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Universidade Federal do Rio de Janeiro
UM ESTUDO DE AUTOMAÇÃO VISANDO O
AUMENTO DE PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Edgar Oliveira Araujo
2018
ii
UM ESTUDO DE AUTOMAÇÃO VISANDO O
AUMENTO DE PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
Edgar Oliveira Araujo
Projeto de Graduação apresentado ao curso de
Engenharia Civil da Escola Politécnica,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro.
Orientadora: Elaine Garrido Vazquez
Co-Orientador: Armando Carlos de Pina Filho
Rio de Janeiro
Dezembro, 2018
iii
Um Estudo De Automação Visando O Aumento De
Produtividade Na Construção Civil
Edgar Oliveira Araujo
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.
Examinada por: __________________________________________________
Professora Elaine Garrido Vazquez (Orientadora)
____________________________________________
Professor Armando Carlos de Pina Filho (Co-Orientador)
__________________________________________________
Professor Leandro Torres Di Gregorio.
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL
Dezembro de 2018
iv
Aguiar, Edgar Oliveira Araujo.
Um Estudo De Automação Visando O Aumento De
Produtividade Na Construção Civil / Edgar Oliveira Araujo. –
Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.
X, 57 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Elaine Garrido Vazquez
Co-Orientador: Armando Carlos de Pina Filho
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Civil, 2018.
Referências Bibliográficas: p. .
Referências Eletrônicas: p..
1. Introdução. 2. Automação. 3. Construção Civil. 4.
Inovações da Automação na Construção Civil. 5. Estudos
Práticos, Automação x Tecnologias Tradicionais. 6.
Considerações Finais. I. Vazquez, Elaine / Pina Filho,
Armando. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro,
Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III.
Automação na Construção Civil.
1
Agradecimentos
A Deus, por permitir que eu chegasse até aqui, pois foi ele que diante curvas
descreveu o meu caminho de Glorias.
Aos meus pais Edézio e Dilce por, além de serem os responsáveis pela minha
existência, foram obras do altíssimo em minha vida, sendo a materialização do
caminho. Sem dúvidas, através deles, foi que conseguir energias e sabedoria para
superar cada desafio nessa caminhada tortuosa. Não obstante, o carinho, o apoio,
incentivo e a confiança deles foram indispensáveis para esta conquista.
Aos meus parentes, que sempre me colocaram como um orgulho, me animando de
maneira a cada vez mais estudar nos lugares de destaque e me especializando cada
vez mais nas áreas de meu interesse.
As pessoas que residem em meu coração e a quem costumeiramente se diz “in
memoria” deixo aqui meus mais profundos agradecimentos a vocês. Ao vô José e vô
Edézio. Impossível chegar aqui e não homenageá-los. Vocês são parte imprescindível
desta conquista e seria impossível neste momento não sentir a presença de vocês que
ora me conforta.
Aos amigos que conquistamos e que por vezes chamamos de “irmãos” e que a vida
me presenteou. Que me receberam com carinho em um estado que eu estou longe da
minha família. Deixo meus agradecimentos a vocês.
Aos amigos do “BD”, deixo aqui meu imenso “obrigado”. Não foram poucos os
momentos que compartilhamos expectativas e apoio.
Aos amigos da Atlética, agradeço por me proporcionarem momentos esportivos
emocionantes e descontraídos.
Aos amigos da “CNC”, deixo também aqui meus agradecimentos pelo aprendizado de
gerenciamento e administração.
A orientadora Elaine Garrido Vazquez e Co-Orientador Armando Carlos de Pina Filho
obrigado pelo aceite à esta orientação, pela paciência e dedicação para que eu
obtivesse o melhor resultado.
Ao professor Leandro Torres Di Gregorio deixo meus mais sinceros agradecimentos
pelas horas de conversa, orientação ou por simplesmente serem ouvintes e por me
possibilitarem enxergar que a maior dádiva de um professor é compartilhar seu
conhecimento de maneira terna com o próximo.
2
A Escola Politécnica da UFRJ, em especial aos professores do curso de Engenharia
Civil, meu reconhecimento e agradecimento por transmitir mais que conhecimentos
técnicos, mas ensinamentos e valores que levo para a vida.
“Primeiro eles te ignoram, depois riem de
você, depois brigam, e então você vence”.
Mahatma Gandhi
3
Resumo do projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Automação Como Processo De Aumento De Produtividade Na Construção Civil
Edgar Oliveira Araujo
Dezembro 2018
Orientadora: Elaine Garrido Vazquez
Co-Orientador: Armando Carlos de Pina Filho
Curso: Engenharia Civil
A Arquitetura e a Construção Civil tem uma importância muito grande de estar
habilitada em desenvolver espaços adequados à execução de várias atividades que os
seres humanos realizam ao longo de suas vidas. Como é de se esperar a
movimentação financeira do mercado da Arquitetura e Construção Civil é considerado
enorme, exigindo então um planejamento e uma gestão muito bem detalhado e
desenvolvida de maneira a otimizar ao máximo a eficiência. Com isso, a tecnologia
tornou-se uma ferramenta indispensável no mundo moderno e não sendo diferente
para a área da Construção Civil. A tecnologia trabalha aliadamente à produtividade,
tentando trazer cada vez melhores resultados de retornos financeiros. Porém as
dificuldades de aplicação de novas técnicas nessas áreas são desafiadoras devido a
diversos problemas. A Construção Civil em especial apresenta uma dificuldade maior
ainda em aplicar novas técnicas no seu mercado, às vezes por ausência de
conhecimentos mais aprofundados das técnicas ou por elas exigirem investimentos
iniciais superiores aos já empregados. Esse estudo vem tentar mostrar brevemente,
de maneira a ampliar os conhecimentos, as técnicas modernas eficientes que a
automação tem a trazer a Arquitetura e a Construção Civil, juntamente com o potencial
que essas técnicas têm em prol da produtividade. Sendo executada coleta de dados
de citações de diversos autores ou fabricantes dos maquinários inovadores e então
efetuadas comparações. Destaca-se o mercado inovador e promissor que a
automação vem a trazer a favor do aumento de produtividade na Construção Civil.
Palavras-chave: Construção Civil, Produtividade, Automação, Novas Técnicas.
4
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
Automation As A Process Of Increased Productivity In Construction
Edgar Oliveira Araujo
December 2018
Advisor: Elaine Garrido Vazquez
Co-Advisor: Armando Carlos de Pina Filho
Course: Civil Engineering
Architecture and Civil Construction is very important to be able to develop spaces
suitable for the execution of various activities that human beings perform throughout
their lives. As can be expected, the financial movement of the Architecture and Civil
Construction market is considered enormous, requiring very detailed planning and
management that is developed in such a way as to maximize efficiency. With this, the
technology has become an indispensable tool in the modern world and not being
different for the area of Construction. Technology works together on productivity, trying
to bring better results from financial returns every time. However, the difficulties of
applying new techniques in these areas are challenging due to several problems. Civil
Construction in particular presents a greater difficulty in applying new techniques in its
market, sometimes due to the lack of more in-depth knowledge of the techniques or
because they require initial investments higher than those already employed. This
study tries to show briefly, in order to extend the knowledge, the efficient modern
techniques that automation has to bring Architecture and Civil Construction, together
with the potential that these techniques have for productivity. The collection of citation
data from several authors or manufacturers of innovative machinery is performed and
comparisons are then made. Highlighting the innovative and promising market that
automation has brought in favor of increased productivity in Civil Construction.
Keywords: Construction, Productivity, Automation, New Techniques.
5
Sumário:
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11
1.1. Importância da Automação na Construção Civil ........................................ 10
1.2. Justificativa .................................................................................................. 11
1.3. Objetivo ........................................................................................................ 12
1.4. Metodologia .................................................................................................. 13
1.5. Estrutura do Trabalho .................................................................................. 13
2. AUTOMAÇÃO ................................................................................................ 15
2.1. Conceituação ............................................................................................... 15
2.2. Revolução Industrial 1.0 .............................................................................. 15
2.2.1 Revolução Industrial 1.0 – Brasil ................................................................ 17
2.3. Revolução Industrial 2.0 .............................................................................. 18
2.4. Revolução Industrial 3.0 .............................................................................. 21
2.5. Revolução Industrial 4.0 .............................................................................. 23
2.5.1 Revolução Industrial 4.0 – Construção Civil .............................................. 29
3. CONSTRUÇÃO CIVIL.................................................................................... 31
3.1. Gerenciamento de Obras ............................................................................. 31
3.1.1. Planejamento da Produção ......................................................................... 33
3.1.2 Planejamento Operaional e Logística ......................................................... 34
3.1.3 Controle Sistemático de Prazos .................................................................. 34
3.1.4 Controle Eficiente de Custos ....................................................................... 35
3.1.5 Gestão de Pessoas ...................................................................................... 36
3.1.6 Gestão de Qualidade.................................................................................... 38
6
3.1.7 Segurança .................................................................................................... 41
3.1.8 Meio Ambiente ............................................................................................. 42
3.2. Dificuldade de Modernização da Construção Civil ..................................... 43
3.3. Vantagens e Desvantagens da Modernização da Construção Civil ......... 45
4. INOVAÇÃO DA AUTOMAÇÃONA CONSTRUÇÃO CIVIL ........................ 47
4.1. Drones .......................................................................................................... 47
4.1.1 Drones no Brasil .......................................................................................... 48
4.2. Impressão 3D ............................................................................................... 50
4.3. Sensores Vestiveis ................................................................................... 52
4.3.1 Capacete Sensorial ...................................................................................... 53
4.3.2 Pulseira Myo ................................................................................................ 53
4.3.3 Colete de Segurança Repoint ...................................................................... 54
4.3.4 Óculos Inteligentes ...................................................................................... 55
4.3.5 Termo Exoesqueleto Biônico ...................................................................... 55
4.4. Máquinas de Reboco de Paredes Automática ............................................ 57
4.5. Assentadores de Argamassa ...................................................................... 59
4.6. Automação Predial ....................................................................................... 61
4.6.1 Casa Inteligente, Smart Home ..................................................................... 66
4.7. Demolição “Silenciosa” .............................................................................. 68
4.8. Sistema de Automação Nível Digital (SAND), Recalque............................. 71
4.9. Construção Modular .................................................................................... 72
5. ESTUDO PRÁTICO AUTOMAÇÃO X TÉCNICAS TRADICIONAIS ........ 75
5.1. Máquina de Reboco de Parede Automática ............................................... 75
7
5.2. Assentadores de Argamassa ...................................................................... 81
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 85
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 89
8
Lista de Figuras
Figura 1 - Revolução Industrial 1.0, (www.colegioWeb.com.br). .................................................. 16
Figura 2 - Revolução Industrial 2.0, (www.brasilescola.uol.com.br). ............................................. 19
Figura.3 - Revolução Industrial 3.0, Industria – (www.4.blogspot.com). ...................................... 21
Figura.4 - Automação, Industria-(www.4 blogspot.com)................................................................. 26
Figura.5 - Revolução Industrial 4.0, (www.Industria-4 blogspot.com). .......................................... 27
Figura.6 - Triangulo de Gestão, (www.moimentoImpactoGloba.com)l ......................................... 31
Figura 7 – Impacto do Prazo de Construçãona Rentabilidade de um Empreendimento. ............ 35
Figura 8 - Produtividade da Mão de Obra, Conference Board. ...................................................... 37
Figura 9 – Patologia na Construção Civil, Oliveira 2013. ............................................................... 38
Figura 10 –impactos no Meio Ambiente, Ceotto 2018. ................................................................... 43
Figura 11 – Eficiência na Automação, PrimeControl. ..................................................................... 45
Figura 12 - Drone, Constru Liga. ...................................................................................................... 48
Figura 13 - Drone, DJI 2018. ............................................................................................................ 49
Figura 14 – Impressão 3D, The Dally Bell. ...................................................................................... 51
Figura 15 – Minha Casa Minha Vida, Construção Mercado 2018 ................................................. 51
Figura 16 –Sensoriamento Vestíveis, IMOB.................................................................................... 53
Figura 17 – Pulseira Myo, IMOB ...................................................................................................... 54
Figura 18 – Colete de Segurança Redpoint, IMOB......................................................................... 54
Figura 19 – Óculos Inteligente, IMOB .............................................................................................. 55
Figura 20 –Termo Exoesqueleto,Kazerooni ................................................................................... 56
Figura 21 – Máquina de Reboco de Paredes Automática ............................................................. 58
Figura 22 – Assentador de Argamassa, LBB Engenharia e Topografia. ...................................... 60
Figura 23 – Parede fora de prumo,2Quartos. .................................................................................. 60
Figura 24 – Parede com excesso de concreto, Alamy. .................................................................. 60
Figura 25 –Automação Predial, Soluções Industriais. .................................................................... 64
Figura 26 – Sistemas Automatizados, Sustentabilleco. .................................................................. 65
Figura 27 –Smart Home, (www.smarthomebrasil.com.br) ............................................................. 67
Figura 28 –Demolição Silenciosa, NYT. .......................................................................................... 69
Figura 29 – Interior da Torre Grand Prince Hotel Akasaka, FolhaUOL ......................................... 70
Figura 30 –Sistema de Automação Nível Digital (SAND), (www.acervodigital.ufpr.br) ................ 72
Figura 31 –Construção Modular, (www.sulmodulos.com.br) ......................................................... 73
Figura 32 – Residencia Tijuca, Andrade Almeida Arquitetura e Design........................................ 75
Figura 33 – Projeto da Cozinha, Andrade Almeida Arquitetura e design. ..................................... 76
Figura 34 –Projeto da Cozinha e Banheiro, Andrade Almeida Arquitetura e Design ................... 76
Figura 35 –Parede da divisória do banheiro e cozinha, Andrade Almeida Arquitetura e Design 77
9
Figura 36–Comparativo de Probabilidade ....................................................................................... 78
Figura 37 – Retorno do Investimento I. ............................................................................................ 79
Figura 38 – Azulejo da Cozinha, Andrade Almeida Arquitetura e Design. .................................... 80
Figura 39 - Cozinha Reformada, Andrade Almeida Arquitetura e Design. ................................... 81
Figura 40 - Cozinha Reformada, Andrade Almeida Arquitetura e Design. ................................... 81
Figura 41 – Retorno do Investimento II. ........................................................................................... 83
Figura 42 – Instituto Brasileiro de Atuária, Andrade Almeida Arquitetura e Design. .................... 84
Lista de Quadros
Quadro 1 – Princípios Basicos, (www.todamateria.com.br). .......................................................... 20
Quadro 2 –Profissões MaisPropensas à automação, (www.unisinos.com) ................................. 28
Quadro 3 – Elementos Limitantes de um Projeto, (www.movimentoimpactoglobal.com.br).. ..... 32
Quadro 4 – Itens de uma Gestão Eficiente, (www.movimentoimpactoglobal.com.br). ................ 32
Quadro 5 – Problemas e Suas Principais Causas ,(www.construfacilrj.com.br). ......................... 39
Quadro 6– Problemas Encontrados em Obras Devido a Falhas no Processo de Projeto,
Silveira. ............................................................................................................................................... 40
Quadro 7 – Impactos no Meio Ambiente, Ceottoi ........................................................................... 42
Quadro 8 – Principais Motivos de Dificuldades de Mudança, Tomasi . ........................................ 44
Quadro 9 – Vantagens dos Drones, Drones DJL ........................................................................... 48
Quadro 10 – Fenômenos Prejudiciais, (www.demilito.com). .......................................................... 58
Quadro 11– Causas dos Fenômenos Prejudiciais, (www.demilito.com) ....................................... 58
Quadro 12 – Pontos Positivos da Automação Predial, Soluções Industriais ................................ 64
Quadro 13 – Serviçõs Smart Home, (www.samarthomebrasil.com.br). ........................................ 66
Quadro 14 – Etapas da obra I , Andrade Almeida Arquitetura e Design ....................................... 80
Quadro 15 – Etapas da obra II, Andrade Almeida Arquitetura e Design ....................................... 82
10
Lista de Tabelas
Tabela 1 – Rendimento da Mão de Obra, Andrade Almeida Arquitetura e Design ...................... 77
Siglas
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
HABITARE – Programa de fomento à pesquisa na área de habitação coordenado
pela FINEP e que conta com recursos do CNPq Caixa, SEBRAE, entre outros;
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas,
11
1. Introdução
A indústria da construção civil, mesmo com toda sua importância e sendo uma das
maiores forças motrizes da economia, vêm enfrentando uma severa crise nos últimos
anos. Muito embora esta crise não tenha advindo diretamente do setor, torna-se
preocupante seu efeito, e, em curto prazo, para enfrentar este cenário de alta
competitividade, esta indústria vem buscando mecanismos que aumentem a
produtividade e consequentemente uma redução de custos de maneira a trazer
benefícios ao consumidor final. Porém as técnicas de melhoria de gestão dos modos
de produção tradicionais tiveram uma maior facilidade de ser inserida no mercado
comparado a implantação de novas técnicas de automação. As técnicas de melhoria
de gestão através de um gerenciamento mais detalhado visam alcançar uma
otimização máxima das técnicas já implantadas a anos no mercado. Desse modo os
resultados alcançados não apresentando uma melhoria consideravelmente
significativa, sendo totalmente limitadas. (MATTOS, 2010)
Porém, observando-se historicamente o setor, as mudanças são desenvolvidas de
maneira mais lentas, devido à baixa qualificação da mão de obra empregada ou à
prática de processos arcaicos de produção, e por isso tendem a não acompanhar toda
a evolução demandada. (MARHAM, 1966)
Com a visualização prévia do mercado, observa-se que o setor vem procurando
maneiras de redução do custo através de melhorias na produção sem comprometer a
qualidade do produto oferecido, do modo a ser aplicado o produto, a maneira a ser
gerido o processo e a eficiência do consumo dos insumos. Porém modificações mais
extravagantes dificilmente são vistas nesse respectivo mercado, não sendo resultado
de falta de técnicas inovadora ou de estudos destas técnicas em níveis avançados.
Visando estas melhorias de eficiência, diversos caminhos de desenvolvimento são
oferecidos pelo mercado, não somente em direção e sentido da automação.
Analisando a automação, ela oferece um espaço amplo e promissor ao mundo
moderno, de modo a trazer uma maior eficiência temporal, financeira e de segurança
do trabalho. Além de indiretamente poder estimular outras áreas do mercado a
tomarem o mesmo caminho de evolução. (MC GRAW-HILL, 2014)
A Construção Civil apresenta um enorme conjunto de possibilidades de trabalho e isso
do mesmo modo que parece ser positivo, pode ser considerado negativo. Exatamente
esse amplo mercado traz diversas responsabilidades e conjuntos de itens, com ampla
1.1. Importância da Automação
12
incerteza, a serem verificadas ao decorrer do seu trabalho, em outras palavras,
diversas responsabilidades. É exatamente essa situação que traz enormes
dificuldades do Arquiteto ou Engenheiro em chegar ao seu objetivo final da maneira
planejada.
A Automação tende a trazer maiores taxas de produtividade e facilidades de mitigar
esses problemas constantes no mercado da Arquitetura e Engenharia, pois como será
visto posteriormente a proximidade da teoria para a prática tende a ser enorme sem
necessidade de intensa fiscalização e podendo obter previsões de possíveis
problemas com muita antecedência. (SILVA 2018)
Podendo ser citado que desde o Fordismo é presenciado que a máquina apresenta
uma possibilidade de produtividade superior ao do ser humano. Ao mesmo tempo em
que substitui o trabalho manual, também traz um mercado de trabalho de fabricação,
manutenção e de conhecimento da maneira de execução desse maquinário, acabando
com a utopia de apenas resultados negativos diante do mercado de trabalho.
Os desafios do setor de construção civil e insumos estão associados à sua melhoria
contínua, derrubada de barreiras históricas e desenvolver-se como uma nova
indústria, que insira tecnologias modernas que estão no universo da mecatrônica e da
automação, uma maneira que supere os limites do ser humano e que traga maior
eficiência e eficácia. (ROSÁRIO, 2005)
A Arquitetura e a Construção Civil experimentaram grandes variações em seu
mercado, pelo fato de ser um comercio muito sensível a quaisquer abalos advindos
financeiramente no país.
Diante disso, a Construção Civil e a Arquitetura devem se aproximar cada vez mais da
exatidão, minimizando erros e prejuízos. A produtividade está intimamente ligada à
melhor ou pior utilização dos recursos produtivos disponíveis em uma empresa, dentre
eles: espaço físico, ferramentas, mão de obra, insumos, técnicas de gerenciamento,
meio de transporte interno e externo, informatização, horário de trabalho. Algo que a
automatização proporciona muito bem, como já é visto na indústria automatizada de
produção de automóveis.
A automação proporciona soluções para vários itens que trazem problemas há muitas
décadas na área da Arquitetura e Construção Civil. Pois a automação não apresenta
erros humanos ou até mesmo uma irregularidade na taxa de produção. Além de
1.2. Justificativa
13
possibilitar um monitoramento remoto dos sistemas enormes que a Construção Civil
apresenta. Outro item a se discutir é a economia financeira do custo do serviço como
um todo em médio prazo.
A utilização repetida da mão de obra, que já possuía baixa qualificação, junto a
processos arcaicos trouxe perdas representativas para a indústria da Arquitetura e
Construção Civil, já que o crescimento não estruturado promoveu também o
crescimento das não conformidades e dos insucessos, do ponto de vista da qualidade,
da produtividade, do custo e principalmente do não cumprimento de prazos previstos.
Os argumentos contrários à automação (poluição, desemprego), que são
constantemente divulgados pela mídia, fixam uma imagem negativa dessa respectiva
área. Porém esses argumentos chegam a ser arcaicos e irrisórios em comparação ao
potencial financeiro e de vagas de trabalho do novo mercado que pode surgir com a
automação.
De modo a reforçar o quanto esse mercado é promissor, a sociedade utiliza desse
mercado da automação sem nem ao menos perceber. A automação inicialmente
apresenta uma rejeição grande, porém em um ínfimo espaço de tempo se torna
essencial nas atividades cotidianas. A sociedade utiliza da automação sem captar sua
dependência, que vem de muitos anos. Várias atividades comuns no cotidiano de uma
pessoa são totalmente dependentes da indústria da automação como despertadores,
semáforos, iluminação pública, fechamento de portas, sistemas de freios e segurança,
repetição de ciclos, ar-condicionado. Esses itens são apenas possíveis graças à área
da automatização que proporcionou vários dispositivos controladores, temporizadores,
relés e controles sensoriais.
Esse estudo foi incentivado por outras pesquisas como (SANTOS; OLIVEIRA, 2014);
(ANDOLFATO, 2010); (ROMANEL; FREITAS, 2005); (REIS; MORO; FLORES;
WEISE, 2017).
Este trabalho tem por objetivo principal estudar a maneira a qual a automação na
Construção Civil pode trazer uma evolução promissora enorme no respectivo
mercado.
Objetiva também ao mercado da Arquitetura e Construção Civil a investir mais em
estudos e em implantação de novas técnicas automatizadas. Além desta área
necessitar de mais estudos de análise de riscos bem como mostrar mais claramente
1.3. Objetivo
14
quais são suas vantagens e desvantagens. De maneira a descrever também análises
práticas das novas técnicas, permitindo um aperfeiçoamento posterior.
Este trabalho foi desenvolvido através de pesquisas bibliográficas em trabalhos
acadêmicos, artigos científicos e livros a cerca do tema Automação. Além disso,
foram apresentadas coletas de informações práticas de produtividade de técnicas
tradicionais. Os dados práticos foram coletados pessoalmente pelo discente ao
decorrer de seus trabalhos de gerenciamento de obra, executados em sua fase de
estágio. Essas coletas de dados apresentam limitações por não apresentarem um
espaço de amostragem que seja considerável adequado. Porém é suficiente para o
objetivo do trabalho de mostrar as grandes divergências de produtividade. Além disso,
foram coletados dados dispostos pelos fabricantes a respeito do funcionamento das
novas técnicas, com citações numéricas de suas produtividades, vantagens e
desvantagens.
Na coleta de dados foram desenvolvidos exemplos de aplicações com duas técnicas
tradicionais, reboco de parede e assentamento de argamassa, de maneira a retirar
dados de produtividade e custo. Posteriormente foram então retiradas informações de
técnicas inovadoras, originadas de revisões Bibliográficas. Mediante aos dois dados as
comparações foram desenvolvidas. Via tabelas e disposto do uso de índices
qualitativos foi possível comparar diversos itens essenciais na execução de algumas
etapas da obra, anteriormente citadas, e depois por grau de criticidade tirar uma
conclusão numérica de comparação das novas técnicas mediante aos modos
tradicionais.
O presente trabalho está estruturado em seis capítulos, sendo este o primeiro deles. O
segundo capítulo desenvolve respectivamente a história epitomada da automação e
sua contextualização na construção civil, subdividido nas quatro Revoluções
Industriais. Terceiro capítulo é a exposição dos problemas clássicos na Construção
Civil as quais vêm desencadeando impasses de eficiência, desperdícios de matéria
prima e prazos extensos. Quarto capítulo, citação das inovações voltada a Construção
Civil juntamente com seus pontos positivos e negativos, analisando como essas
respectivas inovações poderiam ajudar o mercado da Construção Civil, além de
1.4. Metodologia
1.5. Estrutura do Trabalho
15
comparações de custo e viabilidade perante as maneiras tradicionais de operação das
atividades. O quinto capítulo apresenta um estudo prático de comparação de dados
apresentados pelo fabricante das inovações e de dados de produtividade coletados na
prática advinda de modos tradicionais, reboco de paredes e assentador de argamassa.
Esses dados foram coletados ao decorrer de obra de reforma, modernização, de uma
imóvel comercial e outro residencial, ambos situados no Rio de Janeiro. O ultimo
capitulo apresenta considerações finais acerca do presente trabalho, levando em
consideração a exposição do conteúdo dos capítulos anteriores juntamente com
conhecimentos práticos e pessoas do respectivo autor.
.
.
16
2. Automação
De acordo com o dicionário AURÉLIO VERSÃO 8 2018, Automação é um sistema que
emprega processos automáticos que comandam e controlam os mecanismos para seu
próprio funcionamento. Esta palavra tem origem do grego autômatos, que significa
mover-se por si só ou que se move sozinho. A automação é um sistema que faz uso
de técnicas computadorizadas ou mecânicas com o objetivo de dinamizar e otimizar
todos os processos produtivos dos mais diversos setores da economia. A ideia de
automação está diretamente ligada à ideia das máquinas, que agilizam as tarefas
quase sempre sem a interferência humana.
Algumas divergências aparecem ao tentarem definir uma data exata a um marco
importante historicamente como a primeira Revolução Industrial. Um dos itens a serem
levado em conta para definir esse marco foi à presença da indústria e ainda dos
processos automáticos autocontroláveis. Sendo registrado como inicio da Automação
Industrial o século XVIII, início da época das máquinas a Vapor Inglesas, obtendo
então o resultado especulado de aumento de produtividade de produtos
manufaturados, décadas da Revolução Industrial (LIMA, 2017). Essa revolução foi
determinante para a dinamização do transporte de matérias-primas, pessoas e
distribuição de mercadorias, dando um novo panorama aos meios de se locomover e
produzir. No século XVIII, a ciência ingressou em um constante processo de
evolução. Essa evolução tinha como objetivo principal de facilitar a vida humana e
agilizar suas atividades de trabalho. Desse modo o setor que primeiro foi abalado foi o
setor industrial, acelerando o sistema capitalista. Essa aceleração no mercado que
desencadeou a Revolução Industrial 1.0 (Figura 1).
“Para o historiador Eric Hobsbawm, a década de 1780 trouxe
mudanças tão significativas na economia inglesa a ponto de ser
considerada início do século XIX. A idéia do novo, do progresso, se
disseminava pela Europa, que buscava pôr em prática novas invenções
que se adequassem ao ritmo do cotidiano alucinante imposto pela nova
ordem do trabalho. O tempo tornou-se ainda mais valioso para aqueles
que almejavam ganhar dinheiro, de modo que cada minuto deveria ser
minuciosamente aproveitado.”(OLIVEIRA, 2003)
2.1. Conceituação
2.2 Revolução Industrial 1.0
17
Figura1 – Revolução Industrial 1,0, (www.colegioweb.com.br, 2018)
A primeira Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra e muito rapidamente França,
Bélgica, Holanda, Rússia, Alemanha e Estados Unidos já estavam ingressando nesse
novo modelo de produção Industrial. A utilização de máquinas nas indústrias, que
desempenhavam grande força e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou
uma produtividade dinâmica, resultado disso a industria movimentos milhares de
pessoas do campo em direção e sentido as cidades. Mas é curioso saber o motivo que
acarretou a Inglaterra ser o primeiro país que iniciou essa revolução. Pode-se dizer
que, entre outros, um fator principal que contribuiu decisivamente para isso foi a
expansão do comércio com as colônias e com o continente possibilitando aos Ingleses
acumular capitais necessários a aceleração de sua produção interna e custear
aperfeiçoamentos tecnológicos. A passagem do sistema de produção artesanal para o
sistema fabril, certamente, foi marcado por inovações técnicas. Pode-se destacar que
os primeiros ramos a usufruir dessa nova tecnologia de máquina a vapor foi o setor
Têxtil, que anteriormente usufruía da forma de produção artesanal. Contudo a
diminuição do emprego da mão de obra claramente foi afetada com uma diminuição
significativa, a força humana a cada dia era menos necessária.
“À medida que a maquinária torna a força masculina dispensável, ela
se torna o meio de utilizar trabalhadores sem força muscular ou com
desenvolvimento corporal imaturo, mas com membros de maior
flexibilidade. Por isso, o trabalho de mulheres e de crianças foi a
primeira palavra de ordem da aplicação capitalista da
maquinaria.”(MARX, 1984)
A diferença entre trabalho manual e maquinário está na forma como o trabalho é
concebido, o trabalho manual a velocidade de produtividade é inferior, porém cada
produto pode parecer igualmente ao sucessor, mas diferenças sempre irão aparecer,
18
cada produto produzido é único. O trabalhador artesão sabe como fazer o produto
todo, estabelece a duração, a forma e o preço da mercadoria, o preço não é apenas
pelo custo material e sim pelo custo de trabalho para desenvolver o produto. No
entanto os trabalhadores de fabricas se concentram apenas em desenvolver uma
parte do desenvolvimento do produto. Coloca-se em xeque todo o sistema baseado na
junção entre trabalho manual e intelectual, o que ocorre quando se introduz a
maquinaria. A máquina não exigirá mais a habilidade do trabalhador que teria o seu
trabalho expropriado e desqualificado.
“A máquina, da qual faz parte a Revolução Industrial, substitui o
trabalhador, que maneja uma única ferramenta, por um mecanismo,
que opera com uma massa de ferramentas iguais ou semelhantes de
uma se vez, e que é movimentada por uma única força motriz qualquer
que seja sua força.” (MARX, 1984)
Em contrapartida do problema do número de trabalhadores sendo diminuído, veio a
diminuição do preço dos produtos devido ao aumento da sua produção e os artesões,
não podendo concorrer com esses preços muito inferiores, tornando-se submetidos à
mesma. Neste sentido o capitalismo se fortalecia cada vez mais mundialmente, que
tem como lógica a aquisição de mais lucros e a concentração de capital.
Com isso, a primeira metade do século XIX europeu foi marcada pelas principais
consequências desta revolução. Outro destaque vai para a taxa de migração
crescente nessa época, uma grande quantidade de imigrantes foram para diversas
partes do mundo à procura de uma qualidade de vida mais digna, o principal destino
era a America, para países como o Brasil.
2.2.1 Revolução Industrial 1.0 – Brasil
Enquanto estava em desenvolvimento o processo de Revolução Industrial na
Inglaterra, o Brasil neta respectiva época era colônia de Portugal e sofria os efeitos do
Pacto Colonial imposto pela coroa Portuguesa.
Diante desse Pacto Colonial, era totalmente proibida a abertura de Industriais no
Brasil, cabendo somente aos colonos comprarem os produtos manufaturados de
Portugal.
A Revolução Industrial 1.0 começou a se manifestar de forma significativa somente no
final do século XIX para começo do século XX. Isto resultado dos ricos cafeicultores de
19
São Paulo, com o capital de sobra originário das exportações de café, iniciaram
investimentos no setor industrial. Nessa época, destacava-se a produção de tecido
local e de processamento de alimentos. Isso foi resultado da ascensão da burguesia
industrial. Concentravam-se, principalmente, nos centros urbanos dos estados da
região Sudeste, merecendo destaque para a cidade de São Paulo, grande polo
industrial. (MARX, 1984)
A partir da década de 1930 que o Brasil começou a mudar seu modelo, incentivando o
desenvolvimento do setor industrial no país.
Os efeitos econômicos e sociais foram bem vantajosos ao Brasil, embora tardios. Os
resultados foram a diminuição da dependência da importação de produtos
manufaturados; diminuição de custos de produção; geração de empregos na
indústria; avanço na área de transporte.
Em contra partida o aumento da taxa de poluição foi enorme junto com a o uso de mão
de obra infantil.
Com o desenvolver da indústria, chegou um momento que esse modelo de produção
não apresentava mais condições de ampliação de produção, em outras palavras, não
conseguia mais caminhar paralelamente com as taxas de consumo dos respectivos
produtos. Chegava a hora de alguma mudança ser feita, de uma nova maneira de
produção aparecer no mercado.
“A burguesia não pode existir sem constantemente revolucionar os
instrumentos de produção e, portanto, as relações de produção e, com
elas o total das relações da sociedade [...] A constante revolução da
produção, a ininterrupta perturbação de todas as condições sociais, a
incerteza e a agitação perpétuas distinguem a época burguesa de
todas as anteriores. Todas as relações fixas e congeladas [...] são
varridas para longe, todas as recém-formadas ficam antiquadas antes
de poderem se ossificar. Tudo que é sólido derrete no ar, tudo que é
santo é profanado...” (MARX, 1975; p. 68-69).
A partir de 1970, uma nova onda tecnológica sedimentou a chamada Segunda
Revolução Industrial (Figura 2).
2.3 Revolução Industrial 2.0
20
Figura 2 – Revolução Industrial 2,0. (www.brasilescola.uol.com.br, 2018)
A indústria da respectiva automação começou a tomar forma e força mundialmente,
perante a implantação de novas fontes energéticas e da troca do ferro pelo aço assim
então impulsionando as indústrias na Europa e EUA. Nos anos seguintes merece
destaque a criação de dispositivos mecânicos chamados relés (dispositivo
eletromecânico, com inúmeras aplicações possíveis em comutação de contatos
elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos), que em pouco tempo estava
presente em quase toda indústria.
Nessa nova etapa, outras mudanças foram o emprego da energia elétrica, motor à
explosão, corantes sintéticos e invenção de telégrafos estipulando a exploração de
novos mercados e a aceleração dos modelos industriais.
Novamente a procura do mercado volta a ser em reduzir custos e tempo de fabricação
de produtos de modo a aumentar cada vez mais a velocidade de produção. Cientistas
e estudiosos ficaram constantemente a procura dessa futura inovação a ser
implantada no mercado. Essa junção de acontecimentos foi então nomeada como II
Revolução Industrial.
Em meados do século XX, mesmo com o conceito indústria já estando claramente
definido e seus prós já claramente destacados e por sinais muito atraentes, as seções
fabris ainda apresentavam uma retração em relação à implantação desse novo modo
de produção. Somente o tempo foi capaz de ir mostrando para o mercado que
aumento de produtividade, de lucro, de qualidade, de segurança, de eficiência seriam
consideravelmente maiores via automação. Diante disso novos conceitos começaram
a esboçar no “novo” mercado. Chegando a um marco muito importante para a
indústria, o Fordismo, um modo de produção em massa baseado na linha de produção
21
idealizada por Henry Ford. Este modo de produção caracterizava-se por apresentar
um baixo custo de fabricação e um acumulo de capital.
O Fordismo foi nomeado dessa maneira por ter como criador o Henry Ford, primeira
pessoa a instalar uma linha de produção semi automatizada de automóveis no ano de
1914.
Essa maneira de produção tornou possível a ampliação do mercado consumidor,
tornando um produto que era de posse apenas de pessoas de alta renda para um
mercado de média renda, em outras palavras, barateou os artigos produzidos. De
modo a destacar como o mercado abraçou consideravelmente esse modo de
produção, esse modelo perpetuou até meados da década de 1980. Resultado disso foi
a expansão do modelo por todo o mundo pós-guerra, procriando os anos dourados de
prosperidade aos países desenvolvidos.
Outrossim, resultou em um crescimento maravilhoso economicamente nos países
implantadores desse modelo. O objetivo principal que seria o bem-estar social foi
claramente alcançado, abrindo um mercado de trabalho inovador e muito amplo. O
sucesso foi tão grande que novas linhas de produção, setor siderúrgicos e têxteis, não
resistiram e começaram a caminhar para o mesmo sentido.
A partir desse sistema Fordismo foi estabelecida uma doutrina que apresentava o
mesmo nome e que seguia três princípios básicos (Quadro 1):
Quadro 1 - Princípios Básicos
I Intensificação, permitir dinamizar o tempo de produção;
II Economia, produção equilibrada com o consumo momentâneo;
III Produtividade, extrair o máximo possível de eficiência da mão de obra.
(www.todamateria.com.br, 2018)
Concentrando-se ao Brasil, a indústria de automação teve um marco muito grande na
indústria automobilística com a implantação das primeiras empresas Ford Motors em
1923 e a General Motors em 1925.
“O início da indústria automobilística no Brasil acontece entre o
período de 1920 e 1930 em São Paulo. Nesta época estas indústrias
importavam componentes e montavam os seus veículos aqui. Com o
fim da Segunda Grande Guerra, o Brasil assumiu uma política flexível
22
e estimuladora em relação à atração das empresas e do capital
estrangeiro.” (CORREIA, 2008, p. 30)
Seria muito ultraje não comentar sobre o Taylorismo que também marcou
historicamente o mundo. Esse respectivo modelo antecedeu o Fordismo de maneira
que buscava aumentar a produtividade do trabalhador, porém apenas via
racionalização dos movimentos e do controle da produção. Seu criador, Taylor teve
uma ausência do pensamento voltado à tecnologia, fornecimento de insumos ou o
deslocamento do produto no mercado.
O declínio do Fordismo começou na década de 1970, advinda da crise do petróleo e a
entrada dos Japoneses no Mercado automobilístico. Os japoneses implantaram um
novo modelo que chamado Toyotismo, Terceira Revolução Industrial (Figura 3), no
qual se destaca o uso de eletrônicos e da Robótica.
Figura 3 – Revolução Industrial 3,0. (www.Industria-4.blogspot.com, 2018)
A terceira Revolução Industrial, conhecida também como Revolução Técnica cientifica
e Informacional, marcou época por trazer inovações na área da Informática, robótica,
Telecomunicação, Biotecnologia, Química Moderna e Nanotecnologia.
O Toyotismo, desenvolvido pela fábrica japonesa Toyota diferenciava por apresentar
empregados especializados, porém não responsáveis pela qualidade final da
produção. A maior diferença perante o Fordismo era que não apresentava mais
2.4 Revolução Industrial 3.0
23
estoque de produção, a produção era executada apenas perante a exigência
especifica. O excedente de produção era totalmente ausente, resultando em economia
de armazenamento e compra de matéria-prima (COUTINHO, 1992).
Pode-se argumentar que o Toyotismo surgiu no Japão devido à falta de espaço físico
em virtude de o país estar, naquela respectiva época, passando por dificuldades
advindas dos resquícios da Segunda Guerra Mundial. Assim, dispondo de um espaço
geográfico reduzido e um mercado de consumo menor que as potências ocidentais, o
Japão não conseguiu se adequar ao Fordismo.
Porém seria descabido justificar uma mudança enorme no cenário Industrial mundial
apenas por um item e em particular de um respectivo país, Japão. Juntamente com as
condições geo-históricas, para o sistema Toyotismo existir também foi necessário um
desenvolver no sistema tecnológico nos meios de transporte e comunicação, itens que
nem ao menos foram discutidos nos tempos em que o Fordismo havia sido idealizado.
Isso porque a rapidez no deslocamento e no fluxo de mercadorias era uma das bases
para que a produção flexibilizada fosse direcionada para o consumo sem atrasos.
Com esse novo pensamento de desenvolvendo no mercado industrial, novas técnicas
foram surgindo e uma que merece destaque e o modelo industrial Just In Time,
apresentando a tradução “em cima da hora”. Este modelo interage entre 3 sistemas,
fornecimento de matéria-prima, de produção e de vendas. Assim é inicialmente
controlada uma pré-determinação de uma quantidade de produção que gera uma
quantidade com maior exatidão possível de exigência de matéria-prima. De modo
muito importante, deve-se ser realizada em um prazo já estabelecido, geralmente
muito curto.
Resultado desse aperfeiçoamento foram as fábricas economizarem dinheiro com
espaço de estocagem de matéria-prima e mercadoria, como também a agilização da
produção e a circulação da mercadoria.
O Toyotismo, olhando em um espaço amplo, pode ser resumido como um sistema que
resultou na ampliação da terceirização da economia, algo que já ocorria em países
desenvolvidos e que a cada ano vinha se ampliando nos países subdesenvolvidos.
Outro item muito importante a ser destacado é a descentralização da indústria. Com
as inovações das técnicas de comunicação e transporte, permitiram que as indústrias
migrassem para qualquer região que fosse mais pertinente e vantajoso aos seus
objetivos. Para muitos sendo algo negativo e para outras pessoas, positivo, pois abria
a possibilidade de encontrar matérias prima mais abundante e baratas, mão de obra
mais barata, leis menos severas e mercados consumidores mais amplos. Facilitando a
24
expansão de Multinacionais, que já estavam presentes no marcado, porém com
adversidades.
Na Sociedade Capitalista, quanto mais industrializada mais a criação de tecnologias
altamente sofisticadas melhoram o desempenho e a produtividade do trabalho. É do
ser humano procurar cada vez mais se superar e criar tecnologias altamente
sofisticadas que visão cria produtos de melhor qualidade e barateia-los. Além de cada
vez mais interligarem diversos serviços. A difusão dos serviços de telefonia por cabos
oceânicos ou satélites, a informatização das empresas e a transmissão de dados pela
internet permitem a integração de sedes industriais, bancos e bolsas de valores do
mundo todo.
Uma boa definição para automação industrial seria a seguinte.
“...é um conjunto de técnicas destinadas a tornar automáticas a
realização de tarefas, substituindo o gasto de bioenergia humana,
com esforço muscular e mental, por elementos eletromecânicos
computáveis. Percebe-se, portanto, que este amplo conceito se
estende a diversos cenários, como, por exemplo, a máquina de lavar
roupa para a lavadeira, a xerox para o escrivão, ou o robô para o
operário industrial. Os benefícios para qualquer processo automação
são nítidos: eficiência, segurança, menor custo, maior produção, etc.”
(LIMA, 2011).
A união entre ciência e o processo produtivo tornou-se concreto no início do século
XX. Sendo uma lógica de acumulação de capital que opera a separação entre o
trabalhador e os meios de produção, de maneira a aprofundar a divisão do trabalho e
aumentar sua produtividade.
A chamada Revolução 4.0 acontece após três processos históricos transformadores. A
quarta mudança traz consigo uma tendência à automatização total das fábricas- seu
nome vem, na verdade, de um projeto de estratégia de alta tecnologia do governo da
Alemanha, trabalhado desde 2013 para levar sua produção a uma total independência
da obra humana.
2.5 Revolução Industrial 4.0
25
A escala e a amplitude da atual revolução tecnológica desdobram-se em mudanças
econômicas, sociais e culturais de proporções tão grandes que chega a ser
dificilmente previsto com detalhamento.
A quarta revolução industrial tem um impacto na economia global, de fato, todas as
grandes macrovariaveis imagináveis – PIB, investimento, consumo, emprego,
comercio, inflação.
Analisando mais especificamente no crescimento econômico, divide-se em dois
grupos de perspectivas. Um lado, dos “Tecnopessimistas” argumentam que as
contribuições cruciais da revolução digital já foram realizadas e que seu impacto sobre
a produtividade esta quase limitado. Já o lado oposto, o dos “Tecno-otimistas” afirmam
que tecnologia e inovação estão em um ponto de inflexão e, em breve, irão
desencadear um aumento na produtividade e maior crescimento econômico.
(SCHWAB, 2016)
Um item muito importante a destacar é o envelhecimento da população mundial, que
tende a aumentar nos próximos aos, dificultando cada vez mais a execução de
atividades que exigem esforços físicos. O envelhecimento constitui em um desafio
econômico, por que a taxa de pessoas ativas no mercado fica cada vez menor.
Conforme a população envelhece consequentemente há a diminuição de compras de
itens caros, como casas, moveis carros e equipamentos. Além de menos pessoas
estarem propensas a correr riscos empresariais, em vez de criar novos negócios, a
tendência é preservar os ativos necessários para ter uma aposentadoria confortável.
“Estes hábitos e padrões podem, naturalmente, mudar conforme as
sociedades em envelhecimento se adaptam, mas a tendência geral e
que um mundo em envelhecimento esta destinado a crescer mais
lentamente, a menos que a revolução da tecnologia acione um grande
crescimento da produtividade, definida simplesmente como a
capacidade de trabalhar de forma mais inteligente e não mais
intensamente.” (SCHWAB, 2016)
A Revolução Industrial 4.0 oferece uma possibilidade de uma vida mais longa, mais
saudável e mais ativa.
Apesar do potencial impacto positivo da tecnologia perante a economia, em curto
prazo o seu impacto negativo e em relação ao mercado de trabalho. Os temores dos
impactos da tecnologia sobre os empregos não são novos. Pode-se observar algo
similar em 1931.
26
“...pois nossa descoberta dos meios de economizar o uso de trabalho
ultrapassa o ritmo no qual podemos encontrar novos usos para o
trabalho.”(KEYNES, 1931)
Porém não foi nesse sentido que o mercado caminhou. Juntamente com os
computadores, novos serviços foram a nascer no mercado de trabalho. As razões que
justificam a essa Revolução Industrial 4.0 provocar maiores agitações e reivindicações
são pelos itens: velocidade (o ritmo de mudança cada vez é maior, não dando tempo
de readaptação confortável); amplitude e profundidade (muitas mudanças
acontecendo ao mesmo tempo); transformação completa de sistemas inteiros.
“...precisamos entender os dois efeitos concorrentes que a tecnologia
exerce sobre os empregos. Primeiro, ha um efeito destrutivo que ocorre
quando as rupturas alimentadas pela tecnologia e a automação
substituem o trabalho por capital, forcando os trabalhadores a ficaram
desempregados ou realocar suas habilidades em outros lugares. Em
segundo lugar, o efeito destrutivo vem acompanhado por um efeito
capitalizador, em que a demanda por novos bens e serviços aumenta e
leva a criação de novas profissões, empresas e ate mesmo industrias.”
(SCHWAB, 2016)
Os seres humanos possuem uma incrível capacidade de adaptação e inventividade.
Mas o ponto crucial está em analisar o tempo necessário e o alcance que o efeito
capitalizador consegue suplantar o efeito destruidor.
Trazendo para o mercado de bens de consumo, a Revolução Industrial 4.0 (Figura 4)
começa a surgir com o mercado de Smartphones em alta. Em um mundo moderno
diversas atividades do cotidiano estão ligadas a Smartphones, como rastrear uma
encomenda, efetuar compras, dialogar via texto ou imagem ou até mesmo vídeo ao
vivo.
As inovações concentram-se nas áreas de inteligência artificial, robótica, internet das
coisas, veículos autônomos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia,
armazenamento de energia e computação quântica. A Revolução Industrial 4.0
distingue das outras revoluções pelos seus objetivos por buscar velocidade juntamente
com amplitude e profundidade, tentando alcançar uma fusão de tecnologias e a
interação entre os domínios físicos, digitais e biológicos.
27
Figura 4 – Automação. (www.Industria-4.blogspot.com,2018)
Esse aumento de interconectividade traz diversas facilidades tanto em serviços mais
específicos e difíceis como também em serviços fáceis do cotidiano. De maneira que
as pessoas tornam-se dependentes a um nível não saudavelmente desejável, porém
inevitável.
Um dos maiores sinais dessas mudanças é o crescimento da automatização dos
processos de produção. As máquinas são produzidas de maneira a monitorar e tomar
decisões automaticamente. Esse novo espaço na indústria traz ao cliente ou ao
produtor a possibilidade de verificar o desenvolver total do produto, o estado atual,
como ficará no final e sofre modificações instantâneas.
O objetivo central é tornar as máquinas independentes ao máximo, Sendo elas
capazes de tomar “decisões” resultantes de conclusões advindas da comunicação e
monitoramente entres os sistemas. Via cálculos e algarismos necessidade de
manutenções, falhas, erros de produção devem ser detectados, tornando a logística
mais flexível.
O maior desafio dessa Revolução Industrial 4.0 (Figura 5) é interligar os sistemas de
como a “compartilhar inteligência” entre eles. Duas opções que estão sendo testadas
são os códigos de resposta rápida (códigos QR) e os chips de identificação por
radiofrequência (RFID). Chamados sistemas de produção ciber-físicos (CPPS), como
citado anteriormente, sistemas que automaticamente trocam informações e
automaticamente concluem resultados e tomam decisões.
Outro desafio ainda a ser resolvido é o desenvolvimento de um software a serem
usados no CPPS. Os protocolos de comunicação não são simplesmente para
transmissão de dados e sim capazes de descrever os dados de forma que sejam
28
legíveis e interpretáveis às máquinas. Resultado disso é a possibilidade dos sistemas
realizarem ações, baseadas nas informações transmitidas.
Figura 5 – Revolução Industrial 4.0. (www.Industria-4.blogspot.com, 2018)
Um dos meios de teste desses dos CPPS são via sistemas modulares de produção e
assim gradativamente evoluindo para sistemas mais modernos e de alta
complexidade.
A sociedade diariamente utiliza da automação sem perceber sua dependência, que
vem de muitos anos. Várias atividades comuns no cotidiano de uma pessoa são
totalmente dependentes da indústria da automação como despertadores, semáforos,
iluminação pública, fechamento de portas, sistemas de freios e segurança, repetição
de ciclos, ar-condicionado. Esses itens são apenas possíveis graças a área da
automatização que proporcionou vários dispositivos controladores, temporizadores,
relés e controles sensoriais, Smartphones, TV.
Umas mudanças sistemáticas e profundas no mercado são, por exemplo: Airbnb,
Uber, Alibaba, Google (carro autônomo), WhatsApp.
“O Uber, a maior empresa de táxis do mundo, não possui sequer um
veículo. O Facebook, o proprietário de mídia popular do mundo, não
cria nenhum conteúdo. Alibaba, o varejista mais valioso, não possui
estoques. E o Airbnb, o maior provedor de hospedagem do mundo, não
possui sequer um imóvel” (GOODWIN, 2017 p. 28-29).
29
Como todas inovações no mercado, não apenas os produtos e os fabricantes são
afetados por essas mudanças mas também os profissionais que com elas trabalham.
Alguns profissionais são desvalorizados, por não serem mais necessários ou pouco
necessários os esses trabalhos físicos ou seus conhecimentos. Enquanto que outros
que não eram muito procurados começam a se destacar. Podemos ver na tabela a
seguir alguns dos profissionais mais propensos à automação (Quadro 2).
Quadro 2 – Profissões mais suscetíveis a serem substituídas por automação
Probabilidade Profissão
0.99 Operadores de telemarketing;
0,99 Responsável por Cálculos fiscais;
0,98 Avaliadores de seguros, danos automobilísticos;
0,98 Árbitros, juízes;
0,98 Secretários Jurídicos
0,97 Hosts e hostesses de restaurantes, lounges e cafés
0,97 Corretores de imóveis
0,97 Mão de Obra Agrícola
0,96 Secretários e assistente administrativos;
0,94 Entregadores e mensageiros.
(www.unisinos.com, 2018)
O segredo de se readaptar a essas novas tendências é em ter a capacidade de
continuamente aprender, adaptar-se e desafiar seus próprios modelos conceituais e
operacionais de sucesso, distinguindo a próxima geração de líderes comerciais bem
sucedidos. Essa quarta revolução obriga as empresas a imaginar o funcionamento
prático entre os mundos off-line e on-line. O consumo de serviços tende a se ampliar a
uma faixa de competir ou ultrapassar o consumo de produtos.
Os desafios contínuos das empresas com esse novo mundo advindo da Revolução 4.0
é de atrair e reter talentos competentes, pois o trabalho físico que é muito mais fácil de
desenvolver, não apresenta mais um valor tão grande como anteriormente.
As empresas que não se adaptarem tendem a sofrer uma pressão “Darwiniana” a qual
o mais adaptado ao meio que se apresenta predomina sobre o outro. A sociedade
tende a ser mais centrada no indivíduo, ao contrario do passado, que a noção de
30
pertence físico se destacava. O conhecimento e o saber tendem a se sobre sair cada
vez mais.
No relatório da revista Future of Jobs até 2020 a demanda de trabalhadores recairá
muito mais sobre as habilidades de resolução de problemas complexos, competências
sociais e de sistemas e menos sobre habilidades físicas ou competências técnicas
especificas. Por um lado a esperança é de equilíbrio entre salários e uma vida
profissional melhor para a maioria das ocupações, e por outro lado a estabilidade
empregativa deve agravar-se nas indústrias.
2.5.1 Revolução Industrial 4.0 – Construção Civil
A Revolução Industrial 4.0 apresenta um cenário de mudanças com impactos grandes
na cadeia de fornecimento e na mão de obra empregada, destaque a rede logística,
exigindo novas qualificações nos novos modelos de construção para atender a essa
demanda.
Como em outros setores da indústria, a digitalização e integração da cadeia de valor
horizontal da construção civil que envolve fornecedores, consumidores finais e
parceiros é a que anda mais devagar. Um dos maiores desafios dessa indústria está
justamente na sua cadeia de suprimentos extremamente fragmentada onde a
confiança entre contratada e contratante é indispensável.
Acredita-se que a construção vá ser similar às montadoras de carro.
“Depois do projeto pronto, será feita a montagem do prédio. Os
fornecedores vão entregar o material pré-fabricado, pré-moldado e
técnicos especializados farão a montagem. Não haverá mais espaço
para tijolo sobre tijolo, temos que estar preparado e acima de tudo
capacitado para esse novo cenário, pois quem faz obras como se fazia
à 50 anos atrás, vai ser engolido pelo mercado e quando digo engolido,
é ficar desempregado e servir apenas de estatística para o
governo.”(UGULINO, 2017)
Algumas modificações são esperadas, olhando para o cargo de mestre de obras, o
domínio dos conhecimentos da Tecnologia BIM (Building Information Modeling –
Modelagem de informações da Construção) já chega a ser desejável. Permitindo uma
melhor análise e controle comparado aos processos manuais.
31
Essas novas técnicas trazem uma nova configuração que abre espaço para micro e
pequenos empreendedores especializados, o que vem de encontro com a
“Terceirização”.
“Em uma grande obra, a incorporadora vai continuar precisando de
encanador hidráulico, gesseiro e quem faça o madeiramento e instale
os vidros. Essa é a hora deles se qualificarem também como gestores
do próprio negócio. Esses profissionais precisam se especializar e se
colocarem à disposição do mercado, não somente de uma obra, mas
de um mercado como um todo, pois como venho frisando e o mundo
mostrando, estamos vivendo uma nova revolução industrial e como
quaisquer mudança de era, as inovações são algo inevitável e como
tudo quando surge novo tem que ser aprendido, sairá na frente quem
absorver essas habilidades primeiro.” (UGULINO, 2017)
A percepção está em dar qualificação para os trabalhadores, para que o desemprego
baixe com o desenvolver da automação. Mas com o mercado da Construção Civil
voltado a terceirização, esses trabalhadores podem torna-se prestadores de serviço
autônomos.
32
3. Construção Civil
3.1 Gerenciamento de Obras
A Construção Civil é um dos setores da Engenharia e da Arquitetura, consiste na
execução de projetos previamente elaborados, podendo variar desde obras de grande
porte até obras de arte. Internamente aos devidos profissionais da respectiva área,
obras como edifícios, pontes, viadutos, túneis são as obras mais tradicionais e
valorizadas conceitualmente. Respeitar as técnicas de execução, normas técnicas
vigentes, transformar os projetos teóricos em realidade é a atividade cotidiana de um
profissional da respectiva área.
Os problemas que assombram qualquer profissional da Construção Civil a anos são
executar os projetos respeitando o Escopo, Tempo, Custo e Qualidade pré
dimensionados. Esse problema advém de diversas incertezas que existem ao decorrer
da transformação de um projeto em realidade. O profissional dessa respectiva área
trabalha cotidianamente com incertezas operacionais, climáticas, ambientais, além de
problemas e irregularidades da mão de obra, ação humana. (OLIVEIRA; LANTELME;
FORMOSO, 1995)
Na área da Engenharia mais especificamente em qualificação de Gerenciamento, há
três elementos principais que limitam um projeto, Triângulo de Gestão ou Triângulo
Restrição (Figura 6) (Quadro 3).
Figura 6 – Triangulo de Gestão, (www.movimentoImpactoglobal.com, 2018)
33
Quadro 3- Elementos Limitantes de Um projeto
I Escopo: Meta a ser atingida, refere-se a aquilo que se pretende alcançar. Finalidade, o alvo, ou o intento que foi estabelecido como meta final.
II Custo: Quantitativo financeiro gasto com materiais, serviços diretos ou indiretos voltados ao desenvolver do projeto.
III Prazo: Quantitativo numérico temporal estabelecido para conclusão do projeto.
(www.movimentoImpactoglobal.com, 2018).
O desafio consiste que manter o triângulo equilibrado de maneira que ambos os itens
estejam presentes na obra, além de todos estarem interligados.
De maneira a manter totalmente equilibrado o triangulo de gestão, o gerenciamento de
obra deve ser executado de um modo eficiente para não gerar diversas inadequações
como adversidades inesperadas na produtividade resultadas de problemas de
planejamento das equipes de produção, cronograma de compra, entrega de materiais
e logísticas.
Uma gestão eficiente exige uma metodologia que integre os seguintes itens (Quadro
4):
Quadro 4- Itens de uma Gestão Eficiente
I Planejamento da produção;
II Planejamento operacional e logístico;
III Controle sistemático de prazos;
IV Controle eficiente de custos;
V Gestão de pessoas;
VI Gestão da qualidade;
VII Segurança;
VIII Meio Ambiente
(www.movimentoImpactoglobal.com, 2018).
O item que merece maior destaque, pois concentra um dos maiores problemas da
Construção Civil é a Gestão de Pessoas.
“Gestão de pessoas é o conjunto de estratégias empregadas por
empresas para desenvolver seu capital humano. As ações de
Recursos Humanos são exercidas desde a atração dos melhores
34
profissionais possíveis e incluem seu desenvolvimento, retenção e
motivação para desempenhas suas funções.” (AVILA, 2012).
3.1.1 Planejamento da Produção
Qualquer operação produtiva requer planos e requer controle, mesmo diante do fato
do grau de formalidade e os detalhes possam varia.
“Planejamento é a formalização do que se pretende que aconteça em
determinado momento no futuro. Um plano não garante que um evento
vá realmente acontecer; é uma declaração de intenção de que
aconteça.” (SLACK; JOHNSTON. 2015)
Os planos são baseados em expectativas, porém durante sua implementação
obstáculos aparecem. Às vezes apenas mudanças de ideias dos consumidores sobre
o que querem e quando querem outras vezes os fornecedores não conseguem
cumprir a pontualidade de entrega ou até mesmo quebras de máquinas e ausência
inesperadas de funcionários. Assim a ausência de exatidão dos dados torna cada vez
mais difícil a elaboração de um planejamento que perfeitamente será executado.
Nessa incerteza que entra uma área muito importante da engenharia, o controle de
produção, que é um processo que lida com essas variações, esse processo cuida da
reformulação do planejamento a curto prazo.
“O Planejamento da Produção tem como propósito, fazer a ligação
entre suprimento e demanda que garantirá que os processos
produtivos ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e
serviços requeridos pelos consumidores.” (SLACK; JOHNSTON. 2015)
O planejamento pode ser feito de curto, médio e longo prazo. O planejamento de curto
prazo usa previsões de demanda total desagregada ou real; executa intervenções nos
recursos para corrigir desvios dos planos, leva em consideração os objetos
operacionais e os custos de suas operações. O planejamento de médio prazo
concentra-se em previsões de demanda desagregada, determina recursos e
contingencia e tem objetivos tantos em termos financeiros como operacionais, já o de
longo prazo usa previsões de demanda agregada, determina recurso de forma
agregada e os objetivos estabelecidos são em grande parte em termos financeiros.
35
O planejamento de produção é essencial para qualquer processo, pois com sua
ausência o fracasso é quase certo.
3.1.2 Planejamento Operacional e Logístico
A logística é uma peça fundamental para a interligação das etapas descritas na
Cadeia de Suprimentos e para a integração tanto da empresa internamente como
externamente. Internamente engloba as etapas separadamente, como a empresas
que fornece somente matérias-primas ou especializada na distribuição de produtos
para o comércio. Externamente abrange, por exemplo, a empresa de manufatura que
trabalha com a empresa de fornecedora de suprimentos, de forma a garantir a
disponibilidade adequada de matéria-prima sempre que a empresa manufatureira
necessite, ou a empresa distribuidora buscar os produtos na empresa produtora e
entregá-los ao comércio quando há necessidade de repor estoque
“No quadro geral, a logística mostra sua importância pelo fato de
apresentar custos significativos na economia e para a empresa.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, FMI, os custos logísticos
representam cerca de 12% do produto interno bruto mundial. Ademais,
busca-se a redução de custos de movimentação de bens através do
estudo da melhor maneira de se fazer logística em cada setor.
Também, a expectativa dos consumidores com relação à entrega dos
produtos aumenta à medida que o tempo de ciclo dos pedidos é
esperado ser menor” (BALLOU, 2006).
Uma localização mal planejada de produtos, materiais de produção, de operários
dentre outros itens, podem prejudicar a qualidade do produto final e da satisfação do
cliente. Um exemplo prático seria que o modal poderia ser prejudicado pelo tipo de via
utilizada para se chegar ao local de destino, e como efeito o tempo de resposta entre
pedido e entrega do produto se tornaria maior, o que, consequentemente, interviria na
satisfação do cliente.
3.1.3 Controle Sistemático de Prazos
O prazo de uma construção está relacionado à disponibilidade de materiais, mão de
obra e equipamentos do local da obra. Indiretamente esta relacionada ao fluxo de
investimento do recurso financeiro da obra. Quanto mais rápido e maior o investimento
36
de recursos financeiros, mais rápida é a execução da respectiva obra. Porém mesmo
com disponibilidades infinitas financeiras, outros itens também são limitantes, um dos
itens é a disponibilidade tecnológica de desenvolvimento.
A figura a seguir (Figura 7) representa o impacto que o aumento do tempo de
desenvolvimento de uma construção pode afetar na taxa de retorno financeiro do
empreendimento. Nota-se que a taxa de retorno cai bastante com o aumento do prazo
de construção.
Figura 7 – (http://rexperts.com.br, 2018)
Boas empresas buscam maiores precisões possíveis, de maneira à chegar na
ausência da diminuição do retorno financeiro do empreendimento. Portanto, cuidados
na hora de contratar quem vai construir o empreendimento são extremamente
importantes. Ter prazos razoáveis e exequíveis nos negócios; conversar com
profissionais experientes e comparar propostas são itens indispensáveis.
3.1.4 Controle Eficiente de Custos
A definição de custo é descrita da seguinte maneira.
37
“O termo custo é usado para tudo. É empregado para investimentos (o
custo de uma máquina); para despesas operacionais (custo de
manutenção de um departamento); para disfarçar despesas com
investimentos (custo de absorção). É até usado para questões de
ganho que nada têm a ver com o custo (custo de oportunidade)”.
“Combine esses termos confusos com o custo variável (que para
muitas empresas é quase sempre constante no correr dos anos), custo
fixo (que muda muito mais durante o mesmo número de anos), a acima
de tudo com o conceito menos compreendido, o custo do produto, e
você verá como as advertências modestas para fazer uma coisa e não
outra só podem ser compreendidas por especialistas” (GOLDRATT,
1989)
A palavra eficiência, tal como custo, padece de diversas definições conceituais. No âmbito da
economia e eficiência tem uma definição voltada a incrementos da relação entre saída e
entrada, mais especificamente senda a saídas os bens ou serviços produzidos e as entradas
os insumos utilizados na produção dos mesmos bens de serviço. Definindo mais enxutamente,
quanto maior a produção e menor o consumo de insumo e tempo, mais eficiente será o
processo produtivo.
“...tanto a eficiência quanto a eficácia são caminhos a serem
percorridos na busca da efetividade. A efetividade é a manifestação
externa à organização daquilo que foi gerado dentro dela, ou seja, é o
resultado verdadeiro.” (Júnior; Alves, 2004)
Para fins de planejamento e controle de curto prazo, os padrões devem ser baseados na
realidade e com as condições operacionais da empresa, porque a eficácia da medição do
desempenho depende da qualidade desse padrão de custo da empresa. O controle de
eficiência e custo é algo muito incerto por varia com outros itens como cronograma de obra,
gerenciamento, tempo de existência da empresa no mercado, eficiência da mão de obra,
maquinários a serem utilizados, tamanho da obra a ser executado, dentro diversos outros itens.
3.1.5 Gestão de Pessoas
Há anos as técnicas implantadas na Construção Civil utilizam muito de modos
tradicionais de desenvolvimento dos projetos, maneiras que utilização
exageradamente a mão de obra. As obras ainda apresentam uma característica
artesanal. O resultado disso é a baixa produtividade e o aumento do custo de
produção. Sendo mais específico, ao Brasil o problema é ainda maior, a produtividade
38
de um trabalhador Brasileiro chega a ser aproximadamente 1/4 de um trabalhador
americano. Em outras palavras, nós brasileiros precisam contratar 4 trabalhadores
para produzir o que 1 trabalhador americano (Figura 8) seria totalmente capaz de
desenvolver.
Figura 8 – Produtividade da Mão de Obra, (Conference Board, 2018)
É de se argumentar que a produtividade não está somente ligada à força física ou a
intensa cobrança no ambiente de trabalho e sim a diversos outros fatores como
qualificação, qualidade da técnica disponível para trabalho, equilíbrio emocional. É de
importância destacar dois itens como educação e tecnologia.
“O Brasileiro estuda em média sete anos, nem completa o ensino
fundamental. Nos EUA, são 12 a 13 anos, o que inclui uma etapa do
ensino superior, sem mencionar a qualidade do ensino. A média de
treinamento (qualificação) que um americano recebe varia de 120 a
140 horas ao ano. No Brasil, são 30 horas por ano.” (TADEU, 2012).
O baixo nível de educação no Brasil é destacado por um pesquisador Brasileiro,
Veloso, da FGV/IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), como sendo um dos mais
graves problemas da economia Brasileira, podendo também ser especificado a
Construção Civil.
O isolamento se traduz pelo ritmo lento de avanço das fábricas, como processo de
inovação juntamente como a baixa qualificação dos trabalhadores, diz o economista
Frischtak, estudioso do tema produtividade.
39
É de costume no Brasil que pessoas não qualificadas e que apresentam apenas força
física tomam como primeira escolha de gerar renda a área da Construção Civil, pois as
exigências pré-contratação são ínfimas e o retorno financeiro é consideravelmente
próximo aos padrões médios do mercado. Além do trabalho na área de Construção
Civil ser uma maneira de absorver conhecimentos técnicos, em outras palavras, o
trabalho e o aprendizado sofreram uma fusão indesejada. A mão de obra é
considerada a mais desqualificada entre os setores da indústria, sendo formada por
pessoas sem oportunidade de estudo, sem entender as reais responsabilidades
existentes no seu processo de trabalho.
3.1.6 Gestão da Qualidade
Todas as etapas de uma Obra de Construção Civil são de muita importância, porém a
atenção que é dada a cada uma delas é totalmente diferenciada pela sua intensidade.
A ausência de atenção em algumas etapas pode gerar desde custos financeiros como
até catástrofes e simplesmente colocar em risco a qualidade do produto entregue.
As maiores patologias presentes nas obras são de resultados desenvolvidos da
execução das Obras, local que apresenta profissionais com menor conhecimento,
menor utilização de assistência de automações (Figura 9).
Figura 9 – Patologias na Construção Civil, (www.Oliveira.blog.br, 2018)
40
Trata-se de erros em que a falta de desconhecimento, displicência, ausência de auxílio
da automação, acabam aumentando o valor da Obra em até cinco vezes.
Além de custos maiores, prazos não cumpridos, ambiente de trabalho estressante,
problemas em curto prazo que prejudicam o consumidor e a Construtora também
estão muito presente nas Obras.
Os maiores problemas na Construção Civil são causados por falta de treinamento e
prática adequada. Há poucas profissões que permite a atividade de um trabalhador
sem nenhuma qualificação. Podem-se destacar algumas causas dos maiores
problemas (Quadro 5).
Quadro 5 – Problemas e suas principais causas
Falta de Planejamento A cultura Brasileira interpreta o tempo inicial de planejamento como sendo um tempo perdido e de atrasos. Porém é um investimento em curto prazo que resultará que ganhos de tempo maiores na execução da obra. É comum dar inicio aos trabalhos, sem ao menos ter previamente analisado e resolvido os problemas que podem vir a aparecer. Muitas vezes apresentando até mesmo projetos deficitários. Esses problemas são então resolvidos no local e muitas vezes de maneiras não adequadas, improviso. Resultando em perda de tempo e qualidade, aumento de custo e retrabalhos.
Desrespeitos às normas técnicas
O desconhecimento das Normas Técnicas chega a ser vergonhosamente comum até diante dos profissionais mais qualificados da respectiva área. E quando há o conhecimento prévio das respectivas Normas o compromisso de obedecê-las não é rígido. Material de baixa qualidade é um dos itens mais presentes, pois diminui diretamente o preço do produto.
Tolerância a erros e desperdícios
Um profissional cobrindo os erros do profissional anterior, algo comum, porém complicado de se resolver. Paredes fora de prumo, vãos das portas com medidas erradas, azulejos quebrados que são escondidos por trás de armários, canos hidráulicos interligados exageradamente, muitas vezes são admitidos, pois depois serão totalmente revestidos ou escondidos. Porém para resolver esses problemas mais gastos de tempo e custo começam a aparecer.
Ausência de Treinamento e Orientação
Adquirem conhecimento no decorrer da obra, cometendo erros do próprio trabalho. Não tendo uma etapa de aprendizado e que possibilite tirar eventuais dúvidas.
(www.Construfacilrj.com.br, 2018)
41
Sendo mais detalhista podem-se destacar quais as áreas de instalações que
apresentam maiores erros desde o projeto até a sua própria execução. Segundo
Silveira (2015) no seu artigo de “Problemas encontrados em Obras Devido às Falhas
no Processo de Projeto: Visão do Engenheiro de Obra.” especificamente na
Construção residencial as maiores falhas observadas apresentam a seguir (Quadro 6).
Quadro 6- Problemas encontrados em Obras devido às falhas no Processo de Projeto
Instalação Elétrico-Telefônicas
Apresentam erros de mau posicionamento de eletrodutos, com a locação dos pontos de luz e de tomada não coincidindo com a realidade de execução. Relatado também que o projeto executivo, em algumas obras, não foi disponibilizado em tempo hábil e a obra constava desta mesma maneira em execução a partir do projeto legal, resultados destacadamente em erros de furos das passagens na laje, dentre outros.
Instalações Hidro-Sanitárias
Falta de detalhamento do caminho a ser percorrido. Resultando em diferenças comparando a planta à realidade. Consequentemente diferenças na locação dos pontos de passagem na laje.
Incompatibilidade dos projetos dos setores de hidro-sanitários e elétrico-telefônicos, mesmo quando desenvolvidos pelo mesmo fornecedor. Exemplificando com projetos de instalações de chuveiro posicionados de um lado da prede e o ponto elétrico que o alimenta é posicionado na parede oposta.
Instalações de Gás e de Combate a Incêndio
A instalação de gás é executada de maneira imprudente, não dando a grande atenção exigida.
A instalação de combate a incêndio é geralmente executada por último e também apresenta incompatibilidade com as anteriores, resultando em necessidades de modificações ao decorrer de sua instalação.
Arquitetura Juntamente com os projetos de instalações, este é um dos projetos que mais geram dúvidas e dados incompletos.
Os detalhamentos muitas vezes ausentes são as cotas mais especificas, cotas em relação ao piso térreo. Outros dados ausentes são geralmente os que relacionam as guaritas. Plantas de corte e fachadas são esquecidas, muitas vezes pelo fato de não ser a construção primordial do empreendimento. Resultando em dúvidas em relação à construção deste ambiente no final da obra.
O projeto de coberta não costuma ser meramente detalhado ocasionando dúvidas constantes quando da execução desta fase da Obra. Devendo conter no projeto de arquitetura, o detalhamento do madeiramento e do chapim a ser implantado.
Quanto mais detalhado o projeto mais facilidade traz a conseguir perfeitamente igualar o projeto a execução. Projetos de peitoris, esquadrias e contra-marcos necessitam de detalhamentos de nível superior.
42
Estruturas Apresenta geralmente quantidade de desenhos de detalhamento inferior ao mínimo exigido em obra.
Constantemente é verificado a ausência de informação via planta do sistema em relação a laje de fundo e paredes, onde faltam o detalhamento do tipo de laje a ser executado juntamente com a armadura.
(SILVEIRA, 2015), 2018.
É anormal aceitar uma obra mal feita, não estando de acordo com as normas, pois isto
resulta em acidentes, desperdícios, produtos mais caro e de baixa qualidade.
Construção Civil caminha ao sentido contrario desses erros obsoletos.
3.1.7 Segurança
O item segurança foi um dos que mais evoluíram nas diversas áreas do mercado de
trabalho. Diversos estudos vêm sendo desenvolvidos em relação a esse tema. Além
de ter a disposição diversos cursos específicos nessa área. O modo de ver esse tema
foi modificado ao decorrer do tempo, de enfoque puramente informativo para corretivo
e preventivo. Além disso, procurou-se englobar e integrar a organização como um
todo, no intuito de dar proteção ao empregado, resguardado sua saúde e sua vida e
também propiciando o progresso da empresa. (ALBERTON, 1996)
Os acidentes de trabalhados não são fenômenos que obtém o significado intrínseco da
palavra. Eles chegam a ser previsíveis, os fatores que podem desencadeá-los estão
presentes na situação de trabalho muito tempo antes de desencadeados. Por tanto
tomadas as prevenções desejadas, a eliminação ou neutralização de tais fatores, pode
evitar ou simplesmente mitigar a ocorrência de novos episódios semelhantes.
(ALMEIDA; BRINDER, 2000)
Mesmo com o empenho e mobilização do governo e com estudos acadêmicos,
empregados e empregadores ainda não exercem todas as atividades da maneira mais
satisfatória em relação à segurança do trabalhador. Sendo a Construção Civil um dos
principais responsáveis pela manutenção desses índices elevados, acarretando em
uma série de problemas sociais e econômicos. (COSTELLA; CREMONINI, 1998)
As medidas preventivas originaram-se a partir dos altos índices de infortúnios de
trabalho, por que a gravidade e a frequência das lesões aos operários, danos de
máquinas e equipamentos, chegaram a uma taxa pavorosa que exigia esforços para
reduzir tais eventos. Diante disso coletas de dados foram feitas e assim identificada
43
prévias dos riscos e de fatores que possam gerar ameaças a segurança no ambiente
de trabalho e dessa forma permitindo a tomada de medidas eu mitiguem os acidentes.
3.1.8 Meio Ambiente
A Construção Civil, mesmo que não seja tão perceptível em um primeiro momento, é
uma atividade claramente com altos níveis de poluição. Além do alto índice de
consumo de recursos naturais. Para agravar as novas tecnologias as vezes podem
vim com a atenuação de impactos ao meio ambiente, encontrando grandes
resistências.
Uns exemplos desses impactos segundo o Ceotto (2018) são mostrados no quadro
informativo a baixo (Quadro 7).
Quadros 7- Impactos no Meio Ambiente
I A operação dos edifícios consome mais de 40% de toda energia produzida no mundo;
II Consome 50% da energia elétrica e 20% do total de energia produzida no Brasil;
III A construção civil gera de 35% a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana;
IV Na construção e reforma dos edifícios se produzem anualmente perto de 400 kg de entulho por habitante, volume quase igual ao do lixo urbano;
V A produção de cimento gera 8% a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil, sendo 6% somente na descarbonatação do calcáreo;
VI Assim como o cimento, a maioria dos insumos usados pela construção civil é produzida com alto consumo de energia e grande liberação de CO2.
(CEOTTO, 2018), 2018.
Além disso, a Construção Civil é responsável pelo consumo de 66% de toda madeira
extraída, gera cerca de 40% de todos os resíduos na zona urbana, e é uma atividade
geradora de poeira, seja na extração de matéria prima, seja na obra. (HANSEN, 2008)
O programa HABITARE financiou uma maravilhosa pesquisa com o tema central
direcionado as perdas na Construção Civil, junto com 18 Universidades e 52
empresas. A figura 10 está concisamente descrito dados de alguns resultados obtidos
com esta pesquisa. Mesmo detectando que muitas perdas ocorram de forma de
entulho e resíduos descartáveis, vale lembrar que também há outros tipos de perdas,
como por exemplo, o gasto de materiais em excesso.
44
Impactos no Meio Ambiente
Figura 10 – Impactos no Meio Ambiente (CEOTTO, 2018), 2018.
O interessante na tabela é a distorção enorme dos dados. Isso é resulta que uma
redução significativa das perdas sem grandes mudanças na base tecnológica e
apenas no gerenciamento mais eficiente é possível. (JOHN, 2000)
3.2 Dificuldades de Modernização na Construção Civil
Não obstante de traços, por si só interessantes, a Construção Civil foi durante muito
tempo pouco atrativo para estudiosos do mundo do trabalho. Por mais que o setor
necessitasse de uma melhora ou por apresentar um amplo espaço de pesquisa,
estudos nessa área por muito tempo não obtinham reconhecimentos acadêmicos ou
no mercado, por esse fato poucas pesquisas foram desenvolvidas. Colhendo então o
resultado de poucas evoluções por muitos anos. A Construção sempre se mostrou um
setor muito fechado, muito auto suficiente. Empresários, Engenheiros e Operários têm
sido vítimas da concretude e do pragmatismo dos trabalhos dos canteiros de obras
que, por vezes, contribuíram para a construção de seus comportamentos e
mentalidades. (TOMASI, 2003)
“Predomina, todavia, a crença segundo a qual, a ausência de interesse
se deu porque, não obstante a sua flexibilidade, a Construção parecia
apresentar dificuldades para incorporar inovações tecnológicas e
organizacionais. As inovações dos últimos 150 anos e, sobretudo, das
últimas décadas têm produzido, de maneira contínua e acelerada,
profundas mudanças no mundo do trabalho inclusive no referido setor.”
(TOMASI, 2003)
Essas dificuldades de implantação de inovações no mercado da Construção Civil
resultaram em conclusões prévias de pesquisadores, que esse respectivo mercado
45
apresenta-se atrasado em comparação a diversos outros, um deles o mercado
automobilístico.
Diante de todos os problemas que perambulam os profissionais da Construção Civil há
alguns item que impedem ou dificultam a modernização.
A situação atual é alarmante, a décadas que a construção apresenta o menos
aumento de produtividade, ficando atrás da área industrial, serviços e outros setores
da economia. Esse problema também não é apenas nacional. O Reino Unido, por
exemplo, 26% dos empreendimentos são entregues com pelo menos três meses de
atraso. (FARMER REVIEW, 2016)
Pode-se destacar os principais motivos da dificuldade de mudanças (Quadro 8).
Quadro 8 – Principais motivos da dificuldade de mudanças
I Falta de investimento em todos os processos construtivos;
II Falta de profissionais qualificados;
III Perdas de Produtividade;
IV Pouco esforço para efetivar a mudança;
V Falta de iniciativa para efetivar a mudança.
(TOMASI, 2003), 2018.
Como o setor da Construção caminha de acordo o desenvolvimento da humanidade, é
normal e esperado que sofra atualizações e mudanças ao passar dos anos, seguindo
paralelamente as evoluções. Isso se da pelo uso de novos processos e materiais mais
hábeis. Além da tecnologia ser utilizada como um modo de preservar a o Meio
Ambiente de maneira a alcançar a Sustentabilidade, atender às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações também satisfazerem
suas necessidades. Com o crescimento das cidades, a Construção Civil pode ser
considerada um intermediador, reduzindo os rejeitos e aumentando a reciclagem e
reaproveitamento direto de materiais.
“Para se ter uma ideia da importância da Construção Civil na
preservação do meio ambiente com o reuso da água nesse campo,
por exemplo é possível reduzir entre 30% e 40% o seu desperdício
durante a construção. Daí a importância desse setor na preservação
do meio ambiente.” (MOBUSS CONSTRUÇÃO, 2014)
46
Atrasada, como alguns defendem, ou um modo original de fabricação, como defendem
outros, é importante destacar que nos canteiros de obra da Construção Civil
predominam ainda técnicas rudimentares, ultrapassadas, peridosas, insalubres e que
exigem grandes esforços físicos e que resultam em itens não desejáveis, como baixa
produtividade, acidentes, baixa qualidade. Esta imagem negativa da Construção Civil
é intensificada pelo fato de atividades de risco ser executadas por trabalhadores de
baixa escolaridade e com técnicas arcaicas.
A mão de obra no Brasil como é similar no restante do mundo, resulta de uma
população de imigrantes e migrantes, preponderantemente de origem rural. È de se
admirar o trabalho duro e intensivo que esse conjunto de trabalhadores são aptos a
desenvolver. Trabalhadores que devido as políticas de gestão de mão de obra das
empresas, tornaram-se assalariados ou “volantes”.
Nessa situação que se apresenta a Construção Civil algumas mudanças pouco a
pouco vão se manifestando. È bom destacar que essas mudanças vêm juntamente
como o desenvolver econômico do país, devido à exigência de investimentos
financeiros consideráveis. Introduzindo máquinas, equipamentos e componentes que
tornam o trabalho menos duro e mais rápido.
3.3 Análise da Modernização da Construção Civil
São inúmeras as vantagens de utilizar inovações na Construção Civil. As medidas
estão alinhadas com as demandas universais de crescimento sustentável (Figura 11).
Figura 11 – Eficiência na Automação, PrimeControl, 2018.
Aos poucos algumas mudanças vão sendo incorporadas sem ao menos serem
percebidas e resultando em aumento de produtividade. Pernas mecânicas, projetores
de argamassa são exemplos de inovações que deixaram instrumentos arcaicos
47
dispensáveis. Além de possibilitarem uma regulagem de desperdício, podendo chegar
próximo ao zero ou uma taxa irrisória.
Algo bem atrativo em maquinários automatizados é o controle que a pessoa que
gerencia tem sobre a reposição de materiais e a possibilidade grande de detalhamento
do serviço a ser executado, chegando o mais próximo do projetado.
Outro destaque é o uso de softwares que minimizam ao máximo o consumo de papéis,
facilitando totalmente o manuseio, armazenamento compacto. Além de facilitar o
desenvolver dos projetos e passar uma visão mais próxima possível da realidade,
trazendo um enaltecimento maior do serviço. Os dados do projeto podem ser
rapidamente modificados e seus dependentes recalculados e modificados
consequentemente.
Novos cargos de trabalho tendem a aparecer ao decorrer da implantação dessas
inovações tecnológicas de automação. De maneira a produzir essa inovação, novos
cargos nas indústrias de produção serão despontados. Sua aplicação exigirá pessoas
qualificadas que consigam manusea-las de um modo correto que possibilite produzir
do modo mais eficiente possível e presente com a segurança. Esses trabalhadores
qualificados geram um mercado de docentes para transmitir esse conhecimento. Para
finalizar qualquer automação necessita de manutenções periódicas que a maioria das
vezes exige pessoas qualificadas com conhecimentos específicos e detalhadas.
Não poderia ficar ausente a clássica argumentação que a automação desencadeia
fato o desemprego e a concentração de renda, características do Capitalismo. Porém
dentre diversas causas do desemprego, uma está associada à tecnologia, ou seja, as
inovações tecnológicas podem sim representar um risco a diminuição de empregos, na
medida em que elas representam racionalização dos processos produtivos e aumento
do trabalho mecânico. De modo ausente de incrementos na demanda de trabalhos.
(FONTES, 2000)
Não apenas a automação que irá cada vez mais trazer problemas para trabalhadores
que utilizam destacadamente apenas músculos e força, a quais, faltam
especializações e conhecimentos básicos de uma pessoa em uma sociedade
moderna. (MARHAM, 1966)
Porém o desemprego é algo muito mais complexo que não é resultado apenas de uma
causa, pois atingem de uma forma generalizada, praticamente todos os segmentos
sociais, incluindo camadas de maior escolaridade e profissionais experientes.
(FONTES, 2000)
48
4. Inovações da Automação na Construção Civil
De modo a demonstrar um pouco mais o universo da automação mais
especificamente na Construção Civil, serão citadas algumas inovações que se
destacam e demonstrando quando possível suas vantagens, desvantagens,
dificuldades de entrar no mercado Brasileiro e seu custo de implantação.
Uma das tecnologias mais destacadas são os Veículos Aéreos não Tripulados,
conhecidos como Drones. São robôs voadores de pequeno porte comandados com a
ajuda de um controle remoto (Figura 12). Eles estão disponíveis em modelos baratos e
simples, são manuseados desde uma tela de um SmartPhone até os mais complexos
e profissionais que exigem controle via rádio próprio. A maioria apresenta câmeras
HD, Full HD e 4K. Um Drone que se destaca é o da série Phantom, da DJI, com
transmissão ao vivo. Essa nova tecnologia automatizada possibilita superar
dificuldades que anteriormente exigia muito tempo e um custo alto, acessar pontos
remotos com segurança. Juntando essas imagens que foram coletadas e um software
para processamento das imagens, o resultado é uma análise fantástica de
informações sobre o projeto ou local respectivamente estudado.
Se tiver algum item negativo a destacar nesse equipamento, seria o baixo tempo de
duração das respectivas baterias, porém facilmente resolvida com a adesão de uma
bateria reserva. Outro item que chama a atenção seria a resolução das imagens
necessárias para o respectivo fim. O Drones presentes no mercado apresentando uma
grande diversidade devido ao seu sucesso não só para fins de trabalho, mas também
para fins de laser. Em relação às câmeras, apresentam a possibilidade de ser
integrada ou não, alta ou baixa resolução.
Ao ano de 2013 o uso desta tecnologia começou a ser registrados em Obras de
Construção Civil para fotografias, vídeos, coletas de dados do empreendimento. No
mercado internacional já havia mais de 8 anos que essa nova técnica de automação
constantemente estava presente.
Para uso dos Drones deve-se está registrado e regulamentado no site da ANAC, de
modo que estar de acordo com todos os requisitos.
4.1. Drones
49
Figura 12 – Drone, Constru Liga, 2018.
Em um espaço mais amplo, o Brasil é um país continental como uma das principais
fontes energéticas, as Hidrelétricas. O Brasil produz 90% do seu consumo de energia
elétrica com suas hidrelétricas. São inúmeras as vantagens como ser uma fonte de
energia renovável, custo de produção inferior aos outros métodos tradicionais; não ser
poluente.
Apesar de suas extensas vantagens, é sabido que os impactos ambientais são
grandes, como ocupação de uma área extensa, impactando negativamente o habitat
de imensas biodiversidades.
Merece destaque as extensas dimensões das hidrelétricas que dificultam a
averiguação durante e depois de sua construção. A maneira usada a anos para
efetuar essa verificação é efetuada manualmente e visualmente por profissionais
especializados. São necessárias roupas e materiais de segurança para que os
profissionais por meio de escaladas consigam chegar a um plano de visualização
propício para suas coletas de dados. Essa maneira exige uma alta taxa de custo,
tempo e apresenta alto risco de segurança.
Nessa linha, a utilização de Drones em averiguações de Usinas Hidrelétricas é
crescente. Possibilitando citar algumas vantagens (Quadro 9).
Quadro 9 – Vantagens da aplicação dos Drones
I Verificar a vazão da infiltração;
II O deslocamento ou deformação de juntas;
III Dilatação de fissuras e trincas;
IV Recalque de Estruturas;
V Nível e pressão de água.
(Drones DJI, 2018)
4.1.1 Drones no Brasil
50
Usar um Drone para inspecionar uma caldeira ou torre de resfriamento tem o potencial
de reduzir o tempo de inatividade, diminuir o custo, aumentar a segurança dos
trabalhadores. Outro destaque é para as lâminas de turbinas eólicas, que requerem
uma inspeção regular e de difícil acesso, quando não preciso efetuar relatórios muito
detalhados, as empresas muitas vezes enviam trabalhadores com equipamentos de
binóculos e quando mais detalhada, o deslocamento dificultoso é necessário. Sendo
que via Drones essa atividade de verificação seria realizada facilmente.
Quando levado a canteiros de obras extensos que apresentam dificuldade de uma
pessoa física ficar se deslocando excessivamente, os Drones possibilitam uma
visualização tanto extensa a ampla como especifica de algum local em destaque. Da
mesma forma, os Drones podem ajudar com a inspeção eficiente e precisa de outros
setores de geração de energia renovável, como as turbinas eólicas, que geralmente se
espalham em vastos territórios.
Na área de topografia há a possibilidade de auxílio dos Drones perante a sondagem
superficial detalhada, trazendo uma aceleração na coleta de dados inicial do terreno a
ser inicialmente analisado.
Dados básicos de alguns Drones presentes no mercado (Figura 13).
Figura 13 –Drones DJI,2018.
51
A impressão ocorre através de depósitos de diversas camadas de um determinado
material em uma base específica. Há varias maneiras que executar essa impressão,
porém todas possuem duas analogias nos princípios de inovação: manipular o objeto
no espaço digital e a capacidade de compor novas formas através de adição de
materiais (BAIÃO, 2012).
O princípio da Impressão 3D é de agilizar o processo de execução e montagem de
produtos. Sendo correspondentes aos itens que a Construção Civil almeja aprimorar.
Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia desenvolveram uma nova tecnologia
que permite construir casas residênciais de médio porte em 24 horas (Figura 14),
mediante a técnica Contour Crafting.
Essa nova técnica não veio apenas para bater recordes relacionados ao curto espaço
de tempo para construir uma casa e sim para diminuir os custos de construção de uma
casa familiar. A casa demonstrada da Figura 14 apresentou um custo de US$ 10 mil
por unidade, porém é planejado que com o passar do tempo que o recebimento
adequado do mercado perante a essa inovação, o custo deverá cair a US$ 4 mil por
unidade. As paredes são totalmente levantadas com a respectiva impressora 3D,
porém o maquinário ainda apresenta uma dependência da Mão de Obra Humana nos
acabamentos, instalações elétricas e hidráulicas. Outro destaque muito dessa
inovação é seu desperdício próxima à taxa zero. Os países do Haiti e El Salvador são
um dos países que New Story, ONG que trabalha em redução do Déficit Habitacional
em países desenvolvidos, pretende aplicar essa nova técnica.
Enquanto outras áreas trabalham em velocidade máxima com essa nova tecnologia, a
Construção Civil ainda está dando seus primeiros passos no novo conceito. O que
ainda resguarda muitos empreendedores é o alto custo inicial que esse maquinário de
Automação apresenta, devido a ser algo novo ainda no mercado. Outra dificuldade
encontrada é ainda a ausência de pessoas qualificadas para manusear e instalar o
equipamento. Ainda exige um alto investimento em estrutura de apoio, treinamento e
principalmente estudo para seu transporte e armazenamento, o que dificulta sua
utilização efetiva.
Outra deficiência é sua dependência de uma equipe de apoio para instalação de
portas, janelas, parte hidráulica, uma vez que a impressora limita-se a trabalhar com a
estrutura com aberturas.
Em uma escala global essa inovação caminha paralelamente a uso de materiais
recicláveis ou biodegradáveis para a produção residenciais populares, galpões para
abrigos coletivos.
4.2. Impressão 3D
52
Figura 14– Impressão 3D, (The Daily Bell, 2018).
Mundialmente ou sendo mais específico ao Brasil a taxa de pessoas sem habitaçãoé
muito alta. Trabalha-se com milhões de pessoas que não apresentam um local de
descanso e resguardo, de maneira a realizar suas privacidades. Cerca de 33 milhões
de Brasileiros não tem onde morar, segundo relatório do Programa das Nações Unidas
para Assentamentos Humanos. Mesmo diante de muitos programas de ajuda
realizados pelo Governo Federal, um deles chamado de Minha Casa Minha Vida.
O ministério das Cidades destaca que, nos últimos nove anos, 2009 a 2018, foram
investidos R$4 bilhões em construção de moradias. Segundo o Governo, o defict de
residência é usado como referência para a formulação de políticas públicas e estudos
na área habitacional. (Construção Mercado, 2018)
A seguir será destacada uma imagem que descreve previamente alguns dados
quantitativos de uma construção do Minha Casa Minha Vida (Figura 15).
Minha Casa Minha Vida
Figura 15 – Minha Casa Minha Vida, (Construção Mercado, 2018)
O preço de custo médio é de R$40.000,00 e de venda a partir de R$69.000,00
(Construção Mercado, 2018). Por residência parece inicialmente um preço
53
consideravelmente acessível. Porém alguns outros itens merece total atenção. Um
deles os juros a serem pagos de maneira a financiar esse custo que ao parecer inicial
é pequeno, porém adicionado aos juros, ao parecer de um trabalhador Brasileiro
chega a ser exorbitante. Os juros variam na faixa de 5% a 10% ao ano. Em outras
palavras se uma família financiar uma casa com a taxa de juros de 5%, em 20 anos
terá pagado somente de juros um valor de uma casa.
Com isso a Impressão 3D de residências não vem somente para agilizar a velocidade
de construção, mas também para diminuir o custo total de construção da residência,
consequentemente o custo de venda do imóvel e tendo diretamente como beneficiário
o consumidor final.
Fazendo uma suposição, caso o objetivo final de custo de construção, US$ 4 mil por
unidade seja alcançado e colocando como lucro uma taxa alta no mercado imobiliário
de 50%, o preço de venda seria de aproximadamente US$ 6 mil por unidade.
Convertido a uma faixa de US$ 1,00 para R$ 3,80 o preço de venda seria de R$22,8
mil. Esse preço chega a ser aproximadamente 34% do preço atual de mercado. Essa
inovação iria aquecer o mercado imobiliário, abaixar a taxa de pessoas sem habitação.
Outro destaque é a velocidade de construção, em média para construir uma casa de
60 m² em alta produtividade demora de 1 mês a 2 meses enquanto com a máquina 3D
a construção seria feita em 2 dias. Essa alta produtividade resulta em dois grupos
favorecidos, tanto o consumidor final quando a construtora ou incorporadora. O
consumidor é beneficiado com a velocidade de entrega do produto. A construtora ou
incorporadora é beneficiada com a alta produtividade, diante de um mercado aquecido
isso é sinônimo de lucro.
Trata-se de um sensor inteligente acoplado ao capacete, roupas e acessórios com o
objetivo de obter um ganho na segurança dos trabalhadores. Essa técnica já é
utilizada por empresas de Construção Civil de ponta no EUA.
A tecnologia é bastante recente no Brasil, porém apresentam resultados que merecem
destaque.
“Pesquisas norte-americanas apontam que os sensores vestíveis
podem aumentar em 3,5% a satisfação no local de trabalho e 8,5% a
produtividade. Lá, as empresas já colocam sensores inteligentes nas
roupas dos trabalhadores para obter ganhos em segurança; usam
4.3. Sensores Vestíveis
54
capacetes com sensores, que fazem alertas de segurança, como se
houve algum impacto, por exemplo; contam com relógios de pulso
que monitoram a temperatura corporal, evitando a exaustão térmica.”
(PLAN SERVICE, 23/08/2017)
Essa inovação quando instalado em capacetes tem como objetivo de sensoriar
qualquer impacto presente no respectivo capacete. Além disso, apresenta um
aumento de realidade, o visor presente no capacete (Figura 16) permite que o usuário
visualize informações digitais, proporcionando mais rapidez, eficiência e segurança, os
itens tanto almejados dos profissionais da Construção Civil. Alguns itens de verificação
podem até ser analisado com o sensor, como comparar imagens e dados para a
confirmação do funcionamento de equipamentos como válvulas e filtros. Outro item
presente é uma câmera de resolução 3D, e quatro câmeras que trabalham em
sincronia para possibilitarem um mapeamento 360° e com alta precisão.
Figura 16 – Sensoriamento Vestíveis, IMOB, 2018.
Outro objeto de sensoriamento é a Pulseira Myo, com o objetivo de monitoramento da
temperatura corporal evitando exaustão térmica. Sendo também muito útil detectando
qualquer queda súbita de temperatura ou batimento cardíaco.
A Myo tem uma alta precisão ao ser colocada no antebraço, utiliza sensores de
eletromiografia e consegue perceber os movimentos dos diversos músculos dessa
área, também influenciados pelos das mãos. (Figura 17)
4.3.1 Capacete Sensorial
4.3.2 Pulseira Myo
55
Figura 17 – Pulseira Myo, IMOB, 2018
Colete de Segurança Redpoint que apresenta um GPS integrado dando destaque ao
reconhecimento especifica do local a que o trabalhador está presente. Além disso, o
colete alerta instantaneamente zonas de perigo pré-definidas no respectivo canteiro de
obra.
A nova tecnologia foi criada com o principal objetivo de reduzir os acidentes
relacionados com a excessiva exposição direta ao sol e a elevadas temperaturas por
parte dos intervenientes num obra de construção.
Um dos principais problemas é a frequente incapacidade, por parte dos trabalhadores,
de reconhecer os primeiros sinais e sintomas de alerta de um golpe de calor
(insolação), que incluem enjoos, tonturas e fadiga, entre outros.
Nesse âmbito, o novo colete é dotado de sensores que permitem recolher, em tempo
real, uma alargada gama de informações que permitam avaliar o estado de saúde do
operário, nomeadamente a temperatura do corpo e o ritmo cardíaco. (Figura 18)
Figura 18 – Colete de Segurança Redpoint, IMOB, 2018
4.3.3 Colete de Segurança Redpoint
56
Óculos Inteligentes tem como objetivo aumentar a eficiência da gestão monitorando os
trabalhadores e detectando onde se localizam os problemas específicos de
produtividade. Os óculos possibilita também escanear códigos de barra.
A maior facilidade é de possibilitar as mãos dos trabalhadores ficarem totalmente livres
e possibilitando articular e manusear qualquer outro objeto.
Algo totalmente inovador, porém exigindo um conhecimento prévio de como manusear
a respectiva tecnologia e de como transferir os dados registrados nos óculos para
outra tecnologia. (Figura 19)
Figura 19 – Óculos Inteligente, IMOB, 2018
Termo exoesqueletos biônicos que possibilitam levantamento de cargas pesadas sem
esforços, diminuindo a probabilidade de problemas de lesões dos trabalhadores ao
carregar peso.
“A tecnologia foi desenvolvida no laboratório de Homayoon Kazerooni,
um professor de engenharia mecânica da Universidade de Berkeley,
que vem trabalhando em exoesqueletos há muitos anos. Seu
laboratório realizou recentemente um estudo de pesquisa concluindo
que o backX leva a uma redução de 60 por cento na ativação dos
músculos das costas para o usuário. "Não é só levantar 75 quilos que
pode machucar as costas; é também levantar 20 quilos repetidamente
ao longo do dia que levará a lesões" (Kazerooni, 2016)
Seu custo ainda é incerto devido a estar em fase de teste perante empresas
Americanas de destaque no Mercado Internacional. Sua dificuldade de expansão no
4.3.4 Óculos Inteligentes
4.3.5 Termo Exoesqueletos Biônicos
57
mercado é devido à necessidade de manutenção em intervalos de tempos
consideravelmente pequeno, gerando gastos extras ao empreendimento. (Figura 20)
Figura 20 – Termo Exoesqueleto, Kazerooni, 2018
A gestão de monitoramento é uma área que vem crescendo de modo a otimizar a
produtividade em uma escala que trava resultados concisos no custo de produção e
consequentemente resultando em variações no preço de venda.
O processo de monitoramento e controle do trabalho do projeto consiste em coletar,
medir, monitorar e disseminar informações sobre desempenho, avaliar as medições e
as tendências para efetuar melhorias no processo.
Atividades voltadas à área de gestão de segurança também estão presente no
monitoramento das Obras de Construção Civil com o propósito de garantir a
identificação delas na fase inicial. Uma meta muito importante é de monitorar o
andamento e se os planos de segurança estejam totalmente bem executados.
Outra ação do gestor é realizar o monitoramento ao decorrer da construção de modo a
formalizar corretamente o prazo, mais detalhadamente o cronograma, da obra. Esse
item que implicam diretamente no custo e consequentemente no lucro final do
investidor.
O gestor tem também a obrigação de monitoramente do controle de qualidade através
da análise dos resultados específicos do projeto a fim de determinar se eles estão de
acordo com os padrões relevantes de qualidade, além de tentarem identificar
empecilhos que comprometam a qualidade final do produto.
Diante de todas essas responsabilidades, o gestor tem como obrigação de deslocar-se
consideravelmente pelos Canteiros de Obras em locais de diversos níveis de
segurança e ao mesmo tempo realizar diversas ações de monitoramento. Os sensores
vestiveis são um destaque para ajudar a otimizar esse respectivo trabalho. A primeira
58
vantagem é que essa automação deixa livre as mãos do trabalhador, não
comprometendo seus movimentos. Além de aumentar algumas capacidades limitadas
do Corpo Humano. Em especial ao gestor pode-se destacar a utilização dos óculos
que recebem informações digitalizadas e podendo filmar imagens 3D que
proporcionam uma melhor exatidão das informações que devem ser coletadas.
Porém é de usufruto também dos trabalhadores que exercem trabalhos mais braçais,
como a otimização que os termos de exoesqueletos biônicos podem proporcionar. A
saúde dos trabalhadores e o tempo de execução da obra são diretamente
relacionados aos custos da Obra.
Diante dessas qualidades diferenciadas que os dispositivos vestíveis podem
presenciar, o seu crescimento na indústria é cada vez maior.
4.4 Máquinas de Reboco de Paredes Automática
O reboco das paredes executado na Construção Civil vem a anos sendo executado via
mão de obra humana com um rendimento muito baixo e apresentando uma qualidade
muito variada dependente da experiência e concentração da respectiva pessoa (as)
que executa o trabalho.
Entre as marcas que oferecem as rebocadoras automáticas (Figura 21) estão a norte-
americana Builtech, a Tcheca Dektrade e a Ezrenda, de Hong Kong. Essa inovação
apresenta de acordo com a respectiva empresa uma redução de até 70% do custo na
execução da atividade de reboco de paredes; aumentando a sua produtividade em 10
a 15 vezes. Outro dado destacado é que seu rendimento é de mais de 500 m²/dia, em
outras palavras, 60 m²/hora a 70 m²/hora. O equipamento elimina a necessidade de
efetuar o chapisco antes de rebocar, produzindo um revestimento compacto e
uniforme, seja com argamassa de cimento, de gesso ou de mistura pronta.
Seu custo médio de mercado é de R$20.000,00. (EZ Renda, 2018).
Sua desvantagem fica perante a necessidade de implantação de um maquinário
pesado e consideravelmente grande, necessitando meramente um conhecimento
prévio de como executar a montagem. Na prática os acabamentos das paredes
geralmente são feitas anteriormente ao do chão, com isso desnivelamentos no chão
são mais que comuns, dificultando a implantação do maquinário de modo correto no
respectivo local. O manual do maquinário ainda não consta em muitas línguas e
dificultando a tradução instantânea devido a empresa ser Chinesa e seu manual
presente ser em Mandarim.
59
Figura 21 – Máquina de Reboco de Paredes Automática, (EZ Renda, 2018).
As paredes de edificações tem o objetivo principal de servir como divisórias de
ambientes e/ou funcionando estruturalmente. Desse modo as paredes além de
internamente disporem de sistemas hidráulicos e sistemas elétricos também são muito
importantes para a arquitetura e design do ambiente, trazendo uma paz visual do
ambiente. Como as paredes ficam constantemente em contato com a visão do
proprietário do imóvel, o trabalho deve ser executado mais detalhadamente obtendo
um perfil visual adequado.
Podem-se verificar nas edificações diversos fenômenos prejudiciais aos aspectos das
paredes e tetos (Quadro 10).
Quadro 10 – Fenômenos Prejudiciais
I Há formação de eflorescência na superfície entre a tinta e o reboco;
II A argamassa do revestimento descola inteiramente da alvenaria, em placas compactas ou por desagregação completa;
III A superfície do revestimento apresenta fissuras de conformação variada;
IV O reboco endurecido empola progressivamente, deslocando do emboço.
(www.Demilito.com, 2018).
As causas desses fenômenos podem ser resumidas a alguns itens (Quadro 11).
Quadro 11 - Causa dos Fenômenos Prejudiciais
A Qualidade dos materiais utilizados no preparo da argamassa de revestimento;
B Má aplicação de revestimento;
C Mau proporcionamento das argamassas
D Fatores externos de revestimento.
(www.Demilito.com, 2018).
60
Todos os tipos de danos de revestimento têm importância enorme na visão econômica
e perante a satisfação do usuário.
Perante a automação da máquina de reboco de paredes automático, esses problemas
tendem a inexistir perante a utilização de acordo com a descrita pelo fabricante. Pois
essas descrições são resultantes de diversos ensaios e aperfeiçoamentos do
maquinário. O sistema do maquinário é cíclico, ausência qualquer erro humano
resultante de falta de atenção.
Além da qualidade do serviço que foi destacada, a velocidade de execução e o
rendimento de material merecem também uma enorme atenção. O maquinário
apresenta uma velocidade de execução totalmente superior ao modo tradicional de
execução, O rendimento do material também é um atrativo. Devido à execução linear
e aperfeiçoada das camadas de reboco, torna-se necessária um espessura inferior de
material compilada na parede.
4.5 Assentadores de Argamassa
Os assentadores de argamassa (Figura 22) vem com o objetivo de agilizar o processo
tradicional de mercado, manualmente. Essa nova técnica automatizada apresenta um
rendimento de execução muito superior, além de uma qualidade e nivelamento
incomparável, totalmente superior à técnica tradicional.
Destaca-se também pela sua incrível facilidade de implantação e desenvolvimento do
respectivo trabalho. O único procedimento exigido é encaixar o maquinário no
agrupamento de tijolos do respectivo nível. O resultado adquirido é uma economia
pequena, mas considerável de matéria prima.
A capacidade de armazenamento de argamassa é de até 7 litros, resultando em um
assentamento de até 7 metros lineares, variando devido a largura do tijolo utilizado na
construção. O Assentador de Argamassa é feito de material sintético, não enferrujando
facilmente. O Material de propriedade do maquinário permite a sua lavagem fácil e
rápida. (LBB Engenharia e Topografia, 2018)
Uma dificuldade prévia de implantação ao mercado é que a impressão inicial da
eficiência do rendimento do maquinário é pífia. Porém ao decorrer de sua implantação
e execução os resultados começam a se diferenciar dos resultados dos modos
tradicional.
61
Figura 22 – Assentador de Argamassa, (LBB Engenharia e Topografia, 2018).
Ao ver de uma pessoa inexperiente na área de Construção Civil levantar uma parede é
algo rápido e fácil. Porém, como todo trabalho, dificuldades tendem a aparecer ao
desenvolver da atividade. Rendimento de concreto e nivelamento da superfície são os
maiores problemas que aparecem quando o trabalhador,que executa atividade, não
apresenta experiência de trabalho.
Parede fora de esquadro (Figura 23);
Figura 23 – Parede fora de prumo, (www.2Quartos.com, 2018).
Paredes com muita argamassa (Figura 24).
Figura 24 – Parede com excesso de argamassa, (Alamy, 2018).
62
A nova técnica ajuda de maneira a colocar uniformemente a espessura de concreto
nas 3 dimensões minimizando e facilitando o nivelamento das paredes. Sua eficiência
está em sua velocidade e uniformidade das camadas de concreto dispostas.
O Assentador de Argamassa é um maquinário que proporciona padrão, solidez,
velocidade, economia e ergonomia. A quantidade de argamassa fica uniforme em
todos os tijolos, deixando uma camada de 1,8 cm uniformemente em todos os tijolos
da construção. O maquinário é feito com materiais de vida útil longo, resistindo a
agentes químicos e a abrasão. A velocidade do assentador é de aproximadamente 16
metros lineares por hora. Sua economia chega a 80% em materiais de argamassa e
uma 50% no tempo, comparado aos métodos tradicionais (LBB Engenharia e
Topografia, 2018). Sua ergonomia destaca-se por ser muito diferente aos métodos
tradicionais que exigem muita repetição e esforço físico das pessoas. Pensando na
qualidade de vida e bem estar, o Assentador de Argamassa está conforme a Norma
Regulamentadora NR17 Ergonomia.
4.6 Automação Predial
O uso dos sistemas de automação predial vem ajudando a área de gestão de um
edifício, de modo a integrar os equipamentos e áreas, coletas e análise de dados e
segurança de informações.
O mercado agarrou essa tecnologia de modo que pensar em edifício moderno é
pensar em automação predial. Uma vez que essas inovações trazem a vantagem de
aumentar o desempenho do prédio, seja no funcionamento geral ou em áreas mais
especificas e detalhadas.
“Realizar a implantação da automação predial no inicio da construção
proporciona excelentes ganhos, pois conseguimos realizar um projeto
multidisciplinas, garantindo que ele nasça da maneira mais eficiente
possível e levando em consideração todos os equipamentos e suas
especificações” (TEIXEIRA, 2012)
Algo muito importante de destacar é que a automação predial facilita muito a
instalação da infraestrutura necessária para a operação da solução, diante do fato
programado dimensionamento a operação apresenta desvio nulo do planejamento.
63
“Com a instalação do sistema de automação na construção também é
possível aproveitar das vantagens de redução e controle dos custos
de operação desde o inicio da vida do edifício, operando com alta
eficiência e consumindo energia de forma eficaz” (TEIXEIRA, 2012)
As características do sistema de automação predial disponibilizado no mercado da
Construção Civil destacam-se por alguns aspectos: integração de áreas e
equipamentos, comunicação totalmente facilitada; interface intuitiva, propiciando
facilmente o comando perante dispositivos móveis popularmente utilizados; coleta e
análise de dados, resultando em ponderações de como aumentar a eficiência dos
sistemas prediais; segurança, criptografias de como a guardar com segurança em
reder de informática registros históricos e sigilosos da construção.
“A operação é fácil, rápida e eficiente. Fácil, pois o sistema de
automação possui uma plataforma amigável em que é possível
monitorar e comandar à distancia e na palma de nossas mãos. É
rápido porque disponibiliza acesso em tempo real, com alarmes pré-
configurados para garantir a eficiência do ajuste ou verificação do
sistema” (TEIXEIRA, 2012).
Como citado em itens anteriores, automação novamente se destaca junto a
sustentabilidade. Edifícios operados com sistemas de automação possuem recursos
capazes de alcançar altos níveis de eficiência e sustentabilidade. A final de contas
surge a possibilidade de ter uma supervisão do consumo de recursos do edifício, um
poder de conclusão de em qual setor apresenta irregularidades ou ineficiências, que
após corrigidos acarretam uma diminuição de gastos.
“A automação proporciona um ambiente de maior controle ao edifício.
Controle este que fornecerá informações para tomada de decisões e
parâmetros que podem ser inseridos nos subsistemas existentes do
prédio, de modo a criar um ambiente de melhoria contínua. Este
ambiente gera impactos financeiros positivos ao empreendimento”
(PERES, 2012).
Como já citado, esse recurso tecnológico trabalha em prol da sustentabilidade dos
edifícios, para melhor visualizar essa colaboração, de acordo com a American Society
for Heating, Refrigeration & Air Conditioning Engineers (ASHRAE) – organização dos
profissionais da área de aquecimento, refrigeração e ar-condicionado dos Estados
64
Unidos –, 50% do custo de um edifício são decorrentes de sua operação. Deste
percentual, 38% são referentes à climatização e 26% à iluminação. À vista disso, uma
implantação de automação nesses dos sistemas, sistema de ar condicionado e
iluminação, acarretará em uma economia enorme de energia e consequentemente
trabalhando em pró da sustentabilidade. Essa redução pode estar entre o intervalo de
15% a 60% do consumo de energia, como demonstrado a seguir. (TEIXEIRA, 2012).
“A automação tem um papel fundamental para obtenção e controle do
consumo energético eficiente, pois por meio de um sistema de
automação criamos lógicas mais eficientes para o sistema de ar
condicionado, no qual conseguimos garantir uma redução de 15% a
60% do consumo da energia, além de assegurar um ambiente
confortável aos usuários” (TEIXEIRA, 2012).
A eficiência do sistema de automação pode ser percebida pelo usuário e visitantes de
maneiras distintas como por meio de integração com o sistema de acesso, de
câmeras, de incêndio, de ar condicionado e de iluminação e simplesmente diante do
pagamento de contas cotidianas.
Automação Predial está além de contribuição para a qualidade de vida. O foco é o
gerenciamento inteligente de recursos, como energia e água. Perante a isso a
automação predial caminha junto a sustentabilidade. A taxa de consumo nos edifícios
chega a 50% do total consumido no país. E mais curiosamente, 70% desse consumo
são em prédios públicos, consumo feito para iluminação e climatização dos ambientes
do edifício. (Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética, 2017)
A popularidade de um projeto com automação para edifícios modernos resulta devido
às inúmeras facilidades que o projeto inovador trás, podendo citar desde a
programação de horários para ligar e desligar iluminação de diferentes áreas do
edifício até o acionamento do sistema de ar-condicionado (Figura 25) alguns minutos
antes do início do expediente, aumentando a comodidade e o conforto dos
trabalhadores.
Além de agregar outros recursos que resultam em diferençar financeiras, como os
benefícios na segurança, economia energética e valorização do imóvel.
65
Figura 25 – Automação Predial, (Soluções Industriais, 2018).
Organizadamente podemos citar o diferencial positivo que a Automação Predial pode
trazer aos usuários (Figura 26) (Quadro 12).
Quadro 12- Alguns Pontos Positivos da Automação Predial
I Economia de Energia;
II Flexibilidade na Instalação;
III Supervisão e Monitoramento;
IV Operação Integrada dos Subsistemas;
V Vida útil das Instalações;
VI Maior conforto dos usuários;
VII Viabilização de Instalações “Green Building” e obtenção de certificação LEED.
(Soluções Industriais, 2018.)
66
Figura 26 – Sistemas Automatizados, (Sustentabilleeco, 2018).
Citados os benefícios, resta então alocar onde esses benefícios estão contemplados.
Na iluminação o acendimento pode ser automatizado de maneira a ser executado
somente quando necessário e com a intensidade confortável. Resulta em uma maior
durabilidade das lâmpadas, um ambiente mais confortável, redução no consumo de
energia e diagnósticos de falhas de lâmpadas e reatores.
Controle de temperatura e umidade dos sistemas de aquecimento, ventilação e ar
condicionado. Otimizando o consumo de energia, registro de dados operacionais,
eventos, alarmes, diagnósticos e mensagens de erros.
Persianas automatizadas de modo a garantir um ambiente livre de reflexo e sombras.
Abertura e fechamento automático. Garantindo economia de energia, conforto,
segurança e privacidade.
Nos sistemas de água e efluentes há um controle de nível de caixas d’água e tanques.
Esse controle via acionamento de bombas de recalque, monitoramento de válvulas e
sensores de vazão e pressão.
Controles de acesso são feito via chamada automática de elevadores. Controle
individualizado de iluminação e ar condicionado e registros de entrada e saída do
edifício.
Aplicação de um sistema de interfaceamento com sistemas dedicados a controle de
incêndio, elevadores e CFTV.
67
4.6.1 Casa inteligente, Smart Home
Uma casa confortável é de estrema importância para o bem estar de uma família e
consequentemente para a sua saúde física e mental. A cada dia as casa apresentam
mais espaços ocupados por eletrodomésticos que facilitam as atividades cotidianas,
tanto de diversão quanto de trabalho ou de culinária.
É de observar que com o tempo os controles remotos estão cada vez menos
frequente nas residências e isso tendem a diminuir cada vez mais chegou a uma fase
de ausência total. Os SmartPhones cada vez mais estão ampliando o seu conjunto de
funcionalidades, diante dessas enormes serventias a mais clássica, fazer ligações está
cada vez menos usufruída.
O Smart Home é o uso da tecnologia com o objetivo de simplificar e tornar
automáticas algumas tarefas habituais onde em uma casa convencional ficaria a cargo
de seus moradores (LULIU, 2018). Essa nova tecnologia proporciona conforto,
segurança, praticidade, lazer, tranquilidade e economia.
Alguns dos serviços que a Smart Home traz para auxiliar uma família (Quadro 13).
Quadro 13 – Serviços Smart Home
I Automação de Iluminação
II Automação de Ar Condicionado
III Automação de Irrigação
IV Automação de Cortina
V Câmera de Segurança
VI Projeto de Automação
VII Infraestrutura de Wi-Fi
VIII Som Ambiente
IX Home Theater/ Sala de Cinema
X Casa Inteligente
(www.smarthomebrasil.com.br, 2018).
O Smart Home proporciona controle do ar condicionado, a televisão, as luzes, a
cortina ou até mesmo a irrigação do jardim tudo via Smartphones ou IPad.
Proporcionando uma agilidade do dia a dia, economia de luz, sofisticação e
valorização do respectivo imóvel.
68
Analisando o item de segurança, o acesso de câmeras da casa é via celular, tablet ou
notebook, onde poderá observar cada área externa da residência em conjunto com o
monitoramento 24h.
As economias começam a clarear quando analisada perante o controle da iluminação
de qualquer ambiente via Smartphone. A Automação de iluminação inteligente, pode
reduzir em até 30% o consumo de energia em uma casa.
(www.smarthomebrasil.com.br, 2018)
Um destaque de modernidade é a possibilidade de agendamento de ações
apropriadas em determinados momentos, como ligar e apagar respectivas luzes em
determinados momentos.
Em relação ao som ambiente, o projeto de som ambiente traz conforto e prazer ao
assistir um filme, escutar uma música, jogar um game. Possibilita que duas pessoas
estejam em ambientes distintos escutando diferentes sons a uma intensidade máxima
sem interferências sonoras. O som é um dos principais responsáveis por um
envolvimento de emoção, um item a ser preocupar intensamente.
Outro destaque é que via Smartphone (Figura 27) seja feito um prévio roteiro com
possibilidade de modificação. Enquanto morador do imóvel se encontra tomando
banho, a cafeteira já pode ser automaticamente ligada de maneira a otimizar o tempo.
Do mesmo modo que ao momento que a pessoa esteja se deslocando de volta ao
imóvel à geladeira pode ser programada para descongelar algum alimento.
Figura 27 –Smart Home, (www.smarthomebrasil.com.br, 2018).
É um tempo popular que abrange todo e qualquer objeto com algum processamento
eletrônico, uma época chamada de “objetos inteligentes”.
A “internet das coisas” possibilita essa conexão entre geladeiras, fornos, micro-ondas,
home theater, óculos, carros, elevadores. Com a constatação de ampliação da
69
usabilidade dessa rede, que interagem todos esses eletrônicos, “Internet das coisas”,
as grandes empresas vêm tomando iniciativa de unificação de rede.
As casas do futuro deverão ser cada vez mais responsivas a flexíveis. Entre os
inúmeros benefícios, estão a comodidade, interatividade e economia financeira e
temporal.
As aplicações da automação estão progressivamente diversificadas, apresentando
sistemas crescentemente abrangentes.
4.7 Demolição “Silenciosa”
Há várias maneiras de se demolir uma construção. Porém é observado que todas
apresentam pelo menos um desconforto visual, auditivo, físico ou até mesmo stress
tanto para quem está diretamente ou indiretamente ligado a essa atividade (Ângulo;
Teixeira; Castro; Nogueira, 2011). Visando minimizar todos esses itens negativos, os
Japoneses apresentaram uma nova maneira, aperfeiçoada de executar essa atividade.
A demolição silenciosa consiste em derrubar edifícios de cima para baixo, por meio de
um trabalho oculto de um andaime móvel. Visualmente o edifício não aparenta estar
sendo demolido, apenas ao médio prazo que é percebido devido a variação de altura
considerável do edifício. Um dos edifícios demolidos com esse método foi o Hotel
Akasaka Prince, Tokio (Figura 28), o respectivo hotel apresentava 40 andares. (NYT,
2018)
O rendimento médio é de demolição de 2 andares a cada 10 dias, com destaque a
separação detalhada dos materiais, afim de executar a reciclagem ou
reaproveitamento. A vantagem visual é que “a construção que está sendo desmontada
parece normal pelo máximo de tempo possível. Queremos que as pessoas não
percebam de fato o trabalho de demolição” (ICHIHARA, 2017)
Após ser demolido os 2 andares em execução, o telhado e o andaime coberto desce
lentamente graças a macacos controlados por computado em colunas temporárias.
Em seguida as colunas são rebaixadas para a nova posição, e os trabalhadores
começam a desmontar os próximos dois andares.
Essa cobertura ajuda a impedir o fluxo de ruídos e poeiras, de modo a apresentar um
perfil o mais discreto possível. O nível de ruído é 20 decibéis mais baixo comparados a
uma demolição convencional, e há 90% menos poeira liberada na área ao vedor.
(NYT, 2018)
70
Figura 28– Demolição Silenciosa, (NYT, 2018).
Essas novas técnicas de automação tem se caracterizadas como uma possível
solução as necessidades imediatas da indústria da Construção. Essas necessidades
da indústria vêm sendo originadas pelo mercado e também pelas legislações então
vigentes na Construção. Cada vez mais os clientes exigem um trabalho de alta
qualidade em um curto espaço de tempo e destacando a um custo acessível ao
momento do mercado. Juntamente com esses itens citados vêm as exigências em
relação à segurança e a sustentabilidade.
Seguindo o pensamento muito importante da sustentabilidade, a produção de resíduos
na Construção Civil chega a ser enorme. Novamente necessitando de uma
modernização do respectivo setor, tendo como desafio atual a questão de como torná-
lo mais sustentável.
As etapas da vida útil de um edifício: produção do projeto, construção, operação,
reformas, manutenção, demolição demonstram que a Construção Civil é um dos
grandes consumidores de recursos naturais.
É de muita importância destacar que a implantação e utilização da automação
permeiam pela maior parte dos aspectos, em redirecionar as atividades em direção e
sentido de alcançar uma maior eficiência, alcançar o objetivo de maneira produtiva,
com um maior rendimento, com mínimos erros e/ou dispêndios.
Uma possibilidade que a automação traz é de cumprimento de normas ambientais
mediante os sistemas de controle de efluentes, emissão de gases, utilização de
materiais limpos, reciclagem e controles inteligentes.
Vem a ser um desafio constante não apenas na indústria da Construção Civil mas em
várias área industriais manter os três itens que sua intersecção surge a
sustentabilidade, são eles: ecológico, social, econômico. Somente o equilíbrio dessas
três variáveis produzirá uma solução autossustentável. Sendo então a automação o
processo que viabiliza essa realidade sustentável. Pode-se citar que mundialmente há
um apoio tecnológico a padronização de recursos de equipamentos visando que via
automação os produtos já saiam de fábrica com selo verde de sustentabilidade. Essa
71
ideia não é apenas para diminuir o consumo de recursos naturais e sim visando
também sua decomposição facilitada.
Quando mencionada a palavra “Demolição” as primeiras imagens que aparecem na
mente do ouvinte são de poluição acústica, poluição visual e geração de resíduos
desorganizados.
Das maneiras convencionais de demolição é inevitável trazer desconforto às pessoas
que circulam ou habitam ao entorno, mesmo tentando minimizar ao máximo.
A Taisei Corporation traz uma técnica batizada de “Ecological Reproduction System”,
utilizada na demolição da torre do Grand Prince Hotel Akasaka (Figura 29).
A técnica moderna transporta o material de demolição através de uma grua no interior
do edifício que gera energia através do movimento descendente do material.
Consequentemente essa energia é utilizada internamente para alimentar os
equipamentos envolvidos na demolição. A sustentabilidade esta na possibilidade de
reaproveito de todo material resíduo da demolição e da geração de energia. Sendo
uma energia 100% limpa.
Figura 29 – Interior da Torre Grand Prince Hotel Akasaka, (FolhaUOL, 2018).
Essa nova tecnologia apresenta uma redução de 85% de emissão de carbono na
atmosfera, os ruídos ficam entre 17 e 23 decibéis e uma redução de 85% da poeira
emitida do ar. Sendo também independente das condições climáticas, trazendo um
maior detalhamento no desenvolver do cronograma, resultando em um prazo mais
preciso. (NYT, 2018)
72
4.8 Sistema de Automação Nível Digital (SAND) Aplicado
na Determinação de Recalque
Recalque ou assentamento é uma palavra usada na Arquitetura e Engenharia Civil
para designar o fenômeno que ocorre quando um edifício sofre um rebaixamento
devido ao adensamento do solo aplicação de carga. Os resultados são muitas vezes
catastróficos caso não administrados. Quando minorados, ainda podem resultar em
trincas e rachaduras.
Diante desse fato o estudo do solo anteriormente a execução das Construções, em
outras palavras, implantação de cargas perante o solo, é muito importante.
Instrumentos como corrente de agrimensor, goniômetro, teodolitos, níveis óptico-
mecânicos entre outros foram gradativamente sendo substituídos por equipamentos
que vieram junto a modernidade. Isso devido aos novos equipamentos apresentarem
maiores facilidades, melhores capacidades de processamento, melhoras significativas
na precisão e na acurácia.
A ausência de um sistema de monitoramento de recalque automatizado para nível
digital torna-se um fator limitante. Sendo que o detalhamento do recalque é de alta
importância que às vezes a olho nu passa despercebido, ainda pós edificação
(MILITITSKY, 2008).
Perante esses problemas a construção de um sistema de automação em nível digital
(ANDOLFATO, 2010). O sistema de automação a nível digital (SAND) (Figura 30)
aplicado na determinação de recalque é um sistema que acompanha e estuda os
dados coletados, de maneira continuo e sistemática. Desta forma é possível estudar
as tendências ao logo do tempo, em outras palavras, consegue tirar conclusões e
projetar situações futuras. O monitoramente está diretamente ligado a questões de
segurança, durabilidade das construções, controle de qualidade, comportamento
durante a construção e sua utilização.
73
Figura 30 –, Sistema de Automação Nível Digital (SAND) Aplicado Na Determinação De Recalque
(www.acervodigital.ufpr.br, 2018).
O sistema SAND é semiautomático, possibilitando a automatização tanto nos
movimentos horizontais do nível quanto na focalização da imagem. Sua característica
semiautomática se da pelo fato de necessitar a regulagem do número de passos para
o movimento horizontal, que irá efetuar a pontaria no alvo e para ajuste de foco, que
possibilita o reconhecimento do alvo pelo nível digital.
A Construção modular tem por definição ser um tipo de construção feito através de
“módulos”, “caixas” ou “contentores” pré-fabricados, que são deslocados até o local de
implantação e depois facilmente interligados e por fim fixados. (Figura 31)
“O recurso da arquitetura à utilização do módulo remonta à
antiguidade. Desde a cultura Egípcia, ao povo Grego e aos Romanos,
que a utilização do módulo como unidade padrão vem sendo adoptada.
Mais recentemente desde o inicio do século XX, diversos arquitetos
como Le Courbusier, Frenartu e outros, estudaram de forma mais
científica a aplicação das dimensões padrão na construção e
arquitetura moderna. Diversos autores dividem a história da
Construção Modular: conceito, história e sistemas modulares actuais 8
construção modular em 3 etapas cronológicas.” CRUZ (2007)
4.9 Construção Modular
74
Figura 31 – Construção Modular, (http://www.sulmodulos.com.br, 2018).
Esta metodologia pretende, através da estandardização das dimensões dos
componentes, racionalizar todo o processo de construção, desde a fase de projeto até
à montagem final. (Patinha, 2011)
Na fase de projeto destaca-se por sua racionalização no item de agilização de
procedimentos, pois executa diversas plantas e projetos de maneira muito similares,
modificando apenas algumas exigências personalizáveis. Sua exatidão de pré-
definição de recursos e cronograma é consideravelmente grande em comparação as
éticas tradicionais. Este fato resulta também em uma economia de custos inerente à
consideração habitual, personalização de cada habitação. (Patinha, 2011)
O processo de Construção é dividido em duas etapas distintas. Inicialmente os
elementos que constituem o sistema são produzidos em fábrica e quando solicitados
são facilmente deslocado até o ponto de implantação. Posteriormente o processo de
montagem implica por norma um grande dispêndio de mão de obra, sendo a etapa de
maior incerteza tanto de tempo quanto de custo, pois obtém maiores distinções entre
obras. Se os elementos construtivos tiverem mecanismos de montagem simplificados,
sem necessidade de cortes, sobrecargas ou quaisquer tipos de alterações, a
montagem é executada facilmente e com uma agilidade superior as formas
tradicionais.
A racionalização poderá ocorrer em ambos os processos. O recurso à produção em
série poderá resultar numa diminuição de custos, para além de possibilitar a adoção
75
de melhores sistemas de controlo da qualidade, permitindo o aumento qualitativo
individual das peças. (Patinha, 2011)
A taxa de dispêndio de mão de obra tem a possibilidade severa de diminuir se os
elementos construtivos forem consideravelmente bem executados e que apresente
mecanismos de montagem simplificados. Resultando em ganhos significativos na
eficiência global do sistema, refletindo-se no custo final, na qualidade da mesma e no
tempo de construção.
76
5 Estudo Prático Automação x Técnicas Tradicionais
De maneira a verificar a veracidade dos dados teóricos de produtividade comparativos
entre as maneiras tradicionais de trabalho na Construção Civil e as novas técnicas
automatizadas foram coletados dados práticos ao desenvolver de uma obra de
reforma, executado pela empresa Andrade Almeida arquitetura e design desenvolvido
nos meses de setembro e outubro de 2018, localizado na área da Tijuca, Rio de
Janeiro e uma segunda obra de reforma executo pela empresa Andrade Almeida
arquitetura e design desenvolvido nos meses de maio a julho de 2018, localizado na
área do Centro, Rio de Janeiro.
Foram observadas mais detalhadamente a execução de algumas etapas das
respectivas obras que estavam sendo executadas com as técnicas tradicionais, com
objetivo de coletar dados numéricos de produtividade e tentar destacar quais são os
itens limitadores.
A reforma era de modernização de um apartamento que obtinha decorações antigas e
com o espaço da cozinha e do banheiro mau aproveitados. A cozinha era subdividida
em 3 espaços. O primeiro espaço era de uma sala para guardar os mantimentos, o
segundo espaço era um banheiro e o ultimo espaço era uma área única para a
cozinha com a área de serviço. Apresentava poucos moveis de maneira que muitos
objetos de limpeza ficavam a vista e em espaços de circulação (Figura 32). Outro
problema era o mal cheiro que o banheiro trazia a cozinha.
Figura 32 – Residência Tijuca, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
5.1 Máquina de Reboco de Parede Automática
77
Mediante a aprovação da dona do Imóvel, foi então feita uma proposta de reforma.
Foram utilizados programa de software como Autodesk AutoCad para ser feita a planta
do local com suas respectivas medidas. Posteriormente o programa utilizado para
representar as ideias do arquiteto diante das reformas de alvenaria e marcenaria foi
utilizado o programa Sketchup e FotoShop (Figura 33 e 34).
Figura 33 – Projeto da Cozinha, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
Figura 34 – Projeto da Cozinha e Banheiro, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
78
Por meio de algumas alterações exigidas pelos donos do imóvel, foi iniciada a reforma
mediante a tirada dos móveis do banheiro e da cozinha. Foi encapado e colocado
plástico bolha em todos os móveis ou maquinários que ficariam no imóvel sem
modificações durante a reforma.
Como observado na comparação das duas imagens anteriores, a porta de entrada da
cozinha localizava-se a direita da imagem e o planejamento traz ela deslocada para a
esquerda. Com isso foi exigido quebrar a parede da esquerda da figura 26 e
levantamento de alvenaria na parede da direita de figura 26. Posteriormente a
verificação de segurança estrutural aprovada, começa execução dessas duas etapas.
O ponto que merece destaque é o do levantamento do reboco da parede da direita da
imagem (Figura 35).
Figura 35 – Parede da divisória do banheiro e cozinha, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
.
Por intermédio do monitoramento do engenheiro local foram coletados os respectivos
dados médios de produtividade. Os dados coletados (Tabela 1) foram resultados da
aplicação do reboco em uma parede que tinha a função de ser uma divisória entre o
banheiro e a cozinha, o reboco foi implantado na face voltada à cozinha.
Tabela 1 – Rendimento da mão de obra
Horário Rendimento m²/hora Pedreiros
9:00 às 12:00 6 1
13:00 às 17:00 10 2
Pode-se verificar que a produtividade não é diretamente proporcional ao número de
pedreiros, como seria caso um maquinário estivesse presente para auxiliar os
79
desenvolver a atividade. Alguns dos empecilhos que acarretaram uma diminuição de
produtividade foram conversas, problemas pessoais, autoestima, experiência na
respectiva atividade, dia da semana, temperatura do ambiente.
Comparada a produtividade média da máquina de Reboco de Paredes Automática,
citado no item 4.4, resultamos em um gráfico de pizza médio de produtividade
aproximado (Figura 36).
Figura 36 – Comparativo de Produtividade.
Analisando financeiramente, observa-se que o preço inicial do maquinário é de
aproximadamente R$20.000,00 e necessita-se de uma pessoa para montagem,
desmontagem, gerenciamento e abastecimento de reboco.
Assumindo que a carga horária de um trabalhador é de 8 horas por dia e que seu
rendimento é de 6m² de reboco por hora e seu custo diário é de R$130,00. Do mesmo
modo que o Maquinário de Reboto tem um custo inicial de R$20.000,00 e um
rendimento de 65 m² por hora, necessitando de um auxilio de um trabalhador de custo
R$130,00 por dia. Atribuindo que o maquinário trabalha apenas 8 horas por dia irá
calcular o tempo de retorno financeiro do maquinário com a igualdade, assumindo um
trabalho de 100% das 8 horas diárias (Figura 37).
80
Equação I
Onde:
Figura 37 – Retorno do investimento I.
Em outras palavras se o Maquinário de Reboco Automatizado trabalhar 8 horas diárias
constantes, em aproximadamente 16 dias já traz ganhos financeiros à empresa que o
empregou.
R$ -
R$ 5.000,00
R$ 10.000,00
R$ 15.000,00
R$ 20.000,00
R$ 25.000,00
R$ 30.000,00
Mão de Obra
Maquinário de Reboco
81
A conclusão é que em curto prazo para Construtoras de grande porte o maquinário
traz ganhos financeiros enormes. Já para empresas de médio e pequeno porte o
maquinário exige maior tempo de retorno, pois 8136 m² é uma quantidade grande de
m² de reboco de paredes.
Continuando as etapas da reforma, posteriormente a implantação do reboco e
nivelamento da parede, foi então iniciada a etapa de implantação dos azulejos azuis
superiores à bancada da pia (Figura 38), de maneira a destacar-se do restante do
ambiente quebrando a distorção de cores do futuro armário suspenso creme com a cor
preta da pia.
Figura 38 – Azulejo da cozinha, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
As etapas seguintes foram (Quadro 14):
Quadro 14 – Etapas da Obra I
I Implantação dos azulejos creme no restante das paredes;
II Fixação da pia extensa;
III Acabamento dos azulejos;
IV Rebaixamento do teto com chapas de gesso;
V Acabamento das instalações elétricas nas paredes e no gesso;
VI Nivelamento do Gesso;
VII Rejuntes;
VIII Implantação do piso;
82
IX Fixação da marcenaria;
X Realocação de maquinários novos e seminovos;
XI Verificação da instalação de gás por um técnico registrado;
XII Limpeza.
(Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
Concluindo a Obra da maneira como consta na foto seguinte (Figura 39 e Figura 40).
Figura 39 e 40 – Cozinhas Reformada, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
Para comparar os dados de produtividade da maneira tradicional, manual, de
assentamento com a técnica de inovação de automação de Assentador de Argamassa
foram coletados dados no decorrer de uma reforma localizada no Centro do Rio de
Janeiro em um bloco comercial.
A reforma de modernização foi de um ambiente utilizado o modo comercial e
empresarial. Seus 80 m² se dividiam em uma sala de administração, dois banheiros,
um corredor e uma sala ampla utilizada para reuniões e aulas.
5.2 Assentadores de Argamassa
83
Com a meta de atingir o máximo de aproveitamento, o espaço foi subdividido de
acordo com o objetivo de utilização da respectiva empresa.
Os maiores problemas coletados foram trincas nas paredes, encanamentos antigos
que necessitavam trocas, ar condicionado com problemas na circulação interna do
edifício. Porém foram contratados apenas reformas mais visuais e de modernização
externas aos sistemas de água e esgoto.
Infelizmente o edifício não apresentava plantas estruturais, arquitetônicas, gás, água e
esgoto então foram coletados o maior número de dados possíveis via informações
informais.
Posteriormente a coleta de dados, foi então desenvolvida a planta arquitetônica de
modernização do ambiente. Resumidamente o ambiente foi subdividido em uma
recepção, sala administrativa, dois banheiros, sala de controle de som e
computadores, sala de aula e sala de reunião. Para alcançar esse objetivo foram feitos
os seguintes itens (Quadro 15):
Quadro 15 – Etapas da Obra II
I Nivelamento das paredes;
II Troca de pisos;
III Pintura das paredes;
IV Subdivisão de ambientes;
V Marcenaria;
VI Instalação de caixas de som embutidas;
VII Sistema computacional de projetores;
VIII Sistema de segurança;
IX Películas implantadas nos vidros das janelas;
X Instalações de novas tomadas e interruptores.
(Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018).
Mediante a etapa de subdivisão de ambientes, o contratante solicitou que a divisória
fosse feita de alvenaria tradicional, tijolos e concreto. Foram então coletados dados de
produtividade da velocidade de assentamento manual da argamassa perante o
levantamento da parede divisória da sala de controle de som e computadores com
sala de aula. Foi coletada então uma produtividade de 4 m lineares de aplicação de
argamassa a cada 30 min.
84
Assumindo que a carga horária de um trabalhador é de 8 horas por dia e que seu
rendimento é de 8 m de implantação de argamassa por hora e seu custo diário é de
R$130,00. Do mesmo modo que o Maquinário de Reboco tem um custo inicial médio
de R$300,00 e um rendimento de 16 m por hora, necessitando de um auxilio de um
trabalhador de custo R$130,00 por dia. Atribuindo que o maquinário trabalha apenas
8 horas por dia iremos calcular o tempo de retorno financeiro do maquinário com a
igualdade, assumindo um trabalho de 100% das 8 horas diárias (Imagem 41).
Equação II
Onde:
Imagem 41 – Retorno do investimento II.
85
Em outras palavras se o Maquinário de Assentador de Argamassa trabalhar 8 horas
diárias constantes, em aproximadamente em 2 d e 2 h já traz ganhos financeiros à
empresa que a empregou.
A conclusão é que em curto prazo para Construtoras de grande porte o maquinário
traz ganhos financeiros enormes. Tanto para uma empresa de médio e pequeno porte
o maquinário exige um pequeno tempo de retorno, pois 295 m é uma quantidade
pequena de massa de argamassa.
Após a etapa de levantamento da alvenaria, foram desenvolvidos os outros itens
anteriormente citados. Houve problemas apenas na instalação de caixas de som
embutidas, pois foram executados por empresas terceirizadas que não analisaram
previamente as plantas do local e executaram furos em locais que apresentavam
sistemas estruturais.
A obra de reforma teve uma duração de 4 meses e finalizada de acordo com o
cronograma e com as exigências do consumidor. Resultando então em uma nova
reforma na residência de um dos trabalhadores do local. Segue uma imagem do
resultado final da reforma (Figura 42).
Figura 42 – Instituto Brasileiro de Atuária, (Andrade Almeida Arquitetura e Design, 2018)
86
6 Considerações Finais
Não é segredo que a Indústria da Construção civil é muito resistente a mudanças. A
situação do mercado da Construção é alarmante pelo fato de ser um dos setores que
mais circulam investimentos e ao mesmo tempo apresenta a utilização de modos
tradicionais de trabalho. Foi um dos setores que apresenta um dos menores aumentos
de produtividade ao decorrer dos anos e das tecnologias desenvolvidas. Algo que não
é centralizado apenas no Brasil, mas sim em diversos locais pelo mundo todo. falta de
investimentos em todos os processos construtivos; falta de profissionais bem
treinados; séries perdas de produtividade; pouco esforço para mudar; falta de iniciativa
das empresas a ser a primogênita a implantar a mudança.
A Construção Civil necessita caminhar juntamente com as inovações do mercado para
tentar minimizar ao máximo seus tradicionais e conhecidos problemas de baixa
produtividade e rendimento. Esses problemas que afetam há muitas décadas e que
vem sendo minimizados, mas não solucionados da maneira mais produtiva.
A automação traz um aumento de eficiência e rendimento das horas de trabalho,
abrindo um mercado de trabalho novo para pessoas especializadas na fabricação,
manuseio e manutenção do maquinário. Podendo também resultar em ganhos em
reciclagem e maior aproveitamento do material utilizado ajudando então na
sustentabilidade do planeta.
De forma que a automação contribui para uma maior qualidade de vida no cotidiano
dos cidadãos, além gerar economia tanto de recurso como financeiro, portanto os
ganhos são ambientais, econômicos, bem-estar e saúde.
A automação residencial e de desenvolvimento das obras de Construção Civil estão
em grande crescimento. A necessidade de aumento de eficiência nas construções
está chegando a um ponto crítico que superarar o nível de receio de mudança que o
mercado apresenta. Visto que essas mudanças resultarão em maior conforto,
segurança, agilidade e uso racional dos recursos naturais.
Os custos iniciais elevados se dissolverão facilmente nos lucros maiores em médio
prazo. Pode-se também estudar interfaces cada vez mais simples para que o usuário
não tenha uma dificuldade em interpretar e usufruir destas tecnologias.
Pode-se dizer que quando esses tópicos de dificuldades de implantação forem
minimizados a utilização da automação residencial e comercial crescerá
exponencialmente até o comento que dominará o mercado. Apenas tem que se
87
trabalhar para desenvolver cultura de se pensar em automação quando for projetar e
construir, quanto mais houver procura, mas se evolui as pesquisas e mais acessíveis
financeiramente chegará ao mercado essas inovações.
O Brasil é um país que ainda está inseguro em inovações no cenário da Construção
Civil, muito por grande parte dos trabalhadores desta respectiva área não portarem um
nível de estudo admirável, dificultando então a implantação de qualquer novidade que
exija um conhecimento mais técnico e não apenas manual.
Um aumento básico de preparo nos trabalhadores da Construção Civil é mais que
necessário pelo menos próximo ao preparo obtido nos Estados Unidos da America,
pode aparentar uma perda de tempo inicial, porém o ganho no resultado final da Obra
é mais que significativo. “Investir agora para colher depois”
Investir na automação seria uma estratégia muito inteligente para melhorar a situação
econômica do nosso país, Brasil, não apenas na implantação, mas sim também no
desenvolvimento e manutenção. Correndo paralelamente o conjunto da automação e a
profissionalização da mão de obra, os resultados de eficiência são enaltecidos tanto
na quantificação de produção quanto no custo final de produção. A capacidade do ser
humano em se superar mais a cada dia deve ser prestigiada e valorizada, algo
ausente muitas vezes em nosso Brasil.
O principal resultado que temos desse trabalho é que a Construção Civil chegou a um
ponto critico que necessita de mudanças. As mudanças voltadas a automação tem
como beneficiários os clientes, construtores, empreiteira, fabricantes dos maquinários
de automações, investidores e trabalhadores qualificados. Além de trazer facilidades
que irão ajudar muito a população Brasileira que assumirá um envelhecimento muito
grande nas próximas décadas. Um resultado que vai de consonância com as
perspectivas iniciais do discente deste trabalho.
Infelizmente houveram limitações no estudo devido ao mercado Brasileiro da
Construção Civil estar retraído a alguns anos seguidos, impossibilitou a coleta de
dados práticos de inovações tecnológicas. A coleta de dados de formas tradicionais de
Construção Civil já foram difíceis de ser coletadas, pois dificilmente com essa crise
econômica mundial há qualquer construção sendo desenvolvida. A Construção Civil é
o primeiro setor a ser afetado e interrompido.
Uma crítica construtiva seria pelo fato da maioria das técnicas inovadoras citadas
serem mais aplicadas ao desenvolvimento de novas Construções e não aplicados
muito no setor de reformas, mais voltado à arquitetura. Seria desejável uma coleta de
88
dados práticos em um canteiro de obra do inicio da construção até o seu término ou
citações de novas técnicas de automação mais direcionadas a reformas.
Um estudo que seria muito interessante seria de coleta de dados de quantificação de
envolvidos no desenvolvimento das ações dessas novas atividades de automação.
Completando as lacunas em aberto deixadas por esse respectivo trabalho. Nesse
estudo foram possíveis apenas coleta de dados de formas tradicionais da Construção
Civil. Diante dos dados comparando a quantidade de pessoas envolvidas na maneira
retrograda de ação e na maneira automatizada, não apenas na atividade diretamente
mas sim desde a produção do maquinário envolvido, utilização do maquinário e
manutenção. Resultando em um a ideia prévia do assunto discutido da automação
poder comprometer o mercado de trabalho, diminuindo o número de vagas de trabalho
ou se essa argumentação pode ser considerada pífia.
89
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