Upload
buikhanh
View
215
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
15/03/2018
1
Universidade Federal do Pará
Curso de Especialização em Construção Naval
Professor: Jorge Teófilo de Barros Lopes
Módulo: Materiais Aplicados à Indústria Naval
PATRIOCÍNIOAPOIO PARCEIROSREALIZAÇÃO
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
MATERIAIS POLIMÉRICOS
15/03/2018
2
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Os polímeros são materiais de engenharia de grandeimportância, algumas das quais inatingíveis poroutros materiais e, em muitos casos, têm custosrelativamente mais baixos.
✓ Em projetos de engenharia, tem vantagens, taiscomo: eliminação de partes de peça e de operaçõesde acabamento, montagem simplificada, redução depeso, redução de ruídos e, em alguns casos,eliminação da necessidade de lubrificação, entreoutros aspectos, cumprem de forma mais eficaz osrequisitos pretendidos para os produtos.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Portanto, podem substituir os materiaistradicionais (metais, vidros, madeira etc.) eminúmeras aplicações.
✓ Atualmente, existem mais de mil tipos diferentesque se utilizam para os mais variados fins.
• Indústria eletroeletrônica, principalmentedevido às suas excelentes propriedadesisolantes: dispositivos de ligação, interruptores,componentes de televisores, placas de circuitointegrado, componentes para computador etc.
POLÍMEROS
15/03/2018
3
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
• Indústria têxtil: na produção de fibras e novosmateriais.
• Construção civil: na construção de materiais commelhores desempenhos e menores custos queos materiais tradicionais.
• Indústria de transportes: da qual se destaca aindústria automobilística.
• Indústria farmacêutica: na produção deembalagens.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ São compostos de longas moléculas que possuemuma espinha dorsal de átomos de carbono ligadospor ligações covalentes → constituídas porunidades repetitivas
✓ Essas moléculas são ligadas uma às outras porligações fracas de Van der Waals e pontes dehidrogênio e, em alguns tipos, também porligações cruzadas covalentes.
✓ Frequentemente, o número dessas unidadesrepetitivas atinge os milhares.
POLÍMEROS
15/03/2018
4
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Em alguns casos, as ligações conduzem a umacadeia linear, com ou sem ramificações; emoutros, à cadeias ligadas entre si formandoestruturas tridimensionais.
✓ A diversidade de estruturas que asmacromoléculas podem apresentar dificultam adivisão dos polímeros em grupos.
✓ Uma classificação muito usual para os polímeros éa apresentada no diagrama a seguir:
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
POLÍMEROS
SINTÉTICOSSEMISSINTÉTIOS
(ARTIFICIAIS)NATURAIS
TERMOPLÁSTICOS
TERMOFIXOSELASTÔMEROS
POLÍMEROS
15/03/2018
5
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Naturais: extraídos diretamente da natureza.Exemplos: látex da seringueira, celulose damadeira.
✓ Semissintéticos ou artificiais: obtidos por meio demanufatura de substâncias naturais (reaçõesquímicas a partir dos naturais). Exemplos: nitratode celulose (celulose com ácido nítrico).
✓ Sintéticos: produzidos por ação do homem atravésde processos de transformação, como reaçõesquímicas.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Elastômeros: de origem natural ou sintética,caracterizam-se por um elevado grau deelasticidade - quando submetidos a uma tensão,mesmo reduzida, apresentam deformação
significativa, mas reversível).
• Possuem estrutura macromolecular compostapor longas cadeias, enroladas e torcidas entre si,o que lhes confere grande flexibilidade.
• Coesão molecular - garantida por reticulações,cujo número condiciona rigidez do material.
POLÍMEROS
15/03/2018
6
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termoplásticos: assim chamados, por necessitaremde calor para serem deformados e, após oarrefecimento, manterem a forma adquirida durantea deformação.
• Podem ser várias vezes reaquecidos e deformados,sem alteração significativa das suas propriedades.
• A maioria é constituído de cadeias principaismuito longas, de átomos de carbono ligadoscovalentemente, mas também podem conterátomos N, O e S ligados covalentemente (cadeiaslineares).
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termoplásticos
• As moléculas em polímeros lineares tem umafaixa de pesos moleculares e se aglomeram sobuma variedade de configurações – algumasamorfas e outras parcialmente cristalinas.
• Estas variedades de pesos moleculares e degeometrias significa que tais materiais não temum ponto de fusão bem definido, masviscosidades dentro de uma faixa detemperatura (como as do vidro).
POLÍMEROS
15/03/2018
7
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termoplásticos
• São produzidos pelo processo de polimerizaçãopor adição, formando longas cadeias, muitasvezes pela adição da mesma unidade repetidasmuitas vezes.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termofixos
• Denominação dada em função de seremconformados para uma determinada formapermanente e depois curados (ou endurecidos)através de uma reação química.
• Não podem ser amolecidos e novamenteconformados, pois se degradam ou sedecompõem se aquecidos a temperaturas muitoelevadas – em função desse comportamento,não podem ser reciclados.
POLÍMEROS
15/03/2018
8
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termofixos
• São produzidos pela mistura de doiscomponentes (resina + endurecedor) quereagem e endurecem, em temperaturaambiente, sob ação de luz, catalizador ou poraquecimento.
• A maior parte é constituída por uma rede deátomos de carbono ligados covalentementeentre si, de modo a formar um sólido rígido (unsainda contém átomos de Ni, O, S e outros).
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Importância e classificação
✓ Termofixos
• Termofixos genéricos: epóxis e poliésteres,amplamente utilizados como materiais de matrizpara compósitos constituídos.
POLÍMEROS
15/03/2018
9
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Um polímero é uma grande molécula que éconstituída por pequenas unidades que serepetem denominada meros.
✓ A polimerização é a etapa básica na formação dosmateriais poliméricos - consiste na reação demonômeros, que formarão os polímeros.
✓ Os monômeros - insumo fundamental noprocesso, definidos como substâncias constituídaspor uma pequena molécula (com ligaçõescovalentes).
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Para formar um polímero, os monômeros devemapresentar pelo menos dois pontos reativos emcada molécula.
✓ Esses pontos estão relacionados a ligaçõesinsaturadas entre átomos de carbono e gruposfuncionais oxigenados e nitrogenados dentro damolécula – ligações duplas ou triplas.
✓ O processo de polimerização pode ocorrer de duasformas principais: polimerização por adição epolimerização por condensação.
POLÍMEROS
15/03/2018
10
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
• A maior parte dos termoplásticos é sintetizadapelo processo de polimerização em cadeia.
• Nesse processo, os pontos reativos dosmonômeros são gerados pela quebra de ligaçõesduplas C=C (ligações insaturadas), resultando napossibilidade de duas novas ligações simples àmolécula (bifuncionabilidade).
POLÍMEROS
Geração dos pontos reativos
na molécula de etileno.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
• As extremidades do monômero são agora livres,formando meros.
• Cada átomo de carbono das extremidades dosmeros tem um elétron sem par e pode, assim, secombinar com outros meros.
• No etileno há duas localizações onde a moléculapode ser atacada - o etileno é bifuncional eforma somente cadeias.
POLÍMEROS
15/03/2018
11
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
• A simples colocação dos monômeros, unspróximos aos outros, não produzautomaticamente uma reação de polimerização.
• A reação deve ser acelerada pela aplicação decalor, pressão, luz ou um catalisador (iniciador),conforme mostra a figura (molécula de etileno).
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
• A funcionalidade é o número de locais nos quaisnovas moléculas podem ser atacadas pelasunidades repetitivas do polímero.
• O processo de polimerização por adição ocorreem três etapas: a) Iniciação, b) propagação e c)término.
• Estas etapas serão demonstradas para apolimerização do etileno.
POLÍMEROS
15/03/2018
12
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
a) Iniciação: Quando, pela adição de calor, luz,pressão ou catalisador, as ligações duplaspodem ser rompidas.
b) Propagação: É a etapa onde as moléculas domonômero, com pontos reativos, iniciam oprocesso de formação de cadeiaspoliméricas.
c) Término: Os pontos reativos são eliminados,encerrando o processo de polimerização.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição do etileno
a) Iniciação: na polimerização do etileno podemser usados vários tipos de catalizadores.Exemplo: peróxido orgânico, representado porR2O2, em que R é um grupo químico.
- Por aquecimento, este peróxido pode sedecompor em dois radicais livres:
POLÍMEROS
R – O – O – R 2(R – O-)Calor
15/03/2018
13
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição do etileno
- Um dos radicais livres criados peladecomposição do peróxido orgânico (ex.:peróxido de benzoila) pode reagir com umamolécula de etileno e forma um novo radicallivre com uma cadeia mais longa, funcionandocomo um iniciador.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
b) Propagação: A ligação dupla na extremidade domonômero etileno é “aberta” pelo radical livree liga-se covalentemente a este.
R – CH2 – CH2- + (CH2 CH2) → R – CH2 – CH2 – CH2 – CH2 –
- As cadeias poliméricas continuam a crescerespontaneamente, pois a energia do sistemaquímico diminui devido ao processo – a somada energia dos polímeros produzidos é inferiorà soma das energias dos monômeros que oproduziram.
POLÍMEROS
15/03/2018
14
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por adição
c) Término: Pode ocorrer por meio da adição deuma radical livre finalizador ou quando duascadeias se combinam.
- Quantidades residuais de impurezas tambémpodem provocar o término da cadeia.
POLÍMEROS
R (CH2 – CH2)m + R’ (CH2 ─ CH2)n → R (CH2 – CH2)m ─ (CH2 ─ CH2)n R’- -
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por condensação
• Este processo é iniciado pela reação de duas oumais substâncias diferentes.
• No processo de polimerização por condensaçãouma molécula relativamente pequena é formada(água, etanol, metanol etc.).
• No caso da reação envolver apenas compostosbifuncionais (compostos com dois pontosreativos), as cadeias poliméricas resultantesserão lineares.
POLÍMEROS
15/03/2018
15
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Reações de polimerização
✓ Polimerização por condensação
• No caso da reação envolver compostostrifuncionais, é possível a obtenção de retículostridimensionais.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Homopolímeros, copolímeros e blendas
✓ No homopolímero, um monómero repete e formatodo o polímero. Em contraste, em copolímerosexistem dois monómeros que fazem o polímero.
✓ Uma vez que existem várias maneiras de unir osdois monómeros, existem diferentes tipos decopolímeros, mas esse tipo de variação de uniãonão pode ser visto em um homopolímero.
✓ Nos copolímeros, busca-se a combinação depropriedades, e as diversas configurações podemser obtidas pelo uso de catalizadores adequados.
POLÍMEROS
15/03/2018
16
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Homopolímeros, copolímeros e blendas
✓ Com base nessas variações de união, oscopolímeros podem ser categorizados da seguinteforma:
• alternado - Se os dois monómeros estiveremdispostos de forma alternativa. Exemplo, se osdois monómeros são A e B, eles irão organizarcomo ABABABABAB.
• aleatório - Se os monómeros estiveremdispostos em qualquer ordem como
AABAAABBBBAB
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Homopolímeros, copolímeros e blendas
• por blocos - Quando cada monómero se junta como mesmo tipo de monómeros, e então os doisblocos de homopolímeros podem se juntar.
AAAAAAABBBBBBB
• grafitizados (ou enxertados) – Quando se tem umamolécula principal de um dos monômeros e, empontos específicos, cadeias do outro monômerosão enxertadas.
POLÍMEROS
A – A – A – A – A – A – A l lB Bl lB B
15/03/2018
17
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Homopolímeros, copolímeros e blendas
✓ Blendas: são misturas mecânicas de dois polímeros.
POLÍMEROS
AAAAAAA
+
BBBBBBB.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Comprimento molecular e grau de polimerização
✓ Em geral, quanto maior o comprimento da molécula,maior a resistência mecânica e maior a resistência aocalor do polímero.
✓ Polímeros de cadeias longas – comprimento de pelomenos 500 monômeros – pesos molecularesextremamente elevados.
✓ Na polimerização, as cadeias dos termoplásticos irãocrescer com diferentes comprimentos - terão pesosmoleculares diferentes – peso molecular médio.
✓ O peso molecular médio de um termoplástico podeser determinado usando técnicas físico-químicasespeciais.
POLÍMEROS
15/03/2018
18
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Comprimento molecular e grau de polimerização
✓ Forma alternativa para expressar o comprimentomédio das cadeias - grau de polimerização dopolímero.
✓ Grau de polimerização (DP ou n): representa onúmero médio de unidades mero (comprimentomédio) em uma cadeia linear
✓ Grau de polimerização = (massa molecular médiado polímero) / (massa molecular da unidaderepetitiva).
✓ Os polímeros comerciais tem um DP na faixa de10³ a 105.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Comprimento molecular e grau de polimerização
✓ Caso o polímero apresente mais de um tipo demonômero, a massa molecular da unidaderepetitiva é obtida somando-se as massasmoleculares dos monômeros e subtraindo-se amassa molecular média do subproduto.
✓ DP do PVC: massa molecular = 31000; massamolecular do mero (C2H3Cl) = 62, GP = 31000/62 =500 meros por molécula.
✓ DP do PE: massa molecular = 250000; massamolecular do mero (C2H4) = 28, GP = 250000/28 ≈9000 meros por molécula.
POLÍMEROS
15/03/2018
19
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Forma molecular dos polímeros
✓ As ligações simples na cadeia molecular dopolímero são capazes de sofrer rotação e torçãoem três dimensões.
✓ Cada uma das cadeias moleculares pode se dobrar,espiralar e se contorcer → leva a um extensoentrelace e embaraço entre as moléculas decadeias vizinhas.
✓ Essa configuração é responsável por uma grandequantidade das características importantes dospolímeros.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
✓ Características físicas de um polímero - dependem,além do seu peso molecular e da sua forma,também das diferentes estruturas das cadeiasmoleculares.
✓ Estruturas poliméricas mais comuns:
(a) lineares,
(b) ramificadas,
(c) com ligações cruzadas e
(d) em rede.
POLÍMEROS
15/03/2018
20
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
a) Cadeias lineares:
• São formadas por monômeros bifuncionais -nestecaso, as moléculas adjacentes são unidas porforças secundárias, o que permite oescorregamento intermolecular.
• Em função do arranjo da cadeia, a plasticidadeaumenta com a temperatura.
• Em geral, os polímeros de cadeia linear podem sersubmetidos a elevados níveis de deformações emaltas temperaturas, e quando resfriados voltam aexibir as características originais.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
a) Cadeias lineares:
POLÍMEROS
Cadeias lineares. Esquema e exemplos.
15/03/2018
21
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
b) Cadeias ramificadas:
• Materiais poliméricos com estrutura de cadeiasramificadas são obtidos quando cadeias linearesformam ligações paralelas (reações paralelas) nocorpo do monômero.
• Tais ramificações permitem o entrelaçamentodas cadeias, limitando o movimento das mesmas.
• A figura a seguir ilustra o desenho esquemáticode cadeias ramificadas e exemplo.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
b) Cadeias ramificadas:
POLÍMEROS
Cadeias ramificadas. Esquema e exemplo.
15/03/2018
22
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
c) Cadeias com ligações cruzadas:
• Materiais poliméricos com ligações cruzadas sãoformados quando uma ligação ocorre entre duascadeias lineares.
• Um exemplo de polímero com ligações cruzadasé encontrado na borracha vulcanizada, onde osátomos de enxofre permitem a união de duascadeias lineares.
• A figura a seguir ilustra o desenho esquemáticode ligações cruzadas e exemplos.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
c) Cadeias com ligações cruzadas:
POLÍMEROS
Cadeias com ligações
cruzadas. Esquema e
exemplos.
15/03/2018
23
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
d) Estrutura em rede:
• Unidades mero trifuncionais (três ligaçõescovalentes) formam redes tridimensionais,chamadas de polímeros em rede.
• Um polímero que possua muitas ligaçõescruzadas pode ser classificado como um polímeroem rede.
• Possuem propriedades mecânicas e térmicasdiferenciadas.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Estrutura molecular dos polímeros
d) Estrutura em rede:
• Normalmente, os polímeros não são de um únicotipo estrutural distinto.
• Exemplo: um polímero predominantementelinear pode possuir uma quantidade limitada deramificações e de ligações cruzadas.
POLÍMEROS
Esquema ilustrativo da
estrutura em rede.
15/03/2018
24
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
• Densidade: mais leves que metais ou cerâmica.Exemplo - PE é 3 vezes mais leve que o alumínioe 8 vezes mais leve que o aço. Ideal para uso naindústria de transportes, embalagens,equipamentos de esporte etc.
• Alta flexibilidade: variável conforme o tipo depolímero e os aditivos usados na suaformulação.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
• Alta resistência ao impacto: associada àtransparência, permite substituição do vidro emvárias aplicações.
- Contudo, a resistência à abrasão e a solventesnão é tão boa quanto a do vidro - lentes deacrílico riscam facilmente e são facilmentedanificadas se entrarem em contato comsolventes como, por exemplo, acetona.
POLÍMEROS
15/03/2018
25
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
• Baixas Temperaturas de Processamento: dissodecorre baixo consumo de energia paraconformação, e também faz com que osequipamentos sejam mais simples e não tãocaros quanto para metais ou cerâmica.
• Baixa Condutividade Elétrica: polímeros sãoaltamente indicados para aplicações onde serequeira isolamento elétrico.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
• Baixa Condutividade Térmica: cerca de mil vezesmenor que a dos metais - altamenterecomendados em aplicações que requeiramisolamento térmico, particularmente na forma deespumas.
• Maior Resistência a Corrosão: as ligaçõesquímicas presentes (covalentes e Van der Waals)lhes conferem maior resistência à corrosão poroxigênio ou produtos químicos do que no casodos metais (ligação metálica).
POLÍMEROS
15/03/2018
26
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
- Contudo, de maneira geral, os polímeros sãoatacados por solventes orgânicos queapresentam estrutura similar a eles - similaresdiluem similares.
• Porosidade: o espaço entre asmacromoléculas do polímero é relativamentegrande - isso confere baixa densidade aopolímero, o que é uma vantagem em certosaspectos.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
- Esses materiais apresentam altapermeabilidade a gases, que varia conforme otipo de plástico.
- A principal consequência deste fato é alimitação dos plásticos como material deembalagem, que fica patente no prazo devalidade mais curto de bebidasacondicionadas em garrafas de PET.
POLÍMEROS
15/03/2018
27
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
- Essa permeabilidade, contudo, pode sermuito interessante, como no caso demembranas poliméricas para remoção de salda água do mar.
• Reciclabilidade: alguns polímeros, comotermofixos e borrachas, não podem serreciclados de forma direta.
- Não há como refundi-los ou despolimerizá-los.
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades gerais
• A reciclagem de polímeros termoplásticos, apesarde tecnicamente possível, muitas vezes não éeconomicamente viável.
• Nos casos em que a reciclagem do polímero não forpossível ou viável, sempre é possível queimá-lo,transformando-o em energia, em incineradores oualto fornos.
• Contudo, plásticos que contém halogêneos (PVC ePTFE, por exemplo) geram gases tóxicos durante aqueima.
POLÍMEROS
15/03/2018
28
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Símbolos indicativos de reciclagem e de identificação
de materiais plásticos (ABNT NBR 13230)
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Símbolos indicativos de reciclagem e de identificaçãode materiais plásticos e aplicações
POLÍMEROS
15/03/2018
29
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Propriedades
POLÍMEROS
15/03/2018
30
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Aplicações
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Aplicações
POLÍMEROS
15/03/2018
31
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Características e aplicações dos polímeros
✓ Aplicações
POLÍMEROS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
MATERIAIS COMPÓSITOS
15/03/2018
32
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ Não existe uma definição totalmente aceita.
✓ A palavra “compósito” deriva de compostos(qualquer material formado por partes ouconstituintes diferentes).
✓ Por tal entendimento, muitos materiais,independentes da escala de observação,poderiam ser considerados materiais compósitos -exemplo: um aço carbono, constituído de ferrita eperlita, distinguíveis facilmente em microscopiaótica.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ A dificuldade em se estabelecer uma definiçãopara material compósito está nas limitaçõesdimensionais que se impõem aos constituintesque formam o material.
✓ Em termos de engenharia, um material compósitoé geralmente entendido como materiais cujosconstituintes são distinguíveis em escalamicroestrutural (escala de grãos) ou,preferencialmente, em escala macroestrutural(SMITH, 1998).
COMPÓSITOS
15/03/2018
33
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ Um material compósito é formado por umamistura ou combinação de dois ou mais micro oumacro constituintes que diferem na forma e nacomposição química e que, na sua essência, sãoinsolúveis uns nos outros (SMITH, 1998).
✓ Importância dos compósitos em engenharia:ligada ao fato da combinação de dois ou maismateriais diferentes, se poder obter um materialcujas propriedades são mais interessantes, emalguns aspectos, às propriedades individuais doscomponentes.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ Muitos materiais compósitos são constituídos porduas fases: a fase matriz (ou aglomerante), contínuae envolvente da segunda fase denominada fasedispersa (ou reforço).
✓ As propriedades dos compósitos são função daspropriedades dessas fases, das suas proporções eda geometria da fase dispersa.
✓ A maioria dos compósitos foi criada para melhorarcombinações de características mecânicas, taiscomo: rigidez, tenacidade e resistência nascondições ambientais e a altas temperaturas.
COMPÓSITOS
15/03/2018
34
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ Classificação quanto ao tipo de matriz: oscompósitos podem ser divididos em compósitosde matriz metálicas e de matriz polimérica.
✓ Classificação quanto à estrutura: os compósitospodem ser divididos em três classes principais -reforçados com partículas, reforçados com fibras eos estruturais.
✓ Subclassificação: cada uma das classesmencionadas ainda se dividem em outras duassubclasses (figura).
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
POLÍMEROS
Esquema classificatórios para os vários tipos de compósitos.
15/03/2018
35
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
POLÍMEROS
Classificação dos compostos segundo as suas fases dispersas.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Definição, importância e classificação
✓ Polímeros reforçados por partículas - a fasedispersa são partículas com eixos iguais(dimensões aproximadamente iguais em todas asdireções medidas).
✓ Polímeros reforçados com fibras - a fase dispersatem a geometria de uma fibra (apresenta granderazão comprimento/diâmetro).
✓ Estruturais - são combinações de compósitos emateriais homogêneos.
COMPÓSITOS
15/03/2018
36
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
✓ Duas subclasses, baseadas no tamanho daspartículas: compósitos com partículas grandes ecompósitos reforçados por dispersão.
Partículas grandes
• O tamanho da partícula não permite queocorra interações partícula-matriz aos níveisatômico ou molecular (empregada amecânica do contínuo).
• A maioria possui a fase particulada mais durae mais rígida que a matriz.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
• As partículas tendem a restringir omovimento da fase matriz na vizinhança decada uma delas – essencialmente, a matriztransfere parte da tensão aplicada àspartículas, que suportam uma fração da carga.
• O grau de reforço ou melhoria docomportamento mecânico é dado pelapresença da partícula e segue a lei dasmisturas de fases (figuras).
COMPÓSITOS
15/03/2018
37
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
COMPÓSITOS
O módulo de elasticidade deve ficar entre um limite superior e um inferior, dado pela regra (c, m e p representas as fazes compósito, matriz e particulada).
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
• As partículas podem ter uma grandevariedade de geometrias, mas devem possuiraproximadamente as mesmas dimensões emtodas as direções, serem pequenas edistribuídas uniformemente.
• São utilizados com metais, polímeros ecerâmicas.
• A seguir serão mostrados alguns exemplos demateriais compósitos com partículas grandes.
COMPÓSITOS
15/03/2018
38
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
• Cermetos: é um compósito cerâmica-metal(carbeto cimentado), constituídos porpartículas extremamente duras de umacerâmica refratária à base de carbeto (WC ouTiC, por exemplo), envolvidas em uma matrizde metal (Co ou Ni, por exemplo).
• Largamente utilizados como ferramentas decorte para aços endurecidos e outrosmateriais muito duros.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
• As partículas muito duras proporcionam asuperfície de corte, mas são extremamentefrágeis. A tenacidade é aumentada pela suainclusão na matriz metálica dúctil, que asisolas uma das outras, prevenindo apropagação de trincas entre elas.
• Ambas as fases são refratárias – capazes desuportar as elevadas temperaturas de cortede materiais extremamente duros.
COMPÓSITOS
15/03/2018
39
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes - Cermetos
COMPÓSITOS
Micrografia (1500x) de um carbeto cimentado com 85% WC e 15% Co
(Encyclopedia of Engineering, Jan/2017).
Pontas de ferramenta de corte confeccionada em Cermetos.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
• Borracha vulcanizada reforçada com negrofumo: pneus automotivos (15 a 30% departículas).
• Concreto: Ambas as fases cerâmicas –composto por cimento (matriz), areia e brita(particulados) utilizados na construção civil –material estrutural de construção.
• Mistura asfáltica: betume + (brita, areia) –usado para pavimentação.
COMPÓSITOS
15/03/2018
40
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Partículas grandes
COMPÓSITOS
Micrografia de um concreto
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Reforço por dispersão
• Presença de partículas finas de material inertedispersas em um compósito de matrizmetálica, onde estas partículas vão dificultar omovimento das discordâncias.
• O aumento de resistência é mantido atemperatura elevadas e por período de tempoprolongado – partículas não reativas com afase matriz ≠ endurecimento por precipitaçãode segunda fase.
COMPÓSITOS
15/03/2018
41
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com partículas
Reforço por dispersão
• Fase matriz: metais ou ligas metálicas.
• Fase dispersa: metálica ou não metálica(frequentemente à base de óxidos).
• Níquel com óxido de tório disperso ou níquelTD (Thoria-Dispersed): Ligas de níquelreforçadas pela adição de 3% de ThO2 naforma de partículas dispersas.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Tecnologicamente, os mais importantes.
✓ Objetivos: incluem alta resistência e/ou rigidezem relação ao seu peso.
✓ Explora-se a grande resistência da cerâmica e,ao mesmo tempo, evita-se a catástrofe (falhapor fragilidade das fibras leva a uma fraturaprogressiva, e não repentina).
✓ Subclassificação: de acordo com o comprimentoda fibras - contínuos (alinhados) e descontínuos(curtos).
COMPÓSITOS
15/03/2018
42
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Influência do comprimento da fibra
• Características mecânicas: dependem daspropriedades das fibras e do grau segundo oqual uma carga aplicada é transmitida para asfibras pela matriz.
• Sob a aplicação de uma tensão, a magnitudeda ligação interfacial entre a fibra e a matrizcessa nas extremidades da fibra, produzindoum padrão de deformação (figura).
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Influência do comprimento da fibra
• Ou seja, não existe qualquer transmissão decarga na matriz na extremidade de cada fibra.
COMPÓSITOS
Padrão de deformação nas vizinhanças de uma fibra imersa em uma matriz
15/03/2018
43
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Influência do comprimento da fibra
• Um comprimento crítico da fibra é necessáriopara que exista um efetivo aumento daresistência e um enrijecimento do compósito.
• Comprimento crítico - depende do diâmetroe do limite de resistência à tração da fibra, eda força da ligação entre ela e a matriz - paravárias combinações matriz-fibra é da ordemde 1 mm (entre 20 e 150 vezes o diâmetro dafibra).
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Influência do comprimento da fibra
• À medida que o comprimento da fibraaumenta, o reforço causado por ela se tornamais efetivo.
• Fibras contínuas: comprimentos muitomaiores que o comprimento crítico(normalmente, maior que 15 vezes).
• Fibras descontínuas (curtas): comprimentosmenores que o comprimento crítico.
COMPÓSITOS
15/03/2018
44
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Influência do comprimento da fibra
• Comprimentos muito menores que o crítico:inexiste transferência de tensão (ocorresomente pequeno reforço devido à fibra) –caso dos compósitos essencialmenteparticulados.
• Melhoria significativa na resistência mecânica,as fibras devem ser contínuas.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Orientação e concentração da fibra
• O arranjo ou orientação das fibras, as suasconcentrações e distribuições influenciamsignificativamente a resistência mecânica eoutras propriedades dos compósitos com essetipo de reforço.
• Orientação das fibras: existe a possibilidadede dois extremos - alinhamento paralelo comúnica direção e alinhamento totalmentealeatório.
COMPÓSITOS
15/03/2018
45
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
✓ Orientação e concentração da fibra
• Normalmente, as fibras contínuas estãoalinhadas, enquanto as descontínuas podemestar alinhadas, orientadas aleatoriamente ouparcialmente orientadas (figura).
• Independentemente dessas orientações, amelhor combinação geral das propriedadesdos compósitos é obtida quando adistribuição das fibras é uniforme.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
COMPÓSITOS
Tipos de compósitos reforçados com fibras
15/03/2018
46
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
• Além do já exposto, as característicasmecânicas são influenciadas por váriosfatores, tais como: comportamento tensão-deformação das fases, suas fraçõesvolumétricas, e a direção na qual a tensão éaplicada.
• No caso de fibras alinhadas, as propriedadesmecânicas do compósito são altamenteanisotrópicas.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
• A figura a seguir ilustra o comportamentotensão-deformação para as fases fibra-matriz,em que a tensão é aplicada ao longo dadireção longitudinal.
• Nesse caso, considera-se que a fibra sejatotalmente frágil e que a matriz sejarazoavelmente dúctil.
COMPÓSITOS
15/03/2018
47
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
COMPÓSITOS
Comportamento tensão-deformação para um compósito reforçado com fibra
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
• Estágio I: Região inicial, tanto a fibra como amatriz se deformam elasticamente.
• Estágio II: A matriz escoa e se deformaplasticamente, enquanto as fibras continuama deformar elasticamente – o limite deresistência à tração das fibras é muito maiordo que o limite de escoamento da matriz.
• O início da falha do compósito ocorre àmedida que as fibras começam a fraturar.
COMPÓSITOS
15/03/2018
48
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
• Essa falha não é catastrófica, pois nem todasas fibras fraturam ao mesmo tempo e, mesmoapós a falha da fibra, a matriz ainda continuaintacta - ainda são capazes de suportar umacarga reduzida enquanto a matriz continuadeformando plasticamente.
• Por serem altamente anisotrópicos, essescompósitos são normalmente projetados paraserem carregados longitudinalmente.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras contínuas e alinhadas
• Em carregamento transversal, o limite deresistência à tração é extremamente baixo,algumas vezes mais baixo que o da matriz(tabela).
• Dessa forma, o efeito da introdução do reforçocom fibras é negativo.
COMPÓSITOS
MaterialLRT longitudinal
(MPa)LRT transversal
(MPa)
Vidro-PoliésterCarbono-EpóxiKevlar-Epóxi
70010001200
203520
15/03/2018
49
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras descontínuas e alinhadas
• Eficiência do reforço é menor – módulos deelasticidade e limites de resistência cerca de90% e 50%, respectivamente, dos seusanálogos com fibras contínuas.
• Cada vez mais utilizados – fibras de vidropicado (mais frequente), fibras de carbono efibras de aramida.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras descontínuas, aleatoriamente orientadas
• Neste caso, a resistência do compósito seencontra entre a dos compósitos fibrososalinhados tensionados longitudinalmente(reforço máximo) e transversalmente (reforçovirtualmente inexistente.
• Normalmente utilizados em aplicações queenvolvem tensões totalmentemultidirecionais.
COMPÓSITOS
15/03/2018
50
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras descontínuas, aleatoriamente orientadas
COMPÓSITOS
propriedadeNão
Reforçado
Reforço com fibra (%)
20 30 40
Densidade relativaLRT (MPa)Módulo de elasticidade (GPa)Alongamento (%)Resistência ao impacto, com entalhe (lb/pol.)
1,19-1,2259-62
2,24-2,34590-11512-16
1,351105,934-62,0
1,431318,623-52,0
1,5215911,63-52,5
Propriedades de policarbonatos não reforçados e reforçados com fibras de vidro orientadas aleatoriamente
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos reforçados com fibras
Fibras descontínuas, aleatoriamente orientadas
COMPÓSITOS
Eficiência de reforço de compósitos reforçados com fibras para diferentes orientações das fibras e várias direções de aplicação da tensão
Orientação das fibras Direção da tensãoEficiência do
reforço
Todas paralelasParalela às fibras 1
Perpendicular às fibras 0
Distribuídas aleatoriamente e uniformemente dentro de um plano específico
Qualquer direção no plano das fibras
3/8
Idem, mas dentro das três dimensões do espaço
Qualquer direção 1/5
15/03/2018
51
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
✓ Compostos normalmente tanto por materiaishomogêneos como por materiais compósitos.
✓ Suas propriedades dependem não somente daspropriedades dos materiais constituintes, mastambém do projeto geométrico dos elementosestruturais.
✓ Dois tipos mais comuns: compósitos laminarese painéis em sanduíches (estruturas emsanduíches).
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
• Formados por folhas ou painéisbidimensionais que possuam uma direçãopreferencial de alta resistência (madeira epolímeros reforçados com fibras contínuas ealinhadas, dentre outro).
• As camadas são empilhadas e cimentadasuma às outras, com a orientação da direçãode alta resistência variando de acordo comcada camada (figura).
COMPÓSITOS
15/03/2018
52
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
COMPÓSITOS
Empilhamento de camadas sucessivas reforçadas com fibras orientadas para um compósito laminar
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
COMPÓSITOS
Empilhamento de camadas sucessivas
reforçadas com fibras orientadas para um compósito laminar
15/03/2018
53
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
• Exemplo: Madeira compensada, onde asfolhas sucessivas são alinhadas dessa forma.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
• Em função da forma estrutural, essesmateriais possuem resistência relativamentealta em uma diversidade de direções no planobidimensional.
• Resistência em uma direção específica éevidentemente menor do que a que existiriase todas as folhas estivessem orientadas nadireção medida.
• Esqui: Estrutura laminar complexa (figura).
COMPÓSITOS
15/03/2018
54
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Compósitos laminares
COMPÓSITOS
Seção transversal e um esqui de neve de alto desempenho.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche
• Consistem em duas folhas externas maisresistentes (faces ou lâminas) separadas poruma camada de material menos denso(recheio ou núcleo) com menor rigidez eresistência – material central ensanduichadoentre duas camadas exteriores mais finas.
• Materiais típicos das faces: Ligas de alumínio,polímeros reforçados com fibras, titânio, aço,madeira etc.
COMPÓSITOS
15/03/2018
55
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche
• Materiais do recheio: Normalmente, algumaforma de espuma expansível (poliestireno,poliuretano), borrachas sintéticas etc.).
• Principais tipos: Em função da forma dorecheio, tem-se as estruturas em colmeias(favos de mel) e as estruturas em materiaisrevestidos (Clads).
• Além destes, outros tipos são ilustradosesquematicamente na figura a seguir.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
COMPÓSITOS
15/03/2018
56
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Estruturas em colmeias:
- Finas folhas moldadas no formato de célulashexagonais que se intertravam, tendo osseus eixos orientados perpendicularmenteaos planos das faces.
- Um dos principais materiais utilizados naindústria aeronáutica: pás dos rotores dehelicópteros, superfícies de comando,estabilizadores, painéis em geral da aviação.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Estruturas em colmeias:
- Grande parte fabricada em ligas de alumínioou polímeros fenólicos e poliésteresreforçados com fibras de vidro ou materiaisreforçados com fibras aramídicas.
- As confeccionadas em alumínio: Fabricadaspor colagem de chapas externas em liga dealumínio a uma placa central em colmeia,também em liga de alumínio (figura).
COMPÓSITOS
15/03/2018
57
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Estruturas em colmeias:
COMPÓSITOS
Figura ilustrativa mostrando a construção de um painel em sanduíche com recheio em colmeia.
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Os painéis em sanduíche, de forma geral, sãoaplicados em telhados, pisos e paredes deprédios, aeronaves (asas, fuselagem e nosrevestimentos do leme horizontal) etc.
COMPÓSITOS
15/03/2018
58
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Estruturas em materiais revestidos (clads)
- São compósitos com o recheio metálicorevestido por camadas externas de outro metalou metais.
- Na maioria dos casos, as camadas metálicasexternas são pouco espessas e aderem porlaminação a quente ao material metálico dorecheio, formando ligações metalúrgicas (pordifusão atômica) entre os metais das camadasexternas e do recheio.
COMPÓSITOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Compósitos estruturais
Painéis em sanduíche:
• Estruturas em materiais revestidos (clads)
- Aplicação: Algumas ligas de alumínio de altaresistência mecânica, mas com baixa resistênciaà corrosão, podem ser protegidas por umacamada fina em alumínio macio e muitoresistente à corrosão.
- Aplicação: Utilização de metais relativamentecaros na proteção de um metal mais barato -moedas de liga de cobre baratas comrevestimento em liga de Cu e Ni.
COMPÓSITOS
15/03/2018
59
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Introdução
✓ Os revestimentos protetores são películasaplicadas sobre a superfície metálica, com afinalidade de dificultar o contato dessasuperfície com o meio corrosivo, minimizando,assim, a sua degradação pela ação do meio.
✓ O principal mecanismo de proteção dosrevestimentos é por barreira; entretanto,dependendo da sua natureza, poderá tambémproteger por inibição anódica ou por proteçãocatódica.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
60
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Introdução
✓ Tempo de proteção: depende do tipo derevestimento (natureza química), das forças deadesão, da espessura e da permeabilidade àpassagem do eletrólito através da película.
✓ O tempo também é influenciado pelomecanismo de proteção – proteção somentepor barreira, deixa de existir tão logo oeletrólito chegue à superfície metálica – casohaja um mecanismo adicional de proteção(inibição anódica ou proteção catódica), a vidado revestimento será prolongada.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Introdução
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
61
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Introdução
✓ Os mecanismos de proteção podem ser: porformação de produtos insolúveis, por barreira,por proteção catódica, dentre outros.
✓ A sua utilização pode ser no aumento daresistência à corrosão atmosférica, na imersão ena corrosão pelo solo.
✓ Tipos de revestimentos: metálicos, nãometálicos inorgânicos ou orgânicos.
✓ Neste curso será tratado apenas osrevestimentos metálicos.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos
✓ As películas, quando constituídas de um metalmais catódico que o metal de base, é necessárioque sejam isentas de falhas (poros, trincas etc.),para que se evite que diante de uma eventualfalha provoquem corrosão na superfíciemetálica do metal de base ao invés de evitá-la.
✓ Os revestimentos metálicos mais comuns são:Cladização, deposição por imersão a quente,metalização, eletrodeposição e deposiçãoquímica.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
62
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos
✓ Cladização
• Os clads se constituem de chapas de um metalou liga metálica, resistentes à corrosão,revestindo e protegendo um outro metal comfunção estrutural.
• Revestimentos normalmente com algunsmilímetros, e pode ser usado em uma só face ounas várias faces do material.
• Aplicação do revestimento (clads): solda porexplosão, laminação conjunta ou por deposição.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Cladização
• Clads mais usados na indústria: monel (liga Cu-Al), aço inoxidável e titânio sobre aço carbono.
✓ Deposição por imersão a quente
• O material a ser protegido é imerso em umbanho de metal fundido.
• O zinco e o estanho são os metais mais utilizados,mas o alumínio dá excelentes resultados.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
63
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Deposição por imersão a quente
• Principal campo de aplicação: Superfíciesexpostas à atmosfera, particularmente, de médiaa pouca agressividade
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Deposição por imersão a quente
• O processo de zincagem também é conhecidocomo galvanização.
- Nesse processo, os banhos são mantidos emtemperaturas entre 440 °C e 480 °C.
- O tempo de imersão define a espessura dacamada de zinco.
- Utilizado em espessuras que variam de 20 a120 μm, de acordo com a agressividade domeio.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
64
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Metalização
• Processo por meio do qual camadas de materiaismetálicos são depositadas sobre uma superfíciepreviamente preparada (após decapagem).
• Os metais de deposição são fundidos em umafonte de calor gerada no bico de uma pistolaapropriada, por meio de combustão de gases,arco elétrico, plasma e por detonação.
• O metal fundido é pulverizado e aspergido sobreo substrato a proteger.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Metalização
• Utiliza-se para revestimentos com zinco, alumínio(mais indicado), chumbo, estanho e diversasligas.
• Utilizado em espessuras que variam entre 20 a120 μm, de acordo com a agressividade do meio.
• Em meios de maior agressividade érecomendado utilizar um revestimento comtintas para complementar a proteção.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
65
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Metalização
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Metalização
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
66
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Eletrodeposição
• Consiste na deposição de metais que seencontram na forma iônica em um banho.
• A superfície a revestir é colocada no cátodo deuma célula eletrolítica.
• Utiliza-se principalmente quando se deseja umbom acabamento e o principal campo deaplicação é para pequenas peças, de geometriasimples e uso decorativo.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Eletrodeposição
• Bastante utilizado, pois se conseguerevestimento muito fino, com proteçãoadequada e relativamente livre de poros.
• Importante economicamente – o metaleletrodepositado pode ser caro e a fina camadanão onera tanto.
• Revestimentos mais comuns: Cr, Ni, Au, Ag, Sn,Zn e Cd (tóxico, aplicado por esse processo)
• Empregado para pequenas espessuras: 1-30 μm.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
67
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Eletrodeposição
REVESTIMENTOS METÁLICOS
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Processos de revestimentos metálicos comuns
✓ Deposição química
• Consiste na deposição de metais por meio de umprocesso de redução química.
• Revestimentos mais comuns: cobre e níquel.
• Denominados cobre e níquel químicos, muitoutilizados em peças com formatos delicados e degeometria complexa.
• Por razões de custo é empregado para pequenasespessuras – 10 a 20 μm.
REVESTIMENTOS METÁLICOS
15/03/2018
68
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Para que a corrosão ocorra, três condiçõesdevem estar presentes (1) Dois metaisdissimilares; (2) Um eletrólito (água comqualquer tipo de sal ou sais dissolvidos), (3) Umcondutor metálico entre os metais dissimilares.
• Metais dissimilares: ligas totalmente diferentes(aço e alumínio, por exemplo) ou uma peçametálica com diferenças metalúrgicas micro oumacroscópicas na superfície.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
69
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Corrosão: Definida como sendo o ataquedestrutivo e não intencional de um metal(CALLISTER, 2012).
• É um processo eletroquímico – reação químicaem que existe transferência de elétrons de umcomponente químico para outro.
• Normalmente inicia na superfície do material,por estar em contato direto com o meioagressivo.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Reação de oxidação: Os átomos metálicosperdem ou cedem elétrons.
• De forma geral, um metal M com valência n,pode oxidar de acordo com a reação.
M → Mn+ + ne-
• O sítio onde a oxidação ocorre é denominado deanodo, e reação de oxidação é chamada dereação anódica.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
70
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Reação de redução: Os elétrons gerados dosátomos de metal que é oxidado devem sertransferidos para outro componente químico,tornando-se parte integrante dele.
• No caso de soluções aquosas neutras ou básicasonde também existe oxigênio dissolvido, deveocorrer uma redução de acordo com a reação:
O2 + 4e- + 2H20 → 4OH-
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Se as condições acima existirem, na superfíciemetálica mais ativa ocorrem reaçõeseletroquímicas que proporcionarão a corrosão domaterial.
• No caso do aço (liga de grande interesseindustrial), ocorre a seguinte reação nos locaismais ativos:
2Fe → 2Fe++ + 4e-
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
71
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• Os elétrons livres grados viajam pelo caminhometálico até os locais menos ativos em queocorre a reação anteriormente mencionada(reação de redução):
O2 + 4e- + 2H20 → 4OH-
• O gás oxigênio convertido em íons de oxigênio –através da combinação com os quatro elétronslivres – que se combinam com a água paraformar íons de hidroxila.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
• As recombinações desses íons na superfície ativaproduzem a seguinte reação (total):
2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe (OH)2
• A qual gera o produto corrosivo de ferro, ohidróxido ferroso (Ferro combinando comoxigênio e água para formar hidróxido ferroso).
• Essa reação é como um fluxo de corrente atravésda água (eletrólito), do anodo (local mais ativo)para o catodo (local menos ativo).
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
72
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Entendendo o processo de corrosão
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Potencial de eletrodo
• Potencial elétrico (voltagem) gerado quando seconecta dois metais imersos em uma solução.
• A sua magnitude pode ser consideradarepresentativa da força motriz para a reaçãoeletroquímica.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
73
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Série de Potenciais de eletrodo padrão
• Classificação dos metais de acordo com a suatendência para experimentar uma reação deoxidação em soluções 1 M de seus próprios íonse a temperatura de 25 °C, quando acoplados aum eletrodo de hidrogênio (eletrodo dehidrogênio).
• Eletrodo de hidrogênio: Eletrodo inerte deplatina imerso em uma solução I M de íons H+,saturada com gás hidrogênio borbulhado atravésda solução, a 25 °C e pressão de 1 atm.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Série de Potenciais de eletrodo padrão
PROTEÇÃO CATÓDICA
Reação do EletrodoPotencial de Eletrodo
Padrão, E° (v)
↑
Progressivamente
mais inerte
(catódico)
Progressivamente
mais ativo
(anódico)
↓
Au3+ + 3e─ → Au
O2 + 4H+ + 4e─ → 2H2O
Pt2+ + 2e─ → PtAg+ + 1e─ → Ag
Fe3+ + 3e─ → Fe2+
O2 + 2H2O + 4e─ → 4(OH─)
Cu2+ + 2e─ → Cu2H+ + 2e─ → H2
Pb2+ + 2e─ → Pb
Sn2+ + 2e─ → Sn
Ni2+ + 2e─ → NiCo2+ + 2e─ → Cd
Cd2+ + 2e─ → Cd
Fe2+ + 2e─ → Fe
Cr3+ + 3e─ → CrZn2+ + 2e─ → Zn
Al3+ + 3e─ → Al
Mg2+ + 2e─ → Mg
Na+ + e─ → NaK+ + e─ → K
+ 1,420
+ 1,229
+ 1,2+ 0,800
+ 0,771
+ 0,401
+ 0,3400,000
─ 0,126
─ 0,136
─ 0,250─ 0,277
─ 0,403
─ 0,440
─ 0,744─ 0,763
─ 1,662
─ 2,363
─ 2,714─ 2,924
15/03/2018
74
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Série de Potenciais de eletrodo padrão
• Exemplo - reações de oxidação de um metal M1 ede redução de um metal M2, com os respectivospotenciais padrões, e o potencial global da pilha:
M1 → M1n+ + ne- − E1
o
M2n+ + ne- →M2 + E2
o
ΔE = E2o - E1
o
• ΔEo > 0 (reação espontânea); ΔEo < 0 (reaçãoespontânea é a inversa).
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Série de Potenciais de eletrodo padrão
• Exemplo - reações entre o Fe e o Mg.
• Mg → Mg2+ + 2e- E1o = − 2,77
Fe2+ + 2e- → Mg E2o = − 0,44
ΔE = ─ 0,44 – (─ 2,77) = 2,33
• ΔEo > 0 (reação espontânea).
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
75
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Influência da concentração da solução e datemperatura sobre o potencial de eletrodo padrão
• A alteração da temperatura ou da concentraçãoda solução ou a utilização de eletrodos feitos apartir de ligas em lugar de metais puros altera opotencial da pilha e, em alguns casos, reverte adireção da reação espontânea (equação abaixo).
∆𝐸 = 𝐸2𝑜 − 𝐸1
𝑜 −𝑅𝑇
𝑛𝐹𝑙𝑛
𝑀1𝑛+
𝑀2𝑛+
F = Constante de Faraday = 96500 C/mol
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Série galvânica
• Classificação mais prática e realista dasreatividades relativas de uma série de metais eligas comerciais quando imersos em água do mar.
• Comparativamente aos potenciais de eletrodopadrão, a série galvânica apresenta um alto grau decorrespondência entre as posições relativas.
• A maioria dos metais e ligas está sujeita à corrosãoem maior ou menor grau nos diversos ambientes –mais estáveis no estado iônico – termodinâmica(energia livre menor no estado oxidado).
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
76
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Corrente de corrosão
• Conclusão: se toda a superfície de uma instalaçãometálica, enterrada ou submersa, adquirircomportamento catódico, ela não sofrerá ataquecorrosivo – PROTEÇÃO CATÓDICA.
• Procedimento: prover a estrutura de um fluxo decorrente de proteção, proveniente de uma fonteexterna, com intensidade capaz de anular acorrente de corrosão das diversas pilhasexistentes na superfície metálica.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
77
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Corrente de corrosão
• Compreendendo: da equação fundamental dacorrosão – I (corrente de corrosão que flui doanodo para o catodo), E (potencial de eletrodo) eR (soma da resistência de saída da corrente doanodo para o eletrólito, com a resistência deentrada da corrente do eletrólito para o catodo –em ohm).
I =𝐸𝑎𝑛𝑜𝑑𝑜−𝐸𝑐𝑎𝑡𝑜𝑑𝑜
𝑅
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Corrente de corrosão
• A corrente flui (processo corrosivo ocorre) quandoexiste diferença de potencial sobre a superfíciemetálica e quando a resistência R possui um valorfinito.
• Para que não haja corrosão - evita-se que acorrente flua: anula-se a diferença de potencialentre as áreas anódica e catódica (proteçãocatódica) ou eleva-se infinitamente o valor daresistência R (aplicação de um revestimentometálico teoricamente perfeito).
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
78
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Corrente de corrosão
• Proteção catódica - um dos métodos maisempregados para a proteção de grandesestruturas enterradas ou submersas, parcial outotalmente.
• Dentre as estruturas mais utilizadas, tem-se:tubulações e tanques de estocagem de gás ecombustíveis diversos, plataformas marítimas depetróleo, navios e píeres.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Tipos de proteção catódica
• O princípio da proteção catódica se baseia emlevar o potencial de corrosão do equipamento ouestrutura a proteger para valorescorrespondentes à imunidade do material.
• Assim, a proteção catódica impede a corrosãoconvertendo todos os locais anódicos (ativos) dasuperfície do metal em locais catódicos(passivos), fornecendo uma corrente elétrica (ouelétrons livres) de uma fonte alternativa.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
79
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Fundamentos
✓ Tipos de proteção catódica
• Tal objetivo pode ser atingido por um dosseguintes métodos:
(a) Proteção por ânodos de sacrifício,
(b) Proteção por corrente impressa.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ Proteção por anodo de sacrifício (ou anodogalvânico): o potencial adequado é alcançadodevido ao contato elétrico entre o metal aproteger e um outro metal de potencial decorrosão inferior (menos nobre, mais reativo) nomeio onde estarão colocados.
• Essa prática também é chamada de sistemasacrificial - os anodos galvânicos sacrificam a simesmos para protegerem o aço estrutural ou atubulação contra a corrosão.
-
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
80
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
81
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ Os metais ou ligas metálicas mais comumenteutilizados nos ânodos de sacrifício são: zinco, ligasde magnésio e ligas de alumínio.
✓ Os metais constituintes dos anodos devem serbastantes puros, de modo a se evitar umaautocorrosão do anodo.
✓ ZINCO: anodos bastante usado bastante em águado mar, na proteção de navios, barcos, píeres,plataformas, além de outros equipamentos eestruturas.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ LIGAS DE MAGNÉSIO: apresentam o potencial decorrosão mais negativo dos três tipos de ligacitados.
• São usadas em água doce (interior de tanques deágua) e em solos de baixa resistividade (até 6000ohm.cm).
• Desvantagens dessas ligas: possuem preçoelevado e proporcionam o risco de incêndio napresença de faíscas.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
82
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ LIGAS DE ALUMÍNIO: têm sido desenvolvidas para aaplicação em proteção catódica, mas é preciso quea natural formação de um óxido protetor sobre o Alseja evitado, pois do contrário se terá umacorrosão muito heterogênea (por pites) do anodo.
✓ Zn, Bi e In: dentre outros elementos, quandoadicionados ao alumínio, possuem a facilidade detornarem o óxido do alumínio pouco protetor etornam seu potencial de corrosão mais negativoque o habitual de outras ligas comerciais.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ No caso de anodos de alumínio na proteção de aço(figura), a reação na superfície do alumínio é (4íons de alumínio mais 12 elétrons livres):
4Al → 4AL+++ + 12 e-
✓ Na superfície do aço, o gás oxigênio é convertidoem íons de oxigênio que se combinam com a águapara formar íons de hidroxila:
3O2 + 12e- + 6H20 → 12OH-
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
83
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
PROTEÇÃO CATÓDICA
✓ Desde que acorrente (elétronslivres) estejachegando nocátodo (aço) maisrápido do que ooxigênio estáchegando, nãoocorre corrosão.
Sistema de PC de anodo de sacrifício em água do mar
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ Principais vantagens
• Não requer suprimento de corrente no local.
• Os custos de instalação são baixos.
• Os custos de manutenção são mínimos.
• Raros problemas de interferência com outrasinstalações metálicas enterradas.
• Não oferece risco de superproteção.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
84
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ Desvantagens
• A quantidade de corrente fornecida à estrutura élimitada pela diferença de potencial (ddp),bastante baixa, entre os anodos e a estrutura aproteger.
• A proteção ficará muito mais difícil se asresistividades elétricas do meio no local nãoforem suficientes baixas (máximo de 6000ohm.cm).
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por anodo de sacrifício
✓ Desvantagens
• Se o revestimento não for muito bom, ou se aestrutura tiver grandes diâmetro e comprimento,a proteção ficará muito cara, devido à grandequantidade de anodos necessária.
• Se a estrutura estiver influenciada por correntesde fuga originárias de sistemas eletrificadospróximos, dificilmente os anodos galvânicosserão eficientes.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
85
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Nestes sistemas, a polarização do material metálicoa proteger é conseguida pela aplicação de umacorrente catódica através de sua interface, comauxílio de um gerador de corrente contínua (ouretificador).
✓ Para fechar o circuito é necessário, neste caso,também a presença de um eletrodo anódico.
✓ A figura a seguir ilustra um sistema de proteçãocatódica por corrente impressa em uma estruturaparcialmente submersa.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
PROTEÇÃO CATÓDICA
Sistema de PC de anodo de sacrifício em água do mar
15/03/2018
86
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Como a corrente elétrica é fornecidaexternamente, o anodo é polarizado para valoresde potencial acima (mais nobres) do valor depotencial ao qual se estabiliza o cátodo.
✓ A diferença de potencial entre anodo e cátodo ésuprida pela fonte de força eletromotriz.
✓ Assim, não é necessário que o ânodo se dissolva,pois poderá ser um metal inerte que apenas sirvade sede de uma reação anódica qualquer, em gerala de liberação de oxigênio (oxidação da água).
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Anodos permanentes: anodos que não se corroem- em geral são de ligas de Ti, Nb ou Ta, platinizadosou revestidos com óxidos de outros metais nobrescomo irídio.
✓ Como não se dissolvem, não é necessária suasubstituição periódica – isso é particularmenteimportante, quando as estruturas a proteger estãoenterradas em lugares de difícil acesso como nosubsolo de cidades ou em lugares afastados decentros de manutenção.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
87
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Anodos corrosíveis: ligas de Fe-Si (que se corroempouco), sucata de ferro ou aço (bastante barata).
✓ Qualquer método que se use de proteção catódicaseria muito caro se fosse necessário trabalhar coma superfície totalmente descoberta - a corrente afornecer é proporcional à área a ser protegida.
✓ Assim, comumente o metal a proteger é revestidopor algum material (pintura, revestimentopolimérico etc.), e a proteção catódica só garantasua ação nas falhas desse revestimento.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Estas falhas, no entanto, vão aumentando com otempo devido a diversos tipos de degradação dorecobrimento e, com isto, vai sendo exigido cadavez mais do sistema de proteção catódica.
✓ No caso de muitos sistemas em água do mar,devido às elevadas correntes elétricas envolvidas,não é incomum usar sistemas de correnteimpressa.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
88
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Nesses casos, usam-se anodos de um tipo que nãose dissolve facilmente em íons metálicos, massustentam uma reação alternativa, a oxidação dosíons de cloreto dissolvidos.
2Cl- → Cl2 + 2e-
✓ A energia é fornecida por uma unidade dealimentação CC externa.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Principais vantagens
• Fornecer maiores quantidades de corrente àsestruturas.
• Controlar as quantidades de corrente fornecidasao sistema.
• Pode ser aplicado em qualquer meio, mesmonaqueles cujo eletrólito seja de elevadaresistividade elétrica.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
89
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Principais vantagens
• Ser aplicado, com eficácia, para a proteção deestruturas nuas ou pobremente revestidas.
• Se aplicado, com economia, para a proteção deinstalações metálicas de grande porte.
• Ser utilizado com eficácia onde há correntes deinterferência.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢ Proteção por corrente impressa
✓ Desvantagens
• Necessidade de manutenção periódica, ainda quede fácil realização.
• Dispêndio com a energia elétrica consumida,embora de pouca monta.
• Possibilidade de criar problemas de interferênciacom outras estruturas metálicas enterradas nasproximidades, mas que também pode ser evitadocom facilidade.
PROTEÇÃO CATÓDICA
15/03/2018
90
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢Medida do potencial do metal
✓ Para saber se há ou não corrente suficiente nosistema, mede-se o potencial do metal a protegercontra um eletrodo de referência padrão,geralmente prata/cloreto de prata (Ag/AgCl).
✓ O fluxo de corrente em qualquer metal muda seupotencial normal na direção negativa.
✓ Caso do aço: se essa liga receber correntesuficiente para mudar o potencial para − 0,800 v(prata/cloreto de prata), a corrosão éessencialmente interrompida.
PROTEÇÃO CATÓDICA
Curso de Especialização em Construção NavalDisciplina - Prof. º
Curso de Especialização em Construção NavalMateriais Aplicados à Indústria Naval – Prof. Jorge Teófilo de Barros Lopes
➢Medida do potencial do metal
✓ Devido à natureza dos filmes formados, o potencialmínimo (− 0,800 V) raramente é o potencial ideal eos projetistas tentam alcançar um potencial entre− 0,950 V e −1000 V (Prata/Cloreto de prata).
PROTEÇÃO CATÓDICA