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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO AMANDA BARBOSA DA SILVA VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA NATAL 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO

AMANDA BARBOSA DA SILVA

VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS

ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA

NATAL

2017

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AMANDA BARBOSA DA SILVA

VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS

ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Enfermagem do Centro de

Ciências da Saúde da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, como requisito parcial para

obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Área de Concentração: Enfermagem na atenção

à saúde.

Linha de pesquisa: Desenvolvimento

tecnológico em saúde e enfermagem

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Allyne Fortes Vitor

NATAL

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders - ­Escola de

Saúde da UFRN - ESUFRN

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VALIDAÇÃO DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE EM IDOSOS

ACOMETIDOS POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem do Centro de

Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial

para obtenção do título de Mestre em Enfermagem.

Aprovada em 05 de Dezembro de 2017.

PRESIDENTE DA BANCA:

Professora Dra. Allyne Fortes Vitor

(Departamento de Enfermagem/UFRN)

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dra. Allyne Fortes Vitor – Orientadora- UFRN

Prof. Dr. Marcos Antônio Ferreira Júnior – UFRN

Prof. Dra. Rafaella Pessoa Moreira – UNILAB

Prof. Dra. Fabiane Rocha Botareli - UFRN

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DEDICATÓRIA

Dedico esta dissertação à minha família e ao meu amor Matheus, eles foram minha base diária

e amparo nos momentos difíceis. À vocês todo meu esforço e agradecimento durante todos

estes anos de estudo. Sem vocês eu não conseguiria.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela fé, espiritualidade e confiança para lutar em busca dos meus

objetivos.

Aos meus pais, Joana e Rogério, a quem eu devo todo o amparo e abdicações de uma vida

inteira, para que eu pudesse hoje, estar concretizando mais um sonho. Painho e mainha, nada

do que eu faça ou nenhuma conquista minha será capaz de traduzir todo minha felicidade em

tê-los comigo, obrigada por terem me escolhido, vocês sabem. Amo vocês!

As minhas irmãs Danielly e Rosalinny pelo apoio e companheirismo nos momentos difíceis,

eu sei que posso contar com vocês!

À meu melhor amigo e amor, Matheus, por não me deixar desistir dos meus sonhos e

acreditar mais em mim do que eu mesma. Por me incentivar e nunca me cobrar pelas

ausências ou momentos difíceis. Todas as minhas conquistas tem muito de você, você sabe.

À você, a minha eterna admiração e amor. Juntos conseguiremos mais.

À minha família, que mesmo em momentos difíceis permanece unida e fortalecida.

À minha orientadora Profª. Drª. Allyne Fortes Vitor por acreditar em mim e me permitir

aprender junto a ela. Hoje sou melhor do que ontem e isso devo à senhora. Aonde quer que eu

vá, sempre levarei seus ensinamentos! Obrigada por tudo!

Ao nosso GT, em especial, Mércio, Ana Paula, Jéssica e Raianny por terem tornado a

caminhada leve e prazerosa. E pelas trocas e momentos vivenciados. Com vocês percebi que

os amigos construídos aqui são e merecem ser levados para toda a vida. Contem comigo e

obrigada por tudo.

As minhas amigas, Jéssica Olímpio, Dany e Anna Larissa, o meu mais sincero

agradecimento! Sem vocês nada disso seria possível! Eu também devo a minha conquista a

vocês.

À todos os membros do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica (NEPEC)

pelos aprendizados e amadurecimento durante estes anos.

Aos professores doutores Marcos Antônio Ferreira Júnior, Rafaella Pessoa Moreira e Fabiane

Rocha Botareli, pelas contribuições desde a qualificação para que este trabalho pudesse

acontecer da melhor forma. À vocês, a minha admiração pessoal e profissional.

Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, pela possibilidade de concretização de um objetivo de vida e pelos conhecimento

adquiridos até aqui.

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À Secretaria Municipal de Saúde de Natal pela anuência cedida para que esta pesquisa

pudesse ser realizada.

Aos idosos participantes do meu estudo, a quem eu devo respeito e admiração. Vocês me

permitiram adentrar em suas casas e confiaram em mim. Obrigada por cada abraço e cada

palavra de carinho recebida durante as avaliações.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa

cedida a qual me permitiu financiar a pesquisa.

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SILVA, A.B. Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em idosos acometidos

por Febre de Chikungunya. 2017. 106f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem).

Departamento de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017.

RESUMO

O estudo teve como objetivo Validar o resultado de Enfermagem Mobilidade apresentado

pela Nursing Outcomes Classification em idosos acometidos por Febre de Chikungunya.

Estudo metodológico, segundo referencial de Pasquali (2010) realizado em três etapas:

revisão integrativa da literatura, validação semântica e validação clínica, a partir de um

instrumento proposto por Moreira (2011), o qual apresentou para o Resultado de Enfermagem

Mobilidade, oito indicadores bem como suas definições constitutivas, operacionais e

magnitudes operacionais. Estes foram revistos e adaptados em nove indicadores direcionados

à população idosa acometida por Febre de Chikungunya. A primeira etapa ocorreu mediante

revisão integrativa da literatura para adaptação de instrumento validado em estudo anterior. A

revisão integrativa ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2017, nas bases de dados:

CINAHL, Cochrane, LILACS, PubMed, Scopus, Science Direct e Web of Science. Realizou-

se uma busca não controlada das produções científicas, sem recorte temporal, pelos

descritores indexados e não indexados e os 12 indicadores da Nursing Outcomes

Classification para o Resultado de Enfermagem Mobilidade. Em seguida, para a etapa de

validação semântica, o instrumento foi entregue no mês de junho, a 12 enfermeiros que

trabalhavam na atenção primária à saúde. Para avaliação quanto a sua inteligibilidade. Após

atender as sugestões propostas pelos enfermeiros nesta etapa, procedeu-se o estudo piloto e

validação clínica. Esta etapa foi realizada nos meses de julho e agosto, por duas duplas de

enfermeiros treinados, em Unidades de Saúde do município de Natal/RN, com 90 idosos

acometidos por Febre de Chikungunya. Uma dupla aplicou o instrumento proposto pela NOC

para o Resultado de Enfermagem Mobilidade e outra com o instrumento adaptado e revisado.

Para análise de conteúdo textual da revisão integrativa, utilizou-se o software Interface de R

pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) versão

0.7 Alpha 2. Os dados da validação semântica e clínica foram organizados em planilha no

programa Microsoft Office Excel 2012 e exportados para o programa estatístico Statistical

Package for Social Sciences versão 22.0 for Windows. Na validação semântica foi aplicado

teste binominal com concordância igual ou superior a 85%. Na validação clínica, para análises

descritivas foram calculadas as medidas do centro da distribuição e suas variabilidades.

Aplicou-se o teste de Friedman para verificar divergência entre avaliadores e calculado o

Coeficiente de Correlação Intraclasse para comparar a correlação das avaliações realizadas

pelos enfermeiros avaliadores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob CAAE nº 64880017.9.0000.5537. Na

revisão integrativa, a Classificação Hierárquica Descendente apontou dois eixos principais

relacionados à Febre de Chikungunya relacionados a artigos que priorizam evidências clínicas

da fase aguda, fase subaguda e crônica. O indicador Dor articular foi adicionado por ser

considerado importante na literatura, representado na nuvem de palavras e foi construído suas

definições operacionais, definições constitutivas e magnitudes operacionais. Quanto à etapa

de validação semântica, o instrumento foi considerado inteligível para avaliação proposta, por

parte dos enfermeiros. Oito indicadores alcançaram ou excederam o índice de concordância

de 0,85, com exceção do indicador Desempenho na transferência, pois a concordância foi de

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0,83 e p<0,05. Na etapa de validação clínica, houve uma predominância de participantes

homens (75,56%), com mediana de idade de 70,00, com maioria de casados, aposentados,

com ensino fundamental incompleto e renda mensal de até um salário mínimo. O teste de

Friedman indicou diferenças entre avaliação das duplas em sete indicadores, a saber:

Equilíbrio, Andar, Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho no

posicionamento do corpo, Desempenho na transferência e Dor articular. Para os indicadores

Coordenação e Marcha não foram identificadas diferenças significativas pelo teste de

Friedman. Todos os indicadores apresentaram-se estatisticamente significantes (p< 0,001) e

satisfatórios, segundo o Coeficiente de Correlação Intraclasse. Ao analisar os resultados

mediante os testes estatísticos, tem-se que os resultados foram satisfatórios para maioria dos

indicadores presentes no instrumento com as definições. Assim, a utilização de instrumentos

para uma população específica como os idosos acometidos por Febre de Chikungunya, são

eficazes e devem ser continuamente realizados no intuito de refiná-los e aperfeiçoá-los.

Descritores: Febre de Chikungunya; Idoso; Estudos de Validação; Avaliação em

Enfermagem

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SILVA, A.B. Validation of the Nursing Outcome Mobility in the elderly affected by

Chikungunya Fever. 2017.106f. Dissertation (Master in Nursing). Department of Nursing,

Federal University of Rio Grande do Norte, 2017.

ABSTRACT

The study aimed to validate the result of Nursing Mobility presented by Nursing Outcomes

Classification in elderly people affected by Chikungunya Fever. Methodological study,

according to Pasquali's (2010) referential in three stages: integrative literature review,

semantic validation and clinical validation, based on an instrument proposed by Moreira

(2011), which presented for the Nursing Nursing Outcome, eight indicators as well as their

constitutive, operational definitions and operational magnitudes. These were reviewed and

adapted in nine indicators aimed at the elderly population affected by Chikungunya Fever.

The first stage occurred through an integrative review of the literature for instrument

adaptation validated in a previous study. The integrative review occurred between February

and April 2017, in the databases: CINAHL, Cochrane, LILACS, PubMed, Scopus, Science

Direct and Web of Science. There was an uncontrolled search of the scientific productions,

without temporal cut, by the indexed and non-indexed descriptors and the 12 indicators of the

Nursing Outcomes Classification for the Nursing Outcome Mobility. Then, for the semantic

validation stage, the instrument was delivered in the month of June to 12 nurses who worked

in primary health care. For evaluation as to its intelligibility. After following the suggestions

proposed by the nurses at this stage, the pilot study and clinical validation were carried out.

This stage was carried out in July and August, by two pairs of trained nurses, in Health Units

of the city of Natal / RN, with 90 elderly people affected by Chikungunya Fever. One pair

applied the instrument proposed by the NOC for the Mobility Nursing Outcome and another

with the instrument adapted and revised. In order to analyze the textual content of the

integrative review, we used the software Interface for Multidimensionnelles of Textes et de

Questionnaires (IRAMUTEQ) version 0.7 Alpha 2. The data of the semantic and clinical

validation were organized in a spreadsheet in the program Microsoft Office Excel 2012 and

exported to the statistical program Statistical Package for Social Sciences version 22.0 for

Windows. In the semantic validation, a binomial test with agreement equal or superior to 85%

was applied. In the clinical validation, for the descriptive analyzes the measures of the

distribution center and its variabilities were calculated. The Friedman test was used to verify

divergence among raters and the Intraclass Correlation Coefficient was calculated to compare

the correlation of the evaluations performed by the rater nurses. The study was approved by

the Research Ethics Committee of the Federal University of Rio Grande do Norte under

CAAE nº 64880017.9.0000.5537. In the integrative review, the Descending Hierarchical

Classification pointed out two main axes related to Chikungunya Fever related to articles that

prioritize clinical evidences of the acute phase, subacute and chronic phase. The articular pain

indicator was added because it was considered important in the literature, represented in the

word cloud and its operational definitions, constitutive definitions and operational magnitudes

were constructed. As for the semantic validation stage, the instrument was considered

intelligible for the proposed evaluation, by the nurses. Eight indicators reached or exceeded

the agreement index of 0.85, except for the transfer performance indicator, since the

agreement was 0.83 and p <0.05. In the clinical validation stage, there was a predominance of

male participants (75.56%), with a median age of 70.00, most married, retired, with

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incomplete primary education and monthly income up to a minimum wage. The Friedman test

indicated differences between the pairs' evaluation in seven indicators, namely: Balance,

Walking, Muscle movement, Movement of joints, Performance in body positioning,

Performance in transference and Joint pain. For the Coordination and March indicators, no

significant differences were identified by the Friedman test. All indicators were statistically

significant (p <0.001) and satisfactory, according to the Intraclass Correlation Coefficient.

When analyzing the results through the statistical tests, it has been that the results were

satisfactory for most of the indicators present in the instrument with the definitions. Thus, the

use of instruments for a specific population such as the elderly affected by Chikungunya

Fever are effective and must be continuously carried out in order to refine and improve them.

Descriptors:Chikungunya Fever; Aged; Validation Studies; Nursing Assessment.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AVE Acidente Vascular Encefálico

CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CCI Coeficiente de Correlação Intraclasse

CEP Comitê de Ética em Pesquisa

CHD Classificação Hierárquica Descendente

CHIKV Vírus Chikungunya

CINAHL Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature

CIPE Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem

CIPESC Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva

CNS Conselho Nacional de Saúde

CVI Content Validity Index

DE Diagnóstico de Enfermagem

DeCS Descritores em Ciências da Saúde

DMS Diferença Mínima Significante

IC Intervalo de Confiança

IRAMUTEQ Interface de R pour lês Analyses Multidimensionnelles de Textes et de

Questionnaires

LILACS Latin American and Caribean Health Science Literature Database

MESH Medical Subject Headings

NANDA-I Nanda Internacional

NEPEC Núcleo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica

NIC Nursing Interventions Classification

NOC Nursing Outcomes Classification

OMS Organização Mundial da Saúde

OPAS Organização Panamericana de Saúde

PE Processo de Enfermagem

PGENF Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

RE Resultado de Enfermagem

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

SPSS Statistical Package For The Social Siences

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TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TRI Teoria de Resposta ao Item

UBS Unidade Básica de Saúde

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UM Unidades Mista

USF Unidades de Saúde da Família

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Procedimentos para desenvolvimento da Psicometria e suas etapas.

Natal, 2017...........................................................................................

28

Figura 2- Descritores utilizados para busca controlada na etapa 2: Busca na

Literatura. Natal, 2017.........................................................................

37

Figura 3- Fluxograma da seleção dos estudos a partir de revisão integrativa da

literatura. Natal, 2017..........................................................................

39

Figura 4- Dendograma representativo em classes, porcentagem e indicadores

que se destacaram nos estudos sobre Febre de Chikungunya em

idosos. Natal, 2017............................................................................

52

Figura 5- Análise do corpus textual pela nuvem de palavras dos estudos

selecionados. Natal, 2017...................................................................

53

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Palavras chave para busca não controlada na etapa 2: Busca na

literatura. Natal, 2017........................................................................

37

Quadro 2- Estratégia de Busca. Natal, 2017....................................................... 38

Quadro 3- Artigos que abordaram os indicadores do RE Mobilidade

apresentado pela NOC. Natal, 2017..................................................

49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Caracterização sociodemográfica dos enfermeiros participantes da

validação semântica. Natal, 2017.......................................................

54

Tabela 2- Índice de concordância dos enfermeiros quanto à inteligibilidade dos

indicadores e de seus componentes, a partir dos índices de IVC e

Kappa. Natal, 2017...............................................................................

54

Tabela 3- Caracterização sociodemográfica dos pacientes idosos acometidos

por Febre de Chikungunya. Natal,

2017......................................................................................................

55

Tabela 4- Dados clínicos dos pacientes idosos acometidos pela Febre de

Chikungunya. Natal, 2017....................................................................

56

Tabela 5- Comparação entre avaliações dos avaliadores (média dos postos) em

relação ao instrumento com e sem definições dos indicadores. Natal,

2017......................................................................................................

57

Tabela 6- Apresentação do Coeficiente de Correlação Intraclasse, intervalo de

confiança e valor- p atribuído para cada indicador da escala. Natal,

2017...................................................................................................

58

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 19

2 OBJETIVO.......................................................................................................... 26

2.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................... 26

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO................................................................................. 26

3 REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO............................................ 27

3.1 PSICOMETRIA.................................................................................................. 27

4 MÉTODO............................................................................................................ 33

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO.................................................................... 33

4.2 PRIMEIRA ETAPA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA.............. 33

4.3 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA............................................ 36

4.3.1 Tipo de estudo................................................................................................ 37

4.3.2 Local do estudo.............................................................................................. 37

4.3.3 População e amostra..................................................................................... 37

4.3.4 Procedimento de coleta de dados................................................................... 37

4.3.5 Organização e análise dos dados................................................................... 38

4.4 TERCEIRA ETAPA: VALIAÇÃO CLÍNICA...................................................... 39

4.4.1 Tipo de estudo................................................................................................ 39

4.4.2 População e amostra...................................................................................... 39

4.4.3 Seleção, treinamento dos avaliadores e sorteio das duplas de

enfermeiros.............................................................................................................

40

4.4.4 Estudo Piloto................................................................................................. 41

4.4.5 Procedimento de coleta de dados.................................................................. 42

4.4.6 Organização e análise dos dados.................................................................. 43

4.5 ASPECTOS ÉTICOS........................................................................................ 43

5 RESULTADOS................................................................................................... 45

5.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO

DESENVOLVIDO POR MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO

INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA PELA FEBRE DE

CHIKUNGUNYA........................................................................................................

45

5.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO

ADAPTADO À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE

CHIKUNGUNYA........................................................................................................

50

5.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA............................ 52

6 DISCUSSÃO............................................................................................................ 57

6.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO

DESENVOLVIDO POR MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO

INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA PELA FEBRE DE

CHIKUNGUNYA........................................................................................................

57

6.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO

ADAPTADO À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE

CHIKUNGUNYA........................................................................................................

61

6.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA............................ 62

7 CONCLUSÃO......................................................................................................... 68

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REFERÊNCIAS......................................................................................................... 70

APÊNDICES .............................................................................................................. 76

ANEXOS..................................................................................................................... 100

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1 INTRODUÇÃO

Este estudo tem como objeto a validação semântica e clínica do Resultado de

Enfermagem (RE) Mobilidade, pertencente à taxonomia Nursing Outcomes Classification

(NOC), em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya.

A motivação pela temática advém do interesse de promover avanços em estudos sobre

a Febre de Chikungunya e seus acometimentos, como também de produzir resultados que

possam contribuir para o fomento de políticas públicas de saúde voltadas para esta população

que tem como uma das principais consequências o comprometimento articular duradouro.

Além disto, a importância deste tipo de estudo, está na busca pela melhoria da qualidade de

assistência prestada ao idoso por meio da avaliação de RE em saúde, utilizando instrumentos

voltados para este fim.

A Febre de Chikungunya representa uma problemática constante com notoriedade

internacional para a saúde pública e epidemiológica, pois, assim como a Dengue, trata-se de

uma aborvirose transmitida por mosquitos e integra o grupo de doenças infecciosas com

potencial emergente e reemergente. Atualmente a transmissão de ambos ocorre por mosquitos

do gênero Aedes. Em destaque à Febre de Chikungunya, estudos confirmam o Aedes aegypti e

o Aedes albopictus como os principais transmissores da doença. Todavia, foi identificada a

relação desta arbovirose também com o Aedes taylori no Senegal (VALE; PIMENTA;

AGUIAR, 2016; HONÓRIO et al., 2015).

Trata-se de uma arbovirose que tem como agente etiológico o Vírus Chikungunya

(CHIKV), inicialmente isolado em 1952 na Tanzânia, país da África Oriental, após uma

epidemia. A partir de então, a doença atingiu outras regiões do continente africano e asiático,

com eventuais casos de infecção (BRASIL, 2015; WHO, 2016; HONÓRIO et al., 2015).

Reemergências do vírus entre os anos de 2004 e 2006 atingiram o Quênia, Ilhas da

Reunião, Itália e França e levou a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) a elaborar um

documento de alerta aos profissionais de saúde e instâncias governamentais sobre a possível

chegada do CHIKV nas Américas, bem como formas de prevenção e controle em caso de

infecção (OPAS, 2011).

Com a introdução do vírus, elevou-se o número de infectados e atingiu ilhas do

Caribe, América Central e países da América do Sul, como o Brasil. A doença progrediu em

território nacional no ano de 2010, contudo, a transmissão local só foi evidenciada em 2014,

quando constatou-se apenas 39 casos advindos do exterior, dentre as 828 notificações de

Febre de Chikungunya (DONALÍSIO; FREITAS, 2015). Esse aumento no número de

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transmissão autóctone, isto é, casos provenientes do território brasileiro, contribuiu para o

enfoque dado a Febre de Chikungunya no país, realidade que confirma a relevância da

temática.

Segundo Boletim Epidemiológico elaborado pelo Ministério da Saúde, em 2015 foram

identificados 38.332 casos prováveis da doença, com a confirmação de 13.236 casos e seis

óbitos, com média de idade de 75 anos. Em 2016, até a 27ª semana do referido boletim, foram

notificados 169.656 casos, com confirmação de 63.000 casos e 38 óbitos com idade média de

71 anos. No que tange as regiões federativas do Brasil, o mesmo Boletim aponta a região

Nordeste com maior taxa de incidência de casos com destaque para o estado do Rio Grande

do Norte (556,7 casos/100mil habitantes) seguido de Pernambuco (336,0 casos/100mil

habitantes) e Paraíba (300,2 casos/100mil habitantes) (BRASIL, 2016).

Em 2017, a edição mais recente do referido boletim (até a 35ª semana) demonstrou um

aumento significativo do quantitativo de casos confirmados. Foram verificados 121.734 casos

confirmados da doença e 99 óbitos. Além disso, a região Nordeste permanece com maior taxa

de incidência de casos (230 casos/100 mil habitantes) (BRASIL, 2017).

Por conta da introdução do CHIKV e o aumento da incidência da doença nas

diferentes localidades do Brasil, o Ministério da Saúde elaborou em 2015 um Guia de Manejo

Clínico, com o objetivo de nortear as ações dos profissionais de saúde, com destaque para a

importância do diagnóstico precoce. O guia discorre ainda sobre características do vírus,

espectro clínico da doença, tratamento, classificação de risco e ações de vigilância

epidemiológica (BRASIL, 2015).

Atualmente, o guia encontra-se em sua segunda edição e aponta novos aspectos em

razão das significativas limitações relacionadas à doença, como a limitação de mobilidade, as

dores articulares persistentes ou recidivantes, o reestabelecimento da mobilidade articular, a

descompensação de doenças de base e o monitoramento constante de grupos de risco como

idosos (BRASIL, 2017).

A representação clínica da doença é intensificada em crianças e idosos. Destaca-se

que, apesar do baixo potencial de letalidade, os idosos acometidos são os mais propensos ao

óbito, em decorrência da diminuição das reservas fisiológicas e imunidade (MAGUINA-

VARGAS, 2015).

Verifica-se que em decorrência do crescimento populacional de idosos este grupo

etário é pauta de estudos em âmbito mundial e nacional. Em território brasileiro, às mudanças

sociodemográficas e de saúde culminaram em uma expectativa de vida mais elevada. O

processo de transição demográfica demonstra que até o ano de 2020, o Brasil será composto

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por aproximadamente 30 milhões de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos. Este

fato colocará o país em sexta posição de país longevo (KUCHEMANN, 2012).

Anualmente, mais de 600 mil indivíduos são acrescidos à população idosa já existente,

bem como as doenças crônicas e limitações funcionais também são incorporadas às

informações de saúde e acarretam ônus ao Sistema Único de Saúde, sobretudo para o

tratamento de morbidades que podem perdurar por longos períodos de tempo, como a Febre

de Chikungunya (VERAS, 2009).

Considerada uma doença desencadeante de limitações funcionais, o acometimento

pela Febre de Chikungunya nos idosos pode levá-los a não suportar as tensões colocadas

sobre o corpo e diminuir a resposta imunológica à infecção (MAGUINA-VARGAS, 2015).

O processo infecioso da Febre de Chikungunya é dividido em três fases: aguda ou

febril, subaguda e crônica. A fase aguda ou febril tem duração média de sete dias e

caracteriza-se por quadro febril súbito com intensa poliartralgia. A fase subaguda inicia-se

pelo comprometimento articular duradouro com duração de até três meses. Em casos que os

sintomas persistirem por mais de um trimestre após o surgimento da doença instala-se a fase

crônica, que pode atingir mais de 50% dos pacientes acometidos pela Febre de Chikungunya.

A principal sintomatologia dos pacientes que atingem a fase crônica da doença é o

comprometimento articular persistente ou recidivo nas articulações afetadas durante a fase

aguda (BRASIL, 2015; STAPLES; BREIMAN; POWERS, 2009; TAUIL, 2014;

VASCONCELOS 2014; BRASIL, 2015; WHO, 2016).

Na maioria das vezes, as dores articulares são simétricas e ocorrem frequentemente

nos punhos, cotovelos, dedos, joelhos e tornozelos, com capacidade de afetar ainda a região

sacroilíaca, lombossacra e cervical. As consequências desta infecção manifestam-se desde a

persistência da dor até a artrite reumatóide, com presença de edema nas articulações e déficits

de mobilidade por meses ou até anos (HONÓRIO et al., 2015; STAPLES;

BREIMAN;POWERS, 2009; TAUIL, 2014; BRASIL, 2015).

O agravamento dos sintomas em idosos desencadeia limitação de movimento e de

tônus muscular, devido à intensa artralgia, além de constatar, em produções científicas,

atrofias e deformidades nas articulações atingidas pela doença. Conforme apontado por

estudos, as lesões articulares oriundas deste processo podem causar desequilíbrio fisiológico

do corpo humano e assim, comprometer a atividade renal, o sono, atividades diárias e

laborais, humor e predispor em algumas situações quadros de depressão (STAPLES;

BREIMAN; POWERS, 2009; BRASIL, 2015).

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Diante do exposto, o enfermeiro como membro da equipe de saúde deve atentar

quanto ao manejo clínico do paciente idoso com Febre de Chikungunya. Isto porque a

assistência e avaliação do cuidado diferem de outras arboviroses, com destaque para a fase

subaguda e crônica da doença, quando o comprometimento articular é duradouro). Esta

conjuntura exige do profissional uma perspectiva de cuidado sistematizado, mediante adoção

de um método e linguagem padronizada que possibilitem a avaliação, planejamento e

execução dos cuidados de Enfermagem ao paciente idoso acometido (BRASIL, 2015;

SOARES et al., 2013).

Assim, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) consiste em um

método utilizado para orientar e controlar o cuidado ao paciente à medida que auxilia o

profissional a tomada de decisões, previsão e avaliação de consequências do cuidado. Dentre

as diferentes formas de desenvolver esta sistematização, inclui-se o Processo de Enfermagem

(PE), instrumento metodológico que norteia e documenta a prática profissional. Organizado

didaticamente em cinco etapas, o PE corresponde a: 1)Coleta de dados ou Histórico de

Enfermagem, 2)Diagnóstico de Enfermagem, 3)Planejamento de Enfermagem,

4)Implementação e 5)Avaliação de Enfermagem (SOARES et al., 2013; COFEN, 2009).

Este tipo de cuidado de Enfermagem é possível pela adoção de Sistemas de

Classificação próprios (taxonomias), voltados a esta disciplina, a exemplo dos mais

difundidos: de diagnósticos de Enfermagem (NANDA-I), intervenções de Enfermagem

(Nursing Interventions Classification - NIC), resultados de Enfermagem (Nursing Outcomes

Classification - NOC), a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) e a

Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC). A

importância destes sistemas está na garantia do cuidado em uma linguagem universal o que

reflete no direcionamento e qualidade da assistência ao paciente (FURUYA et al., 2011).

Ao particularizar a terceira etapa do PE, entende-se que seja responsável por

determinar com base nas respostas humanas indesejadas do indivíduo quais os RE adequados

para o paciente. Esta deliberação é possível por meio da NOC, um sistema de classificação

amplamente divulgado e utilizado pela Enfermagem (COFEN, 2009; SEGANFREDO;

ALMEIDA, 2011; MOORHEAD et al., 2013).

O Sistema de Classificação NOC foi elaborado a partir da necessidade de promover

uma linguagem uniforme que permitisse avaliar as intervenções implementadas e o estado de

saúde do indivíduo. Esta taxonomia proporciona uma avaliação padronizada e individual do

grau de comprometimento à uma resposta humana indesejada e possibilita o planejamento de

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uma assistência direta e específica à condição clínica de cada paciente (SILVA; OLIVEIRA;

CARVALHO, 2015).

A taxonomia dos RE oportuniza ainda o aprimoramento padronizado de uma

linguagem para a profissão; fornece informações para subsidiar a tomada de decisões;

estabelece medidas, definições e indicadores padronizados à condição de saúde do paciente;

fornece dados para avaliar a qualidade do cuidado de Enfermagem; avalia a eficácia e impacto

geral da atuação destes profissionais frente à uma condição clínica e contribui para o

aperfeiçoamento do corpo de conhecimento da Enfermagem (MOORHEAD et al., 2013).

A NOC em sua última edição é composta por sete Domínios, 31 Classes e 490 RE.

Cada RE apresentado pela taxonomia é composto pelo título, definição, indicadores e escala

de mensuração. Estes indicadores são mensurados a partir de uma escala do tipo Likert, que

varia de um a cinco e varia entre o estado menos desejado e o estado mais desejado,

respectivamente (MOORHEAD et al., 2013).

A classificação dos RE da NOC apresenta a Mobilidade como à possibilidade do

indivíduo de movimentar-se sozinho e de modo intencional por um ambiente, podendo fazer

uso ou não, de equipamento para apoiar-se. Este RE está incluído no Domínio Saúde

Funcional, por retratar a capacidade de executar atividades diárias e a Classe, que recebe o

mesmo nome do RE, Mobilidade caracterizada por resultados representativos às implicações

decorrentes da mobilidade física e limitação de movimento (MOORHEAD et al., 2013;

MOREIRA et al., 2016).

Nesse sentido, Moreira (2011) destaca que a importância do RE Mobilidade ancora-se

em aspectos sociais e culturais importantes para o indivíduo realizar atividades necessárias e

prazerosas do cotidiano, expressar suas emoções e contentamentos. A mesma autora define

Mobilidade como a capacidade de movimentação do indivíduo, de uma posição para outra, ou

de um ambiente para outro de maneira independente, com uso ou não de ferramenta de apoio

(MOREIRA, 2011).

A respeito dos indicadores, fazem parte deste RE doze indicadores: Equilíbrio,

Coordenação, Marcha, Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho

do posicionamento do corpo, Desempenho na transferência, Correr, Pular, Rastejar, Andar e

Movimentos realizados com facilidade. Tais indicadores são estimados por uma escala do tipo

Likert e seus escores que mensuram o grau de comprometimento do indivíduo quando

“severamente comprometido”, “substancialmente comprometido”, “moderadamente

comprometido”, “pouco comprometido” ou “não comprometido” (MOORHEAD et al., 2013).

A fim de uniformizar a avaliação por meio do RE, são desenvolvidas as definições

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constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais que sejam claras e específicas para a

avaliação da situação de saúde do paciente acometido. Definições constitutivas são entendidas

como um conceito presente no plano teórico, porém de significado abstrato, fundamentais

para a construção de instrumentos de medida como os da NOC, uma vez que localizam e

delimitam o conceito existente. Assim, definições constitutivas bem desenvolvidas refletem

instrumentos elaborados capazes de mensurar o fenômeno para o qual foi proposto

(PASQUALI, 2010; VITOR, 2010).

As definições operacionais são entendidas como aquelas responsáveis pela transição

do plano abstrato para o concreto, exequível e determinam especificamente o que e como será

mensurado a respeito do fenômeno. Por fim, as magnitudes operacionais são capazes de

transformar tais mensurações em números, a exemplo das escalas do tipo Likert (PASQUALI,

2010; VITOR, 2010).

Neste sentido, acredita-se que definições constitutivas, operacionais e magnitudes

operacionais do instrumento de avaliação da Mobilidade proporcionem uma maior

consistência e concordância quanto à avaliação do paciente idoso acometido por Febre de

Chikungunya. É importante reiterar que diversos estudos destacam o comprometimento motor

de pacientes idosos com Febre de Chikungunya e tal fato confere relevância à validação do

RE Mobilidade nesta população. Deste modo, ao mensurar o impacto físico e como este

interfere diretamente na qualidade de vida dos indivíduos, pode-se também contribuir para a

melhor assistência com foco nas respostas humanas indesejáveis acarretadas pela doença.

Nesse sentido, pretende-se oferecer a esta população uma contribuição social para o

entendimento da co-responsabilização de enfermeiros e usuários na prevenção e diminuição

dos agravos da Febre de Chikungunya. Este tipo de estudo implicará ainda discussões sobre a

importância de uma assistência de qualidade à população idosa frente à doenças infecciosas

emergentes e reemergentes. Vale destacar que reflexões e mudanças tanto acadêmicas quanto

assistenciais poderão surgir a partir dos dados desta pesquisa e poderão fornecer subsídios

para capacitação de enfermeiros e de outros profissionais que assistem esta população

específica.

Este estudo adere à área de concentração de Enfermagem na Atenção à Saúde, do

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PGENF) da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte (UFRN) e sua linha de pesquisa de Desenvolvimento tecnológico em saúde

e Enfermagem ao considerar o aprimoramento de taxonomias com aplicação prática em saúde

e Enfermagem. Nesse sentido, reporta-se à abordagem tecnológica em saúde de Merhy

(2007), por utilizar para uma avaliação acurada de Enfermagem, taxonomias como a NOC, a

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qual permite aplicar instrumentos para mensurar as intervenções ao paciente em cenário

clínico (MERHY, 2007; MOORHEAD et al., 2013).

Frente ao exposto, justifica-se o interesse em desenvolver a pesquisa por meio de

alguns pontos:

• Pela necessidade de estudos de validação para o aprimoramento das taxonomias;

• A expressividade do número de casos apresentada pela OPAS e Ministério da Saúde

das doenças infecciosas emergentes e reemergentes;

• O crescente número de indivíduos acometidos por Febre de Chikungunya no Brasil,

sobretudo pela predominância de casos na região Nordeste;

• A importância na compreensão do fenômeno e no impacto que a Febre de

Chikungunya causa na vida do idoso;

• A necessidade de mensuração do RE Mobilidade por meio da prática clínica frente ao

comprometimento da mobilidade como consequência da Febre de Chikungunya.

A partir de tais justificativas, foram elaboradas as questões de pesquisa: As definições

constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais dos indicadores do RE Mobilidade

construídas em estudo anterior são intelegíveis para aplicação nos idosos com Febre de

Chikungunya? As definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE

Mobilidade da NOC são válidas nesta população?

Baseados nos questionamentos, este estudo apresenta como hipótese de investigação:

H1: As definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais dos

indicadores do RE Mobilidade construídas em estudo anterior são inteligíveis e oferecem

melhor consistência e concordância para avaliação de Enfermagem à pacientes idosos com

Febre de Chikungunya.

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

• Validar o resultado de Enfermagem Mobilidade apresentado pela Nursing Outcomes

Classification em idosos acometidos por Febre de Chikungunya.

2.2 ESPECÍFICOS

• Revisar e adaptar o instrumento validado em estudo anterior em idosos acometidos por

Febre de Chikungunya, a partir de Revisão Integrativa da Literatura.

• Validar semanticamente o resultado de Enfermagem em idosos acometidos por Febre

de Chikungunya.

• Validar clinicamente as definições constitutivas, operacionais e magnitudes

operacionais do resultado de Enfermagem Mobilidade em idosos acometidos por

Febre de Chikungunya.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO METODOLÓGICO

3.1 PSICOMETRIA

A Psicometria consiste em uma ciência específica da psicologia, que se detém ao

estudo e elaboração de instrumentos psicológicos, testes de aptidão, escalas psicométricas de

atitude e diferencial semântico. Este referencial tem como propósito o estudo dos fenômenos

naturais a partir da utilização de símbolo matemático, como os números. O método é

composto por diversos testes psicológicos referentes a critério, a construto, a conteúdo,

observação do comportamento, survey e novas tecnologias. Cada um destes fundamenta-se

em técnicas e teorias específicas para sua construção (PASQUALI, 2010).

Os testes referentes a construto são adotados para pesquisas cujo objetivo é mensurar

fenômenos bem como as respostas humanas. Este tipo de teste tem como principal

característica a construção e validação de instrumentos que possam mensurar o traço latente.

Entende-se traço latente como uma representação numérica da magnitude de um fenômeno.

(PASQUALI 2010).

O modelo de testes referentes a construtos baseia-se em três importantes polos, a

saber: 1) Polo teórico, 2) Polo empírico, 3) Polo analítico. A figura 1 a seguir ilustra esta

afirmativa (PASQUALI, 2010).

Figura 1. Procedimentos para desenvolvimento da Psicometria e suas etapas. Natal, 2017.

Fonte: Pasquali, 2010.

O polo teórico constitui-se de seis etapas importantes para Psicometria: 1)Sistema

psicológico, 2)Propriedades do sistema psicológico, 3)Dimensionalidade do atributo,

4)Definições, 5)Operacionalização e 6)Análise dos itens. É neste polo em que se deve

desenvolver uma fundamentação teórica consistente e embasada para compreender o

fenômeno a ser estudado, bem como constituir para ele um instrumento de medida. É no

primeiro polo que se expõe a Teoria do Traço Latente e a escala de representação deste traço.

PSICOMETRIA

POLO TEÓRICO

POLO EMPÍRICO

POLO ANALÍTICO

6

ETAPAS

2

ETAPAS

4

ETAPAS

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1)Sistema psicológico:

O Sistema psicológico, também denominado de objeto psicológico, representa o

universo de interesse do pesquisador e pode ser considerado universal ou local. Considera-se

o Sistema psicológico universal aquele que engloba o ser humano em sua totalidade e os

fenômenos que o cercam. O local por sua vez, refere-se aos subsistemas de interesse do

pesquisador (PASQUALI, 2010).

Contudo, apesar de constituir o objeto a ser estudado, o Sistema psicológico ainda é

uma representação abstrata do fenômeno, a qual requer de aspectos ou fatores que o

caracterizem para de fato ser mensurado (PASQUALI, 2010).

2) Propriedades do sistema psicológico:

As propriedades dizem respeito às características necessárias para mensurar o objeto

em questão, e assim transformam um problema abstrato em algo concreto ou passível de

medida. O principal papel desta segunda etapa está em dar limites ao que se estudar por meio

de atributos definidos para constituir a propriedade de um objeto (PASQUALI, 2010).

3) Dimensionalidade do atributo:

Após delimitar o objeto é necessário avaliar a estrutura interna do atributo. Assim,

nesta etapa deve-se constatar se as características do que está sendo estudado, e que de fato,

mensuram um fenômeno são unidimensionais ou multidimensionais (PASQUALI, 2010).

4) Definição do construto:

Refere-se a uma conceituação por meio da literatura sobre o assunto, peritos ou

experiência profissional, do fenômeno e dos fatores necessários para mensurá-lo. É nesta

etapa que as definições constitutivas e operacionais são elaboradas (PASQUALI, 2010).

Para elaboração do instrumento de medida, as definições constitutivas são relevantes

uma vez que delimitam semanticamente o fenômeno e situam o construto na teoria. As

definições operacionais são uma representação concreta do fenômeno e tem por meta garantir

a validade do instrumento (PASQUALI, 2010).

As definições operacionais devem ser passíveis de realização e abrangerem de forma

mais completa o construto. Isto por que são essas definições que irão comprovar a

representação do traço latente (PASQUALI, 2010).

5) Operacionalização do construto:

Com as definições constitutivas e operacionais já estabelecidas, inicia-se a construção

dos itens do instrumento e as atividades desenvolvidas pelos participantes do estudo para que

seja mensurada a magnitude de um fenômeno. A construção dos itens ocorre mediante a

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literatura, entrevistas junto à população meta e categorias comportamentais. Os itens são

elaborados mediante 12 critérios pré-estabelecidos pela Psicometria (PASQUALI, 2010).

6) Análise dos itens:

Busca-se nesta etapa observar se os itens e o instrumento construído representam

fidedignamente o construto. Esta análise pode ser realizada mediante duas formas: análise

teórica dos itens a qual é feita por juízes que avaliam a pertinência dos itens em relação ao

construto e análise semântica que tem o objetivo de verificar se o instrumento bem como os

itens que o compõem são inteligíveis à população a qual ele se destina (PASQUALI, 2010).

A análise semântica é realizada com a população meta para verificar a compreensão

dos itens do instrumento. Assim, o instrumento deverá ser apresentado a população meta para

que sejam discutidas a pertinência e sanadas possíveis dúvidas sobre o instrumento. Este tipo

de análise confere validade aparente do teste por incluir a população meta desde aquele com

nível mais baixo de formação até o nível mais elevado (PASQUALI, 2010).

O Polo empírico, também denominado de polo experimental, se constitui de duas

etapas da Psicometria intituladas: 7)Planejamento da aplicação e 8)Aplicação e coleta.

7)Planejamento da aplicação:

Com o instrumento já construído e validado semanticamente, deve-se levar em

consideração dois importantes aspectos: definição da amostra e as instruções de como se dará

a aplicação do instrumento. A intencionalidade de construção de um instrumento é que seja

aplicado a determinada população pré-definida, com suas respectivas características

delimitadas (PASQUALI, 2010).

Assim, definir a amostra do instrumento relaciona-se aos aspectos que possam

caracterizar a população meta do estudo como sociodemográficos e biológicos. Outro fator

observado nesta etapa refere-se ao quantitativo necessário de sujeitos para testar a qualidade

psicométrica do instrumento de medida. Determina-se que sejam selecionados de cinco a dez

sujeitos por item do instrumento (PASQUALI, 2010).

A importância das instruções quanto à aplicação do instrumento está relacionada à

operacionalização da coleta de dados. Nesta etapa serão estabelecidas quais as condições que

o pesquisador encontrará para aplicação do instrumento como: coleta individual ou coletiva,

aviso prévio ou não aos testados e os possíveis entraves encontrados no percurso e local de

coleta. Ademais, deverá ser estabelecido o formato do instrumento e a forma de

preenchimento de resposta do sujeito para cada item (PASQUALI, 2010).

Poderão ser definidos como forma de preencher o instrumento, formatos como o da

escolha forçada, onde o sujeito escolhe entre dois itens, qual o mais apropriado para a

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resposta, tipicamente utilizado em testes de personalidade e de interesse. O formato das

múltiplas alternativas onde o sujeito deverá escolher qual a alternativa correta, comumente

utilizada em testes de aptidão. E por fim, o das escalas tipo Likert onde cada item possui uma

escala de pontuação correspondente à magnitude da resposta do sujeito ao que o item se

refere. Este tipo de formato é majoritariamente utilizado em testes de personalidade e escalas

de atitude (PASQUALI, 2010).

8) Aplicação e coleta:

Este passo diz respeito à coleta de dados propriamente dita a qual deverá dispor de um

ambiente propício e adequado, livre de qualquer distração que possa comprometer esta etapa

(PASQUALI, 2010).

O Pólo analítico diz respeito às análises estatísticas das informações coletadas, que

irão considerar o instrumento válido, preciso e se necessário, normatizado. Quatro etapas da

Psicometria fazem parte deste pólo, a saber: 9) Dimensionalidade, 10) Análise dos itens, 11)

Precisão do instrumento, 12) Estabelecimento de normas.

9) Dimensionalidade

A dimensionalidade de um instrumento psicológico se refere ao fato de os itens que

compõem um instrumento de medida ser capazes de mensurar o mesmo fenômeno, ou seja,

único construto. A primeira verificação nesta etapa é a unidimensionalidade do instrumento.

Portanto, é a partir desta análise que se determinará quantos fenômenos o instrumento de fato

mensura (PASQUALI, 2010).

A depender do objeto de estudo, alguns instrumentos podem medir mais de um

fenômeno e nesses casos as análises estatísticas devem ser feitas separadas para cada

construto que o instrumento mede (PASQUALI, 2010).

A análise estatística utilizada na etapa de dimensionalidade é denominada de análise

fatorial . A análise fatorial demonstra o que de fato o instrumento mensura, a partir da análise

de carga fatorial de cada item e covariância entre o fenômeno e o item. A carga fatorial tem

como objetivo determinar por meio de porcentagem, intitulada pela Psicometria de

covariância, a ligação que existe entre o fenômeno estudado e o item. Deste modo, uma

covariância de 100% entre o fenômeno e o item indica que o item é um excelente

representante e faz parte do traço latente que mensura aquele construto (PASQUALI, 2010).

As cargas fatoriais variam de -1,00 a +1,00, as cargas positivas ou negativas assumem

função de um item poder expressar um aspecto positivo ou negativo do fenômeno. As análises

fatoriais psicométricas, consideram uma carga fatorial de 0,30 positivo ou negativo, como

uma carga mínima para que o item seja um representante do fenômeno, contudo, apontam

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carga fatorial de acima de 0,50 para se afirmar que o fenômeno foi bem representado pelo

item (PASQUALI, 2010).

10) Análise dos itens:

A Psicometria utiliza esta etapa para instrumentos auto aplicáveis e consiste na análise

dos itens a partir da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Logo, análises estatísticas de uma

amostra representativa do instrumento são realizadas para identificar: dificuldade (a partir da

proporção dos indivíduos que respondem corretamente ou de acordo com o item),

discriminação (identificação de indivíduos com escores altos e baixos de resposta) e resposta

aleatória de cada item (respostas corretas, porém, dadas ao acaso) (PASQUALI, 2010).

11) Precisão do instrumento:

Nesta etapa avalia-se a fidedignidade do instrumento. Diferentes técnicas podem ser

utilizadas para verificar a precisão de um teste, como a precisão teste-reteste, de formas

alternativas e da consistência interna (PASQUALI, 2010).

A precisão teste-reteste tem o objetivo de calcular a correlação em um mesmo teste

pelo mesmo sujeito em dois momentos distintos. Contudo, quanto maior for a distância entre

o primeiro e o segundo momento, maiores são as chances de diminuir o coeficiente de

precisão do instrumento. Além disto, há possibilidade de a retestagem ocorrer em uma fração

de tempo diferente para os sujeitos e assim reduzir o coeficiente de precisão. Por este motivo

a Psicometria refere dificuldade em operacionalizar este tipo de teste (PASQUALI, 2010).

A precisão de formas alternativas sugere que os participantes respondam duas formas

paralelas do mesmo teste em dois momentos consecutivos. A partir disto, verifica-se o

coeficiente de precisão entre elas. Todavia, um empecilho apontado pela Psicometria neste

teste atrela-se a dificuldade de construir formas alternativas, quando a construção de um único

teste já demanda tempo (PASQUALI, 2010).

A precisão da consistência interna objetiva estabelecer a homogeneidade da amostra

de itens do teste. Para isto, análises estatísticas como Kurder-Richardson e Alfa de Cronbach

são as mais utilizadas e sugeridas. A consistência interna é verificada em um único momento

sem interferência temporal entre aplicação do teste. A Psicometria sugere a utilização do teste

de Kurder-Richardson para os casos de respostas dicotômicas ao item, e quando o item

obtiver mais de duas alternativas, utiliza-se a técnica de Alfa de Cronbach (PASQUALI,

2010).

12) Estabelecimento de normas:

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Considera-se um instrumento de medida válido e pronto para utilização em fins de

investigação científica, aquele analisado estatisticamente mediante todas as etapas anteriores

(PASQUALI, 2010).

Quando o instrumento de medida é construído para situações clínicas específicas e

individuais, sugere-se a normatização do instrumento para interpretação dos dados produzidos

pelo estudo. Entretanto, para pesquisas com comparações entre grupos de sujeitos, considera-

se a normatização desnecessária, uma vez que ela será útil à transformação dos dados brutos

do instrumento para resultados os quais gerem de algum modo informações padronizadas e

passíveis de comparação entre grupos de sujeitos do estudo (PASQUALI, 2010).

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4 MÉTODO

4.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO

Trata de um estudo do tipo metodológico com abordagem quantitativa, conduzido em

três etapas: revisão integrativa da literatura, validação semântica e validação clínica, a partir

de um instrumento proposto por Moreira (2011).

O estudo metodológico versa sobre a busca por métodos de obtenção de informações e

condutas rigorosas em investigações científicas para o aperfeiçoamento e/ou

desenvolvimento, de validação e julgamento de ferramentas e métodos de pesquisa. Neste tipo

de estudo, o pesquisador tem por objetivo a construção de um instrumento fundamentado,

fidedigno e aplicável, a ser utilizado por outros pesquisadores e profissionais. A importância

deste tipo de estudo está na utilização de conhecimento científico produzido para elaboração

de novos instrumentos ou adaptações de instrumentos existentes para populações em

diferentes contextos, dispositivos, intervenções ou melhoria de intervenções utilizadas para

fins específicos (POLIT; BECK; HUNGLER, 2011).

Relativo a estudos de natureza quantitativa, o pesquisador tem por objetivo coletar e

mensurar dados e analisá-los com o auxílio de procedimentos estatísticos para este fim

(DYNIEWICZ, 2009).

4.2 PRIMEIRA ETAPA DO ESTUDO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

Em conformidade com a etapa de dimensionalidade do atributo e aplicação do Polo

Teórico de Pasquali (2010), o instrumento selecionado em estudo anterior passou por uma

revisão e adaptação para torná-lo coerente com a população idosa acometida por Febre de

Chikungunya. Destaca-se que, o desenvolvimento de pesquisas utilizando instrumento com

suas definições para o RE Mobilidade em outras situações clínicas foi recomendado por

Moreira em estudo anterior (Moreira, 2016). Assim, buscou-se adaptar o instrumento de

avaliação validado pela mesma autora, à população idosa acometida por Febre de

Chikungunya.

No intuito de adaptar o instrumento construído e validado por Moreira (2011) à

população idosa acometida por Febre de Chikungunya, a primeira etapa do estudo consistiu

em uma revisão integrativa da literatura, cujo método foi proposto por Whittemore e Knalf

(2005).

Esta metodologia de pesquisa viabiliza a síntese do conhecimento científico produzido

atrelado à aplicação efetiva dos resultados oriundos de estudos da prática. É considerada entre

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34

as revisões, a mais ampla abordagem metodológica por incluir investigações experimentais,

não experimentais, dados teóricos e empíricos da literatura, além de conceitos, teorias,

evidências e análises de problemáticas metodológicas voltadas a um conhecimento específico

(SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010; WHITTEMORE; KNALF, 2005).

De acordo com Whittemore e Knalf (2005), cinco etapas compõem a revisão

integrativa da literatura, a saber: estabelecimento da hipótese ou questão de pesquisa,

amostragem ou busca na literatura, categorização dos estudos, avaliação dos estudos incluídos

na revisão e interpretação dos resultados e síntese do conhecimento ou interpretação da

revisão.

Ao considerar os passos descritos anteriormente, a construção da revisão integrativa da

literatura ocorreu fundamentada nas seguintes questões norteadoras: As definições

constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE Mobilidade construídas por

Moreira (2011) são aplicáveis à pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya? Os

doze indicadores presentes no RE Mobilidade da NOC estão presentes em pacientes idosos

acometidos por Febre de Chikungunya?

A busca ocorreu entre os meses de Fevereiro e Abril de 2017. Cada base de dados foi

acessada por um par de pesquisadores, sem comunicação e em computadores distintos até

esgotarem as buscas mediante protocolo de revisão (APÊNDICE A). Para a etapa de busca,

elencou-se as bases de dados: Science Direct, Cochrane, Scopus, PubMed (Public Medline),

CINAHL (Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature), LILACS (Latin

American and Caribean Health Science Literature Database) e Web of Science, acessadas

por meio do Proxy da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) pelo Portal de

periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Com o objetivo de atingir o maior número de produções científicas sobre a temática,

utilizou-se como estratégia de busca os descritores controlados e não controlados para seus

cruzamentos. Para o levantamento dos estudos por busca controlada, elencou-se os descritores

“Aged” e “Health of the Elderly” indexados no MeSH (Medical Subject Headings) e DeCS

(Descritores em Ciências da Saúde), nos idiomas português, inglês e espanhol. Para busca não

controlada, utilizou-se como palavras-chave, “Chikungunya” e os indicadores da NOC para o

RE Mobilidade, conforme elucidam a Figura 1 e quadros 1 e 2.

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35

Figura 2. Descritores utilizados para busca controlada na etapa 2: Busca da Literatura. Natal,

2017. Fonte: Própria pesquisadora.

Quadro 1. Palavras chave para busca na literatura não controlada na etapa 2: Busca na

literatura. Natal, 2017.

Palavras chave para busca

Indicadores do Resultado de Enfermagem

Mobilidade da NOC

Balance

Coordination

Gait

Muscle Movement

Joint Movement

Body Positioning Performance

Transfer Performance

Running

Jumping

Crawling

Walking

Moves With Ease

Palavra chave para busca

Sinonímia utilizada para Febre de

Chikungunya

Chikungunya

A mesma estratégia foi utilizada para os cruzamentos em todas as bases de dados

selecionadas (Quadro 2).

Descritores

MeSH E DeCS

Português

Idoso

Saúde do Idoso

Inglês

Aged

Health of the Elderly

Espanhol

Anciano

Salud del Anciano

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Quadro 2. Estratégia de Busca. Natal, 2017.

Base de dados Estratégia de Busca

Science Direct Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;

Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body

positioning performance; Chikungunya AND Transfer performance;

Chikungunya AND Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya

AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya AND Moves

with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

Cochrane

Scopus

PubMed

CINAHL

LILACS

Web of Science

Para inclusão dos artigos, elencou-se como critério: artigos publicados na íntegra;

disponíveis nas bases de dados pré-selecionadas, sem recorte temporal; disponíveis nos

idiomas inglês, português e espanhol; que respondessem à questão norteadora do estudo. Os

critérios de exclusão foram: produções científicas apenas com resumo disponível e que não

contemplaram o objetivo da revisão integrativa da literatura.

Os resultados da revisão integrativa da literatura contidos nos protocolos de revisão

foram transcritos em texto corrido e analisados lexicalmente pelo Software Interface de R

pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (IRAMUTEQ) versão

0.7 Alpha 2, para uma análise estatística sobre os corpus textuais encontrados pela revisão.

O Software foi utilizado no intuito de garantir maior confiabilidade às informações

obtidas mediante protocolo de revisão para adaptação do instrumento validado. Assim, as

classes originadas a partir do corpus do texto representaram o significado das palavras e

sugeriram elementos ou indicadores pertencentes aos estudos com Febre de Chikungunya.

Para avaliação dos dados, foi realizada uma análise lexical por meio de uma Classificação

Hierárquica Descendente (CHD) e Nuvem de palavras.

4.3 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA

Após adaptação do instrumento a partir da 3ª e 4ª etapa da Psicometria (APÊNDICE

B), iniciou-se a 6ª etapa do método proposto, validação semântica do instrumento adaptado

em cenário clínico real. A 5ª etapa não foi desenvolvida pelo estudo em questão, pois já foi

realizada em estudo anterior por meio de uma análise de conceito (MOREIRA, 2011).

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37

4.3.1 Tipo de Estudo

A validação semântica consiste na verificação de intelegilibidade e adequação dos

itens do instrumento à população a qual ele se destina (PASQUALI, 2010). Para nortear esta

etapa foram utilizadas as recomendações psicométricas proposta por Pasquali (2010) quanto

aos critérios de intelegibilidade e adequação do instrumento.

4.3.2 Local do estudo

A validação semântica foi desenvolvida com enfermeiros que atuavam em Unidades

de Saúde do complexo de saúde da Prefeitura Municipal de Saúde de Natal, responsáveis por

atender os Distritos Sul, Leste, Oeste, Norte I e Norte II, da população de Natal, Rio Grande

do Norte, Brasil, que oferecem assistência à população em todas as faixas etárias, inclusive

idosos. Este complexo de saúde é composto por Unidades de Saúde, incluindo Unidades

Básicas de Saúde, Unidades de Saúde da Família e Unidades Mistas que prestam serviço de

saúde à população. A escolha de realizar estudo neste complexo ocorreu pelo fato de os

indivíduos receberem acompanhamento relacionado à prevenção, promoção e recuperação por

meio de visitas domiciliares e assim, facilitou o acesso aos profissionais e idosos.

4.3.3 População e amostra

A amostra foi composta por doze enfermeiros que atuavam em Unidades de Saúde de

Natal. Para validação semântica, os enfermeiros obedeceram os seguintes critérios de

inclusão: atuar como enfermeiro da Atenção Primária a Saúde há pelo menos um ano e

desempenhar alguma função assistencial à população idosa. Foram excluídos aqueles

enfermeiros em licença médica e/ou férias e os que não prestavam assistência direta à

população idosa.

Os que atenderam aos critérios de elegibilidade foram apresentados à pesquisa e

esclarecidos quanto aos objetivos da investigação científica e, diante do aceite de

participação, procederam com leitura e assinatura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE C).

4.3.4 Procedimento de coleta de dados

Os instrumentos foram entregues à 30 enfermeiros durante um evento promovido pela

SMS de Natal/RN no mês de junho de 2017, com os profissionais pertencentes aos distritos de

Natal/RN. É importante destacar que o evento não foi intencionalmente realizado para a

pesquisa em questão, contudo, oportunizou que os enfermeiros recebessem o instrumento

dispusessem do mesmo período de tempo para avaliá-lo.

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Salienta-se que, durante este primeiro encontro com os profissionais, alguns

enfermeiros já informaram sobre a possível presença de pacientes idosos acometidos por

Febre de Chikungunya atendidos nas respectivas Unidades de Saúde.

Para os enfermeiros que preencheram os critérios e aceitaram participar do estudo, foi

esclarecido o conceito de inteligibilidade, layout (apresentação visual do instrumento) e a

versão do instrumento adaptado composto pelos indicadores, definições constitutivas,

definições operacionais e magnitudes operacionais. Para cada um dos nove indicadores, o

enfermeiro deveria avaliar o instrumento de acordo com a inteligibilidade, além de conter um

espaço para a inserção de comentários e sugestões a respeito do instrumento.

Em conformidade com as recomendações de Pasquali (2010), a verificação de

inteligibilidade dos nove indicadores foi composta por: 1- título do indicador, 2- Definição

constitutiva, 3- Definição operacional e 4- Magnitude operacional sob forma de escala do tipo

Likert de um a cinco. Os enfermeiros foram orientados a considerar para cada item o

instrumento as notas (1) Adequado e (-1) Inadequado. Aqueles considerados inadequados

deveriam conter as possíveis sugestões para mudança a respeito da inteligibilidade do

indicador.

Mediante essas considerações, foi acordado um período máximo de 20 dias úteis para

devolutiva do instrumento. Assim, houve devolutiva de 12 enfermeiros retornaram o

instrumento preenchido, com a assinatura do TCLE.

4.3.5 Organização e análise dos dados

Após devolutiva dos instrumentos, os dados foram tabulados no Microsoft Excel,

versão 2010 e exportados para o pacote estatístico Statistical Package for the Social Siences

(SPSS), versão 20.0, e software livre R, versão 3.0.0. Na análise estatística inferencial, foi

utilizada aplicação do teste binomial o qual permitiu verificar se houve concordância

estatística.

Para isso, foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo (Content Validity Index –

CVI), destinado a avaliar o conteúdo dos itens e do instrumento em relação à

representatividade da medida e considerado válido se, ao computar as avaliações de juízes,

demonstrasse índice de adequação acima de 0,85. Para calcular o CVI dos itens, foi dividido o

número total de juízes que atribuiu escore em uma escala Likert de 1 a 5 pontos, distribuído

em gravemente comprometido a não comprometido pelo total de juízes que avaliaram os

itens. Além disso, aplicou-se o índice de Kappa que permitiu avaliar a concordância entre os

entre juízes dos itens avaliados.

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39

4.4 TERCEIRA ETAPA: VALIDAÇÃO CLÍNICA

Mediante verificação de inteligibilidade do instrumento, iniciou-se a última etapa do

estudo. A validação clínica tem como objetivo confirmar se as definições, títulos e

indicadores construídos são presentes em determinada população na prática clínica. Para a

validação clínica foram seguidas as recomendações psicométricas da 7ª e 8ª etapa, quanto à

seleção da amostra e operacionalização do estudo (PASQUALI, 2010).

Na 7ª etapa determinou-se a seleção da amostra, faixa etária e características

biopsicossociais referentes à população para qual o instrumento foi construído. Antecedente a

coleta de dados propriamente dita, houve a realização de estudo piloto, conforme preconiza a

7ª etapa da Psicometria. O estudo piloto apresenta-se como essencial para testar o instrumento

quanto a sua compreensão pelos avaliadores (PASQUALI, 2010). Na 8ª etapa, ocorreu a

validação clínica, em Unidades de Saúde, cenário já descrito anteriormente.

4.4.1 Tipo de estudo

Estudo transversal, de abordagem quantitativa. Este tipo de estudo busca realizar uma

coleta sistemática que possibilite a obtenção de informações quantificáveis, a partir de

recursos estatísticos. Neste estudo, os fenômenos de interesse do pesquisador são investigados

durante um período de coleta e permitem descrever a situação problema de uma localidade

específica (ALMEIDA FILHO; BARRETO, 2012).

4.4.2 População e amostra

A população foi composta por 90 idosos acometidos por Febre de Chikungunya,

atendidos nas US, pertencentes ao complexo de saúde da Secretaria Municipal de Saúde do

Natal. Considerou-se idoso aquele indivíduo com idade igual ou superior a 60 anos, conforme

preconiza o Estatuto do Idoso (BRASIL, 2003). Para o estudo piloto, considerou-se uma

amostra de quatro pacientes, conforme observado em outros estudos de validação (COSTA,

2014; SILVA et al., 2015; SILVA, 2013), no intuito de observar a variação dos escores e

uniformizar a coleta de dados. Salienta-se que os idosos incluídos no estudo piloto foram

incorporados à amostral final da validação clínica.

Os critérios de inclusão elencados foram: indivíduos com idade igual ou superior a

sessenta anos de idade, notificados com Febre de Chikungunya e com 15 na Escala de Coma

de Glasgow. Como critérios de exclusão: indivíduos com situações de saúde que

comprometessem o resultado do estudo, indivíduos acometidos por Acidente Vascular

Encefálico.

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Uma vez obedecidos os critérios de elegibilidade do estudo, os participantes

selecionados foram convidados a participarem da pesquisa. Os idosos nomeados na ocasião

foram esclarecidos sobre o os objetivos do estudo e procederam com a assinatura do TCLE,

em caso de aceite à participação nesta pesquisa (APÊNDICE D).

Tratando-se de um estudo cujo objetivo é validar um Resultado de Enfermagem,

optou-se por aplicar como critério de inclusão idosos com escore de 15 na Escala de Coma de

Glasgow, indicativo de pleno estado de consciência (Resposta Verbal). A justificativa para tal

pauta-se na necessidade de validar o maior número de indicadores possíveis e na possibilidade

de mensurá-los.

A amostra foi estabelecida conforme recomendado por Pasquali (2010) que preconiza

o quantitativo de cinco a 10 indivíduos para cada item do instrumento. Dessa forma, a amostra

foi constituída conforme o número final de indicadores para a validação clínica. Reitera-se

que o instrumento já validado por Moreira (2011) contém oito indicadores e, após adaptação à

população idosa acometida por Febre de Chikungunya, foi acrescido o indicador Dor

articular, totalizando nove indicadores. Assim, participaram do presente estudo, 90 idosos

acometidos por Febre de Chikungunya.

A seleção das unidades de saúde participantes ocorreu por meio de amostragem por

bola de neve, uma vez que o contato com os enfermeiros iniciou-se na validação semântica e

os profissionais enfermeiros pertencentes às unidades de saúde contatavam novos enfermeiros

por meio de cadeia de contatos para que fossem localizados novos pacientes idosos

acometidos por Febre de Chikungunya.

Os idosos foram selecionados por meio de amostragem por conveniência, de forma

consecutiva. Neste tipo de amostragem, os participantes são convidados a participar do estudo

na medida em que são identificados no período temporal ora disponibilizado para a coleta de

dados e caso concordem com os objetivos propostos pela pesquisa (ALMEIDA FILHO;

BARRETO, 2012).

4.4.3 Seleção, treinamento dos avaliadores e sorteio das duplas de enfermeiros

Os enfermeiros selecionados para coleta de dados eram membros ativos do Núcleo de

Estudos e Pesquisas em Enfermagem Clínica (NEPEC) da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte.

Para seleção dos avaliadores foi estabelecido como critérios: ser enfermeiro com

tempo de atuação de pelo menos um ano, atuar na prática clínica ou fazer parte de grupos de

pesquisas que desenvolvam estudos (DE, intervenções, RE e SAE) na área. Após obedecer

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tais critérios, os enfermeiros foram esclarecidos sobre os objetivos do estudo e caso

aceitassem participar, deveriam assinar o TCLE (APÊNDICE E).

Realizou-se um treinamento de dez horas com os avaliadores antes de dar início à

coleta de dados, cujo objetivo foi capacitar os enfermeiros avaliadores quanto aos aspectos

relacionados ao espectro clínico da doença, bem como a aplicação do instrumento. O

treinamento foi dividido em dois encontros, no Departamento de Enfermagem da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Após o treinamento e participação em todos os encontros, as duplas foram consideras

aptas para participar do estudo. Procedeu-se com o sorteio para verificar quais duplas iriam

realizar a coleta com o instrumento contendo o RE Mobilidade proposto pela NOC

(APÊNDICE F) e com o instrumento com as definições constitutivas, operacionais e

magnitudes operacionais de Moreira (2011) e adaptadas para população do estudo.

Após sorteio, as duplas foram apresentadas separadamente aos instrumentos e a dupla

responsável pelo instrumento proposto pela NOC não teve acesso ao instrumento com as

definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais. Uma cópia dos instrumentos

foi entregue a cada dupla responsável para que pudessem visualizá-lo e sanar as possíveis

dúvidas.

No que tange aos instrumentos é importante destacar que naquele momento, cada

enfermeiro avaliador teve acesso somente ao conteúdo do instrumento por ele empregado nas

avaliações.

4.4.4 Estudo piloto

Quatro pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya participaram do estudo

piloto, que atenderam aos critérios de elegibilidade.

Os pacientes foram avaliados por duas duplas de enfermeiros, mediante os nove

indicadores do RE Mobilidade presentes nos instrumentos com e sem as definições. Assim,

foram realizadas adequações mínimas necessárias e identificados os entraves para

operacionalização da coleta de dados, no sentido de minimizar o viés de coleta. Neste

momento, foram estabelecidos o tempo para cada avaliação e operacionalização junto ao

agente comunitário de saúde para as visitas domiciliares.

4.4.5 Procedimento de coleta de dados

Iniciou-se o procedimento de coleta de dados propriamente dita, após o estudo piloto e

adequação do instrumento adaptado conforme preconiza a 7ª etapa da Psicometria

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(PASQUALI, 2010). Após isto, ocorreu à coleta de dados, em cumprimento ao 8ª passo do

referencial adotado.

Para ambas etapas já descritas acima, a identificação da população do estudo ocorreu

durante a validação semântica com a participação dos enfermeiros pertencentes as Unidades

de Saúde. Neste momento, houve um feedback sobre a presença de idosos notificados com

Febre de Chikungunya, nestes locais. Assim, ainda neste momento inicial, havia um contato

prévio entre a pesquisadora com os enfermeiros que deram esta devolutiva, para uma visita

técnica à Unidade de Saúde e identificação daqueles que preenchiam os critérios de

elegibilidade.

Durante a visita técnica às US, inicialmente, era levantado, a partir do livro de

notificações: o quantitativo de idosos acometidos por Febre de Chikungunya, as

características sociodemográficas e o agente comunitário de saúde responsável pelo idoso.

Após este momento, era agendado com os agentes comunitário de saúde, um dia e horário

para que fossem feitas as visitas domiciliares aos idosos selecionados, e assim verificar seu

consentimento para participar e dar início a coleta de dados.

A coleta de dados ocorreu durante os meses de Julho e a Agosto de 2017, de segunda a

sexta- feira, por meio de visitas domiciliares junto ao agente comunitário de saúde

responsável pelo paciente. Assim, a coleta era feita por duas duplas de enfermeiros

avaliadores, uma com o instrumento do RE Mobilidade proposto pela NOC e outra com o

instrumento do RE Mobilidade com as definições constitutivas e operacionais adaptadas e

construídas para população em questão.

Foi acordado previamente com as duplas de enfermeiros, que para cada paciente, a

coleta de dados com os dois instrumentos seria feita de modo sequencial. Isto porque, buscou-

se evitar viés de espectro, com longos períodos de tempo para a avaliação da dupla

subsequente e minimizar o risco de que os componentes a serem validados fossem calibrados

para próxima dupla de avaliadores.

Optou-se por iniciar a coleta de dados pela dupla de enfermeiros com o RE

Mobilidade proposto pela NOC por conter, no instrumento adaptado à população idosa

acometida por Febre de Chikungunya, testes que podiam ser considerados extensos e

cansativos pelos idosos e assim comprometer o restante da coleta. As duplas de enfermeiros

eram separadas em ambientes distintos do domicílio para que não influenciasse na avaliação.

A coleta era feita sequencial e cada dupla de enfermeiros realizava a coleta ao mesmo

tempo, sem que houvesse comunicação entre a dupla. Por terem sido apresentadas

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previamente aos instrumentos aos quais fariam a avaliação, era estabelecido entre a dupla,

quem conduziria a coleta de dados de cada paciente.

É importante destacar que a enfermeira pesquisadora supervisionou toda a coleta de

dados, sem interferência na avaliação das duplas

4.4.6 Organização e análise dos dados

Após a coleta, todos os dados coletados foram organizados e tabulados no Microsoft

Excel, versão 2010 e exportados para o pacote estatístico Statistical Package for the Social

Sciences (SPSS), versão 20.0, e software livre R, versão 3.0.0.

Neste momento, foram desenvolvidas a 9ª, 11ª e 12ª etapas da Psicometria. A 10ª etapa

alusiva à análise dos itens por meio da TRI, não se aplica ao instrumento utilizado pelo estudo

pois, a sua natureza não o caracteriza como auto aplicável.

Determinou-se a partir da análise descritiva, as frequências, medidas do centro da

distribuição e suas variabilidades. A normalidade dos dados foi constatada a partir do teste

Shapiro-Wilk e adotou-se para todos os testes, o intervalo de confiança de 95% (p≤ 0,05).

Para verificar a diferença de mediana entre as duplas de enfermeiros avaliadores, utilizou-se o

teste de Friedman. O Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) foi mensurado para estipular

a correlação entre as avaliações do RE proposto, pelas duas duplas de enfermeiros avaliadores

com o instrumento com e sem as definições

4.5 ASPECTOS ÉTICOS

Ao considerar os aspectos éticos da pesquisa científica e após anuência da Secretaria

Municipal de Saúde de Natal (ANEXO A), o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética e

Pesquisa (CEP) da UFRN (ANEXO B) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(UFRN) com CAAE 64880017.9.0000.5537. Dessa forma, foram honrados os princípios

éticos e legais que regem a pesquisa científica em seres humanos, preconizados na Resolução

nº. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (BRASIL, 2012).

Além da assinatura do TCLE no momento preconizado realizou-se a apresentação dos

objetivos da pesquisa e posterior a este momento, solicitado a colaboração do responsável em

participar do estudo. Assim, o TCLE foi entregue com concomitante leitura e assinatura desse

documento.

Nesse momento, houve esclarecimento de participação voluntária e, que caso

desejasse, poderia desistir de participar da pesquisa a qualquer momento, ressaltando a

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garantia do seu anonimato e respeito aos princípios bioéticos da beneficência, não-

maleficência, justiça e autonomia (BRASIL, 2012).

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5 RESULTADOS

5.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO DESENVOLVIDO POR

MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA

ACOMETIDA PELA FEBRE DE CHIKUNGUNYA

A partir da busca, selecionou-se 5884 títulos, dos quais 873 foram identificados na

Science Direct, 1628 na Scopus, 1651 PubMed, 1703 na Web of Science, três na LILACS,

três Cochrane, 23 na CINAHL. Para primeira leitura dos títulos e resumos foram selecionados

86 artigos, dos quais 23 eram da Science Direct, 17 da Scopus, 20 PubMed, 22 Web of

Science, zero LILACS, zero Cochrane e quatro na CINAHL. Mediante os artigos

selecionados e após serem removidas as duplicidades, foram obtidos 35 artigos para leitura na

íntegra, dos quais 10 foram excluídos, constituindo uma amostra de 25 artigos. Foram

acrescidas aos artigos selecionados, três produções selecionadas a partir de busca reversa da

literatura. Assim amostra final da revisão integrativa da literatura foi constituída de 28 artigos

(Figura 3).

Figura 3. Fluxograma de seleção dos estudos a partir de revisão integrativa da literatura.

Natal, 2017. Fonte: Própria pesquisadora.

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Originalmente construído por Moreira (2011) o instrumento validado em estudo

anterior é composto por oito indicadores, com as respectivas definições constitutivas,

operacionais e magnitudes operacionais para população com déficit de mobilidade pós AVE.

Fazem parte do instrumento os indicadores: Equilíbrio, Coordenação, Marcha, Andar,

Movimento dos músculos, Movimento das articulações, Desempenho no posicionamento do

corpo e Desempenho na transferência (MOREIRA, 2011).

A partir de uma aplicação em 38 pacientes, o instrumento foi validado em um

ambulatório de neurologia referência em tratamento de pessoas que sofreram AVE, no

nordeste brasileiro (MOREIRA, 2011).

Como técnica de preenchimento, o instrumento utiliza uma escala do tipo Likert de

cinco pontos, a qual mensura de 1 a 5 para “Gravemente comprometido”, “Muito

comprometido”, “Moderadamente comprometido”, “Levemente comprometido” e “Não

comprometido”, respectivamente.

Mediante essas informações, a adaptação do instrumento para população idosa

acometida por Febre de Chikungunya ocorreu por meio de revisão integrativa da literatura. O

corpus da análise das produções científicas sobre Febre de Chikungunya em idosos se deu por

meio do levantamento de 28 artigos lidos na íntegra de forma exaustiva e as informações

consideradas relevantes foram extraídas e preenchidas mediante protocolo de revisão. A

apresentação dos artigos que correspondem aos indicadores do RE Mobilidade da NOC estão

expostos no Quadro 3.

Quadro 3- Artigos que abordaram os indicadores do RE Mobilidade apresentado pela NOC.

Natal, 2017.

Publicações selecionadas por Revisão Integrativa da Literatura e busca reversa

Indicadores aplicáveis Autor/Ano/Local

Equilíbrio DAS et al., 2010 (França);

JAFFAR-BANDJEE et al., 2009 (França);

FOISSAC et al., 2015 (França);

DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012(França);

POO et al., 2014 (Austrália).

Coordenação SCHILTE et al., 2013 (França).

Marcha DAS et al., 2010 (França);

GARDNER et al., 2012 (EUA);

VAN AALST et al., 2017 (Holanda);

WANG; TAMBYAH, 2015 (Singapura);

POO et al., 2014 (Austrália);

MATHEW et al., 2011 (India).

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Movimento dos músculos THIBERVILLE et al., 2013 (França);

MARIMOUTOU et al., 2015 (França);

MASRI, 2015 (EUA).

Movimento das articulações THIBERVILLE et al., 2013 (França);

MARIMOUTOU et al., 2015 (França);

GARDNER et al., 2012 (EUA);

WADHWANI, 2013 (India);

MATHEW; RAVINDRAN, 2014 (India);

WANG; TAMBYAH, 2015 (Singapura);

RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,

2010 (Sri Lanka);

MANIMUNDA et al., 2010 (India);

CHOW et al., 2011 (Singapura);

REDDY et al., 2017 (India);

GUNN et al., 2012 (EUA);

COUTURIER et al., 2012 (França);

ANDRADE et al., 2010 (França);

SAAG; BENNETT, 1987 (EUA);

KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).

Desempenho no posicionamento do corpo MASRI, 2015 (EUA);

RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,

2010 (Sri Lanka);

BLETTERY et al., 2016 (França);

SISSOKO et al., 2009 (França).

Desempenho na transferência MARIMOUTOU et al., 2015 (França);

KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).

Andar DAS et al., 2010. (França);

RAJAPAKSE; RODRIGO; RAJAPAKSE,

2010 (Sri Lanka);

MANIMUNDA et al., 2010 (India);

DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012(França);

POO et al., 2014 (Austrália);

ALLA; COMBE, 2011 (França);

KULARATNE et al., 2012 (Sri Lanka).

Indicador adicionado Autor/Ano/Local

Dor articular COUTURIER et al., 2012 (França);

SISSOKO et al., 2009 (França);

ANDRADE et al., 2010 (França);

BORGHERINI et al., 2008 (França).

Mediante levantamento das publicações selecionadas, observa-se que a Febre de

Chikungunya é tema de estudos em diferentes localidades do mundo. Entre os países, destaca-

se a França com 13 (46,4%) artigos, Índia com cinco (17,9%) e EUA com quatro (14,3%)

publicações.

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48

Referente ao ano das produções científicas, estes variaram de 1987 a 2017 com

predomínio de estudos realizados nos últimos cinco anos (60,7%). Dentre as produções,

destacaram-se os estudos de revisão (32,1%), seguidos de estudos de coorte (25,0%), ensaios

clínicos (14,3%), estudos transversais (10,7%), revisões sistemáticas (7,1%), estudos de caso-

controle, estudos de caso e carta ao editor (3,6%).

Cada estudo selecionado para revisão integrativa forneceu subsídio para verificar a

adequação dos indicadores para população idosa com Febre de Chikungunya, bem como as

definições constitutivas e operacionais desenvolvidas e validadas em estudo anterior

(MOREIRA, 2011).

A Classificação Hierárquica Descendente (CHD) deu origem a cinco classes

compostas por segmentos de texto diferentes entre si. Foram identificados na análise do

Dendograma dois grandes eixos temáticos, o primeiro relacionado a artigos que priorizam as

manifestações clínicas agudas e caracterização da doença. O segundo eixo é composto por

estudos que abordaram os sinais e sintomas duradouros e as incapacidades relacionadas à fase

subaguda e crônica da Febre de Chikungunya. A partir dos dois grandes eixos, emergiram

cinco classes lexicais, cada uma composta por vocabulários e segmentos do texto que versam

sobre a mesma linguagem.

Denominou-se como primeiro eixo “Espectro clínico da fase aguda” da qual

emergiram a classe 2 e a classe 3, compostos por 37,8% dos estudos selecionados. Do

segundo eixo intitulado “Espectro clínico das fases subaguda e crônica” originaram as classes

4,1 e 5, das quais fazem parte 62,2% das produções científicas. A distribuição dos eixos por

classe pode ser visualizado na figura 4.

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49

Figura 4. Dendograma representativo em classes, porcentagem e indicadores que se

destacaram nos estudos sobre Febre de Chikungunya em idosos. Natal, 2017. Fonte:

Própria Pesquisadora.

Os indicadores para o RE Mobilidade presentes na NOC: Rastejar, Pular, Correr e

Movimentos realizados com facilidade não foram evidenciados nos estudos selecionados para

revisão mediante análise do corpus, portanto, não fizeram parte da composição do

instrumento.

A análise do corpus textual pela Nuvem de palavras representou graficamente a

frequência das palavras encontradas nos artigos. Ademais, possibilitou identificação de um

novo indicador relevante para mensuração do comprometimento articular e reestabelecimento

da mobilidade comprometida pela Febre de Chikungunya. Deste modo, além dos oito

indicadores existentes e validados, foi acrescido ao instrumento, o indicador: Dor articular,

conforme elucida a figura 5.

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50

Figura 5. Análise do corpus textual pela nuvem de palavras dos estudos selecionados.

Natal, 2017.

5.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO ADAPTADO

À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA

Após a adaptação, o instrumento foi entregue à avaliação de 12 enfermeiros que

atuavam junto à população do estudo. Além de avaliar a inteligibilidade do instrumento, os

enfermeiros da validação semântica preencheram dados sociodemográficos e de formação

profissional, os quais permitiram estabelecer o perfil desta amostra.

Assim, esta etapa do estudo foi composta em sua totalidade por enfermeiros do sexo

feminino (100%), em uma amostra de distribuição assimétrica (p<0,05), com uma mediana de

54,0 anos de idade e tempo de atuação com mediana de 26,5 anos. Com relação à titulação,

58,33% dos enfermeiros possuíam graduação, seguidos de 33,34% de mestres e 8,33% com

título de doutor. Referente à área de atuação, 83,33% atuavam exclusivamente na atenção

primária à saúde enquanto que 16,67% conciliavam a atenção primária à saúde e área

hospitalar, conforme elucida a Tabela 1.

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51

Tabela 1. Caracterização sociodemográfica dos enfermeiros participantes da validação

semântica. Natal, 2017.

Variáveis N %

Titulação

Graduação 7 58,33

Mestre 4 33,34

Doutor 1 8,33

Universidade de

Formação

UFRN 10 83,33

UERN 1 8,33

UFPB 1 8,33

Área de atuação Atenção Primária 10 83,33

Atenção Primária/Hospitalar 2 16,67

Estatística descritiva das variáveis demográficas dos juízes

Variáveis Mínimo Máxim

o

25% Mediana 75% Média DP CV Valor-p*

Idade 39,00 59,00 52,00 54,00 56,00 52,83 5,51 10,42 0,030

Tempo de

atuação 13,00 32,00 14,50 26,50 30,50 23,42 7,82 33,40 0,027

Legenda: *Teste Shapiro-Wilk.

Na tabela 2, são apresentadas as taxas de concordância dos enfermeiros em relação ao

critério psicométrico de inteligibilidade dos indicadores presentes no instrumento, a partir do

teste binomial.

Tabela 2. Índice de concordância dos enfermeiros quanto à inteligibilidade dos indicadores e

seus componentes, a partir dos índices de IVC e Kappa. Natal, 2017.

Indicadores IVC* Kappa

Equilíbrio 0,92 0,83

Coordenação 1,00 1,00

Marcha 1,00 1,00

Andar 1,00 1,00

Movimento dos músculos 1,00 1,00

Movimento das articulações 1,00 1,00

Desempenho no posicionamento do corpo 1,00 1,00

Desempenho na transferência 0,83 0,70

Dor articular 0,92 0,83

Legenda: *IVC: Índice de Validade de Conteúdo

Conforme estabelecido como ponte de corte de igual o superior a 0,85 cujos itens

abaixo deste valor são classificados como inadequado, a análise pelo IVC demonstrou que

oito indicadores ultrapassaram o índice de concordância estabelecido, exceto o indicador

“Desempenho na transferência” com concordância de 0,83 como resultado do teste binomial.

Além disso, observou-se que o coeficiente geral de Kappa obteve valores superior ou igual a

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52

0,70, sendo classificada de forma geral como concordância quase perfeita das dimensões

avaliadas.

5.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA

Conforme elucida a Tabela 3, participaram da terceira etapa do estudo, 90 pacientes

idosos acometidos por Febre de Chikungunya, destes 75,56% eram do sexo masculino com

mediana de idade de 70,0 anos, 44,45% eram casados. Em relação à escolaridade, a maioria

(57,78%) tinha ensino fundamental incompleto, 68,89% eram aposentados e 67,78% com

renda familiar de até um salário mínimo.

As variáveis clínicas de idade, tempo de ocorrência e persistência dos sintomas

evidenciaram distribuição assimétrica (p<0,05). Para o tempo de ocorrência da doença, a

mediana foi de 1,42 anos com persistência dos sintomas com mediana de 1,29 anos.

Tabela 3. Caracterização sociodemográfica dos pacientes idosos acometidos por Febre de

Chikungunya. Natal, 2017.

Variáveis N %

Sexo Masculino 68 75,56

Feminino 22 24,44

Faixa etária Até 70 anos 47 52,22

Acima de 70 anos 43 47,78

Estado civil

Casado 40 44,45

Solteiro 24 26,67

Viúvo 22 24,44

Divorciado 4 4,44

Grau de escolaridade

Analfabeto 18 20,00

Ensino fundamental incompleto 52 57,78

Ensino fundamental completo 8 8,89

Ensino médio incompleto 4 4,44

Ensino médio completo 7 7,78

Ensino superior completo 1 1,11

Ocupação

Aposentado (a) 62 68,89

Pensionista 16 17,79

Dona de casa 6 6,66

Autônomo (a) 2 2,22

Auxiliar de Serviços Gerais 1 1,11

Agente Comunitário de Saúde 1 1,11

Diarista 1 1,11

Vendedor (a) 1 1,11

Renda familiar

Até 1 salário mínimo 61 67,78

2 - 3 salários mínimos 21 23,33

Acima de 3 salários mínimos 8 8,89

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Variáveis N %

Variáveis Mínimo Máximo 25% Mediana 75% Média DP CV Valor-p*

Idade 60,00 93,00 65,00 70,00 77,00 70,91 7,78 10,97 0,003

Tempo de

ocorrência 0,06 2,58 1,00 1,42 1,50 1,32 0,42 32,11 < 0,001

Persistência

dos

sintomas

0,03 2,58 0,58 1,29 1,50 1,10 0,56 51,34 < 0,001

Legenda: *Teste Shapiro-Wilk.

O espectro clínico dos pacientes apresentados na tabela a seguir (Tabela 4),

demonstrou que 83,33% encontrava-se na fase crônica da doença. Referente ao tipo de lesão,

68,89% apresenta poliartralgia, 18,89% possuía edemas simétricos e mialgia, 12,22%

artralgia, enquanto que 15,56% não referiu e não apresentava nenhum tipo de lesão. Apenas

4,44% dos pacientes informou usar algum de dispositivo auxiliar para deambulação após o

acometimento por Febre de Chikungunya, sendo citado o uso da bengala.

A respeito do tipo de poliartralgia, 90,32% apresentava simetria. Os locais atingidos

foram joelhos (80,65%), pés (77,42%), mãos (75,81%), punhos (74,19%) e tornozelos

(69,35). A artralgia apresentou-se simétrica em 81,82% e acometeu o joelho (54,55%). Ainda

relativo às localidades das lesões, a mialgia ocorreu, sobretudo, nos braços (82,35%) e pernas

(35,29%). E os edemas presentes, principalmente nos pés (58,89%) e joelhos (35,29%).

Referente às situações clínicas, 75 pacientes (83,3%) apresentavam pelo menos uma

comorbidade e 15 (16,7%) não referiram nenhuma doença preexistente. No que diz respeito a

estes primeiros, 85,3% era hipertenso, 44,0% diabético, 25,3% apresentava artrite, 13,3%

artrose e 10,7% osteoporose.

Tabela 4. Dados clínicos dos pacientes idosos acometidos pela Febre de Chikungunya, Natal,

2017.

Variáveis N %

Comorbidades Sim 75 83,3

Não 15 16,7

Tipos de comorbidades*

Hipertensão Arterial Sistêmica 64 85,3

Diabetes mellitus 33 44,0

Artrite 19 25,3

Artrose 11 13,3

Osteoporose 8 10,7

Fase da doença

Aguda 2 2,22

Sub-aguda 13 14,45

Crônica 75 83,33

Sinais e sintomas*

Poliartralgia 62 68,89

Edema simétrico 17 18,89

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Variáveis N %

Mialgia 17 18,89

Artralgia 11 12,22

Sem lesões 14 15,56

Uso de dispositivo auxiliar

após a doença

Não 86 95,56

Sim 4 4,44

Legenda: *Os pacientes podiam apresentar mais de uma comorbidade, ou sinais e sintomas.

Na tabela 5 expõe-se a comparação entre a média dos postos do RE Mobilidade entre

os avaliadores com e sem definições dos indicadores

Tabela 5. Comparação entre a média dos postos do RE Mobilidade entre os avaliadores com

e sem definições dos indicadores. Natal, 2017.

Indicador

Com definições Sem definições

Valor p* Avaliador Avaliador

1 2 1 2

Equilíbrio 4,42 4,41 4,06 4,00 <0,001

Coordenação 4,13 4,22 4,18 4,20 0,751

Marcha 4,13 4,13 4,06 4,24 0,314

Andar 3,79 3,89 4,24 4,49 <0,001

Movimento dos

músculos

3,90 3,74 4,37 4,44 <0,001

Movimento das

articulações

4,39 4,38 3,94 4,07 <0,001

Desempenho no

posicionamento do

corpo

3,24 3,36 4,46 4,41 <0,001

Desempenho na

transferência

4,02 4,11 4,27 4,33 0,001

Dor articular 2,50 2,54 3,90 4,14 <0,001

Legenda: *Teste Friedman

Ao aplicar a análise de variância não paramétrica pelo teste de Friedman, sete

indicadores mostraram diferenças estatísticas entre as inferências feitas pelos avaliadores para

cada paciente, exceto para os indicadores Coordenação e Marcha.

Para os indicadores Equilíbrio, Andar, Movimento das articulações e Dor articular, as

diferenças foram principalmente entre os avaliadores 1 e 2 responsáveis pelo instrumento sem

as definições. Os indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do

corpo e Desempenho na transferência apresentaram avaliações distintas entre os avaliadores 1

e 2 que utilizaram o instrumento com as definições.

Nos indicadores de Equilíbrio e Movimento das articulações temos que as avaliações

do instrumento com definição apresentaram a maior magnitude operacional. Enquanto que

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nos indicadores Andar, Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do corpo,

Desempenho na transferência e Dor articular, temos os avaliadores do instrumento sem

definição apresentaram a maior magnitude operacional.

Na Tabela 6 é apresentado o Coeficiente de Correlação Intraclasse, intervalo de

confiança e valor p atribuído para cada indicador da escala.

Tabela 6. Apresentação do Coeficiente de Correlação Intraclasse, entre os grupos de

avaliadores com e sem as definições dos indicadores do RE Mobilidade. Natal, 2017.

Indicador

Avaliações dos instrumentos

com definições

Avaliações dos instrumentos

sem definições

CCI¹ IC 95% Valor p* CCI¹ IC 95% Valor p*

Equilíbrio 0,901 0,850 - 0,935 < 0,001 0,789 0,679 - 0,861 < 0,001

Coordenação 0,851 0,773 - 0,902 < 0,001 0,480 0,209 - 0,657 0,001

Marcha 0,856 0,781 - 0,905 < 0,001 0,741 0,607 - 0,830 < 0,001

Andar 0,809 0,709 - 0,874 < 0,001 0,641 0,455 - 0,764 < 0,001

Movimento dos

músculos 0,821 0,728 - 0,882 < 0,001 0,566 0,341 - 0,714 < 0,001

Movimento das

articulações 0,821 0,728 - 0,882 < 0,001 0,623 0,427 - 0,752 < 0,001

Desempenho

no

posicionamento

do corpo

0,806 0,705 - 0,872 < 0,001 0,712 0,563 - 0,811 < 0,001

Desempenho

na

transferência

0,775 0,658 - 0,852 < 0,001 0,776 0,660 - 0,853 < 0,001

Dor articular 0,973 0,959 - 0,982 < 0,001 0,634 0,443 - 0,759 < 0,001

Legenda: *Teste de Friedman; ¹Coeficiente de Correlação Intraclasse; IC: Intervalo de

Confiança.

Através do CCI, temos que para os avaliadores que utilizaram o instrumento com as

definições, todos os indicadores avaliados apresentaram um CCI ≥ 0,75, sendo classificado

como um coeficiente excelente. Para os avaliadores que utilizaram o instrumento sem as

definições, temos CCI < 0,75 para os indicadores Coordenação, Marcha, Andar, Movimento

dos músculos e Movimento das articulações, Desempenho no posicionamento do corpo e Dor

articular.

Para um nível de significância de 5%, apenas o indicador desempenho na transferência

apresentou CCI aproximado entre as avaliações das duplas com e sem as definições

constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do RE Mobilidade. Os demais

apresentaram superioridade para as avaliações com o instrumento composto pelas definições

constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais.

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Nos avaliadores que utilizaram o instrumento com as definições, os indicadores,

Equilíbrio, Coordenação, Marcha, Andar, Movimento dos músculos, Movimento das

articulações, Desempenho no posicionamento do corpo e Dor articular identificou-se maior

correlação entre os avaliadores que utilizaram o instrumento com as definições, quando

comparados àqueles que utilizaram o instrumento sem as definições. Para o indicador

Desempenho na transferência houve maior correlação entre os avaliadores que utilizaram o

instrumento sem as definições.

Destaca-se que o novo indicador “Dor Articular” acrescido ao instrumento apresentou

dentre todos, o maior CCI (0,973), classificado como concordância quase perfeita.

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6 DISCUSSÃO

6.1 PRIMEIRA ETAPA: ADAPTAÇÃO DO INSTRUMENTO DESENVOLVIDO POR

MOREIRA (2011) E CONSTRUÇÃO DE NOVO INDICADOR À POPULAÇÃO IDOSA

ACOMETIDA PELA FEBRE DE CHIKUNGUNYA

De acordo com os achados da revisão integrativa, foi possível observar o quantitativo

expressivo, de estudos realizados na França e Índia sobre a Febre de Chikungunya quando

comparados a outras localidades do mundo. Esta realidade pode ser reflexo do interesse de

pesquisadores em estudar as primeiras regiões documentadas em que ocorreram os surtos de

infecção, epidemias e mutações relacionadas ao vírus registradas no continente asiático e nas

Ilhas da Reunião, pertencente ao território Francês, no Continente Europeu (PATTERSON;

SAMMON; GARG, 2016).

A classe 2 pertencente ao primeiro eixo “Espectro clínico da fase aguda”, corresponde

a 17,8% do corpus do texto e suas produções concentram-se nos anos de 2015-2017. A classe

trata da relação entre a doença e o processo infeccioso causado por ela. Foi possível a partir

dos segmentos desta classe identificar os indicadores Coordenação Motora e Desempenho no

posicionamento do corpo.

A Coordenação motora consiste na conexão entre o cérebro e os músculos e

articulações para realização de movimento de forma articulada e coordenada. Este indicador é

relevante para população do estudo, pois a artralgia causada pela doença é capaz de acarretar

em rigidez dos membros e articulações principalmente pela manhã. A rigidez matinal pode

impedir a realização de alguns movimentos e exige de alguns indivíduos acometidos pela

doença, alongamento com tempo médio de 30 minutos (MOREIRA, 2011; SCHILTE et al.,

2013).

O Desempenho no posicionamento do corpo caracteriza-se pelo alinhamento e sentido

de posição do corpo, em relação ao centro de gravidade, centro de massa e base de apoio.

Classicamente, os indivíduos acometidos pela doença, adotam uma posição encurvada ao

andar. O posicionamento do corpo funciona como uma adaptação às fortes dores articulares

debilitantes e mialgia. Destaca-se que o nome Febre de Chikungunya deriva do

posicionamento encurvado adotado pelos doentes acometidos pelo vírus (MOREIRA, 2011;

JAFFAR-BANDJEE et al., 2009; MASRI, 2015; RAJAPAKSE et al., 2010; BLETTERY et

al., 2016).

A classe 3, ainda no eixo “Espectro clínico da fase aguda”, equivale a 20,0% do

corpus textual e é composta, predominantemente, por publicações entre os anos de 2011 a

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2012. Os artigos que compõem esta classe tratam do processo infeccioso agudo da doença,

alterações cutâneas e especialmente de mobilidade e artralgia debilitante, decorrentes da

Febre de Chikungunya.

Os segmentos dos textos viabilizaram reconhecer o indicador Equilíbrio. Entendido

como a possibilidade de manter o corpo em posição estável sem que haja movimentos

oscilatórios bruscos, o indicador se aplica a população idosa com Febre de Chikungunya,

pois, o desequilíbrio mecânico causado pelas articulações atingidas e consequente a perda de

equilíbrio apresentou-se como uma das condições mais afetadas pela doença, além de

dificultar a mobilidade e caminhada (MOREIRA, 2011; JAFFAR-BANDJEE et al., 2009;

FOISSAC, 2015; DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).

No tocante ao eixo 2 “Espectro clínico da fase subaguda e crônica”, a classe 4

corresponde a 20% do corpus e tem suas produções mais centradas no ano de 2015. A classe

remete-se a estudos voltados para o comprometimento duradouro, a exemplo das mialgias. Na

maioria das vezes simétricas e bilaterais, as dores musculares são mais intensas em pacientes

idosos e os estudos apontam relatos de persistência de mialgia por meses ou anos (MASRI,

2015; MARIMOUTOU et al., 2015; VAN AALST et al., 2017). Esta classe de análise

proporcionou a identificação do indicador Movimento dos músculos.

Movimento dos músculos é a possibilidade de realizar movimentos variados como

flexão, extensão e rotação, a partir da coordenação de grupos musculares. Os distúrbios

músculo esquelético e as mialgias ocasionadas pela infecção do vírus e referidas pelos idosos

acometidos pela doença, podem comprometer o movimento dos músculos, sobretudo pelas

dores e sintomatologia, em algumas situações, incapacitante, aumentarem de intensidade com

a idade avançada (MOREIRA, 2011; MASRI, 2015; MARIMOUTOU et al., 2015; VAN

AALST et al., 2017).

A classe de análise 1 corresponde a 17,8% do corpus do texto e apontou uma

concentração de produção entre os anos de 2009-2011. Os segmentos de textos presentes

nesta classe versam sobre o comprometimento das articulações afetadas pela Febre de

Chikungunya e as consequentes dores, bem como os edemas articulares oriundos deste

processo (MANIMUNDAet al., 2010; ALLA; COMBE, 2011; BORGHERINI et al., 2008).

Assim, os indicadores Movimento das articulações e o novo indicador Dor articular fazem

parte desta classe.

O Movimento das articulações é realizado por grupos articulares e relacionam-se com

a capacidade de realizar: abdução, adução, flexão, flexão plantar, dorsiflexão, flexão palmar,

extensão, rotação, pronação, supinação, oposição, inversão e eversão (MOREIRA, 2011).

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O comprometimento articular causado pela Febre de Chikungunya é comum aos

indivíduos afetados, principalmente à população idosa. A sintomatologia da fase aguda em

geral desaparece em até duas semanas, contudo, artralgia e/ou mialgia podem permanecer por

semanas, meses ou anos (DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).

A artralgia debilitante é sintomatologia clássica da doença, relatada por indivíduos

sintomáticos. Geralmente os indivíduos assintomáticos são aqueles com até 25 anos. As dores

articulares envolvidas na doença são em sua maioria, bilaterais, simétricas, e envolvem

grandes e pequenas articulações presentes nos membros superiores e inferiores. Dores

articulares nos pulsos, cotovelos, dedos, joelhos e tornozelos são mais comuns, embora

quadril e ombro também possam ser relatados. O desenvolvimento de artrite crônica pós

Febre de Chikungunya e deformidades nas articulações das mãos também pode ocorrer

(MANIMUNDA et al., 2010; ALLA; COMBE, 2011).

Embora a persistência da artralgia não esteja esclarecida em sua totalidade, acredita-se

que exista um mimetismo molecular entre o vírus causador da doença e a persistência destes

em macrófagos. Dessa forma, a presença do vírus nas articulações pode levar a inflamação

local crônica e assim causar dor (REDDY et al., 2017; DUPUIS-MAGUIRAGA et al., 2012).

A partir da revisão observou-se a necessidade de inclusão do novo indicador: Dor

articular. Este indicador é relevante para população idosa com Febre de Chikungunya, uma

vez que o comprometimento articular duradouro é tido como um dos principais

acometimentos dos indivíduos infectados pelo vírus CHIKV.

Juntamente a isto, a idade (> 40 anos) apresentou-se como um importante fator de

risco para a intensidade dos sintomas. Nesse contexto, acredita-se que quanto mais idoso o

indivíduo for, maior comprometimento e consequente dor articular ele apresentará. Desse

modo, uma vez validado e incluído no instrumento, o indicador Dor articular poderá ser

importante para mensurar e direcionar de forma mais consistente as ações de Enfermagem aos

longevos com Febre de Chikungunya. (MOREIRA, 2011; REDDY et al., 2017; DUPUIS-

MAGUIRAGA et al., 2012; COUTURIER et al., 2012)

Assim, o indicador Dor articular corresponde à dor contínua ou intermitente, que

relaciona-se à infecção pelo vírus CHIKV. Considera-se dor contínua aquela que o indivíduo

referia está presente todos os dias. Para a dor referida como intermitente, será considerado a

localização mais recente de dor. A dor articular pode ser apresentada em uma ou mais

articulações e, por vezes, pode ser acompanhada de edema e ser provocada em algumas

situações pela presença de movimento (BORGHERINI et al., 2008).

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60

A classe 5 foi composta por 24,4% do corpus textual e reuniu majoritariamente, os

estudos publicados entre os anos de 2010 e 2011. Esta classe relaciona-se a temáticas sobre a

qualidade de vida da população acometida pela Febre de Chikungunya, o comprometimento

relativo à Marcha e a movimentação desses indivíduos (MARIMOUTOU et al., 2015;

KULARATNE et al., 2012; MANIMUNDA et al., 2010; DAS et al., 2010). A referida classe

permitiu identificar os indicadores Marcha, Andar, e Desempenho na transferência.

A Marcha é a capacidade ou o modo de andar, desenvolvida a partir de movimentos

coordenados e cíclicos dos membros inferiores e assim permitir o deslocamento corporal de

um local para outro. A limitação de movimento proveniente da Febre de Chikungunya é

decorrente das fortes dores articulares e edemas nas articulações. Assim, sinais como marcha

alterada podem ser manifestados nesta população. Isto porque os edemas podem causar

desconforto e dificultar a aderência dos pés no chão (MOREIRA, 2011; DAS et al., 2010;

GARDNER et al., 2012; VAN AALST et al., 2017; WANG; TAMBYAH, 2015; POO et al.,

2014; MATHEW et al., 2011).

Andar é a capacidade de dar passos para o movimento. Relaciona-se com a condição

de desempenhar tarefas que envolvam a mobilidade de maneira ágil ou demorada. O

comprometimento articular de joelho, tornozelo e membros inferiores, causado pela Febre de

Chikungunya caracteriza a população acometida por uma caminhada encurvada. Os membros

inferiores afetados e as articulações envolvidas denotam uma singularidade na caminhada,

representada por um andar que arrasta os pés e pernas (MOREIRA, 2011; DAS et al., 2010;

RAJAPAKSE et al., 2010; MANIMUNDA et al., 2010; DUPUIS-MAGUIRAGA et al.,

2012; POO et al., 2014; ALLA; COMBE, 2011).

O Desempenho na transferência é a capacidade de deslocar o corpo de um lugar para

outro ou de uma superfície para outra. A rigidez articular discutida anteriormente e

evidenciada por estudos também é capaz de dificultar a transferência do idoso acometido pela

Febre de Chikungunya. Por ser dolorosa e ocasionar momentos de incapacitação, sobretudo

matinais, o desempenho na transferência pode limitar tanto a mobilidade do indivíduo para os

diferentes ambientes de um mesmo lugar, como também para lugares distintos (MOREIRA,

2011; MARIMOUTOU et al., 2015; KULARATNE et al., 2012).

Salienta-se que apesar de não estarem incluídos no instrumento validado em estudo

anterior (MOREIRA, 2011), acredita-se que os indicadores do Resultado de Enfermagem

Mobilidade da NOC como Correr, Pular, Rastejar e Movimentos realizados com facilidade

não foram apresentados pelos estudos selecionados por não terem relação os sinais clínicos e

as incapacidades relacionadas à Febre de Chikungunya na população idosa.

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Esta etapa permitiu a adaptação do instrumento ora validado, para população idosa

com Febre de Chikungunya. Deste modo, foi possível observar que o instrumento se aplica à

população em questão e sua adaptação contribuirá com as demais etapas do estudo.

6.2 SEGUNDA ETAPA: VALIDAÇÃO SEMÂNTICA DO INSTRUMENTO ADAPTADO

À POPULAÇÃO IDOSA ACOMETIDA POR FEBRE DE CHIKUNGUNYA

Investigações científicas com foco na validação com Resultado de Enfermagem

Mobilidade em diferentes situações clínicas foi recomendado por Moreira (2016) em estudo

anterior, ao assegurar que a fidedignidade e exequibilidade de um instrumento necessitam de

um processo contínuo de aperfeiçoamento com base em pesquisas.

A análise semântica é considerada uma etapa para construção de instrumentos,

utilizada por diversos tipos de estudo. Pela complexidade a qual envolve instrumentos de

coleta de dados, é considerada por alguns autores, como fundamental para realização das

etapas subsequentes (FELIPE et al., 2016; GALDEANO et al., 2011; RODRIGUES et al.,

2014; SANTOS et al., 2016; FUZISSAKI, 2012).

O processo de validação semântica consiste na análise da compreensão dos itens de

um instrumento. A finalidade desta etapa consiste em identificar a partir da inteligibilidade

dos enfermeiros da prática clínica, o nível de compreensão, os termos utilizados em um

instrumento e as possíveis dificuldades encontradas em sua utilização pela população para

qual ele foi construído (PASQUALI, 2010).

Neste caso, ao tratar de um instrumento para ser utilizado pelo enfermeiro no intuito

de mensurar o grau de comprometimento da mobilidade do idoso acometido por Febre de

Chikungunya, a garantia de sua a inteligibilidade favoreceu o êxito para sua utilização na

prática clínica de Enfermagem.

Todos os enfermeiros da validação semântica consideraram o instrumento relevante à

população idosa acometida por Febre de Chikungunya. Acredita-se que o contexto da Febre

de Chikungunya no Brasil, os primeiros surtos e casos autóctones reportados pelos Boletins

Epidemiológicos a partir de 2014 contribuiu para esta afirmativa (AZEVEDO; OLIVEIRA;

VASCONCELOS, 2015).

A composição de enfermeiros graduados até a titulação de doutor conferiu validade

aparente do teste, pois, seguindo as recomendações de Pasquali (2010), devem ser inclusos

profissionais com níveis de formação acadêmica distintos até doutores (PASQUALI, 2010).

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A partir do teste binomial, identificou-se a necessidade de adequação e revisão do

indicador “Desempenho na transferência”, uma vez que não houve compreensão e clareza dos

seus componentes quanto à inteligibilidade. Para o indicador “Desempenho na transferência”

os enfermeiros que o julgaram como não inteligível sugeriram substituir na definição

conceitual, o termo “centrada em” por “efetuada por” e discorreram sobre o excesso de itens a

serem realizados na definição operacional e a repetição de ações. Ademais, sugeriram

modificar o termo “de uma superfície para outra” por “de um nível para o outro”.

As adequações de inteligibilidade citadas acima foram feitas e compuseram a versão

final do instrumento. Os demais indicadores validados semanticamente também foram

inseridos na versão final do instrumento para etapa de validação clínica, contudo, sem

necessidade de adequações.

Muito embora o indicador “Desempenho na transferência” não tenha sido considerado

inteligível a partir dos critérios adotados, acredita-se que o processo de validação semântica

do RE Mobilidade pelos enfermeiros foi válido para os demais indicadores. Entretanto, ao

considerar a solicitação de adequações em somente um indicador, optou-se por não retornar a

versão final do instrumento a uma nova validação semântica, mas sim, adequar conforme

requerido e prosseguir para a etapa de validação clínica do instrumento.

6.3 TERCEIRA ETAPA DO ESTUDO: VALIDAÇÃO CLÍNICA

Conforme os resultados apresentados na terceira etapa destaca-se a importância de

estudos de validação clínica com foco nos resultados de Enfermagem propostos pela NOC.

Tais estudos capazes de mensurar o grau de comprometimento de indivíduos em diferentes

situações de saúde, ainda são considerados pouco desenvolvidos (OLIVEIRA, 2013),

sobretudo, com abordagem à população idosa acometida por Febre de Chikungunya.

Ao analisar a caracterização sociodemográfica dos pacientes, o resultado corrobora

com estudo desenvolvido na França, o qual acompanhou por seis anos, pacientes expostos à

doença em 2006 em ilhas da Reunião, e investigação científica em Singapura cujo objetivo foi

de detalhar as características clínicas e laboratoriais de pacientes com Febre de Chikungunya,

ambos com predominância do sexo masculino para a infecção. Contudo, também foi

encontrada associação com o sexo feminino em pesquisas (MARIMOTOU et al., 2015; WIN

et al., 2010; ZEANA et al., 2016; AALST et al., 2017)

No que diz respeito à faixa etária, não existe um consenso entre as pesquisas, quanto à

a faixa etária mais atingida, conquanto estudos apontem que idosos, pacientes com

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comorbidades, gestantes e crianças menores de dois anos de idade, quando acometidas pela

doença, devem receber acompanhamento ambulatorial pela susceptibilidade a desenvolver

formas graves ou atípicas da doença. Ao particularizar a mediana de idade (70,0 anos) da

população idosa do estudo, o destaque para o desenvolvimento de um instrumento de medida

com foco nesta população está em consonância com Guia de Manejo Clínico para Febre de

Chikungunya, o qual aponta a população idosa como grupo de risco para o óbito pela doença

(BRASIL, 2017; ZEANA et al., 2016; HONÓRIO et al., 2015).

De acordo com o tempo de ocorrência da Febre de Chikungunya, o estudo obteve

como mediana 1,42 anos, desde que o paciente apresentou as primeiras manifestações da

doença. Assim, o período em que estes pacientes apresentaram infecção concorda com dados

epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde sobre o ano de 2016 e complementa

que a região Nordeste apresentou maior incidência por Febre de Chikungunya, quando

comparado às demais regiões do país. O estado do Rio Grande do Norte encontra-se no topo

das taxas de incidência com 718,5 casos/100 mil habitantes (BRASIL, 2016).

Ademais, a relação entre o tempo de ocorrência (1,42 anos) e a persistência dos

sintomas (1,29 anos) condiz com estudo prospectivo o qual identificou que as dores

articulares impactaram na qualidade de vida dos pacientes com relatos de persistência até seis

anos após a doença. Estudos indicam a durabilidade dos sintomas, sobretudo durante o

primeiro ano após a infecção aguda. Contudo, pesquisas verificaram que o tempo de

persistência dos sintomas e recuperação varia, com relatos de indivíduos sintomáticos mesmo

seis a oito anos após Febre de Chikungunya (CASTRO; LIMA; NASCIMENTO, 2016;

MARIMOTOU et al., 2015; AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015).

Dadas estas características, alguns pacientes apresentam dificuldade em classificar-se

como curado ou não, mesmo após dois anos de infecção, entende-se que as dores articulares

persistentes ou recidivas podem acarretar em impacto psicológico significativo. Atrelado a

isto, o avançar da idade diminui a taxa de recuperação foi menos frequente em indivíduos

acima dos 50 anos (MARIMOTOU et al., 2015; COUTURIER et al., 2012).

No tocante às doenças subjacentes, 83,3% dos pacientes apresentavam pelo menos

uma comorbidade. Análogo a este resultado, um estudo que acompanhou indivíduos com

Febre de Chikungunya por dois anos identificou que as comorbidades estavam presentes em

60% dos indivíduos, com faixa etária entre seis e 82 anos de idade. Com destaque para

osteoporose, diabetes mellitus, cardiopatias, neuropatias, artrite e depressão (COUTURIER et

al., 2012).

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Sobre isto, o documento de Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya

no Brasil, divulgado em 2014 identifica que além do avanço da idade, as comorbidades tem

sido identificadas como importante fator de risco para evolução desfavorável da doença.

Indivíduos com idade acima dos 65 anos apresentam taxa de mortalidade 50 vezes mais, do

que adultos jovens. Além isto, sinais de gravidade como descompensação de doenças de base

podem ser relatados e devem ser acompanhados em instituições hospitalares (BRASIL, 2014;

BRASIL, 2017; MARQUES et al., 2017).

A presença de múltiplas comorbidades na população do estudo reflete a realidade

brasileira da população senil, pois, com o processo de transição demográfica e

envelhecimento populacional no Brasil, elevou-se o número de doenças crônico degenerativas

em idosos. A citada pesquisa constatou que problemas de visão, hipertensão arterial e

depressão, são as problemáticas mais presentes nesta população (BARBOSA, 2009).

Muito embora já tenham sido identificada relação entre a Febre de Chikungunya e

doenças crônicas, não foram estabelecidas relações causais até o momento. Contudo, estudos

reportam que doenças cardiovasculares, diabetes, e doenças articulares pré-existentes tem sido

identificadas como fator de risco para cronicidade dos sintomas e desenvolvimento de artrite

pós Febre de Chikungunya (GOUPIL; MORES, 2016).

O espectro clínico da doença mais prevalente foi a fase crônica da Febre de

Chikungunya, com 83,33% dos idosos. Isto pode ser explicado, pois, fatores preditores como

idade acima de 45 anos, presença de comorbidades e dores articulares intensas na fase aguda,

são preditores para a persistência dos sintomas até a fase crônica da doença. A cronificação

dos sintomas apresenta-se de forma variada e são citados como prevalentes em mais da

metade dos indivíduos acometidos. Nesta fase, estudos apontam o acometimento das

articulações persistente ou recidivante constitui-se uma das principais sintomatologias

apresentadas, acompanhado ou não de edema (BRASIL, 2017; TAUIL, 2014).

A poliartralgia que ocorreu em 68,89% dos idosos tem sido identificada em mais de

90% dos pacientes acometidos pela Febre de Chikugunya. As demais manifestações como

edemas em membros inferiores, mialgia e artralgia também são observadas em outros estudos

(BRASIL, 2017; CANELLA, 2017; GOUPIL; MORES, 2016).

A inexistência de lesões em 15,56% dos indivíduos atrela-se ao fato de que alguns

podem ser acometidos e apresentarem a forma assintomática da doença. Este quadro vem

sendo descrito com variações de 3 a 30% de indivíduos assintomáticos. Pesquisa sobre uma

abordagem terapêutica na fase tardia da doença constatou diminuição do quadro álgico e

consequente melhora na qualidade de vida do paciente. Ademais, nem sempre os indivíduos

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doentes alcançam a fase crônica da doença e desta forma, os sintomas podem desaparecer

após o período de infecção (AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015; CASTRO;

LIMA; NASCIMENTO, 2016; RIBEIRO et al., 2016).

No que diz respeito ao uso de dispositivos auxiliares para locomoção, é precipitado

associar o uso de bengala de alguns idosos, à doença, uma vez que a própria senescência e a

presença de comorbidades podem estar associada à diminuição das capacidades funcionais

(TAVARES; DIAS, 2012). No presente estudo, apesar dos comprometimentos, este

dispositivo foi pouco frequente.

As lesões articulares, sobretudo as simétricas (90,32%) apresentam-se em

concordância com investigações científicas nacionais e internacionais. Estes estudos

esclarecem ainda que apesar de incomum, assimetrias podem acontecer. Todavia, as lesões

articulares em extremidades distais são mais relatadas, a exemplo dos pulsos, articulações

metacarpianas e interfalangeanas além de tornozelos e articulações metatarsofalangeanas. Os

joelhos também são comumente afetados (GOUPIL; MORES, 2016; DONALÍSIO;

FREITAS, 2015; AZEVEDO; OLIVEIRA; VASCONCELOS, 2015).

Em relação à análise de avaliação entre as duplas de enfermeiros avaliadores, não

foram identificadas diferenças estatísticas significantes entre os indicadores Coordenação e

Marcha. Este resultado tende a relacionar-se à possibilidade de realizar avaliação destes dois

indicadores em situações clínicas distintas, não exclusivamente à Febre de Chikungunya.

Apesar disto, estes indicadores são considerados de suma importância para avaliar o paciente

idoso acometido pela doença. Tal dado difere de pesquisa anterior, a qual utilizou o mesmo

RE para pacientes com AVE (MOREIRA, et al., 2016).

No tocante aos demais indicadores, foram observadas diferenças estatísticas ao

comparar as avaliações da dupla de enfermeiros que utilizou o instrumento com definições e a

dupla sem as definições. Isto pode ser resultado da presença, no instrumento adaptado, de

definições descritas e parâmetros que poderiam auxiliar o enfermeiro em operacionalizar

algum teste e auxiliar na escolha adequada da magnitude operacional de gravemente

comprometido até não comprometido, quando comparado à dupla de enfermeiros que utilizou

o instrumento da NOC (LOPES; SILVA; ARAÚJO, 2013; OLIVEIRA, 2013).

Diferenças estatísticas significantes para os indicadores Equilíbrio, Andar, Movimento

das articulações e Dor articular foram verificadas principalmente entre os avaliadores

responsáveis pelo instrumento sem as definições e pode estar atrelada à questão dos

indicadores da NOC para o RE Mobilidade não serem suficientes para responder as

necessidades do paciente idoso acometido por Febre de Chikungunya. Este fato corrobora

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com investigações científicas que utilizaram outros RE da taxonomia NOC, pois o avaliador

mensura o grau de comprometimento do indivíduo mediante avaliação individualizada

(VITOR, ARAÚJO, 2011; OLIVEIRA et al., 2015). Contudo, a taxonomia pode apresentar-se

como suficiente para responder aos indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no

posicionamento do corpo e Desempenho na transferência no contexto desta população, uma

vez que ocorreram avaliações distintas entre os que utilizaram o instrumento com as

definições.

Ao comparar as duplas de avaliadores que utilizaram o instrumento com e sem as

definições, a partir de uma análise do CCI, apesar de todos os indicadores serem classificados

com coeficiente excelente, o indicador Desempenho na transferência apresentou CCI superior

ao utilizar o instrumento sem as definições. Assim, sugere-se a possibilidade de que as

definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais construídas para este

indicador não sejam adequadas para à população do estudo. Nesse sentido, é oportuno

remeter-se à validação semântica desenvolvida em etapa anterior deste mesmo estudo.

Na validação semântica, o indicador “Desempenho na transferência” não foi

adequadamente compreendido pelos enfermeiros da referida etapa. Contudo, mesmo após as

adequações sugeridas, os resultados da validação clínica indicam que suas definições não

foram suficientes para a etapa de validação clínica e confirmam a necessidade de mudanças

ou clarificações do conteúdo proposto pelo indicador. Além disso, acredita-se que este

resultado poderia ter sido diferente caso o instrumento, após alterações semânticas, tivesse

sido retornado às enfermeiras da segunda etapa. Nesse sentido, suscita a necessidade de

revisar este indicador em outra oportunidade.

Ao analisar o RE na população do estudo mediante os dois testes estatísticos, tem-se

que os resultados foram satisfatórios para maioria dos indicadores presentes no instrumento

com as definições. Assim, utilizar o instrumento adaptado à população idosa acometida por

Febre de Chikungunya permite uma avaliação mais consistente e concordante pelos

enfermeiros da prática, realidade encontrada em outros estudos (OLIVEIRA, 2013; COSTA et

al., 2017; SANTOS; MELO; LOPES, 2010; SILVA et al., 2011; MOREIRA, 2011).

É importante relatar que o indicador desenvolvido especificamente para a população

do estudo, Dor articular, apresentou mediante análise de CCI, maior valor (0,973) entre os

enfermeiros avaliadores que utilizaram o instrumento com definições e entre todos os outros

indicadores do estudo, reiterando a importância deste para a população do estudo. Confirma

ainda que as definições construídas são relevantes para proceder a avaliação sobre os idosos

acometidos por Febre de Chikungunya.

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Embora exista uma variedade de estudos desenvolvidos em diversas localidades do

mundo, com foco na Febre de Chikungunya, pesquisas cuja temática atrele-se à medidas de

prevenção e tratamento da doença, relacionam-se quase em sua totalidade, ao principal vetor

da Febre de Chikungunya. Nesse sentido, aponta-se para a realização de investigações

científicas adicionais, sobretudo na área de Enfermagem, com foco nos indivíduos acometidos

pela doença, principalmente na população senil. Este número reduzido de estudos de

Enfermagem e Febre de Chikungunya em idosos foi fator dificultador para comparação dos

achados com outros estudos.

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7 CONCLUSÃO

O presente estudo foi realizado em três etapas, quando a primeira etapa oportunizou

constatar a necessidade de assistência de Enfermagem voltada à população idosa acometida

por Febre de Chikungunya, a partir da identificação dos sinais e sintomas duradouros e

incapacitantes, verificados nos estudos selecionados. O fato de a amostra ter sido constituída

em sua totalidade por estudos internacionais reforça a premência de investigações científicas

brasileiras sobre a doença com foco na pessoa idosa.

O estudo permitiu adaptar o instrumento ora validado para a população idosa

acometida por Febre de Chikungunya e oportunizou a identificação de um novo indicador

(Dor articular) para compor o instrumento e a construção de sua definição constitutiva,

operacional e magnitude operacional.

Para a segunda etapa do estudo, acredita-se que a etapa de validação semântica foi

considerada fundamental para a inteligibilidade do instrumento. Cita-se como limitação desta

fase, o número de enfermeiros participantes desta etapa e reconhece a possibilidade de

submeter o instrumento a uma nova rodada de avaliações quanto à inteligibilidade, em

especial para o indicador Desempenho na transferência. Acredita-se que submeter este

instrumento a uma nova rodada é relevante uma vez que ele se relaciona com deslocamento

de níveis e pode gerar outros agravos idoso como o aumento de ocorrência de quedas.

Relativo à terceira etapa do estudo ao analisar o CCI, observou-se que para oito dos

indicadores as avaliações apresentaram maior concordância e correlação para os enfermeiros

que utilizaram o instrumento com as definições constitutivas, operacionais e magnitudes

operacionais. Pela análise do teste de Friedman, a maioria dos indicadores apresentou

consistência superior para os enfermeiros com o instrumento que utilizaram as definições.

Contudo, os indicadores Movimento dos músculos, Desempenho no posicionamento do corpo

e Desempenho na transferência suficientemente respondidos, mediante julgamento com a

aplicação do instrumento da NOC.

Deste modo, foi possível observar que o instrumento aplicou-se adequadamente à

população em questão e sua adaptação contribuiu para mensurar os resultados da assistência

prestada pelos enfermeiros frente aos acometimentos da doença.

Como limitações do estudo, elenca-se a dificuldade em identificar se as limitações

encontradas a partir das avaliações dos idosos, eram oriundas do processo infeccioso ou da

própria senescência do indivíduo acometido. Por fim, o reduzido número de estudos de

Enfermagem sobre a relação da doença e a população idosa, dificultando a discussão dos

resultados.

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Sugere-se que outras investigações científicas de Enfermagem sejam realizadas nesta

população, no intuito de fornecer subsídios para os profissionais de saúde assistirem de forma

efetiva, o idoso acometido pela Febre de Chikungunya, de modo a minimizar os agravos de

saúde e identificar as situações de risco na população senil.

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76

APÊNDICES

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77

APÊNDICE A- PROTOCOLO DE REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

PROTOCOLO - REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

TEMA: Adaptação e aplicabilidade das definições constitutivas e operacionais do resultado

de Enfermagem Mobilidade à pacientes idosos com Febre de Chikungunya

OBJETIVO: Adaptar e avaliar a aplicabilidade de um Resultado de Enfermagem baseado

na Nursing Outcomes Classification para população idosa com Febre de Chikungunya.

QUESTÕES NORTEADORAS: As definições constitutivas, operacionais e magnitudes

operacionais do RE Mobilidade construídas por Moreira (2011), são aplicáveis à pacientes

idosos acometidos por Febre de Chikungunya? Os doze indicadores presentes no RE

Mobilidade da NOC estão presentes em pacientes idosos acometidos por Febre de

Chikungunya?

ESTRATÉGIA DE BUSCA

o BASE DE DADOS 1: SCIENCE DIRECT

o BASE DE DADOS 2: COCHRANE

o BASE DE DADOS 3: SCOPUS

o BASE DE DADOS 4: PUBMED

o BASE DE DADOS 5: CINAHL

o BASE DE DADOS 6: LILACS

o BASE DE DADOS 7:WEB OF SCIENCE

PALAVRAS-CHAVE

1 CHIKUNGUNYA

2 BALANCE

3 COORDINATION

4 GAIT

5 MUSCLE MOVEMENT

6 JOINT MOVEMENT

7 BODY POSITIONING

8 TRANSFER PERFORMANCE

9 RUNNING

10 JUMPING

11 CRAWLING

12 WALKING

13 MOVES WITH EASE

DESCRITORES

14 AGED

15 HEALTH OF THE ELDERLY

CRUZAMENTOS

• SCIENCE DIRECT: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND

Coordination; Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;

Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body positioning

performance; Chikungunya AND Transfer performance; Chikungunya AND

Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya

AND Walking; Chikungunya AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged;

Chikungunya AND Health of the Elderly.

• COCHRANE: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND

Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya

AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND

Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya

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78

AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

• SCOPUS: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND

Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya

AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND

Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking;Chikungunya

AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

• PUBMED: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND

Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya

AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND

Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya

AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

• CINAHL: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND

Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya

AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND

Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya

AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

• LILACS: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND Coordination;

Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement; Chikungunya AND

Joint movement; Chikungunya AND Body positioning performance; Chikungunya

AND Transfer performance; Chikungunya AND Running; Chikungunya AND

Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya AND Walking; Chikungunya

AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged; Chikungunya AND Health of the

Elderly.

• WEB OF SCIENCE: Chikungunya AND Balance; Chikungunya AND

Coordination; Chikungunya AND Gait; Chikungunya AND Muscle movement;

Chikungunya AND Joint movement; Chikungunya AND Body positioning

performance; Chikungunya AND Transfer performance; Chikungunya AND

Running; Chikungunya AND Jumping; Chikungunya AND Crawling; Chikungunya

AND Walking; Chikungunya AND Moves with ease; Chikungunya AND Aged;

Chikungunya AND Health of the Elderly.

SELEÇÃO DOS ESTUDOS

CRITÉRIOS DE INCLUSÃO:

1. Artigos na íntegra disponíveis nas bases de dados pré selecionadas;

2. Artigos disponíveis nos idiomas inglês, português e espanhol;

3. Artigos que versem sobre a relação da Febre de Chikungunya com limitação da

mobilidade em idosos.

CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:

1. Produções científicas que disponibilizem somente o resumo;

2. Artigos que não contemplem o objetivo da revisão integrativa.

ESTRATÉGIA PARA AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS

o Os artigos serão lidos na íntegra e posteriormente categorizados por semelhança de

idéias.

SÍNTESE DOS ESTUDOS SELECIONADOS

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79

o Os dados serão apresentados e descritos mediante quadros e tabelas.

INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS PARA REVISÃO INTEGRATIVA

DA LITERATURA

INFORMAÇÕES SOBRE A PUBLICAÇÃO

Título do artigo

Base de dados indexadas

Autores

País

Idioma

Ano de publicação

DADOS REFERENTE A REALIZAÇÃO DO ESTUDO

País

Instituição

Pós graduação

Periódico de Enfermagem

Periódico da área de idoso

Periódico da área da saúde em geral

QUESTÕES METODOLÓGICAS E TEMÁTICAS DO ESTUDO

Metodologia utilizada

Abordagem

Objetivo da produção científica

Aspectos gerais sobre a Febre de

Chikungunya

Consequências relacionadas à Febre

de Chikungunya

Limitações causadas pela Febre de

Chikungunya

INDICADORES DO RESULTADO DE ENFERMAGEM MOBILIDADE

Equilíbrio

Coordenação

Marcha

Andar

Movimento dos músculos

Movimento das articulações

Desempenho no posicionamento do

corpo

Desempenho na transferência

Correr

Pular

Rastejar

Movimentos desempenhados com

facilidade

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80

APÊNDICE B - INSTRUMENTO CONSTRUÍDO E VALIDADO POR MOREIRA

(2011), ADAPTADO À POPULAÇÃO COM FEBRE DE CHIKUNGUNYA

Iniciais do nome:

Mobilidade física

Definição: Capacidade da pessoa movimentar-se de uma posição postural para outra ou de um local para

outro, de forma independente, com utilização ou não de dispositivo auxiliar.

Escala: 1 – Gravemente comprometido; 2 – Muito comprometido; 3- Moderadamente comprometido; 4 –

Levemente comprometido 5 – Não comprometido.

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Equilíbrio

O equilíbrio é a condição na

qual todas as forças que

atuam sobre o

corpo são equilibradas. É a

capacidade de manter o

centro gravitacional corporal

estável, posição ereta, dentro

dos limites de estabilidade de

apoio ou base de suporte.

Ao aplicar Berg

Balance Scale,

pedir para o

paciente realizar as

seguintes

atividades:

- mudar da posição

sentada para a

posição ereta;

- ficar na posição

ereta sem apoio; - sentar sem apoio;

- mudar da posição

ereta para sentada;

- realizar

transferências;

- ficar na posição

ereta com os olhos

fechados;

- ficar na posição

ereta com os pés

juntos;

- reclinar à frente

com os braços

estendidos;

- apanhar objeto no

chão;

- virar-se para

olhar para trás;

- girar 360º;

- colocar os pés

alternadamente

sobre um banco;

- ficar na posição

ereta com um pé

1

Não é capaz de

realizar as

atividades de

equilíbrio.

2

Capaz de

realizar de uma

a quatro

atividades de

equilíbrio.

3

Capaz de

realizar de

cinco a oito

atividades de

equilíbrio.

4

Capaz de

realizar de

nove a doze

atividades de

equilíbrio.

5

Capaz de

realizar de treze a

dezessete

atividades de

equilíbrio.

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81

Em frente ao outro;

- ficar na posição

ereta apoiado em

um pé só.

- Desenhar em um

papel.

- Recortar um

papel.

- Encaixar uma

peça de um jogo.

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

- Pedir para o Incapaz de

paciente com os 1 realizar ambos

Olhos fechados e os testes.

braços estendidos

2

Capaz de

realizar no

máximo um

dos testes com

muita

dificuldade e

com

movimentos

lentos.

realizar o teste do

dedo-nariz.

Observar se ele

toca a ponta do

Próprio nariz em

cada dedo

indicador,

alternando as mãos

e aumentando a

3

Capaz de

realizar os dois

testes com

muita

dificuldade e

com

movimentos

lentos

velocidade.

Coordenação

motora

Coordenação motora é a

relação entre elementos

envolvidos na realização de

movimentos decorrente da

integração entre comando

central (cérebro) e unidades

motoras dos músculos e

articulações que funcionam

de modo articulado.

- Pedir para o

paciente realizar o

teste de

movimentos

alternados rápidos.

Observar se o

paciente

alternadamente

prona e supina suas

mãos, como ao

4

Capaz de

realizar os dois

testes

sem

dificuldades,

mas com

movimentos

lentos.

Bater

alternadamente

com a palma e o

5

Capaz de

realizar os dois

testes sem

dificuldades e

com

movimentos

rápidos.

dorso da mão sobre

a coxa ou sobre a

Palma ou o dorso

da outramão ou

imitar trocar uma

Lâmpada ou girar

uma maçaneta.

Observar se estes

movimentos foram

executados o mais

rápido possível.

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

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82

Aplicar o teste de

marcha de Tinneti:

Observar se o

início da marcha é: - Após comando(0)

- imediato (1).

Observar

comprimento e

altura dos passos:

Perna direita em

balanceio:

- não passa o

membro esquerdo

(0)

- passa o membro

esquerdo(1)

- o pé direito não

se afasta

completamente do

solo com o passo

(0)

- o pé direito se

afasta

completamente do

solo(1).

Perna esquerda em

balanceio:

- não passa o

membro direito(0)

- passa o membro

direito(1)

- o pé esquerdo não

se afasta

completamente do

solo com o passo

(0)

- o pé esquerdo se

afasta

completamente do

solo(1).

Observar simetria

dos passos:

- passos do pé

direito e esquerdo

desiguais(0)

- passos do pé

direito e esquerdo

Não obtém

pontuação na

1 escala de

marcha de

Tinetti.

2

Obtém de 0 a

3 pontos na

escala de

marcha de

Tinetti.

Ato ou efeito de marchar.

3

Obtém de 4 a 6

pontos na escala de

marcha de

Tinetti.

Jornada a pé. Modo de

andar. Passo cadenciado.

4

Obtém de 7 a 9

pontos na

escala de

marcha de

Tinetti.

Habilidade motora

extremamente complexa,

composta por uma sequência

de movimentos cíclicos dos

5

Obtémde10 a

12 pontos na

escala de

marcha de

Tinetti.

membros inferiores que

geram deslocament o do

corpo. Durante sua

execução, há sucessivos

movimentos intrínsecos

Marcha ocasionados pela

transferência de peso de um

pé para outro, mas é possível

obter um deslocamento

estável, mantendo-se a

proporção do centro de

gravidade continuamente

entre os dois pés. A marcha

inicia-se quando o calcanhar

de um membro toca o solo e

Termina quando o calcanhar

do mesmo membro toca

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83

novamente o solo. parecem iguais (1).

Observar

continuidade dos

passos:

- parada ou

descontinuidade

entre os passos(0)

- passos parecem

contínuos(1).

Observar desvio

em linha reta

(distância

aproximadade3m

x 30cm):

- desvio marcado

(0)

- desvio leve e

moderado(1)

- usa dispositivo de

auxílio à marcha

(2).

- Observar tronco:

oscilação marcada

ou usa dispositivo

de auxílio à marcha

(0)

- sem oscilação,

mas com flexão de

joelhos ou dor

lombar ou afasta os

braços enquanto

anda(1)

- sem oscilação,

sem flexão, sem

uso dos braços ou

de dispositivo de

auxílio à marcha

(2).

Observar base de

apoio:

-calcanhares

afastados(0)

- calcanhares quase

se tocando durante

a marcha(1).

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Andar

Movimentar-se, dando

passos. Movimentar-se por

impulso próprio ou não.

Mover-se. Envolve regiões

corticais, subcorticais e

espinhais. É a capacidade de

executar as atividades que

envolvem a mobilidade, tais

como subir e descer degraus,

virar, fazer transferências,

andar de forma rápida e lenta

as distâncias especificadas.

Pedir para o

paciente realizar as

seguintes

atividades:

- caminhar de 3 a 6

metros.

- Andar em aclive

- Andar em declive

- Subir escadas

1

Incapaz de

executar alguma

destas atividades.

2

Capaz de

executar uma das

atividades com ou

sem ajuda de

pessoas ou

mecanismos

auxiliares.

3

Capaz de

executar duas

destas atividades

com ou sem ajuda

de pessoas ou

mecanismos

auxiliares.

4 Capaz

executar

destas

de

três

atividades com ou

sem ajuda de

pessoas ou

mecanismos

auxiliares.

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84

5

Capaz de

executar de

forma independente

todas estas

atividades.

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Movimento dos

músculos

Por meio da coordenação dos

grupos musculares, o corpo é

capaz de realizar uma grande

variedade de movimentos. A

contração muscular produz

vários movimentos. São eles:

Flexão: curvatura de uma

articulação.

Extensão: estiramento em

uma articulação.

Abdução: movimento de

afastamento a partir da linha

média.

Adução: movimento no

sentido da linha média.

Rotação: girar em torno de

um eixo específico.

Circundação: movimento

semelhante ao cone.

Supinação: virar para cima.

Pronação: virar para baixo.

Inversão: virar para dentro.

Eversao: virar para fora.

Protração: empurrar para

diante.

Retração: puxar para trás.

Pedir para o

paciente realizar os

movimentos de

flexão, extensão,

abdução, adução,

rotação,

circundação,

supinação,

pronação, inversão,

eversão, protração

e retração dos

músculos dos

membros

superiores e

inferiores. Avaliar

a força muscular de

cada movimento.

Graduação da força

muscular:

0.Nenhuma

contração

1. Ligeira

contração

2.Amplitude do

movimento plena

com eliminação da

gravidade

(movimentação

passiva)

3. Amplitude do

movimento

plena com a

gravidade

4. Amplitude do

movimento

plena contra a

gravidade,

alguma

resistência

5. Amplitude do

movimento

plena contra a

gravidade,

resistência

1

Apresenta

graduação 0 da

força muscular.

2

Apresenta

graduação 1 ou

2 da força

muscular.

3 Apresenta

graduação 3 da

força muscular.

4 Apresenta

graduação 4 da

força muscular.

5

Apresenta

graduação 5 da

força muscular.

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85

Plena

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Movimento das

articulações

As articulações possuem os

seguintes movimentos:

Abdução: movimento

distanciando-se da linha

média do corpo.

Adução: movimento em

direção à linha média do

corpo.

Flexão: inclinação de uma

articulação tal que o ângulo

da articulação diminui.

Extensão: o retorno do

movimento decorrente da

flexão; o ângulo da

articulação é aumentado.

Rotação: ato de virar ou

movimentar uma parte em

torno de seu próprio eixo.

Interna: vira para dentro, em

direção ao centro. Externa:

vira para fora distante do

centro.

Dorsiflexão: movimento que

flexiona ou inclina a mão

para trás, em direção ao

corpo, ou o pé em direção à

perna.

Flexão palmar: movimento

que flete ou inclina a mão

em direção à palma.

Flexão plantar: movimento

que flete ou inclina o pé em

direção à sola.

Pronação: rotação do

antebraço de forma que a

palma da mão fica para

baixo.

Supinação: rotação do

antebraço de modo que a

palma da mão fica para cima.

Oposição: toque do polegar

em cada ponta do dedo da

mesma mão.

Inversão: movimento que

vira a sola do pé para dentro.

Eversão: movimento que

vira a sola do pé para fora.

Pedir para o

paciente realizar os

movimentos de:

- flexão, extensão,

flexão lateral e

rotação da cabeça e

pescoço;

- flexão, extensão,

abdução, adução,

rotação interna e

externa dos

ombros;

- flexão e extensão

dos cotovelos;

- flexão, extensão,

supinação,

pronação e

hiperextensão dos

punhos e mãos;

- flexão, extensão,

abdução, adução e

oposição do

polegar aos dedos

das mãos;

- flexão, extensão,

abdução, adução,

rotação interna e

externa do quadril;

- flexão e extensão

dos joelhos;

- dorsiflexão,

flexão plantar,

inversão e eversão

dos tornozelos e

pés;

- flexão, extensão,

abdução e adução

dos dedos dospés.

1

Incapaz de

realizar algum

destes

movimentos

das

articulações.

2

Capaz de

realizar deum a

três

movimentos

das

articulações.

3

Capaz de

realizar de

quatro a cinco

movimentos

das

articulações.

4

Capaz de

realizar de seis

a sete

movimentos

das

articulações.

5

Capaz de

realizar de oito

a nove

movimentos

das

articulações.

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86

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Desempenho no

posicionamento

do corpo

O desempenho no

posicionamento do corpo

envolve alinhamento e

sentido de posição. O

alinhamento é a

posição do corpo em relação

à gravidade, centro de massa

e base de apoio. O sentido de

posição é a percepção da

posição do corpo ou de suas

partes no espaço.

Realizar o teste de

cinestesia:

Pedir para o

paciente ficar de

olhos fechados e

segurar o dedo

lateralmente da

mão ou o primeiro

dedo do pé do

paciente e mover

para cima e para

baixo, exercendo

tão pouca pressão

quanto possível

para eliminar

indicações de

variações na

pressão. Pedir para

o paciente indicar a

posição do

movimento.

Observar se o

paciente consegue

detectar

movimentos de

alguns milímetros e

se tem perda do

sentido posicional.

1

Incapaz de

detectar

movimentos e

tem perda do

sentido

posicional.

2

Capaz de

detectar no

máximo

grandes

movimentos e

tem perda do

sentido

posicional.

3

Capaz de

detectar no

máximo

grandes

movimentos e

mantém a

noção do

sentido

posicional por

no máximo 10

segundos.

4

Capaz de

detectar

grandes

movimentos e

pequenos

movimentos e

mantém a

noção do

sentido

posicional por

no máximo 30

segundos.

5

Capaz de

detectar

movimentos de

alguns

milímetros e indica a

posição correta

dos

movimentos

por tempo

indeterminado.

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

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87

Desempenho na

transferência

Atividade efetuada por em

deslocar o corpo de um nível

para o outro

Pedir para o

paciente transferir-

se:

-Para ou do vaso

sanitário

-Para ou da cadeira

higiênica

-Para dentro ou

para fora do

chuveiro

-Entre superfícies

de níveis diferentes

-Da cadeira para o

carro

-Do carro para a

cadeira

-Da cadeira para o

chão

-Do chão para a

cadeira

-Da posição em pé

para o chão

-Do chão para a

posição em pé

-Da cadeira para

posição em pé

-Da posição em pé

para cadeira

-Da cama para

posição em pé

-Da posição em pé

para cama

-Da cama para

cadeira

-Da cadeira para a

cama

1

Incapaz de

realizar alguma

das

transferências.

2

Capaz de

realizar de uma

a quatro

transferências.

3

4

5

Capaz de

realizar de cinco

a oito

transferências

Capaz de

realizar de

nove a doze

transferências

Capaz de

realizar de

treze a

dezesseis

transferências

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88

INDICADOR

DEFINIÇÃO

CONCEITUAL

DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

MAGNITUDE DA DEFINIÇÃO

OPERACIONAL

( )1 ( )2 ( )3 ( )4 ( )5

Dor articular

Dor contínua ou intermitente,

principalmente nas

articulações das mãos,

punhos, joelhos, tornozelos,

pés, que relaciona-se a

infecção pelo vírus CHIKV

Perguntar ao

paciente se ele sente

dor articular nas

seguintes

articulações:

1-das mãos

2- dos punhos

3- dos joelhos

4- tornozelos

5- pés

Perguntar ao

paciente a gravidade

da deficiência

artrítica lhe causa

dor de:

1- Dor para realizar

atividades de vida

diária

2-Dor para andar a

3- Dor aos pequenos

esforços

4- Dor aos médios

esforços

5- Sem dor

1

Sente dor nas

cinco

articulações ou

refere dor para

realizar

atividades de

vida diária

2

Sente dor em 4

ou 3 articulações

ou refere dor ao

andar a pé

3

Sente dor em

pelo menos 2

articulações ou

refere dor aos

pequenos

esforços

4

Sente dor em

pelo menos 1

articulações ou

refere dor aos

médios esforços

5

Não sente dor

em nenhum

articulação.

Caracterização sociodemográfica e clínica do indivíduo

1.Informações referentes ao paciente

Nome (Iniciais): ___________________________________________________

Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade (em anos completos):____________

Estado Civil: __________Escolaridade: Analfabeto ( ) Fundamental incompleto ( )

Fundamental completo ( ) Médio incompleto ( ) Médio completo ( ) Superior incompleto ( )

Superior completo Profissão: ______________________Ocupação: _________________

Renda familiar: ____________________ Unidade de Saúde:_______________________

Comorbidades:______________________________________________________________

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89

2. Caracterização da Febre de Chikungunya

Tempo de ocorrência da Febre de Chikungunya:_______

Persistência dos sintomas: ________________

Fase da doença:

(A) Aguda (Até 14 dias)

(B) Sub-aguda (Dores articulares persistentes até 3 meses)

(C) Crônica ( Dores articulares persistentes por mais de 3 meses)

Comprometimento físico afeta: Trabalho ( ) Qualidade de vida ( ) Capacidade de realizar

atividades de forma independente ( ) Outros: _________________________

Características das lesões articulares:

(A) Edema: Simétrica ( ) Assimétrico ( ) (Especificar local): ____________

(B) Artralgia: Simétrica ( ) Assimétrica ( ) (Especificar local): ____________

(C) Poliartralgia: Simétrica ( ) Assimétrica ( ) (Especificar local): ____________

(D) Mialgia: Especificar local: _______________________________________________

Utiliza algum dispositivo auxiliar para se locomover após a Febre de Chikungunya? Se

sim, qual?__________________________________________________________________

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90

APÊNDICE C- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –

Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE PARA

ENFERMEIROS DA VALIDAÇÃO SEMÂNTICA

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,

que tem como pesquisador responsável a professora Dra. Allyne Fortes Vitor.

Agradecemos desde já sua colaboração neste estudo. A primeira etapa desse estudo

consistiu em uma revisão integrativa para adaptação e adequação de instrumento para o

Resultado de Enfermagem Mobilidade à pacientes idosos com Febre de Chikungunya. Assim,

nessa segunda etapa convidamos você enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família à

participar como avaliador da validação semântica deste instrumento.

Caso você decida participar, você receberá o instrumento composto pelos indicadores,

definições constitutivas, operacionais e magnitudes operacionais do resultado de Enfermagem

Mobilidade adaptados à pacientes idosos com Febre de Chikungunya. Durante a validação

semântica, você poderá sanar dúvidas e quaisquer esclarecimentos com algum membro do

estudo, além de colocar as sugestões, justificativas e comentários no espaço estabelecido para

tal.

Você ficará com uma cópia do instrumento por no máximo dez dias úteis até que seja

feita a devolutiva a algum integrante da pesquisa. Durante este tempo você deverá avaliá-lo

mediante a compreensão do instrumento por qualquer profissional enfermeiro, uma vez que o

instrumento deverá ser utilizado por este profissional.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer

fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Os dados que você irá nos fornecer serão

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91

confidenciais e serão divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não

havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados

pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de cinco

anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo

pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente

decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias, uma ficará com você e a outra com o

pesquisador responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão

coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará

para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa

“Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos

por Febre de Chikungunya”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas

em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, ______/____/______.

____________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,

declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos

metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse

estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Impressão datiloscópica do

participante

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92

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei

infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, ______/____/______.

__________________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

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93

APÊNDICE D- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –

Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,

que tem como pesquisador responsável, a professora Dra. Allyne Fortes Vitor. Esta pesquisa

pretende validar o Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por

Febre de Chikungunya.

O motivo que nos leva a fazer este estudo está relacionado às consequências tardias

relacionadas à mobilidade dos pacientes acometidos pela Febre de Chikungunya, as quais

podem interferir, sobretudo, na qualidade de vida dos indivíduos afetados.

Caso você decida participar, deverá responder um questionário contendo assertivas

relacionadas ao perfil sociodemográfico. Em seguida duas duplas de enfermeiros irão avaliar

sua mobilidade. Durante a realização dessa avaliação a previsão de riscos é mínima, ou seja, o

risco que você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina.

Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a pesquisa, você terá direito

a assistência prestada pela Unidade de Saúde adstrita no bairro em que você mora.

Em caso de dúvidas ou de algum problema que você possa ter, relacionado com a

pesquisa, você deverá entrar em contato com a coordenadora da pesquisa Dra. Allyne Fortes

Vitor através do telefone (84) 3215-3429.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer

fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Caso aceite, o tempo de realização dessa

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94

avaliação será de no máximo 60 minutos. Os dados que você fornecerá serão confidenciais e

divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de

nenhum dado que possa lhe identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador

responsável por essa pesquisa em local seguro e por um período de cinco anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo

pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer algum dano comprovadamente

decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135. 38

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com o

pesquisador responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados

serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela

trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da

pesquisa “Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos

acometidos por Febre de Chikungunya” e autorizo a divulgação das informações por mim

fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me

identificar.

Natal ____/_____/_____

________________________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”

declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos

Impressão datiloscópica do

participante

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95

metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse

estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei

infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, _____/____/_____

____________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

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96

APÊNDICE E- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Campus Universitário – Lagoa Nova – 59078-970 – Departamento de Enfermagem –

Natal/RN Telefone: (84) 3215-3196 E-mail: [email protected]

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE PARA

ENFERMEIROS AVALIADORES

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”,

que tem como pesquisador responsável à professora Dra. Allyne Fortes Vitor.

Agradecemos desde já sua colaboração neste estudo. A primeira etapa desse estudo

consistiu em uma revisão integrativa para adaptação das definições constitutivas, operacionais

e magnitudes operacionais de indicadores para o Resultado de Enfermagem Mobilidade.

Assim, nessa segunda etapa convidamos você enfermeiro a participar como avaliador da

validação clínica deste estudo.

Caso você decida participar, realizaremos um treinamento com carga horária de cinco

horas, no qual serão abordadas as temáticas sobre classificações de Enfermagem, resultados

de Enfermagem, o Resultado de Enfermagem Mobilidade e assistência ao paciente acometido

por Febre de Chikungunya.

Durante a realização do treinamento a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que

você corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina. Assim, os

riscos poderão estar relacionados a algum dano moral ou constrangimento diante das

perguntas ou intervenções que serão realizadas podendo recusar-se a responder qualquer

pergunta que cause constrangimento.

Pode acontecer um desconforto como dano moral ou constrangimento que será

minimizado através da interrupção do treinamento. Em caso de algum problema que você

possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada

pelo serviço de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para a Dra. Allyne

Fortes Vitor através do telefone (84) 3215-3429.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer

fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você. Caso aceite, o tempo de realização do

treinamento será de no máximo dez horas.

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em

congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe

identificar. Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em

local seguro e por um período de cinco anos. Se você tiver algum gasto pela sua participação

nessa pesquisa, ele será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você. Se você sofrer

algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias, uma ficará com você e a outra com o pesquisador

responsável Dra. Allyne Fortes Vitor.

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão

coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará

para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa

“Validação do Resultado de Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos

por Febre de Chikungunya”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas

em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, ______/____/______.

____________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

Declaração do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica do

participante

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Como pesquisador responsável pelo estudo “Validação do Resultado de

Enfermagem Mobilidade em pacientes idosos acometidos por Febre de Chikungunya”

declaro que assumo a inteira responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos

metodologicamente e direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse

estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei

infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de

Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, ______/____/______.

__________________________________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

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APÊNDICE F- INSTRUMENTO COM BASE NA NOC (SEM DEFINIÇÕES

CONSTITUTIVAS E OPERACIONAIS)

EQUILÍBRIO

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

COORDENAÇÃO

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

MARCHA

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

ANDAR

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

MOVIMENTO DOS MÚSCULOS

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

MOVIMENTO DAS ARTICULAÇÕES

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

DESEMPENHO NO POSICIONAMENTO DO CORPO

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

DESEMPENHO NA TRANSFERÊNCIA

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

DOR ARTICULAR

( 1)Gravemente comprometido ( 2)Muito comprometido

( 3)Moderadamente comprometido ( 4)Levemente comprometido

( 5)Não comprometido

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ANEXOS

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ANEXO A- ANUÊNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE NATAL

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ANEXO B- PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA DA UFRN

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