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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
FACULDADE DE FARMAacuteCIA ODONTOLOGIA E ENFERMAGEM
PROGRAMA DE POacuteS-GRADUACcedilAtildeO EM ENFERMAGEM
MESTRADO EM ENFERMAGEM
ANA KARINE GIRAtildeO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
FORTALEZA - CEARAacute
20142
ANA KARINE GIRAtildeO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa
de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de
Farmaacutecia Odontologia e Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute como requisito
parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Orientadora Profa Dra Marta Maria Coelho
Damasceno
FORTALEZA - CE
2014
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
Universidade Federal do Cearaacute
Biblioteca de Ciecircncias da Sauacutede
L696i Lima Ana Karine Giratildeo
Investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares de estudantes de uma universidade puacuteblica de
Fortaleza-CE Ana Karine Giratildeo Lima ndash 2014
67 f il color enc 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Federal do Cearaacute Faculdade de Farmaacutecia Odontologia
e Enfermagem Departamento de Enfermagem Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Mestrado em Enfermagem Fortaleza 2014
Aacuterea de Concentraccedilatildeo Enfermagem na promoccedilatildeo da sauacutede
Orientaccedilatildeo Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
1 Haacutebitos Alimentares 2 Promoccedilatildeo da Sauacutede 3 Universidades I Tiacutetulo
CDD 6123
ANA KARINE GIRAO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa de Poacutes-
Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Aprovada em ___________________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno (Orientadora)
Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC
__________________________________________________________
Profa Dra Maria Luiza Pereira de Melo
Universidade Estadual do Cearaacute ndash UECE
__________________________________________________________
Prof Dra Miacuteria Conceiccedilatildeo Lavinas Santos
Universidade Federal do Cearaacute - UFC
AGRADECIMENTOS
A Deus que vem providenciando as melhores coisas em minha vida desde que nasci
dando-me garra e sabedoria para conquistar a vitoacuteria de escrever sobre um assunto totalmente
novo na minha praacutetica de enfermagem
Aos meus pais Joseacute Hilaacuterio Giratildeo e Iranisa Giratildeo por terem me ensinado a ter feacute e
nunca desistir pelo cuidado carinho e principalmente a paciecircncia comigo nos momentos de
estresse onde muitas vezes o excesso de tarefas me distanciou deles que tanto amo E muito
obrigado por sempre acreditarem em mim
Agrave minha irmatilde Ana Gabrielly Giratildeo pelas palavras amigas e apoio por cuidar do
Tito com tanto carinho
Ao meu marido e parceiro Ronnie Peterson por natildeo me deixar desistir acreditar no
meu potencial e incentivar o meu crescimento profissional Por ser o melhor amigo o melhor
companheiro que soube dizer palavras duras quando eu exagerava nos estudos e cuidar de
mim quando o meu corpo cansado sofria das inuacutemeras crises de enxaqueca que tive Ele eacute
uacutenico e especial em seu jeito de amar fazendo desta uma conquista da nossa famiacutelia
Agrave Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno minha orientadora pois tenho
muito orgulho de sua sabedoria Conviver esses sete anos com a senhora me ensinou muito
sobre a vida e a importacircncia da pesquisa como meio de mudar paradigmas e contribuir para
melhorias na sauacutede Obrigada pelo apoio carinho e por incentivar meu crescimento
acadecircmico exigindo sempre o melhor de mim
Aos colegas que fazem parte do projeto de pesquisa ldquoAccedilotildees Integradas na Prevenccedilatildeo e
no Controle do Diabetes Mellitus tipo 2rdquo pelo aprendizado muacutetuo em especial agraves bolsistas
Dalyanny Rodrigues e Saskia Monteiro por contribuir na coleta de dados
Aos amigos da graduaccedilatildeo que me acompanham em cada conquista apoiando
incentivando e compartilhando comigo as felicidades e anguacutestias sobretudo Adman
Cacircmara Kariacutezia Vilanova Patriacutecia Silva Liana Mara Julyana Freitas e Samla Sena
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
ANA KARINE GIRAtildeO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa
de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de
Farmaacutecia Odontologia e Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute como requisito
parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Orientadora Profa Dra Marta Maria Coelho
Damasceno
FORTALEZA - CE
2014
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
Universidade Federal do Cearaacute
Biblioteca de Ciecircncias da Sauacutede
L696i Lima Ana Karine Giratildeo
Investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares de estudantes de uma universidade puacuteblica de
Fortaleza-CE Ana Karine Giratildeo Lima ndash 2014
67 f il color enc 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Federal do Cearaacute Faculdade de Farmaacutecia Odontologia
e Enfermagem Departamento de Enfermagem Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Mestrado em Enfermagem Fortaleza 2014
Aacuterea de Concentraccedilatildeo Enfermagem na promoccedilatildeo da sauacutede
Orientaccedilatildeo Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
1 Haacutebitos Alimentares 2 Promoccedilatildeo da Sauacutede 3 Universidades I Tiacutetulo
CDD 6123
ANA KARINE GIRAO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa de Poacutes-
Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Aprovada em ___________________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno (Orientadora)
Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC
__________________________________________________________
Profa Dra Maria Luiza Pereira de Melo
Universidade Estadual do Cearaacute ndash UECE
__________________________________________________________
Prof Dra Miacuteria Conceiccedilatildeo Lavinas Santos
Universidade Federal do Cearaacute - UFC
AGRADECIMENTOS
A Deus que vem providenciando as melhores coisas em minha vida desde que nasci
dando-me garra e sabedoria para conquistar a vitoacuteria de escrever sobre um assunto totalmente
novo na minha praacutetica de enfermagem
Aos meus pais Joseacute Hilaacuterio Giratildeo e Iranisa Giratildeo por terem me ensinado a ter feacute e
nunca desistir pelo cuidado carinho e principalmente a paciecircncia comigo nos momentos de
estresse onde muitas vezes o excesso de tarefas me distanciou deles que tanto amo E muito
obrigado por sempre acreditarem em mim
Agrave minha irmatilde Ana Gabrielly Giratildeo pelas palavras amigas e apoio por cuidar do
Tito com tanto carinho
Ao meu marido e parceiro Ronnie Peterson por natildeo me deixar desistir acreditar no
meu potencial e incentivar o meu crescimento profissional Por ser o melhor amigo o melhor
companheiro que soube dizer palavras duras quando eu exagerava nos estudos e cuidar de
mim quando o meu corpo cansado sofria das inuacutemeras crises de enxaqueca que tive Ele eacute
uacutenico e especial em seu jeito de amar fazendo desta uma conquista da nossa famiacutelia
Agrave Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno minha orientadora pois tenho
muito orgulho de sua sabedoria Conviver esses sete anos com a senhora me ensinou muito
sobre a vida e a importacircncia da pesquisa como meio de mudar paradigmas e contribuir para
melhorias na sauacutede Obrigada pelo apoio carinho e por incentivar meu crescimento
acadecircmico exigindo sempre o melhor de mim
Aos colegas que fazem parte do projeto de pesquisa ldquoAccedilotildees Integradas na Prevenccedilatildeo e
no Controle do Diabetes Mellitus tipo 2rdquo pelo aprendizado muacutetuo em especial agraves bolsistas
Dalyanny Rodrigues e Saskia Monteiro por contribuir na coleta de dados
Aos amigos da graduaccedilatildeo que me acompanham em cada conquista apoiando
incentivando e compartilhando comigo as felicidades e anguacutestias sobretudo Adman
Cacircmara Kariacutezia Vilanova Patriacutecia Silva Liana Mara Julyana Freitas e Samla Sena
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
Dados Internacionais de Catalogaccedilatildeo na Publicaccedilatildeo
Universidade Federal do Cearaacute
Biblioteca de Ciecircncias da Sauacutede
L696i Lima Ana Karine Giratildeo
Investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares de estudantes de uma universidade puacuteblica de
Fortaleza-CE Ana Karine Giratildeo Lima ndash 2014
67 f il color enc 30 cm
Dissertaccedilatildeo (mestrado) ndash Universidade Federal do Cearaacute Faculdade de Farmaacutecia Odontologia
e Enfermagem Departamento de Enfermagem Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem
Mestrado em Enfermagem Fortaleza 2014
Aacuterea de Concentraccedilatildeo Enfermagem na promoccedilatildeo da sauacutede
Orientaccedilatildeo Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
1 Haacutebitos Alimentares 2 Promoccedilatildeo da Sauacutede 3 Universidades I Tiacutetulo
CDD 6123
ANA KARINE GIRAO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa de Poacutes-
Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Aprovada em ___________________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno (Orientadora)
Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC
__________________________________________________________
Profa Dra Maria Luiza Pereira de Melo
Universidade Estadual do Cearaacute ndash UECE
__________________________________________________________
Prof Dra Miacuteria Conceiccedilatildeo Lavinas Santos
Universidade Federal do Cearaacute - UFC
AGRADECIMENTOS
A Deus que vem providenciando as melhores coisas em minha vida desde que nasci
dando-me garra e sabedoria para conquistar a vitoacuteria de escrever sobre um assunto totalmente
novo na minha praacutetica de enfermagem
Aos meus pais Joseacute Hilaacuterio Giratildeo e Iranisa Giratildeo por terem me ensinado a ter feacute e
nunca desistir pelo cuidado carinho e principalmente a paciecircncia comigo nos momentos de
estresse onde muitas vezes o excesso de tarefas me distanciou deles que tanto amo E muito
obrigado por sempre acreditarem em mim
Agrave minha irmatilde Ana Gabrielly Giratildeo pelas palavras amigas e apoio por cuidar do
Tito com tanto carinho
Ao meu marido e parceiro Ronnie Peterson por natildeo me deixar desistir acreditar no
meu potencial e incentivar o meu crescimento profissional Por ser o melhor amigo o melhor
companheiro que soube dizer palavras duras quando eu exagerava nos estudos e cuidar de
mim quando o meu corpo cansado sofria das inuacutemeras crises de enxaqueca que tive Ele eacute
uacutenico e especial em seu jeito de amar fazendo desta uma conquista da nossa famiacutelia
Agrave Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno minha orientadora pois tenho
muito orgulho de sua sabedoria Conviver esses sete anos com a senhora me ensinou muito
sobre a vida e a importacircncia da pesquisa como meio de mudar paradigmas e contribuir para
melhorias na sauacutede Obrigada pelo apoio carinho e por incentivar meu crescimento
acadecircmico exigindo sempre o melhor de mim
Aos colegas que fazem parte do projeto de pesquisa ldquoAccedilotildees Integradas na Prevenccedilatildeo e
no Controle do Diabetes Mellitus tipo 2rdquo pelo aprendizado muacutetuo em especial agraves bolsistas
Dalyanny Rodrigues e Saskia Monteiro por contribuir na coleta de dados
Aos amigos da graduaccedilatildeo que me acompanham em cada conquista apoiando
incentivando e compartilhando comigo as felicidades e anguacutestias sobretudo Adman
Cacircmara Kariacutezia Vilanova Patriacutecia Silva Liana Mara Julyana Freitas e Samla Sena
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
ANA KARINE GIRAO LIMA
INVESTIGACcedilAtildeO SOBRE OS HAacuteBITOS ALIMENTARES DOS ESTUDANTES DE
UMA UNIVERSIDADE PUacuteBLICA EM FORTALEZA-CE
Dissertaccedilatildeo submetida agrave Coordenaccedilatildeo do Programa de Poacutes-
Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Faculdade de Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute
como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em
Enfermagem
Aprovada em ___________________
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________________
Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno (Orientadora)
Universidade Federal do Cearaacute ndash UFC
__________________________________________________________
Profa Dra Maria Luiza Pereira de Melo
Universidade Estadual do Cearaacute ndash UECE
__________________________________________________________
Prof Dra Miacuteria Conceiccedilatildeo Lavinas Santos
Universidade Federal do Cearaacute - UFC
AGRADECIMENTOS
A Deus que vem providenciando as melhores coisas em minha vida desde que nasci
dando-me garra e sabedoria para conquistar a vitoacuteria de escrever sobre um assunto totalmente
novo na minha praacutetica de enfermagem
Aos meus pais Joseacute Hilaacuterio Giratildeo e Iranisa Giratildeo por terem me ensinado a ter feacute e
nunca desistir pelo cuidado carinho e principalmente a paciecircncia comigo nos momentos de
estresse onde muitas vezes o excesso de tarefas me distanciou deles que tanto amo E muito
obrigado por sempre acreditarem em mim
Agrave minha irmatilde Ana Gabrielly Giratildeo pelas palavras amigas e apoio por cuidar do
Tito com tanto carinho
Ao meu marido e parceiro Ronnie Peterson por natildeo me deixar desistir acreditar no
meu potencial e incentivar o meu crescimento profissional Por ser o melhor amigo o melhor
companheiro que soube dizer palavras duras quando eu exagerava nos estudos e cuidar de
mim quando o meu corpo cansado sofria das inuacutemeras crises de enxaqueca que tive Ele eacute
uacutenico e especial em seu jeito de amar fazendo desta uma conquista da nossa famiacutelia
Agrave Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno minha orientadora pois tenho
muito orgulho de sua sabedoria Conviver esses sete anos com a senhora me ensinou muito
sobre a vida e a importacircncia da pesquisa como meio de mudar paradigmas e contribuir para
melhorias na sauacutede Obrigada pelo apoio carinho e por incentivar meu crescimento
acadecircmico exigindo sempre o melhor de mim
Aos colegas que fazem parte do projeto de pesquisa ldquoAccedilotildees Integradas na Prevenccedilatildeo e
no Controle do Diabetes Mellitus tipo 2rdquo pelo aprendizado muacutetuo em especial agraves bolsistas
Dalyanny Rodrigues e Saskia Monteiro por contribuir na coleta de dados
Aos amigos da graduaccedilatildeo que me acompanham em cada conquista apoiando
incentivando e compartilhando comigo as felicidades e anguacutestias sobretudo Adman
Cacircmara Kariacutezia Vilanova Patriacutecia Silva Liana Mara Julyana Freitas e Samla Sena
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
AGRADECIMENTOS
A Deus que vem providenciando as melhores coisas em minha vida desde que nasci
dando-me garra e sabedoria para conquistar a vitoacuteria de escrever sobre um assunto totalmente
novo na minha praacutetica de enfermagem
Aos meus pais Joseacute Hilaacuterio Giratildeo e Iranisa Giratildeo por terem me ensinado a ter feacute e
nunca desistir pelo cuidado carinho e principalmente a paciecircncia comigo nos momentos de
estresse onde muitas vezes o excesso de tarefas me distanciou deles que tanto amo E muito
obrigado por sempre acreditarem em mim
Agrave minha irmatilde Ana Gabrielly Giratildeo pelas palavras amigas e apoio por cuidar do
Tito com tanto carinho
Ao meu marido e parceiro Ronnie Peterson por natildeo me deixar desistir acreditar no
meu potencial e incentivar o meu crescimento profissional Por ser o melhor amigo o melhor
companheiro que soube dizer palavras duras quando eu exagerava nos estudos e cuidar de
mim quando o meu corpo cansado sofria das inuacutemeras crises de enxaqueca que tive Ele eacute
uacutenico e especial em seu jeito de amar fazendo desta uma conquista da nossa famiacutelia
Agrave Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno minha orientadora pois tenho
muito orgulho de sua sabedoria Conviver esses sete anos com a senhora me ensinou muito
sobre a vida e a importacircncia da pesquisa como meio de mudar paradigmas e contribuir para
melhorias na sauacutede Obrigada pelo apoio carinho e por incentivar meu crescimento
acadecircmico exigindo sempre o melhor de mim
Aos colegas que fazem parte do projeto de pesquisa ldquoAccedilotildees Integradas na Prevenccedilatildeo e
no Controle do Diabetes Mellitus tipo 2rdquo pelo aprendizado muacutetuo em especial agraves bolsistas
Dalyanny Rodrigues e Saskia Monteiro por contribuir na coleta de dados
Aos amigos da graduaccedilatildeo que me acompanham em cada conquista apoiando
incentivando e compartilhando comigo as felicidades e anguacutestias sobretudo Adman
Cacircmara Kariacutezia Vilanova Patriacutecia Silva Liana Mara Julyana Freitas e Samla Sena
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
Em especial gostaria de agradecer agrave Dalila Menezes amiga querida que soube ser
inesqueciacutevel durante este periacuteodo colaborando para a minha sauacutede mental e para o sucesso da
organizaccedilatildeo dos dados
A todos os funcionaacuterios e professores do Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Cearaacute que contribuiacuteram com a minha formaccedilatildeo
A todos os diretores de centros da UFC por garantirem apoio agrave pesquisa em toda a
universidade
Aos universitaacuterios que aceitaram participar deste estudo pela contribuiccedilatildeo
Aos membros da banca examinadora pelas vaacutelidas sugestotildees
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
Posso tudo posso NrsquoAquele que me fortalece
Nada e ningueacutem no mundo vai me fazer desistir
Quero tudo quero sem medo entregar meus projetos
deixar-me guiar nos caminhos que Deus desejou pra mim
E ali estarrdquo
(Celina Borges)
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
RESUMO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias no que diz respeito ao papel do
consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e da combinaccedilatildeo de arroz com feijatildeo na
prevenccedilatildeo e controle de doenccedilas como diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares Tendo
em vista a populaccedilatildeo de universitaacuterios estudos apontam um consumo elevado de fast food e
que ainda natildeo existem poliacuteticas puacuteblicas especiacuteficas voltadas para essa populaccedilatildeo o que
dificulta o monitoramento dos fatores protetores para DCNT O objetivo desse inqueacuterito eacute
avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes universitaacuterios de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza-CE Trata-se de um estudo transversal realizado de maio a outubro de 2013
envolvendo 203 graduandos Aplicou-se um formulaacuterio contendo dados sociodemograacuteficos e
um questionaacuterio de frequecircncia alimentar para avaliar os haacutebitos Os dados foram armazenados
em um banco de dados construiacutedo no Excel e processados no programa estatiacutestico STATA
v08 Os resultados foram submetidos a tratamento estatiacutestico e analisados com apoio na
literatura especiacutefica Aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do
Cearaacute o estudo recebeu o protocolo nordm 20810 Dos 203 participantes 665 eram do sexo
feminino a idade meacutedia foi de 229 anos sendo 656 situados na faixa etaacuteria de 20 a 24
anos 95 eram solteiros 443 da raccedila parda 522 cursavam entre o 5ordm e o 8ordm semestre da
graduaccedilatildeo 28 tinha renda mensal entre 2 e 4 salaacuterios miacutenimos 51 pertenciam agrave classe C
711 apenas estudavam e 744 moravam com os pais ou familiares No referente aos
haacutebitos alimentares 56 97 673 e 699 ingerem diariamente alimentos como leite
arroz feijatildeo e patildeo respectivamente e 744 577 575 preferiam ingerir semanalmente
pizza pastel e refrigerante Encontrou-se que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas e
legumes diariamente enquanto 522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente
tambeacutem natildeo comiam legumes sendo estas diferenccedilas estatisticamente significantes (p=0001)
Quanto ao consumo diaacuterio de aacutegua 512 dos graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 copos
por dia Utilizando a razatildeo de prevalecircncia para estabelecer relaccedilotildees entre os haacutebitos
alimentares e fatores sociodemograacuteficos encontrou-se que os indiviacuteduos com idade entre 20
e 24 anos apresentaram 45 vezes mais chances de consumir frutas e legumes diariamente e
quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo os universitaacuterios da classe C apresentaram 17
vezes mais chance de consumo do que aqueles da classe A Tendo em vista o comportamento
alimentar foram verificadas diferenccedilas por sexo para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias
(p=0031) jaacute que 96 das mulheres e 15 dos homens realizam apenas ateacute 3 (trecircs)
refeiccedilotildees diaacuterias Diante do exposto evidencia-se a necessidade de intervenccedilatildeo por meio de
accedilotildees com base na promoccedilatildeo da sauacutede utilizando a universidade como meio propiacutecio para
divulgar e orientar haacutebitos alimentares saudaacuteveis prevenindo o surgimento de DCNT e
melhorando a qualidade de vida dos universitaacuterios
Palavras-chave Haacutebitos alimentares Universidade Promoccedilatildeo da sauacutede
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
ABSTRACT
According to the World Health Organization ( WHO ) chronic non-communicable diseases (
NCDs ) are responsible for 60 of deaths worldwide Recent surveys of healthy eating
presented strong evidence for the role of dietary intake of fruits and vegetables and the
combination of rice and beans in the prevention and control of diseases like diabetes cancer
and cardiovascular diseases The aim of this investigation is to evaluate the eating habits of
college students from a public university of Fortaleza This is a cross-sectional study
conducted from May to October 2013 involving 203 undergraduates We applied a
questionnaire containing demographic and related to food consumption data measured by
food frequency intake of food Data were stored in a database built in Excel and processed in
STATA statistical software v08 The results were analyzed statistically and analyzed with
support in the literature Approved by the Federal University of Cearaacute Research Ethics
Committee the study received No 20810 protocol Of the 203 participants 665 were
female the average age was 229 years and 656 located in the age group 20-24 years 95
were single 443 mulatto 522 studied between the 5th and 8th semester of
graduation 28 had a monthly income between 2-4 minimum wages 51 were Class C
711 and 744 only students living with parents or relatives With regard to dietary
habits 56 97 673 and 699 ingests daily foods such as milk rice beans and
bread respectively and 744 577 575 reported eat pizza every week pastel and
soda It was found that 703 of students who consumed fruits daily also consumed
vegetables daily while 522 of the students who did not eat fruit daily also did not eat
vegetables daily with statistical significant differences (p=0001 ) As for the daily
consumption of 512 of the students reported eating 6-8 cups daily Individuals aged
between 20 and 24 years were 45 times more likely to consume fruits and vegetables daily
and as to the daily consumption of rice and beans university class C had 17 times more likely
to use than those of class A in view of the feeding behavior differences were found by gender
for the number of meals per day ( p = 0031 ) as 96 of women and 15 of men carry
only up to 3 meals a day Given the above highlights the need for intervention through
actions based on health promotion using the university as a means conducive to the
promotion of healthy eating habits and guide preventing the rise of NCDs and improving the
quality of life of the university
Keywords Eating habits University Health promotion
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
LISTA DE QUADROS TABELAS E FIGURAS
Quadro 01 _____________________________________________________
Distribuiccedilatildeo dos graduandos (as) por curso segundo intervalo
entre os semestres
33
Figura 01 _____________________________________________________
Diagrama de Venn das prevalecircncias do consumo diaacuterio de
refrigerantes frituras e doces
39
Tabela 01 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas de graduandos (as) por sexo e
total
34
Tabela 02 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo habitual de alimentos entre graduandos
(as)
36
Tabela 03 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 04 _____________________________________________________
Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre
graduandos (as)
38
Tabela 05 _____________________________________________________
Prevalecircncia de consumo dos grupos de alimentos por sexo
41
Tabela 06 _____________________________________________________
Prevalecircncia do consumo de aacutegua e suco entre graduandos (as) por
sexo e total
44
Tabela 07 _____________________________________________________
Prevalecircncia e razatildeo de prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o
consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo e caracteriacutesticas
independentes
47
Tabela 08 _____________________________________________________
Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos (as) por
sexo
49
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
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LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
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WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 13
2 OBJETIVOS 16
21 Objetivo Geral 16
22 Objetivos especiacuteficos 16
3 CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE 17
4 MATERIAL E MEacuteTODOS 21
41 Desenho e tipo de estudo 21
42 Local de estudo 21
43 Populaccedilatildeo 21
44 Amostra 22
441 Criteacuterios de inclusatildeo 22
442 Criteacuterios de exclusatildeo 23
45 Coleta de dados 23
46 Descriccedilatildeo das variaacuteveis 25
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas 25
462 Consumo alimentar 25
47 Anaacutelise de dados 26
48 Aspectos eacuteticos 26
5 RESULTADOS 27
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo 27
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar 30
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos por sexo 34
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz e feijatildeo entre graduandos40
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar43
6 DISCUSSAtildeO 45
7 CONCLUSOtildeES 53
8 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 55
APEcircNDICES 62
ANEXO 72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
13
1 INTRODUCcedilAtildeO
De acordo com a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede (OMS) as doenccedilas crocircnicas natildeo
transmissiacuteveis (DCNT) satildeo responsaacuteveis por 60 das mortes no mundo Inqueacuteritos recentes
sobre alimentaccedilatildeo saudaacutevel apresentaram fortes evidecircncias sobre o papel do consumo diaacuterio
de frutas legumes e verduras e da combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo na prevenccedilatildeo e controle de
doenccedilas como o diabetes cacircncer e doenccedilas cardiovasculares (BRASIL 2008 OMS 2010
MARCONDELLI et al 2008 LESSA MONTENEGRO 2008 CAVAGIONI PIERIN
2010 PIRES GAGLIARD GORZONI 2004 OLIVEIRA 2008)
Aleacutem dos estudiosos oacutergatildeos com a Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) tecircm
demonstrado preocupaccedilatildeo com esse tema sendo realizada em 2011 uma reuniatildeo histoacuterica
com os Chefes de Estado para a determinaccedilatildeo de metas globais para o enfretamento das
DCNT e seus fatores de risco (MALTA SILVA JUNIOR 2013)
Apoacutes esta reuniatildeo foi lanccedilado no Brasil o Plano de Accedilotildees Estrateacutegicas para o
Enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas natildeo Transmissiacuteveis no Brasil 2011-2022 que apresenta
metas relacionadas aos haacutebitos alimentares como a promoccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e
legumes e a reduccedilatildeo de sal nos alimentos industrializados As accedilotildees propostas no plano para o
alcance das metas estatildeo programas para serem desenvolvidas apenas nas escolas de ensino
meacutedio e nas redes de atenccedilatildeo agrave sauacutede para crianccedilas adolescentes e pessoas acima de 18 anos
(BRASIL 2011)
Apesar dos jovens estarem incluiacutedos nessa poliacutetica natildeo foram evidenciadas accedilotildees
especiacuteficas voltadas para esta populaccedilatildeo Este fato eacute preocupante tendo em vista que o periacuteodo
da juventude eacute marcado por diversos tipos de relaccedilotildees sociais que levam a novas descobertas
experiecircncias de prazer e sensaccedilotildees como poder e liberdade favorecendo a construccedilatildeo de
novos haacutebitos ou a desconstruccedilatildeo de haacutebitos da infacircncia e adolescecircncia (SEBOLD
RADUNZ CARRARO 2011)
Eacute entre os 18 e os 25 anos de idade que ocorre o desenvolvimento de maior autonomia
para escolher o que seraacute consumido como alimentaccedilatildeo tendo em vista que a maioria dos
indiviacuteduos entram na universidade nessa faixa etaacuteria e que estudos apontam a influecircncia do
meio acadecircmico nas escolhas alimentares entende-se que a universidade pode ser um local
propiacutecio para accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede nessa populaccedilatildeo No entanto isto ainda natildeo estaacute
contemplado nas metas de combate as DCNT das poliacuteticas brasileiras publicadas ateacute o
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
14
momento (BRASIL 2011 BRASIL 2008 MARCONDELLI COSTA SCHEAMITZ 2008
FRANCcedilA COLARES 2008 BAUMGARTEN GOMES FONSECA 2012
HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Um inqueacuterito realizado em Portugal investigou o impacto da exposiccedilatildeo ao ambiente
universitaacuterio e demonstrou a existecircncia de associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a
exposiccedilatildeo ao ambiente universitaacuterio e condiccedilotildees negativas de sauacutede Destacam-se os
seguintes resultados para os indiviacuteduos expostos ao ambiente acadecircmico 163 estava em
excesso de peso 807 eram inativos fisicamente 283 apresentam-se hipercolesterolemia
44 com dislipidemia 191 aumento do LDL 328 com aumento dos trigliceriacutedeos
(BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2014)
Estudos em diversos paiacuteses incluindo o Brasil evidenciaram que os universitaacuterios
comumente optam por uma alimentaccedilatildeo rica em carboidratos e frituras A presenccedila de haacutebitos
alimentares inadequados nessa populaccedilatildeo a torna vulneraacutevel e suscetiacutevel ao excesso de peso
fator de risco importante no desenvolvimento das DCNT (VIERA et at 2002 HIVERT2007
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 PETRIBUacute CABRAL ARRUDA2009
PULLMAN 2009 PINSKY et al 2010)
Satildeo preocupantes os resultados dos estudos realizados no Brasil e no mundo que
evidenciam nos universitaacuterios comportamentos como frequecircncia alimentar irregular
realizaccedilatildeo de lanches no lugar de refeiccedilotildees e o consumo de doces e alimentos com alto teor de
gordura saturada (VIEIRA et al2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006 ALVES
BOOG 2007 MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008 ARETHAIAA et al 2010
SAKAHARI et al 2011 KIM et al 2011)
Um inqueacuterito realizado com 281 estudantes entre o 3deg e o 5ordm semestre de cursos da aacuterea
da sauacutede de uma universidade de Brasiacutelia demonstrou que 655 da amostra apresentaram
inadequaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares destacando-se o consumo de refrigerantes e doces
(74) que foi significativamente maior do que o de frutas e vegetais (249)
(MARCONDELLI COSTA SCHMITZ 2008)
Outra pesquisa realizada com universitaacuterios de Santa Catarina revelou que apenas
548 da amostra tomam cafeacute da manhatilde 919 almoccedilam e 36 jantam com regularidade
aleacutem disso apenas 363 consomem saladas de folhas verdes 329 suco de frutas e 285
frutas Este inqueacuterito revelou ainda que 73 dos estudados consomem diariamente alimentos
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
15
ricos em gorduras saturadas como salgadinhos fritos empadotildees e pizzas (SIMAtildeO MARKUS
OLIVEIRA 2006)
Todos esses resultados podem estar relacionados ao modo como os universitaacuterios
percebem o universo acadecircmico Um inqueacuterito realizado com 185 jovens matriculados no
primeiro ano da graduaccedilatildeo que apresentou como determinantes do consumo alimentar a
preferecircncia pessoal (481) condiccedilatildeo financeira (422) e a preocupaccedilatildeo com a sauacutede
(378) estes resultados denotam que prover e cuidar da alimentaccedilatildeo natildeo estatildeo incorporados
na vida universitaacuteria com algo de importacircncia e valor (VIERIA et at 2002 ALVES BOOG
2007)
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de complicaccedilotildees a longo prazo acredita-se na relevacircncia das
investigaccedilotildees para avaliar os haacutebitos alimentares desta populaccedilatildeo sendo a universidade um
ambiente propiacutecio para isto (VIERA et al 2002 SIMAtildeO MARKUS OLIVEIRA 2006
ALVES BOOG 2007 OVIEDO et al 2008 BANWELL et al 2009 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009 HACIHASANOCLU et al 2011)
Na cidade de Fortaleza inqueacuteritos sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios satildeo
considerados incipientes Aleacutem disso no meio acadecircmico ainda natildeo existem poliacuteticas
concretas de promoccedilatildeo da sauacutede especiacuteficas para este seguimento populacional
Tem-se como objetivo na presente investigaccedilatildeo realizar a avaliaccedilatildeo dos haacutebitos
alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica de Fortaleza-CE pois a referida
instituiccedilatildeo de ensino jaacute teve seus alunos avaliados quanto a presenccedila de distuacuterbios do sono e
de fatores de risco para diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e siacutendrome metaboacutelica (SM) atraveacutes
do projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem
no processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq e os resultados desse
projeto mostraram a presenccedila nos universitaacuterios investigados de valores percentuais elevados
de sobrepeso de obesidade de alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos e de inatividade fiacutesica
Diante desse cenaacuterio apresentado pelas pesquisas anteriores a esta a avaliaccedilatildeo dos
haacutebitos alimentares provavelmente componente importante de grande parte das alteraccedilotildees
encontradas nos estudantes dessa universidade puacuteblica assim tornou-se relevante a presente
pesquisa para o planejamento de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede que modifiquem a realidade de
sauacutede previamente encontrada nesses jovens
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
16
2 OBJETIVOS
21 Objetivo geral
Avaliar os haacutebitos alimentares dos estudantes de uma universidade puacuteblica em
Fortaleza- CE
22 Objetivos especiacuteficos
Descrever as caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e alimentares dos estudantes de uma
universidade puacuteblica em Fortaleza-CE
Conhecer os alimentos consumidos habitualmente pelos estudantes dessa
universidade atraveacutes do questionaacuterio de frequecircncia alimentar
Estabelecer a frequecircncia alimentar de acordo com o grupo de alimentos consumidos
pelos estudantes
Associar o consumo diaacuterio de frutas legumes verduras e o consumo diaacuterio de arroz
e feijatildeo com o sexo idade classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento dos
referidos estudantes
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
17
3 CONSIDERACcedilAtildeOES SOBRE O CONSUMO ALIMENTAR JUVENTUDE E
UNIVERSIDADE
___________________________________________________________________
Os jovens universitaacuterios do Brasil e do mundo vecircm tendo a sua condiccedilatildeo de sauacutede
investigada por vaacuterios estudiosos que evidenciaram a presenccedila do excesso de peso associado
ao sedentarismo isto eacute a baixa prevalecircncia de alimentaccedilatildeo saudaacutevel - representada pela
elevada ingestatildeo de alimentos doces e gordurosos - e a baixa ingestatildeo de frutas e verduras
(HACIHASANOC et al 2011 ABDEL-MEEID et al 2011 SPANOS HANKEY2010
MACIEL 2012)
Martins et al (2010) afirma que ldquoEm um inqueacuterito realizado com 605 alunos da
Universidade Federal do Piauiacute foi evidenciado o excesso de peso em 182 dos estudantes
sendo as proporccedilotildees de sobrepeso e obesidade de 152 e 3 respectivamente A obesidade
abdominal foi encontrada em 24 dos estudantes independentemente do sexo e o
sedentarismo em 52 da amostrardquo
Especificamente na cidade de Fortaleza realizou-se um levantamento dos fatores de
risco para DM2 entre estudantes de uma universidade privada Dos 200 participantes desse
levantamento 121(703) natildeo praticavam atividade fiacutesica 43(25) apresentavam sobrepeso
10 (59) obesidade 30 (175) tinham a pressatildeo arterial classificada como limiacutetrofe e 5
(3) e 2 (12) estavam com os niacuteveis glicecircmicos indicando toleracircncia agrave glicose diminuiacuteda e
diabetes respectivamente (VERAS et al 2007)
Quanto ao consumo alimentar de universitaacuterios brasileiros foi observado no nordeste
do paiacutes um elevado percentual de inadequaccedilatildeo no consumo de energia ou seja mais de
400 dos estudantes apresentaram consumo de colesterol acima do recomendado e em
179 dos homens e 448 das mulheres foi evidenciado um elevado consumo de gordura
saturada (plt001) Vale ressaltar que o inqueacuterito acima encontrou valores significativos de
excesso de peso (355) e sedentarismo (417) (plt001) (PETRIBUacute CABRAL
ARRUDA 2009)
Nas uacuteltimas deacutecadas o consumo alimentar no cenaacuterio nacional e internacional vem
sofrendo modificaccedilotildees em virtude das questotildees relacionadas agraves mudanccedilas no mundo do
trabalho a ampliaccedilatildeo do comeacutercio a feminizaccedilatildeo da sociedade fazendo do consumo
alimentar um fenocircmeno social da vida moderna (FONSECA et al 2011)
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
18
O sexo a idade a cultura a escolaridade as redes sociais e o ambiente onde vivem e
convivem os indiviacuteduos tambeacutem influenciam o consumo alimentar Diante de todos
esses determinantes estudar o consumo alimentar eacute um desafio para aacutereas da sauacutede
antropologia e psicologia que buscam evidecircncias para compreender os fatores
inerentes ao consumo e assim de maneira multidisciplinar promover descobertas
quanto as motivaccedilotildees para o consumo alimentar saudaacutevel e para o consumo alimentar
de risco a sauacutede
(FONSECA et al 2011)
Essa preocupaccedilatildeo com o consumo alimentar natildeo eacute apenas dos pesquisadores Diversos
setores da sociedade como a miacutedia o governo as associaccedilotildees vecircm atualmente demonstrando
maior interesse nas questotildees relacionadas com a alimentaccedilatildeo saudaacutevel e composiccedilatildeo dos
alimentos (FONSECA et al 2011)
Conforme afirma Brasil (2008) ldquoO governo brasileiro vem trabalhando a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel atraveacutes do Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira que traz em seu
conteuacutedo orientaccedilotildees para a famiacutelia brasileira para os profissionais de sauacutede para o governo
e setor produtivo de alimentos As orientaccedilotildees foram dividas em sete diretrizes que abordam
a definiccedilatildeo de alimentaccedilatildeo saudaacutevel e como esta deve ser inserida nas refeiccedilotildees diaacuterias tendo
em vista todos os grupos de alimentos (cereais tubeacuterculos e raiacutezes frutas legumes e verduras
feijotildees leites carnes e ovos gordura accediluacutecares sal e aacutegua)rdquo
A veiculaccedilatildeo de conhecimento a respeito da alimentaccedilatildeo saudaacutevel atualmente vem se
tornando frequente atraveacutes de programas de televisatildeo paacuteginas em redes sociais e
publicaccedilotildees do governo Muitas dessas publicaccedilotildees divulgam os riscos de uma
alimentaccedilatildeo inadequada tentando atraveacutes do medo de adoecer modificar o
comportamento das pessoas No entanto ter conhecimento teacutecnico cientiacutefico dos
riscos agrave sauacutede provocados pelo consumo alimentar inadequado natildeo eacute suficiente para a
mudanccedila de comportamento individual Para que isto ocorra eacute preciso investir de
maneira multiprofissional na mudanccedila de paradigmas pessoais
(GOMES 2007)
Um estudo propocircs a realizaccedilatildeo de um grupo psicoeducativo com onze universitaacuterios de
Brasiacutelia e demonstrou que o trabalho multidisciplinar eacute mais eficaz na mudanccedila de
comportamento tendo em vista que fatores psicoloacutegicos como ansiedade e depressatildeo tambeacutem
influenciam o comportamento alimentar e natildeo apenas o medo de adoecer Percebeu-se com os
resultados desse inqueacuterito que os participantes do grupo mantiveram o foco na dieta
apresentando reduccedilatildeo de peso e do consumo alimentar de doces (FRANCcedilA BIAGINNI
MUDESTO ALVES 2012)
ldquoFormalmente a niacutevel mundial a OMS lanccedilou o plano de estrateacutegia global que traccedila
accedilotildees para a promoccedilatildeo da sauacutede de maneira geneacuterica sendo a reduccedilatildeo do consumo de sal e
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
19
gordura e a ingestatildeo diaacuteria de cinco porccedilotildees de frutas e legumes estrateacutegias que devem ser
empregadas a niacutevel mundial na promoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevelrdquo (OMS 2010)
De acordo com Vasconcelos (2007) ldquoAccedilotildees a niacutevel global satildeo necessaacuterias em virtude
da transiccedilatildeo nutricional vivida por vaacuterios paiacuteses do mundo que substituem a dieta
mediterracircnea com base nas frutas e peixes pela dieta ocidental com base nos carboidratos
simples e gorduras saturadas Esse processo de transiccedilatildeo favoreceu o aumento da obesidade e
em consequecircncia do incremento das DCNT na sociedade mundialrdquo
Inqueacuteritos realizados na Greacutecia e Escoacutecia e ainda Itaacutelia e Espanha evidenciam valores
significativos de consumo pelos universitaacuterios de gorduras e accediluacutecar em detrimento das frutas
legumes e verduras em todos os paiacuteses reforccedilando a hipoacutetese de uniformizaccedilatildeo mundial da
dieta Poreacutem vale ressaltar que foi comprovado um consumo maior de frituras e fast food
entre os italianos e escoceses (SPANOS HANKEY 2010 BALDINI et al 2009)
No Brasil onde o processo de transiccedilatildeo nutricional iniciou-se na deacutecada de 90 com o
fenocircmeno chamado ldquoMcDonaldizaccedilatildeordquo a obesidade aumenta cerca de 1 ao ano entre os
adultos O governo brasileiro atraveacutes da Poliacutetica Nacional de Alimentaccedilatildeo e Nutriccedilatildeo afirma
que o cenaacuterio epidemioloacutegico atual aponta o crescimento acelerado do excesso de peso e que
se natildeo forem implementadas accedilotildees quanto ao consumo alimentar e a praacutetica de atividade
fiacutesica 70 dos brasileiros seratildeo obesos nos proacuteximos 20 anos (BRASIL 2011)
Essas transformaccedilotildees mundiais se personificaram em um estilo jovem de ser que estaacute
associado ao jeans ao rock ao hambuacuterguer e Coca-Cola A poacutes-modernizaccedilatildeo embalada pela
globalizaccedilatildeo impotildee novas formas de consumo alimentar afetando o nosso paladar e aporte
nutritivo trazendo novos padrotildees alimentares marcados pela rapidez e praticidade (SANTOS
2005)
ldquoQuanto agrave contribuiccedilatildeo do ambiente para os haacutebitos de vida um estudo
realizado na Tailacircndia com 87134 universitaacuterios com meacutedia de idade de 29
anos teve como objetivo avaliar o estilo de vida de estudantes da zona rural e
da zona urbana associando isto ao excesso de peso e foi encontrado que 16
eram obesos e que a obesidade estava associada com a residecircncia urbana uso
de computador ou televisatildeo por mais de quatro horas (30) e consumo
diaacuterio de frituras (20)rdquo
(BARWELL et al2009)
Diante desse contexto no qual diversos fatores interferem nas escolhas alimentares dos
universitaacuterios a enfermagem no acircmbito da promoccedilatildeo da sauacutede pode investigar e intervir
favorecendo a adoccedilatildeo da alimentaccedilatildeo saudaacutevel por meio do estiacutemulo da interdisciplinaridade
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
20
entre os diversos cursos da aacuterea da sauacutede da pactuaccedilatildeo para a atuaccedilatildeo da rede de atenccedilatildeo
primaacuteria dentro do campus da universidade e atraveacutes das accedilotildees de sauacutede para o
empoderamento dos universitaacuterios na adoccedilatildeo do haacutebito de vida saudaacutevel O enfermeiro pode
utilizar o Guia Alimentar da Populaccedilatildeo Brasileira como um instrumento de orientaccedilatildeo e
acompanhamento dessa populaccedilatildeo nas consultas de enfermagem
Figura 1- Mapa conceitual de atuaccedilatildeo da enfermagem na comunidade universitaacuteria
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
21
4 MATERIAL E MEacuteTODOS
41 Desenho e tipo de estudo
Trata-se de um estudo de corte transversal exploratoacuterio com abordagem quantitativa
Esse modelo de inqueacuterito permite ao investigador analisar informaccedilotildees desconhecidas ou
ainda pouco conhecidas de uma populaccedilatildeo em um determinado ponto do tempo (POLIT et
al 2011)
42 Local de estudo
O estudo foi realizado nos campi da Universidade Federal do Cearaacute (UFC) situados
na cidade de Fortaleza A referida universidade eacute uma autarquia vinculada ao Ministeacuterio da
Educaccedilatildeo
Atualmente a UFC abrange praticamente todas as aacutereas do conhecimento
representadas em seus campi sejam da capital ou do interior do Estado onde se reuacutenem
quatro centros (Ciecircncias Ciecircncias Agraacuterias Humanidades e Tecnologia) e cinco faculdades
(Direito Educaccedilatildeo Economia Administraccedilatildeo Atuaacuteria e Contabilidade Farmaacutecia
Odontologia e Enfermagem e Medicina)
Sediada em Fortaleza capital do Estado onde se divide nos campi Benfica
Porangabussuacute e Pici eacute um braccedilo do sistema do Ensino Superior do Cearaacute e sua atuaccedilatildeo tem
por base todo o territoacuterio cearense de forma a atender agraves diferentes escalas de exigecircncias da
sociedade
43 Populaccedilatildeo
A populaccedilatildeo envolveu estudantes de graduaccedilatildeo de ambos os sexos devidamente
matriculados nos cursos da UFC e que participaram das pesquisas ldquoQualidade do sono de
universitaacuterios e sua interface com a siacutendrome metaboacutelica e indicadores de sauacutederdquo
ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em universitaacuteriosrdquo e ldquoFatores
de risco para Diabetes Mellitus Tipo 2 em universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo inseridas no
projeto ldquoAccedilotildees de enfermagem na identificaccedilatildeo e prevenccedilatildeo de problemas que interferem no
processo sauacutede-doenccedilardquo financiado pelo edital universal do CNPq
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
22
44 Amostra
Para determinaccedilatildeo da amostra que inicialmente consultou-se o banco de dados construiacutedo
nas pesquisas anteriores constatou-se que tinham sido investigados 703 acadecircmicos sendo a
amostra inicial para recrutamento de participantes a partir de uma lista com nome telefone e
Durante o recrutamento houve 499 perdas conforme ilustrado na figura abaixo Dessa
forma o N final foi de 203 estudantes
441 Criteacuterios de inclusatildeo
Estar devidamente matriculado nos cursos de graduaccedilatildeo
Possuir telefone fixo ou celular ativo para contato telefocircnico
Concluir a entrevista
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
23
442 Criteacuterios de exclusatildeo
Apresentar alguma condiccedilatildeo que interfira na sua dieta habitual como diabetes
hipertensatildeo ou intoleracircncia agrave lactose
Estar realizando dieta orientada por nutricionista eou endocrinologista
Estar graacutevida
Apresentar nuacutemero telefocircnico inexistente ou desligado apoacutes a 5ordm tentativa de contato
realizada em dias e horaacuterios diferentes
45 Coleta de dados
A coleta de dados aconteceu no ano letivo de 2013 nos meses de maio a outubro
respeitando o periacuteodo de feacuterias escolares
Antes de iniciar a coleta de dados a pesquisadora realizou um treinamento com a
Profordf Drordf Helena Alves de Carvalho Sampaio nutricionista e docente do Programa de Sauacutede
Coletiva da Universidade Estadual do Cearaacute A finalidade do treinamento foi aprender sobre o
uso do Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (QFA) instrumento a ser utilizado na coleta de
dados Apoacutes esta fase a pesquisadora realizou o treinamento das duas bolsistas (PibicCNPq)
que colaborariam com a coleta de dados
Os participantes tiveram o consumo alimentar avaliado atraveacutes de Questionaacuterio de
Frequecircncia Alimentar (QFA) (Apecircndice A) construiacutedo para a populaccedilatildeo adulta cearense pois
tendo em vista que a cultura popular eacute um dos determinantes do consumo alimentar eacute
importante que o QFA contenha alimentos da realidade local onde o estudo seraacute aplicado
(HENRIQUES 2001)
Vale ressaltar que existem muitos meacutetodos de investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares No
entanto o QFA foi escolhido para este estudo por ser um meacutetodo relativamente de baixo custo
e de boa aplicabilidade por entrevista telefocircnica sendo atualmente um dos melhores meacutetodos
para identificar e descrever padrotildees alimentares (RIBEIRO et al 2006 ANJOS SOUZA
ROSSATO 2009)
Aleacutem de dados sobre o consumo alimentar foram coletadas informaccedilotildees
sociodemograacuteficas acadecircmicas e sobre aspectos do comportamento alimentar atraveacutes de um
formulaacuterio (Apecircndice A)
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
24
Elegeu-se a entrevista por telefone como teacutecnica de coleta de dados A entrevista
iniciava com a identificaccedilatildeo do pesquisador seguida da explicaccedilatildeo sobre o motivo da ligaccedilatildeo
(investigaccedilatildeo sobre os haacutebitos alimentares dos universitaacuterios para complementar os dados
obtidos na pesquisa anterior) Em seguida indagou-se o interesse em participar e em caso de
concordacircncia por parte do acadecircmico explicou-se a necessidade de assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (Apecircndice B) que seria enviado por e-mail Ao
final dessa primeira ligaccedilatildeo confirmou-se o e-mail do estudante
Agrave medida que os TCLE retornavam assinados iniciavam-se as ligaccedilotildees para a coleta
das informaccedilotildees Inicialmente os acadecircmicos eram questionados sobre os dados
sociodemograacuteficos (sexo idade renda situaccedilatildeo laboral estado civil cor) Em seguida
indagava-se sobre o comportamento alimentar com as seguintes perguntas ldquoHouve mudanccedila
na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo anordquo nos casos de respostas afirmativas indagava-se ainda
ldquoO que mudourdquo sendo registradas no formulaacuterio de coleta de dados as mudanccedilas referidas
Optou-se por incluir essas perguntas na entrevista devido ao fato de esses graduandos
terem participado de pesquisa anterior que investigou fatores de risco para siacutendrome
metaboacutelica (SM) e sabendo que esses estudantes receberam os resultados obtidos na
pesquisa considerou-se relevante investigar se apoacutes estarem cientes dos resultados os
participantes modificaram o seu consumo alimentar tendo em vista que o consumo alimentar
influencia a ocorrecircncia de sobrepeso obesidade alteraccedilotildees nos Trigliceriacutedeos LDL HDL e
Colesterol
Outras indagaccedilotildees foram realizadas sobre o comportamento alimentar como ldquoQuem eacute
o responsaacutevel pelo preparo de suas refeiccedilotildeesrdquo ldquoOnde vocecirc costuma realizar as suas
refeiccedilotildeesrdquo ldquoQuais refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamenterdquo Para finalizar as ligaccedilotildees
aplicava-se o QFA indagando sobre o consumo de cada grupo alimentar Para o grupo de leite
e derivados fazia-se a seguinte indagaccedilatildeo ldquoDo grupo de leite e derivados quais alimentos
vocecirc comerdquo ldquoE quantas vezes vocecirc consome na semanardquo Vale ressaltar que quando o
entrevistado referia que o consumo do alimento era diaacuterio questionava-se a frequecircncia diaacuteria
com o seguinte questionamento ldquoE quantas vezes ao dia vocecirc comerdquo Quanto ao consumo de
aacutegua questionavam-se quantos copos de aacutegua eram consumidos diariamente atraveacutes da
questatildeo ldquoQuantos copos de aacutegua vocecirc bebe por diardquo
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
25
46 Descriccedilatildeo das Variaacuteveis
461 Sociodemograacuteficas e acadecircmicas
Por variaacuteveis sociodemograacuteficas compreenderam-se as variaacuteveis preditoras do estudo
como seguem
1 Sexo masculino e feminino
2 Idade em anos completos
3 Cor autorreferida como branca parda amarela negra
4 Situaccedilatildeo laboral apenas estudaestuda e trabalha
5 Semestre semestre que estaacute cursando
6 Aacuterea do conhecimento Humanas Exatas Agraacuterias Sauacutede Ciecircncias e Tecnologia
7 Renda familiar valor aproximado referido pelos participantes
8 Com quem mora Pais familiares amigos vizinhos ou sozinho
9 Classe econocircmica empregaram-se os ldquoCriteacuterios de Classificaccedilatildeo Econocircmica do
Brasilrdquo da Associaccedilatildeo Brasileira de Empresas e Pesquisas A avaliaccedilatildeo considera o
grau de instruccedilatildeo do chefe da famiacutelia e a presenccedila de determinados bens (televisor em
cores raacutedio banheiro automoacutevel empregada mensalista aspirador de poacute maacutequina de
lavar videocassete eou DVD geladeira e freezer) mediante pontuaccedilotildees
correspondentes agraves seguintes classes A1 A2 B1 B2 C D e E Para melhor
visualizaccedilatildeo dos dados esses intervalos foram apresentados nas tabelas categorizados
da seguinte forma A B C D e E (ABEP 2009)
462 Consumo alimentar
O consumo alimentar dos estudantes foi estratificado em consumo semanal (de 1 a 3
vezes) consumo semanal (de 4 a 6 vezes) consumo diaacuterio (de 1 a 2 vezes) e consumo diaacuterio
(3 vezes ou mais) (MUNIZ 2013)
O consumo de aacutegua foi estratificado em nuacutemero de copos consumidos diariamente a
saber menos de 4 (quatro) copos entre 4 (quatro) e 5 (copos) entre 6 (seis) e 8 (oito) copos e
8 (oito) copos ou mais (BRASIL 2008) Foi considerado positivo para o desfecho o
consumo de aacutegua de 6 (seis) a 8 (oito) copos e de 8 (oito) copos ou mais
No estudo em tela considerou-se positivo para o desfecho o consumo diaacuterio de frutas
e legumes e o consumo diaacuterio de arroz com feijatildeo tendo em vista que estes componentes satildeo
indispensaacuteveis para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel e ainda sua ingestatildeo diaacuteria eacute fator protetor
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
26
contra siacutendrome metaboacutelica dentre outras DCNT (BRASIL 2008 VINHOLES
ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009)
47 Anaacutelise dos dados
Os dados foram digitados no Microsoft Access 2002 e apoacutes a digitaccedilatildeo foram
exportados para o software estatiacutestico STATA v80 para tratamento e geraccedilatildeo dos resultados
Realizou-se anaacutelises exploratoacuterias estratificadas por sexo das caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas haacutebitos alimentares e do padratildeo de consumo alimentar dos entrevistados
Foram utilizadas medidas descritivas (meacutedias desvio padratildeo) para as variaacuteveis contiacutenuas e
distribuiccedilatildeo de frequecircncias uniu e bivariadas para as variaacuteveis categoacutericas nominais e
ordinais As anaacutelises bivariadas foram aplicadas com o objetivo de verificar diferenccedilas ou
tendecircncias proporcionais do consumo alimentar entre os grupos segundo as caracteriacutesticas
sociodemograacuteficas e haacutebitos alimentares Para tal foram utilizados os Testes Qui-quadrado de
Pearson ou o Exato de Fischer Para verificar tendecircncias proporcionais entre as variaacuteveis do
tipo ordinal foi aplicado o Teste Qui-quadrado de Tendecircncia Linear (considerou-se o niacutevel de
confianccedila de 95 - alfa 005)
Posteriormente foram realizadas anaacutelises de associaccedilatildeo por grupos de alimentos
consumo de Frutas eou Legumes e Arroz com Feijatildeo segundo as caracteriacutesticas sexo grupo
etaacuterio classe socioeconocircmica e aacuterea de conhecimento Nesta etapa utilizou-se como medida
de ocorrecircncia a Prevalecircncia e como medida de associaccedilatildeo a Razatildeo de Prevalecircncias (RP) e
respectivos intervalos de confianccedila a 95 estimados em funccedilatildeo do risco relativo (RR) da
regressatildeo de Poisson com variacircncia robusta A indicaccedilatildeo do uso da regressatildeo de Poisson
robusta decorreu da prevalecircncia do Consumo de Frutas e Legumes e Arroz com Feijatildeo entre
os grupos ter valores superiores a 20 (BARROS HIRAKATA 2003) Adotou-se o niacutevel
de significacircncia estatiacutestica de 5 (valor de p le 005)
48 Aspectos eacuteticos
Em consonacircncia com o exigido o projeto foi aprovado pelo Comitecirc de Eacutetica em
Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal do Cearaacute sob o protocolo Nordm 20810
(Anexo A)
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
27
5 RESULTADOS
51 Caracterizaccedilatildeo sociodemograacutefica da populaccedilatildeo de estudo
A populaccedilatildeo do estudo foi constituiacuteda por 203 universitaacuterios dos cursos de graduaccedilatildeo da
UFC com meacutedia de idade entre 229 anos (DP = plusmn 36 anos) 665 dos entrevistados
concentraram-se entre 20 a 24 anos Observou-se o predomiacutenio do sexo feminino (665) e
95 da amostra eram solteiros Quanto agrave distribuiccedilatildeo da cor autorreferida 443 pardos
399 brancos 84 negros e 74 amarelos (Tabela 1)
Com relaccedilatildeo agraves caracteriacutesticas socioeconocircmicas dos indiviacuteduos em questatildeo 64 apenas
estudam 216 estuda e trabalha e 133 estudam e trabalham informalmente Foi observado
um percentual expressivo de famiacutelias dos graduandos (as) pertencentes agrave classe econocircmica C
(512) e B (325) e levando em conta o salaacuterio miacutenimo as famiacutelias com renda mensal
superior a 2 e 4 salaacuterios miacutenimos (28) e superior a 6 salaacuterios miacutenimos (261) e em maior
proporccedilatildeo entre 1 a 2 salaacuterios miacutenimos (309) Vale ressaltar que 88 natildeo responderam a
essa questatildeo no formulaacuterio Observou-se predomiacutenio de graduandos (as) que ainda moram
com pais ou familiares (irmatildeos tios ou primos) (744) (Tabela 1)
Constatou-se diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes entre homens e
mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral (valor de p=0006) e com relaccedilatildeo a com quem mora o
graduando (valor de p=0029) Uma porccedilatildeo significativa das mulheres apenas estuda (711)
enquanto metade dos homens apenas estuda (50) e metade trabalha e estuda (50) Os
diferenciais entre homens e mulheres com relaccedilatildeo a com quem moram mostra que apesar de
existir um predomiacutenio de graduandos que moram com pais ou familiares as mulheres satildeo em
maior proporccedilatildeo e entre os homens morar sozinhos ou com amigos prevalece
A distribuiccedilatildeo dos entrevistados com relaccedilatildeo agrave aacuterea do conhecimento revela que
predominaram na amostra graduandos nas aacutereas de Exatas (255) e Ciecircncias (222) em
seguida as aacutereas de Sauacutede (192) Agraacuterias (167) Tecnologia (133) e em menor
frequecircncia Humanas (3) Quanto ao periacuteodo da faculdade em curso a maioria dos
universitaacuterios estava entre o 5deg e o 8ordm semestre (522) (Quadro 1)
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
28
Quadro 1 Distribuiccedilatildeo dos graduandos por curso segundo o intervalo entre os semestres
(n=203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Intervalo
Semestre
Aacuterea do Conhecimento
Humanas
6 = (3)
Exatas
52 = (256)
Agraacuterias
34 = (167)
Sauacutede
39 = (192)
Ciecircncias
45 = (222)
Tecnologia
27 = (133)
Total
N () N () N () N () N () N () N ()
1ordm - 4ordm 4 = (667) 21 = (404) 1= (29) 2 = (51) 28 = (622) 20 = (740) 76 = (374)
5ordm - 8ordm 2 = (333) 31 = (596) 33= (971) 16 = (410) 17 = (378) 7 = (259) 106 = (522)
9ordm- 12ordm 0 = (00) 0 = (00) 0 = (00) 21= (539) 0 = (00) 0 = (00) 21 = (103)
Total 6 = (100) 52 = (100) 34 = (100) 39 = (100) 45 = (100) 27 = (100) 203= (100)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
29
Tabela 1 Caracteriacutesticas sociodemograacuteficas dos graduandos por sexo e total (n = 203)
Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutestica
Total
N ()
Homens
68 (335)
N ()
Mulheres
135 (665)
N () P-valor
Grupo etaacuterio (em anos)
lt 20 21(104) 8 (118) 13 (96)
051d
20 a 24 135 (665) 41 (603) 94 (696)
25 a 29 39 (192) 16 (235) 23 (171)
30 e mais 8 (39) 3 (44) 5 (37)
Situaccedilatildeo conjugal
CasadoUniatildeo consensual 9 (44) 4 (59) 5 (37) 0487
c
Solteiro Separado 194 (956) 64 (941) 130 (963)
Cor
Branca 81 (399) 25 (367) 56 (415)
0804b Negra 17 (84) 7 (102) 10 (74)
Amarela 15 (74) 6 (88) 9 (67)
Parda 90 (443) 30 (441) 60 (444)
Classificaccedilatildeo socioeconocircmica
A 20 (99) 5 (74) 15 (111)
033d B 66 (325) 21(309) 45 (333)
C 104 (512) 37 (544) 67 (496)
D e E 13 (64) 5 (735) 8 (59)
Renda familiara (em salaacuterios miacutenimos)
Sem Renda 18 (89) 5 (74) 13 (96)
061d
Inferior a 1 SM 8 (39) 5 (74) 3 (22)
1 a 2 SM 37 (309) 9 (132) 28 (207)
Superior 2 ateacute 4 SM 57 (280) 25 (368) 32 (237)
Superior a 4 ateacute 6 SM 30 (148) 9 (132) 21 (156)
Superior auml 6 SM 53 (261) 15 (22) 38 (282)
Situaccedilatildeo laboral
Apenas estuda 130 (640) 34 (500) 96 (711)
0006b Estuda e trabalha 44 (216) 18 (265) 26 (193)
Estuda e trabalha informalmente 29 (133) 16 (235) 13 (96)
Com quem mora
Sozinho 6 (29) 4 (58) 2 (15)
0029c
Pais ou Familiares(irmatildeostiosprimos) 151 (744) 44 (647) 107 (792)
Companheiro(a) 10 (49) 4 (59) 6 (44)
Amigos 5 (25) 4 (59) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas Idade meacutedia = 229 anos (dp= 36 anos) a Salaacuterio miacutenimo da eacutepoca da pesquisa R$ 62200 b Teste Chi-quadrado de Pearson cTeste Chi-quadrado Exato de Fischer dTeste Chi-quadrado de Tendecircncia Linear
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
30
52 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto aos alimentos de consumo habitual e
frequecircncia alimentar
A anaacutelise dos alimentos de consumo habitual entre os graduandos mostra que 56
97 673 e 699 ingere diariamente alimentos como leite arroz feijatildeo e patildeo
respectivamente Quanto ao consumo semanal outros alimentos foram evidenciados com
valores percentuais elevados de ingestatildeo habitual pelos universitaacuterios Dentre eles destacam-
se a pizza (724) o pastel (577) e o refrigerante (575) (Tabela 2)
Vale ressaltar que nenhum alimento do grupo das frutas legumes e verduras foi
evidenciado como parte do consumo habitual da amostra estudada ou seja natildeo haacute uma fruta
por exemplo banana ou um legume por exemplo cenoura que se destaque como parte do
haacutebito alimentar da maioria dos estudantes universitaacuterios investigados
A Tabela 3 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre os
acadecircmicos Foi evidenciado que 703 dos acadecircmicos que consumiam frutas diariamente
tambeacutem consumiam legumes diariamente enquanto que 522 dos acadecircmicos que natildeo
comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes diariamente sendo essas
diferenccedilas estatisticamente significantes (p= 0001)
Em se tratando da frequecircncia de consumo dos grupos de frutas e legumes eacute possiacutevel
perceber na Tabela 4 que a ingestatildeo de legumes eacute maior dentre aqueles que consomem
frutas havendo uma diferenccedila estatisticamente significante entre os grupos (p= 000)
O Diagrama de Venn (Figura 1) ilustra as possiacuteveis interseccedilotildees existentes entre o
consumo diaacuterio de refrigerantes doces e frituras sendo apresentados valores percentuais
baixos de consumo concomitante desses alimentos entre os entrevistados
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
31
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduandos (n=203)
Fortaleza - CE 2013
contiacutenua
Consumo de Alimentos n ()
Leite integral
Nunca 41 202
1 a 3 vezes por semana 25 123
4 a 6 vezes por semana 20 98
1 a 2 vezes por dia 114 560
3 vezes ou mais por dia 3 15
Ovos
Nunca 27 135
1 a 3 vezes por semana 118 590
4 a 6 vezes por semana 42 210
1 a 2 vezes por dia 13 65
Peixe
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 113 557
Carne de Gado
Nunca 8 39
1 a 3 vezes por semana 129 639
4 a 6 vezes por semana 57 28
1 a 2 vezes por dia 8 39
Arroz
Nunca 0 00
1 a 3 vezes por semana 2 10
4 a 6 vezes por semana 4 20
1 a 2 vezes por dia 197 970
Feijatildeo
Nunca 17 84
1 a 3 vezes por semana 32 158
4 a 6 vezes por semana 17 154
1 a 2 vezes por dia 136 673
Patildeo
Nunca 7 36
1 a 3 vezes por semana 19 97
4 a 6 vezes por semana 20 102
1 a 2 vezes por dia 137 699
3 vezes ou mais por dia 13 64
Pizza
Nunca 50 246
1 a 3 vezes por semana 147 724
4 a 6 vezes por semana 6 296
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
32
Tabela 2 Prevalecircncia do consumo habitual ()
de alimentos entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo de Alimentos N ()
Pastel
Nunca 73 363
1 a 3 vezes por semana 116 577
4 a 6 vezes por semana 7 35
1 a 2 vezes por dia 5 25
Doce em barra
Nunca 43 212
1 a 3 vezes por semana 102 502
4 a 6 vezes por semana 15 73
1 a 2 vezes por dia 43 212
Sorvete
Nunca 90 443
1 a 3 vezes por semana 104 512
4 a 6 vezes por semana 6 29
1 a 2 vezes por dia 3 15
Refrigerante
Nunca 39 195
1 a 3 vezes por semana 115 575
4 a 6 vezes por semana 21 105
1 a 2 vezes por dia 24 120
3 vezes ou mais por dia 1 05
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria
Nota Consumo habitual caracteriza-se por alimentos ingeridos por mais de 50 da amostra
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
33
Tabela 3 Prevalecircncia do consumo diaacuterio de frutas e legumes entre graduanda(o)s (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de frutas
Consumo diaacuterio de
Legumes
Natildeo
N ()
Sim
N ()
Valor ndashP
Natildeo 48 (522) 33(297) 0001a
Sim 44 (478) 78(703)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste do Chi-Quadrado de Pearson
Tabela 4 Prevalecircncia e frequecircncia de consumo de frutas e legumes entre graduandos
(n=203) Fortaleza - CE 2013
Consumo de frutas
Nunca 1 a 3 vezes
por semana
4 a 6 vezes
por semana
1 a 2 vezes
ao dia
3 vezes ou
mais por dia
Consumo de
legumes
N () N () N () N () N () Valor -
P
Nunca 4 (20) 7 (194) 3 (83) 3(361) 3 (72)
1 a 3 vezes por
semana
5 (25) 6 (167) 7(194) 12(145) 1 (36) 000 a
4 a 6 vezes por
semana
5 (25) 8 (222) 3(83) 12 (145) 3(107)
1 a 2 vezes ao dia 3 (15) 9 (25) 15 (416) 30 (362) 10 (357)
3 vezes ou mais por
dia
3 (15) 6 (167) 8 (222) 26 (313) 12 (429)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
34
N = 203 n = 203
Refrigerantes
[28 (138)]
Doces
[65 (320)]
Frituras
[12 (59)]
Nenhum
[118 (581)]
[3 (15)]
[3 (15)]
[10 (49)]
[1 (05)]
Figura 1 Diagrama de Venn das prevalecircncias de consumo diaacuterio de refrigerantes frituras
e doces Fortaleza - CE 2013
53 Caracterizaccedilatildeo do consumo alimentar por grupo de alimentos - sexo
A Tabela 5 apresenta a distribuiccedilatildeo da frequecircncia de consumo por grupo de alimentos
estratificada por sexo Quanto ao grupo das frutas 99 dos graduandos referiram nunca
consumir frutas enquanto que apenas 408 consomem frutas de 1 a 2 vezes por dia A
distribuiccedilatildeo proporcional do consumo de frutas mostrou-se homogecircnea por sexo (p=052) No
entanto ao considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) o consumo foi
maior entre os homens quando comparado agraves mulheres
No grupo dos legumes 94 dos graduandos referiram nunca ingerir alimentos deste
grupo jaacute apenas 33 refere comer legumes de 1 a 2 vezes por dia Natildeo foram verificadas
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
35
diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p=022) contudo ao
considerar o consumo diaacuterio (seja 1 a 2 vezes ou 3 vezes ou mais) os homens apresentaram
percentuais discretamente mais elevados do que as mulheres
Em se tratando do grupo das carnes evidenciou-se que 916 dos graduandos
relataram a ingestatildeo diaacuteria (1 a 2 vezes por dia) considerando as diferenccedilas entre os sexos
encontrou-se que na frequecircncia de 1 a 2 vezes ao dia as mulheres (926) comem mais
carnes em relaccedilatildeo aos homens (897)
Quanto ao grupo dos cereais 985 dos indiviacuteduos referiram o consumo de alimentos
desse grupo na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia Foi encontrada diferenccedila
estatisticamente significativa (p le 005) entre os sexos considerando que 148 das mulheres
e 14 dos homens ingerem alimentos desse grupo 1 a 2 vezes por dia Jaacute quanto ao consumo
diaacuterio na frequecircncia de 3 vezes ou mais por dia os homens (985) apresentaram consumo
superior ao das mulheres (851)
A prevalecircncia do consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de frituras foi de 665
Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo (p le 005)
os homens apresentaram maior frequecircncia de consumo diaacuterio (1 a 2 vezes) e semanal (4 a 6
vezes por semana) quando comparado agraves mulheres Aleacutem das frituras foi destaque tambeacutem a
prevalecircncia de consumo semanal (1 a 3 vezes por semana) de refrigerantes referida por
567 dos graduandos
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
36
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013
contiacutenua
Frequecircncia de Consumo de
grupos de alimentos
Prevalecircncia
N () Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Legumes
Nunca 19 (94) 8 (118) 11 (82)
052a
1 a 3 vezes por semana 31 (153) 6 (88) 25 (185)
4 a 6 vezes por semana 31 (153) 11 (162) 20 (148)
1 a 2 vezes por dia 67 (330) 23 (338) 44 (326)
3 vezes ou mais por dia 55 (270) 20 (294) 35 (259)
Frutas
Nunca 20 (99) 7 (103) 13 (96)
022a
1 a 3 vezes por semana 36 (177) 9 (133) 27 (20)
4 a 6 vezes por semana 36 (177) 11 (162) 25 (185)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29 (426) 54 (400)
3 vezes ou mais por dia 28 (138) 12 (177) 16 (119)
Carne
Nunca 0 (00) 0 (0) 0 (0)
030a
1 a 3 vezes por semana 1 (05) 0 (0) 1 (07)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 3 (44) 6 (44)
1 a 2 vezes por dia 186 (916) 61 (897) 125 (926)
3 vezes ou mais por dia 7 (345) 4 (59) 3 (22)
Leite e derivados
052a
19(94) 8(118) 11(82)
1 a 3 vezes por semana 31(153) 6(88) 25(185)
4 a 6 vezes por semana 31(153) 11(162) 20(148)
1 a 2 vezes por dia 67(33) 23(338) 44(325)
3 vezes ou mais por dia 55(27) 20(294) 35(259)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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61
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diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
37
Tabela 5 Prevalecircncia do consumo de grupos de alimentos por sexo (n = 203) Fortaleza -
Cearaacute 2013 continua
Frequecircncia de Consumo Prevalecircncia
N () Homens Mulheres
P-valor
N () N ()
Cereais
Nenhum 0 (00) 0 (00) 0 (00)
000a
1 a 3 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
4 a 6 vezes por semana 0 (00) 0 (00) 0 (00)
1 a 2 vezes por dia 21 (103) 1 (14) 20 (148)
3 vezes ou mais por dia 182 (897) 67 (985) 115 (851)
Doces
Nenhum 11(54) 2 (29) 9 (67)
016a
1 a 3 vezes por semana 74 (365) 22 (323) 52 (385)
4 a 6 vezes por semana 53 (261) 19 (279) 34 (252)
1 a 2 vezes por dia 64 (315) 25 (367) 39 (289)
3 vezes ou mais por dia 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Frituras
Nenhum 47 (231) 10 (147) 37 (274)
000a
1 a 3 vezes por semana 135 (665) 44 (647) 91 (674)
4 a 6 vezes por semana 9 (44) 8 (117) 1 (07)
1 a 2 vezes por dia 12 (59) 6 (88) 6 (44)
3 vezes ou mais por dia 0 (00) 0 (00) 0 (00)
Refrigerante
Nenhum 39 (192) 9 (132) 30 (222)
011a
1 a 3 vezes por semana 115 (567) 39 (573) 76 (563)
4 a 6 vezes por semana 21 (103) 10 (147) 11 (81)
1 a 2 vezes por dia 27 (133) 10 (147) 17 (126)
3 vezes ou mais por dia 1 (04) 0 (0) 1 (17)
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
38
Cafeacute
Nenhum 64 (315) 23 (338) 41 (303)
033a
1 a 3 vezes por semana 28 (137) 9 (132) 19 (141)
4 a 6 vezes por semana 15 (74) 6 (88) 9 (67)
1 a 2 vezes por dia 83 (408) 29(426) 54 (40)
3 vezes ou mais por dia 13 (64) 1 (15) 12 (89)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi- Quadrado de Tendecircncia Linear
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
39
A Tabela 6 apresenta a prevalecircncia do consumo diaacuterio de aacutegua e revela que 512 dos
graduandos referiram a ingestatildeo de 6 a 8 coposdia enquanto que apenas 99 referiram a
ingestatildeo de 8 coposdia ou mais Em relaccedilatildeo ao sexo os homens apresentaram consumo
maior entre 8 coposdia ou mais e 6 a 8 coposdia quando comparado agraves mulheres
Tabela 6 Prevalecircncia do consumo de aacutegua e sucos entre graduandos por sexo e total (n=203)
Fortaleza - CE 2013
Consumo diaacuterio de aacutegua Prevalecircncia
N ()
Masculino Feminino P-valor
N () N ()
Consumo de Aacutegua
lt 4 copos()
dia 15 (74) 3 (441) 12 (889)
020a
8 copos dia ou mais 20 (99) 11 (162) 9 (667)
4 a 5 copos dia 64(315) 13 (191) 51 (378)
6 a 8 copos dia 104 (512) 41 (602) 63 (467)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notacopos de 250 ml a Teste Chi - Quadrado de Tendecircncia
Linear
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
40
54 Caracterizaccedilatildeo do consumo diaacuterio de frutas e legumes e da combinaccedilatildeo alimentar
arroz com feijatildeo entre graduandos
Na Tabela 7 apresentam-se os resultados das associaccedilotildees do consumo diaacuterio dos
grupos frutas e legumes e arroz com feijatildeo segundo caracteriacutesticas sociodemograacuteficas e por
aacuterea do conhecimento A prevalecircncia de consumo diaacuterio de frutas entre as mulheres foi de
356 e entre os homens 441 A associaccedilatildeo entre o consumo de frutas e legumes por sexo
foi positiva Verificou-se que haacute 12 vezes mais chance (IC95 09-18) dos homens
consumirem frutas e legumes quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo
natildeo foi estatisticamente significante Quanto ao consumo diaacuterio de arroz e feijatildeo por sexo a
prevalecircncia entre as mulheres foi de 644 e entre os homens 735 A associaccedilatildeo foi
positiva Verificou-se que haacute 11 vezes mais chance (IC9509-14) de os homens
consumirem feijatildeo e arroz quando comparados agraves mulheres Entretanto essa associaccedilatildeo natildeo
foi estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de frutas e legumes segundo a distribuiccedilatildeo etaacuteria revela
que indiviacuteduos com idade lt 20 anos consomem menos frutas e legumes quando comparados
agraves outras faixas etaacuterias (95) o consumo de frutas e legumes foi mais prevalente entre
aqueles com 30 anos ou mais (625) seguido daqueles com idade entre 20 a 24 anos (43)
e entre 25 a 29 anos (333) A associaccedilatildeo entre o consumo de Frutas e Legumes e a
distribuiccedilatildeo etaacuteria foi positiva para todos os estratos de idade A chance de indiviacuteduos com
idade entre 20 a 24 anos consumir Frutas e Legumes foi 45 vezes superior (IC95 12 -
172) quando comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos Entre 25 a 29 anos a chance
foi 35 vezes superior (IC95 09-141) comparado aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos e
entre aqueles com 30 anos e mais a chance foi 66 vezes superior (IC95 16-273) Quando
comparados aos indiviacuteduos com idade lt 20 anos os resultados foram estatisticamente
significantes exceto para as faixas entre 25 e 29 anos
A prevalecircncia do consumo de Arroz e Feijatildeo foi maior entre aqueles com idade de 20
a 24 anos (726) e idade lt 20 anos (667) A associaccedilatildeo foi positiva apenas para aqueles
com idade entre 20 e 24 anos A chance de indiviacuteduos neste grupo etaacuterio consumirem Arroz e
Feijatildeo foi 11 vezes superior (IC95 08-15) quando comparados agravequeles com idade lt 20
anos Entretanto as associaccedilotildees natildeo se mostraram estatisticamente significantes Para as
faixas etaacuterias entre 25 e 29 anos e 30 anos ou mais o consumo nestes grupos atuou como
fator protetor quando comparado o consumo com aqueles de idade lt 20 anos Entretanto
estas medidas natildeo foram estatisticamente significantes
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
41
A prevalecircncia do consumo de Frutas e Legumes segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes B e D apresentaram as maiores prevalecircncias (462 e
404) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva para todos os estratos de classe contudo
natildeo se mostraram estatisticamente significantes
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a condiccedilatildeo socioeconocircmica
mostra que os indiviacuteduos das classes C D e E satildeo mais prevalentes quanto ao consumo
(788 e 606) respectivamente Foram verificadas tendecircncias proporcionais
estatisticamente significantes do aumento de consumo entre as classes (p=000) As
associaccedilotildees foram positivas para as classes B e C quando comparadas agrave classe A
A chance do consumo de Arroz e Feijatildeo entre os indiviacuteduos da classe C foi 17 vezes
superior (IC95 11-29) quando comparadas aos indiviacuteduos da classe A sendo este
resultado estatisticamente significante
As prevalecircncias do consumo de Frutas e Legumes segundo a aacuterea do conhecimento
revela que os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias foram mais prevalentes (559) e que os
indiviacuteduos das aacutereas de Humanas e Sauacutede apresentaram as menores prevalecircncias de consumo
(167 e 231) respectivamente A associaccedilatildeo foi positiva e estatisticamente significante
para os indiviacuteduos das ciecircncias Agraacuterias Verificou-se o aumento da chance do consumo de
Frutas e Legumes de 24 vezes (IC95 13-46) quando comparados aos indiviacuteduos da
Sauacutede
As prevalecircncias do consumo de Arroz e Feijatildeo segundo a aacuterea do conhecimento foram
iguais ou superiores a 50 A maior prevalecircncia de consumo foi para os indiviacuteduos das
Ciecircncias Agraacuterias (765) e a menor para Humanas (50) As associaccedilotildees do consumo de
Arroz e Feijatildeo quando comparadas agrave aacuterea da Sauacutede se mostraram pouco expressivas ou
inexistentes
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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61
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
42
Tabela 7 Prevalecircncia e Razatildeo de Prevalecircncia da associaccedilatildeo bruta entre o consumo diaacuterio de
arroz e feijatildeo e caracteriacutesticas independentes (n = 203) Fortaleza - Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas N ()
Consumo diaacuterio
Frutas e legumes Arroz e Feijatildeo
Prev RPbruta
(IC95)
Prev RPbruta
(IC95)
Sexo
Mulheres 135
(665)
356 10 644 10
Homens 68 (335) 441 12 (09-18) 735 11 (09-14)
P-valor 0237a 0192
a
Grupo etaacuterio
(em anos)
lt 20 21 (103) 95 10 667 10
20 a 24 135
(665)
430 45 (12-172) 726 11 (08-15)
25 a 29 39 (192) 333 35 (09-141) 513 08 (05-12)
30 e mais 8 (39) 625 66 (16-273) 625 09 (05-17)
P-valor 013b 008
b
Classificaccedilatildeo
socioeconocircmica
A 20 (98) 300 10 450 10
B 13 (64) 462 12 (06-25) 461 13 (08-23)
C 66 (325) 364 13 (07-27) 606 17 (11-29)
D e E 104
(512)
404 15 (06-38) 788 10 (05-22)
P-valor 054b 000
b
Aacuterea do
conhecimento
Sauacutede 39 (192) 231 10 641 10
Humanas 6 (30) 167 07 (01-47) 500 08 (03-18)
Exatas 52 (256) 404 18 (09-34) 673 10 (08-14)
Agraacuterias 34 (168) 559 24 (13-46) 765 12 (09-16)
Ciecircncias 45 (222) 400 17 (09-34) 689 11 (08-15)
Tecnologia 27 (133) 370 16 (08-34) 630 10 (07-14)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria Notas a Teste Chi-quadrado de Pearson
b Teste Chi-quadrado de
Tendecircncia Linear
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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61
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
43
55 Caracterizaccedilatildeo dos entrevistados quanto ao comportamento alimentar
Em relaccedilatildeo aos aspectos do comportamento alimentar evidenciou-se que para 704
dos participantes tinham as refeiccedilotildees preparadas por familiares 665 fazem as refeiccedilotildees em
casa e ainda que 492 dos entrevistados realiza entre 3 (trecircs) a 5 (cinco) refeiccedilotildees diaacuterias
(Tabela 2) Foram verificadas diferenccedilas proporcionais estatisticamente significantes por sexo
para o nuacutemero de refeiccedilotildees diaacuterias (p=0031) tendo em vista que 96 das mulheres e 15
dos homens realizam apenas ateacute 3 refeiccedilotildees diaacuterias 588 dos homens e 444 das mulheres
realizam de 3 agrave 5 refeiccedilotildees diaacuterias 456 dos homens e 397 das mulheres e dos homens
respectivamente realizam todas as 6 (seis) refeiccedilotildees diaacuterias (Tabela 8)
No entanto na pesquisa atual encontrou-se que 666 dos acadecircmicos entrevistados
natildeo apresentou mudanccedila alguma no comportamento alimentar no uacuteltimo ano (Tabela 2) Os
relatos oriundos dos desdobramentos da pergunta sobre a mudanccedila na alimentaccedilatildeo permitiram
dividir os relatos em duas categorias mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo e mudanccedila negativa na
alimentaccedilatildeo
As falas que relataram melhorias na alimentaccedilatildeo como por exemplo ldquoCortei
refrigerante e salgado e passei a comer mais frutasrdquo ldquoTenho uma alimentaccedilatildeo mais
balanceadardquo ldquoComendo mais verduras e legumes e diminuindo o accediluacutecarrdquo ldquoNatildeo comi mais
friturasrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila positiva na alimentaccedilatildeo ocorrida
em 69 dos graduandos que afirmaram ter modificado os haacutebitos
Em contrapartida os relatados que sinalizavam escolhas de alimentos hipercaloacutericos e
de baixo teor nutricional como por exemplo ldquoPassei a consumir mais alimentos
industrializadosrdquo ldquoPassei a estagiar alimento-me de salgado e natildeo almoccedilordquo ldquoHaacute 2 (dois)
meses passei a comer mais ldquofast foodrdquo dentre outras foram categorizadas como mudanccedila
negativa na alimentaccedilatildeo o que foi evidenciado em 31 dos entrevistados
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
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Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
44
Tabela 8 Caracteriacutesticas dos haacutebitos alimentares de graduandos por sexo (n=203) Fortaleza
- Cearaacute 2013
Caracteriacutesticas Total
N ()
Homens Mulheres P-valor
N () N ()
Mudanccedila na alimentaccedilatildeo no uacuteltimo
ano
Sim 66 (325) 19 (279) 47 (348) 0324
a
Natildeo 137 (956) 49 (720) 88 (652)
Refeiccedilotildees realizadas diariamente
Ateacute 3 refeiccedilotildees 14 (69) 1 (15) 13 (96)
0031b De 3 agrave 5 refeiccedilotildees 100 (493) 40 (588) 60 (444)
Todas as refeiccedilotildees 89 (438) 27 (397) 62 (459)
Responsaacutevel pelo preparo das
refeiccedilotildees
Vocecirc 47 (232) 18 (265) 29 (215)
0639a Familiares 143 (704) 45 (662) 98 (726)
Amigos 13 (64) 5 (74) 8 (59)
Local onde costuma realizar as
refeiccedilotildees
Casa 135 (665) 51 (750) 84 (622) 0125
b Restaurante 67 (330) 17 (250) 50 (374)
Outros 1 (05) 0 (00) 1 (07)
Fonte Elaboraccedilatildeo proacutepria a Teste Chi-quadrado de Pearson b Teste de Chi-quadrado Exato
de Fischer
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
45
6 DISCUSSAtildeO
Dos 203 graduandos investigados no estudo em tela apontou-se o predomiacutenio do sexo
feminino da idade entre 20 e 24 anos sendo a meacutedia etaacuteria de 229 anos A maioria dos
estudantes universitaacuterios era de solteiros pardos apenas estudava moravam com pais ou
familiares e pertencia agrave classe C
No Brasil desde a deacutecada de 70 a globalizaccedilatildeo vem modificando a cultura do ensino
superior pois o acesso aos vaacuterios niacuteveis de escolaridade vem se expandindo principalmente
na populaccedilatildeo feminina revertendo um quadro de desigualdade histoacuterica consolidando uma
nova realidade e desmistificando o fato de a universidade ser um espaccedilo masculino
(GUEDES 2008 COSTA 2010)
No entanto outro aspecto cultural - a permanecircncia de jovens no seio familiar durante
o periacuteodo da faculdade - ainda eacute bastante comum nos paiacuteses sul americanos e no Brasil
especialmente entre os nordestinos (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012) Na presente
investigaccedilatildeo encontraram-se diferenccedilas estatisticamente significantes neste aspecto entre
homens e mulheres Apesar da maioria dos entrevistados em ambos os sexos referirem ainda
morar com pais ou familiares as mulheres destacam-se nessa condiccedilatildeo
Estudiosos da psicologia afirmam que a permanecircncia no seio familiar parece ser vista
pelo jovem e tambeacutem pelos pais como uma oportunidade para o investimento pessoal
baseada numa eacutetica de experimentaccedilatildeo e hedonismo apenas possiacutevel atraveacutes do apoio
parental devido agraves dificuldades financeiras e de inclusatildeo no mercado de trabalho de maneira
que seja possiacutevel reproduzir o niacutevel social da famiacutelia de origem Para aleacutem do aspecto
cultural poliacuteticas incipientes para o acesso ao primeiro emprego e o alto custo dos pais para
manter os filhos estudando em outra cidade tambeacutem dificultam a saiacuteda dos jovens do seio
familiar (RANDAtildeO SARAIVA MATOS 2012)
Poreacutem acredita-se que nos proacuteximos anos seja evidenciado um nuacutemero maior de
universitaacuterios em outras condiccedilotildees de moradia Isto poderaacute ocorrer em virtude do Sistema
Seleccedilatildeo Unificada (SISU) adotado recentemente no Brasil como forma de dispor atraveacutes do
Ministeacuterio da Educaccedilatildeo e pela internet as vagas de todas as universidades federais do paiacutes
facilitando o acesso agrave universidade independente do estado da federaccedilatildeo (BRASIL 2012)
Na investigaccedilatildeo em pauta encontram-se diferenccedilas estatisticamente significantes
(p=0006) entre homens e mulheres quanto agrave situaccedilatildeo laboral 711 das mulheres apenas
estudam enquanto 50 dos homens estudam e trabalham Essa dupla jornada interfere
negativamente no tempo dedicado agraves aulas podendo comprometer o desempenho acadecircmico
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
REFEREcircNCIAS
ALVES J H BOOG HCF Comportamento alimentar em moradia estudantil Um
espaccedilo para promoccedilatildeo da sauacutede Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 41 n 02 pp
197-204 2007
ANJOS L A SOUZA D R ROSSATO SL Desafios na mediccedilatildeo quantitativa da
ingestatildeo alimentar em estudos populacionais Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 22 n
1 pp 151-161 2009
ARETHAIAA AS FAHMY AA AL-SHWAIYAT N M Obesity aval eating habits
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
46
e ainda favorecer o sedentarismo e a alimentaccedilatildeo ldquofast foodrdquo em restaurantes e lanchonetes
pois os universitaacuterios alegam natildeo ter tempo para a praacutetica de atividade fiacutesica e que a
alimentaccedilatildeo pronta e raacutepida oferece maior praticidade tendo em vista o curto periacuteodo de
tempo existente no descolamento do trabalho para a universidade e vice-versa (NAGAI
2009 RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em se tratando da relaccedilatildeo entre o sexo e o comportamento alimentar foram
evidenciadas diferenccedilas estatisticamente significantes entre homens e mulheres pois apenas
444 das mulheres e 588 dos homens referiram realizar de trecircs a cinco refeiccedilotildees Nesse
contexto vale ressaltar que o Ministeacuterio da Sauacutede (2008) atraveacutes do Guia Alimentar da
Populaccedilatildeo Brasileira recomenda que para garantir a sauacutede deve realizar de trecircs refeiccedilotildees
diaacuterias intercaladas por lanches saudaacuteveis
Meacutedia de idade semelhante ao do estudo em pauta tambeacutem foi encontrada em uma
pesquisa realizada com universitaacuterios turcos No entanto em relaccedilatildeo ao sexo houve
diferenccedilas pois 542 dos universitaacuterios turcos eram homens e apenas 458 eram mulheres
(HACIHASANOG˘LU et al 2011)
Os participantes do inqueacuterito MONISA (Monitoramento dos Indicares de Sauacutede e
Qualidade de Vida em Acadecircmicos) estudo populacional realizado no Brasil com 1084
universitaacuterios apresentaram algumas caracteriacutesticas sociodemograacuteficas semelhantes agraves do
estudo em questatildeo tendo em vista que a meacutedia de idade foi de 235 anos 547 dos
participantes eram do sexo feminino e 864 eram solteiros (SOUSA JOSEacute BARBOSA
2013)
No tocante agrave idade entre todos os grupos considera-se o de adultos jovens como
aquele que mais se expotildee agraves condutas de risco para a sauacutede isto somando ao fato de o periacuteodo
universitaacuterio ser criacutetico devido ao estresse gerado pelo excesso de atividades acadecircmicas e as
diversas mudanccedilas que ocorrem na vida dos graduandos A populaccedilatildeo universitaacuteria em estudo
eacute vulneraacutevel ao desempenho de haacutebitos alimentares inadequados como o consumo de
alimentos com alto valor energeacutetico e baixo valor nutricional (HACIHASANOG˘LU et al
2011 SOUSA JOSEacute BARBOSA 2013 SEBOLT RADUumlNZ CARRARO 2011
CERVERA et al 2013)
No estudo em questatildeo 522 dos entrevistados estavam cursando entre o 5ordm e o 8ordm
semestre ou seja jaacute estavam expostos ao ambiente acadecircmico entre 2 e 4 anos Debates com
base no senso comum sugerem que os haacutebitos de vida saudaacuteveis desenvolvam-se mais
facilmente em pessoas com niacutevel superior ou que sejam graduadas em cursos relacionados agrave
sauacutede No entanto estudos nacionais e internacionais evidenciaram que a educaccedilatildeo de niacutevel
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
47
superior natildeo causa efeito protetor na adoccedilatildeo do estilo de vida saudaacutevel e que
independentemente do tipo de graduaccedilatildeo os universitaacuterios influenciam-se para o
desenvolvimento de haacutebitos de vida inadequados ao longo do tempo de exposiccedilatildeo ao meio
acadecircmico (FRANCcedilA COLARES 2008 BRANDAtildeO PIMENTEL CARDOSO 2011)
O estado civil pode ser considerado um dos fatores determinantes na escolha de
haacutebitos alimentares saudaacuteveis Em uma investigaccedilatildeo realizada no Acre com 863
universitaacuterios foi evidenciado que viver com um companheiro aumenta em 153 as chances
de realizar o consumo regular de frutas e hortaliccedilas (RAMALHO DALAMARIA SOUZA
2012) Tendo em vista que um percentual pequeno dos entrevistados nessa investigaccedilatildeo tinha
companheiro pode inferir-se que o fato de ser solteiro em conjunto com o tempo de inserccedilatildeo
na faculdade pode favorecer escolhas por haacutebitos alimentares inadequados
Especificamente em relaccedilatildeo ao padratildeo de consumo alimentar adotado pelos
graduandos no estudo em tela alguns grupos de alimentos destacaram-se na frequecircncia de 1 a
3 vezes por semana como o grupo dos refrigerantes (567) e das frituras (665)
Entretanto quanto agrave frequecircncia de 1 a 2 vezes por dia destacou-se o grupo das carnes
(916) e na frequecircncia de 3 vezes ou mais ao dia o grupo dos cereais (897) Alguns
alimentos tiveram valores percentuais elevados de consumo como o pastel (577) de 1 a 3
vezes por semana doce em barra (502) e sorvete (512) de 1 a 3 vezes por semana pizza
(724) de 1 a 3 vezes na semana leite integral (56) de 1 a 2 vezes por dia carne bovina
(639) de 1 a 3 vezes por semana ovos (59) de 1 a 3 vezes por semana arroz (97) de 1 a
2 vezes por dia feijatildeo (673) de 1 a 2 vezes ao dia patildeo (699) de 1 a 2 vezes por dia
O padratildeo de consumo encontrado apresentado no paraacutegrafo acima eacute semelhante aos
resultados da pesquisa feita com 34003 indiviacuteduos acima dos dez anos de idade que
apresentou como alimentos de consumo frequente pelos brasileiros o arroz (840) o cafeacute
(790) o feijatildeo (728) o patildeo (630) a carne bovina (487) os sucos e refrescos
(398) e os refrigerantes (230) (SOUZA et al 2013)
Outro importante inqueacuterito populacional realizado no Brasil com 54144 brasileiros
acima de 18 anos nos 26 estados e no Distrito Federal demostrou que (291) (569) e
(691) da populaccedilatildeo adulta realiza o consumo regular (cinco vezes ou mais na semana) de
refrigerantes leite integral e feijatildeo respectivamente (BRASIL 2012)
Especificamente na cidade de Fortaleza os dados desta pesquisa apontam que a
ingestatildeo regular foi de 74 526 245 para o feijatildeo o leite integral e o refrigerante
respectivamente na populaccedilatildeo entrevistada No caso dos refrigerantes observou-se que os
homens de Fortaleza apresentam um percentual de consumo maior em 104 quando
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
48
comparado agraves mulheres (BRASIL 2012) Valores aumentados do consumo de refrigerantes
pelos homens em todas as frequecircncias quando comparados agraves mulheres tambeacutem foram
verificados na presente investigaccedilatildeo
A ingestatildeo de refrigerantes por universitaacuterios do sexo masculino foi investigada em
uma pesquisa com 407 graduandos coreanos que evidenciou a relaccedilatildeo entre o consumo de
refrigerantes e a realizaccedilatildeo de lanches frequentes sendo considerados na pesquisa como um
incentivo ao consumo de refrigerantes os pacotes populares de refeiccedilotildees que reduzem os
preccedilos da referida bebida quando estes satildeo comprados em conjunto com o lanche (KIM et al
2011) O consumo concomitante de refrigerantes frituras e doces foi analisado atraveacutes do
Diagrama de Venn e natildeo foram identificados valores percentuais elevados dessas associaccedilotildees
de consumo
No presente estudo a anaacutelise do consumo pelos graduandos do grupo das frutas e dos
legumes e verduras revelou que na frequecircncia alimentar de 1 a 2 vezes ao dia houve o maior
consumo das frutas (408) e dos legumes e verduras (33) e ainda que 703 dos
acadecircmicos que ingeriam frutas diariamente tambeacutem ingeriram legumes e verduras enquanto
522 dos acadecircmicos que natildeo comiam frutas diariamente tambeacutem natildeo comiam legumes e
verduras No tocante ao sexo verificou-se que haacute 12 vezes mais chances dos homens
consumirem frutas e legumes diariamente quando comparado agraves mulheres e quanto agrave faixa
etaacuteria foi verificado o aumento da ingestatildeo diaacuteria com o avanccedilo da idade
Outros inqueacuteritos nacionais e internacionais realizados com universitaacuterios tambeacutem
evidenciaram um padratildeo de consumo para frutas verduras e legumes fora das recomendaccedilotildees
orientadas para a estruturaccedilatildeo de uma vida saudaacutevel Este fato pode ser considerado grave
tendo em vista que os haacutebitos adquiridos na juventude podem perdurar para a vida adulta e
ainda que a ingestatildeo de frutas legumes e verduras associadas ou isoladas eacute fator de proteccedilatildeo
para o desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica diabetes mellitus tipo 2 doenccedilas
cardiovasculares intestinais e alguns tipo de cacircncer (BRUNT RHEE 2008 PEacuteRUSSE-
LANCHANCE TREMBLAY DRAPEDE 2010 PAIXAtildeO DIAS PRADO 2010 HOU
ABRAHAM EL-SERAG 2011 MACIEL et al 2012 RAMALHO DALAMARIA
SOUZA 2012 SOUZA JOSEacute BARBOSA 2013 CASTANHO et al 2013 CERVERA et
al 2013)
Os resultados encontrados quanto ao consumo de frutas legumes e verduras em
universitaacuterios satildeo semelhantes aos dados de grandes inqueacuteritos como o VIGITEL que
apresentou a frequecircncia do consumo regular (cinco ou mais vezes na semana) de 309 e o
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
49
consumo recomendado (cinco ou mais porccedilotildees diaacuterias de frutas legumes e verduras) de
202 (BRASIL 2012)
Estudos apontam que existem diferenccedilas para a ingestatildeo de frutas legumes e verduras
entre homens e mulheres No presente inqueacuterito os homens (441) apresentaram maior
prevalecircncia do consumo diaacuterio desses alimentos diferentemente do que foi apresentado na
pesquisa feita com universitaacuterios do norte do Brasil e tambeacutem no inqueacuterito do VIGITEL Em
ambos as mulheres apresentaram consumo maior que os homens (BRASIL 2012
RAMALHO DALAMARIA SOUZA 2012)
Em contrapartida um estudo realizado nos Estados Unidos evidenciou que o baixo
consumo de frutas legumes e verduras entre homens estaacute relacionado agrave crenccedila reduzida nos
benefiacutecios destes alimentos para sauacutede e ao fato de eles natildeo acreditarem ser possiacutevel comer
frutas verduras e legumes no trabalho quando se estaacute cansado ao assistir televisatildeo e quando
outros alimentos tipo ldquofast foodrdquo estatildeo disponiacuteveis (AMBER et al 2012)
Em se tratando da ingestatildeo de aacutegua percentual significativo (512) dos acadecircmicos
entrevistados neste inqueacuterito apresentou consumo diaacuterio recomendado de aacutegua (6 a 8 copos)
Vale ressaltar que os percentuais foram maiores nos homens Esta eacute uma questatildeo relevante
tendo em vista que nenhum outro nutriente tem tantas funccedilotildees no organismo como a aacutegua A
hidrataccedilatildeo adequada eacute essencial para manter o volume de sangue a funccedilatildeo renal aleacutem de
prevenir a constipaccedilatildeo e tambeacutem infecccedilotildees do trato urinaacuterio A aacutegua natildeo tem calorias estaacute
amplamente disponiacutevel e eacute de baixo custo Sendo assim sua ingestatildeo diaacuteria eacute viaacutevel e crucial
para a sauacutede (BRASIL 2008 MALIK et al 2010 SOUSA et al 2010)
Uma coorte de 12 anos realizada com 82902 mulheres americanas evidenciou que a
substituiccedilatildeo simples de bebidas accedilucaradas por aacutegua estaacute relacionada com o menor risco de
diabetes tipo 2 A substituiccedilatildeo diaacuteria de bebida accedilucarada por aacutegua reduziu o risco para o
DM2 em 8 Resultados como estes podem ser utilizados para ajudar a orientar as escolhas
de bebidas saudaacuteveis (PAN et al 2012)
Aleacutem do consumo diaacuterio de aacutegua frutas legumes e verduras tambeacutem eacute um indicador
de qualidade na dieta o consumo diaacuterio da combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo na proporccedilatildeo de duas
porccedilotildees de arroz para uma de feijatildeo pois essa combinaccedilatildeo eacute considerada uma fonte completa
de proteiacutenas tem baixa densidade energeacutetica baixo teor de gordura baixa carga glicecircmica e
alta densidade de fibras (BRASIL 2008 RODRIGUES et al 2013) Os resultados do estudo
em pauta mostraram que 67 dos graduandos consumiam arroz e feijatildeo diariamente quanto
ao sexo 735 dos homens realizam a ingestatildeo dessa associaccedilatildeo diariamente sendo
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
50
identificado que o sexo masculino tem 11 vezes mais chances de consumir esta associaccedilatildeo
que o sexo feminino
Inqueacuteritos que avaliem o consumo dessa combinaccedilatildeo tipicamente brasileira
especificamente em universitaacuterios ainda satildeo incipientes No entanto em uma pesquisa com
253 graduandos da Universidade de Pernambuco tambeacutem se evidenciaram valores
percentuais elevados do consumo de arroz e feijatildeo (791) (PAIXAtildeO DIAS PRADO
2010)
Em se tratando de adultos jovens da populaccedilatildeo prevalente no estudo em tela dados de
uma coorte que avaliou os padrotildees de dieta e o risco cardiovascular em 4202 jovens da
cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul com meacutedia de idade de 23 anos evidenciaram que a
dieta tradicional brasileira com base na combinaccedilatildeo arroz e feijatildeo esteve associada com a
reduccedilatildeo de valores do IMC e niacuteveis mais baixos do colesterol total do LDL e do HDL em
ambos os sexos Especialmente nas mulheres essa dieta tradicional tambeacutem foi associada
com menores valores de pressatildeo arterial sistoacutelica e diastoacutelica (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO
NEUTZLING 2009)
Diante dos resultados acima evidencia-se grandes benefiacutecios para o consumo de arroz
e feijatildeo por ambos os sexos poreacutem assim como no estudo em questatildeo a prevalecircncia de
mulheres que diariamente ingerem arroz e feijatildeo eacute menor quando comparada aos homens
indicando que os profissionais de sauacutede devem estimular as mulheres em especial para o
consumo desses alimentos (VINHOLES ASSUNCcedilAtildeO NEUTZLING 2009 BRASIL
2012 RODRIGUES et al 2013)
Uma seacuterie histoacuterica realizada com os dados do VIGITEL dos anos de 2006 ateacute 2009
apresentou dados preocupantes relacionados ao consumo de feijatildeo na populaccedilatildeo em
discussatildeo pois jovens de 18 ateacute 24 anos apresentaram uma reduccedilatildeo de 101 no consumo de
feijatildeo ao longo dos anos e os brasileiros com tempo de escolaridade superior a 12 anos
apresentaram os menores percentuais de consumo em toda a seacuterie histoacuterica (VELAacuteSQUEZ-
MENLEacuteNDEZ et al 2012)
A investigaccedilatildeo sobre a ocorrecircncia de mudanccedila no comportamento alimentar dos
acadecircmicos no uacuteltimo ano realizada no estudo em pauta revelou que a maioria dos
entrevistados natildeo apresentou mudanccedila tendo em vista que em pesquisa anterior sobre os
fatores de risco para a siacutendrome metaboacutelica encontrou-se nesses estudantes universitaacuterios a
presenccedila de sobrepeso (23) obesidade (549) alteraccedilotildees nos trigliceriacutedeos (197) no
Colesterol Total (115) no HDL (173) e no LDL (769) (FREITAS 2012)
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
51
Analisando os resultados da pesquisa anterior para os graduandos inseridos na
categoria ldquomudanccedila negativa na alimentaccedilatildeordquo encontrou-se que 24 e 19 tinham alteraccedilatildeo
no colesterol e trigliceriacutedeos respectivamente e ainda que 38 estavam em sobrepeso
Diante desses dados podemos inferir que parte dos estudantes dessa categoria poderia ter um
agravamento nas suas condiccedilotildees de sauacutede jaacute que mesmo em sobrepeso e com alteraccedilotildees
bioquiacutemicas adotaram uma alimentaccedilatildeo hipercaloacuterica e de baixo teor nutricional
Em contrapartida dentre os estudantes que neste inqueacuterito estiveram inseridos na
categoria ldquomudanccedila positiva na alimentaccedilatildeordquo 38 eram obesos e 48 apresentavam
trigliceriacutedeos alterados no inqueacuterito anterior Perante a estas informaccedilotildees presume-se que os
conhecimentos adquiridos por parte dos acadecircmicos sobre a sua situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes dos
resultados da investigaccedilatildeo sobre os fatores de risco para siacutendrome metaboacutelica pode ter
estimulado a mudanccedila nos haacutebitos alimentares desses indiviacuteduos
No entanto a presente investigaccedilatildeo deve ser um alerta para a tomada de accedilotildees
multiprofissionais envolvendo a atenccedilatildeo primaacuteria e a universidade na prevenccedilatildeo do
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados nos estudantes universitaacuterios pois
mesmo todos os graduandos envolvidos nessa pesquisa tendo o conhecimento sobre as suas
condiccedilotildees de sauacutede apenas um percentual muito pequeno apresentou mudanccedilas positivas na
alimentaccedilatildeo
Isso em conjunto com o contexto apresentado paacuteginas atraacutes nos permite deduzir que eacute
preciso intervir no padratildeo de consumo alimentar apresentado pelos universitaacuterios buscando
um envelhecimento saudaacutevel tendo em vista que o haacutebito alimentar pode perdurar por toda a
vida e ainda as recomendaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede que preconiza como alimentaccedilatildeo
saudaacutevel o consumo diaacuterio de frutas verduras e legumes de feijatildeo de arroz de leite e
derivados aleacutem da ingestatildeo de dois litros (seis a oito copos) de aacutegua por dia de carne ou
frango sem gordura ou ovos e peixe pelo menos duas vezessemana
No entanto essa intervenccedilatildeo eacute uma tarefa aacuterdua considerando que o haacutebito alimentar
eacute influenciado por vaacuterios fatores (sociais culturais e econocircmicos) e ainda estudiosos afirmam
que para os graduandos a alimentaccedilatildeo natildeo eacute um dos aspectos mais importantes do seu
cotidiano atribulado e mudar essa cultura exige accedilotildees que favoreccedilam o entendimento de que
cada pessoa eacute responsaacutevel por aquilo que decide comer e pelos benefiacutecios ou riscos que essas
escolhas podem trazer para sua sauacutede (SEBOLD RADUNZ CARRARO 2011 ALVES
BOOG 2007)
Poreacutem na realidade da universidade em estudo existe apenas um serviccedilo de sauacutede
composto por um profissional meacutedico cujo atendimento eacute voltado para o tratamento de
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
52
doenccedilas As accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede satildeo incipientes e pontuais dificultando a mudanccedila
ou aquisiccedilatildeo de haacutebitos alimentares melhores Mesmo sabendo que a mudanccedila de haacutebitos eacute
intriacutenseca do indiviacuteduo acredita-se que a intervenccedilatildeo multiprofissional durante todo o periacuteodo
em que o aluno estaacute inserido na faculdade pode favorecer este processo Eacute fato que a
disponibilidade de uma alimentaccedilatildeo balanceada no restaurante universitaacuterio torna-se um fator
positivo que pode favorecer a escolha de alimentos saudaacuteveis no almoccedilo
Partindo do princiacutepio de que a promoccedilatildeo da sauacutede eacute a arte e a ciecircncia de motivar as
pessoas a melhorar o seu estilo de vida e assim alcanccedilar a sauacutede completa em relaccedilatildeo aos
haacutebitos alimentares estudiosos afirmam que a universidade eacute um espaccedilo com uma condiccedilatildeo
estrutural e organizacional favoraacutevel agrave implantaccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo da sauacutede no
seu ambiente podendo proporcionar um espaccedilo de conviacutevio mais saudaacutevel que propicie a
formaccedilatildeo de indiviacuteduos conscientes da importacircncia da alimentaccedilatildeo saudaacutevel para o seu bem-
estar ( MACIEL et al 2012 ERCI2011)
Dentro dessa perspectiva a enfermagem na atenccedilatildeo primaacuteria tem como objetivo
preservar e promover a sauacutede dos indiviacuteduos estimulando a adoccedilatildeo de um estilo de vida
saudaacutevel que inclui a busca pela longevidade Para isto deve desempenhar um papel de
lideranccedila na equipe da Estrateacutegia de Sauacutede da Famiacutelia (ESF) sendo imprescindiacutevel que as
enfermeiras explorem as ferramentas de avaliaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares e busquem
aproximaccedilatildeo da universidade como campo propiacutecio para o cuidado com a juventude pois a
praacutetica cliacutenica e as pesquisam cientiacuteficas apresentadas neste inqueacuterito revelam a necessidade
de avaliaccedilatildeo e intervenccedilatildeo na populaccedilatildeo de adultos jovens tendo como foco a promoccedilatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
53
7 CONCLUSOtildeES
Com base nos resultados deste inqueacuterito pode-se concluir que os graduandos
investigados possuem inadequaccedilotildees em seus haacutebitos alimentares pois foi identificado que
uma parcela significativa desses alunos consumiu habitualmente alimentos hipercaloacutericos
enquanto o consumo de frutas legumes e verduras natildeo ocorreu em mais da metade da
amostra Encontrou-se ainda que a combinaccedilatildeo de arroz e feijatildeo faz parte do haacutebito alimentar
desses estudantes de graduaccedilatildeo sendo isso beneacutefico para a sua sauacutede tendo em vista a
valorizaccedilatildeo da composiccedilatildeo nutricional desses alimentos
Foram identificadas diferenccedilas no haacutebito alimentar entre homens e mulheres entre as
faixas etaacuterias e as classes econocircmicas e ainda encontraram-se relatos de que a rotina
acadecircmica pode favorecer o consumo de ldquofast foodrdquo Estes dados demostraram a participaccedilatildeo
de diversos fatores na determinaccedilatildeo do consumo alimentar Outro achado importante foi
identificar que grande parte dos universitaacuterios natildeo apresentou mudanccedila no comportamento
alimentar mesmo tendo ciecircncia dos resultados da pesquisa anterior da qual eles tambeacutem
participaram e cujos valores significativos de obesidade sobrepeso e de alteraccedilotildees nas
lipoproteiacutenas foram encontrados
Sendo assim este inqueacuterito aponta para a necessidade de intervenccedilotildees atraveacutes das
accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede na populaccedilatildeo de universitaacuterios Estas accedilotildees devem ser
planejadas em consonacircncia com os determinantes que influenciam os haacutebitos alimentares
conforme as orientaccedilotildees do Ministeacuterio da Sauacutede para uma alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Um meio de desenvolver essas accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede seria a viabilizaccedilatildeo de
projetos de extensatildeo nas universidades com o envolvimento de alunos de vaacuterios cursos
(Enfermagem Educaccedilatildeo Fiacutesica Nutriccedilatildeo e Medicina) e com o foco na avaliaccedilatildeo orientaccedilatildeo
intervenccedilatildeo e monitoramento dos haacutebitos alimentares dos estudantes fortalecendo a
interdisciplinaridade no cuidado desde a universidade e sanando a lacuna hoje existente de
serviccedilos voltados para os universitaacuterios com enfoque na promoccedilatildeo da sauacutede e prevenccedilatildeo de
doenccedilas
No acircmbito da sauacutede puacuteblica este estudo aponta para a necessidade da atenccedilatildeo
primaacuteria ao se utilizar o espaccedilo da universidade para promover sauacutede entre os jovens As
equipes da ESF que tecircm universidades em seu territoacuterio deveriam ter como meta intervenccedilotildees
perioacutedicas nessa populaccedilatildeo intervindo desde a juventude e minimizando os efeitos da adoccedilatildeo
de haacutebitos alimentares inadequados ao longo da vida
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
54
As limitaccedilotildees deste estudo foram de desenho transversal natildeo permitindo estabelecer
relaccedilotildees casuais realizando-se apenas em uma uacutenica universidade de Fortaleza-Ce limitando
a determinaccedilatildeo do perfil dos haacutebitos alimentares dos universitaacuterios da cidade e dentre as
limitaccedilotildees a mais impactante foi o fato de esses estudos natildeo terem sido realizados em
conjunto com as pesquisas anteriores impedindo a associaccedilatildeo dos achados sobre os haacutebitos
alimentares com os achados sobre os fatores de risco para DM 2 e SM
Eacute recomendaacutevel que sejam implantadas nas universidades de todo o paiacutes pesquisas de
intervenccedilatildeo direcionadas a provocar mudanccedilas nos haacutebitos alimentares buscando a melhoria
da qualidade de vida dos alunos de graduaccedilatildeo do Brasil
Por fim as implicaccedilotildees deste estudo para a enfermagem satildeo que a questatildeo da
alimentaccedilatildeo saudaacutevel deve ser encarada como multidisciplinar Sendo assim os enfermeiros
devem aproximar-se de meacutetodos de avaliaccedilatildeo do consumo alimentar pois especificamente a
populaccedilatildeo de universitaacuterios estaacute descoberta de assistecircncia agrave sauacutede e vulneraacutevel ao
desenvolvimento de haacutebitos alimentares inadequados Sendo assim no acircmbito da promoccedilatildeo
da sauacutede o enfermeiro deve atuar junto aos jovens acadecircmicos e atraveacutes de estrateacutegias como
a educaccedilatildeo em sauacutede para orientaccedilatildeo grupos de acompanhamento para intervenccedilatildeo e uso de
QFA para monitoramento dos haacutebitos alimentares motivando a mudanccedila na escolha dos
alimentos para o consumo nessa populaccedilatildeo
55
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
55
REFEREcircNCIAS
ALVES J H BOOG HCF Comportamento alimentar em moradia estudantil Um
espaccedilo para promoccedilatildeo da sauacutede Revista de Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 41 n 02 pp
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56
BARROS A J D HIRAKATA V N Alternatives for logistic regression in cross-
sectional studies an empirical comparison of models that directly estimate the
prevalence ratio BMC med res methodol v 3 n 21 p 1-13 2003
BAUMGARTEN LZ GOMES VLO FONSECA AD Consumo alcooacutelico entre
universitaacuterios (as) da aacuterea da sauacutede da Universidade Federal do Rio GrandeRS
subsiacutedios para enfermagem Esc Anna Nery v16 n03 2012 Disponiacutevel em
httpwwwscielobr
BRASIL Guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira promovendo a alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica 1ordf ed Brasiacutelia Ministeacuterio
da Sauacutede 2008
_________ Poliacutetica Nacional de Promoccedilatildeo da Sauacutede Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de
Vigilacircncia em Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede 3ordf ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
2010
_________ Plano de accedilotildees estrateacutegicas para o enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 Ministeacuterio da Sauacutede 2011 Disponiacutevel em
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________ Vigitel Brasil 2011 Vigilacircncia de fatores de risco e proteccedilatildeo para doenccedilas
crocircnicas por inqueacuterito telefocircnico Brasiacutelia 2012
________ Portaria nordm 21 de 05 de novembro de 2012 Regulamenta o Sistema de Seleccedilatildeo
Unificada Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Brasiacutelia DF ed 214 2012
Disponiacutevel em httpstatic07mecgovbrsisuportaldataportariapdf
BRANDAO M P PIMENTEL F L CARDOSO M F Impact of academic exposure on
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CASTRO LCV FRANCESCHINI SCC PRIORE SE PELUZIO MCC Nutriccedilatildeo e
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Paulo Campinas 2004
57
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CAVAGIONI C C PIERIN A M G Hipertensatildeo arterial e obesidade em motoristas
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FRANCcedilA C COLARES V Estudo comparativo de condutas de sauacutede entre
universitaacuterios no iniacutecio e final do curso Rev Sauacutede Puacuteblica v 42 n 3 p 420-7 2008
FREITAS R W J F Prevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em
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Departamento de Enfermagem Universidade Federal do Cearaacute 2012
GUEDES Moema de Castro A presenccedila feminina nos cursos universitaacuterios e nas poacutes-
graduaccedilotildees desconstruindo a ideia da universidade como espaccedilo masculino Hist cienc
Sauacutede - Manguinhos Rio de Janeiro v 15 supl 2008
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HENRIQUES EMV Reprodutibilidade e Validade de um Questionaacuterio de Frequecircncia
Alimentar em Mulheres de Baixa Renda [Dissertaccedilatildeo] Fortaleza-CE Centro de Ciecircncias
da Sauacutede Universidade Estadual do Cearaacute 2001
58
HACIHASANOG˘LU R YILDIRIM A KARAKURT P SAG˘LAM R Healthy lifestyle
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HIVERT M F LANGLOIS MF BERARD P CUERRIER JP CARPENTIER A C
Prevention of weinght gain in young adults though a seminar-based intervention
program Int J Obes v 31 n 08 p 1262-1269 2007
KIM H HAN SN LEE H Lifestyle habits and consumption pattern of male
university students according to the frequency of commercial beverage consumptions
Nutrition Research and Practice n 22 p 124-131 2011
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LESSA SS MONTENEGRO AC Avaliaccedilatildeo da prevalecircncia de sobrepeso do perfil
nutricional e do niacutevel de atividade fiacutesica nos estudantes de medicina da Universidade de
Ciecircncias da Sauacutede de Alagoas ndash UNCISAL Revista Sociedade Brasileira de Cliacutenica
Meacutedica v 6 n 3 p90-93 2008
MADUREIRA AS CORSEUIL HX PELEGRINI A PETROSKI EL Associaccedilatildeo
entre estaacutegios de mudanccedila de comportamento relacionados agrave atividade fiacutesica e estado
nutricional em universitaacuterios Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v25 n10 p 2139-
2146 2009
MARCONDELLI P COSTA THM SCHMITZ BAS Niacutevel de atividade fiacutesica e
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MATIAS C T FIORE E G Mudanccedilas no comportamento alimentar de estudantes do
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59
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Meacutetodos Avaliaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo 7ordf Ed Porto Alegre Artmed 2011
PINSKY I et al Patterns of alcohol use among Brazilian adolescents Rev Bras
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PULMAN AW et al Effect of transition from high school to university on
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60
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RANDAO T SARAIVA L MATOS P M O prolongamento da transiccedilatildeo para a idade
adulta e o conceito de adultez emergente Especificidades do contexto portuguecircs e
brasileiro Anaacute Psicoloacutegica Lisboa v 30 n 3 jul 2012
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SAKAHARI R AMAMOTO R MOCHIDA V SHINFUKU N TOYAMA K A
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do planalto catarinense ndash UNIPLAC ndash Lages SC Revista brasileira e atividade fiacutesica e
sauacutede V11 n01 p 3-11 2006
SPANOS D HANKEY C R The habitual meal and snacking patterns of university
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61
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Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
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89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
56
BARROS A J D HIRAKATA V N Alternatives for logistic regression in cross-
sectional studies an empirical comparison of models that directly estimate the
prevalence ratio BMC med res methodol v 3 n 21 p 1-13 2003
BAUMGARTEN LZ GOMES VLO FONSECA AD Consumo alcooacutelico entre
universitaacuterios (as) da aacuterea da sauacutede da Universidade Federal do Rio GrandeRS
subsiacutedios para enfermagem Esc Anna Nery v16 n03 2012 Disponiacutevel em
httpwwwscielobr
BRASIL Guia alimentar da populaccedilatildeo brasileira promovendo a alimentaccedilatildeo saudaacutevel
Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede Departamento de Atenccedilatildeo Baacutesica 1ordf ed Brasiacutelia Ministeacuterio
da Sauacutede 2008
_________ Poliacutetica Nacional de Promoccedilatildeo da Sauacutede Ministeacuterio da Sauacutede Secretaria de
Vigilacircncia em Sauacutede Secretaria de Atenccedilatildeo agrave Sauacutede 3ordf ed Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede
2010
_________ Plano de accedilotildees estrateacutegicas para o enfrentamento das Doenccedilas Crocircnicas Natildeo
Transmissiacuteveis (DCNT) no Brasil 2011-2022 Ministeacuterio da Sauacutede 2011 Disponiacutevel em
httpportalsauacutedegovbrportalarquivospdfcartilha_dcnt_pequena_portugues_espanholpdf
________ Vigitel Brasil 2011 Vigilacircncia de fatores de risco e proteccedilatildeo para doenccedilas
crocircnicas por inqueacuterito telefocircnico Brasiacutelia 2012
________ Portaria nordm 21 de 05 de novembro de 2012 Regulamenta o Sistema de Seleccedilatildeo
Unificada Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Ministeacuterio da Educaccedilatildeo Brasiacutelia DF ed 214 2012
Disponiacutevel em httpstatic07mecgovbrsisuportaldataportariapdf
BRANDAO M P PIMENTEL F L CARDOSO M F Impact of academic exposure on
health status of university students Rev Sauacutede Puacuteblica Satildeo Paulo v 45 Feb 2011
CASTRO LCV FRANCESCHINI SCC PRIORE SE PELUZIO MCC Nutriccedilatildeo e
doenccedilas cardiovasculares Os marcadores de risco em adultos Rev Nutr Vol 17 Satildeo
Paulo Campinas 2004
57
CASTANHO G K et al Consumo de frutas verduras e legumes associado agrave Siacutendrome
Metaboacutelica e seus componentes em amostra populacional adulta Ciecircnc sauacutede coletiva
v18 n02 p 385-392 2013
Disponiacutevel em httpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-
81232013000200010amplng=en
CAVAGIONI C C PIERIN A M G Hipertensatildeo arterial e obesidade em motoristas
profissionais de transporte de cargas Rev Acta Paulista de Enfermagem Satildeo Paulo
v23 n 04 p 455-60 2010
CERVERA B F et al Haacutebitos alimentarios y evaluacioacuten nutricional em uma poblacioacuten
universitaria Nutr Hosp[revista en la Internet] v28 n02 p438-446 2013 Disponiacutevel em
httpdxdoiorg103305nh20132826303
COSTA S M DURAES S J A ABREU M H N G Feminizaccedilatildeo do curso de
odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de
Janeiro v 15 2010 Disponiacutevel em httpdxdoiorg101590S1413-81232010000700100
FRANCcedilA C COLARES V Estudo comparativo de condutas de sauacutede entre
universitaacuterios no iniacutecio e final do curso Rev Sauacutede Puacuteblica v 42 n 3 p 420-7 2008
FREITAS R W J F Prevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes em
universitaacuterios [Dissertaccedilatildeo] Fortaleza-CE Programa de Poacutes- Graduaccedilatildeo em Enfermagem
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62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
57
CASTANHO G K et al Consumo de frutas verduras e legumes associado agrave Siacutendrome
Metaboacutelica e seus componentes em amostra populacional adulta Ciecircnc sauacutede coletiva
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CAVAGIONI C C PIERIN A M G Hipertensatildeo arterial e obesidade em motoristas
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v23 n 04 p 455-60 2010
CERVERA B F et al Haacutebitos alimentarios y evaluacioacuten nutricional em uma poblacioacuten
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httpdxdoiorg103305nh20132826303
COSTA S M DURAES S J A ABREU M H N G Feminizaccedilatildeo do curso de
odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de
Janeiro v 15 2010 Disponiacutevel em httpdxdoiorg101590S1413-81232010000700100
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Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
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uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
58
HACIHASANOG˘LU R YILDIRIM A KARAKURT P SAG˘LAM R Healthy lifestyle
behaviour in university students and influential factors in eastern Turkey International
Journal of Nursing Practice v17 p 43ndash51 2011
HIVERT M F LANGLOIS MF BERARD P CUERRIER JP CARPENTIER A C
Prevention of weinght gain in young adults though a seminar-based intervention
program Int J Obes v 31 n 08 p 1262-1269 2007
KIM H HAN SN LEE H Lifestyle habits and consumption pattern of male
university students according to the frequency of commercial beverage consumptions
Nutrition Research and Practice n 22 p 124-131 2011
Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpmcarticlesPMC3085801tool=pubmed
LESSA SS MONTENEGRO AC Avaliaccedilatildeo da prevalecircncia de sobrepeso do perfil
nutricional e do niacutevel de atividade fiacutesica nos estudantes de medicina da Universidade de
Ciecircncias da Sauacutede de Alagoas ndash UNCISAL Revista Sociedade Brasileira de Cliacutenica
Meacutedica v 6 n 3 p90-93 2008
MADUREIRA AS CORSEUIL HX PELEGRINI A PETROSKI EL Associaccedilatildeo
entre estaacutegios de mudanccedila de comportamento relacionados agrave atividade fiacutesica e estado
nutricional em universitaacuterios Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v25 n10 p 2139-
2146 2009
MARCONDELLI P COSTA THM SCHMITZ BAS Niacutevel de atividade fiacutesica e
haacutebitos alimentares de universitaacuterios do 3ordm ao 5ordm semestre da aacuterea da sauacutede Rev Nutr
Campinas (SP) v 21 n 1 p39-47 2008
MARTINS MCC et al Pressatildeo Arterial Excesso de Peso e Niacutevel de Atividade Fiacutesica em
Estudantes de Universidade Puacuteblica Arq Bras Cardiol v 95 n 2 p192-199 2010
MATIAS C T FIORE E G Mudanccedilas no comportamento alimentar de estudantes do
curso de nutriccedilatildeo em uma instituiccedilatildeo particular de ensino superior Nutrire rev Soc
Bras Alim Nutr Satildeo Paulo v 35 n 2 p 53-66 2010
59
NAGAI Roberta O trabalho de jovens universitaacuterios e repercussotildees no sono e na
sonolecircncia trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres [Tese]
(Doutorado em Sauacutede Ambiental) - Faculdade de Sauacutede Puacuteblica University of Satildeo Paulo Satildeo
Paulo 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis66134tde-
15062011-110407gt
OLIVEIRAR M S et al Influecircncia do estado nutricional pregresso sobre o
desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica em adultos Arquivos Brasileiros de
Cardiologia v92 n02 p 107-112
OVIEDO G et al Risk factorys of nontransmissible chronic diseases in students of
medicine of Carabobo University Nutr Hosp v 23 n 3 p 288-293 2008
PAN A et al Plain-water intake and risk of type 2 diabetes in young and middle-aged
women Am J Clin Nutr n 95 v 06 p 1454-1460 2012 Disponiacutevel em
httpdoi103945ajcn111032698
PETRIBUacute MMV CABRAL PC ARRUDA IKG Estado nutricional consumo
alimentar e risco cardiovascular um estudo em universitaacuterios Rev Nutr Campinas v
22 n 6 p 837-846 2009
PIRES SL GAGLIARDI RJ GORZONI ML Estudo das frequecircncias dos principais
fatores de risco para acidente vascular cerebral isquecircmico em idosos Satildeo Paulo
Arquivos de neuropsiquiatria v62 n33 p 844-51 2004
POLIT DF BECK CT HUNGLER BP Fundamentos de pesquisa em enfermagem
Meacutetodos Avaliaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo 7ordf Ed Porto Alegre Artmed 2011
PINSKY I et al Patterns of alcohol use among Brazilian adolescents Rev Bras
Psiquiatria V 32 n3 p 242-9 2010
PULMAN AW et al Effect of transition from high school to university on
antropometric and lifestyle variables in males Appl Physiol Nutr Metab v 34 n02 p
162-171 2009
60
RAMALHO A A DALAMARIA T SOUZA O F Consumo regular de frutas e
hortaliccedilas por estudantes universitaacuterios em Rio Branco Acre Brasil prevalecircncia e
fatores associados Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28n 7jul2012 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-
311X2012000700018amplng=ptampnrm=isogt
RANDAO T SARAIVA L MATOS P M O prolongamento da transiccedilatildeo para a idade
adulta e o conceito de adultez emergente Especificidades do contexto portuguecircs e
brasileiro Anaacute Psicoloacutegica Lisboa v 30 n 3 jul 2012
Disponiacutevel em lthttpwwwscielogpearimctesptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0870-
82312012000200004amplng=ptampnrm=isogt
RIBEIRO AC Validaccedilatildeo de um questionaacuterio de frequecircncia de consumo alimentar para
populaccedilatildeo adulta Rev Nutr Campinas (SP) v 19 n 05 p 553-562 2006
SAKAHARI R AMAMOTO R MOCHIDA V SHINFUKU N TOYAMA K A
comparative study of food habits and body shape perception of university students in
Japan and Korea
Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpmcarticlesPMC1298329tool=pubmed
SEBOLD LF RADUumlNZ V CARRARO TE Percepccedilotildees sobre cuidar de si promoccedilatildeo da
sauacutede e sobrepeso entre acadecircmicos de enfermagem Esc Anna Nery v15 n3 p536-
541 2011
SIMAtildeO CB MARKUS VN OLIVEIRA ESA Atividade fiacutesica habitual haacutebitos
alimentares e prevalecircncia de sobrepeso e obesidade em universitaacuterios da universidade
do planalto catarinense ndash UNIPLAC ndash Lages SC Revista brasileira e atividade fiacutesica e
sauacutede V11 n01 p 3-11 2006
SPANOS D HANKEY C R The habitual meal and snacking patterns of university
students in two countries and their use of vending machines Journal of Human
Nutrition and Dietetics v 23 p 102ndash107
61
SOUSA T F JOSE H P M BARBOSA A R Condutas negativas agrave sauacutede em
estudantes universitaacuterios brasileiros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v18 n 12
Dez 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-
81232013001200013amplng=enampnrm=isogt
SOUZA A M et al Alimentos mais consumidos no Brasil Inqueacuterito Nacional de
Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
59
NAGAI Roberta O trabalho de jovens universitaacuterios e repercussotildees no sono e na
sonolecircncia trabalhar e estudar afeta diferentemente homens e mulheres [Tese]
(Doutorado em Sauacutede Ambiental) - Faculdade de Sauacutede Puacuteblica University of Satildeo Paulo Satildeo
Paulo 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwtesesuspbrtesesdisponiveis66134tde-
15062011-110407gt
OLIVEIRAR M S et al Influecircncia do estado nutricional pregresso sobre o
desenvolvimento da siacutendrome metaboacutelica em adultos Arquivos Brasileiros de
Cardiologia v92 n02 p 107-112
OVIEDO G et al Risk factorys of nontransmissible chronic diseases in students of
medicine of Carabobo University Nutr Hosp v 23 n 3 p 288-293 2008
PAN A et al Plain-water intake and risk of type 2 diabetes in young and middle-aged
women Am J Clin Nutr n 95 v 06 p 1454-1460 2012 Disponiacutevel em
httpdoi103945ajcn111032698
PETRIBUacute MMV CABRAL PC ARRUDA IKG Estado nutricional consumo
alimentar e risco cardiovascular um estudo em universitaacuterios Rev Nutr Campinas v
22 n 6 p 837-846 2009
PIRES SL GAGLIARDI RJ GORZONI ML Estudo das frequecircncias dos principais
fatores de risco para acidente vascular cerebral isquecircmico em idosos Satildeo Paulo
Arquivos de neuropsiquiatria v62 n33 p 844-51 2004
POLIT DF BECK CT HUNGLER BP Fundamentos de pesquisa em enfermagem
Meacutetodos Avaliaccedilatildeo e Utilizaccedilatildeo 7ordf Ed Porto Alegre Artmed 2011
PINSKY I et al Patterns of alcohol use among Brazilian adolescents Rev Bras
Psiquiatria V 32 n3 p 242-9 2010
PULMAN AW et al Effect of transition from high school to university on
antropometric and lifestyle variables in males Appl Physiol Nutr Metab v 34 n02 p
162-171 2009
60
RAMALHO A A DALAMARIA T SOUZA O F Consumo regular de frutas e
hortaliccedilas por estudantes universitaacuterios em Rio Branco Acre Brasil prevalecircncia e
fatores associados Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28n 7jul2012 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-
311X2012000700018amplng=ptampnrm=isogt
RANDAO T SARAIVA L MATOS P M O prolongamento da transiccedilatildeo para a idade
adulta e o conceito de adultez emergente Especificidades do contexto portuguecircs e
brasileiro Anaacute Psicoloacutegica Lisboa v 30 n 3 jul 2012
Disponiacutevel em lthttpwwwscielogpearimctesptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0870-
82312012000200004amplng=ptampnrm=isogt
RIBEIRO AC Validaccedilatildeo de um questionaacuterio de frequecircncia de consumo alimentar para
populaccedilatildeo adulta Rev Nutr Campinas (SP) v 19 n 05 p 553-562 2006
SAKAHARI R AMAMOTO R MOCHIDA V SHINFUKU N TOYAMA K A
comparative study of food habits and body shape perception of university students in
Japan and Korea
Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpmcarticlesPMC1298329tool=pubmed
SEBOLD LF RADUumlNZ V CARRARO TE Percepccedilotildees sobre cuidar de si promoccedilatildeo da
sauacutede e sobrepeso entre acadecircmicos de enfermagem Esc Anna Nery v15 n3 p536-
541 2011
SIMAtildeO CB MARKUS VN OLIVEIRA ESA Atividade fiacutesica habitual haacutebitos
alimentares e prevalecircncia de sobrepeso e obesidade em universitaacuterios da universidade
do planalto catarinense ndash UNIPLAC ndash Lages SC Revista brasileira e atividade fiacutesica e
sauacutede V11 n01 p 3-11 2006
SPANOS D HANKEY C R The habitual meal and snacking patterns of university
students in two countries and their use of vending machines Journal of Human
Nutrition and Dietetics v 23 p 102ndash107
61
SOUSA T F JOSE H P M BARBOSA A R Condutas negativas agrave sauacutede em
estudantes universitaacuterios brasileiros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v18 n 12
Dez 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-
81232013001200013amplng=enampnrm=isogt
SOUZA A M et al Alimentos mais consumidos no Brasil Inqueacuterito Nacional de
Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
60
RAMALHO A A DALAMARIA T SOUZA O F Consumo regular de frutas e
hortaliccedilas por estudantes universitaacuterios em Rio Branco Acre Brasil prevalecircncia e
fatores associados Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 28n 7jul2012 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0102-
311X2012000700018amplng=ptampnrm=isogt
RANDAO T SARAIVA L MATOS P M O prolongamento da transiccedilatildeo para a idade
adulta e o conceito de adultez emergente Especificidades do contexto portuguecircs e
brasileiro Anaacute Psicoloacutegica Lisboa v 30 n 3 jul 2012
Disponiacutevel em lthttpwwwscielogpearimctesptscielophpscript=sci_arttextamppid=S0870-
82312012000200004amplng=ptampnrm=isogt
RIBEIRO AC Validaccedilatildeo de um questionaacuterio de frequecircncia de consumo alimentar para
populaccedilatildeo adulta Rev Nutr Campinas (SP) v 19 n 05 p 553-562 2006
SAKAHARI R AMAMOTO R MOCHIDA V SHINFUKU N TOYAMA K A
comparative study of food habits and body shape perception of university students in
Japan and Korea
Disponiacutevel em httpwwwncbinlmnihgovpmcarticlesPMC1298329tool=pubmed
SEBOLD LF RADUumlNZ V CARRARO TE Percepccedilotildees sobre cuidar de si promoccedilatildeo da
sauacutede e sobrepeso entre acadecircmicos de enfermagem Esc Anna Nery v15 n3 p536-
541 2011
SIMAtildeO CB MARKUS VN OLIVEIRA ESA Atividade fiacutesica habitual haacutebitos
alimentares e prevalecircncia de sobrepeso e obesidade em universitaacuterios da universidade
do planalto catarinense ndash UNIPLAC ndash Lages SC Revista brasileira e atividade fiacutesica e
sauacutede V11 n01 p 3-11 2006
SPANOS D HANKEY C R The habitual meal and snacking patterns of university
students in two countries and their use of vending machines Journal of Human
Nutrition and Dietetics v 23 p 102ndash107
61
SOUSA T F JOSE H P M BARBOSA A R Condutas negativas agrave sauacutede em
estudantes universitaacuterios brasileiros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v18 n 12
Dez 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-
81232013001200013amplng=enampnrm=isogt
SOUZA A M et al Alimentos mais consumidos no Brasil Inqueacuterito Nacional de
Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
61
SOUSA T F JOSE H P M BARBOSA A R Condutas negativas agrave sauacutede em
estudantes universitaacuterios brasileiros Ciecircnc sauacutede coletiva Rio de Janeiro v18 n 12
Dez 2013 Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S1413-
81232013001200013amplng=enampnrm=isogt
SOUZA A M et al Alimentos mais consumidos no Brasil Inqueacuterito Nacional de
Alimentaccedilatildeo 2008-2009 Rev Sauacutede Puacuteblica v 17 n 01 p190-199 2013 Disponiacutevel em
httpwwwscielosporgscielophpscript=sci_arttextamppid=S0034-
89102013000200005amplng=en httpdxdoiorg101590S0034-89102013000200005
SOUSA A V et al Ocorrecircncia de infeccedilatildeo urinaacuteria em cobradores de ocircnibus Rev Soc
Brasileira de Clinica Meacutedica v 8 n 05 p70-75 2010
Veras VS et al Levantamento dos fatores de risco para doenccedilas crocircnicas em
universitaacuterios RBPS v 20 n 3 p168-172 2007
VIEIRA YCR PRIORE SE RIBEIRO SMR FRANCESCHINI SCC ALMEIDA
LP Perfil socioeconocircmico nutricional e de sauacutede de adolescentes receacutem ingressos em
uma universidade puacuteblica brasileira Rev Nutr Campinas Satildeo Paulo v 15 n 03 p
273-282 2002
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO 2008-2013 action plan for the global
strategy for the prevention and control of noncommunicable diseases 2008
WORLD HEALTH ORGANIZATION- WHO Global status report on non-communicable
diseases 2010
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
62
APEcircNDICES
APEcircNDICE A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Instrumento de Coleta
Data _________________________________
I IDENTIFICACcedilAtildeO
1Nome da entrevistada_____________________________________
2 Curso_______________ 3Semestre_______________ Email_______________________________
4 Idade________(anos)
II ndash DADOS SOCIODEMOGRAacuteFICOS
1 Sexo 1 ( ) feminino 2 ( ) masculino 2 Idade (anos)______
3 Cor (autorreferida) 1 ( ) branca 2( ) negra 3( )amarela 4( ) parda
4Situaccedilatildeo laboral 1( ) apenas estuda 2( ) estuda e trabalha formalmente 3( ) estuda e trabalha
informalmente
5Qual a renda familiar (somatoacuterio mensal dos rendimentos da famiacutelia) R$_________
6 Classe econocircmica ( ) A1 (30-34) ( )A2(25-29) ( ) B1 (21-24) ( ) B2 (17-20) ( ) C (11-16) ( ) D( 6-10) ( )
E ( 0-5)
7 Situaccedilatildeo conjugal 1( )casadouniatildeo consensual 2( ) solteiro 3( )viuacutevo 4( ) separado
8 Com quem mora 1( ) pais 2( ) familiares 3( )amigos 4( )companheiro(a) 5 ( ) sozinho
III HAacuteBITOS DE VIDA
9 Praacutetica de atividade fiacutesica 1( ) Sim 2( ) Natildeo
IV- COMPORTAMENTO ALIMENTAR
Guia para a entrevista telefocircnica
1Houve mudanccedila na sua alimentaccedilatildeo no uacuteltimo ano
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
63
Sim ( ) Natildeo ( )
11 Se sim o que mudou
2Quem eacute reponsaacutevel pelo preparo das suas refeiccedilotildees Vocecirc () familiares() amigos ()
3Onde vocecirc costuma realizar suas refeiccedilotildees Em casa () restaurante () padarias () outros( )_______
4Quais das refeiccedilotildees vocecirc realiza diariamente cafeacute da manha ( ) lanche manhatilde
( ) almoccedilo ( ) lanche tarde ( ) jantar ( ) lanche antes de dormir ( )
Questionaacuterio de Frequecircncia Alimentar (validado por Henrriques 2011)
LEITES E DERIVADOS QUANTIDADEPORCcedilAtildeO
POR DIA POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
COALHADA
IOGURTE
LEITE EM POacute
LEITE DESNATADO OU
SEMIDESNATADO
LEITE PASTEURIZADO
QUEIJO DE COALHO
QUEIJO PRATO
QUEIJO MUSSARELA
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
64
FRUTAS
QUANTIDADEPORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR ANO NUNCA
FRUTAS
ABACATE
ABACAXI
ACEROLA
ATA
BANANA
CAJAacute
CAJUacute
GOIABA
LARANJA
LIMAtildeO
MACcedilAtilde
MAMAtildeO
MANGA
MARACUJAacute
MELANCIA
MELAtildeO
MURICI
HORTALICcedilAS
HORTALICcedilAS QUANTIDADEPORCcedil
AtildeO
PO
R
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ALFACE
BATATA DOCE
BATATA
INGLESA
BETERRABA
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
65
CEBOLA
CENOURA
CHUCHU
JERIMUM
MACAXEIRA
MAXIXE
PIMENTAtildeO
QUIABO
REPOLHO
TOMATE
CARNES E OVOS
CARNES E OVOS QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
FRANGO
LINGUICcedilA
OVOS
PANELADA
PEIXE
SALAME
SALSICHA
SARDINHA
ENLATADA
CAMARAtildeO
CARANGUEJO
CARNE DE
CARNEIRO
CARNE DE GADO
CARNE DE PORCO
CARNE DE SOL
(SALGADA)
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
66
CARNE
ENLATADA
FIacuteGADO
CEREAIS E LEGUMINOSAS
CEREAIS E
LEGUMINOSAS
QuantidadePORCcedilAtilde
O
POR DIA Por
semana
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNC
A
(P-M-G)
ARROZ
BISCOITO
RECHEADO
BOLACHA
CREAM
CRACKER
BOLACHA
SALGADA
CUSCUZ
FARINHA DE
MANDIOCA
FEIJAtildeO
MACARRAtildeO
MILHO
PAtildeO
PAtildeO DOCE
PIPOCA
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
67
PIZZA
TAPIOCA
TORRADA
ACcedilUacuteCARES E GORDURA
ACcedilUCARES E
DOCES
QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
ACcedilUCAR
ADOCcedilANTE
ARTIFICIAL
BOLO
CALDO DE CANA
PUDIM
RAPADURA
DOCE
SORVETE
OacuteLEOS E MISCELANEA
OLEacuteO DE GIRASSOL
TOUCINHO
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
68
MARGARINA
MANTEIGA
MISCELAcircNEA QuantidadePORCcedilAtildeO POR
DIA
POR
SEMANA
POR
MEcircS
POR
ANO
NUNCA
POacute PARA REFRESCO
REFRIGERANTE
CAFEacute
CAT CHUP
MAIONESE
BATATA FRITA
(INDUSTRIAL)
SAGADINHOS
PASTEacuteIS
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
69
APEcircNDICE B
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Caro estudante
Noacutes Ana Karine Giratildeo Lima e somos enfermeira e aluna do Programa de
Poacutes-Graduaccedilatildeo em Enfermagem da Universidade Federal do Cearaacute Estamos dando
continuidade agrave pesquisa ldquoPrevalecircncia da Siacutendrome Metaboacutelica e de seus componentes
numa populaccedilatildeo de estudantes universitaacuterios de Fortaleza-Cerdquo que vocecirc jaacute participou
anteriormente sob a orientaccedilatildeo da Profa Dra Marta Maria Coelho Damasceno
Tendo em vista que os haacutebitos alimentares inadequados adquiridos na juventude
aumentam o risco para DCNT nessa fase da vida e que ao perdurarem para a vida adulta
favorecem o desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares em longo prazo eacute importante
investigar as escolhas alimentares para prevenir estas doenccedilas
Assim gostariacuteamos de convidaacute-lo para dar continuidade agrave pesquisa atraveacutes da
investigaccedilatildeo dos haacutebitos alimentares por meio de uma entrevista telefocircnica como voluntaacuterio
uma vez que natildeo receberaacute pagamento Para participar vocecirc deveraacute responder um questionaacuterio
que seraacute feito via telefone no momento mais conveniente para vocecirc e sem atrapalhar qualquer
atividade as perguntas seratildeo sobre a frequecircncia e grupos de alimentos que fazem parte do
seu cotidiano
Asseguramos que sua identidade seraacute mantida em segredo e que somente nossa
equipe teraacute acesso agraves suas informaccedilotildees que seratildeo usadas exclusivamente para fins
acadecircmicos Vocecirc poderaacute retirar o seu consentimento para a pesquisa a qualquer momento
bem como obter outras informaccedilotildees que achar necessaacuterias Aleacutem disso sua participaccedilatildeo natildeo
envolveraacute nenhum custo para vocecirc e todos os resultados da avaliaccedilatildeo do consumo alimentar
seratildeo disponibilizados gratuitamente para vocecirc
Para outras informaccedilotildees eou esclarecimentos
Responsaacutevel pela pesquisa Ana Karine Giratildeo Lima
Endereccedilo Rua Vicente Padilha 257 APTO 13B Vila Uniatildeo Cep 60410680
Telefone 85-88702417 E-mail giraoenfgmailcom
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
70
ATENCcedilAtildeO Para informar qualquer questionamento durante a sua participaccedilatildeo no
estudo dirija-se ao
Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Universidade Federal do Cearaacute
Rua Coronel Nunes de Melo 1127 Rodolfo Teoacutefilo
Telefone 33668338
CONSENTIMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DA PESSOA COMO SUJEITO OU
DECLARACcedilAtildeO DO PARTICIPANTE OU RESPONSAacuteVEL PELO PARTICIPANTE
Tendo compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha
participaccedilatildeo no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos das minhas
responsabilidades dos riscos e dos benefiacutecios que a minha participaccedilatildeo implica concordo em
dele participar e para isso DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA TAL
TENHA SIDO FORCcedilADO OU OBRIGADO
Fortaleza
Assinatura do(a) voluntaacuterio(a)
ou responsaacutevel legal
Testemunha
Nome e assinatura do(s) responsaacutevel(eis) pelo estudo
___________________________________________
Nome do profissional que aplicou o TCLE
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
71
ANEXOS
ANEXO A
PROTOCOLO DE APROVACcedilAtildeO DO PROJETO PELO COMITEcirc DE EacuteTICA EM
PESQUISA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARAacute
72
72