figura 2.12 – Diagrama unifilar de alimentação CA dos serviços auxiliares do CE.

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Figura 2.13 – Barras de alimentação das cargas internas CA do Compensador estático.

Figura 2.14 – Barras de alimentação das cargas internas CC do Compensador Estático.

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27

3 CONFIABILIDADE, MANTENABILIDADE E

DISPONIBILIDADE – FUNDAMENTOS TEÓRICOS

3.1 CONFIABILIDADE

Pelo senso comum, a idéia de Confiabilidade está associada à ausência de falha, ou

seja, à garantia de que um determinado equipamento, em um dado período de tempo, não

deixará de realizar a sua função, e quanto menor a chance da ocorrência da falha, mais

confiável é esse equipamento. Entretanto, o conceito de confiabilidade é mais amplo que

este, e é definido pela Norma Brasileira NBR 5462 (1994), que é uma adaptação da norma

internacional IEC-60050-191 (1990), como sendo: “Capacidade de um item desempenhar

uma função requerida sob condições especificadas, durante um dado intervalo de tempo.

NOTA: O termo confiabilidade é usado como uma medida de desempenho de

confiabilidade”.

A Confiabilidade de um item é definida como “a probabilidade de desempenhar

suas funções de maneira adequada, por um determinado período de tempo e nas condições

de operação especificadas.” (BILLINTON, 1992).

Analisando este conceito devemos fugir da idéia equivocada de que a

confiabilidade independe do tempo, muito pelo contrário, ela é uma função do tempo.

Considerando que o tempo de vida útil de um item é o intervalo de tempo no qual este

desempenha sua função dentro de parâmetros pré-estabelecidos até a ocorrência de uma

falha não reparável, a Confiabilidade representa a probabilidade do equipamento ou

componente não vir a falhar em um dado intervalo de tempo t, sendo esse tempo t menor

que o tempo de vida do item. Assim:

T)P(tR(t) <=

Sendo R(t) a confiabilidade do equipamento ou componente, considerada no tempo

t; e

P (t < T) a probabilidade do equipamento ou componente não vir a falhar em um

tempo t, tempo este menor que o tempo de vida do item T.

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28

A suspensão do funcionamento do equipamento ou componente em decorrência de

um evento não programado implica necessariamente em uma pane, que significa que o

equipamento ou componente não está a desempenhar a função a qual se destina.

A análise de Confiabilidade envolve os seguintes conceitos probabilísticos.

Consideremos um conjunto de n0 equipamentos idênticos em funcionamento durante um

período de tempo t. Após o tempo t, registraremos o número de equipamentos que

falharam, o que chamaremos de nf. Chamaremos de ns o número de equipamentos que não

apresentaram falhas. Sabendo que estas variáveis, nf e ns, são funções do tempo. Assim,

temos:

)()(0 tntnn sf += (3.1)

Sendo ns o número de sucessos, poderemos então dizer que a Confiabilidade é a

probabilidade de ocorrer ns em um dado período de tempo, ou seja:

0

)()(

n

tntR s= (3.2)

A não Confiabilidade será, portanto:

0

)()(

n

tntQ

f= (3.3)

Das equações (3.2) e (3.3), temos:

1)()()()(

)()(000

=+

=+=+n

tntn

n

tn

n

tntQtR

fsfs

1)()( =+ tQtR (3.4)

0

)(1)(

n

tntR

f−= (3.5)

Derivando em relação a t, temos:

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29

dt

tdn

ndt

tdR f )(1)(

0

−= (3.6)

dt

tdn

dt

tdRn

f )()(0 =− (3.7)

Na equação acima, a relação dt

tdn f )( representa a taxa na qual os equipamentos

falharam. Dividindo os dois lados da equação 3.7 por ns(t), temos:

dt

tdn

tn

n

dt

tdR

tn

n f

ss

)(

)(

)(

)(00 =− (3.8)

Onde o termo )(

0

tn

n

s dt

tdn f )( é definido como sendo a taxa de falhas µ(t) do item em

consideração. Logo temos:

dt

tdR

tn

nt

s

)(

)()( 0−=µ (3.9)

Antes de continuarmos o desenvolvimento, devemos falar sobre um importante

conceito em probabilidade: a função densidade de probabilidade – f(x). Inicialmente

consideremos x1, x2, .....como os valores de uma variável X e p1, p2, ....como as

probabilidades correspendentes aos valores de X. Então a probabilidade que X irá assumir

um dado valor de xi é dado por:

P(X = xi) = pi, i = 1,2....

Conforme BILLINGTON (1992) e SANTOS (2006), define-se função densidade de

probabilidade da variável X, a função f(x) como sendo:

f(x) = pi, x = xi, i = 1,2,.....

A função densidade de probabilidade tem as seguintes propriedades:

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30

• f(x) = 0 exceto para x = x1, x2, ...;

• 0 ≤ f(x) ≤ 1 para cada xi dentro do universo de X;

• 1)()(11

∑∑==

===i

i

i

i xXPxf , sendo P (X = xi) a probabilidade da variável X ter

o valor igual a xi;

Para uma função densidade de probabilidade de uma variável aleatória X, a

probabilidade de X ≤ xi é dada por:

( ) ( ) ( )∑≤

==≤xxi

ixfxFxXP (3.10)

Além disso podemos encontrar a função densidade de probabilidade f(x), conforme

Billington (1992), diferenciando a função distribuição de probabilidade F(x), desde que

esta seja uma função contínua, como mostrado na equação 3.11.

( ) ( )dx

xdFxf = (3.11)

Que integrando, teremos:

( ) ( )∫∞−

=1

1

x

dxxfxF (3.12)

Trazendo o conceito de densidade de probabilidade para o estudo de confiabilidade,

temos que a função densidade de probabilidade da confiabilidade pode ser dada pela

equação 3.13.

( ) ( ) ( )dt

tdR

dt

tdQtf −== (3.13)

ou

( ) ( )∫=t

dttftQ0

(3.14)

então:

( ) ( )∫−=t

dttftR0

1 (3.15)

Pela equação 3.13, onde:

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31

)()(

tfdt

tdR−= (3.16)

Lembrando da equação 3.2, onde:

0

)()(

n

tntR s=

E, ainda da equação 3.9 onde:

dt

tdR

tn

nt

s

)(

)()( 0−=µ

Substituindo as igualdades de 3.2 e de 3.16 em 3.9, temos a seguinte relação entre

taxa de falhas, confiabilidade e função densidade de probabilidade:

)(

)()(

tR

tft =µ (3.17)

Mostramos em seguida outro resultado que pode ser encontrado para )(tλ :

dt

tdR

tRt

)(

)(

1)( −=µ

)(

)()(

tR

tdRdtt −=µ (3.18)

Integrando a equação 3.18, temos:

∫∫ −=)(

10

)()(

1)(

tRt

tdRtR

dttµ , resolvendo a integral teremos:

∫−=t

dtttR0

)()(ln µ (3.19)

Logo:

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32

∫−

=t

dtt

etR 0)(

)(µ

(3.20)

Que é a equação geral da função Confiabilidade. Podemos concluir que, se a taxa

de falha for constante, a confiabilidade será dada pela expressão:

tetR µ−=)( (3.21)

O estudo da Confiabilidade como disciplina, segundo SIMÕES FILHO (2006), teve

sua origem na indústria aeronáutica, onde ele cita: “Inicialmente, as comparações entre

projetos alternativos tendiam a ser puramente qualitativas, mas com o aumento do número

de falhas de sistemas que ocorreram em um dado número de aviões, em um período de

tempo determinado, conduziu, durante a década dos 30, à idéia de se expressar a

confiabilidade ou não-confiabilidade na forma de um número médio de falhas ou de uma

taxa de falhas média para aviões.”

Em função disso, nos anos 40, alguns níveis mínimos de segurança passaram a ser

expressos em termos da taxa de falhas máximas permitidas. Também conforme SIMÕES

FILHO (2006), sugeriu-se que a taxa de falha de acidente não ultrapassasse em média a 1

em 100.000 horas de vôo.

A partir daí, o estudo da Confiabilidade deixou de ser apenas qualitativo para ter

uma abordagem quantitativa. Um exemplo disso é o citado por SIMÕES FILHO (2006),

onde os alemães tiveram sérios problemas de confiabilidade na operacionalidade dos

mísseis V1, na segunda guerra mundial. Segundo SIMÕES FILHO (2006), o engenheiro

líder do projeto Lasser, considerou como o primeiro enfoque na tentativa de solucionar o

problema é o argumento de que “uma corrente (sistema) é tão forte quanto seu elo mais

fraco”. Tal enfoque concentrou a atenção dos responsáveis apenas sobre um pequeno

grupo de componentes de baixa confiabilidade, não tendo o sucesso esperado. Somente

após isso, um matemático da equipe, Pieruschka, chegou à conclusão de que, a

confiabilidade de um sistema que só funciona quando todos os seus componentes estão em

perfeito estado, é o produto das confiabilidades individuais de cada componente. Esta

observação levantou a necessidade de melhorar a confiabilidade de muitos componentes

que estavam na faixa intermediária de valores de confiabilidade, o que resultou num

aumento significativo da confiabilidade dos mísseis.

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33

Após a segunda guerra mundial, segundo Morello (2005), o estudo da

confiabilidade tornou-se de grande importância, devido à alta taxa de falha dos

equipamentos militares. Nessa ocasião, surgiram vários estudos, dentre eles, um de 1951,

onde Weibull publicou uma função estatística que foi aplicado em ensaios de vida de

rolamentos, e que, subsequentemente, tornou-se conhecida pelo seu nome. Nesse período,

em 1954, foi realizado nos Estados Unidos o primeiro Simpósio Nacional de

Confiabilidade e controle de qualidade. No ano seguinte, o Institute of Electrical and

Electronic Engineers (IEEE) formou uma organização chamada de Reliability and Quality

Control society.

Ainda no final dos anos 50, conforme Simões Filho (2006), surgiu a Análise de

Modos e Efeitos de Falhas – Failure Modes and Effects Analysis (FMEA).

Segundo MORELLO (2005), durante os anos 50 e 60, os conceitos de

confiabilidade foram gradativamente sendo empregados em usinas nucleares. Neste

período, os fundamentos da teoria da confiabilidade foram trabalhados e estudados e cada

vez mais aplicados em sistemas de mísseis espaciais, sistemas de energia elétrica,

computadores, softwares complexos, usinas de processamento químico, hardwares de

aplicação militar, etc. Nesta época, em 1965, ocorreu um grande blackout nos Estados

Unidos, o que impulsionou a aplicação dos conceitos de confiabilidade no projeto e na

expansão dos sistemas de energia elétrica.

Ainda segundo MORELLO (2005), os estudos de confiabilidade começaram a

analisar sistemas complexos através de árvores de falhas. Durante os anos 80, programas

computacionais de confiabilidade e de manutenção ganharam ênfase. Também foi nesta

década que a manutenção começou a focar em confiabilidade de sistemas, com uso da

técnica de manutenção centrada na confiabilidade (RCM).

Nos anos 90, ocorreu uma maior facilidade na utilização de programas de

confiabilidade, devido a melhoria no ambiente computacional, com o advento do Windows

95. Além de cada vez mais ser aplicada a Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM),

passaram a ser aplicadas outras técnicas, como a Inspeção Baseada em Risco ou em

Confiabilidade.

Hoje os conceitos de confiabilidade são largamente utilizados em diversos setores,

mas vale menção especial ao setor elétrico, onde envolvem grandes investimentos e

representam um potencial risco de desligamentos, que podem ter dimensões catastróficas,

com a falta de energia elétrica em regiões continentais, afetando, hospitais, escolas, sistema

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34

de trânsito, sistema produtivo das industrias e comércio e até mesmo acidentes, sejam com

trabalhadores do setor, seja por terceiros que estejam próximos às instalações. Assim, é

essencial que os sistemas elétricos operem com alta confiabilidade. Desligamentos e

acidentes têm sido evitados, e a perda no fornecimento e o número de desligamentos para

reparos não devem exceder aos limites pré-estabelecidos nos estudos de viabilidade

econômica que desqualifiquem os sistemas elétricos.

3.2 MANTENABILIDADE

Outro conceito importante é a Mantenabilidade, que segundo SANTOS (2006), “é

uma característica inerente de um sistema ou do projeto de um produto. Está relacionada à

facilidade, precisão, segurança e economia em realizar as ações de manutenção.” Deve-se

atentar para o fato de que a Mantenabilidade refere-se à habilidade de um item ser mantido.

A manutenção trata das ações em um item para restaurar ou manter este item num estado

operacional especificado, sendo um parâmetro de projeto, enquanto a manutenção é uma

conseqüência do projeto.

O conceito de mantenabilidade também é citado na bibliografia de uma forma

probabilística, como na NBR-5462 (1994), onde Mantenabilidade é a “Probabilidade de

uma dada ação de manutenção efetiva, para um item sob dadas condições de uso, poder ser

efetuada dentro de um intervalo de tempo determinado, quando a manutenção é feita sob

condições estabelecidas e usando procedimentos e recursos prescritos”.

Segundo SANTOS (2006), a análise da Mantenabilidade de uma forma

probabilística pode ser feita considerando uma variável aleatória T como sendo o tempo de

realização do reparo, onde a Mantenabilidade é definida como sendo a probabilidade p do

equipamento com falha, ser reparado em um tempo t, assim:

M(t) = P(T ≤ t)

Considerando o tempo de reparo distribuído exponencialmente com um parâmetro

µ, então a função densidade de reparo g(t) é:

( ) tetg

µµ −=

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35

então:

( ) ∫ −=≤t

tdtetTP0

µµ (3.22)

logo,

( ) tetTP µ−−=≤ 1 (3.23)

Com isso chegamos à equação da Mantenabilidade:

tetM

µ−−= 1)( (3.24)

O tempo esperado, Mean Time To Repair – MTTR, que é o tempo médio para

reparo, é dado por:

∫∞

=0

)(. dttgtMTTR (3.25)

∫∞ −=

0.. dtetMTTR

tµµ (3.26)

µ1

=MTTR (3.27)

Onde µ é a taxa de reparo do item considerado.

Na Figura 2.1 podemos observar o gráfico da Mantenabilidade para uma

distribuição exponencial de g(t).

Figura 3.1 – Gráfico da Mantenabilidade para uma distribuição exponencial.

1/µ

1-1/e

M ( t )

Tempo

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36

É essencial a busca pela alta confiabilidade durante o período do projeto de

engenharia. O único modo para gerenciar o risco e a não confiabilidade é a previsão do que

pode dar errado, e, durante o projeto do sistema, fazer o que for possível para superação

das falhas, conforme RAUSAND (2003).

BILLINGTON (1992) afirma que um procedimento padrão para avaliar a

confiabilidade de um sistema completo deve decompor todos os componentes existentes

nesse sistema, estimando as confiabilidades de cada um destes componentes e combinando

essas confiabilidades através de técnicas numéricas que estimam os valores de

confiabilidade do sistema completo.

3.3 DISPONIBILIDADE

A engenharia de confiabilidade no setor elétrico, não está somente buscando a

confiabilidade do sistema elétrico, mas, também, a regularidade do fornecimento de

energia e a disponibilidade do sistema elétrico. A Disponibilidade é “a capacidade de um

item estar em condições de executar certa função em um dado instante ou durante um

intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua

confiabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos

externos requeridos estejam assegurados. NOTA: o termo disponibilidade é usado como

uma medida do desempenho de disponibilidade”. (ABNT – NBR – 5462, 1994)

A disponibilidade dos equipamentos de transmissão da Chesf é calculada através da

Equação 3.28.

1001 xNHT

NHIidadeDisponibil

−= (3.28)

Onde: NHI – número total de horas indisponíveis no período considerado;

NHT – número total de horas do período considerado.

Este estudo é de fundamental importância no cenário do setor elétrico nacional,

onde a remuneração de cada ativo é avaliada com base em regras estabelecidas pelo órgão

regulador e que valorizam a disponibilidade dos ativos.

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37

Ao final dos anos 90, segundo TONDELLO (2007), o setor elétrico brasileiro

iniciou um processo de reestruturação, onde a desverticalização, separação da geração,

transmissão e distribuição, foi implantada.

Com essa reestruturação, a transmissão extrai sua renda pela “Receita

Assegurada” . Essa Remuneração, fixada pela ANEEL (Agencia Nacional de Energia

Elétrica), visa propiciar à transmissora uma remuneração adequada aos seus ativos, bem

como assegurar os custos de manutenção e operação.

Entretanto, essa forma de remuneração, tende a estimular um cenário onde a

qualidade do serviço prestado não seja perseguida, pois não há incentivo algum para que a

disponibilidade dos ativos seja maximizada.

Outra figura presente neste cenário é o Operador Nacional do Sistema – ONS,

que busca a obtenção de um ponto de operação com mínimo custo e ao mesmo tempo

seguro, o que necessariamente implica na maximização da disponibilidade dos ativos que

compõem o sistema de transmissão. Assim, para estimular a busca da disponibilidade dos

ativos da transmissão, a ANEEL inseriu o conceito de “Parcela Variável” da receita, que

segundo Resolução ANEEL 270 de 26 de junho de 2007 (Anexo I) no seu artigo XV, onde

é definido Parcela Variável por Indisponibilidade – PVI como sendo: “parcela a ser

deduzida do pagamento base por desligamentos programados ou outros desligamentos

decorrentes de eventos envolvendo o equipamento principal e/ou os complementares da

Função transmissão – FT*.”

Este conceito de Parcela Variável, envolve o estabelecimento de penalidades

proporcionais à indisponibilidade dos ativos de transmissão. Desta forma, sempre que uma

Função Transmissão – FT fica indisponível, independente se a indisponibilidade seja

programada ou não, ocorre uma redução da receita, proporcional ao tempo da

indisponibilidade e à receita da Função.

O desconto pela indisponibilidade de ativos é calculada, conforme resolução

270 de 26 de junho de 2007 da Aneel, através da Equação 5.1 a seguir:

* Função Transmissão – Conjunto de instalações funcionalmente dependentes, considerado de forma

solidária para fins de apuração da prestação de serviços de transmissão, compreendendo o equipamento

principal e os complementares, conforme estabelecido na resolução Normativa da ANEEL 191 de 12 de

dezembro de 2005.

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38

+

= ∑∑

==

0

11

014401440

N

i

ii

NP

i

iP DVODKD

PBDVDPK

D

PBPVI (3.29)

Onde:

PB = Pagamento Base da função transmissão - FT;

ΣDVDP e ΣDVOD = Somatórios da Duração Verificada de Desligamento

Programado e da Duração verificada de Outros Desligamentos de uma FT: correspondem

aos somatórios das durações, em minutos, de cada Desligamento Programado e de Outros

Desligamentos da FT ocorridos durante o mês, consideradas as condições a seguir:

(a) se, no período contínuo de onze meses anteriores ao referido mês, a duração

acumulada dos desligamentos Programados ou dos Outros Desligamentos for igual ou

superior que a duração do correspondente padrão, será considerado, para efeito de desconto

da PVI, o valor do respectivo somatório das durações ocorridas no mês; e

(b) se, no período contínuo de onze meses anteriores ao referido mês, a duração

acumulada dos desligamentos Programados ou dos Outros Desligamentos for inferior que a

duração do correspondente padrão, será considerado, para efeito de desconto da PVI, o

valor positivo da diferença entre a duração acumulada acrescida do respectivo somatório

das durações ocorridas no mês e a duração do correspondente padrão;

KP = Fator multiplicador para Desligamento Programado;

KO = Fator multiplicador para Outros Desligamentos com duração de até 300

minutos.

Nesta fórmula, este fator será reduzido para Kp após o 300º minuto, observadas

as condições a e b.acima estabelecidas;

D = Número de dias do mês da ocorrência;

NP = Número de Desligamento Programado da FT ocorrido ao longo do mês; e

NO = Número de Outros Desligamentos da FT ocorridos ao longo do mês.

A seguir o padrão de duração de desligamentos, padrão de freqüência de outros

desligamentos e fatores k0 e kp.

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39

Como exemplo, vamos considerar um determinado mês, de operação do CE da

SE Fortaleza em que foi desligado de forma programada por 10 horas. Como o preço base

do CE é R$ 290.402,06 temos:

PB = 290.402,06;

KP = 5 (da tabela do anexo da resolução 270 da Aneel);

DVDP = 10 horas;

NP =1;

D = 1;

DVOD = 0 (considerando que neste mês o CE não foi indisponibilizado por

outros desligamentos).

Onde, aplicando a Equação 3.29, temos:

40,1008310.5.1440

06,290402==PVI

O que corresponde a um desconto de R$ 10083,40 na remuneração da

transmissora.

Desta forma, o que os agentes de transmissão buscam é minimizar os

desligamentos programados, que são necessários para a realização das manutenções

preventivas, e os intempestivos, não se esquecendo de ao mesmo tempo conservar a

confiabilidade do sistema, de forma que resulte na menor perda de receita possível. Para

atingir este objetivo podem-se seguir dois caminhos, o primeiro é executar as manutenções

sem o desligamento das FT, o que nem sempre é possível seja por questões técnicas ou de

segurança. A segunda é planejar os desligamentos da melhor forma possível evitando

desligamentos desnecessários e com enfoque na menor redução na receita possível.

A resolução da ANEEL 270 de 26 de junho de 2007, estabelece para cada FT

uma franquia de tempo para desligamentos programados. Assim, é possível estabelecer

uma estratégia para programar as manutenções, antecipando-as ou retardando-as, de forma

a não ultrapassar a franquia.

Além disto, a ANEEL definiu a possibilidade de um ganho adicional de receita,

desde que o tempo total de desligamentos programados e não programados não tenham

ultrapassado determinado valor, estabelecido para cada FT. Assim, da mesma forma que

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40

com a franquia, é possível estabelecer uma estratégia para receber este adicional para

alguma FT.

3.4 A TAXA DE FALHA

Segundo ABNT 5462 (1994), falha é o “Término da capacidade de um item

desempenhar a função requerida.

NOTA: a) Depois da falha, o item tem uma pane.

b) A “falha” é um evento; diferente de “pane” que é um estado.

c) Este conceito, como definido, não se aplica a itens compostos somente

por software.”

Uma falha pode ser descrita como um evento aleatório E. Se esse mesmo evento

ocorre N vezes em n triagens, a frequência relativa será P(E) = Ne/n. A probabilidade de

ocorrência do evento E será:

n

NEP e

nlim)(

∞→= (3.30)

Sendo: P – probabilidade de ocorrência do evento E;

Ne – Número de ocorrências do evento E (falha);

n – número de triagens.

Sendo, 0 ≤ P(E) ≤ 1.

Quando n torna-se suficientemente grande, P(E) aproxima-se de um valor mais

preciso. P(E) = 0 descreve um evento impossível, e P(E) = 1 descreve um evento certo. O

conjunto de todos os resultados possíveis relativos a um processo aleatório é chamado

(espaço amostral (S)), no qual: S = E1, E2, ... , Ek e P(S) =1. Todo evento tem associado

a ele um evento complementar, o qual é a negação do primeiro. SE o evento E representa

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41

uma falha, então, é a não ocorrência de uma falha. A relação entre os dois em termos

de probabilidade é:

Podemos definir taxa de falha µ(t) como sendo a medida instantânea da velocidade

de ocorrência de falhas, em relação à amostra de sobreviventes no tempo (Ns), ou, como a

razão de falha instantânea. A Equação 3.31 mostra essa relação:

( ) ( ) ( ) ( )[ ],

i

isiisis

dt

tNttNtNt

∆+−=µ para: ti < t ≤ (t + ∆ti) (3.31)

Estabelecendo a relação entre a taxa de falhas e a função densidade de

probabilidade de falhas f(t), definido anteriormente na equação 3.11, obtém-se a

velocidade média da ocorrência de falhas em relação a amostra original, o que pode ser

mostrado na equação 3.32.

( ) ( )( )

,tR

tft =µ (3.32)

Segundo SANTOS (2006), a função taxa de falhas λ(t) tem comportamentos

diferentes, dependendo da situação, do período de tempo e do equipamento considerado. A

forma mais conhecida da função taxa de falhas é a curva da banheira, conforme NELSON

(1982) que é caracterizada por três regiões distintas. A Região I corresponde às falhas de

início de funcionamento do equipamento. Esse tipo de falha pode ser provocado por

problemas no processo de fabricação, embalagem ou de transporte do material, ou ainda

por componentes com dimensões fora da tolerância e até mesmo falha no projeto, o que

podem causar alta taxa de falha no início da vida dos componentes.

A região II corresponde ao período de vida útil do componente ou sistema, no qual

a taxa de falhas permanece constante ao longo do tempo.

A região III corresponde à fase de desgaste ou fadiga. Durante esta, a taxa de falhas

aumenta rapidamente com o passar do tempo, caracterizando falhas causadas por

degradação devido ao uso. Projetos que utilizam materiais adequados e duráveis, inspeções

e manutenções preventivas e preditivas, além de fatores ambientais e operacionais, podem

ser adotados para prolongar o tempo de vida útil dos equipamentos.

A Figura 3.2 representa a curva da banheira de um equipamento, que apresenta as

três regiões bem definidas.

( ) ( ) 1=+ EPEP

E

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42

Regiao IIOperacao ou Vida util

t1

Taxa deFalhas

Regiao I

t2Tempo (t)

Regiao IIIDesgaste

Figura 3.2 – Exemplo da curva da banheira ou taxa de falha.

3.5 A ÁRVORE DE FALHAS – FTA – UMA ABORDAGEM

TEÓRICA

Descreveremos, nesta seção, a ferramenta utilizada na análise das falhas do

Compensador Estático da SE Fortaleza, mostrando um breve histórico da mesma, bem

como as etapas de sua construção.

Desde a sua introdução, em 1961, a Análise da Árvore de Falhas, também

conhecida como Faut Tree Analysis - FTA, tornou-se uma das principais técnicas para a

avaliação da confiabilidade de sistemas complexos, sendo largamente utilizada em

diversos setores, principalmente industriais, onde a confiabilidade dos sistemas envolvidos

é de fundamental importância para uma operação segura e eficiente. Inicialmente, a técnica

da Árvore de Falhas foi utilizada para avaliar a confiabilidade dos sistemas de controle de

lançamento de mísseis, o que posteriormente foi aperfeiçoado por engenheiros da Boeing

(SIMÕES FILHO, 2006).

A FTA, segundo SANTOS (2006), consiste na construção de um diagrama lógico

(árvore de falhas), através de um processo dedutivo que, partindo de um evento indesejado

pré-definido, chamado de Evento Topo, busca as possíveis causas de tal evento. O

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43

processo segue investigando as sucessivas combinações de falhas dos componentes até

atingir as chamadas falhas básicas (ou eventos básicos da FTA, ou causa raiz), às quais

constituem o limite de resolução da análise. A sua utilização abrange aspectos do projeto

de equipamentos, sistemas industriais, até a análise de processos administrativos.

O conceito fundamental da FTA consiste no detalhamento de um sistema físico em

um diagrama lógico estruturado, em que certas causas específicas conduzem a um Evento

Topo de interesse.

Conceitualmente, o método de avaliação de confiabilidade de sistemas, através da

sua representação de diagrama de blocos, é inteiramente análogo ao método de FTA, com a

diferença de que no primeiro, procura-se modelar o “sucesso do sistema”, ou seja, a

seqüência na qual o sistema está em funcionamento, enquanto no segundo, buscam-se as

combinações que levam à “falha do sistema”. No caso de um sistema binário falha/sucesso,

a probabilidade de falha é o complemento da probabilidade de sucesso, de forma que os

dois métodos fornecem exatamente a mesma resposta quando aplicado ao mesmo

problema. A FTA, segundo SIMÕES FILHO (2006), tornou-se popular por ter maior

flexibilidade da representação gráfica de sistemas complexos, proporcionada pela

simbologia específica e pela maior facilidade computacional, devido ao menor número de

algarismos significativos necessários para o cálculo das probabilidades de falhas, quando

comparado ao necessário para o caso dos valores típicos das probabilidades de sucesso.

Segundo BILLINGTON (1992) e SANTOS (2006), a FTA é uma representação

gráfica para identificar como as combinações dos chamados eventos básicos, podem

conduzir a um resultado não desejado. Ela propõe uma estrutura com a qual se pode

considerar a probabilidade destas ocorrências. Usando procedimentos da Álgebra

Booleana, pode-se idealmente derivar a probabilidade do Evento Topo. A hipótese é que,

uma vez que se tenha a probabilidade dos eventos básicos, pode-se ter uma melhor idéia

sobre o que focar na tomada de decisão e quais as ações que devem ser implementadas

para eliminar ou minimizar o problema.

A metodologia se baseia, segundo SANTOS (2006), em um procedimento dedutivo

estruturado nos seguintes passos:

• Seleção do Evento Topo;

• Determinação dos fatores contribuintes;

• Elaboração do diagrama lógico;

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44

• Simplificação booleana;

• Aplicação de dados quantitativos.

3.5.1 NOMENCLATURA DE UMA ÁRVORE DE FALHA

A construção de uma FTA é feita através da utilização de nomenclatura e

simbologia própria, a qual é formada por dois tipos principais de símbolos: os eventos e as

portas lógicos, conforme IEC-61025 (1990), também citado por BILLINGTON (1992),

SIMÕES FILHO (2006) e SANTOS (2006). A seguir mostraremos os principais símbolos

utilizados nas Árvores de Falha.

• evento básico: círculo que descreve um evento básico de falha inicial,

cujo limite apropriado de resolução tem sido alcançado.

Um evento básico corresponde tipicamente a um evento de falha de um

componente ou a um erro humano, para o qual, de um modo geral, o

analista dispõe de dados básicos de falhas (taxa de falhas, tempo médio de

reparo, etc). Representa o final do processo de análise dedutiva,

formando, assim, a base da FTA.

• evento condicionante: elipse que registra qualquer condição ou

restrição a qualquer porta lógica. Normalmente é usado com a porta

“Inibidora” e “E Prioritário”.

• evento não desenvolvido: losango que descreve um evento específico

de falha que não foi desenvolvida (o evento é de conseqüência

insuficiente ou a informação relevante não esta disponível).

Um evento não desenvolvido é um evento para o qual o analista não

tem interesse em continuar o processo dedutivo, seja porque as causas

do evento decorrem de falhas de componentes situados fora da fronteira

definida para a análise, ou porque aquele evento já foi analisado em uma

FTA, à parte.

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45

• evento externo: significa um evento que é normalmente esperado de

ocorrer, como por exemplo, uma mudança de fase num sistema

dinâmico; portanto, o símbolo mostra eventos que não são falhas.

• evento intermediário: ocorre porque uma ou mais causas

antecedentes agem através das portas lógicas, e são representados por

um retângulo.

Evento de Transferência:

Um símbolo de transferência é utilizado para indicar que a análise do evento em

questão continua em outra parte da árvore. Trata-se, portanto, de um símbolo indicativo de

continuidade da análise, sendo utilizado normalmente quando se chega ao final de uma

página. Em caso de árvore com múltiplas páginas, é imponente que seja indicado também

o número da página para onde se está sendo feita a transferência, de modo a tomar mais

fácil o acompanhamento da evolução da árvore. Pode ser de dois tipos:

• transferência para dentro: símbolo indicando que a árvore será

desenvolvida posteriormente no correspondente símbolo de transferência

para fora.

• transferência para fora: símbolo indicando que esta parte da árvore

deverá ser anexada ao correspondente símbolo de transferência para

dentro.

• porta OU: o evento de saída ocorre somente se um ou mais dos

eventos de entrada ocorrem.

• porta OU EXCLUSIVO: é uma porta OU especial, onde o evento de

saída ocorre somente se exatamente um dos eventos de entrada ocorre.

• porta E: o evento de saída ocorre somente se todos os eventos de

entrada ocorrem; quaisquer dependências entre os eventos de entrada

devem ser incorporadas nas definições dos eventos, se as pendências

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46

afetam a lógica do sistema; dependências geralmente existem quando

a falha altera o sistema.

• porta E PRIORIDADE: é uma porta E especial, onde o evento saída

ocorre somente se todos os eventos de entrada ocorrem numa seqüência

ordenada especificada, que normalmente é mostrada dentro de uma elipse

desenhada do lado direito da porta.

• porta k de n: é uma porta cuja saída ocorre se, de n entradas pelo

menos k ocorrem; o caso 1 de n se torna um OU e n de n se torna um E.

• porta inibidora: representada por um hexágono, a saída ocorre

quando uma entrada única atende a alguma condição (entrada

condicional) que é colocada numa elipse do lado direito da porta

inibidora.

Embora existam vários tipos de combinações lógicas conceitualmente possíveis, a

grande maioria dos sistemas pode ser adequadamente modelada utilizando-se os dois

principais tipos de portas lógicas, a porta OU e a porta E.

As FTA são construídas usando-se dos símbolos lógicos e dos eventos descritos

anteriormente.

3.5.2 ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DA FTA

Para analisar um sistema utilizando-se a técnica de árvore de falha, podem-se

percorrer as seguintes etapas:

Etapa 1 - Definição do sistema, suas fronteiras e interfaces e diagrama de blocos

Funcional;

Etapa 2 - Definição do Evento Topo das FTA;

Etapa 3 - Construção das FTA;

Etapa 4 - Levantamento dos dados de falhas dos eventos;

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47

Etapa 5 - Determinação dos cortes mínimos, ou seja, os eventos mínimos e necessários

para que o evento topo ocorra sem a necessidade da ocorrência de nenhum outro evento

básico;

Etapa 6 - Avaliação qualitativa das FTA;

Etapa 7 - Avaliação quantitativa das FTA;

Etapa 8 - Avaliação da importância dos cortes mínimos;

Etapa 9 - Análise dos resultados obtidos;

Etapa10-Conclusões.

Segundo SANTOS (2006), a análise utilizando Árvores de Falha é conduzida até

eventos básicos que não necessitem maior aprofundamento. Assim, a análise parte de uma

situação de anormalidade do sistema e desce até as causas básicas responsáveis. Por isso,

essa técnica é caracterizada como de cima para baixo (top-down).

Com as causas básicas identificadas, o passo seguinte é a elaboração de um plano

de ação para o bloqueio dessas causas, que consequentemente proporcionará o bloqueio do

Evento Topo. Por ser uma análise detalhada, a FTA necessita de um grande volume de

informações e profundo conhecimento do processo ou produto em estudo. Para a

elaboração da FTA se faz necessária ainda a definição dos seguintes elementos:

• Eventos envolvidos e suas interconexões;

• Modos de pane;

• Erros humanos;

• Projeto do equipamento;

• Condições de operação do equipamento;

Podemos visualizar a aplicação da FTA através do fluxograma da Figura 3.3.

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48

Figura 3.3 – Estrutura básica para desenvolvimento de uma Árvore de Falhas, segundo

SANTOS (2006).

Conforme o exposto anteriormente, é de fundamental importância para a elaboração

da Árvore de Falhas, conhecer os sistemas que compõem o objeto de análise, com suas

fronteiras, relações, dependências e como tudo isso está associado. Uma forma adequada

para esta análise é através de um diagrama de blocos, que inicialmente já mostra a relação

dos sistemas; o que serve de subsídio para a elaboração da Árvore de Falhas e pode ser

utilizado para se encontrar a confiabilidade do evento considerado, desde que se conheça

as confiabilidades de cada um dos componentes ou sistema.

Nessa perspectiva, mostraremos a seguir a metodologia para se encontrar o

diagrama de blocos de um sistema.

Evento de topo do sistema

Seqüências de eventos que levam o sistema a falhar

Seqüências de eventos são construídas utilizando-se portas lógicas E, OU , etc

Eventos que tem diversas causas são representados por retângulos

A seqüência finaliza nas causas básicas indicadas por círculos

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49

3.6 DIAGRAMA DE BLOCOS DE CONFIABILIDADE - DBC

Os tipos de componentes, suas quantidades, qualidades e configurações, quando

combinados tem efeito direto na confiabilidade do sistema. Segundo TONDELLO (2007) e

SANTOS (2006), um diagrama de blocos de confiabilidade, também conhecido como

DBC, é uma representação gráfica dos componentes e/ou subsistemas de um sistema, e

como estes são conectados em relação à confiabilidade. Os componentes de um diagrama

de blocos de confiabilidade, são denominados blocos de confiabilidade. Esses blocos são

conectados de forma a criar um diagrama de blocos de confiabilidade para o sistema,

conforme Figura 3.4.

Figura. 3.4 – Exemplo de blocos de Confiabilidade dos componentes de um sistema de

resfriamento do CE.

Após a definição das propriedades de cada bloco do sistema, estes podem ser

conectados quanto à confiabilidade, de forma a criar um diagrama de blocos de

confiabilidade para o sistema ou subsistema, conforme exemplo na Figura 3.5.

Figura 3.5 – Diagrama de blocos de confiabilidade para um sistema de resfriamento do CE.

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50

O diagrama de blocos de confiabilidade é, portanto, um instrumento útil para

estudar o sucesso ou a falha do sistema. Através de métodos probabilísticos, é possível

obter uma descrição matemática para o sistema, ou seja, uma expressão matemática para a

confiabilidade do sistema, a partir das confiabilidades dos componentes e/ou subsistemas.

As partes componentes que constituem o sistema podem encontrar-se arranjadas de

diversas formas e, dependendo de como estejam arranjadas, o sistema resultante poderá

possuir uma confiabilidade maior ou menor, pois não só dependerá da confiabilidade

individual de cada parte componente, mas também de como essas partes contribuirão para

a confiabilidade do sistema por completo. Os componentes podem ter redundâncias ou não,

além de poderem estar em série, em paralelo ou numa configuração mista.

Segundo BILLINGTON (1992) e SANTOS (2006), os componentes estarão em

série quando a falha de qualquer um deles provocar a falha de todo o sistema. Sendo assim,

esse tipo de arranjo faz com que o sistema dependa da capacidade de todos os

componentes. Em analogia aos circuitos elétricos, podemos representar esse tipo de arranjo

conforme a Figura 3.6.

Figura 3.6 – Representação do arranjo de componentes em série.

Os componentes 1, 2, 3. ... n, da Figura 3.7, fazem parte de um sistema. Suas

confiabilidades são R1(t), R2(t), R3(t) e Rn(t) respectivamente e R0(t) é a confiabilidade do

sistema.Assim, temos que a confiabilidade do arranjo completo, será:

Sendo: Ei – o evento representativo do componente i quando está operando

satisfatoriamente;

Assim, considerando componentes independentes, temos:

)(......*)(*)(*)()( 3210 tRtRtRtRtR n= (3.31)

( ) ( )nr EEEEPtR ∩∩∩∩= ...3210

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Por outro lado, segundo BILLINGTON (1992) e SANTOS (2006), os componentes

são ditos em paralelo somente quando a falha do sistema ocorre se todos os componentes

falharem. Dessa forma, para esse tipo de arranjo, podemos observar que a confiabilidade

do sistema poderá atingir valores bem elevados. Da mesma forma que no sistema em série,

o sistema em paralelo pode ser representado de forma análoga aos componentes de

circuitos elétricos, que podemos observar na Figura 3.7.

Figura 3.7 – Representação do arranjo de componentes em paralelo.

Da Figura 3.8 observamos que o sistema somente é levado ao estado de falha se

todos os componentes falharem. Assim, a confiabilidade do sistema pode ser encontrada

por:

)....Pr()( 3210 mEEEEtR ∪∪∪∪=

Utilizando a relação,

( ) ( ) 1=+ irir EPEP , temos:

( ) ( )mEEEEtR ∩∩∩∩−= ....Pr1 3210 ,

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logo:

( ) ( ) ( ) ( ) ( )mEEEEtR Pr.....PrPrPr1 3210 −=

E, finalmente:

( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] tRtRtRtRtR m−−−−−= 1....1*1*11 3210 (3.32)

Além dos dois arranjos descritos anteriormente, ainda podemos associar os

componentes de um sistema unindo as duas formas anteriores, que chamamos de arranjo

Série Paralelo, conforme Figura 3.8.

Um arranjo dessa forma, nos leva às vantagens dos dois arranjos anteriores no

mesmo sistema, onde podemos privilegiar uma parte dele, escolhendo que componentes

ficarão em série ou em paralelo e o conjunto todo formando o sistema final.

Figura 3.8 – Exemplo da representação do arranjo de componentes em série/paralelo.

Se observarmos os arranjos mostrados, chegaremos a conclusões interessantes.

Uma delas é que as redundâncias podem elevar a confiabilidade de um sistema. Além do

mais, dependendo do arranjo que escolhermos, pode-se ter uma maior ou menor

confiabilidade. Sendo assim, podemos escolher um arranjo que nos forneça a

confiabilidade que desejamos do sistema.

Utilizaremos esta técnica para analisarmos as relações entre os sistemas que

compõem o Compensador Estático da SE Fortaleza e a partir daí, iniciaremos a elaboração

da Árvore de Falhas do CE, que será mostrada no próximo capítulo.

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53

3.7 METODOLOGIA UTILIZADA PARA O

DESENVOLVIMENTO DA ÁRVORE DE FALHAS DO CE

A metodologia apresentada neste trabalho utiliza a Análise da Árvore de Falhas,

citada por BILLINGTON (1992), SANTOS (2006) e SIMÕES FILHO (2006), para

diagnosticar todas as causas que levam a falha do Compensador estático. Atrelado a isso,

temos um banco de dados de causas de falha do CE desde a sua entrada em operação em

1986, até o ano de 2007.

A partir deste banco de dados, obtemos a freqüência de ocorrência de cada uma

das causas que levaram à falha do CE. Com o histórico de falhas, atrelado a uma pesquisa

realizada envolvendo 20 especialistas e aos dados de projeto e fabricação do CE, chegamos

à Árvore de Falhas do CE. No fluxograma da Figura 3.10 podemos visualizar a

metodologia utilizada.

A pesquisa foi realizada através de reuniões para esclarecimento de dúvidas e

discursões sobre o funcionamento, conservação, projeto, dados históricos e melhorias

necessárias no CE. Além das reuniões, estes especialistas responderam um questionário,

mostrado no Anexo I. Estes profissionais possuem o seguinte perfil:

• Cinco Engenheiros com mais de 20 anos de experiência na manutenção de

equipamentos de regulação, especificamente bancos de capacitores e

Compensadores Estáticos;

• Cinco Técnicos com formação em eletrotécnica com mais de 20 anos de

experiência que acompanharam todo o comissionamento e instalação do

Compensador Estático da SE Fortaleza;

• Dois Engenheiros com mais de 20 anos de experiência em projetos de subestações,

que participaram do projeto do Compensador Estático da SE FTZ;

• Um Engenheiro com mestrado na área de Semicondutores (Tiristores), com

experiência de mais de 20 anos na Divisão Normativa de Equipamentos de

Regulação como compensadores estáticos, síncronos e bancos de capacitores;

• Um Engenheiro representando a área de projeto respondido pelo Fabricante do

Compensador Estático;

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• Um técnico com formação em eletrotécnica com mais de 25 anos de experiência na

Divisão Normativa responsável por equipamentos de regulação como Bancos de

capacitores e Compensadores Estáticos

• Dois engenheiros com mais de 20 anos em estudos elétricos envolvendo

transitórios de chaveamento e envolvendo equipamentos de regulação como

Compensadores Estáticos;

• Três Técnicos com formação em eletrotécnica com mais de 20 anos de experiência

em montagem de subestações

Após análise dos especialistas, agregado ao histórico das falhas e do projeto do

CE, trabalhamos para encontrar as curvas de probabilidade de falha de cada uma das

causas raízes, para isso utilizamos os tempos em que cada uma das falhas ocorreram, e

como ferramenta para encontrarmos as curvas de probabilidade, utilizamos o software

Weibull++7 da Reliasoft. Este software utiliza os métodos que são, de forma breve,

mostrados no Anexo V.

Vale salientar que poderíamos utilizar outros métodos para a determinação dos

parâmetros das curvas de probabilidade de cada um dos eventos básicos, como por

exemplo, o método gráfico, onde plotaríamos os pontos e determinaríamos os parâmetros.

Entretanto não garantiríamos que outra pessoa, por este método, obteria os mesmos

resultados, sendo assim, para garantir a repetição da determinação dos parâmetros,

optamos pela utilização de um software internacionalmente reconhecido na determinação

de tais curvas, o Weibull++7.

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55

Figura 3.9 – Fluxograma da metodologia utilizada para a elaboração da Árvore de Falhas

com a identificação das causas raízes de Falha do CE.

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56

4 O DESENVOLVIMENTO DA FTA DO

COMPENSADOR ESTÁTICO

Analisando o histórico de falhas do Compensador estático, como descrito no

Capítulo 3, desde sua entrada em operação na década de oitenta até 2007, elegemos como

evento topo a falha do compensador, que consiste em o mesmo não desempenhar a sua

função, ou seja, encontrar-se fora de operação. Para encontrarmos a razão de tal falha, as

possíveis causas raízes do evento topo, seguiremos a metodologia de elaboração descrita

no Capítulo 3.

Inicialmente foi desenvolvido o diagrama de blocos da Figura 4.1, que

evidencia as relações dos diversos sistemas, possibilitando uma visualização simplificada e

objetiva da interligação dos sistemas que compõem o CE.

Figura 4.1 – Diagrama em blocos dos sistemas que compõem o CE.

Como citado no Capítulo 2 item 2.1.3, verificamos que o Sistema de

Resfriamento está presente em três posições, uma delas no ramo central e também em cada

uma das redundâncias. Isto ocorre devido ao fato deste sistema possuir partes que, se

falharem, levam à falha do CE por completo. Além destas, o Sistema de Resfriamento

possui outras partes que, se falharem, levam apenas à falha da redundância a que estão

associados, seja a redundância Y ou a redundância ∆.

A partir de cada um dos sistemas identificados no CE e mostrados no diagrama

da Figura 4.1, foram levantadas, conforme Seção 3.7. Assim desenvolvemos o ramo da

árvore associada a cada um dos sistemas que leva ao evento topo que é a falha do CE,

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57

relacionados numa seqüência lógica quanto ao seu comportamento frente aos demais

componentes e sistemas.

Três grupos foram identificados em função da forma na qual estão associados e

como levam ao Evento Topo. Observando o diagrama da Figura 4.1, podemos concluir que

dois ramos do diagrama estão em paralelo, como descrito na Seção 3.6, e um terceiro ramo

encontra-se em série, pois a falha em qualquer um deles leva diretamente à falha do CE.

Sendo assim, chamamos esses grupos de componentes de: Redundância Y, Redundância

Delta e Elementos Comuns, conforme mostrado na Figura 4.2, e assim desenvolvemos a

árvore inicialmente a partir dessas associações.

Figura 4.2 – Diagrama em blocos dos sistemas que compõem o CE com associações

identificando às redundâncias.

A partir das associações observadas na Figura 4.2, desenvolvemos a Árvore de

Falhas, onde o evento topo é a Falha do CE. Assim notamos que a falha dos elementos

comuns é entrada para uma porta lógica OU, onde a outra entrada é à saída de uma porta

lógica E, em que as entradas são: Falha da Redundância Y ou Falha da Redundância ∆,

conforme mostrado na Figura 4.3.

O ramo da árvore referente à Falha Redundância Y, foi desenvolvido a partir do

banco de dados e de reuniões com especialistas, considerando os sistemas representados no

diagrama de blocos da Figura 5.2. Para cada um dos subsistemas, foram identificadas as

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suas causas de falha e como elas estão relacionadas entre si, com isso chegamos à árvore

de falha mostrada na Figura 5.4, onde utilizamos o software Blocksim 7 da Reliasoft

(Reliasoft, Guia do usuário Blocksim 7, 2005) para representar a Árvore de Falhas.

Figura 4.3 – Visualização simplificada da Árvore de falha do CE com a relação existente

entre os elementos da redundância Y, ∆ e Elementos Comuns. Os triângulos 1, 2 e 3

indicam respectivamente que as árvores serão desenvolvidas mais adiante.

Figura 4.4 – Árvore de Falha da redundância Y do CE (ver glossário da Árvore de Falhas).

EBRRG

Z

Falha reator deaterramento

ELEB

ISR

RT

Falhaeletrônica dos

tirirstores

RCRD

FH

TRMA

MR

AR

Falha sistema deresfriamento

E E

FHHV

PB

Falhaisolamento

PO

COD

TIS

CED

ISC

Falhadisjunção

19Q1

PO

PR

MBC

EBCTT

.

FALHA DA REDUNDÂNCIA Y

RD

Tiristores

RT

CCFF

EL

VGR

DTB

OCO DIERFTVCSVGXDNI CCE

Z

FBR

TPB

Falha daparte ativa

BFR

VGB

ACRBIRVFRCIO

Banco decapacitores

DEB

Falha dasbuchas

Falha do relé degás

Falha do reator

Falha CE

X

Falha Redundância

y

Falha Redundância

FALHA ELEMENTOS

COMUNS

1 2

+

3

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59

EBRRGISR

RC

Falha reator deaterramento

RD

Z

TRMA

EL

AR

EB

Falha eletrônica dostirirstores

RT

FH

E

MR

Falha si stema deresfriamento

PB

E

FH

POTIS

HV

Falhaisolamento

ISCPR

CODCED

.

FALHA REDUNDÂNCIA DELTA

EBC

Falha disjunção19Q2

PO

DTB

TT

TPB

RTEL

Tiri stores

VGB

Falha dasbuchas

Z

DEB

MBCRD

Banco decapacitores

CC

FBR

FF

BFR

Falha doreator

ACRBIRVFR

Falha dorel é de gás

CIOVGRDIERFTCCE VGX VCSDNIOCO

Falha daparte ati va

De forma semelhante, analisando as causas de falha de cada um dos

componentes que compõem a Redundância ∆, que é semelhante à Redundância Y, com a

diferença apenas no fato do esquema de ligação do enrolamento do transformador de

alimentação, encontrar-se conectado em ∆ e não em Y, chegamos à Árvore de Falhas

mostrada na Figura 4.5.

Figura 4.5 – Árvore de Falha da redundância ∆ do CE (ver glossário da Árvore de Falhas do CE).

Retornando à Figura 4.2, analisamos o ramo que está em série com os demais

(Elementos Comuns), através do banco de dados e de reuniões com especialistas. A partir

dessa análise, chegaremos à Figura 4.6, que é a Árvore de Falhas referente aos Elementos

Comuns do diagrama de blocos.

Para chegarmos a essa Árvore, tivemos que atuar atentamente nos sistemas que

possuem componentes associados tanto às Redundâncias Y e ∆, como aos Elementos

Comuns, como é o caso do Sistema de Resfriamento. Este possui componentes associados

ao ramo em série, onde uma falha em um deles, leva à falha total do CE.

Com a análise do banco de dados, entrevistas com especialistas e projeto do

CE, utilizando a técnica descrita nos Capítulos 3.5, 3.6 e 3.7, chegamos à Árvore de Falha

dos Elementos Comuns, mostrada na Figura 4.6.

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60

As entrevistas com os especialistas foram realizadas em reuniões que ocorreram

quando do surgimento de dúvidas e para detalhar a Árvore de Falhas do CE, onde foram

discutidos as interrelações dos diversos componentes e sistemas do CE.

FALHA DO CIRCUITODE DISPARO DOS

TIRISTORES

FALHA SERVIÇOAUXILIAR(ALIMENT.

DC)

FALHA DOISOLAMENTO

FALHA SISTEMA DERESFRIAMENTO

ACR

RC

ARRE SCEB

TISPIS FEP

FPR

PBFFI

E E

FDC DJAISAOU OU

ISA

DJA

BTA RTA

E

PO

HV HV FH

E

E

ISA

.

FALHA ELEMENTOS COMUNS

RFT

VFR VGB TPB

DJABTA

E

RTA

DTBTPBVGBDEBFBRBFRACRBIRVFRCIOVGRDIERFTDNICDE

FALHATRANSFORMADOR

FASE B

FALHATRANSFORMADOR

FASE C

DIETPBVGBDEBFBRBFRVFRCCEDNIVCSRFT

BR

ISA

CCM CCB

FALHA DOTRANSFORMADOR

FALHATRANSFORMADOR

FASE A

DEBBIRDIEFBR CIOVGR

VGX VCSDNICCEOCOCDE

DTB BFRACR

OCO CDE VGX VGR CIO DTB BIR

CEB

CCE VGXOCO VCS

Figura 4.6 – Árvore de Falha dos Elementos Comuns do CE (ver glossário da Árvore de Falhas do CE).

A Árvore de Falhas foi elaborada com suas causa raízes representadas por

códigos formados pelas letras iniciais de suas descrições, isso ocorreu devido ao fato de

que a representação gráfica da árvore ocuparia um espaço demasiado quando a descrição

das causas fosse pelo texto completo, assim elaboramos um glossário observado no início

deste trabalho, .

No Anexo III - A é mostrada a Árvore de Falha do CE, desenvolvida com o

auxílio do software Blocksim 7 (RELIASOFT, 2005).

Com a Árvore de Falhas do CE pronta devemos prosseguir seguindo a

metodologia mostrada no Capítulo 3, mais especificamente no Fluxograma da Figura 3.10.

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61

Nessa etapa iniciamos a análise quantitativa utilizando o histórico de falha de cada uma das

causas separadamente e utilizando o software Weibull++7.

Após identificarmos as curvas de probabilidade de falha retornamos ao software

Blocksim 7 e alimentamos estas curvas em cada uma das causas. Nesta etapa

consideraremos apenas as causas raízes em que possuíam histórico de falhas suficiente

para se encontrar as curvas de probabilidade.

No Capítulo 6, mostraremos os resultados encontrados, além de um plano de

ação para as causas prioritárias de falha do CE.

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62

5 ANÁLISE PARAMÉTRICA DOS DADOS LEVANTADOS

Através da metodologia descrita no Capítulo 3, segundo Figura 3.10, foram

determinadas as curvas de probabilidade de falha dos Eventos Básicos, através da escolha

do melhor ajustamento da função aos dados fornecidos, fazendo uso dos métodos da

Regressão linear, considerando as curvas com coeficientes de correlação mais próximos de

± 1, que mostra a adequação do modelo linear aos dados, e o da Máxima Verossimilhança,

considerando as curvas em que o teste Kolmogorov-Smirnov - KS de aderência está o mais

próximo de 0%, para estimação dos parâmetros e dos métodos da Matriz de Fisher e da

Razão de Verossimilhança para obter os intervalos de confiança. Foi utilizada a análise

paramétrica para garantir a repetibilidade dos resultados encontrados, além da utilização de

um software conhecido internacionalmente onde estes métodos puderam ser facilmente

aplicados. No Anexo V mostramos um resumo destas curvas e métodos respectivamente,

todas as curvas foram traçadas considerando-se a escala de tempo em meses.

A Árvore de Falha do CE é composta por 62 Eventos Básicos, dos quais 20

apresentaram histórico de falhas suficiente para encontrarmos a curva de probabilidade de

falha, Confiabilidade, densidade de probabilidade de falha e taxa de falha. Dos 62 Eventos

Básicos, 37 não tiveram histórico de falhas nos últimos 22 anos, e 5 apresentaram um

histórico de falhas insuficiente para encontrarmos a curva de probabilidade de falha em

função do tempo.

Mostraremos o levantamento das 20 causas de falha e suas respectivas curvas

de probabilidade, em seguida o tratamento das demais causas.

5.1 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS

TIRISTORES CONFORME REGISTROS DE

OCORRÊNCIAS

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas dos

Tiristores, mostrado na Tabela 5.1, efetuamos as simulações para identificarmos a função

que melhor adere ao histórico de falhas. Durante o teste de aderência utilizamos o método

de análise da Verossimilhança e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de

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63

Fisher, onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Gama-G com µ =

4,3135, σ = 1,6089 e λ = -3,9717, que obtivemos com teste KS da aderência para

P(Dcrit.<D) = 0,16%. Onde encontramos o Gráfico de probabilidade de falhas mostrado na

Figura 5.1.

Tabela 5.1 – Histórico de falhas dos Tiristores do CE.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do tempo final ID

1 F 14 TT 1 F 19 TT

1 F 20 TT 1 F 21 TT

1 F 22 TT 1 F 23 TT

1 F 28 TT 1 F 30 TT

1 F 31 TT 1 F 32 TT

1 F 33 TT 1 F 34 TT

1 F 34 TT 1 F 35 TT

1 F 35 TT 1 F 36 TT

1 F 36 TT 1 F 39 TT

1 F 42 TT 1 F 44 TT

1 F 44 TT 1 F 45 TT

1 F 46 TT 1 F 47 TT

1 F 47 TT 1 F 47 TT

1 F 48 TT 1 F 48 TT

1 F 50 TT 1 F 51 TT

1 F 51 TT 1 F 52 TT

1 F 52 TT 1 F 52 TT

1 F 53 TT 1 F 53 TT

1 F 55 TT 1 F 55 TT

1 F 56 TT

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

64

1 F 56 TT

1 F 57 TT 1 F 57 TT

1 F 58 TT 1 F 59 TT

1 F 59 TT 1 F 59 TT

1 F 60 TT 1 F 60 TT

1 F 60 TT 1 F 60 TT

1 F 60 TT 1 F 60 TT

1 F 63 TT 1 F 65 TT

1 F 65 TT 1 F 66 TT

1 F 66 TT 1 F 66 TT

1 F 67 TT 1 F 67 TT

1 F 70 TT 1 F 72 TT

1 F 72 TT 1 F 73 TT

1 F 74 TT 1 F 80 TT

1 F 80 TT 1 F 83 TT

1 F 83 TT 1 F 84 TT

1 F 84 TT 1 F 93 TT

1 F 95 TT 1 F 95 TT

1 F 96 TT 1 F 96 TT

1 F 96 TT 1 F 100 TT

1 F 105 TT 1 F 108 TT

1 F 108 TT 1 F 108 TT

1 F 108 TT 1 F 110 TT

1 F 110 TT 1 F 112 TT

1 F 120 TT 1 F 122 TT

1 F 130 TT 1 F 132 TT

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

65

Figura 5.1 – Gráfico da probabilidade de Falha x tempo (meses).(TT)

1 F 134 TT

1 F 144 TT 1 F 153 TT

1 F 155 TT 1 F 161 TT

1 F 165 TT 1 F 178 TT

1 F 179 TT 1 F 190 TT

1 F 192 TT 1 F 197 TT

1 F 200 TT 1 F 204 TT

1 F 221 TT 1 F 226 TT

1 F 228 TT 1 F 232 TT

1 F 238 TT 1 F 240 TT

275 S 264 TT

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.brGráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=4,3135, σ=1,6089, λ=−3,9717

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Gama-G -3PMLE RRM MED FMF=109/S=275

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochaches f12/8/200808:07:09

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

66

Da mesma forma encontramos o Gráfico da função densidade de probabilidade

de falha mostrado na Figura 5.2. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=4,3135, σ=1,6089, λ=−3,9717

Tempo, (t)

f(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,003

6,000E-4

0,001

0,002

0,002

Pdf

Dados 1G ama-G -3PMLE RRM MED FMF=109/ S=275

Linha da Pdf

jos e rochachesf12/ 8/ 200808:08:10

Figura 5.2 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha (TT).

Em seguida obtivemos o Gráfico da função Confiabilidade ao longo do tempo

mostrado na Figura 5.3. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=4,3135, σ=1,6089, λ=−3,9717

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confi abili dade

Dados 1G ama-G -3PMLE RRM MED FMF=109/ S=275

Pontos de DadosLinha da Confi abili dade

jos e rochaches f12/8/200808:09:04

Figura 5.3 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo (TT).

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

67

Podemos montar uma tabela com os valores de Confiabilidade dos 12 anos

inicias de operação do CE, mostrada na Tabela 5.2.

Tabela 5.2 – Confiabilidade dos Tiristores a cada 12 meses até o 12º ano de operação.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 1 0,986 0,953 0,92 0,893 0,87 0,85 0,833 0,818 0,805 0,793 0,783

A partir da Função confiabilidade, como mostrado no Capítulo 3, encontramos

a taxa de falhas, , mostrada no Gráfico da Figura 5.4. ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=4,3135, σ=1,6089, λ=−3,9717

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 500,000100,000 200,000 300,000 400,0000,000

0,004

8,000E-4

0,002

0,002

0,003

Taxa de Falha

D ados 1G ama-G-3PMLE RRM MED FMF=109/S=275

Linha da Taxa de Falha

jos e rochachesf12/ 8/ 200808:09:29

Figura 5.4 – Gráfico da Taxa de falhas (TT).

A manutenção adotada atualmente neste item consta basicamente de

manutenção corretiva quando o sistema de supervisão dos tiristores indica “falha de

tiristores”, onde é identificado a fase e o módulo em que o tiristor encontra-se danificado,

nesta ocasião a equipe de manutenção efetua testes para confirmar a danificação e efetua a

substituição.

A danificação dos tiristores pode ocorrer por sobretensões nos seus terminais

anodo e Catodo quando o sistema de disparo protetivo (BOD) não atua corretamente, como

descrito na Seção 2.2.1.1. Nos primeiros anos de operação a incidência de queima de

tiristores apresentou uma elevação considerável devido aos procedimentos de manutenção

não incluírem ensaios de verificação, além das cartelas de engatilhamento apresentarem

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

68

problemas de fixação o que ocasionava na falha do disparo dos tiristores e conseqüente

queima dos mesmos. A ocorrência de tal situação foi minimizada com a instalação de

reforço na fixação das cartelas de engatilhamento.

Entretanto atualmente não consta no plano de manutenção preditiva inspeções

por termovisão nos tiristores, o que pode identificar problemas nas conexões e antecipar

danificação dos tiristores.

5.2 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS

CAPACITORES CONFORME REGISTROS DE

OCORRÊNCIAS

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas dos

Capacitores mostrado na Tabela 5.3, efetuamos as simulações para identificarmos a função

que melhor se adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o

método de análise da Verossimilhança e para o intervalo de confiança utilizamos a Matriz

de Fisher, onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Logística com µ

= 433,24 e σ = 58,32 que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0%.

Onde encontramos o Gráfico de probabilidade de falhas mostrado na Figura 5.5.

. Tabela 5.3 – Histórico das Falhas das Células Capacitivas do CE.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do

tempo final ID

1 F 36 CC

1 F 48 CC 1 F 84 CC

2 F 96 CC 1 F 99 CC

1 F 100 CC 2 F 120 CC

1 F 144 CC 1 F 180 CC

1 F 182 CC 1 F 185 CC

1 F 187 CC 1 F 192 CC

1 F 204 CC 1 F 216 CC

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

69

Figura 5.5 – Gráfico de probabilidade de falha.(CC)

Em seguida, obtivemos o Gráfico da função Confiabilidade ao longo do tempo

mostrado na Figura 5.6.

Figura 5.6 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(CC)

1 F 220 CC

24 F 238 CC 1 F 242 CC

2 F 245 CC 2 F 246 CC

2 F 247 CC 1 F 264 CC

910 S 264 CC

ReliaSoft W eibull++ 7 - www .ReliaSoft.c om.brGráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=433 ,2433 , σ=58 ,3253

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 900,000180,000 360,000 540,000 720,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

x 2 x 2

x 24x 2x 2x 2

Probabilidade de Falha

D ados 1Logísti ca-2PMLE RRM MED FMF=50/ S=910

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochac hesf12/8/200814:52:25

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráf ico da Conf iabilidade vs Tempo

µ=43 3,24 33, σ=58 ,325 3

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 900,000180,000 360,000 540,000 720,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

x 2 x 2

x 24x 2x 2x 2

Confiabilidade

D ados 1Logís tica-2PMLE RRM MED FMF=50/S=910

Pontos de DadosLi nha da Confiabilidade

jose rochac hesf12/8/ 200814:53:15

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

70

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da função densidade de probabilidade

de falha mostrado na Figura 5.7.

Montamos uma tabela dos valores de confiabilidade dos 12 anos inicias de

operação, mostrada na Tabela 5.4.

Tabela 5.4 – Confiabilidade das Células Capacitivas a cada 12 meses até o 12º ano de

operação.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 0,999 0,999 0,999 0,999 0,998 0,998 0,998 0,997 0,996 0,995 0,994 0,993

Figura 5.7 – Gráfico da Função densidade de probabilidade de falha.(CC)

A partir da Função confiabilidade, podemos encontramos a taxa de falhas,

como mostrado no Capítulo 3, mostrada no Gráfico da Figura 5.8.

Rel iaSoft W eibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=433,2433, σ=58,3253

Tempo, (t)

f(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

0,005

0,001

0,002

0,003

0,004

Pdf

Dados 1Logística-2PMLE RRM MED FMF=50/ S=910

Linha da Pdf

jose rochachesf12/ 8/ 200814:53:42

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

71

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Reli aSoft.c om.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=433,2433, σ=58,3253

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 1000,000200,000 400,000 600,000 800,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Taxa de Falha

Dados 1Logís tic a-2PMLE RRM MED FMF=50/S=910

Linha da Taxa de Falha

jos e rochaches f12/8/200814:54:12

Figura 5.8 – Gráfico da taxa de falha.(CC)

As ações de manutenção adotadas atualmente para as células capacitivas são as

inspeções por termovisão, que tem periodicidade mensal, e as manutenções preventivas

que constam de medição dos valores de capacitância, que no caso de estarem fora da faixa

tolerável, é substituída. Atualmente tem-se verificado a elevação do quantitativo de células

substituídas, o que é confirmado pela elevação da taxa de falhas (dλ/dt > 0) na Figura 5.8.

Desta forma os custos de manutenção tem-se elevado pois cada uma destas células custa,

em média, R$ 2.500,00. Foi observado que eventualmente as equipes de campo não

realizavam as medições de capacitância de todos os capacitores e com isso comprometia o

balanceamento do banco, ocorrência que se dava por questões sistêmicas associadas a falta

de tempo suficiente para efetuar as medições, ou por falta de treinamento para a realização

das medições.

Além disso, a principal proteção de cada uma destas células são os elos fusíveis

externos instalados em cada uma para, em caso de sobrecorrente, interromperem o circuito

e protegerem as células. Entretanto, esta proteção apresenta desgastes por estarem serem

instalado ao tempo, o que favorece a oxidação e desgaste destes fusíveis. Para minimizar

esta situação sugerimos incluir no plano de manutenção dos bancos de capacitores a

medição de resistência dos elos fusíveis e no caso de identificar elos com valores não

tolerados, estes devem ser substituídos.

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

72

5.3 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS

CARTELAS Z DE ENGATILHAMENTO DOS TIRISTORES

CONFORME REGISTROS DE OCORRÊNCIAS

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas das

Cartelas Z de engatilhamento dos Tiristores, mostrado na Tabela 5.5, efetuamos as

simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o

teste de aderência, utilizamos o método de análise da Verossimilhança e para o intervalo de

confiança utilizamos a Matriz de Fisher.Onde a curva de distribuição que melhor aderiu

aos dados foi a Gama-G 3P com µ = 5,8172, σ = 0,8147 e λ = 0,5652, que obtivemos com

teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0%. Onde encontramos o Gráfico de

Confiabilidade mostrado na Figura 5.9.

Tabela 5.5 – Histórico de falhas das Cartelas Z do CE.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do

tempo final ID

1 F 20 Z

1 F 38 Z 1 F 40 Z

1 F 42 Z 1 F 55 Z

1 F 68 Z 1 F 90 Z

1 F 100 Z 1 F 106 Z

1 F 110 Z 1 F 115 Z

1 F 130 Z 1 F 132 Z

1 F 140 Z 1 F 150 Z

1 F 160 Z 1 F 170 Z

1 F 172 Z 1 F 175 Z

1 F 180 Z 1 F 190 Z

1 F 192 Z 1 F 200 Z

1 F 204 Z

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

73

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=5,8172, σ=0,8147, λ=0,5652

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabili dade

Dados 1G ama-G-3PMLE RRM MED FMF=30/ S=35

Pontos de D adosLinha da Confiabi lidade

jose rochaches f12/8/200808:25:05

Figura 5.9 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(Z)

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da Função probabilidade de Falha

mostrada na Figura 5.10.

Montamos uma tabela dos valores de confiabilidade dos 12 anos inicias de

operação, mostrada na Tabela 5.6.

Tabela 5.6 – Confiabilidade das Cartelas de engatilhamento Z a cada 12 meses até o 12º ano de operação. MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 0,997 0,989 0,976 0,96 0,941 0,92 0,897 0,874 0,849 0,824 0,799 0,773

1 F 215 Z

1 F 225 Z 1 F 228 Z

1 F 228 Z 1 F 238 Z

1 F 240 Z 35 S 264 Z

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74

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=5,8172, σ=0,8147, λ=0,5652

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Gama-G -3PMLE RRM MED FMF=30/ S=35

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200808:25:19

Figura 5.10 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(Z)

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da função densidade de probabilidade

de falha, mostrada na Figura 5.11.

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=5,8172, σ=0,8147, λ=0,5652

Tempo, (t)

f(t)

0,000 4000,000800,000 1600,000 2400,000 3200,0000,000

0,003

6,000E-4

0,001

0,002

0,002

Pdf

D ados 1G ama-G -3PMLE RRM MED FMF=30/S=35

Linha da Pdf

jose rochaches f12/8/200808:25:41

Figura 5.11 – Gráfico da densidade de probabilidade de falha.(Z)

A partir da Função confiabilidade, podemos encontramos a taxa de falhas,

como mostrado no Capítulo 3, mostrada no Gráfico da Figura 5.12.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

75

ReliaSoft W eibul l++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=5,8172, σ=0,8147, λ=0,5652

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 5000,0001000,000 2000,000 3000,000 4000,0000,000

0,004

8,000E-4

0,002

0,002

0,003

Taxa de Falha

D ados 1G ama-G-3PMLE RRM MED FMF=30/ S=35

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/ 8/200808:26:22

Figura 5.12 – Gráfico da taxa de falha ao longo de tempo.

Para este item o plano de manutenção atual é composto apenas por

manutenções corretivas, onde é realizada a substituição das cartelas, ou troca de posição. O

que indicava uma recorrência dos problemas, pois a cartela volta a apresentar problemas,

devido a falta de ação sobre a de sua falha. Que pode ser de um dos componentes internos,

como resistores, capacitores, trilha da própria cartela, etc. Atualmente, estes itens não estão

incluídos no plano de inspeção por termovisão, o que sugerimos incluir por ajudar a

encontrarmos cartelas com aquecimento sem que elas tenham falhado. Podemos observar

que a taxa de falhas com elevação até o valor aproximado de 55 x 10-7 falhas/mês, e a

partir daí mostrou uma lenta queda (dλ/dt < 0), como os custos de manutenção com este

item não estão em elevação, e a taxa de falha mostra uma tendência de queda, pode ser

interpretado como as ações que estão sendo tomadas podem ser mantidas, acrescida,

entretanto, dos comentários a seguir, o que deverá trazer benefícios sobre os indicadores de

confiabilidade.

Outro pondo a ser incluído no procedimento de manutenção preventiva destas

cartelas é a verificação dos seus suportes de sustentação, que, devido a vibração dos

tiristores, apresenta folga e conseqüente danificando as cartelas, esta inspeção deveria ter

periodicidade anual onde, ao constatar folgas, a equipe de manutenção reapertaria as

conexões e normalizaria o suporte de sustentação.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

76

5.4 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS

CARTELAS EL DE ENGATILHAMENTO DOS

TIRISTORES CONFORME REGISTROS DE

OCORRÊNCIAS

Após os dados serem apurados e alimentados no software Weibull++7,

efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de

falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método de análise da Máxima

Verossimilhança e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. Onde a

curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Weibull com β = 1,5912 e η =

272,07 que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0%. Onde

encontramos o Gráfico da função de Confiabilidade, mostrado na Figura 6.13.

Tabela 5.7 – Histórico de falhas das cartelas de engatilhamento dos tiristores - EL.

Figura 5.13 – Gráfico da Função Confiabilidade

x tempo.(EL)

Na Tabela 5.8, podemos observar os

valores de Confiabilidade a cada 12 meses até o

12º ano de operação do CE.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do

tempo final ID

1 F 10 EL 1 F 26 EL 1 F 34 EL 1 F 45 EL 1 F 49 EL 1 F 70 EL 1 F 74 EL 1 F 100 EL 1 F 110 EL 1 F 115 EL 1 F 122 EL 1 F 130 EL 1 F 135 EL 1 F 140 EL 1 F 142 EL 1 F 144 EL 1 F 178 EL 1 F 182 EL 1 F 190 EL 1 F 194 EL 1 F 200 EL 1 F 210 EL 1 F 215 EL 1 F 219 EL 1 F 220 EL 1 F 234 EL 1 F 238 EL 1 F 240 EL 1 F 250 EL 1 F 251 EL

Rel iaSo ft W eibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

β=1,5912, η=272,0700

Tempo, (t)

Confiabilidade, R

(t)=1-F(t)

0,000 1000,000200,000 400,000 600,000 800,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabi lidade

D ados 1Weibul l -2PMLE SRM MED FMF=30/S=18

Pontos de D adosL inha da Confiabi lidade

jose roc haches f12/8 /200815:00:55

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

77

Tabela 5.8 – Confiabilidade das cartelas EL a cada 12 meses até o 12º ano de operação. MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 0,993 0,979 0,961 0,939 0,914 0,886 0,857 0,827 0,795 0,762 0,729 0,695

Observamos, na Tabela 5.8, que em 12 anos de operação a confiabilidade deste

item já foi reduzido em mais de 30%, e na Figura 5.13, notamos que a confiabilidade é

reduzida a cada ano que passa.

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da Função probabilidade de Falha

mostrada na Figura 5.14.

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráf ico da Probabilidade de Falha vs Tempo

β=1,59 12, η=272,07 00

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 1000,000200,000 400,000 600,000 800,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Weibull-2PMLE SRM MED FMF=30/S=18

Pontos de DadosL inha de Probabilidade de Falha

jos e rochachesf12/ 8/200815:01:09

Figura 5.14 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo.(EL)

A partir dos conceitos do Capítulo 3, encontramos a Função densidade de

probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.15.

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

78

ReliaSoft W eibull++ 7 - www .ReliaSoft.c om.brFunção Densidade de Probabilidade

β=1,59 12, η=272,0 700

Tempo, (t)

f(t)

0,000 900,000180,000 360,000 540,000 720,0000,000

0,003

6,000E-4

0,001

0,002

0,002

Pdf

Dados 1W eibull -2PMLE SRM MED FMF=30/S=18

Linha da Pdf

jos e roc hachesf12/8/200815:01:23

Figura 5.15 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha. (EL)

A partir das equações mostradas no Capítulo 3, podemos encontramos o

Gráfico da taxa de falha, mostrado na Figura 5.16.

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

β=1,5 912, η=2 72,07 00

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 900,000180,000 360,000 540,000 720,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Taxa de Fal ha

Dados 1W eibull-2PMLE SRM MED FMF=30/ S=18

Linha da Taxa de Falha

jos e rochachesf12/8/200815:01:46

Figura 5.16 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(EL)

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

79

Através da Figura 5.16, podemos afirmar que as cartelas EL sempre possuiram

uma taxa de falha crescente, o que chama a atenção pelo fato destas cartelas já estarem em

operação por mais de 20 anos. Detalhando o seu plano de manutenção constatamos que

estas cartelas não possuem um plano de manutenção preventiva, e que quando falham são

substituídas sem identificar qual dos seus componentes falharam. Outro ponto a ser

observado é o fato do seu suporte de sustentação não passar por nenhum tipo de inspeção e

encontra-se fragilizado pela vibração dos tiristores. Desta forma sugerimos incluir um

plano de manutenção preventiva, com periodicidade anual, para estas cartelas além dos

seus suportes de sustentação, onde teríamos como itens de manutenção o reaperto da

fixação do suporte e inspeção nos componentes internos das cartelas. Além de um plano de

inspeções por termovisão com a finalidade de identificar aquecimentos antes que as

cartelas venham falhar.

5.5 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS

VENTILADORES DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO DO

CE

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas dos

ventiladores, mostrado na Tabela 5.9, efetuamos as simulações para identificarmos a

função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o

método de análise da Verossimilhança e para o intervalo de confiança utilizamos a Matriz

de Fisher, onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Gama-G 3P com

µ = 4,9703, σ = 0,0115 e λ = -50, que obtivemos com teste KS da aderência para

P(Dcrit.<D) = 0%. Onde encontramos o Gráfico da função de Confiabilidade mostrado na

Figura 5.17.

Tabela 5.9 – Histórico de Falhas dos ventiladores do CE.

Estado F ou S

Tempo da F ou

S Subconjunto

ID

F 144 HV

F 174 HV F 180 HV

F 184 HV F 217 HV

S 264 HV

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80

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=4,9703, σ=0,0115, λ=−50,0000

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=1-F(t)

0,000 3000,000600,000 1200,000 1800,000 2400,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1G ama-G -3PMLE SRM MED FMF=5/ S=3

Pontos de D adosLinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/8/ 200808:37:12

Figura 5.17 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(HV)

Na Tabela 5.10, mostramos os valores de Confiabilidade dos ventiladores do

sistema de resfriamento a cada 12 meses nos 15 anos iniciais de operação do CE.

Tabela 5.10 – Confiabilidade dos ventiladores do sistema de resfriamento a cada 12 meses

até o 15º ano de operação do CE.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 156 168 180

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0,998 0,869 0,764 0,678

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da Função probabilidade de Falha

mostrada na Figura 5.18.

S 264 HV

S 264 HV

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

81

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=4,9703, σ=0,0115, λ=−50,0000

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 3000,000600,000 1200,000 1800,000 2400,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabil idade de Falha

Dados 1Gama-G -3PMLE SRM MED FMF=5/ S=3

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200808:37:34

Figura 5.18 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo.(HV)

A partir dos Conceitos descritos no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.19. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=4,9703, σ=0,0115, λ=−50,0000

Tempo, (t)

f(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Pdf

Dados 1Gama-G -3PMLE SRM MED FMF=5/ S=3

Linha da Pdf

jose rochachesf12/ 8/ 200808:38:26

Figura 5.19 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(HV)

A partir das Equações descritas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.20.

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

82

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Fa lha vs Tempo

µ=4,9703, σ=0,0115, λ=−50,0000

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Taxa de Falha

Dados 1Gama-G -3PMLE SRM MED FMF=5/ S=3

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200808:38:54

Figura 5.20 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(HV)

Para os ventiladores do sistema de resfriamento, verificamos que eles

apresentaram uma elevação na sua taxa de falha e que agora apresentam uma tendência de

redução e estabilização. O que foi motivado por fadiga prematura das hélices e isolamento

dos motores o que, depois de corrigidos, levaram a taxa de falha a valores baixos. Vale

salientar que o plano de manutenção adotado atualmente consta apenas de manutenção

corretiva, onde se substitui os ventiladores danificados. Como melhoria no plano de

manutenção, sugerimos incluir inspeções e manutenções preventivas anuais, com

substituição de rolamentos danificados nos ventiladores, e inspeção nas hélices, onde ao

identificar trincas, deve-se substituir a hélice por outra do mesmo material, objetivando

assim a melhoria da confiabilidade.

Durante a análise do histórico de falhas deste item, iniciamos considerando

duas causas de falha separadamente, falha nas hélices e falha dos motores, o que

diagnosticamos ser inviável encontrar as curvas de probabilidade de falha devido ao

histórico de falhas das duas causas isoladamente serem insuficientes para encontrarmos as

curvas de probabilidade. Assim, resolvemos analisar a causa “Falha do ventilador” a partir

do histórico dos motores e hélices conjuntamente, no mesmo banco de dados, o que

viabilizou a análise.

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

83

5.6 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO

CIRCUITO DE ELETRÔNICA DE BASE DO CE

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

circuito de eletrônica de base, mostrado na Tabela 5.11, efetuamos as simulações para

identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de

aderência, utilizamos o método de regressão linear e para o intervalo de confiança,

utilizamos a matriz de Fisher.Onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi

a Exponencial com λ = 0,0228 e γ = 61,6068 que obtivemos com teste KS da aderência

para P(Dcrit.<D) = 0% e coeficiente de correlação igual a -98,39%. Onde encontramos o

Gráfico da Função de Confiabilidade mostrado na Figura 5.21.

Tabela 5.11 – Histórico de Falha do Circuito de Eletrônica de Base do CE.

Estado F ou S

Tempo da F ou

S Subconjunto

ID

F 90 EB

F 96 EB F 214 EB

ReliaSoft Weibul l++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráf ico da Confiabilidade vs Tempo

λ=0,0228, γ=6 1,606 8, ρ=−0,9839

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)

=1-F(t)

0,000 400,00080,000 160 ,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Con fiabil idade

D ados 1Exponencial-2PRRX SRM K-M FMF=3/S=0

Pontos de D adosL inha da Confiab il ida de

jose rochache sf12/ 8/200815:05:11

Figura 5.21 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(EB)

Na Tabela 5.12, mostramos os valores de Confiabilidade da Eletrônica de Base

a cada 12 meses do 6º ao 13º ano de operação do CE.

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

84

Tabela 5.12 – Confiabilidade da Eletrônica de Base do CE do 6º ao 13º ano de operação.

MÊS 72 84 96 108 120 132 144 156

CONFIABILIDADE 0,789 0,6 0,457 0,347 0,264 0,201 0,153 0,116

Devido à baixa quantidade de ocorrências deste item, é possível identificar os

valores de confiabilidade a partir do 6º ano de operação. Onde já identificamos uma

confiabilidade de 78,9%, já no 8º ano ela cai para 60% e assim vai se reduzindo. Como se

trata de um item em série com os demais sistemas do CE, ele deve ser tratado de forma

especial por ter elevada importância para a disponibilidade do CE.

Da mesma forma que a Figura 5.21, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha mostrada na Figura 5.22.

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

λ=0,0228, γ =61,6068, ρ=−0,9839

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

D ados 1Exponencial-2PRRX SRM K-M FMF=3/ S=0

Pontos de D adosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochaches f12/ 8/200815:07:57

Figura 5.22 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(EB)

A partir das Equações descritas no Capítulo 3, encontramos a Função densidade

de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.23.

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

85

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Re liaSoft.com.brFunção Densidade de Probabilidade

λ=0,022 8, γ=6 1,6068 , ρ=−0 ,9839

Tempo, (t)

f(t)

0,000 200,00040,000 80,000 120,000 160,0000,000

0,030

0,006

0,012

0,018

0,024

Pdf

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM K-M FMF=3/S=0

Linha da Pdf

jose rochachesf12/8/ 200815:08:15

Figura 5.23 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(EB)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.24.

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.c om.br

Gráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

λ=0,0 228 , γ=6 1,60 68, ρ=−0, 9839

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 200,00040,000 80,000 120,000 160,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Taxa de Falha

Dados 1Exponencial -2PRRX SRM K-M FMF=3/S=0

Linha da Taxa de Falha

jos e roc hachesf12/ 8/200815:08:31

Figura 5.24 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(EB)

Para o circuito de eletrônica de base, verificamos que o mesmo encontra-se com

uma taxa de falha constante. Estudos realizados para este tipo de comportamento

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

86

(MOUBRAY, 1997), indicam que as ações preventivas não devem ter relação com idade

ou com o estagio de vida do componente. Há, portanto, a necessidade de uma supervisão

permanente, tendo em vista que este item não possue redundância e que está associado em

série, onde sua falha leva a indisponibilidade do CE.

Além disso, observamos através da Tabela 5.11, que este item apresenta uma

rápida redução na sua confiabilidade. Como o plano de manutenção atual não inclui

manutenções preventivas, nem inspeções, sugerimos, com elevada prioridade, a inclusão

de manutenção preventiva com periodicidade anual, constando de itens de inspeções nas

cartelas eletrônicas da Eletrônica de Base além de limpeza dos seus armários, e

implantação de melhoria na supervisão das cartelas incluindo pontos de oscilografia, para

diagnosticarmos problemas na eletrônica de base antes que ela venha a falhar.

5.7 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO

CONDUTIVÍMETRO DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO

DO CE

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

condutivímetro, mostrado na Tabela 5.12, efetuamos as simulações para identificarmos a

função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência utilizamos o

método da Máxima Verossimilhança e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz

Fisher. Onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Logística com µ =

201,4018 e σ = 12,8792 que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) =

0,0003653%. Onde encontramos o Gráfico de Função confiabilidade mostrado na Figura

5.25.

Tabela 5.12 – Histórico de Falha do condutivímetro do CE.

Tempo da F ID

150 RC

198 RC

204 RC

214 RC

217 RC

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

87

ReliaSoft W eibull++ 7 - w ww.ReliaSoft.com.br

Gráf ico da Confiabilidade vs Tempo

µ=201 ,4 01 8, σ=12 ,879 2

Tempo, ( t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabi l idade

Dados 1Logística-2PMLE RRM MED FMF=5/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabi l idade

jos e rochac hes f12/8/200815:13:01

Figura 5.25 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(RC)

Na Tabela 5.14, mostramos os valores de Confiabilidade do Condutivímetro do

sistema de resfriamento a cada 12 meses do 1º ao 12º ano de operação do CE.

Tabela 5.14 – Confiabilidade do condutivímetro do sistema de resfriamento a cada 12

meses do 1º ao 12º ano de operação do CE.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 0,999 0,998 0,996 0,989

Através da Tabela 5.14, constatamos que a Confiabilidade do Condutivímetro

tem uma baixa redução ao longo dos 12 primeiros anos de operação do CE, onde após 12

anos encontra-se em 98,9%.

Da mesma forma que a Figura 5.25, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha mostrada na Figura 5.26.

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88

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Gráf ico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=201,4018, σ=12,8792

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabili dade de Falha

Dados 1Logís tica-2PMLE RRM MED FMF=5/ S=0

Pontos de D adosL inha de Probabili dade de Falha

jos e rochachesf12/ 8/ 200815:13:30

Figura 5.26 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(RC)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.27. Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.c om.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=201 ,4018, σ=12,8792

Tempo, (t)

f(t)

50,000 400,000120,000 190,000 260,000 330,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Pdf

Dados 1Logís tica-2PMLE RRM MED FMF=5/ S=0

L inha da Pdf

jos e rochachesf12/8/ 200815:13:49

Figura 5.27 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(RC)

A partir das Equações do Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa de falha,

mostrado na Figura 5.28.

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

89

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Gráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=201 ,401 8, σ=12,8 792

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

70,000 400,000136,000 202,000 268,000 334,0000,000

0,090

0,018

0,036

0,054

0,072

Taxa de Falha

D ados 1Logís tic a-2PM LE RRM MED FMF=5/ S=0

L inha da Taxa de Falha

jose roc hac hesf12/ 8/ 200815:14:02

Figura 5.28 – Gráfico da Taxa de falha x tempo.(RC)

Atualmente, o plano de manutenção preventiva para o condutivímetro é

composto apenas por manutenções corretivas, quando da ocorrência de falha do sistema de

resfriamento. Entretanto este critério de manutenção não garante a disponibilidade do

sistema, onde sugerimos incluir inspeções anuais e ensaios funcionais para avaliar as

condições do condutivímetro, onde atuaríamos antes da falha deste item.

Este componente encontra-se em série com os demais sistemas do CE, e assim,

requer uma atenção especial pois sua falha acarreta na indisponibilidade do CE. Desta

forma, sugerimos a instalação de uma supervisão do seu funcionamento.

5.8 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS

BOMBAS DE CIRCULAÇÃO DE ÁGUA DO SISTEMA DE

RESFRIAMENTO DO CE

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas das

bombas de circulação de água, mostrado na Tabela 5.15, efetuamos as simulações para

identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

90

aderência, utilizamos o método da Regressão Linear e para o intervalo de confiança,

utilizamos a Matriz Fisher.A curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a

Weibull com β = 17,6311 e η = 213,36 que obtivemos com teste KS da aderência para

P(Dcrit.<D) = 0,0005614% e coeficiente de correlação igual a 93,98%. Onde encontramos

o Gráfico de função Confiabilidade mostrado na Figura 5.29.

Tabela 5.15 – Histórico de Falhas das bombas de circulação de água.

Tempo da F ID

200 BR

220 BR 226 BR

ReliaSoft Weibull++ 7 - www .ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

β=17,6311, η=213,3581, ρ=0,9398

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Weibull-2PRRX RRM K-M FMF=3/ S=0

Pontos de D adosLinha da Confiabilidade

jos e rochaches f12/8/200815:19:52

Figura 5.29 – Gráfico da Função confiabilidade x tempo.(BR)

Na Tabela 5.16, mostramos os valores de Confiabilidade da bomba de

circulação de água a cada 12 meses até o 204º mês de operação do CE.

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91

Tabela 5.16 – Confiabilidade da bomba de circulação de água do sistema de resfriamento a

cada 12 meses do 1º ao 17º ano de operação do CE.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 156 168 180 192 204

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0,999 0,999 0,996 0,985 0,951 0,856 0,635

Na Tabela 5.16, observamos que a Confiabilidade da bomba de circulação de

água após 17 anos de operação do CE encontra-se em 63,5%, e como encontrar-se em série

com os demais sistemas do CE afeta diretamente a confiabilidade do CE, o que reforça sua

importância.

Da mesma forma que a Figura 5.29, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.30.

ReliaSoft W eibull+ + 7 - www .ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

β=17,6311, η=213,3581, ρ=0,9398

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

D ados 1Weibull-2PRRX RRM K-M FMF=3/S=0

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200815:20:09

Figura 5.30 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo.(BR)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.31.

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

92

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

β=17, 6311 , η=2 13,3 581, ρ=0,9 398

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 700,000140,000 280,000 420,000 560,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Pdf

D ados 1W eibull-2PRRX RRM K-M FMF=3/ S=0

L inha da Pdf

jose rochac hesf12/8/ 200815:20:34

Figura 5.31 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(BR)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.32. Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

β=17,6311, η=213,3581, ρ=0,9398

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 700,000140,000 280,000 420,000 560,0000,000

8,000E+6

1,600E+6

3,200E+6

4,800E+6

6,400E+6

Taxa de Falha

Dados 1W eibul l-2PRRX RRM K-M FMF=3/S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/8/ 200815:21:07

Figura 5.32 – Gráfico da Taxa de falha x tempo.(BR)

As ações de manutenção adotadas atualmente para as Bombas de circulação de

água são as inspeções semanais, para identificar vazamentos, e manutenção corretiva.

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

93

Entretanto, entendemos que deve ser incluído um plano de manutenção preventiva para

estas bombas, pela sua elevada importância para a confiabilidade do CE, e por já estarem

com uma confiabilidade relativamente baixa, como verificado na Tabela 5.14. Vale

salientar que estas bombas foram substituídas quando atingiram valores de confiabilidade

impraticáveis, entretanto devem ser adotadas ações preventivas para evitar que tal situação

volte a ocorrer. Assim sugerimos a inclusão de uma manutenção preventiva geral com

periodicidade inicial de 3 anos, que deve ser reavaliado posteriormente, onde a bomba

seria totalmente desmontada com todas as suas partes revisadas.

5.9 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS

ISOLADORES DE 26KV

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas dos

isoladores de 26kV, efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor

adere ao histórico de falhas. Durante o teste de aderência utilizamos o método da Máxima

Verossimilhança e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. A curva de

distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Normal com µ = 360,6131 e σ = 111,2126,

que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0%. Onde encontramos o

Gráfico da Confiabilidade mostrado na Figura 5.33.

Tabela 5.17 – Histórico de falha dos isoladores de 26kV.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do

tempo final ID

1 F 54 PO 1 F 112 PO

1 F 151 PO 1 F 216 PO

1 F 220 PO 1 F 236 PO

1 F 245 PO 1 F 250 PO

1 F 253 PO 1 F 259 PO

1 F 260 PO

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94

1 F 263 PO

48 S 264 PO

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=360,6132, σ=111,2126

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabi lidade

Dados 1Normal-2PMLE RRM MED FMF=12/ S=48

Pontos de DadosLinha da Confiabi lidade

jose rochachesf12/ 8/200809:06:34

Figura 5.33 – Gráfico da função Confiabilidade x tempo.(PO)

Na Tabela 5.18, mostramos os valores de Confiabilidade dos isoladores de

26kV a cada 12 meses do 1º ao 12º ano de operação do CE.

Tabela 5.18 – Confiabilidade dos isoladores de 26kV nos meses indicados.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 200 240

CONFIABILIDADE 0,999 0,999 0,998 0,997 0,997 0,995 0,993 0,991 0,988 0,984 0,98 0,974 0,926 0,861

Observamos que em 12 anos a confiabilidade não teve grandes reduções,

entretanto a partir do mês 240 ela já apresentava o valor de 86,1%, e, conforme gráfico da

Figura 5.33 vai se reduzindo consideravelmente.

Da mesma forma que a Figura 5.33, encontramos o Gráfico da Função,

probabilidade de Falha mostrada na Figura 5.34.

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95

Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=360,6132, σ=111 ,2126

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabili dade de Falha

Dados 1Normal-2PMLE RRM MED FMF=12/S=48

Pontos de DadosL inha de Probabilidade de Falha

jos e rochachesf12/8/ 200809:07:28

Figura 5.34 – Gráfico da função probabilidade de falha x tempo.(PO)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.35. Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=360,6132, σ=111 ,2126

Tempo, (t)

f(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

0,004

8,000E-4

0,002

0,002

0,003

Pdf

Dados 1Normal-2PMLE RRM MED FMF=12/ S=48

Linha da Pdf

jos e rochachesf12/ 8/ 200809:07:44

Figura 5.35 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(PO)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.36.

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

96

Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.brGráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=360,6132, σ=111,2126

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 2000,000400,000 800,000 1200,000 1600,0000,000

0,070

0,014

0,028

0,042

0,056

Taxa de Falha

D ados 1N ormal-2PMLE RRM MED FMF=12/ S=48

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200809:08:12

Figura 5.36 – Gráfico da Taxa de falha x tempo.(PO)

Para os isoladores de 26kV, identificamos uma elevação na taxa de falha, o que

ocorreu devido às descargas superficiais por elevada poluição do ambiente nessa região de

Fortaleza, onde se encontra o CE. O atual plano de manutenção não contempla manutenção

preventiva, e atua apenas nas manutenções corretivas e inspeções noturnas.

Sugerimos a inclusão de uma manutenção preventiva com periodicidade

bianual com as atividades de limpeza e polimento dos isoladores para retirar a poluição

depositada nas suas superfícies além de inspeções minuciosas de trincas e fissuras na

ocasião do polimento. Assim teremos um plano de manutenção para minimizar as

descargas superficiais nos isoladores de 26kV, e consequentemente elevar a

disponibilidade do CE.

Outra medida para elevar a confiabilidade deste item seria como melhoria

aplicarmos um elastômero na superfície para elevar a rigidez dielétrica dos isoladores e

com isso elevar a periodicidade da manutenção preventiva sugerida no parágrafo anterior,

que passaria de 2 para 4 anos, periodicidade esta que deve ser reavaliada após vários

ciclos.

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97

5.10 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA POR

FALTA DE CC DEVIDO A FALHA NO AUTOMATISMO

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

automatismo CC, mostrado na Tabela 5.19, efetuamos as simulações para identificarmos a

função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o

método da Regressão linear e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de

Fisher.A curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Lognormal com µ =

5,3461 e σ = 0,0181, que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0% e

coeficiente de correlação igual a 98,4999%. Onde encontramos o Gráfico da

Confiabilidade mostrado na Figura 5.37.

Tabela 5.19 – Histórico de falha do automatismo de alimentação CC.

Tempo da Falha ID

206 FDC 207 FDC

210 FDC 212 FDC

214 FDC

ReliaSoft Weibull++ 7 - www .ReliaSoft.com.brGráf ico da Confiabilidade vs Tempo

µ=5,34 61, σ=0,018 1, ρ=0 ,9850

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

D ados 1Lognormal-2PRRX SRM MED FMF=5/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jose rochac hesf12/8/200815:30:07

Figura 5.37 – Gráfico da Função Confiabilidade x tempo.(FDC)

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

98

Na Tabela 5.20, mostramos os valores de Confiabilidade do automatismo de

alimentação CC do CE a cada 12 meses a partir do 108º mês até o 216º, podemos observar

uma drástica redução da confiabilidade no mês 216 comparado ao 204º.

Tabela 5.20 – Confiabilidade do automatismo de alimentação CC.

MÊS 108 120 132 144 156 168 180 192 204 216

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 1 1 1 0,939 0,053

A redução da confiabilidade no mês 204 ocorreu devido a danificação dos relés

auxiliares do sistema de automatismo, os quais foram substituídos por outros idênticos o

que normalizou a situação e novamente elevando a disponibilidade, entretanto deve-se

implementar melhorias nos procedimentos de manutenção para evitar falhas do

automatismo.

Da mesma forma que na Figura 5.37, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.38.

Rel iaSoft Weibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=5,3461, σ=0,0181, ρ=0,9850

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Lognormal-2PRRX SRM MED FMF=5/ S=0

Pontos de DadosLinha de Probabil idade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200815:30:43

Figura 5.38 – Gráfico da Probabilidade de falha x tempo.(FDC)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.39.

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

99

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.brFunção Densidade de Probabilidade

µ=5,3461, σ=0,0181, ρ=0,9850

Tempo, (t)

f(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,120

0,024

0,048

0,072

0,096

Pdf

Dados 1Lognormal-2PRRX SRM MED FMF=5/S=0

Linha da Pdf

jose rochachesf2/9/200818:27:30

Figura 5.39 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(FDC)

A partir das Equações do Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa de falha,

mostrado na Figura 5.40. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=5,3461, σ=0,0181, ρ=0,9850

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

0,000 360,00072,000 144,000 216,000 288,0000,000

2,000

0,400

0,800

1,200

1,600

Taxa de Falha

Dados 1Lognormal-2PRRX SRM MED FMF=5/S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf2/9/200820:36:27

Figura 5.40 – Gráfico da Taxa de falha x tempo.(FDC)

Os procedimentos de manutenção para este item são as manutenções corretivas,

e teste do automatismo que, em caso de identificação de anormalidades, é acionado a

equipe de manutenção para correção do problema. Entretanto, vemos que as ações

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

100

adotadas atualmente não estão evitando a falha deste item, assim sugerimos uma rotina de

inspeção nos relés auxiliares e disjuntores de interligação com manutenção preventiva

associada para efetuar limpeza das conexões, substituição de contatos danificados com

uma periodicidade semestral.

5.11 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA

PROTEÇÃO DE BARRA DE 26KV

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas da

proteção da barra de 26kV, efetuamos as simulações para identificarmos a função que

melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método da

Regressão Linear e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. Onde a

curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Weibull com β = 22,6991 e η =

251,4519, que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 1,95% e

coeficiente de correlação igual a 93,024%. Onde encontramos o Gráfico da Confiabilidade

mostrado na Figura 5.41.

Tabela 5.21 – Histórico de falha da proteção de barra de 26kV.

Tempo da Falha ID

234 PB

254 PB 255 PB

264 PB

Figura 5.41 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(PB)

Re liaSoft Weibull++ 7 - www .ReliaSoft.com.brGráfico da Confiabilidade vs Tempo

β=22,6991, η=25 1,4519, ρ=0,9 302

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Weibull-2PRRX SRM K-M FMF=4/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/8/200815:36:24

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

101

Na Tabela 5.22, mostramos os valores de Confiabilidade da proteção da barra

de 26kV do CE a cada 12 meses a partir do 108º mês até o 252º, podemos observar uma

redução da confiabilidade a partir do mês 192 com uma mais acentuada após o mês 240º.

Tabela 5.22 – Confiabilidade da proteção da barra de 26kV do CE.

MÊS 108 120 132 144 156 168 180 192 204 216 228 240 252

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 1 1 0,998 0,991 0,969 0,897 0,707 0,35

Da mesma forma que na Figura 5.41, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.42.

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

β=22,6991, η=251,4519, ρ=0,9302

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Weibull-2PRRX SRM K-M FMF=4/ S=0

Pontos de D adosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochaches f12/8/200815:36:49

Figura 5.42 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(PB)

A partir das Equações do Capítulo 3 encontramos a Função densidade de

probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.43.

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

102

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.brFunção Densidade de Probabilidade

β=22,6991, η=251,4519, ρ=0,9302

Tempo, (t)

f(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Pdf

Dados 1Weibull-2PRRX SRM K-M FMF=4/ S=0

Linha da Pdf

jose rochachesf12/ 8/ 200815:37:04

Figura 5.43 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(PB)

A partir das Equações do Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa de falha,

mostrado na Figura 5.44. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

β=22,6991, η=251,4519, ρ=0,9302

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Taxa de Falha

Dados 1Weibull-2PRRX SRM K-M FMF=4/S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf2/9/200821:35:20

Figura 5.44 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(PB)

O plano de manutenção para este item consta de corretivas quanto ocorre

falhas, desta forma somente atuam quando já ocorreu uma falha. Para minimizar este

problema é necessária a ampliação dos pontos de oscilografia, com a finalidade de detectar

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

103

indicativos de possível falha da proteção, além de adotar uma manutenção preventiva com

itens de limpeza dos armários e inspeção nas cartelas, o que atualmente não vem sendo

realizado.

5.12 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO MICRO

SWITCH DE ACESSO AOS BANCOS DE CAPACITORES

DO CE

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

micro switch do portão de acesso ao banco de capacitores, mostrado na Tabela 5.23,

efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de

falha. Durante o teste de aderência utilizamos o método da Regressão Linear e intervalo de

confiança utilizando a Matriz de Fisher, onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos

dados foi a Exponencial com λ = 0,0106 e γ = 105,8327 que obtivemos com teste KS da

aderência para P(Dcrit.<D) = 0,00003358% e coeficiente de correlação igual a -95,31%.

Onde encontramos o Gráfico de Confiabilidade mostrado na Figura 5.45.

Tabela 5.23 – Histórico de falha do micro switch do portão.

Tempo da Falha

ID

143 MBC 148 MBC

263 MBC

Figura 5.45 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(MBC)

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.brGráfico da Confiabilidade vs Tempo

λ=0,0106, γ =105,8327, ρ=−0,9531

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0 ,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Exponencial-2PRRX RRM MED FMF=3/ S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/ 8/ 200809:27:12

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

104

Na Tabela 5.24, mostramos os valores de Confiabilidade do micro switch do

portão dos bancos de capacitores a cada 12 meses do 108º mês ao 240º.

Observamos que em 20 anos a confiabilidade deste item já esta em 24,2%, ou

seja, uma baixa confiabilidade.

Tabela 5.24 – Confiabilidade do micro switch do portão de acesso aos bancos de

capacitores do CE.

MÊS 108 120 132 144 156 168 180 192 204 216 228 240

CONFIABILIDADE 0,977 0,861 0,758 0,668 0,588 0,518 0,456 0,402 0,354 0,312 0,275 0,242

Da mesma forma, encontramos o Gráfico da Função probabilidade de Falha,

mostrada na Figura 5.46.

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

λ=0 ,010 6, γ=105,8327, ρ=−0,9531

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabil idade de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRX RRM MED FMF=3/S=0

Pontos de DadosLinha de Probabil idade de Falha

jose roc hachesf12/8/200809:27:57

Figura 5.46 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(MBC)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, visualizada na Figura 5.47.

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

105

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Rel iaSoft.c om.brFunção Densidade de Probabilidade

λ=0,0106, γ=105,8327, ρ=−0,9531

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Pdf

D ados 1Exponencial-2PRRX RRM MED FMF=3/ S=0

Linha da Pdf

jos e rochachesf12/ 8/ 200809:28:16

Figura 5.47 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(MBC)

A partir das Equações do Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa de falha,

mostrado na Figura 5.48. ReliaSoft W eibul l++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

λ=0,0106, γ =105,8327, ρ=−0,9531

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Taxa de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRX RRM MED FMF=3/ S=0

Linha da Taxa de Falha

jos e rochachesf12/ 8/ 200809:28:44

Figura 5.48 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(MBC)

O plano de manutenção deste item esta contemplado na preventiva do CE, onde

existem itens de verificação, limpeza e teste de atuação. Entretanto foi verificado que

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

106

durante as manutenções preventivas estes itens não estavam sendo realizados, e as equipes

atuando apenas quando o componente falha. Desta forma, sugerimos treinamento e

conscientização das equipes de manutenção da importância deste item, seja para a

segurança de física de pessoas, seja para a confiabilidade do CE.

Observando o gráfico da Figura 5.48, verificamos que a taxa de falha é

constante, indicando que este item encontra-se em seu período de vida útil, onde estudos

realizados para este tipo de comportamento (Moubray, 1997), indica que as ações

preventivas não devem ter relação com idade ou com estagio de vida do componente. O

que reforça as ações de manutenção preventiva e sua importância.

5.13 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DAS

RÉGUAS DE INTERLIGAÇÃO DAS CARTELAS DE

ENGATILHAMENTO DOS TIRISTORES

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas das

réguas de interligação das cartelas de engatilhamento dos tiristores, mostrado na Tabela

5.25, efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico

de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método da Regressão Linear e para o

intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher.Onde a curva de distribuição que

melhor aderiu aos dados foi a Lognormal com µ = 5,5337 e σ = 0,0431, que obtivemos

com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0% e um coeficiente de correlação igual a

98,35%. Onde encontramos o Gráfico da função de Confiabilidade mostrado na Figura

5.49.

Tabela 5.25 – Histórico de falhas da régua de interligação das cartelas de engatilhamento.

Quantidade no estado

Estado F ou S

Estado do

tempo final ID

1 F 227 RT

1 F 231 RT 1 F 232 RT

110 S 264 RT

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107

ReliaSoft W eibul l++ 7 - www.ReliaSoft.c om.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=5,5337, σ=0,0431, ρ=0,9835

Tempo, ( t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confi abilidade

Dados 1Lognormal -2PRRX RRM MED FMF=3/ S=110

Pontos de D adosLinha da Confi abilidade

jos e rochaches f12/8/200809:42:30

Figura 5.49 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RT)

Na Tabela 5.26, mostramos os valores de Confiabilidade das réguas de

interligação das cartelas de engatilhamento dos tiristores a cada 12 meses do 216º mês ao

288º.

Observamos que em 20 anos a confiabilidade deste item é 89,1%, e que daí por

diante a confiabilidade vai caindo de forma mais acentuada, isto decorre do fato deste ter

passado 20 anos sem nenhum tipo de manutenção preventiva, até que as ocorrências de

falha foram se elevando o que cobrou dos serviços de manutenção uma ação efetuando

manutenções corretivas, como limpeza, reaperto das conexões da régua para garantir um

bom contato elétrico.

Tabela 5.26 – Confiabilidade da régua de interligação das cartelas de engatilhamento.

MÊS 216 228 240 252 264 276 288

CONFIABILIDADE 0,999 0,992 0,891 0,54 0,163 0,022 0,001

Da mesma forma que na Figura 5.49, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.50.

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108

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=5,5337, σ=0,0431, ρ=0,9835

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabili dade de Falha

D ados 1Lognormal-2PRRX RRM MED FMF=3/ S=110

Pontos de D adosLinha de Probabi lidade de Falha

jos e rochachesf12/ 8/ 200809:42:54

Figura 5.50 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(RT)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.51. ReliaSoft Weibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=5,5337, σ=0,0431, ρ=0,9835

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Pdf

Dados 1Lognormal-2PRRX RRM MED FMF=3/ S=110

Linha da Pdf

jose rochaches f12/ 8/200809:43:09

Figura 5.51 – Gráfico da densidade de probabilidade de falha x tempo.(RT)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.52.

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109

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.brGráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=5,5337, σ=0,0431, ρ=0,9835

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,900

0,180

0,360

0,540

0,720

Taxa de Falha

Dados 1Lognormal-2PRRX RRM MED FMF=3/S=110

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf3/9/200809:58:39

Figura 5.52 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(RT)

Analisando a curva da taxa de falhas, verificamos que a depois de 20 anos de

operação a taxa de falha deste item apresenta elevado crescimento, o que ocorreu por falta

de manutenção preventiva, com itens de inspeção dos contatos das réguas, limpeza,

aplicação de material anticorrosivo e reaperto dos contatos folgados, desta forma,

sugerimos a inclusão destes itens de manutenção preventiva com periodicidade trianual,

onde posteriormente deve ser reavaliada esta periodicidade.

5.14 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA

TUBULAÇÃO DO SISTEMA DE RESFRIAMENTO

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas das

tubulações do sistema de resfriamento, mostrado na Tabela 5.27, efetuamos as simulações

para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falhas. Durante o teste de

aderência, utilizamos o método de análise da Verossimilhança e para o intervalo de

confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. A curva de distribuição que melhor aderiu aos

dados foi a Gama-G 3P com µ = 4,1231, σ = 0,7735 e λ = -0,2134 que obtivemos com teste

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

110

KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0,1886%. Onde encontramos o Gráfico da

Confiabilidade mostrado na Figura 5.53.

Tabela 5.27 – Histórico de falha da tubulação do sistema de resfriamento.

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=4,1231, σ=0,7735, λ=−0,2134

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 500,000100,000 200,000 300,000 400,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Gama-G -3PMLE RRM MED FMF=15/ S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/ 8/ 200809:54:53

Figura 5.53 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(AR)

Na Tabela 5.28, mostramos os valores de Confiabilidade das Tubulações de

circulação de água do sistema de resfriamento a cada 12 meses dos 12 anos iniciais de

operação do CE.

Observamos que em 12 anos a confiabilidade deste item é 16,3%, ou seja, uma

baixa confiabilidade para um item que se encontra em série no CE. Atualmente, para estas

tubulações, o plano adotado consta de manutenção corretiva, quando apresentar

vazamento, e de um item de manutenção preventiva constando de inspeção nas conexões

das tubulações com os módulos de tiristores, com periodicidade a cada 10 anos.

Tabela 5.28 – Confiabilidade das tubulações de circulação de água do sistema de

resfriamento do CE.

MÊS 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 0,991 0,911 0,784 0,656 0,543 0,45 0,374 0,313 0,264 0,223 0,19 0,163

Tempo da Falha ID

18 AR

20 AR 34 AR

39 AR 45 AR

47 AR 58 AR

68 AR 70 AR

71 AR 80 AR

155 AR 201 AR

225 AR 227 AR

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111

Da mesma forma que a Figura 5.53, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.54.

ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=4,1231, σ=0,7735, λ=−0,2134

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 500,000100,000 200,000 300,000 400,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Gama-G -3PMLE RRM MED FMF=15/ S=0

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200809:55:21

Figura 5.54 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(AR)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.55. ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=4,1231, σ=0,7735, λ=−0,2134

Tempo, (t)

f(t)

0,000 500,000100,000 200,000 300,000 400,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Pdf

D ados 1G ama-G -3PMLE RRM MED FMF=15/ S=0

Linha da Pdf

jose rochachesf12/ 8/ 200809:55:41

Figura 5.55 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(AR)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.56.

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

112

Reli aSoft W eibull++ 7 - www.Reli aSoft.com.br

Gráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=4 ,1231, σ=0,7735 , λ=−0,2134

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 800,000160,000 320,000 480,000 640,0000,000

0,020

0,004

0,008

0,012

0,016

Taxa de Fal ha

D ados 1G ama-G -3PMLE RRM MED FMF=15/S=0

L inha da Taxa de Falha

jose roc hac hes f12/8/200809:55:54

Figura 5.56 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(AR)

Com relação à falha nas tubulações de água do sistema de resfriamento do CE,

identificamos que a taxa de falha apresentou uma elevação seguida de uma tendência de

queda, isso ocorreu devido à atuação da manutenção apenas com as corretivas, onde as

falhas já haviam ocorrido, além do fato do item de manutenção preventiva de verificação

das conexões das tubulações com os módulos de tiristores não ter sido realizado nos 10

anos, ação que está sendo realizada gradativamente quando da possibilidade de liberação

do CE. Outro aspecto a ser avaliado é a elevada quantidade de reparos nas tubulações

próximas às bombas, através da aplicação de colas que não possuem a mesma resistência

mecânica do PVC original e com isso reduzindo a confiabilidade das tubulações como um

todo. Além disso, como sugestão de melhorias seria a instalação de tubulações com

material maior resistência que o PVC, como por exemplo, aço inox.

5.15 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA

PROTEÇÃO DE DESEQUILÍBRIO DE NEUTRO

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas da

proteção de desequilíbrio de neutro, efetuamos as simulações para identificarmos a função

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

113

que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método

da Regressão Linear e para o método do intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de

Fisher. Onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados foi a Exponencial com λ

= 0,0388 e γ = 177,6725, que obtivemos com teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) =

0,133% e coeficiente de correlação igual a -94,43%. Onde encontramos o Gráfico da

Confiabilidade mostrado na Figura 5.57.

Tabela 5.29 – Histórico de falha da proteção de desequilíbrio de neutro.

Tempo da Falha ID

183 RD

193 RD 193 RD

197 RD 236 RD

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

λ=0,0388, γ=177,6725, ρ=−0,9440

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabil idade

D ados 1Exponencial-2PRRX SRM MED FMF=5/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabi lidade

jose rochac hesf12/ 8/ 200815:43:44

Figura 5.57 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RD)

Na Tabela 5.30, mostramos os valores de Confiabilidade da Proteção de

desequilíbrio de neutro a cada 12 meses do mês 132 ao 240º, onde verificamos uma

redução da confiabilidade do item.

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114

Tabela 5.30 – Confiabilidade da proteção de desequilíbrio de neutro. MÊS 132 144 156 168 180 192 204 216 228 240

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 0,914 0,573 0,36 0,226 0,142 0,089

Da mesma forma que a Figura 5.57, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.58. Re liaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.c om.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

λ=0,0388, γ=17 7,6725, ρ=−0 ,9440

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM MED FMF=5/S=0

Pontos de DadosL inha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/8/200815:44:08

Figura 5.58 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(RD)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.59. ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

λ=0,0388, γ =177,6725, ρ=−0,9440

Tempo, (t)

f(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Pdf

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM MED FMF=5/ S=0

Linha da Pdf

jose rochachesf12/ 8/ 200815:44:22

Figura 5.59 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(RD)

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

115

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.60.. ReliaSoft W eibul l++ 7 - www .ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

λ=0,0388, γ =177,6725, ρ=−0,9440

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,060

0,012

0,024

0,036

0,048

Taxa de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM MED FMF=5/ S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200815:44:36

Figura 5.60 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(RD)

Na Figura 5.60 observamos que a taxa de falha tem um valor constante. Como o

plano de manutenção para este item são as corretivas e não esta prevista inspeção das

cartelas, limpeza dos armários e testes funcionais, solicitamos incluir estas atividades num

plano de manutenção preventiva específico com periodicidade anual. A modelagem

realizada evidencia a presença de ocorrências fora da normalidade apenas no período entre

o mês 176 e o mês 240. Deve-se continuar, portanto, a observar melhor este item

objetivando a formulação de um modelo mais representativo para estimativas futuras.

5.16 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO

MANÔMETRO DE PRESSÃO DIFERENCIAL

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

manômetro de pressão diferencial, mostrado na Tabela 5.31, efetuamos as simulações para

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116

identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de

aderência, utilizamos o método da Regressão Linear e para o intervalo de confiança,

utilizamos a Razão de Verossimilhança, onde a curva de distribuição que melhor aderiu

aos dados foi a Exponencial com λ = 0,1593 e γ = 207,7373 que obtivemos com teste KS

da aderência para P(Dcrit.<D) = 0% e coeficiente de correlação igual a -99,94%. . Onde

encontramos o Gráfico da Confiabilidade mostrado na Figura 5.61.

Tabela 5.31 – Histórico de falhas do manômetro de pressão diferencial.

Tempo da Falha ID

210 MA

215 MA 229 MA

Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

λ=0,1593, γ =207,7373, ρ=−0,9994

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabil idade

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM K-M LRBF=3/ S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabil idade

jose rochaches f12/ 8/200815:49:24

Figura 5.61 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(MA)

Na Tabela 5.32, mostramos os valores de Confiabilidade do manômetro de

pressão diferencial a cada 12 meses do mês 160 ao 244º, onde verificamos uma redução da

confiabilidade do item.

Tabela 5.32 – Confiabilidade do manômetro de pressão diferencial.

MÊS 160 172 184 196 208 220 232 244

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 0,959 0,142 0,021 0,003

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117

Da mesma forma que na Figura 5.61, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha mostrada na Figura 5.62 ReliaSoft Weibul l++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

λ=0,1593, γ =207,7373, ρ=−0,9994

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRX SRM K-M LRBF=3/ S=0

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochachesf12/ 8/ 200815:49:56

Figura 5.62 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(MA)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.63. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

λ=0,1593, γ =207,7373, ρ=−0,9994

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,200

0,040

0,080

0,120

0,160

Pdf

Dados 1Exponencial -2PRRX SRM K-M LRBF=3/S=0

Linha da Pdf

jose rochaches f12/8/ 200815:50:14

Figura 5.63 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(MA)

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

118

A partir das Equações do Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa de falha,

mostrado na Figura 5.64. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

λ=0,1593, γ =207,7373, ρ=−0,9994

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,300

0,060

0,120

0,180

0,240

Taxa de Falha

Dados 1Exponenc ial-2PRRX SRM K-M LRBF=3/ S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochaches f12/8/200815:50:32

Figura 5.64 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(MA)

Através da Figura 5.64 constatamos que a taxa de falha tem um valor constante,

desta forma, segundo Moubray (1997), as ações de manutenção preventiva não devem ter

relação com a idade ou com o estágio de vida do componente. Assim, devem ser adotadas

manutenções preventivas com inspeção, limpeza e verificação funcional destes

manômetros. Ver comentários ao final da subseção 5.15.

5.17 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DOS

TERMÔMETROS DE PARTIDA E PARADA DOS

VENTILADORES

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas dos

termômetros do sistema de resfriamento, mostrado na

Tabela 5.33, efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor adere ao

histórico de falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método da Máxima

Verossimilhança e para o intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. Onde as

curvas de distribuição que melhor aderiram foram a Lognormal, cujos parâmetros são: µ =

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119

5,5688 e σ = 0,0436 com teste KS com P(Dcrit.<D) = 0,0000008659%, e a Logística, cujos

parâmetros são: cujos parâmetros são: µ = 261,6623 e σ = 7,1544 com teste KS com

P(Dcrit.<D) = 0,0000000001%. Como a Logística obteve, no teste KS, um resultado mais

próximo de zero escolhemos esta curva. Onde encontramos o Gráfico da confiabilidade

mostrados na Figura 5.65.

Tabela 5.33 – Histórico de falhas dos termômetros.

Estado F ou S

Tempo da F ou

S ID

F 250 TR F 254 TR

S 264 TR S 264 TR

ReliaSoft W eibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=261,6623, σ=7,1544

Tempo, ( t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

D ados 1Logí stic a-2PMLE SRM MED FMF=2/S=2

Pontos de D adosLinha da Confiabilidade

jose rochaches f12/8/200810:17:16

Figura 5.65 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(TR)

Na Tabela 5.34, mostramos os valores de Confiabilidade dos termômetros de

partida e parada dos ventiladores a cada 12 meses do mês 132 ao 264º, onde verificamos

uma redução da confiabilidade acentuada do item, ou seja, em 22 anos a confiabilidade do

item atingiu 41,9%.

Tabela 5.34 – Confiabilidade dos termômetros de partida e parada dos ventiladores.

MÊS 132 144 156 168 180 192 204 216 228 240 252 264

CONFIABILIDADE 1 1 1 1 1 0,999 0,999 0,998 0,991 0,954 0,794 0,419

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

120

Da mesma forma que na Figura 5.65, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.66. Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=261,6623, σ=7,1544

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabil idade de Falha

Dados 1Logís tica-2PMLE SRM MED FMF= 2/ S=2

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose rochaches f12/ 8/200810:18:01

Figura 5.66 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(TR)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.67. ReliaSoft Weibul l++ 7 - www.Rel iaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=261,6623, σ=7,1544

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,040

0,008

0,016

0,024

0,032

Pdf

Dados 1Logística-2PMLE SRM MED FMF=2/S=2

Linha da Pdf

jose rochaches f12/8/ 200810:18:27

Figura 5.67 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(TR)

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

121

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.68. ReliaSoft Weibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=261,66 23, σ=7 ,1544

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

0,200

0,040

0,080

0,120

0,160

Taxa de Fal ha

Dados 1Logís tica-2PMLE SRM MED FMF=2/ S=2

Linha da Taxa de Falha

jose rochaches f12/8/200810:18:40

Figura 5.68 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(TR)

As ações de manutenção neste item são apenas as corretivas, atuando quando

ocorre uma falha de um dos termômetros. Devido à elevação da taxa de falhas (dλ/dt > 0)

sugerimos incluir manutenções preventivas com itens de inspeção, ensaios funcionais,

além de limpeza e aferição com um termômetro padrão se necessário, com periodicidade

bianual, periodicidade esta que deve ser reavaliada posteriormente. Ver comentários ao

final da subseção 5.15.

5.18 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO

CIRCUITO DE COMANDO DOS VENTILADORES

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

circuito de comando dos ventiladores, mostrado na Tabela 5.35, efetuamos as simulações

para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o teste de

aderência, utilizamos o método da Regressão Linear e para o intervalo de confiança,

utilizamos a Matriz de Fisher. Onde a curva de distribuição que melhor aderiu aos dados

foi a Exponencial com λ = 0,0593 e γ = 196,8192 que obtivemos com teste KS da

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

122

aderência para P(Dcrit.<D) = 5,76% e coeficiente de correlação igual a -97,21%. Onde

encontramos o Gráfico da Confiabilidade mostrado na Figura 5.69.

Tabela 5.35 – Histórico de falhas do circuito de comando dos ventiladores.

Tempo da F ID

206 CCM

210 CCM 10 CCM

215 CCM 264 CCM

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.c om.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

λ=0,0593 , γ=196,8192, ρ=−0,9721

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Exponenc ial-2PRRY SRM K-M FMF=5/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jos e roc haches f12/8/200815:54:19

Figura 5.69 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(CCM)

Na Tabela 5.36, mostramos os valores de Confiabilidade do circuito de

comando dos ventiladores a cada 12 meses do mês 162 ao 234º, onde verificamos uma

redução da confiabilidade acentuada do item, ou seja, em 19,5 anos a confiabilidade do

item estava em 11%.

Tabela 5.36 – Confiabilidade do circuito de comando dos ventiladores.

MÊS 162 174 186 198 210 222 234

CONFIABILIDADE 1 1 1 0,932 0,457 0,225 0,11

Page 153: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

123

Da mesma forma que na figura 5.69, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.70. ReliaSoft Weibull ++ 7 - www.Re liaSoft.c om.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

λ=0,0593 , γ=196, 8192, ρ=−0,9721

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabil idade de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRY SRM K-M FMF=5/S= 0

Pontos de DadosLinha de Probabilidade de Falha

jose roc hachesf12/8/200815:56:55

Figura 5.70 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(CCM)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.71. ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

λ=0,0 593, γ=1 96,81 92, ρ=−0, 9721

Tempo, ( t)

f(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,060

0,012

0,024

0,036

0,048

Pdf

D ados 1Exponenci al-2PRRY SRM K-M FMF=5/S=0

Linha da Pdf

jose rochac hesf12/8/ 200815:57:12

Figura 5.71 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha.(CCM)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.72.

Page 154: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

124

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.brGráfico da Taxa de Falha vs Tempo

λ=0,0593, γ=196,8192, ρ=−0,9721

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,090

0,018

0,036

0,054

0,072

Taxa de Falha

Dados 1Exponencial-2PRRY SRM K-M FMF=5/S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/8/200815:57:33

Figura 5.72 – Gráfico da taxa de falha x tempo.(CCM)

Os procedimentos de manutenção adotados nestes itens desde a sua instalação

foram apenas manutenções corretivas com a substituição de contactores e relés auxiliares

quando estes levavam a falha do comando. Desta forma, sugerimos a realização de

manutenção preventiva com os itens de inspeção em cada um dos contactores e relés, além

de ensaios funcionais procurando se antecipar à falha do sistema. Observando a Figura

5.72, verificamos que o item encontra-se com a taxa de falhas constante e as ações de

manutenção preventiva devem ser independentes da idade ou do estagio de vida deste

componente (Moubray, 1997). Sugerimos ainda a elevação dos pontos de supervisão,

identificando falhas de relés auxiliares, contactores etc, antes que eles levem a falha do

sistema. Ver comentários ao final da subseção 5.15.

5.19 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DO

CIRCUITO DE COMANDO DAS BOMBAS DE

CIRCULAÇÃO DE ÁGUA

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas do

circuito de comando das bombas de circulação de água, mostrado na Tabela 5.37,

efetuamos as simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

125

falha. Durante o teste de aderência, utilizamos o método da Regressão linear e para o

intervalo de confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. Onde a curva de distribuição que

melhor aderiu aos dados foi a Normal com µ = 203,8333 e σ = 9,9188, que obtivemos com

teste KS da aderência para P(Dcrit.<D) = 0% e coeficiente de correlação igual a 98,38%..

Onde encontramos o Gráfico da confiabilidade mostrado na Figura 5.73.

Tabela 5.37 – Histórico de falhas do circuito de comando das bombas.

Tempo da F ID

193 CCB 196 CCB

200 CCB 208 CCB

210 CCB 216 CCB

Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=203,8333, σ=9,9188, ρ=0,9838

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabilidade

Dados 1Normal-2PRRX SRM MED FMF=6/S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/8/ 200810:30:30

Figura 5.73 – Gráfico da confiabilidade x tempo.(CCB)

Na Tabela 5.38, mostramos os valores de Confiabilidade do circuito de

comando das bombas a cada 12 meses do mês 138 ao 210º, onde verificamos uma redução

da confiabilidade acentuada do item, ou seja, em 17,5 anos a confiabilidade do item estava

em 26,7%.

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126

Tabela 5.38 – Confiabilidade do circuito de comando das bombas. MÊS 138 150 162 174 186 198 210

CONFIABILIDADE 1 1 1 0,999 0,964 0,722 0,267

Da mesma forma que na Figura 5.73, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.74. ReliaSoft W eibul l++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=203 ,8333 , σ=9 ,9188 , ρ=0, 9838

Tempo, (t)

Probabilidade de Falha, F(t)=1-R(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabili dade de Fa lha

Dados 1Normal-2PRRX SRM MED FMF=6/S=0

Pontos de D adosLinha de Probabi lidade de Falha

jos e rochachesf12/ 8/200810:31:02

Figura 5.74 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(CCB)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.75. Re liaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=203,8333, σ=9,9188, ρ=0 ,9838

Tempo, (t)

f(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,050

0,010

0,020

0,030

0,040

Pdf

Dados 1Normal-2PRRX SRM MED FMF=6/S= 0

Linha da Pdf

jose roc hachesf12/8/200810:31:20

Figura 5.75 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(CCB)

Page 157: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

127

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.76. Rel iaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=203,8333, σ=9,9188, ρ=0,9838

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 300,00060,000 120,000 180,000 240,0000,000

0,700

0,140

0,280

0,420

0,560

Taxa de Falha

Dados 1Normal -2PRRX SRM MED FMF=6/ S= 0

Linha da Taxa de Falha

jose rochaches f12/ 8/200810:31:32

Figura 5.76 – Gráfico da Taxa de falhas x tempo.(CCB)

Observamos, na Figura 5.76, o valor crescente da taxa de falha a partir do mês

180, como os procedimentos de manutenção adotados nestes itens, desde a sua instalação,

foram apenas manutenções corretivas com a substituição de contactores e relés auxiliares

quando estes levavam a falha do comando, sugerimos a realização de manutenção

preventiva com itens de inspeção em cada um dos contactores e relés, além de testes

funcionais procurando se antecipar à falha do sistema. Ver comentários ao final da

subseção 5.15.

5.20 CURVAS DE PROBABILIDADE DE FALHA DA

RESINA DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Após os dados serem apurados e alimentados, a partir do histórico de falhas da

resina do sistema de purificação de água, mostrado na Tabela 5.39, efetuamos as

simulações para identificarmos a função que melhor adere ao histórico de falha. Durante o

Page 158: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

128

teste de aderência utilizamos o método da Regressão Linear e para o intervalo de

confiança, utilizamos a Matriz de Fisher. Onde a curva de distribuição que melhor aderiu

aos dados foi a Gumbel com µ = 183,8843 e σ = 76,7586, que obtivemos com teste KS da

aderência para P(Dcrit.<D) = 14,87% e coeficiente de correlação igual a 88,69%. Onde

encontramos o Gráfico da Confiabilidade mostrado na Figura 5.77.

Tabela 5.39 – Histórico de falha da resina de tratamento de água.

ReliaSoft W eibul l++ 7 - www .ReliaSoft.com.br

Gráfico da Confiabilidade vs Tempo

µ=183,8843, σ=76,7586, ρ=0,8869

Tempo, (t)

Confiabilidade, R(t)=

1-F(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Confiabil idade

Dados 1Gumbel-2PRRY SRM K-M FMF=8/ S=0

Pontos de DadosLinha da Confiabi lidade

jose rochachesf12/8/ 200810:41:54

Figura 5.77 – Gráfico da Confiabilidade x tempo.(RES)

Na Tabela 5.40, mostramos os valores de Confiabilidade da resina de

tratamento de água a cada 12 meses do mês 1 ao 144º, onde verificamos uma redução da

confiabilidade do item, que em 12 anos a confiabilidade do item estava em 55,2%.

Tempo da F ID

70 RES 76 RES

80 RES 199 RES

214 RES 225 RES

228 RES 236 RES

Page 159: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

129

Tabela 5.40 – Confiabilidade da resina de tratamento de água do sistema de resfriamento. MÊS 1 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144

CONFIABILIDADE 0,911 0,899 0,883 0,865 0,843 0,82 0,792 0,762 0,727 0,689 0,647 0,601 0,552

Da mesma forma que na Figura 5.77, encontramos o Gráfico da Função

probabilidade de Falha, mostrada na Figura 5.78. ReliaSoft W eibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Gráfico da Probabilidade de Falha vs Tempo

µ=183,8843, σ=76,7586, ρ=0,8869

Tempo, ( t)

Probabilidade de Falha, F(t)=

1-R(t)

0,000 400,00080,000 160,000 240,000 320,0000,000

1,000

0,200

0,400

0,600

0,800

Probabilidade de Falha

Dados 1Gumbel-2PRRY SRM K-M FMF=8/ S=0

Pontos de D adosLinha de Probabilidade de Falha

jos e rochachesf12/ 8/ 200810:42:28

Figura 5.78 – Gráfico da probabilidade de falha x tempo.(RES)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos a Função

densidade de probabilidade de falha, mostrado na Figura 5.79. ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.com.br

Função Densidade de Probabilidade

µ=183,8843, σ=76,7586, ρ=0,8869

Tempo, (t)

f(t)

0,000 600,000120,000 240,000 360,000 480,0000,000

0,005

0,001

0,002

0,003

0,004

Pdf

Dados 1Gumbel-2PRRY SRM K-M FMF= 8/ S= 0

Linha da Pdf

jos e rochaches f12/8/200810:42:45

Figura 5.79 – Gráfico da função densidade de probabilidade de falha x tempo.(RES)

A partir das Equações mostradas no Capítulo 3, encontramos o Gráfico da taxa

de falha, mostrado na Figura 5.80.

Page 160: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

130

ReliaSoft Weibull++ 7 - www.ReliaSoft.c om.brGráf ico da Taxa de Falha vs Tempo

µ=183,8843, σ=76 ,7586 , ρ=0 ,8869

Tempo, ( t)

Taxa de Falha, f(t)/R

(t)

0,000 500,000100,000 200,000 300,000 400,0000,000

0,800

0,160

0,320

0,480

0,640

Taxa de Falha

Dados 1Gumbel-2PRRY SRM K-M FMF=8/S=0

Linha da Taxa de Falha

jose rochaches f12/8/200810:43:54

Figura 5.80 – Gráfico da taxa de falhas x tempo.(RES)

Foi identificado que o sistema de purificação de água apresenta uma tendência

de elevação da taxa de falhas, devido à saturação da resina de deionização, o que foi

minimizado com a instalação de uma central externa de deionização de água, em 2001

após 180 meses de operação, que propicia o tratamento da água num sistema externo ao

CE e somente com valores de condutividade abaixo de 15µS/m a água é inserida no

sistema de resfriamento, onde é tratada reduzindo sua condutividade de 15 para 1 µS/m.

Com isso os riscos de falha do CE por saturação da resina foram minimizados. Para este

sistema, as manutenções preventivas constam basicamente de verificação se a resina esta

saturada, ou seja, se ela não esta reduzindo a condutividade da água, e em caso afirmativo

ela é substituída por uma nova, estas substituições devem ser realizadas para garantir o

correto funcionamento do sistema de resfriamento, além de trazer uma melhoria para a

confiabilidade do sistema.

5.21 RESULTADO COMPARATIVO DA CONFIABILIDADE

DOS EVENTOS BÁSICOS

A partir da na análise paramétrica dos 20 eventos básicos mostrados

anteriormente, podemos efetuar uma análise comparativa dos valores de Confiabilidade de

cada um desses eventos, como mostrado na Tabela 5.41, onde mostramos a Confiabilidade

de cada um dos 20 eventos nos 22 anos da análise.

Page 161: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

131

Tab

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5.41

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64

Page 162: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

132

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133

Tabela 5.42 – Valores de Confiabilidade de cada um dos eventos básicos ordenados ao

longo dos 22 anos de análise e ações tomadas imediatamente para elevar o desempenho

dos itens com menor Confiabilidade.

EVENTO BÁSICO CONFIABILIDADE AÇÃO IMEDIATA TOMADA PARA MELHORAR

O DESEMPENHO DO ITEM

ELETRON. DE BASE - EB 0,01 Teste e normalização das cartelas eletrônicas

CONDUTIVÍMETRO - RC 0,01 Efetuado aferição do condutivímetro

BOMBA - BR 0,01 Foram substituídas as bombas de circulação de água

AUTOMATISMO CC - FDC 0,01 Efetuado revisão geral dos contactores e relés auxiliares

MANOM. PRES. DIF. - MA 0,01 Efetuado revisão geral dos manômetros

CIRC.COM.BOMBAS - CCB 0,02 Efetuado revisão geral dos contactores e relés auxiliares

CIRC.COM.VENTILADORES - CCM 0,0265

Efetuado substituição dos contactores de alimentação e comando

PROT. DESEQ. NEUTRO - RD 0,035 Efetuado revisão dos ajustes e revisão geral

TUBULAÇÃO DE ÁGUA - AR 0,0458 -

PROTE. BARRA DE 26KV - PB 0,0488 Efetuado revisão dos ajustes e revisão geral

RESINA DE TRAT. - RES 0,058 Instalado nova central de tratamento de água fora do CE

RÉGUA DE INTERLIGAÇÃO - RT 0,1632 -

MICRO SWITCH - MBC 0,188 -

VENTILADORES - HV 0,349 -

CARTELAS EL - EL 0,385 -

TERMOMETROS - TR 0,419 -

CARTELAS Z - Z 0,538 -

TIRISTORES - TT 0,712 -

ISOLADORES - PO 0,808 -

CAPACITORES - CC 0,948 -

Devemos salientar que estas ações foram motivadas pela baixa confiabilidade

dos itens, mas que trataremos de forma permanente no próximo capítulo, através de um

Page 164: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

134

plano de ação, com medidas que devem ser tomadas para prover a melhoria da

confiabilidade do CE ao longo do tempo. Assim, pela ordem de prioridade da mais baixa

confiabilidade dos eventos básicos temos os seguintes eventos Básicos: EB, RC, BR, FDC,

MA, CCB, CCM, RD, AR, PB, RES, RT, MBC, HV, EL, TR, Z, TT, PO, CC. Trataremos

cada um destes itens no plano de ação do Capítulo 6.

5.22 ÁRVORE DE FALHA E CONFIABILIDADE DO CE DA

SE FORTALEZA

Após a análise do histórico de falhas, onde encontramos as curvas de

distribuição de probabilidade de falha de cada uma das causas raízes que possuíam

histórico de falhas suficiente, encontramos a Árvore de Falhas simplificada.

A Árvore de Falhas do CE, mostrada no Anexo III A, possuem 61 causas raízes, das quais,

20 possuem histórico de falhas suficientes para encontrarmos a curva de probabilidade de

falha que melhor adere aos seus históricos. Quanto as 41 restantes, verificamos que 36 não

tinham histórico de falhas nos 22 anos observados e 5 possuíam histórico insuficiente para

levantarmos a curva de probabilidade de falha. Desta forma, adotaremos a Árvore de falha

quantitativa com todos os Eventos Básicos considerando as curvas de probabilidade de

falha dos 20 eventos. Assim, encontramos as curvas de Confiabilidade e Taxa de Falhas

mostradas nas Figuras 5.81 e 5.82 respectivamente.

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135

ReliaSoft BlockSim 7 - www.ReliaSoft.com.br

Confiabilidade vs Tempo

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Confiabilidade

Árvore de Falhas completa do CELinha da Confiabilidade

jose rochachesf12/8/200819:39:30

Figura 5.81 – Gráfico da Confiabilidade do CE considerando os eventos básicos

quantificados da Árvore de Falhas.

ReliaSoft BlockSim 7 - www.ReliaSoft.com.br

Taxa de Falha vs Tempo

Tempo, (t)

Taxa de Falha, f(t)/R(t)

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Taxa de Falha

Árvore de Falhas completa do CELinha da Taxa de Falha

jose rochachesf12/8/200819:43:03

Figura 5.82 – Gráfico da taxa de falhas do CE considerando os eventos básicos

quantificados da Árvore de Falhas.

Page 166: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

136

Podemos observar que a taxa de falhas do CE, encontra-se em crescimento,um

dos fatores que contribuem para a baixa confiabilidade do CE é a forma como os seus

componentes estão associados, com grandes associações em série como podemos observar

no Anexo III B, através do diagrama de blocos do CE. Na Tabela 5.43, mostramos os

valores de Confiabilidade e taxa de falhas do CE.

Tabela 5.43 – Confiabilidade e Taxa de Falha do CE em função do tempo em meses.

MÊS 1 12 24 36 48 60 72 84 96

CONFIABILIDADE 0,995 0,989 0,886 0,688 0,482 0,316 0,104 0,029 0,008

TAXA DE FALHA 0,0239 0,0416 0,1084 0,1797 0,2283 0,2589 0,2955 0,3101 0,3156

Através da Tabela 5.43, constatamos que a confiabilidade do CE tem uma

elevada redução, isso ocorre devido ao fato dos componentes em série no diagrama de

blocos, mostrado no Anexo III B, apresentarem uma baixa confiabilidade o que influi

diretamente na confiabilidade do CE como um todo.

A meta anual de disponibilidade do CE estabelecida é de 99,83%, entretanto, o

CE frequentemente apresenta disponibilidade inferior, da ordem de 99,06%, 99,00%,

99,05%, 98,35%, 99,34% respectivamente dos anos 2003 a 2007, assim, as ações descritas

no Plano de Ação do Capítulo 6 tem o objetivo de elevar a disponibilidade para valores

superiores a 99,83%.

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137

6 COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES

Neste trabalho, através de uma análise qualitativa, utilizando a metodologia da

Árvore de Falhas, foi possível mapear as causas de falha do Compensador Estático da SE

Fortaleza, baseado no histórico das falhas e suas causas, nos manuais e projeto do

equipamento e nas entrevistas com especialistas que acompanharam este equipamento

desde sua montagem continuando até o momento atual. A partir da análise do histórico de

falhas, utilizando o Software Weibull++7, levantamos as curvas de taxa de falha de cada

uma das 20 causas identificadas que possuem histórico de falhas suficiente para a

construção das curvas.

Assim foi possível diagnosticar, através da análise das curvas da taxa de falha

de cada uma destas causas, em que momento da vida cada um destes componentes

encontram-se e quais procedimentos devem ser adotados para elevarmos a Disponibilidade

do CE, procedimentos estes mostrados no plano de ação da Tabela 6.1.

Observando a curva da taxa de falhas de cada uma delas, vemos que existem

componentes que estão no seu período de vida útil e outros que estão em final de vida,

assim, é recomendada a substituição dos que apresentam taxa de falhas crescente,

substituição esta que deve considerar o estado da arte atual, objetivando a melhoria da

Confiabilidade deste item e consequentemente do CE.

Além de tudo isso, durante o levantamento dos dados, observamos a

necessidade de melhoria no registro das ações tomadas, principalmente em relação aos

registros das manutenções. Para tanto, recomendamos treinamento das equipes de

manutenção, no sentido de mostrar a importância do registro do tempo para realização, dos

custos, tipos de manutenção, tal registro será útil para os estudos estatísticos de

confiabilidade, mantenabilidade e disponibilidade. Isto contribuirá para as políticas de

manutenção, com o dimensionamento adequado das equipes, a determinação dos tempos

de manutenção preventiva, a identificação do período de vida que os componentes se

encontram.

Com relação aos procedimentos de manutenção, sugerimos ainda as alterações

citadas no plano de ação seja nos aspectos de manutenção preventiva, corretiva e preditiva,

além da inclusão de itens de manutenção preventiva, também citados no plano de ação, o

Page 168: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

138

que garantirá um melhor funcionamento dos componentes que estiverem no período de

vida útil.

Vale salientar, que na análise da Confiabilidade do CE como um todo

encontramos valores muito baixos, da ordem de 31,6% em 60 meses e se reduzindo a

medida que o tempo passa. Além disso, por ser um dos primeiros CEs a entrarem em

operação, ele apresenta uma tecnologia ultrapassada, principalmente de engatilhamento

dos tiristores, além de todo o sistema de controle ser totalmente analógico, onde existe

deficiências de sobressalentes, o que indica a necessidade de uma modernização.

Além disso, as exigências atualmente de Disponibilidade para o CE da SE

Fortaleza, são bastante elevadas, da ordem de 99,83% ao ano, e uma receita da ordem de

R$ 335.900,71 ao mês, este equipamento apresenta hoje um desempenho bem abaixo do

esperado. Por ser um equipamento de primeira geração, o CE não teve seus componentes

projetados para valores de Confiabilidade exigidos atualmente, o que reforça a necessidade

de uma modernização nos sistemas obsoletos e que apresentam elevada taxa de falha ou

que estão em final de vida útil. Pela análise paramétrica realizada, constatamos que os

diversos componentes têm uma confiabilidade menor que 10%, como mostrado na Tabela

5.40. Assim sugerimos como trabalhos futuro um estudo de viabilidade de modernização

do CE levando em consideração novas tecnologias e os custos associados.

Alguns destes componentes, com baixa confiabilidade, já passaram por ações

de manutenção específicas como no caso das bombas de circulação de água, que foram

substituídas, eletrônica de base, que teve suas cartelas revisadas, etc. Entretanto tais ações

foram motivadas por um baixo desempenho destes sistemas no CE e não por um plano de

manutenção que tenha estas ações sob controle. Assim sugerimos melhorias nos planos de

manutenção, ações das equipes de campo, periodicidade das preventivas, itens de

manutenção preventiva etc.

Com isso sugerimos ações nas causas raízes das falhas do CE de acordo com

sua confiabilidade ao longo do tempo, inclusive se antecipando aos baixos valores de

confiabilidade, que elevam a taxa de falha do CE por completo.Para mostrar todas as

sugestões elaboramos o plano de ação mostrado na Tabela 6.1, onde para cada uma das

ações sugeridas mostramos o menor tempo de indisponibilidade do CE associado a esta

causa de falha sem que a medida sugerida tenha sido realizada.

Page 169: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

139

Tab

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9315

1

Page 170: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

140

BR

Fal

ha d

a bo

mba

de

cir

cula

ção

de

água

do

sist

ema

de r

esfr

iam

ento

Impl

anta

ção

de

Man

uten

ções

pr

even

tiva

s co

m

revi

são

gera

l da

s bo

mba

s

Bia

nual

E

quip

e de

M

anut

ençã

o re

gion

al

Gar

anti

r o

func

iona

men

to

das

bom

bas

com

va

lore

s de

co

nfia

bili

dade

ac

eitá

veis

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Impl

anta

r aç

ões

prev

enti

vas.

5 0,

0570

7762

6

FDC

Fal

ha d

evid

o a

falt

a de

CC

por

fa

lha

no

auto

mat

ism

o do

se

rviç

o au

xili

ar

Ado

tar

um p

lano

de

man

uten

ção

prev

enti

va,

insp

eçõe

s no

s re

lés

auxi

liar

es,

disj

unto

res,

li

mpe

za d

as

cone

xões

, su

bsti

tuiç

ão d

e co

ntat

os

dani

fica

dos

Anu

al

Equ

ipe

de

Man

uten

ção

regi

onal

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue e

ste

item

enc

ont

ra-s

e co

m a

tax

a de

fa

lha

cons

tant

e,

ou s

eja,

dev

em

ser

inte

nsif

icad

as

as i

nspe

ções

poi

s as

fal

has

acon

tece

m

alea

tori

amen

te

Aut

om

atis

mo

do

serv

iço

auxi

liar

Impl

emen

tar

açõe

s de

in

speç

ões

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

6 0,

0684

9315

1

MA

Fal

ha r

elé

de

pres

são

dife

renc

ial

do

sist

ema

de

resf

riam

ento

Impl

emen

tar

insp

eçõe

s e

ensa

ios

func

iona

is

Anu

alm

ente

E

quip

e de

m

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue e

ste

item

enc

ont

ra-s

e co

m t

axa

de f

alha

co

nsta

nte,

o q

ue

indi

ca a

ne

cess

idad

e de

in

tens

ific

ação

da

s in

speç

ões

pois

as

falh

as

ocor

rem

de

form

a al

eató

ria

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Impl

emen

tar

insp

eçõe

s an

uais

.

5 0,

0570

7762

6

Page 171: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

141

CCB

Fal

ha d

os

cont

acto

res

do

circ

uito

de

com

ando

das

bo

mba

s de

ci

rcul

ação

de

água

do

sist

ema

de r

esfr

iam

ento

Impl

anta

ção

de u

m

plan

o de

m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

m

iten

s de

ins

peçã

o em

co

ntac

tore

s e

relé

s e

test

es

func

iona

is, a

lém

de

im

plan

taçã

o de

m

anut

ençã

o pr

edit

iva

por

term

ovis

ão n

os

arm

ário

s de

co

man

do d

as

bom

bas

Man

uten

ção

prev

enti

va A

nual

e

term

ovis

ão

men

sal

Equ

ipe

de

Man

uten

ção

regi

onal

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

do

circ

uito

de

com

ando

das

bo

mba

s en

cont

ra-s

e em

cr

esci

men

to.

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Impl

anta

ção

de

Man

uten

ção

prev

enti

va e

te

rmov

isão

.

4 0,

0456

621

CCM

Fal

ha d

o ci

rcui

to d

e co

man

do d

os

vent

ilad

ores

do

sist

ema

de

resf

riam

ento

Impl

anta

ção

de

Man

uten

ção

prev

enti

va c

om

it

ens

de i

nspe

ção,

li

mpe

za d

os

arm

ário

s e

ensa

ios

func

iona

is e

in

speç

ões

por

term

ovis

ão.

anua

l E

quip

e de

m

anut

ençã

o re

gion

al

Foi

ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho

que

o ci

rcui

to d

e co

man

do d

os

vent

ilad

ores

po

ssui

um

a ta

xa

de f

alha

co

nsta

nte,

e a

s fa

lhas

oco

rrem

de

for

ma

alea

tóri

a.

Cir

cuit

o de

co

man

do

dos

Ven

tila

dore

s do

si

stem

a de

re

sfri

ame

nto

Impl

anta

r cr

itér

ios

de

man

uten

ção

prev

enti

va,

além

das

in

speç

ões

por

term

ovis

ão

6 0,

0684

9315

1

RD

Fal

ha d

o re

lé d

e de

sequ

ilíb

rio

de

neut

ro

Impl

anta

ção

de

Man

uten

ção

prev

enti

va c

om

it

ens

de i

nspe

ção,

li

mpe

za d

os

arm

ário

s, e

nsai

os

func

iona

is e

ac

ompa

nhar

os

cilo

graf

ia

anua

l E

quip

e de

m

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue e

ste

item

enc

ont

ra-s

e co

m t

axa

de f

alha

co

nsta

nte,

ond

e de

vem

os i

nves

tir

em i

nspe

ções

.

Pro

teçã

o de

de

sequ

ilíb

rio

de

neut

ro

Aco

mpa

nhar

os

cilo

graf

ia d

e at

uaçã

o co

rret

a de

sta

prot

eção

e

insp

eçõe

s pe

riód

icas

.

6 0,

0684

9315

1

Page 172: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

142

AR

Fal

ha d

evid

o a

vaza

men

to d

e ág

ua d

o si

stem

a de

res

fria

men

to

por

falh

a na

s tu

bul

açõe

s

Efe

tuar

ins

peçõ

es

nas

cone

xões

das

tu

bul

açõe

s co

m o

s m

ódul

os d

e ti

rist

ores

, sub

stit

uir

os r

epar

os p

or

cone

xões

que

ap

rese

ntem

a

mes

ma

conf

iabi

lida

de

orig

inal

anua

l E

quip

e de

M

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

das

tub

ulaç

ões

pass

ou p

or

elev

ado

cres

cim

ento

, pr

ovoc

ado

por

trin

cas

e fi

ssur

as,

que

fora

m

corr

igid

as c

om

repa

ros/

cola

s e

que

não

apre

sent

am

conf

iabi

lida

de

com

patí

vel

com

o

dese

mpe

nho

espe

rado

do

CE

.

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Cum

prir

o

plan

o de

m

anut

ençã

o pr

even

tiva

e

subs

titu

ir o

s re

paro

s po

r co

nexõ

es c

om

co

nfia

bili

dade

ig

ual

a or

igin

al.

10

0,11

4155

251

PB

Fal

ha d

a pr

oteç

ão d

a ba

rra

de 2

6kV

Am

plia

r os

pon

tos

de o

scil

ogra

fia,

al

ém d

e im

plan

tar

plan

o de

m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

m

lim

peza

dos

ar

már

ios

e in

speç

ão d

as

cart

elas

.

anua

l E

quip

e de

M

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

da

prot

eção

da

barr

a de

26k

V

enco

ntra

-se

cons

tant

e, o

que

in

dica

que

de

vem

os i

nves

tir

em s

uper

visã

o.

Pro

teçã

o da

bar

ra

de 2

6kV

do

CE

Am

plia

r os

cilo

graf

ia,

impl

anta

r M

P e

in

speç

ões.

6 0,

0684

9315

1

RES

Fal

ha d

evid

o à

satu

raçã

o da

re

sina

de

deio

niza

ção

da

água

do

sist

ema

de r

esfr

iam

ento

Cum

prir

ite

m d

o pl

ano

de

man

uten

ção

prev

enti

va d

e ve

rifi

caçã

o do

es

tado

da

resi

na e

su

bsti

tuir

se

nece

ssár

io

Sem

estr

al

Equ

ipe

de

Man

uten

ção

regi

onal

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

do

sist

ema

de

puri

fica

ção

de

água

(re

sina

) en

cont

ra-s

e em

cr

esci

men

to.

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Cum

prir

Pla

no

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva

6 0,

0684

9315

1

Page 173: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

143

RT

Fal

ha d

a ré

gua

de i

nter

liga

ção

da p

laca

de

enga

tilh

amen

to

com

os

tiri

stor

es

Impl

anta

r m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

m

iten

s de

ins

peçã

o do

s co

ntat

os d

as

régu

as, l

impe

za,

reap

erto

dos

co

ntat

os s

e ne

cess

ário

.

Bia

nual

E

quip

e de

M

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

das

régu

as e

sta

em

cres

cim

ento

, o

que

foi

prov

ocad

o po

r m

au c

ont

ato

das

cart

elas

de

enga

tilh

amen

to,

que

fora

m

corr

igid

as c

om

repa

ros

e qu

e nã

o ap

rese

ntam

co

nfia

bili

dade

co

mpa

tíve

l co

m

o de

sem

penh

o es

pera

do d

o C

E,

devi

do a

fal

ta d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

Sis

tem

a de

en

gati

lha

men

to d

os

tiri

stor

es

Impl

anta

r it

ens

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

8 0,

0913

2420

1

MBC

Fal

ha d

o m

icro

sw

itch

do

port

ão d

e ac

esso

aos

ba

ncos

de

capa

cito

res

Cum

prir

ite

ns d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

mo

lim

peza

e e

nsai

os

func

iona

is

anua

l E

quip

e de

m

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue e

ste

item

enc

ont

ra-s

e co

m t

axa

de f

alha

co

nsta

nte,

in

dica

ndo

que

a

falh

as o

corr

em

de f

orm

a al

eató

ria

sem

re

laçã

o co

m o

te

mpo

de

vida

.

Ban

cos

de

capa

cito

res

Cum

prir

pla

no

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva

6 0,

0684

9315

1

Page 174: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

144

HV

Fal

ha d

os

vent

ilad

ores

do

sist

ema

de

resf

riam

ento

Con

clui

r a

subs

titu

ição

das

H

élic

es d

os

vent

ilad

ores

e

impl

anta

r cr

itér

ios

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

m

iten

s de

ins

peçã

o e

subs

titu

ição

de

rola

men

tos

dos

mot

ores

, até

de

héli

ces

que

apre

sent

em t

rinc

as.

anua

l E

quip

e de

m

anut

ençã

o re

gion

al

Os

vent

ilad

ores

ap

rese

ntar

am

elev

ação

da

taxa

de

fal

ha, c

om

o m

ostr

ado

no

Cap

ítul

o 5,

ond

e fo

i ve

rifi

cado

fa

diga

das

lice

s e

estr

utur

as d

e su

sten

taçã

o, f

oi

dese

nvol

vido

um

pr

ojet

o da

s es

trut

uras

em

fi

bra

de v

idro

e a

su

bsti

tuiç

ão d

as

héli

ces,

o q

ue

redu

ziu

as

ocor

rênc

ias

de

falh

a do

s ve

ntil

ador

es.

Ent

reta

nto,

é

prec

iso

uma

roti

na d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

que

ev

ite

a re

peti

ção

da s

itua

ção

atua

l.

Ven

tila

dore

s do

si

stem

a de

re

sfri

ame

nto

Sub

stit

uir

as

héli

ces,

co

nfor

me

espe

cifi

caçã

o, e

im

plan

tar

roti

na d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

8 0,

0913

2420

1

Page 175: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

145

EL

Fal

ha c

arte

las

EL

de

enga

tilh

amen

to

dos

tiri

stor

es

Incl

uir

um p

lano

de

man

uten

ção

prev

enti

va c

om

it

ens

de v

erif

icaç

ão

dos

supo

rtes

de

sust

enta

ção,

re

aper

to d

as

fixa

ções

, tes

tes

nas

cart

elas

, lim

peza

.

Anu

al

Equ

ipe

de

Man

uten

ção

regi

onal

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

das

cart

elas

EL

en

cont

ra-s

e em

cr

esci

men

to, o

qu

e le

va a

um

a ba

ixa

conf

iabi

lida

de d

o C

E.

Sis

tem

a de

en

gati

lha

men

to d

os

tiri

stor

es

Impl

anta

r ro

tina

de

man

uten

ção

prev

enti

va.

8 0,

0913

2420

1

TR

Fal

ha d

o te

rmô

met

ro d

e ac

iona

men

to

dos

vent

ilad

ores

Incl

uir

item

de

man

uten

ção

prev

enti

va d

e in

speç

ões

nos

term

ôm

etro

s,

lim

peza

, ens

aios

fu

ncio

nais

e

afer

ição

se

nece

ssár

io.

Bia

nual

E

quip

e de

M

anut

ençã

o re

gion

al

Ver

ific

ado

nest

e tr

abal

ho q

ue a

ta

xa d

e fa

lha

dos

term

ôm

etro

s es

ta

em c

resc

imen

to,

o qu

e po

de

atin

gir

valo

res

de

baix

a co

nfia

bili

dade

pa

ra o

CE

com

o um

todo

.

Sis

tem

a de

re

sfri

ame

nto

Impl

anta

r it

ens

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

6 0,

0684

9315

1

Z

Fal

ha d

as

cart

elas

Z d

e en

gati

lham

ento

do

s T

iris

tore

s

Incl

uir

plan

o de

m

anut

ençã

o pr

even

tiva

co

m

iten

s de

ins

peçã

o na

s ca

rtel

as e

su

port

e de

su

sten

taçã

o co

m

reap

erto

da

fixa

ção

se n

eces

sári

o

Anu

al

Equ

ipe

de

Man

uten

ção

regi

onal

Ver

ific

amos

, ne

ste

trab

alho

, qu

e a

taxa

de

falh

as d

este

ite

m

apre

sent

ou

elev

ado

cres

cim

ento

, o

que

ocor

reu

devi

do a

fal

ta d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

, vis

to

que

elas

est

ão

suje

itas

a

vibr

ação

pr

oven

ient

es d

o fu

ncio

nam

ento

do

s ti

rist

ores

.

Sis

tem

a de

en

gati

lha

men

to d

os

tiri

stor

es

Impl

anta

ção

de

roti

na d

e m

anut

ençã

o pr

even

tiva

.

8 0,

0913

2420

1

Page 176: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

146

Incl

usão

de

man

uten

ção

prev

enti

va n

as

cart

elas

de

enga

tilh

amen

to

dos

tiri

stor

es E

L e

Z

, evi

tand

o a

dani

fica

ção

das

cart

elas

e

cons

eque

ntem

ente

do

s ti

rist

ores

.

Man

uten

ção

prev

enti

va a

nual

.

TT

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147

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148

7 CONCLUSÕES

Através das Análises da Árvore de Falhas dos 20 eventos básicos, constatamos

que o CE encontra-se com baixos valores de disponibilidade, da ordem de 98% em média

nos últimos 5 anos, ou seja, longe do desejado que seria maior que 99,83%.

Foi constatado que esta baixa disponibilidade deve-se a falta de diversos itens

de manutenção preventiva, além de não conformidade nas ações das equipes de campo,

descritas no plano de ação da Tabela 6.1, onde se mostrou o impacto de cada uma das

ações em termos de tempo de indisponibilidade do CE, com as quais se atinge os valores

de disponibilidade exigidos para este equipamento.

Através deste trabalho, foram identificadas as diversas causas de falha do CE da

SE FTZ, onde foram mostradas as relações dos componentes e como uma falha em um

deles pode interferir no funcionamento do CE. Este estudo serviu para levantar, a partir das

equipes de manutenção, todos os detalhes do funcionamento deste equipamento, além dos

critérios para a realização das manutenções preventivas, quais os componentes críticos do

funcionamento do CE, regras de desconto da parcela variável, elaboração de um diagrama

de blocos que mostra facilmente à inter-relação dos diversos sistemas e sua redundância, e

consequentemente a identificação das causas de falha do CE.

Após esta análise foram identificadas ações que, quando adotadas, reduzem a

indisponibilidade do equipamento, associando para cada uma delas um tempo para

normalização do CE.

A partir deste trabalho, diversas contribuições podem ser verificadas, sejam elas

de natureza acadêmica, relacionadas às ferramentas desenvolvidas em ambientes de estudo

como Diagramas de Blocos, FTA, análises paramétricas, ou empresariais, mais voltadas

para as práticas de engenharia de manutenção.

A contribuição de natureza acadêmica foi a aplicação da FTA do CE mostrada

no Anexo IIIA, além de um estudo estatístico do histórico de falhas para diagnosticar e

mapear as causas de falha do CE, mostrando as relações das falhas dos diversos

componentes constituintes do CE e como elas levam à falha do compensador. Além disso,

foi realizada uma análise paramétrica do histórico das falhas traçando-se as curvas de taxa

de falha, confiabilidade dentre outras, fundamentais para uma análise estatística do

histórico das falhas de cada um dos componentes.

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149

Além disso foi mostrado, como contribuição para a área de engenharia, as

recomendações levantadas a partir da análise da Árvore de Falhas e da análise paramétrica

do histórico de falhas do CE que propôs melhorias nos planos de manutenção, nas

atividades de campo, em componentes do CE, etc. Estas recomendações apresentam ações

que atuam em cada um dos componentes, através de inclusão de planos de manutenção,

para determinados componentes, inclusão de itens de supervisão, correções nas atividades

de campo, etc. Estas ações vão desde melhorias nas atividades de manutenção, passando

pelo cumprimento dos itens de manutenção, até chegar a melhorias em projetos de

componentes.

Dando continuidade a este trabalho, diversas pesquisas podem ser

desenvolvidas, dentre elas podemos citar:

• Levantamento de causas de falhas dos diversos equipamentos como:

transformadores, reatores, compensadores síncronos, linhas de

transmissão, bancos de capacitores, geradores, sistemas de produção

industriais, etc. Onde, a partir de estudos quantitativos e qualitativos,

como o realizado neste trabalho, identifica-se as causas de falha de um

sistema além das curvas de probabilidade de falha dos componentes

que o constituem, atuando nos itens que mais contribuem para o mau

desempenho do sistema, buscando identificar as causas desses itens

possuírem baixa disponibilidade, seja por aspectos de manutenção,

projeto, operação, etc.

• Outra sugestão de trabalho futuro é a incorporação dos aspectos de

custos de manutenção às recomendações formuladas nos diagnósticos

obtidos neste trabalho.

• Além disso, devem-se realizar estudos de melhorias utilizando novas

tecnologias no CE, devido ao fato deste ser um dos primeiros a serem

instalados no mundo e apresentarem sistemas obsoletos, com

dificuldade de aquisição de sobressalentes junto aos fabricantes.

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150

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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disposições relativas à qualidade do serviço público de transmissão de energia elétrica,

associada à disponibilidade das instalações integrantes da rede básica, e dá outras

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2005. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas.

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SIEMENS. Manual de Fabricação do Compensador Estático, Alemanha. 1980.

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153

ANEXO I

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA: “Graduação dos indicadores Gravidade e Detectabilidade das causas de falha do Compensador Estático da SE Fortaleza”.

Esta pesquisa tem o objetivo de graduar os indicadores Gravidade de acordo com a experiência de diversos especialistas e conforme a escala abaixo.

POUCA IMPORTÂNCIA 1 a 3

MODERADAMENTE

GRAVE

4 a 6

GRAVE 7 a 8

GRAVIDADE (G) EXTREMAMENTE

GRAVE

9 a 10

Considerando detectabilidade como sendo a capacidade de se detectar a falha do

item antes mesmo dela ter ocorrido.

Gostaríamos de contar com sua colaboração ao responder este questionário. Suas

respostas serão analisadas e colocadas num banco de dados. A identificação não será

obrigatória.

Assim, em conformidade com seus conhecimentos gradue os indicadores de

gravidade com uma numeração de acordo com a escala proposta.

CÓD.

DESCRIÇÃO DA CAUSA DE FALHA

GRAVIDADE

DESCONHEÇO

OCO Falha por obstrução circulação de óleo

CCE Falha por curto-circuito entre espiras

DNI

Falha por descarga no núcleo por degradação do isolamento das lâminas do núcleo

VGX Falha por vazamento de óleo por gaxetas de vedação

VCS Falha por vazamento de óleo isolante por corrosão elevada

RFT Falha do sistema dos ventiladores dos transformadores de alimentação

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154

DIE

Falha devido à degradação do isolamento das espiras dos enrolamentos

VRG Falha por vazamento de óleo do relé de gás

CIO Falha devido à complementação insuficiente de óleo no transformador

VFR Falha devido ao fechamento da válvula de circulação de óleo do relé de gás

BIR Falha devido ao baixo isolamento régua de ligação do relé de gás

ACR

Falha por penetração de animais/insetos no circuito de ligação do relé de gás

BFR Falha devido à bóia furada do relé de gás

FBR Falha por anormalidade no sistema de fixação da bóia do relé de gás

DEB Falha por descarga elétrica pela superfície externa da bucha de 230kV

VGB Falha devido a vazamento pela gaxeta de vedação da bucha

TPB Falha devido à fissura ou trinca na porcelana da bucha

DTB Falha por descarga elétrica por falha na isolação do tap capacitivo da bucha

CDE Falha na conexão do comutador de tap a vazio do enrolamento de alta

FF Falha por fadiga do elo fusível

CC Falha isolação interna da célula capacitiva

RD Falha do relé de desequilíbrio de neutro

MBC Falha do micro switch do portão de acesso aos bancos de capacitores

HV Falha dos ventiladores do sistema de resfriamento

FH Falha devido à manobra inadequada pelo homem

TR Falha do termômetro de acionamento dos ventiladores

RC Falha condutivímetro

MA Falha relé de pressão diferencial do sistema de resfriamento

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155

ISR Falha do isolamento das bobinas do reator de aterramento

POR Falha devido à poluição nas buchas do reator de aterramento

VEG Falha devido à vegetação elevada nos bancos de capacitores

EBR Falha isolação bucha de 26kV do reator de aterramento

AR

Falha devido a vazamento de água do sistema de resfriamento por falha nas tubulações

EL Falha cartelas EL de engatilhamento dos tiristores

EB Falha do circuito de eletrônica de base

RT Falha da régua de interligação da placa de engatilhamento com os tiristores

PO Falha devido à descarga superficial nos isoladores de 26kV por poluição

TIS Falha devido à trinca em isoladores de 26kV

PR Falha da isolação do para raios de 26kV

TT Falha por fadiga do tiristor

CED Falha da câmara de extinção do disjuntor de 26kV

COD Falha do circuito de comando do disjuntor de 26kV

BR Falha da bomba de circulação de água do sistema de resfriamento

SC Falha do sincronizador

CEB Falha conversores da eletrônica de base

RE Falha do regulador

FFI Falha devido à descarga superficial na fibra isolante de 26kV

PB Falha da proteção da barra de 26kV

FPR Falha isolação dos para raios de 230kV

FEP Falha devido à descarga externa nos pára-raios 230kV por poluição

PIS Falha por fuga a terra por poluição nos isoladores de 230kV

TIS Falha por trinca nos isoladores de 230kV

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156

ISA Falha por fuga a terra devido à falha de isolamento circuito DC de alimentação

FDC Falha devido à falta de DC por falha no automatismo do serviço auxiliar

RTA Falha devido à anormalidade no retificador

BTA Falha devido à baixa condutividade nas baterias por corrosão interna

ISC

Falha devido à sobretensões transitórias superiores a especificada para os isoladores de 26kV

CCM Falha do circuito de comando dos ventiladores do sistema de resfriamento

CCB

Falha dos contactores do circuito de comando das bombas de circulação de água do sistema de resfriamento

RES

Falha devido à saturação da resina de deionização da água do sistema de resfriamento

Z Falha das cartelas Z de engatilhamento dos Tiristores

REN

Falha devido à sobretensões maiores que o especificado devido a ressonâncias por transitórios no 500kV

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157

ANEXO II

O PODER REGULAMENTADOR E A PARCELA

VARIÁVEL

Este estudo é de fundamental no cenário do setor elétrico nacional se encontra,

onde a remuneração de cada ativo é avaliada com base em regras estabelecidas pelo órgão

regulador e que valorizam a disponibilidade dos ativos, conforme discutiremos nos

parágrafos a seguir.

Ao final dos anos 90, segundo Tondello (2007), o setor elétrico brasileiro

iniciou um processo de reestruturação, onde a desverticalização, separação da geração,

transmissão e distribuição, foi implantada. A transmissão, devido a suas características de

monopólio natural, permaneceu regulada.

Com essa reestruturação, a transmissão extrai sua renda pela “Receita

Assegurada” . Essa Remuneração, fixada pela ANEEL (Agencia Nacional de Energia

Elétrica), visa propiciar à transmissora uma remuneração adequada aos seus ativos, bem

como assegurar os custos de manutenção e operação.

Entretanto, essa forma de remuneração, tende a estimular um cenário onde a

qualidade do serviço prestado não seja perseguida, pois não há incentivo algum para que a

disponibilidade dos ativos seja maximizada.

Outra figura presente neste cenário é o Operador Nacional do Sistema – ONS,

que busca a obtenção de um ponto de operação com mínimo custo e ao mesmo tempo

seguro, o que necessariamente implica na maximização da disponibilidade dos ativos que

compõem o sistema de transmissão. Assim, para estimular a busca da disponibilidade dos

ativos da transmissão, a ANEEL inseriu o conceito de “Parcela Variável” da receita, que

segundo Resolução ANEEL 270 de 26 de junho de 2007 no seu artigo XV, onde é definido

Parcela Variável por Indisponibilidade – PVI como sendo: “parcela a ser deduzida do

pagamento base por desligamentos programados ou outros desligamentos decorrentes de

eventos envolvendo o equipamento principal e/ou os complementares da Função

transmissão – FT*.”

* Função Transmissão – Conjunto de instalações funcionalmente dependentes, considerado de forma

solidária para fins de apuração da prestação de serviços de transmissão, compreendendo o equipamento

principal e os complementares, conforme estabelecido na resolução Normativa da ANEEL 191 de 12 de

dezembro de 2005.

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158

Este conceito de Parcela Variável, envolve o estabelecimento de penalidades

proporcionais à indisponibilidade dos ativos de transmissão. Desta forma, todas as vezes

que uma Função Transmissão – FT fica indisponível, independente se a indisponibilidade

seja programada ou não, ocorre uma redução da receita, proporcional ao tempo da

indisponibilidade e à receita da Função. No caso de falhas (desligamentos não

programados), a redução é 15 vezes maior que as programadas.

O desconto pela indisponibilidade de ativos é calculada, conforme resolução

270 de 26 de junho de 2007 da Aneel, através da Equação II.1 a seguir:

+

= ∑∑

==

0

11

014401440

N

i

ii

NP

i

iP DVODKD

PBDVDPK

D

PBPVI (II.1)

Onde:

PB = Pagamento Base da função transmissão - FT;

ΣDVDP e ΣDVOD = Somatórios da Duração Verificada de Desligamento

Programado e da Duração verificada de Outros Desligamentos de uma FT: correspondem

aos somatórios das durações, em minutos, de cada Desligamento Programado e de Outros

Desligamentos da FT ocorridos durante o mês, consideradas as condições a seguir:

(a) se, no período contínuo de onze meses anteriores ao referido mês, a duração

acumulada dos desligamentos Programados ou dos Outros Desligamentos for igual ou

superior que a duração do correspondente padrão, será considerado, para efeito de desconto

da PVI, o valor do respectivo somatório das durações ocorridas no mês; e

(b) se, no período contínuo de onze meses anteriores ao referido mês, a duração

acumulada dos desligamentos Programados ou dos Outros Desligamentos for inferior que a

duração do correspondente padrão, será considerado, para efeito de desconto da PVI, o

valor positivo da diferença entre a duração acumulada acrescida do respectivo somatório

das durações ocorridas no mês e a duração do correspondente padrão;

KP = Fator multiplicador para Desligamento Programado;

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159

KO = Fator multiplicador para Outros Desligamentos com duração de até 300

minutos.

Nesta fórmula, este fator será reduzido para Kp após o 300º minuto, observadas

as condições a e b.acima estabelecidas;

D = Número de dias do mês da ocorrência;

NP = Número de Desligamento Programado da FT ocorrido ao longo do mês; e

NO = Número de Outros Desligamentos da FT ocorridos ao longo do mês.

A seguir segue o padrão de duração de desligamentos, padrão de freqüência de

outros desligamentos e fatores k0 e kp.

Tabela II.1 – Anexo da resolução normativa Aneel 270 de 26 de junho de 2007, que

trata do padrão de duração de desligamentos.

Padrão de Duração de Desligamento

Fator Ko Fator Kp Função Transmissão

Família de equipamento

Progra- mado

(Hora/ano)

Outros (hora/ano)

Padrão de freqüência dos outros

desligamentos (desl./ano)

Ano 1

Ano 2

Ano 1

Ano 2

≤ 5km* 26,0 0,5 1 > 5km e ≤ 50km*

26,0 1,4 1

> 50 km – 230kV

21,0 2,5 4

345 kV 21,0 1,5 3 440kV 38,0 2,8 3 500kV 38,0 2,3 4 750kV 38,0 2,3 4

100 150 6,57 10 LT

Cabo Isolado(*)

54,0 22,0 - 50 50 2,5 2,5

≤ 345 kV 21,0 2 1 TR >345kV 37,0 2 1

100 150 6,57 10

≤ 345 kV 58 2 1 REA >345kV 26 2 1

100 150 6,57 10

CRE (*) 73,0 34,0 3 100 150 5,0 7,5 CSI (*) 666,0 17,0 3 50 50 2,5 2,5 BC (*) 46,0 3,0 3 50 100 2,5 2,0

CR

CSE (*) 20,0 6,0 3 100 150 5,0 7,5

LEGENDA:

LT- Linha de Transmissão

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160

TR- Transformação

CR- Controle de Reativo

REA- Reator

CRE- Compensador Estático

CSI- Compensador Síncrono

BC- Banco de Capacitor

CSE- Compensação Série

Ko- Fator multiplicador para Outros Desligamentos

Kp- Fator multiplicador para Desligamento Programado

Ano 1 e Ano 2- Períodos que correspondem ao primeiro e segundo ano de

implantação da metodologia,

Na Tabela II.2 temos o percentual de 25% dos desligamentos.

Tabela II.2 – Percentual de 25% da Duração de desligamentos

Percentual de 25% da Duração de

Desligamento

Função

Transmissão

Família de

Equipamento Programado

(hora/ano)

Outros

(hora/ano)

≤ 5 km (*) 4,3 0,1

>5 km e

≤ 50 km (*)

4,3 0,1

> 50 km –

230 kV

3,8 0,14

345 kV 3,8 0,15

440 kV 6,7 1,1

500 kV 6,7 0,36

750 kV 6,7 0,36

LT

Cabo Isolado (*) 23,5 0,7

≤345 kV 4,7 0,06

TR > 345 kV 7,2 0,06

≤ 345 kV 4,3 0,06

REA > 345 kV 2,4 0,06

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161

CRE (*) 25,5 2,23

CSI (*) 49,5 0,56

BC (*) 5,0 0,06

CR

CSE (*) 0,15 0,1

Desta forma, o que os agentes de transmissão buscam é minimizar os

desligamentos programados, que são necessários para a realização das manutenções

preventivas, e os intempestivos, não esquecendo de ao mesmo tempo conservar a

confiabilidade do sistema, de forma que resulte na menor perda de receita possível. Para

atingir este objetivo podem-se seguir dois caminhos, o primeiro é executar as manutenções

sem o desligamento das FT, o que nem sempre é possível seja por questões técnicas ou de

segurança. A segunda é planejar os desligamentos da melhor forma possível evitando

desligamentos desnecessários e com enfoque na menor redução na receita possível.

A resolução da ANEEL 270 de 26 de junho de 2007, estabelece para cada FT

uma franquia de tempo para desligamentos programados. Assim, é possível estabelecer

uma estratégia para programar as manutenções, antecipando-as ou retardando-as, de forma

a não ultrapassar a franquia.

Além disto a ANEEL definiu a possibilidade de um ganho adicional de receita,

desde que o tempo total de desligamentos programados e não programados não tenham

ultrapassado determinado valor, estabelecido para cada FT. Assim, da mesma forma que

com a franquia, é possível estabelecer uma estratégia para receber este adicional para

alguma FT. O valor para o qual o adicional é calculado conforme a resolução trata no seu

art. 31, “A concessionária de transmissão receberá um adicional à RAP vinculado a uma

FT, quando a duração de Outros Desligamentos da FT, acumulada no período contínuo de

12 (doze) meses anteriores ao mês de maio, incluindo este, for igual ou inferior ao

correspondente valor estabelecido na tabela do item 2 do Anexo desta Resolução”.

Este trabalho mostra uma metodologia que permite identificar as causas de

falha de um Compensador estático instalado na Subestação de Fortaleza que apresenta

elevada receita e consequentemente elevados descontos pela parcela variável, além de

identificar as causas, mostraremos sugestões de melhorias para reduzir a indisponibilidade

do mesmo e consequentemente dos descontos pela Parcela Variável – PV, através de um

plano de ação.

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162

Na Tabela II.3 podemos observar os valores de remuneração dos diversos

equipamentos de regulação da Chesf na regional de Fortaleza, podemos observar que o CE

é um dos equipamentos de maior remuneração e essa foi uma das razões para levantarmos

as suas causas de falha.

Tabela II.3 – Valores de remuneração dos ativos de regulação da Regional de Fortaleza da

Chesf.

GR SE COD OP BAY DE EQUIP

BAY PARA TOTAL

N FTZ CE 12.083,40 278.318,66 0,00 335.900,10 N MLG CE 12.083,40 155.949,02 0,00 168.032,42

N BNB 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N BNB 04H2 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27

N DMG 04H1 14.242,87 10.707,87 0,00 24.950,74 N FTZ 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27

N MLG 04H1 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27 N MLG 04H2 12.083,40 10.707,87 0,00 22.791,27

N MSD 06H1 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N MSD 06H2 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07

N MSD 06H3 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N MSD 06H4 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07

N SBD 01H1 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07 N SBD 01H2 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07

N SBD 01H3 1.217,86 891,21 0,00 2.109,07

Após levantarmos as causas mais relevantes a partir da Árvore de falhas do CE,

levantaremos melhorias para minimizar a redução na sua remuneração pela Parcela

Variável.

Na Tabela II.4 são mostrados os valores de tempo estimados para manutenção

corretiva em cada uma dos eventos básicos identificados na análise paramétrica deste

trabalho, com os respectivos valores de descontos da parcela variável devido.

Tabela II.4 – Valores de desconto por Parcela Variável por falha do CE devido a cada um

dos eventos básicos da análise paramétrica.

IMPACTO DAS CAUSAS DE FALHA DO CE NA PARCELA VARIÁVEL - PV

CAUSA TEMPO DE MC DESCONTO DA PV

ELETRON. DE BASE - EB 4 93305,58333

CONDUTIVÍMETRO - RC 4 93305,58333

BOMBA - BR

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163

1 23326,39583

AUTOMATISMO CC - FDC 2 46652,79167

MANOM. PRES. DIF. - MA 4 93305,58333

CIRC.COM.BOMBAS - CCB 4 93305,58333

CIRC.COM.VENTILADORES - CCM 4 93305,58333

PROT. DESEQ. NEUTRO - RD 4 93305,58333

TUBULAÇÃO DE ÁGUA - AR 5 116631,9792

PROTE. BARRA DE 26KV - PB 3 69979,1875

RESINA DE TRAT. - RES 4 93305,58333

RÉGUA DE INTERLIGAÇÃO - RT 6 139958,375

MICRO SWITCH - MBC 3 69979,1875

VENTILADORES - HV 6 139958,375

CARTELAS EL - EL 4 93305,58333

TERMOMETROS - TR 4 93305,58333

CARTELAS Z - Z 4 93305,58333

TIRISTORES - TT 8 186611,1667

ISOLADORES - PO 6 139958,375

CAPACITORES - CC 6 139958,375

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164

ANEXO

III A

ISA

E

PB

E

FH

HV

HV

CC

BC

CM

PO

Z

Z

EFA

LHA

ELEM

ENTOS

COMUNS

E

RT

AB

TA

ISA

DJ

A

RT

AB

TA

E

DJ

AIS

A

OU

OU

ISA

DJA

FD

C

EE

FF

IP

B

FP

R

FE

PP

IST

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EB

SC

CE

BR

E

BR

AR

RC

CD

ED

NI

CC

EO

CO

VG

RD

IER

FT

VC

SV

GX

CIO

VF

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IRA

CR

BF

RF

BR

DE

BV

GB

TP

BD

TB

DN

IC

CE

OC

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DE

VG

RD

IER

FTV

CS

VG

XC

IOV

FR

AC

RB

IRB

FR

FB

RD

EB

VG

BT

PB

DT

B

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XV

CS

RF

TD

IEV

GR

CIO

VF

RB

IR

AC

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FR

FB

RC

CE

DE

BV

GB

TP

BO

CO

CD

ED

TB

DN

I

FA

LHA

TR

AN

SF

OR

MA

DO

RF

AS

E C

FA

LHA

TR

AN

SF

OR

MA

DO

RF

AS

E B

FA

LHA

TR

AN

SF

OR

MA

DO

RF

AS

E A

FA

LHA

DO

TR

AN

SF

OR

MA

DO

R

FA

LHA

SIS

TE

MA

DE

RE

SF

RIA

ME

NT

O

FA

LHA

DO

ISO

LAM

EN

TO

FA

LHA

SE

RV

IÇO

AU

XIL

IAR

(AL

IME

NT

.D

C)

FA

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DO

CIR

CU

ITO

DE

DIS

PAR

O D

OS

TIR

IST

OR

ES

Fal

ha d

ore

ator

Fal

ha d

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lé d

e g

ás

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ha

da

part

e a

tiva

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ha d

asb

ucha

s

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CC

DE

BV

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IV

CS

VG

X

Ban

co d

ec

apac

itor

es

TP

BD

TB

OC

OC

CE

RF

TD

IEC

IOV

GR

VF

RA

CR

BIR

BF

RF

BR

EL

RT

Tir

isto

res

RD

MB

C

TT

EB

Fal

ha d

isju

nção

19Q

2

PO

FALH

AREDUNDÂNCIA

DELT

A

CO

DC

ED

PR

Fal

hais

ola

me

nto

TIS

ISC

PO

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ha s

iste

ma

dere

sfri

amen

to

AR

MA

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TR

EB

EL

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ha e

letr

ônic

a do

stir

irst

ore

s

ZIS

RFal

ha r

eato

r d

eat

erra

men

to

PO

RE

BR

ISR

PO

RE

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EL

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Z

AR

MA

TR

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PR

PO

TIS

ISC

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CE

DC

OD

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TT

EB

FF

CC

RD

MB

C

DE

BV

GB

TP

BD

TB VG

RC

IOV

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BIR

AC

RB

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R

CC

ED

NI

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XV

CS

RF

TD

IEO

CO

Fa

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do

rel

é d

eg

ás

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ha

da

par

te a

tiva

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ha

das

buch

as

Ban

co d

eca

pac

itore

sT

iris

tore

sF

alh

adi

sjun

ção

19Q

1

Fal

hais

olam

ento

Fal

ha s

iste

ma

de

resf

riam

ento

Fal

hael

etr

ônic

a do

stir

irst

ores

Fa

lha

rea

tor

dea

terr

amen

to

FAL

HA

DA

RE

DU

ND

ÂN

CIA

Y

OU

FALHA DO CE

Fa

lha

do

rea

tor

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165

ANEXO

III B

Inicio

OCO

OCO

DNI

CCE

VGX

DNI

VCS

VGX

RFT

VCS

DIE

RFT

CCE

DIE

CIO

VGR

VFRCIO

BIR

VFR

ACR

BIR

BFR

ACR

FBR

BFR

VGR

FBR

DEB

DEB

VGB

VGB

TPB

TPB

DTB

RD

FF

RD

CC

FF

CC

MBC

MBC

ZEL

RT

TTEB

POCED

COD

PRISC

PBMA

TRAR

RT

EBEL

ZISR

POREB

R

POREB

RISR

ZEL

EB

RTTR

MA

AR

TIS

PO

ZPB

POTIS

ISC

ELPR

COD

CED

PO

EBRT

TT

CDE

OCO

CCE

DNI

VGX

VCS

RFT

DIE

VGR

CIO

VFR

ACR

BIR

BFR

FBR

DEB

VGB

TPB

DTB

CDE

OCO

CCE

DNI

VGX

VCS

RFT

DIE

VGR

CIO

VFR

BIR

ACR

BFR

FBR

DEB

VGB

TPB

DTB

CDE

OCO

CCE

DNI

VGX

VCS

RFT

DIE

VGR

CIO

VFR

BIR

ACR

BFR

FBR

DEB

VGBTPB

DTB

EB SCCEB

RE

FFI

FPR

PBPO

FEP

PIS

FDC

ISA

TIS

DTB

CCB

CCM

RC

HVHVFH

BR

ISA

DJA

Extra4

ISA

ISA

RTA

BTA

DJA

BTA

DJA

RTA

Extra3

AR

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166

ANEXO IV

Tabela IV.1 - Dados técnicos Nominais dos tiristores do CE da SE FTZ

Dados Técncos Nominais do Tiristor – tipo

BstT68H280S15

Valor

VDRM – Tensão repetitiva de pico direta 4,2 kV

VRRM – Tensão repetitiva de pico reverso 4,2 kV

IDRM – Corrente máxima repetitiva de

fuga direta (Tj = 90°C)

250mA

IRRM – Corrente máxima repetitiva de fuga

reversa (Tj = 90°C)

250mA

IT(RMS) – Corrente eficaz de condução (Tj

= 25°C)

2200A

ITSM – Corrente de surto de condução 23000A

VTM – Queda de tensão máxima no estado

de condução (Tj = 90°C)

2V

Dv/dt – Taxa crítica de crescimento da

tensão direta (Tj = 90°C)

1kV/µs

Di/dt – Taxa critica de crescimento da

corrente de condução (Tj = 90°C)

50ª/µs

I2t – Capacidade máxima de não repetitiva

no sentido direto

2,65 x 106 A2s

IGT – Corrente mínima de gatilho 400mA

IH – Corrente mínima de condução (Tj =

25°C)

250mA

td – tempo de comutação 600 µs

Faixa de operação contínua da temperatura

de junção

-30°C a + 120°C

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167

ANEXO V

ESTIMAÇÃO DE PARÂMETROS DE CURVAS DE

PROBABILIDADE DE FALHA UTILIZADAS NA ANÁLISE

DO HISTÓRICO DE FALHAS DO CE

Agora, transcreveremos a tradução realizada do manual do programa

Weibull++7, da Reliasoft, relativa às técnicas de levantamento dos parâmetros de uma

curva de probabilidades de falha a partir de um histórico pré-conhecido. A partir dos

parâmetros, obtêm-se as curvas que melhor se aderem aos pontos obtidos pelo histórico de

falhas.

V - Método da Regressão Linear (mínimos quadrados)

O método dos mínimos quadrados, consiste na linearização dos pontos de um

gráfico sobre uma reta, tal que a distancia de cada um destes pontos a reta seja a menor

possível

Para entender este método considere os pontos com as seguintes coordenadas

(x1, y1), (x2, y2),..., (xn, yn), este método consiste em minimizar as distancias de cada um

destes pontos à reta que passa por eles, sejam verticais para a minimização em Y e

horizontais para as em X. Onde pretendemos encontrar os parâmetros â e b da equação da

reta que possuem a menor distância para os pontos considerados.

Assim, temos a equação representativa destes pontos.

( ) ( )∑ ∑= =

∧∧

−+=

−+

N

i

N

i

iiii ybxabayxba1 1

22

,min (V.1)

Onde:: â e ^b são os parâmetros estimados de a e b;

N = número de pontos.

As equações dos parâmetros estimados de a e b são:

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168

xbyN

x

bN

y

a

N

i

i

N

i

i ∧=

∧=

−=−=∑∑

11 (V.2)

e

N

x

x

N

yx

yx

bN

i

iN

i

i

N

i

i

N

i

iN

i

ii

2

1

1

2

11

1

..

−=

∑∑

∑∑∑

=

=

==

=∧

(V.3)

As equações anteriores são para a regressão linear no eixo x. Para a regressão

linear em y a metodologia é idêntica.

V.2 Método da Máxima Verossimilhança (MLE)

Do ponto de vista estatístico, o método de estimação de máxima

Verossimilhança, é considerado um dos mais robustos das técnicas de estimação de

parâmetro. Este método é apresentado nesta seção para dados completos, ou seja, dados

que só consistem em único tempo para fracasso.

A idéia básica da MLE é obter os valores prováveis dos parâmetros, para uma

determinada distribuição que melhor representará os dados.

Como um exemplo, considere os dados de falhas (-3, 0, 4) e assuma que você

está estimando a média dos dados. Agora, se você tem que escolher o valor provável para a

média de -5, 1 e 10, qual você escolheria? Provavelmente, neste caso, o valor seria 1.

Semelhantemente, no MLE, a pessoa determina valores prováveis para o(s) parâmetro(s)

da distribuição.

O MLE é formulado matematicamente da seguinte forma::

Se x é uma variável aleatória contínua com pdf:

),......,,;( 21 kxf θθθ

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169

Onde: θ1, θ2,....., θn são k parâmetros desconhecidos que precisam ser

calculados, com R observações independentes e x1, x2,....., xR, que correspondem aos

tempos de falha da análise dos dados de vida. A função de Verossimilhança é determinada

por:

( )

Ri

xfLxxxLR

i

kiRk

,......,2,1

),......,,;(,......,,|,.....,,1

212121

=

== ∏=

θθθθθθ (V.4)

A função de Verossimilhança logarítmica é determinada por:

∑=

==∆R

i

kixfL1

21 ),......,,;(lnln θθθ (V.5)

A máxima Verossimilhança é a estimação dos parâmetros de θ1, θ2,....., θn que

são obtidos através da maximização de L ou ∆.

Maximizando ∆, que é muito mais fácil trabalhar do que com L, o estimador

máximo de Verossimilhança (MLE) de θ1, θ2,....., θn são as soluções simultâneas das k

equações tal que:

kjj

,....,2,1,0 ==∂

∆∂θ

(V.6)

Como pode ser visto nas equações V.4, V.5 e V.6, o método de MLE é

independente de qualquer tipo de valores. Por isto, a solução de MLE parece

freqüentemente não localizar os dados no ponto de probabilidade. Isto é perfeitamente

aceitável desde que os dois métodos são independentes um do outro.

O método de MLE tem muitas propriedades o que torna sua utilização muito

atraente. Este método, com conjuntos que possuem grandes amostras, converge para

valores à direira.. É um método eficiente com grandes amostras onde ele produz

estimativas precisas. A distribuição das estimativas é normal, se a amostra é bastante

grande, e é a base para os o intervalo de confiança da Matriz Fisher que será discutida mais

adiante.

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170

O método MLE pode tratar suspensões e dados de intervalos melhores que nas

regressões lineares, particularmente quando se trata de um conjunto de dados fortemente

censurado com poucas falhas ou quando os tempos censurados são distribuídos

desigualmente. Também pode proporcionar estimativas para uma ou nenhuma observação

de falhas, o que a regressão não pode fazer.

Como regra de utilização, segundo a Reliasoft (2005), é recomendada utilizar

técnicas de regressão quando os tamanhos de amostras forem pequenos e sem censura.

Quando existir censura, e uma proporção alta de dados de intervalo for presente e/ou

quando o tamanho da amostra for suficiente, MLE deve ser escolhido.

V.2.1 Função Verossimilhança completa (MLE)

Com o conceito da metodologia da máxima verossimilhança apresentada

iremos agora mostrar a função Verossimilhança completa, calculada com os diferentes

tipos de dados que compõem a verossimilhança, dados censurados a direita, e dados

censurados a esquerda. Depois de incluir as condições para os diferentes tipos de dados, a

função Verossimilhança pode ser expressa na forma completa a seguir.

(V.7)

Onde: ( )PMRk IISSTTLL ,....,,,....,,,....,|,....., 1111 θθ→ e:

o R é o número de unidades com falhas exatos ;

o M é o número de unidades suspensas;

o P é o número de unidades com censura a esquerda ou intervalo de tempo para

falha;

[ ]

[ ]∏

∏∏

=

==

−=

P

l

klLklv

M

j

kji

R

i

ki

IFIF

SFTfL

12121

121

121

.),......,,;(),......,,;(.

.),......,,;(1.),......,,;(

θθθθθθ

θθθθθθ

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171

o θk são os parâmetros da distribuição;

o Ti é o iª tempo para a falha;

o Sj é o jª tempo de suspensão;

o Ilv é o fim do intervalo de tempo do grupo de lª;

o IlL é o começo do intervalo de tempo do lª grupo;

O número total de unidades é N = R + M + P que deve ser observado que R, M

ou P é zero é assumido que o termo de produto associado a eles é um e não zero.

V.3 Intervalo de Confiança

Um dos conceitos mais importantes para um engenheiro de confiabilidade é

estimar a precisão de uma estimativa. Este é um conceito importante no campo de

confiabilidade, ele leva ao uso de intervalos de confiança. Nesta seção, nós apresentaremos

brevemente este conceito em condições relativamente simples.

Para ilustrar, considere o caso onde há milhões de bolas pretas e brancas

perfeitamente misturadas em uma caixa grande e nosso trabalho é calcular a porcentagem

de bolas pretas. O único modo para ser absolutamente exato sobre a porcentagem exata de

bolas pretas é contar todas com precisão e calcular a porcentagem das pretas. Porém, isto

nem sempre é um trabalho fácil e muitas vezes exige muito tempo e recursos o que a torna

muitas vezes uma opção inviável, assim nós precisamos propor um modo de calcular a

porcentagem das pretas, mas para fazer isto, nós levaríamos uma amostra relativamente

pequena de bolas da caixa e então contaríamos quantas pretas estão na amostra.

Por exemplo, se escolhêssemos dez bolas e encontrássemos quatro pretas.

Baseado nisto, estaria com uma estimativa que 40% de bolas pretas.

Se forem colocados 10 bolas na caixa e repetirmos o exemplo, pegando-se

agora seis pretas, a probabilidade de serem pretos torna-se 60%. Assim qual das

estimativas esta correta? Ambos estão corretos, se repetirmos as amostras varias vezes a

probabilidade estará entre X1 e X2, e este será o limite de probabilidade da amostra.

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172

V.3.1 Intervalo de Confiança utilizando Matriz Fisher (FM)

Esta seção apresenta uma avaliação da teoria para obter intervalos de confiança

de dados com suspensões. A metodologia utiliza a Matriz Fisher inicialmente descrita por

Nelson (1982), Lloyd (1962) e Lipow (1962). Estes intervalos são empregados na maioria

das aplicações em estatística. Esta pode ser uma preocupação, particularmente quando

lidamos com amostras pequenas pois os resultados são mais otimistas.

V.3.2 Estimação de parâmetros de uma função

Para utilizarmos a FM para estimar parâmetros de uma função devemos

primeiro determinarmos a média e a variância da função em questão, como exemplo desta

metodologia, considere uma função qualquer G.

Para simplificar, considere um parâmetro representado na função

θG . Por

exemplo, a média da distribuição exponencial é uma função do parâmetro λ,

( ) µλ

λ ==1

G . Então, em geral, o valor esperado de

θG pode ser dado pela Equação

V.8:

( )

+=

ηθθ

1OGGE (V.8)

Onde ( )θG é uma função do θ que é o parâmetro onde θθ =

E com ∞→η .

O termo

η1

O é uma função de η, que depende do tamanho da amostra e que tende a zero

se ∞→η . Como exemplo, no caso de x

1=

θ e ( )x

xG1

= , então

+=

ηθ

1OxGE ,

onde ησ

η

21=

O , com ∞→η , µθ =

GE , onde µ e σ são a média e o desvio padrão,

Page 203: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

173

respectivamente. Utilizando uma distribuição com um parâmetro semelhante, a variância

da função

θG pode ser estimada pela Equação V.9:

+

∂=

=

∧2

3

2

1

ηθ

θθ

θθ

OVarG

GVar (V.9)

Considere agora uma distribuição de Weibull com dois parâmetros β e η. Para

um determinado valor de T, ( ) ( )β

ηηβ

==x

eGTR , . Repetindo o método anterior

podemos generalizar que para uma função G, que é uma função de dois parâmetros, dizer

em relação à

∧∧

21,θθG , que:

( )

+=

∧∧

ηθθθθ

1,, 2121 OGGE (V.10)

E que:

+

∂+

∂+

∂=

∧∧

=

=

=

=

∧∧

∧∧

∧∧

2

321

21

2

2

2

1

2

1

21

1,..2

,

1211

1211

ηθθ

θθ

θθ

θθ

θθ

θθθθ

θθθθ

OCovGG

VarG

VarG

GVar

(V.11)

V.3.3 Discrepância de parâmetro e Determinação de Covariação

A determinação da variância e da covariância dos parâmetros é consumado pela

utilização da matriz de informação Fisher. Para uma distribuição de dois parâmetros e

utilizando a máxima verossimilhança (MLE), a função log de Verossimilhança é

determinada por:

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174

[ ] ( )[ ] ( )[ ]

( ) ( )[ ]∑

∑∑

=

==

−+

−+=∆=

P

l

ILLu

M

j

j

R

i

i

IFIF

SFTfL

12121

121

121

,;,;ln

,;1ln,;lnln

θθθθ

θθθθ

(V.12)

A matriz de informação de Fisher é calculada pela Equação V.13.

∆∂−

∂∂

∆∂−

∂∂

∆∂−

∆∂−

=

0

22

2

0

012

2

0

021

2

0

0

21

2

0

0

.

.

θθθ

θθθ

EE

EE

F (V.13)

A subscrição “0” indica que a quantidade é avaliada para θ1 = θ10,......., que são

os verdadeiros valores dos parâmetros.

Assim para uma amostra de N unidades onde um número R já havia falhado, S

estavam suspensos e P falharam no intervalo de tempo, e com N = R + M + P, poderíamos

obter a amostra da matriz de informação de Fisher por:

∆∂−

∂∂

∆∂−

∂∂

∆∂−

∆∂−

=

22

2

12

221

2

21

2

.

.

θθθ

θθθF

(V.14)

Substituindo nos valores dos parâmetros calculados, neste caso θ1 e θ2 e

invertendo a matriz podemos obter a estimativa da matriz de covariância por:

1

22

2

12

2

21

2

21

2

221

211

.

.

,

,

∧∧∧∧∧

∧∧∧∧∧

∆∂−

∂∂

∆∂−

∂∂

∆∂−

∆∂−

=

θθθ

θθθ

θθθ

θθθ

VarCov

CovVar

(V.15)

Então a variância de uma função (Var(G)) pode ser calculada com a equação

anteriormente mostrada.

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175

Uma vez obtidos os valores da variância e covariância, os intervalos de

confiança da função são determinados por:

( ) ( )GVarzGECB R α±= (V.16)

Se θ é o estimador de MLE para o caso de uma distribuição de parâmetro

simples, assim estimado uma grande amostra com n unidades e se:

−≡

θ

θθ

Var

z (V.17)

Usando a distribuição normal de z, então:

( ) ( ) ∫ ∞−

−=Φ→≤

zt

dtezzxP 2

2

2

1

π (V.18)

Para η muito grande. Nosso intervalo de confiança agora em θ, com nível de

confiança δ, limitado por dois pontos C1 e C2, onde:

P(C1 < θ < C2) = δ

Da equação V.18 temos:

δ

θ

θθδδ ≅

<

−<− −

2

1

2

1 K

Var

KP (V.19)

onde, Kα é definida por:

Page 206: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

176

( )∫∞ −

Φ−==α

απα

K

t

kdte 12

12

2

(V.20)

Agora simplificando a equação V.19, temos:

+<<

∧∧

θθθθθ δδ VarKVarK ..2

1

2

1 (V.21)

O limite superior é dado por:

+<

θθθ δ VarK .1 (V.22)

Enquanto o limite inferior é dado por:

−>

θθθ δ VarK .1 (V.23)

Para uma função exponencial,

( ) TeTR λ−= (V.24)

A Confiabilidade é determinada pelo intervalo de confiança em torno de λ e

substituindo na equação V.24, o intervalo de λ é determinado utilizando as equações V.21

e V.22, com a variância obtida da equação V.9.Esta análise torna-se trabalhosa quando se

tratam de distribuições com mais de um parâmetro.

A seguir mostraremos uma tabela com as curvas utilizadas nesta dissertação

bem como seus parâmetros.

Page 207: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO...Figura 1.2 – Diagrama esquemático das linhas de transmissão do sistema Chesf que interliga as usinas e as subestações. Figura 1.3 – Fluxograma

177

C

UR

VA

S D

E P

RO

BA

BIL

IDA

DE

UT

ILIZ

AD

AS

CU

RV

AS

P

AR

ÂM

ET

RO

S

FU

ÃO

CO

NF

IAB

ILID

AD

E

DE

NS

IDA

DE

DE

PR

OB

AB

ILID

AD

E D

E

FA

LH

A

TA

XA

DE

FA

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A

NO

RM

AL

µ -

Méd

ia d

os

tem

pos

até

falh

ar,

σ

- D

esvi

o pa

drão

do

s te

mpo

s at

é fa

lhar

.

LO

GN

OR

MA

L

µ -

Méd

ia d

os

loga

rítm

os

natu

rais

dos

te

mpo

s at

é a

falh

a,

σ

T -

Des

vio

padr

ão d

os

loga

rítm

os

natu

rais

dos

te

mpo

s at

é a

falh

a.

()

()

0,

,0

212

21

>∞

<<

−∞

≥=

σπ

σσ

µ

tt

f

et

f

t

() ())

ln(

´

,0,0

2´1

2

´

´´

21

tT

Tt

tf

eT

tt

fT

T

=

>>

≥=

σπσ

σµ

∫∫

−∞

==

T

t

TT

dte

dttf

TR

T

2

21

21)(

)(σµ

πσ

∫∞

−−

==

T

t

T

t

dt

ee

TR

Tf

T

T

2

2

2121

2

1

21

)(

)(

)(

σµ

σµ

πσ

πσ

λ

∫∫

−∞

==

'`

'

21

'

2

'

21)(

)(

T

t

TT

dte

dttf

TR

Tσµ

πσ

∫∞

−−

==

'`

'

21

'

´´´

21

2

'

2

2

1

2´1

)(

)(

)(

T

t

T

T

T

dt

eeT

t

TR

Tf

T

µσ

µ

πσ

πσ

λ

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178

GA

MA

-G

µ =

par

âmet

ro d

e es

cala

; σ

- D

esvi

o pa

drão

do

s te

mpo

s at

é fa

lhar

.λ -

pa

râm

etro

de

form

a.

GU

MB

EL

µ =

Par

âmet

ro d

e lo

cali

zaçã

o;σ

=

Par

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ro d

e es

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.

WE

IBU

LL

β -

parâ

met

ro d

e fo

rma,

η -

pa

râm

etro

de

esca

la, γ

=

Par

âmet

ro d

e lo

cali

zaçã

o.

LO

GÍS

TIC

A

µ =

Par

âmet

ro d

e lo

cali

zaçã

o, σ

=

Par

âmet

ro d

e es

cala

.

EX

PO

NE

NC

IAL

γ

= P

arâm

etro

de

loca

liza

ção.

.0

,0

)(

1)

(

>≥−

=

=−

σσ

µσ

Tf

tz

et

fze

z

β

η

γβ

ηγ

ηβ

−−

−=

t

et

tf

1

)(

β

ηγ

−−

=T

eT

R)

(

1

)(

)(

)(

−=

ηγ

ηβλ

T

TR

Tf

T

=

Γ

−=

−−

+

−−

0:

,2

.

1

0:

,.

11.

)(

2

2

)ln

(.

2

)ln(

21

1ln

)ln( .

2

λπ

σ

λ

λσλ

σ

µλλσ

µλ

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et

see

tt

f

t

et

t

<

Γ

=

Φ−

>

Γ−

=

0:

,1

;

)ln

(

0:

,)

ln(

1

0:

,1

;

)ln

(

1

)(

22

22

λλ

λσµ

λσ

µ

λλ

λσµ

λ

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se

te

set

se

te

tf

I

I

<

Γ

=

Φ−

>

Γ−

=

Γ−

==

−−

+−

0:

,1

;

)ln

(

0:

,)

ln(

1

0:

,1

;

)ln

(

1

0:

,2

.

1

0:

,.

11.

)(

)(

)(

22

22

)ln

(

21

1ln

)ln

(.

2

2

2

)ln

(.

2

λλ

λσ

µ

λσ

µ

λλ

λσ

µ

λπ

σ

λ

λσ

λ

λ

λ

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σµλ

λσ

µλ

σ

µλ

se

te

se

t

se

te

se

et

se

et

TR

Tf

T

I

I

t

et

t

Ze

eT

R−

=)

(

σσ

λZ

e

ez

e

ee

TR

Tf

TZ

z

==

=−

−1

)(

)(

)(

()

.0

1)

(2

>

−=

+=

σσ

µσt

z

e

et

fz

z

ze

TR

+=

1

1)

((

)z

z

e

e

TR

Tf

T+

==

1)

(

)(

)(

σλ

()

()

.

:,

0

,0

,0

)(

γ

λλ

γλ

≥≥

>≥=

−−

T

ou

T

Tf

eT

fT

()γ

λ−

−=

Te

TR

)(

λλ

==

)(

)(

)(

TR

Tf

T

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