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1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
AMANDA BARBOSA DA SILVA
VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS
ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA
NATAL
2017
2
AMANDA BARBOSA DA SILVA
VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS
ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem do Centro de
Ciências da Saúde da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte, como requisito parcial para
obtenção do título de Mestre em Enfermagem.
Área de Concentração: Enfermagem na atenção
à saúde.
Linha de pesquisa: Desenvolvimento
tecnológico em saúde e enfermagem
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Allyne Fortes Vitor
NATAL
2017
3
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders - Escola de
Saúde da UFRN - ESUFRN
4
VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS
ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de
Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial
para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.
Aprovada em 05 de Dezembro de 2017.
PRESIDENTE DA BANCA:
Professora Dra. Allyne Fortes Vitor
(Departamento de Enfermagem/UFRN)
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dra. Allyne Fortes Vitor – Orientadora- UFRN
Prof. Dr. Marcos Antônio Ferreira Júnior – UFRN
Prof. Dra. Rafaella Pessoa Moreira – UNILAB
Prof. Dra. Fabiane Rocha Botareli - UFRN
5
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação à minha família e ao meu amor Matheus, eles foram minha base diária
e amparo nos momentos difíceis. À vocês todo meu esforço e agradecimento durante todos
estes anos de estudo. Sem vocês eu não conseguiria.
6
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus, pela fé, espiritualidade e confiança para lutar em busca dos meus
objetivos.
Aos meus pais, Joana e Rogério, a quem eu devo todo o amparo e abdicações de uma vida
inteira, para que eu pudesse hoje, estar concretizando mais um sonho. Painho e mainha, nada
do que eu faça ou nenhuma conquista minha será capaz de traduzir todo minha felicidade em
tê-los comigo, obrigada por terem me escolhido, vocês sabem. Amo vocês!
As minhas irmãs Danielly e Rosalinny pelo apoio e companheirismo nos momentos difíceis,
eu sei que posso contar com vocês!
À meu melhor amigo e amor, Matheus, por não me deixar desistir dos meus sonhos e
acreditar mais em mim do que eu mesma. Por me incentivar e nunca me cobrar pelas
ausências ou momentos difíceis. Todas as minhas conquistas tem muito de você, você sabe.
À você, a minha eterna admiração e amor. Juntos conseguiremos mais.
À minha família, que mesmo em momentos difíceis permanece unida e fortalecida.
À minha orientadora Profª. Drª. Allyne Fortes Vitor por acreditar em mim e me permitir
aprender junto a ela. Hoje sou melhor do que ontem e isso devo à senhora. Aonde quer que eu
vá, sempre levarei seus ensinamentos! Obrigada por tudo!
Ao nosso GT, em especial, Mércio, Ana Paula, Jéssica e Raianny por terem tornado a
caminhada leve e prazerosa. E pelas trocas e momentos vivenciados. Com vocês percebi que
os amigos construídos aqui são e merecem ser levados para toda a vida. Contem comigo e
obrigada por tudo.
As minhas amigas, Jéssica Olímpio, Dany e Anna Larissa, o meu mais sincero
agradecimento! Sem vocês nada disso seria possível! Eu também devo a minha conquista a
vocês.
À todos os membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica (NEPEC)
pelos aprendizados e amadurecimento durante estes anos.
Aos professores doutores Marcos Antônio Ferreira Júnior, Rafaella Pessoa Moreira e Fabiane
Rocha Botareli, pelas contribuições desde a qualificação para que este trabalho pudesse
acontecer da melhor forma. À vocês, a minha admiração pessoal e profissional.
Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, pela possibilidade de concretização de um objetivo de vida e pelos conhecimento
adquiridos até aqui.
7
À Secretaria Municipal de Saúde de Natal pela anuência cedida para que esta pesquisa
pudesse ser realizada.
Aos idosos participantes do meu estudo, a quem eu devo respeito e admiração. Vocês me
permitiram adentrar em suas casas e confiaram em mim. Obrigada por cada abraço e cada
palavra de carinho recebida durante as avaliações.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa
cedida a qual me permitiu financiar a pesquisa.
8
SILVA, A.B. Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em idosos acometidos
por Febre de Chikungunya. 2017. 106f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem).
Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017.
RESUMO
O estudo teve como objetivo Validar o resultado de Enfermagem Mobilidade apresentado
pela Nursing Outcomes Classification em idosos acometidos por Febre de Chikungunya.
Estudo metodológico, segundo referencial de Pasquali (2010) realizado em três etapas:
revisão integrativa da literatura, validação semântica e validação clínica, a partir de um
instrumento proposto por Moreira (2011), o qual apresentou para o Resultado de Enfermagem
Mobilidade, oito indicadores bem como suas definições constitutivas, operacionais e
magnitudes operacionais. Estes foram revistos e adaptados em nove indicadores direcionados
à população idosa acometida por Febre de Chikungunya. A primeira etapa ocorreu mediante
revisão integrativa da literatura para adaptação de instrumento validado em estudo anterior. A
revisão integrativa ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2017, nas bases de dados:
CINAHL, Cochrane, LILACS, PubMed, Scopus, Science Direct e Web of Science. Realizou-
se uma busca não controlada das produções científicas, sem recorte temporal, pelos
descritores indexados e não indexados e os 12 indicadores da Nursing Outcomes
Classification para o Resultado de Enfermagem Mobilidade. Em seguida, para a etapa de
validação semântica, o instrumento foi entregue no mês de junho, a 12 enfermeiros que
trabalhavam na atenção primária à saúde. Para avaliação quanto a sua inteligibilidade. Após
atender as sugestões propostas pelos enfermeiros nesta etapa, procedeu-se o estudo piloto e
validação clínica. Esta etapa foi realizada nos meses de julho e agosto, por duas duplas de
enfermeiros treinados, em Unidades de Saúde do município de Natal/RN, com 90 idosos
acometidos por Febre de Chikungunya. Uma dupla aplicou o instrumento proposto pela NOC
para o Resultado de Enfermagem Mobilidade e outra com o instrumento adaptado e revisado.
Para análise de conteúdo textual da revisão integrativa, utilizou-se o software Interface de R
pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) versão
0.7 Alpha 2. Os dados da validação semântica e clínica foram organizados em planilha no
programa Microsoft Office Excel 2012 e exportados para o programa estatístico Statistical
Package for Social Sciences versão 22.0 for Windows. Na validação semântica foi aplicado
teste binominal com concordância igual ou superior a 85%. Na validação clínica, para análises
descritivas foram calculadas as medidas do centro da distribuição e suas variabilidades.
Aplicou-se o teste de Friedman para verificar divergência entre avaliadores e calculado o
Coeficiente de Correlação Intraclasse para comparar a correlação das avaliações realizadas
pelos enfermeiros avaliadores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob CAAE nº 64880017.9.0000.5537. Na
revisão integrativa, a Classificação Hierárquica Descendente apontou dois eixos principais
relacionados à Febre de Chikungunya relacionados a artigos que priorizam evidências clínicas
da fase aguda, fase subaguda e crônica. O indicador Dor articular foi adicionado por ser
considerado importante na literatura, representado na nuvem de palavras e foi construído suas
definições operacionais, definições constitutivas e magnitudes operacionais. Quanto à etapa
de validação semântica, o instrumento foi considerado inteligível para avaliação proposta, por
parte dos enfermeiros. Oito indicadores alcançaram ou excederam o índice de concordância
de 0,85, com exceção do indicador Desempenho na transferência, pois a concordância foi de
9
0,83 e p<0,05. Na etapa de validação clínica, houve uma predominância de participantes
homens (75,56%), com mediana de idade de 70,00, com maioria de casados, aposentados,
com ensino fundamental incompleto e renda mensal de até um salário mínimo. O teste de
Friedman indicou diferenças entre avaliação das duplas em sete indicadores, a saber:
Equilíbrio, Andar, Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho no
posicionamento do corpo, Desempenho na transferência e Dor articular. Para os indicadores
Coordenação e Marcha não foram identificadas diferenças significativas pelo teste de
Friedman. Todos os indicadores apresentaram-se estatisticamente significantes (p< 0,001) e
satisfatórios, segundo o Coeficiente de Correlação Intraclasse. Ao analisar os resultados
mediante os testes estatísticos, tem-se que os resultados foram satisfatórios para maioria dos
indicadores presentes no instrumento com as definições. Assim, a utilização de instrumentos
para uma população específica como os idosos acometidos por Febre de Chikungunya, são
eficazes e devem ser continuamente realizados no intuito de refiná-los e aperfeiçoá-los.
Descritores: Febre de Chikungunya; Idoso; Estudos de Validação; Avaliação em
Enfermagem
10
SILVA, A.B. Validation of the Nursing Outcome Mobility in the elderly affected by
Chikungunya Fever. 2017.106f. Dissertation (Master in Nursing). Department of Nursing,
Federal University of Rio Grande do Norte, 2017.
ABSTRACT
The study aimed to validate the result of Nursing Mobility presented by Nursing Outcomes
Classification in elderly people affected by Chikungunya Fever. Methodological study,
according to Pasquali's (2010) referential in three stages: integrative literature review,
semantic validation and clinical validation, based on an instrument proposed by Moreira
(2011), which presented for the Nursing Nursing Outcome, eight indicators as well as their
constitutive, operational definitions and operational magnitudes. These were reviewed and
adapted in nine indicators aimed at the elderly population affected by Chikungunya Fever.
The first stage occurred through an integrative review of the literature for instrument
adaptation validated in a previous study. The integrative review occurred between February
and April 2017, in the databases: CINAHL, Cochrane, LILACS, PubMed, Scopus, Science
Direct and Web of Science. There was an uncontrolled search of the scientific productions,
without temporal cut, by the indexed and non-indexed descriptors and the 12 indicators of the
Nursing Outcomes Classification for the Nursing Outcome Mobility. Then, for the semantic
validation stage, the instrument was delivered in the month of June to 12 nurses who worked
in primary health care. For evaluation as to its intelligibility. After following the suggestions
proposed by the nurses at this stage, the pilot study and clinical validation were carried out.
This stage was carried out in July and August, by two pairs of trained nurses, in Health Units
of the city of Natal / RN, with 90 elderly people affected by Chikungunya Fever. One pair
applied the instrument proposed by the NOC for the Mobility Nursing Outcome and another
with the instrument adapted and revised. In order to analyze the textual content of the
integrative review, we used the software Interface for Multidimensionnelles of Textes et de
Questionnaires (IRAMUTEQ) version 0.7 Alpha 2. The data of the semantic and clinical
validation were organized in a spreadsheet in the program Microsoft Office Excel 2012 and
exported to the statistical program Statistical Package for Social Sciences version 22.0 for
Windows. In the semantic validation, a binomial test with agreement equal or superior to 85%
was applied. In the clinical validation, for the descriptive analyzes the measures of the
distribution center and its variabilities were calculated. The Friedman test was used to verify
divergence among raters and the Intraclass Correlation Coefficient was calculated to compare
the correlation of the evaluations performed by the rater nurses. The study was approved by
the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte under
CAAE nº 64880017.9.0000.5537. In the integrative review, the Descending Hierarchical
Classification pointed out two main axes related to Chikungunya Fever related to articles that
prioritize clinical evidences of the acute phase, subacute and chronic phase. The articular pain
indicator was added because it was considered important in the literature, represented in the
word cloud and its operational definitions, constitutive definitions and operational magnitudes
were constructed. As for the semantic validation stage, the instrument was considered
intelligible for the proposed evaluation, by the nurses. Eight indicators reached or exceeded
the agreement index of 0.85, except for the transfer performance indicator, since the
agreement was 0.83 and p <0.05. In the clinical validation stage, there was a predominance of
male participants (75.56%), with a median age of 70.00, most married, retired, with
11
incomplete primary education and monthly income up to a minimum wage. The Friedman test
indicated differences between the pairs' evaluation in seven indicators, namely: Balance,
Walking, Muscle movement, Movement of joints, Performance in body positioning,
Performance in transference and Joint pain. For the Coordination and March indicators, no
significant differences were identified by the Friedman test. All indicators were statistically
significant (p <0.001) and satisfactory, according to the Intraclass Correlation Coefficient.
When analyzing the results through the statistical tests, it has been that the results were
satisfactory for most of the indicators present in the instrument with the definitions. Thus, the
use of instruments for a specific population such as the elderly affected by Chikungunya
Fever are effective and must be continuously carried out in order to refine and improve them.
Descriptors:Chikungunya Fever; Aged; Validation Studies; Nursing Assessment.
12
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
AVE Acidente Vascular Encefálico
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CCI Coeficiente de Correlação Intraclasse
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
CHD Classificação Hierárquica Descendente
CHIKV Vírus Chikungunya
CINAHL Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature
CIPE Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem
CIPESC Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva
CNS Conselho Nacional de Saúde
CVI Content Validity Index
DE Diagnóstico de Enfermagem
DeCS Descritores em Ciências da Saúde
DMS Diferença Mínima Significante
IC Intervalo de Confiança
IRAMUTEQ Interface de R pour lês Analyses Multidimensionnelles de Textes et de
Questionnaires
LILACS Latin American and Caribean Health Science Literature Database
MESH Medical Subject Headings
NANDA-I Nanda Internacional
NEPEC Núcleo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica
NIC Nursing Interventions Classification
NOC Nursing Outcomes Classification
OMS Organização Mundial da Saúde
OPAS Organização Panamericana de Saúde
PE Processo de Enfermagem
PGENF Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
RE Resultado de Enfermagem
SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem
SPSS Statistical Package For The Social Siences
13
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
TRI Teoria de Resposta ao Item
UBS Unidade Básica de Saúde
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UM Unidades Mista
USF Unidades de Saúde da Família
14
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Procedimentos para desenvolvimento da Psicometria e suas etapas.
Natal, 2017...........................................................................................
28
Figura 2- Descritores utilizados para busca controlada na etapa 2: Busca na
Literatura. Natal, 2017.........................................................................
37
Figura 3- Fluxograma da seleção dos estudos a partir de revisão integrativa da
literatura. Natal, 2017..........................................................................
39
Figura 4- Dendograma representativo em classes, porcentagem e indicadores
que se destacaram nos estudos sobre Febre de Chikungunya em
idosos. Natal, 2017............................................................................
52
Figura 5- Análise do corpus textual pela nuvem de palavras dos estudos
selecionados. Natal, 2017...................................................................
53
15
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Palavras chave para busca não controlada na etapa 2: Busca na
literatura. Natal, 2017........................................................................
37
Quadro 2- Estratégia de Busca. Natal, 2017....................................................... 38
Quadro 3- Artigos que abordaram os indicadores do RE Mobilidade
apresentado pela NOC. Natal, 2017..................................................
49
16
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Caracterização sociodemográfica dos enfermeiros participantes da
validação semântica. Natal, 2017.......................................................
54
Tabela 2- Índice de concordância dos enfermeiros quanto à inteligibilidade dos
indicadores e de seus componentes, a partir dos índices de IVC e
Kappa. Natal, 2017...............................................................................
54
Tabela 3- Caracterização sociodemográfica dos pacientes idosos acometidos
por Febre de Chikungunya. Natal,
2017......................................................................................................
55
Tabela 4- Dados clínicos dos pacientes idosos acometidos pela Febre de
Chikungunya. Natal, 2017....................................................................
56
Tabela 5- Comparação entre avaliações dos avaliadores (média dos postos) em
relação ao instrumento com e sem definições dos indicadores. Natal,
2017......................................................................................................
57
Tabela 6- Apresentação do Coeficiente de Correlação Intraclasse, intervalo de
confiança e valor- p atribuído para cada indicador da escala. Natal,
2017...................................................................................................
58
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 19
2 OBJETIVO.......................................................................................................... 26
2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 26
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................. 26
3 REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO............................................ 27
3.1 PSICOMETRIA.................................................................................................. 27
4 MÉTODO............................................................................................................ 33
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO.................................................................... 33
4.2 PRIMEIRA ETAPA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.............. 33
4.3 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA............................................ 36
4.3.1 Tipo de estudo................................................................................................ 37
4.3.2 Local do estudo.............................................................................................. 37
4.3.3 População e amostra..................................................................................... 37
4.3.4 Procedimento de coleta de dados................................................................... 37
4.3.5 Organização e análise dos dados................................................................... 38
4.4 TERCEIRA ETAPA: VALIAÇÃO CLÍNICA...................................................... 39
4.4.1 Tipo de estudo................................................................................................ 39
4.4.2 População e amostra...................................................................................... 39
4.4.3 Seleção, treinamento dos avaliadores e sorteio das duplas de
enfermeiros.............................................................................................................
40
4.4.4 Estudo Piloto................................................................................................. 41
4.4.5 Procedimento de coleta de dados.................................................................. 42
4.4.6 Organização e análise dos dados.................................................................. 43
4.5 ASPECTOS ÉTICOS........................................................................................ 43
5 RESULTADOS................................................................................................... 45
5.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO
DESENVOLVIDO POR MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO
INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA PELA FEBRE DE
CHIKUNGUNYA........................................................................................................
45
5.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO
ADAPTADO À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE
CHIKUNGUNYA........................................................................................................
50
5.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA............................ 52
6 DISCUSSÃO............................................................................................................ 57
6.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO
DESENVOLVIDO POR MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO
INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA PELA FEBRE DE
CHIKUNGUNYA........................................................................................................
57
6.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO
ADAPTADO À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE
CHIKUNGUNYA........................................................................................................
61
6.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA............................ 62
7 CONCLUSÃO......................................................................................................... 68
18
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 70
APÊNDICES .............................................................................................................. 76
ANEXOS..................................................................................................................... 100
19
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objeto a validação semântica e clínica do Resultado de
Enfermagem (RE) Mobilidade, pertencente à taxonomia Nursing Outcomes Classification
(NOC), em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya.
A motivação pela temática advém do interesse de promover avanços em estudos sobre
a Febre de Chikungunya e seus acometimentos, como também de produzir resultados que
possam contribuir para o fomento de políticas públicas de saúde voltadas para esta população
que tem como uma das principais consequências o comprometimento articular duradouro.
Além disto, a importância deste tipo de estudo, está na busca pela melhoria da qualidade de
assistência prestada ao idoso por meio da avaliação de RE em saúde, utilizando instrumentos
voltados para este fim.
A Febre de Chikungunya representa uma problemática constante com notoriedade
internacional para a saúde pública e epidemiológica, pois, assim como a Dengue, trata-se de
uma aborvirose transmitida por mosquitos e integra o grupo de doenças infecciosas com
potencial emergente e reemergente. Atualmente a transmissão de ambos ocorre por mosquitos
do gênero Aedes. Em destaque à Febre de Chikungunya, estudos confirmam o Aedes aegypti e
o Aedes albopictus como os principais transmissores da doença. Todavia, foi identificada a
relação desta arbovirose também com o Aedes taylori no Senegal (VALE; PIMENTA;
AGUIAR, 2016; HONÓRIO et al., 2015).
Trata-se de uma arbovirose que tem como agente etiológico o Vírus Chikungunya
(CHIKV), inicialmente isolado em 1952 na Tanzânia, país da África Oriental, após uma
epidemia. A partir de então, a doença atingiu outras regiões do continente africano e asiático,
com eventuais casos de infecção (BRASIL, 2015; WHO, 2016; HONÓRIO et al., 2015).
Reemergências do vírus entre os anos de 2004 e 2006 atingiram o Quênia, Ilhas da
Reunião, Itália e França e levou a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) a elaborar um
documento de alerta aos profissionais de saúde e instâncias governamentais sobre a possível
chegada do CHIKV nas Américas, bem como formas de prevenção e controle em caso de
infecção (OPAS, 2011).
Com a introdução do vírus, elevou-se o número de infectados e atingiu ilhas do
Caribe, América Central e países da América do Sul, como o Brasil. A doença progrediu em
território nacional no ano de 2010, contudo, a transmissão local só foi evidenciada em 2014,
quando constatou-se apenas 39 casos advindos do exterior, dentre as 828 notificações de
Febre de Chikungunya (DONALÍSIO; FREITAS, 2015). Esse aumento no número de
20
transmissão autóctone, isto é, casos provenientes do território brasileiro, contribuiu para o
enfoque dado a Febre de Chikungunya no país, realidade que confirma a relevância da
temática.
Segundo Boletim Epidemiológico elaborado pelo Ministério da Saúde, em 2015 foram
identificados 38.332 casos prováveis da doença, com a confirmação de 13.236 casos e seis
óbitos, com média de idade de 75 anos. Em 2016, até a 27ª semana do referido boletim, foram
notificados 169.656 casos, com confirmação de 63.000 casos e 38 óbitos com idade média de
71 anos. No que tange as regiões federativas do Brasil, o mesmo Boletim aponta a região
Nordeste com maior taxa de incidência de casos com destaque para o estado do Rio Grande
do Norte (556,7 casos/100mil habitantes) seguido de Pernambuco (336,0 casos/100mil
habitantes) e Paraíba (300,2 casos/100mil habitantes) (BRASIL, 2016).
Em 2017, a edição mais recente do referido boletim (até a 35ª semana) demonstrou um
aumento significativo do quantitativo de casos confirmados. Foram verificados 121.734 casos
confirmados da doença e 99 óbitos. Além disso, a região Nordeste permanece com maior taxa
de incidência de casos (230 casos/100 mil habitantes) (BRASIL, 2017).
Por conta da introdução do CHIKV e o aumento da incidência da doença nas
diferentes localidades do Brasil, o Ministério da Saúde elaborou em 2015 um Guia de Manejo
Clínico, com o objetivo de nortear as ações dos profissionais de saúde, com destaque para a
importância do diagnóstico precoce. O guia discorre ainda sobre características do vírus,
espectro clínico da doença, tratamento, classificação de risco e ações de vigilância
epidemiológica (BRASIL, 2015).
Atualmente, o guia encontra-se em sua segunda edição e aponta novos aspectos em
razão das significativas limitações relacionadas à doença, como a limitação de mobilidade, as
dores articulares persistentes ou recidivantes, o reestabelecimento da mobilidade articular, a
descompensação de doenças de base e o monitoramento constante de grupos de risco como
idosos (BRASIL, 2017).
A representação clínica da doença é intensificada em crianças e idosos. Destaca-se
que, apesar do baixo potencial de letalidade, os idosos acometidos são os mais propensos ao
óbito, em decorrência da diminuição das reservas fisiológicas e imunidade (MAGUINA-
VARGAS, 2015).
Verifica-se que em decorrência do crescimento populacional de idosos este grupo
etário é pauta de estudos em âmbito mundial e nacional. Em território brasileiro, às mudanças
sociodemográficas e de saúde culminaram em uma expectativa de vida mais elevada. O
processo de transição demográfica demonstra que até o ano de 2020, o Brasil será composto
21
por aproximadamente 30 milhões de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Este
fato colocará o país em sexta posição de país longevo (KUCHEMANN, 2012).
Anualmente, mais de 600 mil indivíduos são acrescidos à população idosa já existente,
bem como as doenças crônicas e limitações funcionais também são incorporadas às
informações de saúde e acarretam ônus ao Sistema Único de Saúde, sobretudo para o
tratamento de morbidades que podem perdurar por longos períodos de tempo, como a Febre
de Chikungunya (VERAS, 2009).
Considerada uma doença desencadeante de limitações funcionais, o acometimento
pela Febre de Chikungunya nos idosos pode levá-los a não suportar as tensões colocadas
sobre o corpo e diminuir a resposta imunológica à infecção (MAGUINA-VARGAS, 2015).
O processo infecioso da Febre de Chikungunya é dividido em três fases: aguda ou
febril, subaguda e crônica. A fase aguda ou febril tem duração média de sete dias e
caracteriza-se por quadro febril súbito com intensa poliartralgia. A fase subaguda inicia-se
pelo comprometimento articular duradouro com duração de até três meses. Em casos que os
sintomas persistirem por mais de um trimestre após o surgimento da doença instala-se a fase
crônica, que pode atingir mais de 50% dos pacientes acometidos pela Febre de Chikungunya.
A principal sintomatologia dos pacientes que atingem a fase crônica da doença é o
comprometimento articular persistente ou recidivo nas articulações afetadas durante a fase
aguda (BRASIL, 2015; STAPLES; BREIMAN; POWERS, 2009; TAUIL, 2014;
VASCONCELOS 2014; BRASIL, 2015; WHO, 2016).
Na maioria das vezes, as dores articulares são simétricas e ocorrem frequentemente
nos punhos, cotovelos, dedos, joelhos e tornozelos, com capacidade de afetar ainda a região
sacroilíaca, lombossacra e cervical. As consequências desta infecção manifestam-se desde a
persistência da dor até a artrite reumatóide, com presença de edema nas articulações e déficits
de mobilidade por meses ou até anos (HONÓRIO et al., 2015; STAPLES;
BREIMAN;POWERS, 2009; TAUIL, 2014; BRASIL, 2015).
O agravamento dos sintomas em idosos desencadeia limitação de movimento e de
tônus muscular, devido à intensa artralgia, além de constatar, em produções científicas,
atrofias e deformidades nas articulações atingidas pela doença. Conforme apontado por
estudos, as lesões articulares oriundas deste processo podem causar desequilíbrio fisiológico
do corpo humano e assim, comprometer a atividade renal, o sono, atividades diárias e
laborais, humor e predispor em algumas situações quadros de depressão (STAPLES;
BREIMAN; POWERS, 2009; BRASIL, 2015).
22
Diante do exposto, o enfermeiro como membro da equipe de saúde deve atentar
quanto ao manejo clínico do paciente idoso com Febre de Chikungunya. Isto porque a
assistência e avaliação do cuidado diferem de outras arboviroses, com destaque para a fase
subaguda e crônica da doença, quando o comprometimento articular é duradouro). Esta
conjuntura exige do profissional uma perspectiva de cuidado sistematizado, mediante adoção
de um método e linguagem padronizada que possibilitem a avaliação, planejamento e
execução dos cuidados de Enfermagem ao paciente idoso acometido (BRASIL, 2015;
SOARES et al., 2013).
Assim, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) consiste em um
método utilizado para orientar e controlar o cuidado ao paciente à medida que auxilia o
profissional a tomada de decisões, previsão e avaliação de consequências do cuidado. Dentre
as diferentes formas de desenvolver esta sistematização, inclui-se o Processo de Enfermagem
(PE), instrumento metodológico que norteia e documenta a prática profissional. Organizado
didaticamente em cinco etapas, o PE corresponde a: 1)Coleta de dados ou Histórico de
Enfermagem, 2)Diagnóstico de Enfermagem, 3)Planejamento de Enfermagem,
4)Implementação e 5)Avaliação de Enfermagem (SOARES et al., 2013; COFEN, 2009).
Este tipo de cuidado de Enfermagem é possível pela adoção de Sistemas de
Classificação próprios (taxonomias), voltados a esta disciplina, a exemplo dos mais
difundidos: de diagnósticos de Enfermagem (NANDA-I), intervenções de Enfermagem
(Nursing Interventions Classification - NIC), resultados de Enfermagem (Nursing Outcomes
Classification - NOC), a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) e a
Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC). A
importância destes sistemas está na garantia do cuidado em uma linguagem universal o que
reflete no direcionamento e qualidade da assistência ao paciente (FURUYA et al., 2011).
Ao particularizar a terceira etapa do PE, entende-se que seja responsável por
determinar com base nas respostas humanas indesejadas do indivíduo quais os RE adequados
para o paciente. Esta deliberação é possível por meio da NOC, um sistema de classificação
amplamente divulgado e utilizado pela Enfermagem (COFEN, 2009; SEGANFREDO;
ALMEIDA, 2011; MOORHEAD et al., 2013).
O Sistema de Classificação NOC foi elaborado a partir da necessidade de promover
uma linguagem uniforme que permitisse avaliar as intervenções implementadas e o estado de
saúde do indivíduo. Esta taxonomia proporciona uma avaliação padronizada e individual do
grau de comprometimento à uma resposta humana indesejada e possibilita o planejamento de
23
uma assistência direta e específica à condição clínica de cada paciente (SILVA; OLIVEIRA;
CARVALHO, 2015).
A taxonomia dos RE oportuniza ainda o aprimoramento padronizado de uma
linguagem para a profissão; fornece informações para subsidiar a tomada de decisões;
estabelece medidas, definições e indicadores padronizados à condição de saúde do paciente;
fornece dados para avaliar a qualidade do cuidado de Enfermagem; avalia a eficácia e impacto
geral da atuação destes profissionais frente à uma condição clínica e contribui para o
aperfeiçoamento do corpo de conhecimento da Enfermagem (MOORHEAD et al., 2013).
A NOC em sua última edição é composta por sete Domínios, 31 Classes e 490 RE.
Cada RE apresentado pela taxonomia é composto pelo título, definição, indicadores e escala
de mensuração. Estes indicadores são mensurados a partir de uma escala do tipo Likert, que
varia de um a cinco e varia entre o estado menos desejado e o estado mais desejado,
respectivamente (MOORHEAD et al., 2013).
A classificação dos RE da NOC apresenta a Mobilidade como à possibilidade do
indivíduo de movimentar-se sozinho e de modo intencional por um ambiente, podendo fazer
uso ou não, de equipamento para apoiar-se. Este RE está incluído no Domínio Saúde
Funcional, por retratar a capacidade de executar atividades diárias e a Classe, que recebe o
mesmo nome do RE, Mobilidade caracterizada por resultados representativos às implicações
decorrentes da mobilidade física e limitação de movimento (MOORHEAD et al., 2013;
MOREIRA et al., 2016).
Nesse sentido, Moreira (2011) destaca que a importância do RE Mobilidade ancora-se
em aspectos sociais e culturais importantes para o indivíduo realizar atividades necessárias e
prazerosas do cotidiano, expressar suas emoções e contentamentos. A mesma autora define
Mobilidade como a capacidade de movimentação do indivíduo, de uma posição para outra, ou
de um ambiente para outro de maneira independente, com uso ou não de ferramenta de apoio
(MOREIRA, 2011).
A respeito dos indicadores, fazem parte deste RE doze indicadores: Equilíbrio,
Coordenação, Marcha, Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho
do posicionamento do corpo, Desempenho na transferência, Correr, Pular, Rastejar, Andar e
Movimentos realizados com facilidade. Tais indicadores são estimados por uma escala do tipo
Likert e seus escores que mensuram o grau de comprometimento do indivíduo quando
“severamente comprometido”, “substancialmente comprometido”, “moderadamente
comprometido”, “pouco comprometido” ou “não comprometido” (MOORHEAD et al., 2013).
A fim de uniformizar a avaliação por meio do RE, são desenvolvidas as definições
24
constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais que sejam claras e específicas para a
avaliação da situação de saúde do paciente acometido. Definições constitutivas são entendidas
como um conceito presente no plano teórico, porém de significado abstrato, fundamentais
para a construção de instrumentos de medida como os da NOC, uma vez que localizam e
delimitam o conceito existente. Assim, definições constitutivas bem desenvolvidas refletem
instrumentos elaborados capazes de mensurar o fenômeno para o qual foi proposto
(PASQUALI, 2010; VITOR, 2010).
As definições operacionais são entendidas como aquelas responsáveis pela transição
do plano abstrato para o concreto, exequível e determinam especificamente o que e como será
mensurado a respeito do fenômeno. Por fim, as magnitudes operacionais são capazes de
transformar tais mensurações em números, a exemplo das escalas do tipo Likert (PASQUALI,
2010; VITOR, 2010).
Neste sentido, acredita-se que definições constitutivas, operacionais e magnitudes
operacionais do instrumento de avaliação da Mobilidade proporcionem uma maior
consistência e concordância quanto à avaliação do paciente idoso acometido por Febre de
Chikungunya. É importante reiterar que diversos estudos destacam o comprometimento motor
de pacientes idosos com Febre de Chikungunya e tal fato confere relevância à validação do
RE Mobilidade nesta população. Deste modo, ao mensurar o impacto físico e como este
interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos, pode-se também contribuir para a
melhor assistência com foco nas respostas humanas indesejáveis acarretadas pela doença.
Nesse sentido, pretende-se oferecer a esta população uma contribuição social para o
entendimento da co-responsabilização de enfermeiros e usuários na prevenção e diminuição
dos agravos da Febre de Chikungunya. Este tipo de estudo implicará ainda discussões sobre a
importância de uma assistência de qualidade à população idosa frente à doenças infecciosas
emergentes e reemergentes. Vale destacar que reflexões e mudanças tanto acadêmicas quanto
assistenciais poderão surgir a partir dos dados desta pesquisa e poderão fornecer subsídios
para capacitação de enfermeiros e de outros profissionais que assistem esta população
específica.
Este estudo adere à área de concentração de Enfermagem na Atenção à Saúde, do
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PGENF) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (UFRN) e sua linha de pesquisa de Desenvolvimento tecnológico em saúde
e Enfermagem ao considerar o aprimoramento de taxonomias com aplicação prática em saúde
e Enfermagem. Nesse sentido, reporta-se à abordagem tecnológica em saúde de Merhy
(2007), por utilizar para uma avaliação acurada de Enfermagem, taxonomias como a NOC, a
25
qual permite aplicar instrumentos para mensurar as intervenções ao paciente em cenário
clínico (MERHY, 2007; MOORHEAD et al., 2013).
Frente ao exposto, justifica-se o interesse em desenvolver a pesquisa por meio de
alguns pontos:
• Pela necessidade de estudos de validação para o aprimoramento das taxonomias;
• A expressividade do número de casos apresentada pela OPAS e Ministério da Saúde
das doenças infecciosas emergentes e reemergentes;
• O crescente número de indivíduos acometidos por Febre de Chikungunya no Brasil,
sobretudo pela predominância de casos na região Nordeste;
• A importância na compreensão do fenômeno e no impacto que a Febre de
Chikungunya causa na vida do idoso;
• A necessidade de mensuração do RE Mobilidade por meio da prática clínica frente ao
comprometimento da mobilidade como consequência da Febre de Chikungunya.
A partir de tais justificativas, foram elaboradas as questões de pesquisa: As definições
constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais dos indicadores do RE Mobilidade
construídas em estudo anterior são intelegíveis para aplicação nos idosos com Febre de
Chikungunya? As definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE
Mobilidade da NOC são válidas nesta população?
Baseados nos questionamentos, este estudo apresenta como hipótese de investigação:
H1: As definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais dos
indicadores do RE Mobilidade construídas em estudo anterior são inteligíveis e oferecem
melhor consistência e concordância para avaliação de Enfermagem à pacientes idosos com
Febre de Chikungunya.
26
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
• Validar o resultado de Enfermagem Mobilidade apresentado pela Nursing Outcomes
Classification em idosos acometidos por Febre de Chikungunya.
2.2 ESPECÍFICOS
• Revisar e adaptar o instrumento validado em estudo anterior em idosos acometidos por
Febre de Chikungunya, a partir de Revisão Integrativa da Literatura.
• Validar semanticamente o resultado de Enfermagem em idosos acometidos por Febre
de Chikungunya.
• Validar clinicamente as definições constitutivas, operacionais e magnitudes
operacionais do resultado de Enfermagem Mobilidade em idosos acometidos por
Febre de Chikungunya.
27
3 REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO
3.1 PSICOMETRIA
A Psicometria consiste em uma ciência específica da psicologia, que se detém ao
estudo e elaboração de instrumentos psicológicos, testes de aptidão, escalas psicométricas de
atitude e diferencial semântico. Este referencial tem como propósito o estudo dos fenômenos
naturais a partir da utilização de símbolo matemático, como os números. O método é
composto por diversos testes psicológicos referentes a critério, a construto, a conteúdo,
observação do comportamento, survey e novas tecnologias. Cada um destes fundamenta-se
em técnicas e teorias específicas para sua construção (PASQUALI, 2010).
Os testes referentes a construto são adotados para pesquisas cujo objetivo é mensurar
fenômenos bem como as respostas humanas. Este tipo de teste tem como principal
característica a construção e validação de instrumentos que possam mensurar o traço latente.
Entende-se traço latente como uma representação numérica da magnitude de um fenômeno.
(PASQUALI 2010).
O modelo de testes referentes a construtos baseia-se em três importantes polos, a
saber: 1) Polo teórico, 2) Polo empírico, 3) Polo analítico. A figura 1 a seguir ilustra esta
afirmativa (PASQUALI, 2010).
Figura 1. Procedimentos para desenvolvimento da Psicometria e suas etapas. Natal, 2017.
Fonte: Pasquali, 2010.
O polo teórico constitui-se de seis etapas importantes para Psicometria: 1)Sistema
psicológico, 2)Propriedades do sistema psicológico, 3)Dimensionalidade do atributo,
4)Definições, 5)Operacionalização e 6)Análise dos itens. É neste polo em que se deve
desenvolver uma fundamentação teórica consistente e embasada para compreender o
fenômeno a ser estudado, bem como constituir para ele um instrumento de medida. É no
primeiro polo que se expõe a Teoria do Traço Latente e a escala de representação deste traço.
PSICOMETRIA
POLO TEÓRICO
POLO EMPÍRICO
POLO ANALÍTICO
6
ETAPAS
2
ETAPAS
4
ETAPAS
28
1)Sistema psicológico:
O Sistema psicológico, também denominado de objeto psicológico, representa o
universo de interesse do pesquisador e pode ser considerado universal ou local. Considera-se
o Sistema psicológico universal aquele que engloba o ser humano em sua totalidade e os
fenômenos que o cercam. O local por sua vez, refere-se aos subsistemas de interesse do
pesquisador (PASQUALI, 2010).
Contudo, apesar de constituir o objeto a ser estudado, o Sistema psicológico ainda é
uma representação abstrata do fenômeno, a qual requer de aspectos ou fatores que o
caracterizem para de fato ser mensurado (PASQUALI, 2010).
2) Propriedades do sistema psicológico:
As propriedades dizem respeito às características necessárias para mensurar o objeto
em questão, e assim transformam um problema abstrato em algo concreto ou passível de
medida. O principal papel desta segunda etapa está em dar limites ao que se estudar por meio
de atributos definidos para constituir a propriedade de um objeto (PASQUALI, 2010).
3) Dimensionalidade do atributo:
Após delimitar o objeto é necessário avaliar a estrutura interna do atributo. Assim,
nesta etapa deve-se constatar se as características do que está sendo estudado, e que de fato,
mensuram um fenômeno são unidimensionais ou multidimensionais (PASQUALI, 2010).
4) Definição do construto:
Refere-se a uma conceituação por meio da literatura sobre o assunto, peritos ou
experiência profissional, do fenômeno e dos fatores necessários para mensurá-lo. É nesta
etapa que as definições constitutivas e operacionais são elaboradas (PASQUALI, 2010).
Para elaboração do instrumento de medida, as definições constitutivas são relevantes
uma vez que delimitam semanticamente o fenômeno e situam o construto na teoria. As
definições operacionais são uma representação concreta do fenômeno e tem por meta garantir
a validade do instrumento (PASQUALI, 2010).
As definições operacionais devem ser passíveis de realização e abrangerem de forma
mais completa o construto. Isto por que são essas definições que irão comprovar a
representação do traço latente (PASQUALI, 2010).
5) Operacionalização do construto:
Com as definições constitutivas e operacionais já estabelecidas, inicia-se a construção
dos itens do instrumento e as atividades desenvolvidas pelos participantes do estudo para que
seja mensurada a magnitude de um fenômeno. A construção dos itens ocorre mediante a
29
literatura, entrevistas junto à população meta e categorias comportamentais. Os itens são
elaborados mediante 12 critérios pré-estabelecidos pela Psicometria (PASQUALI, 2010).
6) Análise dos itens:
Busca-se nesta etapa observar se os itens e o instrumento construído representam
fidedignamente o construto. Esta análise pode ser realizada mediante duas formas: análise
teórica dos itens a qual é feita por juízes que avaliam a pertinência dos itens em relação ao
construto e análise semântica que tem o objetivo de verificar se o instrumento bem como os
itens que o compõem são inteligíveis à população a qual ele se destina (PASQUALI, 2010).
A análise semântica é realizada com a população meta para verificar a compreensão
dos itens do instrumento. Assim, o instrumento deverá ser apresentado a população meta para
que sejam discutidas a pertinência e sanadas possíveis dúvidas sobre o instrumento. Este tipo
de análise confere validade aparente do teste por incluir a população meta desde aquele com
nível mais baixo de formação até o nível mais elevado (PASQUALI, 2010).
O Polo empírico, também denominado de polo experimental, se constitui de duas
etapas da Psicometria intituladas: 7)Planejamento da aplicação e 8)Aplicação e coleta.
7)Planejamento da aplicação:
Com o instrumento já construído e validado semanticamente, deve-se levar em
consideração dois importantes aspectos: definição da amostra e as instruções de como se dará
a aplicação do instrumento. A intencionalidade de construção de um instrumento é que seja
aplicado a determinada população pré-definida, com suas respectivas características
delimitadas (PASQUALI, 2010).
Assim, definir a amostra do instrumento relaciona-se aos aspectos que possam
caracterizar a população meta do estudo como sociodemográficos e biológicos. Outro fator
observado nesta etapa refere-se ao quantitativo necessário de sujeitos para testar a qualidade
psicométrica do instrumento de medida. Determina-se que sejam selecionados de cinco a dez
sujeitos por item do instrumento (PASQUALI, 2010).
A importância das instruções quanto à aplicação do instrumento está relacionada à
operacionalização da coleta de dados. Nesta etapa serão estabelecidas quais as condições que
o pesquisador encontrará para aplicação do instrumento como: coleta individual ou coletiva,
aviso prévio ou não aos testados e os possíveis entraves encontrados no percurso e local de
coleta. Ademais, deverá ser estabelecido o formato do instrumento e a forma de
preenchimento de resposta do sujeito para cada item (PASQUALI, 2010).
Poderão ser definidos como forma de preencher o instrumento, formatos como o da
escolha forçada, onde o sujeito escolhe entre dois itens, qual o mais apropriado para a
30
resposta, tipicamente utilizado em testes de personalidade e de interesse. O formato das
múltiplas alternativas onde o sujeito deverá escolher qual a alternativa correta, comumente
utilizada em testes de aptidão. E por fim, o das escalas tipo Likert onde cada item possui uma
escala de pontuação correspondente à magnitude da resposta do sujeito ao que o item se
refere. Este tipo de formato é majoritariamente utilizado em testes de personalidade e escalas
de atitude (PASQUALI, 2010).
8) Aplicação e coleta:
Este passo diz respeito à coleta de dados propriamente dita a qual deverá dispor de um
ambiente propício e adequado, livre de qualquer distração que possa comprometer esta etapa
(PASQUALI, 2010).
O Pólo analítico diz respeito às análises estatísticas das informações coletadas, que
irão considerar o instrumento válido, preciso e se necessário, normatizado. Quatro etapas da
Psicometria fazem parte deste pólo, a saber: 9) Dimensionalidade, 10) Análise dos itens, 11)
Precisão do instrumento, 12) Estabelecimento de normas.
9) Dimensionalidade
A dimensionalidade de um instrumento psicológico se refere ao fato de os itens que
compõem um instrumento de medida ser capazes de mensurar o mesmo fenômeno, ou seja,
único construto. A primeira verificação nesta etapa é a unidimensionalidade do instrumento.
Portanto, é a partir desta análise que se determinará quantos fenômenos o instrumento de fato
mensura (PASQUALI, 2010).
A depender do objeto de estudo, alguns instrumentos podem medir mais de um
fenômeno e nesses casos as análises estatísticas devem ser feitas separadas para cada
construto que o instrumento mede (PASQUALI, 2010).
A análise estatística utilizada na etapa de dimensionalidade é denominada de análise
fatorial . A análise fatorial demonstra o que de fato o instrumento mensura, a partir da análise
de carga fatorial de cada item e covariância entre o fenômeno e o item. A carga fatorial tem
como objetivo determinar por meio de porcentagem, intitulada pela Psicometria de
covariância, a ligação que existe entre o fenômeno estudado e o item. Deste modo, uma
covariância de 100% entre o fenômeno e o item indica que o item é um excelente
representante e faz parte do traço latente que mensura aquele construto (PASQUALI, 2010).
As cargas fatoriais variam de -1,00 a +1,00, as cargas positivas ou negativas assumem
função de um item poder expressar um aspecto positivo ou negativo do fenômeno. As análises
fatoriais psicométricas, consideram uma carga fatorial de 0,30 positivo ou negativo, como
uma carga mínima para que o item seja um representante do fenômeno, contudo, apontam
31
carga fatorial de acima de 0,50 para se afirmar que o fenômeno foi bem representado pelo
item (PASQUALI, 2010).
10) Análise dos itens:
A Psicometria utiliza esta etapa para instrumentos auto aplicáveis e consiste na análise
dos itens a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Logo, análises estatísticas de uma
amostra representativa do instrumento são realizadas para identificar: dificuldade (a partir da
proporção dos indivíduos que respondem corretamente ou de acordo com o item),
discriminação (identificação de indivíduos com escores altos e baixos de resposta) e resposta
aleatória de cada item (respostas corretas, porém, dadas ao acaso) (PASQUALI, 2010).
11) Precisão do instrumento:
Nesta etapa avalia-se a fidedignidade do instrumento. Diferentes técnicas podem ser
utilizadas para verificar a precisão de um teste, como a precisão teste-reteste, de formas
alternativas e da consistência interna (PASQUALI, 2010).
A precisão teste-reteste tem o objetivo de calcular a correlação em um mesmo teste
pelo mesmo sujeito em dois momentos distintos. Contudo, quanto maior for a distância entre
o primeiro e o segundo momento, maiores são as chances de diminuir o coeficiente de
precisão do instrumento. Além disto, há possibilidade de a retestagem ocorrer em uma fração
de tempo diferente para os sujeitos e assim reduzir o coeficiente de precisão. Por este motivo
a Psicometria refere dificuldade em operacionalizar este tipo de teste (PASQUALI, 2010).
A precisão de formas alternativas sugere que os participantes respondam duas formas
paralelas do mesmo teste em dois momentos consecutivos. A partir disto, verifica-se o
coeficiente de precisão entre elas. Todavia, um empecilho apontado pela Psicometria neste
teste atrela-se a dificuldade de construir formas alternativas, quando a construção de um único
teste já demanda tempo (PASQUALI, 2010).
A precisão da consistência interna objetiva estabelecer a homogeneidade da amostra
de itens do teste. Para isto, análises estatísticas como Kurder-Richardson e Alfa de Cronbach
são as mais utilizadas e sugeridas. A consistência interna é verificada em um único momento
sem interferência temporal entre aplicação do teste. A Psicometria sugere a utilização do teste
de Kurder-Richardson para os casos de respostas dicotômicas ao item, e quando o item
obtiver mais de duas alternativas, utiliza-se a técnica de Alfa de Cronbach (PASQUALI,
2010).
12) Estabelecimento de normas:
32
Considera-se um instrumento de medida válido e pronto para utilização em fins de
investigação científica, aquele analisado estatisticamente mediante todas as etapas anteriores
(PASQUALI, 2010).
Quando o instrumento de medida é construído para situações clínicas específicas e
individuais, sugere-se a normatização do instrumento para interpretação dos dados produzidos
pelo estudo. Entretanto, para pesquisas com comparações entre grupos de sujeitos, considera-
se a normatização desnecessária, uma vez que ela será útil à transformação dos dados brutos
do instrumento para resultados os quais gerem de algum modo informações padronizadas e
passíveis de comparação entre grupos de sujeitos do estudo (PASQUALI, 2010).
33
4 MÉTODO
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO
Trata de um estudo do tipo metodológico com abordagem quantitativa, conduzido em
três etapas: revisão integrativa da literatura, validação semântica e validação clínica, a partir
de um instrumento proposto por Moreira (2011).
O estudo metodológico versa sobre a busca por métodos de obtenção de informações e
condutas rigorosas em investigações científicas para o aperfeiçoamento e/ou
desenvolvimento, de validação e julgamento de ferramentas e métodos de pesquisa. Neste tipo
de estudo, o pesquisador tem por objetivo a construção de um instrumento fundamentado,
fidedigno e aplicável, a ser utilizado por outros pesquisadores e profissionais. A importância
deste tipo de estudo está na utilização de conhecimento científico produzido para elaboração
de novos instrumentos ou adaptações de instrumentos existentes para populações em
diferentes contextos, dispositivos, intervenções ou melhoria de intervenções utilizadas para
fins específicos (POLIT; BECK; HUNGLER, 2011).
Relativo a estudos de natureza quantitativa, o pesquisador tem por objetivo coletar e
mensurar dados e analisá-los com o auxílio de procedimentos estatísticos para este fim
(DYNIEWICZ, 2009).
4.2 PRIMEIRA ETAPA DO ESTUDO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Em conformidade com a etapa de dimensionalidade do atributo e aplicação do Polo
Teórico de Pasquali (2010), o instrumento selecionado em estudo anterior passou por uma
revisão e adaptação para torná-lo coerente com a população idosa acometida por Febre de
Chikungunya. Destaca-se que, o desenvolvimento de pesquisas utilizando instrumento com
suas definições para o RE Mobilidade em outras situações clínicas foi recomendado por
Moreira em estudo anterior (Moreira, 2016). Assim, buscou-se adaptar o instrumento de
avaliação validado pela mesma autora, à população idosa acometida por Febre de
Chikungunya.
No intuito de adaptar o instrumento construído e validado por Moreira (2011) à
população idosa acometida por Febre de Chikungunya, a primeira etapa do estudo consistiu
em uma revisão integrativa da literatura, cujo método foi proposto por Whittemore e Knalf
(2005).
Esta metodologia de pesquisa viabiliza a síntese do conhecimento científico produzido
atrelado à aplicação efetiva dos resultados oriundos de estudos da prática. É considerada entre
34
as revisões, a mais ampla abordagem metodológica por incluir investigações experimentais,
não experimentais, dados teóricos e empíricos da literatura, além de conceitos, teorias,
evidências e análises de problemáticas metodológicas voltadas a um conhecimento específico
(SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010; WHITTEMORE; KNALF, 2005).
De acordo com Whittemore e Knalf (2005), cinco etapas compõem a revisão
integrativa da literatura, a saber: estabelecimento da hipótese ou questão de pesquisa,
amostragem ou busca na literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos
na revisão e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento ou interpretação da
revisão.
Ao considerar os passos descritos anteriormente, a construção da revisão integrativa da
literatura ocorreu fundamentada nas seguintes questões norteadoras: As definições
constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE Mobilidade construídas por
Moreira (2011) são aplicáveis à pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya? Os
doze indicadores presentes no RE Mobilidade da NOC estão presentes em pacientes idosos
acometidos por Febre de Chikungunya?
A busca ocorreu entre os meses de Fevereiro e Abril de 2017. Cada base de dados foi
acessada por um par de pesquisadores, sem comunicação e em computadores distintos até
esgotarem as buscas mediante protocolo de revisão (APÊNDICE A). Para a etapa de busca,
elencou-se as bases de dados: Science Direct, Cochrane, Scopus, PubMed (Public Medline),
CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature), LILACS (Latin
American and Caribean Health Science Literature Database) e Web of Science, acessadas
por meio do Proxy da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pelo Portal de
periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Com o objetivo de atingir o maior número de produções científicas sobre a temática,
utilizou-se como estratégia de busca os descritores controlados e não controlados para seus
cruzamentos. Para o levantamento dos estudos por busca controlada, elencou-se os descritores
“Aged” e “Health of the Elderly” indexados no MeSH (Medical Subject Headings) e DeCS
(Descritores em Ciências da Saúde), nos idiomas português, inglês e espanhol. Para busca não
controlada, utilizou-se como palavras-chave, “Chikungunya” e os indicadores da NOC para o
RE Mobilidade, conforme elucidam a Figura 1 e quadros 1 e 2.
35
Figura 2. Descritores utilizados para busca controlada na etapa 2: Busca da Literatura. Natal,
2017. Fonte: Própria pesquisadora.
Quadro 1. Palavras chave para busca na literatura não controlada na etapa 2: Busca na
literatura. Natal, 2017.
Palavras chave para busca
Indicadores do Resultado de Enfermagem
Mobilidade da NOC
Balance
Coordination
Gait
Muscle Movement
Joint Movement
Body Positioning Performance
Transfer Performance
Running
Jumping
Crawling
Walking
Moves With Ease
Palavra chave para busca
Sinonímia utilizada para Febre de
Chikungunya
Chikungunya
A mesma estratégia foi utilizada para os cruzamentos em todas as bases de dados
selecionadas (Quadro 2).
Descritores
MeSH E DeCS
Português
Idoso
Saúde do Idoso
Inglês
Aged
Health of the Elderly
Espanhol
Anciano
Salud del Anciano
36
Quadro 2. Estratégia de Busca. Natal, 2017.
Base de dados Estratégia de Busca
Science Direct Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;
Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body
positioning performance; Chikungunya AND Transfer performance;
Chikungunya AND Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya
AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya AND Moves
with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
Cochrane
Scopus
PubMed
CINAHL
LILACS
Web of Science
Para inclusão dos artigos, elencou-se como critério: artigos publicados na íntegra;
disponíveis nas bases de dados pré-selecionadas, sem recorte temporal; disponíveis nos
idiomas inglês, português e espanhol; que respondessem à questão norteadora do estudo. Os
critérios de exclusão foram: produções científicas apenas com resumo disponível e que não
contemplaram o objetivo da revisão integrativa da literatura.
Os resultados da revisão integrativa da literatura contidos nos protocolos de revisão
foram transcritos em texto corrido e analisados lexicalmente pelo Software Interface de R
pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) versão
0.7 Alpha 2, para uma análise estatística sobre os corpus textuais encontrados pela revisão.
O Software foi utilizado no intuito de garantir maior confiabilidade às informações
obtidas mediante protocolo de revisão para adaptação do instrumento validado. Assim, as
classes originadas a partir do corpus do texto representaram o significado das palavras e
sugeriram elementos ou indicadores pertencentes aos estudos com Febre de Chikungunya.
Para avaliação dos dados, foi realizada uma análise lexical por meio de uma Classificação
Hierárquica Descendente (CHD) e Nuvem de palavras.
4.3 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA
Após adaptação do instrumento a partir da 3ª e 4ª etapa da Psicometria (APÊNDICE
B), iniciou-se a 6ª etapa do método proposto, validação semântica do instrumento adaptado
em cenário clínico real. A 5ª etapa não foi desenvolvida pelo estudo em questão, pois já foi
realizada em estudo anterior por meio de uma análise de conceito (MOREIRA, 2011).
37
4.3.1 Tipo de Estudo
A validação semântica consiste na verificação de intelegilibidade e adequação dos
itens do instrumento à população a qual ele se destina (PASQUALI, 2010). Para nortear esta
etapa foram utilizadas as recomendações psicométricas proposta por Pasquali (2010) quanto
aos critérios de intelegibilidade e adequação do instrumento.
4.3.2 Local do estudo
A validação semântica foi desenvolvida com enfermeiros que atuavam em Unidades
de Saúde do complexo de saúde da Prefeitura Municipal de Saúde de Natal, responsáveis por
atender os Distritos Sul, Leste, Oeste, Norte I e Norte II, da população de Natal, Rio Grande
do Norte, Brasil, que oferecem assistência à população em todas as faixas etárias, inclusive
idosos. Este complexo de saúde é composto por Unidades de Saúde, incluindo Unidades
Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família e Unidades Mistas que prestam serviço de
saúde à população. A escolha de realizar estudo neste complexo ocorreu pelo fato de os
indivíduos receberem acompanhamento relacionado à prevenção, promoção e recuperação por
meio de visitas domiciliares e assim, facilitou o acesso aos profissionais e idosos.
4.3.3 População e amostra
A amostra foi composta por doze enfermeiros que atuavam em Unidades de Saúde de
Natal. Para validação semântica, os enfermeiros obedeceram os seguintes critérios de
inclusão: atuar como enfermeiro da Atenção Primária a Saúde há pelo menos um ano e
desempenhar alguma função assistencial à população idosa. Foram excluídos aqueles
enfermeiros em licença médica e/ou férias e os que não prestavam assistência direta à
população idosa.
Os que atenderam aos critérios de elegibilidade foram apresentados à pesquisa e
esclarecidos quanto aos objetivos da investigação científica e, diante do aceite de
participação, procederam com leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE C).
4.3.4 Procedimento de coleta de dados
Os instrumentos foram entregues à 30 enfermeiros durante um evento promovido pela
SMS de Natal/RN no mês de junho de 2017, com os profissionais pertencentes aos distritos de
Natal/RN. É importante destacar que o evento não foi intencionalmente realizado para a
pesquisa em questão, contudo, oportunizou que os enfermeiros recebessem o instrumento
dispusessem do mesmo período de tempo para avaliá-lo.
38
Salienta-se que, durante este primeiro encontro com os profissionais, alguns
enfermeiros já informaram sobre a possível presença de pacientes idosos acometidos por
Febre de Chikungunya atendidos nas respectivas Unidades de Saúde.
Para os enfermeiros que preencheram os critérios e aceitaram participar do estudo, foi
esclarecido o conceito de inteligibilidade, layout (apresentação visual do instrumento) e a
versão do instrumento adaptado composto pelos indicadores, definições constitutivas,
definições operacionais e magnitudes operacionais. Para cada um dos nove indicadores, o
enfermeiro deveria avaliar o instrumento de acordo com a inteligibilidade, além de conter um
espaço para a inserção de comentários e sugestões a respeito do instrumento.
Em conformidade com as recomendações de Pasquali (2010), a verificação de
inteligibilidade dos nove indicadores foi composta por: 1- título do indicador, 2- Definição
constitutiva, 3- Definição operacional e 4- Magnitude operacional sob forma de escala do tipo
Likert de um a cinco. Os enfermeiros foram orientados a considerar para cada item o
instrumento as notas (1) Adequado e (-1) Inadequado. Aqueles considerados inadequados
deveriam conter as possíveis sugestões para mudança a respeito da inteligibilidade do
indicador.
Mediante essas considerações, foi acordado um período máximo de 20 dias úteis para
devolutiva do instrumento. Assim, houve devolutiva de 12 enfermeiros retornaram o
instrumento preenchido, com a assinatura do TCLE.
4.3.5 Organização e análise dos dados
Após devolutiva dos instrumentos, os dados foram tabulados no Microsoft Excel,
versão 2010 e exportados para o pacote estatístico Statistical Package for the Social Siences
(SPSS), versão 20.0, e software livre R, versão 3.0.0. Na análise estatística inferencial, foi
utilizada aplicação do teste binomial o qual permitiu verificar se houve concordância
estatística.
Para isso, foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (Content Validity Index –
CVI), destinado a avaliar o conteúdo dos itens e do instrumento em relação à
representatividade da medida e considerado válido se, ao computar as avaliações de juízes,
demonstrasse índice de adequação acima de 0,85. Para calcular o CVI dos itens, foi dividido o
número total de juízes que atribuiu escore em uma escala Likert de 1 a 5 pontos, distribuído
em gravemente comprometido a não comprometido pelo total de juízes que avaliaram os
itens. Além disso, aplicou-se o índice de Kappa que permitiu avaliar a concordância entre os
entre juízes dos itens avaliados.
39
4.4 TERCEIRA ETAPA: VALIDAÇÃO CLÍNICA
Mediante verificação de inteligibilidade do instrumento, iniciou-se a última etapa do
estudo. A validação clínica tem como objetivo confirmar se as definições, títulos e
indicadores construídos são presentes em determinada população na prática clínica. Para a
validação clínica foram seguidas as recomendações psicométricas da 7ª e 8ª etapa, quanto à
seleção da amostra e operacionalização do estudo (PASQUALI, 2010).
Na 7ª etapa determinou-se a seleção da amostra, faixa etária e características
biopsicossociais referentes à população para qual o instrumento foi construído. Antecedente a
coleta de dados propriamente dita, houve a realização de estudo piloto, conforme preconiza a
7ª etapa da Psicometria. O estudo piloto apresenta-se como essencial para testar o instrumento
quanto a sua compreensão pelos avaliadores (PASQUALI, 2010). Na 8ª etapa, ocorreu a
validação clínica, em Unidades de Saúde, cenário já descrito anteriormente.
4.4.1 Tipo de estudo
Estudo transversal, de abordagem quantitativa. Este tipo de estudo busca realizar uma
coleta sistemática que possibilite a obtenção de informações quantificáveis, a partir de
recursos estatísticos. Neste estudo, os fenômenos de interesse do pesquisador são investigados
durante um período de coleta e permitem descrever a situação problema de uma localidade
específica (ALMEIDA FILHO; BARRETO, 2012).
4.4.2 População e amostra
A população foi composta por 90 idosos acometidos por Febre de Chikungunya,
atendidos nas US, pertencentes ao complexo de saúde da Secretaria Municipal de Saúde do
Natal. Considerou-se idoso aquele indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos, conforme
preconiza o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003). Para o estudo piloto, considerou-se uma
amostra de quatro pacientes, conforme observado em outros estudos de validação (COSTA,
2014; SILVA et al., 2015; SILVA, 2013), no intuito de observar a variação dos escores e
uniformizar a coleta de dados. Salienta-se que os idosos incluídos no estudo piloto foram
incorporados à amostral final da validação clínica.
Os critérios de inclusão elencados foram: indivíduos com idade igual ou superior a
sessenta anos de idade, notificados com Febre de Chikungunya e com 15 na Escala de Coma
de Glasgow. Como critérios de exclusão: indivíduos com situações de saúde que
comprometessem o resultado do estudo, indivíduos acometidos por Acidente Vascular
Encefálico.
40
Uma vez obedecidos os critérios de elegibilidade do estudo, os participantes
selecionados foram convidados a participarem da pesquisa. Os idosos nomeados na ocasião
foram esclarecidos sobre o os objetivos do estudo e procederam com a assinatura do TCLE,
em caso de aceite à participação nesta pesquisa (APÊNDICE D).
Tratando-se de um estudo cujo objetivo é validar um Resultado de Enfermagem,
optou-se por aplicar como critério de inclusão idosos com escore de 15 na Escala de Coma de
Glasgow, indicativo de pleno estado de consciência (Resposta Verbal). A justificativa para tal
pauta-se na necessidade de validar o maior número de indicadores possíveis e na possibilidade
de mensurá-los.
A amostra foi estabelecida conforme recomendado por Pasquali (2010) que preconiza
o quantitativo de cinco a 10 indivíduos para cada item do instrumento. Dessa forma, a amostra
foi constituída conforme o número final de indicadores para a validação clínica. Reitera-se
que o instrumento já validado por Moreira (2011) contém oito indicadores e, após adaptação à
população idosa acometida por Febre de Chikungunya, foi acrescido o indicador Dor
articular, totalizando nove indicadores. Assim, participaram do presente estudo, 90 idosos
acometidos por Febre de Chikungunya.
A seleção das unidades de saúde participantes ocorreu por meio de amostragem por
bola de neve, uma vez que o contato com os enfermeiros iniciou-se na validação semântica e
os profissionais enfermeiros pertencentes às unidades de saúde contatavam novos enfermeiros
por meio de cadeia de contatos para que fossem localizados novos pacientes idosos
acometidos por Febre de Chikungunya.
Os idosos foram selecionados por meio de amostragem por conveniência, de forma
consecutiva. Neste tipo de amostragem, os participantes são convidados a participar do estudo
na medida em que são identificados no período temporal ora disponibilizado para a coleta de
dados e caso concordem com os objetivos propostos pela pesquisa (ALMEIDA FILHO;
BARRETO, 2012).
4.4.3 Seleção, treinamento dos avaliadores e sorteio das duplas de enfermeiros
Os enfermeiros selecionados para coleta de dados eram membros ativos do Núcleo de
Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica (NEPEC) da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
Para seleção dos avaliadores foi estabelecido como critérios: ser enfermeiro com
tempo de atuação de pelo menos um ano, atuar na prática clínica ou fazer parte de grupos de
pesquisas que desenvolvam estudos (DE, intervenções, RE e SAE) na área. Após obedecer
41
tais critérios, os enfermeiros foram esclarecidos sobre os objetivos do estudo e caso
aceitassem participar, deveriam assinar o TCLE (APÊNDICE E).
Realizou-se um treinamento de dez horas com os avaliadores antes de dar início à
coleta de dados, cujo objetivo foi capacitar os enfermeiros avaliadores quanto aos aspectos
relacionados ao espectro clínico da doença, bem como a aplicação do instrumento. O
treinamento foi dividido em dois encontros, no Departamento de Enfermagem da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Após o treinamento e participação em todos os encontros, as duplas foram consideras
aptas para participar do estudo. Procedeu-se com o sorteio para verificar quais duplas iriam
realizar a coleta com o instrumento contendo o RE Mobilidade proposto pela NOC
(APÊNDICE F) e com o instrumento com as definições constitutivas, operacionais e
magnitudes operacionais de Moreira (2011) e adaptadas para população do estudo.
Após sorteio, as duplas foram apresentadas separadamente aos instrumentos e a dupla
responsável pelo instrumento proposto pela NOC não teve acesso ao instrumento com as
definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais. Uma cópia dos instrumentos
foi entregue a cada dupla responsável para que pudessem visualizá-lo e sanar as possíveis
dúvidas.
No que tange aos instrumentos é importante destacar que naquele momento, cada
enfermeiro avaliador teve acesso somente ao conteúdo do instrumento por ele empregado nas
avaliações.
4.4.4 Estudo piloto
Quatro pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya participaram do estudo
piloto, que atenderam aos critérios de elegibilidade.
Os pacientes foram avaliados por duas duplas de enfermeiros, mediante os nove
indicadores do RE Mobilidade presentes nos instrumentos com e sem as definições. Assim,
foram realizadas adequações mínimas necessárias e identificados os entraves para
operacionalização da coleta de dados, no sentido de minimizar o viés de coleta. Neste
momento, foram estabelecidos o tempo para cada avaliação e operacionalização junto ao
agente comunitário de saúde para as visitas domiciliares.
4.4.5 Procedimento de coleta de dados
Iniciou-se o procedimento de coleta de dados propriamente dita, após o estudo piloto e
adequação do instrumento adaptado conforme preconiza a 7ª etapa da Psicometria
42
(PASQUALI, 2010). Após isto, ocorreu à coleta de dados, em cumprimento ao 8ª passo do
referencial adotado.
Para ambas etapas já descritas acima, a identificação da população do estudo ocorreu
durante a validação semântica com a participação dos enfermeiros pertencentes as Unidades
de Saúde. Neste momento, houve um feedback sobre a presença de idosos notificados com
Febre de Chikungunya, nestes locais. Assim, ainda neste momento inicial, havia um contato
prévio entre a pesquisadora com os enfermeiros que deram esta devolutiva, para uma visita
técnica à Unidade de Saúde e identificação daqueles que preenchiam os critérios de
elegibilidade.
Durante a visita técnica às US, inicialmente, era levantado, a partir do livro de
notificações: o quantitativo de idosos acometidos por Febre de Chikungunya, as
características sociodemográficas e o agente comunitário de saúde responsável pelo idoso.
Após este momento, era agendado com os agentes comunitário de saúde, um dia e horário
para que fossem feitas as visitas domiciliares aos idosos selecionados, e assim verificar seu
consentimento para participar e dar início a coleta de dados.
A coleta de dados ocorreu durante os meses de Julho e a Agosto de 2017, de segunda a
sexta- feira, por meio de visitas domiciliares junto ao agente comunitário de saúde
responsável pelo paciente. Assim, a coleta era feita por duas duplas de enfermeiros
avaliadores, uma com o instrumento do RE Mobilidade proposto pela NOC e outra com o
instrumento do RE Mobilidade com as definições constitutivas e operacionais adaptadas e
construídas para população em questão.
Foi acordado previamente com as duplas de enfermeiros, que para cada paciente, a
coleta de dados com os dois instrumentos seria feita de modo sequencial. Isto porque, buscou-
se evitar viés de espectro, com longos períodos de tempo para a avaliação da dupla
subsequente e minimizar o risco de que os componentes a serem validados fossem calibrados
para próxima dupla de avaliadores.
Optou-se por iniciar a coleta de dados pela dupla de enfermeiros com o RE
Mobilidade proposto pela NOC por conter, no instrumento adaptado à população idosa
acometida por Febre de Chikungunya, testes que podiam ser considerados extensos e
cansativos pelos idosos e assim comprometer o restante da coleta. As duplas de enfermeiros
eram separadas em ambientes distintos do domicílio para que não influenciasse na avaliação.
A coleta era feita sequencial e cada dupla de enfermeiros realizava a coleta ao mesmo
tempo, sem que houvesse comunicação entre a dupla. Por terem sido apresentadas
43
previamente aos instrumentos aos quais fariam a avaliação, era estabelecido entre a dupla,
quem conduziria a coleta de dados de cada paciente.
É importante destacar que a enfermeira pesquisadora supervisionou toda a coleta de
dados, sem interferência na avaliação das duplas
4.4.6 Organização e análise dos dados
Após a coleta, todos os dados coletados foram organizados e tabulados no Microsoft
Excel, versão 2010 e exportados para o pacote estatístico Statistical Package for the Social
Sciences (SPSS), versão 20.0, e software livre R, versão 3.0.0.
Neste momento, foram desenvolvidas a 9ª, 11ª e 12ª etapas da Psicometria. A 10ª etapa
alusiva à análise dos itens por meio da TRI, não se aplica ao instrumento utilizado pelo estudo
pois, a sua natureza não o caracteriza como auto aplicável.
Determinou-se a partir da análise descritiva, as frequências, medidas do centro da
distribuição e suas variabilidades. A normalidade dos dados foi constatada a partir do teste
Shapiro-Wilk e adotou-se para todos os testes, o intervalo de confiança de 95% (p≤ 0,05).
Para verificar a diferença de mediana entre as duplas de enfermeiros avaliadores, utilizou-se o
teste de Friedman. O Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) foi mensurado para estipular
a correlação entre as avaliações do RE proposto, pelas duas duplas de enfermeiros avaliadores
com o instrumento com e sem as definições
4.5 ASPECTOS ÉTICOS
Ao considerar os aspectos éticos da pesquisa científica e após anuência da Secretaria
Municipal de Saúde de Natal (ANEXO A), o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e
Pesquisa (CEP) da UFRN (ANEXO B) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN) com CAAE 64880017.9.0000.5537. Dessa forma, foram honrados os princípios
éticos e legais que regem a pesquisa científica em seres humanos, preconizados na Resolução
nº. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL, 2012).
Além da assinatura do TCLE no momento preconizado realizou-se a apresentação dos
objetivos da pesquisa e posterior a este momento, solicitado a colaboração do responsável em
participar do estudo. Assim, o TCLE foi entregue com concomitante leitura e assinatura desse
documento.
Nesse momento, houve esclarecimento de participação voluntária e, que caso
desejasse, poderia desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, ressaltando a
44
garantia do seu anonimato e respeito aos princípios bioéticos da beneficência, não-
maleficência, justiça e autonomia (BRASIL, 2012).
45
5 RESULTADOS
5.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO DESENVOLVIDO POR
MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA
ACOMETIDA PELA FEBRE DE CHIKUNGUNYA
A partir da busca, selecionou-se 5884 títulos, dos quais 873 foram identificados na
Science Direct, 1628 na Scopus, 1651 PubMed, 1703 na Web of Science, três na LILACS,
três Cochrane, 23 na CINAHL. Para primeira leitura dos títulos e resumos foram selecionados
86 artigos, dos quais 23 eram da Science Direct, 17 da Scopus, 20 PubMed, 22 Web of
Science, zero LILACS, zero Cochrane e quatro na CINAHL. Mediante os artigos
selecionados e após serem removidas as duplicidades, foram obtidos 35 artigos para leitura na
íntegra, dos quais 10 foram excluídos, constituindo uma amostra de 25 artigos. Foram
acrescidas aos artigos selecionados, três produções selecionadas a partir de busca reversa da
literatura. Assim amostra final da revisão integrativa da literatura foi constituída de 28 artigos
(Figura 3).
Figura 3. Fluxograma de seleção dos estudos a partir de revisão integrativa da literatura.
Natal, 2017. Fonte: Própria pesquisadora.
46
Originalmente construído por Moreira (2011) o instrumento validado em estudo
anterior é composto por oito indicadores, com as respectivas definições constitutivas,
operacionais e magnitudes operacionais para população com déficit de mobilidade pós AVE.
Fazem parte do instrumento os indicadores: Equilíbrio, Coordenação, Marcha, Andar,
Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho no posicionamento do
corpo e Desempenho na transferência (MOREIRA, 2011).
A partir de uma aplicação em 38 pacientes, o instrumento foi validado em um
ambulatório de neurologia referência em tratamento de pessoas que sofreram AVE, no
nordeste brasileiro (MOREIRA, 2011).
Como técnica de preenchimento, o instrumento utiliza uma escala do tipo Likert de
cinco pontos, a qual mensura de 1 a 5 para “Gravemente comprometido”, “Muito
comprometido”, “Moderadamente comprometido”, “Levemente comprometido” e “Não
comprometido”, respectivamente.
Mediante essas informações, a adaptação do instrumento para população idosa
acometida por Febre de Chikungunya ocorreu por meio de revisão integrativa da literatura. O
corpus da análise das produções científicas sobre Febre de Chikungunya em idosos se deu por
meio do levantamento de 28 artigos lidos na íntegra de forma exaustiva e as informações
consideradas relevantes foram extraídas e preenchidas mediante protocolo de revisão. A
apresentação dos artigos que correspondem aos indicadores do RE Mobilidade da NOC estão
expostos no Quadro 3.
Quadro 3- Artigos que abordaram os indicadores do RE Mobilidade apresentado pela NOC.
Natal, 2017.
Publicações selecionadas por Revisão Integrativa da Literatura e busca reversa
Indicadores aplicáveis Autor/Ano/Local
Equilíbrio DAS et al., 2010 (França);
JAFFAR-BANDJEE et al., 2009 (França);
FOISSAC et al., 2015 (França);
DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012(França);
POO et al., 2014 (Austrália).
Coordenação SCHILTE et al., 2013 (França).
Marcha DAS et al., 2010 (França);
GARDNER et al., 2012 (EUA);
VAN AALST et al., 2017 (Holanda);
WANG; TAMBYAH, 2015 (Singapura);
POO et al., 2014 (Austrália);
MATHEW et al., 2011 (India).
47
Movimento dos músculos THIBERVILLE et al., 2013 (França);
MARIMOUTOU et al., 2015 (França);
MASRI, 2015 (EUA).
Movimento das articulações THIBERVILLE et al., 2013 (França);
MARIMOUTOU et al., 2015 (França);
GARDNER et al., 2012 (EUA);
WADHWANI, 2013 (India);
MATHEW; RAVINDRAN, 2014 (India);
WANG; TAMBYAH, 2015 (Singapura);
RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,
2010 (Sri Lanka);
MANIMUNDA et al., 2010 (India);
CHOW et al., 2011 (Singapura);
REDDY et al., 2017 (India);
GUNN et al., 2012 (EUA);
COUTURIER et al., 2012 (França);
ANDRADE et al., 2010 (França);
SAAG; BENNETT, 1987 (EUA);
KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).
Desempenho no posicionamento do corpo MASRI, 2015 (EUA);
RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,
2010 (Sri Lanka);
BLETTERY et al., 2016 (França);
SISSOKO et al., 2009 (França).
Desempenho na transferência MARIMOUTOU et al., 2015 (França);
KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).
Andar DAS et al., 2010. (França);
RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,
2010 (Sri Lanka);
MANIMUNDA et al., 2010 (India);
DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012(França);
POO et al., 2014 (Austrália);
ALLA; COMBE, 2011 (França);
KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).
Indicador adicionado Autor/Ano/Local
Dor articular COUTURIER et al., 2012 (França);
SISSOKO et al., 2009 (França);
ANDRADE et al., 2010 (França);
BORGHERINI et al., 2008 (França).
Mediante levantamento das publicações selecionadas, observa-se que a Febre de
Chikungunya é tema de estudos em diferentes localidades do mundo. Entre os países, destaca-
se a França com 13 (46,4%) artigos, Índia com cinco (17,9%) e EUA com quatro (14,3%)
publicações.
48
Referente ao ano das produções científicas, estes variaram de 1987 a 2017 com
predomínio de estudos realizados nos últimos cinco anos (60,7%). Dentre as produções,
destacaram-se os estudos de revisão (32,1%), seguidos de estudos de coorte (25,0%), ensaios
clínicos (14,3%), estudos transversais (10,7%), revisões sistemáticas (7,1%), estudos de caso-
controle, estudos de caso e carta ao editor (3,6%).
Cada estudo selecionado para revisão integrativa forneceu subsídio para verificar a
adequação dos indicadores para população idosa com Febre de Chikungunya, bem como as
definições constitutivas e operacionais desenvolvidas e validadas em estudo anterior
(MOREIRA, 2011).
A Classificação Hierárquica Descendente (CHD) deu origem a cinco classes
compostas por segmentos de texto diferentes entre si. Foram identificados na análise do
Dendograma dois grandes eixos temáticos, o primeiro relacionado a artigos que priorizam as
manifestações clínicas agudas e caracterização da doença. O segundo eixo é composto por
estudos que abordaram os sinais e sintomas duradouros e as incapacidades relacionadas à fase
subaguda e crônica da Febre de Chikungunya. A partir dos dois grandes eixos, emergiram
cinco classes lexicais, cada uma composta por vocabulários e segmentos do texto que versam
sobre a mesma linguagem.
Denominou-se como primeiro eixo “Espectro clínico da fase aguda” da qual
emergiram a classe 2 e a classe 3, compostos por 37,8% dos estudos selecionados. Do
segundo eixo intitulado “Espectro clínico das fases subaguda e crônica” originaram as classes
4,1 e 5, das quais fazem parte 62,2% das produções científicas. A distribuição dos eixos por
classe pode ser visualizado na figura 4.
49
Figura 4. Dendograma representativo em classes, porcentagem e indicadores que se
destacaram nos estudos sobre Febre de Chikungunya em idosos. Natal, 2017. Fonte:
Própria Pesquisadora.
Os indicadores para o RE Mobilidade presentes na NOC: Rastejar, Pular, Correr e
Movimentos realizados com facilidade não foram evidenciados nos estudos selecionados para
revisão mediante análise do corpus, portanto, não fizeram parte da composição do
instrumento.
A análise do corpus textual pela Nuvem de palavras representou graficamente a
frequência das palavras encontradas nos artigos. Ademais, possibilitou identificação de um
novo indicador relevante para mensuração do comprometimento articular e reestabelecimento
da mobilidade comprometida pela Febre de Chikungunya. Deste modo, além dos oito
indicadores existentes e validados, foi acrescido ao instrumento, o indicador: Dor articular,
conforme elucida a figura 5.
50
Figura 5. Análise do corpus textual pela nuvem de palavras dos estudos selecionados.
Natal, 2017.
5.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO ADAPTADO
À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA
Após a adaptação, o instrumento foi entregue à avaliação de 12 enfermeiros que
atuavam junto à população do estudo. Além de avaliar a inteligibilidade do instrumento, os
enfermeiros da validação semântica preencheram dados sociodemográficos e de formação
profissional, os quais permitiram estabelecer o perfil desta amostra.
Assim, esta etapa do estudo foi composta em sua totalidade por enfermeiros do sexo
feminino (100%), em uma amostra de distribuição assimétrica (p<0,05), com uma mediana de
54,0 anos de idade e tempo de atuação com mediana de 26,5 anos. Com relação à titulação,
58,33% dos enfermeiros possuíam graduação, seguidos de 33,34% de mestres e 8,33% com
título de doutor. Referente à área de atuação, 83,33% atuavam exclusivamente na atenção
primária à saúde enquanto que 16,67% conciliavam a atenção primária à saúde e área
hospitalar, conforme elucida a Tabela 1.
51
Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos enfermeiros participantes da validação
semântica. Natal, 2017.
Variáveis N %
Titulação
Graduação 7 58,33
Mestre 4 33,34
Doutor 1 8,33
Universidade de
Formação
UFRN 10 83,33
UERN 1 8,33
UFPB 1 8,33
Área de atuação Atenção Primária 10 83,33
Atenção Primária/Hospitalar 2 16,67
Estatística descritiva das variáveis demográficas dos juízes
Variáveis Mínimo Máxim
o
25% Mediana 75% Média DP CV Valor-p*
Idade 39,00 59,00 52,00 54,00 56,00 52,83 5,51 10,42 0,030
Tempo de
atuação 13,00 32,00 14,50 26,50 30,50 23,42 7,82 33,40 0,027
Legenda: *Teste Shapiro-Wilk.
Na tabela 2, são apresentadas as taxas de concordância dos enfermeiros em relação ao
critério psicométrico de inteligibilidade dos indicadores presentes no instrumento, a partir do
teste binomial.
Tabela 2. Índice de concordância dos enfermeiros quanto à inteligibilidade dos indicadores e
seus componentes, a partir dos índices de IVC e Kappa. Natal, 2017.
Indicadores IVC* Kappa
Equilíbrio 0,92 0,83
Coordenação 1,00 1,00
Marcha 1,00 1,00
Andar 1,00 1,00
Movimento dos músculos 1,00 1,00
Movimento das articulações 1,00 1,00
Desempenho no posicionamento do corpo 1,00 1,00
Desempenho na transferência 0,83 0,70
Dor articular 0,92 0,83
Legenda: *IVC: Índice de Validade de Conteúdo
Conforme estabelecido como ponte de corte de igual o superior a 0,85 cujos itens
abaixo deste valor são classificados como inadequado, a análise pelo IVC demonstrou que
oito indicadores ultrapassaram o índice de concordância estabelecido, exceto o indicador
“Desempenho na transferência” com concordância de 0,83 como resultado do teste binomial.
Além disso, observou-se que o coeficiente geral de Kappa obteve valores superior ou igual a
52
0,70, sendo classificada de forma geral como concordância quase perfeita das dimensões
avaliadas.
5.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA
Conforme elucida a Tabela 3, participaram da terceira etapa do estudo, 90 pacientes
idosos acometidos por Febre de Chikungunya, destes 75,56% eram do sexo masculino com
mediana de idade de 70,0 anos, 44,45% eram casados. Em relação à escolaridade, a maioria
(57,78%) tinha ensino fundamental incompleto, 68,89% eram aposentados e 67,78% com
renda familiar de até um salário mínimo.
As variáveis clínicas de idade, tempo de ocorrência e persistência dos sintomas
evidenciaram distribuição assimétrica (p<0,05). Para o tempo de ocorrência da doença, a
mediana foi de 1,42 anos com persistência dos sintomas com mediana de 1,29 anos.
Tabela 3. Caracterização sociodemográfica dos pacientes idosos acometidos por Febre de
Chikungunya. Natal, 2017.
Variáveis N %
Sexo Masculino 68 75,56
Feminino 22 24,44
Faixa etária Até 70 anos 47 52,22
Acima de 70 anos 43 47,78
Estado civil
Casado 40 44,45
Solteiro 24 26,67
Viúvo 22 24,44
Divorciado 4 4,44
Grau de escolaridade
Analfabeto 18 20,00
Ensino fundamental incompleto 52 57,78
Ensino fundamental completo 8 8,89
Ensino médio incompleto 4 4,44
Ensino médio completo 7 7,78
Ensino superior completo 1 1,11
Ocupação
Aposentado (a) 62 68,89
Pensionista 16 17,79
Dona de casa 6 6,66
Autônomo (a) 2 2,22
Auxiliar de Serviços Gerais 1 1,11
Agente Comunitário de Saúde 1 1,11
Diarista 1 1,11
Vendedor (a) 1 1,11
Renda familiar
Até 1 salário mínimo 61 67,78
2 - 3 salários mínimos 21 23,33
Acima de 3 salários mínimos 8 8,89
53
Variáveis N %
Variáveis Mínimo Máximo 25% Mediana 75% Média DP CV Valor-p*
Idade 60,00 93,00 65,00 70,00 77,00 70,91 7,78 10,97 0,003
Tempo de
ocorrência 0,06 2,58 1,00 1,42 1,50 1,32 0,42 32,11 < 0,001
Persistência
dos
sintomas
0,03 2,58 0,58 1,29 1,50 1,10 0,56 51,34 < 0,001
Legenda: *Teste Shapiro-Wilk.
O espectro clínico dos pacientes apresentados na tabela a seguir (Tabela 4),
demonstrou que 83,33% encontrava-se na fase crônica da doença. Referente ao tipo de lesão,
68,89% apresenta poliartralgia, 18,89% possuía edemas simétricos e mialgia, 12,22%
artralgia, enquanto que 15,56% não referiu e não apresentava nenhum tipo de lesão. Apenas
4,44% dos pacientes informou usar algum de dispositivo auxiliar para deambulação após o
acometimento por Febre de Chikungunya, sendo citado o uso da bengala.
A respeito do tipo de poliartralgia, 90,32% apresentava simetria. Os locais atingidos
foram joelhos (80,65%), pés (77,42%), mãos (75,81%), punhos (74,19%) e tornozelos
(69,35). A artralgia apresentou-se simétrica em 81,82% e acometeu o joelho (54,55%). Ainda
relativo às localidades das lesões, a mialgia ocorreu, sobretudo, nos braços (82,35%) e pernas
(35,29%). E os edemas presentes, principalmente nos pés (58,89%) e joelhos (35,29%).
Referente às situações clínicas, 75 pacientes (83,3%) apresentavam pelo menos uma
comorbidade e 15 (16,7%) não referiram nenhuma doença preexistente. No que diz respeito a
estes primeiros, 85,3% era hipertenso, 44,0% diabético, 25,3% apresentava artrite, 13,3%
artrose e 10,7% osteoporose.
Tabela 4. Dados clínicos dos pacientes idosos acometidos pela Febre de Chikungunya, Natal,
2017.
Variáveis N %
Comorbidades Sim 75 83,3
Não 15 16,7
Tipos de comorbidades*
Hipertensão Arterial Sistêmica 64 85,3
Diabetes mellitus 33 44,0
Artrite 19 25,3
Artrose 11 13,3
Osteoporose 8 10,7
Fase da doença
Aguda 2 2,22
Sub-aguda 13 14,45
Crônica 75 83,33
Sinais e sintomas*
Poliartralgia 62 68,89
Edema simétrico 17 18,89
54
Variáveis N %
Mialgia 17 18,89
Artralgia 11 12,22
Sem lesões 14 15,56
Uso de dispositivo auxiliar
após a doença
Não 86 95,56
Sim 4 4,44
Legenda: *Os pacientes podiam apresentar mais de uma comorbidade, ou sinais e sintomas.
Na tabela 5 expõe-se a comparação entre a média dos postos do RE Mobilidade entre
os avaliadores com e sem definições dos indicadores
Tabela 5. Comparação entre a média dos postos do RE Mobilidade entre os avaliadores com
e sem definições dos indicadores. Natal, 2017.
Indicador
Com definições Sem definições
Valor p* Avaliador Avaliador
1 2 1 2
Equilíbrio 4,42 4,41 4,06 4,00 <0,001
Coordenação 4,13 4,22 4,18 4,20 0,751
Marcha 4,13 4,13 4,06 4,24 0,314
Andar 3,79 3,89 4,24 4,49 <0,001
Movimento dos
músculos
3,90 3,74 4,37 4,44 <0,001
Movimento das
articulações
4,39 4,38 3,94 4,07 <0,001
Desempenho no
posicionamento do
corpo
3,24 3,36 4,46 4,41 <0,001
Desempenho na
transferência
4,02 4,11 4,27 4,33 0,001
Dor articular 2,50 2,54 3,90 4,14 <0,001
Legenda: *Teste Friedman
Ao aplicar a análise de variância não paramétrica pelo teste de Friedman, sete
indicadores mostraram diferenças estatísticas entre as inferências feitas pelos avaliadores para
cada paciente, exceto para os indicadores Coordenação e Marcha.
Para os indicadores Equilíbrio, Andar, Movimento das articulações e Dor articular, as
diferenças foram principalmente entre os avaliadores 1 e 2 responsáveis pelo instrumento sem
as definições. Os indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do
corpo e Desempenho na transferência apresentaram avaliações distintas entre os avaliadores 1
e 2 que utilizaram o instrumento com as definições.
Nos indicadores de Equilíbrio e Movimento das articulações temos que as avaliações
do instrumento com definição apresentaram a maior magnitude operacional. Enquanto que
55
nos indicadores Andar, Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do corpo,
Desempenho na transferência e Dor articular, temos os avaliadores do instrumento sem
definição apresentaram a maior magnitude operacional.
Na Tabela 6 é apresentado o Coeficiente de Correlação Intraclasse, intervalo de
confiança e valor p atribuído para cada indicador da escala.
Tabela 6. Apresentação do Coeficiente de Correlação Intraclasse, entre os grupos de
avaliadores com e sem as definições dos indicadores do RE Mobilidade. Natal, 2017.
Indicador
Avaliações dos instrumentos
com definições
Avaliações dos instrumentos
sem definições
CCI¹ IC 95% Valor p* CCI¹ IC 95% Valor p*
Equilíbrio 0,901 0,850 - 0,935 < 0,001 0,789 0,679 - 0,861 < 0,001
Coordenação 0,851 0,773 - 0,902 < 0,001 0,480 0,209 - 0,657 0,001
Marcha 0,856 0,781 - 0,905 < 0,001 0,741 0,607 - 0,830 < 0,001
Andar 0,809 0,709 - 0,874 < 0,001 0,641 0,455 - 0,764 < 0,001
Movimento dos
músculos 0,821 0,728 - 0,882 < 0,001 0,566 0,341 - 0,714 < 0,001
Movimento das
articulações 0,821 0,728 - 0,882 < 0,001 0,623 0,427 - 0,752 < 0,001
Desempenho
no
posicionamento
do corpo
0,806 0,705 - 0,872 < 0,001 0,712 0,563 - 0,811 < 0,001
Desempenho
na
transferência
0,775 0,658 - 0,852 < 0,001 0,776 0,660 - 0,853 < 0,001
Dor articular 0,973 0,959 - 0,982 < 0,001 0,634 0,443 - 0,759 < 0,001
Legenda: *Teste de Friedman; ¹Coeficiente de Correlação Intraclasse; IC: Intervalo de
Confiança.
Através do CCI, temos que para os avaliadores que utilizaram o instrumento com as
definições, todos os indicadores avaliados apresentaram um CCI ≥ 0,75, sendo classificado
como um coeficiente excelente. Para os avaliadores que utilizaram o instrumento sem as
definições, temos CCI < 0,75 para os indicadores Coordenação, Marcha, Andar, Movimento
dos músculos e Movimento das articulações, Desempenho no posicionamento do corpo e Dor
articular.
Para um nível de significância de 5%, apenas o indicador desempenho na transferência
apresentou CCI aproximado entre as avaliações das duplas com e sem as definições
constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE Mobilidade. Os demais
apresentaram superioridade para as avaliações com o instrumento composto pelas definições
constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais.
56
Nos avaliadores que utilizaram o instrumento com as definições, os indicadores,
Equilíbrio, Coordenação, Marcha, Andar, Movimento dos músculos, Movimento das
articulações, Desempenho no posicionamento do corpo e Dor articular identificou-se maior
correlação entre os avaliadores que utilizaram o instrumento com as definições, quando
comparados àqueles que utilizaram o instrumento sem as definições. Para o indicador
Desempenho na transferência houve maior correlação entre os avaliadores que utilizaram o
instrumento sem as definições.
Destaca-se que o novo indicador “Dor Articular” acrescido ao instrumento apresentou
dentre todos, o maior CCI (0,973), classificado como concordância quase perfeita.
57
6 DISCUSSÃO
6.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO DESENVOLVIDO POR
MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA
ACOMETIDA PELA FEBRE DE CHIKUNGUNYA
De acordo com os achados da revisão integrativa, foi possível observar o quantitativo
expressivo, de estudos realizados na França e Índia sobre a Febre de Chikungunya quando
comparados a outras localidades do mundo. Esta realidade pode ser reflexo do interesse de
pesquisadores em estudar as primeiras regiões documentadas em que ocorreram os surtos de
infecção, epidemias e mutações relacionadas ao vírus registradas no continente asiático e nas
Ilhas da Reunião, pertencente ao território Francês, no Continente Europeu (PATTERSON;
SAMMON; GARG, 2016).
A classe 2 pertencente ao primeiro eixo “Espectro clínico da fase aguda”, corresponde
a 17,8% do corpus do texto e suas produções concentram-se nos anos de 2015-2017. A classe
trata da relação entre a doença e o processo infeccioso causado por ela. Foi possível a partir
dos segmentos desta classe identificar os indicadores Coordenação Motora e Desempenho no
posicionamento do corpo.
A Coordenação motora consiste na conexão entre o cérebro e os músculos e
articulações para realização de movimento de forma articulada e coordenada. Este indicador é
relevante para população do estudo, pois a artralgia causada pela doença é capaz de acarretar
em rigidez dos membros e articulações principalmente pela manhã. A rigidez matinal pode
impedir a realização de alguns movimentos e exige de alguns indivíduos acometidos pela
doença, alongamento com tempo médio de 30 minutos (MOREIRA, 2011; SCHILTE et al.,
2013).
O Desempenho no posicionamento do corpo caracteriza-se pelo alinhamento e sentido
de posição do corpo, em relação ao centro de gravidade, centro de massa e base de apoio.
Classicamente, os indivíduos acometidos pela doença, adotam uma posição encurvada ao
andar. O posicionamento do corpo funciona como uma adaptação às fortes dores articulares
debilitantes e mialgia. Destaca-se que o nome Febre de Chikungunya deriva do
posicionamento encurvado adotado pelos doentes acometidos pelo vírus (MOREIRA, 2011;
JAFFAR-BANDJEE et al., 2009; MASRI, 2015; RAJAPAKSE et al., 2010; BLETTERY et
al., 2016).
A classe 3, ainda no eixo “Espectro clínico da fase aguda”, equivale a 20,0% do
corpus textual e é composta, predominantemente, por publicações entre os anos de 2011 a
58
2012. Os artigos que compõem esta classe tratam do processo infeccioso agudo da doença,
alterações cutâneas e especialmente de mobilidade e artralgia debilitante, decorrentes da
Febre de Chikungunya.
Os segmentos dos textos viabilizaram reconhecer o indicador Equilíbrio. Entendido
como a possibilidade de manter o corpo em posição estável sem que haja movimentos
oscilatórios bruscos, o indicador se aplica a população idosa com Febre de Chikungunya,
pois, o desequilíbrio mecânico causado pelas articulações atingidas e consequente a perda de
equilíbrio apresentou-se como uma das condições mais afetadas pela doença, além de
dificultar a mobilidade e caminhada (MOREIRA, 2011; JAFFAR-BANDJEE et al., 2009;
FOISSAC, 2015; DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).
No tocante ao eixo 2 “Espectro clínico da fase subaguda e crônica”, a classe 4
corresponde a 20% do corpus e tem suas produções mais centradas no ano de 2015. A classe
remete-se a estudos voltados para o comprometimento duradouro, a exemplo das mialgias. Na
maioria das vezes simétricas e bilaterais, as dores musculares são mais intensas em pacientes
idosos e os estudos apontam relatos de persistência de mialgia por meses ou anos (MASRI,
2015; MARIMOUTOU et al., 2015; VAN AALST et al., 2017). Esta classe de análise
proporcionou a identificação do indicador Movimento dos músculos.
Movimento dos músculos é a possibilidade de realizar movimentos variados como
flexão, extensão e rotação, a partir da coordenação de grupos musculares. Os distúrbios
músculo esquelético e as mialgias ocasionadas pela infecção do vírus e referidas pelos idosos
acometidos pela doença, podem comprometer o movimento dos músculos, sobretudo pelas
dores e sintomatologia, em algumas situações, incapacitante, aumentarem de intensidade com
a idade avançada (MOREIRA, 2011; MASRI, 2015; MARIMOUTOU et al., 2015; VAN
AALST et al., 2017).
A classe de análise 1 corresponde a 17,8% do corpus do texto e apontou uma
concentração de produção entre os anos de 2009-2011. Os segmentos de textos presentes
nesta classe versam sobre o comprometimento das articulações afetadas pela Febre de
Chikungunya e as consequentes dores, bem como os edemas articulares oriundos deste
processo (MANIMUNDAet al., 2010; ALLA; COMBE, 2011; BORGHERINI et al., 2008).
Assim, os indicadores Movimento das articulações e o novo indicador Dor articular fazem
parte desta classe.
O Movimento das articulações é realizado por grupos articulares e relacionam-se com
a capacidade de realizar: abdução, adução, flexão, flexão plantar, dorsiflexão, flexão palmar,
extensão, rotação, pronação, supinação, oposição, inversão e eversão (MOREIRA, 2011).
59
O comprometimento articular causado pela Febre de Chikungunya é comum aos
indivíduos afetados, principalmente à população idosa. A sintomatologia da fase aguda em
geral desaparece em até duas semanas, contudo, artralgia e/ou mialgia podem permanecer por
semanas, meses ou anos (DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).
A artralgia debilitante é sintomatologia clássica da doença, relatada por indivíduos
sintomáticos. Geralmente os indivíduos assintomáticos são aqueles com até 25 anos. As dores
articulares envolvidas na doença são em sua maioria, bilaterais, simétricas, e envolvem
grandes e pequenas articulações presentes nos membros superiores e inferiores. Dores
articulares nos pulsos, cotovelos, dedos, joelhos e tornozelos são mais comuns, embora
quadril e ombro também possam ser relatados. O desenvolvimento de artrite crônica pós
Febre de Chikungunya e deformidades nas articulações das mãos também pode ocorrer
(MANIMUNDA et al., 2010; ALLA; COMBE, 2011).
Embora a persistência da artralgia não esteja esclarecida em sua totalidade, acredita-se
que exista um mimetismo molecular entre o vírus causador da doença e a persistência destes
em macrófagos. Dessa forma, a presença do vírus nas articulações pode levar a inflamação
local crônica e assim causar dor (REDDY et al., 2017; DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).
A partir da revisão observou-se a necessidade de inclusão do novo indicador: Dor
articular. Este indicador é relevante para população idosa com Febre de Chikungunya, uma
vez que o comprometimento articular duradouro é tido como um dos principais
acometimentos dos indivíduos infectados pelo vírus CHIKV.
Juntamente a isto, a idade (> 40 anos) apresentou-se como um importante fator de
risco para a intensidade dos sintomas. Nesse contexto, acredita-se que quanto mais idoso o
indivíduo for, maior comprometimento e consequente dor articular ele apresentará. Desse
modo, uma vez validado e incluído no instrumento, o indicador Dor articular poderá ser
importante para mensurar e direcionar de forma mais consistente as ações de Enfermagem aos
longevos com Febre de Chikungunya. (MOREIRA, 2011; REDDY et al., 2017; DUPUIS-
MAGUIRAGA et al., 2012; COUTURIER et al., 2012)
Assim, o indicador Dor articular corresponde à dor contínua ou intermitente, que
relaciona-se à infecção pelo vírus CHIKV. Considera-se dor contínua aquela que o indivíduo
referia está presente todos os dias. Para a dor referida como intermitente, será considerado a
localização mais recente de dor. A dor articular pode ser apresentada em uma ou mais
articulações e, por vezes, pode ser acompanhada de edema e ser provocada em algumas
situações pela presença de movimento (BORGHERINI et al., 2008).
60
A classe 5 foi composta por 24,4% do corpus textual e reuniu majoritariamente, os
estudos publicados entre os anos de 2010 e 2011. Esta classe relaciona-se a temáticas sobre a
qualidade de vida da população acometida pela Febre de Chikungunya, o comprometimento
relativo à Marcha e a movimentação desses indivíduos (MARIMOUTOU et al., 2015;
KULARATNE et al., 2012; MANIMUNDA et al., 2010; DAS et al., 2010). A referida classe
permitiu identificar os indicadores Marcha, Andar, e Desempenho na transferência.
A Marcha é a capacidade ou o modo de andar, desenvolvida a partir de movimentos
coordenados e cíclicos dos membros inferiores e assim permitir o deslocamento corporal de
um local para outro. A limitação de movimento proveniente da Febre de Chikungunya é
decorrente das fortes dores articulares e edemas nas articulações. Assim, sinais como marcha
alterada podem ser manifestados nesta população. Isto porque os edemas podem causar
desconforto e dificultar a aderência dos pés no chão (MOREIRA, 2011; DAS et al., 2010;
GARDNER et al., 2012; VAN AALST et al., 2017; WANG; TAMBYAH, 2015; POO et al.,
2014; MATHEW et al., 2011).
Andar é a capacidade de dar passos para o movimento. Relaciona-se com a condição
de desempenhar tarefas que envolvam a mobilidade de maneira ágil ou demorada. O
comprometimento articular de joelho, tornozelo e membros inferiores, causado pela Febre de
Chikungunya caracteriza a população acometida por uma caminhada encurvada. Os membros
inferiores afetados e as articulações envolvidas denotam uma singularidade na caminhada,
representada por um andar que arrasta os pés e pernas (MOREIRA, 2011; DAS et al., 2010;
RAJAPAKSE et al., 2010; MANIMUNDA et al., 2010; DUPUIS-MAGUIRAGA et al.,
2012; POO et al., 2014; ALLA; COMBE, 2011).
O Desempenho na transferência é a capacidade de deslocar o corpo de um lugar para
outro ou de uma superfície para outra. A rigidez articular discutida anteriormente e
evidenciada por estudos também é capaz de dificultar a transferência do idoso acometido pela
Febre de Chikungunya. Por ser dolorosa e ocasionar momentos de incapacitação, sobretudo
matinais, o desempenho na transferência pode limitar tanto a mobilidade do indivíduo para os
diferentes ambientes de um mesmo lugar, como também para lugares distintos (MOREIRA,
2011; MARIMOUTOU et al., 2015; KULARATNE et al., 2012).
Salienta-se que apesar de não estarem incluídos no instrumento validado em estudo
anterior (MOREIRA, 2011), acredita-se que os indicadores do Resultado de Enfermagem
Mobilidade da NOC como Correr, Pular, Rastejar e Movimentos realizados com facilidade
não foram apresentados pelos estudos selecionados por não terem relação os sinais clínicos e
as incapacidades relacionadas à Febre de Chikungunya na população idosa.
61
Esta etapa permitiu a adaptação do instrumento ora validado, para população idosa
com Febre de Chikungunya. Deste modo, foi possível observar que o instrumento se aplica à
população em questão e sua adaptação contribuirá com as demais etapas do estudo.
6.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO ADAPTADO
À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA
Investigações científicas com foco na validação com Resultado de Enfermagem
Mobilidade em diferentes situações clínicas foi recomendado por Moreira (2016) em estudo
anterior, ao assegurar que a fidedignidade e exequibilidade de um instrumento necessitam de
um processo contínuo de aperfeiçoamento com base em pesquisas.
A análise semântica é considerada uma etapa para construção de instrumentos,
utilizada por diversos tipos de estudo. Pela complexidade a qual envolve instrumentos de
coleta de dados, é considerada por alguns autores, como fundamental para realização das
etapas subsequentes (FELIPE et al., 2016; GALDEANO et al., 2011; RODRIGUES et al.,
2014; SANTOS et al., 2016; FUZISSAKI, 2012).
O processo de validação semântica consiste na análise da compreensão dos itens de
um instrumento. A finalidade desta etapa consiste em identificar a partir da inteligibilidade
dos enfermeiros da prática clínica, o nível de compreensão, os termos utilizados em um
instrumento e as possíveis dificuldades encontradas em sua utilização pela população para
qual ele foi construído (PASQUALI, 2010).
Neste caso, ao tratar de um instrumento para ser utilizado pelo enfermeiro no intuito
de mensurar o grau de comprometimento da mobilidade do idoso acometido por Febre de
Chikungunya, a garantia de sua a inteligibilidade favoreceu o êxito para sua utilização na
prática clínica de Enfermagem.
Todos os enfermeiros da validação semântica consideraram o instrumento relevante à
população idosa acometida por Febre de Chikungunya. Acredita-se que o contexto da Febre
de Chikungunya no Brasil, os primeiros surtos e casos autóctones reportados pelos Boletins
Epidemiológicos a partir de 2014 contribuiu para esta afirmativa (AZEVEDO; OLIVEIRA;
VASCONCELOS, 2015).
A composição de enfermeiros graduados até a titulação de doutor conferiu validade
aparente do teste, pois, seguindo as recomendações de Pasquali (2010), devem ser inclusos
profissionais com níveis de formação acadêmica distintos até doutores (PASQUALI, 2010).
62
A partir do teste binomial, identificou-se a necessidade de adequação e revisão do
indicador “Desempenho na transferência”, uma vez que não houve compreensão e clareza dos
seus componentes quanto à inteligibilidade. Para o indicador “Desempenho na transferência”
os enfermeiros que o julgaram como não inteligível sugeriram substituir na definição
conceitual, o termo “centrada em” por “efetuada por” e discorreram sobre o excesso de itens a
serem realizados na definição operacional e a repetição de ações. Ademais, sugeriram
modificar o termo “de uma superfície para outra” por “de um nível para o outro”.
As adequações de inteligibilidade citadas acima foram feitas e compuseram a versão
final do instrumento. Os demais indicadores validados semanticamente também foram
inseridos na versão final do instrumento para etapa de validação clínica, contudo, sem
necessidade de adequações.
Muito embora o indicador “Desempenho na transferência” não tenha sido considerado
inteligível a partir dos critérios adotados, acredita-se que o processo de validação semântica
do RE Mobilidade pelos enfermeiros foi válido para os demais indicadores. Entretanto, ao
considerar a solicitação de adequações em somente um indicador, optou-se por não retornar a
versão final do instrumento a uma nova validação semântica, mas sim, adequar conforme
requerido e prosseguir para a etapa de validação clínica do instrumento.
6.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA
Conforme os resultados apresentados na terceira etapa destaca-se a importância de
estudos de validação clínica com foco nos resultados de Enfermagem propostos pela NOC.
Tais estudos capazes de mensurar o grau de comprometimento de indivíduos em diferentes
situações de saúde, ainda são considerados pouco desenvolvidos (OLIVEIRA, 2013),
sobretudo, com abordagem à população idosa acometida por Febre de Chikungunya.
Ao analisar a caracterização sociodemográfica dos pacientes, o resultado corrobora
com estudo desenvolvido na França, o qual acompanhou por seis anos, pacientes expostos à
doença em 2006 em ilhas da Reunião, e investigação científica em Singapura cujo objetivo foi
de detalhar as características clínicas e laboratoriais de pacientes com Febre de Chikungunya,
ambos com predominância do sexo masculino para a infecção. Contudo, também foi
encontrada associação com o sexo feminino em pesquisas (MARIMOTOU et al., 2015; WIN
et al., 2010; ZEANA et al., 2016; AALST et al., 2017)
No que diz respeito à faixa etária, não existe um consenso entre as pesquisas, quanto à
a faixa etária mais atingida, conquanto estudos apontem que idosos, pacientes com
63
comorbidades, gestantes e crianças menores de dois anos de idade, quando acometidas pela
doença, devem receber acompanhamento ambulatorial pela susceptibilidade a desenvolver
formas graves ou atípicas da doença. Ao particularizar a mediana de idade (70,0 anos) da
população idosa do estudo, o destaque para o desenvolvimento de um instrumento de medida
com foco nesta população está em consonância com Guia de Manejo Clínico para Febre de
Chikungunya, o qual aponta a população idosa como grupo de risco para o óbito pela doença
(BRASIL, 2017; ZEANA et al., 2016; HONÓRIO et al., 2015).
De acordo com o tempo de ocorrência da Febre de Chikungunya, o estudo obteve
como mediana 1,42 anos, desde que o paciente apresentou as primeiras manifestações da
doença. Assim, o período em que estes pacientes apresentaram infecção concorda com dados
epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde sobre o ano de 2016 e complementa
que a região Nordeste apresentou maior incidência por Febre de Chikungunya, quando
comparado às demais regiões do país. O estado do Rio Grande do Norte encontra-se no topo
das taxas de incidência com 718,5 casos/100 mil habitantes (BRASIL, 2016).
Ademais, a relação entre o tempo de ocorrência (1,42 anos) e a persistência dos
sintomas (1,29 anos) condiz com estudo prospectivo o qual identificou que as dores
articulares impactaram na qualidade de vida dos pacientes com relatos de persistência até seis
anos após a doença. Estudos indicam a durabilidade dos sintomas, sobretudo durante o
primeiro ano após a infecção aguda. Contudo, pesquisas verificaram que o tempo de
persistência dos sintomas e recuperação varia, com relatos de indivíduos sintomáticos mesmo
seis a oito anos após Febre de Chikungunya (CASTRO; LIMA; NASCIMENTO, 2016;
MARIMOTOU et al., 2015; AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015).
Dadas estas características, alguns pacientes apresentam dificuldade em classificar-se
como curado ou não, mesmo após dois anos de infecção, entende-se que as dores articulares
persistentes ou recidivas podem acarretar em impacto psicológico significativo. Atrelado a
isto, o avançar da idade diminui a taxa de recuperação foi menos frequente em indivíduos
acima dos 50 anos (MARIMOTOU et al., 2015; COUTURIER et al., 2012).
No tocante às doenças subjacentes, 83,3% dos pacientes apresentavam pelo menos
uma comorbidade. Análogo a este resultado, um estudo que acompanhou indivíduos com
Febre de Chikungunya por dois anos identificou que as comorbidades estavam presentes em
60% dos indivíduos, com faixa etária entre seis e 82 anos de idade. Com destaque para
osteoporose, diabetes mellitus, cardiopatias, neuropatias, artrite e depressão (COUTURIER et
al., 2012).
64
Sobre isto, o documento de Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya
no Brasil, divulgado em 2014 identifica que além do avanço da idade, as comorbidades tem
sido identificadas como importante fator de risco para evolução desfavorável da doença.
Indivíduos com idade acima dos 65 anos apresentam taxa de mortalidade 50 vezes mais, do
que adultos jovens. Além isto, sinais de gravidade como descompensação de doenças de base
podem ser relatados e devem ser acompanhados em instituições hospitalares (BRASIL, 2014;
BRASIL, 2017; MARQUES et al., 2017).
A presença de múltiplas comorbidades na população do estudo reflete a realidade
brasileira da população senil, pois, com o processo de transição demográfica e
envelhecimento populacional no Brasil, elevou-se o número de doenças crônico degenerativas
em idosos. A citada pesquisa constatou que problemas de visão, hipertensão arterial e
depressão, são as problemáticas mais presentes nesta população (BARBOSA, 2009).
Muito embora já tenham sido identificada relação entre a Febre de Chikungunya e
doenças crônicas, não foram estabelecidas relações causais até o momento. Contudo, estudos
reportam que doenças cardiovasculares, diabetes, e doenças articulares pré-existentes tem sido
identificadas como fator de risco para cronicidade dos sintomas e desenvolvimento de artrite
pós Febre de Chikungunya (GOUPIL; MORES, 2016).
O espectro clínico da doença mais prevalente foi a fase crônica da Febre de
Chikungunya, com 83,33% dos idosos. Isto pode ser explicado, pois, fatores preditores como
idade acima de 45 anos, presença de comorbidades e dores articulares intensas na fase aguda,
são preditores para a persistência dos sintomas até a fase crônica da doença. A cronificação
dos sintomas apresenta-se de forma variada e são citados como prevalentes em mais da
metade dos indivíduos acometidos. Nesta fase, estudos apontam o acometimento das
articulações persistente ou recidivante constitui-se uma das principais sintomatologias
apresentadas, acompanhado ou não de edema (BRASIL, 2017; TAUIL, 2014).
A poliartralgia que ocorreu em 68,89% dos idosos tem sido identificada em mais de
90% dos pacientes acometidos pela Febre de Chikugunya. As demais manifestações como
edemas em membros inferiores, mialgia e artralgia também são observadas em outros estudos
(BRASIL, 2017; CANELLA, 2017; GOUPIL; MORES, 2016).
A inexistência de lesões em 15,56% dos indivíduos atrela-se ao fato de que alguns
podem ser acometidos e apresentarem a forma assintomática da doença. Este quadro vem
sendo descrito com variações de 3 a 30% de indivíduos assintomáticos. Pesquisa sobre uma
abordagem terapêutica na fase tardia da doença constatou diminuição do quadro álgico e
consequente melhora na qualidade de vida do paciente. Ademais, nem sempre os indivíduos
65
doentes alcançam a fase crônica da doença e desta forma, os sintomas podem desaparecer
após o período de infecção (AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015; CASTRO;
LIMA; NASCIMENTO, 2016; RIBEIRO et al., 2016).
No que diz respeito ao uso de dispositivos auxiliares para locomoção, é precipitado
associar o uso de bengala de alguns idosos, à doença, uma vez que a própria senescência e a
presença de comorbidades podem estar associada à diminuição das capacidades funcionais
(TAVARES; DIAS, 2012). No presente estudo, apesar dos comprometimentos, este
dispositivo foi pouco frequente.
As lesões articulares, sobretudo as simétricas (90,32%) apresentam-se em
concordância com investigações científicas nacionais e internacionais. Estes estudos
esclarecem ainda que apesar de incomum, assimetrias podem acontecer. Todavia, as lesões
articulares em extremidades distais são mais relatadas, a exemplo dos pulsos, articulações
metacarpianas e interfalangeanas além de tornozelos e articulações metatarsofalangeanas. Os
joelhos também são comumente afetados (GOUPIL; MORES, 2016; DONALÍSIO;
FREITAS, 2015; AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015).
Em relação à análise de avaliação entre as duplas de enfermeiros avaliadores, não
foram identificadas diferenças estatísticas significantes entre os indicadores Coordenação e
Marcha. Este resultado tende a relacionar-se à possibilidade de realizar avaliação destes dois
indicadores em situações clínicas distintas, não exclusivamente à Febre de Chikungunya.
Apesar disto, estes indicadores são considerados de suma importância para avaliar o paciente
idoso acometido pela doença. Tal dado difere de pesquisa anterior, a qual utilizou o mesmo
RE para pacientes com AVE (MOREIRA, et al., 2016).
No tocante aos demais indicadores, foram observadas diferenças estatísticas ao
comparar as avaliações da dupla de enfermeiros que utilizou o instrumento com definições e a
dupla sem as definições. Isto pode ser resultado da presença, no instrumento adaptado, de
definições descritas e parâmetros que poderiam auxiliar o enfermeiro em operacionalizar
algum teste e auxiliar na escolha adequada da magnitude operacional de gravemente
comprometido até não comprometido, quando comparado à dupla de enfermeiros que utilizou
o instrumento da NOC (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013; OLIVEIRA, 2013).
Diferenças estatísticas significantes para os indicadores Equilíbrio, Andar, Movimento
das articulações e Dor articular foram verificadas principalmente entre os avaliadores
responsáveis pelo instrumento sem as definições e pode estar atrelada à questão dos
indicadores da NOC para o RE Mobilidade não serem suficientes para responder as
necessidades do paciente idoso acometido por Febre de Chikungunya. Este fato corrobora
66
com investigações científicas que utilizaram outros RE da taxonomia NOC, pois o avaliador
mensura o grau de comprometimento do indivíduo mediante avaliação individualizada
(VITOR, ARAÚJO, 2011; OLIVEIRA et al., 2015). Contudo, a taxonomia pode apresentar-se
como suficiente para responder aos indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no
posicionamento do corpo e Desempenho na transferência no contexto desta população, uma
vez que ocorreram avaliações distintas entre os que utilizaram o instrumento com as
definições.
Ao comparar as duplas de avaliadores que utilizaram o instrumento com e sem as
definições, a partir de uma análise do CCI, apesar de todos os indicadores serem classificados
com coeficiente excelente, o indicador Desempenho na transferência apresentou CCI superior
ao utilizar o instrumento sem as definições. Assim, sugere-se a possibilidade de que as
definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais construídas para este
indicador não sejam adequadas para à população do estudo. Nesse sentido, é oportuno
remeter-se à validação semântica desenvolvida em etapa anterior deste mesmo estudo.
Na validação semântica, o indicador “Desempenho na transferência” não foi
adequadamente compreendido pelos enfermeiros da referida etapa. Contudo, mesmo após as
adequações sugeridas, os resultados da validação clínica indicam que suas definições não
foram suficientes para a etapa de validação clínica e confirmam a necessidade de mudanças
ou clarificações do conteúdo proposto pelo indicador. Além disso, acredita-se que este
resultado poderia ter sido diferente caso o instrumento, após alterações semânticas, tivesse
sido retornado às enfermeiras da segunda etapa. Nesse sentido, suscita a necessidade de
revisar este indicador em outra oportunidade.
Ao analisar o RE na população do estudo mediante os dois testes estatísticos, tem-se
que os resultados foram satisfatórios para maioria dos indicadores presentes no instrumento
com as definições. Assim, utilizar o instrumento adaptado à população idosa acometida por
Febre de Chikungunya permite uma avaliação mais consistente e concordante pelos
enfermeiros da prática, realidade encontrada em outros estudos (OLIVEIRA, 2013; COSTA et
al., 2017; SANTOS; MELO; LOPES, 2010; SILVA et al., 2011; MOREIRA, 2011).
É importante relatar que o indicador desenvolvido especificamente para a população
do estudo, Dor articular, apresentou mediante análise de CCI, maior valor (0,973) entre os
enfermeiros avaliadores que utilizaram o instrumento com definições e entre todos os outros
indicadores do estudo, reiterando a importância deste para a população do estudo. Confirma
ainda que as definições construídas são relevantes para proceder a avaliação sobre os idosos
acometidos por Febre de Chikungunya.
67
Embora exista uma variedade de estudos desenvolvidos em diversas localidades do
mundo, com foco na Febre de Chikungunya, pesquisas cuja temática atrele-se à medidas de
prevenção e tratamento da doença, relacionam-se quase em sua totalidade, ao principal vetor
da Febre de Chikungunya. Nesse sentido, aponta-se para a realização de investigações
científicas adicionais, sobretudo na área de Enfermagem, com foco nos indivíduos acometidos
pela doença, principalmente na população senil. Este número reduzido de estudos de
Enfermagem e Febre de Chikungunya em idosos foi fator dificultador para comparação dos
achados com outros estudos.
68
7 CONCLUSÃO
O presente estudo foi realizado em três etapas, quando a primeira etapa oportunizou
constatar a necessidade de assistência de Enfermagem voltada à população idosa acometida
por Febre de Chikungunya, a partir da identificação dos sinais e sintomas duradouros e
incapacitantes, verificados nos estudos selecionados. O fato de a amostra ter sido constituída
em sua totalidade por estudos internacionais reforça a premência de investigações científicas
brasileiras sobre a doença com foco na pessoa idosa.
O estudo permitiu adaptar o instrumento ora validado para a população idosa
acometida por Febre de Chikungunya e oportunizou a identificação de um novo indicador
(Dor articular) para compor o instrumento e a construção de sua definição constitutiva,
operacional e magnitude operacional.
Para a segunda etapa do estudo, acredita-se que a etapa de validação semântica foi
considerada fundamental para a inteligibilidade do instrumento. Cita-se como limitação desta
fase, o número de enfermeiros participantes desta etapa e reconhece a possibilidade de
submeter o instrumento a uma nova rodada de avaliações quanto à inteligibilidade, em
especial para o indicador Desempenho na transferência. Acredita-se que submeter este
instrumento a uma nova rodada é relevante uma vez que ele se relaciona com deslocamento
de níveis e pode gerar outros agravos idoso como o aumento de ocorrência de quedas.
Relativo à terceira etapa do estudo ao analisar o CCI, observou-se que para oito dos
indicadores as avaliações apresentaram maior concordância e correlação para os enfermeiros
que utilizaram o instrumento com as definições constitutivas, operacionais e magnitudes
operacionais. Pela análise do teste de Friedman, a maioria dos indicadores apresentou
consistência superior para os enfermeiros com o instrumento que utilizaram as definições.
Contudo, os indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do corpo
e Desempenho na transferência suficientemente respondidos, mediante julgamento com a
aplicação do instrumento da NOC.
Deste modo, foi possível observar que o instrumento aplicou-se adequadamente à
população em questão e sua adaptação contribuiu para mensurar os resultados da assistência
prestada pelos enfermeiros frente aos acometimentos da doença.
Como limitações do estudo, elenca-se a dificuldade em identificar se as limitações
encontradas a partir das avaliações dos idosos, eram oriundas do processo infeccioso ou da
própria senescência do indivíduo acometido. Por fim, o reduzido número de estudos de
Enfermagem sobre a relação da doença e a população idosa, dificultando a discussão dos
resultados.
69
Sugere-se que outras investigações científicas de Enfermagem sejam realizadas nesta
população, no intuito de fornecer subsídios para os profissionais de saúde assistirem de forma
efetiva, o idoso acometido pela Febre de Chikungunya, de modo a minimizar os agravos de
saúde e identificar as situações de risco na população senil.
70
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WANG, D.A.; TAMBYAH, P.A. Septic arthritis in immunocompetent and
immunosuppressed hosts. Best Practice & Research Clinical Rheumatology, v. 29, n. 2, p.
275-289, 2015.
WEAVER, S.C. Arrival of chikungunya virus in the new world: prospects for spread and
impact on public health. PLoS neglected tropical diseases, v. 8, n. 6, p. e2921, 2014.
WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: update methodology. Journal of
Advanced Nursing, v.52, n.5, p. 546-553, 2011.
WHO. World Health Organization. Chikungunya. World Health Organization, 2016.
ZEANA, C. et al. Post-chikungunya rheumatic disorders in travelers after return from the
Caribbean. Travel medicine and infectious disease, v. 14, n. 1, p. 21-25, 2016.
76
APÊNDICES
77
APÊNDICE A- PROTOCOLO DE REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
PROTOCOLO - REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
TEMA: Adaptação e aplicabilidade das definições constitutivas e operacionais do resultado
de Enfermagem Mobilidade à pacientes idosos com Febre de Chikungunya
OBJETIVO: Adaptar e avaliar a aplicabilidade de um Resultado de Enfermagem baseado
na Nursing Outcomes Classification para população idosa com Febre de Chikungunya.
QUESTÕES NORTEADORAS: As definições constitutivas, operacionais e magnitudes
operacionais do RE Mobilidade construídas por Moreira (2011), são aplicáveis à pacientes
idosos acometidos por Febre de Chikungunya? Os doze indicadores presentes no RE
Mobilidade da NOC estão presentes em pacientes idosos acometidos por Febre de
Chikungunya?
ESTRATÉGIA DE BUSCA
o BASE DE DADOS 1: SCIENCE DIRECT
o BASE DE DADOS 2: COCHRANE
o BASE DE DADOS 3: SCOPUS
o BASE DE DADOS 4: PUBMED
o BASE DE DADOS 5: CINAHL
o BASE DE DADOS 6: LILACS
o BASE DE DADOS 7:WEB OF SCIENCE
PALAVRAS-CHAVE
1 CHIKUNGUNYA
2 BALANCE
3 COORDINATION
4 GAIT
5 MUSCLE MOVEMENT
6 JOINT MOVEMENT
7 BODY POSITIONING
8 TRANSFER PERFORMANCE
9 RUNNING
10 JUMPING
11 CRAWLING
12 WALKING
13 MOVES WITH EASE
DESCRITORES
14 AGED
15 HEALTH OF THE ELDERLY
CRUZAMENTOS
• SCIENCE DIRECT: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND
Coordination; Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;
Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body positioning
performance; Chikungunya AND Transfer performance; Chikungunya AND
Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya
AND Walking; Chikungunya AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged;
Chikungunya AND Health of the Elderly.
• COCHRANE: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND
Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya
AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND
Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya
78
AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
• SCOPUS: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND
Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya
AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND
Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking;Chikungunya
AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
• PUBMED: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND
Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya
AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND
Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya
AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
• CINAHL: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND
Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya
AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND
Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya
AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
• LILACS: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;
Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND
Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya
AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND
Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya
AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the
Elderly.
• WEB OF SCIENCE: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND
Coordination; Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;
Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body positioning
performance; Chikungunya AND Transfer performance; Chikungunya AND
Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya
AND Walking; Chikungunya AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged;
Chikungunya AND Health of the Elderly.
SELEÇÃO DOS ESTUDOS
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:
1. Artigos na íntegra disponíveis nas bases de dados pré selecionadas;
2. Artigos disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol;
3. Artigos que versem sobre a relação da Febre de Chikungunya com limitação da
mobilidade em idosos.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
1. Produções científicas que disponibilizem somente o resumo;
2. Artigos que não contemplem o objetivo da revisão integrativa.
ESTRATÉGIA PARA AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS
o Os artigos serão lidos na íntegra e posteriormente categorizados por semelhança de
idéias.
SÍNTESE DOS ESTUDOS SELECIONADOS
79
o Os dados serão apresentados e descritos mediante quadros e tabelas.
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA REVISÃO INTEGRATIVA
DA LITERATURA
INFORMAÇÕES SOBRE A PUBLICAÇÃO
Título do artigo
Base de dados indexadas
Autores
País
Idioma
Ano de publicação
DADOS REFERENTE A REALIZAÇÃO DO ESTUDO
País
Instituição
Pós graduação
Periódico de Enfermagem
Periódico da área de idoso
Periódico da área da saúde em geral
QUESTÕES METODOLÓGICAS E TEMÁTICAS DO ESTUDO
Metodologia utilizada
Abordagem
Objetivo da produção científica
Aspectos gerais sobre a Febre de
Chikungunya
Consequências relacionadas à Febre
de Chikungunya
Limitações causadas pela Febre de
Chikungunya
INDICADORES DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE
Equilíbrio
Coordenação
Marcha
Andar
Movimento dos músculos
Movimento das articulações
Desempenho no posicionamento do
corpo
Desempenho na transferência
Correr
Pular
Rastejar
Movimentos desempenhados com
facilidade
80
APÊNDICE B - INSTRUMENTO CONSTRUÍDO E VALIDADO POR MOREIRA
(2011), ADAPTADO À POPULAÇÃO COM FEBRE DE CHIKUNGUNYA
Iniciais do nome:
Mobilidade física
Definição: Capacidade da pessoa movimentar-se de uma posição postural para outra ou de um local para
outro, de forma independente, com utilização ou não de dispositivo auxiliar.
Escala: 1 – Gravemente comprometido; 2 – Muito comprometido; 3- Moderadamente comprometido; 4 –
Levemente comprometido 5 – Não comprometido.
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Equilíbrio
O equilíbrio é a condição na
qual todas as forças que
atuam sobre o
corpo são equilibradas. É a
capacidade de manter o
centro gravitacional corporal
estável, posição ereta, dentro
dos limites de estabilidade de
apoio ou base de suporte.
Ao aplicar Berg
Balance Scale,
pedir para o
paciente realizar as
seguintes
atividades:
- mudar da posição
sentada para a
posição ereta;
- ficar na posição
ereta sem apoio; - sentar sem apoio;
- mudar da posição
ereta para sentada;
- realizar
transferências;
- ficar na posição
ereta com os olhos
fechados;
- ficar na posição
ereta com os pés
juntos;
- reclinar à frente
com os braços
estendidos;
- apanhar objeto no
chão;
- virar-se para
olhar para trás;
- girar 360º;
- colocar os pés
alternadamente
sobre um banco;
- ficar na posição
ereta com um pé
1
Não é capaz de
realizar as
atividades de
equilíbrio.
2
Capaz de
realizar de uma
a quatro
atividades de
equilíbrio.
3
Capaz de
realizar de
cinco a oito
atividades de
equilíbrio.
4
Capaz de
realizar de
nove a doze
atividades de
equilíbrio.
5
Capaz de
realizar de treze a
dezessete
atividades de
equilíbrio.
81
Em frente ao outro;
- ficar na posição
ereta apoiado em
um pé só.
- Desenhar em um
papel.
- Recortar um
papel.
- Encaixar uma
peça de um jogo.
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
- Pedir para o Incapaz de
paciente com os 1 realizar ambos
Olhos fechados e os testes.
braços estendidos
2
Capaz de
realizar no
máximo um
dos testes com
muita
dificuldade e
com
movimentos
lentos.
realizar o teste do
dedo-nariz.
Observar se ele
toca a ponta do
Próprio nariz em
cada dedo
indicador,
alternando as mãos
e aumentando a
3
Capaz de
realizar os dois
testes com
muita
dificuldade e
com
movimentos
lentos
velocidade.
Coordenação
motora
Coordenação motora é a
relação entre elementos
envolvidos na realização de
movimentos decorrente da
integração entre comando
central (cérebro) e unidades
motoras dos músculos e
articulações que funcionam
de modo articulado.
- Pedir para o
paciente realizar o
teste de
movimentos
alternados rápidos.
Observar se o
paciente
alternadamente
prona e supina suas
mãos, como ao
4
Capaz de
realizar os dois
testes
sem
dificuldades,
mas com
movimentos
lentos.
Bater
alternadamente
com a palma e o
5
Capaz de
realizar os dois
testes sem
dificuldades e
com
movimentos
rápidos.
dorso da mão sobre
a coxa ou sobre a
Palma ou o dorso
da outramão ou
imitar trocar uma
Lâmpada ou girar
uma maçaneta.
Observar se estes
movimentos foram
executados o mais
rápido possível.
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
82
Aplicar o teste de
marcha de Tinneti:
Observar se o
início da marcha é: - Após comando(0)
- imediato (1).
Observar
comprimento e
altura dos passos:
Perna direita em
balanceio:
- não passa o
membro esquerdo
(0)
- passa o membro
esquerdo(1)
- o pé direito não
se afasta
completamente do
solo com o passo
(0)
- o pé direito se
afasta
completamente do
solo(1).
Perna esquerda em
balanceio:
- não passa o
membro direito(0)
- passa o membro
direito(1)
- o pé esquerdo não
se afasta
completamente do
solo com o passo
(0)
- o pé esquerdo se
afasta
completamente do
solo(1).
Observar simetria
dos passos:
- passos do pé
direito e esquerdo
desiguais(0)
- passos do pé
direito e esquerdo
Não obtém
pontuação na
1 escala de
marcha de
Tinetti.
2
Obtém de 0 a
3 pontos na
escala de
marcha de
Tinetti.
Ato ou efeito de marchar.
3
Obtém de 4 a 6
pontos na escala de
marcha de
Tinetti.
Jornada a pé. Modo de
andar. Passo cadenciado.
4
Obtém de 7 a 9
pontos na
escala de
marcha de
Tinetti.
Habilidade motora
extremamente complexa,
composta por uma sequência
de movimentos cíclicos dos
5
Obtémde10 a
12 pontos na
escala de
marcha de
Tinetti.
membros inferiores que
geram deslocament o do
corpo. Durante sua
execução, há sucessivos
movimentos intrínsecos
Marcha ocasionados pela
transferência de peso de um
pé para outro, mas é possível
obter um deslocamento
estável, mantendo-se a
proporção do centro de
gravidade continuamente
entre os dois pés. A marcha
inicia-se quando o calcanhar
de um membro toca o solo e
Termina quando o calcanhar
do mesmo membro toca
83
novamente o solo. parecem iguais (1).
Observar
continuidade dos
passos:
- parada ou
descontinuidade
entre os passos(0)
- passos parecem
contínuos(1).
Observar desvio
em linha reta
(distância
aproximadade3m
x 30cm):
- desvio marcado
(0)
- desvio leve e
moderado(1)
- usa dispositivo de
auxílio à marcha
(2).
- Observar tronco:
oscilação marcada
ou usa dispositivo
de auxílio à marcha
(0)
- sem oscilação,
mas com flexão de
joelhos ou dor
lombar ou afasta os
braços enquanto
anda(1)
- sem oscilação,
sem flexão, sem
uso dos braços ou
de dispositivo de
auxílio à marcha
(2).
Observar base de
apoio:
-calcanhares
afastados(0)
- calcanhares quase
se tocando durante
a marcha(1).
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Andar
Movimentar-se, dando
passos. Movimentar-se por
impulso próprio ou não.
Mover-se. Envolve regiões
corticais, subcorticais e
espinhais. É a capacidade de
executar as atividades que
envolvem a mobilidade, tais
como subir e descer degraus,
virar, fazer transferências,
andar de forma rápida e lenta
as distâncias especificadas.
Pedir para o
paciente realizar as
seguintes
atividades:
- caminhar de 3 a 6
metros.
- Andar em aclive
- Andar em declive
- Subir escadas
1
Incapaz de
executar alguma
destas atividades.
2
Capaz de
executar uma das
atividades com ou
sem ajuda de
pessoas ou
mecanismos
auxiliares.
3
Capaz de
executar duas
destas atividades
com ou sem ajuda
de pessoas ou
mecanismos
auxiliares.
4 Capaz
executar
destas
de
três
atividades com ou
sem ajuda de
pessoas ou
mecanismos
auxiliares.
84
5
Capaz de
executar de
forma independente
todas estas
atividades.
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Movimento dos
músculos
Por meio da coordenação dos
grupos musculares, o corpo é
capaz de realizar uma grande
variedade de movimentos. A
contração muscular produz
vários movimentos. São eles:
Flexão: curvatura de uma
articulação.
Extensão: estiramento em
uma articulação.
Abdução: movimento de
afastamento a partir da linha
média.
Adução: movimento no
sentido da linha média.
Rotação: girar em torno de
um eixo específico.
Circundação: movimento
semelhante ao cone.
Supinação: virar para cima.
Pronação: virar para baixo.
Inversão: virar para dentro.
Eversao: virar para fora.
Protração: empurrar para
diante.
Retração: puxar para trás.
Pedir para o
paciente realizar os
movimentos de
flexão, extensão,
abdução, adução,
rotação,
circundação,
supinação,
pronação, inversão,
eversão, protração
e retração dos
músculos dos
membros
superiores e
inferiores. Avaliar
a força muscular de
cada movimento.
Graduação da força
muscular:
0.Nenhuma
contração
1. Ligeira
contração
2.Amplitude do
movimento plena
com eliminação da
gravidade
(movimentação
passiva)
3. Amplitude do
movimento
plena com a
gravidade
4. Amplitude do
movimento
plena contra a
gravidade,
alguma
resistência
5. Amplitude do
movimento
plena contra a
gravidade,
resistência
1
Apresenta
graduação 0 da
força muscular.
2
Apresenta
graduação 1 ou
2 da força
muscular.
3 Apresenta
graduação 3 da
força muscular.
4 Apresenta
graduação 4 da
força muscular.
5
Apresenta
graduação 5 da
força muscular.
85
Plena
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Movimento das
articulações
As articulações possuem os
seguintes movimentos:
Abdução: movimento
distanciando-se da linha
média do corpo.
Adução: movimento em
direção à linha média do
corpo.
Flexão: inclinação de uma
articulação tal que o ângulo
da articulação diminui.
Extensão: o retorno do
movimento decorrente da
flexão; o ângulo da
articulação é aumentado.
Rotação: ato de virar ou
movimentar uma parte em
torno de seu próprio eixo.
Interna: vira para dentro, em
direção ao centro. Externa:
vira para fora distante do
centro.
Dorsiflexão: movimento que
flexiona ou inclina a mão
para trás, em direção ao
corpo, ou o pé em direção à
perna.
Flexão palmar: movimento
que flete ou inclina a mão
em direção à palma.
Flexão plantar: movimento
que flete ou inclina o pé em
direção à sola.
Pronação: rotação do
antebraço de forma que a
palma da mão fica para
baixo.
Supinação: rotação do
antebraço de modo que a
palma da mão fica para cima.
Oposição: toque do polegar
em cada ponta do dedo da
mesma mão.
Inversão: movimento que
vira a sola do pé para dentro.
Eversão: movimento que
vira a sola do pé para fora.
Pedir para o
paciente realizar os
movimentos de:
- flexão, extensão,
flexão lateral e
rotação da cabeça e
pescoço;
- flexão, extensão,
abdução, adução,
rotação interna e
externa dos
ombros;
- flexão e extensão
dos cotovelos;
- flexão, extensão,
supinação,
pronação e
hiperextensão dos
punhos e mãos;
- flexão, extensão,
abdução, adução e
oposição do
polegar aos dedos
das mãos;
- flexão, extensão,
abdução, adução,
rotação interna e
externa do quadril;
- flexão e extensão
dos joelhos;
- dorsiflexão,
flexão plantar,
inversão e eversão
dos tornozelos e
pés;
- flexão, extensão,
abdução e adução
dos dedos dospés.
1
Incapaz de
realizar algum
destes
movimentos
das
articulações.
2
Capaz de
realizar deum a
três
movimentos
das
articulações.
3
Capaz de
realizar de
quatro a cinco
movimentos
das
articulações.
4
Capaz de
realizar de seis
a sete
movimentos
das
articulações.
5
Capaz de
realizar de oito
a nove
movimentos
das
articulações.
86
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Desempenho no
posicionamento
do corpo
O desempenho no
posicionamento do corpo
envolve alinhamento e
sentido de posição. O
alinhamento é a
posição do corpo em relação
à gravidade, centro de massa
e base de apoio. O sentido de
posição é a percepção da
posição do corpo ou de suas
partes no espaço.
Realizar o teste de
cinestesia:
Pedir para o
paciente ficar de
olhos fechados e
segurar o dedo
lateralmente da
mão ou o primeiro
dedo do pé do
paciente e mover
para cima e para
baixo, exercendo
tão pouca pressão
quanto possível
para eliminar
indicações de
variações na
pressão. Pedir para
o paciente indicar a
posição do
movimento.
Observar se o
paciente consegue
detectar
movimentos de
alguns milímetros e
se tem perda do
sentido posicional.
1
Incapaz de
detectar
movimentos e
tem perda do
sentido
posicional.
2
Capaz de
detectar no
máximo
grandes
movimentos e
tem perda do
sentido
posicional.
3
Capaz de
detectar no
máximo
grandes
movimentos e
mantém a
noção do
sentido
posicional por
no máximo 10
segundos.
4
Capaz de
detectar
grandes
movimentos e
pequenos
movimentos e
mantém a
noção do
sentido
posicional por
no máximo 30
segundos.
5
Capaz de
detectar
movimentos de
alguns
milímetros e indica a
posição correta
dos
movimentos
por tempo
indeterminado.
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
87
Desempenho na
transferência
Atividade efetuada por em
deslocar o corpo de um nível
para o outro
Pedir para o
paciente transferir-
se:
-Para ou do vaso
sanitário
-Para ou da cadeira
higiênica
-Para dentro ou
para fora do
chuveiro
-Entre superfícies
de níveis diferentes
-Da cadeira para o
carro
-Do carro para a
cadeira
-Da cadeira para o
chão
-Do chão para a
cadeira
-Da posição em pé
para o chão
-Do chão para a
posição em pé
-Da cadeira para
posição em pé
-Da posição em pé
para cadeira
-Da cama para
posição em pé
-Da posição em pé
para cama
-Da cama para
cadeira
-Da cadeira para a
cama
1
Incapaz de
realizar alguma
das
transferências.
2
Capaz de
realizar de uma
a quatro
transferências.
3
4
5
Capaz de
realizar de cinco
a oito
transferências
Capaz de
realizar de
nove a doze
transferências
Capaz de
realizar de
treze a
dezesseis
transferências
88
INDICADOR
DEFINIÇÃO
CONCEITUAL
DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO
OPERACIONAL
( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5
Dor articular
Dor contínua ou intermitente,
principalmente nas
articulações das mãos,
punhos, joelhos, tornozelos,
pés, que relaciona-se a
infecção pelo vírus CHIKV
Perguntar ao
paciente se ele sente
dor articular nas
seguintes
articulações:
1-das mãos
2- dos punhos
3- dos joelhos
4- tornozelos
5- pés
Perguntar ao
paciente a gravidade
da deficiência
artrítica lhe causa
dor de:
1- Dor para realizar
atividades de vida
diária
2-Dor para andar a
pé
3- Dor aos pequenos
esforços
4- Dor aos médios
esforços
5- Sem dor
1
Sente dor nas
cinco
articulações ou
refere dor para
realizar
atividades de
vida diária
2
Sente dor em 4
ou 3 articulações
ou refere dor ao
andar a pé
3
Sente dor em
pelo menos 2
articulações ou
refere dor aos
pequenos
esforços
4
Sente dor em
pelo menos 1
articulações ou
refere dor aos
médios esforços
5
Não sente dor
em nenhum
articulação.
Caracterização sociodemográfica e clínica do indivíduo
1.Informações referentes ao paciente
Nome (Iniciais): ___________________________________________________
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade (em anos completos):____________
Estado Civil: __________Escolaridade: Analfabeto ( ) Fundamental incompleto ( )
Fundamental completo ( ) Médio incompleto ( ) Médio completo ( ) Superior incompleto ( )
Superior completo Profissão: ______________________Ocupação: _________________
Renda familiar: ____________________ Unidade de Saúde:_______________________
Comorbidades:______________________________________________________________
89
2. Caracterização da Febre de Chikungunya
Tempo de ocorrência da Febre de Chikungunya:_______
Persistência dos sintomas: ________________
Fase da doença:
(A) Aguda (Até 14 dias)
(B) Sub-aguda (Dores articulares persistentes até 3 meses)
(C) Crônica ( Dores articulares persistentes por mais de 3 meses)
Comprometimento físico afeta: Trabalho ( ) Qualidade de vida ( ) Capacidade de realizar
atividades de forma independente ( ) Outros: _________________________
Características das lesões articulares:
(A) Edema: Simétrica ( ) Assimétrico ( ) (Especificar local): ____________
(B) Artralgia: Simétrica ( ) Assimétrica ( ) (Especificar local): ____________
(C) Poliartralgia: Simétrica ( ) Assimétrica ( ) (Especificar local): ____________
(D) Mialgia: Especificar local: _______________________________________________
Utiliza algum dispositivo auxiliar para se locomover após a Febre de Chikungunya? Se
sim, qual?__________________________________________________________________
90
APÊNDICE C- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –
Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE PARA
ENFERMEIROS DA VALIDAÇÃO SEMÂNTICA
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,
que tem como pesquisador responsável a professora Dra. Allyne Fortes Vitor.
Agradecemos desde já sua colaboração neste estudo. A primeira etapa desse estudo
consistiu em uma revisão integrativa para adaptação e adequação de instrumento para o
Resultado de Enfermagem Mobilidade à pacientes idosos com Febre de Chikungunya. Assim,
nessa segunda etapa convidamos você enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família à
participar como avaliador da validação semântica deste instrumento.
Caso você decida participar, você receberá o instrumento composto pelos indicadores,
definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do resultado de Enfermagem
Mobilidade adaptados à pacientes idosos com Febre de Chikungunya. Durante a validação
semântica, você poderá sanar dúvidas e quaisquer esclarecimentos com algum membro do
estudo, além de colocar as sugestões, justificativas e comentários no espaço estabelecido para
tal.
Você ficará com uma cópia do instrumento por no máximo dez dias úteis até que seja
feita a devolutiva a algum integrante da pesquisa. Durante este tempo você deverá avaliá-lo
mediante a compreensão do instrumento por qualquer profissional enfermeiro, uma vez que o
instrumento deverá ser utilizado por este profissional.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer
fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Os dados que você irá nos fornecer serão
91
confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não
havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados
pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de cinco
anos.
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo
pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente
decorrente desta pesquisa, você será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.
Este documento foi impresso em duas vias, uma ficará com você e a outra com o
pesquisador responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão
coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará
para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa
“Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos
por Febre de Chikungunya”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas
em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.
Natal, ______/____/______.
____________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
Declaração do pesquisador responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,
declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos
metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse
estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Impressão datiloscópica do
participante
92
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
Natal, ______/____/______.
__________________________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
93
APÊNDICE D- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –
Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,
que tem como pesquisador responsável, a professora Dra. Allyne Fortes Vitor. Esta pesquisa
pretende validar o Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por
Febre de Chikungunya.
O motivo que nos leva a fazer este estudo está relacionado às consequências tardias
relacionadas à mobilidade dos pacientes acometidos pela Febre de Chikungunya, as quais
podem interferir, sobretudo, na qualidade de vida dos indivíduos afetados.
Caso você decida participar, deverá responder um questionário contendo assertivas
relacionadas ao perfil sociodemográfico. Em seguida duas duplas de enfermeiros irão avaliar
sua mobilidade. Durante a realização dessa avaliação a previsão de riscos é mínima, ou seja, o
risco que você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.
Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a pesquisa, você terá direito
a assistência prestada pela Unidade de Saúde adstrita no bairro em que você mora.
Em caso de dúvidas ou de algum problema que você possa ter, relacionado com a
pesquisa, você deverá entrar em contato com a coordenadora da pesquisa Dra. Allyne Fortes
Vitor através do telefone (84) 3215-3429.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer
fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Caso aceite, o tempo de realização dessa
94
avaliação será de no máximo 60 minutos. Os dados que você fornecerá serão confidenciais e
divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de
nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador
responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de cinco anos.
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo
pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente
decorrente desta pesquisa, você será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética
em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135. 38
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o
pesquisador responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados
serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela
trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da
pesquisa “Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos
acometidos por Febre de Chikungunya” e autorizo a divulgação das informações por mim
fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me
identificar.
Natal ____/_____/_____
________________________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
Declaração do pesquisador responsável
Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”
declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos
Impressão datiloscópica do
participante
95
metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse
estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
Natal, _____/____/_____
____________________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
96
APÊNDICE E- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –
Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE PARA
ENFERMEIROS AVALIADORES
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,
que tem como pesquisador responsável à professora Dra. Allyne Fortes Vitor.
Agradecemos desde já sua colaboração neste estudo. A primeira etapa desse estudo
consistiu em uma revisão integrativa para adaptação das definições constitutivas, operacionais
e magnitudes operacionais de indicadores para o Resultado de Enfermagem Mobilidade.
Assim, nessa segunda etapa convidamos você enfermeiro a participar como avaliador da
validação clínica deste estudo.
Caso você decida participar, realizaremos um treinamento com carga horária de cinco
horas, no qual serão abordadas as temáticas sobre classificações de Enfermagem, resultados
de Enfermagem, o Resultado de Enfermagem Mobilidade e assistência ao paciente acometido
por Febre de Chikungunya.
Durante a realização do treinamento a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que
você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina. Assim, os
riscos poderão estar relacionados a algum dano moral ou constrangimento diante das
perguntas ou intervenções que serão realizadas podendo recusar-se a responder qualquer
pergunta que cause constrangimento.
Pode acontecer um desconforto como dano moral ou constrangimento que será
minimizado através da interrupção do treinamento. Em caso de algum problema que você
possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada
pelo serviço de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
97
Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para a Dra. Allyne
Fortes Vitor através do telefone (84) 3215-3429.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer
fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Caso aceite, o tempo de realização do
treinamento será de no máximo dez horas.
Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em
congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe
identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em
local seguro e por um período de cinco anos. Se você tiver algum gasto pela sua participação
nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer
algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.
Este documento foi impresso em duas vias, uma ficará com você e a outra com o pesquisador
responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão
coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará
para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa
“Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos
por Febre de Chikungunya”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas
em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.
Natal, ______/____/______.
____________________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
Declaração do pesquisador responsável
Impressão datiloscópica do
participante
98
Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de
Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”
declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos
metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse
estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.
Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei
infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.
Natal, ______/____/______.
__________________________________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
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APÊNDICE F- INSTRUMENTO COM BASE NA NOC (SEM DEFINIÇÕES
CONSTITUTIVAS E OPERACIONAIS)
EQUILÍBRIO
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
COORDENAÇÃO
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
MARCHA
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
ANDAR
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
MOVIMENTO DOS MÚSCULOS
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
MOVIMENTO DAS ARTICULAÇÕES
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
DESEMPENHO NO POSICIONAMENTO DO CORPO
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
DESEMPENHO NA TRANSFERÊNCIA
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
DOR ARTICULAR
( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido
( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido
( 5)Não comprometido
100
ANEXOS
101
ANEXO A- ANUÊNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL
102
ANEXO B- PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM
PESQUISA DA UFRN
103
104
105
106