61
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA MALKENE WYTIZA FREIRE DE MEDEIROS O BIBLIOTECÁRIO E O DESAFIO DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS NA ERA DA SUSTENTABILIDADE NATAL/RN 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · O BIBLIOTECÁRIO E O DESAFIO DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS NA ERA DA SUSTENTABILIDADE NATAL/RN ... 1. Bibliotecas – Administração

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA

MALKENE WYTIZA FREIRE DE MEDEIROS

O BIBLIOTECÁRIO E O DESAFIO DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS

NA ERA DA SUSTENTABILIDADE

NATAL/RN 2012

MALKENE WYTIZA FREIRE DE MEDEIROS

O BIBLIOTECÁRIO E O DESAFIO DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS

NA ERA DA SUSTENTABILIDADE

Monografia apresentada ao Curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia. Orientadora: Profª. Drª. Eliane Ferreira da Silva.

NATAL/RN 2012

Catalogação da Publicação na Fonte Biblioteca Setorial da Escola de Música

M488b Medeiros, Malkene Wytiza Freire de. O bibliotecário e o desafio da liderança na Gestão de

Pessoas na era da sustentabilidade / Malkene Wytiza Freire de Medeiros. – Natal, 2012.

41 f.

Orientadora: Eliane Ferreira da Silva.

Monografia (graduação em Biblioteconomia) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2012.

1. Bibliotecas – Administração de pessoal – Monografia.

2. Liderança - Monografia. 3. Sustentabilidade - Monografia. I. Silva, Eliane Ferreira da. II. Título.

RN/BS/EMUFRN CDU 023:504.062

RN/UF/DEBIB CDU: 025.5

MALKENE WYTIZA FREIRE DE MEDEIROS

O BIBLIOTECÁRIO E O DESAFIO DA LIDERANÇA NA GESTÃO DE PESSOAS

NA ERA DA SUSTENTABILIDADE

Monografia apresentada ao curso de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.

MONOGRAFIA APROVADA EM ___/___/ 2012

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________ PROFª DRª. ELIANE FERREIRA DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (ORIENTADORA)

_____________________________________ PROFª. MSC. MÔNICA MARQUES CARVALHO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (1ª EXAMINADORA)

_____________________________________ PROFª. MSC. JACQUELINE APARECIDA DE SOUZA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (2ª EXAMINADORA)

Dedico essa monografia ao corpo docente do

curso de Biblioteconomia da UFRN, meus

queridos professores que contribuíram com

maestria na construção do meu conhecimento.

Serei sempre grata a todos vocês.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado saúde para ter conseguido

atingir meu objetivo.

Aos meus pais por terem me cobrado tão enfaticamente que eu precisava

continuar meus estudos, me motivando a continuar.

Aos meus irmãos mais novos, todos formados que me orgulharam tanto em

suas formaturas, me enchendo de desejo de retribuir a mesma alegria.

Aos meus filhos, pela paciência de me ver trancada tantas vezes estudando,

sem lhes dar atenção.

Ao meu marido, companheiro de todos os dias, grande motivador da minha

persistência, admirador do meu esforço que sempre me elogiou e acreditou que eu

conseguiria.

As minhas amigas Bruna Laís, Carla Beatriz, Midinai Gomes e Patrícia

Severiano que compartilharam comigo de tantos momentos entre estudos,

encontros, tantas madrugadas elaborando trabalhos e dividiram comigo momentos

de plena alegria.

Agradeço aos professores que me ensinaram tantas coisas e despertaram em

mim o prazer de construir um conhecimento sólido que levarei para toda vida.

Agradeço em especial a minha orientadora, Profª Eliane Ferreira da Silva,

pessoa admirável com grande capacidade intelectual, que me orientou de maneira

brilhante, me despertando o prazer da pesquisa e transformando a construção do

meu trabalho em momentos de prazer.

Meus eternos agradecimentos a todos que participaram direta ou

indiretamente da realização do meu sonho.

―O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e à coragem.‖ Kardec

RESUMO

Aborda o valor da gestão. Apresenta o início dos recursos humanos no Brasil

rumo à gestão de pessoas. Ressalta a seriedade da gestão de pessoas nas

instituições. Analisa a importância da liderança frente as equipes de trabalho e o

processo de transformação dos tipos de liderança na era da informação. Descreve o

progresso do profissional da informação com o advento das novas tecnologias e a

necessidade de se manter atualizado frente ao domínio das mesmas. Explica a

relevância do bibliotecário em unidades de informação e o domínio técnico desse

profissional que quando aliada as novas tecnologias, prevalece uma qualidade

superior na organização das informações. Ressalta a importância da

sustentabilidade nas unidades de informação. Enfoca a iniciativa do bibliotecário em

adotar práticas sustentáveis na organização para contribuir com a preservação do

meio ambiente. Comenta o papel do bibliotecário como disseminador de práticas

voltadas a preservação da natureza. Enaltece a política dos 3 ‗Rs‘ para propagar a

economia de fontes esgotáveis do meio ambiente. Objetiva mostrar o quanto é

importante à relação do profissional da informação com aspectos diversos do

cotidiano. A metodologia utilizada foram pesquisas bibliográficas em diversos

suportes informacionais desde livros aos suportes eletrônicos. Conclui que o

bibliotecário engloba responsabilidades diversas que além de dominar técnicas

trabalhistas, seu papel na sociedade abrange uma dimensão de mediador da

informação e agente conscientizador da sociedade.

Palavras-chave: Bibliotecas – Administração de pessoal. Liderança.

Sustentabilidade.

ABSTRACT

It approaches the value of management. It describes the evolution of human

resources in Brazil towards people management. It emphasizes the seriousness of

people management in organizations. It analyzes the importance of leadership ahead

work groups and the transformation process of the types of leadership on the

information era. It describes the development of the information professional with the

rise of new technologies and the necessity to be updated. It explains the relevance of

the librarian in units of information and their technical skill that, when allied to new

technologies, a superior quality in organization of this information prevails. It

emphasizes the importance of sustainability in units of information. It focuses the

librarian initiative by adopting sustainable practices in their organization to contribute

with the environment preservation. It comments the rule of the librarian as the

spreader of practices committed to nature preservation. It extols the 3 ―Rs‖ politics to

propagate the economy of exhaustible resources. It has as a goal showing how

important is the rapport between the information professional with different everyday

aspects. The methodology used was bibliographical researches in different

informational supports, from books to electronic supports. It concludes that the

librarian job comprehends diverse responsibilities beyond its job skills: it

encompasses a dimension of information mediator and conscientious agent of

society.

Keywords: Libraries - Personnel Administration. Leadership. Sustainability.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Tipos de líderes..................................................................................................... 24

Figura 2 - O ciclo do papel................................................................................................. 36

Figura 3 - Projeto Menos papel, mais sustentabilidade............................................................ 37

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 11

2 RECURSOS HUMANOS NO BRASIL ..................................................... 16

3 O VALOR DA GESTÃO.............................................................................. 19

3.1 GESTÃO DE PESSOAS.......................................................................... 20

4 O PERFIL DO LÍDER ................................................................................ 23

4.1 TIPOS DE LIDERANÇA .......................................................................... 24

4.1.1 O líder 360 graus................................................................................. 26

4.1.2 O líder Empreendedor........................................................................ 26

4.1.3 O líder “Construtor de Pontes”......................................................... 27

4.1.4 O líder Inspirador................................................................................ 27

5 PERFIL DO BIBLIOTECÁRIO NA ERA DA INFORMAÇÃO.................... 30

6 ATITUDES VOLTADAS À SUSTENTABILIDADE EM UNIDADES DE

INFORMAÇÃO..............................................................................................

34

6.1 O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO NA ERA DA SUSTENTABILIDADE...... 35

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................... 42

REFERÊNCIAS............................................................................................. 44

ANEXO A – Curiosidades.............................................................................. 47

APÊNDICE A – Slides da Apresentação....................................................... 48

―Se os teus projetos forem para um ano, semeia o grão; se forem para dez anos, plante uma árvore; se forem para cem, instrui o povo‖. (PROVÉRBIO CHINÊS)

11

1 INTRODUÇÃO

O mundo está em constante transformação cada vez mais acelerada. Essas

mudanças estão presentes em diversas atividades, sejam econômicas, sociais,

culturais e até nas formas de organização, seja nos setores de comércio, indústria

ou na prestação de serviços que atualmente engloba uma gigantesca fatia no

mercado mundial. O sucesso da prestação de serviços atinge seu ápice com a

satisfação do cliente ou usuário. Mas para que isso ocorra, o comprometimento com

as pessoas e entre as pessoas de uma determinada organização, seja de qualquer

área, deve ser contínua.

Diante desse cenário hodierno surgem indagações pertinentes: como o

bibliotecário deve se comportar na gestão de pessoas? Devido à sutileza das

interações humanas, quais ferramentas utilizar na gestão de pessoas?

A partir de alguns questionamentos, percebe-se que as pessoas por trás da

organização, são as grandes responsáveis pelo sucesso desta. E para gerir estas

pessoas, a organização precisa de um Líder capaz de extrair o melhor delas. Diante

disso, é preciso estabelecer relações positivas de hierarquia para que o processo de

aproximação dos líderes com seus subordinados, seja de parceria entre os membros

da equipe, criando assim uma cumplicidade capaz de motivá-los, buscando atingir

os objetivos propostos pela organização.

Essa relação de cumplicidade entre pessoas de uma organização precisa ser

analisada a partir de paradigmas baseados num novo olhar por parte do gestor.

Esse novo olhar está relacionado com a era digital e a globalização, que resultou na

disseminação da informação de maneira cada vez mais rápida. Sendo assim, a

importância que a realidade virtual trouxe para parâmetros diversos está focada no

compartilhamento de ideias e informações. As sugestões são dadas, ouvidas e

discutidas por todos, a fim de sobrepor o que já existe. Na busca pelo diferencial

capaz de mover esta equipe: o Líder seria a peça chave?

Mas afinal, o que é um líder? Qual o seu papel dentro de um grupo? Como

este líder deve se comportar perante seus subordinados? Quais os tipos de

liderança? Um líder é o mesmo que um gestor? Qual a diferença entre eles? Como

ser um líder gestor ao mesmo tempo? Essas e outras indagações serão analisadas

no decorrer do trabalho, a fim de perceber como é fundamental a gestão de pessoas

numa organização.

12

Sob esse viés, a percepção do gestor em admitir a valorização das pessoas

dentro da organização, colabora com a necessidade de mudar a visão tradicional em

relação aos subordinados, inclusive estreitando a relação entre as pessoas de

hierarquias distintas e compartilhando desafios e conhecimentos com a equipe.

Essas transformações ocorreram através de décadas, onde a valorização restringia-

se à linha de produção. Atualmente na ―Era do Conhecimento‖, as pessoas enfim

são percebidas como o motor das organizações, pois é a partir delas que tudo

acontece. A valorização dos colaboradores transforma equipes dispersas em

gigantes, se liderados por alguém capacitado a motivá-las e a identificar as

qualidades de cada um, reconhecendo a capacidade e potencialidade individual

dentro de um determinado grupo.

As tendências do mercado estão em contínua mudança e isto exige também

uma mente aberta a novos conceitos, capazes de antever situações que possam vim

a acontecer, preparando a organização para suportar algumas decorrências

indesejadas. Um gestor precisa estar apto a identificar os riscos e antecipar sua

equipe a reagir de maneira enérgica, isso o submete a dinamizar sua sensibilidade,

no tocante a desenvolver uma visão globalizada e mantê-la sempre eficaz para não

perder o foco da organização.

Trazendo essas indagações reflexivas para o contexto de uma Unidade de

Informação, se estabelece a importância da liderança do Bibliotecário diante de sua

equipe e a busca constante de qualificação desse profissional como gestor, a fim de

desenvolver ou aprimorar sua capacidade de gerir pessoas com eficiência,

englobando aspectos importantes de liderança, como motivação, parceria e

comprometimento entre os membros da equipe.

Diante de tantos desafios, o bibliotecário como disseminador da informação

precisa internalizar conceitos ambientalistas que levem a uma reflexão do quanto é

importante às iniciativas voltadas ao meio ambiente e adotar práticas pensando na

sustentabilidade. Essa preocupação com a sustentabilidade já é considerada fator

determinante na tomada de decisões em grandes empresas. Compartilhando desse

pensamento, o bibliotecário precisa agregar essa tarefa de divulgar novas atitudes

em relação ao meio ambiente, começando por adotar políticas de ações voltadas a

práticas sustentáveis dentro de unidades de informação.

Nesse contexto, a presente pesquisa foi motivada a partir da experiência

como bolsista da Biblioteca de Música da UFRN, onde pude observar a estreita

13

relação entre a pessoa à frente dessa unidade de informação com os demais

bibliotecários da mesma e a boa relação dos bibliotecários para com a equipe, onde

consequentemente, todos estão engajados e comprometidos com os objetivos

propostos pela organização, criando assim, um ambiente agradável e gratificante de

trabalho. Neste mesmo ambiente, percebi o quanto é importante ter habilidades para

lhe dar com pessoas com objetivos diferentes e conseguir de maneira dinâmica

envolvê-las numa relação de valores compartilhados e respeito mútuo entre todos da

equipe.

Com relação ao que foi citado acima, o objetivo geral do trabalho é analisar as

competências do bibliotecário em relação à gestão de pessoas em uma unidade de

informação, mediante a evolução dessa profissão, enfatizando a valorização das

pessoas e adotando medidas voltadas à sustentabilidade.

A partir disso, os objetivos específicos irão caracterizar: a Biblioteca como

organização em transformação; o Líder e a Gestão Estratégica de Pessoas; O

Bibliotecário e suas competências na liderança de pessoas em diferentes

perspectivas; iniciativas voltadas à preservação do meio ambiente e o como o

bibliotecário pode contribuir com atitudes sustentáveis em unidades de informação.

A pesquisa baseia-se em revisão de literatura, com leitura de textos e artigos

em formato impresso e digital, acrescidas de informações levantadas através de

vídeos assistidos de palestras e seminários disponibilizados na internet, objetivando

fundamentação teórica para ampliação do conhecimento para fins de desenvolver a

pesquisa de monografia.

O trabalho foi desenvolvido primeiramente abordando a questão dos recursos

humanos no Brasil, enfatizando datas relevantes que marcaram história num

contexto voltado a mudanças em relação ao tratamento destinado aos trabalhadores

e a necessidade de se ter criado esse departamento que inicialmente era apenas de

cunho legal e servia para tratar assuntos unicamente burocráticos relacionados ao

quadro de pessoal.

O terceiro capítulo retrata algumas mudanças que ocorreram nas instituições

e nos modelos de gestão, que devido à concorrência teve que se reinventar numa

nuance em que as pessoas dentro das empresas são o capital principal e as

relações interpessoais são fatores determinantes para a valorização das mesmas.

O quarto capítulo enfatiza o papel do líder e a estreita relação que o mesmo

tem com sua equipe, descrevendo características e tipos de liderança e fazendo

14

uma comparação entre o líder 1.0 e o líder 2.0 e ao mesmo tempo uma relação

desses perfis com a web 1.0 e 2.0.

A partir do quinto capítulo o perfil do bibliotecário é descrito como em

processo de transformação, onde as tomadas de decisão e o casamento com as

novas tecnologias é fator determinante para permanecer no mercado e ser

valorizado profissionalmente.

No sexto capítulo é abordado o tema sustentabilidade, relatando a

importância da mesma para a qualidade de vida de gerações futuras, a urgência em

preservar e renovar as fontes esgotáveis do planeta e iniciativas desenvolvidas

ambicionando despertar uma conscientização nas pessoas para a preservação do

meio ambiente.

15

―Somente depois da última árvore derrubada, depois do último animal extinto,e quando perceberem o último rio poluído, sem peixe, o Homem irá ver que dinheiro não se come‖. (PROVÉRBIO INDÍGENA)

16

2 RECURSOS HUMANOS NO BRASIL

No início do século XX, 80% da população do Brasil habitavam as áreas

rurais, já por volta de 1907 dados levantados na época em questão mostra uma faixa

de 149.000 trabalhadores inseridos em pólos industriais centralizados no estado de

São Paulo. Começava a corrida pela oportunidade de trabalho em atividades que

não fossem agricultura. Nessa época a população na região aumentou

consideravelmente em busca de novas oportunidades.

Contribuiu para isso a presença significativa de trabalhadores europeus, dotados de elevado grau de conscientização política, que se instalaram sobretudo em São Paulo e em cidades do sul do país. (GIL, 2010, p. 52).

Devido a essa invasão de povos europeus com conhecimentos políticos, não

tardou a organização de grupos e posteriormente a criação de sindicatos na busca

de defender direitos para os trabalhadores. A partir disso os movimentos grevistas se

iniciaram.

Em 1930 no governo de Getúlio Vargas, algumas intervenções foram criadas

em favor do trabalhador, nesse mesmo governo posteriormente a nova Constituição

proibiu as greves. Só em 1943 foi consolidado as Leis do Trabalho. A partir daí

devido à criação do imposto sindical e direitos e deveres dos trabalhadores, houve a

necessidade de uma organização por parte das empresas para atender as novas

exigências trabalhistas. Com isso, foi criada a seção de pessoal, que tinha como

objetivo cuidar das rotinas atreladas aos trabalhadores. De acordo com Gil (2010, p.

53), ―a Administração de Pessoal surgida nesse período era de natureza legal,

disciplinadora, punitiva e paternalista‖.

A partir de 1950 houve a expansão da indústria que se direcionava por

campos diversos, e com o passar do tempo, as relações de trabalho foram se

transformando a custa de muitos movimentos liderados por sindicalistas, obrigando

indiretamente as empresas a constituírem setores para gerenciar problemas

voltados ao quadro de pessoal. Esse novo setor cuidava dos direito, deveres e

obrigações dos trabalhadores, focando apenas a parte disciplinar dessa relação,

organização x trabalhador. Por sua vez, os conflitos foram se estabelecendo de

17

forma diferenciada entre as partes envolvidas empregador x empregado. Como se

pode ver:

A falência das abordagens tradicionais da gestão de pessoas foi motivada por pressões que emergiram durante a década de 60 e consolidaram-se no início dos anos 80. Essas pressões provêm de duas fontes: o ambiente em que a organização se insere e as pessoas que nela trabalham. (DUTRA, 2010, p. 13).

Torna-se evidente, as mudanças que surgiram de acordo com as

transformações mundiais, e esse processo se estabeleceu de forma permanente,

devido ao aparecimento da tecnologia e seu artifício de disseminar a informação,

que contribuiu de modo decisivo na metamorfose do setor Recursos Humanos (RH),

que posteriormente viria a ser o objetivo maior da Gestão de Pessoas (GP), que

tem como foco primordial a relação entre pessoas dentro de uma organização.

Para um melhor entendimento dessa transição entre Recursos Humanos e

Gestão de Pessoas, faz-se necessário apresentar as características da gestão de

pessoas no contexto atual.

18

"Você poderia tirar de mim as minhas fábricas, queimar os meus prédios, mas, se me der o meu pessoal, eu construirei, outra vez, todos os meus negócios."

Ford

19

3 O VALOR DA GESTÃO

As mudanças são cada vez mais rápidas nas organizações, as que insistem

em manter os tradicionais estilos de gestão, mais cedo ou mais tarde precisam se

adequar a essas transformações, pois o dia a dia dentro dessas empresas, sejam

comerciais ou prestadoras de serviços tendem a transformar-se naturalmente devido

a cobrança dos próprios clientes e usuários. De acordo com Chiavenato (2008, p. 5)

―fica difícil separar o comportamento das pessoas e o das organizações. Diante

disso, a percepção do gestor deve estar voltada para a valorização das pessoas

dentro das organizações facilitando assim o relacionamento dentro da mesma‖.

Ao longo dos tempos os modelos de gerir as organizações foram evoluindo e

se transformando, adequando-se com o objetivo de melhorar de forma a atingir

resultados desejados. Com isso percebeu-se como a mão de obra, termo utilizado

há algumas décadas, influenciava o alcance desses objetivos.

Diante disso, França (2007, p. 17-18) discorre sobre a evolução dos modelos

de gestão, que vai do modelo diretivo (ou diretivo-autoritário) e o modelo participativo

(ou consultivo-participativo).

O modelo diretivo utiliza predominantemente a autoridade formal e a burocracia e seus mecanismos, para obter a obediência. Nas organizações que adotam o modelo diretivo, as pessoas são dirigidas por uma estrutura administrativa centralizada. [...] os chefes não podem ser questionados e dispõem de instrumentos coercitivos para reforçar seu papel.

Analisando o que foi citado, conclui-se que esse modelo dito diretivo, reduz à

zero a autonomia dos subordinados, gerando frustração na equipe devido à

autoridade centralizada. Esse tipo de administração centrada no gestor impossibilita

o compartilhamento de ideias e exige obediência dos funcionários.

Sob esse contexto, percebeu-se a necessidade de uma mudança de

paradigmas. Essa nova visão de valorizar as pessoas, resultou no surgimento do

modelo participativo de gestão, que funciona de modo contrário ao modelo diretivo.

Para dar segmento a essa consideração, França (2007, p. 18) conceitua o modelo

de gestão participativo ressaltando as características predominantes como sendo:

[...] a liderança, a disciplina e a autonomia. [...] as pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. A

20

disciplina é interior e não imposta de fora, por meio de regulamentos. Quanto maior a autonomia das pessoas e quanto maior a possibilidade de tomarem as decisões que afetam seu próprio trabalho, mais participativo é o modelo [...].

Essa descrição do modelo participativo revela a influência das pessoas em

uma organização. Baseada na influência atribuída a esse modelo de gestão,

percebe-se como a valorização das pessoas em uma instituição, pode gerar equipes

voltadas para o resultado. O reconhecimento profissional, resulta na qualidade das

relações, criando um ambiente de trabalho prazeroso e gratificante. A partir disso,

pode-se concluir que a gestão participativa adota uma relação de proximidade com

as pessoas, reconhece as competências individuais, valoriza a liberdade de iniciativa

e compartilha conhecimentos e desafios com a equipe.

Com base nessas considerações, é possível fazer uma comparação entre os

diferentes modelos de gestão e extrair o melhor de cada modelo, objetivando um

gerenciamento eficiente para a instituição.

Essas transformações ocorreram de modo a proporcionar as formas de se

relacionar dentro da empresa, valorizando a participação das pessoas. Essa

mudança de paradigma fundamentou a transição do modelo atual intitulado como

gestão de pessoas, que será abordado a seguir:

Em seguida, é retratada algumas mudanças que ocorreram nas instituições e

nos modelos de gestão, que devido à concorrência teve que se reinventar numa

nuance em que as pessoas dentro das empresas são o capital principal e as

relações interpessoais são fatores determinantes para a valorização das mesmas.

3.1 GESTÃO DE PESSOAS

Como o próprio termo diz, gestão de pessoas está relacionado com

administrar pessoas, lidar com pessoas, gerir pessoas, ou como se queira

conceituar. Na percepção de Andrade (2005, p. 22) ―A gestão ou administração é a

atividade responsável pela eficiência e eficácia de uma organização. Através dela,

desenvolve-se ações [...], desenvolvimento e influência‖.

Por este motivo, a gestão integra diferentes perspectivas de ponto de vista

dentro de uma organização, a fim de extrair o melhor de cada um, para juntos somar

21

inovação e criatividade, qualidades que interligadas criam um atrativo capaz de

oxigenar a empresa. De acordo com Gil (2010, p.17):

Gestão de pessoas é a função gerencial que visa à cooperação das pessoas que atuam nas organizações para o alcance dos objetivos tanto organizacionais quanto individuais. Constitui, a rigor, uma evolução das áreas designadas no passado como Administração de Pessoal, Relações Industriais e Administração de Recursos.

Para dar segmento a esse conceito, cabe frisar que a evolução da gestão de

pessoas deu-se ao longo das décadas, adicionando em cada fase de sua

transformação o melhor das experiências analisadas.

Fica demonstrado que após décadas de valorização na linha de produção, as

pessoas enfim são reconhecidas como o motor das organizações, considerando que

é a partir delas que tudo acontece. Por tudo isso, vale ressaltar a valorização dos

colaboradores. Esse modo de saber tratar as pessoas é capaz de transformar

equipes dispersas em gigantes, quando liderados por alguém capacitado a motivá-

las e a identificar as qualidades individuais.

Sendo assim, a necessidade de mudanças no perfil de liderança, tornou-se

indispensável aos gestores, que tiveram que desenvolver habilidades e se qualificar

para se destacarem em um mundo globalizado. Segundo Maximiano (2000, p. 42)

―No início do século XX, a palavra-chave era eficiência. No final do século XX, a

palavra-chave é competitividade [...], atualmente a eficiência tornou-se um dos

ingredientes da competitividade‖. Dessa maneira os gestores tiveram que

acompanhar essas mudanças se reciclando, para permanecerem aptos na

competitividade frente às organizações que representam.

Daí surge a figura do líder acessível, que passa de chefe inquestionável ao

Líder atrativo, aquele que ouve, aceita, considera todas as colocações, despertando

na equipe o respeito e admiração, fatores decisivos que contribuem de forma

competente a qualidade das relações dentro das organizações, como veremos a

seguir.

22

"Grandes líderes mudam de estilo para levantar a auto-estima de suas equipes. Se as pessoas acreditam nelas mesmas, é impressionante o que elas conseguer [sic] realizar."

Walton

23

4 O PERFIL DO LÍDER

Desde sempre, o líder é tido como peça chave nas organizações,

independente do segmento destas. Mas não se deve confundir líder com chefe,

esses termos quando utilizados erroneamente gera um entendimento surreal que

torna-os sinônimos. Ao contrário dos tradicionais estilos de liderança onde o líder era

o chefe, a liderança atualmente é vista como sinônimo de competência, parceria e

valorização da equipe.

Como em todos os segmentos, os estilos de liderança, também passam por

transformações. E essas mudanças ocorrem acompanhando as tendências na era

da informação, onde a tecnologia também exerce seu papel de transformação

nesses estilos.

Desse modo, a velocidade da tecnologia também influenciou a maneira de

pensar das pessoas, contribuindo de forma eficiente na qualidade da informação e

consequentemente o estilo de vida destas, principalmente no trabalho. Como

podemos acompanhar, a internet também passou por uma transformação de perfil.

Antes conhecida como Web 1.0, dispunha de muitas informações, mas o usuário era

apenas espectador e leitor. Com o passar do tempo a Web 1.0 se transformou em

Web 2.0, onde a interatividade é permitida e todos podem contribuir na construção

da informação.

À partir disso, faz-se uma comparação entre Web 1.0 e Web 2.0 com o perfil

do Líder 1.0 e o Líder 2.0. Esses estilos de lideranças também sofreram a influência

da era da informação. Para analisar essa comparação, Souza (2007, p. 13) ressalta

as características no modelo do Líder 1.0:

O modelo mental dentro do qual fomos educados nos levou a acreditar que: Liderança é sinônimo de cargo, posição social, dinheiro e, até mesmo, tempo de serviço; Liderança é uma arte, destinada apenas a pessoas visionárias, bem informadas; Liderança é inata, pois alguns já nascem com este ‗dom‘; Existe um estilo ideal de liderança, que as pessoas devem procurar praticar; Líder competente é quem possui seguidores leais; Líderes competentes inspiram pelo carisma e pela hierarquia, pois ‗manda quem pode, obedece quem tem juízo‘.

Com base nessas características, pode-se perceber como o conceito de

liderança durante muito tempo esteve ligado à hierarquia. Mas atualmente, essa

24

consideração sobre líder se altera rapidamente, priorizando características de

liderança inversas as já conhecidas. Vale salientar, a evolução no perfil do líder

influenciada pela crescente competitividade nas organizações dentro e entre elas.

Sendo assim, essa comparação entre o perfil de liderança tradicional com os novos

estilos de liderança demonstra uma relação com o Líder 1.0 e o Líder 2.0. A partir

dessa relação de transição entre estilos de liderança, Souza (2007, p. 17) ressalta

novas características apreciadas em um novo tipo de líder:

Esse novo tipo de líder se destaca por reunir algumas características, as Cinco Forças do Líder 2.0, [...] Oferecer causas, não apenas tarefas ou metas; Formar outros líderes, não apenas seguidores; Liderar em 360 graus, não apenas em 90 graus; Surpreender pelos resultados, fazendo mais do que o combinado; Inspirar pelos valores, não apenas pelo carisma.

O papel do Líder 2.0 dentro de um grupo, não é mais o de ordenar como

antes, mas de se relacionar, extraindo de seus subordinados uma melhor interação

entre todos, estreitando os laços e fortalecendo a parceria, gerando com isso um

comprometimento maior entre as pessoas e destas com a organização. Sendo

assim, esse novo perfil de liderança sofreu transformações positivas capaz de

melhorar a relação entre as pessoas numa organização o que reflete na obtenção de

resultados almejados como objetivos propostos à equipe, trazendo satisfação aos

membros desta, pois os desafios e conhecimentos compartilhados geram uma

melhor qualidade na relação interpessoal, trazendo harmonia e sinergia à equipe.

Deste modo, fica evidente a importância de um líder e seus diferentes estilos

na gestão de uma organização que será considerada a seguir.

4.1 TIPOS DE LIDERANÇA

Em uma perspectiva diferente do ponto de vista tradicional, os tipos de

liderança vêm se destacando como diferencial num gestor, capaz de englobar

características próprias e influenciar as pessoas, envolvendo-as de forma

enigmática. Essa característica peculiar é responsável por diferenciar os diversos

tipos de líderes. Na concepção de Souza (2007, p. 21):

[...] não existe receita pronta. Se quiser realmente se tornar um Líder Inspirador, você terá, por si mesmo, de encontrar as respostas para

25

suas perguntas. Ou correrá o risco de desperdiçar a vida. Decifrar os enigmas da liderança é a razão do êxito de vários líderes no mundo inteiro. Essa não é uma missão fácil, exigirá muita determinação para superar obstáculos.

Considerando essa afirmação, é possível reavaliar a concepção de líder como

sendo algo a aprender, desenvolver e treinar. As experiências sejam positivas ou

negativas, devem ser consideradas como aprendizado para assim desenvolver

habilidades e competências para se tornar um líder capacitado e inspirador. Diante

do termo liderança há diversos conceitos para definir o líder, e esses conceitos

modificam-se com o passar dos anos, acompanhando as transformações geradas

diante da globalização. Essas mudanças são passíveis de serem absolvidas por

alguém que queira tornar-se líder.

Para Maximiano (2000, p. 331) ―A liderança é uma função, papel, tarefa ou

responsabilidade que qualquer pessoas precisa desempenhar, quando é

responsável pelo desempenho de um grupo‖. Essa afirmação retrata a necessidade

que o líder tem de assumir com responsabilidade e seriedade seu papel de líder

exigindo dedicação e empenho para incorporar características natas de um líder.

Essas características ressaltam a infinidade de estilos de líderes capazes de

encantar as pessoas. Diante dessas peculiaridades, faz-se necessário destacar

como diferencial os seguintes tipos de líderes.

Figura 1 – Tipos de líderes

Fonte: A autora (2012).

26

4.1.1 O líder 360 graus

O líder 360 graus esta situado num contexto de liderança que engloba todas

as direções. Na visão de Souza (2007, p. 49) o líder 360 graus:

Exerce sua liderança com uma visão muito mais ampla do que a tradicional miopia de liderar apenas equipes internas. Ele lidera dentro das ‗paredes‘ da empresa e para ‗baixo‘, como a maioria dos líderes, mas se diferencia por liderar também ‗fora‘ da empresa, para ‗cima‘ e para os ‗lados‘.

Esse tipo de Líder 360 graus remete a capacidade de liderar com olhar

visionário, enxergando as oportunidades dentro e fora da empresa para fazer

acontecer. O mesmo é dotado da necessidade de competir e vencer desafios.

Fatores responsáveis por manter a motivação desse profissional.

4.1.2 O líder Empreendedor

A capacidade de empreender esta diretamente relacionada a inovar,

reinventar, criar novas conexões, para à partir daí, recriar estabelecendo um

diferencial. Isso permite se antever aos demais, está sempre um passo à frente para

explorar novos mercados. Deduz-se então que as mudanças também acompanham

o perfil do líder atual. De acordo com Ferrucio (2007)1:

Este perfil é totalmente diferente do líder do século passado que impunha os objetivos sem a participação das pessoas. Sua liderança tem que ser visionária e ao mesmo tempo capaz de formular estratégias para materializar, junto com a equipe que ele foi capaz de formar e capacitar, a visão de futuro estabelecida de forma participativa. Verá que o sucesso também está no fato de se ter uma equipe com formação coesa, preparada e envolvida com diretrizes bem definidas. Saberá identificar novas oportunidades, internamente, para fazer a estratégia se materializar dentro da visão de futuro e que não adianta determinar nada se as pessoas que serão impactadas não estiverem se sentindo envolvidas no processo.

Esse estilo de liderança baseia-se na arte de dar o exemplo, ao invés de só

esperar. O empreendedor tem o dom de enxergar mais longe e assim criar

oportunidades, impulsionando a equipe num processo de mudança contínua. A

1Documento online não paginado.

27

capacidade de atender as necessidades da equipe faz do líder empreendedor uma

espécie de coringa, onde as pessoas irão sentir-se a vontade para expor suas

ideias. E esse compartilhar de ideias enriquece a equipe favorecendo a inovação

das mesmas, estabelecendo assim um círculo criativo e dinâmico, onde a interação

da equipe com o líder faz toda a diferença.

4.1.3 O líder “Construtor de Pontes”

A integração entre o líder e sua equipe possibilita uma conexão favorável ao

trabalho em equipe, essa parceria solidifica o alicerce do grupo, que termina se

estendendo a outros grupos dentro da organização, formando uma espécie de

cadeia, onde as equipes se interligam através da realização coletiva.

A conexão das equipes quando determinadas a atingir um objetivo e somadas

a uma empresa onde as ideias são valorizadas favorece a criatividade. Esse

diferencial de englobar as pessoas a ponto de interligar os departamentos é um

perfil importante de liderança. Segundo Souza (2007, p.77) ―os líderes hoje tem de

ser mais construtores de pontes, não só entre os diversos departamentos como

empresa e seus fornecedores, e também entre a empresa e a comunidade‖.

Essas pontes que interligam os departamentos estendem-se aos clientes,

criando um vínculo de confiança e respeito, seja dentro da empresa ou fora desta.

4.1.4 O líder Inspirador

Este é o pilar das equipes, figura respeitada e admirada por todos dentro da

empresa. É uma espécie de guru dos subordinados, sempre aberto a novas ideias e

a disposição para ouvir a todos. Na concepção de Souza (2007, p. 89) ―O líder

inspirador é aquele que transforma ilhas de competências em um arquipélago de

excelência‖.

Essa frase transcreve o líder como sendo uma pessoa admirada, mas que

valoriza os demais deixando transparecer que o sucesso depende da equipe. Esse

comportamento de reconhecer os demais estabelece uma relação de valorização do

outro, o que acarreta uma satisfação maior em fazer parte da equipe.

28

Essa satisfação de pertencer a algo prazeroso é despertada nas pessoas por

alguém que inspire essa vontade. Segundo Mussak (2009)2 ―Quem está inspirado

faz coisas melhores, tem mais comprometimento, acredita que o resultado de seu

trabalho é importante, busca a excelência. Por isso fala-se que líderes devem

desenvolver a capacidade de inspirar pessoas‖.

Essa habilidade de inspirar o outro reflete na capacidade de admiração que o

líder desperta em seus colaboradores, seja em pessoas diretamente da sua equipe,

de equipes parceiras ou de empresas concorrentes. Esse despertar do

reconhecimento está diretamente ligado a sua capacidade de liderar com eficiência

e eficácia.

Dentre as características ressaltadas nos tipos de líderes decorridos, observa-

se a importância de englobar qualidades diversas e essenciais para a construção de

um perfil de liderança. Esse perfil precisa envolver entre tantos atributos a

percepção do outro, a combinação de mesclar o emocional com o racional,

estabelecendo vínculos numa relação de troca do líder com a equipe e entre a

equipe Essa relação baseada no respeito mútuo gera cumplicidade entre ambas as

partes, contribuindo para potencializar a motivação de todos.

Face ao exposto, será considerado a seguir algumas mudanças que

ocorreram no perfil do bibliotecário e suas competências na liderança de pessoas

sob diferentes perspectivas.

2Documento online não paginado.

29

―O bibliotecário é para a biblioteca o que a iluminação é para a cidade. De nada serve que esta seja bela e tenha soberbos edifícios se está às escuras. De igual maneira os livros pouco são úteis se não há um bibliotecário que guie, aconselhe e ilumine o leitor."

Gallardo

30

5 PERFIL DO BIBLIOTECÁRIO NA ERA DA INFORMAÇÃO

Devido a constante avalanche de informações, vários aspectos foram

observados em relação à necessidade de mudanças no perfil de várias profissões,

especialmente as ligados à informação, seja na organização, seleção ou

disseminação da mesma. Dentre esses profissionais, observou-se uma reviravolta

no perfil do Bibliotecário, que se transformou quase que completamente desde a

mudança de paradigmas dessa profissão que passou de guardador de livros para

organizador e disseminador da informação. Para se destacar como profissional da

informação, Ferreira (2005, p. 21), ressalta uma combinação de habilidades onde:

Julga-se necessária uma combinação balanceada de conhecimentos técnico-profissionais e conhecimentos pessoais, pois esse profissional é o intermediário das demandas de informação de uma organização [...].

Essa combinação de conhecimentos engloba diferentes fatores

indispensáveis ao perfil desse profissional, desde o domínio das técnicas

tradicionais relacionadas ao tratamento da informação, quanto à necessidade de

domínio da usabilidade das novas tecnologias. É preciso acentuar, que o

conhecimento intelectual e conhecimento de mundo, também são fatores

importantes na soma de habilidades desse profissional. Segundo Plácida (2002, p.

103):

A presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, formando opinião, criando necessidades e determinando comportamentos, torna a atuação do profissional de Biblioteconomia extremamente importante no processo de formação reflexiva dos sujeitos no que se refere ao uso de informações alocadas nos mais diversos suportes.

Fica demonstrado que o bibliotecário precisa absorver essa cultura

tecnológica ao perfil profissional para tornar-se indispensável na era da informação

ou era do excesso. Sendo assim, é indispensável incorporar a tecnologia no

ambiente de trabalho, contribuindo assim para acentuar a valorização desse

profissional. De acordo com Plácida (2002, p. 107):

As tecnologias são instrumentos de infinitas possibilidades, que precisam ser explorados na formação do profissional da informação

31

de maneira a gerar condições de uso estratégico, especialmente na prática não-discursiva de atuação desse profissional, garantindo assim sua condição de competitividade e empregabilidade.

Observando pelo prisma de promover a competitividade e garantir a

empregabilidade do bibliotecário, o uso das novas tecnologias além de revolucionar,

veio para facilitar a localização e potencializar a disseminação da informação com

eficiência e eficácia na chamada era do conhecimento. Mas para que isso ocorra

satisfatoriamente, é preciso que a matéria prima dessa revolução, a informação,

seja tratada adequadamente por profissionais qualificados, capazes de interagir com

as novas técnicas de trabalho em formato eletrônico. Essas novas técnicas permitiu

também o surgimento da biblioteca virtual que:

Disponibiliza textos completos em linha por meio da internet com acesso a distância. Inclui-se, além da ideia de organização e preservação da integridade dos documentos, a de armazenagem da informação, em forma eletrônica, e de sua disseminação, independentemente de localização física ou do horário de funcionamento. (GARCIA, 2008, p. 3).

Considerando essas novas técnicas, é pertinente dizer que a relação do uso

das novas tecnologias transforma as relações interpessoais e no trabalho,

exercendo influência em todos os setores da instituição. Sendo assim, é preciso

observar a necessidade de melhorias e mudanças nos produtos e serviços,

objetivando atender as necessidades dos clientes e usuários de forma satisfatória.

A relação da tecnologia inserida no ambiente informacional, precisa ser

analisada de forma à facilitar e agilizar o trabalho do bibliotecário. Pois o uso

ineficiente desta, pode restringir o acesso a informação por parte dos usuários, pela

dificuldade de interagir com esse novo processo.

Isso demonstra que é preciso despertar o olhar positivo do bibliotecário

perante as novas tecnologias, para facilitar o aprendizado quanto ao uso de novos

artifícios para organizar as informações. Para que esse profissional seja polivalente,

novos paradigmas precisam ser incorporados a novas técnicas de trabalho não para

substituir as técnicas tradicionais, mas para somar qualidade capaz de manter o

tradicionalismo da preservação ao acervo e ao mesmo tempo potencializar a

divulgação deste de forma adequada.

32

Apesar de falar-se tanto em tecnologia, a utilização da mesma deve ser

avaliada pelo profissional da informação, para que seja eficiente quando relacionada

ao perfil do usuário da instituição.

Outra questão que precisa ser considerada pelo bibliotecário é a preocupação

com o meio ambiente e quais iniciativas podem ser tomadas dentro de uma unidade

de informação para contribuir de maneira positiva na questão da sustentabilidade.

33

―Ajuda-me, para que eu possa ajudar-te, para que juntos possamos subir a montanha.‖

(PROVÉRBIO GREGO)

34

6 ATITUDES VOLTADAS À SUSTENTABILIDADE EM UNIDADES DE

INFORMAÇÃO

O tema sustentabilidade está em evidência pela necessidade das pessoas se

voltarem a se preocupar com o planeta como um todo, especialmente com as

reservas esgotáveis e indispensáveis à sobrevivência. Essa preocupação faz-se

necessária devido a grandes mudanças no planeta relacionadas a catástrofes

ambientais, devido à exploração desmedida do homem com o meio ambiente.

Essa exploração resultou em complicações ambientais sérias que podem

comprometer a qualidade de vida de futuras gerações. Pensando nisso o tema

sustentabilidade surgiu na urgência de rever o modo como esta sendo tratado o

meio ambiente.

Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Ou seja, a sustentabilidade está diretamente relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Seguindo estes parâmetros, a humanidade pode garantir o desenvolvimento sustentável. (SUSTENTABILIDADE, [20—a])3.

Considerando a importância de preservar o meio ambiente, o

desenvolvimento e uso de produtos sustentáveis, deve ser de responsabilidade

coletiva. Iniciativas isoladas não são suficientes para reverter o acelerado processo

de poluição e esgotamento de reservas, e pensando nisso que pesquisadores e

cientistas vêm alertando as autoridades e a população em geral a se voltarem para

uma política sustentável, priorizando o meio ambiente. Na concepção de Abreu

(2010)4:

A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema. Podem-se citar medidas que estão no centro da questão da sustentabilidade ambiental: a aquisição de medidas que sejam realistas para os setores das atividades humanas.

3Documento online não paginado.

4Documento online não paginado.

35

Com base nesse contexto, a fabricação de produtos, deve ter seu processo

de fabricação repensado de forma a não agredir o meio ambiente. E para que essa

iniciativa surta o efeito necessário, o planeta como um todo deve se comprometer

com a questão do desenvolvimento sustentável, se preocupando com o futuro do

planeta. A partir disso, Afonso (2006, p. 7) esclarece que:

A proposta de sustentabilidade surgiu no final do século XX como parte do processo de reflexão para o equacionamento desses problemas. O novo conceito mostrou que soluções isoladas são apenas paliativas e que será necessário transformar nosso modo de vida para recuperar a qualidade dos ambientes.

Essa alteração comportamental das pessoas precisa ser permanente e

absorvida de maneira sólida e responsável, pensando nas futuras gerações e

repassando esse comportamento sustentável às crianças. Para que as mesmas

possam crescer considerando a necessidade e a importância de preservar e

respeitar o meio ambiente. Infelizmente essa mudança comportamental também é

uma mudança cultural e precisa de tempo para ser internalizada. Mas essa mudança

de comportamento precisa ser urgente evitando uma maior degradação do meio

ambiente. E todos precisam assumir essa responsabilidade, para que seja garantida

uma qualidade de vida às futuras gerações. Compartilhando desse pensamento, o

bibliotecário precisa agregar essa tarefa de divulgar novas atitudes em relação ao

meio ambiente, começando por adotar políticas de ações voltadas a práticas

sustentáveis dentro de unidades de informação.

6.1 O PAPEL DO BIBLIOTECÁRIO NA ERA DA SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade requer uma mudança de comportamento em relação ao

meio ambiente. Por isso, não basta falar é preciso adotar iniciativas voltadas à

preservação do mesmo.

[...] a disseminação da informação ambiental é de suma importância, mas sem a educação ambiental, ela não resultaria em mudanças de comportamentos, não geraria a consciência ambiental e muito menos sua aplicação no dia a dia. Seria como se alguém estivesse ouvindo outra pessoa falar sobre o que é certo e errado de se fazer, sem prestar muita atenção e muito menos aprender. (CARDOSO, 2010, p. 153).

36

O bibliotecário como disseminador da informação precisa repassar conceitos

ambientalistas que levem a uma reflexão do quanto é importante às iniciativas

voltadas ao meio ambiente, pensando na sustentabilidade. E esses conceitos devem

ser seguidos de atitudes que despertem uma conscientização nas pessoas da

importância de preservá-lo. Essa mudança de atitude gerará um processo de

transformação positiva onde cada um ao fazer sua parte, funcione como elo de uma

corrente e a soma desses elos reflita em uma grande mudança capaz de modificar a

atual situação do meio ambiente.

Essa preocupação com a sustentabilidade já é considerada fator determinante

na tomada de decisões em grandes empresas. Algumas destas levam a sério a

questão da sustentabilidade e adotam medidas para contribuir de forma a

economizar recursos que advém da natureza, contribuindo assim com sua

preservação. Uma dessas empresas de renome internacional é o Santander Global

Facilities que adotou medidas para ―‗melhorar sistemas e processos para reduzir a

quantidade de resíduos produzidos e aumentar os níveis de reciclagem‘ essas

medidas foram ‗objetivos da campanha Go Green, iniciada pelo Santander, no Reino

Unido‘‖. (AGÊNCIAS..., 2011)5.

A campanha do Santander adotou ―O lema dos 3 ‗Rs‘ – reduzir, reutilizar e

reciclar – foi adotado pelas agências para estimular os funcionários a serem mais

responsáveis com o meio ambiente‖ (AGÊNCIAS..., 2011)6. Essa iniciativa da

empresa termina influenciando o funcionário a repensar sua relação de consumo

quando se trata de produtos ligados ao meio ambiente.

Algumas iniciativas foram adotadas para despertar práticas voltadas à

sustentabilidade, entre elas:

[...] os 3 Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e Meio Ambiente. Adotando estas práticas, é possível diminuir o custo de vida (reduzir gastos, economizar), além de favorecer o desenvolvimento sustentável (desenvolvimento econômico com respeito e proteção ao meio ambiente). (REDUZIR..., [20--])7.

5Documento online não paginado.

6Documento online não paginado.

7Documento online não paginado.

37

Essas questões são determinantes para haver uma mudança de

comportamento das pessoas, priorizando as questões ambientais com

responsabilidade. Analisando o contexto dos 3 Rs, é possível observar que

pequenas mudanças no dia a dia, fazem uma grande diferença no desenvolvimento

sustentável.

O bibliotecário pode adotar como prática sustentável, a redução do consumo

do papel, que além de ter o consumo reduzido em práticas como impressão e

reprodução, ainda pode reutilizar o papel de ambos os lados para anotações.

Seguindo ainda a linha dos 3 Rs, os papéis que não serão mais utilizados podem ser

separados para reciclagem, garantindo seu reaproveitamento. As características do

papel reciclado são parecidas com o papel comum, diferenciando-se pela cor

dependendo do tipo de papel utilizado no processo de reciclagem.

Figura 2 – O ciclo do papel

Fonte: RECICLAGEM... (2012).

38

Essas práticas simples, abordam os 3Rs da sustentabilidade, e fazem uma

grande diferença favorecendo a preservação da natureza

Pensando nisso, a biblioteca do Centro Universitário UNA adotou a

campanha: ―Menos papel e mais sustentabilidade nas bibliotecas da UNA, com o

intuito de colaborar com o planeta e com o futuro das próximas gerações‖

(MENOS..., 2011)8.

Figura 3 – Projeto Menos papel, mais sustentabilidade

Fonte: MENOS... (2011).

8Documento online não paginado.

39

A iniciativa da campanha teve inicio em outubro de 2011, onde:

[...] as bibliotecas de todos os campi deixarão de imprimir o recibo de empréstimos de livros em papel e passarão a enviar o comprovante por e-mail, evitando o desperdício de 28 mil metros de papel por ano. (MENOS..., 2011)9.

Para que o projeto atinja o objetivo proposto a UNA conta com a participação

dos usuários que colabora com a campanha, deixando sempre atualizado o

endereço eletrônico, para que as informações relacionadas aos empréstimos sejam

repassadas através de e-mails. Com essa mudança, a economia em relação ao

consumo de papel é estrondosa. Essa economia pode ser aproveitada na própria

biblioteca direcionando esses recursos para investimentos na aquisição de novos

materiais.

Dentre algumas diretrizes, num contexto que engloba a preocupação com o

consumo inadequado, o Santander adotou a campanha para a redução de papel,

onde o ―Santander Global Facilities registrou redução de 26% no consumo de papel

nas agências do Reino Unido, em comparação com o ano de 2009‖ (AGÊNCIAS...,

2011)10. Essa campanha contabilizou ―redução de 5,5 milhões de quilos. A

reciclagem de lixo também aumentou no período: das 11 mil toneladas recolhidas,

70% foi reciclada‖. (AGÊNCIAS..., 2011)11.

Analisando os dados citados, se tem a dimensão do quanto é importante que

atitudes assim sejam seguidas, quanto à preocupação com a economia de papel.

Pois o mesmo requer para sua produção além da madeira, matéria prima para sua

fabricação, grande quantidade de água e energia no processo que engloba sua

fabricação. Para o diretor executivo de Operações do Santander Global Facilities no

Reino Unido, Nick Roberts, afirma que:

A responsabilidade de reduzir os resíduos e reciclar mais deve ser de todos. ‗Ao trabalhar em colaboração com os nossos empregados e fornecedores, fazer isso torna-se mais simples e eficaz. Temos realizado grandes progressos nos últimos anos para reduzir o nosso impacto no ambiente, mas ainda há muito trabalho por fazer. (AGÊNCIAS..., 2011)12.

9Documento online não paginado.

10Documento online não paginado.

11Documento online não paginado.

12Documento online não paginado.

40

Atitudes como essa, fazem uma grande diferença em termos de preservação

de matéria prima e valoriza a reutilização de produtos.

41

―A base de toda a sustentabilidade é o desenvolvimento humano que deve contemplar um melhor relacionamento do homem com os semelhantes e a Natureza‖. Anderáos Neto.

42

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de pesquisas para o desenvolvimento da monografia, é possível

afirmar que grandes mudanças ocorreram em todos os âmbitos que permeiam as

questões ditas de relação de trabalho, sejam de ordem pessoal ou profissional.

As instituições passaram a valorizar as pessoas como parte indispensável ao

funcionamento das mesmas, potencializando as relações interpessoais de forma a

fortificar o comprometimento da equipe com os objetivos propostos, ressaltando o

papel do líder nas organizações.

A partir da análise feita sobre os tipos de líder, foi possível confirmar as

habilidades do líder como peça chave na construção das relações dentro e fora da

empresa. Esse papel de gerir equipes, motivando-as e fazendo com que cada

pessoa se descubra como líder dentro da própria equipe faz parte das competências

desse profissional. Constatou-se a responsabilidade do líder e sua habilidade em

entender as necessidades individuais e extrair de cada membro da equipe,

potencialidades que canalizadas farão grande diferença no resultado das

organizações.

Também verificou-se a relação do tipo de líder com a chamada era da

informação e o quanto as novas tecnologias influenciaram a mudança do perfil de

liderança. Desse novo perfil de líder fez-se uma comparação com a web 2.0 e

constatou-se que o líder evoluiu juntamente com as novas tecnologias de líder 1.0

para líder 2.0. Dessa evolução, o líder 2.0 surge como mediador de relações e tem a

finalidade de envolver as pessoas integrando-as de modo a fidelizar uma parceria,

onde cada um faz parte da construção da informação e considerando as opiniões,

que mesmo diversas são importantes para a tomada de decisões. Com esse modelo

de gestão, onde todos são construtores de opinião, a equipe sente-se valorizada. E

isso reflete de forma positiva no comprometimento da equipe com a empresa.

O bibliotecário também é um gestor, pois o mesmo desenvolve atividades que

dependem da tomada de decisões e isso envolve pessoas. A partir disso, conclui-se

que essa profissão que evoluiu lentamente através dos tempos, também sofreu uma

acelerada transformação a partir do surgimento das novas tecnologias. De

guardador à disseminador da informação, o bibliotecário necessita aderir as novas

tecnologias aceitando de forma positiva, e entendendo que esse processo de

evolução não tem volta. Sem contar o quanto a tecnologia facilita o trabalho de

43

organizar informações, ao mesmo tempo que facilita sua busca. O profissional da

informação também é responsável pela construção do pensar social do ser humano.

E para englobar tantas responsabilidades, precisa se reciclar em aspectos diversos

para garantir seu espaço no mercado, evitando assim ser substituído por

profissionais de outras áreas também ligadas a informação e tecnologia.

Em tudo que engloba a mudança de paradigmas do bibliotecário observou-se

que o gestor da informação é um administrador que precisa trabalhar seu perfil de

liderança. E esse novo profissional necessita estar apto a se envolver com questões

diversas e preparar-se para lhe dar com assuntos

voltados à sustentabilidade. Atualmente esse tema requer atenção redobrada no

tocante a mudanças de atitude em relação às questões ambientais.

Sendo assim, os profissionais de informação deve seguir atitudes ligadas a

preservação do meio ambiente, procurando adotar a política dos 3 Rs da

sustentabilidade, reduzir, reciclar e reutilizar. Essa prioridade deve objetivar o

desenvolvimento sustentável. Mas como mediador da informação, o bibliotecário tem

a responsabilidade de conscientizar a sociedade em relação a importância de

esclarecer o quanto é importante a colaboração de todos. E a melhor maneira de

conscientizar o outro é adotar a prática de falar com atitudes, ou seja, agir como se

fala.

44

REFERÊNCIAS

AFONSO, Cíntia Maria. Sustentabilidade: caminho ou utopia? São Paulo: Annablume, 2006. Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=dYt 96N2rN3gC&printsec=frontcover&dq=Sustentabilidade&source=bl&ots=Iy62OSQAN_&sig=8xKia_-tN0yXHr9NqSkw7iNRR7U&hl=pt-BR&sa=X&ei=78qAUPWaCs-G0QGsqYEw&ved=0CDQQ6AEwAA>. Aceso em: 6 out. 2012. AGÊNCIAS no Reino Unido adotam com sucesso o lema dos ‗3Rs‘. 2011. Disponível em: <http://sustentabilidade.santander.com.br/Lists/Notcias/DispForm.aspx? ID=630>. Acesso em: 13 out. 2012 ANDERÁOS NETO, Nagib. [Frase de Nagib Anderáos Neto]. Disponível em:<

http://pensador.uol.com.br/frases_sobre_sustentabilidade/>. Acesso em: 9 out. 2012. ANDRADE, Magnólia de Carvalho. Gestor de unidades de informação: perfil emergente do bibliotecário. 2005. 55 f. Monografia (Graduação em Biblioteconomia) – Departamento de Biblioteconomia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005. CARDOSO, Nathalice Bezerra. A contribuição do bibliotecário para a educação ambiental. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.15, n. 2, p. 140-162, maio/ago. 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1413-99362010000200010&lang=pt>. Acesso em: 19 out. 2012 CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DICAS ecológicas: ligue-se nas dicas práticas e econômicas para salvar nosso planeta. Disponível em:<http://www.eerp.usp.br/saudeambiental/saude_dicas.html>. Acesso em: 18 out. 2012. DUTRA, Joel Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2010. FERREIRA, Danielle Thiago. Profissional da informação e a gestão do conhecimento: perfil de habilidades demandadas por empresas de recrutamento e seleção de recursos humanos. In: SOUTO, Leonardo Fernandes (Org.). O profissional da informação em tempo de mudanças. Campinas, SP: Alínea, 2005. p. 13-27. FERRUCIO, Alice. O líder empreendedor e a liderança situacional. Rio de Janeiro, mar. 2007. Disponível em: <http://aliceferruccio.blogspot.com.br/2007/03/o-lder-empreendedor-e-liderana.html> Acesso em: 10 set. 2012. FORD, Henry. [Frase de Henry Ford]. Disponível em:<http://pensador.uol.com.br/ frase/NjkzMTg1/>. Acesso em: 6 out. 2012. FRANÇA, Ana Cristina Limongi França. Práticas de Recursos Humanos – PRH: conceitos, ferramentas e procedimentos. São Paulo: Atlas, 2007.

45

GALLARDO, Angel Ossorio y. [Frase de Angel Ossorio y Gallardo]. Disponível em: <http://www.ofaj.com.br/generalidades_contexto.php?cod=3>. Acesso em: 9 out. 2012. GARCIA, Joana Coeli Ribeiro. Gestão e tecnologia da informação: desafios do profissional da informação. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 5, out. 2008. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/out08/ F_I_art.htm>. Acesso em: 6 out. 2012. GIL, Carlos Antônio. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2010.

KARDEC, Allan. [Frase de Allan Kardec]. Disponível em:< http://pensador.uol.com.br/frase/NTQ0OTU4/>. Acesso em: 6 out. 2012. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da Administração: da escola científica à competitividade na economia globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MENOS papel e mais sustentabilidade nas bibliotecas da Una. 2011. Disponível em: <http://www.una.br/noticias/menos-papel-e-mais-sustentabilidade-nas-bibliotecas-da-una-914>. Acesso em: 6 out. 2012.

MUSSAK, Eugenio. Como ser um líder inspirador. Você S/A, São Paulo, edição 129, mar. 2009. Disponível em: <http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/ materia/como-ser-lider-inspirador-483874.shtml>. Acesso em: 10 set. 2012. PLÁCIDA, L. V.; AMORIM, da Costa Santos. As novas tecnologias na formação do profissional da informação. In: VALENTIM, Marta Lígia (Org.). Formação do profissional da informação. São Paulo: Polis, 2002. p. 103-116. PROVÉRBIO Chinês. Disponível em: <http://www.celipoesias.net/proverbios/ proverbios01.htm>. Acesso em: 9 out. 2012. PROVÉRBIO Grego. Disponível em: <http://www.celipoesias.net/proverbios/ proverbios02.htm>. Acesso em: 9 out. 2012. PROVÉRBIO Indígena. Disponível em: <http://www.celipoesias.net/proverbios/ proverbios01.htm>. Acesso em: 9 out. 2012. RECICLAGEM do papel. 2012. Disponível em:<http://museudolixocomcap. blogspot.com. br/2012/04/reciclagem-do-papel.html>. Acesso em 18 out. 2012. REDUZIR, Reutilizar e Reciclar – 3 Rs da sustentabilidade. [20--]. Disponível em:<

http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/reduzir_reutilizar_reciclar.htm>. Acesso em: 6 out. 2012. SOUZA, César. Você é o líder da sua vida? Rio de Janeiro: Sextante, 2007.

46

SUSTENTABILIDADE. [20—a]. Disponível em:<http://www.suapesquisa.com/ ecologiasaude/sustentabilidade.htm>. Acesso em: 6 out. 2012. SUSTENTABILIDADE Ambiental – O Que É a Sustentabilidade Ambiental. [20- -b]. Disponível em:<http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/ sustentabilidade-ambiental-o-que-e-a-sustentabilidade-ambiental/>. Acesso em: 8 out. 2012. WALTON, Sam. [Frase de Sam Walton]. Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/frase/NzgxMDkx/>. Acesso em: 6 out. 2012.

47

ANEXO A - Curiosidades

CURIOSIDADES: VOCÊ SABIA?

Produzir papel a partir de papel "velho" consome cerca de 50% menos

energia do que fabricá-lo a partir de árvores; utiliza-se 50 vezes menos água,

além de reduzir a poluição do ar em 95%.

Cada tonelada de papel reciclado representa 3 metros cúbicos de espaço

disponível nos aterros sanitários.

Se o mundo reciclasse metade do papel que consome, 40 mil quilômetros

quadrados de terras seriam liberados do cultivo de árvores para a indústria de

papel.

As florestas estão sendo destruídas para em seu lugar serem plantados

eucaliptos, utilizados na produção de papel. Porém, os eucaliptos absorvem

muita água da terra, afetando o equilíbrio do solo. Isso pode causar erosão e

danos ecológicos, pois incontáveis espécies de animais deixarão de existir

com o fim das matas.

48

APÊNDICE A – Slides da Apresentação

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59