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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE ASSOCIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA ALÉLICA DOS POLIMORFISMOS DOS GENES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA COM A FORÇA MUSCULAR E PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSAS HILDEAMO BONIFACIO OLIVEIRA Natal, RN 2012

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

ASSOCIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA ALÉLICA DOS POLIMORFISMOS DOS

GENES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA COM A FORÇA

MUSCULAR E PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSAS

HILDEAMO BONIFACIO OLIVEIRA

Natal, RN 2012

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HILDEAMO BONIFACIO OLIVEIRA

ASSOCIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA ALÉLICA DOS POLIMORFISMOS DOS

GENES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA COM A FORÇA

MUSCULAR E PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSAS

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito para a obtenção do titulo de

Doutor em Ciências da Saúde.

Orientador: Prof. Dr. Aldo da Cunha Medeiros

Natal, RN 2012

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iii

7,5cm

Ficha elaborada pela Biblioteca de Pós-Graduação da SIBI//UCB

O48a Oliveira, Hildeamo Bonifacio

Associação da frequência alélica dos polimorfismos dos genes do

sistema renina angiotensina com a força muscular e pressão arterial de

idosas / Hildeamo Bonifacio Oliveira – Natal/RN 2013.

69 f. : il. ; 30 cm.

Tese (doutorado) – Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, 2013.

Orientação: Dr. Aldo da Cunha Medeiros

1. Hipertensão. 2. Enzima Conversora de Angiotensina (ECA). 3. Idoso.

4. Musculação. I. Medeiros, Aldo da Cunha, orient. II. Título.

CDU 616.12-008.33-053.9

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iv

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde:

Profª. Drª. Ivonete Batista de Araujo

NATAL, RN 2012

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v

HILDEAMO BONIFACIO OLIVEIRA

ASSOCIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA ALÉLICA DOS POLIMORFISMOS DOS

GENES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA COM A FORÇA

MUSCULAR E PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSAS

Aprovada em 12/12/2012

BANCA EXAMINADORA

Presidente da Banca:

Prof. Dr. Aldo da Cunha Medeiros – UFRN

Membros da Banca:

Prof. Dr. Daniel Alexandre Boullosa Álvarez – UCB-Brasília

Prof. Dra. Patrícia Froes Meyer-UnP

Prof. Dr. Hênio Ferreira de Miranda - UFRN

Prof. Dr. Paulo Dantas - UFRN

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DEDICATÓRIA

A minha Mãe Amália Maria pelo amor, dedicação, atenção e incentivo.

A minha esposa Sylmara, meu eterno amor.

A minha filha Caroline e meu filho Heytor, frutos deste amor

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter colocado em meu caminho pessoas iluminadas.

Ao Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde-PPGCSa da

Universidade Federal do rio Grande do Norte pelo acolhimento durante o

doutorado.

Ao Prof. Dr. Aldo da Cunha Medeiros, orientador, por ser um facilitador

neste processo de capacitação para a comunidade científica.

A minha esposa Sylmara M S Bonifacio, meus filhos Caroline S

Bonifácio e Heytor S Bonifacio, pelos inúmeros momentos de ausência

como marido e pai.

Aos meus pais Hildebrando Bonifácio da Silva e Amália Maria Oliveira e

Silva, pelo ideal e perseverança no compromisso de formação e

educação, regrado de amor e cumplicidade.

Aos meus irmãos Rosa Bonifácio, Marízia Bonifácio, Benedito Bonifácio,

Simone Bonifácio e Joselito Bonifácio que me puxaram e me

empurraram nos momentos de dificuldade.

A todos da minha família, que seguiram o caminho da Educação Física,

tendo como inspirador o Tio Geovanni Camilo de Oliveira.

A todos os amigos Mestrandos e Doutorandos da UFRN.

A todos meus queridos professores e professoras que participaram

deste processo de formação e capacitação, desde o jardim de infância

até este doutoramento.

Aos Professores Doutores do PPGCSa, pelo incentivo, dedicação e

confiança recebido.

A todos os Funcionários do Programa de Pós-graduação em Ciências da

saúde pela atenção.

Aos técnicos, professores e alunos da Universidade Católica de Brasília

que participaram direta ou indiretamente deste doutoramento.

Ao Dr José Fernandes Filho pela oportunidade de ingresso ao PPGCSa

da UFRN.

Ao prof Mileno Tonissi por sua grande amizade e apoio.

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EPÍGRAFE

“Somos trabalhadores no jardim da saúde” Jürgem Palm”

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LISTA DE ABREVIATURAS

ANOVA

a-vDO2

CEP

D

DC

DNA

dp

DXA

ECA

EDTA

FVM

FVMc

IFN-y

IL-6

I

ID

IECA

IMC

IPAQ

LABEF

MLG

MCT

n

PA

PApré1

PApré2

PApós1

Análise de variância

Diferença arterio-venosa de oxigênio

Comitê de Ética em Pesquisa

Deleção

Débito cardíaco

Ácido desoxinibonucléico (do inglês, deoxyribonucleic acid)

Desvio-padrão

Absortometría de raios-x de dupla energia (do inglês, dual

energy X-rayabsorptiomeiry}

Enzima conversora de angiotensina

Anticoagulante, ácido etilenodiamino tetra(do inglês

Ethylenediamine tetraacetic acid)

Força voluntária máxima

Força voluntária máxima corrigida

Interferon gama

Interleucina 6

Inserção

Inserção-deleção

Inibidor da enzima conversora de angiotensina

índice de massa corporal

Questionário Internacional de Atividade Física (do inglês,

(Infemationaí FhysicafAaivilyQitffstSfrtifiQire)

Laboratório de Estudos de Força

Massa livre de gordura

Massa corporal Total

Amostra

Pressão arterial

Pressão arterial antes da sessão de exercício antes da

periodização (baseline pré)

Pressão arterial antes de cada sessão exercício durante a

periodização

Pressão arterial após a sessão de exercício antes da

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x

PApós2

PAD

PÁS

pb

PCR

PSE

RCQ

RM

RMp

SNPs

TNF-α

periodização (baseline pós)

Pressão arterial após cada sessão de exercício durante a

periodização

Pressão arterial diastólica

Pressão arterial sistólica

Pares de bases

Reação em Cadeia de Polimerase (do inglês, Polymerase

Chain Reaction)

Percepção subjetiva de esforço

Relação Cintura Quadril

Repetição máxima

Repetição máxima predita

Polimorfismos únicos de nucleotídeos

Fator de necrose tumoral alfa

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SUMÁRIO

Dedicatória....................................................................................................... vi

Agradecimentos............................................................................................... vii

Epigrafe............................................................................................................ viii

Lista de Abreviaturas....................................................................................... ix

Resumo............................................................................................................ xiii

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 1

2 OBJETIVOS .......................................................................................... 5

2.1 Objetivo Geral.............................................................................. 5 2.2 Objetivos

específicos.................................................................................... 5

3 METODOS 6

3.1 Desenho experimental ................................................................ 6

3.2 População e critérios de exclusão................................................ 6

3.3 Avaliação Clínica.......................................................................... 7

3.4 Avaliação Antropométrica e da Composição Corporal................. 7

3.5 Avaliação cardiorrespiratória........................................................ 8

3.6 Coleta de sangue e análises clínicas........................................... 9

3.7 Análises do polimorfismo.............................................................. 10

3.8 Reação em cadeia de polimerase confirmatória.......................... 10

3.9 Avaliação, prescrição e acompanhamento da força..................... 11

3.10 Testes de Resistência Dinâmica Variável.................................... 12

3.11 Teste isocinético de força máxima............................................... 12

4 ARTIGOS PRODUZIDOS...................................................................... 14

4.1 Blood pressure response of elderly women to strength exercise as a function of angiotensin-converting enzyme polymorphisms use................................................................................................

14

5 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES.................................... 30

5.1 Adequações e limitações metodológicas...............................................................................

30

5.2 O mérito, a originalidade, a multidisciplinaridade e a contribuição científica...................................................................

31

5.3 Evolução intelectual...................................................................... 33

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5.4 Metas e perspectivas.................................................................... 33

5.5 Conclusão..................................................................................... 35

6 REFERÊNCIAS...................................................................................... 36

7 APENDICES........................................................................................... 46

8 ANEXOS................................................................................................. 51

8.1 Parecer do Comitê de Ética em Pesquisas.................................. 52

8.2 Termo de consentimento livre e esclarecido................................ 53

Abstract ........................................................................................................... 57

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RESUMO

As alterações fisiológicas induzidas pelo processo de envelhecimento são dinâmicas e progressivas, reduzindo a capacidade de adaptação e autonomia do idoso, podendo ser influenciada por fatores genéticos e ambientais. Assim o objetivo desta tese foi verificar a associação entre o polimorfismo ID do gene da ECA e os fenótipos de força muscular e pressão arterial sistêmica de 62 idosas brasileiras (67,35±5,66 anos) durante um programa de 16 semanas de treinamento supervisionado. As idosas foram estratificadas pela idade, sendo o grupo1 (G1, n=34 )<70 anos e grupo 2 (G2 n=28)≥ 70 anos, e em três grupos pela ECA, ECA-II (n=8) ECA-DD (n=35) e ECA-ID (n=19). O nível de força muscular foi avaliado pelo método de repetições máximas e as medidas da pressão arterial (PA) foram aferidas antes e após o treinamento (PAPré1 e PAPós1) e antes e após cada sessão de treino (PAPre2 e PAPós2), no local de treinamento. Amostras de DNA foram isoladas a partir de leucócitos de sangue periférico e o polimorfismo de inserção/deleção (ID) do gene ECA (rs1800795) foi genotipado pela reação em cadeia de polimerase (PCR) acrescida de PCR-confirmatória. A distribuição genotípica do polimorfismo ID atendeu as prerrogativas do equilíbrio de Hardy-Weitíherg. Houve variação nos níveis de força pré e pós-treinamento e entre os grupos pela idade (teste t) e pelo polimorfismo da ECA (ANOVA) com (p<0,05). Em função dos resultados concluiu-se que o treinamento contra resistência contribui para redução da PAS e aumento da força muscular de membros superiores e inferiores quando consideradas a idade e o polimorfismo da ECA. Neste estudo as Idosas portadoras do alelo D foram mais reativas as variações da PA ao treinamento resistido. A realização deste estudo teve caráter multidisciplinar, envolvendo pesquisadores das áreas Medicina, Educação Física, Farmácia, Nutrição, Gerontologia e Estatística. Este aspecto preencheu os requisitos da multidisciplinaridade do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde.

Palavras-chave: hipertensão; enzima conversora de angiotensina (ECA), idoso;

musculação.

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1- INTRODUÇÃO

Atualmente as maiores taxas de morbidade e mortalidade estão

relacionadas às doenças cardiovasculares, estando esta associada a fatores

de risco, como a idade, sexo, hipertensão, tabagismo, elevado colesterol LDL,

baixo colesterol HDL, diabetes melito, sedentarismo, obesidade e história

familiar de doença cardíaca prematura, fatores genético e ambiente1.

Estudos atuais buscam explicações genéticas para as doenças do

sistema circulatório apontando os polimorfismos do gene do angiotensinogênio

com forte associação a hipertensão arterial essencial. Já o polimorfismo

(inserção/ deleção) do gene da enzima conversora da angiotensina I apresenta

associação com alto risco para eventos coronários agudos, morte súbita

cardíaca e cardiomiopatia hipertrófica, bem como predisposição para esforços

físicos específicos, como resistência, força e potência2.

Assim, grande parte da população urbana, principalmente os idosos, tem

sido incentivada a buscarem nas academias ou health centers os benefícios

relacionados à prática exercícios físicos3. Infelizmente, muitos profissionais

desconhecem as recomendações4 e métodos precisos de avaliação da força5,

a relação volume e intensidade dos exercícios (dose-resposta), as vantagens,

desvantagens, assim como riscos envolvidos nessa prática sobre a saúde do

idoso4, principalmente quando considerado as características genéticas.

Outro aspecto importante está centrado no conhecimento do processo

de envelhecimento onde diversas alterações podem ter origem nas funções

imunológicas ou influenciadas por elas, enquanto alguns parâmetros

imunológicos diminuem com idade, outros aumentam ou permanecem

inalterados6.

A imunocenescência compreende uma série de modificações

morfofuncionais no idoso, como o aumento da atividade inflamatória basal,

definido como inflammaging 7. O termo inflammaging vem sendo utilizado para

designar uma sutil, porém sustentada regulação positiva da resposta

inflamatória de etiologia idiopática que contribui para o surgimento das doenças

inflamatórias7. De fato, as respostas inflamatórias estão envolvidas na

patogênese de doenças relacionadas com a idade, uma vez que doenças como

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Alzheimer, aterosclerose, diabetes e alguns cânceres apresentam um

importante componente inflamatório em suas respectivas fisiopatologias8.

Nessa linha vários estudos associam o processo às adaptações do

tecido muscular frente aos exercícios como capacidade de regeneração que se

da em respostas a um exercício de média a alta intensidade, iniciando

respostas pró-inflamatórias para as microlesões teciduais induzidas pelo

estresse tensional e metabólico gerados pelos exercícios de força9.

Hipotetizamos que essas respostas inflamatórias podem se diferenciar em

função de alterações imulológicas induzidas por diferentes intensidades,

frequência e duração de exercício de força, pelos níveis séricos

correlacionados bem como do perfil genético para produção destas citocinas10.

Alguns polimorfismos de região promotora e de fase aberta de leitura

têm sido implicados com níveis séricos de mediadores inflamatórios. Por

exemplo, um polimorfismo de repetição de dinucleotídeos CA no primeiro íntron

do gene para interferon alfa (IFN-γ) vem sendo associado com maior produção

da referida citocina11. Outro polimorfismo para IFN-γ foi indicado como provável

marcador para inflammaging em mulheres12. Mas o principal polimorfismo de

citocina associado com doenças agudas e crônicas no envelhecimento consiste

naquele SNP na posição –174 do gene da interleucina 6 (IL-6). Além dele,

existem outros pontos singulares de polimorfismo na região promotora da IL-6,

a saber: as variações -597G/A e -572G/C. No entanto, essas variações

encontram-se em desequilíbrio de ligação com o polimorfismo -174 C/G, de

modo a se convencionar o estudo deste último 13,14,15. Acredita-se que essa

mudança de bases G→C na posição –174 afeta a transcrição do gene,

podendo alterar os níveis plasmáticos da IL-624 e ter significado relevante na

suscetibilidade a determinadas patologias, como a doença de Alzheimer que

apresenta uma importante relação entre a presença do alelo C com o aumento

do risco de desenvolver a patologia16. E ainda, o polimorfismo -174 C/G podem

estar relacionados com o aumento do risco das doenças cardiovasculares

(CVD) em idosos17. Neste caso, o alelo C parece desempenhar um importante

papel, principalmente no desenvolvimento da aterosclerose. No caso da

patologia da osteoporose, tem-se que o genótipo CC está associado com baixa

absorção e menor diminuição da massa óssea.

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Além dos genes para citocinas, outros genótipos vêm sendo

consistentemente associados a fenótipos inflamatórios que contribuem para

motalidade como das proteínas CD 14 solúvel (sCD14) e receptores TOLL-like.

Em pacientes com sepse, os níveis de sCD14 estão de três a cinco vezes

aumentados18. Outra variação genética que vem ganhando destaque entre os

fatores predisponente à sepse em seres humanos consiste no principal

polimorfismo do gene codante da enzima conversora de angiotensina, onde um

evento de inserção (I) ou deleção (D) de um elemento Alu (aproximadamente

250 bp) sobre o gene gerou um polimorfismo ECA I/D amplamente distribuído

na espécie humana18. Pesquisadores19 encontraram forte associação entre o

genótipo DD e níveis da enzima circulante duas vezes superior aos níveis

encontrados em pacientes II. Neste sentido, o papel da variação ECA I/D na

sepse vem sendo estudada, de modo a se revelar sua contribuição

coadjuvante, enquanto fator pressórico hemostático20, no desenvolvimento e/ou

agravamento da fisiopatologia da sepse21,22,23 e alterações da força

muscular24,25.

O entendimento dos mecanismos imunogenéticos contribui para o

monitoramento do fenômeno de inflammaging e das respostas aos exercícios

em idosas brasileiras com vistas ao desenvolvimento de estratégias

terapêuticas voltadas à promoção da qualidade de vida e diminuição da morbi-

mortalidade, uma vez que a baixos níveis de força muscular em idosos tem

sido associado a fatores de riscos para complicações crônicas26,27, déficits de

atividade funcional e índices aumentados de mortalidade27.

A redução dos níveis de força muscular com o avanço da idade é

descrita na literatura como um processo inerente ao envelhecimento, mesmo

àquele desacompanhado por morbidades. No entanto, apresenta-se com

grandes diferenças individuas27,28,29,30

sugerindo que além da grandeza dos

estímulos, ambiente e hábitos diários a influencia genética nos fenótipos

musculares, especialmente na força e na massa muscular 31,32,33 é uma

possibilidade a ser considerada.

Dentre os fatores genéticos associados aos níveis da força muscular,

pesquisas apresentam as variantes polimórficas derivadas de um evento de

inserção de elemento Alu sobre o gene da enzima conversora de angiotensina

(ECA; dipeptidil carboxipeptidase I), com fenótipos de força e massa muscular

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4

34,35. A variação polimórfica de inserção, denominada alelo I, encontra-se

associada à produção reduzida da ECA36 e menor porcentagem de fibras

musculares tipo IIb, responsáveis por maiores níveis de força muscular37,

observando-se uma relação inversa das concentrações de ECA para indivíduos

portadores do alelo DD.

Outras pesquisas demonstram que homozigotos do alelo D, assim

denominado o alelo sobre o qual não ocorreu o evento de inserção,

responderiam de forma mais eficiente ao programa de exercícios de força

fazendo alusão de que maiores níveis de ECA estariam relacionados à

predisposição para ganhos de força34,38,39.

Um estudo com mulheres idosas hipertensas que faziam uso de

inibidores da ECA demonstraram respostas semelhantes aquelas de mulheres

homozigóticas II para a enzima conversora de angiotensina40. Porém estudos

demonstram que alguns medicamentos só controlam os níveis plasmáticos de

angiotensinogênio II no repouso40. Em outra pesquisa41 foi hipotetizado que os

ganhos de força de indivíduos com alelo DD estariam relacionados

indiretamente com melhor adaptação neural em função de uma maior

estimulação dos receptores de angiotensina II nos receptores nervosos e assim

aumento da atividade nervosa simpática43.

Entretanto, apesar do nível de massa muscular e da coordenação

intramuscular estar diretamente relacionadas com maiores níveis de força44

existem outras variáveis que podem interferir nos resultados de testes de força

voluntária máxima, como também na grandeza da adaptação e

desenvolvimento da força muscular dinâmica, como o tamanho dos segmentos

corporais45,46, histórico de prática de atividades de alta intensidade e alterações

hormonais44. Além disso, os estudos não deixam claro se os valores de força

mensurados foram ajustados para massa corporal total, massa magra e

comprimento dos segmentos corporais (índices de tronco e extremidades crual

e braquia)l45 e marcadores genéticos como a ECA38,47,48.

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2- OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral Investigar níveis séricos e genótipos de citocinas e genes relacionados

com função imunológica, aptidão física, composição corporal e alterações da

pressão arterial de mulheres idosas.

2.2 Objetivos Específicos

2.2.1 - Investigar a associação da frequência alélica dos polimorfismos dos

genes do sistema renina angiotensina com a força muscular e a alterações da

pressão arterial de mulheres idosas hipertensas.

2.2.2 - Investigar as alterações induzidas pelo treinamento de força no perfil

antropométrico em função da frequência alélica dos polimorfismos dos genes

do sistema renina angiotensina em idosas hipertensas.

2.2.3 - Investigar as alterações induzidas pelo treinamento de força e da

composição corporal em função da frequência alélica dos polimorfismos dos

genes do sistema renina angiotensina em mulheres idosas hipertensas.

2.2.4 - Investigar os efeitos agudos e crônicos do treinamento de força sobre a

pressão arterial sistêmina em função da frequência alélica dos polimorfismos

dos genes codantes de IL-6, IFN , TNF- e ECA.

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3- MÉTODOS

3.1 Desenho experimental

Esse estudo se caracteriza como semilongitudinal descritivo

correlacional. Foi desenvolvido em parceria intrainstitucional com a Pós

Graduação em Gerontologia (PGG_UCB), com o projeto Universidade Aberta à

Terceira Idade (UnATI) e com o Hospital da Universidade Católica de Brasília

(HUCB). Essa parceria, com a PGG-UCB, possibilitou ainda a utilização dos

benefícios oriundos da parceria interinstitucional, já existente, com o

Laboratório de Imunologia da Universidade Federal de Ouro Preto. Esta

pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade

Católica de Brasília (CEP/UCB 133/2007) estando em conformidade com a

resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

3.2 População e critérios de exclusão

As participantes deste estudo foram selecionadas por conveniência do

cadastro geral de 800 participantes do programa UnATI - Universidade Católica

de Brasília. Foi divulgado o convite a mulheres idosas para participar de um

estudo multicêntrico com garantias a cada participante do acompanhamento

nas áreas de clínica geral, nutricional, farmacológico e de atividade física.

Compareceram inicialmente 200 idosas, e foram excluídas aquelas com

idade inferior a sessenta anos, desistência do projeto ou não cumprimento das

avaliações clínica, laboratoriais e de atividades físicas previstas no estudo ou

ainda não ter experiência na prática dos exercícios resistidos. Todas assinaram

o termo de consentimento livre e esclarecido. Desse total foram escolhidas por

conveniência 96 voluntárias para a intervenção com exercícios resistidos

sistematizados, realizados no Laboratório de estudos de força (LABEF) da

Universidade Católica de Brasília.

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3.3 Avaliação Clínica

Após a assinatura do termo de conhecimento livre e consentido, as

idosas foram avaliadas por meio de anamnese clínica, onde foi utilizado

questionário padronizado voltado para detectar sintomas e avaliação do estado

geral de saúde das pacientes49 além de verificar o consumo de medicamentos

utilizados pelo grupo. Este procedimento permitiu que idosas saudáveis e

idosas apresentando morbidades fossem segregadas em grupos para o estudo

de associação com os perfis de citocinas, genótipos obtidos e exercício físico.

O exame clínico foi realizado dentro das normas semiológicas de rotina,

por um médico, sendo procedida uma inspeção geral da paciente, a aferição da

pressão arterial (PA), auscultas cardíaca e pulmonar; palpação superficial e

profunda do abdome, inspeção dos membros inferiores e a palpação digital dos

mesmos. A PA teve como padrão de normalidade aferições em nível menor

que 130 mm/Hg para pressão sistólica e menor que 85 mm/Hg para a pressão

diastólica, conforme preconizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia para

pacientes idosos50. As auscultas foram realizadas para avaliação dos aparelhos

cardiovascular e pulmonar, enquanto, na palpação do abdome, buscou-se

evidenciar pontos dolorosos e visceromegalias 49 e demais sinais clínicos de

infecção e inflamação. A avaliação médica e laboratorial permitiu que fossem

desconsideradas as idosas que apresentaram sinais clínicos de processos

infecciosos e/ou inflamatórios ativos ou que fizessem uso de medicamentos

imunomodulatórios49, como forma de minimizar interferências sobre a

homeostase imunológica ou ainda aquelas não diagnosticadas como

hipertensas. Esses procedimentos foram realizados no Ambulatório de

Farmacologia Clínica do Hospital da Universidade Católica de Brasília.

3.4 Avaliação Antropométrica e da Composição Corporal

Após assinatura do termo de consentimento as voluntárias foram

submetidas à avaliação antropométrica: da massa corporal por meio de

balança digital Filizola® com a acuidade de 100g; a estatura foi mensurada

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pelo estadiômetro da Country Tecnology INC, Gays Mills, Wl. (modelo 67034)

com escala em milímetros.

Foram determinadas as características antropométricas por meio da

estatura, envergadura, comprimento e circunferência dos segmentos corporais.

Assim, foi determinada a da Massa Corporal Total- MCT: i) dados

antropométricos (Índice de Massa Corporal – IMC e Relação Cintura Quadril –

RCQ, Índice Braquial, Índice crual), ii) avaliação da composição corporal

(Absortometria Radiológica de Dupla Energia – DXA, dobras cutâneas e

impedância bioelétrica)51, iii) dados bioquímicos e iv) análise da ingestão de

nutrientes através de registro de consumo alimentar estimado52, v) hábitos

diários de atividades físicas 3,4 e IPAC versão curta (OMS).

Para determinação do IMC de cada idosa, foi considerada a fórmula

proposta por Lipschitz 51, a qual é recomendada pelo National Council on the

Aging, conforme valores referenciais próprios para pacientes idosos. A análise

do IMC permitiu a classificação em desnutrido, obeso ou estado nutricional

eutrófico. A RCQ foi aferida por meio da divisão da circunferência da cintura

realizada no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca e pela medida

da circunferência do quadril realizada ao nível do trocânter maior do fêmur52. A

estratificação foi feita em função das formas de obesidade abdominal

(andróide) e de glúteos (ginóide). Para estratificação da composição corporal, a

avaliação antropométrica foi complementada pelo método (DXA), que permitiu

determinar com maior fidedignidade a proporção de massa magra e de massa

gorda de cada idosa, comparando-se os resultados com os protocolos de

dobras cutâneas e impedância biolétrica. Foi investigada a associação tanto do

estado nutricional quanto da composição corporal de cada paciente com os

perfis séricos e genômicos e da força muscular.

Esses procedimentos foram realizados nos Laboratórios LABEF e no

Ambulatório de Farmacologia Clínica do Hospital da Universidade Católica de

Brasília.

3.5 Avaliação cardiorrespiratória

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9

Todas as voluntárias foram submetidas ao exame de eletrocardiograma

de repouso (ECG), visando identificar possíveis cardiopatias que impedissem a

participação no estudo, por meio de laudo emitido por um Cardiologista do

Laboratório de Avaliação Física e Treinamento (LAFIT-UCB).

Após o ECG as voluntárias foram submetidas ao teste cardiopulmonar

em esteira rolante da Inbramed modelo Super-ATL® do Brasil com analise das

trocas ventilatórias pelo analisador de gás Córtex Biophysik - modelo Metalize

3D. O analisador foi calibrado antes dos testes conforme especificação do

fabricante como um gás de composição de 20,93 % de oxigênio, 5% de gás

carbônico e balanço de nitrogênio com seringa de calibração de 3 litros. O

protocolo empregado foi progressivo com intervalo entre as cargas de um

minuto, a velocidade inicial foi de 2 km/h para uma inclinação igual a zero (0%)

e a velocidade final de 9 km/h. Como o teste teve caráter de diagnóstico e não

de performance não foi utilizada a inclinação e nem buscou-se aferir o VO2

máximo, ou seja, o teste buscou verificar a capacidade funcional para valores

de 86% do consumo máximo de oxigênio predito. Para o monitoramento da

frequência cardíaca foi utilizada a derivação de um canal CM5. Tanto a esteira

rolante, eletrocardiograma como o analisador de gases, estavam acoplados e

controlados pelo sistema Ergo-PC Elite da Micromed ® do Brasil.

3.6 Coleta de sangue e análises clínicas

Foi realizada punção venosa utilizando o sistema vacutainer com EDTA.

O sangue coletado foi submetido à centrifugação a 600xg durante 10 min. para

separação do plasma e dos elementos figurados do sangue. Parte do plasma

foi destinada às avaliações bioquímicas realizadas por procedimentos de rotina

em análises clínicas, conforme previsto no protocolo imunogerontológico

padronizado. Outra parte foi estocada a –70ºC para a posterior avaliação

humoral das citocinas. Elementos figurados foram mantidos refrigerados para

realização das análises genômicas. Esse componente do projeto foi realizado

no Laboratório de Análises Clínicas do Hospital da Universidade Católica de

Brasília.

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10

3.7 Análises do polimorfismo

A abordagem utilizada no estudo de polimorfismos de base única (SNPs)

ao longo dos genes de citocinas IL-6, TNF e IFN-, genes relacionados à sepse

(CD 14, TLR-4) e doenças do sistema circulatório ECA, consistiu na

identificação de HPtag SNPs (haplotype tag SNPs) ao longo destes genes. Os

polimorfismos foram identificados no banco de dados dbSNPs e HapMap. Uma

vez identificados, os SNPs foram genotipados por reações de sequenciamento

de DNA, ou alternativamente por PCR em sistema multiplex. Para

sequenciamento, iniciadores foram desenhados utilizando o software Primer3,

preferivelmente para amplificação de fragmentos entre 100 a 200 pb contendo

o SNP a ser genotipado. A reação de sequenciamento foi realizada utilizando a

técnica de parada de cadeia com ddNTPs marcados com moléculas

fluorescentes em sistema automatizado da empresa Applied Biosystems. Os

eletroferogramas foram analisados automaticamente com o programa de

computador Staden 1.0.6. Para genotipagem por baterias de multiplex,

iniciadores alelo-específicos incluindo o SNP a ser genotipado foram

desenhados, sendo a formação de grampos e auto-complementaridade

avaliada com o programa Autodimer. Cada amostra foi classificada em um

dos três possíveis genótipos para o polimorfismo da ECA, sendo dois de

homozigotos (DD e II) e um heterozigoto (ID), a partir da PCR descrita acima. A

identificação dos genótipos foi realizada visualizando-se a presença dos alelos

D e I, sendo que a presença de apenas um fragmento de 190 pares de base

caracteriza o genótipo DD e a presença de apenas um fragmento de 490

pares de base caracteriza o genótipo II. Adicionalmente, o heterozigoto ID

foi identificado pela presença de ambos os fragmentos. Esses componentes

do projeto foram realizados nos laboratórios de Imunogerontologia e de

Análises Clínicas (Hospital) da Universidade Católica de Brasília.

3.8 Reação em cadeia de polimerase confirmatória

Apesar dos procedimentos serem realizados em triplicata, ainda assim

existe a possibilidade de erros no sistema de classificação onde indivíduos

heterozigoto ID podem ser classificados como sendo homozigotos DD. Isto se

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11

deve a amplificação preferencial do alelo D e à ineficiência de amplificação do

alelo52, por que pode chegar até 10% da amostra54,55. Esta PCR adicional foi

realizada em todas aquelas amostras classificadas como DD. Os iniciadores

utilizados foram: (5'' TGG GAC CAC AGC GCC CGC CAC TAC 3") e (5" TCG

CCA GCC CTC CCA TGC CCA TAA 3''), como nos estudos53, onde amostras

portadoras do genótipo ID ou II foram usadas como controles positivos durante

análise extra. Este componente do projeto foi realizado no Laboratório

Imunogerontologia e de Análises Clínicas (Hospital) da Universidade Católica

de Brasília.

3.9 Avaliação, prescrição e acompanhamento da força

Para determinar o nível de condicionamento de força muscular foi utilizado

o protocolo proposto por Cooper 56. Foram realizados testes nos exercícios de

supino, flexão de cotovelos, puxada pela frente, pressão de pernas (leg press),

extensão e flexão de joelhos. Esses testes foram antecedidos por quatro

semanas de exercícios de adaptação como forma de padronização da técnica,

da amplitude e velocidade do movimento, além do tipo de ventilação a ser

utilizada, ou seja, expira-se na fase concêntrica. A Força Voluntária Máxima

(FVM) de cada movimento foi determinada inicialmente por meio do número de

repetições máximas (RMs) e posteriormente o teste de uma repetição máxima

(1RM)57. Os valores obtidos foram corrigidos, passando a ser denominada,

Força Voluntária Máxima Corrigida (FVMc).

Inicialmente foi realizada a correção dos valores de carga, ou seja, foi

determinado o valor real mensurado no apoio por dinamômetro e não o valor

indicado pelo fabricante. A FVM foi corrigida para todos os exercícios por meio:

a)índice de massa corporal total (IMCT)=FVM/MCT; b) Índice de massa

corporal magra (IMCM)=FVM/MCM; c)índice braquial (IB)= (comprimento do

antebraço X 100)/comprimento do braço e d)índice crual (IC)= comprimento da

perna X 100)/comprimento da coxa; e) razão força e alelo ID; associado ao

alelo II.

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12

3.10 Testes de Resistência Dinâmica Variável

As idosas realizaram uma sessão de aquecimento geral de 3 a 5 minutos

em bicicleta ergométrica. Posteriormente o equipamento foi ajustado e a idosas

posicionadas onde realizou uma série de aquecimento específico de 4 a 8

repetições com uma carga estimada (PSE) fácil. Após 1 minuto realizaram-se

duas repetições com PSE moderada seguido de 3 minutos de repouso e então

se realizou o máximo de repetições (PSE- difícil), sendo aceito para determinar

o valor de uma repetição máxima 1RMp, qualquer quantidade de 1 a 6

repetições. Foram realizados no máximo dois exercícios por dia sendo um para

membro superior e um para membro inferir, com intervalo de 48 entre cada

sessão de testes5,56,57,58 .

3.11 Teste isocinético de força máxima

As idosas foram posicionadas no equipamento: numa posição sentada,

com a coluna levemente inclinada e registrada em uma escala permanente de

mensurações. O membro contralateral estava preso com correias assim como

a cintura e o dorso. Braços e pernas sem uso também estavam seguros com

ou agarrando correias. As paradas mecânicas da faixa de movimento foram

estabelecidas no começo e no final da ADM de teste desejada. A plataforma do

braço de alavanca foi posicionada para colocar o apoio inferior imediatamente

superior ao ponto mais distal da perna. O aquecimento no instrumento

isocinético consistiu de três repetições submáximas de extensão e flexão

concêntricas recíprocas, com intensidade crescente de 25%, 50% e 75% do

esforço percebido, nos limite inferior e superior de velocidade. Cada idosa

completou ainda duas repetições com intensidade máxima a cada velocidade,

então descansava por um minuto antes do teste. Mais repetições foram

executadas quando as avaliadas não se sentiram confortáveis no teste. O teste

de força e potência começou de um ponto morto, e consistiu de quatro

repetições máximas de extensão e flexão concêntricas, recíprocas e

gravitacionalmente corrigidas, com trinta segundos de descanso entre as

velocidades de 90, 180 e 270 graus/seg. Cada voluntária foi encorajada a

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13

atingir as paradas mecânicas finais durante ambos os movimentos de extensão

e flexão. Um encorajamento verbal consistente e idêntico foi fornecido durante

o teste, mais nenhum feedback visual da geração de torque foi fornecido.

Todos os dados passam pela técnica de windowing para eliminar dados

irrelevantes. Os dados das repetições foram então reduzidos para as variáveis

de força como o pico de torque (valor máximo), torque médio (média entre

todas as repetições), trabalho total (produto máximo de torque e distância), ou

trabalho médio (produto médio de torque e distância), e expresso em

polegadas-libras (ft/lbs) ou Newton-metros (Nm). A potência média

(torque/tempo) e potência instantânea (produto de torque e velocidade) foram

expressas em Watts5.

O programa de treinamento de exercícios de força iniciou-se com duas

sessões por semana durante 16 semanas com intensidade de 40 a 60 % de

1RM e um volume de 18 séries e posteriormente foram utilizadas três sessões

por semana com intensidades correspondentes entre seis e doze repetições

máximas da PSE, com sobrecargas pré-determinadas 59. Após esse período

novos testes foram realizados para avaliar a capacidade das voluntárias em

realizar os exercícios com maiores intensidades. Assim, foram utilizadas cargas

de 60 a 80% de 1RM ou pela percepção subjetiva de esforço (PSE) para essas

Intensidades 57,58,59.

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14

4- ARTIGO PRODUZIDO

5.1 Artigo - Foi submetido ao periódico AGE que possui JCR -4 e fator de

impacto igual 6,2 e Qualis A1 da CAPES para área Medicina II.

Blood pressure response of elderly women to strength exercise as a

function of angiotensin-converting enzyme polymorphisms use

Hildeamo Bonifácio Oliveira1,2,6

Rui de Araujo Caldas7

Alessandro de Oliveira Silva5

Margô Gomes de Oliveira Karnikowski4

Otávio de Tolêdo Nóbrega 4

Renato Andre Sousa da Silva2,6

Elias Rosa de Souza3

Daniel Tavares de Andrade3

Aldo Cunha Medeiros1

1-Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio

Grande do Norte – UFRN.

2-Programa de Graduação em Educação Física do Centro Universitário Euro Americano-

UNIEURO-Brasília-DF.

3-Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Educação Física, Universidade Católica de

Brasília- UCB.

4-Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília-UnB

5-Programa de Graduação do Centro Universitário UNICEUB-Brasília-DF.

6-Centro de Excelência em Medicina do Exercício – CEMEx - Brasília-DF.

7-Programa de Pós Graduação stricto sensu em Ciências Genômicas e Biotecnologia,

Universidade Católica de Brasília- UCB.

[email protected]

Abstract

Hypertension is a chronic disease that affects a large proportion of the elderly

population. Resistance training (RT) has been proposed as a non-pharmacological

alternative for the treatment of hypertension; however, there is no clinical consensus on

the dose response of these exercises in the elderly.

Objective: To analyze blood pressure variations in medicated hypertensive elderly

women who were subjected to a RT program and to associate blood pressure behavior

with angiotensin-converting enzyme (ACE) polymorphisms.

Methodology: Sixty-two women were separated into two age groups (group 1 [G1,

n=34] < 70 years and group 2 [G2 n=28] ≥ 70 years) and into three ACE groups (ACE-

II [n=8], ACE-DD [n=35] and ACE-ID [n=19]). Blood pressure (BP) measurements

were performed before (BPPre) and after (BPPost) each training session at the training

site. Genetic polymorphisms were determined by polymerase chain reaction (PCR)

analysis.

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15

Results: There was a significant increase in the strength of the elderly patients in both

age groups (G1, 17.52 and 17.98%; G2, 19.71 and 18.84%). Furthermore, there was an

increase in strength, based on the ACE polymorphism, in the patients’ upper and lower

limbs (ACE-II: 24%, ACE-ID: 18% and ACE-DD: 18.2%; ACE-II: 14.3%, ACE-ID:

20.2% and ACE-DD: 17%, respectively). There was a reduction in BPPre based on age

(G1=-5.72 and G2=-2.81 mmHg) and ACE polymorphism groups (ACE-II=-5.48,

ACE-ID=-6.55 and ACE-DD=-5.69 mmHg).

Conclusion: RT was influential in increasing strength and reducing systolic blood

pressure (SBP) based on both age and ACE polymorphism. Elderly carriers of the D

allele were more responsive to RT.

Keywords: hypertension, angiotensin-converting enzyme (ACE), aging, muscular

exercise, resistance training.

RESUMO

A hipertensão é uma doença crônica que acomete grande parte da população idosa. O

treinamento resistido (TR) tem sido proposto como alternativa não farmacológica no

tratamento clínico de hipertensos e não há consenso sobre a dose resposta desses

exercícios em idosos. Assim, o objetivo deste estudo foianalisar as variações da Pressão

Arterial de idosas hipertensas medicamentadas submetidas a um programa de TR e

associar o comportamento pressórico com o polimorfismo da Enzima Conversora de

Angiotensina (ECA). Sessenta e duas idosas foram separadas em dois grupos pela

idade, sendo o grupo1 (G1, n=34 )<70 anos e grupo 2 (G2 n=28)≥ 70 anos, e em três

grupos pela ECA, ECA-II (n=8) ECA-DD (n=35) e ECA-ID (n=19). As medidas da

pressão arterial (PA) foram realizadas antes e após o treinamento (PAPré1 e PAPós1) e

antes e após cada sessão de treino (PAPre2 e PAPós 2), foram realizadas no local de

treinamento. O polimorfismo genético foi determinado pela reação em cadeia de

polimerase (PCR). Os resultados evidenciaram redução da PASpré do G1=-5,72 e do

G2=-2,81mmHG e para ECA-II=-5,48, ECA-ID=-6,55 e ECA-DD= -5,69 mmHG).

Houve aumento na força, respectivamente, de membros superiores e inferiores no

G1(19,71% e 18, 84%) e no G2(17,52% e 17,98%), e em função da ECA o G1 (ECA-

II=24%, ECA-ID=18% e ECA-DD=18,2%) e G2 (ECA-II=14,3%, ECA-ID=20,2% e

ECA-DD=17%), Concluiu-se que o TR influenciou na redução da PAS e no aumentou

da força quando consideradas a idade e a ECA. Idosas portadoras do alelo D foram mais

reativas ao Treinamento Resistido.

Palavras chave: hipertensão; enzima conversora de angiotensina (ECA),

envelhecimento; musculação.

Introduction

Arterial hypertension (AH) is a chronic disease with serious health

consequences. In Brazil, 44% of adults, 65% of the elderly and 80% of people above 75

years of age are hypertensive1. Eventually, the target organs of these hypertensive

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16

individuals become injured2,3

, leading to an increased risk of mortality due to cerebral

vascular accidents2 and peripheral and coronary arterial disease

4 .

AH is controlled by the use of specific drugs and by the adoption of healthy

habits 5

. Aerobic exercise is used as a non-drug therapy for patients with stage 1 and 2

hypertension6. Despite the positive effects of counter-resistance exercises on muscle

strength, functional autonomy and quality of life7,8

, only a few studies have

investigated the effects of such exercise on hypertensive elderly patients9, making it

difficult to ascertain the dose response of resistance training (RT) in a group of

individuals that is becoming a considerably larger proportion of the Brazilian

population10

.

Molecular genetic techniques have demonstrated that gene polymorphisms,

including those of angiotensin-converting enzyme (ACE) and angiotensinogen (AGT),

may explain why people are at risk of developing diseases such as arterial hypertension

and cardiovascular disease, as well as the different adaptive responses to hypertension

and muscle strength training after the use of non-drug therapies involving exercise11,12

.

Therefore, individuals with various genetic polymorphisms, as well as those of different

ethnic groups, genders and ages, exhibit different responses to the same type of

exercise11,12

. Furthermore, many individuals do not respond to this13

, indicating the

possibility of both positive and negative adaptations.

Therefore, the aim of the present study was to analyze changes in the blood

pressures of 62 hypertensive, elderly female subjects during 16 weeks of RT and to

investigate possible associations between blood pressure behavior and homozygous (II),

deletion (DD) and heterozygous insertion (ID) polymorphisms of the ACE gene.

Materials and methods

Sample

Ninety-six elderly women (≥ 60 years of age) who were enrolled in the exercise

program at the Strength Studies Laboratory (Laboratório de Estudos de Força - LABEF)

and registered in the University Open to the Third Age Program (Programa

Universidade Aberta a Terceira Idade - UnATI) of the Catholic University of Brasília

(Universidade Católica de Brasília - UCB) volunteered to participate in the present

study. The volunteers signed informed consent forms and were approved based on

clinical assessments. Blood samples, anthropometric evaluations and body composition

measurements were taken, and strength test adaptation exercises were conducted.

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17

Thirty-four of the volunteers were excluded either for not completing the battery of

tests, for not performing the training program consecutively, for developing an illness or

injury that limited their movements or for not following the clinical recommendations.

The present study is associated with the project "Health of the elderly:

Biotechnology applied to the clinical prognostics for immunological markers of

diseases related to aging" (“Saúde dos idosos, Biotecnologia aplicada ao prognóstico

clínico por marcadores imunológicos de enfermidades relacionadas ao

envelhecimento”), approved by the Ethics and Research Committee of UCB (CEP /

UCB 133/2007).

Blood sampling and clinical analyses

Blood sampling and clinical analyses were conducted in the Clinical Analysis

Laboratory, Catholic University of Brasilia Hospital (Hospital da Universidade Católica

de Brasília). Blood was collected using a vacutainer system with

ethylenediaminetetraacetic acid (EDTA) and was centrifuged at 600xg for 10 minutes.

Analysis of ACE polymorphism

DNA samples were isolated from peripheral blood leukocytes. The

insertion/deletion polymorphism of the ACE gene (rs1800795) was genotyped using

polymerase chain reaction (PCR). The oligonucleotides ACE-F1 (5'

CTGCAGACCACTCCCATCCTTTCT 3') and ACE-R1 (5'

GATGTGGCCATCACATTCGTCAGAT 3') were used to amplify fragments of

approximately 490 and 190 bp, corresponding to the I and D alleles, respectively. Each

reaction (25 µl) was composed of 100 ng DNA, 10 mM Tris-HCl (pH 9.2), 25 mM KCl,

1.5 mM MgCl2, 0.2 µM of each oligonucleotide, 0.01 mg/ml ovalbumin, 0.2 mM

deoxyribonucleotide triphosphate (dNTPs) and 0.2 units of Taq polymerase (Phoneutria,

MG, Brazil). Amplification consisted of an initial denaturation at 94°C for 2 min,

followed by 36 cycles of denaturation at 94°C for 40 sec, annealing at 64°C for 45 sec

and extension at 72°C for 50 sec. The reaction was terminated by a final extension at

72°C for 5 min. The products were subjected to electrophoresis using 2% agarose.

Anthropometric measurements

Body mass, height and arm span, as well as body-part lengths, perimeters and

skinfold measurements, were determined14

. The following equipment (Sanny®) was

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18

used: stadiometer (mm), metal tape measure, anthropometer and calipers, as well as a

Toledo® digital scale (50 g) and a Lange skinfold caliper®.

Hemodynamic measurements

All BP measurements were standardized and obtained before and after each

training session using a Microlife® BP3BTO-A automatic apparatus15

, during both the

adaptation period and the 16 weeks of training, with the subject in the sitting position of

Brazilian Hypertension Society Brazilian Cardiology Society and Brazilian Society of

Nephrology4. Pre-training reference values (baseline) of the systolic blood pressure

(SBP), diastolic blood pressure (DBP) and mean arterial pressure (MAP) were

determined by averaging measurements obtained during the last four sessions of the

adaptation period.

Maximum voluntary strength tests

Maximum voluntary strength (MVS) was determined by testing one maximum

repetition (1 MR)16

of the following exercises: 1) horizontal adduction of the shoulders

with elbow extension (supine), 2) bending of the elbows with a straight bar, 3) elbow

flexion with adduction of the shoulders (front pull), 4) extension of the knees and hips

(leg press), 5) knee extensions and 6) flexion of the knees. The technique was

standardized for amplitude, movement velocity and ventilation type during expiration in

the concentric phase. The warm-up period consisted of 5 min on an exercise bike and a

series of 10 to 15 repetitions with a load of 30% of 1 MR. The value of 1 MR was

predicted every four weeks for the maximum number of repetitions in the third series of

12-15 repetitions16

. The equipment used was of the Righetto brand (Power Tech®).

During testing and training, the air temperature and humidity were 21 to 26°C and 30 to

80%, respectively.

The RT method involved alternating three series of 12-15 repetitions, with a 60-

to 100-sec interval between each series, within two weekly sessions. The movement

execution speed was 2 sec for the concentric and eccentric phases without pause (2 sec-

0 sec-2 sec-0 sec) for all exercises except for the leg press and lat pulldown (2 sec-0

sec-3 sec-0 sec). The overload consisted of weekly sessions that included alternating

resistance (+5%) and reduced recovery (5 sec), and 60% of 1 MR was reached within a

1-min interval4 . Shoulder adduction, trunk flexion and extension and hip adduction and

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19

abduction comprised a series of exercises, with the overload being determined by levels

6 and 7 of perceived exertion 17

.

Statistical procedures

The Shapiro-Wilk and Levene tests for normality were used, and the chi-square

(χ2) test was used to confirm the genotypic frequencies based on Hardy-Weinberg

equilibrium. The paired-t and t-for-independent-samples tests were used to compare

mean values before and after training, and the Mann-Whitney and Wilcoxon tests were

used for the age data. Two-way ANOVA and repeated measures multivariate analysis

with Bonferroni correction were used to analyze the ACE groups. The Scheffé post-hoc

test was used when F was <0.05. The software used was the Statistical Package for

Social Sciences (SPSS®) version 15.0 for Windows® (licensed to the institution). The

level of significance adopted was p<0.05.

Results

Results were analyzed by age group as described by Cooper18

. The proportions

of elderly participants were 54.83 and 45.17% in G1 and G2, respectively. With regard

to Hardy-Weinberg equilibrium, the frequency results by ACE genotype were as

follows: 12.9% for II homozygotes, 56.45% for ID heterozygotes and 30.65% for DD

homozygotes (Χ2=4.93; p=0.08).

Table 1. Anthropometric and muscle strength characteristics of the elderly women

before and after periodization, according to age

Variable

Stage

Age

General

(n=62)

<70 years

(n=34)

≥70 years

(n=28) p

Age (years) Pre 67.35±5.66 62.94±2.82 72.71±2.90 0.001

**

Body Mass (kg) Pre

Post

P

66.61±10.82

67.53±10.68

NS

69.07±10.93

69.91±10.07

NS

63.63±10.09

64.56±10.11

NS

0.04 **

0.049 *

BMI (kg/m2)

Pre

Post

P

28.17±4.03

28.57±3.99

NS

28.44±4.13

28.80±4.07

NS

27.84±3.95

28.28±3.94

NS

NS

NS

Horizontal shoulder

adduction with elbow

extension - vertical

supine (kg)

Pre

Post

P

27.54±5.87

33.79±4.85

0.001*

28.52±5.42

34.58±4.92

0.001*

26.35±16.27

32.82±4.67

0.001*

NS

NS

Extension of knees and

hips- leg press (kg)

Pre

Post

P

101.03±16.86

123.82±16.10

0.001*

103.17±15.95

125.79±15.55

0.001*

98.42±17.83

121.42±16.71

0.001*

NS

NS

Pre - Before the periodization; Post - After 16 weeks of training; NS - not significant; (*) Significant

intra-group difference (paired t test); (**) Significant difference between groups (t test for independent

samples); p<0.05.

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20

Mean and standard deviation values for anthropometric and BP results by age,

both before (BPPre) and after (BPPost) training, are displayed in Table 1. Differences in

body mass were observed in both groups between the pre- and post-RT program levels

(p<0.05). There was an increased strength level after compared with before the RT

program in both groups (p<0.05), with the largest absolute values exhibited by G1.

Table 2. Hemodynamic characteristics of the women before and after resistance

training, according to age

Variable

Stag

e

Age

General

(n=62)

<70 years

(n=34)

≥70 years

(n=28) p

Systolic Blood

Pressure

(mmHg)

Pre-training

session

Pre1

Pre2

p

129.97±7.70

125.85±7.32

0.02 *

144.54±7.82

137.85±1.84

0.001 *

128.76±7.93

125.95±7.70

NS

143.32±8.13

137.69±1.51

0.001*

131.43±7.29

125.71±6.96

0.049 *

146.03±7.30

138.04±2.20

0.001*

NS

NS

NS

NS Post-training

session

Post1

Post2

p

Diastolic Blood

Pressure

(mmHg)

Pre-training

session

Pre1

Pre2

p

75.20±5.14

74.94±5.84

NS

74.22±5.14

75.91±5.27

NS

76.58±4.91

74.96±5.08

NS

75.55±4.95

75.88±4.83

NS

73.53±5.00

74.92±6.74

NS

72.61±4.98

75.94±5.85

0.03 *

0.01 **

0.98

0.02 **

NS Post-training

session

Post1

Post2

p

Mean Arterial

Pressure (mmHg)

Pre-training

session

Pre1

Pre2

p

93.27±4.85

91.74±5.77

NS

97.43±4.89

96.35±3.85

NS

93.80±5.02

91.79±5.07

NS

97.91±5.09

96.28±3.37

NS

92.64±4.66

91.68±6.61

NS

96.84±4.67

96.43±4.44

NS

NS

NS

NS

NS Post-training

session

Post1

Post2

p

Pre1 - Rest before the training session, before starting periodization; Pre2 - Rest before the training

session, after the periodization; Post1 - Recovery from the training session before periodization; Post2 -

Recovery from the training session, after periodization; NS - not significant; (*) Significant intra-group

difference (paired t test); (**) Significant difference between groups (t test for independent samples); p

<0.05.

There was a significant reduction in SBP within the age groups (p<0.05) at all

stages except in G1 pre-session values (Table 1). No significant difference was

observed between the groups, although G2 SBP values were consistently lower than the

values in G1.

There were significant differences in the base reference values of DBP between

the groups; in G2, there was an increase only between the pre- and post-training intra-

group values (p=0.03) (4.38% increase; equivalent to 3.33 mmHg).

There were no significant differences in MAP, either within or between the

groups at any stage (p>0.05), when the groups were compared by age.

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21

Table 3. Anthropometric and muscle strength characteristics in elderly women

according to the frequency of allele-specific angiotensin-converting enzyme (ACE)

polymorphisms, before and after the training program

Variable Stage

II

Homozygotes

(n=8)

ID

Heterozygot

es

(n=35)

DD

homozygote

s

(n=19)

ANOVA

F p

Age (years) Pre 69.37±6.63 66.74±5.70 67.63±4.90 0.72 NS

Body Mass (kg) Pre

Post

p

69.68±11.64

70.03±10.66

NS

67.18±10.51

68.18±10.51

NS

64.28±11.19

65.28±11.19

NS

0.80

0.74

NS

NS

BMI (kg/m2)

Pre

Post

p

29.48±4.50

29.66±4.31

NS

28.14±3.88

28.56±3.88

NS

27.68±4.21

28.12±4.21

NS

0.55

0.40

NS

NS

Horizontal shoulder

adduction with elbow

extension - vertical

supine (kg)

Pre

Post

p

23.50±5.09†

30.00±4.62 †

0.001*

28.14±3.88a

34.68±4.37 †

0.001*

27.68±4.21

33.73±5.24

0.001*

2.79

3.25

NS

0.04

**

Knee and hip

extensions - leg presses

(kg)

Pre

Post

p

101.50±16.48

118.37±16.24

0.001*

96.22±15.49¥

120.57±14.2

0.001*

109.68±16.7

4 ¥

132.10±16.9

4 †¥

0.001*

4.35

4.05

0.01

**

0.02

**

NS - Not significant; (*) Significant intra-group difference (Wilcoxon test); (†)

Significant between the II and ID groups; (‡) Significant between the II and DD groups;

(¥) Significant between the ID and DD groups; comparisons between groups by

multivariate analysis with p<0.05.

Table 3 displays the means and standard deviations of the anthropometric and

muscle strength values according to ACE polymorphism. There were no significant

differences in anthropometric values between the three ACE groups (p>0.05), although

there was a significant increase in strength after RT (p<0.05) in all three groups. The

percentage gains in strength in the ACE-II, ACE-ID and ACE-DD groups were 24, 18

and 18.2%, respectively, for the upper limbs and 14.3, 20.2 and 17%, respectively, for

the lower limbs (p<0.05).

Table 4. Hemodynamic characteristics of elderly women according to the frequency of

allele-specific angiotensin-converting enzyme (ACE) polymorphisms, before and after

the training program

Variable Stage

II

Homozygot

es

(n=8)

ID

Heterozygot

es

(n=35)

DD

Homozygote

s

(n=19)

ANOVA

F p

Systolic blood

pressure

(mmHg)

Pre-

training

session

Pre1

Pre2

p

130.00±6.76

126.51±5.56

NS

128.66±8.60

125.45±8.25

NS

132.37±5.76

126.30±6.34

0.004*

1.44

0.11

NS

NS

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22

Post-

training

session

Post1

Post2

p

145.00±6.76†

138.11±1.51

0.03 *

143.14±8.73

137.92±1.87

0.001*

146.94±5.96

137.60±1.99

0.001*

1.49

0.27

NS

NS

Diastolic

blood pressure

(mmHg)

Pre-

training

session

Pre1

Pre2

p

75.31±4.48

72.34±3.78

NS

74.87±5.11

76.78±6.74 ¥

NS

75.77±5.66

72.66±3.02¥

0.01 *

0.18

4.41

NS

0.01

**

Post-

training

session

Post1

Post2

p

74.36±4.54

72.69±2.80‡

NS

73.82±5.06

77.47±6.12‡

0.01 *

74.91±5.67

74.38±2.90

NS

0.27

4.23

NS

0.01

**

Mean arterial

pressure

(mmHg)

Pre-

training

session

Pre1

Pre2

p

93.36±4.29

90.22±3.93

NS

97.67±4.28

94.28±1.90

NS

92.62±5.00

92.84±6.89

NS

96.69±4.99

97.42±4.51

NS

94.45±4.82

90.36±3.41

0.001*

98.68±4.93

95.24±2.25

0.003*

0.87

1.47

1.02

3.52

NS

NS

Post-

training

session

Post1

Post2

p

NS

0.03

**

BPpre1- Rest pre-training; BPpre2- Rest after training; BPpost1- Post training recovery in

pre training; BPpost2- Post training recovery after training; NS - no statistically

significant difference; (*) Significant intragroup difference (Wilcoxon test); (†)

Significant difference between the II and ID groups; (‡) Significant difference between

the II and DD groups; (¥) Significant difference between the ID and DD groups. The

significance level was set at p<0.05 for comparisons between groups (multivariate

analysis for repeated measures with Bonferroni correction and Scheffé post hoc).

The SBPPre values (Table 4) were significantly different only within the ACE-

DD group (p<0.05). The SBPPost values were significantly different within groups

(p<0.05) but not between groups (p>0.05).

In the post-training session, the ACE-ID group exhibited differences from the

ACE-II and ACE-DD groups in DBPPre2 and differences from the ACE-II group in

DBPPost2 (p<0.05). The only evidence of intra-group differences was observed (p<0.05)

in the ACE-DD group for DBPPre2 and for DBPPost2 in the ACE-ID group.

There were significant intra-group differences in MAP in the pre-training session

in the ACE-DD group and in the post-training session in the ACE-II and ACE-DD

groups. There were differences in MAP between the ACE-ID group and the other

groups (p=0.03) at the post-training session.

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23

Fig. 1 Weekly variations in resting blood pressure as a function of angiotensin-

converting enzyme (ACE) polymorphism

Figure 1 displays the weekly variations in BP as a function of ACE

polymorphism. Variations in the resting SBP at the pre-training session, along with a

reducing trend in pressure values in all three groups, was observed; this finding was

most evident in the ACE-ID group.

As shown in Figure 1-B, the ACE-ID group exhibited higher values of DBP, and

this measure increased in all groups from the pre- to post-training sessions.

Figure 1-C depicts the weekly dispersion of MAP between the ACE-II and

ACE-ID groups until the 12th week. The ACE-DD group exhibited a decrease in MAP

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24

between the 5th and 11th weeks, and decreases during this period were also found in the

ACE-II and ACE-ID groups.

Fig. 2 Weekly variations in the resting systolic blood pressure as a function of

angiotensin-converting enzyme (ACE) polymorphism in two groups (ACE-II + ACE-

DD) x (ACE-DD)

In Figure 2, the BP behavior is illustrated as an association between the ACE-II

and ACE-ID groups, in accordance with the procedure performed by other authors19

.

Individuals with the D allele apparently exhibited the same downward trend in their pre-

exercise blood pressure responses.

Discussion

The objective of the present study was to investigate the blood pressure response

in elderly women undergoing 16 weeks of RT exercise and the possible association

between this response and ACE polymorphism. The main findings of this study were

that there were variations in BP and the increase in muscle strength (from pre- to post-

RT training) based on age and ACE polymorphism. Regarding age, a greater BP

variation in G1 (-5.72 mmHg) compared with G2 (-2.81 mmHg) was observed. The

average reduction in BP among all of the participants (n=62) was -4.26 mmHg, which is

lower than that described by Terra et al 9 but higher than what has been determined to

be sufficient for reducing the risk of stroke and myocardial infarction19

.

Studies suggest that elderly women with the D allele are more likely to develop

sustained hypertension (SH) because RT directly affects BP variability13

, with

increased sympathetic nervous system activity20

and increased oxidative stress7. This

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25

association is not well understood, making it difficult to screen elderly women for

different methods of RT according to their ACE status. The increased sympathetic

activity of elderly women with the D allele might partly explain the higher strength

values and BP variation obtained after compared with before RT training (Table 2 and

Figures 1 and 2). Comparing pre and post training values of SBP with those values from

each week of RT, the mean differences in the ACE-II, ACE-ID and ACE-DD groups

were -5.48, -6.55 and -5.69 mmHg, respectively, and these values were different from

the measurements described as elevated in hypertensive patients with genotypes II and

ID21

. The use of antihypertensive medications, training methodology19,22

, vascular

perfusion23

and cardiac output24

should be considered in light of these differences.

The intensity of exercise influences the scale of pressure variations in BP 22,25

in

the present study, this exercise intensity was more effective in G2. Thus, the results may

underestimate the strength levels of elderly individuals who are younger than 70 years

of age (such as those in G123,25

) or who do not use ACE inhibitor medications.

The fact that BP rises rapidly during resistance exercises24,26

demonstrates that it

is important that certain criteria are met for the recommendation of RT exercises for

elderly hypertensive patients because they are at greater risk of sustaining aneurysms

compared with normotensive individuals27

. In addition, lesions have been found in some

target organs in normotensive individuals, specifically those with left ventricular

hypertrophy3,28

. The pathophysiological mechanism of high increase of SBP during

resistance exercise is poorly explained (especially in the elderly), although the

sympathetic nervous system (SNS) and/or renin angiotensin system are thought to be

involved3.

The allele frequencies in the study population were similar in proportion to those

of inhabitants of southeastern Brazil29

. For the genotypes II, ID and DD, the proportions

and the sample sizes were similar to those described by Jones22

in physically active 62-

year-old women, despite their phenotypic differences and depending on the possible

polygenic involvement related to specific environments30

. That the geographic location

of the population from which study samples are taken influences the characterization of

genotypic and phenotypic patterns in that particular group30

.

Research findings31

have established an association between the D allele and

type II muscle fibers (fast), suggesting a greater potential for strength development,

partly explaining differences in the absolute values of strength (Tables 1 and 3) in these

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26

individuals. Strength gains in elderly women with hypertension who used ACE

inhibitors have been described as similar to those gains in homozygous II women31

.

This fact was observed in the present study (Table 3), but with a different gain

percentage, which may be related to the improvement of intra- and intermuscular

coordination26

. Other studies33,34

have not revealed any association between the D

allele and strength levels during concentric and isometric training.

The proposed training time proved to be sufficient for strength gains in the upper

and lower limbs of elderly women (Table 1), but these gains were different from those

reported in other studies30

. American reference values18

were considered as optimal

values because there are no normative strength values for elderly Brazilian women.

There was no change in BMI values; therefore, the classification was maintained in the

pre-obese individuals35

, and the values were within the range associated with

overweight individuals35

. The differences in strength levels between the two age groups

(Tables 1 and 3) appeared to be associated with aging and suggest a greater influence of

genotype on muscle phenotypes, especially with regard to strength34

.

The differences between the blood pressure values that are measured under

laboratory conditions and those that occur in the participants’ daily indicate the need for

real-life conditions to be matched as closely as possible when performing

measurements26

. In the present study, measurements were performed in the weight room

immediately before and after all of the training sessions, which, despite the limitations

of the procedure, was a key factor in identifying the hemodynamic behavior of the

elderly women.

Conclusion

Resistance training (RT) was influential in increasing strength and reducing

systolic blood pressure (SBP) based on both age and ACE polymorphism. Elderly

carriers of the D allele were more responsive to RT

RT can be recommended for medicated hypertensive elderly women because the

variations in their muscle strength and BP are considered physiological and effective in

reducing risk factors.

ACE polymorphism appears to have a more significant effect in elderly women

carrying the D allele; however, this finding alone does not explain all of the results, thus

limiting the indiscriminate use of RT methods that are based on ACE polymorphism.

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27

Due to the variability in BP that was observed, it is suggested that preventive

measures should be adopted on a daily basis, namely before, during and after exercise,

particularly with regard to the appropriate use of medication to control hemodynamic

parameters.

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30

5- COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÃO

5.1 – Adequações e limitações metodológicas

No projeto inicial o objetivo geral foi buscar elementos que pudessem

associar possíveis polimorfismos genéticos com a predisposição para ganhos

de aptidão física e doenças que influenciassem ou fossem direta ou

indiretamente influenciadas pelo quadro inflamatório induzido por exercícios

resistidos em pessoas idosas, principalmente aquelas relacionadas à síndrome

metabólica em especial as alterações pressóricas hemodinâmicas e da visão,

as quais tem impacto direto na autonomia e qualidade de vida dos idosos.

Em função de limitações, como os custos dos primmers, desgaste dos

indivíduos em função do número elevado de testes e diferentes metodologias

no treinamento de força, optou-se por redelinear a pesquisa inicialmente sobre

as respostas hemodinâmicas, especificamente sobre a pressão arterial

sistêmica e marcadores genéticos dos polimorfismos genéticos da ECA, a qual

tem sido reportada grande importante no Sistema Renina Angiotensina e risco

para doenças cardiovasculares, com alto impacto sobre os processos de

regulação da Pressão Arterial Sistêmica60,61, sepse18,21,48 como na performance

física37,40.

Os resultados de pesquisas que possibilitem a utilização de

polimorfismos genéticos para a prescrição de exercícios de força em idosos,

assim como dos seus efeitos crônicos, são conflitantes62. Estudos buscando

associar o polimorfismo da ECA e hipertensão tem sido realizado em diferentes

populações e os resultados por vezes são negativos63-66 enquanto outros

apresentam uma correlação positiva67-69. Esses autores sugerem que o efeito

do polimorfismo ID na etiologia da hipertensão pode variar de acordo com o

sexo, a raça e a idade dos pacientes. Essas divergências podem estar

relacionadas problemas metodológicos como o fato de a distribuição alélica dos

polimorfismos pode ser desigual em diferentes regiões e raças, o número

pequeno de indivíduos nas amostras utilizadas, podendo induzir a falsas

associações por não conseguir identificar pequenos efeitos genéticos.

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31

Os estudos sobre ganhos de força em função de polimorfismos da ECA,

também apresentam contradições. Folland et al70 observaram ganhos

significativos na força isométrica em indivíduos homozigotos DD após nove

semanas de treinamento de força em comparação ao grupo com polimorfismo

II. Já Onder et al41, verificaram que a força muscular de mulheres hipertensas

sob medicação de inibidores de ECA, na fase de treinamento, mantiveram os

níveis de força muscular, enquanto o grupo controle demonstrou queda

significativa, sugerindo que o uso de medicamentos com princípios ativos de

inibidores da ECA, induzem respostas similares às encontradas em indivíduos

homozigotos II. Esses dados sugerem que o ganho de força muscular para

essa população poderia ser inversamente proporcional às concentrações de

ECA. Desta forma, a presença da ECA no músculo esquelético sugere

associação entre a ECA e o processo de ganho de força muscular por meio de

adaptação neural e hipertrofia muscular após um período de treinamento de

força41. As adaptações neurais promovidas pelo treinamento de força podem

estar relacionadas à ação indireta da ECA por meio do controle do sistema

nervoso simpático e também pela modulação das transmissões

neuromusculares43. A ação do sistema renina-angiotensina sobre o sistema

nervoso simpático se dá por meio da ativação de receptores de angiotensina II

(AT1 e AT2) presentes nos terminais nervosos pré-sinápticos, assim, a maior

atividade do sistema renina-angiotensina e, consequentemente, a maior

formação de angiotensina II estimulam o aumento da atividade nervosa

simpática43. Apesar de ser gerada por meio do sistema renina-angiotensina e

ser considerada como um hormônio, a angiotensina II também pode ser

encontrada tanto em células individuais ou tecidos independentes dos níveis

sanguíneos, sugerindo assim sua ação autócrina e intrácrina71.

5.2 - O mérito, a originalidade, a multidisciplinaridade e a contribuição científica

A maior contribuição desta pesquisa é de apresentar resultados que

condizem com a realidade encontrada por pessoas idosas que praticam

exercícios de força com as mesmas características encontradas nas

academias e health center. Este é o primeiro estudo que apresenta os

resultados das variações da PA no próprio ambiente de treinamento, ou seja,

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32

em nenhum momento os indivíduos foram colocados em ambientes artificiais,

para controle de estímulos que pudessem interferir nas respostas da Pressão

Arterial.

As contribuições desta pesquisa estão em consonância com a literatura

atual que aponta para a necessidade de estudos com análises multivariadas

onde os vários fatores que possam interferir nas respostas de força e pressão

arterial em idosa considerando os vários polimorfismos genéticos sejam

realizados.

O fato de este estudo demonstrar a variabilidade pressórica após os

exercícios e considerando que estes valores pressóricos podem permanecer e

até mesmo aumentarem após a finalização dos mesmos, fica evidente a

necessidade de uma equipe multidisciplinar e treinada para atender o paciente

idoso que realiza exercícios resistidos, antes, durante e após o exercício. O

controle das atividades e respostas ao exercício resistido foi realizado por

profissionais de várias áreas, como a Educação física, Fisioterapia, Farmácia,

Medicina, Pedagogia, assistente Social, Psicólogos e alunos de Trabalho de

Conclusão de Curso TCC e Iniciação Científica dos cursos de graduação e Pós

Graduação em Gerontologia e Educação Física.

É necessário, portanto, entender como o indivíduo se encontra em

termos de aptidão física, quando se pretende trabalhar com exercícios

resistidos. Observa-se que a avaliação da força muscular apresenta várias

lacunas em suas metodologias, o que impossibilita a reprodução de vários

estudos e consequente comparação com seus resultados. Segundo a

Sociedade Americana de Fisiologia do Exercício - ASEP, esses procedimentos

metodológicos precisam ser definidos e padronizados, definindo-se os

protocolos mais seguros ao praticante5.

A alternativa mais utilizada para verificar os níveis de força são os testes

de força, porém os resultados destes testes podem ser influenciados por outros

fatores, como o tipo de exercício utilizado sendo generalistas ou específicos, o

nível de condicionamento físico inicial4,5,9,46,56, adaptação ao equipamento de

teste5,56-58, histórico competitivo e pelo perfil genético 72. Este último, não é

considerado nos protocolos citados, sendo a classificação feita pela idade em

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33

função de valores absolutos44,56, relativos ao peso corporal total44 ou pelo

número de repetições para uma carga fixa76.

A força dinâmica é a mais utilizada nas atividades diárias e da maioria

dos esportes e, portanto a mais recomendada para programas de exercícios

em idosas56-58. Sua avaliação pode ser obtida por meio de teste máximo (1RM),

teste submáximo (6RM, 10 RM) ou pelo número de repetições para uma carga

fixa do percentual de 1RM (10), podendo ser realizado em máquinas ou pesos

livres5 como também a percepção subjetiva de esforço (PSE) tem sido utilizada

como meio de prescrição de exercícios59

5.3. Evolução intelectual

Durante o processo do doutoramento, as várias atividades realizadas na

UFRN e outras IES, como as disciplinas e palestras, juntamente com a prática

na orientação de trabalhos de TCC, participação em congressos e grupos de

estudos, contribuíram para o desenvolvimento cognitivo, das habilidades e

competências que norteiam as atividades de docência e pesquisas

relacionadas ao título de Doutor.

5.4. Metas e perspectivas

Uma das metas atingidas nesta pesquisa está relacionada à

concretização de que programas de exercícios orientados e supervisionados

por uma equipe multidisciplinar têm maior impacto na autonomia de pessoas

idosas.

Um número elevado de pesquisas vem demonstrando a relação entre

alguns polimorfismos genéticos e a aptidão física, associando a saúde e

desempenho físico75. A investigação dos polimorfismos I/D do gene ECA,

específico do sistema renina-angiotensina influencia na aptidão da força

muscular tanto de atletas como não-atletas, principalmente quando se

evidencia sua maior predisposição para atividades de força e potencia

muscular, para o polimorfismo DD e de resistência para II por meio da relação

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34

entre tipo de fibras musculares de atletas e ECA por meio de biópsias

musculares76.

Em função da identificação somente do polimorfismo da ECA na

amostra, verifica-se a necessidade da continuidade dos estudos, para

identificação de outros genes associados ao controle da HAS e da força

muscular, bem como a inter-relações entre estes. Também se deve controlar

fatores ambientais como o uso e o tipo de medicações utilizada em função de

outros polimorfismos genéticos que possam estar relacionados à saúde e

performance humana74-78. Embora as observações dos autores36,78,79 possam

parecer bastante consistentes, e que corroboram com resultados desta

pesquisa, há que se considerar os problemas relacionados a limitações

metodológicas como a elaboração e execução dos projetos de pesquisa, como

a amostra e metodologias para avaliar fenótipo relacionados à saúde e aptidão

física, bem como os polimorfismos genéticos. A interpretação destes resultados

fica extremamente difícil, em função das divergências nas evidências científicas

apresentadas até o momento.

Assim, algumas questões necessitam ter maiores esclarecimentos

como: as adaptações induzidas por programas de exercícios de força muscular

no processo inflamatório; a possível influencia do efeito hipotensivo induzido

pelos exercícios nas respostas inflamatórias; influencia dos polimorfismos

genéticos na sarcopenia; influencia dos polimorfismos genéticos ao uso de

medicamentos e atividade física combinados; as respostas adaptativas podem

ser diferentes em função do tipo de fibra muscular ou do padrão de respostas

dos motoneurônios; o tempo das adaptações agudas e crônicas de pressão

arterial e força em idosas hipertensas poder ser influenciadas pelos diferentes

polimorfismos genéticos?

Esta linha de pesquisa pode contribuir na busca de explicações para as

questões anteriores por meio de estudos futuros que possam buscar

evidências em outros parâmetros genéticos, histológicos e bioquímicos para

sustentação desses argumentos, principalmente elucidando qual a dose

resposta de exercícios contra resistência ideal para a população idosa

hipertensa brasileira.

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35

5.5 CONCLUSÃO

Em função da metodologia utilizada neste estudo e dos resultados

obtidos, conclui-se que o treinamento contra resistência induz diferentes e

positivas respostas adaptativas sobre a pressão arterial sistólica e na força

muscular de membros superiores e inferiores em idosas, considerando-se a

idade e o polimorfismo da ECA, sendo as idosas com polimorfismos DD mais

reativas que as II e ID.

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da hipotensão pós exercícios). Arq Bras Cardil.1998;70:99-104.

63. Harrap SB, Daidson R, Connor M et al. The angiotensin I converting

enzyme gene and predisposition to high blood pressure.

Hypertension.1993;21:455-460.

64. Schmidt S, von Hooft IMS, Gorbbee DE, et al. Polimorphism of the

angiotensin I-converting enzyme gene is apparently not related to high

blood pressure. Dutch hypertension and offspring study. Journal of

Hypertension.1993;11:345-348.

65. Ishigami T, Iwamoto T, Tamura K, et al. Angiotensin I-converting enzyme

gene polymorphism and assential hypertension in Japan. Am J

Hypert.1995;8:95-97.

66. Fuentes RM, Perola M, Nissinen A, Tuomilehto J. ACE gene and physical

activity, blood pressure, and hypertension: a population study in Finland. J

Appl Physiol. 2002;92:2508-12.

67. Zee RYL, Lou YK, Grifftths LR, Morris BJ. Association of a polymorphism

oh the angiotensin I-converting enzyme gene polymorphism with de

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44

depressor response to mild exercise therapy in patients with mild to

moderate essential hypertation. Cl Gen. 2002;2;328-333.

68. Morris BJ, Zee YL, Schrader AP. Different frequencies of angiotensin

converting enzyme genotypes in older hypertensive individuals. J Cl Invest.

1994;94:1085-1089.

69. Yoo JH. Deletion polymorphism in the gene for angiotensin-converting

enzyme is associate with essential hypertension in men Born during the

Pacific War. Mechanisms of Ageing and Development. 2005;126:899-905.

70. Folland J, Leach B, Little T, Hawker K, Myerson S, Montgomery H, Jones D

Angiotensin-converting enzyme genotype affects the response of human

skeletal muscle to functional overload. Exp Physiol. 2000;85(5):575-579.

71. Cook JL, Zhang Z, Re RN. In vitro evidence for an intracellular site of

angiotensin action. Circ Res. 2001;89:1138-46.

72. Lima e cols. Genes de susceptibilidade à hipertensão. Arq Bras Cardiol.

2007;89(6):427-433.

73. Fiatarone MA. Physical activity and functional independence in aging. Res

Quart Exerc Sport. 1990;67(3):70.

74. Dias RG, Pereira AC, Negrão CE, Krieger JE. Polimorfismos Genéticos

Determinantes da Performance Física em Atletas de Elite. Rev Bras Med

Esporte. 2007:13(3): 209-216.

75. Bray MS, Hagberg JM, Pérusse L, Rankinen T, Roth SM, Wolfarth B,

Bouchard C. The Human Gene Map for Performance and Health-Related

Fitness Phenotypes: The 2006-2007 Update. Med. Sci. Sports Exerc.

2009;41(1):34-72.

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45

76. Zhang B, Tanaka H, Shono N, Kiyonaga A, Saku K. The I allele of

angiotensin-converting enzyme gene is associated with an increased

percentage of slow twitch type I fibers in human skeletal muscle. Clin Gen.

2003;63:139-44.

77. Rankinen T, Perusse L, Rauramaa R, Rivera MA, Wolfarth B, Bouchard C.

The human gene map for performance and health-related fitness

phenotypes: the 2003 update. Med Sci Sports Exerc. 2004;36:1451-69.

78. Gayagay G, Yu .B, Hambly B, Trent R. Elite endurance athletes and the

ACE I allele – the role of gene in athletic performance. Hum Gen.

1998;103:48-50.

79. Hagberg JK, Moore GE, Ferrell RE. Specific genetic markers of endurance

performance and VO2 max. Exer Sports Sci Rev. 2001;29(1):15-9.

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7 APENDICES

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APENDICE 1 Trabalhos apresentados que contribuíram na capacitação do autor como

Doutor em Ciências da Saúde.

Silva AL, Hildeamo BO, Tavares AT, Funghetto SF, Prestes J, Karnikowski

MGO. Comparison of Inflammatory, Metabolic, and Anthropometric Parameters

in Elderly Women With and Without Insulin Resistance. Research on Aging.

2012; 34(3):260-74.

Hildeamo BO, SILVA AO, Karnikowski MS, RAS; Medeiros, Aldo da Cunha .

Diferentes sessões de musculação: variabilidade pressórica entre idosas com

diferentes polimorfismos da eca. In: II Fórum Científico: Dimensões

Multidisciplinares de atenção ao Idoso. Brasília. 2010.

Silva AO, Hildeamo BO, Tibana RA, Prestes J. . Análise comparativa da

capacidade funcional e pressão manual de idosas praticantes de treinamento

de força em academia, atividade físicas em praças e institucionalizadas. In: 34º

Simpósio Internacional de Ciências do Esporte "Especulações e Evidências em

Atividade Física e Esporte". São Paulo. 34º Simpósio Internacional de Ciências

do Esporte, 2011.

Soares AS, Dantas RAE, Mota MR, Hildeamo BO, Silva, AO. Comparação dos

níveis de flexibilidade em idosas que praticam exercícios resistidos, atividades

físicas em praças. In: 34º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte

"Especulações e Evidências em Atividade Física e Esporte". São Paulo. 34º

Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, 2011.

Brito APS, Dantas RAE, Nascimento MGB, HILDEAMO BO, Silva AO.

Comparação da capacidade funcional de idosas submetidas a treino de força

em academia e academia ao ar livre. In: 34º Simpósio Internacional de

Ciências do Esporte "Especulações e Evidências em Atividade Física e

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48

Esporte". São Paulo. 34º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte, São

Paulo. 2011.

Hildeamo BO, Silva AO, Silva RAS, Karnikowski MS. Variabilidade pressórica

entre diferentes sessões de musculação de idosas com diferentes

polimorfismos da eca. In: 33º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte.

Boas práticas na fisiologia do exercício, esporte e atividade física. São Paulo.

Boas práticas na atividade física e no esporte. São Paulo. 2010;18: 259.

Rodrigues DDS, Dantas RAE, Mota MR, Medeiros EFF, HILDEAMO BO, Silva

AO. Comparação da capacidade funcional de idosas que praticam exercícios

resistidos e atividade física em praças. In: 34º Simpósio Internacional de

Ciências do Esporte "Especulações e Evidências em Atividade Física e

Esporte". São Paulo. 2011.

Silva AO, Hildeamo BO, Tavares AB, Funghetto SS, Karnikowski M.

Parâmetros inflamatórios, metabólicos, antropométricos em idosas com e sem

resistência insulínica. In: 33º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte.

Boas práticas na fisiologia do exercício, esporte e atividade física. São Paulo.

2010;18:273.

Silva AO, Hildeamo BO, Carvalho FO, Roriz GFP. Verificação do erro técnico

de medida intra-avaliador e inter-avaliador na demarcação dermográfica. In:

33º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte - Boas práticas na fisiologia

do exercício, esporte e atividade física. São Paulo. 2010,18:146.

Villar, Hildeamo BO,SILVA RAS, SILVA, AO . Análise da incidência da

síndrome fêmoro-patelar em praticantes de exercícios físicos regular. In: 33º

Simpósio Internacional de Ciências do Esporte. Boas práticas na fisiologia do

exercício, esporte e atividade física. São Paulo, 2010;18: 157.

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Silva AO, Hildeamo BO, Tavares AB, Funghetto SS, Karnikowski MGO. Idosas

com e sem resistência insulínica: parâmetros inflamatórios, metabólicos,

antropométricos. In: II Fórum Científico: Dimensões Muldiciplinares de atenção

ao Idoso. Brasília, 2010

Balsamo S, Nascimento D, Hildeamo BO, Aguiar FS, Tibana RA; Molina GE;

Silva AO. A pré-fadiga do antagonista afeta o número de repetições do

agonista no método super set em membros inferiores? In: 2 Simpósio

internacional de Ciência do Esporte - 35 anos construindo saúde pela atividade

física e o esporte. Londrina, Midiograf. 2009;1:69.

Andrade DT, Oliveira ABSE, Tibana RA, SilvaRAS, Silva AO, Hildeamo BO.

Proposta metodológica para a avaliação e prescrição de carga em treinamento

resistido. In: VI Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade

Humana e XII Simpósio Paulista de Educação Física, 2009, Rio Claro. Revista

de Educação Física – UNESP. 2009;15:185.

Soares BMP, Hildeamo BO. Comparação de métodos para determinação do

índice de gordura corporal em mulheres idosas. Trabalho de conclusão de

Curso. Universidade Católica de Brasília UCB. 2008.

Oliveira RBN, HILDEAMO, BO. Comportamento de Pressão Arterial e Duplo

Produto em Idosos nos Exercícios de Supino e Leg Press 45º. Trabalho de

conclusão de Curso. Universidade Católica de Brasília UCB. 2008.

Costa WM, HILDEAMO, BO. Comparação entre o percentual da carga máxima

e a percepção subjetiva de esforço nos exercícios de leg-press 45º e supino

vertical, para a determinação da carga de trabalho de idosas. Trabalho de

conclusão de Curso. Universidade Católica de Brasília UCB. 2008.

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Oliveira FAA, Hildeamo BO, Relação entre força, índice braquial e

circunferência de braço em idosas praticantes de supino. Trabalho de

conclusão de Curso. Universidade Católica de Brasília UCB. 2008.

Borges AF. Hildeamo BO. Influencia da hidratação na forma muscular de

idosas. Trabalho de conclusão de Curso. Centro Universitário Euro-americano.

2011.

Silva JA, Hildeamo BO.Relação entre força muscular e Índice Braquial de

mulheres Idosas. Trabalho de conclusão de Curso. Centro Universitário Euro-

americano. 2011.

Freitas JM, Hildeamo BO.Relação entre Índice Crural e Força muscular de

mulheres idosas. Trabalho de conclusão de Curso. Centro Universitário Euro-

americano. 2011.

Carmo RI, Hildeamo BO. Equilíbrio da Força da articulação do ombro nos exercícios

de remada sentada e supino reto. Trabalho de conclusão de Curso. Centro

Universitário Euro-americano. 2011.

Vieira MF, Hildeamo BO. Influência da posição corporal sobre o nível de

percepção subjetiva do esforço no exercício de flexão de cotovelo. Trabalho de

conclusão de Curso. Centro Universitário Euro-americano. 2010.

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8 ANEXOS

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8.1 ANEXO 1

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8.2 ANEXO 2

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA

PARTICIPAÇÃO EM PESQUISA

NOME do(a) Voluntário(a): _____________________________________Data: ________

Data de nascimento: ___/___/___idade _____ anos. Identificação do Voluntário:

________

Endereço:

________________________________________Telefone__________________

Cidade________________________ Estado_________ CEP: _________________

Este estudo promovido pelo Laboratório de Estudos de Força (LABEF), Curso de Pós Graduação em

Gerentologia e do Curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília, DF, faz parte do projeto

de doutoramento pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte do prof.MSc. Hildeamo Bonifácio

Oliveira orientado pelo Dr. Aldo Cunha de Medeiros.

Todos os investigadores deste estudo estão em acordo com as normas do FDA Americano bem como do

Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Educação Física 7ª Região (CREF-7) do

Brasil.

Este termo de consentimento irá resumir os objetivos, desenho do estudo, riscos e benefícios deste estudo.

Ele delineará meus direitos e responsabilidades como voluntário neste estudo.

O voluntário está sendo aconselhado a ler este termo de consentimento e fazer tantos questionamentos

quanto julgar necessário antes de decidir sua participação ou não nesta pesquisa Ao assinar este termo,

estará atestando que projeto bem explicado e que concorda em participar. A participação neste estudo exige

que o voluntário esteja consciente de todos os riscos e que siguirá as instruções abaixo.

Título do Projeto:

ASSOCIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA ALÉLICA DOS POLIMORFISMOS DOS

GENES DO SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA COM A FORÇA

MUSCULAR E A CINÉTICA DA PRESSÃO ARTERIAL DE IDOSAS .

PRINCIPAIS INVESTIGADORES: Drndo Hildeamo Bonifácio Oliveira

Dr. Aldo da Cunha Medeiros

CO-INVESTIGADORES

Dr. Otávio de Tolêdo Nóbrega;

Dra. Margô Gomes de Oliveira Karnikowski;

Prof. Daniel Tavares de Andrade

Número do voluntário no estudo:_______

Atenção: Este termo de consentimento pode conter palavras cujo significado você pode não entender.

Por favor, peça ao coordenador do estudo que lhe explique o significado de tais palavras.

1. Introdução: Você está convidado a participar deste estudo. Por favor, leia cautelosamente este termo

de consentimento e faça quantas perguntas você quiser antes de decidir se irá ou não participar. Sua

decisão de participar ou não neste estudo é voluntária, e você pode desistir de participar, não perdendo

nenhum benefício que você anteriormente tinha. Você será informado de qualquer fato novo que venha a

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surgir e que possa alterar a sua vontade de participar neste estudo. Seu médico pode a qualquer momento

retirar você deste estudo, mesmo sem a sua permissão, caso ele julgue que isso será o melhor para você.

2. Revisão e objetivo: Esta bem evidenciado na literatura, que fatores ambientais (fenótipos), induzem o

corpo a responder com adaptações e ajustes fisiológicos, porém, a intensidade desses ajustes dependem

da carga genética individual. No entanto, os níveis de aptidão física (consumo máximo de oxigênio,

potência aeróbio-anaeróbia e de força) são determinados e classificados em função de valores absolutos

e relativos de um momento específico, sem considerar as características genéticas, que determinam a

individualidade biológica. Nosso estudo visa detectar as variações dos polimorfismos dos genes do

sistema renina angiotensina e suas possíveis relações com níveis de força e potência e pressão arterial,

bem como de indicadores de saúde e estilo de vida em adultos em função da composição corporal e

antropométrica.

3. Participação dos voluntários: Este é um estudo semilongitudinal, com duração de dois anos.

Aproximadamente 90 voluntários participarão neste estudo. Os participantes farão as coletas nos

Laboratórios e Hospital da Universidade Católica de Brasília UCB –Campus um Taguatinga DF.

4. Descrição dos procedimentos do estudo: Os voluntários se submeterão a um exame médico, para

determinar se existe alguma conta indicação para a realização de exercícios e se aptos, farão os testes de

aptidão física, composição corporal, exames de sangue e de força muscular. Os testes de aptidão física

(Consumo máximo de oxigênio, condicionamento geral de força e composição corporal) e índices

genéticos (coleta de sangue), serão realizados respectivamente no LAFIT, LABEF e LEFEES. Os

procedimentos que serão realizados seguem descritos abaixo:

Aptidão física: Após passar por uma avaliação médica, serão realizados os testes de consumo de

oxigênio e força muscular. Sendo colocado em sua boca uma máscara coleta dos gases expirados e

inspirados durante o teste. Isso poderá causar um pouco de desconforto que passa imediatamente após o

encerramento do teste. O teste inicia com uma resistência leve e a cada minuto novas cargas serão

acrescidas, até que se atinja o consumo máximo de oxigênio, ou potência aeróbia. Após o teste será

retirada uma gota de sangue do dedo do indivíduo, por meio de uma picada feita com material

descartável. Esse procedimento é indolor e não trás qualquer risco, pois será realizado por pessoas

treinadas e material esterilizados e descartável. Essa gota de sangue será submetida à análise com o

objetivo de identificar alterações metabólicas que poderão contraindicar a realização dos exercícios de

força.

Coleta de sangue para testes genéticos: Será realizada punção venosa (retirada de 4ml de sangue por

meio seringa e agulha) utilizando o sistema vacutainer com EDTA

Exercícios de força dinâmica em aparelhos de resistência variável: Os indivíduos considerados aptos nas

fases anteriores, farão o teste de força e potência máxima nos membros superiores e inferiores, por meio

de seis exercícios: exercício de pressão de peito (supino reto), pressão de perna (leg press), extensão e

flexão de joelhos e cotovelos e puxada na polia alta, para determinação da carga máxima voluntária e

nível de condicionamento de força geral e relativa. Esses exercícios já são executados corretamente

pelos voluntários, estando assim, aptos tecnicamente para os testes. O teste consiste em se fazer um

aquecimento com uma carga de baixa intensidade, posteriormente a carga é elevada para execução de

duas a seis repetições máximas. Serão determinadas, a carga máxima (100%) e as cargas de testes e

treinos (40 a 80%).

Exercícios de força dinâmica em aparelhos de resistência invariável: será realizado em aparelho

isocinético apenas o exercício de extensão e flexão de joelhos para determinação da força e potência dos

músculos que atuam na articulação do joelho, bem como o equilíbrio de força da articulação. O teste

consiste em se realizar 3 séries de 4 repetições nas velocidades de 90/seg, 180/seg e 270/seg e

amplitude de 90 graus.

5. Possíveis efeitos colaterais e riscos para os participantes: Nos testes de aptidão física e de força os

indivíduos sentirão sua respiração se elevar, podendo sentir um breve desconforto de “falta de ar”, em

função dos ajustes fisiológicos inerentes da atividade, porém dentro dos limites indicados no exame

médico, que rapidamente desaparecerão após o fim dos exercícios.

6.Coleta de sangue. Serão realizadas no início do programa e a cada 12 semanas até o final do projeto.

Para a coleta de sangue nenhum tipo de risco é antecipado, pois todos os procedimentos são

padronizados com o maior rigor possível e todo material e descartável. Sendo assim, descarta-se

qualquer risco de contaminação

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Para análise metabólica, ou seja, os níveis de acidose sanguíneos, por meio de uma gota de sangue, não

existem risco, pois são procedimentos simples, executado por pessoal qualificado e com material

descartável, porém poderá sentir um leve desconforto na ponta do dedo por 2 a 3 minutos. O indivíduo

poderá sentir também, desde um pequeno mal estar até náuseas e calafrios após o teste de potencia

anaeróbia, em função dos ajustes fisiológicos, assim todos permanecerão deitados e supervisionados até

que o desconforto desapareça. Em alguns casos um pequeno desconforto poderá durar por algumas

horas.

Para o exercício de força, não existe risco, por ser uma atividade já praticada diariamente pelo mesmo.

No dia seguinte poderá sentir um leve desconforto na musculatura trabalhada, que tende a desaparecer

em um dia.

7. Benefícios: Se você decidiu não participar neste estudo, você não perderá nenhum direito que você já

tenha com exceção aos atendimentos clínicos e laboratoriais no HUCB. Não se pode garantir que

resultados beneficiais surgirão deste estudo.

8. Custo e compensação: Não haverá nenhum custo para você neste estudo. Também não haverá

nenhuma compensação, a não ser os resultados dos achados clínicos e níveis de saúde física.

9. Compensação por acidente: Nem os investigadores nem as instituições as quais eles possam

pertencer não se responsabilizar por nenhum acidente ou dano físico ou psíquico que este estudo possa

lhe causar. Um dano físico ou psíquico causado pelo estudo é considerado aquelas onde as atividades

realizadas no estudo seriam diferentes das atividades que vocês normalmente realizariam se não

estivesse no estudo, com exceção aos exercícios do programa de atividade física, os quais deverão ser

seguidos à risca conforme indicados. As instituições jurídicas e pessoas físicas, envolvidas nos estudos

não assumem nenhuma responsabilidade, civil ou moral, de pagar tratamento médico para possíveis

lesões ou qualquer outro tipo de compensação financeira

10. Dúvidas sobre este projeto Se você tem dúvidas sobre este estudo, contate o investigador

HILDEAMO BONIFACIO OLIVEIRA pelo telefones: 81532347 ou 33569081 ou [email protected]

a qualquer momento.

11. Participação voluntária. Lembramos que sua participação neste estudo é voluntária, e caso você

desista de participar em qualquer momento, você não estará sujeito a nenhuma penalidade. Você não

perderá nenhum benefício ou direito que você tenha.

12. Confidencialidade Os dados obtidos neste estudo serão mantidos confidenciais. No entanto, serão

analisados pelas pessoas envolvidas neste estudo. No caso deste estudo vir a ser publicado em periódicos

científicos ou apresentado em um congresso, sua identidade não será revelada.

Ao assinar este termo, você ou seu representante legal está autorizando o acesso direto às suas

informações médicas. Os dados obtidos neste estudo serão guardados e analisados. Os dados serão

tratados de acordo com regulamentação internacional.

QUESTIONÁRIO DO VOLUNTÁRIO

Eu li este termo de consentimento e discuti com pelo menos um dos investigadores deste estudo sobre os

procedimentos explicados acima. Foi me dada a oportunidade de fazer perguntas, as quais me foram

satisfatoriamente respondidas. Eu entendo que quaisquer dúvidas que eu possa vir a ter no futuro,

também me serão respondidas satisfatoriamente. Eu recebi uma cópia deste termo de

consentimento.

Eu entendo que serei informado de novas descobertas que podem vir a surgir sobre este assunto durante

o estudo, e que, por isso, o investigador pode me retirar do estudo se ele julgar necessário.

Ao responder SIM às questões abaixo, eu afirmo que entendi tudo que me foi explicado e estou apto a

participar deste estudo.

a) Você entendeu este consentimento? SIM [ ] NÃO [ ]

b) Foi-lhe dada à oportunidade de perguntar e discutir

este consentimento?

SIM [ ] NÃO [ ]

c) Você recebeu respostas satisfatórias para as suas

perguntas?

SIM [ ] NÃO [ ]

d) Você recebeu informações suficientes sobre este SIM [ ] NÃO [ ]

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estudo?

e) Você entendeu que você pode deixar este estudo a

qualquer momento sem ter que dar explicações?

SIM [ ] NÃO [ ]

SE VOCÊ RESPONDEU NÃO A UMA DESTAS CINCO QUESTÕES, VOCÊ

NÃO DEVE ASSINAR ESTE CONSENTIMENTO. ________________________________ ____________________________________

Assinatura do participante Assinatura do investigador

________________________________ ____________________________________

Assinatura da testemunha Pessoa que conduziu o consentimento

Data (dia/mês/ano)______/______/_______

Brasília, _____/___/_____

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ABSTRACT Physiological changes induced by the aging process is dynamic and progressive, reducing the adaptability and independence of older people and may be influenced by genetic and environmental factors. Thus the aim of this thesis was to investigate the association between polymorphism of the ACE gene ID and the phenotypes of muscular strength and blood pressure of 62 elderly Brazilian (67.35 ± 5.66 years) during a 16-week program of supervised training. The elderly women were stratified by age, with the group 1 (G1, n = 34) <70 years and group 2 (G2 n = 28) ≥ 70 years, and in three groups by ACE, ACE-II (n = 8) ACE- DD (n = 35) and ACE-ID (n = 19). The level of muscle strength was evaluated by the method of maximum repetitions and measures of blood pressure (BP) were measured before and after training (PAPré1 and PAPós1) and before and after each training session (PAPre2 and PAPós2), in place of training. DNA samples were isolated from peripheral blood leukocytes polymorphism and insertion / deletion (ID) of the ACE gene (rs1800795) was genotyped by polymerase chain reaction (PCR) plus PCR-confirmatory. The genotype distribution of the polymorphism ID attended the prerogatives of Hardy-Weitíherg. There was variation in power levels before and after training and the age between groups (t-test) and the ACE polymorphism (ANOVA) (p <0.05). Depending on the results it was concluded that resistance training helps to reduce SBP and increased muscle strength of upper and lower limbs when considering the age and ACE polymorphism. In this study the Elderly carriers of the D allele were more reactive to changes in BP resistance training. This study was multidisciplinary project involving researchers in the areas Medical, Physical Education, Pharmacy, Nutrition, Gerontology and Statistics. This fulfilled the requirements of the multidisciplinary Graduate Program in Health Sciences. Keywords: hypertension, angiotensin-converting enzyme (ACE), elderly; bodybuilding. .