Upload
trinhnhi
View
214
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Mairim Russo Serafini
Morinda citrifolia COMO AGENTE FOTOPROTETOR
SÃO CRISTÓVÃO - SE
2013
1
Mairim Russo Serafini
Morinda citrifolia COMO AGENTE FOTOPROTETOR
Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Medicina da Universidade Federal de Sergipe como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Ciências da Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Adriano Antunes de Souza Araújo
Co-orientador: Prof. Dr. Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Junior
SÃO CRISTÓVÃO - SE
2013
2
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
S481m
Serafini, Mairim Russo Morinda citrifolia como agente fotoprotetor / Mairim Russo
Serafini ; orientador Adriano Antunes de Souza Araújo. – São Cristóvão, 2013. 97 f. : il.
Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade
Federal de Sergipe, 2013.
1. Medicina alternativa. 2. Plantas medicinais. 3. Noni (Planta). 4. Antioxidantes. 5. Pele – envelhecimento. I. Araújo, Adriano Antunes de Souza, orient. II. Título.
CDU 615.89:633.89
2
DEDICATÓRIA
Aos meus pais, primeiros mestres, os quais
formaram os fundamentos do meu caráter e por
serem minhas primeiras referências.
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço toda a minha vida e este trabalho a Deus, que me deu sabedoria e força para
concluir mais uma etapa da minha caminhada e que me privilegia a cada amanhecer, com
saúde, espírito de luta e de otimismo, permitindo que eu viva todos os momentos
intensamente;
Agradeço ao Professor Dr. Adriano Antunes de Souza Araújo pela confiança em mim
depositada e pela oportunidade concedida de trabalhar ao seu lado. Por ter comigo partilhado
seus conhecimentos e experiências profissionais desde o meu mestrado. Por ser o formador da
minha vida profissional, o qual soube me guiar para além das teorias e técnicas. Minha eterna
gratidão por ter me tornado uma pesquisadora! Obrigada por tudo.
Um agradecimento muito especial aos meus pais pelo dom da vida, pelas
oportunidades que me proporcionaram, pela preocupação, por estarem sempre presentes, por
me incentivarem a ir mais longe e pelo apoio incondicional;
À toda a minha família, pelo constante apoio e entendimento pela minha distância e,
por muitas vezes, ausência;
Às minhas queridas amigas em especial Amanda, Rosana, Tiana e todas que mesmo
distante continuavam presentes, pelo compreender da minha ausência e constante incentivo,
também aos amigos que fiz e mantive no decorrer deste trabalho;
Aos Professores do curso que me incentivaram e me ajudaram a progredir, pela
competência, em especial Prof. Lucindo Quintans-Junior, Leonardo Rigoldi Bonjardim,
Marcio Viana, por terem contribuído com parcerias, sugestões e orientações para o
enriquecimento do meu futuro profissional;
Ao Professor, ex-chefe, amigo e quase pai Gabriel Francisco da Silva, por toda a
ajuda, amizade, ensinamentos, orientações, viagens, descontrações e muitas brigas no decorrer
do meu doutorado, o meu profundo agradecimento;
Aos professores Silvia Guterres, Daniel Gelain, José Cláudio Fonseca da UFRGS, o
professor Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Junior da UNIT e a professora Maria José
Fonseca Vieira da USP-Ribeirão Preto por terem proporcionado a realização dos
experimentos em seus laboratórios.
Aos colegas do Laboratório de Ensaios Farmacêuticos e Toxicidade, pelo
companheirismo, pelo aprendizado, pelas boas risadas no decorrer do Doutorado, em especial
ii
às alunas sempre presentes Paula Menezes e Yohanna, também pela dedicação nessa
pesquisa;
Às colegas de curso, pelo auxílio e companheirismo;
Meu agradecimento ao CNPq e FAPITEC-SE pelo auxílio financeiro que possibilitou
a realização deste trabalho;
Às pessoas que lembro com carinho, que não pouparam palavras de incentivo durante
a realização desta pós-graduação.
A todos, o meu profundo agradecimento pela inestimável colaboração, pois só com os
vossos ensinamentos e incentivos foi possível a realização do presente trabalho.
iii
"Aqueles que se sentem satisfeitos
sentam-se e nada fazem. Os insatisfeitos são os
únicos benfeitores do mundo."
Walter S. Landor
iv
Mairim Russo Serafini, 2013. Morinda citrifolia como agente fotoprotetor. Tese do Núcleo de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Sergipe-UFS, Aracaju-SE, p.90.
RESUMO
A exposição à radiação solar, particularmente a radiação ultravioleta (UV), tem uma variedade de efeitos nocivos à saúde humana. Alguns destes efeitos incluem formações de queimaduras solares, eritema, edema, melanoma, fotoenvelhecimento da pele e da supressão imune. Uma planta medicinal que tem sido vastamente utilizada para as mais variadas formas de manutenção da saúde, tem sido a Morinda citrifolia Linn. (Rubiaceae), comumente conhecida como noni. Os efeitos fotoprotetores de formulações para uso tópico com o extrato aquoso das folhas da Morinda citrifolia não foram investigados previamente. Assim, o presente estudo teve como objetivo estudar os benefícios potenciais da M. citrifolia em aplicação tópica na pele dorsal de camundongos expostos à radiação UVA-UVB. Primeiramente, o espectro de absorção das formulações com extrato (10% e 15%) foi avaliada por espectroscopia. O espectro mostrou bandas a 200 nm e em 240 nm e em regiões de absorção no UVA e UVB. In vivo, após 7 dias de tratamento e exposição à radição UVA-UVB, a espessura, perda transepidérmica de água (TEWL), eritema e alterações histológicas foram avaliadas. Os resultados de eficácia in vivo mostraram que os valores de espessura, TEWL e índices de eritema foram significativamente reduzidos pelo tratamento com as formulações contendo o extrato, comparados aos grupos controle irradiado e veículo irradiado. As medições histológicas em hematoxilina eosina mostraram que no grupo não irradiado a epiderme foi representada por uma superfície delgada e contínua. Não foram encontrados infiltrados inflamatórios nos tecidos dérmicos. Ambos os grupos irradiados e veículo apresentaram aumento da espessura da epiderme e hiperortoqueratose. A derme papilar apresentou intenso infiltrado inflamatório, composto principalmente de linfócitos, edema intersticial leve e hiperemia capilar e venular proeminente. Os grupos tratados apresentaram redução notável no conteúdo inflamatório e da hiperemia. Na coloração picrossírius, nos grupos controle irradiado e veículo irradiado, a derme papilar mostrou a presença de feixe de fibras colágenas espessas, grosseiras, de comprimento variável e disposição paralela. Ambos os grupos tratados (formulações de 10% e 15%) apresentaram características semelhantes quanto ao padrão de colagenização, mostrando uma mistura de fibras de colágeno tipo I e fibras de colágeno tipo III. Os espaços interfibrilares nos grupos tratados foram mais evidentes que nos grupos irradiados e do veículo. Tais aspectos morfológicos foram semelhantes às observadas no grupo não irradiado. Ficou evidente, através da morfologia e histologia, que as áreas tratadas com a formulação contendo Morinda citrifolia (10% e 15%) tiveram uma maior proteção contra a radiação UV Finalmente, o extrato foi avaliado em melanoma (linha de células B16F10), a fim de examinar os seus efeitos citotóxicos em células malígnas. O extrato com concentrações de 0,05 a 12,8 mg/mL não mostrou quaisquer efeitos citotóxicos na linhagem de células B16F10. Estes podem sugerir que o extrato não combate danos já estabelecidos em células, tendos efeitos apenas de fotoproteção, dos quais os mecanismos ainda precisam de estudo mais aprofundado. Em conclusão, os resultados demonstraram que as formulações contendo o extrato protegem a pele contra danos induzidos por radiação UV.
Palavras chave: radiação UV, Morinda citrifolia , folhas, extrato, fotoproteção.
v
Mairim Russo Serafini, 2013. Morinda citrifolia como agente fotoprotetor. Tese do Núcleo de Pós-graduação em Ciências da Saúde, Universidade Federal de Sergipe-UFS, Aracaju-SE, p.90.
ABSTRACT
Exposure to solar radiation, particularly its ultraviolet (UV), has a variety of harmful effects on human health. Some of these effects include sunburn cell formations, erythema, edema, melanoma, photoaging of the skin, and immune suppression. A plant that has been widely used in tropical folk medicine for a number of conditions is the Morinda citrifolia Linn. (Rubiaceae), commonly known as noni. The beneficial photoprotective effects of topical formulations based on extract from Morinda citrifolia leaves, have not yet been investigated. Thus, the present study aims to investigate the potential benefits of M. citrifolia topical application on the dorsal skin of mice, exposed to UVA-UVB light. Firstly, the absorption spectrum of the formulations extracts (10 and 15%) was evaluated by spectroscopy. The spectrum showed peaks at 200 nm and at 240 nm and absorption in the UVA and UVB regions. After 7 days of treatment and exposition to UVA-UVB light, the thickness, transepidermal water loss (TEWL), erythema and histological alterations were evaluated. The results from in vivo effectiveness showed that the thickness, TEWL values and erythema indexes were significantly decreased by treatment with formulations containing the extract. The histological measurements in hematoxilina eosin showed that in the non-irradiated group showed that the epidermis was represented by a thin, and continuous surface. No inflammatory infiltrate were found in the dermal tissues. Both irradiated and vehicle groups presented increased epidermal thickness associated to hyperorthokeratosis. The papillary dermis exhibited intense inflammatory infiltrate, mainly composed of lymphocytes, mild interstitial edema and prominent capillary and venular hyperemia. The treated groups presented remarkable reduction in the inflammatory content, as well as less expressive hyperemia. In the Sirius Red, the irradiated and vehicle groups, papillary dermis showed the presence of a gross, thick, parallel-arranged, collagen fibers. Both treated groups (10 and 15% formulations) presented similar features regarding the collagenization pattern, showing a mixture of yellowish type I and greenish type III collagen fibers. The interfibrillary spaces were more evident than in irradiated and vehicle groups. Such morphological appearances were very similar to that observed in non irradiated group. Areas treated with the formulation containing Morinda citrifolia extract (10% and 15%) have enhanced protection against UV radiation. Finally, the extract was evaluated on murine malignant melanoma (cell line B16F10) in order to examine their cytotoxic effects on malignany cells. The extract at concentrations of 0.05 to 12.8 mg/mL did not show any cytotoxic effects in the B16F10 cell line. These can suggest that the extract showed no potential anti cancer in melanoma cells, and the extract have only photoprotection effects. In conclusion, the results showed that the formulations containing the extract protected the skin against UV-induced damage.
Key-words: UV radiation, topical formulations, Morinda citrifolia , extract, photoprotective.
vi
SUMÁRIO
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS .............................................................................................. i
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................. ii
LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................... iii
CAPÍTULO I ........................................................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 2
2. OBJETIVOS .................................................................................................................................. 5
2.1 Objetivo Geral .......................................................................................................................... 5
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................... 5
CAPÍTULO II ......................................................................................................................................... 6
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 7
3.1 PELE ......................................................................................................................................... 7
3.2 EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA ................................................................... 9
3.3 FOTOPROTEÇÃO ................................................................................................................. 11
3.4 PRODUTOS NATURAIS ....................................................................................................... 12
3.5 Morinda citrifolia .................................................................................................................... 14
3.6 PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS OBTIDOS DE PLANTAS MEDICINAIS ................. 16
CAPÍTULO III ...................................................................................................................................... 18
Prospecção tecnológica: Morinda citrifolia e indústria farmacêutica ............................................... 18
CAPÍTULO IV ...................................................................................................................................... 30
UVA-UVB photoprotective activity of topical formulations containing Morinda citrifolia extract 30
CAPÍTULO V ....................................................................................................................................... 58
4. DISCUSSÃO ................................................................................................................................. 59
5. CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 60
6. PERSPECTIVAS .......................................................................................................................... 60
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................................ 61
CAPÍTULO VI ...................................................................................................................................... 69
ANEXO I - PRODUÇÃO CIENTÍFICA DURANTE O DOUTORADO .................................... 70
vii
ANEXO II – APROVAÇÃO NO COMITE DE ÉTICA EM PESQUISA COM ANIMAIS (CEPA-UFS) ................................................................................................................................. 77
ANEXO III – NORMAS DA REVISTA OXIDATIVE MEDICINE AND CELLULAR LONGEVITY ................................................................................................................................ 78
i
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
M. citrifolia Morinda Citrifolia
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
ATCC American Type Culture Collection
CIP Classificação Internacional de Patentes
CLAE / HPLC Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
DMEM Meio de Eagle modificado por Dulbecco / Dulbecco`s modification of Eagle`s medium
DNA Ácido Desoxirribonucleico
EROs Espécies Reativas ao Oxigênio
HE Hematoxilina-Eosina
IC Grupo Irradiado Controle
INPI Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
IV Grupo Irradiado Veículo
MTT Brometo de 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil )-2,5-difenil-2H-tetrazólio
NIC Grupo não Irradiado Controle
P&D Pesquisa e Desenvolvimento
PBS Tampão fosfato-salino / phosphate buffered saline
RNA Ácido Ribonucleico
RUV / UVR Radiação Ultravioleta
SD Standard Deviation
SDS Dodecil sulfato de sódio / sodium dodecyl sulfate
SEM Standard error of the mean
SOD Superóxido Dismutase
SR Sirius-Red/ picrossírius
TEWL Perda Transepidérmica de Água / Transepidermal Water Loss
WIPO Organização Mundial de Propriedade Intelectual / World Intellectual Property Organization
ii
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO II
Figura1. As três camadas da pele 07
CAPÍTULO III
Figura1. Evolução anual de depósitos de patentes no banco europeu. 23
Figura 2. Patentes depositadas por país. 24
Figura 3. Patentes por código de classificação internacional no espacenet. 25
Figura 4. Uso de cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal: A61Q. 25
Figura 5. Pedidos internacionais por ano de publicação no banco mundial. 26
Figura 6. Patentes depositadas por país. 27
Figura 7. Distribuição por CIP dos depósitos encontrados no banco de dados mundial. 27
Figura 8. Distribuição por CIP A61K dos depósitos encontrados no banco de dados mundial.
28
Figura 9. Distribuição por CIP A61K dos depósitos encontrados no banco de dados americano.
29
CAPÍTULO IV
Figure 1. UV absorbance spectra of a blank formulation (0% extract), formulation extract 10% and formulation extract 15%.
41
Figure 2. Skin biophysical techniques. A) Thickness values (mm), B) Transepidermal water loss, C) Erythema obtained for the dorsal areas.
41
Figure 3. Photoprotective effects of formulations on UVA-UVB-induced pathological changes in the skin surface on different groups after 7 days of treatment.
42
Figure 4. Hematoxylin-eosin stained histological sections. (A) Non irradiated group (B) Irradiated-IC, (C) vehicle, (D) Elastotic change of the collagen. (E) 10% and (F) 15% formulations (Hematoxylin Eosin, 400 x magnification).
44
Figure 5. Sirius Red stained histological sections. (A) Irradiated-IC and (B) vehicle groups-IV (C) 10% and (D) 15% formulations, and (E) non irradiated-NIC groups presenting interlaced less compacted type I and III collagen fibers (Sirius Red/Polarization Light, 400 x magnification).
46
Figure 6. Cytotoxic effect of the Morinda citrifolia extract in B16F10 (murine malignant melanoma) cell line.
47
iii
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO III
Tabela 1. Pesquisa por Palavras-Chave. 22
Tabela 2. Pesquisa por Classificação Internacional. 23
CAPÍTULO IV
Table 1. Measurement of spreadability of formulations containing Morinda citrifolia extract (10% or 15% w/w).
40
1
CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
2
1. INTRODUÇÃO
A pele constitui o maior órgão do corpo humano, possuindo a função de barreira
protetora do nosso organismo, sendo formada por diferentes estruturas, consequentemente por
diversos tipos de células. Enquanto exerce a função de proteção dos órgãos internos ao
ambiente, mantém o balanço entre proliferação e descamação celular (GUARATINI et al.,
2009). Nesse sentido, mais do que qualquer outro órgão ou tecido, a pele é exposta
constantemente a inúmeros agentes químicos, físicos e microbiológicos, tais como poluição,
radiação ionizante, radiação ultravioleta (RUV) e visível, ozônio, dentre outras fontes
geradoras de radicais livres (FUCHS et al.,1989; THIELE et al.,1997; GUARATINI et al.,
2009). Esses fatores ambientais em adição à fatores extrínsecos (estresse, alcoolismo,
tabagismo, nutrição) e fatores intrínsecos (fatores cronológicos e DNA) levam a uma perda
progressiva da integridade da estrutura da pele, bem como alterações nas funções fisiológicas,
caracterizando, assim, o envelhecimento cutâneo (GUARATINI et al., 2009).
A exposição da pele à RUV tem se mostrado capaz de induzir lesão clínica e
histológica (KANG et al., 2009), levando à alterações agudas inflamatórias (eritema, edema)
e alterações crônicas (fotoenvelhecimento, imunossupressão, ou fotocarcinogênese) (GAO et
al., 2008). Assim, dependendo da intensidade, tempo de exposição, comprimento de onda e
região exposta, a RUV pode causar desde queimaduras na pele e envelhecimento cutâneo
precoce até danos ao DNA celular cutâneo e câncer de pele (ALMEIDA et al., 2008).
Estima-se que 80% dos sinais visíveis causados no envelhecimento cutâneo são
provocados pelos raios ultravioletas e pelos radicais livres formados em consequência à
exposição RUV (SCOTTI et al., 2007). Assim, compostos capazes de inibir a ação e a
formação destas espécies reativas ao oxigênio (EROs), podem ser capazes de proteger a pele
dos danos induzidos pela RUV.
Os efeitos dos radicais livres sobre os sistemas biológicos têm se mostrado em
evidência nos últimos anos, especialmente nas doenças relacionadas com o aumento destas
espécies reativas no organismo e ao envelhecimento precoce. Tem sido demonstrada a
participação dos radicais livres na etiologia de algumas doenças de elevada prevalência na
população ocidental, principalmente o câncer (WEIJL et al., 1997; HALLIWELL,
GUTTERIDGE, 2007). Assim, substâncias que demonstrem ter a capacidade de neutralização
destes radicais tornam-se um componente importante, já que podem prevenir ou amenizar os
problemas causados pelo excesso de espécies reativas (caracterizado pelo estresse oxidativo)
no organismo (PAYÁ et al., 1994). Estudos têm encontrado uma associação inversamente
proporcional entre a ingestão de dietas ricas em polifenóis (tais como frutas, verduras e grãos)
3
e do risco de doenças relacionadas à estresse oxidativo nos seres humanos. Esta associação é
frequentemente atribuída às atividades antioxidantes dos flavonóides e outros polifenóis
encontrados em produtos naturais (TANG, HALLIWELL, 2010).
Paralelamente, cresce o interesse em se utilizar e validar o uso das plantas medicinais
não só brasileiras, assim como as espécies amplamente cultivadas no país, já que o Brasil é o
país detentor de grande biodiversidade, das quais somente cerca de 10% foram estudadas
segundo os aspectos químicos e farmacológicos (SIMÕES et al., 2007). Com o interesse em
se utilizar plantas medicinais, surge o esforço em empregar antioxidantes dessa natureza,
aplicados topicamente ou oralmente, apresentando, assim, uma perspectiva promissora na
prevenção de doenças originadas por EROS, por enriquecer o sistema de proteção cutâneo
endógeno (AFAQ et al., 2005, ALMEIDA et al., 2008).
Acompanhando a tendência do mercado, os extratos de plantas com ação antioxidante
estão sendo incorporados aos produtos existentes e aos que poderão surgir. Esses extratos são
obtidos de folhas, raízes, frutos, sementes, bagas, caules, galhos, cascas e flores de plantas, e
podem ser facilmente adicionados a produtos como sabonetes, hidratantes, cremes,
cosméticos e máscaras faciais e podem ser utilizados a fim de prevenir danos que
desencadeiam o foto envelhecimento ou câncer de pele, por exemplo (DRAELOS, 2006;
CUNHA et al., 2004).
Dentre as plantas que poderiam ser utilizadas com essa finalidade medicinal ou
cosmética, encontra-se a Morinda citrifolia Linn, popularmente conhecida como “noni”. Suas
folhas, raízes, caule e frutos são empregados com diversas funções, dentre essas, anti-
infeccioso tópico (SU et al., 2005), inibidor de eritema (WEST et al., 2009), anti-
inflamatório, antimicrobiano (CHAN-BLANCO et al., 2006), antioxidante (SU et al., 2005;
CHAN-HONG et al., 2007; YANG et al., 2007; PALU et al., 2008; SERAFINI et al., 2011) e
cicatrizante (RASAL et al., 2008). WANG et al., (2002) relataram que o suco de Morinda
citrifolia pode melhorar a função imune, mostrando efeitos antienvelhecimento e anticâncer.
As atividades farmacológicas descritas até o presente momento para o extrato de
diversas partes da referida planta, aliado à gama de constituintes fitoquímicos de interesse
dermatológico, tais como flavonoides, e a falta de relatos na literatura sobre o
desenvolvimento de produtos tecnologicamente obtidos a partir dessa espécie, a torna uma
matéria-prima promissora para elaboração de um produto de interesse dermatológico. Estudos
recentes realizados pelo nosso grupo mostraram que o extrato das folhas do noni tem alto
potencial antioxidante (SERAFINI et al., 2011a) e não mostrou citotoxicidade nas
concentrações usuais (SERAFINI et al., 2011b). Sendo assim, esse trabalho objetivou avaliar
4
os efeitos de formulações cosméticas contendo Morinda citrifolia Linn como alternativa à
fotoquimioproteção.
A presente tese foi dividida em capítulos, sendo o primeiro deles destinado à introdução
e objetivos, cuja finalidade foi fazer uma abordagem geral do tema e determinar os objetivos a
serem alcançados; no segundo é apresentada uma fundamentação teórica, no qual abordou-se
mais detalhadamente o tema da tese; o terceiro e quarto capítulos apresentam os artigos
gerados no decorrer da pesquisa; e por fim, no quinto capítulo, encontra-se uma discussão
geral, conclusão, as perspectivas e as referências utilizadas.
5
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
- Avaliar os efeitos de uma formulação contendo o extrato das folhas da Morinda citrifolia
Linn como alternativa na fotoproteção à pele.
2.2 Objetivos Específicos
- Realizar um levantamento dos principais produtos patenteados com a Morinda citrifolia;
- Incorporar o extrato em formulação gel para uso tópico;
- Verificar a espalhabilidade das formulações obtidas;
- Avaliar o efeito fotoprotetor da formulação em camundongos irradiados por UVA-UVB;
- Avaliar a citotoxicidade da formulação em células de melanoma maligno (B16F10).
6
CAPÍTULO II
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
7
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 PELE
A pele corresponde a cerca de 5,5% da massa corporal de um indivíduo adulto,
apresentando uma área de superfície de aproximadamente 1,7 m2, sendo o maior órgão do
corpo humano (GOLDSMITH, 1990). Além de recobrir o nosso corpo, a pele é uma barreira
de proteção entre o organismo e o meio ambiente. A fim de exercer essa função, esse órgão
possui uma estrutura complexa apresentando múltiplas e precisas funções. Constitui, antes de
tudo, a primeira linha de defesa contra agressões do meio ambiente, não sendo de maneira
nenhuma uma barreira intransponível (BOUWSTRA et al., 2003; PEREIRA, 2008).
A estrutura da pele é formada por três camadas de tecido (Figura 1): a epiderme, a
derme e a hipoderme. A epiderme é formada por um conjunto de células vivas (epiderme
viável) e um conjunto de células mortas (estrato córneo). A epiderme viável é constituída de
células metabolicamente ativas que formam outras três camadas distintas: granulosa,
espinhosa e basal (PRISTA et al., 1992).
Figura 1: As três camadas da pele. Disponível em: http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mII.pele.htm
8
Abaixo da camada basal, fortemente ligada à epiderme, situa-se a camada
intermediária da pele, denominada derme. A derme é constituída por tecido conjuntivo denso
e por diferentes células, elementos extracelular, vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas
sensitivas, fibroblastos, macromoléculas tais como o colágeno e a elastina e anexos cutâneos
(glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e folículos pilosos) (PRISTA et al., 1992;
BARATA, 2002). A derme é a camada que proporciona resistência, extensibilidade e
elasticidade à pele. Assim, o envelhecimento cutâneo gera, principalmente na derme,
modificações morfológicas e funcionais, que resultam, consequentemente, em alterações na
proliferação e na capacidade de reparo das células.
A camada mais profunda da pele é a hipoderme, também denominada como camada
subcutânea de gordura. A hipoderme é constituída por tecido adiposo e exerce as funções de
armazenamento de nutrientes e energia, proteção mecânica, atuando como amortecedor na
suavização de traumas e isolante térmico, conservando a temperatura corporal
(VIGLIOGLIA, 1989).
Quando a RUV incide sobre a pele, esta pode ser absorvida, refletida ou dispersa.
Somente a parte absorvida produz alterações nas moléculas que a absorve, as quais são
denominadas de cromóforos (PINNELL, 2003). Esses cromóforos podem ser a melanina,
DNA, RNA, proteínas, lipídeos, água, aminoácidos aromáticos (como a tirosina e triptofano),
ácido trans-urocânico, etc (GONZÁLEZ et al., 2008). As alterações sofridas pelos cromóforos
da pele são denominadas reações fotoquímicas, as quais desencadeiam todas as demais
reações bioquímicas que resultam em danos como: queimadura, elastose solar,
fotoenvelhecimento e até mesmo, câncer de pele (PINNELL, 2003).
As modificações histológicas do fotoenvelhecimento incluem a diminuição dos
fibroblastos; hiperplasia do tecido elástico, com fibras elásticas aumentadas, espessas,
enroladas, emaranhadas e fibras colágenas afinadas e achatadas. Como consequência há
também uma diminuição dos precursores do colágeno tipo I e III e aumento de
glicosaminoglicanos que serão depositados anormalmente no tecido elastótico em vez de
serem depositados entre as fibras colágenas e elásticas, fenômeno denominado de elastose ou
degeneração basofílica do colágeno (FITZPATRICK, 2005; DRAELOS, 2006).
Ainda nesse sentido, a pele é provida de um grande número de mecanismos de defesa
antioxidante (KOHEN & GATI, 2000), que podem ser tanto enzimáticos (catalase,
superóxido dismutase, glutationa peroxidase e glutationa redutase) ou não enzimáticos
(glutationa, α-tocoferol, ácido ascórbico, β-caroteno), que estão em maior concentração na
epiderme, indicando ser esta mais susceptível que a derme ao estresse oxidativo (SHINDO et
9
al., 1994; VICENTINI et al., 2008). Em condições normais de temperatura e ambiente, esses
mecanismos são suficientes para manter um equilíbrio na pele, removendo os radicais livres
produzidos. Entretanto, esses mecanismos são insuficientes quando há uma exposição solar
excessiva, resultando em uma elevada produção de radicais livres pela RUV (VICENTINI et
al., 2008).
3.2 EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA
O sol emite um amplo espectro de radiação eletromagnética que é desviado ou
atenuado pelas camadas atmosféricas da Terra (ROY et al., 1998). As radiações que chegam à
superfície são classificadas como não-ionizantes e subdivididas em infravermelho, visível e
ultravioleta (KIRCHOFF, 1995). A exposição excessiva à RUV resulta em severo dano
oxidativo no tecido cutâneo através de interações com cromóforos intracelulares e
fotossensibilizadores, resultando em danos transitórios ou permanentes; e pela ativação de
sinalizadores citoplasmáticos de vias de transdução de sinais relacionados com o crescimento,
a diferenciação, o envelhecimento e a degradação do tecido conjuntivo (PEREIRA, 2008).
A porção UV da luz solar é subdividida de acordo com o comprimento de onda.
Embora a camada de ozônio seja capaz de bloquear a radiação UVC (abaixo de 280 nm) e
parte da radiação UVB (280-290 nm), outra parte da radiação UVB (290-315 nm) e a radiação
UVA (315-400 nm) atingem a superfície terrestre. A radiação UVB corresponde de 1% a 10%
da radiação que chega à superfície terrestre, enquanto a radiação UVA, de 90% a 99%
(SILVA et al., 2009; HECK et al., 2004).
O comprimento de onda mais associado à indução de alterações eritematosas cutâneas
é a região do UVB, principal responsável pelas queimaduras solares (HECK et al., 2004). As
bases do DNA absorvem diretamente os fótons incidentes neste intervalo de comprimento de
onda. O efeito fototóxico da radiação UVA é muito menor que da radiação UVB. A radiação
UVA é a responsável pelo bronzeamento direto. Porém, seu uso crônico provoca alterações
das fibras colágenas e elásticas, caracterizando o envelhecimento cutâneo (SILVA et al.,
2009). Já a porção UVC é a germicida, por sua ação esterilizante, sendo prejudicial ao tecido
cutâneo, porém é bloqueada pela camada de ozônio (HECK et al., 2004).
Os efeitos da radiação na pele, em curto prazo, ocorrem principalmente devido à
radiação UVB e incluem o eritema, edemas e o escurecimento dos pigmentos seguidos de
bronzeamento (mais relacionado à radiação UVA) e espessamento da epiderme e da derme
(KULLAVANIJAYA & LIM, 2005; HECK et al., 2004). Dentre as alterações por exposição
10
crônica, destacam-se os vários tipos de câncer de pele, dentre eles o melanoma que é
considerado o mais agressivo. Um dos mecanismos de danos causados à pele é a absorção da
radiação UVB pelas bases de DNA e das proteínas. Quando os ácidos nucleicos absorvem
essa radiação ionizante mutagênica são formados subprodutos, como dímeros de pirimidina.
Esses subprodutos podem ser carcinogênicos ou citotóxicos se não forem reparados
(MONTEIRO, 2008).
O eritema é a alteração fisiológica mais comum provocada pela exposição ao sol,
sendo resultado da inflamação ocorrida na pele. A intensidade do eritema é proporcional à
quantidade de radiação absorvida na pele, sendo também proporcional ao tipo de pele do
indivíduo, do comprimento e da intensidade da onda incidente (DAL’BELO et al., 2011).
Além disso, a RUV causa anormalidades em estruturas relacionadas à adesão dos corneócitos
resultando em danos na função de barreira da pele, o que provoca ressecamento e acelera o
processo de descamação (DAL’BELO et al., 2011; MEGURO et al., 1999), também pode
provocar uma hiperplasia da epiderme para repor as células danificadas, o que resulta no
aumento da espessura da epiderme devido ao aumento do número de camadas celulares (EL-
ABASERI et al., 2006; DAL’BELO et al., 2011).
As alterações histológicas que ocorrem após a irradiação por UV, incluem o
espessamento do estrato córneo, formação de edema intercelular e perivascular na derme,
assim como a presença de infiltrados perivasculares. A derme é preenchida com uma massa
desordenada de fibras elásticas e de fibras de colágeno (LOWE et al., 1995; DAL’BELO et
al., 2011).
Estudos clínicos têm demonstrado que a exposição da pele à RUV é responsável por
alterações cutâneas relacionadas com o envelhecimento precoce, sendo que a maioria destas é
resultante da ação das EROs (DAMIANI et al., 2006). Está bem estabelecido que a resposta
inflamatória causada pela exposição à RUV na pele e os processos degenerativos relacionados
com a exposição crônica da pele à RUV são largamente medidas pela superprodução de
EROS e pela insuficiência dos sistemas antioxidantes (AQUINO et al., 2002). Desta maneira,
os antioxidantes, tais como as vitaminas e outros compostos naturais, tem sido amplamente
empregados em formulações fotoprotetoras e em produtos cosméticos de uso diário para
proteger a pele contra danos causados pelas EROs (DAL’BELO et al., 2009).
A crescente incidência de câncer de pele tornou-se um problema de saúde pública em
escala mundial, inclusive no Brasil (BRASIL, 2009). Paralelamente, estudos epidemiológicos
demonstram que o uso de protetores ou bloqueadores solares não é completamente efetivo na
prevenção do câncer de pele induzido pela exposição à RUV e assim, o uso de antioxidantes
11
aparece como importante alternativa nos mecanismos de fotoproteção e prevenção do câncer
de pele e demais patologias cutâneas, além de agregar valor ao produto pelo apelo comercial
(GONZÁLES et al., 2008; RIVELLI et al., 2008; VICENTINI et al., 2008).
3.3 FOTOPROTEÇÃO
No contexto medicinal, fotoproteção é caracterizada por um conjunto de ações de
natureza química e física, ambiental ou comportamental, responsável pela diminuição dos
danos gerados pela exposição à RUV no organismo com o objetivo de reduzir os índices de
câncer de pele na população humana e outras doenças dermatológicas relacionadas à RUV
(AFAQ & MUKHTAR, 2006).
Entre as alternativas de fotoproteção, naturalmente há um aumento da espessura do
estrato córneo e da epiderme viável, estimulando a melanogênese (bronzeamento). A barreira
formada pelo estrato córneo também impede a penetração da radiação e de 5 a 10% da luz é
refletida (SILVA et al., 2009). Com a absorção de fótons, o ácido trans-urocânico é
isomerizado a cis-urocânico, que está envolvido com os efeitos imunossupressor e
carcinogênico (KULLAVANIJAYA & LIM, 2005).
Outra forma natural de proteção é a melanina, um pigmento encontrado naturalmente
nos seres humanos. É capaz de absorver em uma ampla faixa de comprimento de onda, desde
o ultravioleta até o infravermelho, neutralizando também os radicais livres presentes nas
células. Nas células, a melanina tende a cobrir o núcleo para proteger o DNA celular do dano
que possa ser causado pela RUV (LÉPORI, 2002).
A eficácia de uma formulação contendo filtro solar é comumente determinada através
da maior ou menor proteção proporcionada contra a queimadura. Assim, a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA) (BRASIL 2006; BRASIL 2012) estabelece que a eficácia
das formulações fotoprotetoras pode ser avaliada empregando metodologias in vivo, em
voluntários sadios (10 a 20) com diferentes tipos de pele (I, II, III e IV), de ambos os sexos,
com sensibilidade mediana à radiação ultravioleta. Devido ao alto custo e complexidade de
pesquisas envolvendo humanos, e pela fácil reprodutibilidade de técnicas, métodos in vitro,
ou métodos com animais, são utilizados primeiramente para avaliação da eficácia
fotoprotetora de formulações.
A ANVISA (BRASIL 2006) disponibiliza a listagem das substâncias químicas
orgânicas e inorgânicas que podem ser utilizadas como filtros solares, dentre eles destacam-
se: 1 -(4 – terc – butilfenil) – 3 – (4 –metoxifenil) propano – 1, 3 – diona (Butyl methoxy
12
dibenzoil methane); 2, 2’ – dihidroxi – 4 – metoxibenzofenona (benzophenone-8); Salicilato
de trietanolamina (tea salicilate); Ácido 4 – aminobenzóico (PABA); Dióxido de titânio
(titanium dioxide); Óxido de zinco (zinc oxide). Esses filtros solares utilizados no mercado
são classificados conforme sua química e seu modo de ação em filtros orgânicos e
inorgânicos, uma vez que nos filtros orgânicos temos a presença de compostos orgânicos e
nos inorgânicos temos a presença de óxidos metálicos. Geralmente, os compostos orgânicos
protegem a pele pela absorção da radiação e os inorgânicos, pela reflexão da radiação (FLOR
et al., 2007)
Atualmente há um grande número de pesquisas desenvolvidas a partir de uma
variedade de compostos que poderiam ser usados em produtos tópicos para o tratamento e/ou
prevenção do fotoenvelhecimento e do câncer de pele. Dentre estes compostos estão a
vitamina E, o ácido ascórbico, o β-caroteno, o licopeno, a superóxido dismutase (SOD) e os
compostos fenólicos antioxidantes como epigalocatequina galato, genistéina, quercetina,
resveratrol, rutina (CASAGRANDE et al., 2006; FONSECA et al., 2010; MORAES, 2011).
3.4 PRODUTOS NATURAIS
Levando-se em consideração o aumento da expectativa do tempo de vida observado
nos últimos tempos e a constante busca pela qualidade de vida durante o processo de
envelhecimento, torna-se notório os investimentos de grandes empresas e centros de pesquisa
voltados a realização de estudos das propriedades antienvelhecimento de substâncias ativas
(IBGE, 2009).
Sabendo-se do potencial biológico de plantas medicinais, bem como do elevado
número de casos de uso popular dessas espécies, cresce o interesse em se utilizar e validar o
uso de produtos derivados das mesmas, tais como extratos, óleos essenciais e substâncias
isoladas, como alternativa para o tratamento de diversas doenças e problemas de saúde. Por
outro lado, embora o Brasil seja o país com a maior biodiversidade no mundo, apenas cerca
de 10% dessa variedade foi estudada segundo os aspectos químicos e farmacológicos
(SIMÕES et al., 2007).
Essas substâncias extraídas das plantas medicinais, produzidas como um mecanismo
de defesa natural contra agressões ambientais e sendo muito estudadas pelas suas
propriedades biológicas, são denominadas metabólitos secundários. Também chamados de
produtos naturais, esses metabólitos compreendem uma ampla variedade de substâncias das
mais diversas estruturas e de diferentes origens metabólicas (CALIXTO, 2005). De forma
resumida, os metabólitos secundários vegetais podem ser divididos em três grandes grupos: os
13
compostos fenólicos, os terpenóides e os compostos secundários nitrogenados. O grupo de
maior interesse medicinal são os compostos fenólicos, como os flavonóides, presentes na
grande maioria das espécies vegetais, sendo o grupo mais estudado e com grande impacto na
prevenção de várias doenças devido à sua comprovada atividade antioxidante. Em termos de
antioxidantes com potencial fotoprotetor destacam-se os tocoferóis, o ascorbato e os beta-
carotenos (STEENVOORDEN & VAN-HENEGOUWEN, 1997).
Muitos extratos de origem natural, que contêm grande quantidade de compostos
fenólicos, vêm sendo estudados e tem demonstrado uma pronunciada atividade antioxidante e
anti-inflamatória. Sugere-se que estes extratos de origem natural, podem ser eficazes na
prevenção dos danos solares (CASAGRANDE et al., 2006; FONSECA et al., 2010;
SERAFINI et al., 2011a; SERAFINI et al., 2011b).
Os compostos fenólicos, preferencialmente os flavonóides, de uma forma geral, vêm
sendo amplamente estudados por apresentarem atividades antioxidantes que oferecem a estes
compostos a capacidade de diminuir a incidência de doenças coronarianas e câncer. Além
disso, são conhecidos e estudados por apresentarem propriedades antineoplásicas,
antimicrobianas, antivirais, anti-inflamatórias, anti-ulcerogênicas, anti-hipertensivas, entre
outras (GUARDIA et al., 2001; SERAFINI et al., 2011a).
A utilização de antioxidantes protege as células de danos celulares, sendo uma
estratégia adequada para o desenvolvimento de agentes de fotoproteção de interesse
cosmético (FINKEL and HOLBROOK, 2000; MARTINDALE and HOLBROOK, 2002;
KIM et al., 2008). Antioxidantes de origem natural, especialmente os polifenóis, tais como
flavonóides, tem demonstrado bom potencial como agente fotoprotetor (BONINA et al.,
1996; SAIJA et al., 1998; F’GUYER et al., 2003).
A cada dia surgem novos produtos dermatológicos, cada vez mais inovadores,
eficientes e capazes não só de prevenir, mas também de amenizar os efeitos do tempo sobre a
pele, tanto esteticamente, minimizando rugas e linhas de expressão, como minimizando a
geração de câncer de pele. Por isso, extratos de plantas medicinais com ação antioxidante são
cada vez mais procurados para o desenvolvimento de novos cosméticos, principalmente
dermocosméticos de ação contra o envelhecimento cutâneo (RODRIGUES et al., 2003).
14
3.5 Morinda citrifolia
Nesse contexto, encontra-se a Morinda citrifolia Linn, popularmente conhecida como
“noni”. Cerca de 160 compostos fitoquímicos já foram identificados na planta de noni, e os
micronutrientes importantes são compostos fenólicos, ácidos orgânicos e alcalóides. Dos
compostos fenólicos, os mais importantes relatados são: antraquinonas e os principais ácidos
orgânicos são ácidos capróico e caprílico, enquanto o principal alcalóide é relatado xeronina
(CHAN-BLANCO et al., 2006). Todavia, a composição química difere grandemente de
acordo com a parte da planta analisada. A composição fitoquímica completa do fruto da M.
citrifolia ainda não foi descrita e apenas informação parcial do suco do noni está disponível
(WANG et al., 2002; CHAN-BLANCO et al., 2006). Os alcalóides xeronina e proxeronina
são relatados por HEINICKE (1985) e SOLOMON (1999) como constituintes responsáveis
pelas atividades biológicas do suco do noni (LAVAUT & LAVAUT, 2003).
Estudos fitoquímicos revelam que as folhas do noni contêm uma variedade de
componentes químicos, incluindo terpenóides, fitoesteróis, ácidos graxos, iridóides
glicosídicos, flavonóides glicosídeos, entre outros. Flavonóides glicosídeos parecem
predominar nas folhas do noni (DENG et al., 2008; SERAFINI et al., 2011a).
As diversas partes da planta são empregadas popularmente com variadas funções.
Estudos científicos recentes demonstram o uso do suco do noni para melhora de perfis de
marcadores de risco em fumantes, tais como colesterol e triglicerídeos (WANG et al., 2012);
agente anti-psicótico (PANDY et al., 2012); antioxidante e regulador de colesterol (LIN et al.,
2012); inibição da Enterococcus faecalis (BHARDWAJ et al., 2012); redução de células de
câncer mamário (CLAFSHENKEL et al., 2012); propriedade anti-câncer (JANG 2012) e
metabolismo da glicose (NERURKAR et al., 2012).
Para a planta como um todo, nos últimos anos, é demonstrado cientificamente o uso
para melhorar a cólica menstrual (FLETCHER et al., 2013); atividade citotóxica para
linhagem de câncer cervical, sendo coadjuvante na quimioterapia (GUPTA et al., 2013); uso
para os mais variados tipos de câncer (BROWN, 2012) e função antiangiogênica (BEH et al.,
2012). O uso do fruto demonstra potencial antidiabético (LEE et al., 2012), citotoxicidade
para células cancerígenas (AKIHISA et al., 2012); efeito gastro protetor (NIMA et al., 2012);
conservante de alimentos (TAPP et al., 2012); inibição da melanogênese (MASUDA et al.,
2012). A citotoxicidade também é relatada para as raízes do noni (SUMAN et al., 2013). O
caule apresenta atividade contra leishmaniose (SATTAR et al., 2012); antioxidante e
antiangiogênico (PIARU et al., 2012). Para a semente é relatada a inibição da matriz
15
metaloproteinase (MMP)-1 (MASUDA et al., 2012); a antraquinona isolada no noni apresenta
atividade anti-inflamatória e anti-tumoral (NUALSANIT et al., 2012); e as folhas apresentam
potencial de regeneração do osso e tecido periodontal (BOONANANTANASARN et al.,
2012); atividade larvicida (KOVENDAN et al., 2012) e antibacteriana (SATHISHKUMAR et
al., 2012).
Dentre as atividades biológicas citadas para o noni, que sugerem uma evidência do uso
como agente fotoprotetor, destaca-se: agente anti-infeccioso tópico (SU et al., 2005), anti-
inflamatório (CHAN-BLANCO et al., 2006; SERAFINI et al., 2011a), antioxidante (SU et
al., 2005; CHAN-HONG et al., 2007; YANG et al., 2007; PALU et al., 2008; SERAFINI et
al., 2011a) e cicatrizante (RASAL et al., 2008). O uso do suco de Morinda citrifolia foi
relatado por melhorar a função imune, mostrando efeitos antienvelhecimento e anticâncer
(WANG et al., 2002).
West et al., (2009) publicaram um estudo com voluntários sadios, concluindo que as
folhas da Morinda citrifolia , por meio de um extrato etanólico incorporado a um gel de
aplicação tópica, reduzem o eritema causado pela radiação UVB, proporcionando alguma
medida de defesa contra a inflamação localizada. O mecanismo de ação envolvido seria em
relação à atividade anti-inflamatória através de receptores anti-histamínicos H-1, e por
atenuação de radicais livres.
Estudos realizados por SERAFINI et al., (2011a e 2011b) demonstram, através da
triagem fitoquímica, a presença de alcalóides, cumarinas, flavonóides, taninos, esteróides e
triterpenóides no extrato aquoso das folhas do noni. O doseamento de fenóis totais mostrou a
presença de 196,8 mg/g de ácido gálico, e a caracterização por cromatografia líquida de alta
eficiência (CLAE) identificou a presença do flavonóide rutina e de glicosídeos kaempferol.
De maneira geral, os resultados deste estudo indicam que o noni apresenta importante
atividade antioxidante in vitro e em relação à atividade antibacteriana mostrou-se efetivo
apenas contra Aeromonas hydrophila. No que tange à atividade anti-inflamatória e
antinociceptiva, observou-se eficácia na redução de contorções abdominais induzida por ácido
acético (na dose de 400 mg/kg) e diminuição da migração de leucócitos pelo ensaio de
peritonite (nas doses de 200 e 400 mg/kg). O extrato do noni não apresentou alteração quanto
aos parâmetros bioquímicos, hematológicos e histopatológicos no estudo de toxicidade aguda.
Além disso, o extrato apresentou citotoxicidade apenas na maior concentração testada (25
mg/mL).
16
3.6 PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS OBTIDOS DE PLANTAS MEDICINAIS
Os compostos derivados de plantas são atualmente empregados na medicina, além de
terem um papel relevante para a síntese de moléculas mais complexas (CALIXTO &
SIQUEIRA, 2008). Cerca de 30% dos medicamentos disponíveis são derivados direta e
indiretamente de produtos naturais, notadamente plantas. Em algumas doenças como câncer,
os medicamentos derivados de plantas chegam a 60% (CALIXTO & SIQUEIRA, 2008).
Em virtude da grande biodiversidade brasileira, o Brasil é o país líder em publicações
com plantas medicinais. Em função desse progresso nas pesquisas realizadas na área de
produtos naturais no Brasil, observa-se um crescente interesse pelas indústrias farmacêuticas
nacionais em estabelecer parcerias, Universidade-Empresa, com o objetivo de desenvolver
produtos farmacêuticos com qualidade, eficácia e segurança comprovadas em testes pré-
clínicos e clínicos, conforme as resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) (CALIXTO & SIQUEIRA, 2008).
Em um levantamento realizado no banco de patentes do Instituto Nacional de
Propriedade Intelectual (INPI), no período de janeiro de 2013, utilizando como ferramenta de
busca a classificação internacional de patentes (CIP) A61K (referente a preparações para
finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas) e com a palavra-chave “plantas and
medicinais” encontrou-se apenas 11 documentos de depósitos de patentes, sendo o primeiro
em 1997 e o último em 2010. O período corresponde ao momento em que o governo
brasileiro, em 1997, aderiu ao Acordo de Propriedade Intelectual (Trips) e passou a
reconhecer a lei de patentes (Lei 9.279) (CALIXTO & SIQUEIRA, 2008).
Dentre os 11 documentos encontrados nessa busca específica, encontra-se em 2010,
um sabonete ginecológico com nanopartículas elaborado a partir de extrato de plantas
medicinais e do óleo essencial do alecrim-pimenta para o tratamento de infecções bacterianas
e fúngicas (PI1003300-9). No ano de 2009 foi depositado o processo PI0904361-6 relativo a
um produto formulado a base de plantas medicinais para tratamento de congestão nasal
causada pela sinusite, inflamações na garganta, tosses, aftas, verrugas e frieiras, tendo também
ações antissépticas bucal, repelentes contra insetos e favorecer a cicatrização de feridas. Esse
produto é formulado com alecrim (Rosmarinus officinalis l.), losna (Artemisia absinthium l.),
arruda (Ruta graveolens l.), melissa (Melissa officinalis l.), eucalipto-limao (Eucalyptus
globulus labili), sabugueiro (Sambucus australis cham & schltdl), salvia-comum (Salvia
officinalis l.) e aroeira (Schinus molle l.). Em 2008, observou-se o depósito de dois processos:
PI0806023-1 e PI0803306-4, relativos, respectivamente a um produto formulado com óleos
17
essenciais que são clinicamente eficazes para atenuar os sintomas nasais de rinite alérgica e
um gel com nano partículas elaborado a partir de extrato de plantas medicinais (extrato de
aroeira) e do óleo essencial do alecrim-pimenta, para o tratamento de gengivite e aftas bucais
bem como outras doenças bucais de origem bacteriana e fúngica.
Anteriormente a 2008, observa-se em 2007 dois documentos (MU8702237-0 e
PI0701735-9) relativos a uma formulação de sabão obtido partir de misturas de óleos
vegetais, polpa de frutas e plantas medicinais, com propriedades cosméticas que promovem o
crescimento e fortalecimento dos cabelos e um gel dental com plantas medicinais para
tratamento de gengivite. Em 2006, o processo PI0604107-8 refere-se a um fitomedicamento
para tratamento de vitiligo e o processo PI0602388-6 refere-se a um processo de síntese de
elementos manipulados nutricionais, medicinais e cosméticos diversos, na forma de mel. No
ano de 2001 há registro de um composto fitoterápico para tratamento de ulcera venosa, em
1998 uma substância capilar para ressecamento e queda e em 1997 há um processo com
plantas medicinais para tratar uma infecção viral.
Vale aqui destacar que o primeiro fitomedicamento totalmente brasileiro, o Acheflan
(pomada anti-inflamatória produzida a partir da planta Cordia verbenacea), lançado no
mercado em 2005 pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos, em parceria com pesquisadores de
Universidades, marca o início de um novo capítulo da história da indústria farmacêutica
brasileira (CALIXTO & SIQUEIRA, 2008). Esse fato vem estimulando outras indústrias e
universidades brasileiras a seguirem o mesmo caminho. O trabalho envolvendo a parceria de
laboratórios de institutos de pesquisa e de universidades constitui uma alternativa à instalação
e à manutenção de custosas estruturas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Assim, a
palavra-chave para que esse setor tome o impulso desejado é parceria. Para haver inovação
radical, é preciso haver infusão de recursos privados (NATÉRCIA, 2005).
18
CAPÍTULO III
Prospecção tecnológica: Morinda citrifolia e indústria farmacêutica
Artigo publicado na revista Gestão, Inovação e Tecnologias- GEINTEC
ISSN: 2237-0722. São Cristóvão/SE – 2011. Vol .1/n. 1/ p. 22-31
19
PROSPECÇÃO TECNOLÓGICA: Morinda citrifolia E INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
TECHNOLOGICAL FORECASTING: Morinda citrifolia AND PHARMACEUTICAL INDUSTRY
Mairim Russo Serafini1; Gabriel Francisco da Silva2; Adriano Antunes de Souza Araujo 1Universidade Federal de Sergipe – UFS – São Cristóvão/SE – Brasil
[email protected] 2Universidade Federal de Sergipe – UFS – São Cristóvão/SE – Brasil
[email protected] 3Universidade Federal de Sergipe – UFS – São Cristóvão/SE – Brasil
Resumo
As plantas medicinais têm sido utilizadas desde a antiguidade para o tratamento de diversas doenças. Morinda citrifolia L. (“Noni”) é uma planta vastamente empregada pelos povos polinésios há mais de 2000 anos, devido a sua ampla variedade de efeitos terapêuticos, incluindo relatos para dor de cabeça, febre, artrite, gengivite, distúrbios respiratórios, infecções, tuberculose e diabetes, utilizada geralmente em fitoterápicos e cosméticos. O presente trabalho teve como objetivo fazer um mapeamento das pesquisas já desenvolvidas, analisando as potencialidades e a evolução das competências tecnológicas traduzidas através dos depósitos de patentes no que se refere à Morinda citrifolia. A prospecção foi realizada no Banco Europeu de Patentes, no Banco da Organização Mundial de Propriedade Intelectual, no Banco Americano de Marcas e Patentes e no Banco de dados do Instituto Nacional de Propriedade Industrial do Brasil. A classificação internacional mais abundante nessa prospecção foi a Subseção A61 e principalmente na Subclasse A61K, seguido de A61Q e A61P. Dentre os maiores depositantes estão Estados Unidos e Japão. Os dados demonstram uma área promissora, com crescimento relevante de patentes depositadas.
Palavras-chave: Morinda citrifolia L.; prospecção tecnológica; indústria farmacêutica.
20
Abstract
Medicinal plants have been used since ancient times as medicines for the treatment of a wide range of diseases. Morinda citrifolia L (Noni) has been used in folk remedies by Polynesians for over 2000 years, and is reported to have a broad range of therapeutic effects, including effects against headache, fever, arthritis, gingivitis, respiratory disorders, infections, tuberculosis and diabetes, it is commonly used as herbal medicines and cosmetics. This study aimed to map the research undertaken, analyzing the potential and the evolution of technological capabilities through the translated patent applications with regard to the Moringa. Prospecting was carried out in the European Patent Office, in the database of World Intellectual Property Organization, in the database of United States Patent and Trademark Office and in the database of Instituto Nacional de Propriedade Intelectual of the Brazil. The international classification most abundant is the subsection A61 and especially in subclass A61K, followed by A61P and A61Q. Among the main depositors are the United States and Japain. The data show a promising area, with growth of relevant patents
Key-words: Morinda citrifolia L.; technological forecasting; pharmaceutical industry.
1. Introdução
A Morinda citrifolia Linn, popularmente conhecida como “Noni”, é uma espécie
nativa do Sudeste da Ásia à Austrália, sendo cultivada na Polinésia, Índia, Américas Central e
Sul (WANG et al., 2002).
Morinda citrifolia é uma fruta de extraordinárias propriedades curativas da qual a
maioria das pessoas nunca ouviu falar. Há mais de 2.000 anos tem sido usada com sucesso na
Polinésia, China, Índia e outros países. O Noni migrou com os habitantes dessas regiões para
as ilhas do Pacífico Sul, Taiti, Havai e Malásia. Ficou demonstrado que assim como a babosa
(aloe vera), as algas marinhas, o mamão e outros agentes botânicos, o extrato de Noni auxilia
na melhora de uma enorme gama de enfermidades (SOLOMON, 1999). Além disso,
pesquisas apontam uma proteção do noni contra danos causados por radicais livres, sendo
assim, uma justificativa para o uso desse produto em cosméticos (SOLOMON, 1999; WANG
et al., 2002).
Quando se fala em antecipação de futuro, não se fala de precisão, mas sim de
perspectivas. As metodologias de prospecção são ferramentas que buscam entender as forças
que orientam o futuro, de modo a ‘construir conhecimento’. Os estudos prospectivos buscam
agregar valor às informações do presente, transformando-as em conhecimento de modo a
subsidiar a construção de estratégias e identificação de rumos e oportunidades futuras para
subsidiar a tomada de decisão (SANTOS et al., 2004).
21
A prospecção tecnológica pode ser definida como um meio sistemático de mapear
desenvolvimentos científicos e tecnológicos futuros capazes de influenciar de forma
significativa uma indústria, a economia ou a sociedade como um todo. Diferentemente das
atividades de previsão clássica, que se dedicam a antecipar um futuro suposto como único, os
exercícios de prospecção são construídos a partir da premissa de que são vários os futuros
possíveis. Esses são tipicamente os casos em que as ações presentes alteram o futuro, como
ocorre com a inovação tecnológica. Avanços tecnológicos futuros dependem de modo
complexo e imprevisível de decisões alocativas tomadas no presente por um conjunto
relativamente grande de agentes (KUPFER & TIGRE, 2004).
Esse trabalho teve por finalidade mapear as pesquisas já desenvolvidas e patenteadas,
referentes às formulações cosméticas que possuem a Morinda citrifolia como componente.
2. Metodologia
A prospecção foi realizada tendo como base os pedidos de patente depositados no
European Patent Office (Espacenet), na World Intellectual Property Organization (WIPO),
no United States Patent and Trademark Office (USPTO) e no Banco de dados do Instituto
Nacional de Propriedade Industrial (INPI) do Brasil. O foco da pesquisa foi a Morinda
citrifolia e sua utilização em produtos de uso tópico (cosméticos, antioxidantes e
dermatológicos).
As palavras-chave levadas em consideração foram o nome científico da espécie
(Morinda citrifolia) acrescida de alguns substantivos de interesse: pele (skin), cosmético
(cosmetic), antioxidante (antioxidant) e dermatológico (dermatological). Utilizaram-se os
campos de pesquisa “título” e “resumo” e posteriormente também foi utilizado o campo
“classificação internacional de patentes” (CIP) com o código A61K, referente a preparações
para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas. A pesquisa foi realizada no mês de
junho de 2011.
22
3. Resultados e discussão
Inicialmente a pesquisa encontrou 06 patentes na base do INPI (no campo resumo e
com palavras-chave em português), 269 patentes na base européia- Espacenet (no campo
título e resumo), 23 na base dos Estados Unidos- USPTO (no campo resumo), 44 na base
mundial- WIPO (na campo folha de rosto), totalizando 342 patentes selecionadas em junho de
2011 (conforme Tabela 1).
Tabela 1. Pesquisa por Palavras-Chave
Palavras-chave INPI EP USPTO WIPO morinda and citrifolia 6 269 23 44 morinda and citrifolia and skin 1 24 0 3 morinda and citrifolia and cosmetic 0 15 0 0 morinda and citrifolia and antioxidant 2 1 0 2 morinda and citrifolia and dermatological 0 1 0 0
Quando se utilizou a palavra central Morinda citrifolia acrescida de alguns
substantivos pode-se verificar uma menor quantidade de patentes. Foi possível a seleção de
patentes referentes ao contexto das palavras: skin (pele) no qual se encontrou um total de 28
patentes, sendo 24 do Espacenet, 01 do INPI e 03 da WIPO; cosmetic (cosmético) que
totalizou 15 patentes (do Espacenet); antioxidant (antioxidante) o qual totalizou 5 patentes: 02
do INPI, 01 do Espacenet e 02 da WIPO; e dermatological (dermatológico) que totalizou 01
patente no Espacenet.
Utilizou-se a pesquisa por classificação internacional na base de dados Espacenet.
Restringindo a pesquisa à palavra-chave Morinda citrifolia e os códigos A61K (referentes a
preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas) e A61Q (referentes a uso
específico de cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal), obtiveram-se 29
patentes, estas que tinham em seu contexto ambos os códigos (conforme Tabela 2). No
entanto verificou-se a presença de 231 patentes com o código A61K e 29 com o código
A61Q, concluindo assim que todas as patentes com código A61Q, também possuíam código
A61K.
23
Tabela 2. Pesquisa por Classificação Internacional
Palavras-chave A61K A61Q EP morinda and citrifolia X 231 morinda and citrifolia X 29 morinda and citrifolia X X 29
3.1 Evolução anual de depósitos de patentes no Espacenet
Ainda no Espacenet, a pesquisa procedeu-se no sentido de verificar a evolução anual
de depósitos de patentes. Utilizando-se os 231 depósitos de pedidos de patentes com a
palavra-chave morinda and citrifolia e com a classificação A61K, verificou-se um aumento do
número de patentes a partir do ano de 2000, destacando-se os anos de 2003, 2006 e 2007. Por
outro lado, constatou-se que houve um decréscimo considerável no ano de 2010, que
apresentou apenas seis patentes e no ano de 2011 com 03 patentes (importante destacar que a
pesquisa foi realizada em junho, sendo computados os dados anteriores a esse mês). O ano de
2007 foi o ano que maior deteve patentes com 23 patentes, seguido pelos anos de 2003 e 2006
que apresentaram cada um 14 patentes (Figura 1).
Figura1. Evolução anual de depósitos de patentes no banco europeu.
24
3.2 Patentes depositadas por país no espacenet
Ainda com os mesmos depósitos de patentes, verificou-se a freqüência de depósitos
por país de origem. De acordo com a Figura 2, o Japão e os Estados Unidos são claramente os
maiores detentores das patentes acerca da Morinda citrifolia, sendo que os Estados Unidos
lideram com 59 patentes, seguido pelo Japão com 58 patentes.
Figura 2. Patentes depositadas por país. Sendo AU (Austrália), CH (Suíça), DE (Alemanha), FR (França), HU (Hungria), JP (Japão), KR (República da Coréia), SE (Suécia), US (Estados Unidos da
América). 3.3 Patentes por código de classificação internacional no espacenet
Preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas (A61K): De acordo
com o a Figura 3, e seguindo a pesquisa no Espacenet com palavra-chave morinda and
citrifolia e CIP A61K, tem-se maior presença de patentes que apresentam o código A61K36,
representando as preparações farmacêuticas caracterizadas por ingredientes ativos orgânicos.
25
Figura 3. Preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas – A61K. Sendo A61K8
(Cosméticos, perfumes), A61K9 (Preparações caracterizadas pela forma), A61K31-35-36 (Preparações farmacêuticas caracterizadas por ingredientes ativos orgânicos).
Uso de cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal (A61Q): Conforme a
Figura 4, pode-se verificar que dentre os códigos A61Q, uma subdivisão nas preparações para
finalidades médicas odontológicas ou higiênicas, o que apresentou o maior número de
patentes encontra-se no código de A61Q1, representando as preparações para limpeza da pele.
Figura 4. Uso de cosméticos ou preparações similares para higiene pessoal – A61Q. Sendo A61Q1 (Preparações para maquiagem), A61Q5(Preparações para tratamento dos cabelos), A61Q17
(Preparações de barreira), A61Q19 (Preparações para tratamento da pele).
26
Analisando os depósitos de pedidos de patentes no banco mundial – WIPO, com a
palavra-chave morinda and citrifolia, verificamos a seguir os depósitos por ano de publicação,
por país de origem e por CIP.
3.4 Evolução anual de depósitos de patentes na WIPO
A partir da Figura 5, pode-se verificar maior presença de pedidos internacionais por
ano de publicação no ano de 2005, seguido pelo ano de 2007. Verificando-se também que
esses valores tiveram início considerável no ano 2001. A figura abaixo analisa somente os
dados recorrentes do site da World Intellectual Property Organization (WIPO).
Figura 5. Pedidos internacionais por ano de publicação no banco mundial.
3.5 Patentes depositadas por país na WIPO
Dentre os países que mais depositaram patentes via Tratado de Cooperação de
Patentes (PCT), pelo banco mundial, os EUA lideraram o ranking, depositando 40, dos 44
depósitos registrados (Figura 6).
27
Figura 6. Patentes depositadas por país. Sendo EUA (Estados Unidos da América), TW (Taiwan); SE (Suécia), HU (Hungria), CH (Suíça).
3.6 Patentes por código de classificação internacional na WIPO
Dentre os 44 depósitos de pedidos de patente na WIPO, observamos através da Figura
7, que a classificação internacional mais citada é a A61K, que representa preparações para
finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas (29 dos 44 pedidos).
Figura 7. Distribuição por CIP dos depósitos encontrados no banco de dados mundial - WIPO. A61K= preparações para finalidades médicas, odontológicas ou higiênicas; A23L= alimentos, produtos
alimentícios ou bebidas não alcoólicas; A01N= conservação de corpos de seres humanos ou animais ou plantas ou partes dos mesmos; A61P= atividade terapêutica específica de compostos químicos ou preparações medicinais; A61Q= uso específico de cosméticos ou preparações similares para higiene
pessoal; A23K= produtos alimentícios especialmente adaptados para animais; métodos especialmente adaptados para a produção dos mesmos.
28
Dentre os 29 depósitos de pedidos de patente encontrados na subclasse A61K,
podemos observar que estão subdivididos, a maioria, na classificação A61K36= Preparações
medicinais contendo materiais de constituição indeterminadas derivados de algas, líquenes,
fungos ou plantas, ou derivados dos mesmos, por ex., medicamentos tradicionais à base de
ervas (conforme Figura 8).
Figura 8. Distribuição por CIP A61K dos depósitos encontrados no banco de dados mundial. A61K36= Preparações medicinais contendo materiais de constituição indeterminadas derivados de algas, líquenes, fungos ou plantas, ou derivados dos mesmos, por ex., medicamentos tradicionais à
base de ervas; A61K31 = Preparações medicinais contendo ingredientes ativos orgânicos; A61K35 = Preparações medicinais contendo materiais de constituição indeterminada ou seus produtos de reação;
A61K33 = Preparações medicinais contendo substâncias ativas inorgânicas.
Já no banco Nacional, dentre os seis depósitos de pedidos no INPI, 5 são da A61K,
sendo 4 da A61K35. Um documento é de 2007, 5 de 2004 e um de 2003. Referente ao país de
origem do depósito, todos os documentos tem como país de origem os Estados Unidos.
Dentre os 23 depósitos nos Estados Unidos (base USPTO), 13 são do ano de 2001, 3
de 1999, 4 de 2002, 1 documento de 2004 e um de 2006. Com esse fato podemos inferir que a
partir de 2001, os Estados Unidos começaram a realizar depósitos via PCT, o que explica o
grande número de depósitos quando analisado o banco da WIPO. Ainda sobre esse depósitos,
20 são da classificação A61K, 3 da A23L e 1 da A01N. As subdivisões da A61K são
verificadas na Figura 9.
29
Figura 9. Distribuição por CIP A61K dos depósitos encontrados no banco de dados americano. A61K36= Preparações medicinais contendo materiais de constituição indeterminadas derivados de algas, líquenes, fungos ou plantas, ou derivados dos mesmos, por ex., medicamentos tradicionais à
base de ervas; A61K31 = Preparações medicinais contendo ingredientes ativos orgânicos.
4. Conclusões
Os dados estatísticos demonstraram que a área relacionada a trabalhos com a Morinda
citrifolia é promissora, sendo que a partir do ano 2000 houve um crescente aumento no
número de patentes, principalmente nos anos de 2005 e 2007. Os Estados Unidos lideram o
ranking de patentes por países, porém o Japão apresenta-se com uma quantidade de patentes,
muito próxima à dos Estados Unidos (dado verificado pelo escritório europeu). A maior
tecnologia está aplicada na obtenção de cosméticos para cuidados da pele, sendo mais
explorada na produção de maquiagens e também em preparações medicinais.
Referências
SANTOS, M.M.; COELHO, G.M.; SANTOS, D.M.; FELLOWS, L. Prospecção de tecnologias de futuro: métodos, técnicas e abordagens. Parc Estrat [periódico na internet]. [Acesso em 28/11/2010];19:189,2004). Disponível em: <http://www.cgee.org.br/parcerias/p19.php>].
KUPFER, D.; TIGRE, P.B. Modelo SENAI de Prospecção: Documento Metodológico. Capítulo 2: Prospecção Tecnológica. In: Organizacion Internacional Del Trabajo CINTERFOR Papeles de La Oficina Técnica no.14, Montevideo, 2004.
SOLOMON, N. NONI - O fruto tropical de 101 Aplicações medicinais SUMO DE NONI (Morinda Citrifolia). 1ª edição. Geneva RD Vineyard, Utah, 1999.
WANG, M.Y., OESTE, B.J.; JENSEN, C.J.; NOWICKI, D.; SU, C.; PALU, A.K.; ANDERSON, G. Morinda citrifolia (Noni): uma revisão da literatura e os recentes avanços na pesquisa Noni. Acta Sin Pharmacol. (12): 1127-41, 2002.
30
CAPÍTULO IV
UVA-UVB photoprotective activity of topical formulations containing Morinda citrifolia extract
Artigo enviado à Oxidative Medicine and Cellular Longevity Fator de Impacto 2.841
31
Dear Dr. Serafini,
The Research Article titled "UVA-UVB photoprotective activity of topical
formulations containing Morinda citrifolia extract," by Mairim Russo
Serafini, Cassia Britto Detoni, Paula dos Passos Menezes, Rose Nely
Pereira, Vanessa Silveira Fortes, Fonseca, Maria Jose V., Silvia S.
Guterres, Ricardo L.C. Albuquerque-Júnior and Adriano A. S. Araújo has been
received and assigned the number 705649.
An editor will be assigned to handle the review process of your manuscript,
and he/she will inform you as soon as a decision is reached.
All authors will receive a copy of all the correspondences regarding this
manuscript. However, only the submitting author will be able to upload any
revisions to the journal's Manuscript Tracking System.
Thank you for submitting your work to Oxidative Medicine and Cellular
Longevity.
Best regards,
Nahla Mostafa
Editorial Office
Hindawi Publishing Corporation
http://www.hindawi.com
32
UVA-UVB photoprotective activity of topical formulations containing
Morinda citrifolia extract
Mairim Russo Serafini1; Cassia Britto Detoni2; Paula dos Passos Menezes1; Rose Nely Pereira Filho3; Vanessa Silveira Fortes4; Maria José Fonseca Vieira4; Sílvia Stanisçuaski Guterres2;
Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Junior3; Adriano Antunes de Souza Araújo1
1Departamento de Fisiologia, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, SE,
Brazil.
2Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre,RS, Brazil.
3Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), Aracaju, SE, Brazil.
4Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), Ribeirão Preto, SP,
Brazil.
Correspondence should be addressed to Mairim Russo Serafini, [email protected].
ABSTRACT
Exposure to solar radiation, particularly its ultraviolet (UV) component, has a variety of harmful effects on human health. Some of these effects include sunburn cell formations, basal and squamous cell cancers, melanoma, cataracts, photoaging of the skin, and immune suppression. The beneficial photoprotective effects of topical formulations with the extract, Morinda citrifolia, have not been investigated. This present study aims to investigate the potential benefits of M. citrifolia topical application on the dorsal skin of mice, exposed to UVA-UVB light. Using 7 days of treatment, [before (baseline values) and 20 h after UV-exposure], the thickness, skin barrier damage (TEWL), erythema and histological alterations were evaluated. The results showed that the formulations containing the extract protected the skin against UV-induced damage.
Key-words: UV radiation, topical formulations, Morinda citrifolia , leaves, extract, photoprotective.
33
1. INTRODUCTION
Ultraviolet radiation (UVR) from the sun is divided into UVC (200-290 nm), UVB
(290-320 nm) and UVA (320-400 nm) [1]. Skin is the body organ that is most exposed to
UVR. Human skin is constantly exposed to potentially harmful compounds and radiation
because it serves as a protective barrier between the environment and its internal organs, thus
making it liable to aging [2].
Photoaging is a long-term process that results from chronic exposure of the skin to
solar UV radiation. UV radiation has been shown to cause a variety of lesions in DNA
including pyrimidine dimmers of cyclobutane type, photoadducts of the pyrimidine,
pyrimidine type and other nucleic acid base photoproducts such a single-strand breaks and
DNA-protein cross-links. These photoproducts are implicated in cellular lethality, mutation
and other biological effects [3]. Photoaging is characterized by thickening, roughness, coarse
wrinkles, mottled pigmentation, and histologic changes, including damage to collagen fibers,
the excessive deposition of abnormal elastic fibers, and an increase in glycosaminoglycans [4-
6]. This phenotype is caused by alterations in cellular function, as well as deterioration of the
extracellular matrix of skin connective tissue (dermis). The dermis provides structural support
for the skin, and chronic solar UV exposure leads to fragmentation and disorganization of the
primary structural protein elastin and collagen [7].
Several studies have evaluated the protective effect of natural products against damage
induced by UVR in cells, tissues, animals and humans. Photochemoprevention is the use of
synthetic or natural substances that prevent, delay or reverse the damage caused by UVR [8-
9]. Within this concept we can find a variety of polyphenolic compounds with antioxidant,
anti-inflammatory, immunomodulatory and antimutagenic properties. In general,
photochemopreventive agents act on two levels: a) prevention of the damage caused by UVR
34
and b) modulation of different cellular responses to UVR that can prevent, stop or correct
tumor promotion and progression [1,9,10].
Free radicals and reactive oxygen species can be generated not only in metabolic
reactions but also by UV radiation, especially by UVA (320-400 nm) radiation involving
sensitized reactions. There are many endogenous chromophores in human skin which in the
presence of UVA radiation can generate reactive oxygen species in the connective tissue of
skin [3]. A decrease in the reactive oxygen species (ROS) load by efficient sunscreens andor
other protective agents may represent a promising strategy in preventing or at least
minimizing ROS-induced cutaneous pathological states [11-13]. It has been suggested that the
beneficial effects of topical antioxidants might be a successful strategy for diminishing UV
radiation-mediated oxidative damage of the skin [14]. Thus, botanical antioxidants have
shown good potential as photoprotective agents [15].
The tropical plant Morinda citrifolia , commonly known as 'Noni', is widely distributed
in areas of Micronesia, Hawaii, Australia, and Southeast Asia. The genus Morinda , belongs to
the family Rubiaceae, is indigenous to tropical countries, and is considered an important
traditional folk medicine [16-17].
The fruits, roots, barks, and leaves of M. citrifolia have been used as folk medicine for
the treatment of various illnesses, including burns, cancer, cold sores, skin inflammation and
wounds, among other [18-20].
In previous study, we demonstrated that the aqueous extract from M. citrifolia leaves,
contains alkaloids, coumarins, flavonoids, tannins, saponins, steroids, triterpenoids, and
showed relevant in vitro antioxidant activity against different radicals [20]. A carbomer gel
base, containing the ethanol extract and juice pressed from the leaves, was evaluated in a
UVB-induced erythema, and the UVB dose required to induce erythema was almost 3.5 times
greater than with untreated skin [21]. Based on this data, we decided to investigate the
35
potential benefits of topical application of aqueous extract from Morinda citrifolia in on skin
exposed to UVA-UVB light.
2. MATERIAL AND METHODS
2.1 Preparation of Morinda citrifolia extract
M. citrifolia leaves were collected in São Cristóvão, Sergipe, Brazil
[10º18´20.7”(S);36´39’7.2” (W)]. Herbarium voucher specimens (registry number 13503)
were prepared and deposited at the Department of Biology, Federal University of Sergipe.
The extract was prepared by boiling dry leaves in distilled water (7.5%; w/v) for 15 minutes;
the solvent evaporated under reduced pressure and lyophilized.
2.2 Preparation of Morinda citrifolia formulations
The Morinda citrifolia extract (0%, 10% or 15% w/w) was dissolved in water (2.5
mL) and in ethanol (0.5 mL). Then, the formulation was suspended in Hydroxyethylcellulose
(2%). Imidazolnidil ureia (20 µL) was added at the end. The controlled formulations did not
contain the Morinda citrifolia extract (0%). The formulations were stored at 4 ºC.
2.3 Measurement of spreadability
The spreadability of the formulations was determined by compressing the sample
under several glass plates of known weight [22]. Twenty plates were subsequently placed
over the sample at 1-min intervals. The spreading areas reached by the sample were measured
in millimeters on vertical and horizontal axes. The results were expressed in terms of the
spreading area as a function of the applied mass according to the following equation (1):
36
Equation (1)
in which Si is the spreading area (mm2) resulting from the applied mass i (g), and d is the
mean diameter (mm) reached by the sample. The spreading area was plotted against the plate
weight to obtain the spreading profiles. The experiment was repeated three times and the
mean time was taken for calculation.
2.4 in vitro effectiveness
The formulations were scanned under UV light (200 to 400 nm) using a UV -1 800 PC
spectrophotometer. Samples were placed in a quartz cuvette (model 4-Q, Hellma, Germany),
presenting a capacity of 3 mL and an optical path length of 1 cm. To subtract the scattering of
the gel matrix, a blank formulation (0% extract) prepared exclusively with
Hydroxyethylcellulose and ethanol/water was used as the baseline [23].
2.5 In vivo effectiveness
Male CF1 mice, weighing 20–30 g (n=10 per group), were housed in a temperature-
controlled room, with access to water and food ad libitum until use. They were housed within
cages with a 12 h light and 12 h dark cycle. All experiments were conducted in accordance
with National Institutes of Health guidelines for the welfare of experimental animals and with
the approval of the Ethics Committee of the Faculty of Pharmaceutical Science, Porto Alegre,
Rio Grande do Sul (Number 21804).
The animals were divided into five groups (n = 10): Group 1 = non irradiated control-
NIC (the group was not irradiated and did not receive any topical treatment), Group 2 =
irradiated control-IC (the group was irradiated but did not receive any topical treatment),
Group 3 = irradiated and treated with the formulation 10% , Group 4 = irradiated and treated
37
with the formulation 15%, and Group 5 = irradiated and treated with the vehicle-IV
(formulation 0%).
Animals were anesthetized before formulation administration using intraperitoneal
ketamine (80 mg/kg) and xylasin (10 mg/kg).
2.6 Formulation administration
CF1 mice were randomly designed to different groups with 10 mice in each group.
After the removal of dorsal hair (by trichotomy followed by 2 min exposure of the surface to
Veet® cream) the mice were topically treated on the dorsal surface (2x2 cm) with 0.1 g of
formulations daily. The formulations were administrated 30 min before the dorsal surface
irradiation. The untreated control groups irradiated and non-irradiated were included in the
experiments.
2.7 Irradiation
The UVA-UVB source of irradiation consisted of a Repti Glo 10.0 lamp (Exo Terra)
emitting a continuous spectrum between 270 and 400 nm 33% UVA and 10% UVB. The
lamp was mounted 20 cm above the support where the mice were placed on. The UVA-UVB
output was measured using a model UV-400 Research Radiometer (I cel) with a radiometer
sensor for UVA and UVB. The majority of the resulting wavelengths were in the UVB (290–
320 nm; above 90%) and UVA (less than 10%) range and the peak emission was recorded at
314 nm. The mice were irradiated for 7 days, 2 h/day, with a dialy dose of 1.9 J /cm2.
38
2.8 Skin biophysical techniques
The thickness of irradiated skin was measured by 7 days of treatment by dial thickness
gage (Mytutoyo®).
Transepidermal water loss (TEWL) was measured using a Tewameter R TM 210
(Courage & Khazaka Electronic GmbH, Germany) before (baseline values) and 20 h after
UV-exposure with 7 days of treatment. Readings of TEWL were registered in g/m2.h during 2
min after 30 s probe equilibration on the skin. The UV-induced skin barrier damage, assessed
by TEWL measurements, is due to abnormalities in the structures related to corneocytes
adhesion and to disruption of the epidermal permeability barrier function [24].
Erythema was measured photometrically using a Mexameter R MX16 (Couragem &
Khazaka Eletronic GmbH, Cologne, Germany) before (baseline values) and 20 h after UV-
exposure over 7 days. Six readings of the erythema index were recorded at each area at both
points in time. The degree of erythema, quantified as an erythema index, is related to the
hemoglobin content.
2.9 Animal sacrifice
After treatment over 7 days, the mice were sacrificed by cervical dislocation 2 h after
the ultimate UVA-UVB exposure. The full thickness of the dorsal skins were removed and
fixed in 10% formalin until histological measurements.
2.10 Histological measurements
Skin biopsies were fixed in 10% formalin, embedded in paraffin, according to routine
protocol of histological procedures. Five micrometer thin sections of the paraffin-embedded
skin were obtained and stained by means of hematoxilin eosin (HE) and Sirius red (SR)
histochemical methods. Morphological analysis of the histological sections was performed by
39
light microscopy followed by a closed numerical protocol in such a manner as the pathologist
was not aware of what group was being evaluated until the end of the experiment.
2.11 Measurement of Cytotoxicity Activity
The B16F10 (murine malignant melanoma ATCC® CRL- 6475) cells were obtained
from the Rio de Janeiro Cell Bank, Brazil. They were routinely grown in 150 cm2 tissue
culture flasks in DMEM, supplemented with 1% (v/v) of an antibiotic solution containing 5
mg of penicillin, 5 mg of streptomycin and 10 mg of neomycin per mL, and 7.5% or 10.0%
(v/v) heat-inactivated Fetal Bovine Serum at 37 °C under 5% CO2.
The sensitivity of the cells to the Morinda citrifolia extract was determined by a
standard spectrophotometric 3-(4,5-dimethylthiazole-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide
(MTT) assay [25]. Cells were seeded at a density of 105 cells/well into 96 well plates and
incubated for 24 h at 37 °C in an atmosphere of 95% air and 5% CO2. Then, 20 μL of extract
at different concentrations in a phosphate buffer saline (PBS) was added to the culture plates
for 24 h. After treatment, cells were rinsed once with PBS and a serum-free culture medium
without phenol red and were replaced in all wells. Cells were then incubated for 4 h with
MTT solution (5 mg/mL).
The yellow tetrazolium salt was metabolized by viable cells to form purple crystals of
formazan. The crystals were solubilized overnight (12 h) in a mixture consisting of 20%
sodium dodecyl sulfate (SDS) in HCl (0.01 M). The product was quantified
spectrophotometrically by measuring the absorbency at 570 nm using a microplate reader
(μQuantTM, BioTek Instruments Inc., USA). The cellular viability was expressed as a
percentage of viable cells compared to the control group.
The percentage of viable cells was calculated as follows:
%Viability = (Total number of viable cells/Total number of viable and nonviable cells) × 100
40
2.12 Statistical analysis
Data were expressed as mean ± Standard error of the mean (SEM) or ± Standard
Deviation (SD) . The data obtained was evaluated by one-way analysis of variance (ANOVA)
followed by Tukey’s test. Data analyses were performed using the GraphPad Prism 5.0
software. In all cases differences were considered significant if p < 0.05.
3. RESULTS
3.1 Measurement of spreadability
The spreadability is an essential characteristic of semisolid pharmaceutical dosage
forms for dermal application. Thus, the spreadability factor was measured (Table 1). The
formulation containing the extract at 10% presented the higher spreadability (1.144 g.cm-1)
against the formulation containing the extract at 15% (0.916 g.cm-1).
Table 1. Measurement of spreadability of formulations containing Morinda citrifolia
extract (10% or 15% w/w)
Formulations *SP1 *SP2 *SP3 *SP Mean
Extract 10% 1.136 1.044 1.253 1.144
Extract 15% 0.955 0.824 0.969 0.916
* spreadability factor (g.cm-1)
3.2 in vitro effectiveness
The absorbance spectrum of the formulations extracts (10% and 15%) (Figure 1)
showed bands at 200 nm and at 240 nm and it showed absorbance in the UVA and UVB
regions. The blank formulation (0% extract) did not show absorbance in this spectra.
41
Figure 1. UV absorbance spectra of a blank formulation (0% extract), formulation extract
10% and formulation extract 15%. The formulations were scanned under UV light (200 to 400
nm).
3.3 Skin biophysical techniques
The results showed that the thickness, TEWL values and erythema indexes were
significantly increased by treatment with formulations containing the extract (Figs 2A, 2B and
2C, respectively).
Figure 2. A) Thickness values (mm), B) Transepidermal water loss, C) Erythema obtained for
the dorsal areas. IV=irradiated and treated with the vehicle (formulation 0%). IC= irradiated
control (the group was irradiated but did not receive any topical treatment). NIC= non
irradiated control (the group was not irradiated and did not receive any topical treatment).
10%= group irradiated and treated with the formulation 10%. 15%= group irradiated and
Wavelength (nm)
Abs
orba
nce
(a.u
.)
IV ICNIC
10%
15%
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0
2.5
#***
Groups n=10
Th
ickn
ess (
mm
)
*** ***# #
IV ICNIC
10%
15%
0
10
20
30
40
##***
*** **
Groups n=10
TE
WL
(g
/hm
2)
#
IV ICNIC
10%
15%
0
100
200
300
400
## #****
Groups n=10
Ery
them
a in
dex
*
A B C
42
treated with the formulation 15%. The values was obtained before (baseline values) and 20 h
after UV-exposure during 7 days of treatment. (n=10 mice). # P < 0.05 versus IC. *P <0.05,
**P <0.01, and ***P <0.001 versus IV. ANOVA, followed by Tukey’s test. Data represents
mean ± SEM)
3.4 Pathological changes in the skin surface
Treated areas with the formulation containing Morinda citrifolia extract (10 and 15%)
have enhanced protection against UV radiation (Figure 3).
Figure 3. Skin biophysical techniques. Photoprotective effects of formulations on UVA-UVB-
induced pathological changes in the skin surface on different groups after 7 days of treatment.
IV=irradiated and treated with the vehicle (formulation 0%). IC= irradiated control (the group
was irradiated but did not receive any topical treatment). NIC= non irradiated control (the
group was not irradiated and did not receive any topical treatment). 10%= group irradiated
and treated with the formulation 10%. 15%= group irradiated and treated with the formulation
15%.
3.5 Histological measurements
Hematoxilin Eosin (HE)
As demonstrated in Figure 4A, the non-irradiated group showed that the epidermis
was represented by a thin, continuous, squamous, epithelial lining with an orthokeratotic
surface. The connective tissue showed interlaced collagen fibers associated with spindle and
round shaped stromal cells, consistent with fibroblasts. Some few capillary vessels and
NIC IC
10%
15%
IV
43
venules could also be seen, as well as numerous cutaneous appendages. No inflammatory
infiltrate were found in the dermal tissues. Both irradiated and vehicle groups (Figure 4B and
4C) presented increased epidermal thickness associated to hyperorthokeratosis. The papillary
dermis exhibited intense inflammatory infiltrate, mainly composed of lymphocytes, mild
interstitial edema and prominent capillary and venular hyperemia. Extensive areas of elastotic
alterations of the collagen bundles (basophilic degeneration) were also observed throughout
the connective tissue (Figure 4D). The treated groups presented remarkable reduction in the
inflammatory content, as well as less expressive hyperemia. However, epidermal thickening
was more evident in 10% than in 15% formulation (Figure 4E and 4F). Such similar
histological features were quite similar to those verified in the normal dermal/epidermal
tissues.
44
Figure 4. Hematoxylin-eosin stained histological sections. (A) Non irradiated group-NIC
showing thin epidermal lining and absence of dermal inflammation. (B) Irradiated-IC and (C)
vehicle groups-IV presenting epidermal thickening and intense lymphocytic infiltration in the
dermal tissue. (D) Elastotic change of the collagen. (E) 10% and (F) 15% formulations
showing marked reduction of the inflammatory response. Note the thin epidermis in 15%
formulation. Short thick arrows: epidermis. Long thin arrows: Dermal connective tissues
(Hematoxylin Eosin, 400 x magnification).
45
Sirius Red (SR)
The Non irradiated-NIC groups presented interlaced less compacted type I and III
collagen fibers (Figure 5A and 5B). In irradiated and vehicle groups, the papillary dermis
showed the presence of a gross, thick, parallel-arranged, collagen fibers, exhibiting intense
yellow birefringence (type I collagen), which were associated to shorter and thinner reddish
fibrils, perpendicularly disposed in relation to the surface. Such collagen bundles were
densely compacted, showing sparse interfibrillar spaces (Figure 5C and 5D). Both treated
groups (10 and 15% formulations) presented similar features regarding the collagenization
pattern, showing a mixture of yellowish type I (predominant) and greenish type III collagen
fibers. These fibers were more delicate, slightly wavy with variable thicknesses, lengths, and
exhibited interlaced arrangements (Figure 5E and 5F). The interfibrillary spaces were more
evident than in irradiated and vehicle groups. Such morphological appearances were very
similar to that observed in non irradiated group (Figure 5A and 5B).
46
A B
C D
E F
70 цm 70 цm
70 цm 70 цm
70 цm 70 цm
Figure 5. Sirius Red stained histological sections. (A – B) Non irradiated-NIC groups
presenting interlaced less compacted type I and III collagen fibers. (C) Irradiated-IC and (D)
vehicle groups-IV showing dense disposition of parallel-arranged type I collagen fibers. (E)
10% and (F) 15% formulations presenting morphological and architectural collagen
deposition pattern resembling that observed in the normal dermis (Sirius Red/Polarization
Light, 400 x magnification).
47
3.6 Measurement of cytotoxicity activity
The extract was evaluated on murine malignant melanoma (cell line B16F10) in order
to examine their cytotoxic effects on malignany cells. Cytotoxicity of the extract on the
growth of the B16F10 cell line is shown in Figure 6. Cell proliferation was analyzed 24 h
after B16F10 cells had been cultured with the extract at different concentrations (0.05, 0.1,
0.2, 0.4, 0.8, 1.6, 3.2, 6.4, 12.8 and 25 mg/mL) using the MTT assay. The extract at
concentrations of 0.05 to 12.8 mg/mL did not show any cytotoxic effects in the B16F10 cell
line (showed no potential anti cancer). A reduction in cell viability at high concentrations was
observed (25 mg/mL).
0.05 0.
10.
20.
40.
81.
63.
26.
412
.825
.0
0
50
100
150
Morinda citrifolia extract (mg/mL)
Cell
via
bilit
y (
%)
Figure 6. Cytotoxic effect of the Morinda citrifolia extract in B16F10 (murine malignant
melanoma) cell line pretreated with the extracts at concentrations (0.05 to 25 mg/mL) for 24
h. Each value represents the mean ± SD.
4. DISCUSSION
The most distinguished harmful effect of solar exposure is premature skin aging,
especially UV irradiation. In recent years, thinning of the ozone layer has caused increased
48
UV exposure. Detrimental effects of UV on the skin involve the generation of reactive oxygen
species (ROS) [26]. Components of the skin, including DNA, lipids, and proteins, can be
impaired by ROS, which is the cause of erythema, sunburn, immune suppression, and skin
cancer [27]. Most of the disorders were formerly regarded as having been caused by UVB.
Nevertheless, recent studies showed that UVA is also an essential factor [28].
Accordingly, use of antioxidants, capable of scavenging and quenching ROS is an
another important approach to prevent UVB induced photo-aging [29]. Other studies have
shown that botanical compounds with an anti-oxidative activity are potential agents capable
of reducing skin diseases including photo-aging [30-31].
The extract used in this work was the same studied by Serafini et al. 2011 [21] and
showed relevant in vitro antioxidant activity against different radicals. The extract was
chemically analyzed (qualitative method). The phytochemical screening of extract showed the
presence of alkaloids, coumarins, flavonoids, tannins, saponins, steroids, and triterpenoids.
Total phenolic content of the extract was 196.8 mg of phenolic equivalents (gallic acid) per
gram of extract. Furthemore qualitative analysis of extract was performed by HPLC, revealing
the presence of 3 major compounds, all showing ultraviolet spectra typical of flavonols
(quercetin-3-O-rutinoside or rutin, and kaempferol glycosides). According to Deng et al.,
[32] flavonol glycosides, mainly rutin, are the major compounds in M. citrifolia leaves.
The presence of rutin in the formulation could also be secondarily involved in this
process of collagenization. It has been demonstrated that the rutin is able to impair the
glycation of collagen [33] a biochemical event involved in the pathogenesis of cell damaging
in UV-irradiated tissue [34].
The use of botanical supplements to protect the human skin from the adverse
biological effects of solar radiation has received great interest in recent years [35]. However,
most tests have been conducted by oral ingestion or topical application of these ingredients in
49
inappropriate vehicles, which can alter the skin barrier. To be of practical use to
dermatologists and to be safe and efficient, extracts must have physicochemical
characteristics that permit their incorporation in adequate concentrations in a skin-compatible
vehicle (e.g. gels, moisturizing creams, etc.) [36]. In this study, the capacity of the Morinda
citrifolia extract, added to topical formulations (gels), to prevent or to treat UVA-UVB
irradiation-induced skin damage in mice was evaluated.
First, three formulations presenting different concentrations (0%, 10% and 15%) were
evaluated in vitro by spectrophotometer. UV absorbance spectra showed peaks at 200 nm and
at 240 nm (UVC region) and absorbance in the UVA (320-400 nm) and UVB (290-320 nm)
regions. The blank formulation (0% extract) did not show absorbance in this spectra. These
data are compared to commercial organic filters. Thus, this result suggests a photoprotetive
effect of the extract. The concentration of formulation (10% and 15% w/w) used in this assay
was selected based on a pilot study.
Second, the gel formulation efficacy against UVA-UVB induced skin damage was
evaluated in vivo by measuring the following parameters: thickness values (mm),
transepidermal water loss (TEWL), and erythema.
Moisturizing, anti-free radicals and sunscreen products have been used largely to
prevent skin disorders resulting from UV damage. However, other aspects of skin damage
should be considered, such as: erythema, sunburn cell formation, epidermal hyperplasia, also
impairment of the skin barrier integrity, which in turn is related to skin dryness, skin aging
and increased incidence of irritant contact dermatitis [37].
UV radiation damages the structures responsible for corneocyte adhesion and the
functioning of the permeability barrier, which in turn alter thicknesses and TEWL
measurements and accelerate the desquamation process [36].
50
The thickness, TEWL and erythema were observed in our study and only the
formulations containing M. citrifolia extract protected mouse skin against the UV-induced
damages. The pronounced protective effects provided by both formulations (10 and 15%) in
the three parameters measured were not due to any extraneous raw material, but was shown
by the unprotected groups treated by vehicle only (VI). Furthermore, the damage to these
parameters were considered relevant, showing that areas treated with this extract (10 and
15%) were statistically equivalent to the unirradiated control ones (NIC), which represented
the intact skin areas.
TEWL is an important parameter to be evaluated in studies of skin photoprotective
effects, considering that UV irradiation of mammalian skin disrupts the epidermal
permeability barrier function, accompanied by an increase in transepidermal water loss
(TEWL) and alterations in the stratum corneum lipid profile [36].
In the TEWL measurement, the group 10% was different from IC, and the 15% was
not. As well as, in the thickness and TEWL, the protective effect of 10% was most
pronounced. It can also be seen in the photos of the dorsal’s animals. This observation can be
explained by differences in the spreadability. Formulations containing extract at 10%
presented the higher spreadability.
The spreadability is represented by the thickness of the film that the preparation leaves
on the skin, an important feature in cosmetics [38]. Those producing thinner films, that is,
higher spreadability, are naturally of greater interest [39].
Formulations containing extracts were shown to be effective also in the presence of
erythema, another parameter often used to evaluate photoprotection. Extract formulations
reduced erythema formation when compared with the irradiated control (IC). This statement
corroborates West et al. [21], which demonstrated that the M. citrifolia leaf extracts mitigate
51
the effects of UV light and provide some measure of defense against localized inflammation
(topical microswelling).
Third, histological parameters were analyzed. Epidermal thickening and inflammatory
changes are common histological changes observed in mice skin after short-term UV
exposure [40-41]. Such an increase in the epidermal thickness is supposed to occur in
response to cell proliferation in attempt to regenerate the tissue, leading to a compensatory
type of hyperplasia. Although the thickened epidermis as well as the thickened keratin layer
(hyperkeratosis) could be observed in this study.
The presence of intense inflammatory infiltrate, elastosis and the accumulation of
parallel-arranged type I collagen fibers observed in IC and vehicle groups have also been
described as UV-induced dermal changes [34]. Inflammation is one the major histological
signs of tissue damage, and has been reported in other studies as an early change of the
connective tissue after UV exposute [40-41]. On the other hand, elastosis represents an
actinic-induced accumulation of amorphous elastin material replacing the normal dermis,
unrelated to preexisting or newly synthesized collagen [42]. Moreover, it has been proposed
that UV irradiation impairs ongoing collagen synthesis, primarily through the down-
regulation of types I and III procollagen expression [43]. Therefore, such impairment could
likely promote delay in the collagen remodeling, leading to the typical immature parallel-
arranged disposition of the fibers [34].
In this study, only 15% formulation avoided compensatory epidermal thickening.
However, the reduction of the major deleterious effects associated with the UV-exposure on
the animals treated with both 10 and 15% formulations is strongly suggestive of
photoprotective effect, regardless the extract concentration.
Lastly, the extract was evaluated on murine malignant melanoma in order to examine
their cytotoxic effects on malignany cells. It was observed a reduction in cell viability only at
52
the highest concentration (25 mg/mL). These can suggest that the extract (in low
concentrations) have only photoprotection effects and does not anti-melanoma activities.
5. CONCLUSION
In conclusion, present results strongly suggest the photoprotective effect of M.
citrifolia. The results indicate that photoprotective effects are not due only to UV absorbance,
like the UV filters, but to biological effects, which happened mainly with the application of
the formulation containing the Morinda citrifolia extract. Further studies are necessary to
clarify the precise nature of this photoprotective effect.
Acknowledgments
This work was supported by Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe
(FAPITEC-SE) and Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) of Brazil.
53
REFERENCES
[1] A. M. García-Bores and J. G. Avila. “Natural products: Molecular mechanisms in the
photochemoprevention” Revista Latino Americana de Química , vol. 36, no. 3, pp. 83-102, 2008.
[2] M. D. Adil, P. Kaiser, N. K. Satti, A. M. Zargar, R. A Vishwakarma and S. A. Tasduq. “Effect
of Emblica officinalis (fruit) against UVB-induced photo-aging in human skin fibroblasts”. Journal of
Ethnopharmacology, vol. 132, no. 1, pp. 109–114, 2010.
[3] M. D. Carbonare and M. A. Pathak. “Skin photosensitizing agents and the role of reactive
oxygen species in photoagingt”. Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology, vol. 14, pp.
105-124, 1992.
[4] G. J. Fisher, S. Datta, , Z. Wang, X.Y. Li, T. Quan, J. H. Chung, S. Kang and J. J. Voorhees.
“c-Jun-dependent inhibition of cutaneous procollagen transcription following ultraviolet irradiation is
reversed by all-trans retinoic acid”. The Journal of Clinical Investigation, vol. 106, pp. 663–670, 2000.
[5] S. Inomata, Y. Matsunaga, S. Amano, K. Takada, K. Kobayashi, M. Tsunenaga, T.
Nishiyama, Y. Kohno and M. Fukuda. “Possible involvement of gelatinases in basement membrane
damage and wrinkle formation in chronically ultraviolet B-exposed hairless mouse”. The Society of
Investigative Dermatology, vol. 120, pp. 1–7, 2003.
[6] P. S., Peres, V. A. Terra, F. A. Guarnier; R. Cecchini and A.L. Cecchini. “Photoaging and
chronological aging profile: Understanding oxidation of the skin”. Journal of Photochemistry and
Photobiology B: Biology, vol. 103, no 2, pp. 93–97, 2011.
[7] G. J. Fisher, and Yiru, X. “Ultraviolet (UV) light irradiation induced signal transduction in
skin photoaging”. Journal of Dermatological Science Supplement, vol. 1, no 2 pp. S1–S8, 2005.
[8] S. P. Stratton, R. T. Dorr and D. S. Alberts. “The state-of-the-art in chemoprevention of skin
cancer”. European Journal of Cancer, vol 36, pp. 1292-1297, 2000.
[9] F. Afaq, V. M. Adhami and H. Mukhtar. “Photochemoprevention of ultraviolet B signaling
and photocarcinogenesis”. Mutation Research, vol. 571, pp. 153-173, 2005.
[10] V. M. Adhami, D. N. Syed, N. Khan and F. Afaq. “Phytochemicals for prevention of solar
ultraviolet radiation-induced damages”. Photochemistry and Photobiology, vol. 84, pp. 489-500,
2008.
54
[11] C. D. Ropke, T. C. H. Sawasa, V. V. Silva, N. S. Michalany and S. B. M. Barros.
“Photoprotective effect of P. umbellata extract against UVR induced skin damage”. Clinical and
Experimental Dermatology, vol. 30, pp. 272–276, 2005.
[12] M. G. D. Melo, J. P. A. Santos, M. R. Serafini, F. F. Caregnato, M. A. B. Pasquali, T. K. Rabelo,
R. F. da Rocha, F. A. Silva, L. J. Quintans-Jr. and A. A. S. Araújo. “Redox properties and
cytoprotective actions of atranorin, a lichen secondary metabolite”. Toxicology in vitro, vol. 25, pp.
462-468, 2011.
[13] M. R Serafini, D. M. C. Vergne, T. K. Rabelo, P. P. Menezes, R. F. Rocha, J. C. F. Moreira,
F. A Silva, H. C. R. Jesus, A. A. S. Araújo and D. P. Gelain. “Determination of chemical and physical
properties of Hyptis pectinata essential oil and their redox active profile”. Journal of Biotechnology
and Pharmaceutical Research, vol 3, pp 1-9, 2012.
[14] R. Casagrande, S. R. Georgetti, W. A. Verri-Junior, D. J. Dorda, A. C. Santos and M. J. V.
Fonseca. “Protective effect of topical formulations containing quercetin against UVB-induced
oxidative stress in hairless mice”. Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology, vol. 84,
pp. 21–27, 2006.
[15] S. F’guyer, F. Afaq and H. Mukthar. “Photochemoprevention of skin cancer by botanical agents”.
Photodermatolology, Photoimmunology & Photomedicine, vol. 19, pp. 56–72, 2003.
[16] Y. Chan-Blanco, F. Vaillant, A. M. Perez, M. Reynes, J. M. Brillouet and P. Brat. “The noni fruit
(Morinda citrifolia L.): a review of agricultural research, nutritional and therapeutic properties”.
Journal of Food Composition and Analysis, vol. 19, pp. 645–654, 2006.
[17] H. K. Kim, M. K. Kwon, J. N. Kim, C. K. Kim, Y. J. Lee, H. J. Shin, J. Lee and H. S. Lee.
“Identification of novel fatty acid glucosides from the tropical fruit Morinda citrifolia L”
Phytochemistry Letters, vol. 3, no 4, pp. 238-241, 2010.
[18] R. Elkins. Hawaiian Noni (Morinda citrifolia) Pleasant Grove, UT: Woodland Publishing;
1997.
[19] A. Hirazumi, E. Furusawa, S. C. Chou and Y. Hokama. “Immunomodulation contributes to the
anticancer activity of Noni (noni) fruit juice”. Proceeding of the Western Pharmacology Society, vol.
39, pp 7–9, 1996.
55
[20] M. R. Serafini, R. C. Santos, A. G. Guimarães, J. P. Dos Santos, A. D. da Conceicão Santos, I. A.
Alves, D. P. Gelain, P. C. de Lima Nogueira, L. J. Quintans-Júnior, L. R. Bonjardim and A. A. de
Souza Araújo. “Morinda citrifolia Linn Leaf Extract Possesses Antioxidant Activities and Reduces
Nociceptive Behavior and Leukocyte Migration”. Journal of Medicinal Food, vol. 14, no. 10, pp
1159–1166, 2011.
[21] B. J. West, S. Deng, A. K. Palu and C.J. Jensen. Morinda citrifolia Linn. (Rubiaceae) leaf extracts
mitigate UVB induced erythema. Journal of Natural Medicine, vol. 63, pp. 351-354 , 2009
[22] A. Garg, D. Aggarwal, S. Garg and A. Singla. Spreading of Semisolid Formulations.
Pharmaceutical Technology, 2002.
[23] K. Paese, A. Jager, F. S. Poletto, E. F. Pinto, B. Rossi-Bergmann, A. R. Pohlmann and S. S.
Guterres. “Semisolid Formulation Containing a Nanoencapsulated Sunscreen”. Journal of Biomedical
and Nanotechnology., vol. 5, no. 3, pp. 1-7, 2009
[24] M. Demerjian, J-P. Hachem, E. Tschachler, G. Denecker, W. Declercq, P. Vandenabeele, T.
Mauro, M. Hupe, D. Crumrine, T. Roelandt, E. Houben, P. M. Elias and K. R. Feingold. “Acute
Modulations in Permeability Barrier Function Regulate Epidermal Cornification”. American Journal
of Pathology. vol. 172, no. 1, pp. 86–97, 2008.
[25] T. Mossmann. “Rapid colorimetric assay for cellular growth andsurvival: application to
proliferation and cytotoxicity assays”. Journal of Immunological Methods, vol 65, pp. 55-63, 1983.
[26] H. Sakurai, H. Yasui, Y. Yamada, H. Nishimura and M. Shigemoto. “Detection of reactive
oxygen species in the skin of live mice and rats exposed to UVA light: a research review on
chemiluminescence and trials for UVA protection”. Photochemical and Photobiological Sciences; vol.
4, pp. 715–20, 2005.
[27] R. Haywood, P. Wardman, R. Sanders and C. Linge. “Sunscreens inadequately protect against
ultraviolet-A-induced free radicals in skin: implications for skin aging and melanoma?” Journal of
Investigation Dermatological, vol. 121, pp. 862–868, 2003
[28] C. F. Hung, C. H. Fang, S. A. Al-Suwayeh, S. Y. Yang and J. Y. Fang. “Evaluation of drug and
sunscreen permeation via skin irradiated with UVA and UVB: Comparisons of normal skin and
chronologically aged skin”. Journal of Dermatological Science. vol. 68, no. 3, pp. 135–148, 2012.
56
[29] F. Afaq, D. N. Syed, A. Malik, N. Hadi, S. Sarfaraz, M. H. Kweon, N. Khan, M. A. Zaid and H.
Mukhtar. “Delphinidin, an anthocyanidin in pigmented fruits and vegetables, protects human HaCaT
keratinocytes and mouse skin against UVB-mediated oxidative stress and apoptosis”. Journal of
Investigation Dermatological., vol. 127, pp. 222–232, 2007.
[30] J. Y. Bae, J. S. Choi, Y. J. Choi, S. Y. Shin, S. W. Kang, S. J. Han and Y. H. Kang. “(−)-
Epigallocatechin gallate hampers collagen destruction and collagenase activation in ultraviolet-B-
irradiated human dermal fibroblasts: involvement of mitogen-activated protein kinase”. Food and
Chemical Toxicological, vol. 46, pp. 1298–1307, 2008.
[31] H. K. Choi, D. H. Kim, J. W. Kim, S. Ngadiran, M. R. Sarmidi and C. S. Park. “Labisia pumila
extract protects skin cells from photoaging caused by UVB irradiation”. Journal of Bioscience and
Bioengineering, vol. 109, no. 3, pp.291-296, 2010.
[32] S. Deng, B. J. West and C. J. Jensen: “Simultaneous characterisation and quantitation of flavonol
glycosides and aglycones in noni leaves using a validated HPLC-UV/MS method”. Food Chemistry,
vol. 111, pp. 526–529, 2008.
[33] D. Cervantes-Laurean, D. D. Schramm, E. L. Jacobson, I. Halaweish, G. G. Bruckner and G. A.
Boissonneault. “Inhibition of advanced glycation end product formation on collagen by rutin and its
metabolites”. Journal of Nutritional Biochemistry vol. 17, pp.531–540, 2006.
[34] Y. M. Fonseca, C. D. Catini, F. T. M. C. Vicentini, J. C. Cardoso, R. L. C. Albuquerque Junior
and M. J. V. Fonseca . “Efficacy of marigold extract-loaded formulations against UV-induced
oxidative stress”. Journal of Pharmaceutical Sciences, vol. 100, pp. 2182-2193, 2010.
[35] P. K. Vayalil, C. A. Elmets and S. K. Katiyar. “Treatment of green tea polyphenols in hydrophilic
cream prevents UVB-induced oxidation of lipids and proteins, depletion of antioxidant enzymes and
phosphorylation of MAPK proteins in SKH-1 hairless mouse skin”. Carcinogenesis vol. 24, pp. 927–
936, 2003.
[36] S. E. Dal Belo, L. R. Gaspar, P. M. Campos and B. G. Maia . “Photoprotective Effects of Topical
Formulations Containing a Combination of Ginkgo biloba and Green Tea Extracts”. Phytotherapy
Research, vol 25., no. 12, pp. 1854-1860, 2011.
57
[37] R. Ghadially, B. E. Brown, M. S. M. Sequeira, K. R. Feingold, P. M. Elias. “The aged epidermal
permeability barrier. Structural, functional, and lipid biochemical abnormalities in humans and a
senescent murine model”. Journal of Clinical Investigation, vol. 95, pp. 2281–2290, 1995.
[38] B. W. Barry. “Rheology of dermatological vehicles”. In: Dermatological Formulations.
Percutaneous Absorption. Marcel Dekker, New York, pp. 351–407, 1983.
[39] R. Contreras and M. D. Sanchez. “Application of a factorial design to the study of the flow
behavior, spreadability and transparency of a Carbopol ETD 2020 gel. Part II” International Journal
of Pharmaceutics vol. 234, pp.149–157, 2002.
[40] S. Y. Kim, S. J. Kim, J. Y. Lee, W. G. Kim, W. S. Park, Y. C. Sim and S. J. Lee. “Protective
Effects of Dietary Soy Isoflavones against UV-Induced Skin-Aging in Hairless Mouse Model”.
Journal of the American College of Nutrition, vol. 23, no. 2, pp. 157–162, 2004.
[41] M. Amouroux, G. Díaz-Ayil, W. C. Blondel, G. Bourg-Heckly, A. Leroux and F. Guillemin.
“Classification of ultraviolet irradiated mouse skin histological stages by bimodal spectroscopy:
multiple excitation autofluorescence and diffuse reflectance”. Journal of Biomedical Optics, vol. 14,
no., 1, pp.014011, 2009
[42] K. A. Hwang, B. R. Yi, and K. C. Choi,. “Molecular Mechanisms and In Vivo Mouse Models of
Skin Aging Associated with Dermal Matrix Alterations”. Laboratory Animal Research, vol. 27, no. 1,
pp. 1-8, 2011.
[43] G.J. Fisher, S. Kang, J. Varani, Z. Bata-Csorgo, Y. Wan, S. Datta, and J. J. Voorhees.
“Mechanisms of photoaging and chronological skin aging”. Archives of Dermatology vol. 138, pp.
1462–1470, 2002.
58
CAPÍTULO V
DISCUSSÃO, CONCLUSÃO, PERSPECTIVAS E REFERÊNCIAS
59
4. DISCUSSÃO
Tratando-se de inovação, a Morinda citrifolia com aplicação dermatológica tem um
futuro promissor, uma vez que muitas pesquisas e patentes são realizadas com a espécie em
questão. Porém, no quesito de proteção à radiação ultravioleta o campo é escasso.
Paralelamente, já está bem documentado que a radiação ultravioleta causa danos ao
organismo, principalmente pela geração de radicais livres. Os componentes da pele, incluindo
DNA, lipídeos e proteínas podem ser danificados pelos radicais livres, gerando eritemas,
queimaduras solares, imunossupressão e câncer de pele. Assim, produtos naturais com
propriedade antioxidantes (que combatam radicais livres) são muito úteis em formulações
para fotoproteção da pele. Dentre os produtos naturais com propriedades antioxidantes
encontram-se os flavonoides, tendo como representantes rutina e quercetina.
Trabalhos anteriores já mostraram a capacidade antioxidante do extrato aquoso da
Morinda citrifolia , a qual pode estar relacionada com a presença da rutina, flavonoide
encontrado no extrato. Assim, essa propriedade pode ser uma justificativa para a fotoproteção
no presente estudo.
O gel obtido com a incorporação do extrato a 10% e 15% em um veículo, mostrou
absorção no espectro no comprimento de onda de raios UVA (320-400 nm) e UVB (290-320
nm), sendo comparadas as absorções decorrentes de filtros orgânicos de proteção.
No ensaio in vivo, os animais foram monitorados no decorrer dos sete dias de
experimento, sendo avaliados padrões morfológicos tais como espessura da pele, perda
transepidérmica de água e eritema. Uma vez que a radiação ultravioleta leva a alterações
estruturais da epiderme, tornando a pele mais espessa, até mesmo por um mecanismo de
proteção natural, e eleva a perda transepidérmica de água, tornando a pele mais ressecada.
Também torna-se visível o aparecimento de eritema, causado pela vasodilatação dos vasos
sanguíneos da pele, em razão do calor. Todos esses parâmetros foram melhorados nos animais
tratados com as formulações obtidas com extrato a 10% e 15%, especialmente a formulação
10%, o que pode ser justificado pelo seu fator de espalhabilidade ser melhor quando
comparado com o da formulação a 15%. Ficou visível também a perda da integridade
estrutural no dorso dos animais ou que não receberam formulação, ou que receberam apenas o
veículo da formulação.
Os resultados dos parâmetros morfológicos são corroborados com os parâmetros
histológicos, uma vez que os animais tratados com as formulações apresentaram uma camada
mais delgada de epiderme e não foram encontrados infiltrados inflamatórios nos tecidos da
derme, ao contrário dos grupos irradiados sem formulação ou com apenas o veículo, que
60
apresentaram aumento da epiderme, associada à hiperortoqueratose e infiltrados
inflamatórios, composto principalmente de linfócitos, edema intersticial e hiperemia. Em
relação ao colágeno, os animais tratados com extrato incorporado a 10% e 15% apresentaram
características semelhantes ao grupo não irradiado, mostrando uma mistura de fibras de
colágeno tipo I e tipo III. Em geral a integridade da pele ficou mais evidente nos animais
tratados com concentração de 15%.
Por fim, foi verificado o comportamento de células de melanoma maligno incubadas
com concentrações crescentes de extrato. Mesmo em concentrações maiores, o extrato não
mostrou-se eficaz na diminuição da viabilidade celular dessa linhagem. Assim, fica evidente
que as formulações podem ser utilizadas, num primeiro momento, apenas como tratamento
preventivo dos danos causados pela radiação ultravioleta. Novos estudos serão úteis na
tentativa de elucidação desses mecanismos.
5. CONCLUSÃO
Quanto ao efeito de fotoproteção, no parâmetro espessura, eritema, perda
transepidérmica de água e análise histológica, pode-se sugerir que o extrato exerceu uma
proteção aos danos causados pela radiação ultravioleta. Diante do resultado apresentado,
pode-se observar que o extrato aquoso das folhas de Morinda citrifolia não apresentou efeito
anti-melanoma mesmo nas maiores concentrações, mantendo dessa forma, os percentuais de
viabilidade celular inalterados estatisticamente.
6. PERSPECTIVAS
Atingindo-se o objetivo da pesquisa, o qual foi avaliar se o extrato das folhas da
Morinda citrifolia teria ação na fotoproteção à pele, e atingindo bons resultados, espera-se
agora fazer uma adequação da formulação para melhor aceitação e aplicabilidade. Com o
desenvolvimento da formulação mais adequada, poderá ser avaliado o fator de proteção da
formulação, bem como estudos de permeação cutânea, caracterização físico-química e
controle de qualidade da mesma. Outro passo seria ensaios clínicos em humanos para oferecer
ao usuário o máximo de segurança com o menor risco, consequentemente ensaios de
compatibilidade cutânea a fim de que o produto torne-se “dermatologicamente testado”, com
seu uso validado, e posteriormente possa vir a ser comercializado e constantemente
aprimorado. Paralelamente às perspectivas experimentais, almeja-se realizar uma revisão
sistemática dos trabalhos já publicados com a Morinda citrifolia .
61
7. REFERÊNCIAS
AFAQ F & MUKHATAR H. Botanical agents in the prevention of photocarcinogenesis and photoaging. Exp. Dermatol 15: 678-684, 2006.
AFAQ F, ADHAMI VM and MUKHTAR H. “Photochemoprevention of ultraviolet B signaling and photocarcinogenesis”. Mutation Research, 571:153-173, 2005.
AKIHISA T, TOCHIZAWA S, TAKAHASHI N, YAMAMOTO A, ZHANG J, KIKUCHI T, FUKATSU M, TOKUDA H, SUZUKI N. Melanogenesis-inhibitory saccharide fatty acid esters and other constituents of the fruits of Morinda citrifolia (noni). Chemistry and Biodiversity, 9(6):1172-1187, 2012.
ALMEIDA RL, SILVA VV, PIVELLI DP, MIRANDA DV, SAWADA TCH, BARROS SBMB, ROPKE CD. Padronização e determinação da fotoestabilidade do extrato de folhas de Pothomorphe umbellata L. Miq (pariparoba) e avaliação da inibição in vitro de metaloproteinases 2 e 9 na pele. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences 44(1): 43-50, 2008.
AQUINO R, MORELLI S, TOMAINO A, PELLEGRINO M, SAIJA A, GRUMETTO L, PUGLIA C, VENTURA D, BONINA F. Antioxidant and photoprotective activity of a crude extract of Culcitium reflexum H.B.K. leaves and their major flavonoids. Journal of Ethnopharmacology, 79:183–191, 2002.
BARATA E. Cosméticos – Arte e Ciência. Lisboa, Lidel, 2002.
BEH HK, SEOW LJ, ASMAWI MZ, ABDUL MAJID AM, MURUGAIYAH V, ISMAIL N, ISMAIL Z. Anti-angiogenic activity of Morinda citrifolia extracts and its chemical constituents. Natural Product Research, 26(16):1492-1497, 2012.
BHARDWAJ A, BALLAL S, VELMURUGAN N. Comparative evaluation of the antimicrobial activity of natural extracts of Morinda citrifolia , papain and aloe vera (all in gel formulation), 2% chlorhexidine gel and calcium hydroxide, against Enterococcus faecalis: An in vitro study. Journal of Conservative Dentistry,15(3):293-297, 2012.
BONINA F, LANZA M, MONTENEGRO L, PUGLISI C, TOMAINO A, TROMBETTA D, CASTELLI F, SAIJA A. Flavonoids as potential protective agents against photo-oxidative skin damage. International Journal of Pharmaceuticals, 145: 87–94,1996.
BOONANANTANASARN K, JANEBODIN K, SUPPAKPATANA P, ARAYAPISIT T, RODSUTTHI JA, CHUNHABUNDIT P, BOONANUNTANASARN S, SRIPAIROJTHIKOON W. Morinda citrifolia leaves enhance osteogenic differentiation and mineralization of human periodontal ligament cells, 31(5):863-71, 2012.
BOUWSTRA JA, HONEYWELL-NGUYEN PL, GOORIS GS, PONEC M. Structure of the skin barrier and its modulation by vesicular formulations. Progress in Lipid Research, 42 (1): 1-36, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro: INCA, 2009.
62
BRASIL. RESOLUÇÃO - RDC Nº 30, DE 1º DE JUNHO DE 2012. Aprova o Regulamento Técnico Mercosul sobre Protetores Solares em Cosméticos e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 04 junho de 2012.
BRASIL. Resolução RDC nº 47, de 16 de março de 2006. Aprova o Regulamento Técnico Lista de filtros ultravioletas permitidos para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17 de março de 2006.
BROWN AC. Anticancer activity of Morinda citrifolia (Noni) fruit: a review. Phytotherapy Research, 26(10):1427-1440, 2012.
CALIXTO JB & SIQUEIRA JR JM. Desenvolvimento de Medicamentos no Brasil: Desafios. Gazeta Médica da Bahia, 78: 98-106, 2008.
CALIXTO JB. Twenty-five years of research on medicinal plants in Latin America: a personal view. Journal of Ethnopharmacology, 100: 131-134, 2005.
CASAGRANDE R, GEORGETTI SR, VERRI-JUNIOR WA, DORDA DJ, SANTOS AC AND FONSECA MJF. Protective effect of topical formulations containing quercetin against UVB-induced oxidative stress in hairless mice. Journal of Photochemistry and Photobiology B: Biology, 84: 21–27, 2006.
CHAN-BLANCO Y, VAILLANT F, PEREZ AM, REYNES M, BRILLOUET JM, BRAT P. The noni fruit (Morinda citrifolia L.): A review of agricultural research, nutritional and therapeutic properties. Journal of Food Composition and Analysis, 19:645 – 654, 2006.
CHANG-HONG L, XUE Y-R, YE Y-H, YUAN F-F, LIU J-Y, SHUANG J-L. Extraction and characterization of antioxidant compositions from fermented fruit juice of Morinda citrifolia (Noni). Agricultural Sciences in China, 6(12): 1494-1501, 2007.
CLAFSHENKEL WP, KING TL, KOTLARCZYK MP, CLINE JM, FOSTER WG, DAVIS VL, WITT-ENDERBY PA. Morinda citrifolia (Noni) Juice Augments Mammary Gland Differentiation and Reduces Mammary Tumor Growth in Mice Expressing the Unactivated c-erbB2 Transgene. Evidence Based Complementary Alternative Medicine, 2012:1-15, 2012.
CUNHA AP, SILVA AP, ROQUE OR, CUNHA E. Plantas e produtos vegetais em cosmética e dermatologia. Lisboa: Fundacao Calouste Gulbenkian, 2004.
DAL BELO SE, GASPAR LR, MAIA CAMPOS PM. Photoprotective Effects of Topical Formulations Containing a Combination of Ginkgo biloba and Green Tea Extracts. Phytotherapy Research, 25(12):1854-1860, 2011.
DAL'BELO SE, GASPAR LR, MAIA CAMPOS PMBG, MARTY JP. Skin penetration of Epigallocatechin -3 - gallate and quercetin from green tea and ginkgo biloba extracts vehiculated in cosmetic formulations. Skin Pharmacology and Physiology (Print), 22: 299-304, 2009.
DAMIANI E, ROSATI L, CASTAGNA R, CARLONI P, GRECI L. Changes in ultraviolet absorbance and hence in protective efficacy against lipid peroxidation of organic sunscreens after UVA irradiation. J Photochem Photobiol B., 82(3): 204-213, 2006.
63
DENG S, WEST BJ, JENSEN CJ.Simultaneous characterisation and quantitation of flavonol glycosides and aglycones in noni leaves using a validated HPLC-UV/MS method. Food Chemistry, 111:526-529, 2008.
DRAELOS ZD. Cosmecêuticos. Tradução Ana Cristina Teixeira Aguiar Cunha et al. Revisão Científica e consultoria Mônica M. Azulay. Rio de Janeiro: Elsevier, 129-134, 2006.
EL-ABASERI TB, PUTTA S, HANSEN LA. Ultraviolet irradiation induces keratinocyte proliferation and epidermal hyperplasia through the activation of the epidermal growth factor receptor. Carcinogenesis, 27(2): 225-231, 2006.
F’GUYER S, AFAQ F, MUKTHAR H. Photochemoprevention of skin cancer by botanical agents. Photodermatology, Photoimmunology and Photomedicine, 19: 56–72, 2003.
FINKEL T, HOLBROOK NJ. Oxidants, oxidative stress and the biology of ageing. Nature 408:239–247, 2000.
FITZPATRICK TB. Dermatology in general medicine. 5 ed., 303-304, 2005.
FLETCHER HM, DAWKINS J, RATTRAY C, WHARFE G, REID M, GORDON-STRACHAN G. Morinda citrifolia (Noni) as an Anti-Inflammatory Treatment in Women with Primary Dysmenorrhoea: A Randomised Double-Blind Placebo-Controlled Trial. Obstetrics and Gynecology International, 2013:1-6, 2013.
FLOR J, DAVOLOS MR, CORREA MA. Protetores solares. Química Nova [online] 30(1):153-158, 2007.
FONSECA YM, CATINI CD, VICENTINI FTMC, CARDOSO JC, ALBUQUERQUE JUNIOR RLC AND FONSECA MJV. Efficacy of marigold extract-loaded formulations against UV-induced oxidative stress. Journal of Pharmaceutical Sciences, 100: 2182-2193, 2010.
FUCHS J, HUFLEJT ME, ROTHFUSS LM, WILSON DS, CARCAMO G, PACKER L. Acute effects of near ultraviolet and visible light on the cutaneous antioxidant defense system. Photochem. Photobiol., 50: 739-744, 1989.
GAO XH, ZHANG L, WEI H, CHEN HD. Efficacy and safety of innovative cosmeceuticals. Clinics in Dermatology, 26: 367–374, 2008.
GOLDSMITH LA. My organ is bigger than your organ. Archives of Dermatology, 126: 301-302, 1990.
GONZÁLEZ S, FERNÁNDEZ-LORENTE M, GILABERTE-CALZADA Y. The latest on skin photoprotection. Clinics in Dermatology, 26: 614-626, 2008.
GUARATINI T, CALLEJON DR, PIRES DC, LOPES JNC. Fotoprotetores derivados de produtos naturais: perspectivas de mercado e interações entre o setor produtivo e centros de pesquisa. Química Nova, 32 (3): 717-721, 2009.
GUARDIA T, ROTELLI AE, JUAREZ AO, PELZER LE. Anti-inflammatory properties of plant flavonoids. Effect of rutin, quercetin and hesperidin on adjuvant arthritis in rat. Fármaco, 56 (9): 683-687, 2001.
64
GUPTA RK, BANERJEE A, PATHAK S, SHARMA C, SINGH N. Induction of mitochondrial-mediated apoptosis by Morinda citrifolia (noni) in human cervical cancer cells. Asian Pacific Journal of Cancer Prevention, 14(1):237-242, 2013.
HALLIWELL B, GUTTERIDGE JMC. Free Radical in Biology and Medicine. 3 ed. Oxford: Oxford University, 2007.
HECK DE, GERECKE DR, VETRANO AM, LASKIN JD. Solar ultraviolet radiation as a trigger of cell signal transduction – Review. Toxicology and Applied Pharmacology, 195:288– 297, 2004.
HEINICKE R. The pharmacologically active ingredient of Noni. Bulletin of the National Tropical Botanical Garden 1985.
IBGE. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2009.
JANG BC. The fruit juice of Morinda citrifolia (noni) downregulates HIF-1α protein expression through inhibition of PKB, ERK-1/2, JNK-1 and S6 in manganese-stimulated A549 human lung cancer cells. International Journal of Molecular Medicine, 29(3):499-504, 2012.
KANG TH, PARK HM, KIM YB, KIM H, KIM N, DO JH, KAG C, CHO Y, KIM SY. Effects of red ginseng extract on UVB irradiation-induced skin aging in hairless mice. Journal of Ethnopharmacology, 123: 446–451, 2009.
KIM EM,YANG HS, KANG SW, HO JN, LEE SB, UM HD. Amplification of the UVB-irradiation-induced cell death path way by reactive oxygen species in human U937 cells. Cellular Signalling, 20:916–924, 2008.
KIRCHOFF VWJH. Ozônio e radiação UVB. São José dos Campos, São Paulo: Transtec, 1995.
KOHEN R & GATI I. Skin low molecular weight antioxidants and their role in aging and in oxidative stress. Toxicology, 148(2-3): 149-157, 2000.
KOVENDAN K, MURUGAN K, SHANTHAKUMAR SP, VINCENT S, HWANG JS. Larvicidal activity of Morinda citrifolia L. (Noni) (Family: Rubiaceae) leaf extract against Anopheles stephensi, Culex quinquefasciatus, and Aedes aegypti. Parasitology Research, 111(4):1481-1490, 2012
KULLAVANIJAYA P & LIM HW. Photoprotection. Journal of the American Academy of Dermatology, 52: 937-958, 2005.
LAVAUT NG, LAVAUT JG. Morinda citrifolia Linn.: potencialidades para su utilización en la salud humana. Revista Cubana de Farmacia , 37(3), 2003.
LEE SY, PARK SL, HWANG JT, YI SH, NAM YD, LIM SI. Antidiabetic Effect of Morinda citrifolia (Noni) Fermented by Cheonggukjang in KK-A(y) Diabetic Mice. Evidence Based Complementary Alternative Medicine, 2012:1-8, 2012.
LÉPORI LR. Miniatlas: a pele. 1a ed., São Paulo: Soriak, 2002.
65
LIN YL, CHANG YY, YANG DJ, TZANG BS, CHEN YC. Beneficial effects of noni (Morinda citrifolia L.) juice on livers of high-fat dietary hamsters. Food Chemistry, 140(1-2):31-38, 2013.
LOWE NJ, MEYER DP, WIEDER JM, LUFTMAN D, BORGET T, LEHMAN MD et al. Low doses of repetitive ultraviolet A induce morphologic changes in human skin. Journal of Invesigative Dermatology, 105(6):739-743, 1995.
MARTINDALE JL, HOLBROOK NJ. Cellular response to oxidative stress: signaling for suicide and survival. Journal of Cellular Physiology 192:1–15, 2002.
MASUDA M, MURATA K, NARUTO S, UWAYA A, ISAMI F, MATSUDA H. Matrix metalloproteinase-1 inhibitory activities of Morinda citrifolia seed extract and its constituents in UVA-irradiated human dermal fibroblasts. Biological and Pharmaceutical Bulletin, 35(2):210-215, 2012.
MEGURO S, ARAI Y, MASUKAMA K, UIE K, TOKIMITSU I. Stratum corneum lipid abnormalities in UVB-irradiated skin. Photochemical and Photobiological Science, 69(3): 317-321, 1999.
MONTEIRO MSS. Filtros Solares em Nanocosméticos: desenvolvimento e avaliação da segurança e eficácia. Dissertação apresentada ao Programa de Pós graduação em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de janeiro, 2008.
MORAES JDD. Desenvolvimento de cosmético contendo ácido alfa-lipóico para a prevenção de alterações da pele e do envelhecimento cutâneo. Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista UNESP, 2011.
NATÉRCIA F. Parcerias e inovação impulsionam setor farmacêutico. Inovação Uniemp 1(3), 2005.
NERURKAR PV, NISHIOKA A, ECK PO, JOHNS LM, VOLPER E, NERURKAR VR. Regulation of glucose metabolism via hepatic forkhead transcription factor 1 (FoxO1) by Morinda citrifolia (noni) in high-fat diet-induced obese mice. British Journal of Nutrition, 108(2):218-228, 2012.
NIMA S, KASIWONG S, RIDTITID W, THAENMANEE N, MAHATTANADUL S. Gastrokinetic activity of Morinda citrifolia aqueous fruit extract and its possible mechanism of action in human and rat models. Journal of Ethnopharmacology, 142(2):354-61, 2012.
NUALSANIT T, ROJANAPANTHU P, GRITSANAPAN W, LEE SH, LAWSON D, BAEK SJ. Damnacanthal, a noni component, exhibits antitumorigenic activity in human colorectal cancer cells. The Journal of Nutritional Biochemistry, 23(8):915-23, 2012.
PALU AK, SEIFULLA RD, WEST BJ. Morinda citrifolia L.(noni) improves athlete endurance: Its mechanisms of actions. Journal of Medicinal Plants Research, 2(7): 154-158, 2008.
PANDY V, NARASINGAM M, MOHAMED Z. Antipsychotic-like activity of noni (Morinda citrifolia Linn.) in mice. BMC Complementary and Alternative Medicine, 12(186):1-9, 2012.
66
PAYA´ M, HALLIWELL B, HOULT JRS: Interactions of a series of coumarins with reactive oxygen species. Scavenging of superoxide, hypochlorous acid and hydroxyl radicals. Biochemical Pharmacology, 44:205–214, 1994.
PEREIRA GG. Obtenção de nanoemulsões O/A à base de oleo de semente de uva e oliva aditivadas de metoxicinamato de octila e estudo do potencial antioxidante e fotoprotetor das emulsões. Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 2008.
PIARU SP, MAHMUD R, ABDUL MAJID AM, MAHMOUD NASSAR ZD. Antioxidant and antiangiogenic activities of the essential oils of Myristica fragrans and Morinda citrifolia. Asian Pacific Journal of Tropical Medicine. 5(4):294-298, 2012.
PINNELL SR. Cutaneous photodamage, oxidative stress, and topical antioxidant protection. Journal of the American Academy of Dermatology, 48(1): 1-19, 2003.
PRISTA L, BAHIA M E VILAR E. Dermofarmácia e Cosmética, volume I. Porto, Associação Nacional das Farmácias, 1992.
RASAL VP, SINNATHAMBI A, ASHOK P, YESHMAINA S. Wound healing and antioxidant activities of Morinda citrifolia leaf extract in rats. Iranian Journal of Pharmacology & Therapeutics, 7(1): 49-52, 2008.
RIVELLI DP, ROPKE CD, de ALMEIDA RL, da SILVA VV, SAWADA TCH, WASICKY A, KATO ETM, BACHI EM, BARROS SB. Atividade antioxidante de extratos de Passiflora sp (maracujá) por ORAC. Cosmetics & Toiletries, 20(4): 54-59, 2008.
RODRIGUES HG, DINIZ YS, FAINE LA, ALMEIDA JÁ, FERNANDES AAH, NOVELLI ELB. Suplementação nutricional com antioxidantes naturais: efeito da rutina na concentração de colesterol-HDL. Revista de Nutrição 16(3): 315-320, 2003.
ROY CR, GIES HP, LUGG DJ, TOOMEY S, TOMLINSON DW. The measurement of solar ultraviolet radiation. Mutation Research, 422:7-14, 1998.
SAIJA A, TOMAINO A, TROMBETTA D, GIACCHI M, PASQUALE A, BONINA F. Influence of different penetration enhancers on in vitro skin permeation and in vivo photoprotective effect of flavonoids. International Journal of Pharmaceuticals, 175:85–94, 1998.
SATHISHKUMAR G, GOBINATH C, KARPAGAM K, HEMAMALINI V, PREMKUMAR K, SIVARAMAKRISHNAN S. Phyto-synthesis of silver nanoscale particles using Morinda citrifolia L. and its inhibitory activity against human pathogens. Colloids and Surfaces B: Biointerfaces, 95:235-40, 2012
SATTAR FA, AHMED F, AHMED N, SATTAR SA, MALGHANI MA, CHOUDHARY MI. A double-blind, randomized, clinical trial on the antileishmanial activity of a Morinda citrifolia (Noni) stem extract and its major constituents. Natural Product Communication,7(2):195-196, 2012.
SCOTTI L, SCOTTI MT, CARDOSO C, PAULETTI P, CASTRO-GAMBOA I, BOLSANI VS, VELASCO MVR, MENEZES MS, FERREIRA EI. Modelagem molecular aplicada ao
67
desenvolvimento de moléculas com atividade antioxidante visando ao uso cosmético. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences, 43(2): 153-166, 2007.
SERAFINI MR, LIMA CM, SANTOS RC, DÓRIA GAA, JESUS JY, MELO MGD, SANTOS JPQ, RABELO TK, FORTE VS, FONSECA MJV, ALBUQUERQUE-JUNIOR RLC, QUINTANS-JUNIOR LJ, ARAUJO AAS. Pre-clinical toxicity of Morinda citrifolia Linn. leaf extract. African Journal of Biotechnology, 10(65): 14566-14572, 2011b.
SERAFINI MR, SANTOS RD, GUIMARÃES AD, DOS SANTOS JPA, SANTOS ADC, ALVES IA, GELAIN DP, NOGUEIRA PCL, QUINTANS-JÚNIOR LJ, BONJARDIM LR, ARAÚJO AAS. Morinda citrifolia Linn Leaf Extract Possesses Antioxidant Activities and Reduces Nociceptive Behavior and Leukocyte Migration. Journal of Medicinal Food, 14 (10): 11589-1166, 2011a.
SHINDO Y, WITT E, HAN D, PACKER L. Dose-response effects of acute ultraviolet irradiation on antioxidants and molecular markers of oxidation in murine epidermis and dermis. The journal of investigative dermatology, 102(4): 470-475, 1994.
SILVA VV, ROPKE CD, MIRANDA DV, ALMEIDA RL, SAWADA TCH, RIVELLI DP, BARROS SBM. Photoprotective effect of Pothomorphe umbellata on UVB radiation-induced biomarkers involved in carcinogenesis of hairless mouse epidermis. Cutaneous and Ocular Toxicology, 28:54-60, 2009.
SIMOES CMO, SCHENKEL EP, GOSMANN G, PALAZZO de MELLO JC, MENTZ LA, ROS PETROVICK P. Farmacognosia da planta ao medicamento. 6ª ed. Porto Alegre/ Florianopolis: Ed. UFRGS/ Ed. UFSC, 833, 2007.
SOLOMON MDN. O fruto tropical de 101 aplicações medicinais. Vineyard, Utah 1999.
STEENVOORDEN DP & VAN-HENEGOUWEN GM. The use of endogenous antioxidants to improve photoprotection. Journal of Photochemistry and Photobiology B., 41(1-2):1-10, 1997.
SU BN, PAUWLUS AD, JUNG HA, KELLER WJ, McLAUGHLIN JL, KINGHORN AD. Chemical constituents of the fruits of Morinda citrifolia (Noni) and their antioxidant activity. Journal of Natural Product. 68:592-595, 2005.
SUMAN TY, RADHIKA RAJASREE SR, KANCHANA A, ELIZABETH SB. Biosynthesis, characterization and cytotoxic effect of plant mediated silver nanoparticles using Morinda citrifolia root extract. Colloids and Surface B: Biointerfaces, 1(106):74-78, 2013.
TANG SY, HALLIWELL B. Medicinal plants and antioxidants: What do we learn from cell culture and Caenorhabditis elegans studies? Biochemical and Biophysical Research Communications, 394:1–5, 2010.
TAPP WN, YANCEY JW, APPLE JK, DIKEMAN ME, GODBEE RG. Noni puree (Morinda citrifolia) mixed in beef patties enhanced color stability. Meat Science, 91(2):131-136, 2012.
THIELE JJ, TRABER MG, TSANG KG. In vivo exposure to ozone depletes vitamins C and E and incudes lipid peroxidation in epidermal layers of murine skin. Free Radical Biology and Medicine, 23:385-391, 1997.
68
VICENTINI FTMC, SIMI TRM, CIAMPO JOD, WOLGA NO, PITOL KL, IYOMASA MM, BENTLEY MVLB, FONSECA MJV. Quercetin in w/o microemulsion: in vitro and in vivo skin penetration and efficacy against UVB-induced skin damages evaluated in vivo. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, 69: 948-957, 2008.
VIGLIOGLIA PA. Cosmiatria II, Buenos Aires: Americana de Publicaciones, 303-313, 1989.
WANG MY, PENG L, WEIDENBACHER-HOPER V, DENG S, ANDERSON G, WEST BJ. Noni juice improves serum lipid profiles and other risk markers in cigarette smokers. The Scientific World Journal, 2012:1-8, 2012
WANG MY, WEST BJ, JENSEN CJ, NOWICKI D, CHEN SU, PALU AK, ANDERSON G. Morinda citrifolia (Noni): A literature review and recent advances in Noni research. Acta Pharmacological Sinica, 23(1-2):1127-1141, 2002.
WEIJL NI, CLETON FJ, OSANTO S. Free radicals and antioxidants in chemotherapy induced toxicity. Cancer Treatment Reviews 23: 209-240, 1997.
WEST BJ, DENG S, PALU AK, JENSEN CJ. Morinda citrifolia Linn. (Rubiaceae) leaf extracts mitigate UVB-induced erythema. Journal of Natural Medicine 63:351–354, 2009.
YANG J, PAULINO R, JANKE-STEDRONSKY S, ABAXI F. Free-radical-scavenging activity and total phenols of noni (Morinda citrifolia L.) juice and powder in processing and storage. Food Chemistry 102:302–308, 2007.
69
CAPÍTULO VI
ANEXOS
70
ANEXO I - PRODUÇÃO CIENTÍFICA DURANTE O DOUTORADO
ARTIGOS PUBLICADOS
1. LIMA GM; QUINTANS-JÚNIOR LJ; THOMAZZI SM; ALMEIDA EMS; MELO MS;
SERAFINI MR; CAVALCANTI SCH; GELAIN DP; SANTOS JPA; BLANK AF; ALVES
PB; LIMA JT; ROCHA RF; MOREIRA JCF; ARAÚJO AAS. Phytochemical screening,
antinociceptive and anti-inflammatory activities of Chrysopogon zizanioides essential oil.
Revista Brasileira de Farmacognosia (Impresso), v. 22, p. 443-450, 2012.
2. FONTES-JR UR; RAMOS CS; SERAFINI MR; CAVALCANTI SCH; ALVES PB; LIMA
GM; ANDRADE PHS; BONJARDIM LR; QUINTANS-JÚNIOR LJ; ARAÚJO AAS.
Evaluation of the lethality of Porophyllum ruderale essential oil against Biomphalaria
glabrata. African Journal of Biotechnology, v. 11, p. 3169-3172, 2012.
3. BONJARDIM LR; CUNHA ES; GUIMARÃES AG; SANTANA M; OLIVEIRA MG;
SERAFINI MR; ARAÚJO AAS; ANTONIOLLI AR; CAVALCANTI SCH; SANTOS
MRV; QUINTANS-JÚNIOR LJ. Evaluation of the Anti-Inflammatory and Antinociceptive
Properties of p-Cymene in Mice. Zeitschrift für Naturforschung. C, A Journal of
Biosciences, v. 67, p. 15-21, 2012.
4. SERAFINI MR; VERGNE DMC; RABELO TK; MENEZES PP; ROCHA RF; MOREIRA
JCF; SILVA FA; JESUS HCR; ARAÚJO AAS; GELAIN DP. Determination of chemical
and physical properties of Hyptis pectinata essential oil and their redox active profile.
JOURNAL OF BIOTECHNOLOGY AND PHARMACEUTICAL RESEARCH, v. 3, p. 1-
9, 2012.
5. SERAFINI MR; PAIXÃO AE; OLIVEIRA JUNIOR AM; SANTOS JAB; SILVA GF.
Assessment of Desalination Technology in Water From the Analysis. Geintec, v. 2, p. 42-51,
2012.
6. JULLYANA SS; ANTONIOLLI AR; SILVESTRE CC; SILVA DT; SERAFINI MR;
OLIVEIRA-FILHO AD; LYRA-JUNIOR DP. Rational drug prescribing for elderly
inpatients in a Brazilian hospital: A pilot study. AFR J PHARM PHARMACO, v. 6, p. 877-
882, 2012.
71
7. DIAS AS; LIMA ACB; SANTOS ALLM; RABELO TK; SERAFINI MR; ANDRADE CR;
FERNANDES XA; MOREIRA JCF; GELAIN DP; ESTEVAN CS; ARAUJO BS. Redox
properties of (Gomes) Barneby & Grime (Fabaceae) stem bark ethanol extract and fractions.
Natural Product Research (Print), v. 1, p. 1-5, 2012.
8. SERAFINI MR; MENEZES PP; COSTA LP; LIMA CM; QUINTANS-JUNIOR LJ;
CARDOSO JC; MATOS J; SOBRINHO JLS; GRANGEIRO JUNIOR S; NUNES PS;
BONJARDIM LR; ARAUJO AAS. Interaction of p-cymene with β-cyclodextrin. Journal of
Thermal Analysis and Calorimetry, v. 109, p. 951-955, 2012.
9. MENEZES PP; SERAFINI MR; SANTANA BV; NUNES RS; QUINTANS-JUNIOR LJ;
SILVA GF; MEDEIROS IA; MARCHIORO M; FRAGA BP; SANTOS MRV; ARAÚJO
AAS. Solid-state β-cyclodextrin complexes containing geraniol. Thermochimica Acta
(Print), v. 548, p. 45-50, 2012.
10. BRITO RG; SANTOS MRV; QUINTANS-JÚNIOR LJ; SERAFINI MR. Prospecção
tecnológica da utilização do citronelol. Revista Gestão Inovação e Tecnologia, v. 2, p. 166-
173, 2012.
11. SERAFINI MR; LEITE NS; LOPES DFC; SILVA GF; SANT’ANNA MCS.
Monitoramento das tecnologias de briquetes através da análise de pedidos de patente.
Revista Gestão Inovação e Tecnologia, v. 2, p. 100-107, 2012.
12. SERAFINI MR; QUINTANS JSS; ANTONIOLLI AR; SANTOS MRV; QUINTANS LJ.
Mapeamento de tecnologias patenteáveis com o uso da hecogenina. Revista Gestão,
Inovação e Tecnologias, v. 2, p. 427-435, 2012.
13. NUNES PS; ALBUQUERQUE-JÚNIOR RLC; CAVALCANTE DRR; DANTAS MDM;
CARDOSO JC; BEZERRA MS; SOUZA JCC; SERAFINI MR; QUITANS-JR LJ;
BONJARDIM LR; ARAÚJO AAS. Collagen-Based Films Containing Liposome-Loaded
Usnic Acid as Dressing for Dermal Burn Healing. Journal of Biomedicine and
Biotechnology (Print), v. 2011, p. 1-9, 2011.
14. MELO MGD; DOS SANTOS JPA; SERAFINI MR; CAREGNATO FF; PASQUALI MAB;
RABELO TK; DA ROCHA RF; QUINTANS JR. LJ; ARAUJO AAS; DA SILVA FA.
Redox properties and cytoprotective actions of atranorin, a lichen secondary metabolite.
Toxicology in vitro, v. 25, p. 462-468, 2011.
72
15. BONJARDIM LR; SILVA AM; OLIVEIRA MGB; GUIMARÃES AG; ANTONIOLLI AR;
SANTANA MF; SERAFINI MR; SANTOS RC; ARAÚJO AAS; ESTEVAM CS; SANTOS
MRV; LYRA A; CARVALHO R; QUINTANS-JÚNIOR LJ; AZEVEDO EG; BOTELHO
MA. Sida cordifolia Leaf Extract Reduces the Orofacial Nociceptive Response in Mice.
PTR. Phytotherapy Research, v. 25(8), p. 1236-1241, 2011.
16. MELO MGD; ARAÚJO AAS; SERAFINI MR; CARVALHO LF; BEZERRA MS;
RAMOS CS; BONJARDIM LR; ALBUQUERQUE-JÚNIOR RLC; FORTES VS;
FONSECA MJV; QUINTANS-JUNIOR LJ. Anti-inflammatory and toxicity studies of
atranorin extracted from Cladina kalbii Athi in rodents. RBCF. Revista Brasileira de
Ciências Farmacêuticas (Cessou em 2008. Cont. ISSN 1984-8250 Brazilian Journal of
Pharmaceutical Sciences), v. 47, p. 861-872, 2011.
17. SERAFINI MR; SANTOS RC; GUIMARÃES AG; DOS SANTOS JPA; SANTOS ADC;
ALVES IA; GELAIN DP; NOGUEIRA PCL; QUINTANS-JÚNIOR LJ; BONJARDIM LR;
ARAUJO AAS. Morinda citrifolia Linn Leaf Extract Possesses Antioxidant Activities and
Reduces Nociceptive Behavior and Leukocyte Migration. Journal of Medicinal Food, v.
14(10), p. 1159-1166, 2011.
18. AZEVEDO JR; SIZILIO RH; BRITO MB; COSTA AMB; SERAFINI MR; ARAÚJO AAS;
SANTOS MRV; LIRA AAM; NUNES RS. Physical and chemical characterization insulin-
loaded chitosan-TPP nanoparticles. Journal of Thermal Analysis and Calorimetry, v. 106, p.
685-689, 2011.
19. SERAFINI MR; LIMA CM; SANTOS RC; DORIA GAA; JESUS JY; MELO MGD;
SANTOS JPA; RABELO TK; FORTES VS; FONSECA MJV; ALBUQUERQUE-JR RLC;
QUINTANS-JÚNIOR LJ; ARAÚJO AAS. Pre-clinical toxicity of Morinda citrifolia Linn.
leaf extract. African Journal of Biotechnology, v. 10, p. 14566-14572, 2011.
20. MELO MGD; DORIA GAA; SERAFINI MR; ARAÚJO AAS. Valores de referência
hematológicos e bioquímicos de ratos (rattus novergicus linhagem wistar) provenientes do
biotério central da universidade federal de sergipe.. Scientia Plena, v. 8, p. 1-6, 2011.
73
21. SERAFINI MR; RUSSO SL; PAIXÃO AE; SILVA GF. Technological Forecasting in
Brazil: Characteristics of Intellectual Property in the Northeast. GEINTEC, v. 1, p. 001-011,
2011.
22. SERAFINI MR; SILVA GF; ARAÚJO AAS . Technological Forecasting: Morinda citrifolia
and Pharmaceutical Industry. geintec, v. 1, p. 022-031, 2011.
23. ALMEIDA EDP ; COSTA AA; SERAFINI MR; ROSSETTI FC ; MARCHETTI JM;
SARMENTO VHV; NUNES RS; VALERIO MRG; ARAUJO AAS; LIRA AAM.
Preparation and characterization of chloroaluminum phthalocyanine-loaded solid lipid
nanoparticles by thermal analysis and powder X-ray diffraction techniques. Journal of
Thermal Analysis and Calorimetry, v. 108, p. 191-196, 2011.
PATENTES DEPOSITADAS
1. QUINTANS-JÚNIOR LJ ; ESTEVAN CS; ARAÚJO AAS; SILVA FA; SERAFINI MR.
Formulação tópica de sambacaitá (Hytis pectinata L. Poit) para o tratamento de doença
periodontal e o processo de obtenção da mesma. INPI 104-2011. 2011, Brasil. Patente:
Privilégio de Inovação. Número do registro: PI1106544, data de depósito: 16/08/2011, título:
"Formulação tópica de sambacaitá (Hytis pectinata L. Poit) para o tratamento de doença
periodontal e o processo de obtenção da mesma. INPI 104-2011" , Instituição de registro:INPI
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
2. SANTOS MRV; ARAÚJO AAS; BARRETO AS; FRAGA BP; SERAFINI MR;
MARCHIORO M; MENEZES PP; NUNES RS. . Complexos de Inclusão de Geraniol e Beta-
Ciclodextrina, Método de Obtenção e Atividade Antihipertensiva do Geraniol e seus
Complexos. Protocolo 105-2011. 2011, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do
registro: PI1106543, data de depósito: 15/08/2011, título: "Complexos de Inclusão de
Geraniol e Beta-Ciclodextrina, Método de Obtenção e Atividade Antihipertensiva do Geraniol
e seus Complexos. Protocolo 105-2011" , Instituição de registro:INPI - Instituto Nacional da
Propriedade Industrial.
74
3. ALBUQUERQUE-JR RLC; ARAÚJO AAS; SERAFINI MR; PADILHA FF; MELO MS;
CARDOSO JC. Desenvolvimento de filmes para reparo cicatricial a partir de polissacarídeos
de frutas tropicais. Protocolo INPI 221110452424. 2011, Brasil. Patente: Privilégio de
Inovação. Número do registro: 221110452424, data de depósito: 04/11/2011, título:
"Desenvolvimento de filmes para reparo cicatricial a partir de polissacarídeos de frutas
tropicais. Protocolo INPI 221110452424" .
4. MELO MGD; ARAÚJO AAS; SERAFINI MR; QUINTANS-JÚNIOR LJ ; BONJARDIM,
LR ; GELAIN DP. Método de obtenção e atividade antioxidante, antinociceptiva e anti-
inflamatoria de uma substância extraída da Cladina Kalbii. PI 1106053-0. 2011, Brasil.
Patente: Privilégio de Inovação. Número do registro: PI1106053-0, data de depósito:
10/11/2011, título: "Metodo de obtenção e atividade antioxidante, antinociceptiva e anti-
inflamatoria de uma substância extraída da Cladina Kalbii. PI 1106053-0" .
5. SERAFINI MR; ARAÚJO AAS; QUINTANS-JÚNIOR LJ; SANTOS RC; GELAIN DP;
MENEZES PP. Método de obtenção de um extrato aquoso, extrato obtido e suas propriedades
antioxidante, antinociceptiva e anti-inflamatoria. PI 1106052-2. 2011, Brasil. Patente:
Privilégio de Inovação. Número do registro: PI1106052, data de depósito: 10/11/2011, título:
"Metodo de obtenção de um extrato aquoso, extrato obtido e suas propriedades antioxidante,
antinociceptiva e anti-inflamatoria. PI 1106052-2" , Instituição de registro:INPI - Instituto
Nacional da Propriedade Industrial.
6. BONJARDIM LR ; ARAÚJO AAS; QUINTANS-JÚNIOR LJ; QUINTANS JSS; OLIVEIRA
MG; MENEZES PP; SERAFINI MR. Método de obtenção de complexos de inclusao p-
cimeno/b ciclodextrina, bem como atividade anti-inflamatoria e antinociceptiva dos mesmos e
do p-cimeno INPI 221109629383. 2011, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do
registro: PI1107295, data de depósito: 30/11/2011, título: "Metodo de obtenção de complexos
de inclusao p-cimeno/b ciclodextrina, bem como atividade anti-inflamatoria e antinociceptiva
dos mesmos e do p-cimeno INPI 221109629383" , Instituição de registro:INPI - Instituto
Nacional da Propriedade Industrial.
75
7. ARAÚJO AAS; ALVES PB; SILVA FA; QUINTANS-JÚNIOR LJ; SERAFINI MR;
VERGNE DMC. Método de obtenção e atividade antioxidante de uma substância isolada PI
1106003-4. 2011, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do registro: PI1106003-4,
data de depósito: 09/12/2011, título: "Metodo de obtenção e atividade antioxidante de uma
substância isolada PI 1106003-4" .
8. RODRIGUES-JUNIOR JJ; OLIVEIRA HP; QUINTANS-JUNIOR LJ ; OLIVEIRA ID;
SERAFINI MR. Sistema de purificação de água por uso de filmes poliméricos com
nanopartículas de prata BR 1020120059460. 2012, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação.
Número do registro: BR 102012005946, data de depósito: 16/03/2012, título: "Sistema de
purificação de água por uso de filmes poliméricos com nanopartículas de prata BR
1020120059460" .
9. SANTOS MRV; QUINTANS-JUNIOR LJ; BONJARDIM LR; ARAUJO AAS; SERAFINI
MR; BARBOSA APO; MENEZES IAC. Preparação farmacêutica contendo Chrisobalanus
icaco para o tratamento de diabetes. BR1020120187345. 2012, Brasil. Patente: Privilégio de
Inovação. Número do registro: PI1020120187345, data de depósito: 27/09/2012, título:
"Preparação farmacêutica contendo Chrisobalanus icaco para o tratamento de diabetes.
BR1020120187345" , Instituição de registro:INPI - Instituto Nacional da Propriedade
Industrial.
10. TRINDADE RC; ALMEIDA FTC; ALVES JAB; BARBOSA JUNIOR AM; PAIXAO MS;
ALVES MV; PAIXAO DRC; ANJOS AC; LIMA ACB; DAMASCENA NP; SERAFINI
MR. Xarope contendo óleo essencial de sacatinga para tratamento de Tuberculose PI 10 2010
030897 5. 2012, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do registro:
PI102012030897, data de depósito: 04/12/2012, título: "Xarope contendo óleo essencial de
sacatinga para tratamento de Tuberculose PI 10 2010 030897 5" , Instituição de registro:INPI
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
11. ARAUJO AAS, SERAFINI MR, GUTERRES SS, DETONI CB, CAVALCANTI-JUNIOR
RLA, MENEZES PP. Formulação contendo extrato de Morinda citrifolia na prevenção de
danos associados ao envelhecimento cutâneo e queimaduras solares PI 10 2013 008200 7.
2013, Brasil. Patente: Privilégio de Inovação. Número do registro: PI1020130082007, data de
depósito: 04/04/2013, título: "Formulação contendo extrato de Morinda citrifolia na
76
prevenção de danos associados ao envelhecimento cutâneo e queimaduras solares” PI 10 2013
008200 7" , Instituição de registro:INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
77
ANEXO II – APROVAÇÃO NO COMITE DE ÉTICA EM PESQUISA COM ANIMAIS (CEPA-UFS)
78
ANEXO III – NORMAS DA REVISTA OXIDATIVE MEDICINE AND CELLULAR LONGEVITY
AUTHOR GUIDELINES
Submission
Manuscripts should be submitted by one of the authors of the manuscript through the
online Manuscript Tracking System. Regardless of the source of the word-processing tool,
only electronic PDF (.pdf) or Word (.doc, .docx, .rtf) files can be submitted through the MTS.
There is no page limit. Only online submissions are accepted to facilitate rapid publication
and minimize administrative costs. Submissions by anyone other than one of the authors will
not be accepted. The submitting author takes responsibility for the paper during submission
and peer review. If for some technical reason submission through the MTS is not possible, the
author can contact [email protected] for support.
Terms of Submission
Papers must be submitted on the understanding that they have not been published
elsewhere and are not currently under consideration by another journal published by Hindawi
or any other publisher. The submitting author is responsible for ensuring that the article's
publication has been approved by all the other coauthors. It is also the authors' responsibility
to ensure that the articles emanating from a particular institution are submitted with the
approval of the necessary institution. Only an acknowledgment from the editorial office
officially establishes the date of receipt. Further correspondence and proofs will be sent to the
author(s) before publication unless otherwise indicated. It is a condition of submission of a
paper that the authors permit editing of the paper for readability. All enquiries concerning the
publication of accepted papers should be addressed to [email protected].
Peer Review
All manuscripts are subject to peer review and are expected to meet standards of
academic excellence. Submissions will be considered by an editor and “if not rejected right
away” by peer-reviewers, whose identities will remain anonymous to the authors.
Article Processing Charges
Oxidative Medicine and Cellular Longevity is an open access journal. Open access
charges allow publishers to make the published material available for free to all interested
79
online visitors. For more details about the article processing charges of Oxidative Medicine
and Cellular Longevity, please visit the Article Processing Charges information page.
Units of Measurement
Units of measurement should be presented simply and concisely using System
International (SI) units.
Title and Authorship Information
The following information should be included
Paper title
Full author names
Full institutional mailing addresses
Email addresses
Abstract
The manuscript should contain an abstract. The abstract should be self-contained and
citation-free and should not exceed 200 words.
Introduction
This section should be succinct, with no subheadings.
Materials and Methods
This part should contain sufficient detail so that all procedures can be repeated. It can
be divided into subsections if several methods are described.
Results and Discussion
This section may each be divided by subheadings or may be combined.
Conclusions
This should clearly explain the main conclusions of the work highlighting its
importance and relevance.
Acknowledgments
All acknowledgments (if any) should be included at the very end of the paper before
the references and may include supporting grants, presentations, and so forth.
80
References
Authors are responsible for ensuring that the information in each reference is complete
and accurate. All references must be numbered consecutively and citations of references in
text should be identified using numbers in square brackets (e.g., “as discussed by Smith [9]”;
“as discussed elsewhere [9, 10]”). All references should be cited within the text; otherwise,
these references will be automatically removed.
Preparation of Figures
Upon submission of an article, authors are supposed to include all figures and tables in
the PDF file of the manuscript. Figures and tables should not be submitted in separate files. If
the article is accepted, authors will be asked to provide the source files of the figures. Each
figure should be supplied in a separate electronic file. All figures should be cited in the paper
in a consecutive order. Figures should be supplied in either vector art formats (Illustrator,
EPS, WMF, FreeHand, CorelDraw, PowerPoint, Excel, etc.) or bitmap formats (Photoshop,
TIFF, GIF, JPEG, etc.). Bitmap images should be of 300 dpi resolution at least unless the
resolution is intentionally set to a lower level for scientific reasons. If a bitmap image has
labels, the image and labels should be embedded in separate layers.
Preparation of Tables
Tables should be cited consecutively in the text. Every table must have a descriptive
title and if numerical measurements are given, the units should be included in the column
heading. Vertical rules should not be used.
Proofs
Corrected proofs must be returned to the publisher within 2-3 days of receipt. The
publisher will do everything possible to ensure prompt publication. It will therefore be
appreciated if the manuscripts and figures conform from the outset to the style of the journal.
Copyright
Open Access authors retain the copyrights of their papers, and all open access articles
are distributed under the terms of the Creative Commons Attribution license, which permits
unrestricted use, distribution and reproduction in any medium, provided that the original work
is properly cited.
81
The use of general descriptive names, trade names, trademarks, and so forth in this
publication, even if not specifically identified, does not imply that these names are not
protected by the relevant laws and regulations.
While the advice and information in this journal are believed to be true and accurate
on the date of its going to press, neither the authors, the editors, nor the publisher can accept
any legal responsibility for any errors or omissions that may be made. The publisher makes no
warranty, express or implied, with respect to the material contained herein.