195
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO C ENTRO DE CI�NC IAS JURÍDICAS E ECON6MICAS C O P P EAD - In st i tuto de Pós-Graduação e Pesquisa em Admini stração FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM EMPREENDIMENTOS DE FRANQUIA: UM ESTUDO DO SETOR DE VESTUÁRIO Valéria Marinho Freundt Orientador: Prof�. Ângela da Rocha Mest rado em Administração Rio de Janei ro 1997

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

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U NIVERSIDADE F ED ERAL DO RIO D E JANEIRO

C ENTRO DE C I �NC IAS JURÍDICAS E ECON6MICAS

COPPEAD - Inst ituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Admini stração

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM EMPREENDIMENTOS DE FRANQUIA:

UM ESTUDO DO SETOR DE VESTUÁRIO

Valéria Marinho Freundt

Orientador : Prof�. Ânge l a da Rocha

Mest rado em Admini stração

Rio de Janei ro

1 9 9 7

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ij

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM EMPREENDIMENTOS DE FRANQUIA:

UM ESTUDO DO SETOR DE VESTUÁRIO

VALÉRIA MARINHO FREUNDT

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO E

PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO, COPPEAD, COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO DO

GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.)

APROVADA POR:

PRESIDENTE

0L ��BETHLEM PROF. UFRJ - COPPEAD

FILHO UFRJ - FEA

Rio de Janeiro

1997

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Freundt, Valéria Marinho

Fatores crí ticos de sucesso em

empreendimentos de franquia: um

e s tudo do setor de Vestuário/Valéria

Marinho Freundt. Rio de Jane i ro:

COP PEAD , 1 9 9 7 .

xiv, 1 8 1 p . i l .

D i s s ertação - Univers idade Federal

do Rio de Janeiro, COPPEAD.

iH

l .Market ing 2 . Vare j o 3 . Franchising

4 . Tese (Mestrado COP PEAD/UFRJ) . r.

T í tulo

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iv

A C l ara e Luciano por todo apoio

que permi t iu este momento .

A Bernd , por tudo.

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v

AGRADECIMENTOS

Ao pro fessor , co-orientador e amigo Armando Ferreira

Leite , pela inestimável contribuição e incentivo para a

realização deste trabalho .

À pro fes sora Ângela da Rocha , pres idente da banc a , pelo

seu conhecimento , exemplo e experiênc ia .

Ao pro fes sor Agrícola Bethlem, membro da banc a , pela

sua contribuição sábia e experiente ao mestrado da COPPEAD.

Ao professor Getúlio Borges da Si lveira Filho , membro

da banca , pelas sugestões e recomendações recebidas .

A minha irmã Aracy Leal Marinho de Andrade pelo

inestimável apoio .

Aos amigos e companheiros de l inha de pesquisa Luiz

Af fonso Buzaglo Kaner e Márc ia Kelab Sigaud, pela amizade ,

incentivo e carinho durante a elaboração deste estudo .

A todas as empresas que responderam ao questionário da

pesquisa .

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vi

RESUMO DA TESE APRESENTADA AO COPPEAD/UFRJ COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CItNCIAS

(M.Sc. )

FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM EMPREENDIMENTOS DE FRANQUIA:

UM ESTUDO DO SETOR DE VESTUÁRIO

ORIENTADOR:

PROGRAMA:

VALÉRIA MARINHO FREUNDT

AGOSTO DE 1997

Prof·. Ângela da Rocha

Administração

Este es tudo procurou identi ficar as carac terís ticas

comuns às empresas de sucesso do setor de vestuário que

adotam o sis tema de franchising como forma de distribuição .

Através de um questionário es truturado , baseado no

modelo de Cadeia de Valores de Porter , foram pesquisados

oitenta e três atributos identi ficados na li teratura sobre o

franchising, como críticos ao sucesso de franquias . Foram

entrevistados os principais executivos de dezoito empresas

de destaque na adoção do sis tema de franchising, no Rio de

Janeiro e em São Paulo .

A partir da análise dos resul tados , foi poss ível

identi f icar sete atributos , dentre os oitenta e três

apresentados que , segundo os entrevistado s , são os mais

importantes para o sucesso de franquias . Estes atributos

são relativos à marca do negócio ; ao l ayou t da loj a ; a sua

l ocalização ; ao processo de seleção dos franqueados ; a sua

capacidade de operac ionalização das unidades franqueadas ; ao

treinamento dos franqueados ; e à supervi são dos mesmos .

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ABSTRACT OF THESIS PRESENTED TO COPPEAD/UFRJ AS PARTIAL

REQUIREMENTS FOR THE DEGREE OF MAS TER OF SCIENCES (M.Sc.)

CRITICAL SUCCESSFUL FACTORS IN FRANCHISING:

A STUDY ON CLOTHING SECTOR

CHAIRWOMAN:

DEPARTMENT:

VALtRIA MARINHO FREUNDT

AGOUST 1 9 9 7

Ângela da Rocha

Administration

This dissertation has the propose of identifying the

common characteristics of successful clothing franchise

business.

A questionnaire based on Porter' s Value Chain Model,

was used to evaluating eighty three attributes obtained from

franchise literature. In order to identify the common

characteristics of successful clothing franchise business,

eighteen thrived clothing companies chief executives were

interviewed.

Throughout the result analysis, those chief executives

indicated seven attributes among eighty three as the most

important to successful franchise business. The mentioned

attributes are related to the business' brandi store layout ;

store location; franchisee selection;

franchisee ability to manage one's

supervisiono

training process;

uni t and chain

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LISTA DE ABREVIATURAS

ABF

ABRAVEST

Acum.

Assin.

COPPEAD

Freq.

Grau de imp.

Menc.

Nat. resp.

Núm.

PEGN

Quant.

UFRJ

- Associação Brasileira de Franchising

- Associação Brasileira das Indústrias

de Vestuário

- Acumulado

- Assinalados

- Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa

em Administração

- Freqüência

Grau de Importância

- Mencionado (a)

- Natureza da resposta

- Número

- Pequenas Empresas Grandes Negócios

- Quantidade

- Universidade Federal do Rio de Janeiro

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LISTA DE QUADROS

1 . Criação de utilidade e preenchimento de gaps entre

pág.

produtores e consumidores 1 0

2 . Faturamento e Produção na Indústria de Vestuário 5 5

3 . Segmentos da amostra de Vestuário 6 3

4 . Perfil dos entrevistados 6 4

5 . Motivos que levaram à adoção do sistema de franquia 8 0

6 . Avaliação dos Pontos Fortes dos sistemas de

franquia dos entrevistados

7 . Avaliação dos Pontos Fracos dos sistemas de franquia

dos entrevistados

8 2

8 4

8 . Fatores críticos de sucesso segundo entrevistados 8 6

9 . Motivos para o fechamento de unidades franqueadas 8 8

10 . Motivos para a recompra de unidades franqueadas 8 9

1 1 . Respostas comuns: Pontos Fortes e Principais

Fatores de Sucesso

1 2 . Respostas comuns: Pontos Fracos e Motivos para

o fechamento de unidades franqueadas

1 3 . Atributos assinalados por, pelo menos,

treze respondentes

1 4 . Atributos mais importantes, cujas médias das

notas foram superiores a nove

15 . Atributos menos assinalados

1 6 . Média das notas atribuídas aos atributos menos

assinalados em ordem decrescente

17 . Atributos assinalados por mais de treze

entrevistados; Mais mencionados como pontos fortes,

Mais apontados como fatores críticos de sucesso e

com Grau de importância maior que nove

1 8 . Atributos mais importantes

9 0

9 1

9 4

9 7

100

102

1 0 4

1 0 5

íx

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LISTA DE FIGURAS

1 . Fluxo de Mercadorias

2 . Distribuição com e sem intermediário

3 . Estrutura de Canais de Distribuição para

bens de consumo, industriais e serviços

4 . Cadeia de Valores de Porter

5 . Cadeia de Valores de Porter - Relação das

atividades desempenhadas pelo franqueador

6 . Diagrama de Árvore - Metodologia de Ward

7 . Diagrama de Ward para atributos da pesquisa

8 . Diagrama de Ward para grupos de franquias de

Vestuário

pág.

7

8

1 5

6 6

6 8

75

1 0 8

117

x

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LISTA DE GRÁFICOS

pág.

1. Unidades franqueadas instaladas no mundo 3 8

2 . A evolução do sistema de franchising no Brasil 4 0

3 . Distribuição das franquias por ramo de atividade 4 2

4 . Porcentagem de franqueadores que cobram taxas 4 3

5 . Origem das franquias estrangeiras instaladas no

Brasil

6 . Segmentos de Vestuário - Importância relativa

em unidades próprias e franqueadas

4 4

5 8

xi

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xii

SUMÁRIO

Capítulo 1 Introdução

pág.

1 . 1

1 . 2

1 . 3

1 . 4

Relevância do Estudo

Objetivos do Estudo

Delimitação do Estudo

Organização do Estudo

Capítulo 2 Revisão de Literatura

2

3

4

4

2 . 1 Introdução 6

2 . 2 Canal de Distribuição 6

2 . 2 . 1 O Conceito de Canal de Distribuição 6

2 . 2 . 2 Agentes do Canal de Distribuição 7

2 . 3 O Conceito de Franchising 1 7

2 . 3 . 1 Participantes Envolvidos - Direitos e Deveres 1 9

2 . 3 . 2 Tipos de Franquias 2 6

2 . 3 . 3 Conflitos entre franqueado r e franqueado 3 3

2 . 3 . 4 Origem e Evolução do Franchising 3 6

2 . 3 . 5 O Franchising no Brasil 3 8

2 . 3 . 6 A Legislação Brasileira 4 5

2 . 3 . 7 Vantagens e Desvantagens do Franchising 4 7

2 . 3 . 8 Fatores Críticos de Sucesso 52

2 . 4 O setor de Vestuário 5 5

2 . 4 . 1 Franchising - O setor de Vestuário 5 6

Capítulo 3 Metodologia de Pesquisa

3 . 1

3 . 2

3 . 3

Introdução

Perguntas da Pesquisa

População e Amostra

6 0

6 0

6 1

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3 . 4 Metodologia

3 . 5 Coleta de dados

3 . 5 . 1 Trabalho de campo

3 . 6 Análise dos Dados

3 . 6 . 1 Análise de Cluster

3 . 7 Limitações do Estudo

Capítulo 4 Apresentação dos Resultados

4 . 1

4 . 2

4 . 3

Introdução

Resultados Perguntas abertas

Resultados - Perguntas fechadas

4 . 3 . 1 Atributos mais assinalados

4 . 3 . 2 Atributos menos assinalados

4 . 4

4 . 5

Atributos mais importantes

Fatores críticos de sucesso em franchising

4.5 . 1 Introdução

4 . 5 . 2 Grupos de Atributos - Análise de Clusters

6 4

70

7 1

7 2

7 2

76

7 8

7 9

9 2

9 3

1 0 0

1 0 3

1 0 6

1 0 6

1 0 6

4 . 6 Agrupamentos de franquias do setor de vestuário 1 1 6

CapítUlo 5 Resumo, Conclusões e Recomendações de Trabalhos

5 . 1

5 . 2

5 . 3

Resumo da tese

Conclusões

Recomendações de Trabalhos

Referências Bibliográficas

1 2 4

128

132

1 3 4

xiii

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Anexos

Anexo I Relação dos oitenta e três atributos

pesquisados

Anexo I I Questionário da tese

Anexo I I I Correspondência enviada às empresas da

amostra

Anexo IV Número de vezes que cada atributo foi

assinalado em ordem decrescente

Anexo V Média das notas dadas aos oitenta e três

atributos em ordem decrescente

xiv

pág.

1 4 4

1 4 8

1 7 3

1 7 4

1 7 8

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1

CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO

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2

1 . 1 RELEVÂNCIA DO ESTUDO

Nos últimos 1 0 anos, o sistema de franquia ou

franchísíng atingiu um crescimento surpree�dente tanto pelo

lado da oferta de novas opções de franquias, devido ao

aumento do número de empresas que passaram a adotar o

sistema, quanto pelo lado da demanda, pelo número crescente

de pequenos empresários que vêm optando por . este sistema.

Segundo artigo publicado na revista Veja1, em 19 92 , o

Brasil possuia 1 6 . 0 0 0 lojas. Em quatro anos, este número

saltou para 3 0 . 000 lojas. Em termos de marcas franqueadas,

houve um aumento de 4 7 0 para 900 empresas, colocando o

Brasil na terceira posição nesta modalidade,

Estados Unidos e Japão .

atrás dos

Considerando os levantamentos realizados anualmente

pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1 9 8 7 ,

quando o número de empresas que adotavam o sistema somava

1 0 1 , constata-se um crescimento de quase 800% no periodo

1 9 8 7 - 19 9 6 .

Esses dados indicam uma tendência de aumento da adoção

do sistema de franchísíng no Brasil, como mecanismo de

comercialização e instrumento para a ampliação de negócios

por empresas de prestação de serviços e fabricantes de bens

industriais.

'o SISlEMA que gera pall'Ões. Revista Veia. edição 1 .497, v.30, n. 30, p.l08-109, 28/05/ 1 997.

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3

1 . 2 OBJETIVOS DO ESTUDO

Apesar do surpreendente crescimento do setor de

franchising nos últimos 1 0 anos, também há casos de empresas

que abandonaram o s istema. Em 19 9 5 , por exemplo, oitenta e

três franquias desistiram de franquear seus negócios.

Percebe-se um contraste entre empresas que apresentam

elevadas taxas de crescimento e outras com desempenho

inferior, o que sugere a existência de fatores capazes de

influenciar o sucesso de empresas que adotam o sistema de

franchising.

O principal objetivo desta tese é contribuir para a

identificação das variáveis que são percebidas pelas

franquias de sucesso, como críticas ao desempenho superior

de seus negócios. O estudo restringe-se às franquias de

negócios que se enquadrem no conceito de Business Format

Franchisinç/ (MEILER, 1 9 9 2 , p. 84 ) ou franquias que s e

encontrem pelo menos, na terceira geração' (MAURO, 1 9 9 4 ,

p. 9 8 ) . A definição desses conceitos será apresentada

posteriormente.

Pretende-se também comparar as práticas das empresas

pesquisadas buscando identificar a existência ou não de um

padrão de atuação das franquias de sucesso.

Os resultados finais desta pesquisa deverão indicar os

fatores percebidos como determinantes do desempenho superior

de franquias de sucesso.

2"Business Formal Franchising, ou Franquia de Fonnato de Negócio. para se fazer uma tradução literal. é caracterizado por um profundo e contínuo relacionamento entre franqueador e franqueado. Este relacionamento abrange não somente o produto. o serviço e a marca, mas também toda a "formatação" do negócio - um plano estratégico de marketing, treinamento, manuais de operações e padrões. controle de qualidade e um profundo processo de comunicação em duas vias - do franqueador para o franqueado. e vice-versa.". ,,, A partir da terceira geração, o franqueador possui seu negócio formatado com manuais desenvolvidos para os franqueados."

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4

1 . 3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

Este es tudo faz parte da linha de pesquisa de

Franchísíng do Instituto de Pesquisa e Ensino em Pós­

Graduação em Administração de Empresas da Universidade

Federal do Rio de Janeiro ( COPPEAD/UFRJ ) , que vem

desenvolvendo trabalhos em distintos ramos e com obj etivos

semelhantes sobre o setor de franchísíng.

A pesquisa limitou-se a 18 empresas local izadas nas

cidades do Rio de Janeiro e São Paulo . Os resultados des te

es tudo es tão limitados ao ramo de vestuário, não sendo

recomendável generalizá- los para outros ramos do setor de

franchísíng.

1 . 4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O es tudo está organizado em 5 capítulos . No primeiro é

apresentada a j usti ficativa do estudo .

O segundo capítulo traz uma revisão de literatura sobre

canais de distribuição e franchísíng.

O capítulO seguinte trata da metodologia adotada no

estudo .

No quarto capí tulo são apresentados os resul tados da

pesquisa .

O último capítulo traz as conclusões do trabalho e

algumas sugestões para futuras pesquisas .

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5

CAPÍTULO 2 REVISÃO DE LITERATURA

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2 . 1 INTRODUÇÃO

O objetivo deste capítulo é revisar a literatura

especializada sobre canal.S 'de dis tribuição e franchising.

Inicialmente , será abordad"o o conceito de canais de

distribuição e , em seguida o�conceito de franchising.

2 . 2 CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

2 . 2 . 1 O CONCEITO DE CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

Canal de distribuição é o mecanismo através do qual os

produtos e serVl.ços são trans feridos dos fabricantes aos

consumidores finais . LEWIS ( 19 6 8 , p . 2 ) indica que " o

obj etivo de um canal de comerc ialização ou distribuição

( . . . ) é ligar o fabricante de um produto ao seu usuário

final " .

A trans ferência de produtos do fabricante ao consumidor

f inal implica, em alguns caso s , na adoção de intermediários .

A figura 1 i lustra um fluxo simpli ficado de transferênc ia de

bens do fabricante ao consumidor final .

Esse fluxo não necessariamente acontece fis icamente ,

ocorrendo , em alguns casos , apenas a transferência de

propriedade . Os componentes do fluxo dependem de algumas

variáveis , tais como a natureza do produto e carac terísticas

do consumidor final ( ROCHA e CHRISTENSEN, 1 9 87 , p . 1 54 ) .

Pos teriormente , serão apresentados os agentes que compõem

uma estrutura de canal de distribuição e os papéis por eles

desempenhados .

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7

Figura l - Fluxo de Mercadorias

Fluxo de Mercadorias

r-- :-:-

ç F o A

� I Agente I� N B � S R U I M

C � Atacadista � I A o N O T

� I Varejista I R E

� E

S S

-'--

Fonte: ROCHA, A . da & CHRISTENSEN, C . Marketing: Teoria e Prática no

Brasil. São Paulo: Ed . Atlas , 1987 , p. 154 .

2 . 2 . 2 AGENTES DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

Em alguns casos , a complexidade do processo que separa

a fabricação do consumo final de produtos/serviços torna

necessária a exis tênc ia de intermediários no processo de

di stribuição . Esses intermediários podem ser importantes

para a efic iência do processo de distribuição dos produtos

pois , devido a sua espec iali zação , são capazes de atingir

ganhos de escala e de aperfeiçoar o processo distributivo .

A figura 2 ilustra a simplificação que o intermediário

traz ao processo de distribuição frente à situações em que o

fabricante vende diretamente ao consumidor f inal .

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8

Figura 2 - Distribuição com e sem intermediário

Distribuição com intermediário

Fabricante 1 Fabricante 2 Fabricante 3 Fabricante 4

Intermediário

Cliente 1 Cliente 2 Cliente 3

Distribuição sem intermediário

Fab icante 1 Fabricante 2 Fabric nte 3

Fonte, ASSAEL, H . . Marketing PrincipIes I< Strategy. Orlando, Dryden , 19 9 3 , p . 4 5 9 .

ASSAEL ( 1 993 , p . 4 5 6 -4 5 7 ) classi fica os intermediários

em três categorias :

" ( . . . ) varej istas, que se dist inguem de outros

intermediários por venderem diretamente ao consumidor

final . Por esta razão , e s tes são utilizados

primordialmente por produtores de bens de consumo e não

por fabricantes de bens industriais . ( . . . ) Atacadistas

( também considerados distribuidores quando vendem bens

industriais sem adquirir a propriedade dos mesmos )

compram e revendem mercadorias tanto a outros

atacadistas quanto a varej i s tas . Ao contrário dos

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9

atacadis tas de bens de consumo, os distribuidores

vendem, muitas ve zes , diretamente ao consumidor f inal .

( . . . ) A terceira categoria de intermediários , agentes e

representantes , diferem-se dos demais pelo fato de não

assumirem a propriedade dos produtos que c omercializam .

( . . . ) agentes dis tinguem-se dos representantes por

atuarem como uma extensão da organização de marketing

do fabricante . "

STERN e EL-ANSARY ( 1 9 7 7 , p . 4 ) classificam quatro

utilidades geradas pelos intermediários do canal de

distribuição : de forma , temp o , lugar e posse . Essas

util idades estão ilus tradas no quadro 1, que apresenta

algumas modalidades de serviços pres tados pelos

intermediários .

Essas utilidades podem ser desempenhadas por qualquer

partic ipante do processo de di stribuição, seja o fabricante ,

atacadista ou loj as de varej o . Em seguida , serão

apresentadas algumas funções reali zadas pelos diversos

intermediários .

Dentre as funções desempenhadas pelo intermediário

atacadista no processo distributivo, algumas das mais

importantes de acordo com STERN, EL-ANSARY e BROWN ( 1 9 8 9 ,

p . 9 8 ) são :

• armazenagem;

• assunção dos riscos e custos de armazenagem;

• f inanciamento dos estoques do fabricantes;

• negoc iação com fabricantes ;

• propriedade ; e

• processamento de pedidos para di stintos fabricantes .

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10

Quadro 1 Criação de utilidade e preenchimento de gaps entre produtores e consumidores

UTILIDADE DÉ UTILIDADE DE UTILIDADE DE UTILIDADE DE POSSE FORMA TEMPO LUGAR

GAP de GAP de tempo GAP espac ial GAP de quantidade· conhecimento

quebra em armaz enagem transporte promoção ou pequenos l ote.s disseminação de

informações

armazenagem estoques manuseio de feedback ou coleta materiais de informações

embalagem f inanciamento entrega

t omada de pedidos

expedição

GAP de GAP de propriedade sort imento

acúmulo de c ompra e venda sortimento

c lassif icação créditos

c obrança

c ontas a receber

passagem de t i tularidade de serviços

Font e : HARDY, K. G. e MAGRATH, L J. Marketing Channels Management -

Strategic Planning and Tatics. Glenview, 111: Scott Foresman, 198 8 , p .S .

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1 1

o intermediário varejista é responsável pelas

atividades relativas à venda de bens ou serviços diretamente

ao consumidor final.

KOTLER (1993, p. 618-625) classifica os varej istas em

três grupos:

1.lojas de Varejo, representadas pqr lojas de departamentos;

butiques de roupas; lanchonetes; lojas de serviços;

agências de viagem; lojas

conveniência; supermercados;

de descontos;

hipermercados;

lojas

lojas

de

de

fabricantes; lojas especializadas como lojas de tênis ou

de roupas para gordos; showrooms de mala direta; onde o

consumidor escolhe o produto que deseja adquirir e efetua

seu pedido de compra; e catalog showrooms; lojas onde os

produtos são expostos através de catálogos;

2.varejo sem-loja, modalidade na qual o consumidor adquire o

produto ou serviço sem ter que deslocar-se a uma loja.

Alguns exemplos de compras no varejo sem-loja são as

vendas efetuadas através de reuniões domésticas ou de

porta em porta, como no caso da Avon; vendas através de

vending machines e vendas eletrônicas, através da

televisão ou telefone; e

3.organizações de varejo,

varejistas como:

i) redes corporativas,

que consistem em grupos de

formadas por duas ou mais

empresas de propriedade comum que vendem grandes

volumes de mercadorias, integrando, em alguns casos,

atividades de atacado e varejo;

ii) cooperativas de varejo, que consistem na criação de

um grupo de lojas independentes que estabelecem uma

"Central de Compras" e compartilham esforços

promocionais;

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12

iii) rede voluntária, caracterizada pela criação de um

grupo de loj as varej istas independentes, patrocinadas

por um atacadista;

iv) cooperativas de consumidores, formadas por um grúpo

de consumidores que contribuem com capital próprio para

a abertura de um estabelecimento comunitário, c�ja

administração é feita por seus próprios criadores. " As

razões para sua criação são insatisfações com a

qualidade ou preço de produtos ou serviços oferecidos à

comunidade;

v) conglomerado de comercialização, formado por vários

tipos de varejo sob propriedade central, havendo uma

integração das funções de administração e

distribuição; e

vi) organização de franqueados, correspondente ao

sistema de franchising. Consiste na associação

comercial entre um franqueador (fabricante, atacadista

ou organização de prestação de serviços) e um

franqueado (pessoa independente que adquire o direito

de comercializar o produto ou serviço do franqueador).

Em alguns

intermediários.

situações:

casos recomenda-se a adoção de

FERREIRA (1995, p.127) aponta as seguintes

• existência de uma base de clientes muito espalhada, com

compras unitárias pequenas e necessidade de entrega

imediata;

• venda unitária é pequena, mas está associada à compra de

outros produtos que podem ser vendidos juntos;

• empresa não precisa de um vendedor técnico, mas deve estar

sempre próxima ao seu cliente; e

• produto está tendo sua aceitação crescente no mercado.

Produtos novos devem ser primeiro vendidos pela força de

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\3

vendas da empresa; só depois de serem aceitos pelo

mercado, é que podem ser dirigidos a outros canais de

distribuição.

Há situações em que o fabricante opta por vender

diretamente ao consumidor final. Essa opção de venda direta

oferece algumas vantagens para o fabricante, tais como:

• maior cobertura de mercado quando a força de vendas tem

uma grande base;

• controle mais rigoroso sobre as funções de distribuição;

• mais habilidade para satisfazer as necessidades dos seus

clientes, já que há uma comunicação direta entre estes e o

fabricante; e

• estabelecimento de relação mais próxima com o cliente

final.

Apesar da venda direta apresentar algumas vantagens,

esta decisão, de maneira geral,

grande volume.

exige investimentos de

ASSAEL (1993, p. 461-462) identifica quatro tipos de

venda direta:

l.venda a domicílio, quando os vendedores vão aos

compradores, como no caso das empresas Avon e Natura;

2. 10jas próprias, como a Singer que comercializa suas

máquinas através de lojas próprias;

3. pedidos por telefone, como o Grupo Imagem, que oferta seus

produtos na TV. Neste exemplo, o pedido de compra é feito

por telefone e a cobrança é efetuada através de débito no

cartão de crédito do cliente; e

4. compra por catálogo, que permi te ao consumidor fazer sua

escolha através de catálogos.

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Mais recentemente, a Internet tem se mostrado um

importante canal para a venda direta sem intermediários.

De maneira geral, a venda direta é adotada por

fabricantes de produtos industriais, cuja variedade de

compradores é pequena, dispensando a adoção de

intermediários. Nesse caso, os compradores, por sua vez,

preferem adquirir produtos diretamente do fabricante, devido

à complexidade tecnológica e ao alto preço destes produtos.

o processo decisório de compra de um bem industrial

também é mais demorado do que no caso de bens de consumo.

Por isso, neste caso, é mais apropriada a adoção de venda

direta através de,

fabricante.

por exemplo, vendedores do próprio

Segundo ASSAEL (1993, p.463-467) a natureza do produto

comercializado: bem de consumo, industrial ou serviço,

implica em estruturas de canais de distribuição distintas,

como pode ser observado na figura 3.

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15

Figura 3 - Estrutura de Canais de Distribuição para bens de consumo, industriais e serviços

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

Fabricante

: Canais de Distribuição Bens de Consumo

MarJ<eting Direto

--- Agentes ou brokers

Atacadistas

Agentes ou --- Atacadistas brokers

Canais de Distribuição Bens Industriais

Marketing Direto

Varejistas �

Varejistas �

Varejistas �

Varejistas �

Distribuidores �

Agentes ----------------------�

Agentes ___________ Distribuidores �

Canais de Distribuição Serviços

Provedor do _____ _ Marketing Direto --------------I.� Serviço

Provedor do Serviço

Provedor do Serviço

Agentes ---------------------�

Varejistas �

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Clientes

Fonte : ASSAEL, H. 1993, p.463-467.

Marketing Principles e Strategy. Orlando : Dryden ,

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16

Além da natureza do produto comercializado, outros

fatores podem influir na extensão da estrutura do canal de

distribuição. SEMENIK e BAMOSSY ( 1993, p. 563) indicam

quatro fatores determinantes do número de níveis do canal:

l. características do mercado;

2. características do produto;

3. características da empresa fabricante; e

4. características dos intermediários.

Em termos de características do mercado, quando o

número de clientes potenciais é pequeno, o canal tende a ser

curto e se este for grande, maior deverá ser a quantidade de

níveis. No que tange à concentração geográfica, quanto mais

concentrado um mercado, tanto menor a quantidade de níveis

do canal.

Em relação às

complexo for um

características do produto, quanto mais

produto, tanto maior a necessidade de

treinamento e assistência técnica e, conseqüentemente, mais

curto o canal. Por outro lado, um produto simples pode

utilizar um canal com diversos intermediários.

No caso de produtos padronizados, a distribuição pode

ser feita num canal mais longo e produtos customizados

requerem um contato mais próximo entre o consumidor e o

fabricante.

o volume de venda também influencia os níveis do canal.

Grandes transações costumam ter um canal mais curto do que

no caso de pequenos volumes de venda.

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No que tange às características da empresa fabricante,

quando esta dispõe de mui tos recursos financeiros, pode se

valer de um canal mais curto do que empresas com poucos

recursos. Uma orientação para exercer forte controle sobre

o canal bem como a existência de uma força de vendas tendem

a encurtar o canal.

Em termos de características dos intermediários, quanto

maior a qualidade dos serviços prestados pelos

intermediários, mais curto pode ser o canal. A extensão do

canal será tanto maior, quanto mais intermediários estiverem

disponíveis e maior a diversidade de funções por eles

desempenhadas ao longo do sistema distributivo.

Concluído

próximo item

franchising,

o tópico sobre

deste capítulo

cobrindo suas

Canal de

abordará

Distribuição,

o sistema

o

de

características, agentes,

histórico e fatores críticos de sucesso de um negócio que

adota o sistema.

2 . 3 O CONCEITO DE FRANCHISING

O franchising é uma alternativa de canal de

distribuição baseada na formação de uma parceria entre um

franqueador, detentor de uma marca, de um negócio e do know­

how necessário à sua operacionalização, e de outro lado, um

empresário que distribui produtos e/ou serviços do primeiro

e paga pelo uso da marca e da transferência do know-how.

O termo franchise traduz o direito que alguém adquire

de fazer algo por autorização de outrem. No que tange ao

sistema, designa o direito outorgado pelo franqueador ao

franqueado, podendo ser adotado também para indicar o

estabelecimento que é operado pelo franqueado ou o sistema

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de forma especifica. Por ser mais comum a utilização do

termo franchising do que franchise, este estudo utilizará o

primeiro.

Existem diferentes definições por parte de instituições

nacionais e estrangeiras para o franchising, a seguir serão

International apresentadas algumas. Segundo a lFA

Franchise Association - o sistema é:

" . . . uma relação

franqueado, na

contratual entre o

qual o franqueador

franqueador e

é obrigado

o

a

manter um

franqueado,

interesse continuo

concernente a áreas

no negócio do

como know-how e

treinamento, na qual o franqueado opera sob um nome

comercial comum de acordo com o "formato" ou padrão

estabelecido,

o franqueado

recursos, em

p. 80-81) .

controlado pelo franqueador, e na qual

faz o investimento substancial de

seu próprio negócio. " (MEILER, 1992,

De acordo com a FFF - Federação Francesa de Franchise:

"o franchising é um sistema de colaboração entre

franqueado e franqueador, implicando para este:

l) posse do nome de uma empresa, uma marca comercial,

lojas e símbolos, uma marca de fabricação, vendas ou

serviço, bem como know-how colocado à disposição das

empresas franqueadas;

2) um conjunto de produtos e/ou serviços fornecidos

de uma maneira específica e original, e administrado

compulsória e inteiramente de acordo com técnicas de

vendas uniformes, previamente testadas e que são

constantemente revisadas e modernizadas" (MEILER,

1992, p.80-8l) .

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No Brasil, o art. 2° da Lei número 8. 995, de 15 de

dezembro de 1994, estabelece que o franchising é:

'�um sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado

o direito de uso de marca ou patente, associado ao

direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de

produtos ou serviços e, eventualmente, também ao

direito de uso de tecnologia de implantação e

administração

desenvolvidos

de

ou

negócios ou

detidos pelo

sistema operacional

franqueador, mediante

remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto,

fique caracterizado vínculo empregatício. "

Em seguida serão apresentados os direitos e os deveres

dos participantes do sistema de franchising.

2. 3. 1 PARTICIPANTES ENVOLVIDOS - DIREITOS E DEVERES

De acordo com HACKETT (1977, p. 3), um dos fatores

críticos de sucesso do franchising é "a ênfase em um

relacionamento contínuo entre o franqueado e o franqueador" .

Esta relação entre o franqueador, proprietário de uma marca

e da tecnologia de operação de uma empresa, e o franqueado

baseia-se na transferência do direito de aplicação do

sistema desenvolvido pelo franqueador ao franqueado. Ambos

são essenciais ao sucesso da franquia, havendo grande

dependência entre as partes. Cada qual tem

responsabilidades e direitos sobre o parceiro. JUSTIS e

JUDD (1989, p. 6) definem o papel do franqueado r no sistema

de franchising:

"O proprietário, seja ele produtor ou distribuidor de

um serviço ou produto, que possua uma marca registrada,

concede direitos exclusivos a um indivíduo ou pessoa

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jurídica para distribuir/vender numa área determinada

um serviço ou produto específico, exigindo em troca um

pagamento, além de uma conformidade aos padrões por ele

propostos" .

o franqueado, empresário que opta por montar seu

próprio negócio através do· sistema de franquia, paga pelo

direito de utilização da . marca, de comercialização dos

produtos e/ou serviços desenvolvidos pelo franqueador, pela

transferência do know-how do negócio e outros serviços

prestados.

MENDELSOHN (1994, p. 7 ) define que o know-how

transferido pelo franqueador abrange:

\\ ( . . . o merchandising que se aplica ao negócio em

questão, a aplicação dos princípios de administração

empresarial apropriados à natureza e ao tipo de

negócio, os métodos operacionais, os procedimentos

contábeis, os padrões operacionais,

sistemas, métodos e, em alguns casos,

secretas e confidenciais do franqueador. "

bem como os

as fórmulas

o mesmo autor destaca a importância do treinamento para

a operaciona1ização da rede de franqueados.

Além da transferência de know-how, o franqueador também

possui outras responsabilidades:

" o franqueador deve fornecer ao franqueado

suporte e serviços centralizados como propaganda,

formação de preços, estoques e controle de

qualidade. " DAVIS (1987, p.187) .

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21

Para obter os direitos mencionados anteriormente, o

franqueado deve submeter-se às restrições estabelecidas pelo

franqueador, sendo necessária a obediência ao ' padrão do

negócio. Dentre as principais obrigações do franqueado,

algumas das mais importantes são (ABRÂo, 1984, p.18-20) :

• uso da marca, título do estabelecimento, insígnias, cores,

fórmulas, métodos de fabricação, pUblicidade e

comercialização segundo os termos e condições fixados pelo

franqueador;

• instalação de elementos, mobiliário, máquinas e

equipamentos e contratação de funcionários de acordo com

as especificações estabelecidas pelo franqueador;

• instalação e utilização no estabelecimento apenas dos

elementos, móveis, cores, máquinas, e acessórios que se

ajustarem às especificações designadas ou aprovadas por

escrito pelo franqueador;

• uso do local unicamente para

atividade prevista no contrato;

o desenvolvimento da

• pagamento ao franqueado r pelo direito de entrada e de um

percentual sobre o volume de negócios efetuados que varia

de 2 a 14%, dependendo dos serviços proporcionados, tais

como contas de computador, registro de marca, propaganda,

pesquisa de produtos e orientação gerencial;

• aquisição junto ao franqueador ou a terceiros dos

ingredientes e materiais que constituem parte ou todo dos

produtos a serem fabricados, vendidos ou consumidos no

estabelecimento franqueado;

• manutenção de níveis de estoque suficientes para a

operação do negócio;

• visitas periódicas de representantes do franqueador para

inspeção do estabelecimento, produtos e artigos, gêneros e

métodos de fabricação e comercialização para realização de

testes e entrevistas com o franqueado e seus empregados; e

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• findo o contrato, suspensão imediata do uso das marcas,

rótulos e símbolos concernentes ao franqueador, cessão e

venda de seus produtos e efetuação das providências

necessárias à eliminação do nome do franqueador do seu

estabelecimento.

o franqueador, por outro lado, além da transferência do

know-how, deve garantir o funcionamento do negócio do

franqueado, dando-lhe treinamento e o suporte necessário

(MENDELSOHN, 1994, p. 7) .

A transferência de tecnologia no franchising é cobrada

através de taxas. Ao se tornar um franqueado de determinado

negócio, é necessário o pagamento de uma taxa inicial ou

taxa de franquia para iniciar a operação da unidade

franqueada. Na maior parte dos casos, essa taxa é cobrada

para pagar despesas pertinentes à abertura da nova unidade

franqueada, tais como projeto arquitetônico, decoração e

treinamento.

De acordo com STERN, ANSARY e BROWN (1989, p. 289) , esta

taxa inicial varia, nos Estados Unidos, de US$l mil a US$100

mil, com a moda entre US$10 mil e US$25 mil. Segundo os

mesmos autores, essa taxa tende a aumentar à medida que o

negócio passe a ser mais bem-sucedido, o que pode ser

atribuído, dentre outros fatores, a uma valorização no valor

da marca.

Segundo a Associação Brasileira de Franchising4, em

1995, 81% das franquias brasileiras cobravam taxas de

franquia, contra 71% do ano anterior. Também em 1995, a

moda desta taxa oscilou entre US$15 e US$25 mil, variando de

US$ 500 até US$ 60 mil.

4 PEGN. Guia do franchising: 683 Oportunidades de Investimento. V. 8, n. 90-A, Julho11996, p.30-150.

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23

Além dessa taxa, algumas franquias cobram mensalmente

royalties calculados sobre as compras realizadas pelo

franqueado ou com base no seu faturamento. Segundo STERN,

ANSARY e BROWN (1989, p. 289) , a maior fatia dos lucros de

uma empresa franqueadora bem estruturada provém desta taxa,

que corresponde a aproximadamente 5% da receita dos

franqueados. Os mesmos autores citam outras maneiras de

cobrar royalties, além do estabelecimento de um percentual

sobre as vendas. Algumas cadeias de motéis nos Estados

Unidos, por exemplo, fazem a cobrança com base na ocupação

de quartos; e há franquias de limpeza de automóvel que

cobram por veículo lavado.

Outra fonte de renda para a franquia é a venda de

produtos.

fornecendo

acabados.

Alguns

aos

franqueadores

franqueados

atuam como atacadistas;

matéria-prima e produtos

É o caso da Coca-Cola que fornece para a sua rede

o xarope para o preparo do refrigerante.

Alguns

leasing de

franqueadores cobram também taxas de aluguel e

equipamentos, do ponto, móveis e utensílios

utilizados em loj as. O McDonald' s, por exemplo, possui

quase a totalidade dos seus restaurantes espalhados no mundo

e cobra dos seus franqueados o uso do ponto (STERN, ANSARY e

BROWN, 1989, p. 286) .

O franqueado também pode ter que pagar pelo uso da

marca através de uma taxa de licenciamento. Esta se aplica,

principalmente, às franquias industriais. Nelas um

fabricante local é licenciado para usar os processos ou

patentes particulares.

Vale ressaltar a diferença entre o conceito de

licenciamento, ou licensing, e o franchising. No primeiro,

o detentor de uma marca autoriza que o licenciado produza

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e/ou comercialize um bem ou serviço, em seu nome, mas sem

requerer a mesma estruturação e a rigidez impostas pelo

franchising a'os seus franqueados. Além disso, o licensing

não implica em que a empresa que concede a licença tenha que

dar o mesmo tipo de suporte dado pelo franqueador ao

franqueado. Por outro lado, a empresa licenciadora não pode

interferir na criação do produto que leve sua marca ou

controlar Os canais de distribuição dos produtos

licenciados.

Outra taxa eventualmente cobrada pelo franqueador é a

taxa de gerenciamento, correspondente ao pagamento de

serviços de consultoria fornecidos pelo franqueador na forma

de relatório e treinamento.

Taxas de compras e de serviços também podem ser

cobradas juntamente com os royalties, sendo bem menos comuns

que a taxa de franquia e os royalties. A primeira

corresponde a um percentual sobre as compras realizadas pelo

franqueado. A outra cobre os serviços que eventualmente

sejam prestados pelo franqueador, tais como logística.

De acordo com MAURO ( 19 9 4 , p . 132), os serviços que

podem ser cobrados pelos franqueadores aos franqueados são:

• análise e seleção do ponto comercial;

• projeto arquitetônico;

• suporte pré-operacional;

• treinamento operacional;

• assistência em publicidade;

• suporte na gestão de franquia;

• centralização das compras; e

• supervisão de operações.

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Na maior parte das empresas de franquia, é solicitada

também uma taxa de propaganda, na forma de um percentual

sobre vendas. Esta não representa uma fonte de remuneração

do franqueado, pois é revertida para a manutenção de um

Fundo Cooperativo de Propaganda e Marketing da rede (STERN,

ANSARY e BROWN, 1989, p.289). Via de regra, a comunicação a

nível nacional é paga através desse fundo. Os gastos com

mídia nacional são destinados geralmente a campanhas de

imagem institucional da marca ou para lançamento de novos

produtos.

Além desse fundo, os franqueados costumam ter autonomia

para desenvolver mídias alternativas, mas há casos em que

esta prática é proibida. As propagandas e promoções locais

de iniciativa do franqueado devem, no entanto, passar pelo

crivo do franqueador, mantendo-se dentro de um padrão de

comunicação estabelecido. MENDELSOHN (1994, p.134-135)

destaca a importância do controle pelo franqueador das ações

de propaganda e promoção realizadas pela rede.

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2.3.2 TIPOS DE FRANQUIAS

Há diferentes classificações para o franchising, de

acordo com o tipo de negócio, o nível dos serviços presta�os

e outras características. MAURO (1994, p. 9l-l02) classifica

negócios de franquias em seis distintas categorias, 'de

acordo com:

l. tipo de participante do canal;

2. natureza do negócio;

3. tipo de ponto comercial;

4. natureza dos serviços prestados pelo franqueador à rede

franqueada;

5.processo de expansão da rede; e

6.tipo de remuneração recebida pelo franqueador.

No primeiro caso de segmentação (com base no tipo de

participante do canal) , consideram-se duas situações: a

franquia de Distribuição de Produtos, quando o objetivo é

criar um canal exclusivo de produtos, e a de Prestação de

Serviços, em que o franqueado r desenvolve um determinado

tipo de serviço - como limpeza ou conserto - e distribui o

mesmo através do franchising.

Na classificação segundo a Natureza do Negócio, o autor

considera que as franquias podem ser agrupadas em 5

segmentos, de acordo com:

l. serviços cujo público-alvo são pessoas jurídicas;

2. serviços voltados para pessoas físicas;

3.serviços de alimentação;

4. varejo; e

5. indústria.

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Outra categoria de classificação

franchising considera o tipo de ponto

enfoque, as franquias dividem-se em:

27

de um negócio de

comercial. Neste

• franquia individual, em que o ponto comercial é escolhido

especificamente para aquela franquia;

• franquia combinada, em que duas franquias distintas

dividem o mesmo ponto e pertencem ao mesmo franqueado. Um

exemplo é representado pelo trabalho conjunto das redes

Wendy's (restaurante) com a Baskin Robin's (sorvetes) , nos

Estados Unidos. Outro caso, também nos EUA, são os

displays Dunkin'Donuts em lojas 7-Eleven;

• franquia de conversão, ocorre quando um empresário

converte seu negócio independente para padrões de uma

determinada franquia. Um exemplo são as lojas Jack in the

Box que se converteram em Bob's. Esta estratégia é

vantajosa para o franqueador, que aproveita o ponto

comercial e a experiência empresarial do franqueado.

Este, por outro lado, valoriza seu ponto, tem seus

investimentos reduzidos e pode obter maior rentabilidade;

• franquia shop in shop, quando uma loja mantém seu negócio

inicial, incorporando uma franquia em algum corner,

ampliando o aproveitamento do seu ponto comercial. Isto

pode ser feito por magazines ou lojas pequenas, como

papelarias que acrescentam uma franquia de correio a seu

negócio. No Brasil,

balas Sweet Sweet,

alimentação; e

isto já acontece com a franquia de

que vem sendo adotada em lojas de

• franquia de miniunidades, uma derivação da franquia

individual, ocorre quando o franqueador diminui a sua

linha de produtos ou elimina qualquer processamento local,

reduzindo assim a área necessária para a operação da

unidade. Alguns exemplos são representados por pequenas

lojas, quiosques ou carrinhos.

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A classificação de acordo com a Natureza dos Serviços

prestados pelo franqueador à rede franqueada é a mais comum

na literatura sobre franchising, sendo adotada por outros

autores, como CHERTO (1988, p. 3-4), MENDELSOHN (1994) e

MAURO (1994, p. 96-99) . Segundo esta abordagem, os dois

primeiros autores indicam a existência de três gerações de

franquias. Já MAURO, identifica além destas mais duas

gerações. As cinco gerações serão apresentadas a seguir.

A primeira Geração de franquia é caracterizada pelo

fornecimento de um mínimo de serviços à

-se mui tas vezes à franquia da marca.

rede, restringindo

Este modelo foi

precursor do franchising e nele o franqueado recebe

mais liberdade

menos

suporte operacional, mas possui para

administrar seu negócio.

Essa situação oferece mais riscos para ambas as partes.

O nível de profissionalização é inferior ao das demais

gerações e dificilmente chega a haver um contrato de

franquia regulando os direitos e as obrigações do

franqueador e do franqueado.

Na Segunda Geração, já ocorre transferência de

tecnologia do franqueador para o franqueado, mas ainda há

pouca interferência por parte do primeiro e poucos serviços

são prestados à rede.

O franqueador atua no desenvolvimento e na padronização

da unidade-padrão e no sistema operacional, investindo na

formatação do sistema de franchising. Entretanto, geralmente

não se adota uma unidade-piloto para avaliação e

aprimoramento do sistema. Além disso, também inexiste uma

estrutura interna para administrar a rede de

Neste caso, o franqueado tem um alto grau de

franqueados.

liberdade e

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29

arca com maior risco. Nesse nivel do sistema, a maioria dos

franqueadores não adota contratos de franquia ou manuais de

formatação do sistema e de orientação do franqueado.

A partir das "franquias de Terceira Geração pode-se

considerar a existência de um Business Fonnat Franchising,

quando o franqueador começa a oferecer alguns serviços, tais

como treinamento pré.-operacional, assistência na escolha do

ponto

etapa,

e supervisão, suporte e controle da

o franqueado r adota pelo menos uma

rede. Nesta

unidade-piloto

para testar seu negócio.

Nas franquias dessa geração, percebe-se maior

profissionalização do sistema, exigindo-se a assinatura de

um Contrato de Franquia e a redução no nivel de liberdade do

franqueado. Esta perda de liberdade garante a formatação do

negócio e a obediência aos padrões estabelecidos.

Entretanto, há casos de concessão de algum grau de liberdade

ao franqueado, até para a criação de novos produtos.

o McDonald's, por exemplo, adotou o Big Mac a partir de

uma sugestão de um franqueado que inventou o sanduiche que

viria a se tornar o mais vendido por esta empresa em todo o

mundo. A Pizza Hut também permite que

escolham fornecedores de seus produtos,

seus franqueados

com exceção das

matérias-primas que considera criticas à preparação da pizza

(MENDELSHON, 1994, p. 280) .

As franquias de

ampliação dos serviços

Alguns exemplos são:

Quarta Geração

prestados pelo

caracterizam-se pela

franqueador à rede.

"-reciclagem do treinamento inicial pelo menos

uma vez por ano;

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30

-reuniões regionais e anuais dos franqueados, com

relatórios de avaliação individual;

-canal de comunicação aberto com a rede para

sugestões e reclamações;

-jornal interno e telefone gratuito (0800) para

comunicação com a rede; e

-captação de pontos comerciais

franqueados. " (MAURO, 1994, p. 98) . "

para os

De acordo com o mesmo autor, as

Geração diferenciam-se das demais

seguintes serviços:

franquias de Quinta

por agregarem os

"-desenvolver Conselho de Administração de

Franqueados com poder de influência nas decisões

da empresa;

-criar cargo de ombudsman interno que procure

alertar o franqueador quanto a desvios internos;

-desenvolver interna e externamente condições de

financiamento da inversão inicial ou expansão do

franqueado; e

-criar sistema de recompra ou revenda de

unidades-problema. "

Uma característica comum às franquias de Quarta e

Quinta Gerações é o franqueado r manter unidades próprias que

garantam seu contato com o mercado. Quanto a isso, STERN,

ANSARY e BROWN (1989, p. 287-288) identificam as seguintes

vantagens para o franqueador e para a rede:

• as unidades próprias servem de modelo para a rede,

servindo de laboratório para a avaliação de qualquer

mudança no sistema;

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3 1

• logo ap6s a adoção do sistema, estas unidades possibilitam

a aceleração do desenvolvimento da rede;

• as unidades próprias são lucrativas; e

• servem de termômetro para a identificação de necessidade

de mudanças.

A próxima forma de classificação das franquias proposta

por MAURO (1994, p. 99) é baseada no grau de controle

desej ado pelo franqueador sobre o franqueado, através do

processo de expansão da rede.

Um exemplo é a franquia de territ6rio, na qual o

franqueador concede ao franqueado a propriedade das unidades

franqueadas criadas em seu territ6rio. A Pizza Hut atua

desta forma no mercado brasileiro, tendo dividido o país em

quatorze territórios (MENDELSHON, 1994, p. 279)

Há também a Franquia Master ou Master Franchising, em

que o franqueado pode franquear unidades regionais ou

individuais. Neste caso, o franqueado possui o direito de

franquear o territ6rio sob sua responsabilidade.

O franqueado r tem menor controle sobre o mas ter­

franqueado do que sobre a franquia de território.

Esse tipo de franquia possui um alto grau de risco,

pois o sucesso do negócio depende da capacidade do mas ter­

franqueado de escolher os franqueados de determinado

territ6rio. Um ponto crítico para o sucesso do neg6cio é

que o mas ter-franqueado absorva e compreenda bem o conceito

do neg6cio e esteja apto a repassá-lo aos seus franqueados.

A mas ter-franquia

expansões internacionais,

normalmente é

tornando mais

utilizada para

fácil e menos

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custosa a entrada em novos mercados. As

32

franquias

americanas McDonald's e Pizza Inn atuam desta maneira.

Finalmente, há três modalidades de franquias no

segmento classificado pelo tipo de remuneração recebida pelo

franqueador :

l. franquia de distribuição - o franqueador é remunerado pelo

que fornece e, geralmente, não cobra taxa de franquia ou

royalties;

2 . f ranquia pura - o franqueador é remunerado pela taxa de

franquia e por royalti es; e

3. franquia mista - o franqueador cobra a taxa de franquia e

os royalties e também pelo f ornecimento de produtos.

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33

2. 3. 3 CONFLITOS ENTRE FRANQUEADOR E FRANQUEADO

o fluxo contínuo de informações, pedidos, mercadorias e

pagam�ntos e prestação dos mais diversos serviços ao longo

do canal requer cooperação entre os diversos participantes

do canal. Um dos grandes desafios do franchising, como em

outros sistemas de distribuição, é garantir essa cooperação

entre , os participantes.

Os conflitos têm duas naturezas: horizontal e vertical

(KOTLER, 1 993, p. 615) . O conflito horizontal ocorre entre

empresas no mesmo nível, como franqueados que reclamam de

outros franqueados que, mesmo tendo desempenho inferior ao

seu, recebem o mesmo tratamento; ou concessionários que

reclamam de políticas de preço agressivas praticadas por

outros concessionários.

O caso de conflito vertical é mais comum e refere-se a

conflitos de interesse entre componentes do canal em

diferentes níveis. A Coca-Cola entrou em conflito com seus

engarrafadores norte-americanos, por estes terem concordado

em engarrafar o refrigerante Dr. Pepper, marca concorrente.

As situações de distribuição com sistema misto (como em

algumas empresas de franquia) , em que são adotados canais

próprios e de terceiros, apesar de trazerem vantagens em

termos de controle e retorno, são mais sujeitas a conflitos.

GATTORNA (1977, p. 499) identifica as seguintes fontes

de conflito:

• comunicação deficiente na estrutura do sistema de

distribuição e no processo decisório;

• manipulação de membros do canal por outros membros;

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34

• inovações tecnológicas que enfrentem barreiras a sua

adoção;

• não aceitação de uma mudança na relação de poder por

participantes do canal;

• dificuldade de se chegar a um acordo quanto ao processo de

passagem de u m produto de um membro do canal para outro

componente;

• diferenças na " filosofia" : do negócio entre os membros; e

• alinhamentos entre as empresas que compõem a estrutura de

distribuição.

A fonte dos conflitos no canal reside, segundo TAKEUCHI

(1987, p. 11) , nos seguintes paradoxos:

• os participantes do sistema são entidades independentes

mas que, para desempenharem seus papéis, dependem uns dos

outros;

• ausência de regras formais sobre o comportamento de cada

membro e ao fato do sucesso da cadeia composta por estes

depender de que cada um se comporte como é esperado pelos

demais;

• cada componente do canal continua movido por seus próprios

interesses, apesar da ligação entre eles; e

• devido à inexistência de alianças formais entre os membros

do sistema, estes recorrem a uma cadeia informal de

relação de autoridade e comunicação.

Segundo ROSEMBLOOM (1987, p. 8), os efeitos de conflitos

no canal acarretam uma série de problema: ausência de

cooperação; concorrência entre membros, quando um passa a

desempenhar funções de outro membro; não fornecimento de

informações ; e em última instância, a existência de membros

orientados para o conflito, que deixam de desempenhar bem

suas funções e acabam por afetar o processo de distribuição.

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35

o franchising é um sistema que estabelece objetivamente

a relação, as obrigações e os deveres dos membros que

compõem o sistema. Entretanto, isso não é suficiente para

que não haja conflitos, pois franqueados e franqueadores têm

expectativas próprias e visões do negócio que · nem sempre

convergem. Ao contrário de uma empresa, onde a relação

hierárquica garante que a opinião de seu superior predomine

sobre a de seu subordinado, no franchising os agentes são

empresários e a existência de um contrato não é suficiente

para evitar o conflito. KOSTECKA (1988, p. 7l) propõe que

para garantir um relacionamento estável no longo prazo seja

estabelecido um programa com o seguinte conteúdo:

• declaração escrita das expectativas mútuas;

• comunicação clara, freqüente e informativa;

• modos de proceder mutuamente aceitáveis, postos em vigor

de modo justo e consistente;

• padrões de desempenho objetivos para ambas as partes; e

• mecanismo para permitir as queixas, fazer as mudanças e

resolver as divergências.·

Infelizmente, não há uma fórmula ideal para

conflitos. Entretanto, deve-se ter em mente os

nocivos que os conflitos podem causar sobre

parceria, inclusive no sistema de franchising.

reduzir

efeitos

qualquer

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36

2. 3.4 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO FRANCHISING

O sistema de franchising como forma de comercialização

de serviços e produtos industriais tem origem no século

passado. A primeira empresa a adotá-lo foi a Singer Sewing

Machine Company, que, em 1851, criou uma rede de

revendedores que pagavam pelo direito de distribuir seus

produtos em determinadas áreas dos Estados Unidos (MEILER,

1989, p.80) . A taxa não era fixa e permitia que seus

revendedores tivessem o direito de utilizar e vender com

exclusividade as Singer ' s Straight Needle Perpendicular

Action Sewing Machines (DICKE, 1992, p. 35).

Sua estratégia para ampliar a participação no mercado

foi baseada no estabelecimento de alguns padrões e na

concessão do direito de uso da marca Singer aos revendedores

independentes, tornando-se a precursora na comercialização

de um produto padronizado.

Décadas depois foi a vez da General Motors e da Coca-

Cola que, em 1898 e 1899, respectivamente,

sistema para a distribuição de seus produtos.

adotaram o

N o início do século XX , o sistema começou a ser

ampliado para novos ramos. Além das concessionárias de

automóveis e engarrafadoras de refrigerantes, surgem redes

franqueadas de supermercados: Piggly Wiggly, em 1917, e, a

Hertz Rent-a-Car, em 1921. Também na década de 20, cria-se

a primeira cadeia de fast-food dentro do conceito, a A . &

W. Root Beer . Nos anos 30 é a vez das companhias de

petróleo. Em 1955, surge o primeiro restaurante que se

tornaria uma das mais representativas empresas a adotar o

sistema de franchising: o McDonald ' s (KIYOHARA, 1980, p. 3-

7) •

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37

o grande salto do sistema ocorreu no pós-Segunda Grande

Guerra, quando ex-combatentes desprovidos de recursos

financeiros suficientes para montar seu próprio negócio

recorreram ao franchising. Segundo CRUZ (1993, p.6) , várias

empresas fizeram uso do sistema para aproveitar a força de

trabalho que regressou da guerra sem ocupação e despreparada

para exercer uma atividade comercial, mas ávida por

recomeçar e ter seu próprio negócio. De acordo com SUZUKI

(1994, p.38) :

" . . . até a década de 50, o franchising unia geralmente

fabricantes

direito de

definida,

e varejistas, consistindo basicamente no

vender o produto ou serviço em uma área

em troca da promessa . da promoção e

comercialização do produto de uma maneira específica."

Atualmente, o sistema abrange uma área maior, incluindo

não só fabricantes e varejistas, mas também fornecedores de

matérias-primas e serviços. Além disso, ao longo de sua

existência, o sistema vem sendo aplicado em outros ramos de

atuação e hoje é adotado por empresas das mais diversas

áreas de negócios: desde a venda de automóveis, cursos de

línguas e cadeias de fast-food até empresas de limpeza de

escritórios.

o franchising foi rompendo fronteiras e hoje está

presente em quase todo o mundo. Os Estados Unidos, país

onde surgiu o sistema, desponta no mercado mundial como o

líder em número de franquias, seguido pelo Japão e pelo

Brasil. O gráfico 1 ilustra o ranking mundial do setor em

número de unidades instaladas.

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38

Gráfico 1 - Unidades franqueadas instaladas no mundo

Franq uias no M u ndo - 1 993

200 180 160 1 40

OI 1 20 " " -.. = 1 00 " E 'E - 80 :>

60 40 20

o « :J w

o 1ã B. i!! .l'! oi oi '[ I'! <: f;l lij � "ê oi '" I'! oi -, a. E u. � 0

W " «

Pa(ses

Fonte : KANITZ S . , o Brasil que dá certo: O novo ciclo de crescimento

1994/2005 . São Paulo : Makron Books , 19 9 4 , p. 7 0 .

o desenvolvimento do sistema de franchising no Brasil e

a participação dos diversos ramos de atividades neste

sistema serão apresentados a seguir.

2. 3.5 O FRANCHISING NO BRASIL

Segundo FARIAS (1991, p. 7), a adoção do sistema de

franchising no Brasil é recente, tendo sido iniciada em 1963

pela Escola de Línguas Yázigi . Essa empresa optou pelo

sistema a fim de solucionar problemas de administração de

suas filiais. Na década de 70, algumas empresas como

Babylândia (1973), Amor Perfeito (1974) e Hobjeto (1977)

recorreram ao sistema para expandir seus negócios.

Apenas na década de 80 o negócio de franchising começa

a destacar-se, notadamente nos ramos de alimentação/ fast-

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39

food e vestuário. O McDonald 's se estabeleceu no Brasil em

1979, mas durante oito anos dedicou- se à busca de

fornecedores que correspondessem ao seu padrão de qualidade,

à montagem de lojas próprias e à formação de executivos,

considerados fatores críticos de 'sucesso do negócio, a fim

de preparar-se para dar o suporte necessário à sua rede de

franquias. Apenas em 1987, essa empresa deu início

propriamente à operação de franchising .

A crise do período 1981- 1983, caracterizada por

desemprego, achatamento de salários e insegurança dos

assalariados, propiciou o surgimento de empreendedores

dispostos a ter seus próprios negócios, dando grande impulso

ao sistema.

Na segunda metade da década de 80, a euforia trazida

pelo Plano Cruzado tornou real o projeto desses

empreendedores dispostos a se tornarem micros e pequenos

empresários. Esse quadro permitiu o grande boom do

franchising, como pode ser observado no gráfico 2 sobre a

evolução do sistema no período 1985-1996 . A taxa média de

crescimento anual das unidades franqueadas ao longo desse

período foi de 25%.

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40

Gráfico 2 - A evolução do sistema de franchising no Brasil

Evolução do sistema - Unidades franqueadas e próprias

30000 30000

25000

20000

15000

1 0000

5000

o 1 985 1986 1 987 1988 1989 1990 1991 1 992 1 993 1994 1995 1996

Fonte : Guia 1 9 9 6 . PEGN . São Paulo : Editora Globo, n" 9 0 , p. 6 , julho / 1 9 9 6 . o s i stema que gera patrões. Revista Vej a , edição 1 . 497 , v. 3 D , n . 3 0 , p . 1 0 8 , 2 8 / 0 5 / 1 997 .

No periodo 1992-1994, O setor de franchising apresentou

um crescimento médio anual de 20% no seu faturamento.

No mesmo periodo,

incluindo o franchising

a receita auferida no setor,

de marcas, representado por

distribuidores de bebidas e veiculos foi de US$38, 1, US$43, 1

1994, o montante e US$55 bilhões, respectivamente. Em

faturado no setor correspondeu a 12% do PIB brasileiro

(Brazilian Franchise, 1995, p. 11) . Este desempenho foi

possivel graças à profissionalização do setor, à abertura de

linhas de crédito especiais por parte de alguns bancos e à

diversificação de empresas que recorreram ao sistema para

ampliar seus negócios, além da disponibilidade de pequenos

empresários dispostos a adotarem franquias.

Em 1995, passada a euforia do plano Real e após as

medidas de contenção do consumo, houve uma desaceleração no

crescimento das unidades franqueadas e no número de

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41

franqueadores (PEGN, julho/96, p. 5-7 ) . Algumas redes até

suspenderam seus planos de expansão e preferiram concentrar

esforços na redução de custos e preços ao consumidor.

o ramo de vestuário foi um dos mais atingidos neste

período. Das 154 franquias existentes em 1994, restaram 112

em dezembro de 1995. Em termos de unidades, houve urna

redução de 26% no número de lojas, passando de 3. 870, em

1994, para 2. 804 no ano seguinte.

Analisando o sistema, com base na evolução de empresas

franqueadoras, em 1980 havia apenas dezesseis franquias;

seis anos mais tarde, esse número estava próximo de cem e,

em 1995, já havia 724 empresas (Guia do Franchising 1995,

PEGN, ju1ho/1996, p. 5).

Em 1995, os setores mais representativos foram

alimentação e vestuário. Juntos, s dois ramos representaram

quase 40% do total de franquias, contra cerca de 47% no ano

anterior, corno pode ser observado no gráfico da próxima

página.

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42

Gráfico 3 - Distribuição das franquias por ramo de atividade

Distribuição das franquias por ramo de atividade

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

1 0%

0'%. 1991 1 992 1 993 1 994 1 995

mOlversos

11 Lazer, Turismo e Hotelaria

IlIEsporte. Saúde e Beleza

.Educação e Treinamento

mOecoração, utilidades e construção

IJPerfumarla e Cosmáticos

.Vestuário

IlIAnmentação

Fonte : Edição Especial de Franchising. PEGN. São paulo : Editora Globo , p . 5 , Dezembro/ 19 9 4 . Guia do Franchi sing 1 9 9 5 PEGN. São Paulo : Editora Globo , p. 9 , j Ulho / 1 9 9 5 . Guia do Franchising 1 9 9 6 . PEGN. São Paulo : Editora Globo , p . 7 , j ulho / 19 9 6 .

o franchising vem mostrando, nos últimos anos, sinais

de amadurecimento. Um deles é o aumento no número de

franquias que cobram taxas de franquia, publicidade,

royalties, serviços e compras. o gráfico 4 aponta os

percentuais de franqueadores que, em 1994 e 1995, cobraram

taxas de sua rede de franqueados. o percentual de

franqueados que passou a cobrar taxas de franquia e de

publicidade, aumentou de 71% para 81% e de 61% para 69%,

respectivamente. Este fato indica uma profissionalização do

setor, com um número cada vez maior de franquias

formalizando o relacionamento com sua rede de franqueados e

dando-lhes maior suporte na operação de seus negócios.

Outro dado indicativo do amadurecimento do setor é o aumento

da participação de empresas formatadas, que alcançou, em

1995, 78% do total de empresas de franquia.

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Gráfico 4 - Porcentagem de franqueadores que cobram taxas

"

8 0

7 0

' o

. 0

. .

3 0

2 0

1 0

o

P o r c e n t a g e m d e f r a n q u e a d o r e s q u e c o b r a m

T a x a de Franquia

. 9 4 9 5

Public i d a d e A o y a lli8s S e rv l y o a C o m p r a 0

Fonte:Guia Franchis ing 1 9 9 6 . PEGN . São Paulo : Editora Globo , p . 14 , julho / 1 9 9 6 .

43

Apesar da onda de globalização, a participação de

franquias estrangeiras vem se mantendo estável nos últimos

cinco anos. Segundo levantamento da Associação Brasileira

de Franchising5, 12% das franquias instaladas no Brasil em

1 9 9 4 eram de origem estrangeira, sendo a maioria norte-

americana (63%) . o perfil das franquias estrangeiras pode

ser observado no gráfico seguinte.

S Brazi l ian Franchise . Associ ação Bras ileira de Franchising , n . 1 . p . 1 5-1 8 , Apri l 1995.

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44

Gráfico 5 - Origem das franquias estrangeiras instaladas no Brasil

Origem das franquias estrangeiras no Brasil .

70%

6O"k

50%

40%

30%

20%

10%

0% ...: B.

ai l' l'! .. ..

::::l � .� -E w � ." a ;; I!! c " .. w c. E u. '" '« 2' w " ...: ;;:

Fonte : Braz i lian Franchis e . Associação Bras i l eira de Franchising, n . l , p . 17 , Apri l 1 9 9 5 .

Os ramos de atividade com maior quantidade de empresas

estrangeiras são os de alimentação, educação e treinamento e

vestuário. No primeiro, encontram-se 22% do total de

empresas estrangeiras. Os demais setores de atividade

concentram, respectivamente, 15% e 11% das franquias

internacionais.

Mesmo timidamente, algumas franquias brasileiras

iniciaram o processo de internacionalização dos seus

negócios. De acordo com a publicação Brazilian Franchise

(1995, p. 23 l , em 1994, dezoito marcas brasileiras operavam

no exterior, 80% das quais na América Latina. Seis eram do

ramo de educação e treinamento e o restante dos mais

diversos ramos de atividade: perfumaria e cosméticos,

vestuário, alimentação e outros.

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45

No ano seguinte, o Brasil ocupava ainda a 12° posição

no ranking mundial de países exportadores de franquias· com

dezenove empresas, atrás dos EUA, líder em

internacionalização com 400 franquias instaladas em outros

países, seguido da França (150), I nglaterra (99), México

(75) e Áustria (57) .

2. 3.6 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Desde fins de 1994, o franchising adquiriu, no Brasil,

um novo status legal com a promulgação da lei nO 8. 955, que

regulamenta o contrato de franquia empresarial ( franchising)

e estabelece os direitos e deveres das partes envolvidas:

franqueador e franqueado.

Essa lei estabelece como requisito para a validação do

contrato de franquia que o franqueador entregue ao

franqueado uma Circular de Oferta de Franquia com pelo menos

10 dias de antecedência à assinatura do contrato ou pré-

contrato de franquia. Caso contrário, o franqueado pode

solicitar a anulação do contrato e a devolução de pagamentos

feitos a título de filiação e royalties.

Segue abaixo a transcrição de alguns itens que devem

ser contemplados nessa circular :

• balanços e demonstrações financeiras do

referentes aos últimos dois exercícios;

franqueador,

• especificações quanto ao total estimado do investimento

necessário para o início do negócio;

• valor da taxa de .filiação ou taxa de franquia e de caução;

, O BRASIL precisa se preparar para exponar. CHERTO. Marcelo. Folha de São Paulo. São Paulo. 4/03/1996, Caderno de Negócios. p.2-5.

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46

• total de investimento necessário à operacionalização do

negócio;

• valor estimado das instalações, equipamentos e estoque

inicial e suas condições de pagamento;

• informações claras quanto às taxas periódicas e outros

valores a serem pagos pelo franqueador ao franqueado ou a

terceiros por este indicados, detalhando as respectivas

bases de cálculo e o que remuneram ou o fim a que se

destinam, indicando especificamente o seguinte:

i) remuneração periódica pelo uso do sistema, da marca ou

em troca dos serviços efetivamente prestados pelo

franqueador ou franqueado ( ro yalties) ;

ii) aluguel de equipamentos ou ponto comercial;

iii) seguro mínimo; e

iv) taxa de publicidade ou semelhante .

• em relação ao território, deve ser especificado se é

fornecida exclusividade em determinado território ou se há

possibilidade de o franqueador realizar vendas, prestar

serviços fora de seu território ou realizar exportações; e

• indicação do que efetivamente é fornecido pelo franqueador

ao franqueado, no que tange à supervisão de rede, serviços

de treinamento do franqueado e seus funcionários, manuais

de franquia, auxílio na análise e escolha do ponto onde

será instalada a franquia e layout e padrões

arquitetônicos nas instalações do franqueado.

Segundo PORTER e RENFORTH (1978, p. 27-31) alguns

exemplos de problemas legais nos contratos de franchising,

são relativos a:

1.despesas com pUblicidade;

2. falta de inspeção/avaliação pelo avaliador;

3 . estabelecimento de critérios mínimos de desempenho;

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4. pagamento dos royalties;

5. cobrança de taxas sobre

franqueador; e

serviços

6. d�finição de limites territoriais.

47

oferecidos pelo

Além de reduzir os conflitos entre franqueadores e

franqueados através do estabelecimento de regras legais ao

setor, a promulgação desta lei corroborou para a

profissionalização e amadurecimento do sistema no Brasil,

concedendo mais segurança para os interesses do franqueador

e do franqueado. Reduziu-se também a possibilidade de

empresas utilizarem o nome do sistema para "vender" suas

pseudo-franquias a incautos. Isto beneficiou a imagem do

sistema e dos que recorrem a ele para a ampliação de seus

negócios .

2. 3. 7 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO FRANCHISING

A adoção do sistema de franchising traz vantagens e

desvantagens

franqueado.

tanto para

PARA O FRANQUEADOR

o franqueador quanto para o

TAKEUCHI (1987, p. 5) identifica os seguintes fatores

corno vantajosos para o franqueador:

• possibilidade de exercer controle sobre as decisões de

marketing de seus negócios;

• ganhos de escala associados à educação e à atividades

promocionais; e

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48

• possibilidade de expansão de seu negócio com investimento

e esforço de terceiros, através de sua rede de

franqueados.

MENDELSHON (1993, p.14) destaca outros pontos positivos

para o franqueador:

• fortalecimento da marca; ·

• maior motivação por parte dos franqueados; e

• possibilidade de obtenção de lucros com menor risco de

capital, já que a organização do franqueador pode ser mais

compacta.

Além dessas, STERN, ANSARY e BROWN (1989, p . 291-292)

identificam outras vantagens:

• possibilidade de maior poder de barganha Junto a

fornecedores; e

• distribuição do risco de investimento em P&D, Propaganda e

outros.

LEITE (1990, p. 45) acrescenta ainda a vantagem da

possibilidade do franqueador escolher através de critérios

rigorosos de seleção bons parceiros de negócios.

Na literatura sobre o assunto encontram-se como

desvantagens para o franqueador:

• possibilidade de não exercer controle absoluto sobre sua

rede (CHERTO, HACKETT, e MENDELSHON, apud ANDRADE, 1993,

P .15) já que esta é composta por empresários com vontade

própria e expectativas que não são integralmente

reguladas;

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• menor lucratividade, mesmo que

investimento possa ser bom (CHERTO,

apud. ANDRADE, 1993, p. 15) ;

49

o retorno sobre o

HACKETT e MENDELSOHN,

• o poder que o franqueado possui sobre o franqueador. No

caso dos mas ter franqueados ou franqueados que possuam

muitas unidades, o poder do franqueado pode ser grande o

suficiente para ameaçar o franqueador. Um exemplo recente

foi a decisão da Pena Branca , franqueada do :Pi zza Hu t no

Rio de Janeiro, de fechar todas as suas unidades;

• periodicidade do contrato tende a ser longa (STERN, ANSARY

e BROWN, 1989, p.292) ; e

• aumento das despesas com supervisão, à medida em que a

rede de franqueados é ampliada, pois o franqueador deve

garantir o controle sobre sua rede e a obediência ao

padrão do negócio (LEI TE, 1990, p.48) .

Outra fonte de dificuldades para o franqueador são

ações movidas por franqueados. Em alguns casos, a origem

das divergências que geram essas ações reside na existência

de uma distribuição

franqueador concorrem

dupla,

com a

em

rede

que lojas próprias do

franqueada. TAKEUCHI

(1987, p. 6-7) alerta para o risco de haver uma concorrência

desleal, quando lojas próprias. levam vantagem sobre a rede

de franquias na entrega de produtos e na política de preços.

PARA O FRANQUEADO

Segundo TAKEUCHI (1987, p.5) , as vantagens para o

franqueado são:

• beneficiar-se

conhecida;

da abertura de negócio com marca já

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• ter seu próprio negócio, sem necessariamente possuir uma

experiência prévia ;

• receber treinamento para obtenção das qualificações

necessárias a um empresário; e

• suporte contínuo para o desenvolvimento de novos produtos,

atividades promocionais e gerenciamento operacional.

CHERTO, MENDELSOHN e PETERSON e DANT (apud ANDRADE,

1993, p.16) citam ainda como vantagens para o franqueado:

• ter acesso a um negócio formatado, que já passou pela fase

de estabelecimento;

• redução do risco, frente à abertura de um negócio

independente, em conseqüência das vantagens do sistema;

• suporte técnico e organizacional para entrar em uma

atividade que pode não ser plenamente conhecida;

• treinamento de pessoal; e

• suporte para a abertura do negócio.

Apesar da taxa de crescimento do franchising e das

vantagens indicadas anteriormente, o sistema também

apresenta problemas. Uma das principais preocupações dos

franqueados, de acordo com TAKEUCHI (1987, p. 6) , é a

vulnerabilidade destes à decisão do franqueador manter ou

não seu negócio.

Outras desvantagens enfrentadas pelo franqueado são' :

• dependência para tomada de decisões ;

• necessidade de obediência às normas e procedimentos

exigidos;

7 Vantagens e Desvantagens do Franchising . Folha de São Paulo. São Paulo: Caderno de Negócios, p. 3, 21/1 1/93.

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5 1

• sucesso do negócio depende da boa estruturação e

administração da rede e do negócio franqueado;

• custos fixos que devem ser arcados para auferir o direito

de utilização da marca e comercialização dos produtos ou

serviços do franqueador;

• dependência da aprovação do franqueador para a venda da

franquia; e

• limitação de escolha de fornecedores, podendo dificultar a

obtenção de maiores margens.

Concluída esta parte da revisão de literatura sobre o

franchising, passaremos aos fatores críticos de sucesso.

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52

2 . 3 . 8 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO

As de'finições de uma f ranquia j á explicitam como a boa

estruturaç�o do negócio é essencial ao sucesso de uma

empresa de franchising. De acordo com SHERMAN ( 1 9 9 1 , p. 5-

7 ) , alguns componentes críticos ao sucesso de um

empreendimento de f ranquia são:

• a adoção de uma unidade piloto que passe por um teste, a

partir do qual sejam feitos ajustes que tornem sua

operação bem-sucedida para servir de parâmetro à rede;

• uma equipe formada por profissionais que conheçam não

apenas as peculiaridades do setor em que atuam, mas também

os aspectos legais e de gestão do franchi sing como um

método de expansão do negócio;

• nível de capitalização suficiente para suportar as

primeiras unidades franqueadas no início da operação;

• identidade da marca única e protegida através de registros

federal e estaduais , bem como, a uniformidade do layout,

da comunicação e da imagem global;

• métodos de operação e administração testados que possam

ser incluídos em manuais de operação de fácil compreensão

e difíceis de serem copiados pela concorrência;

• programas de treinamento para os franqueados, no período

de lançamento da unidade f ranqueada, e ao longo de todo o

período de sua operação;

• uma equipe de supervisão de campo que visite

periodicamente os franqueados a fim de assisti-los e de

monitorá-los quanto à obediência aos padrões de qualidade

estabelecidos;

• documentos legais de fácil compreensão , que traduzam as

estratégias de negócíos da empresa e suas pOlíticas

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53

operacionais, para serem distribuídos aos candidatos a

franqueados, conforme a legislação que regule o setor;

• haver comprovação de demanda ' de mercado pelos produtos

e/ou serviços prestados pe+o franqueador, que devem

atender a um nível mínimo de qualidade e serem pouco

sujeitos à mudanças rápidas nas preferências do

consumidor. Devem ser conduzidas pesquisas de mercado que

indiquem as tendências do setor em termos de mudanças nos

hábitos e preferências do consumidor e na concorrência

direta ou indireta;

• definição de critérios de seleção de pontos onde serão

instaladas as unidades franqueadas e padrões

arquitetônicos compatíveis com as melhores localizações;

• avaliação da concorrência para a venda de produtos,

serviços e da franquia;

• busca de bom relacionamento com fornecedores,

financiadores e todos os demais agentes pertinentes à

operação da franquia;

• processo de seleção de franqueados capaz de identificar os

candidatos mais qualificados a assumirem uma unidade;

• sistema de relatórios e registros que reflitam o

desempenho do franqueado e garantam o pagamento dos

roya l ties equivalentes;

• capacidade de desenvolvimento contínuo de produtos e

serviços;

• sistema de comunicação que facilite o diálogo contínuo

entre franqueado r e franqueado, evitando a ocorrência de

conflitos; e

• programa de propaganda e relações públicas em âmbitos

locais, regionais e nacionais, buscando atingir tanto

candidatos à franquia quanto consumidores finais.

MEILER (1992, p. 176-178) aponta estudos conduzidos nos

Estados Unidos que indicam que os fracassos do franchising

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54

podem ser divididos

causas genéricas ,

enquanto a segunda

franchi sing.

em duas categorias.

comuns a qualquer

A primeira teria

tipo de negócio,

seria causada por aspectos ligados ao

Na primeira categoria, o estudo identificou as

seguintes causas:

• falta de capacitação gerencial para negócios;

• falta de capital suficiente para manter o negócio operando

até que se inicie o seu retorno;

• mudança das necessidades e desejos dos consumidores;

• ausência de " garra" por parte do franqueado;

• marketing insuficiente ou inadequado; e

• intensificação da concorrência, resultando na saturação do

mercado.

No que concerne ao segundo grupo de fracassos

(relacionados

natureza do

franqueado:

ao franchising) ,

negócio e ao

as causas são

relacionamento

relativas à

franqueador-

• competição dentro do próprio sistema, canibalizando as

vendas;

• apoio inadequado ou insuficiente do franqueador para o

franqueado;

• inadequação do franqueado, em função de seus atributos

pessoais; e

• conflitos entre franqueador e franqueado.

A maioria das causas de fracasso de uma franquia

apontados nesse estudo podem ser evitadas através de uma boa

estruturação do negócio.

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2. 4 O SETOR DE VESTUÁRIO

Nos anos que antecederam o Plano Real e mesmo logo após

sua implantação, o setor de vestuário era considerado um dos

vilões da inflação. No entanto, a abertura da economia e a

conseqüente intensificação da concorrência vêm pressionando

o setor a ser mais competitivo, buscando a redução de custos

e adoção de preços menores. Os números de faturamento e

produção apresentados no quadro a seguir indicam as mudanças

sofridas pelo setor.

Quadro 2 - Faturamento e Produção na Indústria de Vestuário Ano 1994 1 9 9 5 1 9 9 6

Faturamento

(US $ bi) 27 23, 4 21, 1

Produção

(bi de peças) 3, 7 4, 13 -

Fonte : Associação Brasileira de Ves tuário (ABRAVEST)

Estima-se que o faturamento do setor, em 1 997,

mantenha-se no mesmo patamar do ano anterior, garantindo ao

Brasil a oitava posição no ranking mundial do vestuário

(PEGN, j unho/97 , p.72) .

A maior parte das vendas do setor é feita através de

lojas multimarcas, nas quais o controle do fabricante ou

detentor da marca quanto à programação visual,

merchandising, promoção e outros aspectos relacionados à

venda de seus produtos é inferior ao de uma franquia. As

franquias de roupas representam 5% do volume de vendas do

setor (PEGN, junho/97, p.71) .

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56

Nos últimos anos, algumas empresas de vestuário vêm

adotando um novo canal de vendas para o escoamento de sua

produção: as loj as de fábricas. Inicialmente, essas eram

instaladas em galpões e vendiam apenas peças encalhadas ou

com defeito, mas hoje já foram transferidas para pontos mais

sofisticados em shoppings de desconto e oferecem produtos de

qualidade idêntica à encontrada em lojas multimarcas.

De acordo com Roberto Chadad, presidente da ABRAVEST

(Associação Brasileira de Vestuário) , entidade que reúne as

empresas de vestuário, este canal já responde pelo

escoamento de 20% da produção de roupas no Brasil (Folha de

São Paulo, Caderno Dinheiro, p. 2, 22/01/1996) .

2.4. 1. FRANCHISING - SETOR DE VESTUÁRIO

O setor de Vestuário foi um dos precursores da adoção

do sistema de franchising. No entanto, ao longo da década

de 90, ele vem reduzindo sua participação no conjunto de

franquias. Em 1989 (PEGN/ABF, junho/90), vestuário (ramos

de confecções e calçados) respondia por 34% do total de

empresas de franquia, seguido pelo ramo de alimentação com

16% de importância relativa. No ano seguinte, vestuário

representou 30% (PEGN/ABF, j unho/91) e, em 1995, teve sua

participação reduzida para 15%, ocupando a terceira posição

no ranking de franquias, com 112 empresas (PEGN/ABF,

julho/96) . Esta mudança explica-se tanto pelo surgimento de

novos setores que passaram a recorrer ao sistema quanto pela

ascensão de outros já existentes (Alimentação e Perfumaria e

Cosméticos) .

Apesar de ser um dos ramos mais antigos a recorrer ao

sistema de franchising, em 1995, pouco mais de 30% das

franquias de vestuário existentes haviam iniciado operações

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57

de franchi sing há mais de sete anos. Por outro lado, 40%

das empresas haviam adotado o sistema há menos de três anos

e 60% há menos dé cinco anos (PEGN/ABF, julho/96 ) .

Consi derando-se o tamanho da rede, em 1993, o setor de

vestuário contava com 2. 7 12 unidades próprias e franqueadas,

ocupando a terceira posição no total de unidades. No ano

seguinte, vestuá�io foi o segundo maior, com 387 0 unidades,

representando um aumento de 42% (PEGN/ABF, julho/95, p. 1 2 ) .

Em 1995, este número foi reduzido em 26%, passando para

2. 804 (PEGN/ABF, julho/96, p. 7 ) . Este movimento ocorreu

devido, sobretudo, à adoção de medidas de redução da

estrutura de custo, em detrimento da expansão da rede.

Em 1993, o número médio de unidades próprias e

franqueadas por franquia era de vinte, passando para vinte e

cinco nos anos de 1994 e 1995, abaixo da média do setor de

franchising, que, no período 1993- 1995, foi de 30, 31 e 32

unidades/franquia.

Em termos de unidades abertas e fechadas, em 1994, o

setor teve 613 novas unidades abertas e 96 fechadas

(PEGN/ABF, julho/95, p. 12 ) . No ano seguinte, estes números

foram 382 e 83, respectivamente (PEGN/ABF, jUlho/96, p. 7 ) ,

indicando uma desaceleração no ritmo de ampliação deste

setor.

o setor de vestuário possui segmentos cuja importância

em quantidade de unidades próprias e franqueadas está

indicada no gráfico 6.

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Gráfico 6 - Segmentos de Vestuário - Importância relativa em unidades próprias e franqueadas

Segmentos de Vestuário

40% 40%

35%

30%

25%

20%

15%

10%

5%

0% 0

� � : .f2 i;j .. <li .. .. ... :g .� � C tIS � � ª " .. .. C') o;:

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� o

( * 1 Outros , Moda l inho ; Bijuterias ; Font e , Guia Franchising 19 9 6 . PEGN .

j Ulhoj 1 9 9 6 .

Bordado s ; Cama , Mesa & Banho, etc . São Paulo , Editora Globo ,

Constata-se a predominância do segmento de confecções

(40%) , empresas que comercializam roupas para ambos os

sexos, para jovens e adultos e, em alguns casos, acessórios,

seguida de franquias de moda jovem (22%) , calçados &

acessórios (7%) e sportwear (6%) .

Com exceção do segmento de lingerie, cuja primeira

franquia surgiu há três anos, os demais têm franquias há

pelo menos oito anos.

Concluído o capítulo sobre revisão de literatura, o

próximo capítulo

pesquisa.

abordará a metodologia adotada nesta

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CAPíTULO 3 METODOLOGIA DE PESQUISA

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60

3. 1 INTRODUÇ.l\.O

Este capítulo abordará com foi desenvolvida a pesquisa,

apresentando de forma detalhada os procedimentos adotados

para a identificação dos fatores críticos de sucesso de uma

franquia de desempenho superior do setor de vestuário,

segundo a ótica de franqueadores.

o capítulo está organizado da seguinte forma :

l .perguntas da pesquisa;

2.população e amostra;

3. metodologia;

4.coleta de dados;

5. análise dos dados; e

6. 1imitações do estudo.

3.2 PERGUNTAS DA PESQUI SA

As perguntas às quais esta pesquisa visa responder são as

seguintes:

Pergunta 1 :

Quais atributos são considerados os mais importantes para

o sucesso de um empreendimento de franquia, pelos

principais executivos de empresas de desempenho superior,

do setor de vestuário?

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6 1

Pergunta 2

Quais são as dimensões ( fatores de sucesso) identificadas

a partir da avaliação pelos franqueadores de um conjunto

de atributos que influem no sucesso de um empreendimento

de franquia?

3. 3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Foram entrevistadas franquias do ramo de vestuário

instaladas nos mercados do Rio de Janeiro e São Paulo até

1995, conforme levantamento da Associação Brasileira de

Franchi sing ( PEGN, julho/96) , e que se declarassem adotantes

do Business Forma t Franchising (cf. definido em 2.3.2,

p .29) .

Aplicaram-se à estas empresas os critérios abaixo afim

de reduzir a heterogeneidade do conj unto de franquias e

restringi-las à uma amostra composta por empresas de

desempenho superior:

l. franquias que se enquadrassem no conceito de Business

Forma t Franchi sing

2.empresas que adotassem o sistema há pelo menos três anos;

3.franquias com faturamento superior a média do ramo de

Vestuário;

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62

4. empresas cuja relação a segu�r fosse superior a 1 :

Número de unidades franqueadas em 1 995

(Número de unidades próprias em 1 995) - (Número de unidades próprias à época da adoção do sistema)

Foi definida então a amostra, a partir da aplicação dos

critérios anteriores. Dentre as noventa e seis empresas do

setor de Vestuário instaladas no Rio de Janeiro e em São

Paulo à época da aplicação do questionário, vinte e nove

foram classificadas como empresas de sucesso e dessas,

dezoito foram entrevistadas, sendo quatro no Rio de Janeiro

e quatorze em São Paulo.

Vale observar, que dezessete empresas da amostra

adotaram o sistema há, pelo menos, cinco anos. o tempo

médio de utilização do franchi sing é de dez anos.

Excluindo-se as cinco franquias estrangeiras, que adotaram o

sistema em seus países de origem (há apenas uma exceção de

empresa, que adotou o sistema de franchising no Brasil) ,

antes dele estar difundido no Brasil, esta média cai para

seis anos. Isto indica o nível de maturidade do sistema na

amostra entrevistada.

A amostra é constituída, em sua maioria, por empresas

do segmento de confecções, como pode ser observado no quadro

3 .

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Quadro 3 - Segmentos da amostra de Vestuário

Número de Segmento empresas (%)

Moda Jovem 6 3 3 , 4

Conf ecções 3 1 6 , 7 .

Roupas & Acessórios 2 1 1

Moda infantil 2 1 1

Calçados & Acessórios 2 1 1

Moda Masculina 2 1 1

Moda Feminina 1 5 , 6

Total 18 100

Dentre as dezoito empresas entrevistadas, cinco delas

são estrangeiras, sendo quatro européias e uma americana.

Três possuem mas ter-franqueados no Brasil e as outras duas

possuem uma filial de franquia no país. AS empresas que

utilizam mas ter-franqueados , iniciaram suas operações

vendendo poucas peças de seu mix de produtos em lojas

multimarcas. Com o amadurecimento da marca criaram lojas

próprias e, posteriormente, recorreram ao sistema de

franchising .

Uma empresa estrangeira manifestou utilizar o sistema

apenas no Brasil, corno a melhor forma para lidar com as

dificuldades pertinentes à dimensões geográficas e

particularidades regionais do pais.

As principais características dos entrevistados

encontram-se no quadro 4.

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Quadro 4 - Perfil dos entrevistados

Diretor Diretor Gerente de Cargo Geral/sócio franquia/ franquia/ Outros

proprietário comercial comercial 3 4 % 2 7 % 3 4 % 5 %

Faixa etária 25-34 anos 3 5-44 anos 45-54 anos -

4 7 % 2 4 % 2 9 % -

Tempo de atuação em Menos de 5 De 6 a 11 De 12 a 18 Mais de 20 Vestuário anos anos anos anos

2 4 % 4 2 % 1 7 % 18%

A maioria das empresas entrevistadas não possui fábrica

própria, tendo terceirizado sua produção de roupas e / ou

calçados e acessórios.

Outra característica comum à quase totalidade da

amostra é possuir unidades próprias e também escoar seus

produtos através de lojas multimarcas. Isto ocorre na

maioria dos casos em cidades pequenas, onde não há demanda

suficiente para a montagem de uma loja própria ou de uma

unidade franqueada.

3.4 METODOLOGIA

AS variáveis utilizadas para a realização do estudo

foram identificadas através da revisão de literatura sobre o

tema (conforme item 2.2)

questionário da pesquisa

Os atributos contidos no

foram identificados a partir

adaptações dos atributos genéricos sugeridos pela literatura

revisada.

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65

o questionário da pesquisa foi desenvolvido a partir da

aplicação da Cadeia de Valores de Porter (PORTER, 1986,

P . 105) ao sistema de franchí síng (vide figura 4) . Esta

ferramenta permite avaliar as atividades desempenhadas por

uma empresa, desde o projeto de desenvolvimento de um

produto/serviço, passando por produção, marketing e sua

distribuição. Esta metodologia possibilitou detectar f ontes

de vantagem competitiva para determinado concorrente.

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66

Figura 4 - Cadeia de Valores de Porter

Cadeia de Valores de Porte r

A I d infra-EstruMa da Empresa \ i e v i •

Gerência de Recursos Humanos \ d P • o d

Desenvolvimento de Tecnologia \ e o s

Aquisição \

Loglstica Operações Loglstica Marketing & Sennços Intema Extema Vendas

Atividades Primárias

Fonte : PORTER, M_ Vantagem Competitiva: criando e sustentando um

desempenho superior. São Paulo : Campus , p . 3 5 , 1 9 9 2 .

PORTER (1986, p.31-44) desenvolveu este modelo

considerando que toda empresa desempenha atividades de valor

que podem ser divididas

Atividades de Apoio _

em dois grupos: primárias e

o primeiro conjunto consiste nas atividades pertinentes

à criação física do produto/serviço, na sua venda ou

transferência para o consumidor e nos serviços pós-venda a

este prestados. As atividades primárias são divididas em

cinco subgrupos: Logística Interna,

Externa, Marketing & Vendas e Serviço _

Operações, Logística

As Atividades de Apoio são relativas à Infra-estrutura

da empresa, Gerência de Recursos Humanos, Desenvolvimento

Tecnológico e Atividades de Aquisição.

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67

Através da aplicação desta ferramenta ao sistema de

franchi sing, objetivou-se identi ficar a maior quantidade

possível de atividades desempenhadas por uma franquia em

termos de Operações, LOgístic� Interna, Logística Externa,

Marketing e Vendas, Serviços,: Infra-estrutura da empresa,

Gerência de Recursos Humanos, . Desenvolvimento Tecnológico e

Atividades de Aquisição.

O resultado da aplicação do Modelo de Cadeia de Valores

é apresentado na figura 5.

Após alguns ajustes decorrentes do pré-teste, foram

feitas alterações no conteúdo do questionário. A empresa

pré-testada não foi incluída na tabulação dos resultados da

pesquisa.

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Figura 5 atividades

Infra·Estrututa da Empresa

Gerência de Recursos Humanos

Dosenvolvlmento de Tecnologia

Aquisição

Cadeia de desempenhadas

Valores de Porter Relação pelo franqueado r

Cadeia de Valores de Porter Relação das atividades desempenhadas pelo franqueador

Seleção li de:sertVOlvi'nento de fomecedores Escolha do ponto . Tecnologia de Sistemas de Informação que htegre franqueador à roda de frsl1qUeedos Recrutamento, seleçAo li treinamento de franqueados e funcionários dos unidades Imnqueadas

DesenwlviTlento 8 aperfeiçoamento dos manuais Projeto euxiiado por OOI'I'Putadores Instrumentos de desenYoMmento da SW T ecnoIogIe de Unilade-9ioto

T ecnobgia d. S�em8$ de InfOfl'Tlllção Tecnobgia de Sistmnss de Comuni:ação T ec'IObqia da Sistemas de Tral'lSõ)Ol1e

68

das

\ \

\ \

�nU$ll!lio 11 transporto de Estabel$cimelllo do Clllltral de Compras S!.pEIIVisão e corrtrole dos jeriação de Conselho de Franqueados �ria�s. produtos padrio formatado T eçnologia de tromportes rBnqueados roiname!nto fArmazenament:os fi ContlO!e e Tecnologia de mMuseio Definlçlio da laXa de fnmquia. S�rvis!o li controle doll

r_rvação operIelçOClmento do de material royaly fi publddade ranqueado., Sl.4)ervlsiio 11 controle dos paddio formatado Tecnologia de en-balagam Esiratégill de Comunicação pesenvotvmenlO 11

roa9SSO'S pelos franqlJNdos Contfl:ll& de obedi&neia �mas de hlonnaç,loo Pesquisas de me!ttldo perlniçoamento da aopadrio Estratâgia de promoção Fanuais. Fontes de Insnciamento P'D Operação das unidades Monitoramento da

oonc:omlncia Criação d. m!RIis da COfTlLtllicação

Logfstlca Operaçoos l0Ql9t1ca Marketlng e Serviços Intema Externa Vendas

A partir deste grupo foram selecionadas variáveis e

criados procedimentos para gerar as informações e dados do

estudo.

o conjunto definitivo dos 83 atributos de sucesso em

franchising utilizado no estudo é apresentado no Anexo I .

o instrumento utilizado para a coleta de dados primários

foi um questionário,

etapas:

cuja construção obedeceu às seguintes

l. identificação

empreendimentos

revisada;

de

de

atributos

franquia

genéricos

encontrados

de sucesso em

na literatura

2. adaptação dos atributos genéricos levantados às

caracteristicas especificas do estudo;

3. elaboração de versão preliminar do questionário;

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69

4. pré-teste dessa versão junto a empresa de outro ramo não

incluída no estudo; e

5. confecção da versão definitiva do questionário da pesquisa

(Anexo II ) , considerando as recomendações e críticas

julgadas pertinentes a fim de evitar dúvidas surgidas no

pré-teste.

A aplicação do questionário foi realizada na

presença do

complexidade,

pesquisador, uma vez que, devido a sua

não seria aconselhável sua auto-aplicação.

Desta forma, evitaram-se eventuais dúvidas ou erros devidos à

interpretação inadequada das instruções (GREEN, P. e TULL, D.

S. , 197 8 . ) .

Após a seleção da amostra, foram levantados o

endereço e telefone das empresas a serem entrevistadas. O

próximo passo foi contatar e informar às franquias

selecionadas sobre o objetivo da entrevista, pedindo-se o nome

do principal executivo ou o empresário (no caso de franquia

nacional) .

Foram confirmados os códigos postais e endereços, e,

na mesma ocasião, informou-se que seria enviada

correspondência àqueles executivos/empresário pelo

COPPEAD/UFRJ, solicitando a marcação de uma entrevista.

Logo depois do primeiro contato, a correspondência foi

efetivamente enviada às empresas, explicando mais precisamente

o objetivo da entrevista (Anexo III) . As entrevistas foram

marcadas uma semana após o envio de cada carta. Das vinte e

nove empresas selecionadas, onze não participaram da pesquisa,

sendo que dessas apenas três se recusaram a participar. As

causas da falta de participação destas empresas foram as mais

diversas: férias, viagens, lançamento de coleção, etc.

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70

3. 5 COLETA DE DADOS

A seguir será apresentada a estrutura do questionário da

pesquisa utilizado para a coleta de dados.

O questionário está dividido em quatro partes:

Parte 1 : Introdução do tema

É composta por perguntas abertas sobre os motivos que

levaram a empresa a adotar o sistema de franchi sing, alguns

dados sobre o desempenho da empresa e opini5es pessoais do

entrevistado.

Parte 2 : Questões sobre fatores apontados na literatura como

críticos para o sucesso de empreendimentos de franquia.

Nesta parte, é solicitada a opinião do entrevistado

sobre a importância de oitenta e três atributos, através da

indicação dos atributos que, na opinião do entrevistado são

os mais importantes, entre os apresentados.

Parte 3 :

Pede-se ao entrevistado que atri bua uma nota para o

grau de importância do fator analisado, como por exemplo:

Capacidade de controle sobre as atividades dos franqueados

x

I I I I

o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente sem Importância

Totalmente Importante

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7 1

Este resultado indica que o respondente avaliou com

grau 4 a importância atribuída a esse fator no sucesso dos

empreendimentos; de franquia.

Parte 4 :

São apresentadas perguntas capazes de identificar as

características demográficas da empresa e do executivo.

3.5.1 TRABALHO DE CAMPO

O trabalho de campo da pesquisa foi desenvolvido através

de entrevistas pessoais nas cidades do Rio de Janeiro e de São

Paulo. Foi enviado um fax explicativo e, posteriormente,

foram marcadas entrevistas por telefone . Após apresentar-se e

informar sobre o propósito acadêmico da pesquisa, o

entrevistador procurava conciliar datas e horários

convenientes para os entrevistados .

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72

3 . 6 ANÁLISE DOS DADOS

A análise de dados foi realizada com o auxílio de

equipamentos e software do Centro de Processamento de Dados do

COPPEAD/UFRJ.

As principais características do modelo analítico

utilizado para avaliação dos fatores críticos de franchising,

segundo a percepção dos franqueadores, estão descritas a

seguir.

Após a realização das entrevistas,

codificadas e foi feita sua conferência,

as questões foram

a fim de se evitar

erros na entrada de dados. A análise quantitativa dos dados

foi realizada com utilização de estatísticas descritivas e da

aplicação do método "Análise de clus ter" .

3 . 6 . 1 ANÁLISE DE CLUSTER

O fatores percebidos pelos entrevistados como críticos de

sucesso de empreendimentos de franquia do setor de vestuário

foram avaliados através da utilização do procedimento

estatístico multivariado de análise de clus ter.

A análise de c l u s t er prevê a identificação de

grupamentos de fatores segundo o grau de semelhança dos

valores das variáveis pertinentes. Este procedimento busca

reorganizar uma amostra de dados em grupos relativamente

homogêneos ( clus ters l .

A obtenção de clus ters é constituída das seguintes

etapas:

l. seleção de uma amostra de dados;

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2 . definição das variáveis de medida das entidades da

amostra ;

3 . cálculo das s imilaridades dentre as variáveis ;

4 . uso do método de clus ter para gerar grupamentos d€

entidades similares ; e

5 . validação da solução resultante dos agrupamentos .

Os métodos de clustering se dividem em sete famíl ias :

l . aglomeração hierárquica ;

2 . divisão hierárquica ;

3 . partição iterativa;

4 . busca de densidade ;

5 . Q-fator ;

6 . aglutinação ; e

7 . teoria gráfica .

Uma vez que cada família advém de uma concepção diversa

de grupos , muitas vezes os resultados finais podem diferir

bas tante em função do método utilizado .

Os métodos de aglomeração hierárquica são os mais

utilizados e caracterizam-se por gerarem uma matriz de

s imilaridade entre as entidades e agruparem as entidades

mais similares . O método de Ward é um exemplo de

aglomeração hierárquica e foi desenvolvido a f im de

minimi zar a variância dentro dos clusters, apresentando um

desempenho superior aos demais método s , mesmo na presença de

pontos destoantes . Sua utilização é , portanto , recomendada

quando é necessária uma cobertura total , ou sej a , quando

todas as entidades devem ser alocadas , e também no caso de

superpos ição de clus ters, inclusive com pontos nas

fronteiras .

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74

A seqüência de alocação das entidades pode ser

representada graficamente através de um diagrama de árvore ,

conforme a figura 6 .

Nesta figura cada entidade ( AF , AZ , ... ) corresponde

a um clus ter individual , que vai sendo agrupado com outros

em novos clus ters . Estes , por sua vez , serão organizados em

grupos maiores , os quais , no último níve l , formarão um único

cluster.

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F i gura 6 - D i agrama de Árvore - Metodol o g i a de Ward

C A S E

Label AF AZ BA AT AX BC AE AW AQ AY AO AC AM AN AV AD AG AI< AA AK AS BB AJ BD AI AP AR AU AG AB

Dendrogram using Average Linkage ( Between Groups )

Rescaled D i stance Cluster Combine

o 5 1 0 1 5 2 0 2 5 + - - - - - - - - - + - - - - - - - - - + - - - - - - - - - + - - - - - - - - - + - - - - - - - - - +

-

-

-

- -

- I--

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

-

A análise de cluster foi utilizada nesta pesquisa a

fim de organizar os atributos , de forma a analisar as

dimensões ( fatores ) que surgem das respostas obtidas na

terceira parte do questionário . Adotou-se a premissa da

existência de poucos fatores básicos de sucesso e que os

atributos analisados estão relacionados com estes fatores . A

análise de clus ter examina , então , as similaridades entre os

atributos ,

estudadas

buscando agrupar em clus ters as

e , conseqüentemente , identificar

informações

fatores

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efetivamente existentes não revelados diretamente pela simples

análise das respostas .

3. 7 LIMITAÇOES DO ESTUDO

A pesquisa apresenta algumas limitações que devem

ser consideradas na interpretação de seus resultados , tais

como :

1 . dificuldade de comparação dos resultados obtidos com os de

outros estudos j á realizado s , devido à escassez de

bibliografia onde existam, reunidas para a mesma finalidade ,

as técnicas utilizadas nesta pesquisa;

2 . restrição à utilização dos resultados alcançados sobre o

ramos de vestuário para outros ramos de atividades que

adotem o sistema de franchísíng.

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CAPÍTULO 4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

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4 . 1 INTRODUÇÃO

Este capítulo apresenta os resul tados provenientes da

análise dos dados coletados na pesquisa de tese , indicando

os fatores percebidos por franqueadores do setor de vestuário

como críticos ao sucesso de um empreendimento de franquia .

O capítulo está dividido em duas partes . Na primeira

parte são apontados os resultados das perguntas abertas do

questionário .

análise das

Em seguida são apresentadaa a tabulação e a

respostas dadas às perguntas fechadas do

questionário e são indicadas as conclusões provenientes do

cruzamento desta análise com as respostas dadas às perguntas

abertas . Esta parte do trabalho obj etiva responder à primeira

pergunta da tese :

Quais atributos são considerados os mais importantes para

o sucesso de um empreendimento de franquia, pelos

principais executivos de empresas de desempenho superior,

do setor de vestuário?

Na segunda parte do capítulo serão apresentados os

resultados da aplicação de um modelo de cluster às respostas

dadas à terceira parte do questionário de tese . Esta parte

tem por obj etivo responder à outra pergunta da tese :

Quais são as dimensões ( fatores de sucesso ) identificadas

a partir da avaliação pelos franqueadores de um conj unto

de atributos que influem no sucesso de um empreendimento

de franquia?

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4 . 2 RESULTADOS PERGUNTAS ABERTAS

Todas as respostas dadas às perguntas abertas do

questionário tiveram seus resultados analisados da mesma

forma, calculando-se os valores absolutos e os percentuais .

O questionário de tese encontra-se no Anexo 1 1 .

A primeira pergunta do questionário : Por que a empresa

op tou pel o sis tema de franquia ? , obteve como respostas mais

freqüentes (vide quadro 5 , p . 7 9 ) :

• Ampliação do negóc io

investimento ( 3 3 % ) ;

para novas áreas sem grande

• Necessidade de redução da dependência de multimarcas ( 22% ) ; e

• Fortalecer a marca ( 18 % )

Essas respostas possivelmente têm origens que remontam ao

histórico do setor de vestuário . A distribuição dos produtos

pelas empresas deste segmento antes da adoção do sistema de

franchising era feita através de dois canais : loj as

multimarcas ou através de lojas próprias .

De acordo com os entrevistado s , um dos problemas

relacionados à venda através de loj as multimarcas é que o mix

de produtos utilizados por estas não alavanca a marca da

confecção tanto quanto ocorre numa loja própria . A loj a

própria exclusiva, apesar de resolver os problemas pertinentes

à venda através de loj as mul timarcas requer , por outro lado ,

um investimento alto e apresenta um maior risco para a empresa

de vestuário .

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Quadro 5 - Motivos que levaram à adoção do sistema de franquia

Número de Freqüência ( % ) Respostas vezes menções Empresas

mencionada ( 1 ) / 3 3 ( 1 ) / 1 8 ( 1 ) ( % )

I Ampliação do negócio para novas 1 1 33 6 1 , 1

2

3

4

5

6

7

áreas sem grande investimento

Necess idade de redução de 7 2 2 38, 9 multimarcas

Fortalecer a marca 6 18 33, 3

Dis tribuição seletiva 3 9 1 6 , 7

Solici tação de 2 6 1 1 , 1 amigos / conhecidos

Melhorar serviço ao cl iente 2 6 1 1 , 1

Desenvolver estratégia de 2 6 1 1 , 1 vendas com franquia

Total 3 3 ( . ) 1 0 0 -

( * ) A soma é super�or a dezoIto, pOIS os entrevIstados forneceram maIS de uma resposta

Através da franquia de seus negócios , as empresas de

vestuário puderam livrar-se da dependência das multimarcas ,

ampliar sua atuação para novos mercados e fortalecer e

controlar suas marcas através das unidades franqueadas , sobre

as quais detêm poder para determinar a localização e o layou t

f isico da loj a , seu mix de produtos e a politica de preços .

Soma-se a esses fatores, a diluição dos custos de abertura de

lojas , a diVUlgação da marca , o desenvolvimento de produtos e

outras despesas que são compartilhadas com a rede de

franqueados , conforme revisão bibliográfica . Vale destacar ,

no entanto, que ainda há franquias de vestuário que escoam

seus produtos através de loj as mu1timarcas , sobretudo em áreas

remotas , onde não se aplica a abertura de uma loj a exclusiva .

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8 1

A resposta mais freqüente à primeira pergunta corresponde

também a uma das vantagens indicadas por TAKEUCH ( 1987 , p . 5 )

para o franqueador recorrer ao sistema : a possibil idade de

expansão de seu negóc io com invest imento e es forço de

terceiros , através de sua rede de franqueados .

A segúnda pergunta aberta do questionário , sobre os

pontos fortes e fracos avaliados pelo franqueador no seu

s istema , recebeu dezesseis respostas diferentes para os

pontos fortes e dezoito para os pontos fracos , como pode ser

observado nos quadros 6 e 7 .

A resposta mais menc ionada como ponto forte foi

" marca" , indicada por onze dos dezoito entrevistados . Em

seguida , o ponto forte com maior destaque foi " ampliação

para novas áreas " apontado por seis respondentes . Este item

possui relação com o fortalec imento da marca, j á que a

expansão para novos mercados , além de permi tir ganhos de

escala e aumento das vendas , fortalece a marca do negócio . Os

outros pontos fortes com destaque foram "programação visua l "

e " formatação " , ambos com quatro menções . Estes doi s pontos

fortes possuem grande semelhança, j á que o primeiro é fonte

do segundo .

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Quadro 6 Avaliação dos pontos fortes dos sistemas de franquia dos entrevistados

Número de Freqüênc ia ( % ) Respostas vezes menções Empresas

menc ionada ( 1 ) / 4 9 ( 1 ) / 1 8 ( 1 ) ( % )

.

1 Marca 1 1 2 2 , 5 6 1 , 1

2 Ampliação para novas áreas 6 12 , 2 3 3 , 3

3 Programação visual 4 8 , 2 2 2 , 2

4 Formatação 4 8 , 2 2 2 , 2

5 Treinamento 3 6 , 1 1 6 , 7

6 Desempenho do franqueado 3 6 , 1 16 , 7

7 Supervisão atuante 3 6 , 1 1 6 , 7

8 Tempo de atuação no mercado 2 4 , 1 1 1 , 1

9 Rentabilidade 2 4 , 1 1 1 , 1

1 0 Comunicação 2 4 , 1 1 1 , 1 Velocidade de

1 1 desenvolvimento de 2 4 , 1 1 1 , 1 produtos

12 Qual idade dos serviços 2 4 , 1 1 1 , 1

13 Conceito do negócio 2 4 , 1 1 1 , 1

1 4 Adminis tração de es toques 1 2 5 , 6 pioneirismo na adoção do

1 5 s i stema no seu segmento 1 2 5 , 6

1 6 Ganhos de escala 1 2 5 , 6

Total 49 ( * ) 1 0 0 -

( * ) A sorna é super10r a dezo1to, p01S os entrevlstados forneceram malS de uma resposta .

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Chama a atenção o fato de a maioria dos pontos fortes

indicados não ser especí fica do negócio franquia . As únicas

exceções são as respostas listadas abaixo . Juntos estes

pontos fortes foram mencionados apenas onze vezes, somando

menos de 2 5 % das quarenta e nove respostas dadas à : esta

pergunta .

• formatação ;

• desempenho do franqueado ;

• supervisão atuante ; e

• pioneirismo na adoção do sistema no seu segmento .

Por outro lado , no conj unto de respostas sobre os

pontos fracos , há predominânc ia de elementos restritos ao

sistema de franchising. Dentre os dezoito pontos indicado s ,

onze são relativos à franquia . Juntos , estes pontos fracos

representam 7 4 , 5% da freqüênc ia de menções , como pode ser

observado no quadro 7 .

Dentre esses fatore s , des tacam- se respostas pertinentes

aos critérios e ao sistema de seleção do franqueado :

• seleção de franqueados , indicado por c inco empresas ;

• falta de parceira por parte do franqueado , indicado por

três empresas ;

• expectativa franqueado versus realidade , indicado por três

empresas ; e

• profissionalismo

empresas .

Juntos , estes

quatorze empresas ,

aperfeiçoamento do

do franqueado , indicado por três

pontos

o que

sistema

fracos foram

sugere a

de escolha

mencionados por

necess idade de

dos franqueados .

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Quadro 7 Avaliação dos pontos fracos dos sistemas de

franquia dos entrevistados

NÚIn. de Freq. ( % ) Respostas Nat . vezes Menções Empresas

Rasp . ( * ) manc o ( 1 ) / 3 5 ( 1 ) / 1 8 ( 1 ) ( % )

1 Seleção de franqueados F 5 1 4 , 3 2 7 , 8

2 Controle sobre franqueados F 4 1 1 , 4 2 2 , 2 Falta de parceira por parte do

3 franqueado F 3 8 , 6 1 6 , 7 Expec tativa franqueado versus

4 real idade F 3 8 , 6 1 6 , 7

5 Profissionali smo do franqueado F 3 8 , 6 1 6 , 7

6 Custo de controlar franqueados F 2 5 , 7 1 1 , 1

7 Limitação logística /produção G 2 5 , 7 1 1 , 1 Locali zação unidades

8 franqueadas F 2 5 , 7 1 1 , 1

9 Marca sofreu pirataria G 2 5 , 7 1 1 , 1 Ampliar poder de barganha do

1 0 vare j o G 1 2 , 9 5 , 6 Necess idade de informatizar

1 1 sis tema F 1 2 , 9 5 , 6

1 2 Risco de comprometer imagem G 1 2 , 9 5 , 6

13 Legislação F 1 2 , 9 5 , 6

1 4 Importação de matéria-prima G 1 2 , 9 5 , 6

1 5 Treinamento G 1 2 , 9 5 , 6 Propaganda nacional

1 6 centralizada G 1 2 , 9 5 , 6

17 Manuais de franquia F 1 2 , 9 5 , 6 Informalidade do

18 relacionamento com franqueados F 1 2 , 9 5 , 6

Total - 3 5 ( * * ) 1 0 0 -

, ( * ) Natureza da Resposta : G- Generlco e F- Especiflca a um neg6clo de franquia . ( * * ) A soma é superior a dezoito , pois os entrevistados forneceram mais de

uma resposta .

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Somadas as freqüênc ias de c i tações do ponto forte

"controle sobre franqueado s " ( 11 , 4 % ) ao sexto ponto fraco do

quadro : "custo de controlar franqueados " ( 5 , 7 % ) , atinge-se a

freqüência de 17% , concluindo-se que o aspecto " supervisão das

atividades dos franqueados" , sej a pela ótica de custo , sej a

pelo processo de controle, é o mais deficiente nas empresas de

sucesso do ramo de vestuário .

A terceira pergunta aberta do questionário sobre

fatores determinantes do sucesso das franquias recebeu

dezesseis respostas distintas . o i tem " força da marca" foi

o mais indicado , tendo sido apontado por nove dos dezoito

entrevistados . Em seguida foi destacada a "qualidade dos

produtos " , citada por oito empresas . Somados estes dois

itens representam quase 50% da freqüência de referênc ias . Os

demais fatores de sucesso mencionados es tão apresentados no

quadro 8 .

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Quadro 8 - Fatores críticos de sucesso segundo entrevistados

NÚIn . de Freq . ( % ) Respostàs Nat . vezes menções Empresas

Resp . ( * ) menc . ( 1 ) / 4 0 ( 1 ) / 1 8

( 1 ) ( % )

1 Força da marca . G 9 2 3 5 0 , 0

2 Qualidade dos produtos G 8 2 0 4 4 , 4

3 Dis tribuição G 3 7 , 5 1 6 , 7

4 Seleção franqueado F 3 7 , 5 1 6 , 7

5 Programação visual G 3 7 , 5 1 6 , 7

6 Preços competitivos G 2 5 1 1 , 1

7 Seriedade e dedicação G 2 5 1 1 , 1 Relacionamento com

8 franqueado F 2 5 1 1 , 1

9 Funcionários / equipe G 1 2 , 5 5 , 6

1 0 Boa escolha do ponto G 1 2 , 5 5 , 6 pioneirismo na adoção do

1 1 s i s tema F 1 2 , 5 5 , 6

1 2 Supervisão F 1 2 , 5 5 , 6

1 3 Controle es toques G 1 2 , 5 5 , 6 Franquia fácil de ser

1 4 trocada F 1 2 , 5 5 , 6 Controle da margem do

1 5 f ranqueado F 1 2 , 5 5 , 6

1 6 Retorno para franqueado F 1 2 , 5 5 , 6

Total - 4 0 ( * * ) 1 0 0 -

* -( ) Natureza da Resposta: G- Genér1co e F- Especif1co a um neg6c1o de franquia . ( * * ) A soma é superior a dezoitol pois os entrevistados forneceram mais de

uma reposta .

Dentre as dezesseis respostas , percebe- se a presença de

poucos fatores de sucesso específicos do negócio franquia per

se . A maioria das respostas aplica-se a qualquer tipo de

negócio .

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Os fatores de sucesso específicos do negócio franquia

estão listados abaixo e representam j untos 2 5 % da freqüência

de menções :

• seleção franqueado ;

• relacionamento com franqueado ;

• pioneirismo na adoção do sistema ;

• supervi são ;

• franquia fácil de ser trocada ;

• controle da margem do franqueado ; e

• retorno para franqueado .

A próxima pergunta aberta do questionário refere-se aos

motivos que levaram ao fechamento de unidades franqueadas .

Dentre as dezoito empresas entrevistadas , dezesseis ( 89 % ) j á

fecharam uma loj a franqueada . As principais razões para esta

medida encontram-se no quadro a seguir .

Classificando-se essas respostas em três grupos - motivos

relativos ao franqueado ; - motivos relativos à localização da

loj a ; e outros , constata-se a predominânc ia de menções

pertinentes ao primeiro grupo, como também pode ser observado

no quadro 9 .

Esses resultados sugerem que o aperfeiçoamento dos

processos de seleção e treinamento do franqueado e de escolha

do ponto poderia reduzir o fechamento de unidades franqueadas .

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Quadro 9 - Motivos para o fechamento de unidades franqueadas

Núm. de Freg: . ( % ) Respostas Natureza vezes de Empresas

da resposta menc . menções ( 1 ) / 1 6 ( 1 ) ( 1 ) /27

(%) Má seleção do

1 franqueado Franqueado 6 2 2 3 7 , 5 Per f i l do franqueado

2 inadequado Franqueado 6 2 2 3 7 , 5

Desempenho do 3 franqueado Franqueado 3 1 1 1 8 , 7 5

Problemas 4 f inanceiros do Franqueado 3 1 1 1 8 , 7 5

franqueado

5 Ponto inadequado Localização 3 1 1 1 8 , 7 5 Falta de obediênc ia

6 ao padrão Franqueado 2 7 1 2 , 5 Necessidade de

7 preservar a marca Outros 1 4 6 , 2 5 Falta de

8 planej amento Outros 1 4 6 , 2 5

9 Cidade inadequada Localização 1 4 6 , 2 5 Mudança de ponto da

1 0 rua para shopping Localização 1 4 6 , 2 5

Total - 27 ( * l 1 0 0 -

. ( * ) A soma e superlor a dezOlto , p01S os entrevlstados forneceram malS urna reposta.

A maioria dos respondentes

recomprou unidades franqueadas .

( 1 1 / 1 8 empresas ) não

As sete empresas que

recompraram unidades franqueadas , indicaram que o fizeram

pelos motivos descritos no quadro 10 .

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89

Quadro 10 - Motivos para a recompra de unidades franqueadas

Núm. de Freq . de ( % ) Respostas vezes Menções Empresa

menc . ( 1 ) /12 s ( 1 ) (%) ( 1 ) /7

Desempenho do franqueado 4 3 3 5 7

Preservação do ponto 4 3 3 5 7

Solicitação do franqueado 3 2 5 4 3

Necessidade de preservar a marca 1 9 14

-

Total 12 ( * ) 1 0 0% , ( * ) A soma e superl.or a sete, pOlS os entrevl.stados lndlcaram malS de um

motivo

Também neste caso os motivos pertinentes à localização da

loja e ao desempenho do franqueado aparecem com destaque,

representando juntos 66% das respostas .

Em seguida será apresentado o resultado do cruzamento das

respostas dadas à segunda pergunta aberta ( pontos fortes ) com

as respostas à terceira pergunta ( fatores de sucesso ) , que

permitiu identificar os fatores comW1S às perspectivas dadas

pelos entrevistados aos pontos fortes e principais fatores de

sucesso de seus negócios .

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90

Quadro 11 Respostas comuns : pontos fortes e principais fatores de sucesso

Respostas comuns Pontos Fortes Fatores de Sucesso

Marca 11 9

Programação visual 4 3

Dis tribuição 6 3

Supervisão de campo 2 1

Houve apenas quatro respostas coincidentes a estas duas

perguntas abertas . O fator "marca" foi o mais mencionado em

ambas , seguido de "programação visual " , " distribuição " e

" supervisão de campo " . Chama a atenção o fato de "qual idade

dos produtos " , segundo item mais c itado como fator de

sucesso , não ter sido mencionado ao menos por um

entrevistado como ponto forte de sua empresa .

Aplicando o mesmo raciocínio para as respostas relativas

a pontos fracos e motivos de fechamento de unidades

franqueadas , chega-se ao resultado apresentado no quadro 12.

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9 1

Quadro 12 - Respostas comuns : Pontos Fracos e Motivos para o fechamento de unidades franqueadas

Motivos de

Respostas comuns Pontos Fracos fechamento

.

Seleção do franqueado 5 6

Locali zação da loja 2 3 C ' )

. " ( * l Se somado aos mot�vos de fechamento : ' C�dade �nadequada e Necessidade de mudança da loja da rua para shopping" , este número sobe para 5 .

Nesse caso houve apenas dois fatores coincidentes :

" seleção do franqueado " e " localização da loj a " . Este

resultado reforça a conclusão da análise dos motivos de

fechamento de unidades franqueadas , sugerindo que o processo

de escolha do franqueado e da localização da unidade

franqueada deveriam ser aperfeiçoados , j á que vêm ocasionando

o fechamento de unidades e são percebidos como fraquezas pelos

principais executivos das empresas de sucesso do ramo de

vestuário .

Concluída a fase de análise das respostas às perguntas

abertas , passaremos à avaliação das respostas dadas às

perguntas fechadas .

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92

4 . 3 RESULTADOS - PERGUNTAS FECHADAS

As perguntas fechadas referem-se à segunda e à terceira

partes do questionário . Na segunda parte do: questionário ,

foram apresentados

bibliográ fica e

os 83 atributos

solici tado aos

levantados na revisão

entrevistados que

assinalassem os atributos de maior importânc i a :

Na terceira parte do questionário, foram apresentados

os 8 3 atributos e pedido aos entrevistados que atribuíssem

uma nota de " O " a " 1 0 " , onde a nota " O " indica que o

atributo é cons iderado " Totalmente sem importânc ia" e a nota

" 10 " ser ele "Totalmente importante" .

A apresentação dos resultados das perguntas fechadas

baseia-se nas respostas dadas à segunda e à terceira partes do

questionário , apresentando os atributos mais assinalados e

efetivamente mais importantes segundo a ótica das empresas do

setor de vestuário .

Os resultados dessa parte da pesquisa serão cruzados com

as respostas dadas às perguntas abertas , de maneira a

responder à primeira pergunta da pesquisa .

Passaremos

assinalados .

agora à análise dos atributos mais

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4 . 3 . 1 . ATRIBUTOS MAIS ASSINALADOS

Dentre os oitenta e três atributos

questionário , quatorze foram assinalados

treze das dezoito empresas entrevistadas .

93

apresentados no

por , pelo menos ,

No anexo I I encontra-se a quantidade de respondentes que

assinalaram cada um dos oi tenta e três atributos do

questionário , em ordem decrescente .

o quadro 13 apresenta os atributos mais assinalados por ,

pelo menos , treze executivos de empreendimentos de franquias

de vestuário ; o número de vezes e a freqüência com que foram

assinalados .

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94

Quadro 13 Atributos assinalados por , pelo menos , treze respondentes

Vezes Freq .

ATRIBUTOS MAIS ASSINALADOS COMO CRÍTICOS PARA O assino (x/ 1 8 ) SUCESSO ( * ) (x) (%)

Layo u t físico da franquia definido pelo franqueador ( 3 1 ) 1 6 8 9

Nome da empresa (marca) bem firmado no mercado ( 12 ) 1 6 8 9

Capacidade e habil idade na operac ionalização da franquia pelo franqueado ( 7 ) 15 7 8

Impossibilidade de comprar de outros fornecedores que não os indicados pelo franqueado ( 63 ) 1 5 83

Baixo grau de conflito entre franqueado e franqueador ( 7 3 ) 15 83

Cultivar um alto nível de relacionamento com os cl ientes finais ( 3 ) 1 4 83

Capacidade do franqueador proagir continuamente às necessidades dos clientes finais ( 13 ) 1 4 83

Fixação dos preços no varej o pelo franqueador ( 4 4 } 14 7 8

Localização da l o j a definida pelo franqueador ( 6 0 ) 1 4 83

Programas de treinamento gerenc ial obrigatórios para os franqueados ( 65 ) 14 7 8

Percepção do serviço pres tado nunca inferior ao serviço prometido ( 4 ) 13 7 2

Rigor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) 13 7 2

Treinamento Contínuo ( 7 0 ) 13 72

Disponibilidade de informações sobre estoque de produ tos acabados ( 7 7 ) 13 7 2

Número total de atributos 14

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95

Dentre os quatorze atributos assinalados por , pelo menos ,

treze entrevistados , há uma predominância de fatores relativos

aos "serviços prestados pelo franqueador à rede de

franqueados" . São eles :

• l ayout 'fís ico da franquia de finido pelo franqueado r ( 3 1 ) ;

• programas de treinamento gerencial obrigatórios para os

franqueados ( 6 5 ) ;

• treinamento Contínuo ( 7 0 ) ; e

• disponibilidade de informações sobre estoque de produtos

acabados ( 7 7 ) .

Há também atributos que expressam a orientação do

franqueador para a inexistência de conflitos entre ele e sua

rede :

• baixo grau de conflito entre franqueado e franqueador

( 7 3 ) ;

• cultivar um alto nível de relac ionamento com os clientes

f inais ( 3 ) ; e

• percepção do serviço prestado nunca inferior ao serviço

prometido ( 4 ) .

Na terceira parte do questionário , os entrevistados

avaliaram a importância dos o itenta e três atributos através

da escala de 1 a 10 , descrita no início deste capítulo .

Partindo-se da premissa de que os fatores mais importantes

deveriam receber as notas mais al tas , o próximo quadro visa

a identificar os mais importantes , apresentando os atributos

que tiveram notas cuj as médias excederam nove .

A importância que a amo s tra do setor de vestuário

confere à efic iência do formato do negócio e a sua

obediência por parte da rede de franqueados através do

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96

suporte e controle de suas atividades é expressa nos

atributos que ocupam, respectivamente , os prime iro , segundo ,

terceiro e sét imo lugares no quadro 14 . Estes atributos são

os seguintes :

• layout físico da franquia de f"inido pelo franqueador ( 3 1 ) ;

• e f iciência do sis tema de atendimento ao franqueado e

operação da franquia ( 17 ) ;

• impossibilidade de comprar de outros fornecedores que não

os indicados pelo franqueador ( 63 ) ;

• supervisão de campo atuante e s i stemática ( 2 9 ) ; e

• localização da loja definida pelo franqueador ( 6 0 ) .

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97

Quadro 14 Atributos mais importantes , cuj as médias das notas foram superiores a nove

ATRIBUTOS Média das

p notas

1 Layout físico da franquia de finido pelo franqueador.( 3 1 ) 9 , 67

E f iciência do s i stema de atendimento ao franqueado e 2 operação da franquia ( 17 ) 9 , 5 6

3 Nome da empresa ( marca) bem firmado no mercado ( 12 ) 9 , 44 Imposs ibi lidade de comprar de outros fornecedores que

3 não os indicados pelo franqueado r ( 63 ) 9 , 44

3 Treinamento contínuo ( 7 O ) 9 , 4 4 ,

4 Criar relacionamentos estáveis com os franqueados ( 2 5 ) 9 , 3 3

De f inição c lara das responsabilidades dos franqueados 4 pelo franqueador ( 3 6 ) 9 , 3 3

5 Rigor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) 9 , 2 8 Planej amento de comunicação definido pelo franqueador

6 ( 5 5 ) 9 , 2 2

Percepção do serviço prestado nunca ín feríor ao serviço 7 prometido ( 4 ) 9 , 11

7 Supervisão de campo atuante e sis temática ( 2 9 ) 9 , 11

7 Localização da l o j a definida pelo franqueador ( 6 0 ) 9 , 11 Capac idade e habilidade na operac ionalização da

8 franquia pelo franqueado ( 7 ) 9 , 0 6

C lara explici tação dos cus tos e das promes sas 9 correspondentes ( 10 ) 9 , 0 0

Pres teza em ouvir e resolver problemas dos cl ientes 9 f inais ( 11 ) 9 , 0 0

9 Capac idade de previsão de vendas ( 7 1 ) 9 , 0 0 Baixo grau de c;onf lito entre franqueado e franqueado r

9 ( 73 ) 9 , 0 0 OBS : l ) A médla das notas não f 01 arredondada para se ter uma ldéla malS prec isa da importância dada a cada atributo .

A preocupação dos entrevistados com a inexis tência de

conflitos entre o franqueador e sua rede oriundos da falta de

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.,

98

clareza dos direitos e das obrigações da rede e do franqueador

é representada pelos seguintes atributos :

• criar relacionamentos estáveis com os franqueados ( 2 5 ) ; ,

• definição c lara das responsabil idades dos franqueados pelo

franqueador ( 3 6 ) ;

• percepção do serviço pres tado nunca inferior ao serviço

prometido ( 4 ) ;

• c l ara explic itação dos custos e das promessas

correspondentes ( 10 ) ; e

• baixo grau de conflito entre franqueado e franqueador

( 7 3 ) .

Estes atributos ocupam a quarta ( 2 5 ) e ( 3 6 ) , sé tima ( 4 )

e nona ( 10 ) e ( 7 3 ) pos ições no quadro anterior ,

respectivamente .

A orientação das empresas da amostra com a eficiência do

processo de seleção de seus franqueados e sua constante

adequação ao perfil ideal à operação das unidades franqueadas

esteve presente nos atributos abaixo , cujas notas recebidas

lhes colocaram nas terceira , quinta e oitava posições no

mesmo quadro .

• treinamento contínuo ( 7 0 ) ;

• rigor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) ; e

• capacidade e habil idade na operac ionalização da franquia

pelo franqueado ( 7 ) .

Foram destacados também atributos que indicam a

preocupação da amostra com a imagem da empresa e com a

construção e manutenção de urna marca forte e reconhecida no

mercado :

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99

• nome da empresa ( marca ) bem firmado no mercado ( 12 ) ; e

• planej amento de comunicação definido pelo franqueador

( 5 5 ) .

A preocupação com o c liente f inal está representada no

atributo "presteza em ouvir e resolver problemas dos

c lientes f inais ( 11 ) " empatado em nono lugar com outros trê s

atributos .

Após a análise dos atributos mais assinalados e

considerados mais importantes pela amostra entrevistada .

passaremos à análise dos atributos menos assinalados .

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100

4 . 3 . 2 ATRIBUTOS MENOS ASSINALADOS

Nem todos os atributos coletados na revisão de literatura

sobre o sistema : de franchising e fatores críticos de sucesso

de um negócio , receberam indicações significativas .

Entretanto , alguns se quer foram assinalados por três

respondentes . Estes atributos estão apresentados a seguir .

Quadro 15 - Atributos menos assinalados

Vezes Freq .

ATRIBUTOS MENOS ASSINALADOS COMO CRÍTICOS PARA assin o (%) O SUCESSO (x) (x/ 1 8 )

Atuar em mercados es táveis e com mudanças lentas ( 3 4 ) 2 11

O ferecer produtos de alto valor para os cl ientes ( 4 1 ) 2 11

Alto inves timento em merchandis ing e material promocional de ponto de venda ( 5 6 ) 2 11

Propaganda regional conjunta ( 5 8 ) 2 11

Treinamento após a instalação ( 6 9 ) 2 11

Treinamento antes da se leção ( 67 ) O -

Compras descentralizadas ( 8 3 ) O -

Número total de atributos 7

o fato dos entrevistados terem dado pouca importância a

altos investimentos em promoção e merchandising pode ser

atribuído à algumas características do setor de vestuário .

Devido à sua sazonal idade : duas coleções por ano , sendo que

algumas podem durar de um a seis meses , dependendo da região

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101

do país , as empresas do setor de vestuário priorizam

investimentos em des files de modas , importante veículo para

a divulgação de toda nova coleção , em mídia impressa e em

o u t -doors . As grandes promoções de lançamento e final das

es tações Outono/ Inverno e Primavera/Verão ( l iquidações ) não

requerem grandes inversões pelo franqueador . I s to ocorre

porque nas unidades franqueadas localizadas em shopping

center s , as despesas com promoção e merchandise são

incorridas pelo franqueado e não pelo franqueador . Isto

também é explicado pelo fato do atributo "Localização da loja

definida pelo franqueador ( 6 0 ) " ( vide quadro 13 ) ter sido um

dos atributos mais assinalados na pesquis a . Em muitos

casos , o franqueador orienta que a instalação das unidades

franqueadas seja feita em shopping centers .

O atributo " Propaganda regional conj unta ( 5 8 ) " também

foi ass inalado por duas empresas . Isto é explicado pelo

fato de todas as empresas da amos tra cobrarem taxa de

propaganda de seus franqueados . A taxa de propaganda é

revertida em gastos em comunicação ins titucional e na

nível nacional . A divulgação

importânc ia

de

da

novas coleções a

propaganda regional torna-se pequena ou

muitas vezes marginal para o negóc io .

Em termos de treinamento , os resultados indicam uma baixa

importância para o atributo "Treinamento após a instalação

( 6 9 ) " , que foi marcado por duas empresas e "Treinamento antes

da se leção ( 67 ) " , nenhuma vez assinalado . Em relação ao

segundo atributo , comentários dos entrevistados indicaram

que estes não acredi tam valer a pena investir no treinamento

de um candidato que ainda não tenha s ido selec ionado .

No setor de vestuário as compras efetuadas pelo

franqueador re ferem- se , na maioria dos caso s ,

produtos acabado s , j á que grande parte

à aquisição de

das empresas

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102

terceirizou sua produção . Isto explica o fato das empresas

entrevistadas darem tanta importância à centralização das

compras , uma vez que nenhuma empresa marcou o atributo

"Compras descentralizadas ( 83 ) " .

No quadro da próxima página estão discriminadas as

médias das notas atribuídas a e s tes fatores na terceira

parte do questionário . Estas notas confirmam em todos os

casos a baixa importânc ia atribuída aos fatores menos

assinalados .

Quadro 1 6 - Média das notas atribuídas aos atributos menos assinalados em ordem decrescente

Média

ATRIBUTOS MENOS ASSINALADOS COMO CRÍTICOS PARA O das

SUCESSO notas

1 �tuar em mercados es táveis e com mudanças lentas ( 3 4 ) 4 , 67

2 bferecer produtos de alto valor para os cl ientes ( 4 1 ) 2 , 0 0

Alto investimento em merchandis ing e material

3 promocional de ponto de venda ( 5 6 ) 2 , 0 0

4 propaganda regional conj unta ( 5 8 ) 2 , 0 0

5 Treinamento após a instalação ( 6 9 ) 2 , 0 0

6 �reinamento antes da seleção ( 6 7 ) O

7 �ompras descentralizadas ( 83 ) O

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103

4 . 4 ATRIBUTOS MAIS IMPORTANTES

O quadro da próxima página combina :

• atributos assinalados por mais de treze entrevistados;

• atributos mais mencionados corno pontos fortes ;

• atributos mais mencionados corno fatores críticos de sucesso

pelos empreendedores de franquias do setor de vestuário; e

• atributos cuj a média de notas foi superior a nove .

Observa-se nesse quadro que , dentre os vinte atributos

que apresentaram médias acima de nove , sete não foram

assinalados por mais de treze empresas , apontados corno ponto

forte ou ainda indicados com fator crítico de sucesso de uma

franquia de vestuário, pelos entrevistados . Dos treze

atributos restantes , apenas , dois atributos foram considerados

importantes em todos os aspectos pelos franqueadores desse

setor .

Além desses atributos , outros cinco apareceram com

destaque , ou sej a , foram assinalados por mais de treze

entrevistados , ou mencionados corno ponto forte ou corno fator

c rítico de sucesso pelas franquias do setor de vestuário .

Adotando-se a

importantes em um

vestuário deveriam

os atributos mais

franquia do setor de

premissa de que

empreendimento de

estar em, pelo menos três dos quatro

aspectos do quadro anterior, o quadro 1 8 sumariza os atributos

mais destacados pelos entrevistados de franquias do ramo de

vestuário .

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104

Quadro 17 Atributos assinalados por mais de treze entrevistados , Mais mencionados como pontos fortes , Mais apontados como fatores críticos de sucesso e com Grau de importância maior que nove .

Ass. Ponto Fator Grau de ATRIBUTOS Ma i s forte crítico Import.

de 1 3 Maior 9 3 l ) Layo u t f í sico da franquia def i nido pelo f ranqueador/ programaçao V i sual x X X X l 7 ) Eficiência do si stema de atendimento ao franqueado e operação da franquia X l 2 ) Nome da empresa ( marc a ) bem f i rmado no

mercado X X X X 6 3 ) Impossib i l idade de comprar de outros que não os indicados pelo .franqueador X X

7 0 ) Treinamento contínuo X X X 2 5 ) Criar relac ionamentos estáve i s com o s f ranqueados X X 3 6 ) Def inição c l ara das responsab i l i dades dos franqueados pelo f ranqueador X 3 3 ) Rigor no proc esso de seleção do franqueado X X X 5 5 ) P l anej amento de comunicação de f in ido pe l o franqueador X X 4 ) Percepção do serviço prestado nunca inferior ao serviço prometido X X

2 9 ) Supervisão de campo atuante e X X X si stemática 6 0 ) Loc a l i z ação da l o j a de f i nida pelo f ranqueador X X X 7 ) Capacidade e hab i l idade na operac iona l i zação da franquia pelo f ranqueado X X X l O ) C l ara exp l i c i tação dos custos e das

promessas correspondentes X l l ) Presteza em ouvir e resolver problemas dos c l i entes f in a i s X

7 l ) Capacidade de previ são de vendas X 7 3 ) Baixo grau de conf l i to entre franqueado e franqueador X X 5 ) Cumprir prazos estabelec ido s para a prestação dos serv i ç o s a o franqueado X 9 ) Aparência bem cuidada de quem atende ao c l i ente f inal X l 3 ) Capacidade . do franqueador proagir continuamente às necessidades dos c l i entes f in a i s X X

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1 05

A partir do quadro 17 , em resposta à primeira pergunta da

tese , os atributos considerados mais importantes em um

empreendimento de franquia pelos empresários do ramo de

vestuário são :

• layout fí sico da "franquia definido pelo franqueador

( Programação visual ) ( 3 1 ) ;

• nome da empresa ( marca) bem firmado no mercado ( 12 ) .

• rigor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) ;

• supervisão de campo atuante e sis temática ( 2 9 ) ;

• treinamento cont ínuo ( 7 0 ) ;

• localização da loja definida pelo franqueador ( 6 0 ) ; e

• capacidade e habil idade na operacionali zação da franquia

pelo franqueado ( 7 )

Quadro 18 - Atributos mais importantes

Ass. Ponto Fator Grau de ATRIBUTOS Mais forte crít ico Import.

de 1 3 Maior 9

3 1 ) Layout f í s ico da franqu i a definido pelo franqueado r/ Programação Vi sual X X X X

1 2 ) Nome da empresa (marca ) bem firmado no mercado X X X X

7 0 ) Treinamento contínuo X X X

3 3 ) Rigor no processo de s e l eção do franqueado X X X

2 9 ) Superv i s ão de c ampo atuante e X X X s i s temá t i c a

6 0 ) Loca l i z ação da l o j a def inida pelo f ranqueador X X X 7 ) Capac i dade e hab i l idade na operac iona l i z ação da franquia pelo franqueado X X X

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106

4 . 5 FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO EM FRANCHISING

4 . 5 . 1 INTRODUÇÃO

O obj etivo desta parte da pesquisa é responder à segunda

pergunta da tese, qual sej a :

Quais são as dimensões ( fatores de sucesso ) identi ficadas

a partir da avaliação pelos franqueadores de um conjunto

de atributos que influem no sucesso de um empreendimento

de franquia?

Para tanto , adotando-se a premissa de que há grupos de

fatores de sucesso aos quais os atributos estão relacionados ,

passaremos à análise destes grupos de atributos .

4 . 5 . 2 GRUPOS DE ATRIBUTOS - ANÁLISE DE CLUSTER

Os fatores críticos de sucesso, surgidos a partir da

avaliação dos atributos pelos entrevistados , foram analisados

através da técnica estatística multivariada de análise de

clus ter ( método de Ward ) . Esta ferramenta permi tiu que os

oitenta e três atributos do questionário fossem organizados

em sete grupos , os quais estão listados a seguir :

l . serviços à rede de franqueados e aos clientes finais ;

2 . padronização das operações ;

3 . capacitação do franqueador ;

4 . ges tão financeira do negócio;

5 . gestão da criação de valor ;

6 . suporte financeiro ; e

7 . atributos sem importância .

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107

o diagrama obtido a partir da aplicação do Método de Ward

encontra-se na próxima página .

Os sete agrupamentos , seus respectivos atributos e a

análise que conduziu a sua classi ficação serão apresentados em

seguida .

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Figura 7 - Diagrama de Ward para atributos da pesquisa

o 6 1 0 1 5 20 25 Num +----+----+----+----+----+

1 7 25 31 70 71 38 7

60 38 83 9

33 55 1 2 29 73 8

1 1

1 3 77 5

1 0 4

43 57 88 81 50 54 52 21 49 24 72 28 65 66 78 53 56 38 28 82 80 81 23 69 20 22 1

1 5 40 1 8 35 16 19 61 44 46 48 64 2

47 37 48 74 41 79 42 3

30 6

1 4 58 67 83 62 27 75 69 76 32 34

108

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109

GRUPO 1 SERVIÇOS À REDE DE FRANQUEADOS E AOS CLIENTES FINAIS

Este grupo é formado por vinte e quatro atributos que

traduzem a orientação dos franqueadores em atender às

necess idades, de sua rede e de seus clientes finais . A estes

últimos, sej � diretamente , ou não (via rede de franqueados ) .

' No que se refere ao atendimento aos franqueados , os

atributos representativos desta classi ficação são os

seguintes :

• eficiência do sistema de atendimento ao franqueado e

operação da franquia ( 17 ) ;

• treinamento contínuo ( 7 0 ) ;

• capac idade de previsão de vendas ( 7 1 ) ;

• seleção de produtos /desenvolvimento de novos produtos

( 3 9 ) ;

• panej amento de mídia def inido pelo franqueador ( 5 5 ) ;

• spervisão de campo atuante e sis temática ( 2 9 ) ; e

• dsponibil idade de informações sobre es toque de produtos

acabados ( 7 7 ) .

Em relação aos serviços de atendimento ao cliente final ,

os atributos representativos são :

• seleção de produtos /desenvolvimento de novos produtos

( 3 9 ) ;

• aparênc ia bem cuidada de quem atende ao c liente final ( 9 ) ;

• consideração com as preocupaç ões do cl iente final ( 8 ) ;

• presteza em ouvir e resolver problemas dos c l ientes finais

( 11 ) ; e

• capacidade do franqueador proagir cont inuamente às

necessidades dos cl ientes finais ( 13 ) .

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1 1 0

GRUPO 2 PADRONIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES

Através dos atributós que compõem este grupo os

franqueadores buscam garantir a homogeneidade da sua rede de

franquias através de medidas de controle e coordenação das

operações da mesma .

Os atributos de padronização das operações da rede estão

divididos em três sub-grupos :

l ) padronização das operações , propriamente dita ;

2 ) atividades de marketing; e

3 ) treinamento e plano de incentivos .

O primeiro sub-grupo é formado por atributos que

permitem, tanto o controle do desempenho da rede quanto o

estabelecimento de padrões de procedimentos . Os atributos que

compõem este grupo são :

• rotinização das atividades do negócio ( 2 1 ) ;

• controle sobre franqueados ( 2 4 ) ;

• disponibilidade de manuais operacionais ( 2 8 ) ; e

• coordenação do canal ( 72 ) .

No segundo sub-grupo , os atributos representativos da

"padronização de Atividades de marketing " são os seguintes :

• espaços promocionais nas loj as de finidos pelO franqueador

( 49 ) ;

• f ixação de elementos promocionais na loj a definido pelo

franqueador ( 5 0 ) ;

• orçamento promocional centralizado ( 54 ) ;

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1 1 1

• p lanej amento de promoções centralizado ( 5 2 ) ;

• alto invest imento em merchandise e material promocional de

ponto de venda ( 5 6 ) ; e

• propaganda nacional conjunt a , que cobrem atividades desde o

planej amento à ações de promoção e merchandise ( 57 ) .

Estes atributos garantem à rede a unidade qe imagem do

negócio e da marca nos dis tintos mercados em �e a empresa

atua .

No terceiro sub-grupo estão os atributos de " treinamento

e de plano de incentivos " para vendedores e franqueados , que

representam ferramentas à padronização do atendimento ao

cliente final e à forma de gestão das unidades franqueadas .

Estes são representados pelos seguintes atributos :

• planos de incentivos aos vendedores / franqueados ( 53 ) ;

• programas de treinamento gerenc ial obrigatórios para os

franqueados ( 6 5 ) ;

• programas de treinamento para funcionários das franquias

supervisionado pelo franqueador ( 6 6 ) ; e

• treinamento após a seleção e antes da instalação ( 6 8 ) .

GRUPO 3 CAPACITAÇÃO DO FRANQUEADOR

Este conjunto de atributos agrupa variáveis que permitem

a capacitação do franqueador de compreender o mercado em que

atua para a tomada de decisões antes do início da operação do

sistema e atributos que tornam o franqueador apto à

às necessidades operacionais e de gestão da

franqueados .

responder

rede de

Um atributo que indica a orientação para a compreensão do

mercado antes do início da operação é a "uilização de unidade

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1 12

piloto ( 8 0 ) " , estratégia a partir da qual podem ser feitos

ajustes ao sistema antes do início de sua operação .

Representando atributos que conduzem ao entendimento do

mercado está a "manutenção de unidades próprias ( 81 ) " , que

possibilita o monitoramento do mercado e serve de termômetro

para a avaliação da necessidade de alterações

também o " teinamento após a instalação da

no sistema ; e

loj a ( 69 ) " ,

mecanismo que viabiliza correções no desempenho do franqueado

após o início da operação .

Atributos que indicam a capacitação do franqueador de

responder ao mercado são a "capacidade de reposição imediata

de estoques dos franqueados ( 23 ) " e "capacidade de criar e

assimilar inovações , novas competências e novas tecnologias

( 2 0 ) " , atributos que conferem agi lidade e competitividade à

franquia .

GRUPO 4 GESTÃO FINANCEIRA DA REDE

Este grupo se difere dos demais por possuir variáveis que

permitem o controle da gestão financeira do negócio . Como

atributos representativos dessa classificação temos : a

" fixação dos preços no varej o pelo franqueador ( 4 4 ) " ; que

permite a adaptação dos preços à s i tuação de cada mercado e

garante o posicionamento do negóc io ; o "controle de es toques

pelo franqueador ( 64 ) " , mecanismo essencial à saúde

f inance ira dos franqueados do ramo de vestuário, onde é

s igni f icativa a sazonal idade e mortalidade de cada coleção ;

e os atributos " determinação da margem de lucro pelo

franqueador ( 4 5 ) " ; e " determinação de preços promocionais

pelo franqueador ( 4 6 ) " ; que permitem o controle das ações

promocionais e da lucratividade das unidades franqueadas .

GRUPO 5 GESTÃO DA CRIAÇÃO DE VALOR

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1 13

Este grupo agrega fatores que representam fontes de

vantagem competitiva para o franqueador , mediante a criação de

valor para seus franqueados e os clientes finais .

Dentre os atributos que compõem esse grup o , como

exemplo de atividades real izadas pelo franqueador para

agregar valor ao desenvolvimento e à venda dos produtos

pelos franqueados , temos :

• o ferecer produtos de alto valor para os clientes ( 4 1 ) ;

• possuir linhas complementares de produtos/ serviços ( 42 ) ;

• mix de unidades pedidas definido pelo franqueador ( 3 0 ) ;

• fixar preços de acordo com a situação do mercado onde se

encontra a unidade franqueada ( 48 ) ; e

• propaganda regional conj unta ( 5 8 ) .

em caso

o atributo

de fracasso

"possibilidade de recompra da unidade

ou insatis fação ( 3 7 ) " também é um

atributo que cria valor para o negócio , na medida em que

permite a recuperação de uma unidade e sua readaptação à

rede , preservando a imagem e a marca da empresa .

Neste grupo há também atributos que permitem ao

franqueador criar valor através da busca de relacionamentos

estáveis com a rede de franqueados e do comprome timento

destes com o negóci o , são estes : " cultivar um alto nível de

relac ionamento com os cl ientes finais ( 3 ) " ; "prover atenção

individualizada aos franqueados ( 14 ) " ; e "planej amento

conjunto das atividades ( 7 9 ) " .

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1 14

GRUPO 6 SUPORTE F INANCEIRO

Dentre os atributos agrupados neste segmento , dois são de

suporte financeiro à operação da franquia : " assistência

f inanceira ao franqueado na implantação ( 7 5 ) " e "assistência

f inanceira -constante ( 7 6 ) " . Es tes atributos garantem o

apoio finariceiro à rede de franqueados no momento de

montagem da unidade franqueada e durante a operação do

negóc io .

GRUPO 7 ATRIBUTOS SEM IMPORTÂNCIA

Esta categoria é formada por atributos que foram

considerados sem importância pelos entrevistados do ramo de

franquias de vestuário .

O primeiro atributo " treinamento antes da seleção ( 67 ) " ,

de acordo com citações feitas pelos entrevistados não faz

sentido para suas operações , já que o tempo e o custo de um

treinamento só deveriam ser dedicados a candidatos já

selecionados .

O próximo atributo : "Compras descentrali zadas ( 83 ) " vai

contra a forma de operação do setor de vestuário que , em sua

maioria, terceirizou sua produção e centraliza as compras dos

produtos acabados vendidos pela rede de franqueados .

O último atributo deste grupo : " Ponto de venda

pertencente ao franqueador ( 62 ) " , também não foi destacado ,

tendo sido considerado sem nenhuma importânc ia pela maioria

dos entrevistados .

Comparando os atributos identificados na análise de

Cluster com os da resposta à primeira pergunta da tese ,

observa-se que todos esses atributos fazem parte apenas de um

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1 15

dos seis grupos de fatores críticos de sucesso , o de SERVIÇOS

À REDE DE FRANQUEADOS E AOS CLIENTES FINAIS .

atributos :

• layou t físico da franqu ia definido pelo

( Programação visual ) ( 3 1 ) ;

São estes

franqueador

• nome da empresa ( marca ) bem f irmado no mercado ( 12 ) ;

• rigor no processo de se leção do : franqueado ( 3 3 ) ;

• supervi são de campo atuante e s i s temática ( 2 9 ) ;

• treinamento contínuo ( 7 0 ) ;

• localização da loj a definida pelo franqueador ( 6 0 ) ; e

• capacidade e habil idade na operacionalização da franquia

pelo franqueado ( 7 ) .

setor

Este resultado indica a percepção dos

de vestuário , quanto à importância

franqueadores do

dos atributos

relacionados aos serviços de seleção de franqueados aptos a

operacionalizarem suas unidades ; relativos ao treinamento da

rede de franqueados ; relacionados à montagem da loj a ; à

obediência ao formato do negócio; e ao suporte representado

pela força da marca para a operação efetiva de um negócio de

franchising.

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1 16

4 . 6 AGRUPAMENTOS DE FRANQUIAS DO SETOR DE VESTUÁRIO

Esta parte do trabalho visa avaliar os

resultantes da aplicação do método de clus ter à

franquias do setor de vestuário .

agrupamentos

amostra de

A aplicação da técnica estatística multivariad� de

análise de clus ter às empresas entrevistadas resultou na

figura 8 .

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1 17

Figura 8 Diagrama de Ward para grupos de franquias de vestuário

o 5 1 0 1 5 20 25 Num t···_····t·_···-t-·_·_·t· __ ·-t-·······t

1 5 1 8 4 1 6 9 1 2 1 1 2 6 1 4 1 3 1 0 5 1 7 1 7 3 8

J J

I

I-

I--

I

r

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1 1 8

GRUPO 1

O primeiro grupo no diagrama de grupos de empresas é

formado apenas por franquias brasileiras , são elas : Can tão,

Dimpus, Pakalolo, Lápis de Cor, Mr . Ca t , Aqual ung e Forum . A

maioria dessas empresas é do segmento de moda j ovem .

Neste grupo estão todas as empresas entrevistadas no Rio

de Janeiro, mas nenhuma delas é regional . Ao contrário

possuem lojas em diversos pontos do país .

A diversidade de mercados em que atuam essas empresas

explica uma característica comum às mesmas : a importância dada

à adaptação do formato do negócio e do mix de produtos pedidos

às particularidades de cada mercado em que atuam . Além de

destacarem este fator como crítico à ampliação de seus

negócios , os entrevistados também buscam dar ao franqueado

liberdade para a tomada de decisões e de modif icações no

sistema ao mercado em que atuam .

As franquias deste grupo permitem que os pedidos de seus

franqueados variem em cada região do país exigindo apenas a

aquisição e exposição das principais peças que sustentem a

identidade de cada nova coleção . Isto é percebido em alguns

comentários feitos pelos entrevistados, como por exemplo : "o

negócio tem que ser tocado por um franqueado com pro fundo

conhecimento do seu mercado , ele é quem me dirá o que devo

fazer para ter sucesso na sua região " , ou ainda : "O Brasil é

muito grande e cheio de diferenças , é pretensão achar que o

que é bom em São Paulo dará certo em Natal " .

Estas franquias buscam, mais do que franqueados ,

parceiros que representem seus negócios e suas marcas e que os

fortaleça junto ao mercado em que operam, daí o segundo ponto

de destaque neste grupo : a importância do processo de seleção

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1 19

dos seus franqueados . o comentário de um entrevistado

ressalta como estas empresas valorizam esta atividade " ( ... ) a

seleção é como namoro e por isso é mais importante que o

casamento , é aí que você vê se vai dar certo mesmo L .. ) ..

A relação franqueador-franqueado neste grupo de empresas

é mais informal dó que em outros casos . Vale ressaltar , no

entanto , que a liberdade dada aos franqueados e a

informalidade de relacionamento não implicam na inexistência

de um padrão de formato , mas na possibilidade de ajustes

visando seu aprimoramento à cada mercado .

No que concerne ao desenvolvimento de produtos , estas

franquias caracterizam-se por não ter compromisso com a

tendência da moda em outros países , suas coleções perseguem

inclinações brasileiras buscando roupas e acessórios que

traduzam a cultura e o estilo local .

GRUPO 2

O segundo grupo de franquias é constituído pelas empresas

Wrangler, Giovanna Baby, Vuarnet , Polo Play e Zoomp . Todas

estas empresas foram fundadas antes de 1982 e , exceto por duas

delas , todas recorreram ao sistema de franchising antes de

1 9 8 5 .

Os produtos dessas franquias são orientadas a um público

de alto poder aquisitivo e que valoriza usar roupas e

acessórios de grife .

As empresas brasileiras deste grupo buscam acompanhar as

tendências e novidades da moda internacional e as duas

estrangeiras ( Wrangl er e Vuarne t ) comercializam no

mesmos produtos encontrados no exterior , fazendo

adaptações ao mercado brasileiro . Essas duas

país os

algumas

empresas

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1 20

estrangeiras são representadas no Brasil por mas ter

franqueados que detém o direito à exploração e uso da marca e

franquia do negócio .

A força da marca das empresas deste grupo e a sua

orientação à comercialização de produtos de alta qualidade

colocam estas franquias numa posição de destaque na moda

brasileira . Como conseqüência , elas são consideradas

referências nos seus segmentos, sendo vítimas de cópias de

seus produtos e , em casos mais extremos, até do uso de suas

marcas . Neste grupo estão as duas únicas franquias

entrevistadas que indicaram ter como ponto fraco a pirataria

de suas marcas : Vuarnet e Zoomp .

GRUPO 3

Este grupo é constituído pelas empresas Benet ton, Ell u s e

Lacos te . Uma característica marcante deste grupo de empresas

é a predominância de lojas franqueadas frente à próprias,

demonstrando uma maior dependência do sistema e também mais

maturidade em suas operações .

No caso da Bene t ton, 96% das suas lojas são franqueadas

enquanto a Lacoste não possui nenhuma unidade própria e 9 0 %

das lojas Ellus são unidades franqueadas .

Outro aspecto comum a es te grupo é o fato destas

franquias terem suas marcas consolidadas no mercado nacional ,

tendo indicado ter como ponto forte de seu negócio a força da

marca . A sustentação deste diferencial prescinde de

constantes investimentos em comunicação , promoção de eventos e

na programação visual de suas lojas , outro aspecto particular

ao grupo .

GRUPO 4

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121

A TKTS é a única empresa des te grupo . Esta franquia

brasileira do segmento de moda j ovem sediada em São Paulo , vem

passando nos últimos anos por um intenso processo de

restruturação . De 3 5 unidades franqueadas declaradas em 1995 ,

em um ano sua rede foi reduz ida para 2 4 lojas , dentro de um

processo de fechamento de unidades com baixo desempenho .

Num es forço de revitalização de sua marca a TKTS vem

ampliando sua linha de produtos , passando a oferecer além do

básico ( calça j eans , camisetas e camisas ) novos acessórios e

também está diversi ficando os segmentos em que atua . Além de

peças para o público j ovem suas loj as começam a oferecer

roupas de moda infantil .

GRUPO 5

Este grupo é formado

franquia brasileira também

apenas pela

do segmento

empresa

de moda

Mercearia,

j ovem que

destina seus produtos à classe média e distingue- se das demais

por possuir uma marca menos conhecida e por oferecer produtos

à classe média a preços mais baixos .

GRUPO 6

Este grupo também é composto por apenas uma franquia, a

Hugo Boss, empresa alemã do segmento de moda masculina que

vende seus produtos à classe A . Esta é a única empresa cuj a

linha de produtos destina-se mais à atividades profissionais

do que ao lazer .

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122

Nesta parte da tese foram destacados 6 grupos de empresas

no setor de vestuário . O primeiro é formado por franquias que

valorizam a adaptabilidade do formato do negócio e do mix de

produtos pedidos às particularidades de cada mercado em que

atuam . O segundo é constituído por empresas cujos produtos

são destinados a um público com maior poder aquisitivo e que

valoriza usar roupas e acessórios de grife .

O terceiro grupo diferencia-se dos demais por agregar

franquias com maior dependência do sis tema e com operações

mais maduras do que em outros grupos .

O quarto , quinto e sexto grupos são formados por apenas

uma empresa . A empresa do primeiro destes grupos tem como

particularidade estar passando por um processo de

restruturação que prevê a ampliação da sua l inha de produtos e

diversificação dos segmentos em que atua . O quinto grupo é

constituído por uma empresa que vende produtos à classe média

e sua marca é menos conhecida que as demais franquias da

amostra . A empresa do sexto grupo de franquias do setor de

vestuário caracteriza-se por vender produtos destinados mais

ao trabalho do que ao lazer .

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CAPÍTULO 5 RESUMO, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES DE TRABALHOS

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124

5 . 1 RESUMO DA TESE

O obj etivo desta tese , e identificar os padrões de

sucesso percebidos por ft-anquias de desempenho superior do

setor de vestuário , também buscando avaliar quais os fatores .

que permitem à algumas empresas atingir esses padrões .

Esta tese consti tuiu"-se numa pesquisa do tipo survey com

uma amostra formada por dezoito franquias do setor de

vestuário das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo . Esta

amostra foi identificada a partir do Censo realizado pela

Associação Bras ileira de Franchising para o ano de 1 9 9 5 . As

empresas do setor de vestuário que formaram a amostra foram

avaliadas mediante a aplicação dos critérios descritos no

Capítulo 3 , para a redução de disparidades entre as empresas

do setor . O entrevistado em cada empresa foi , na maioria dos

casos , o dono ou o principal executivo responsável pelo

sistema de franchising.

Uma característica particular ao setor de vestuário é o

fato da maioria das empresas entrevis tadas haver terceirizado

sua produção de roupas , calçados e acessórios .

comercializados pelas unidades franqueadas e ,

Estes são

com poucas

exceções , também por loj as multimarcas . A amostra foi formada

por quatorze empresas brasileiras e quatro estrangeiras .

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125

o questionário utilizado na tese é dividido em quatro

partes . Na primeira há perguntas abertas de introdução ao

tema de franchising. A segunda parte é formada por ques tões

sobre oi tenta e três atributos apontados na li:teratura como

críticos ao sucesso de empreendimentos de franquia . Nesta

parte foi solicitada a opinião do entrevistado 'a respeito da

importância destes atributos . Na terceira par"te solicitou­

se ao representante da empresa entrevis tada " atribuir uma

nota para o grau de importânc ia dos mesmos atributos da

segunda parte . A última parte do questionário consistiu de

questões que permitiram caracterizar as empresas e os

entrevistados .

A aplicação do questionário foi efetuada ao longo do ano

de 1996 e início de 1997 . através de entrevistas pessoais .

As duas perguntas da tese foram:

Pergunta 1 :

Quais atributos são considerados os mais importantes para

o sucesso de um empreendimento de franquia . pelos

principais executivos de empresas de desempenho superior .

do setor de ves tuário?

Pergunta 2

Quais são as dimensões ( fatores de sucesso ) identificadas

a partir da avaliação pelos franqueadores de um conjunto

de atributos que influem no sucesso de um empreendimento

de franquia?

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126

Os entrevistados foram capazes de indicar alguns

atributos como críticos ao desempenho de franquias de sucesso .

Em resposta à primeira pergunta da tese , foi possível

determinar , segundo a percepção dos entrevistados do setor de

vestuário, sete atributos :

l . l ayou t físico da franquia definido pelo franqueador

( programação visual ) ( 3 1 ) ;

2 . nome da empresa (marca ) bem firmado no mercado ( 12 ) ;

3 . r igor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) ;

4 . supervisão de campo atuante e s i stemática ( 2 9 ) ;

5 . treinamento contínuo ( 7 0 ) ;

6 . 10calização da loja definida pelo franqueador ( 6 0 ) ; e

7 . capac idade e habilidade na operacionalização da franquia

pelo franqueado ( 7 ) .

Em resposta à segunda pergunta da tese , o estudo também

identi ficou , através do procedimento estatístico de análise de

clus ter, sete grupos de atributos . Destes , seis grupos

aglutinam atributos considerados importantes para o sucesso de

negócios de franquia ; e um deles reúne os atributos

considerados sem importância pelos respondentes . Os seis

fatores críticos de sucesso definidos pela análise de Cl uster

são :

l . serviços à rede de franqueados e aos clientes finais ;

2 . padronização das operações ;

3 . capacitação do franqueador ;

4 . gestão financeira do negócio ;

5 . gestão da criação de valor ; e

6 . suporte financeiro .

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127

Através da análise de clus ter, o estudo permitiu também

a formação de seis grupos de franquias de vestuário .

l . franquias que valorizam a adaptabilidade do formato do

negócio e do mix de produtos pedidos às particularidades de

cada mercado ;

2 . franquias cujos produtos são destinados a um público com

alto poder aquisitivo ;

3 . franquias com maior dependênc ia do sis tema de franchising

( quase 100% de suas vendas ) e com operações mais maduras ;

4 . franquia passando por restruturação que prevê a ampliação da

sua l inha de produtos e divers i ficação dos segmentos de

atuação ;

5 . franquia cuj os produtos destinam-se à classe média e possui

marca menos conhecida ; e

6 . franquia cuj os produtos des tinam-se mais à atividades

profissionais do que ao lazer .

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128

5 . 2 CONCLUSLlES

o presente estudo conduziu à algumas conclusões em

relação à :percepção dos franqueadores do setor de vestuário

sobre os 'atributos e fatores críticos para o sucesso em

franchi sing.

Em relação à primeira pergunta da tese Quais

atributos são considerados os mais importantes para o sucesso

de um empreendimento de franquia, pelos principais executivos

de empresas de desempenho superior, do setor de vestuário ? , as

análises dos resultados identificaram sete atributos :

1 . 1 ayout físico da franquia definido pelo

( Programação visua l ) ( 3 1 ) ;

franqueador

2 . nome da empresa ( marca) bem firmado no mercado ( 12 ) ;

3 . rigor no processo de seleção do franqueado ( 3 3 ) ;

4 . supervisão de campo atuante e sistemática ( 2 9 ) ;

5 . tre inamento contínuo ( 7 0 ) ;

6 . locali zação da loj a definida pelo franqueador ( 6 0 ) ; e

7 . capacidade e habilidade na operacionalização da franquia

pelo franqueado ( 7 ) .

Esses atributos traduzem algumas particularidades do

setor de vestuário .

Primeiro , a "marca" da franquia de vestuário deve ser

forte o suficiente para sobreviver às constantes mudanças de

coleções (pelo menos duas ao ano ) e ainda seguir ou , em alguns

casos , até , ditar as tendências da moda brasileira .

A maioria dos consumidores não compra uma roupa por ter

necessidade de repor uma peça do seu armário , mas por impulso ,

pelo desej o de se sentir in e fazer parte de um grupo de

referência , ou ainda para se presentear , buscando uma mudança ,

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129

uma novidade em suas vidas . A roupa , nas palavras de um

entrevistado , "reflete os desejos do que o cliente quer que os

outros pensem que ele é " . Por isso , " ( ... ) a loja deve ser

impecável e os vendedores têm · que refletir a marca e o

conceito do negócio " .

Por ser tão dependente da moda e seus produtos terem um

tempo de vida curto ( com exceções como camisetas básicas ou

j eans ) , as empresas de vestuário têm como importante elemento

de sustentação do negócio no longo prazo : a força de suas

marcas .

Além disso, essas empresas buscam fortalecer sua marca e

a identificação de seus consumidores com ela, através da

definição clara do conceito de seus negócios refletida no

estabelecimento de um padrão de layou t e de identidade visual

de suas lojas , bem como na localização das mesmas, pois

segundo um entrevistado " ( ... ) as coleções mudam, as roupas

ficam fora de moda , mas a marca e o ponto permanecem" .

A rigidez dos processos de atendimento ao cliente numa

loj a de fast- food não são perseguidas numa franquia de

vestuário . o consumidor de roupas , calçados e acessórios não

tem pressa, mas vontade de encontrar algo que o complete e o

faça deixar a loj a satisfeito . Portanto , sua permanência no

ponto de venda deve ser agradável . Por isso , a preocupação da

amostra com o visual de suas loj as e a obediência ao formato

do negócio , obtida através de uma supervisão de campo atuante

e sis temática .

Outro mecanismo adotado pelas empresas do setor para

fortalecer suas marcas e o conceito de seus negócios é o rigor

no processo de seleção de franqueados plenamente capacitados à

operar o negócio . Estes , como mencionou um entrevistado ,

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130

" devem ter a cara do negócio ( ... ) não dá para imaginar alguém

mal vestido e sem charme por trás de uma loj a nossa ( ... ) " .

Como os produtos oferecidos por loj as de vestuário

refletem tendênc ias que estão sempre mudando , os franqueados

devem estar bem informados sobre o que reflete cada nova

coleção e as tendências do segmento em que atuam (moda j ovem,

infanti l , etc ) . É através de investimentos em treinàmento ,

que as franquias de vestuário buscam garantir a constante

atualização da sua rede .

Em resposta à segunda pergunta da tese - Quais são as

dimensões ( fatores de sucesso ) identi ficadas a partir da

avaliação pelos franqueadores de um conjunto de atributos que

influem no sucesso de um empreendimento de franquia? , a

aplicação do método de análise de clus ter permitiu a

obtenção das seguintes dimensões :

l . serviços à rede de franqueados e aos clientes finais ;

2 . padronização das operações ;

3 . capacitação do franqueador ;

4 . gestão financeira do negócio ;

5 . gestão da criação de valor ; e

6 . suporte financeiro .

Esses grupos refletem as preocupações do setor de

vestuário com a padronização das atividades dos franqueados

e a obediênc ia a este padrão . Para atingir tal fim, as

franquias desse setor prestam serviços operacionais e

oferecem atividades de suporte financeiro a sua rede .

A fim de fortalecer suas marcas e sustentar seus

neg6cios e sua rede de franqueados , as franquias de

vestuário também buscam desenvolver atividades de criação de

valor e de ges tão f inanceira .

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131

A aplicação do método de clus ter permitiu também

agrupar as empresas de franchi s ing do setor de vestuário em

grupos sendo poss ível chegar à algumas conclusões .

Foram identificados seis grupos estratégicos no setor de

franchising de vestuário a partir do método de cluster.

o primeiro grupo é formado por empresas de vestuário que

valorizam a adaptabilidade do formato do negócio e do mix de

produtos pedidos às particularidades de cada mercado em que

atuam .

o segundo grupo é constituído por empresas cujos produtos

são destinados a um público com alto poder de compra e que

valoriza usar roupas e acessórios de grife conhecida .

o terceiro grupo tem como particularidade apresentar

maior dependência do sistema de franchi sing e operações mais

maduras do que em outros grupos .

o quarto , quinto e sexto grupos são formados por apenas

uma empresa . A empresa do primeiro destes grupos caracteriza­

se por estar atravessando um processo de restruturação que

prevê a ampliação da sua linha de produtos e diversi ficação

dos segmentos em que atua .

o quinto grupo é constituído por uma empresa que tem como

público-alvo a classe média e possui uma marca menos conhecida

que as demais franquias da amostra .

A empresa do sexto grupo de franquias destaca-se por

vender produtos destinados mais à atividades profissionais do

que ao lazer .

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5 . 3 RECOMENDAÇÕES DE TRABALHOS

Esta dissertação

fatores de sucesso

de mestrado procurou identificar

percebidos por representantes

1 32

os

de

franquias do setor de vestuário e quais fatores permitem à

. determinadas franquias atingir um desempenho superior .

Uma vez que as entrevi stas foram realizadas com os

principais executivos ou donos das franquias , poder-se-ia

avaliar a percepção que os franqueados destas empresas têm a

respei to dos mesmos atributos . Além disso , outra abordagem

relevante seria avaliar a percepção dos c lientes finais das

empresas entrevistadas

O fato da maioria das empresas possuir unidades

franqueadas em quase todo o Brasi l , e terem indicado grande

preocupação com as conseqüências desta diversidade de mercados

nas suas operações , sugere que a realização de pesquisas junto

a franqueados e clientes finais deveria ser ampliada para

outras áreas além do Rio de Janeiro e São Paulo .

Uma vez que a maioria das empresas entrevistadas

comercializa seus produtos não somente em lojas próprias e

franqueadas , mas também através de lojas multimarcas , poder­

se-ia avaliar o impacto desta estratégia na relação

franqueador-franqueado e na percepção dos c lientes finais .

Este estudo faz parte de uma linha de pesquisa de

franchising, tendo sido realizadas pesquisas semelhantes

para os setores de Fast-Food e de Perfumaria e Cosméticos .

Portanto, seria interessante avaliar a existência de

s imilaridades e diferenças entre os padrões de sucesso

surgidos em cada setor . A l inha de pesquisa também poderia

ser estendida a outros setores da indústria de franchising.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXOS

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Anexo I Relação dos 83 atributos pesquisados

I I Definição c lara do número de ( segmentos l mercados em que a empresa atua 2 l Desenvolvimento contínuo de novos mercados para a entrada da empresa 3 l Cul tivar um alto nível de relacionamento com os clientes finais .

4 l Percepção do serviço pres tado nunca inferior ao serviç o �rometido 5 l Cumprir prazos estabelec idos para a prestação dos serviços ao franqueado

6 l Capacidade e habilidade de contato pessoal do franqueado 7 l Capacidade e habil idade na operac ionalização da franquia pelo franqueado

8 l Consideração com as preocupações do cl iente final

9 l Aparênc ia bem cuidada de quem atende ao c liente final 1 0 l Clara explic itação dos custos e das promes sas correspondentes

1 1 l Presteza em ouvir e resolver problemas dos cl ientes finais

12 l Nome da empresa ( marca l bem firmado no mercado 1 3 l Capac idadedo franqueador proagir continuamente às neces . dos c lientes f inais

1 4 l prover atenção individual izada aos franqueados

1 5 l Prover atenção individualizada aos c lientes finais

1 6 l Reconhecimento do c liente regular 17 l Eficiência do sistema de atendimento ao franqueado e operação da franquia 1 8 l Flexibilidade de formato para atender à diversidade de alternativas de utilização do negócio

19 l Capacidade de controle sobre as atividades dos franqueados 2 0 l Capacidade de criar e assimilar inovações , novas competências e novas tecnologias

2 1 l Capacidade de rotinização das atividades do negócio 2 2 l Economias de escala obtidas pelo atuação conj unta dos franqueados 2 3 l Capacidade de reposição imediata de estoques dos franqueados 2 4 l Controle e coordenação centrali zados das atividades dos franqueados

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2 5 ) Criar relacionamentos es táveis com os franqueados

2 6 ) Garantia de demanda para o franqueado

2 7 ) Garantia de fornec imento através de produção própria 2 8 ) Adaptação às mudanças ambientais e a movimentos da concorrência

2 9 ) Supervisão de campo atuante e sistemática

3 0 ) Mix de unidades pedidas def inida pelo franqueador

3 l ) Layout físico da franquia definida pelo franqueador

3 2 ) Possuir conselho de franqueados atuante

3 3 ) Rigor no processo de seleção do franqueado

3 4 ) Atuar em mercados es táveis e com mudanças lentas

3 5 ) Originalidade do conceito da franquia quando da sua criação 3 6 ) Definição clara das responsabil idades dos franqueados pelo franqueador 3 7 ) Possibil idade de recompra da unidade em caso de fracasso ou insatisfação 3 8 ) Disponibilidade de manuais detalhados de operação da unidade franqueada

3 9 ) Seleção de produtos /desenvolvimento de novos produtos

4 0 ) Elevada taxa de desenvolvimento de novos produtos

4 l ) Oferecer produtos de alto valor para os cl ientes

4 2 ) Possuir l inhas complementares de produto s / s erviços

4 3 ) Padronização de produto ou serviço

4 4 ) Fixação dos preços no varej o pelo franqueador

4 5 ) Determinação da margem de lucro pelo franqueador

4 6 ) Determinação de preços promocionais pelo franqueador

4 7 ) Pol í tica centralizada de crédito aos franqueados 4 8 ) Fixar preços de acordo com a situação do mercado onde se encontra a unidade franqueada

4 9 ) Espaços promocionais nas lojas definido pelo franqueador

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5 0 ) Fixação de e lementos promoc ionais na loja def inido pelo franqueador 5 1 ) Programação visual da loj a rígida e definida pelo franqueador

52 ) planej amento de promoções centralizado

5 3 ) Planos de incentivos aos vendedores / franqueados

5 4 ) Orçamento promocional centralizado

5 5 ) Planej amento de comunicação definido pelo franqueador 5 6 ) Alto investimento em merchandise e material promoc ional de ponto de venda

5 7 ) Propaganda nacional conjunta

5 8 ) Propaganda regional conjunta

5 9 ) Utilização de Relações Públicas pelo franqueador

6 0 ) Loca1ização da loja definida pelo franqueador

6 1 ) Proteção terri torial para os franqueados

62 ) Ponto de venda pertencente ao franqueador 63 ) Impossibilidade de comprar de outros que não não os indicados pelo franqueador

6 4 ) Controle de estoques pelo franqueador 6 5 ) Programas de treinamento gerencial obrigatórios para os franqueados 6 6 ) Programas de treinamento para func ionários das franquias supervisionado pelo franqueador

6 7 ) Treinamento antes da Seleção

6 8 ) Treinamento após a seleção e antes da instalação

6 9 ) Treinamento após a instalação

7 0 ) Treinamento cont inuo

7 1 ) Capacidade de previsão de vendas

7 2 ) Elevado grau de coordenação do canal pelo franqueador

7 3 ) Baixo grau de conflito entre franqueado e franqueador

7 4 ) Franqueado deve ter experiênc ia prévia

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7 5 ) Assistência financeira ao franqueado na implantação

7 6 ) Ass i stência financeira constante 7 7 ) Disponibilidade de informações sobre estoque de produtos acabados

7 8 ) Disponibilidade de informações sobre condições de mercado

7 9 ) Planej amento conjunto das atividades

8 0 ) Uti l i zação de :unidade piloto

8 1 ) Manutenção de unidades próprias

8 2 ) Limitação de número de unidades por franqueado

83 ) Compras descentralizadas

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Anexo I I Questionário da tese

o Instituto

Universidade

de Pós -Graduação

Federal do Rio

e Pesquisa; em Administração da

de Janeiro ( COPPEAD/UFRJI está

desenvolvendo um programa de pesquisas cujo principal objetivo é

estudar os fatores criticos de sucesso s de empreendimentos de

franquias . Para iS50 es tamos entrevis tando empresários e executivos

que ocupam cargos de liderança no setor de Ves tuári o .

Todas a s informações prestadas nesta entrevi sta serão consideradas

confidenciai s , não sendo ident i f icados os respondentes .

Contamos com sua colaboração .

Nome do Entrevi stado :

Titulo exato do cargo do entrevistado :

Data da Entrevista : __ 1 ___ 1 __ -

Marca Fantasia :

Razão Social da Empresa :

Endereço :

Cidade :

Telefone : ( _____ 1 ________ __

Entrevistador :

Estado :

Fax : ( __ 1 ______ _ emai l :

148

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149

QUESTIONÁRIO FRANCaISE

1 . Por que a empresa optou pelo s i stema de franquia?

2 . Quais o s pontos fortes e fracos que vocªs avaliam no seu sistema hoje ?

Pontos Fortes Pontos Fracos

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150

3 . Ao que o ( a ) Sr . ( a ) . credita o sucesso do seu empreendimento corno franquia ?

Quais são os principais fatores que determinam o sucesso da franquia do seu

negócio ?

4 . Qual o crescimento vegetativo , em termos de unidades , do neg6cio nos

últimos cinco anos ?

ANO UNIDADES ABERTAS UNIDADES FECIlADAS

PROPRIAS FRANQUEADAS PROPRXAS FRANQUEADAS

90

9 1

92

93

94

9 5

5 , Já houve casos d e fechamento d e unidades franqueadas? ( O ) não ( 1 ) sim

5 . 1 Quais os principais motivos de fechamento dessas unidades ?

4 . - Já Houve caso de recompra de alguma unidade franqueada ? ( O ) não ( i ) sim

6 . 1 � Quais os principais motivo de recompra desta ( s ) Unidade ( s l ?

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1 5 1

A s questões a seguir dizem respeito a fatores qu e são apontados na literatura

como críticos para o sucesso de eltQ;)reendimentos de franquia. Desejamos sua

opinião sobre a importana!. de tais fatores � Eles não se referem a um negócio

ou : ramo específico, podem e devem ser avaliados a luz de sua experiência, mas

DÃo precisam ficar limitados a isso. OU seja, pode abstrair de sua experiência

qu�Ddo sentir que não pode avaliar determinado fator a partir de seu negócio .

Nesta primeira fase desejamos que a partir da lista que lhe é apresentada, o

( a ) Sr. ( a ) assinale os fatores que, em sua opinião são os mais importantes,

entre os listados .

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152

Mercados

Definição clara do número de ( segmentos) mercados em que a empresa atua

Desenvolvimento contínuo de novos mercados para a entrada da empresa

Serviços

finais

Cultivar um alto nível de relacionamento com o s clientes finais

Percepção do serviço prestado nunca inferior ao serviço prometido

Cumprir prazos estabelecidps para a prestação dos serviços ao franqueado

Capacidade e habilidade de contato pessoal do franqueado

Capacidade e habilidade na" operacionalização da franquia pelo franqueado

Consideração com as preocupações do cliente final

Aparência bem cuidada de quem atende ao cliente final

Clara explicitação dos custos e das promessas correspondentes

Presteza em ouvir e resolver problemas dos clientes finais

Nome da empresa (marca) bem firmado no mercado

Capacidade do franqueador proagir continuamente às necessidades dos clientes

Prover atenção individualizada aos franqueados

Prover atenção individualizada aos clientes finais

Reconhecimento do cliente regular

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153

Neg6clo

Eficiência do sistema de atendimento ao franqueado e operação da franquia

Flexibilidade de formato para atender à diversidade de alternativas de

utilização do negócio

Capacidade de controle sobre as atividades dos franqueados

capacidade de criar e assimilar inovações , novas .competências e nOVas

tecnologias

Capacidade de rotinização das atividades do negócio

Economias de escala obtidas pelo atuação conjunta dos franqueados

Capacidade de reposição imediata de estoques dos franqueados

Controle e coordenação centralizados das atividades do� franqueados

Criar relacionamentos estáveis com os franqueados

Garantia de demanda para o franqueado

Garantia de fornecimento através de produção pr6pria

Adaptação às mudanças ambientais e a movimentos da concorrência

Supervisão de campo atuante e sistemática

Mix de unidades pedidas definida pelo franqueado r

Layout físico da franquia definida pelo franqueador

Possuir conselho de franqueados atuante

Rigor no processo de seleção do franqueado

Atuar em mercados estáveis e com mudanças lentas

Originalidade do conceito da franquia quando da sua criação

Definição clara das responsabilidades dos franqueados pelo franqueador

Possibilidade de recompra da unidade em caso de fracasso Ou insatis fação

Disponibil idade de manuais detalhados de operação da unidade franqueada

Produtos/Serviços

Seleção de produto s / serviços centralizada no franqueador

Elevada taxa de des envolvimento de novos produtos / s erviços

Oferecer produtos de alto valor para os clientes

Preços

Possuir l inhas complementares de produtos / s erviços

Padronização de produto s / s erviços

Fixação dos preços no varejo pelo franqueador

Determinação da margem de lucro pelo franqueado r

Determinação de preços promocionais pelo franqueado r

Politica centralizada de crédito aos franqueados

Es trutura de descontos definida pelo franqueador

Fixar preços de acordo com a s ituação do mercado onde se encontra a unidade

franqueada

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Promoção

Espaços promocionais nas lojas definido pelo franqueador

Fixação de elementos promocionais na l o j a definida pelo franqueador

'Programação visual da loja rígida e definida pelo franqueador

Planejamento de promoções centralizado

Planos de incentivos aos vendedores/ franqueados

Orçamento promocional centralizado

Planej amento de comunicação/mídia definido pelo franqueador

Panejamento de eventos especiais de vendas centralizado

154

Alto investimento em merchandise e material promocional de ponto de venda

Propaganda nacional conjunta

Propaganda regional conjunta

Utili zação de relações públicas pelo franqueador

Localização da l o j a definida pelo franqueado r

Proteção territorial para os franqueados

Ponto de venda pertencente ao franqueador

For.aecedores

) Impossibilidade de comprar de outros fornecedores que não aqueles indicados

pelo franqueador

} Controle de estoques pelo franqueador

Treinamento

Programas de treinamento gerencial obrigatórios para os franqueados

Programas de treinamento para funcionários das franquias supervi sionado

pelo franqueado r

Treinamento do franqueado :

Antes da Seleção

Após a Seleção e antes da Instalação

Após a Instalação

Contínuo

Capacidade de previsão de vendas

Elevado grau de coordenação do canal pelo franqueador

Baixo grau de conflito entre franqueado e franqueador

Franqueado deve ter experiência prévia

A.paetos Pinanceiros

Assistência financeira ao franqueado na implantação

Assistência financeira constante

Estrutura de Informações

Disponibilidade de informações sobre estoque de produtos acabados

Disponibi lidade de informações sobre condições de mercado

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Estratégia

Planej amento conjunto das atividades dos franqueados e franqueado r

Utilização de unidade piloto

Manutenção de unidades próprias

Limitação de número de unidades por franqueado

Compras descentralizadas

155

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1 56

As questões a seguir di zem respeito a fatores que são apontados na literatura

como criticos para o sucesso de �reendimentos de franquia . Desejamos sua

opinião sobre a importância de tais fatores . Eles não se referem a um negócio

ou ramo específico, podem e devem ser avaliados a luz de sua experiência, mas

não precisam; ficar limdtados a isso. OU seja, pode abstrair de sua experiência

quando sentir que não pode avaliar determinado fator a partir de seu neg6cio.

As perguntas i pedem basi camente uma nota para o grau de importância do fator

citado . Exemplo :

Servir sorvete nas l o j as durante o verão .

x

I I I O 1 2 3 <I 5 6 7 a 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Indica que o respondente avaliou com grau 4 a importância desse fator no

sucesso dos empreendimentos de franquia .

MerCAdos

Definição clara do número de ( segmentos) mercados em que a empresa atua

I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 I I I

3 <I I I I

5 6 7 I

a 9 I

10

Totalmente

Importante

Desenvolvimento continuo de novos mercados para a entrada da empresa

I 1 O

Totalmente

sem Importância

Serviços

2 I I

3 , I

5 6 7 a I

9 I

10

Totalmente

Importante

Cultivar um alto nivel de relacionamento com os clientes finais

I 1 O

Totalmente

sem Importância

I I 2

I I 3 <I 5

I I I 6 7

I a 9

I 10

Totalmente

Importante

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1 57

Percepção do serviço prestado pelo franqueado nunca inferior ao serviço

prometido

I I I O 1 2 3 4 5 6 7 : 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Cumprir prazos estabelecidos para a prestação dos serviços ao franqueado

I I I I I O 1 2 3 4

Totalmente

sem Importância

I I I I I I 5 6 7 8 9 10

Totalmente

Importante

Capacidade e habil idade de contato pessoal do franqueado

O 1

Totalmente

sem Importância

I 2

I 3 4 5

I 6 7 8

I 9 10

Totalmente

Importante

Capacidade e habilidade na operacional ização da franquia pe10 franqueado

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4

I I I 5 6 7 8 9

Consideração com as preocupações do cliente final

I O 1

Totalmente

·sem Importância

I I I 2 3 4

I I I I 5 6 7 8 9

I

I

10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

Aparªncia bem cuidada de quem atende ao cliente final

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3 4

I 5 6 7 8 9

I 10

Totalmente

Importante

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Clara explici tação

correspontentes

I o 3.

Totalmente

sem Importância

para o

I 2 3 4

franqueado

5 6 7 8

dos

I 9

custos e

10

Totalmente

Importante

Presteza em ouvir e resolver problemas dos clientes finais

O 3.

Totalmente

sem Importância

I I 2 3

I I 4 5 6 7 8

Nome da empresa (marca) bem firmado no mercado

I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4

I I I I 5 6 7 8

I 9

I 9

10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

1 58

das promessas

Capacidade do franqueador proagir continuamente às necessidades dos clientes

finais

I I O 1 2

Totalmente

sem Importância

3 4 5 6 7 8

Prover atenção individualizada aos franqueados

O 1

Totalmente

sem Importância

2 I I

3 I I

4 5 6 7 8

9

9

Prover atenção individualizada aos clientes finais

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3 4

I I I I 5 6 7 8 9

10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

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Reconhecimento do cliente final regular

I I o 1

Totalmente

sem Importância

Negócio

I I 2

I I I I 3 4 5 6

I I 7 8 9

I I 10

Totalmente

Importante

Eficiência do sistema de atendimento e operação da franquia

O 1

Totalmente

sem Importância

3 4 I I

5 6 I

7 8 9 I I

10

Totalmente

Importante

159

Flexibilidade de formato para atender a diversidade de alternativas de

utilização do neg6cio

I I I I I I 0 1 2 3 4 5

Totalmente

sem Importância

I I I I I 6 7 8 9 10

Totalmente

Importante

Capacidade de controle sobre as atividades dos franqueados

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3 4

I 5 6 7 8 9

I 10

Totalmente

Importante

Capacidade de criar e assimilar inovações ,

tecnologias

novas competências e novas

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3 4

I 5 6 7 8

I 9

I 10

Totalmente

Importante

Capacidade de rotinização das atividades do negócio

I I I I I O 1 2 3 4

Totalmente

sem Importância

I I I I I I 5 6 7 8 9 10

Totalmente

Importante

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Economias de escala obtidas pela atuação conjunta dos franqueados

I o 1

Totalmente

sem Importância

2

Capacidade de reposição

I I O 1 2

Totalmente

sem Importância

3 4

imediata

I 3 4

5 6 7 B

de estoques

I 5 6 7 B

9

dos

9

10

Totalmente

Importante

franqueados

10

Totalmente

Importante

Controle e coordenação centrali zados das atividades dos franqueados

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I 3 I

4 5 6 7 B 9

Criar relacionamentos estáveis com os franqueados

1 O

Totalmente

sem Importância

2 I

3 I

4 5 6

Garantia de demanda para o franqueado

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2

I I I 3 4 5 6

7 B 9

I I 7 B 9

10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

Garantia de fornecimento através de produção própria

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4

I 5 6 7 B 9

I 10

Totalmente

Importante

160

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Adaptação as mudanças ambientais e a movimentos da concorrência

I I I I I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Totalmente

sem Importância

Supervisão de campo atuante e sistemática

I I I :1 1 1 1 I 1 1 O 1 2 , 3 4 5 6 7 8 9

Totalmente

sem Importância

Mix de unidades pedidas definida pelo franqueador

O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4 5 6 7 8 9

I

I

10

Totalmente

Importante

1 10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

Lay-out f í s i co da franquia definida pelo franqueador

I o 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4 5 6

possuir conselho de franqueados atuante

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I J 2

I I I I 3 4 5 6

7

I 7

Rigor no processo de seleção do franqueado

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3

1 1 1 1 I 4 5 6 7

8 9

I I 8 9

I I 8 9

10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

1 61

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Atuar em mercados estáveis e com mudanças lentas

I I o l.

Totalmente

sem Importância

I I I 2 3

Originalidade do conceito da

I I I I I O l. 2 3

Totalmente

sem Importância

I I I 4 5 6 7 8

franquia quando

I I I 4 5 6 7 8

I

da

I

I. I 9

sua

I 9

l.0

Totalmente

Importante

criação

I l.0

Totalmente

Importante

Definição clara das responsabil idades dos franqueados pelo franqueador

O l.

Totalmente

s em Importância

2 3 4 5 6 7 8 9 I

l.0

Totalmente

Importante

Possibilidade de recompra da unidade em caso de conflito de interesses

O l.

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4 5

I I 6 7 8 9

I l.0

Totalmente

Importante

Disponibilidade de manuais detalhados de operação da unidade franqueada

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 I O l. 2 3 4 5 6 7 8 9 l.0

Totalmente

sem Importância

Produtos/Serviços

Totalmente

Importante

Seleção de produtos / s erviços centralizada no franqueador

O l.

Totalmente

sem Importância

I 2

I I 3 4

I 5 6 7 8 9

I l.0

Totalmente

Importante

162

Page 177: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

Elevada taxa de desenvolvimento de novos produt o s / s erviços

I I o 1

Totalmente

sem Importância

I 2 I I I

3 4 5 I I I

6 7 8 I I

9 I

10

Totalmente

Importante

Oferecer produtos/ serviços de alto valor para os clientes

1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Totalmente

sem Importância

I I 9 10

Totalmente

Importante

Possuir l inhas complementares de produtos / s erviços

O

Totalmente

sem Importância

1 2 3 I I

4 5

Padroni zação de produtos / serviços

I I I I I O 1 2 3 4 5

Totalmente

sem Importância

Preços

I 6 7 8 9

I I I 6 7 8 9

Fixação dos preços no varejo pelo franqueador

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I I I 2 3 4

Determinação da margem de lucro

I I I I I O 1 2 3 4

Totalmente

sem Importância

I 5 6 7 8 9

pelo franqueado r

I 5 6 7 8 9

I

10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importa'nte

I 10

Totalmente

Importante

I 10

Totalmente

Importante

163

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Determinação de preços promocionais pelo franqueador

I o 1

Totalmente

sem Importância

I :I 3 4

I I I 5 6 7 8 9

Política centralizada de crédito aos franqueados

O 1

Totalmente

sem Importância

:I I

3 4 I I

5 6 7 8 9

Es trutura de descontos definida pelo franqueador

O 1

Totalmente

sem Importância

I I 2 3

I 4 5 6 7 8 9

I 10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

10

Totalmente

Importante

164

Fixar preços de acordo com a s ituação do mercado onde se encontra a unidade

franqueada

I O 1

Totalmente

sem Importância

Promoção

I I 2 3

I 4 5 6 7

I 8 9 10

Totalmente

Importante

Espaços promocionais nas l o j as definido pelo franqueador

I O 1

Totalmente

sem Importância

I

Fixação de elementos

I I I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4 5

promocionais

I I I 2 3 4 5

I 6 7

na loja

I I 6 7

I 8 9

definida

I I I 8 9

10

Totalmente

Importante

pelo franqueador

I 10

Totalmente

Importante

Page 179: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

Programação visual da loja rigida e definida pelo franqueado

I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

.sem Importância Importante

pl"anejamento de promoções centralizado

I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Planos de incentivos aos funcionários das unidades franqueadas

O 1

Totalmente

sem Importância

2 I

3 4 5

Orçamento promocional centralizado

I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 I I I

3 4 5

I I 6 7 8

I 6 7 8

I 9

9

10

Totalmente

Importante

I 1 0

Totalmente

Importante

Planej amento de comunicação/mídia definido pelo franqueador

I I o 1

Totalmente

sem Importância

I I I 2 3 ,

I I I 5 6 7

I 8 9

I 1 0

Totalmente

Importante

Planej amento de eventos especiais de vendas centralizado

I O 1

Totalmente

sem Importância

2 I

3 4 5 I

6 7 8 9 I

10

Totalmente

Importante

165

Page 180: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

1 66

Alto investimento em rnerchandise e material promocional de ponto de venda

I I I I I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Propaganda nacional conjunta

I I I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

propaganda regional conjunta

I I I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Utili zação de relações públ icas pelo franqueador

I I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Praça

Localização da loja definida pelo franqueado r

I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Proteção territorial para os franqueados

I I I I I I I I I I O 1 2 3 , 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Page 181: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

Ponto de venda pertencente ao franqueador

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 o 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente

sem Importância

Fornecedores

Totalmen.te

Importante

167

Impossibilidade de comprar de outros fornecedores que não os indicados pelo

franqueador

O 1

Totalmente

sem Importância

2 3 I

, 5 6

Controle de es toques pelo franqueado r

I I O 1

Totalmente

sem Importância

'l'reiname.nto

I 2 I I I I

3 4 5 6

I 7 8

I I I 7 8

9

I 9

10

Totalmente

Importante

I 1 0

Totalmente

Importante

Programas de treinamento gerencial obrigat6rios para os franqueados

I I O 1

Totalmente

sem Importância

I 2 3 4 5 6 7 8 9

I 10

Totalmente

Importante

Programas de treinamento para funcionários das franquias supervi sionado pelo

franqueador

I I O 1

Totalmente

sem Importância

2 3 4

Treinamento do franqueado :

Antes da Seleção

I I O 1

Totalmente

sem Importância

2 I

3 4

I 5 6 7 8

I I 5 6 7 8

I I 9

I

10

Totalmente

Importante

9 10

Totalmente

Importante

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168

Após a Seleção e antes da Instalação

I I I I I I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Após a Instalação

I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Continuo

I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

� Capacidade de previsão de vendas

I I I I I I I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

s em Importância Importante

El evado grau de coordenação do canal pelo franqueador

I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Baixo grau de conflito entre franqueado e franqueado r

I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

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Franqueado deve ter experi@ncia prévia

I I I I I I I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

As�ectoB Financeiros

Assistência financeira ao franqueado na implantação

I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Assistªncia financeira constante

I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Estrutura de Infor.mac5es

Disponibilidade de informação sobre estoque de produtos acabados

O 1

Totalmente

sem Importância

2 I

3 4 I

5 6 7 8 9 10

Totalmente

Importante

Disponibil idade de informação sobre condições de mercado

I O 1

Totalmente

sem Importância

Bst"ratógla

I I 2 3 4

I 5 6 7 8

I 9

I 10

Totalmente

Importante

Planejamento conjunto das atividades dos franqueados e franqueadores

O 1

Totalmente

sem Importância

I 2

I 3 4 5

I I 6 7 8

I 9

I 10

Totalmente

Importante

169

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1 70

Utilização de unidade piloto

I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Manutenção � de unidades próprias

I I I I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Limitação de número de unidades por franqueado

I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

Compras descentral i zadas

I I I I O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Totalmente Totalmente

sem Importância Importante

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Características da Empresa

0 1 . Em que ano a empresa foi fundada?

02 . Em que ano a empresa começou a utili zar o sistema de franquia?

0 3 . A empresa é nacional?

sim � vá para pergunta 5

não q vá para pergunta 4

04 . Em que ano começou a operar no Brasil como franquia?

171

0 5 . Quantas pessoas exercem cargos d e d�reção o u d e gerência nesta empresa 7 __

0 6 . Quantas unidades pr6prias e franqueadas a empresa tem no Brasil no

momento?

07 . Quantos franqueados tem a empresa?

Brasil : Mundo : ( inclusive Brasil )

0 8 . O Sr ( a ) . poderia informar qual foi o valor aproximado, em Reai s , do

faturamento da empresa em 1 9 9 5 ?

0 9 . E o faturamento médio das unidades franqueadas no mesmo ano ?

09a . Margem liquida média das unidades franqueadas? ____________________________ ___

09b. Payback médio das unidades franqueada s ? ______________________________________ __

1 0 . As vendas das unidades franqueadas são direcionadas a :

( O ) consumidor final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _________ %

( 1 ) atacadistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . %

( 2 ) varejistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . %

{ 3 ) outros { especifique) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . %

IDa . Qual o percentual de vendas totais canali zada por cada uma dessas forma s ?

( r egis trar a resposta no local apropriado)

1 1 . As vendas desta empresa sofrem algum tipo de sazonalidade, i s to é ,

estão mais concentradas em algum período de tempo do que em outro?

( O ) não l I ) sim

lla . Qual ( i s ) ?

12 . A empresa realiza alguma atividade internacional?

( l ) importação de bens e serviços

( 2 ) exportação de bens e serviços

( 3 ) outros l especifique) __________________________________________ __

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Características Pessoais do Executivo

1 . Em qual das seguintes faixas se situa sua idade .

2 .

( 1 ) menos de 2 5 anos

( 2 ) 2 5 - 3 4 anos

( 3 ) 3 5- 4 4 anos

Qual sua formação escolar?

l U 1 2 Grau

( 2 ) 2 " Grau

( 3 ) Univers itário

1 4 ) pós -Graduação

( 5 ) Mestrado

( 6 ) Doutorado

3 . Há quanto tempo o Sr ( a ) . atua neste setor ?

( 4 ) 4 5 - 5 4 anos

( 5 ) 5 5 - 6 4 anos

( 6 ) mais de 64 anos

3 . 1 Há quanto tempo o Sr ( a ) . atua nesta empresa ?

3 . 2 Há quanto tempo exerce sua atual função?

3 . 3 Já exerceu função semelhante em outras empresas?

1 0 ) não 1 1 ) sim Por quanto tempo?

4 . Qual sua nacionalidade?

( l ) Brasileira Q vá para pergunta 5

( 2 ) Outra .

S . É filho de imigrantes?

1 0 ) não

Encerre .

( 1 ) sim . Qual a nacionalidade dos pais?

Encerre e agradeça a atenção e o tempo dispensados .

172

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Anexo I I I Correspondênc ia enviada às empresas da amostra

� S2r:�ff.d'?iol!!.� •• em Amnlnl81raçOo � Universidade Federal do Rio de Janeiro

Rio de janeiro, 1 O.dejulho de 1 996

Prezado(a) Senhor(a),

o Instituto de Pós-Graduaçílo e Pesquisa em Administração (COPPEAD) da Universidade Federal do Rio de Janeiro está desenvolvendo um estudo sobre os fatores críticos de sucesso em um empreendimento de franquia. A essência da presente pesquisa é a identificação das características que determinam os fatores supracitados.

Neste sentido, solicitamos a colaboração de V.Sa. para esta pesquisa, . concedendo-nos uma entrevista pessoal. O COPPEAD entrará em contato com·

V.Sa. para confinnar a data e o horário de que dispõe para nos atender. A duração estimada da entrevista é de duas horas.

Salientamos que todas as infurmações prestadas serão tretadas de forma agregada, não permitindo a identificação individual do entrevistado . e sua respectiva empresa, e as respostas serão consideradas estritamente confidenciais.

Os resultados do estudo serão posteriormente enviados à V.Sa., ficando à sua disposição, para consulta, os demais trabalhos desenvolvidos neste Instituto.

Agrildecendo desde)á a sua cOlaboração, despediÍno-nos.

Atenciosamente,

Professor ando Leite Coordenador da Pesquisa

CAIXA POSTAL 68514 - CEP 21949-900 - RIO DE JANEIRO - RJ - TEL: (021) 260-5522 - FAX 270-3848

173

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Anexo IV Número de vezes que cada atributo foi assinalado em ordem decrescente

ATRIBUTO Núm . de

vezes

1 1 2 ) Nome da empresa (marc a ) bem f i rmado no mercado 1 6

2 3 1 ) Layout f í sico da franquia de f inida pelo 1 6 f ranqueador 7 ) Capac idade ' e hab i l idade na operac iona l i zação da

3 f ranquia pelo f ranqueado 1 5

4 6 0 ) Loca l i z ação da loj a definida pelo franqueador 1 5 6 3 ) Impo s s ib i l idade de comprar de outros fornecedores

5 que não os indicados pelo f ranqueado 1 5 7 3 ) Baixo grau de con f l i to entre f ranqueado e

6 f ranqueador 1 5 3 ) Cult ivar um alto nível de relaci onamento com o s

7 c l ientes f inais 1 4 1 3 ) Capacidade do franqueador proagir continuamente à s

8 necess idades dos c l i entes f ina i s 1 4

9 4 4 ) Fixação dos preç o s no varej o pelo franqueador 1 4 6 5 ) Programas de treinamento gerencial obr igatórios

1 0 para o s f ranqueados 1 4 4 ) Percepção do serviço pres tado nunca inferior ao

1 1 serviço prometido 1 3

1 2 3 3 ) Rigor no processo de seleção do f ranqueado 1 3

1 3 7 0 ) Treinamento cont ínuo 1 3 7 7 ) Di sponibi l idade de informaçôes s obre estoque de

1 4 produtos acabados 1 3 l ) Definição c lara do número de segmentos /mercados em

1 5 que a empresa atua 1 2 2 ) Des envo lvimento contínuo de novos mercados para a

1 6 ent rada da empresa 12 5 ) Cumprir pra zos estabelecidos para a prestação dos

1 7 serviços ao f ranqueado 1 2

1 8 8 ) Cons ideração com as preocupaçôes do c l iente f inal 1 2 1 9 ) Capac idade de controle sobre a s atividades dos

1 9 f ranqueados 1 2 3 9 ) Seleção de produt o s / desenvo lvimento de novos

2 0 produtos 1 2 4 6 ) Determinação de preço s promoc ionais pelo

2 1 franqueador 1 2 5 1 ) Programação visual da l o j a r ígida e def i n i da pelo

2 2 f ranqueador 1 2

2 3 6 1 ) Proteção territorial para os franqueados 1 2

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175

6 ) Capacidade e hab i l idade de contato pessoal do 2 4 franqueado 1 1

1 0 ) C l ara exp l i c itação dos custos e das prome s s a s 2 5 correspondentes 1 1

2 6 2 1 ) Capacidade de rotini zação das at iyidades do 1 1 negócio 3 6 ) Def inição c lara das responsabil idade dos

2 7 f ranqueados pelo f ranqueador . 1 1

2 8 4 2 ) Possuir l inhas complementares de produto s / serviços 1 1

2 9 4 3 ) Padron i z ação de produto ou serviço 1 1 4 8 ) Fixar preços de acordo com a s i tuação do mercado

3 0 onde está instalada a unidade franqueada . 1 1 5 0 ) Fixaçao de e lementos promoc ionais na l o j a de f inido

3 1 pelo franqueador 1 1

3 2 7 1 ) Capacidade de previsão de vendas 1 1

3 3 8 0 ) Ut i l i z ação de unidade p i l o to 1 1 9 ) Aparênc i a bem cuidada de quem atende ao c l iente

3 4 f inal 1 0 1 1 ) Presteza em ouvir e reso lver problemas dos

3 5 c l ientes f in a i s 1 0

3 6 1 6 ) Reconhecimento do c l iente regular 1 0 2 0 ) Capacidade de de criar / a s s imilar inovações , novas

3 7 competên c i a s e novas tecnologias 1 0

3 8 4 0 ) E l evada taxa de des envolvimento de novos produtos 1 0

3 9 5 2 ) Plane j amento de promoções centra l i zado 1 0 2 4 ) Contro l e e coordenação centra l i zados das

4 0 at ividades da rede 9

4 1 2 5 ) Criar relacionamentos es táve i s com os franqueados 9 2 8 ) Adaptação à s mudanç as ambientais e a movimentos da

4 2 concorrência 9

4 3 2 9 ) Supervisão de campo atuante e s i s temá t i c a 9

4 4 4 5 ) Determinação da margem de lucro pelo franqueador 9

4 5 5 5 ) P l ane j amento de mídia definido pelo franqueador 9 6 6 ) Programa de treinamento para funcionários das

4 6 f ranquias supervis ionado pelo franqueador 9 7 2 ) E l evado grau de coordenação do canal pelo

47 f ranqueador 9 7 8 ) D i sponibi l idade de informações sobre condições de

4 8 mercado 9

4 9 8 2 ) Limitação de número de unidades por franqueado 9

5 0 1 4 ) Prover atenção individuali zada aos franqueados 8

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5 1 1 5 ) Prover atenção individua l i zada aos c l i entes f inais 8 1 7 ) Ef ic iênc ia do s i s tema de atendimento ao f ranqueado

5 2 e operação da franquia 8 1 8 ) F1exib i l idade de formato para atender à

5 3 divers i dade de alternativas de u t i l i z ação do negócio 8 3 8 ) D i sponibi l idade de manuais detalhados de operação

5 4 da unidade franqueada 8 .

5 5 4 7 ) Po l í tica centra l i zada de crédito aos franqueados 8 4 9 ) Espaços promoc ionais nas l o j as de f in i do pelo

5 6 f ranqueado r 8

5 7 5 3 ) P l anos de incentivos aos vendedores / franqueado s 8

5 8 6 8 ) Treinamento após a s e leção e antes da insta lação 8

5 9 7 5 ) As s i s tênc i a f inanceira ao f ranqueado na 8 implantação 2 2 ) Economias de escala pela atuação conjunta dos

6 0 f ranqueados 7 2 3 ) Capaci dade de rep o s i ção imediata de estoques dos

6 1 f ranqueados 7 3 5 ) Original idade do conc eito da franquia quando da

6 2 sua criação 7

6 3 5 9 ) U t i l i zação de Relações Púb l icas pelo franqueador 7

6 4 6 4 ) Controle de estoques pelo franqueador 7

6 5 7 4 ) Franqueado deve ter experiência prévia 7

6 6 7 6 ) As s i s tênc i a f inanceira cons tante 7

6 7 7 9 ) Planej amento con j unto das a t ividades 7 2 7 ) Garantia de fornecimento através de produção

6 8 própria 6

6 9 3 0 ) Mix d e unidades pedidas definida pelo franqueador 6 3 7 ) Possibil idade de recompra da unidade em caso de

7 0 fracasso ou insatis fação 6

7 1 5 7 ) Propaganda nac iona l conjunta 6

7 2 2 6 ) Garan tia de demanda para o franqueado 5

7 3 5 4 ) Orçamento promocional centra l i z ado 5

7 4 3 2 ) Possuir conselho de f ranqueados atuante 4

7 5 6 2 ) Ponto de venda pertencente ao f ranqueador 4

7 6 8 1 ) Manutenção de unidades próprias 4

7 7 3 4 ) Atuar em mercados es táve i s e com mudanças l entas 2

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1 77

7 8 4 1 ) Oferecer produtos de a l t o va lor para o s c l i entes 2 5 6 ) Al t o invest imento em merchandi s ing e mater i a l

7 9 promocion a l de ponto de venda 2

8 0 5 8 ) Propaganda regional conjunta 2

8 1 6 9 ) Treinamento após a instalação 2

8 2 6 7 ) Treinamento antes da Seleção O

8 3 8 3 ) Compras descentral i zadas O

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Anexo V Média das notas dadas aos 83 atributos em ordem decrescente

ATRIBUTO Médi a

das Nota

s

1 3 1 ) Layout f í s i co da franquia definida pelo franqueador 9 , 67 1 7 ) E f i c iênc ia do s i s tema de atendimento ao franqueado e

2 operação da franquia 9 , 5 6

3 l 2 ) Nome da empresa (marc a ) bem f i rmado n o mercado 9 , 4 4 6 3 ) Impo s s ib i l idade de comprar de outros fornecedores

4 que não o s indicados p e l o f ranqueador 9 , 4 4

5 7 O ) Treinamen to cont ínuo 9 , 4 4

6 2 5 ) Cr i ar re laci onamentos es táve i s com o s franqueados 9 , 3 3 3 6 ) Def iniçao c l ara das responsab i l idades dos

7 f ranqueados pelo franqueador 9 , 3 3

8 3 3 ) Rigor no proce s s o de seleção do f ranqueado 9 , 2 8

9 5 5 ) P l anej amento de comunicação definido pelo 9 , 2 2 f ranqueador 4 ) Percepção do serviço prestado nunca inferior ao

1 0 s erviço promet ido 9 , 1 1

1 1 2 9 ) Supervi são de campo atuante e s i s temática 9 , 1 1

1 2 6 0 ) Loc a l i z ação da l o j a definida pelo franqueador 9 , 1 1 7 ) Capac idade e habil idade na operac iona l i z ação da

1 3 f ranqui a pelo franqueado 9 , 0 6 1 0 ) C l ara exp l i c i tação dos custos e das prome s s a s

1 4 correspondentes 9 , 0 0 1 l ) Pres teza em ouvir e reso lver problemas do s c l i entes

1 5 f inais 9 , 0 0

1 6 7 1 ) Capacidade de previsão de vendas 9 , 0 0

1 7 7 3 ) Baixo grau de conf l i to entre f ranqueado e 9 , 0 0 f ranqueador 5 ) Cumprir pra zos es tabe lec idos para a pres tação dos

1 8 s erviços ao f ranqueado 8 , 9 4

1 9 9 ) Aparênc i a bem cuidada de quem a tende ao c l i ente f inal 8 , 9 4 1 3 ) Capacidade do f ranqueador proagir cont inuamente à s

2 0 necess idades dos c l ientes f inais 8 , 9 4

2 1 8 ) Cons ideração com a s preocupações do c l i ente f inal '8 , 7 8

2 2 3 9 ) Sel eção de produto s / desenvolvimento de novos 8 , 7 8 produtos

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6 5 l Programas de treinamento gerenc i a l obrigatórios para 2 3 o s franqueados 8 , 7 2

2 0 l Capac idade de criar e a s s imilar inovações , novas 2 4 competên c i as e novas tecno logias 8 , 6 7

2 5 4 3 l Padron i zação de produto ou serviço 8 , 5 6

2 6 6 8 l Treinamento apó s · a seleção e antes da insta lação 8 , 4 4 .

2 7 2 6 l Garant i a de demanda para o franqueado 8 , 3 9 7 7 l Di spon ibi l idade de informações sobre e s t oque de

2 8 produtos acabados 8 , 3 9 5 0 l Fixação de e l ementos promo c i onais na l o j a definido

2 9 pelo franqueador 8 , 3 3

3 0 5 4 l 0rçamento promoc ional centra l i z ado 8 , 3 3 2 4 l Contro l e e coordenação central i zados das at ividades

3 1 dos franqueados 8 , 2 8 1 9 l Capac idade de contro le sobre as at ividades dos

3 2 franqueados 8 , 1 7 2 8 1 Adaptação à s mudanças ambientais e a movimentos da

3 3 concorrên c i a 8 , 1 7

3 4 4 1 l 0 ferecer produtos de alto va lor para o s c l i entes 8 , 1 7 5 1 l Programação visual da loj a rigida e de f in i da pelo

3 5 f ranqueador 8 , 1 7 3 l Cul tivar um a l to nível de relaci onamen to com o s

3 6 c l i entes f inais 8 , 1 1

3 7 2 1 l capacidade de rotinização das at ividades do negócio 8 , 0 0 2 2 1 Economias de escala obtidas pelo atuação conjunta

3 8 dos franqueados 8 , 0 0 2 3 l Capacidade de reposição imediata de es toques dos

3 9 franqueado s 8 , 0 0 1 l Definição c l ara do nUmero de ( s egmen to s l mercados em

4 0 que a empresa atua 7 , 9 4

4 1 1 6 l Reconhecimento do c l iente regular 7 , 9 4

4 2 5 7 l Propaganda nacional conjunta 7 , 9 4 6 6 l Programas de treinamento para func ionários das

4 3 franquias superv i s ionado pelo franqueador 7 , 9 4 7 8 ) Di sponibi l idade de informações sobre condições de

4 4 mercado 7 , 9 4

4 5 7 2 ) Elevado grau de coordenação do canal pelo 7 , 8 3 f ranqueador

4 6 6 1 ) Proteção territorial para o s franqueados 7 , 7 8

4 7 5 2 ) Planej amento de promoções centra l i z ado 7 , 6 7

4 8 4 4 l Fixação dos preços no varejo pelo f ranqueador 7 , 6 1 5 6 ) Alto invest imento em merchandise e material

4 9 promo c i onal de ponto de venda 7 , 6 1

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1 80

5 0 4 2 ) Possuir l inhas complementares de produtos / serviços 7 , 5 6 4 9 ) Espaços promocionais nas loj a s definido pelo

5 1 f ranqueador 7 , 5 6

5 2 5 3 ) P l ano s de incentivos aos vendedore s / f ranqueados 7 , 5 6 3 5 ) Origina l i dade do conceito da franqu i a qu·ando da sua

5 3 c riação 7 , 5 0 .

5 4 4 0 ) E l evada taxa de desenvo lvimento de novos produtos 7 , 5 0 6 ) Capacidade e habi l i dade de contato pessoal do

5 5 f ranqueado 7 , 4 4

5 6 8 0 ) U t i l i zação de unidade pi loto 7 , 4 4

5 7 4 5 ) Determinação da margem de lucro pelo franqueador 7 , 3 9 3 8 ) D i sponibi l idade de manuais de talhados de operação da

5 8 unidade franqueada 7 , 2 8

5 9 3 0 ) Mix de unidades pedidas definida pelo franqueador 7 , 2 2

6 0 8 1 ) Manutenção de unidades próprias 7 , 2 2

6 1 1 4 ) Prover atenção individua l i z ada aos f ranqueados 7 , 1 7

6 2 7 9 ) P l anej amento conjunto das a t ividades 7 , 1 1 1 8 ) Flexib i l idade de formato para atender , a divers idade

6 3 de a l terna t ivas de uti l i zação do negócio 6 , 9 4

6 4 6 4 ) Contro l e de es toques pelo franqueador 6 , 9 4

6 5 1 5 ) Prover atenção individuali zada aos c l i entes f inais 6 , 7 2

6 6 6 9 ) Treinament após a insta lação 6 , 67

6 7 8 2 ) Limitação de número de unidades por franqueado 6 , 6 1

6 8 4 6 ) Determinação de preços promoc iona i s pelo franqueador 6 , 5 6 2 ) Des envolvimento cont ínuo de novos mercados para a

6 9 entrada da empresa 6 , 3 9

7 0 4 7 ) P o l í t i c a centra l i zada de crédito aos f ranqueados 6 , 1 1 4 8 ) Fixar preços de acordo com a s i tuação do mercado

7 1 onde s e encontra a unidade franqueada 6 , 1 1 3 7 ) Po s s ib i l idade de recompra da unidade em caso de

7 2 fracasso ou ins a t i s fação 6 , 0 6

7 3 5 9 ) Ut i l i zação de Relações Públ i c a s p e l o f ranqueador 6 , 0 0

7 4 5 8 ) Propaganda regional conj unta 5 , 7 8

7 5 7 4 ) Franqueado deve ter experiênc i a prévia 5 , 5 6

7 6 2 7 ) Garant i a de fornec imento através de produção própria 4 , 9 4

7 7 7 6 ) As s i s t ênc i a f inanceira constante 4 , 7 2

Page 195: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COPPEAD - … · pela Associação Brasileira de Franchising a partir de 1987, ... constata-se um crescimento de quase 800% no periodo 1987-1996

1 8 1

7 8 3 4 ) Atuar em mercados es táveis e com mudanças lentas 4 , 6 7

7 9 7 5 ) As s i s tênc i a f inanceira ao franqueado na imp lantação 4 , 6 1

8 0 3 2 ) Possuir Conselho de franqueados atuante 4 , 3 9

8 1 8 3 ) Compras descentra l i zadas 2 , 2 2

8 2 6 7 ) Treinamento antes da s e l eção 1 . 9 4

8 3 6 2 ) Ponto de venda pertencente ao franqueador 1 . 7 2

( * ) A média das notas não foi arredondada para se ter uma idéia mais preCisa da importância dada a cada atributo