33
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA Instrumentos para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão sistemática SANTA CRUZ - RN 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA

Instrumentos para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão

sistemática

SANTA CRUZ - RN

2017

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA

Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma

revisão sistemática

Artigo científico, apresentado a

Faculdade de Ciências da Saúde do

Trairi da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, para obtenção do

título de Bacharel em Nutrição.

Orientador: Profª. Dr. Anna Cecília

Queiroz de Medeiros.

SANTA CRUZ - RN

2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi -

FACISA

Gama, Ialana Vitória da Costa.

Instrumentos para avaliação de comportamentos alimentar no

Brasil: uma revisão sistemática / Ialana Vitória da Costa Gama. - Santa Cruz, 2017.

32 f.: il.

Artigo Científico (Graduação em Nutrição) - Faculdade de

Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Anna Cecília Queiroz de Medeiros.

1. Comportamento alimentar - Brasil. 2. Questionários. 3.

Instrumentos. 4. Psicométricos. I. Medeiros, Anna Cecília Queiroz

de. II. Título.

RN/UF/FACISA CDU 612.3(81)

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

IALANA VITÓRIA DA COSTA GAMA

Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma

revisão sistemática

Artigo científico, apresentado a

Faculdade de Ciências da Saúde do

Trairi da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte, para obtenção do

título de Bacharel em Nutrição.

Aprovado em: ________ de __________________ de __________.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________. NOTA: __________

Profª. Dr. Anna Cecília Queiroz de Medeiros.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________________. NOTA: __________

Profª. Dr. Thaiz Mattos Sureira – Membro da banca.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

___________________________________________________. NOTA: __________

Profª. Dr. Luciane Paula Batista Araújo de Oliveira – Membro da banca.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, à Deus, pela vida, por todo o suporte e sabedoria.

Aos meus pais, Francisca Iolanda e Veríssimo Gama, que me forneceram

todo incentivo, amor, cuidado, apoio emocional e financeiro, contribuindo diretamente

para a minha formação acadêmica e pessoal. Ao meu irmão Carlos Gama que sempre

esteve ao meu lado com todo apoio e incentivo, virtualmente ou presencialmente.

A minha mãe de coração, Ideusa Gurgel, que esteve sempre me incentivando

e mostrando o melhor lado da vida, compartilhando da sua sabedoria e amor.

A minha orientadora Anna Cecília, que me acolheu com todo o seu carinho,

conhecimento e paciência, construindo e orientando a produção do artigo. Além disso,

agradeço por todos os conselhos e reuniões que sempre estiveram aliadas de

momentos alegres. Carrego comigo a admiração profissional e pessoal desta pessoa

incrível.

Aos professores, preceptores, colegas de turma e estágio, que contribuíram

de alguma forma para minha formação acadêmica, tornando a convivência leve e

gratificante.

Ao meu amigo/irmão de coração, Jarson Costa, que esteve comigo durante a

graduação e em âmbito externo à faculdade, compartilhando do seu cuidado, mais

próximo e intenso, e leveza ao ver a vida.

Aos meus amigos Renatha, Paulinha, Luis Henrique, Aline, Hugo, Débora,

Marise, Ana Paula, Paloma, Thiago, N. Júnior, Grasiela, Giordano, que foram

fundamentais na minha vivência em Santa Cruz e durante a graduação, tornando os

meus dias mais felizes e cheio de amor.

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

SUMÁRIO INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7

MÉTODOS ................................................................................................................... 8

RESULTADOS ........................................................................................................... 12

DISCUSSÃO .............................................................................................................. 22

CONCLUSÃO ............................................................................................................. 24

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 25

ANEXOS ..................................................................................................................... 29

ANEXO A – Revista de Nutrição: Instruções aos autores (adaptado) ......................... 30

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

7

Instrumentos para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão

sistemática¹

Avaliation of food behaviour questionnaires at Brazil: a sistematic review

Ialana Vitória da Costa Gama²

Anna Cecília Queiroz de Medeiros³

¹Artigo elaborado a partir do Trabalho de Conclusão de Curso de IVC GAMA, intitulado

“Questionários para avaliação de comportamento alimentar no Brasil: uma revisão sistemática”.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2017.

²Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi,

Graduação em Nutrição. Av. Rio Branco, S/N, Centro, 59200-000, Santa Cruz, RN, Brasil.

Correspondência para/Correspondence to: IVC GAMA.E-mail: <[email protected]>.

Telefone: +55 84 99820-3833.

³Docente da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande

do Norte.

Resumo

Introdução: Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares,

buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico e acompanhamento. Objetivo:

Realizar uma revisão sistemática de literatura de questionários adaptados e validados

para o português brasileiro, que tinham como objetivo avaliar comportamentos

alimentares extremos. Métodos: Foi realizada uma busca computadorizada nas bases

de dados Lilacs, PubMED, PsycNET, Scielo, Science Direct, Scopus, Web of Science

e no Banco de Teses e Dissertações. As palavras de busca alternavam de acordo com

a necessidade de cada base e as estratégias foram sendo construídas à medida dos

resultados oferecidos na plataforma. O material foi avaliado e conduzido por três

etapas de leitura, contemplando desde só a leitura do título até a leitura do artigo

completo. Resultados: Depois da leitura completa, 122 estudos foram selecionados

para a leitura de texto completo. Neste processo, os estudos que ficaram em situação

de indecisão foram submetidos à discussão e/ou ao terceiro leitor.Após a etapa da

leitura completa, 33 artigos foram selecionados para a revisão. Dentre estes artigos, 8

foram incluídos a partir da leitura completa.Conclusão: Foram encontrados 33

questionários adaptados e validados para o Brasil contemplando as diversas faixas

etárias e especificidades de público. Dentre estes, foi observada a predominância de

instrumentos para avaliar transtornos alimentares, no entanto, também foram

encontrados questionários direcionados para outras temáticas de comportamentos

extremos.

INTRODUÇÃO Comportamento alimentar é a forma que o indivíduo se porta frente à

alimentação, podendo ser definido como “respostas comportamentais ou sequenciais

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

8

associadas ao ato de alimentar-se, maneira ou modos de se alimentar, padrões

rítmicos da alimentação”1. Transtornos ou comportamentos alimentares extremos,

como episódios de compulsão alimentar e comportamentos compensatórios para

controle de peso, são alguns exemplos de aspectos do comportamento alimentar que

mais amplamente são estudados, dada sua relevância clínica2,3.

Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares,

buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico e acompanhamento, tanto para

utilização em consultórios como enquanto ferramenta de investigação epidemiológica.

Portanto, questionários são uma estratégia bastante útil e de relativa facilidade de

utilização para acessar estados psicológicos e repertórios comportamentais4.

Cabe ressaltar, no entanto, que as ferramentas de avaliação desses

comportamentos devem estar adaptadas aos hábitos alimentares e culturais de cada

sociedade, considerando as principais características que influenciam o hábito

alimentar inadequado, tornando eficiente a sua aplicação4. E, além disso, deve-se

considerar que os atributos psicológicos, subjacentes ao comportamento do indivíduo,

tais como processos mentais, não podem ser medidos diretamente como fazemos

com características físicas, pois estes são construções ou conceitos que fazem parte

das teorias que tentam explicar o comportamento humano. Assim, os itens que

compõem os instrumentos de avaliação dos comportamentos alimentares devem ser

apresentados de maneira operacionalizável e, portanto, capazes de medir o que está

sendo proposto5.

Estes instrumentos apresentam-se de várias formas, abrangendo inúmeros

aspectos do comportamento alimentar, podendo ainda serem estruturados para atingir

e diagnosticar distúrbios alimentares específicos6.

Diante da importância da utilização adequada dos instrumentos para as

especificidades de cada público, o presente estudo objetivou identificar instrumentos

adaptados e validados para o português brasileiro sobre comportamentos alimentares.

MÉTODOS Uma revisão sistemática é definida como um método que sistematicamente

procura, avalia e sintetiza pesquisas e informações científicas, muitas vezes aderindo

a diretrizes7. Esta revisão sistemática foi pautada pelos preceitos do Preferred

Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), instrumento

utilizado para atender aos avanços conceituais e práticos no método das revisões

sistemáticas8.

Estratégia de busca

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Primeiramente foi realizada uma busca computadorizada nas bases de dados

Lilacs, PubMED, PsycNET, Scielo, Science Direct, Scopus, Web of Science e no

Banco de Teses e Dissertações. As palavras de busca alternavam de acordo com a

necessidade e parametrização de cada base, para que, dessa forma, a pesquisa

abordasse o maior número de trabalhos relacionados ao assunto. Quando disponível,

foi utilizado vocabulário controlado, de acordo com a hierarquia de sinônimos que

estava disponível em cada base. Não foi definido limite temporal para a seleção dos

estudos. Na Quadro 1 encontram-se as informações sobre as buscas efetuadas.

Quadro 1. Bases de dados incluídas na pesquisa, seus idiomas oficiais, termos utilizados e número de

artigos selecionados

Base de

dados

Idioma Data da

busca

Estratégia de busca Utilizou

vocabulário

controlado

(MeSH

terms –

PubMed)?

Números de

registros

encontrados

Banco de

teses

Português 27 de

março de

2017

"comportamento alimentar"

psicométricas

Sim 2.137

LILACS Português 30 de

agosto de

2016

Eating behavior or feeding

behavior or feeding disorders

or eating disorders or hunger

or taste or appetite

[Words] and psychometrics

or validity or realiability or

factor analysis

[Words] and brazil or

brazilian or portuguese

[Words]

Sim 27

PsycNET Inglês 28 de

agosto de

2016

Any Field: (questionnaires)

OR (psychometrics) OR

(measurement) OR (test

construction) OR (test

validity) OR (test reliability)

OR (statistical validity) AND

Any Field: (eating attitudes)

OR (eating behavior) OR

(eating disorders) OR

(feeding behavior) OR

(feeding disorders) OR

(taste) OR (hunger) AND

Any Field: (Brazilian) OR

(Brazil) OR (portuguese)

Sim 119

PubMed Inglês 29 de

agosto de

2016

(questionnaires[MeSH

Terms] OR validation studies

as topic[MeSH Terms] OR

validation studies[Publication

Type] OR factor analyses,

statistical[MeSH Terms] OR

psychometrics[MeSH Terms]

AND eating behavior[MeSH

Terms] OR feeding

Sim 2.210

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10

behavior[MeSH Terms] OR

feeding and eating

disorders[MeSH Terms] OR

appetite[MeSH Terms] OR

hunger[MeSH Terms] OR

taste[MeSH Terms] OR

eating behavior[Text Word])

AND (Brazil[Text Word] OR

Portuguese[Text Word] OR

brazil[MeSH Terms] OR

Brazilian)

ScienceDirect Inglês 29 de

agosto de

2016

Tak("eating behavior" OR

"eating disorders" OR

"feeding behavior" OR

"feeding disorders" OR

"hunger" OR "appetite" OR

"taste") AND

tak("questionnaire" OR

"psychometrics" OR "factor

analysis" OR "validation

studies") AND ("Brazil" OR

"Brazilian" OR "Portuguese")

Sim 102

Scielo Português 30 de

agosto de

2016

(eating behavior) OR

(feeding disorders) OR

(eating disorders) AND

(validity) OR (questionnaire)

AND (brazil) OR (brazilian)

Sim 161

Scopus Inglês 29 de

agosto de

2016

(TITLE-ABS-KEY)(eating

behavior OR feeding

behavior OR feeding

disorders OR eating

disorders OR hunger OR

taste OR appetite) AND

TITLE-ABS-KEY

(psychometric OR validity

OR realiability OR factor

analysis) AND TITLE-ABS-

KEY (brazil OR brazilian

OR portuguese))

Sim 37

Web of

Science

Inglês 29 de

agosto de

2016

((Tópico: ((((((eating

behavior OR feeding

behavior) OR appetite) OR

hunger) OR taste) OR eating

disorders) OR feeding

disorders) ANDTópico:

((((questionnaire OR

validation) OR validity) OR

psychometric) OR factor

analyse)) ANDTópico:

((Brazil OR Brazilian) OR

Portuguese))

Sim 250

O procedimento de seleção de estudos está descrito na Figura 1. Depois da

leitura do título e resumo, 122 estudos foram selecionados para a leitura de texto

completo. Neste processo, os estudos que ficaram em situação de indecisão foram

submetidos à discussão e/ou ao terceiro leitor. Quando da leitura completa, 71 estudos

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

11

foram excluídos pois, apesar de abordarem o tema, não tratavam especificadamente

de criação, tradução, adaptação ou validação de instrumentos para o português

brasileiro. Ainda destes estudos, 18 foram excluídos por serem estudos adaptados

para o português de Portugal.

Figura 1. Processo de Identificação e Seleção dos artigos.

Estratégia de seleção e análise

O material foi avaliado e conduzido por três etapas de leitura, contemplando

desde só a leitura do título até a leitura do artigo completo, como descrito na Figura 1.

Os artigos foram submetidos separadamente à dois leitores e, em casos de conflitos

de decisão referente à inclusão, um terceiro leitor foi consultado, para analisar e

discutir a relevância do material para o estudo. Para serem incluídos, os artigos

deveriam contemplar os seguintes critérios: utilizar questionário que, em alguma

medida, avaliasse comportamentos alimentares; terem sido realizados em população

brasileira; conter descrição de procedimentos de validação e adaptação; estarem

publicados nos idiomas português, inglês ou espanhol.

Registros identificados mediante pesquisa nos

bancos de dados (n = 5.043)

Estudos duplicatas removidos (n = 59)

Estudos selecionados para leitura de

texto completo (n = 122)

Referências excluídas

após leitura de títulos e

resumos (n = 4.862)

Estudos mantidos aptos (n

= 25) Estudos incluídos a partir da leitura completa dos

artigos, de acordo com as citações realizadas (n = 8)

Estudos excluídos por tratarem de outra temática

(n = 63)

Estudos realizados em Portugal removidos após leitura completa (n = 18)

Estudos aptos para a

revisão (n = 33)

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Extração de dados

Um formulário padronizado foi criado para a extração e armazenamento de

dados dos instrumentos, abrangendo informações como: nomes dos questionários,

pontuação do α de Cronbach, outras medidas utilizadas, processo de validação, se

houve ou não tradução, tamanho da amostra, sexo dos participantes, método de

coleta dos dados, público alvo, objetivo do questionário, número de questões, número

de dimensões e sobre a autoadministração.

RESULTADOS Após a etapa da leitura completa, 33 artigos foram selecionados para a

revisão. Dentre estes artigos, 8 foram incluídos a partir de referências citadas nos

artigos selecionados.

Como descrito no Quadro 2, em relação ao estágio de vida das populações

utilizadas para o desenvolvimento dos instrumentos, a maior parte dos estudos

informou a idade dos participantes, porém sem maiores especificações quanto a

restrições de aplicação para apenas uma faixa etária.

Dentre os instrumentos encontrados, apenas 3 eram direcionados para o

público infantil (Quadro 2). Destes, o instrumento Parent Mealtime Action Scale

(PMAS) e o Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) citado no estudo

de Warkentin et al., (2016), são direcionados para os pais e seus hábitos alimentares,

avaliando a possível influência sobre a alimentação dos seus filhos (Quadro 2). Já o

Children’s Eating Attitude Test (Cheat), também foi avaliado em pré-adolescentes com

idades de 8 a 12 anos (Quadro 2).

Foram encontrados seis instrumentos direcionados para o público

adolescente: Questionário simplificado para triagem de adolescentes com

comportamento de risco; Bulimic Investigatory Test of Edinburgh – BITE; Eating

Bahaviours and Body Image Test - EBBIT; Sessão de Transtornos Alimentares do

Development and Well-Being Assessment - DAWBA; Estágio de prontidão para

mudança do comportamento alimentar e de atividade física; Padrões de peso e

alimentação para adolescentes - QEWP-A) (Quadro 2). No entanto, outros

questionários incluíram este público (aliado à outras faixas etárias) durante o processo

de análise e/ou adaptação da escala (Eating Attitude Test; Night Eating Questionnaire

- NEQ) (Quadro 2).

Vinte e oito questionários foram traduzidos e adaptados de outros países, em

sua maioria, utilizando o procedimento de Back Translation, que é considerado um

método de controle de qualidade, ocorrendo a tradução de um documento para a

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13

língua-alvo e, em seguida, a tradução para a língua de origem, objetivando garantir

que a tradução seja precisa9.

Trinta estudos realizaram análise fatorial confirmatória ou exploratória.

Destes, sete estudos utilizaram a análise fatorial confirmatória (Eating Attitude

Test,10,11; Bulimic Investigatory Test of Edinburgh – BITE,10,12; The three factor eating

questionnaire - R2113; Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants

- FCQ-Trai14t; The Food Cravings Questionnaire-State - FCQ-State14). Apenas dois

estudos não citaram utilizar algum dos processos de análise fatorial (Children’s Eating

Attitude Test - Cheat15; The three factor eating questionnaire - R2116) (Quadro 2).

Seis questionários passaram pelo processo de validação convergente (Escala

de Atitudes Alimentares Transtornadas17; Nutrition Behavior Inventory18; The three

factor eating questionnaire - R2113; Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of

the participants - FCQ-Trait14; The Food Cravings Questionnaire-State - FCQ-State14)

(Quadro 2). Dezessete19, 17, 20, 21, 22, 11, 23, 13, 16, 14, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30 estudos utilizaram o

Índice de Massa Corporal (IMC) durante o processo. Apenas um18 utilizou o Quociente

de Inteligência (Quadro 2).

Apenas um estudo mencionou ter adotado a amostra com idade superior a 60

anos, incluindo ambos os sexos, avaliou em seu trabalho o Questionário Nutricional

Simplificado de Apetite (QNSA) (Quadro 2). Foi identificado, ainda, que a maioria dos

instrumentos (25 questionários) utilizou populações compostas por ambos os sexos

em seu desenvolvimento (Quadro 2).

Dois questionários foram aplicados em mulheres com transtornos alimentares

(Restraint Scale; Eating and Weight Patterns - QEWP-R); um questionário foi aplicado

em pacientes obesos (Escala de Compulsão Alimentar Periódica); um estudo com

atletas (Disordered Eating in Sports Scale – DES) (Quadro 2).

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14

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15

Quadro 2. Avaliação para cada um dos instrumentos incluídos

Questionário Possui pontuação de confiabilidade (α de Cronbach) acima de 0,70?

Foi utilizado alguma outra medida no processo de validação/tradução?

Qual foi a medida utilizada?

Processo de validação

Tradução

Tamanho da amostra

Sexo dos participantes

Procedimentos de coletas de dados

Público alvo

Referências

ORTO-15 Não (-0,39)

Sim IMC Análise fatorial exploratória

Sim 364 Feminino e Masculino

Questionário online

Nutricionistas

19

Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas

Sim (0,98) [Dimensões:

relações com a comida (0,63);

preocupação com a comida e ganho de

peso (0,69); práticas restritivas e

compensatórias (0,73); sentimentos

em relação à alimentação (0,36);

conceito de alimentação normal)]

Sim IMC Análise fatorial exploratória/Validade convergente (EAT-26

e Escala de Restrição Alimentar)

Não 228 Masculino Docentes das instituições

ficaram responsáveis por comunicar

sobre a pesquisa

Estudantes universitário

s

17

Sim (0,75) Sim IMC Análise fatorial exploratória/Validade convergente (EAT-26

e Restraint Scale)

Não 177 Feminino e Masculino

Entrevista e Questionário

Estudantes universitários (18 – 50

anos); Pacientes

com anorexia e

bulimia nervosa

20

Children’s Eating Attitude Test (Cheat)

Não avaliado Não - - Sim - - - - 15

Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória

- 347 Feminino e Masculino

Convite para estudantes

matriculados em escolas de São Luis/MA

Pré-adolescente

s (8 – 12 anos)

31

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

16

Nutrition Behavior Inventory

Sim (0,88) Sim Quociente de inteligência;

Análise fatorial exploratória/Validade convergente (Child Behavior Checklist)

Sim 96 Feminino e Masculino

Questionário (Quociente de inteligência ≥

70)

Crianças e adolescente

s (9 – 12 anos)

18

URICA Sim (0,84) [Dimensões: ação

(0,94); contemplação (0,82); pré-

contemplação (0,82); manutenção (0,81)]

Não - Análise fatorial exploratória

Sim 175 Feminino e Masculino

Questionário População geral

32

Tripartite Influence Scale

Sim [Dimensões: mídia

(0,80); família (0,85); amigos (0,91)]

Não - Análise fatorial exploratória

Sim 118 Feminino e Masculino

Questionário Estudantes universitário

s

33

Body Shape Questionnaire

Sim (0,97) Sim IMC Análise fatorial exploratória

Não 164 Feminino e Masculino

Questionário Estudantes universitário

s

21

Questionário simplificado para triagem de adolescentes com comportamento de risco

Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória

Sim 195 Feminino e Masculino

Estudantes matriculados numa escola de Niterói-SP

Adolescentes (12 – 19,9

anos)

22

Eating Attitude Test

Não avaliado Não - Análise fatorial confirmatória

Não 60 Feminino Questionário Estudantes universitária

s

10

Sim (0,75) Sim IMC Análise fatorial confirmatória

Não 513 Feminino Convite Indivíduos (12 – 29

anos)

11

Bulimic Investigatory Test of Edinburgh - BITE

Não avaliado Não - Análise fatorial confirmatória

Sim 60 Feminino Estudantes do primeiro

semestre de 2013

matriculados nas áreas

Biomédicas e Educação e Humanidade

Estudantes universitária

s

10

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

17

Sim (0,76) Não - Análise fatorial confirmatória

Sim 109 Feminino e Masculino

Escolhidos aleatoriamente

por sorteio entre

estudantes matriculados

em duas escolas

públicas de Recife-PE

Adolescentes (12 – 16

anos)

12

Escala de Compulsão Alimentar Periódica

Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória

Sim 32 Feminino e Masculino

Questionário entre os

pacientes do Grupo de

Obesidade e Transtornos Alimentares (GOTA) do Instituto e

Psiquiatria da Universidade

Federal do Rio de Janeiro

(IPUB/UFRN) e do Instituto Estadual de Diabetes e

Endocrinologia (IEDE)

Pacientes obesos

34

Eating Bahaviours andBody Image Test (EBBIT)

Sim (0,89) [Dimensões:

insatisfação com a imagem corporal e restrição alimentar (0,90); comer em excesso (0,80);

Observação: o fator 3 foi desconsiderado

por não atingir o ponto de corte]

Sim IMC Análise fatorial exploratória

- 261 Feminino Escolhidos de forma aleatória

desde que estivessem

matriculados nas escolas de Ribeirão Preto

Adolescentes (9 – 12

anos)

23

The three factor eating questionnaire - R21

Sim [Dimensões:

restrição cognitiva (0,83); comer

descontrolado 0,83;

Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad

e convergente

Não 433 Feminino e Masculino

Publicidade Estudantes universitário

s

13

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

18

comer temocional (0,92)]

Sim (0,85) Sim IMC - Sim 125 Feminino Questionário Mulheres (funcionárias

de um hospital)

16

Sim (0,85) Sim IMC; Circunferência abdominal; Percentual de

gordura corpórea

Análise fatorial exploratória

Sim 125 Feminino Questionário Mulheres (funcionárias

de um hospital: 20 – 60 anos)

35

Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants (FCQ-Trait)

Sim (0,96 a 097) Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad

e convergente

Sim 611 Feminino e Masculino

Contato pessoal

Estudantes universitário

s

14

The Food Cravings Questionnaire-State (FCQ-State)

Sim (0,89 a 0,90) Sim IMC Análise fatorial confirmatória/Validad

e convergente

Sim 611 Feminino e Masculino

Contato pessoal

Estudantes universitário

s

14

Restraint Scale

Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória

- 39 Feminino Questionário Mulheres com

transtornos alimentares

24

Eating and Weight Patterns (QEWP-R)

Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória

Brasil 89 Feminino Entrevista realizada por

psiquiatra

Mulheres com

transtornos alimentares

25

Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ)

Sim (0,72 a 0,88) Não - Análise fatorial exploratória

Sim 402 Feminino e Masculino

Contato através do e-

mail ou telefone

Pais de escolares de 2 a 5 anos de idade

36

Sessão de Transtornos Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA)

Não avaliado Não - Análise fatorial exploratória

- 174 Feminino Questionário para

diagnóstico de transtornos alimentares

(SM-IV e CID-10)

Adolescentes

37

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE …€¦ · Atualmente existem escalas para avaliar os comportamentos alimentares, buscando melhorar programas de rastreio, diagnóstico

19

Parent Mealtime Action Scale (PMAS)

Sim Não - Análise fatorial exploratória

Sim

582 díades

Feminino e Masculino

Pais de crianças

matriculadas em sete

escolas de São Paulo/Brasil

Pais de crianças (6 –

10 anos)

38

Estágio de prontidão para mudança do comportamento alimentar e de atividade física

Sim [Dimensões: porções (tamanho/quantidade) (0,78); quantidade de gordura na dieta (0,83); consumo de

frutas e vegetais (0,84); prática de atividade física

(0,69)

Sim IMC Análise fatorial exploratória

Sim 32 Feminino e Masculino

Convite aos participantes do Programa

Multiprofissional de

Tratamento da Obesidade (PMTO) da

Universidade Estadual de

Maringá

Adolescentes

26

Disordered Eating in Sports Scale (DES)

Sim (Feminino = 0,60 a 0,82);

(Masculino = 0,66 a 0,78)

Sim IMC Análise fatorial exploratória

Não 1.197 (N = 484 F; N = 713

M)

Feminino e Masculino

Entrevista e questionário

Atletas profissionais

27

Night Eating Questionnaire (NEQ)

Sim (0,78) Não - Análise fatorial exploratória

Sim 100 Feminino e masculino

Selecionados aleatoriamente entre pacientes de uma clínica

de suporte nutricional

Indivíduos com idade

acima de 11 anos

39

Escala de Atitudes em Relação ao Sabor da Health and Taste Attitude Scale (HTAS)

Sim (0,35 a 0,94) [Dimensões: desejo pessoal por doces (0,83); desejo dos outros por doce (0,94); uso da comida como

recompensa (0,83); prazer (0,35)

Sim IMC Análise fatorial exploratória

Não 90 Feminino e masculino

Convite para estudantes de graduação em

Nutrição da Universidade de São Paulo

Estudantes universitários (18 – 40

anos)

28

Loss of Control over Eating Scale (LOCES)

Não avaliado Sim IMC Análise fatorial exploratória

Sim 293 Feminino e masculino

Alunos matriculados na graduação

e pós-graduação dos

cursos de medicina e

enfermagem

Estudantes universitário

s

29

Padrões de Sim (0,92) Não - Análise fatorial Sim 105 Feminino e Estudantes do Adolescente40

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20

peso e alimentação para adolescentes (QEWP-A)

exploratória masculino ensino médio escolhidos de forma aleatória

s (10 – 19 anos)

Questionário Nutricional Simplificado de Apetite (QNSA)

Não (0,41 a 0,65) Sim IMC Análise fatorial exploratória

Sim 146 Feminino e masculino

Participantes do grupo de Reabilitação

Cardiopulmonar e Metabólica

(RCPM)

Indivíduos (média de

idade de 63 anos para homens e 67 anos

para mulheres)

30

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Como mostra oQuadro 1, vinte e um questionários atingiram a pontuação

acima de 0,70 para o α de Cronbach. Apenas dois questionários não atingiram o valor

mínimo do α de Cronbach (ORTO-1519; Questionário Nutricional Simplificado de

Apetite – QNSA30). Dez estudos não avaliaram o α de Cronbach (Children’s Eating

Attitude Test - Cheat15, 31; Questionário simplificado para triagem de adolescentes com

comportamento de risco22; Eating Attitude Test10; Bulimic Investigatory Test of

Edinburgh - BITE10; Escala de Compulsão Alimentar Periódica34; Restraint Scale24;

Eating and Weight Patterns - QEWP-R25; Sessão de Transtornos Alimentares do

Development and Well-Being Assessment - DAWBA37).

Quadro 3. Informações sobre os questionários

Nome do questionário Objetivo do questionário Número de questões

Número de dimensões

Autoaplicável Referência

ORTO-15 Avaliar a frequência da ortorexia nervosa

15 1 Sim 19

Escala Atitudes Alimentares Transtornadas

Avaliar a possível presença de transtornos alimentares

25 5 Sim 17

37 5 Sim 20

Children’s Eating Attitude Test (Cheat)

Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças

26 1 Sim 15

26 1 Sim 31

Nutrition Behavior Inventory Avalia a influência da dieta no comportamento

52 1 Sim 18

URICA Auxiliar no monitoramento terapêutico e avaliar a

motivação de pacientes

24 4 Sim 32

Tripartite Influence Scale Avaliar fatores externos que influenciam nos transtornos

alimentares

39 3 Sim 33

Body Shape Questionnaire Avaliar a satisfação corporal, aparência e ansiedade em

relação ao corpo

34 4 Sim 21

Questionário simplificado para triagem de adolescentes com comportamento de risco

Avaliar a possível presença de transtornos alimentares

2 2 Sim 22

Eating Attitude Test Rastreamento dos transtornos alimentares:

anorexia e bulimia nervosa

26 1 Sim 10

26 1 Sim 11

Bulimic Investigatory Test of Edinburgh - BITE

Rastreamento dos transtornos alimentares:

anorexia e bulimia nervosa

33 2 Sim 10

33 2 Sim 12

Escala de Compulsão Alimentar Periódica

Observar a magnitude das mudanças do

comportamento alimentar em cada paciente

16 1 Sim 34

Eating Bahaviours and Body Image Test (EBBIT)

Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças

42 3 Sim 23

Three-factor eating questionnaire - R21

Auxílio no diagnóstico de transtornos alimentares

21 3 Sim 13

21 3 Sim 16

21 3 Sim

Food Cravings Questionnaire-Trait evaluation of the participants (FCQ-Trait)

Avaliar comportamento de craving de alimentos

enquanto traço

39 9 Sim 14

The Food Cravings Questionnaire-State (FCQ-State)

Avaliar características relacionadas com o

comportamento

15 5 Sim 14

Restraint Scale Avaliar restrição alimentar 10 2 Sim 24

Eating and Weight Patterns – Revised (QEWP-R)

Rastreamento de transtorno da compulsão alimentar

periódica

27 2 Sim 25

Comprehensive Feeding Avaliar a influência das 49 12 Não 36

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22

Practices Questionnaire (CFPQ)

práticas alimentares dos pais sobre os filhos

Sessão de Transtornos Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA)

Avaliar riscos de transtornos alimentares em crianças

53 Não informado

Não 37

Parent Mealtime Action Scale (PMAS)

Avaliar o consumo alimentar dos pais e sua influência na

alimentação da criança

31 9 Sim 38

Estágio de prontidão para mudança do comportamento alimentar e de atividade física

Avaliar mudanças no comportamento alimentar

38 4 Sim 26

Disordered Eating in Sports Scale (DES)

Avaliar comportamentos alimentares em atletas

36 M; 34 F 5 Sim 27

Night Eating Questionnaire (NEQ)

Avaliar o comportamento alimentar

14 1 Sim 39

Escala de Atitudes em Relação ao Sabor da Health and Taste Attitude Scale (HTAS)

Avaliar a importância dos aspectos de saúde e sabor

dos alimentos

18 4 Sim 28

Loss of Control over Eating Scale (LOCES)

Avaliar a perda de controle sobre a alimentação

24 5 Sim 29

Padrões de peso e alimentação para adolescentes (QEWP-A)

Rastrear Transtorno de Compulsão Alimentar

Periódica

13 1 Sim 40

Questionário Nutricional Simplificado de Apetite (QNSA)

Avaliar o risco nutricional 4 1 Sim 30

Apenas dois dos formulários não são autoaplicáveis, sendo estes o

Comprehensive Feeding Practices Questionnaire (CFPQ) e oSessão de Transtornos

Alimentares do Development and Well-Being Assessment (DAWBA).

DISCUSSÃO Esta revisão encontrou um considerável número de instrumentos adaptados e

validados para o uso em população brasileira para monitoramento de comportamentos

alimentares extremos.

Estes instrumentos são de fáceis de administrar, eficientes e econômicos na

avaliação individual ou de grande número de indivíduos.Além disso, facilita o rastreio

de problemas relacionados ao comportamento alimentar, podendo ser aplicado por

qualquer profissional de saúde, possibilitando o direcionamento para o profissional

responsável por intervir na patologia e/ou alteração específica encontrada no

comportamento e/ou hábitos alimentares6.

Ainda por possuir propriedades psicométricas adequadas e permitir a

identificação de comportamentos que, por considerarem vergonhosos, os

respondentes poderiam deixá-los relutantes numa entrevista face-a-face, ou até

mesmo passar despercebido pelo profissional6.

Esses questionários não estão restritos para apenas um público, havendo

instrumentos direcionados para avaliação dos aspectos comportamentais da

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23

alimentação de crianças, pré-adolescentes, adolescentes, adultos e idosos. Cabe

ressaltar que apenas um instrumento30 avaliou os comportamentos em idosos.

Além disso, foi observado a prevalência de instrumentos com análise para

público feminino em relação ao masculino. E destes, os questionários, em maior parte,

estão direcionados para rastreamento de transtornos alimentares, o que coincide com

os dados epidemiológicos dos distúrbios alimentares, no qual afetam

predominantemente mulheres jovens41. No entanto, essa diferença diminui em

situações de análise em indivíduo mais novos, na qual os meninos correspondem de

19 a 30% dos casos de anorexia nervosa42.

Os transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno

de compulsão alimentar periódica) foram os mais observados nos instrumentos de

rastreio encontrados na revisão em relação às outras escalas avaliadas.

No entanto, outras escalas também foram avaliadas, como por exemplo,

escalas relacionadas à satisfação corporal, proposto no instrumento Body Shape

Questionnaire que mensura, nas últimas quatro semanas, a preocupação com a forma

corporal e com o peso. Em relação ao controle sobre o comportamento, foi encontrado

oThree-factor eating questionnaire - R21, que contém três subescalas relacionadas ao

comportamento alimentar: restrição cognitiva, alimentação emocional e descontrole

alimentar13. Além disso, foram encontrados também instrumentos que avaliam

restrição alimentar, influência dos pais sobre a alimentação dos filhos, descontrole

alimentar, alimentar emocional, entre outros. Estas escalas são importantes para

promover um melhor entendimento dos distúrbios relacionados aos comportamentos

alimentares e a sua utilização na prática clínica auxilia na intervenção terapêutica mais

adequada6.

Com isso, é extremamente importante atentar para a tradução, adaptação e

validação para o público brasileiro, respeitando os hábitos alimentares, costumes e

público estudado4. Alguns estudos não apresentaram o processo de tradução, pois os

instrumentos já teriam sido produzidos no Brasil.

Outra etapa importante é a de validade de consistência interna. Dos

resultados encontrados a maioria dos questionários conseguiram atingir o valor

mínimo do α de Cronbach, porém, dois dos estudos não conseguiram atingir esse

valor19,30. É importante considerar o valor desta medida, pois esta é uma ferramenta

que avalia a confiabilidade através da consistência interna de um questionário e é

baseada na correlação de um mesmo constructo entre si e entre todos os itens do

escore total deste constructo43.

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CONCLUSÃO Foram encontrados 33 instrumentos adaptados e validados para o Brasil

contemplando as diversas faixas etárias e especificidades de público. Foi observada a

predominância de instrumentos para avaliar transtornos alimentares, no entanto,

também foram encontrados questionários direcionados para outras temáticas de

comportamentos extremos.

O presente trabalho reúne informações que apresentam as características de

cada questionário encontrado para que sejam selecionados corretamenteantes do uso,

tornando cada vez mais palpável a promoção à saúde através do auxílio no

diagnóstico de comportamentos extremosrelacionados à alimentação. Todavia, é

necessária a continuidade do trabalho de validação e adaptação dos instrumentos,

principalmente em públicos que possuem mais vulnerabilidade, como idosos, crianças,

atletas, no qual foi percebido que há carência de escalas com direcionamento mais

detalhado e específico, como estratégia de verificação para um correto manejo e

aplicabilidade dos questionários que envolvam comportamento e alimentação.

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ANEXOS

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ANEXO A –Revista de Nutrição: Instruções aos autores (adaptado) Artigo Original: contribuições destinadas à divulgação de resultados de

pesquisas inéditas, tendo em vista a relevância do tema, o alcance e o conhecimento gerado para a área da pesquisa (limite máximo de 3 500 palavras).

Autoria: A indicação dos nomes dos autores logo abaixo do título do artigo é limitada a 6. O crédito de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como concepção e desenho, ou análise e interpretação dos dados. Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima. Também deve estar registrado na 1ª página do artigo a origem institucional e titulação acadêmica de cada autor.

A revista recomenda fortemente que todos os autores e coautores tenham seus currículos atualizados na Plataforma Lattes, para submissão de artigos.

A tramitação do artigo só será iniciada após a inclusão destas informações na página do título.

Os manuscritos devem conter, na página de identificação, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores.

Processo de avaliação: Os originais serão aceitos para avaliação desde que não tenham sido enviados para nenhum outro periódico e/ou publicados anteriormente em eventos, preservando o caráter inédito do artigo, e que venham acompanhados de carta de encaminhamento, assinada por todos os autores do trabalho, solicitando publicação na Revista.

Todos os manuscritos só iniciarão o processo de tramitação se estiverem de acordo com as Instruções aos Autores. Caso contrário, serão devolvidos para adequação às normas, inclusão de carta ou de outros documentos eventualmente necessários.

Originais identificados com incorreções e/ou inadequações morfológicas ou sintáticas serão devolvidos antes mesmo de serem submetidos à avaliação quanto ao mérito do trabalho e à conveniência de sua publicação. Veja o item Preparo do Manuscrito.

Submissão do trabalho: É fundamental que o escopo do artigo não contenha qualquer forma de identificação da autoria, o que inclui referência a trabalhos anteriores do(s) autor(es) e da instituição de origem, por exemplo.

O texto deverá contemplar o número de palavras de acordo com a categoria do artigo. Normas textuais

As folhas deverão ter numeração personalizada desde a folha de rosto (que deverá ser numerada como número 1). O papel deverá ser de tamanho A4, com formatação de margens superior e inferior (no mínimo 2,5 cm), esquerda e direita (no mínimo 3 cm). Preparados em espaço entrelinhas 1,5, com fonte Arial 11. O arquivo deverá ser gravado em editor de texto similar à versão 2010 do Word.

Recomenda-se fortemente que o(s) autor(es) busque(m) assessoria linguística profissional (revisores e/ou tradutores certificados em língua portuguesa e inglesa) antes de submeter(em) originais que possam conter incorreções e/ou inadequações morfológicas, sintáticas, idiomáticas ou de estilo.

Devem ainda evitar: (i) o uso da primeira pessoa "meu estudo...", ou da primeira pessoa do plural "percebemos...", pois em texto científico o discurso deve ser impessoal, sem juízo de valor e na terceira pessoa do singular; (ii) no início de frases os números devem estar por extenso, e não em algarismo arábico; (iii) as sentenças devem ser curtas, claras e objetivas, (iv) parágrafos de uma única oração não são aceitáveis.

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Os artigos devem ter, aproximadamente, 30 referências, exceto no caso de artigos de revisão, que podem apresentar em torno de 50. Sempre que uma referência possuir o número de Digital Object Identifier (DOI), este deve ser informado. Página de rosto deve conter:

Título completo em português: (i) deverá ser conciso e evitar palavras desnecessárias e/ou redundantes, como "avaliação do...", "considerações acerca de...", "Um estudo exploratório sobre..."; (ii) sem abreviaturas e siglas ou localização geográfica da pesquisa.

Sugestão obrigatória de título abreviado para cabeçalho, não excedendo 40 caracteres (incluindo espaços), em português (ou espanhol) e inglês.

Título completo em inglês, compatível com o título em português. Nome de cada autor, por extenso. Não abreviar os prenomes. Informar os dados de origem, da titulação e afiliação institucional atual de

cada autor, por extenso, sem nenhuma sigla. Indicação do endereço completo da instituição à qual o autor de

correspondência está vinculado. Informar telefone e endereço de e-mail de todos os autores. Informar, explicitamente, a contribuição de cada um dos autores no artigo. O

crédito de autoria deverá ser baseado em contribuições substanciais, tais como concepção e desenho, análise e interpretação dos dados, revisão e aprovação da versão final do artigo. Não se justifica a inclusão de nomes de autores cuja contribuição não se enquadre nos critérios acima.

Informar o número de Registro ORCID® (Open Researcher and Contributor ID). Caso não possua, fazer o cadastro através do link: <https://orcid.org/register>. O registro é gratuito. Saiba mais aqui. Informar se o artigo é oriundo de Dissertação ou Tese, indicando o título, autor, universidade e ano da publicação.

Poderá ser incluída nota de rodapé contendo apoio financeiro e o número do processo e/ou edital, agradecimentos pela colaboração de colegas e técnicos, em parágrafo não superior a três linhas. Observação: esta deverá ser a única parte do texto com a identificação dos autores. Resumo: todos os artigos submetidos em português ou espanhol deverão ter resumo no idioma original e em inglês, com um mínimo de 150 palavras e máximo de 250 palavras.

O texto não deve conter citações e abreviaturas. Destacar no mínimo três e no máximo seis termos de indexação, utilizando os descritores em Ciência da Saúde - DeCS - da Bireme <http://decs.bvs.br>.

Os artigos submetidos em inglês deverão vir acompanhados de resumo em português, além do abstract em inglês.

Para os artigos originais, os resumos devem ser estruturados destacando objetivos, métodos básicos adotados, informação sobre o local, população e amostragem da pesquisa, resultados e conclusões mais relevantes, considerando os objetivos do trabalho, e indicando formas de continuidade do estudo.

Para as demais categorias, o formato dos resumos deve ser o narrativo, mas com as mesmas informações. Estrutura do texto

Texto: com exceção dos manuscritos apresentados como Revisão, Comunicação, Nota Científica e Ensaio, os trabalhos deverão seguir a estrutura formal para trabalhos científicos:

Introdução: deve conter revisão da literatura atualizada e pertinente ao tema, adequada à apresentação do problema, e que destaque sua relevância. Não deve ser extensa, a não ser em manuscritos submetidos como Artigo de Revisão.

Métodos: deve conter descrição clara e sucinta do método empregado, acompanhada da correspondente citação bibliográfica, incluindo: procedimentos

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adotados; universo e amostra; instrumentos de medida e, se aplicável, método de validação; tratamento estatístico.

Em relação à análise estatística, os autores devem demonstrar que os procedimentos utilizados foram não somente apropriados para testar as hipóteses do estudo, mas também corretamente interpretados. Os níveis de significância estatística (ex. p<0,05; p<0,01; p<0,001) devem ser mencionados.

Informar que a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética credenciado junto ao Conselho Nacional de Saúde e fornecer o número do processo.

Ao relatar experimentos com animais, indicar se as diretrizes de conselhos de pesquisa institucionais ou nacionais - ou se qualquer lei nacional relativa aos cuidados e ao uso de animais de laboratório -, foram seguidas.

Resultados: sempre que possível, os resultados devem ser apresentados em tabelas ou figuras, elaboradas de forma a serem auto-explicativas e com análise estatística. Evitar repetir dados no texto.

Ilustrações: São consideradas ilustrações todo e qualquer tipo de tabelas, figuras, gráficos, desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, mapas, organogramas, diagramas, plantas, quadros, retratos, etc., que servem para ilustrar os dados da pesquisa. É imprescindível a informação do local e ano do estudo para artigos empíricos. Não é permitido que figuras representem os mesmos dados de tabelas ou de dados já descritos no texto.

A quantidade total de ilustrações aceitas por artigo é de 5 (cinco), incluindo todas as tipologias citadas acima.

As ilustrações devem ser inseridas após o item Referências e também enviadas separadamente em seu programa original, através da plataforma ScholarOne, no momento da submissão.

As ilustrações devem ser editáveis, sendo aceitos os seguintes programas de edição: Excel, GraphPrism, SPSS 22, Corel Draw Suite X7 e Word. Caso opte pelo uso de outro programa, deverá ser usada a fonte padrão Frutiger, fonte tamanho 7, adotada pela revista na edição.

As imagens devem possuir resolução igual ou superior a 600 dpi. Gráficos e desenhos deverão ser gerados em programas de desenho vetorial (Microsoft Excel, CorelDraw, Adobe Illustrator etc.), acompanhados de seus parâmetros quantitativos, em forma de tabela e com nome de todas as variáveis.

Não são aceitos gráficos apresentados com as linhas de grade, e os elementos (barras, círculos) não podem apresentar volume (3-D).

O autor se responsabiliza pela qualidade das ilustrações, que deverão permitir redução de tamanho sem perda de definição, respeitando-se as seguintes medidas: Formato retrato: uma coluna (7,5cm); duas colunas (15cm). Formato paisagem: uma coluna (22 x 7,5cm); duas colunas (22 x 15cm).

A cada ilustração deverá ser atribuído um título breve e conciso, sendo numeradas consecutiva e independentemente, com algarismos arábicos, de acordo com a ordem de menção dos dados. Os quadros e tabelas terão as bordas laterais abertas.

Para Gráficos, deverá ser informado título de todos os eixos. Todas as colunas de Tabelas e Quadros deverão ter cabeçalhos. As palavras Figura, Tabela e Anexo, que aparecerem no texto, deverão ser

escritas com a primeira letra maiúscula e acompanhadas do número a que se referirem. Os locais sugeridos para inserção de figuras e tabelas deverão ser indicados no texto.

Inclua sempre que necessário, notas explicativas. Caso haja alguma sigla ou destaque específico (como o uso de negrito, asterisco, entre outros), este deve ter seu significado informado na nota de rodapé da ilustração.

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Caso haja utilização de ilustrações publicadas em outras fontes bibliográficas, é obrigatório anexar documento que ateste a permissão para seu uso, e ser citada a devida fonte.

Para artigos bilíngues ou em outro idioma que não o português, deve ser observado a tradução correta das ilustrações, tabelas, quadros e figuras, além da conversão de valores para o idioma original do artigo.

O uso de imagens coloridas é recomendável e não possui custos de publicação para o autor.

Discussão: deve explorar, adequada e objetivamente, os resultados, discutidos à luz de outras observações já registradas na literatura.

Conclusão: apresentar as conclusões relevantes, considerando os objetivos do trabalho, e indicar formas de continuidade do estudo. Não serão aceitas citações bibliográficas nesta seção.

Agradecimentos: podem ser registrados agradecimentos, em parágrafo não superior a três linhas, dirigidos a instituições ou indivíduos que prestaram efetiva colaboração para o trabalho.

Anexos: deverão ser incluídos apenas quando imprescindíveis à compreensão do texto. Caberá aos editores julgar a necessidade de sua publicação.

Abreviaturas e siglas: deverão ser utilizadas de forma padronizada, restringindo-se apenas àquelas usadas convencionalmente ou sancionadas pelo uso, acompanhadas do significado, por extenso, quando da primeira citação no texto. Não devem ser usadas no título e no resumo.

Referências de acordo com o estilo Vancouver Devem ser numeradas consecutivamente, seguindo a ordem em que foram mencionadas pela primeira vez no texto, conforme o estilo Vancouver. Nas referências com dois até o limite de seis autores, citam-se todos os autores; acima de seis autores, citam-se os seis primeiros autores, seguido de et al.

As abreviaturas dos títulos dos periódicos citados deverão estar de acordo com o Index Medicus.

Citar no mínimo 80% das referências dos últimos 5 anos e oriundas de revistas indexadas, e 20% dos últimos 2 anos.

Não serão aceitas citações/referências de monografias de conclusão de curso de graduação, de trabalhos de Congressos, Simpósios, Workshops, Encontros, entre outros, e de textos não publicados (aulas, entre outros).

Se um trabalho não publicado, de autoria de um dos autores do manuscrito e/ou de outras fontes, for citado (ou seja, um artigo in press), é obrigatório enviar cópia da carta de aceitação (artigo já aprovado com previsão de publicação) da revista que publicará o referido artigo.

Se dados não publicados obtidos por outros pesquisadores forem citados pelo manuscrito, será necessário incluir uma carta de autorização, do uso dos mesmos por seus autores.

Citações bibliográficas no texto: deverão ser expostas em ordem numérica, em algarismos arábicos, meia linha acima e após a citação, e devem constar da lista de referências. Se forem dois autores, citam-se ambos ligados pelo "&"; se forem mais de dois, cita-se o primeiro autor, seguido da expressão et al.

Em citações diretas traduzidas pelos autores deve constar em nota de rodapé o trecho no idioma original. Na indicação da fonte deve constar: Tradução minha ou tradução nossa. Exemplo: (Rodgers et al., 2011, tradução nossa).

A exatidão e a adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e mencionados no texto do artigo são de responsabilidade do autor. Todos os trabalhos citados no texto deverão ser listados na seção de Referências.