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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
COORDENADORIA DE AUDITORIA INTERNA Campus Paricarana – Av. Ene Garcez, n° 2413 – Boa Vista – RR
CEP 69.310-000 – (95) 3621.3122 – [email protected] - http://ufrr.br/coaudin
TIPO DE AUDITORIA : AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DE GESTÃO
EXERCÍCIO : 2017
SETOR AUDITADO : PROAD e PROINFRA
OBJETO AUDITADO : CONTRATOS
RELATÓRIO Nº : 007
RELATÓRIO DE AUDITORIA
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório tem a finalidade de avaliar o gerenciamento
e a execução dos contratos firmados e/ ou vigentes pela UFRR no
período de Ago/2016 a set/2017, bem como os controles internos
estabelecidos.
Os trabalhos foram realizados no período de 31 de agosto a 28 de
dezembro de 2017, em observância às normas de auditoria
aplicáveis ao Serviço Público Federal e atendimento a legislação
vigente, em especial a Lei 8.666/93.
Cabe frisar que houve intempestividades no cumprimento de prazos
para disponibilização de processos, prejudicando assim o regular
andamento dos trabalhos de Auditoria.
2. EXECUÇÃO DOS EXAMES
Os exames foram efetuados atendendo aos padrões de auditoria,
mediante a aplicação de procedimentos específicos, na extensão
julgada necessária e consistiram:
a) Verificar o fiel cumprimento da Lei n° 8.666/93 e demais
normas correlatas;
b) Verificar a regularidade dos processos licitatórios e
contratações diretas, por meio de exames físicos, que
compreendeu a seleção de amostras, conforme especificado
no item 3.2;
c) Apresentar recomendações destinadas a proporcionar
melhorias nos controles e procedimentos internos.
3. RESULTADO DOS EXAMES
Com fundamento nas informações coletadas durante o período dos
trabalhos e nos exames físicos realizados destaca-se o seguinte:
3.1. Processos analisados
Consoante às seleções de amostra não probabilística foram
analisados os seguintes processos licitatórios, conforme
tabela01:
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PROCESSO OBJETO MODALIDADE VALOR
23129.001421/2017-63
Contratação de
serviços de
pessoa jurídica
especializada na
promoção de
eventos voltados
ao
construtivismo
empreendedor ou
intra-
empreendedor.
Pregão 22.752,00
23129.002356/2012-89
Contratação de
serviços de
vigilância
armada nos Campi
da Universidade
Federal de
Roraima/UFRR
Pregão 3.782.311,20
23129.012826/2015-65
Contratação de
Serviços De
Limpeza,
Conservação e
Higienização.
Pregão 399.958,25
23129.018729/2016-67
Contratação de
serviços de
manutenção
corretiva e
preventiva
predial e
elétrica, com
fornecimento de
peças,
equipamentos,
materiais e mão
de obra.
Pregão 800.000,00
23129.003707/2016-63
Contratação do
serviço de
fornecimento de
energia
elétrica, para
atendimento as
unidade
consumidoras,
sob a
responsabilidade
da UFRR, 2017.
Inexigibilidade 4.464.613,24
23129.003733/2017-10
Pagamento de
taxa - curso
profissionais
self coaching
Inexigibilidade 7.981,95
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Tabela 01-Processos Analisados
3.2. Foram analisados 10 processos, sendo 02 de Inexigibilidade e 08 pregões, no montante de R$ 10.674.001,18 (dez milhões
seiscentos e setenta e quatro mil e um real e dezoito centavos)
correspondente a 34,22% da execução total da UFRR, referente ao
período de agosto/2016 a setembro/2017, conforme demonstrado no
Tabela 02, abaixo:
Modalidade Valor do Exercício %
TOMADA DE PRECO 2.463.150,01 7,90%
CONCORRÊNCIA 770.065,23 2,47%
DISPENSA DE LICITACAO 358.263,78 1,15%
INEXIGIBILIDADE 5.738.288,90 18,40%
PREGAO 21.859.419,69 70,09%
TOTAL EMPENHADO PARA LICITAÇÃO 31.189.187,61 100,00%
Tabela 02-Relação valor executado
Fonte: Tesouro Gerencial, dez/2017
23129.006117/2015-41
Contratação de
serviço de
manutenção
predial dos
Campi
Paricarana,
Cauamé e Murupú
da UFRR.
Pregão – SRP 371.998,00
23129.011821/2017-79
Contrato de
serviços
terceirizados de
copeiragem.
Pregão – SRP
158.952,24
Adesão a Ata do
Pregão/SRP
25/2016
Ministério da
Saúde
23129.022225/2016-63
Contratação de
empresa
especializada em
serviços de
hospedagem e
refeição
Pregão – SRP 175.434,50
23129.002356/2012-89
Contratação de
serviços e
manutenção
automotiva,
preventiva e
corretiva da
frota de
veículos da
UFRR.
Pregão – SRP 489.999,80
10.674.001,18
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3.3. Fragilidades na execução dos contratos e na fiscalização
realizada.
3.3.1. Processo 23129.001421/2017-63 – Capacitação de Líderes da UFRR
Da análise do processo n° 23129.001421/2017-63, que trata da
capacitação de Líderes da UFRR na modalidade de pregão
eletrônico n° 04/2017 (SRP), no valor de R$ 22.752,00, destacam-
se as seguintes constatações referentes à execução contratual:
a. Execução de serviços, sem autorização expressa de
autoridade competente, conforme fls. 368;
b. Assinatura de contrato pelo Ordenador de Despesa,
após execução de parte dos serviços;
c. Afastamento, equivocado, da necessidade de contrato, haja vista, que a empresa prestaria os serviços em
etapas;
d. Não constam no processo, relatórios de serviços,
relação dos servidores que efetivamente participaram
do treinamento e/ou da consultoria individual ou
qualquer outro documento que consolide a realização
do serviço e sirva de aporte para liquidação do
serviço;
e. Execução do contrato, sem a designação dos fiscais de contrato.
Por meio da SA 62/2017, datada de 27/10/17, foi solicitada os
seguintes documentos:
1. Frequência dos participantes do evento
ocorrido nos dias 9 e 10 de março de 2017;
2. Relatório da prestação dos serviços
contratados do grupo I, grupo II e grupo III;
3. Cronograma e frequência dos participantes
da sessão de 01 hora de assessoramento
individual, item 4, grupo I.
Manifestação da Diretoria de Planejamento: em atenção às
solicitações a Diretoria esclareceu:
Quanto ao item 1:
Informo que não foi feita frequência assinada
pelos participantes devido à natureza do
treinamento (por imersão em local afastado),
contudo o registro audiovisual (filmagem e
foto) das atividades comprovam a participação
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dos treinando. Para fins de esclarecimento,
encaminho a lista dos participantes e informo
que a Diretoria de Planejamento era somente a
coordenadora do evento, ficando a critério do
dirigente máximo a indicação dos participantes
às vagas remanescentes, visto que alguns
líderes ocupantes de cargos na época alegaram a
inviabilidade de participação por motivo de
tratamento de saúde, questões pessoais ou
institucionais.
Quanto ao item 2:
O processo licitatório não requereu relatório
de execução referente aos grupos II e III,
somente ao grupo I. Encaminho anexos os
relatórios relativos ao Grupo I. Quanto ao
grupo II, a contratada enviou e-mail anterior
ao evento (anexo), propondo o cardápio a ser
entregue na prestação do serviço, o qual foi
executado e acompanhado presencialmente pela
Diretoria durante o evento.
Quanto ao grupo III, os arquivos foram
entregues à Diretoria e atualmente estão
disponíveis somente em formato digital.
Contudo, nos colocamos a disposição, caso seja
necessário fazer consulta aos registros
audiovisuais de cobertura do evento. Devido ao
tamanho dos arquivos é inviável enviá-los por
memorando eletrônico, porém podem ser obtidos
por mídia de armazenamento digital.
Quanto ao item 3:
Informo que não foi feita frequência assinada
pelos participantes no atendimento individual.
O agendamento foi informado pelo e-mail
institucional (dois exemplos anexos) e horas
antes do horário da sessão a Dplan confirmou a
presença via whatsapp com o participante. Esta
Diretoria acompanhou o comparecimento dos
participantes e atesta que o cronograma anexo
foi plenamente executado. Sendo necessário,
qualquer participante da relação pode ser
consultado de modo aleatório para fins de
ratificação e os demais e-mails enviados estão
disponíveis para consulta.
Análise da Auditoria: consoante à manifestação da PROPLAN,
identificou-se que houve um equívoco quanto ao tipo de relatório
solicitado pela Auditoria, no entanto os esclarecimentos, bem
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como os documentos encaminhados consubstanciaram a análise
processual de forma positiva.
Quanto aos Relatórios solicitados, são àqueles elaborados pela
fiscalização do contrato que ratificam a execução dos serviços
contratados, de modo que dê segurança jurídica e administrativa
para pagamento das faturas.
Recomendação 01 (PROAD e DCF): Inserir documentos comprobatórios
e/ ou relatórios de execução de serviços, emitido pela
fiscalização, de modo a comprovar a execução do objeto
contratado (IN MPOG 05/2017, Anexo VIII, item 3).
3.3.2. Processo 23129.002656/2012-89 – contratação de serviço
comum e continuado de manutenção automotiva, preventiva e
corretiva.
Em detrimento ao despacho n 006/2018/AGU/PGF/PFE-UFRR, emitido
em 1/3/2018, o qual condiciona o pagamento a parecer favorável
da Auditoria Interna, conforme item 13, em destaque:
13. Destarte, havendo parecer favorável da
Auditoria Interna, com a devida comprovação de
que a execução dos serviços se deu durante o
prazo de vigência contratual, e conseguinte à
manifestação da empresa Nort Pel Norte Peças, a
UFRR poderá efetuar o pagamento das devidas
notas fiscais pendentes e deliberar sobre a
responsabilidade da Comissão Fiscalizadora do
Contrato e dos setores responsáveis.
Evidenciou-se a necessidade de uma análise mais detalhada e, por
este motivo, as constatações, análises e manifestações
referentes a esse item passaram a compor a Nota de Auditoria
01/2018, a qual segue em anexo a este Relatório de Auditoria.
3.3.3. Processo 23129.018729/2016-67 - Contratação de Empresa
para Manutenção Predial.
a) Execução de serviços em data anterior a emissão de ordem de serviço
Consta a fl. 537, OS nº 04/2017, de 30/03/2017, para execução de
serviços no Prédio do Hydros no montante de R$ 40.366,23,
conforme recorte a seguir:
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1 – ESPECIFICAÇÃO DOS SERVIÇOS - HYDROS
COD SERVIÇO UND QUANT PREÇO
PREÇO
TOTAL
72238 RETIRADA DE FORRO EM REGUAS DE PVC, INCLUSIVE
RETIRADA DE PERFIS M2 610,80 7,27 4.440,64
72237 RETIRADA DE ENTARUGAMENTO DE FORRO M2 150,00 14,55 2.182,73
11587 FORRO DE PVC LISO, BRANCO, REGUA DE 10 CM,
ESPESSURA DE 8 MM A 10 MM (COM COLOCACAO / SEM
ESTRUTURA METALICA) M2 460,80 42,35 19.514,16
39385 LUMINARIA LED PLAFON REDONDO DE SOBREPOR
BIVOLT 12/13 W, D = *17* CM UN 45,00 49,05 2.207,37
UFRR/1 COLOCAÇÃO DE APARELHOS DE ILUMINACAO C UN 45,00 36,89 1.660,03
UFRR/2 LUMINARIA TIPO CALHA, DE SOBREPOR, LAMP ADA
LED 2X10W, COMPLETA, FORNECIMENTO E INSTALACAO UN 6,00 75,55 453,31
UFRR/3 LUMINARIA TIPO CALHA, DE SOBREPOR, LAMP ADA
LED 2X20W, COMPLETA, FORNECIMENTO E INSTALACAO UN 100,00 99,08 9.907,99
TOTAL 40.366,23 Tabela 03 - Especificação dos serviços OS 04/2017.
Entretanto, o diário de obras de reforma do Hydros de
10/02/2017, pg. 39, referente ao processo 23129.020937/2016-26,
consta observação da fiscalização da contratante:
3-A chefia autorizou a demolição do forro que
estava danificado, tal serviço ja programado para
segunda-feira e será realizado pela empresa do
Contrato de Manutenção Predial. O forro novo, será
colocado por ela também haja visto que não existe
quantidade para a obra
Conseguinte, no diário de obras do dia 13/02/2017, pg. 42,
consta observação da fiscalização da contratante:
2-A empresa de manutenção retiror cerca de 600 m²
de forro”
Grifo nosso
Logo, constata-se que a execução do serviço de retirada do
forro, item 72238 – RETIRADA DE FORRO EM REGUAS DE PVC,
INCLUSIVE RETIRADA DE PERFIS na quantidade de 610,80 m²,
montante de R$ 4.440,64, ocorreu dia 13/02/17, todavia, a Ordem
de Serviço foi emitida em 30/03/17, de outra forma, o serviço
foi realizado sem autorização, e anteriormente à emissão da OS.
Destaca-se ainda, que a execução do serviço de retirada do
forro, ocorreu na vigência do Contrato nº 36/2016, período de
24/08/16 a 23/08/17, porém, a autorização, mediante a emissão da
OS nº 04, deu-se na vigência do Contrato nº 13/2017, período de
13/03/17 a 12/03/18. Frisa-se que os referidos contratos foram
firmados com a empresa F D COMERCIO DE MATERIAIS E SERVIÇOS DE
CONSTRUÇÃO LTDA – ME.
Causa: Deficiência na fiscalização, no que tange a autorização,
controle e execução dos serviços.
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Manifestação da PROINFRA: Em atenção à solicitação de Auditoria
– SA 49/2017, a unidade se manifestou por meio do Memo
eletrônico nº 46/2017, e prestou as seguintes informações:
A ordem de serviço de remoção e/ou retirada e/ou
instalação do forro de PVC no prédio que está sendo
solicitada foi disponibilizada na fl 537 do
processo. A retirada do forro conforme consta, foi executada
na data do diário de obras por questões técnicas,
ressaltamos que a colocação propriamente do forro e
das luminárias, itens mais relevantes da ordem de
serviço só foram realizados no período da mesma
30/03/2017.
Indagada, sobre quais razões técnicas ensejaram a execução dos
serviços, bem como, por quais motivos foram executados sem
autorização prévia, e ainda, por que os serviços foram
executados na vigência do Contrato nº 36/2016, período de
24/08/16 a 23/08/17, processo 23129.006117/2015-41, enquanto que
a autorização, mediante a emissão da OS nº 04 e a execução da
despesa, ocorreram na vigência do Contrato nº 13/2017, período
de 13/03/17 a 12/03/18, processo 23129.018729/2016-67, a unidade
por meio do Memo eletrônico nº 55/2017 – PROINFRA, informou:
1-a)Apesar de na resposta aos questionamentos
realizados através da Solicitação de Auditoria nº
49/2017, informamos que os serviços foram
realizados no dia 10/02/2017, pois uma reanálise no
diário de obras, contatou-se que no dia 10/02/2017
apenas consta a autorização da chefia imediata para
a realização da retirado do forro danificado pela
empresa responsável pela manutenção predial,
conforme pode se constatar no Anexo.
1-b)Os serviços foram autorizados, mas a OS só foi
emitida a posteriori.
1-c)Os serviços de retirada do forro foram
executados, conforme o diário de obras, pois,
apresentavam danos em sua sustentação, podendo
ocasionar a sua queda.
Análise da Auditoria: Não obstante, as evidências comprovam que
os serviços foram executados previamente à emissão da ordem de
serviço, de modo que a execução não conta com amparo contratual.
Resgata-se informações prestadas no Memo Eletrônico nº 07/2017-
PROINFRA, de 26/04/17:
Os serviços de manutenção predial da UFRR são
realizados após a formalização das demandas via
email ou memorando, mas também são atendidos
pedidos verbais feitos por ligações telefônicas,
geralmente emergenciais, tais como as informações
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de vazamentos hidráulicos ou curtos circuitos na
rede elétrica dos 03 Campi. Após vistoria realizada
pelo fiscal especialista e constatação da demanda,
emite-se a ordem de serviços discriminando todos os
serviços a serem realizados. Após o fiscal verifica
se os serviços realizados estão em conformidade com
o contratado. Grifo nosso
Importante destacar a definição de Ordem de Serviço, conforme
Manual de Fiscalização de Obras-PROINFRA, pág. 10, assim
descrito:
É o documento da Administração que autoriza o
início dos serviços. Deve ser assinado pelo
contratante, com a devida ciência do contratado.
Nele devem constar os dados do contrato (número,
objeto, data, prazo, etc) e a data de início dos
trabalhos.
Embora o manual trate de fiscalização de obras, o conceito de
autorização de serviços aplica-se a qualquer fluxo de prestação
de serviços contratados pela UFRR, ao passo que, conforme pág. 7
os objetivos do manual, são: (i) Criar procedimentos padrão que
definam uma sequência lógica, otimizada e legal de execução de
rotinas da Diretoria de Obras e fiscalização – DOF, (ii) Ser uma
ferramenta de auxílio ao servidor público na execução de rotinas
da diretoria, visando aumentar sua efetividade e atender aos
parâmetros de controle interno.
Recomendação 08 (PROINFRA): Permitir a execução de serviços
somente mediante a emissão prévia de Ordem de Serviço.
Recomendação 09 (PROAD): Atualizar o Manual de Gestão e
Fiscalização de Contratos, conforme Portaria nº 49/2016-PROAD,
em observância a IN nº 05/2017, em especial ao que consta no
Capítulo V da Gestão do Contrato;
Recomendação 10 (PROAD e PROINFRA): Fazer constar nos editais de
futuras contratações de serviços, a exigência de aplicação da IN
nº 05/2017, que dispõe sobre regras e diretrizes do procedimento
de contratação de serviços sob regime de execução indireta no
âmbito da Administração Pública federal direta, autárquica e
fundacional;
Recomendação 11 (PROAD e PROINFRA): Estabelecer fluxo de
processos, mediante Portaria, na fiscalização de serviços
contratados, contendo no mínimo as seguintes etapas lógicas:
Demanda> Vistoria> Ordem de Serviço> Execução> Recebimento>
Medição> Encerramento;
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b) Execução de despesa em desacordo com o previsto no contrato
Consoante a Medição 5, fl. 707, decorrente da Ordem de Serviço
nº 36, de 15/05/17, fl. 708, que inclusive não está assinada
pelo requisitante, integrante técnico e proposto, a OS implica o
valor faturado na NF 000.000.0001 de 06/07/17, no montante de R$
11.860,69, fl. 710, atestada em 15/08/17 e paga em 12/09/17,
2017OB802559, fl. 789, processo 23129.018729/2016-67-Contratação
de serviços de manutenção corretiva e preventiva, constata-se a
execução de despesa não prevista no contrato, vez que o objeto
do contrato 13/2017, fl. 516, se refere a execução de serviços
de manutenção predial e não aquisição de materiais de consumo.
Destaca-se a OS nº 36, conforme figura 04:
Figura 05-Ordem de serviço 36.
Observa-se no corpo da OS, ao item 2-INSTRUÇÕES COMPLEMENTARES
"Materiais adquiridos para estoque de manutenções realizadas pelos
funcionários da UFRR".
Destaca-se também o recorte da Medição nº 5, conforme tabela 03:
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Figura 06-Medição nº 5.
Igualmente, consta ao rodapé da Medição 5 a seguinte informação, “Obs: Trata-se de fornecimento de insumos apenas à CMAN solicitado
pelo coordenador de manutenção. Não deve incidir imposto de ISS sobre
a nota pois não se trata de serviço”
Observa-se que alguns itens elencados na OS, estão presentes no
estoque de material no almoxarifado central, conforme consulta
ao SIPAC em 15/05/17, tabela 04:
MATERIAL ELETRICO E ELETRÔNICO
Item Denominação Unid. Medida Saldo Preço Total
24 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO BIFÁSICO DE 15A UNIDADE 45.0 R$ 9,00 R$ 405,00 25 DISJUNTOR TERMOMAGNETICO BIFÁSICO DE 20A UNIDADE 112.0 R$ 26,19 R$ 2.934,13 26 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO BIFÁSICO DE 25A UNIDADE 507.0 R$ 27,35 R$ 13.866,46 27 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO BIFÁSICO DE 30A UNIDADE 475.0 R$ 36,19 R$ 17.191,19 28 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO BIFÁSICO DE 35A UNIDADE 17.0 R$ 9,90 R$ 168,30 29 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO BIFÁSICO DE 50A UNIDADE 203.0 R$ 26,40 R$ 5.359,90 30 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 10A UNIDADE 241.0 R$ 2,87 R$ 693,33 31 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 15A UNIDADE 137.0 R$ 3,41 R$ 467,55 32 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 20A UNIDADE 84.0 R$ 3,35 R$ 282,20 33 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 25A UNIDADE 57.0 R$ 3,30 R$ 188,10 34 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 30A UNIDADE 191.0 R$ 4,54 R$ 867,27 35 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO MONOFÁSICO DE 35A UNIDADE 64.0 R$ 5,30 R$ 339,20 36 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 100A UNIDADE 60.0 R$ 46,75 R$ 2.805,55 37 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 200A UNIDADE 30.0 R$ 109,11 R$ 3.273,53 38 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 360A PEÇA 6.0 R$ 640,00 R$ 3.840,00 39 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 400A PEÇA 3.0 R$ 638,00 R$ 1.914,00 40 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 40A UNIDADE 51.0 R$ 30,63 R$ 1.562,62 41 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 50A UNIDADE 75.0 R$ 28,46 R$ 2.134,68 42 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 600A PEÇA 5.0 R$ 1.000,00 R$ 5.000,00 43 DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO TRIFÁSICO DE 70A UNIDADE 46.0 R$ 48,04 R$ 2.209,97 44 DISJUNTOR TERMOMAGNETICO TRIFÁSICO DE 80 A UNIDADE 16.0 R$ 33,74 R$ 539,84 62 LAMPADA FLUORESCENTE 32 CAIXA 25 UND LAMPADA CAIXA 7.0 100,00 R$ 700,00 65 LAMPADA MISTA 250/220V LAMPADA MISTA 250/220V UNIDADE 520.0 13,28 R$ 6.908,57 66 LAMPADA MISTA 500/220V LAMPADA MISTA 500/220V UNIDADE 290.0 20,00 R$ 5.800,00
Tabela 04-Material estoque almoxarifado
Nesta acepção, questiona-se a PROINFRA, qual a razão de não se
utilizar os materiais presentes no estoque do almoxarifado
central, em detrimento da aquisição de materiais da empresa
contratada. De outro modo, se os materiais dispostos na tabela
04 não podem ser utilizados na manutenção dos prédios da UFRR.
E, se não há possibilidade de utilização, caso contrário quais
razões impossibilitam o uso, por obsolescência, ou a perda das
características normais de uso.
Causa: Autorização de Ordem de Serviço para aquisição de
materiais pelo fiscal especialista do contrato 013/2017,
dissonante do objeto contratual.
Manifestação da PROINFRA: Em atenção à solicitação de Auditoria
– SA 49/2017, a unidade se manifestou por meio do Memo
eletrônico nº 46/2017, e prestou as seguintes informações:
Foi solicitado o fornecimento de materiais para
fins de manutenção porque no contrato está previsto
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não só a realização de serviço como também o
fornecimento de materiais/insumos isso pode ser
evidenciado em diversas partes do processo, como no
objeto: Contratação de Serviço de manutenção
corretiva e preventiva predial e elétrica, com
fornecimento de peças, equipamentos, materiais e
mão de obra, fazendo referência ao fornecimento de
“peças, equipamentos, materiais” e ainda conforme o
item 1 da cláusula primeira temos, “Contratação de
empresa para, sob demanda, prestar serviços de
manutenção predial e elétrica corretiva e
preventiva com fornecimento de peças, equipamentos,
materiais e mão de obra, na forma estabelecida em
planilhas de serviços e insumos diversos descritos
no SINAPI.”
Conforme descrito nessas duas partes da cláusula
primeira do contrato, é também mencionado o
fornecimento de insumos que possam ser utilizados
em serviços de manutenção.
Além disso, de acordo com o item 2.4 do termo de
referência fl. 04 ‘A utilização da planilha
completa do SINAPI para servir de base para
contratação de serviços e insumos apresenta-se a
mais acertada divido ao universo de serviços que
precisam ser registrados e a imprevisibilidade de
quais deles serão necessários devido a grande
sazonalidade dos serviços de manutenção hora
solicitados’ ou seja o termo de referência faz
menção a essa possibilidade também.
Ainda de acordo com o termo de referência fl. 04 do
processo no item 5.1.1 são prefixados os BDI’s para
as duas modalidades, o primeiro de 29,79% para
serviços e 15,28% para insumos/materiais,
prefigurando o pagamento de bonificações
diferenciadas para serviço ou insumo, o que influi
na existência da possibilidade de aquisição de
insumos que não estejam vinculados diretamente a
serviços executados pela empresa, ficando a empresa
incumbida de entregar os materiais apenas e receber
sua bonificação de acordo com a modalidade
serviço/insumo.
A medição assinada não foi colocada no processo por
um lapso processual, porém a nota foi assinada
normalmente.
O profissional que autorizou a OS e ratificou a
medição 5 foi conforme a nota fiscal nº
000.000.001, folha 710, Engº Civil Rafael Castelo
Branco Engelhardt.
Em atenção à solicitação de Auditoria – SA 69/2017, a unidade se
manifestou por meio do Memo eletrônico nº 71/2017, e prestou as
seguintes informações:
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Como respondido na Solicitação de Auditoria nº
49/2017, os itens adquiridos são diversos, ou seja
diferentes, ou ainda, respondendo tecnicamente eles
não atendem as necessidades ou são mais seguros ou
mais econômicos do que aqueles que tem em nosso
almoxarifado
Não foi dito que eles não podem ser utilizados, mas
que para as demandas mais comuns esses materiais
não as atendem.
Quanto a utilização foi exposto na resposta
anterior, quanto a obsolescência tais itens não
possuem “validade”, quanto a perda das
características normais de uso tal questão deve ser
verificada junto ao Almoxarifado Central que o
órgão desta IFES que é responsável pelo
armazenamento de tais itens.
Análise da Auditoria: A respeito das informações prestadas pela
PROINFRA, resgata-se o previsto à Cláusula Primeira-Objeto, do
Contrato nº 13/2017, fl. 516, a saber:
O objeto do presente instrumento é a CONTRATAÇÃO DE
SERVIÇO DE MANUTENÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA
PREDIAL E ELÉTRICA, COM FORNECIMENTO DE PEÇAS,
EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MÃO DE OBRA
Destaca-se o item 1.Objeto, Anexo I, do Termo de Referência, do
Edital do Pregão nº 28/2016, qual seja:
Contratação de empresa para, sob demanda, prestar
serviços de manutenção predial e elétrica corretiva
e preventiva COM FORNECIMENTO DE PEÇAS,
EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MÃO DE OBRA, na forma
estabelecida em planilhas de serviços e insumos
diversos descritos no SINAPI.
De forma semelhante, em consulta ao SIAFI, observa-se que as
notas empenhos emitidas para suprir as despesas decorrentes no
contrato em tela, quais sejam: 2017NE800031 e 2017NE800185,
foram classificadas na natureza de despesa de código 339039 -
Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica, no subitem 16 –
que registra o valor das despesas com serviços de reparos,
consertos, revisões e adaptações de bens imóveis, pintura -
reparos e reformas de imóveis em geral - reparos em instalações
elétricas e hidráulicas - reparos, recuperações e adaptações de
biombos, carpetes, divisórias e lambris - manutenção de
elevadores - limpeza de fossa - e outros.
A classificação da despesa obedece ao disposto no Anexo III da
Portaria 448/2012-STN:
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339039 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa
Jurídica,
MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS - Registra
o valor das despesas com serviços de reparos,
consertos, revisões e adaptações de bens imóveis.
Pintura, reparos e reformas de imóveis em geral,
reparos em instalações elétricas e hidráulicas,
reparos, recuperações e adaptações de biombos,
carpetes, divisórias e lambris, manutenção de
elevadores, limpeza de fossa e afins.
No que tange ao assunto, a Macrofunção Siafi 020332 –
Classificações Orçamentárias, reza o seguinte:
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de
serviços por pessoas jurídicas para órgãos
públicos, tais como: (...)conservação e adaptação
de bens imóveis; (...)
Em se tratando do MCASP 7 – Manual de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público para o exercício de 2017, pág. 87, consta o mesmo
teor, a saber:
39 - Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica
Despesas orçamentárias decorrentes da prestação de
serviços por pessoas jurídicas para órgãos
públicos, tais como: (...)conservação e adaptação
de bens imóveis; (...)
Logo, mediante aos normativos, evidencia-se que a classificação
da natureza de despesa, conforme notas de empenho, está de
acordo com o objeto contratado, qual seja, a prestação de
serviços de manutenção predial, com fornecimento de insumos,
assim, demonstra-se o entendimento PROINFRA, ao afirmar que a
realização de despesa com materiais de consumo encontra respaldo
no Contrato 13/2017 e no Edital do Pregão nº 28/2016, pelo
contrário, o ateste e pagamento da NF 000.000.0001 (R$
11.860,69), vai de encontro ao instrumento contratual, uma vez
que, trata-se de despesa diversa e não prevista, ainda que os
materiais sejam utilizados em manutenções por servidores na
UFRR, não constituem objeto do referido contrato.
Por último, cabe esclarecer as atribuições e responsabilidades
do fiscal na execução dos contratos, de acordo com o Manual de
Gestão e Fiscalização de Contratos, Portaria nº 49/20016-PROAD,
assim descreve:
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4.4. Execução dos Contratos
O fiscal deve desenvolver sua atuação de forma bem
dinâmica, prática e objetiva, visando sempre à
qualidade nos serviços e produtos contratados,
especialmente quanto à:
4.4.2. Contratação de Serviços
a) Ler atentamente o contrato e/ou edital, assim
como os anexos, principalmente quanto:
-à especificação do objeto
Recomendação 12 (Fiscalização, PROINFRA PROAD e DCF): Executar o
objeto contratado restringindo-se à prestação de serviço
concomitante ao fornecimento de peças, equipamentos, materiais e
mão de obra, de modo que não incorra somente no fornecimento de
materiais.
c) Utilização da tabela SINAPI vigente quando da emissão da
ordem de serviço
Por meio de análise observa-se que os preços dos serviços
executados têm por fundamento a tabela SINAPI vigente na data da
emissão da ordem de serviço, destaca-se as seguintes
informações:
1. As Ordens de Serviço 09 a 23/2017, fls. 611 a 626, foram
elaboradas com preços de insumos e produtos com fundamento na
tabela SINAPI de ABRIL 2017, as OS resultaram na Medição 3, fl.
595 a 598, e na Nota Fiscal 83, no valor de R$ 102.292,67, fl.
602, data de ateste em 13/06/17, paga em 17/07/17, 2017OB801867,
fl. 685.
2. As Ordens de Serviço 24 a 29, 30 a 32, e 35, fls. 662 a 675,
foram elaboradas com preços de insumos e produtos com fundamento
na tabela SINAPI de ABRIL 2017, as OS resultaram na Medição 4,
fl. 644 a 647, e na Nota Fiscal 87, no valor de R$ 153.273,63,
fl. 638, data de ateste em 28/06/17, paga parcialmente em
04/08/17 e 22/08/17, 2017OB802098, fl. 702, e 2017OB802278, fl.
782. As OS 25 e 29 repetem-se, ausentes a numeração sequencial
das OS 33 e 34, fl. 662 a 675.
3. As Ordens de Serviço 37 a 51, fls. 740 a 757, foram
elaboradas com preços de insumos e produtos com fundamento na
tabela SINAPI de ABRIL 2017, as OS resultaram na Medição 6, fl.
732 a 738, e na Nota Fiscal 91, no valor de R$ 148.852,58, fl.
731, data de ateste 07/08/17, paga parcialmente em 11/10/17,
2017NE802935, no valor R$ 73.091,99.
4. As Ordens de Serviço 52 a 76, fl. 794 a 820, foram elaboradas
com preços de insumos e produtos com fundamento na tabela SINAPI
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de AGOSTO 2017, as OS resultaram na Medição 7, fl. 821 a 827, e
na Nota Fiscal 97, fl. 854, no valor R$ 168.537,43, data de
ateste 26/09/17, paga parcialmente, 2017OB803309, R$ 80.700,44,
de 07/11/17, 2017OB803953, R$ 80.000,00, de 04/12/17.
Causa: Reajuste de preços com fundamento na Tabela SINAPI
vigente nas datas das emissões das ordens de serviço.
Análise da Auditoria: Em observação minuciosa ao Anexo I -
Termos de Referência do Edital do Pregão nº 28/2016, destaca-se
o item 5.1.3 do, fl. 83, assim posto:
O levantamento de preços deverá ser de acordo a
base do sistema de preços e custos da construção
civil da caixa econômica federal – SINAPI do estado
de Roraima vigente na data de emissão da fatura.
Grifo nosso
Depreende-se que o Termo de Referência orienta que os cálculos
dos preços dos serviços executados dar-se-ão com fundamento na
tabela SINAPI vigente quando da emissão da fatura, por outro
lado, a comissão de fiscalização do contrato 13/2017, fl. 516,
Portarias nº 72/2017-PROAD - 29/05/17 e 74/2017-PROAD - 31/05/17
utilizou a data base dos preços da tabela SINAPI vigentes quando
da emissão da ordem de serviço.
Entretanto, no entendimento da egrégia Corte de Contas conforme
o Acórdão nº 1238/2016 – TCU – Plenário, os pagamentos
decorrentes da execução das despesas devem ser realizados com
fundamento na tabela SINAPI da data da licitação, conforme item
36 e 9.2.4, destacado abaixo:
36. Note-se que o Anexo I do termo de referência do
edital do Pregão 211/2015 pode ser interpretado no
sentido de que os pagamentos serão efetuados com
base nos preços da tabela Sinapi do mês em que os
serviços foram executados. Considerando que essa
tabela é atualizada mensalmente, carece, portanto,
de amparo legal o procedimento possivelmente
adotado.
Por fim, o Acórdão determina ainda:
9.2.4. utilize a tabela do Sinapi do mês da
licitação quando da realização dos pagamentos ao
longo da vigência do contrato e só utilize uma nova
tabela após decorridos 12 meses;
Recomendação 13 (PROINFRA): Utilizar a tabela SINAPI vigente na
data da realização da licitação.
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d) Vigência/execução concomitante de contratos de mesmo objeto
Conforme autos observa-se a vigência e execução simultânea de
dois contratos com o mesmo objeto, quais sejam:
Contrato/Processo Objeto Vigência 36/2016
23129.006117/2015-41
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO DE MANUTENÇÃO
PREDIAL DOS CAMPI PARICARANA, CAUAMÉ E
MURUPU DA UFRR
24/08/16 23/08/17
13/2017
23129.018729/2016-67
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇO DE MANUTENÇÃO
CORRETIVA E PREVENTIVA PREDIAL E
ELÉTRICA, COM FORNECIMENTO DE PEÇAS,
EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E MÃO DE OBRA
13/03/17
12/03/18
Tabela 05
Por meio da SA nº 51, questionou-se a PROINFRA quais
justificativas da existência de dois contratos com o mesmo
objeto, uma vez que o Contrato nº 36/2016, apresenta vigência de
24/08/16 a 23/08/17, enquanto que o Contrato nº 13/2017,
apresenta vigência de 13/03/17 a 12/03/18, de outro modo, o
início da vigência do Contrato nº 13/2017, ocorre anteriormente
ao término da vigência do Contrato nº 36/2016.
No que tange ao Contrato 36/2016, foram autorizadas e emitidas
em 06/03/17 as Ordens de Serviços 004-22/2017, 005-22/2017, 002-
22/2017, 006-22/2017, 003-22/2017, 001-22/2017, fls. 1439 a
1450, a data prevista para entrega de serviços até 31/03/17, as
referidas OS resultam no Boletim de Medição 22, fl. 1382 a 1387,
conseguinte faturamento da Nota Fiscal 76, 11/04/17, no valor de
R$ 28.684,51, fl. 1377, data de ateste 11/04/17, fl. 1377,
autorizada para pagamento em 10/05/17, fl. 1402, paga em
26/05/17, conforme 2017OB801350, fl. 1417. Ressalta-se ainda,
que as OS's não constam a assinatura do preposto da contratada,
há somente a assinatura de um dos fiscais, que corresponde ao
mesmo gestor à frente da PROINFRA. Igualmente, na Medição e a
Nota Fiscal constam a mesma assinatura.
Logo, na iminência de início do Contrato 13/2017, foram emitidas
as OS’s do Contrato 36/2016, e durante a vigência do primeiro
foram executadas despesas do segundo, já que ambos apresentam
superposição nos períodos de vigências.
Causa: Ausência de acompanhamento na execução dos contratos
36/2016 e 13/2017, especialmente ao período de vigência.
Manifestação da PROINFRA: A unidade por meio do Memo eletrônico
nº 55/2017 – PROINFRA, informou:
O Contrato nº 36/2016, foi elaborado através de uma
planilha orçamentária com serviços e quantidades
definidas, desta forma, criasse uma limitação dos
serviços que podem ser atendidos ao contrário do
Contrato nº 13/2017, que os serviços são aqueles
definidos nas planilhas do SINAPI e a quantidade
não é pré-determinada.
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Análise da Auditoria: A respeito das informações prestadas pela
unidade, destaca-se entendimento da egrégia Corte de Contas, no
Acórdão 36/2008-TCU-1ª Câmara:
1.3. à Delegacia Regional do Trabalho no Pará que:
(...)
1.3.4. evite a superposição de contratos, como o
ocorrido com os Contratos ns. 02/2003 e 04/2004, os
quais cobriam os mesmos serviços de manutenção dos
veículos; (Grifo nosso)
O respeito a norma elucida a necessidade de melhor
acompanhamento e fiscalização nos contratos de manutenção,
evitando-se ingerência na execução concomitante de contratos de
mesmo objeto.
Recomendação 14 (PROINFRA): Abster-se da superposição de
contratos de mesmo objeto.
e) Deficiências e fragilidades de Medições e Ordens de Serviços
Da análise do processo 23129.018729/2016-67 - Contratação de
Empresa Manutenção Predial, observa-se diversos erros formais:
Ordens de Serviços com numeração repetidas: as OS
25/2017-NPPGCT e OS 25/2017-MONUMENTO, OS 29/2017 -
DIREITO E MÚSICA e OS 29/2017 - CAF;
Interregno na sequência de numeração das OS's, de
forma que há uma lacuna de entre as OS's 32/2017-CCA
e 35/2017-PÓS-GEOLOGIA;
Diferença cronológica entre a emissão da OS 35/2017
(26/06/2017) e a OS 36/2017 (15/05/2017) com
numeração sequencial crescente e data anterior;
Medição 5 sem assinatura dos fiscais e sem data;
OS nº 36/2017 sem assinaturas dos fiscais e preposto;
3.3.4. Processo 23129.006117/2015-41 - Contratação de Empresa
Manutenção Predial.
a) Deficiências e fragilidades de Medições e Ordens de Serviços
Observa-se diversos erros formais nos documentos: medições e
ordens de serviços, bem como na disposição e organização destes
no processo, conforme tabela 06:
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Nota Fiscal
Correspondente Medições e Ordens de Serviço
03, R$ 60.853,79,
fl.682
* OS 007-01/15, fl. 574, emitida 21/11/15
(sábado), com data prevista para iniciar os
serviços em 22/11/15 (domingo);
* OS sem número e sem data, fl. 679;
04, R$ 29.748,20,
fl.691
* OS sem número, fls. 693, 694, 704 e 705; * OS com numeração não sequencial:
* OS nº 0522/2015, fl. 695; * OS 010-02/15, repetidas fls. 697 e 698;
* OS nº 1571/2015, fl. 701; * OS nº 0038/2015, fl. 702; * OS nº 1697/2015, fl. 703;
06, R$ 95.413,76, fl.
735
* OS com numeração não sequencial, 015-
01/16, 009-01/15, 010-01/15, fls. 739 a 742:
07, R$ 121.917,26, fl.
763
* OS com numeração não sequencial, fls. 765
a 770: 012-02/16 011-05/16 015-01/16 010-01/15 005-01/15
* Medição datada de 25/02/16, fl. 773,
ateste da NF em 23/02/16, fl. 763, medição
posterior ao ateste da fatura.
09, R$ 30.352,88, fl.
805
* OS com numeração não sequencial, fls. 806
a 814: 014-01/16 014-02/16 014-04/16 014-05/16 014-06/16 014-07/16 014-08/16 014-09/16 011-01/16
10, R$ 140.920,95, fl.
849 * OS 015-08/16, repetidas, fl. 862 e 863;
12, R$ 41.724,12 , fl.
910
* OS 016-15/16 emitida em 10/06/16, com
período de execução 23/05/16 a 10/06/16, por
outro lado, a NF foi emitida em 15/06/16,
mostrando-se incompatíveis o prazo de
emissão da OS e NF, 4 dias úteis, com a
quantidade de serviços executados, indícios
de execução de serviços previamente a
emissão de OS, fl. 915 a 916.
15, R$ 19.991,13 , fl.
1050
* OS com nº repetidas, OS 017-08/16, fls.
1060, 1061, 1062 e 1063
17, R$ 16.813,30, fl.
1078
* A NF 17, está organizada no processo antes
na NF 16
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18, R$ 69.229,94 , fl.
1112
* OS com numeração não sequencial, fls. 1121
a 1131: 017-02-16; 017-04/16; 017-05/16; 017-06/16; 017-08/16; 017-09/16; 017-11/16; 017-12-16; 017-14/16; 017-17/16;
21, R$ 32.226,29, fl.
1214
* OS com numeração não sequencial, fls. 1219
a 1228: 017-10/16; 017-20/16; 017-21/16; 017-22/16; 018-02/16; 018-03/16; 018-04/16; 018-05/16; 018-06/16; 018-65/16;
29, R$ 32.290,19, fl.
1252
* OS com numeração não sequencial:
022/16;
017-01/16; 022-01/16; 022-03/16; 018-06/16; 017-15/16; 022-02/16,
OS nº repetidas 022/16 repetidas, fls. 1267,
1268 e 1270.
49, R$ 45.601,77, fl.
1301
* Medição nº 19, sem data, fl. 1305;
* OS sem assinatura do preposto da
contratada e com numeração não sequencial,
fls. 1311 a 1325: 001-01/17; 001-12/16; 017-02/16 002-01/17; 004-01/17; 003-12/16; 004-12/16;
* OS 002-01/17 sem assinaturas dos fiscais,
fl. 1267.
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72, R$ 54.242,03, fl.
1342.
* Medição nº 020, sem data, fls. 1359 a
1364;
* OS 001-20/17; 002-20/17; 003-20/17;
004-20/17; 005-20/17; 006-20/17;
007-20/17 sem assinaturas do preposto da
contratada, fls. 1347 a 1358.
74, R$ 30.175,93, fl.
1375
* Medição nº 021, sem data, fls. 1396 a
1401;
* OS 001-21/17, 002-21/17, 003-21/17, 005-
21/17, 06-21/16, 007-21/17, 008-21/17, 009-
21/17, 004-21/17, 010-21/17, 011-21/07, sem
assinaturas do preposto da contratada, fls.
1380 a 1395.
76, R$ 28.684,51 fl.
1428
* Medição nº 022, sem data, fls. 1433 a
1438;
* OS 004-22/17, 005-22/17, 002-22/17, 006-
22/17, 003-22/17, 001-22/17, sem assinaturas
do preposto da contratada, fls. 1439 a 1451.
Tabela 06
Observa-se ainda que não foram localizados no processo a ordem
bancária 2016OB800601 referente ao pagamento da NF 06, R$
95.413,76, fl. 735, bem como a Medição referente a NF 04, R$
29.748,20, fl.691.
Causa: Fragilidade no controle de elaboração de ordens de
serviço e autuação de documentos hábeis ao processo
administrativo.
Análise da Auditoria: Importante destacar a definição de Ordem
de Serviço, conforme Manual de Fiscalização de Obras-PROINFRA,
pág. 10, assim descrito:
É o documento da Administração que autoriza o
início dos serviços. Deve ser assinado pelo
contratante, com a devida ciência do contratado.
Nele devem constar os dados do contrato (número,
objeto, data, prazo, etc) e a data de início dos
trabalhos.
Embora a definição acima trate exclusivamente de obras, o
exemplo demonstra a necessidade de revestir o documento de
autorização de serviços com dados e informações que subsidiam a
contratada a plena execução dos serviços e a contratante ao
controle na execução. Para os contratos de manutenção predial a
PROINFRA utiliza o modelo de OS com inúmeros campos para
preenchimento, tais como: nível de prioridade, nº da OS, data,
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nome do projeto, contratada, CNPJ, endereço, BDI, desconto,
local de manutenção, código, tipo e descrição do serviço,
unidade, quantidade, preço, preço total, ciência da contratante,
assinatura do requisitante, assinatura dos integrantes técnicos,
ciência do preposto da contratada. Estas informações tem o
objetivo de registrar quando, quais e onde foram realizados os
serviços e quem autorizou a execução à contratada.
Não obstante, as informações dão suporte a posterior medição dos
serviços, e consequente emissão da nota fiscal para ateste e
pagamento. Logo, é indispensável o correto preenchimento, a
ordem cronológica, a numeração sequencial, a discriminação dos
serviços, a assinatura do servidor que autorizou a execução, a
ciência do preposto, entre outras informações, que por suas
importâncias devem ser prontamente autuados ao processo.
Recomendação 15 (PROAD/PROINFRA): Criar mecanismos de controles
na elaboração de ordens de serviço e autuação de documentos
hábeis no processo administrativo;
Recomendação 16 (PROINFRA/PROAD): Abster-se de inserir
documentos aos autos sem assinaturas/autorização expressa dos
responsáveis;
3.3.5. Processo 23129.006117/2015-41 - Contratação de Empresa
Manutenção Predial.
a) Execução de despesa em empenho não corresponde ao centro de custo
1. Conforme NF nº 08, 21/03/16, R$ 25.611,47, fl. 797, Medição
001-MURUPU, 12/03/16, fl. 799, OS 013-01/16, 28/12/16, fl. 798,
a despesa de manutenção paga com recursos da 2015NE800780, fl.
608, e por meio da 2016OB801269, fl. 904. A execução da despesa
diz respeito a serviços realizados no campus MURUPU-EAGRO,
especificamente na Recepção do Campus Murupu, entretanto, o
empenho tem como centro de custo a PROINFRA, e unidade interna
interessada a Prefeitura Universitária, por outro lado, existe
um empenho específico para atender demandas de manutenção
predial da Escola Agrotécnica, de acordo a solicitação presente
ao Memo Eletrônico 68/2015-EAGRO, 06/11/15, fl. 628, e Dotação
Orçamentária nº 830/2015, 2015ND001086, empenho 2016NE800940,
fl. 633, relacionado ao Contrato específico, de nº 64/2015, fls.
641 a 645, vigência 16/11/15 a 15/11/16, para atender as
despesas de manutenção na EAGRO.
2. Conforme NF nº 10, 06/05/16, R$ 140.920,95, fl. 849, Medição
006, fl. 853 a 858, a despesa de manutenção paga com recursos da
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2015NE800940, fl. 633, por meio da 2016OB801374, fl. 933. A
execução da despesa diz respeito a serviços realizados em
diversas localidades dos campi Paricarana e Murupu, entretanto,
o empenho tem como centro de custo e unidade interna interessada
a Escola Agrotécnica, de acordo com a Dotação Orçamentária nº
830/2015, 2015ND001086, fl. 632, por outro lado, existe um
empenho para atender demandas de manutenção predial do Campus
Paricarana, 2015NE800780, fl. 608, relacionado ao Contrato nº
49/2015, fls. 615 a 619, vigência 07/10/15 a 06/10/16; O
montante de R$ 140.920,95 da despesa executada, 60% foi
realizada no Campus Paricarana, e 40% nos Campus Murupu (EAGRO),
nos seguintes montantes R$ 55.758,25 - MURUPU OS,s. 015-10/16 e
015-15/16; 85.162,70 - PARICARANA
3. Conforme NF nº 13, 14/07/16, R$ 29.137,92, fl. 938, Medição
006, fl. 944 a 949, a despesa de manutenção foi paga por meio da
2016OB801713, fl. 608, em dois empenhos distintos, a saber:
-2016NE800780 (PROINFRA) - R$ 7.517,88 fl. 608 - Contrato
49/2015.
-2016NE800940 (EAGRO) - R$ 21.037,28, fl. 633 - Contrato
64/2015.
As OS presentes as fls. 950 a 966 e que compõem a nota fiscal nº
13, não constam serviços autorizados para o Campus MURUPU,
todavia a parte da execução da despesa foi efetuada utilizando o
2016NE800940.
Recomendação 17 (PROINFRA e PROAD): Realizar despesas com base
no Centro de Custo levando em consideração o local da execução e
as respectivas Dotações Orçamentárias.
b) Execução de despesa em empenho não corresponde ao plano
interno
Conforme NF nº 21, 19/10/16, R$ 32.226,29, fl.1214, Medição 016,
fl.1229 a 1238, OS’s fls. 1219 a 1228, corresponde a despesa de
manutenção paga com recursos da 2015NE800341, fl. 1019, por meio
da 2016OB803204, fl. 1285. A execução da despesa diz respeito a
serviços realizados em diversas localidades dos campi Paricarana
e Murupu, entretanto conforme o plano interno M20RKG0140N,
dotação orçamentária 488 (2016ND000547), fl. 1002, tem como
título Expansão da Educação em Saúde, e objetivo registrar
despesas com expansão da educação em saúde;
Manifestação da PROPLAN: A unidade por meio do Memo eletrônico
nº 142/2017 – DO, informou:
Ao cumprimentá-lo, em resposta a S.A.
N°68/2017/COAUDIN, entendemos que não há
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impedimentos em destinar orçamento da expansão da
Educação em Saúde para a manutenção predial da
Unidade, visto que o processo de expansão não se
resume apenas a novas obras e/ou aquisição de novos
equipamentos, mas também, a manutenção da estrutura
existente. Referente às observações relacionadas
aos pagamentos, não é de competência desta Unidade.
Manifestação da Auditoria: consoante à manifestação da Diretoria
de Orçamento, realmente não se vê impedimentos quanto a
destinação de orçamento da expansão da Educação em Saúde para a
manutenção predial, desde que seja alusiva a área de expansão da
educação em saúde, que não foi o caso evidenciado.
Recomendação 18 (PROPLAN e DO): Abster-se de realizar dotação
para despesas cujo objetivo não corresponde com o objetivo dos
Planos Internos.
c) Acúmulo de atribuições na fiscalização de contrato e
gerência de Pró-Reitoria de Infraestrutura
Observou-se que o fiscal especialista dos contratos elencados
abaixo, desenvolveu as atribuições de Pró-Reitor de
Infraestrutura, inclusive emitiu Atestado de Capacidade Técnica
à Empresa Contratada (FD Comércio), fl. 346 a 356, processo
23129.018729/2016-67, com fundamento nos contratos relacionados,
de outro modo, o Pró-Reitor fiscalizou os serviços, atestou
(liquidou) as notas fiscais e ratificou a capacidade técnica da
contratada. Vale lembrar que a FD Comércio venceu nova licitação
promovida pela UFRR, qual seja, o pregão 28/2016, processo
23129.018729/2016-67-Contratação de Empresa Manutenção Predial,
conforme contratos:
-Contrato 49/2015, fl. 615 a 619, 207/2015-PROAD, fl. 624 e
Portaria 047/2016-PROAD;
-Contrato 64/2015, fls. 641 a 645, Portaria 234/2015-PROAD, fl.
647, Portaria 25/2016-PROAD, fl. 789, e Portaria 59/2016-PROAD,
fl. 791;
-Contrato 36/2016, fls. 1030 a 1032, Portaria 149/2016-PROAD,
fl. 1036 e Portaria 153/2016-PROAD, fl. 1038.
A Portaria de nomeação como Pró-Reitor - 664-2016/GR a partir de
02/09/16 encontra períodos de intersecção com a 1ª Portaria de
fiscalização 207/2015-PROAD a partir de 15/10/15 até o fim da
vigência do contrato 36/2016 em 23/08/17;
Causa: Inobservância ao Princípio da Segregação de Funções de
funções.
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Análise da Auditoria: A constatação enseja duas análises, quais
sejam:
(i) Emissão de atestado de capacidade técnica por unidade que
não possui prerrogativa
Embora não esteja prevista na Resolução 027/12-CUNI, normativo
que cria e aprova os regimentos internos das Pró-Reitorias da
UFRR, bem como não há previsão na lei quanto a competência para
a emissão de atestado de capacidade técnica, porém, considerando
as atribuições legais incumbidas à PROAD conforme resolução
supra, levando em conta ainda a Portaria nº 161/GR, datada de 11
de março de 2016, a qual delega ao Pró-Reitor de Administração
competências de ordenador de despesas. Logo, por preceitos
lógicos e racionais a autoridade responsável por
atestar/ratificar a capacidade técnica dos fornecedores de bens
e serviços é o gestor à frente da PROAD, sendo inclusive
encarregado por assinar contratos firmados. Contrariamente a
PROINFRA emitiu o referido atestado.
A lei 8.666/93, Art. 30, inciso II, determina que a documentação
relativa à qualificação técnica limitar-se-á:
II - comprovação de aptidão para desempenho de
atividade pertinente e compatível em
características, quantidades e prazos com o objeto
da licitação (...)
Sem embargo, a comprovação de aptidão para desempenho configura
o próprio atestado de capacidade técnica, pressupõe, portanto, a
certificação da prestação de serviços de qualidade fornecidos ao
contratante.
Para o caso concreto, a práxis administrativa no âmbito da UFRR
estabelece que a autoridade competente dever fornecer atestado
de capacidade técnica à fornecedores que tenham executados
serviços de acordo com o contrato, além disso que não conste
registros em desabono a conduta do fornecedor. Nesse contexto,
indubitavelmente a figura do fiscal de contrato tem papel
imprescindível, haja vista ser ele o servidor designado para
acompanhar a execução do contrato. De certo, o Manual de Gestão
e Fiscalização de contratos, Portaria 49/16-PROAD, págs. 18 e
19, elenca assim algumas atribuições do fiscal:
Acompanhar "in loco" a execução do objeto do
contrato, apontando as faltas cometidas pelo
contratado, se for o caso;
Qualquer irregularidade deve ser apontada pelo
fiscal, o qual entrara em contato com o fornecedor
do serviço/bem, a fim de que o mesmo solucione a
irregularidade apontada;
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Toda a comunicação realizada deve ser formal,
documental e anexada aos autos do processo
administrativo correspondente;
Qualquer ação que não esteja sob o alcance do
fiscal deve ser levada ao conhecimento da
autoridade competente, para adoção das medidas
pertinentes;
(...)
ainda deverá manifestar-se, através de nota
técnica sobre a qualidade do serviço prestado (...)
Nessa acepção a autoridade competente age com responsabilidade e
zelo ao emitir atestado de capacidade técnica ao fornecedor que
presta serviços de qualidade, mediante a aferição da
fiscalização do contrato. Por outro lado, na execução do
Contrato 36/2016, conforme já frisado o próprio Pró-Reitor
desempenhou a função de fiscal. Assunto este, melhor tratado a
seguir.
(ii) Incompatibilidade de atribuições Pró-Reitor e Fiscal de
contratos
Semelhantemente o manual de gestão e fiscalização da UFRR, de
2016, destaca a atuação do fiscal de contratos de serviços,
págs. 21 e 22:
4.4.2. Contratação de Serviços
a) Ler atentamente a contrato e/ou edital, assim
como os anexos, principalmente quanto:
- a especificação do objeto;
- ao prazo de entrega do material.
b) juntar aos autos toda documentação relativa a
fiscalização e ao acompanhamento da execução
contratual, arquivando, por cópia, a que se fizer
necessária;
c)Acompanhar a execução dos serviços, tendo como
base os direcionamentos registrados no contrato,
exercendo rigoroso controle sobre o cronograma de
execução dos serviços;
d)Receber a fatura de cobrança, conferindo:
- se as condições de pagamento do contrato foram
obedecidas;
- se o valor cobrado corresponde exatamente aquilo
que foi efetuado;
- se a Nota Fiscal tem a validade e se esta
corretamente preenchida;
- se esta acompanhada das guias de quitação do
FGTS/INSS sobre a mão-de-obra.
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e)Atestar a prestação do serviço efetivamente
realizado;
f)Encaminhar a Nota Fiscal para pagamento;
g)Informar o descumprimento de cláusulas
contratuais, mormente quanto ao prazo, com o fim de
aplicação das sanções cabíveis; e
h)Manter contato regular com o preposto/
representante da contratada, com vista a permitir o
fiel cumprimento do contrato.
Todavia, conforme Resolução a Resolução 027/12-CUNI compete ao
Pró-Reitor de Infraestrutura:
I - apoiar e subsidiar a elaboração do Plano
Diretor e do Plano Institucional de Desenvolvimento
e Expansão - PIDE da UFRR;
II - coordenar a gestão da infraestrutura e
desenvolvimento urbano da UFRR;
III - planejar e coordenar os projetos e obras;
IV - coordenar e monitorar as contratações de obras
e serviços de engenharia;
V - coordenar a manutenção e a conservação das
áreas urbanas, dos logradouros, das redes de
abastecimento, além do mobiliário urbano dos campi;
VI - executar, de ofício ou a requerimento, outras
atividades correlatas.
Doravante, observa-se que as inúmeras atividades do Pró-Reitor
de Infraestrutura sobrecarregam o agente incumbido da função, de
certo que este não terá capacidade técnica e operacional para
desempenhar satisfatoriamente as diversas atribuições designadas
ao fiscal de contratos.
Dessarte, ainda que não haja vedação legal quanto ao acúmulo das
atividades, tal prática deve ser evitada, a fim de reduzir
conflitos e mitigar riscos. O entendimento vai de encontro ao
que versa o Manual de Orientações Técnicas CGU 2017, pág. 69, ao
definir:
Segregação de funções: consiste na separação de
funções de tal forma que estejam segregadas entre
pessoas diferentes, a fim de reduzir o risco de
erros ou de ações inadequadas ou fraudulentas.
Geralmente implica dividir as responsabilidades de
registro, autorização e aprovação de transações,
bem como de manuseio dos ativos relacionados.
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Recomendação 19 (PROAD): Segregar as funções notadamente
incompatíveis, quais sejam: a gestão/fiscalização de contratos
da função de Pró-Reitor(a).
Recomendar 20 (REITORIA): Incluir à Portaria nº 161/GR a
competência de Emissão de Atestado de Capacidade Técnica pela
PROAD.
Recomendar 21 (PROAD): Atualizar o Manual de Gestão e
Fiscalização, Portaria 49/16-PROAD, de modo a acrescentar nas
atribuições dos fiscais de contratos a emissão de relatório
acerca da regular execução dos contratos para fins de emissão de
Atestado de Capacidade Técnica pela PROAD.
Recomendar 22 (PROAD): Criar mecanismos de controle quanto à
emissão de Atestado de Capacidade Técnica, coligindo informações
e registros da comissão/fiscal quanto a regularidade na execução
de contratos.
3.3.6. Processo 23129.003733/2017-10 - Pagamento de Taxa De
Inscrição, Diárias e Passagens para Capacitação Professional &
Self Coaching – PSC
a) Custo elevado na capacitação de servidor
Da análise do processo 23129.003733/2017-10 - Pagamento de Taxa
De Inscrição, Diárias e Passagens para Capacitação Professional
& Self Coaching – PSC, por meio de consulta ao SCDP nº
000105/17, no dia 08/11/17, bem como ao SIAFI, conforme
2017OB800850 evidencia-se elevado custeio de despesas com
capacitação de um único servidor, considerando diárias (R$
2.174,72), Passagens (R$ 1.565,14) e Taxa de curso (R$
7.891,95), valores que perfazem o total de R$ 11.721,81, para
capacitação de apenas um servidor.
Vale ressaltar, a justificativa presente no Requerimento para
Capacitação, fl. 03, este deferido e ratificado pela DDS, fls.
21 a 23, e fls. 48 a 49, e, com parecer favorável da Pró-
Reitoria de Gestão de Pessoas, fl. 50, na referida justificativa
a solicitante afirma:
É de conhecimento da Administração Central que já
coordenei dois treinamentos de imersão com empregos
de métodos de coaching para gestores estratégicos e
táticos da UFRR, mesmo estando vinculada à
Diretoria de Planejamento. E por ser a responsável
por tais eventos, não pude ser beneficiada por
esses processos de capacitação como os demais
gestores.
Visto que busquei por meios próprios me capacitar
para o planejamento do último processo de imersão
realizado nos dias 9 e 16 de março no Amajari e
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UFRR para os gestores da UFRR, este treinamento
também é uma oportunidade para auxiliar a unidade
de gestão de pessoas da UFRR em futuras
capacitações institucionais com o emprego de novas
tecnologias e conhecimento técnico adequado para o
planejamento das contratações.
Depreende-se que a servidora por coordenar tais eventos não pode
se beneficiar pelo treinamento de imersão com emprego de métodos
de coaching, por outro lado, perscrutando o processo
23129.001421/2017-63-Contratação de Serviços para Capacitação,
que trata do processo de imersão realizado nos dias 9 e 16 de
março, constata-se que foram realizadas as seguintes despesas
com 50 participantes, sendo 40 servidores da UFRR e 10
colaboradores do SESC/RR:
Ordem Item Valor
(R$)
01 Evento/Construtivismo 22.752,00
02 Café da manhã/Coffee Break/Almoço/Jantar 18.746,00
03 Cobertura Fotográfica 6.785,00
TOTAL 48.283,00
O valor total de R$ 48.283,00 representa a média de R$ 965,66
por participante.
O comparativo dos montantes de recursos monetários evidencia que
a capacitação de um único servidor representa o acréscimo de
1.114% do custeio nas capacitações realizadas com cada um dos 50
participantes.
Consoante às evidências, questionou-se a Diretoria de
Desenvolvimento do Servidor, a previsão desta Diretoria para
futuras capacitações institucionais com emprego de novas
tecnologias e conhecimento técnico adequado para planejamento
das contratações, conforme justificativa aceita, bem como, quais
os resultados práticos e quais os benefícios reais para a UFRR,
advindos da capacitação da servidora.
Seguindo o raciocínio, em consulta ao SIAFI, conforme
2017OB800850, bem como ao SCDP, SCDP nº 000105/17 da servidora
contemplada com a capacitação, observa-se o pagamento de diárias
no montante de R$ 2.174,72, limite acima do permitido pela
Portaria Normativa nº 01/2016-DDS. Diante disso, indagou-se a
DDS, qual a justificativa para a concessão de diárias acima no
limite da Portaria Normativa.
Manifestação da DDS: Por meio do Memo nº 74/2017/CAPS, o gestor
prestou os seguintes esclarecimentos:
Inicialmente é necessário esclarecer o possível
equívoco de comparação demonstrado na referida
Solicitação de Auditoria, pois se tratam de
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naturezas de capacitação distintas, haja vista que
o evento realizado com os gestores da UFRR tinha
como foco o desenvolvimento de líderes com
ferramentas de coaching (natureza gerencial) e a
capacitação da servidora trata de certificação em
coaching (natureza técnica).
Além de considerar as naturezas distintas, não
seria plausível um exercício simplório comparar
valores sem o uso dos princípios da razoabilidade e
da proporcionalidade, porquanto a carga horária de
ambas as capacitações são desproporcionais para
fins de equiparação monetária. Isto posto, ao custo
total do evento para líderes deve se considerar
ainda a despesa de hospedagem (não contratada por
motivo de contrapartida interinstitucional, contudo
concedendo 10 vagas a outra instituição), locomoção
dos participantes, pagamento de diárias aos
colaboradores da logística do evento.
Capacitação Carga Horária
Valor global
da capacitação
Quantidade Valor por Servidor
Valor da
hora/servidor
Evento para líderes da
UFRR 12 h
(parcial) 48.282,00
40 1.207,08 100,59
Professional & self
Coaching 180 h 11.721,81 01 11.721,81 65,12
Tabela 07
Outra situação é que se compararmos o valor
investido com um único servidor, teremos valores
superiores ao questionado, mesmo atendendo à
Portaria Normativa nº 001/2016/DDS, tendo com
exemplo uma única servidora que participou de três
capacitações em 2016, totalizando 93h, sendo
investido cerca de R$14.510,11 (incluindo taxa de
inscrição, diárias e passagens), conforme
demonstrado a seguir:
Processo Curso Carga
Horária Valor
Investido
23129.010720/2016-16 Gestão de Convênios, com ênfase
no SICONV 28h R$ 6.625,89
23129.013052/2016-71 Elaboração e Execução do
Orçamento Público 32h R$ 2.232,00
23129.017881/2016-22
Execução orçamentária,
financeira e contábil de forma
integrada na Administração
Pública
33h R$ 5.652,22
Total 3 cursos 93h R$14.510,11 Tabela 08
Ademais, após o referido trabalho desenvolvido com
os gestores, a Administração optou por dar
continuidade ao desenvolvimento de pessoas
utilizando o coaching como metodologia nos seus
processos, nessa ocasião a servidora foi
certificada como coach para auxiliar na elaboração
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de termo de referência e fiscalização de
contratações que envolvessem o emprego da
metodologia em nível mais avançado, para que a
Administração tenha respaldo técnico no
planejamento e acompanhamento das ações.
A sugestão apresentada pela servidora em seu
relatório de viagem de 02/05/17, cadastrado no SCDP
(anexo) foi aceita pela gestão e o processo de
contratação está previsto para 2018.
A norma vigente no período da solicitação era a
PORTARIA NORMATIVA Nº 01/2017/DDS, sendo o limite
para diárias de R$2.000,00 (dois mil reais).
Na situação em questão, a parte presencial do curso
ocorreu de 17 a 23/04/2017, onde calculamos que o
valor estaria dentro dos limites, visto que por
padrão, solicitamos diárias e passagens com um dia
de antecedência do início do curso na ida e retorno
no dia seguinte ao término do curso, porém a viagem
da servidora teve que ser solicitada com saída de
Boa Vista com dois dias de antecedência do início
do evento devido a restrição de voos, onde não
haviam voos disponíveis com saída e chegada no
mesmo dia (16/04/2017), superando então os valores
previstos, situação que já ocorreu em outros
processos, e sempre consideramos razoável continuar
o processo, desde que o valor estivesse aproximado
do limite, visto que somente após cadastramento no
SCDP é que podemos verificar o valor real das
diárias.
As situações ideais de participação em eventos
externos de capacitação são as que estão dentro das
normas estabelecidas na PORTARIA NORMATIVA Nº
01/2017-PROGESP/UFRR, de 20 de junho de 2017, sendo
que anualmente editamos a norma a fim de evitar
possíveis conflitos na administração.
Consideramos que a capacitação em questão foi uma
situação atípica, se tratando de caso omisso e,
inclusive, foi submetida à PROGESP para resolução
tendo em vista o art. 12 da PORTARIA NORMATIVA Nº
01/2017/DDS (em vigor no período), e foi aprovada
considerando as justificativas tanto do requerente,
quanto de sua chefia imediata, e tendo como
respaldo o inciso II do art. 3º do DECRETO Nº
5.707, de 23 de fevereiro de 2006, onde dispõe como
uma das diretrizes da Política Nacional de
Desenvolvimento de Pessoal, “assegurar o acesso dos
servidores a eventos de capacitação interna ou
externamente ao seu local de trabalho”.
A fim de evitar futuros transtornos, a Coordenação
de Capacitação do Servidor se restringirá a emitir
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parecer favorável somente nos casos previstos em
norma interna vigente. Grifo nosso
Análise da Auditoria: Mediante a resposta da DDS, é possível
coligir que houve outros investimentos em capacitações de uma
única servidora, no valor de R$ 14.510,11, acima do valor da
capacitação Professional & self Coaching, inclusive atendendo os
limites da Portaria Normativa nº 001/2016/DDS, naquele aspecto,
a referida capacitação decorre da realização de 03 cursos
distintos e realizados em momentos diferentes. E, demonstra
também, uma má administração dos recursos, haja vista que há
setores críticos, que necessitam de capacitação e não tiveram a
oportunidade, em detrimento a um único servidor ter aprovadas
três capacitações no ano, o que custou mais de R$ 14.000,00.
Diferentemente, o achado da auditoria salienta quais os motivos
determinantes para a concessão de uma capacitação de elevado
valor para uma única servidora, no caso da capacitação
Professional & self Coaching. Ainda segundo a DDS: “(...) é
necessário esclarecer possível equívoco de comparação demonstrado na
referida Solicitação de Auditoria, pois se tratam de naturezas de
capacitação distintas, (...)”
É importante elucidar, que não há qualquer desacerto na analogia
dos preços entre capacitações, ainda que de naturezas diversas,
pelo contrário, o comparativo do dispêndio das capacitações é
imprescindível para uma análise mais profunda da eficiência do
gasto público realizado. Em observância ao caso concreto,
retoma-se que a justificativa da servidora para a realização da
capacitação apresenta como motivação precípua a não capacitação
em treinamentos de imersão com empregos de métodos de coaching
para gestores estratégicos e táticos da UFRR, e ainda que a
capacitação “é uma oportunidade para auxiliar a unidade de
gestão de pessoas da UFRR em futuras capacitações
institucionais.”
Grifo nosso
É necessário frisar também a resposta apresentada pelo gestor da
DDS:
Ademais, após o referido trabalho desenvolvido com
os gestores, a Administração optou por dar
continuidade ao desenvolvimento de pessoas
utilizando o coaching como metodologia nos seus
processos, nessa ocasião a servidora foi
certificada como coach para auxiliar na elaboração
de termo de referência e fiscalização de
contratações que envolvessem o emprego da
metodologia em nível mais avançado, para que a
Administração tenha respaldo técnico no
planejamento e acompanhamento das ações.
(...)
A sugestão apresentada pela servidora em seu
relatório de viagem de 02/05/17, cadastrado no SCDP
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(anexo) foi aceita pela gestão e o processo de
contratação está previsto para 2018.
Grifo nosso
Diante disso, destaca-se o óbvio já constatado, qual seja, caso
a servidora participasse do evento de capacitação juntamente com
os 60 líderes, não haveria a necessidade de efetuar o dispêndio
de recursos no valor de R$ 11.721,81. Da mesma forma, é
desarrazoada a justificativa de que a referida capacitação será
utilizada para elaboração de termo de referência e fiscalização
de contratações que envolvam o emprego da metodologia em nível
mais avançado, ao passo que, a própria servidora elaborou o
Termo de Referência para o evento de capacitação do qual
participaram 60 líderes, fl. 75, processo 23129.001421/2017-63-
Contratação de Serviços para Capacitação, que trata do processo
de imersão realizado nos dias 9 e 16 de março, para tanto, não
houve por parte da servidora capacitação em área de conhecimento
específico de coaching como metodologia como pré-requisito para
elaboração de termo de referência, fato que comprova que a
servidora dispõe de conhecimentos mínimos para elaborar termos
de referência, inclusive já ministrou em meados de 2012 cursos
de elaboração de termo de referência para servidores da UFRR,
sendo inclusive remunerada, conforme 2012OB805176-R$ 6.398,51.
Analogamente, não se evidencia qual a real finalidade da aludida
capacitação, muito menos quais são os benefícios advindos do
treinamento para a instituição.
Recomendação 23 (PROGESP, DDS): Abster-se de autorizar cursos
para servidores, cuja a importância seja acima do estipulado nas
portarias de capacitações;
Recomendação 24 (PROGESP, DDS): Abster-se de autorizar cursos
que eludam mais a formação profissional/pessoal que a
profissional/institucional;
Recomendação 25 (PROGESP, DDS): Orientar-se quando da
autorização de capacitações pela LNC (Levantamento de
Necessidade de Capacitação) ou pelo Plano de Capacitação
Institucional.
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3.3.7. Processo 23129.012826-15-65 - Serviços de Limpeza e
Conservação
a) Ateste de serviços em valor maior do que efetivamente
executado (justificativas acatadas, conforme pode ser verificado
na análise da auditoria, referente a esta constatação).
Por meio de análise realizada, ao processo 23129.012826-15-65 -
Serviços de Limpeza e Conservação observa-se que a Conforme
Contrato nº 23/16, vigência 30/06/16 a 29/06/17, fl. 1965-1793,
bem como, o previsto no Edital do Pregão 60/151, item 14. DO
INÍCIO DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS 14.1 A execução dos serviços
será iniciada em até 05 (cinco) dias úteis após a assinatura do
Termo de Contrato (...). Logo, os serviços deveriam iniciar dia
08/07/16. Entretanto, conforme relação de colaboradores
apresentada, fl. 2009-2012, correspondente ao período de 01 a
31/07/16, 23 (vinte e três) colaboradores, (13%) do total de 174
colaboradores previstos no contrato, tem data de admissão
posterior ao prazo estipulado no contrato e no edital, quais
sejam:
1. Anaci da Silva Everton - Admissão 18/07/16;
2. Arleia Oliveira Pereira - Admissão 18/07/16;
3. Daniele Rodrigues - Admissão 18/07/16;
4. Gardeny da Silva dos Santos - Admissão 18/07/16;
5. Geovane Brito dos Reis - Admissão - Admissão 18/07/16;
6. Helen Cristina de Souza Ferreira - Admissão 18/07/16;
7. Jorgina Justo dos Santos - Admissão 18/07/16;
8. Kenia Cordeiro Duarte - Admissão 18/07/16;
9. Luana Vieira da Silva - Admissão 18/07/16;
10. Luciene Souza de Carvalho - Admissão 18/07/16;
11. Marcela Custódio da Silva - Admissão 18/07/16;
12. Mardilene Kethelen Souza Franco - Admissão 18/07/16;
13. Maria Aparecida Vieira - Admissão 18/07/16;
14. Maria da Silva Sousa - Admissão 18/07/16;
15. Maria do Rosário de Oliveira Sousa - Admissão 18/07/16;
16. Maria Ramos Carvalho - Admissão 18/07/16;
17. Marinalva Pacheco da Silva - Admissão 18/07/16;
18. Merisnalva Andrade da Silva - Admissão 18/07/16;
19. Sebastiana Clotilde Souza de Silveira - Admissão 18/07/16;
20. Sumania Sobral Melo - Admissão 18/07/16;
21. Tatiana Pereira da Silva - Admissão 18/07/16;
22. Pabliana Costa Rodrigues - Admissão 18/07/16;
23. Suely Mota Viana - Admissão 18/07/16.
Destaca-se que a Nota Fiscal nº 378, fl. 2008, referente ao
período, competência julho/2016, perfaz o valor R$ 399.958,25,
conforme valor mensal do contrato, porém, foi atestada e paga no
1 Acesso portal www.comprasgovernamentais.gov.br em 21/11/17
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valor integral. Ademais, o correto seria deduzir o valor
proporcional ao custo dos colaboradores admitidos após o início
do contrato, pois, os serviços não foram realizados em sua
integridade.
O mesmo raciocínio foi observado pela gestora do contrato
designada pela portaria 117/2016-PROAD, conforme Ofício n°
002/2016–Fiscalização do Contrato 23/2016, de 11/08/16, fl.
2001, encaminhado a empresa Água Viva para retificação de
inconsistências na Nota Fiscal nº 371 (referente ao primeiro mês
de execução do contrato) conforme teor:
1. Valor total do faturamento – tendo em vista que o contrato não foi executado desde o início com o
quantitativo de serventes/encarregados previstos, o
custo deverá ser proporcional aos dias trabalhados.
2. Valor Base de cálculo para retenção para a
Seguridade Social;
3. Valor para retenção em conta vinculada.
A contratada acata os itens 2 e 3, todavia, não acolhe a
solicitação referente ao item 1, e emite a Nota Fiscal 378, fl.
2007-2008, no mesmo valor, atestada em 23/08/16, paga em
20/09/16. Destaca-se, que o ateste da fatura foi promovida por
nova Comissão designada pela portaria nº 142/2016-PROAD, em
15/08/16, fl. 2020, em substituição 117/2016-PROAD e em
detrimento das solicitações da gestora do contrato à época.
Levando em conta a atuação da fiscalização. Por meio da SA
74/17, questionou-se a PROAD qual a razão de destituir a
Comissão nomeada pela Portaria nº 117/2016-PROAD, emitida em
14/07/16, fl. 1995, com emissão de nova Portaria nº 142/2016-
PROAD, em 15/08/16, fl. 2020, vol. XI, de outra forma, porque
após 32 dias a comissão foi destituída com a substituição de
todos os membros e inclusão de novos membros? Similarmente qual
a razão da nova Comissão atestar a nota fiscal no valor
integral, e qual a razão da PROAD autorizar o pagamento na nota
fiscal com valor equivocado?
Causa: Fragilidade na fiscalização do contrato especialmente
quanto a retenção do pagamento proporcional a quantidade dos
recursos humanos empregados. Ausência de controles de
autorização de pagamento de notas fiscais, no que se refere a
certificação dos documentos hábeis que dão suporte aos valores
atestados.
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Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a PROAD por meio
de documento datado de 12/03/18 informou:
A servidora Roseane Machado de Sá Viana pediu para
sair através do memorando nº S/N/2016/RMSV (anexo)
datado de 11.08.2016. Procurei uma solicitação por
escrito do servidor Janison Machado de Albuquerque,
mas não encontrei, apenas lembro bem da solicitação
verbal feita a mim em não querer participar da
fiscalização deste contrato. Então considerando
estas duas solicitações, eu entrei em contato com a
prefeita universitária a época, servidora Lídia de
Souza Coelho, expliquei a situação e então,
verificando que a PU é a Unidade responsável por
esta ação na instituição, decidimos mudar todos os
membros e colocar o gestor do contrato um servidor
da própria PU que conhecesse os três campi e os
outros membros da comissão foram escolhidos no
mesmo sentido. Sobre o pagamento da nota fiscal nos
embasamos no encaminhamento feito pelo gestor do
contrato através de memorando eletrônico (fl.2006)
e ateste da nota fiscal (fl.2008v.). Não observamos
o questionamento da gestora do contrato no referido
ofício para a empresa. Mas como o contrato está
vigente com a empresa, acredito que seja possível
rever está nota com o fornecedor do serviço e
glosar o valor a maior em notas fiscais futuras.
Em atenção o Relatório Preliminar a Prefeitura Universitária por
meio do Relatório Complementar de 12/03/18 informou:
Segundo a empresa a referida situação foi
esclarecida junto a fiscalização do contrato
conforme relato do ofício em anexo.
O referido Ofício nº 42/2018-Departamento de Administração, a
Contratada informa:
O referido contrato iniciou no dia 01/07/16, desta
forma a empresa iniciou os serviços contratados com
todos os colaboradores previstos com base na
produtividade adotada e previsto na execução dos
serviços.
Vale lembrar que na época através dos ofícios
36/2018-Departamento de administração e 48/2016-
Departamento de administração, foi esclarecido o
fato e inclusive apresentado os custos dos
colaboradores desistentes, com recibos de
pagamentos e verbas devidamente pagas.
No que se refere ao pagamento da nota nº fiscal, o
qual foi paga integralmente, é importante destacar
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que os serviços contratados foram executados de
forma integral, aferidos conforme estipulado e
baseados na metragem quadrada.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Mediante as manifestações apresentadas
pela PROAD e Prefeitura, acatamos as justificativas, no entanto,
a constatação continua a integrar o documento, mas com o status
de resolvida, haja vista, posteriores esclarecimentos, uma vez
que não há justificativas no processo, referente a situação
encontrada, e o mesmo pode vir a ser alvo de outros órgãos de
controle.
Recomendação 26 (PROAD): Fazer constar nos autos, justificativas
e esclarecimentos (seja da empresa, da contratante ou da própria
fiscalização), quando houver contestações da fiscalização e/ou
lacunas que necessitem de maiores informações para o
entendimento dos atos praticados no processo.
b) Desvio de função de funcionários terceirizados
Conforme Cláusula Primeira, o objeto do Contrato 23/2016-UFRR
consiste na contratação de serviços de limpeza, conservação e
higienização com dedicação exclusiva de mão de obra (SIPAC,
04/12/17), entretanto, por meio de diligência no dia 22/11/17, à
Prefeitura Universitária, Sala de Monitoramento, verificou-se
dois colaboradores em desvio de função, CPF’s ***.553.542-** e
***.201.312-**, os referidos funcionários desenvolvem atividades
em desacordo com a função de agente de limpeza, de forma que,
exercem tarefas de operador de circuito interno.
Em nova diligência ao dia 31/11/17, detectou-se desvio de função
do colaborador de CPF ***.318.992-**, o funcionário exerce
atividades de tratorista, embora seja contratado como agente de
limpeza.
Destaca-se que os nomes dos colaboradores estão presentes na
relação dos trabalhadores constantes no arquivo SEFIP,
competência mês 08/2016, fls. 2359 e 2361, bem como na folha de
pagamento referente ao mês de agosto de 2016, fls. 2379 e 2384,
vol. XII, processo 23129.012826-15-65 - Serviços de Limpeza e
Conservação.
Causa: Fragilidade no acompanhamento e fiscalização do contrato
23/2016-UFRR
Análise da Auditoria: Em primeira instância, é importante
observar o subitem 23.3.4.2, item 23.3.4-Fiscalização especial,
Anexo I - Termo de Referência, Edital do Pregão 60/2015:
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A Fiscalização do contrato não permitirá, sob
nenhuma hipótese, que empregados da licitante
contratada executem tarefas em desacordo com
aquelas estabelecidas no instrumento contratual.
Grifo nosso
Insistindo, cabe salientar o previsto no inciso III, art. 10, da
IN 02/08:
Art. 10. É vedado à Administração ou aos seus
servidores praticar atos de ingerência na
administração da contratada, tais como:
(...)
III - promover ou aceitar o desvio de funções dos
trabalhadores da contratada, mediante a utilização
destes em atividades distintas daquelas previstas
no objeto da contratação e em relação à função
específica para a qual o trabalhador foi
contratado;
Grifo nosso
É importante também informar o teor do Memorando Circular
emitido em 04/07/16 pela gestora do contrato, integrante da
Comissão nomeada pela Portaria 117/2016-PROAD de 14/07/16 fl.
1995, destituída em 15/08/16, assim posto:
Com o início do novo contrato de prestação de
serviços de limpeza e conservação e a fim de evitar
possíveis falhas na sua execução, listamos abaixo
algumas orientações, de acordo com a Instrução
Normativa 02/2008-SLTI/MPOG, que deverão ser
observadas:
1) O referido contrato é EXCLUSIVO para prestação
dos serviços de limpeza, conservação e higienização
das áreas internas, externas e esquadrias nos
Campis Paricarana, Cauamé e Murupu.
2) A área interna compreende pisos acarpetados,
pisos frios, laboratórios, almoxarifados/galpões,
oficinas saguão, hall e salão.
3) A área externa compreende pisos pavimentados
adjacentes/contíguos às edificações, varrição de
passeios e arruamentos, pátios e áreas verdes,
coleta de detritos em pátios e áreas verdes.
4) Quaisquer outras atividades não compreendidas
nas áreas internas, externas e esquadria são
VEDADAS nesse contrato, bem como, roçagem, capina,
movimentação de mobílias, carregamento e
descarregamento de caminhão, cultivo de plantações,
cuidar de animais dentre outras. A atribuição de
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
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qualquer uma das atividades constante no item 4 aos
colaboradores vinculados ao contrato em questão
implica em desvio de função.
Além disso, o Acórdão 859/2006-Plenário preceitua:
A negligência de fiscal da Administração na
fiscalização de obra ou acompanhamento de contrato
atrai para si a responsabilidade por eventuais
danos que poderiam ter sido evitados, bem como às
penas previstas nos arts. 57 e 58 da Lei n°
8.443/92.
Por fim, se esclarece que a impropriedades nas execuções de
contratos (desvio de função de terceirizados), igualmente
constatadas no Contrato 23/2016-UFRR, já foram evidenciadas pelo
TCU na administração pública, conforme Acórdão 3102/11, e
6594/2010.
Dessa forma, observam-se fragilidades na fiscalização do
contrato 23/2016-UFRR, no que tange ao regular acompanhamento
com vistas a detecção e correção de impropriedades verificadas,
cujas evidências ensejam riscos de acidentes de trabalhos aos
funcionários terceirizados submetidos aos desvios de funções,
bem como, potenciais passíveis trabalhistas e ações judiciais em
desfavor da UFRR.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
Central de Monitoramento
A central de monitoramento é ocupada por vigilantes
pertencentes ao quadro da empresa UNION SECURITY.
Em momentos de urgência/emergência, em que havia
necessidade de sair do posto para atender a alguma
ocorrência, e com único objetivo de proteger o
patrimônio público o mesmo solicitava auxílio de
qualquer colaborador de prefeitura que estivesse
por perto, seja ele um servidor, um estagiário ou
até mesmo um terceirizado de outra empresa.
Uso de Trator Agrícola
Conforme previsto na IN-02/2008SLTI/MPOG a limpeza
em área externa de pátios e áreas verdes deve ser
realizada adotando-se a produtividades de 1200
metros quadros. Desta forma, prezando pelo
princípio da eficiência a utilização do trator de
forma esporádica por parte da empresa contribui no
desenvolvimento das atividades a aumenta a
produtividade.
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Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Quanto aos funcionários terceirizados que
à época atuavam com monitores, é necessário esclarecer que a
constatação de desvio de função dos agentes de limpeza foi
comprovada e não ocorria esporadicamente, conforme resposta
apresentada. De sorte, é possível depreender frente resposta da
PU que vigilantes realizam serviços de monitoramento eletrônico,
em detrimento do objeto do Contrato 024/2013-Vigilância Armada,
pois, conforme o referido Contrato não está previsto atividades
de monitoramento eletrônico. Quanto a situação do colaborador no
exercício da função de tratorista prescinde de interpretação da
IN 02/2008-SLTI/MPOG, em vigência durante a execução do
contrato, pois as atividades de agente de limpeza e tratorista
não se equiparam.
Logo, mantem-se a constatação, e ainda se reforça que as
recomendações devem se aplicar a todos os Contratos cujo objeto
seja de prestação de serviço com dedicação exclusiva de mão de
obra, inclusive o referente a Vigilância Armada.
Recomendação 27 (REITORIA/PROINFRA/PU/PROAD): Estabelecer
mecanismo de controle para evitar o desvio de função no âmbito
dos contratos de prestação de serviços com dedicação exclusiva
de mão de obra;
Recomendação 28 (PU): Realocar os colaboradores terceirizados
que desenvolvem atividades dissonantes com as funções previstas
no Contrato 23/2016;
Recomendação 29 (PU): Promover ampla fiscalização nos campi
Paricarana, Mupuru e Cauamé com o objetivo de detectar e coibir
desvio de função ao Contrato 23/2016;
Recomendação 30 (REITORIA e PROAD): Promover treinamento
compulsório aos servidores que atuam como fiscais de contratos.
c) Retenção à menor de encargos sociais e trabalhistas
destinados à conta vinculada
Por meio de análise realizada, ao processo 23129.012826-15-65 -
Serviços de Limpeza e Conservação, conforme nota fiscal 378, fl.
2007-2008, competência julho/2016, igualmente a planilha com a
relação de colaboradores, fl. 2009-2012, vol. XI, período de 01
a 31/07/16,OB constata-se que houve a retenção de encargos à
conta vinculada em percentuais inferiores ao previsto na
planilha de formação de preços, assim, detecta-se erro no
percentual de retenção de férias e adicional de férias a partir
da linha 21 da planilha, com incidência de 11,11%, quando a
planilha de formação de preços da empresa Contratada estipula
12,10%, fl. 1723, vol. X. O montante equivocado de R$ 51.861,90
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foi recolhido à conta vinculada por meio da 2016OB802683, fl.
2287, vol. XII, quando o valor correto seria de R$ 53.342,49,
considerando os percentuais congêneres da planilha de formação
de preços. A mesma situação se repete quando da emissão das
notas fiscais 386, fl. 2336, vol. XII, 2016OB803370, fl. 2670,
vol. XIII, nota fiscal 421, fl. 3431, 2017OB800596, fl. 3621,
vol. XVII.
Causa: Fragilidade na fiscalização do contrato no que se refere
ao acompanhamento das retenções à conta vinculada
Manifestação da PU: Perquirindo os autos, observa-se o Ofício
95/PU/UFRR, datado de 13/11/17, fl. 4792, em que a Prefeitura
Universitária notifica a contratada quanto os valores retidos a
menor, assim consta:
Trata o presente de correção de valores a serem
retidos em conta vinculada.
Da analise realizada na fatura 502, emitida em
03/11/2017, foi verificado o recolhimento a menor
do valor a ser retido em conta vinculada.
Diante do exposto, solicito o envio da fatura
ajustada para providências.
Análise da Auditoria: Embora a PU tenha notificado a contratada
quanto a inconsistência referente a nota fiscal 502, fl. 4790,
por conseguinte, em consulta ao SIAFI exercícios 2016 e 2017,
constata-se a execução do contrato no montante de R$
4.582.189,62, para os quais foram retidos valores equivocados à
conta vinculada e não constam ao processo informações quanto a
levantamentos das notas fiscais com valores de retenção a menor.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar:
Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura Universitária
por meio do Relatório Complementar de 12/03/18 informou:
A referida situação foi esclarecida ficando a
fiscalização do contrato responsável por realizar o
recolhimento para a conta vinculada de R$ 22.208,89
na fatura de março/2018.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Será mantida a constatação, vez que, não
foi apresentada documentação comprobatória da glosa.
Recomendação 31 (PROAD/PU): Promover o levantamento dos valores
retidos a menor para notificar a contratada quanto a retenção às
próximas faturas;
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d) Número de terceirizados inferior ao previsto no contrato
23/2016 - Serviços de Limpeza e Conservação
Conforme diligência no dia 23/11/17 na sala cedida pela UFRR à
empresa contratada, sala onde ficam os encarregados da Empresa
Contratada, observou-se somente a presença de 04 (quatro)
encarregados no campus Paricarana, a saber:
1. A Srª Gilcilene Miranda da Silva;
2. A Srª Luzirene Monteiro Trindade;
3. O Sr. Moises Pires Gonçalves;
4. O Sr. Paulo Cesar Almeida da Silva.
Segundo informações prestadas pelas encarregadas Sra. Gilcilene
e Sra. Luzirene, há mais três encarregados, um encarregado fica
no campus Murupu, o Sr. Alcides Freire da Silva, um outro
encarregado fica disponível para atender outros contratos da
empresa com órgão públicos, qual seja o Sr. Carlos Gabriel Lopes
Oliveira, e há também uma encarregada que fica na sede na
empresa, a Sr. Sandra Maria Barbosa Barros.
Logo, há somente 5 (cinco) encarregados disponíveis nos três
campus universitários. Entretanto, a planilha de composição de
custos unitários com as estimativas elaboradas pela diretoria de
compras e anexo ao edital do pregão 60/2015, há previsão de 06
(seis) encarregados, fl. 209. Da mesma forma, a proposta
apresentada pela empresa contratada prevê a quantidade de 6
encarregados, fl. 1725. Vale frisar que os nomes dos
encarregados constam à folha de pagamento de junho de 2017, fls.
4194-4212, vol. XXI.
Desse modo, ocorre o pagamento correspondente a 06 encarregados
à empresa, quando esta disponibiliza efetivamente 05
encarregados, de outro modo, há dispêndio de R$ 2.540,83 ao mês,
custo correspondente com um encarregado, contudo, os serviços
não são efetivamente prestados.
Causa: Fragilidade na fiscalização do contrato e inadequado
acompanhamento ao quantitativo previsto em contrato.
Análise da Auditoria: O Edital do Pregão 60/2015, item 16.
Pagamento, subitem 16.7. e 16.7.3., fl. 104, orienta:
16.7. Nos termos do artigo 36, § 6°, da Instrução
Normativa SLTI/MPOG n° 02, de 2008, será efetuada a
retenção ou glosa no pagamento, proporcional à
irregularidade verificada, sem prejuízo das sanções
cabíveis, caso se constate que a Contratada:
(...)
16.7.3. deixou de utilizar os materiais e recursos
humanos exigidos para a execução do serviço, ou
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utilizou-os com qualidade ou quantidade inferior à
demandada,
De maneira idêntica o Manual de Gestão e Fiscalização de
Contratos, Portaria nº 49/20016-PROAD, págs. 18, 21 e 22
institui:
Assim, destaca-se as seguintes atribuições dos
fiscais de contratos:
• Acompanhar "in loco" a execução do objeto do
contrato, apontando as faltas cometidas pelo
contratado, se for o caso;
(...)
4.4. Execução dos Contratos
O fiscal deve desenvolver sua atuação de forma bem
dinâmica, prática e objetiva, visando sempre à
qualidade nos serviços e produtos contratados,
especialmente quanto à:
4.4.2. Contratação de Serviços
e) Atestar a prestação do serviço efetivamente
realizado
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
Não há o que se falar em número inferior de
colaboradores tendo em vista que a empresa atua
hoje com 193 funcionários. As informações contidas
no parágrafo segundo da alínea d, foram repassadas
funcionários desabilitados para o fornecimento
deste tipo de informações.
A Contratada por meio do Ofício nº 42/2018-Departamento de
Administração, informa:
Outro ponto a destacar, refere-se ao número de
encarregados, o qual foi apontado no relatório a
menor. Dessa forma, importa esclarecer que contamos
atualmente a disposição do contrato 23/2016 um
quantitativo de 193 colaboradores (dados extraídos
do sefip 01/2018), o quais são 8 encarregados e em
nenhum momento nenhum deles encontra-se de maneira
fixa no escritório da empresa (...)
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Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Em contraponto às constatações
evidenciadas a PU se manifestou informando que “não há o que se
falar em número inferior de colaboradores” e que hoje a empresa
conta com 193 funcionários, sendo destes 8 encarregados, quando
no contrato deveriam ser 174, mais 6 encarregados.
No entanto, não foram apresentados documentos que comprovem que
todos os 193 colaboradores, ou até mesmo os 180 que constam no
contrato desempenham suas funções ativamente na instituição,
haja vista, que na reunião de busca conjunta de soluções, nos
foi informado que o intuito de manter em folha os 193
colaboradores é justamente ter uma margem que possibilite as
substituições (férias, faltas, licenças...) quando necessário.
Outro ponto que merece destaque é a afirmação de que as
informações “foram repassadas funcionários desabilitados para o
fornecimento deste tipo de informações”, tal afirmação foi obtida por
meio de um conjunto de técnicas de auditoria, entre elas, a saber, 1.
Técnica de obtenção de evidência física (inspeção e observação direta)
e 2. Técnica de obtenção de evidência testemunhal (entrevista).
Destarte, a função de encarregada habilita as colaboradoras para
responderem sim, pois tratou-se de simples questionamentos, referente
a alguns pontos que o auditor necessitou inspecionar com outras
fontes, que não àqueles envolvidos diretamente com a gestão do
processo, entre esses questionamentos perguntou-se qual a quantidade
de encarregados , haja vista, o universo de apenas seis colaboradores
designados para a função.
Por fim, como a constatação trata da quantidade de encarregados
contratados em detrimento dos encarregados que se encontram de fato
exercendo suas funções na UFRR, a menor, e como nenhum documento
apresentado vai de encontro a evidência, mantem-se a constatação.
Recomendação 32 (PROAD): Notificar a contratada a disponibilizar
na UFRR o número de encarregados previstos no contrato;
Recomendação 33 (PROAD): Advertir a contratada quando as falhas
apontadas, registrando no SICAF a advertência, respeitada a
prévia defesa;
Recomendação 34 (PU): Acompanhar doravante o contrato 23/2016,
em especial ao quantitativo de colaboradores alocados conforme
previsto em contrato. Em caso de reincidência das falhas aplicar
penalidades, conforme item 25. DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS,
igualmente, promover a glosa da fatura proporcionalmente ao
quantitativo ausente;
Recomendação 35 (PROAD): Realizar levantamento do quantitativo
dos meses em que a empresa esteve com encarregado/ funcionários
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a menos que o contratado e realizar o ressarcimento ao Erário
nas faturas seguintes.
e) Impropriedades na pesquisa de preços quando da prorrogação contratual
Por meio de análise realizada, ao processo 23129.012826-15-65 -
Serviços de Limpeza e Conservação observa-se inconsistências
quando aos procedimentos da prorrogação contratual, conforme
justificativa para prorrogação contratual, item 3. Pesquisa de
Mercado, Tabela 1 - Mapa comparativo de preços, consta que foi
efetuada pela Comissão Fiscalizadora pesquisa de preços no
portal painel de preços, fls. 3705-3707, obtendo-se três
registros, fls. 3715-3717, expressos em montantes anuais
comparados com o valor mensal do Contrato 23/2016-UFRR.
Causa: Ausência de análise crítica na avalição dos preços
coletados quanto à vantajosidade dos preços contratados em
detrimento dos praticados no mercado.
Análise da Auditoria: Quando aos procedimentos da prorrogação
contratual, conforme justificativa para prorrogação contratual,
item 3. Pesquisa de Mercado, Tabela 1 - Mapa comparativo de
preços, consta que foi efetuada pela Comissão Fiscalizadora
pesquisa de preços no portal painel de preços, fls. 3705-3707,
obtendo-se três registros, fls. 3715-3717. Entretanto, numa
pesquisa mais acurada aos pormenores dos editais, contratos e
planilhas de formação de preços, evidencia-se que as
contratações não apresentam similaridade com os serviços
executados na UFRR, de forma que as inconsistências são
descriminadas a seguir:
1. O montante do contrato 23/2016-UFRR está expresso no valor
mensal de R$ 443.990,85, diferentemente, os preços pesquisados
revelam valores anuais de R$ 313.498,20, R$ 549.994,04 e R$
697.491,04, e custo médio anual de R$ 520.327,76. Convertidos
para valores mensais passam a dispor respectivamente, R$
26.124,85, R$ 45.832,84 e R$ 58.124,25, observado este aspecto
não é possível demonstrar a vantajosidade do contrato,
entretanto, a manifestação da comissão fiscalizadora sinaliza
para a prorrogação contratual com fundamento na vantajosidade do
contrato 23/2016-UFRR, fls. 3705-3707, vol. XVIII, conforme
afirmativa a seguir:
Observa-se no comparativo constante na Tabela 1,
que o preço atual do contrato permanece vantajoso
financeiramente, ao passo que a média dos valores
cotados em termos financeiros está 17.19% maior que
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o valor do contrato nº 23/2016-UFRR. Portanto, em
termos financeiros a prorrogação do contrato
apresenta-se compatível com os preços praticados no
mercado e vantajoso para a administração, conforme
art. 30-A §1º, III da IN 02/08-SLTI.
2. O Resultado 1 - Superintendência de Administração do MP-RR,
Pregão 01/2017, Contrato 2/2017 (Extrato DOU nº 36, 20/02/17,
pág. 91) valor anual de R$ 313.498,20, valor mensal R$
26.124,85, refere-se a contratação de 10 postos de serviços
somente para a função de agente de limpeza, segundo Edital do
Pregão 01/2017 presente no portal de compras governamentais.
Portanto o custo por posto perfaz R$ 2.612,49. Vale frisar, que
no Contrato 2/2017 não há função de encarregado de limpeza;
3. O Resultado 2 - Eletrobrás Distribuição Roraima, Pregão
39/2016, Contrato 7/20172, valor anual de R$ 549.994,04, valor
mensal R$ 45.832,84, refere-se a contratação de dois tipos de
agente de limpeza, no primeiro contrata-se 9 postos para agente
de limpeza sem incidência de adicional de periculosidade na
composição da remuneração, custo mensal por posto de R$
2.189,79, págs. 38-40, Contrato 7/2017. Para o segundo contrata-
se 7 postos para agente de limpeza com incidência de adicional
de periculosidade na composição da remuneração, custo mensal por
posto de R$ 2.852,00, pág. 41-43, Contrato 7/2017. É importante
considerar, que para as duas modalidades de agente de limpeza há
incidência de todos os encargos previdenciários previstos no
submódulo 4.1 da planilha de formação preços, fls. 39 e 41
Contrato 7/2017. Por outro lado, a planilha de formação de
preços do Contrato 23/2017-UFRR, a empresa contratada há época
da licitação era optante do simples nacional, de modo que se
utilizou dos benefícios previstos no §3º art. 13 da lei 123/06,
fato que repercute no referido submódulo e consequentemente no
custo do posto de serviço. Vale frisar, que no Contrato 7/2017
não há função de encarregado de limpeza;
4. O Resultado 3 - Eletrobrás Distribuição Roraima, Pregão
2/2017, Contrato 35/20172, valor anual de R$ 697.491,04, valor
mensal 58.124,25, refere-se a contratação das seguintes
categorias e respectivas quantidades de postos, Encarregado 01,
Faxineiro 11, Jardineiro 01, Copeira 02, Oficial de Manutenção
Predial 01, Auxiliar de Manutenção Predial 02, e Mecânico de
Refrigeração 01. Para a função de faxineiro há desdobramento em
2 Acesso ao portal www.eletrobrasroraima.com/licitacoes/contratacoes/ em 28/11/17
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dois tipos, sem incidência de adicional de periculosidade na
composição da remuneração, custo mensal por posto de R$
2.157,29, pág. 43-46, Contrato 35/2017, e com incidência de
adicional de periculosidade na composição da remuneração, custo
mensal por posto de R$ 2.734,91, pág. 47-49, Contrato 35/2017.
Quanto a função de encarregado, o valor mensal por posto perfaz
R$ 2.793,95, pág. 50-53, contrato 35/2017.
Comparativo de preços
Itens
UFRR Contrato
023/2016
Contrato
2/2017 Ministério do
Planejamento,
Orçamento e
Gestão-RR
Contrato
7/2017 Eletrobrás
Distribuiçã
o Roraima
Contrato
35/2017 Eletrobrás
Distribuição
Roraima
Média
- Serventes: 174
Encarregados: 06 Serventes: 10 Faxineiro: 9
Faxineiro: 6
Faxineiro Per: 5
Encarregado: 1
Jardineiro: 1
Copeiro: 2
Oficial de
Manutenção: 1
Auxiliar de
Manutenção: 2
Mecânico de
Refrigeração: 1
-
Valor Anual 5.327.890,20 313.498,20 549.994,04 697.491,04 -
Valor Mensal 443.990,85 26.124,85 45.832,84 58.124,25 -
Custo por
Agente de
Limpeza
2.405,14 2.612,49 2.189,79 2.157,29 2.319,86
Custo por
Encarregado 2.847,66
Não há
encarregado
Não há
encarregado 2.793,95 2.793,95
Tabela 09
Importa esclarecer, conforme demonstrativo acima, que o custo
por agente de limpeza do Contrato 023/2016-UFRR é maior que a
média dos preços pesquisas no mercado, por outro prisma, no caso
do posto de encarregado de limpeza não é possível comparar com a
média dos preços praticados no mercado, pois, há somente um
contrato que prevê o referido posto, ainda assim, o custo do
Contrato 023/2016-UFRR está acima do preço pesquisado.
As análises monetárias e financeiras coligidas demonstram a
desvantajosidade do Contrato 023/2016-UFRR frente ao mercado,
haja vista, a utilização de parâmetros inadequados na condução
da pesquisa de preços, e ainda a inobservância de análise
crítica dos preços praticados no mercado. Pois, as pesquisa se
restringiram somente a comparações em termos de valores globais,
sem considerar unidades de medidas de tempo compatíveis,
desconsiderando funções e quantitativos presentes nos contratos
advindos dos resultados da pesquisa.
Semelhantemente o Acórdão 1108/2007-V-Plenário, declara:
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Não é admissível que a pesquisa de preços de
mercado feita pela entidade seja destituída de
juízo crítico acerca da consistência dos valores
levantados, máxime quando observados indícios de
preços destoantes dos praticados no mercado.
Cabe frisar também o Parecer 0099/2017/AGU, quanto da análise da
minuta do primeiro termo aditivo do Contrato 023/2016, itens 15
e 16, fls. 3747-3748:
15. A prorrogação será regular, desde que reste
configurado nos autos:
(...)
c) Manifestação da Administração acerca da execução
do contrato, justificativa da necessidade de
prorrogação e manutenção das condições vantajosas
do ajuste (pesquisa de preços)
(...)
16. Deve, portanto, a Administração verificar se
estão preenchidos os requisitos acima listados,
notadamente quanto à pesquisa sobre a vantajosidade
da prorrogação pela Administração.
Por fim, evidencia-se que o contrato foi prorrogado em 12/06/17,
conforme Primeiro Termo Aditivo ao Contrato 023/16, fl. 3977.
Recomendação 36 (REITORIA/PROAD): Realizar indispensavelmente
avaliação de forma crítica da pesquisa de preço obtida junto ao
mercado, quando da prorrogação contratual para fins de
comprovação da vantajosidade dos contratos da UFRR.
f) Indisponibilidade de materiais e equipamentos necessários à execução dos serviços
- Em referência ao processo 23129.012826-15-65 - Serviços de
Limpeza e Conservação, foi realizada diligência no dia 23/11/17
na sala disponibilizada pela UFRR à empresa contratada, local de
estoque de materiais e equipamentos utilizados nas atividades de
limpeza e conservação, observou-se que a empresa não
disponibiliza todos os equipamentos e nem as quantidades
necessárias para a execução dos serviços, não foram localizados
os itens: (i) Enceradeira elétrica industrial, (ii) Escada
telescópica de alumínio, (iii) Lavadora de alta pressão, foi
localizado somente 01 aspirador de pó. Os itens são previstos no
Anexo VI-Planilha de Custos e Formação de Preços, Edital Pregão
60/15.
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Além disso, verifica-se, que as especificações do Papel
higiênico não correspondem aos exigidos no edital do Pregão
60/15, bem como, não são disponibilizados o sabonete, aspecto
físico sólido a saboneteira, material suporte aço inox, o
desodorizador sanitário, aspecto físico tablete sólido, e o
Saponáceo, composição detergente.
De acordo com o Edital do Pregão 60/15, Anexo I-Planilha de
Custos e Formação de Preços, fls. 29 e 30, tal qual a proposta
da empresa contratada, fls. 1732, as quantidades de equipamentos
disponibilizados são:
Item Especificação – Equipamentos Unid. Valor
estimado
Unit. R$
Valor
Estimado
Total R$
1
Aspirador Profissional de pó e
líquido, 20 litros com recipiente
coletor, com potência mínima de
1400 W, 110 V. Características
adicionais: aspira pó e líquido,
mangueira no mínimo 1,5 metros,
cabo elétrico no mínimo 5 metros,
rodas, alças, filtro e porta
acessórios.
Unid. 494,94 5.939,28
2
Enceradeira elétrica industrial com
escova de lavar e escova de
lustrar, com potência de
aproximadamente 740W, e rotação
aproximada de 191 RPM, 110V.
Unid. 1.973,63 7.894,52
3
Escada telescópica de alumínio, com
pelo menos 1,60 (um metro e
sessenta) de altura aberta/montada,
com trava independente, suporta até
150 kg.
Unid. 465,50 1.862,00
4
Lavadora de alta pressão com filtro
de água, jato regulável, bico
regulável, mangueira 5 metros,
pressão mínima de 1600 libras, com potência mínima de
1400 W, 110 V, carrinho para transporte
e alça para transporte.
Unid. 657,18 7.886,16
Total
23.581,96
Valor da
Depreciação
Mensal/Servente
1,81
Tabela 10
Analise da Auditoria: Observa-se que o total de R$ 23.581,96,
corresponde a depreciação mensal de R$ 1,81, valor que incide no
custo mensal de cada um dos 174 agentes de limpeza, conforme
contrato 23/2016. Por meio de cálculo aritmético simples, tem-
se:
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- Custo mensal dos equipamentos R$ 314,94 (174X1,81);
- Custo anual dos equipamentos R$ 3.779,28 (314,94X12).
Grosso modo, considerando executados 18 meses do contrato
23/2016, início de vigência em 30/06/16 até o término deste
relatório meados dezembro de 2017, já foram pagos a empresa
contratada o montante aproximando de R$ 5.668,92 (314,94X18),
contudo a empresa não disponibiliza os referidos equipamentos.
Conforme o Edital do Pregão 60/2015, item 16. DO PAGAMENTO,
prevê as condições de glosas no pagamento:
16.7.3. deixou de utilizar os materiais e recursos
humanos exigidos para a execução do serviço, ou
utilizou-os com qualidade ou quantidade inferior à
demandada,
Entretanto, após 18 meses de execução do contrato não há
qualquer registro nos autos de glosa no pagamento efetuados à
contratada. Além disso, verifica-se, que as especificações do
seguinte material não correspondem aos exigidos no Anexo VI
edital do Pregão 60/15:
O edital prevê, Papel higiênico, material celulose virgem,
comprimento 30m, largura 10, tipo picotado, quantidade folhas
dupla, cor branca, características adicionais com perfume. Fardo
com 64 rolos. No entanto, o papel higiênico oferecido é de baixa
qualidade e não apresenta folhas duplas, conforme fotos:
De acordo com o Anexo VI, este item corresponde ao custo anual
de R$ 31.000,00. Assim, a UFRR paga por ano o referido valor a
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empresa contratada, contudo, o material não é oferecido nas
características exigidas no contrato.
Ademais, constata-se indisponibilidade dos seguintes materiais,
exigidos no Anexo VI, edital do Pregão 60/15:
- Sabonete, aspecto físico sólido;
- Saboneteira, material suporte aço inox;
- Desodorizador sanitário, aspecto físico tablete sólido;
- Saponáceo, composição detergente.
Grosso modo, os materiais rateados perfazem o custo mensal de R$
24,50 por agente de limpeza, ao custo mensal de R$ 4.263,30
(24,50X174), considerando os 174 agentes contratados, ao custo
anual corresponde R$ 51.160,00 (4.263,30X12).
Em síntese, ocorre a despesa anual de R$ 51.160,00 com materiais
disponibilizados em qualidade inferior ao previsto em edital.
Todavia, conforme o Edital do Pregão 60/2015, item 16. DO
PAGAMENTO, prevê as condições de glosas no pagamento:
16.7.3. deixou de utilizar os materiais e recursos
humanos exigidos para a execução do serviço, ou
utilizou-os com qualidade ou quantidade inferior à
demandada,
No entanto, após 18 meses de execução do contrato não há
qualquer registro nos autos de glosa no pagamento efetuados à
contratada.
Vale ressalvar também, que não consta aos autos qualquer
registro de notificação quanto as evidencias por ora coligidas.
Não obstante, o Edital do Pregão 60/2015, Anexo I - Termo de
Referência, item 25. DAS SANÇÕES ADMNISTRATIVAS, descrimina no
tocante a aplicação de multas, graus de incidência de infrações.
O subitem 12.1, item 12, Anexo I - Termo de Referência, Edital
do Pregão 105/12, fl. 95, discorre sobre as obrigações da
contratada:
Executar os serviços conforme especificações deste
Termo de Referência e de sua proposta, com a
alocação dos empregados necessários ao perfeito
cumprimento das cláusulas contratuais, além de
fornecer os materiais e equipamentos, ferramentas e
utensílios necessários, na qualidade e quantidade
especificadas neste Termo de Referência e em sua
proposta;
Grifo nosso
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Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
A empresa apresentou ofício 42/2018 justificando a
ausência do material na sede da UFRR.
A Contratada por meio do Ofício nº 42/2018-Departamento de
Administração, justifica as constatações da Auditoria, conforme
transcrições:
-Equipamentos elencados na tabela 10:
(...) estes equipamentos ficam em depósito
específico na sede da empresa e sempre que
solicitado pelos encarregados para execução dos
serviços colocamos a disposição não eixando de
haver em nenhum momento a falta desses
equipamentos, fato que poderia ser confirmado em
vista in loco na sede da empresa.
-Sabonete, aspecto físico sólido:
(...) importante frisar que no que se refere a
sabonete sólido, houve grande rejeição por parte
dos usuários, alegando falta de higiene no manuseio
e outros motivos, o que prontamente substituímos
todas as demandas por sabonete líquido, mesmo este
sendo custo mais elevado.
-Saboneteira, material suporte aço inox;
No que se refere a saboneteira, com material inox,
devido a indisponibilidade no mercado, substituímos
por saboneteiras cujo material é Policarbonato
(conforme imagem abaixo), mais modernas, material
menos depreciativos e conforme pode ser constatado
em cotações em anexos, valores superiores ao valor
registrado na planilha de materiais (R$ 15,00),
pois os valores em média das saboneteiras que
disponibilizamos custa em média R$ 38,50 (trinta e
oito reais e cinquenta centavos).
-Desodorizador sanitário, aspecto físico tablete sólido.
-Saponáceo, composição detergente.
Em se tratando do desodorizador sanitário, em
nenhum momento deixamos de apresentar, notadamente
dessa forma o equívoco de alegação de ausência
deste item, bem com também o item saponáceo, pois
esses materiais são distribuídos aos colaboradores
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em seus respectivos blocos/setores não ficando no
depósito de apoio da empresa.
-Papel higiênico, folhas dupla.
(...)informo que devido a grande quantidade
utilizada, faltou no fornecedor de papeis, e um
lote encaminhado a execução dos serviços foi
erroneamente de papel de boa qualidade, mas folha
simples. Dessa forma, informo que já sanamos o erro
e substituímos todo o lote por papel higiênico
folha dupla, conforme relação de materiais,
estipulados no contrato, conforme segue abaixo.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Em que pese as manifestações da PU,
mantem-se as constatações e recomendações, haja vista, que não
foram encaminhados documentos que corroborem com as informações
prestadas, sem contar as lacunas apresentadas, como por exemplo:
como uma saboneteira de material policarbonato é mais cara que
uma de material inox? E, quanto a substituição do sabonete
sólido, pelo líquido: como se deu esta substituição? Valores?
Quantidades?
Recomendação 37 (PROAD/PU): Realizar levantamento dos materiais
indisponíveis e notificar a empresa, por escrito, a cumprir o
objeto conforme o contratado;
Recomendação 38 (PROAD/PU): Notificar a empresa quanto as
evidências coligidas, de modo que ela regularize o fornecimento
de acordo com o objeto contratado;
Recomendação 39 (PROAD/PU): Designar uma comissão de modo a
apurar as impropriedades da empresa no fornecimento dos serviços
contratados, de modo que sejam quantificados os valores a serem
ressarcidos;
Recomendação 40 (PROAD): Apurar responsabilidade dos agentes que
deram causa a inexecução parcial do contrato pela empresa e o
pagamento total, sem glosas, pela UFRR.
3.3.8. Processo 23129.002356/2012-89 - Serviços de Vigilância
Armada
a) Fragilidade no acompanhamento quanto a entrega dos materiais e equipamentos necessários a plena execução dos contratos.
Em referência ao processo 23129.002356/2012-89 - Serviços de
Vigilância Armada, foi realizada diligência no dia 16/11/17 nos
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postos de serviços do Campus Paricarana, constatou-se as
seguintes situações:
a. Postos de serviços sem rádio comunicador: i. P6-Bloco VI;
ii. P5-Malocão Insikiran; iii. P8-Reitoria.
b. Postos de serviços com binóculos danificados: i. P2 - Guarita Av. Venezuela;
ii. P8-Reitoria.
c. Postos que utilizam rádios cedidos pela UFRR;
i. P3 - CTS - tombo 67240; ii. P4 - BLOCO IV-SESAU - tombo 33926;
iii. P7 - CAF - tombo 33924; iv. P1 - Guarita Av. Ene Garcês - tombo 33930; v. P2 - Guarita Av. Venezuela - tombo 67240;
Igualmente, foi solicitado a PU os comprovantes de entrega dos
uniformes e equipamentos aos vigilantes referente aos últimos 12
meses, incluindo os itens:
Uniformes
a) Camisa manga curta;
b) Calça;
c) Cinto;
d) Meia;
e) Sapato;
f) Quepe com emblema;
g) Braçal;
h) Distintivo de Camisa;
i) Crachá;
j) Capa para colete;
k) Capa de chuva.
Equipamentos pessoais
a) Apito Metal;
b) Cordão para Apito;
c) Lanterna 3 pilhas;
d) Pilhas;
e) Porta Cassetete;
f) Cassetete.
Causa: Fragilidade na fiscalização do contrato e inadequado
acompanhamento quanto aos materiais e equipamentos necessários a
plena execução dos contratos.
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Foi requerido a PU informações quando aos registros e
notificações à empresa contratada referente a indisponibilidade
dos equipamentos, ao passo que a unidade se manifestou.
Manifestação da PU: Em resposta a SA 69/17, mediante ao Memo
Eletrônico 189/2017-PU, a unidade apresentou as seguintes
respostas e documentações:
- Relação do material controlado (colete e
armamento) disponibilizado para os postos.
- Binóculos foram recolhidos após implantação do
CFTV
- Foram adquiridos conforme proposta 368246/2017
de 31/10/2017 rádios vertex em VHF de longo
alcance.
- Empresa notificada por intermédio do ofício
20/2017 – CSEG.
- Equipamentos foram adquiridos aguardando prazo
de entrega
Conforme Ofício nº 20/17-CSEG/PU/UFRR, de 30/10/17, o
Coordenador de Segurança comunica a empresa contratada:
Ao cumprimenta-lo, venho por meio deste solicitar a
substituição dos rádios de comunicação do Campi
Paricarana, por conta de os mesmos apresentarem
defeito. Segue relação dos postos de vigilância
para substituição dos referidos rádios.
P1 - Guarita entrada da Avenida Ene Garcez
P2 – Guarita entrada da Avenida Venezuela
P3 – Guarita entrada da Avenida Brigadeiro
Eduardo
P4 – Guarita entrada da Sesau e Resistência
Universitária
P5 – Malocão Insikiran/Quadra Colégio de
Aplicação
P6 – Blocos VI e VII
P7 – Centro Amazônico de Fronteira – CAD
P8 – Reitoria
Itinerante
(...)
Manifestação da Auditoria: De acordo com o item 9 UNIFORMES E
COMPLEMENTOS, do referido Termo de Referência, informa:
9.2 O uniforme e seus complementos e equipamentos
deverão compreender os seguintes itens:
(...)
9.2.21 Radio Comunicador com alcance mínimo de 56
km, com carregador e bateria (01 por posto);
9.2.22 Binóculo com alcance mínimo de 5 km (na
quantidade de 8 unidades).
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(...)
Analogamente a proposta apresentada pela contratada3 os itens em
análise têm os seguintes custos mensais: (i) Binóculos Alc. 5Km
R$ 14,17, (ii) Rádio de Comunicação R$ 10,83.
Os custos dos itens incidem sobre 36 postos de serviço
contratados, todavia, conforme constatação a contratada estes
não os fornece integralmente.
Quanto ao fardamento e equipamentos pessoais a PU apresentou a
seguinte documentação:
-Cautela de fardamentos de março de 2017
-Proposta de encomenda nº117/2017 onde consta
solicitação de compra de fardamento.
-Cautela de EPI de março de 2017
Considerando a relação de 50 funcionários (Relação referente a
Folha Mensal 10/2017) alocados na UFRR, dos quais somente 37
colaboradores constam como recebido o fardamento e equipamentos
pessoais, dentre estes, 10 receberam parcialmente o fardamento
e/ou equipamentos pessoais. Vale ressalvar, que conforme 5º
Termo Aditivo ao Contrato 24/2013, são efetivamente contratados
36 postos de serviços.
Nesta acepção, o item 9 UNIFORMES E COMPLEMENTOS, Anexo I -
Termo de Referência, Edital do Pregão 105/12, informa:
9.2 O uniforme e seus complementos e equipamentos
deverão compreender os seguintes itens:
-Calça (02 por vigilante);
-Camisa de mangas compridas e curtas (02 por
vigilante);
-Cinto de Nylon (01 por vigilante);
-Sapatos (02 por vigilante);
-Meias (02 por vigilante);
-Quepe com emblema (02 por vigilante);
-Jaqueta de frio ou Japona (02 por vigilante);
-Capa de chuva (02 por vigilante);
-Crachá com foto, nome da empresa LICITANTE
VENCEDORA, dados pessoais do vigilante, inscrição
DRT e Certificado (01 por vigilante);
-Revólver calibre 38 (01 por posto);
-Cinto com coldre e baleiro (01 por vigilante);
-Munição calibre 38 (que complete o tambor/ por
posto);
-Distintivo tipo Broche (01 por vigilante);
-Livro de Ocorrência (01 por posto);
-Cassetete (01 por vigilante);
-Porta Cassetete (01 por vigilante);
-Apito (01 por vigilante);
3 Acesso portal www.comprasgovernamentais.gov.br em 13/11/17
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-Cordão de Apito (01 por vigilante);
-Lanterna 3 pilhas (01 por vigilante);
-Pilha para lanterna (por vigilante);
-Radio Comunicador com alcance mínimo de 56 km, com
-Carregador e bateria (01 por posto);
-Binóculo com alcance mínimo de 5 km (na quantidade
de 8 unidades).
(...)
O fornecimento dos uniformes deverá ser efetivado
da seguinte forma:
2 (dois ) conjuntos completos ao empregado no
início da execução do contrato, devendo ser
substituído 01 (um) conjunto completo de uniforme a
cada 06 (seis) meses, ou a qualquer época, no prazo
máximo de 72 (setenta e duas) horas, após
comunicação escrita da Contratante, sempre que não
atendam as condições mínimas de apresentação;
Os uniformes deverão ser entregues mediante recibo,
cuja cópia, devidamente acompanhada do original
para conferência, deverá ser enviada ao servidor
responsável pela fiscalização do contrato.
O subitem 12.1, item 12, Anexo I - Termo de Referência, Edital
do Pregão 105/12, fl. 95, discorre sobre as obrigações da
contratada:
Executar os serviços conforme especificações deste
Termo de Referência e de sua proposta, com a
alocação dos empregados necessários ao perfeito
cumprimento das cláusulas contratuais, além de
fornecer os materiais e equipamentos, ferramentas e
utensílios necessários, na qualidade e quantidade
especificadas neste Termo de Referência e em sua
proposta;
Grifo nosso
Consoante as informações, consta a proposta da contratada, os
itens e respectivos valores que são pagos mensalmente por posto
contratado, quais sejam: (i) Uniformes - R$ 69,17, (ii)
Equipamentos Pessoais – R$ 4,28, e (iii) Insumos Diversos – R$
69,04.
Os custos dos itens incidem sobre 36 postos de serviço
contratados, e são pagos pela UFRR, todavia, entretanto não são
fornecidos integralmente pela contratada.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
Não há de se falar em fragilidade no acompanhamento
tendo em vista que foram apresentados documentos
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relativos a cobrança dos materiais por parte do
gestor do contrato.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Em que pese a manifestação da PU, mantem-
se as constatações e recomendações.
Recomendação 41 (PROAD): Notificar a contratada para os serviços
de vigilância a disponibilizar os materiais e insumos a plena
execução dos contratos;
Recomendação 42 (PROAD): Advertir a contratada para os serviços
de vigilância quando as falhas apontadas, registrando no SICAF a
advertência;
Recomendação 43 (PU): Acompanhar doravante o contrato 23/2016 e
24/2013, em especial ao quantitativo de materiais, equipamentos
necessários a plena execução dos serviços contratados. Em caso
de reincidência das falhas aplicar penalidade e promover a glosa
mensal da fatura proporcionalmente aos quantitativos ausentes.
b) Ausência de comprovante de pagamento de salários dos
funcionários mediante depósito bancário
Não foram localizados autuados ao processo 23129.002356/2012-89
- Serviços de Vigilância Armada, comprovantes de pagamento dos
salários dos empregados via depósito bancário. Portanto, foi
solicitado a PU a documentação referente ao mês de outubro de
2017.
Causa: Fragilidade na fiscalização quanto às obrigações da
contratada previstas no termo de referência do Pregão 105/2012.
Manifestação da PU: A PU (Prefeitura Universitária) por meio do
Memo Eletrônico 189/17-PU apresentou as seguintes respostas e
documentações:
* Relação com 50 funcionários e respectivas
contas correntes, (Relação referente a Folha
Mensal 10/2017);
* Cópias de recibo de salários (Competência
Outubro/17);
* Somente 02 comprovantes de depósito bancário.
Análise da Auditoria: Conforme subitem 12.12, Item 12, Anexo I -
Termo de Referência, Pregão 105/2012, fl. 95, compete a
Contratada:
12.12 Efetuar o pagamento dos salários dos
empregados alocados na execução contratual mediante
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depósito bancário na conta do trabalhador, de modo
a possibilitar a conferência do pagamento por parte
da Contratante;
Dessarte, a contratada não cumpre todas as obrigações previstas
no Edital. Assim, não foi possível conferir o pagamento efetuado
aos colaboradores mediante depósito bancário.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
Devido as inúmeras taxas bancárias e alguns
colaboradores estarem com restrições nos
respectivos bancos eles optam por receber em
espécie. Tal conduta é permitida conforme cláusula
quinta do acordo coletivo 006/2017.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em que pese a manifestação da PU, mantem-se as
constatações e recomendações.
Ante as fragilidades constatadas faz-se necessário o atendimento
da recomendação 37 deste Relatório.
c) Estrutura física inadequada para atender a segurança
Mediante diligência no dia 16/11/17 nos postos de serviços de
vigilância armada do Campus Paricarana, constata-se que o posto
P2 - Guarita Av Venezuela, está em condições desumanas,
precárias, insalubres, sem ventilação e banheiro desativado.
Vale ressaltar, que as mesmas condições já foram evidenciadas no
Relatório 002/2017-Prefeitura Universitária, assim posta:
1.1.1. Constatação: (15) Estrutura física inadequada para atender a
segurança e monitoramento
Destaca-se que as instalações físicas da
Coordenação de Segurança/monitoramento e da guarita
que dá acesso pela Av. Venezuela não são adequadas,
pois conforme visita in loco foi verificado que a
sala de monitoramento é utilizada também para
guarda de materiais e na guarita os vigilantes não
conseguem ficar devido o local não ser climatizado
e com pouca ventilação.
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Causa: Desídia da contratante em disponibilizar postos de
trabalho em condições salubres e equipados com estrutura
minimamente adequada a plena execução dos serviços de vigilância
contratados.
Nesse contexto, foi solicitada a PU informações quanto as
providências tomadas para solucionar a inadequação da estrutura
física.
Manifestação da PROAD: A PU (Prefeitura Universitária) por meio
do Memo Eletrônico 189/17-PU de 11/12/17 apresentou a seguinte
resposta e documentação:
Projeto de reforma está em anexo e encontra-se
aguardando orçamento para a realização da obra.
Análise da Auditoria: A PU apresentou planta baixa, perspectiva
e fachadas do projeto da guarita, segundo a PU a execução do
projeto depende de orçamento.
Diante das informações, é importante frisar o que versa o
Cláusula Trigésima - Condições de Trabalho, da Convenção
Coletiva de Trabalho 2017-2017, fl. 2614-2615:
As empresas em conjunto com o sindicato obreiro se
obrigam a cobrar dos contratantes, que esses
equipem os postos de serviço com: água potável,
iluminação, ventilação, banheiro e comunicação, não
expondo os empregados a condições contrárias à Lei
7.102. fl. 2193, vol. X.
A omissão da administração pública frente a evidência predispõe
a ocorrência de riscos de futuras ações judiciais pelos
funcionários da contratada à UFRR.
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Após apresentação do Relatório Preliminar a
Prefeitura Universitária por meio do Relatório Complementar de
12/03/18 informou:
Não há de caracterizar desídia por parte da
contratante uma vez que o projeto de construção de
uma nova guarita está pronto aguardando apenas a
disponibilidades de recursos orçamentários.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Em que pese a manifestação da PU, mantem-se
as constatações e recomendações.
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Recomendação 44 (REITORIA/PROINFRA): Implementar ações de
melhorias das instalações dos postos de trabalho do contrato
24/2013-Vigilância Armada, considerando que há contrato de
manutenção predial vigente.
d) Ausência de documentação prevista no Guia de Fiscalização dos contratos de prestação de serviços com dedicação exclusiva de
mão-de-obra
Da análise ao processo 23129.002356/2012-89 - Serviços de
Vigilância Armada, registros de atuação da fiscalização do
Contrato 24/2013. Para tanto, foi solicitado a PU a
disponibilização da documentação prevista no Guia de
Fiscalização dos contratos de prestação de serviços com
dedicação exclusiva de mão-de-obra, conforme itens 1.
Fiscalização Inicial, 2 Fiscalização Mensal, 3. Fiscalização
Diária e 5. Fiscalização por amostragem, conforme a IN 02/08.
Manifestação da PU: A PU (Prefeitura Universitária) por meio do
Memo Eletrônico 189/17-PU de 11/12/17 apresentou a seguinte
resposta:
Não há documentação arquivada na Prefeitura
Universitária além da juntada ao processo
Análise da Auditoria: A documentação solicitada compreende o
roteiro fundamental de fiscalização de contratos de prestação de
serviços, sem o qual não é possível proceder ao adequado
acompanhamento da execução do contrato 24/2013, data a sua
elevada materialidade (R$ 315.192,60 mensal, R$ 3.782.311,20
anual) aliada a fragilidade na fiscalização, potencializa os
riscos na execução do contrato. Neste contexto, é importante
reportar o previsto na Lei 8.666/93:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos
administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa
de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor
adequação às finalidades de interesse público,
respeitados os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos
especificados no inciso I do art. 79 desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução
total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis,
Outrossim, destaca-se também, o § 1º Art. 67 da lei 8.666/93:
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Art. 67. A execução do contrato deverá ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e
subsidiá-lo de informações pertinentes a essa
atribuição.
§ 1º O representante da Administração anotará em
registro próprio todas as ocorrências relacionadas
com a execução do contrato, determinando o que for
necessário à regularização das faltas ou defeitos
observados.
Além disso, o Manual de Gestão e Fiscalização de Contratos,
Portaria nº 49/20016-PROAD, institui:
4.4. Execução dos Contratos
O fiscal deve desenvolver sua atuação de forma bem
dinâmica, prática e objetiva, visando sempre à
qualidade nos serviços e produtos contratados,
especialmente quanto à:
(...)
b) Juntar aos autos toda documentação relativa à
fiscalização e ao acompanhamento da execução
contratual, arquivando, por cópia, a que se fizer
necessária;
Manifestação, referente às manifestações acerca do Relatório
Preliminar: Em atenção ao Relatório Preliminar a Prefeitura
Universitária por meio do Relatório Complementar de 12/03/18
informou:
Por ser um contrato longo, que teve uma grande
rotatividade de fiscais com troca de gestões tanto
na coordenação de segurança como na Prefeitura
Universitária não foram encontrados os respectivos
documentos. Para tanto essa prefeitura vem
solicitando a disponibilização de novos servidores
para que falha como essa não ocorra no próximo
contrato do tipo.
Análise da Auditoria, referente às manifestações acerca do
Relatório Preliminar: Em que pese a manifestação da PU, mantem-
se as constatações e recomendações.
Por fim, vale salientar o reconhecimento da Prefeitura
Universitária quanto às fragilidades apontadas ao longo deste
relatório, conforme o gestor da unidade discorre à conclusão do
Relatório Complementar:
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Não há como negar a necessidade de melhoria na
fiscalização, para isso, estamos investindo em
capacitação e informando a nossa necessidade de
servidores efetivos para compor o setor
administrativo da unidade. Para isso foram enviados
os memorando 83/2017; 114/2017; 198/2017; 42/2018.
Recomendação 45 (PROAD): Estabelecer políticas de gestão de
pessoas com o propósito de promover o rodízio de pessoal nas
funções de fiscais de contratos e redução de riscos.
Recomendação 46 (PU): Seguir as orientações da IN 02/08 e
normativos internos referentes à fiscalização de contratos.
3.3.9. Processo 23129.002356/2012-89 - Serviços de Vigilância
Armada
a) Registro/baixa intempestivos dos contratos e aditivos no
SIAFI
Em consulta ao SIAFI à Conta Contábil 812310201 - Contratos de
Serviços em Execução observa-se registro/baixa intempestivos no
SIAFI dos seguintes contratos:
1. Contrato decorrente do pregão 28/2016-Contratação de Serviço
de Manutenção Predial e Elétrica:
Contrato 13/2017, vigência 13/03/17 a 12/03/18;
- Registro no SIAFI 26/04/17 2017NS000961.
2. Contratos decorrentes do pregão 33/15-Contratação de Serviço
de Manutenção Predial, descriminados abaixo:
Contrato 49/15, vigência 07/10/15 a 06/10/16;
- Registro no SIAFI 21/12/15, 2015NL000158;
- Baixa no SIAFI 16/05/17, 2017NS001122.
Contrato 64/15, vigência 16/11/15 a 15/11/16;
- Registro no SIAFI 16/05/17, 2017NS001123;
- Baixa no SIAFI 16/05/17, 2017NS001124.
Contrato 36/16, vigência 24/08/2016 a 23/08/2017;
- Registro no SIAFI 16/05/17, 2017NS001125;
- Baixa no SIAFI 16/05/17, 2017NS001126.
3. Quinto Termo Aditivo ao Contrato 024/2016 decorrente do
pregão 105/2012-Contratação de serviços de vigilância armada nos
Campi da Universidade Federal de Roraima/UFRR.
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- O referido termo apresenta a vigência no período de 29/12/16 a
28/12/17 e assinatura ao dia 02/12/16, processo
23129.002356/2012-89, fls. 2251-2252. Entretanto, no período de
dez/16 a dez/17 não ocorre nenhum registro no SIAFI de termo
aditivo ou liquidação.
Causa: Fragilidades no controle diligente de registros/baixa de
instrumentos contratuais.
Análise da Auditoria: Cumpre frisar o que preceitua o art. 134,
do Decreto nº 93.872/86, in verbis:
Art. 134. Haverá controle contábil dos direitos e
obrigações oriundos de contratos, convênios,
acordos ou ajustes.
Similarmente, a lei 4.320/64, ao art. 87, determina:
Art. 87. Haverá controle contábil dos direitos e
obrigações oriundos de ajustes ou contratos em que
a administração pública for parte.
Complementarmente, a 2016/NBCTSPEC A 2016/NBCTSPEC aprova a
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação
Contábil de Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público, ao
Capítulo 3 - Características Qualitativas da informação incluída
nos RCPGS, item 3.19 Tempestividade:
Tempestividade significa ter informação disponível
para os usuários antes que ela perca a sua
capacidade de ser útil para fins de prestação de
contas e responsabilização (accountability) e
tomada de decisão. Ter informação disponível mais
rapidamente pode aprimorar a sua utilidade como
insumo para processos de avaliação da prestação de
contas e responsabilização (accountability) e a sua
capacidade de informar e influenciar os processos
decisórios. A ausência de tempestividade pode
tornar a informação menos útil.
Da compreensão dos normativos, não advém dúvidas quanto à
obrigatoriedade de controle contábil dos instrumentos
contratuais, mediante registro e baixa no SIAFI, para tanto, não
basta o lançamento a qualquer momento, é preciso que este seja
célere e tempestivo a data da eficácia dos fatos decorrentes da
execução do contrato.
Recomendação 47 (PROAD/DCF): Realizar efetivo e tempestivo
controle contábil dos fatos resultantes de execução contratual.
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4. CONCLUSÃO
Diante das deficiências detectadas e recomendações
realizadas por esta Coordenadoria de Auditoria Interna e,
expressas nesse Relatório de Auditoria, encaminhamos ao
Magnífico Reitor para adotar as providências necessárias.
Boa Vista-RR, 2 de maio de 2018.
Ricardo Morais Albuquerque Silva
Auditor Interno da UFRR
Siape 1752169
Janison Machado de Albuquerque
Apoio Técnico
Contador da UFRR
Siape 1564884