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Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas Respectivas Literaturas Literatura Portuguesa do Período Medieval Prof. Ms. Marcos Paulo Torres Pereira
Universidade Federal do Amapá Pró-Reitoria de Ensino de Graduação Licenciatura em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas Respectivas Literaturas Literatura
Universidade Federal do Amap Pr-Reitoria de Ensino de Graduao
Licenciatura em Lngua Portuguesa e Lngua Francesa e suas
Respectivas Literaturas Literatura Portuguesa do Perodo Medieval
Prof. Ms. Marcos Paulo Torres Pereira
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Temtica medieval
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Quantas sabedes amar amigo (Martin Codax, Galiza, sc. XIII)
Quantas sabedes amar amigo treides comig' a-lo mar de Vigo, e
banhar-nos-emos nas ondas. Quantas sabedes amar amado, treides
comig' a-lo mar levado, e banhar-nos-emos nas ondas treides comig'
a-lo mar de Vigo, e veeremo-lo meu amigo, e banhar-nos-emos nas
ondas treides comig' a-lo mar levado, e veeremo-lo meu amado, e
banhar-nos-emos nas ondas
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Amor e a Luta Fulcro da poesia lrica Ncleo de matria pica
Segundo Segismundo Spina, o amor, na lrica trovadoresca,
apresenta-se como tentativa de unio entre o homem que solicita e a
mulher que nega: o amante-mrtir e a mulher sem compaixo. Um amor
infeliz. O romance cortes enriquece o tema blico primitivo dos
cantares de gesta, suavizando-o com a presena do componente ertico
e impregnando-se do mundo sobrenatural breto: filtros mgicos,
florestas encantadas, sortilgios, animais fantsticos, foras
secretas...
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O amor medieval Temtica separao saudosa; regresso e encontro; a
separao dos amantes no despontar da aurora; a corte de cavaleiros s
mulheres do campo; o matrimnio infeliz. coito amoroso
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Cantiga da Ribeirinha No mundo nom me sei parelha, mentre me
for como me vai, ca ja moiro por vos e ai! mia senhor branca e
vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia! Mao
dia me levantei que vos enton nom vi fea! E, mia senhor, des aquel
di, ai! me foi a mi mui mal, E vs, filha de don Paai Moniz, e ben
vos semelha d'aver eu por vs guarvaia, pois eu, mia senhor,
d'alfaia nunca de vs ouve nem ei vala d'ua correa (Paio Soares de
Taveirs)
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Ai, formosinha se me escutais, longe da vila, que procurais?
Vim esperar o meu amigo. Ai, formosinha, se me atendeis, longe da
vila, o que fazeis? Vim esperar o meu amigo. Longe da vila que
procurais? Sabei-o, j que o perguntais: Vim esperar o meu amigo.
Longe da vila o que fazeis? Sabei-o, j que o no sabeis: Vim esperar
o meu amigo. (Adaptado de uma cantiga medieval, por Natlia Correia
em 1970)
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Hun tal home sei eu, ai bem talhada, que por vs tem a as morte
chegada; vede quem e seedem nenbrada; eu, mia dona. Hun tal home
sei eu que preto sente De si morte chegada certamente; Vede quem e
venha-vos em mente; eu, mia dona. Hun tal home sei eu, aquestoide:
que por vs morr e vo-lo en partide, vede quem e non xe vos obride;
eu, mia dona. (D. Dinis)
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De que morredes, filha, a do corpo velido? - Madre, moiro d'
amores que mi deu meu amigo. Alva e vai liero. - De que morredes,
filha, a do corpo louo? - Madre, moiro d' amores que mi deu meu
amado. Alva e vai liero. Madre, moiro d' amores que mi deu meu
amigo, quando vej' esta cinta, que por seu amor cingo. Alva e vai
liero. Madre, moiro d' amores que mi deu meu amado, quando vej'
esta cinta, que por seu amor trago. Alva e vai liero. Quando vej'
esta cinta, que por seu amor cingo, e me nembra, fremosa, como
falou comigo. Alva e vai liero. Quando vej' esta cinta, que por seu
amor trago, e me nembra, fremosa, como falamos ambos. Alva e vai
liero. (D. Dinis)
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Vspera de Pinticoste foi grande gente assada em Camaalot, assi
que podera homem i veer mui gram gente, muitos cavaleiros e muitas
donas mui bem guisadas. El-rei, que era ende mui ledo, honrou-os
muito e feze-os mui bem servir; e toda rem que entendeo per que
aquela corte seeria mais viosa e mais leda, todo o fez fazer. Aquel
dia que vos eu digo, direitamente quando queriam poer as mesas esto
era ora de noa aveeo que a donzela chegou i, mui fremosa e mui bem
vestida. E entrou no paao a pee, como mandadeira. Ela comeou a
catar de a parte e da outra, pelo paao; e perguntavam-na que
demandava. Eu demando disse ela por Dom Lanarot do Lago. aqui? Si,
donzela disse u cavaleiro. Veede-lo: st aaquela freesta, falando
com Dom Gualvam. Ela foi logo pera el e salv-o. Ele, tanto que a
vio, recebeo-a mui bem e abraou-a, ca aquela era a das donzelas que
moravam na Insoa da Ledia, que a filha Amida del-rei Peles amava
mais que donzela da sua companha i. Ai, donzela! disse Lanalot que
ventura vos adusse aqui, que bem sei que sem razom nom veestes vs?
A luta medieval
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Senhor, verdade ; mais rogo-vos, se vos aprouguer, que vaades
comigo aaquela foresta de Camaalot; e sabede que manha, ora de
comer, seeredes aqui. Certas, donzela disse el muito me praz; ca
tedo e soom de vos fazer servio em tdalas cousas que eu poder.
Entam pedio suas armas. E quando el-rei vio que se fazia armar a
tam gram coita, foi a el com a raa e disse-lhe: Como leixar-nos
queredes a atal festa, u cavaleiros de todo o mundo veem aa corte,
e mui mais ainda por vos veerem ca por al deles por vos veerem e
deles por averem vossa companha? Senhor, disse el nom vou senam a
esta foresta com esta donzela que me rogou; mais cras, ora de tera,
seerei aqui. Entom se sao Lanarot do Lago e sobio em seu cavalo, e
a donzela em seu palafrem; e forom com a donzela dous cavaleiros e
duas donzelas. E quando ela tornou a eles, disse-lhes: Sabede que
adubei o por que viim: Dom Lanarot do Lago se ir comnosco. (Demanda
do Santo Graal, fl. I, ed. de Augusto Magne)