52
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS Microrganismos causadores de toxinfecções alimentares Profª. Drª. Caroline Costa Moraes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

  • Upload
    others

  • View
    6

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS

Microrganismos

causadores de

toxinfecções alimentares

Profª. Drª. Caroline Costa Moraes

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Vários agentes causadores de doenças no homem podem ser transmitidos pelos alimentos:◦ Produtos químicos

◦ Toxinas naturais de plantas e de animais

◦ Vírus

◦ Parasitas

◦ Bactérias

◦ Fungos Microrganismos patogênicos

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

As toxinfecções alimentares de origemmicrobiana ocorrem devido à presença demicrorganismos em quantidades que se tornamprejudiciais à saúde do homem.

Esses microrganismos estão em todas aspartes:◦ No nosso corpo (nariz, boca, pele, mãos)◦ No ar◦ No solo◦ Na água◦ Nos utensílios de cozinha (talheres, pratos e vasilhas)◦ Nos equipamentos (liquidificador, batedeiras)

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

As toxinfecções alimentares acometem principalmente crianças e idosos.

Cuidados redobrados no meses mais quentes◦ T ambiente = T ótima de crescimento dos MO

As causas que fazem com que um alimento se torne impróprio para o consumo, geralmente são:◦ Temperatura de conservação inadequada;◦ Falta de higiene em seu preparo e ou conservação,◦ Utilização de alimentos de origem duvidosa,

principalmente perecíveis.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Intestino grosso:• Retém o material sólido não absorvido

• Microbiota intestinal benéfica bifidobactérias

• Ambiente com baixo teor de oxigênio

• MO anaeróbios estritos ou facultativos

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

MO patogênicos Enteropatogênicos• Patologia se expressa no trato gastrintestinal

• Alguns são poucos invasores

• Limitam a camada epitelial

• Outros são bastante invasivos

• Alcançam as correntes circulatórias

Sintoma mais comum◦ Vômitos, ◦ Diarréias,◦ Dor abdominal,◦ Náusea, ◦ Febre.

doenças de origem alimentar podem não se

limitar ao trato gastrintestinal, mas afetar outros órgãos causando

distúrbio no sistema nervoso, corrente

circulatória, aparelho genital e fígado

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Mecanismo de defesa do organismo:Ingestão de alimentos com um ou mais MO

patogênico ou suas toxinas não necessariamentecausará doença

Irá causar doença se os mecanismos naturais dedefesa do individuo estiverem defasados

Os mecanismos são:

Acidez estomacal

Mucosa intestinal

Ácidos biliares

Motilidade intestinal

Microbiota intestinal bifidobactérias

Competem pelos nutrientes disponíveis

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

INTOXICAÇÃO X INFECÇÃO

Intoxicação: ingestão de alimentos contendo a toxina microbiana pré-

formada.

Clostridium botulinumStaphylococcus aureus

Bacillus cereus (forma emética)Fungos produtores de micotoxinas

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

InvasivosApós a

colonização, penetram e

invadem os tecido

SalmonellaL. monocytogenes

ShigellaE. coli (EIEC)

E. coli (EHEC, ETEC)C. perfringens

V. choleraeCampylobacter jejuni

ToxigênicosFormação de

toxinas quando o microrganismos multiplica-se,

esporula ou sofre lise .

INFECÇÃO: ingestão de células viáveis do microrganismo

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Clostridium botulinum

Bacilos G(+), formadores de esporos, flagelos peritríqueos, anaeróbios estritos

Botulus linguiça

Amplamente distribuído na natureza (solo e água principal)

Tipos de toxina: A, B, C1, C2, D, E, F e G

botulismo clássico, botulismo de lesão e botulismo infantil

Mais grave processo de doença alimentar

Produção da toxina ocorre durante a reprodução bacteriana

Toxina termolábil : 80ºC por 30 min ou 100ºC pouco minutos

1 μg de toxina é letal

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Período de incubação: 12 a 36h após ingestão da toxina

Sintomas: problemas gastrointestinais, dificuldade de deglutição, visão dupla, parada respiratória, parada cardíaca

Tratamento: anti-soro e lavagens estomacal e intestinal.

Toxina não é formada em pH <4,5.

Alimentos associados: de pH elevado e ambiente anaeróbio (conservas vegetais, hambúrgueres, patês)

Medidas de controle: tratamento térmico adequado, acidificação, redução da Aa, uso de nitratos e nitritos

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Staphylococcus aureus

Cocos G(+), facultativas anaeróbias, mas crescem melhor emaerobiose

Mucosa nasal, garganta, cabelo e pele.

Associado a baixas condições de higiene

7- 47,8ºC com produção de toxina de 10º-46ºC

Suportam altas concentrações de NaCl (10-20%)

Crescem em Aw até 0,83.

Toxina termoestável

Intoxicação acontece quando 106 células/g de alimento.

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Alimentos associados: muito manipulados (pizzas, produtosde confeitaria...)

Medidas de controle: condições higiênico-sanitáriasatisfatória, refrigeração adequada, não manter alimentosaquecido em temperatura que favoreça o crescimento

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Bacillus cereus

Bacilos G(+), formadores de esporos, flagelosperitríqueos, aeróbios

Degradam um grande número de substratos

Reservatório natural: solo

Temperatura: 10-48ºC

pH: 4,9 – 9,3

Síndrome emética (toxina termoestável) e síndromediarréica (toxina produzida no intestino delgado)

Período de incubação: 1-5h (emética) 8-16h (diarréica)

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Contagens entre 105 e 107 células/g para doença

Alimentos associados: arroz frito, alimentos amiláceos, leiteem pó, sopas em pó

toxina diarréica: termolábil (55ºC por 20 min)

Toxina emética: termorresistente (126ºC por 90 min)

Produção da toxina: fase logaritmica de crescimento e/ouesporulação

Medidas de controle: tratamento térmico adequado,manutenção da temperatura acima de 65ºC depois do alimentopronto, resfriamento rápido para armazenar

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Salmonella

Bacilos G(-), anaeróbios facultativos

Reservatório: trato intestinal dos homens e animais

Salmonella enterica (2000 sorotipos) : antiga Salmonellatiphy atualmente Salmonella enterica serovar (ou sorotipo) Typhi ou Salmonella Tiphy

Febre tifóide, febre entérica e enterocolites

Alimentos associados: ovos, maioneses, frango

Medidas de controle: descongelamento adequado, tratamento térmico adequado (ovo com gema mole), controle de recontaminação

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Bactéria gram (+) Forma de bastonete curto Não esporulado Mobilidade pelo flagelo peritríquio Anaeróbios facultativos Crescimento entre 2,5 a 44ºC – relatos a 0ºC pH 4,5 a 9,5 Sobrevive em altas concentrações de sal Amplamente disseminada na natureza: homens,

animais e ambiente.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Listeria monocytogenes

Reservatório: amplamente distribuído na natureza etambém nos homens e animais

Suporta sucessivos congelamentos e descongelamentos

Alta mortalidade em imunodeprimidos, debilitados, recém-nascidos

Alimentos associados: leite cru, pasteurizado, carnes dediferentes animais

Medidas de controle: limpeza e sanificação de equipamentose utensílios, evitar contaminação cruzada

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Mulheres grávidas

Recém- nascidos

Pessoas idosas

Pacientes imunocomprometidos

Vítimas de câncer

Recém-transplantados

Pessoas em diálise Pacientes aidéticos

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Sintomas:

Infecção de mulheres grávidas pode ser assintomática oucaracterizado por influenza com febre, mialgia e dor de cabeça

Abortos espontâneos, morte fetal, septicemia neonatal emeningite

Em adultos:

Infecções do sistema nervoso central, meningite, infecçõesparenquimais

Sintomas de gastroenterite

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Vegetais, laticínios, carne e produtos do mar

Leite pasteurizado resitência térmica

Mais especificamente: Leite achocolatado Milho Sorvete Manteiga Queijo leve Produtos de carne Camarão Salmão defumado truta

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Em adultos:

109UFC/mL em leite achocolatado

106UFC/g em milho

Para os grupos de risco o nível é bem mais baixo:

104UFC/g em sorvete

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Ano N° de casos por milhão de pessoas

1990 7,7

1993 4,2

1194 5,8

1995 4,4

1996 3,7

1997 4,7

1998 5,2

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Expansão da indústria agroalimentar

Uso de estocagem a frio

Demanda do consumo de alimentos

85-95% dos casos de listeriose

alimentos contaminados

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

A contaminação pode estar na linha de produção

Meio ambiente

utensílios

Contaminação do produto final ≠ da matéria-prima

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Gênero Escherichia

Bastonetes de 1,1 a 1,5 por 2 a 6 micrometros

Gram negativos

Anaeróbios facultativos

Móvel através de um flagelo

Não esporulados

fermentam glicose com produção de gás

Habitat trato intestinal do homem e animais de sangue quente

Causador de infecções

Ser vivo mais estudado pelo homem

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Temperatura ótima: 35 a 37ºC

pH ótimo: 6,5 a 7,5

Disseminação: material fecal e por meio de vários veículos pode vir a contaminar a água e o alimento

Sintomas: diarréias intensa, febre, náuseas, vômitos, dores abdominais, fezes sanguinolentas

Período de incubação> 6 a 36h

Duração: 1 a 4 dias

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

SintomasMicrorganismo

Diarréia, Diarréia com sangue, Sindrome Uremica Hemolítica

E. Colienterohemorrágica

DiarréiaE. Colienterotoxigênica

DiarréiaE. Colienteropatogênica

Diarréia com sangueE. Coli enteroinvasiva

DiarréiaE. Colienteroagregativa

Quadro 6: Cepas de E. coli e sintoma relacionado

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Isolada em 1982 consumo de hambúrguer no EUA

2000 infecções/ano com 250 mortes nos EUA

Caso mais famoso Sakai City ,Japão em 1996 com5700 casos registrados

Grupo de risco : crianças entre 4 e 5 anos

É muito tolerante ao ácido

Tolerante ao frio sobrevive abaixo de 5°C

Diferencia-se pela habilidade de secretar Shigatoxina

E. coli O157:H7

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Dois tipos de genes : stx1 e stx2

Alta taxa de mutação (100 vezes mais rápida que o

normal)

Papel crucial do patógeno fator de virulência

Fator clinacamente mais importante: produção da

citotoxina Siga-like toxina (SL I e SL II)

Infecção com bacteriófago stx 1 e stx 2

SL I homóloga a da Shigella dysenteriae

SL II 56% homóloga a SL I

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Fator de virulência final habilidade de aderir e

colonizar a superfície do intestino

Papel da Shiga toxina na progressão da doença: ataca

sistema nervoso central e pâncreas

Célula se une a superfície da mucosa do intestino

liberação de toxina mais concentrada

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Principais alimentos envolvidos

Carne mal cozida

Leite cru

Água não clorada

Cidra de maçã

Queijo

Outros alimentos

Iogurte

Salame

Molho de tomate

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Países com casos documentados

EUA

Canadá

U.K

África

Japão

Argentina

Arábia Saudita

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Sintomas

Cólica abdominais

Diarréia com sangue

Vômito e febre

Síndrome Urêmica Hemolítica (HUS) (2 – 8% dos

pacientes)

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Tratamento da doença

Até hoje não é conhecido, o usual é hidratação dopaciente.

Pacientes com HUS necessitam diálise ou transfusãode sangue.

Uso de antibióticos pode aumenta a produção datoxina.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Figura 2: mostra que crianças abaixo de 10 anos apresentammaior incidência de caso de Listeriose e E.coli 0157:H7 emrelação a outras faixas etárias

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Características do microrganismo:

Bacilos Gram-negativos

Microaerófilos (ambiente com 5% O2)

Necessário dióxido de carbono para o crescimento

Trato intestinal de amimais e humanos

Propriedades potencialmente patogênicas

- aderência e colonização

- caráter invasivo

- produção de citotoxina e uma enterotoxina

(similar a da cólera)

Rapdamente destruídas pelo calor (10 min a 60ºC)

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Gênero Campylobacter 14 espécies

7 ou 8 causam doenças no homem

C. jejuniC. coli

Alimentos envolvidos: Carne

Vegetais

Leite não pasteurizado

Água

Dose infecciosa2x102 UFC/g de alimento

95%

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Sintomas:

Aparecem em média de 3 a 5 dias após o contato com o

microrganismo e podem durar até 7 dias.

C. jejuni

- febres

- cefaléias

- dores musculares

- mal-estar

- dores abdominais

- cólicas em volta do umbigo

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Síndromes: Síndrome Guillain-Baré

Síndrome Paralítica Chinesa

- degeneração dos nervos ocasionando

paralisia por várias semanas

1 caso em cada 1000 casos de infecção por Campylobacter

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Figura 5: número de casos registrados na Dinamarca ocasionados por patógenos

Danos à população:

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Clostridium perfringens

Bacilos G(+), formadores de esporos, anaeróbios, imóveis

Amplamente distribuído na natureza

Temp. ótima 37ºC a 47ºC

pH: 5,5 a 8,0

Tempo de geração : 7,1 min (um dos menores)

5 tipos de toxinas: A, B, C, D e E

Capacidade de se multiplicar em altas temperaturas (40-45ºC)

Intoxicação clássica e enterite necrótica (inflamação necrótica do intestino delgado, sendo frequentemente fatal)

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Sintomas: diarréias, dores abdominais, vômitos, febre (incomum)

Período de incubação: 8-24h

Toxina formada quando se forma o esporo (intestino)

Dificilmente a toxina pré-formada estará no alimento em doses para o desenvolvimento dos sintomas, além disso, não resiste ao pH do estomago

Ingestão de cél viáveis esporulação no int. delgados

toxina

Alimentos associados: produtos cárneos, molhos, tortas, queijo tipo frescal

Medidas de controle: tratamento térmico adequado

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Investigações e estudos de controle de caso

Identificar fontes de infecção

Desenvolvimento de novas estratégias

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Patogênicos Fontes alimentares

Campylobacter jejuni ou coli Maior: frangoMenor: leite, cogumelos, mariscos, hambúrguer, água, queijos,porcos, peixes, ovos, bolo gelado

Clostridium perfringens Maior: carne, carne cozida, torta de carne, e carne de boi,peru, e molho de frangoMenor: feijão, alimentos do mar

Escherichia coli 0157:H7 Maior: carne de boiMenor: frango, cidra de maça, leite cru, legumes, cachorroquente, maionese, itens das saladas de bar

Listeria monocytogenes Maior: queijo leve, patê, carneMenor: frango, produtos de leite, cachorro quente, salada debatata, alimentos do mar, legumes

Salmonella: Maior: frango, carne, ovos, leite e seus derivadosMenor: legumes, frutas, chocolate, peixe, amendoim

Fonte: Surveilance for Foodborne Disease Outbreaks-US, 1993-1997, Vol.49, N° SS01; 17/03/2000

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Segundo o The Centers for Disease Control andPrevention (CDC):

62 milhões de doenças

263.000 hospitalização

2.400 mortes

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Bactérias patogênicas Doentes Hospitalizações Mortos % morte

Bacillus cerreus 27.360 8 0 0

Doença alimentar botulínica 58 46 4 8,33

Campylobacter spp. 1.963.141 10.539 99 0,005

Clostridium perfringes 248.520 41 7 0,002

Escherichia coli 0157:H7 62.458 1.843 52 0,08

E. coli, non-0157 STEC 31.229 921 26 0,08

E.coli, enterotoxigenica 55.594 15 0 0

E.coli, outros causadores de diarréia 23.826 6 0 0

Listeria monocytogenes 2.493 2.298 499 20

Salmonella tythi 659 494 3 0,45

Salmonella, nontyphoidal 1.341.873 15.608 553 0,04

Shigella spp. 89.648 1.246 14 0,01

Intoxicação de alimentos por Staphylococcus 185.060 1.753 2 0,001

Contaminação de alimentos por Streptococcus 50.920 358 0 0

Vibrio vulnificus 47 43 18 38,29

Yersinia enterocolítica 86.731 1.105 2 0,02

Total 4.175.565 36.466 1.297 3,1

Fonte: dados obtidos do Centers for Disease Control and Prevention

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Figura 1: Período de incubação médio de doenças alimentaresselecionadas

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Microrganismo t de incubação Principais sintomas Alimentos

Campylobacter jejuni 3-5 dias, Max 10 dias Diarréia, dores abdominais, febre, náuseas e vômitos

Alimentos de origem animal (principalmente frango), leite

Clostridium perfringens 8-22h ou 12-24h Diarréia, cólicas, náuseas e vômitos

Frango

Escherichia coli 0157:H7 12-60h ou 2-9 dias Colite hemorrágica (diarréia líquida, sanguinolenta), síndrome urêmica hemolítica causada por verotoxina

Carne crua ou mal cozida, leite cru

Listeria monocytogenes 3-70 dias Resfriado, febre, dores musculares, dor de cabeça, convulsões, abortos, meningites em recém nascidos

Leite, queijo, vegetais crus, carne crua

Salmonella 5-72h Diarréia, dores abdominais, calafrios, febre, vômito, desidratação

Ovos crus, leite, carne e frango mal cozidos

Staphylococcus aureus 1-6h ou 6-24h Náuseas, vômitos, diarréia e cólica

Produtos carnicos

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Figura 4: incidência de campylobacteriose e salmonelosenos EUA (2001)

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

O uso de Boas Praticas de Fabricação diminuiriam a

incidência dessas doenças, já que muitas vezes estão

relacionadas à contaminação cruzada ou falta de

condições higiênico sanitárias

Há necessidade de maiores pesquisas em relação a

identificação rápida e precisa destes microrganismos

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA MICROBIOLOGIA DE …

Falta de cobrança e de uma legislação para a

tolerância de algumas bactérias, faz com que as

indústrias não avaliem seus produtos quanto a

presença de muitos patógenos

Não há estudos no Brasil relatando o número de

infecções/intoxicações de origem alimentar

Há falta de estudos relacionados ao mecanismo de

ação das bactérias