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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA MAPEAMENTO GENÉTICO EM POPULAÇÃO DE MAÇÃ (Malus X domestica Borkh) DE CARACTERES AGRONÔMICOS ASSOCIADOS À EXIGÊNCIA DE FRIO HIBERNAL Carolina Tessele Engenheira Agrônoma/UFRGS Dissertação apresentada como um dos requisitos à obtenção do Grau de Mestre em Fitotecnia Ênfase Melhoramento e Biotecnologia Vegetal Porto Alegre (RS), Brasil Julho de 2012

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FITOTECNIA

MAPEAMENTO GENÉTICO EM POPULAÇÃO DE MAÇÃ (Malus X domestica Borkh) DE CARACTERES AGRONÔMICOS ASSOCIADOS À

EXIGÊNCIA DE FRIO HIBERNAL

Carolina Tessele Engenheira Agrônoma/UFRGS

Dissertação apresentada como um dos requisitos à obtenção do Grau de Mestre em Fitotecnia Ênfase Melhoramento e Biotecnologia Vegetal

Porto Alegre (RS), Brasil Julho de 2012

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FOLHA DE HOMOLOGAÇÃO

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal do Rio Grande do Sul e ao Programa de Pós–

Graduação em Fitotecnia por ter possibilitado a realização deste curso.

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq), pela bolsa concedida.

À Embrapa Uva e Vinho por possibilitar recursos para o

desenvolvimento deste trabalho.

À minha orientadora, professora Carla Andréa Delatorre, pela

amizade, ensinamentos, orientação, apoio e confiança nos últimos oito anos.

Ao pesquisador Luís Fernando Revers, meu coorientador, por seus

ensinamentos, atenção, companheirismo e amizade.

À pesquisadora Ana Beatriz Costa Czermainski pelos ensinamentos,

e por todo o apoio durante o último ano de mestrado.

Aos professores do Programa de Pós–Graduação em Fitotecnia pelo

conhecimento compartilhado.

À secretária do Programa de Pós–Graduação em Fitotecnia Marisa e

aos funcionários do departamento de Plantas de Lavoura Alice, Fábio e

Karine.

Aos pesquisadores e a equipe de apoio a pesquisa da Embrapa Uva

e Vinho, em especial á Vanessa Buffon, pelo apoio e amizade. E ao pessoal

do Laboratório de Fisiologia Vegetal, Cris, Diana, Daniel e Marcelo.

Ao Dr. Diogo Denardi Porto por sua colaboração, amizade e

contribuições.

As ‘minhas’ bolsistas, Yohanna, Camila, Jaiana e Roberta, pela ajuda

na realização das avaliações de campo e amizade. Aos bolsistas, Gustavo e

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Pâmella, da Estação Experimental de Fruticultura Temperada (Embrapa/

Vacaria).

Aos colegas do curso de mestrado/ doutorado e colegas de

laboratório: Ana Paula, Ana Carolina, Adriana, Adriano, Catarine, Daniel,

Danielle, Diovanni, Everton, Felipe, Juliano, Kelly, Martin, Taiguer, Thais,

Thanise, Sibila, Silmara e Vitor (Embrapa).

Em especial as amigas Thanise, Ana Carolina, Kelly e Ana Paula pela

amizade e apoio nas horas necessárias.

Á minha amiga, Ana Paula Beck Brunetto, pelos conselhos,

conversas, incentivo e apoio nos estudos.

Aos meus irmãos, aos quais devo tudo o que sou, Maria, Verônica,

Aloísio e Silvana, por sempre me amar, apoiar e incentivar. Aos meus

sobrinhos Pedro Enrico e Ana Júlia pelos momentos de alegria, e cunhado

Régis pelo apoio.

Aos meus pais, Oniva e Arlindo (in memorian) que sempre

incentivaram e acreditaram que o estudo nos liberta...

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MAPEAMENTO GENÉTICO EM POPULAÇÃO DE MAÇÃ (Malus X domestica Borkh) DE CARACTERES AGRONÔMICOS ASSOCIADOS À

EXIGÊNCIA DE FRIO HIBERNAL¹

Autora: Carolina Tessele Orientadora: Carla Andréa Delatorre Coorientador: Luís Fernando Revers RESUMO A macieira necessita de estímulo do frio para a queda das folhas ao

final do ciclo, à dormência hibernal e a sua quebra desta. A não ocorrência adequada de frio no período do inverno resulta em brotação e florescimento irregular, resultando em desenvolvimento vegetativo e reprodutivo deficientes. Os objetivos deste trabalho foram de caracterizar indivíduos da população F1 para caracteres associados ao requerimento de frio hibernal como data de brotação e floração, construir um mapa genético de ligação em população clonal F1 e mapear QTLs associados a estes caracteres. Os genótipos da população F1 de estudo segregaram para os caracteres fenotípicos de brotação vegetativa e floração. Os mapas genéticos dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’ foram obtidos com 729 e 711 marcadores funcionais do tipo SNP, respectivamente. Dezessete grupos de ligação foram obtidos para cada genitor, cobrindo 1361 cM e 1066 cM para ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’, respectivamente. As posições dos marcadores mapeados estão consistentes com o mapa consenso. Na extremidade do grupo de ligação 9, QTLs majoritários, possivelmente associados a fatores genéticos importantes para as características avaliadas, foram identificados nos mapas de ambos os genitores. Nesta região foram mapeados quatro marcadores genéticos significativamente ligados aos QTLs majoritários para brotação vegetativa e floração, explicando de 32,3% a 73,4% da variação fenotípica observada, respectivamente. Estes resultados sustentam a hipótese de que a extremidade do grupo de ligação 9 possui fatores genéticos associados ao controle do tempo de brotação e floração regulado pela exposição ao frio. Nesta região encontram-se genes de transcritos preditos com grande similaridade ao gene Flowering Locus C de Arabidopsis thaliana.

1Dissertação de Mestrado em Fitotecnia, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. (83p.) Julho, 2012.

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GENETIC MAPPING OF AN APPLE (Malus X domestica Borkh) POPULATION FOR AGRONOMIC TRAITS RELATED TO COLD

REQUIREMENT¹

Author: Carolina Tessele Adviser: Carla Andréa Delatorre Co-Adviser: Luís Fernando Revers

ABSTRACT

Apple trees require cold stimulus for leaf shedding at the end of the growth cycle and for winter dormancy. The non-occurrence of the appropriate cold condition during the winter causes irregular sprouting and flowering, resulting in deficient vegetative and reproductive growth. This study aimed to characterize individuals from a F1 population derived from ‘Fred Hough’ and ‘M13/91’ for cold requirement associated traits, like vegetative bud burst and flowering, to develop a genetic linkage map for both genitors and identify QTLs associated with these traits. The F1 population showed segregation for time for vegetative sprouting and time for flowering. A total of 729 and 711 functional SNP type markers were used to generate a map for each parent. For both parents, 17 linkage groups were obtained; covering 1361 cM and 1066 cM for ‘M13/91’ and ‘Fred Hough’, respectively. The position of the SNP loci in the obtained maps is consistent with the genomic sequence. At the end of linkage group 9, major QTLs genetically associated with the agronomical traits evaluated were identified for both genitors. In this region of the linkage group 9, four SNP markers were significantly associated with the major QTLs for vegetative bud burst and time of flowering, explaining 32,3% to 73,4% of the total phenotypic variation observed. Our results demonstrate that the same region of linkage group 9 contains important genetic determinants for the control of time of bud burst and flowering. Moreover, assessing the genomic sequence in this region, two predicted transcripts with similarity to the Flowering Locus C from Arabidopsis thaliana were identified.

1Master of Science dissertation in Agronomy, Faculdade de Agronomia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brazil. (83p.) July,2012.

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SUMÁRIO

Página 1 INTRODUÇÃO................................................................................... 1 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................. 5 2.1.1 Descrição da planta.................................................................. 6 2.1.2 Fenologia.................................................................................. 8 2.1.3 Condições climáticas para a macieira...................................... 10 2.1.4 Dormência na macieira............................................................. 13 2.1.5 Melhoramento genético da macieira......................................... 17 3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................. 24 3.1 Avaliação fenotípica..................................................................... 25 3.1.1 Caracteres avaliados........................................................... 26 3.2 Extração e quantificação do DNA................................................ 28 3.3 Genotipagem em larga escala com SNPs................................... 28 3.4 Mapeamento genético................................................................. 29 3.5 Mapeamento dos QTLs............................................................... 30 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................... 32 4.1. Análise fenotípica........................................................................ 32 4.2. Seleção dos marcadores............................................................ 37 4.3 Mapa genético............................................................................. 38 4.4 Mapeamento de QTLs................................................................. 50 4.4.1 QTLs identificados para data de brotação vegetativa......... 51 4.4.2 QTLs identificados para data de floração............................ 57 4.4.3 QTLs identificados para 50 % de floração.......................... 58 4.4.4 Distribuição de frequências fenotípicas para os alelos de

um locos associado ............................................................

59 4.4.5 Genes candidatos............................................................... 63 5 CONCLUSÕES GERAIS................................................................... 66 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 67 7 APÊNDICES...................................................................................... 77

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RELAÇÃO DE TABELAS

Página 1. Genealogia dos genitores ‘M13/ 91’ e ‘Fred Hough’ de maçã e o

requerimento de frio (horas de frio) ................................................

25 2. Número de dias para brotação das testemunha, cv Fuji, nos

campos experimentais de Bento Gonçalves-RS e Vacaria-RS, 2011 ................................................................................................

33 3. Tipo de segregação e número de marcadores SNP analisados

para a progênie do cruzamento dos genótipos de macieira ‘M13/ 91’ X ‘Fred Hough’ .........................................................................

36 4. Características dos mapas genéticos para os genitores ‘M13/ 91’

X ‘Fred Hough’ construídos com marcadores SNPs utilizando a estratégia do duplo-pseudocruzamento teste .................................

39 5. Resumo da análise de QTL associados às características

fenotípicas, para genitor paterno ‘M13/91’ da população F1 para o pomar de Bento Gonçalves, 2011 .......................................

54 6. Resumo da análise de QTL associados às características

fenotípicas, para genitor paterno ‘M13/91’ da população F1 para o pomar de Vacaria, 2011 ......................................................

55 7. Resumo da análise de QTL associados às características

fenotípicas, para o genitor materno ‘Fred Hough’ da população F1 para o pomar de Bento Gonçalves e Vacaria, 2011 .......................

56 8. Teste de qui-quadrado (χ2) para hipótese de independência entre

categorias das variáveis fenológicas para Bud_Veg (Precoce, Intermediária e Tardia), Bud_Flo (Precoce, e Tardia) e ndFlo(50) (Floração Curta e Floração Longa) e classes de alelos, para Bento Gonçalves e Vacaria, por marcador cuja significância foi destacada nas tabelas 5, 6 e 7 pelo teste K* (Kruskal-Wallis) .......

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RELAÇÃO DE FIGURAS Página 1. Gema apical de macieira no estádio de brotação, primórdios

foliares indicados pela seta. Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves-RS, 2011 ........................................................................

27 2. Frequências de brotação vegetativa da População F1 de ‘M13/91 X

’Fred Hough’ no pomar de Bento Gonçalves (A) e Vacaria (B) – RS, para o período 2011/ 2012 ........................................................

34 3. Frequências de floração da População F1 de ‘M13/91 X ’Fred

Hough’ no pomar de Bento Gonçalves (A) e Vacaria (B) – RS, para o período 2011/ 2012 ........................................................................

35 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores

‘M13/91’ e ‘Fred Hough’. Os grupos de ligação (LG) de cada genitor estão indicados por M (‘M13/ 91’), FH (‘Fred Hough’) e numerados conforme Maliepaard et al. (1998). Grupos homólogos estão indicados pelo alinhamento de marcadores comuns entres os mapas dos genitores identificados pela cor vermelha e ligados por linhas. O comprimento dos grupos de ligação é apresentado em ordem crescente de cima para baixo, à esquerda em cM (Kosambi) .........................................................................................

41 5. Distribuição da frequência da progênie com relação aos alelos dos

marcadores moleculares cuja significância foi destacada nas tabelas 5, 6 e 7 pelo teste K* (Kruskal-Wallis). Cada gráfico encontra-se indicado pelo respectivo marcador. BG – Bento Gonçalves; Vac – Vacaria; Veg – data de brotação vegetativa; Flo – data de floração; Flo(50) – data de 50 % de floração; nn x np, os marcadores segregando a partir de‘Fred Hough’; lm X ll, os marcadores segregando a partir de ‘M13/91’; e hk x hk, os marcadores segregando para os dois genitores ..............................

62 6. Alinhamento das sequências proteicas dos modelos de genes

cujos transcritos preditos possuem similaridade de sequência ao gene Flowering Locus C de Arabidopsis thaliana (AtFLC). FLC-like de pera (acesso no GenBank BAI99733.1); MDP0000126259 - chr9 de macieira (início: 695589 pb - fim: 697096 pb); MDP0000167381- chr9 de macieira (início: 691905 pb - fim:

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695392 pb). Reproduzido com permissão de Porto et al. (comunicação pessoal) .....................................................................

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1 INTRODUÇÃO

O mais provável centro de origem da macieira encontra-se localizado

na região entre o Cáucaso e o Leste da China. Acredita-se que o

desenvolvimento das espécies atuais tenha iniciado após o final da última

era glacial. O seu cultivo pelo homem remonta a milhares de anos.

A macieira é uma fruteira de clima temperado (FCT), que sofre

estímulo do frio para a queda das folhas ao final do ciclo e à dormência

hibernal. Para que um novo ciclo vegetativo e reprodutivo seja estabelecido

é necessário um determinado acúmulo de frio intenso e regular. Entre as

FCT, a macieira é considerada uma das mais exigentes em frio para a

quebra da dormência das gemas. A não ocorrência adequada de frio no

período do inverno resulta em brotação e florescimento irregulares,

resultando em desenvolvimento vegetativo e reprodutivo deficientes.

As principais cultivares utilizadas nos centros produtores do

Hemisfério Norte e da Região Sul do Brasil requerem um elevado número de

horas de frio (temperaturas abaixo de 7,2°C), para que ocorra a quebra da

dormência das gemas, obtendo-se, assim florescimento, brotação e

frutificação normais. De maneira geral, as cultivares comerciais cultivadas no

Brasil exigem, entorno de 800 horas de frio. Mas, com as mudanças

climáticas ocasionadas pelo aquecimento global que tendem a contribuir

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para um cenário desfavorável, projeta-se um aumento na temperatura da

Região Sul entre 1,0 e 2,5ºC até 2050, resultando em menor acúmulo de

horas de frio. Estas mudanças exigirão cultivares cada vez menos exigentes

em horas de frio hibernal para que a cadeia produtiva brasileira de maçã

permaneça competitiva.

Atualmente, a produção de maçãs no Brasil permite a exportação da

fruta. Na safra de 2008-09 a produção da fruta foi de 1.184,3 mil toneladas

em uma área de 36,3 mil hectares, segundo dados do IBGE (2010). Em

2010, o Brasil exportou em torno de US$ 55 milhões desta fruta (IBRAF,

2010). A Região Sul é a maior produtora de maçã do país, sendo os polos

de Vacaria (RS), São Joaquim (SC) e Fraiburgo (SC) os mais adequados

para o cultivo, devido às condições climáticas favoráveis, que possibilitam a

produção de frutos com qualidade elevada.

As duas cultivares mais produzidas são a Fuji e a Gala, ambas

altamente exigentes em frio. Há tendência de substituição destas por clones

(mutações) com coloração mais acentuada de vermelho, que é associada,

pelo consumidor, a uma maior qualidade dos frutos. Com o avanço do

melhoramento genético foram desenvolvidas, no Brasil, cultivares comerciais

com menor exigência de frio, como a cultivar Eva, desenvolvida pelo Instituto

Agronômico do Paraná (IAPAR), que necessita de 300 a 350 horas de frio

para que a quebra de dormência ocorra naturalmente e, que é

comercializada nos meses de dezembro e janeiro. Outras cultivares, como

Daiane (resistente à mancha de Glomerela), Imperatriz (dupla finalidade –

polinizadora e produtora) e Monalisa (resistente à sarna da macieira e com

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pouco requerimento de frio) vem sendo introduzidas, porém ainda

representam menos de 5% da área plantada.

Em espécies perenes, o uso de biotecnologia, associada ao

melhoramento clássico, possibilita acelerar o desenvolvimento, reduzir a

área necessária para avaliação e, por consequência, disponibilizar mais

rapidamente aos produtores as novas cultivares que minimizem os riscos de

produção.

Para permitir a transferência de genes envolvidos na redução do

requerimento de frio para genótipos com qualidade agronômica, via

transgenia ou seleção assistida, faz-se necessário o conhecimento dos

mecanismos responsáveis pelo processo de dormência e do seu controle

genético. Uma das alternativas para iniciar investigação neste sentido, é a

construção de um mapa genético, que permitirá identificar as regiões

genômicas potencialmente associadas a caracteres agronômicos

relacionados ao requerimento de frio hibernal e contribuir para o

desenvolvimento de marcadores moleculares como ferramentas adicionais

na seleção de genótipos com menor requerimento em frio hibernal.

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Hipótese científica

• Locos de marcadores funcionais do tipo SNP podem estar localizados

em regiões próximas de genes controladores do processo de

dormência e, que se encontram associados a QTLs (Quantitative Trait

Loci) com efeito sobre caracteres agronômicos associados ao

requerimento de frio hibernal.

Objetivo principal

Construir um mapa genético referência para identificação de QTLs

associados a caracteres de interesse agronômico e com potencial para o

desenvolvimento de marcadores moleculares para uso na seleção assistida

de genótipos de maçã com melhor adaptação ao sul do Brasil.

Objetivos específicos

• Construir um mapa genético de ligação em população clonal F1,

resultante do cruzamento entre genótipos de maçã com contraste

para o caráter requerimento de frio hibernal.

• Mapear QTLs associados ao requerimento de frio hibernal em maçã.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A maçã é uma fruta de clima temperado cujo centro de origem é a

região entre o Cáucaso e o Leste da China. Pertencente à família Rosaceae,

agrupando 100 gêneros e mais de 2000 espécies (EPAGRI, 2006). As

cultivares modernas são resultado da hibridização de Malus sylvestris com

outras espécies de Malus (Harris et al., 2002; Cornille et al., 2012). A

produção comercial da fruta é dominada por seis cultivares que

correspondem por 50% da produção mundial, mesmo existindo mais de

7500 cultivares disponíveis no mundo (Way et al., 1990; EPAGRI, 2006).

O Brasil encontra-se entre os vinte maiores produtores mundiais de

maçã, a produção na safra de 2009/ 2010 segundo o IBGE (2011) foi de 1,3

milhões de toneladas. O rendimento médio por hectare foi de 33,1 toneladas

em área colhida de 38,6 mil hectares. Na América Latina, o Brasil alterna a

segunda posição no ranking, com a Argentina, sendo o Chile o principal

produtor (FAO, 2010).

Os principais estados produtores de maçã são Santa Catarina,

responsável por 59% da produção nacional, Rio Grande do Sul, responsável

por 46% e Paraná com 4% da produção (IBGE, 2010). No Rio Grande do Sul

a produção se concentra em 28 municípios com 608 produtores – que juntos

totalizam área de 14,9 mil hectares. Os principais municípios são Vacaria,

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com 6,9 mil hectares, Caxias do Sul, com 2 mil hectares, Bom Jesus, com

1,7 mil hectares e Muitos Capões, com 870 hectares (AGAPOMI, 2011).

2.1.1Descrição da planta

A macieira é uma espécie de fruteira lenhosa e decídua. Faz parte da

subfamília Pomoideae, que se caracteriza por possuir um receptáculo

profundo em forma de taça, cujas paredes inferiores se unem aos carpelos.

Estes se unem e contem geralmente dois ovários. O fruto é um pomo,

formado por um receptáculo carnudo que envolve os ovários, nos quais o

endocarpo pode ser coriáceo ou pétreo e, na maior parte das cultivares,

apresentam mais de uma semente (EPAGRI, 2006).

A maçã (Malus X domestica, Borkh) é uma espécie diplóide e o

conjunto básico de cromossomos é n = 17. Entretanto, são encontradas

variedades triplóides, tetraplóides e hexaplóides, que surgiram

espontaneamente através de fertilização entre gametas não reduzidos

(Huaracha et al., 2004; Petri, 2002). O tipo de reprodução predominante é a

alogamia, mesmo sendo considerada uma planta monóica – já que possui

flores hermafroditas com gineceu e androceu viáveis. A polinização cruzada

é necessária devido à autoincompatibilidade existente em muitas cultivares

de macieira (Weirtheim & Schimdt, 2005), limitando a autofertilização de

flores e diminuindo a frutificação. A autoincompatibilidade é determinada

geneticamente pelos alelos-S, ocorrendo a inibição do desenvolvimento do

tubo polínico quando o alelo-S do pólen for similar ao dos expressos no

pistilo (Olmsted, 1989). A polinização é realizada por insetos (Petri, 2002).

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A macieira é considerada uma planta de dias neutros para muitos dos

seus processos como, por exemplo, para retenção da folha, que parece

estar ligada à ausência de fotoperiodismo. Desta forma, a senescência e a

abscisão da folha (na entrada do outono) supostamente são reguladas pelas

baixas temperaturas e não sofrem influência do comprimento do dia

(EPAGRI, 2006).

Na macieira todos os brotos têm origem nas gemas. Estas podem

estar dispostas ao longo de brotos longos ou nos esporões; quanto à

posição podem ser gemas apicais/ terminais (na ponta dos ramos) ou gemas

laterais (na axila da folha). A formação das gemas apicais pode ser

considerada uma continuação do eixo após o término do crescimento. O

desenvolvimento das gemas laterais se dá a partir de pequenas secções do

meristema apical que permanece nas axilas das folhas (Jackson, 2003).

O sistema de brotos na macieira é formado por brotos longos (maior

que 20 cm), brindilas (entre 5 e 20 cm) e esporões (menor que 5 cm),

(Segura et al., 2007). Os brotos podem ser classificados em três tipos -

brotos de lenho com gemas laterais de folhas (frequentemente terminados

em gema mista), brotos auxiliares com uma a duas folhas formadas na

mesma estação de crescimento e uma gema dormente, e brotos vegetativos

longos desenvolvidos ao final da estação de crescimento com entrenós

curtos e indumento (EPAGRI, 2006).

As flores de macieira se diferenciam e se desenvolvem dentro das

gemas apicais dos esporões ou nas gemas apicais ou laterais dos ramos

longos. A transição de gema vegetativa para mista ocorre apenas após a

estrutura vegetativa da gema estar completa. Inúmeros fatores estão

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envolvidos na proporção de gemas que deveriam dar origem a flores e que

efetivamento dão. Estes fatores de controle podem envolver o equilíbrio

hormonal (Hoad, 1984), a disponibilidade de nutrientes (principalmente

carboidratos) (Sachs, 1977) e a interação destes (Ryugo, 1986).

As primeiras folhas a emergir em macieira são as das gemas

presentes nos esporões (Forsheyet al., 1987). As demais folhas se

desenvolvem nas brotações novas, nas gemas laterais, apicais e nos

esporões. O número de folhas produzidas pela planta sofre redução sob

estresse hídrico e deficiências nutricionais, e está vinculado ao controle

hormonal.

2.1.2 Fenologia

A fenologia é o estudo da ocorrência de eventos biológicos repetitivos

e as causas destes em relação às forças seletivas bióticas e abióticas, assim

como da sua inter-relação entre as fases caracterizadas por estes

acontecimentos, dentro de uma espécie ou de várias espécies (Lieth, 1974).

O conhecimento da fenologia auxilia no entendimento da regeneração

e reprodução das plantas. A partir da necessidade de detalhamento claro e

objetivo das etapas de desenvolvimento das plantas surgiram os estádios

fenológicos que compõem as escalas fenológicas. Atualmente, existem

escalas fenológicas que são utilizadas para diversas espécies, e possibilitam

a descrição e reprodução do ciclo da planta, por estádios bem

caracterizados (Maia Rego et al., 2007).

Meier e colaboradores (1994) desenvolveram uma chave para

identificação e estabeleceram estádios fenológicos de crescimento para

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macieira e pereira – Pome fruit/ Biologishe Bundesanstalt, Bundessortenamt

and CHemical Industry (BBCH) scales.

A fenologia de uma espécie não é fixa, podendo ser alterada pelo

efeito interativo entre fotoperíodo e temperatura. Uma mesma variedade

pode alongar ou reduzir o ciclo dependendo das combinações de

temperatura e fotoperíodo (Maia Rego et al., 2007). Sendo assim, a

fenologia de floração também é influenciada pelas alterações no ambiente,

tais como a amplitude da estação chuvosa ou alterações de temperatura,

mudanças que podem acontecer com relativa rapidez (Franks et al., 2007).

Nas plantas, o desenvolvimento é afetado de forma direta pela

temperatura do ar. Portanto, em locais ou épocas mais quentes, o

desenvolvimento é mais rápido, resultando na precocidade das plantas.

Quando a oscilação térmica anual for acentuada, muitas espécies perenes

entram em dormência no período de inverno, para se proteger de

temperaturas baixas (Maia Rego et al., 2007). Somente após a ocorrência de

uma determinada quantidade de horas de frio, há a liberação da dormência e

retomada do crescimento.

No Brasil, a redução do número de horas de frio está sendo

observada, por diversos grupos de pesquisa que trabalham com a hipótese

de que isto terá um efeito sobre o padrão fenológico e a produtividade das

espécies de clima temperado (Assad et al., 2004). Em trabalho desenvolvido

em Vacaria avaliando a influência da temperatura em cultivares de macieiras

observou-se que a fenologia varia entre safras, sobretudo em função da

temperatura do ar, sendo que o número de dias entre eventos fenológicos

aumenta à medida que diminui a temperatura mínima do ar (Cardoso, 2011).

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10

Em macieiras, quando a exigência de frio não é satisfeita, muitas gemas

vegetativas e floríferas permanecem dormentes, mesmo que as condições

ambientais sejam favoráveis ao crescimento (EPAGRI, 2006).

O tipo de porta-enxerto tem maior influência no vigor das plantas de

macieira, mas outros fatores causam interferência. Esta influência pode ser

sobre a planta como um todo ou sobre o vigor das suas diferentes estruturas

de frutificação. No primeiro caso, ocorre por um desequilíbrio nutricional ou

problemas físicos inerentes ao solo. Quando ocorre em ramos isolados, nas

estruturas de frutificação, pode ser consequência de fatores ambientais

como luminosidade e temperatura (Forshey, 1986).

2.1.3 Condições climáticas para a macieira

A macieira por ser uma fruteira de clima temperado apresenta

problemas na adaptação climática. O objetivo principal na busca por

variedades mais adaptadas às condições climáticas do Sul do Brasil é por

genótipos de baixo a médio requerimento de frio hibernal (entre 50 – 400

horas de frio), capazes de superar a dormência, juntamente com elevada

exigência em horas de calor para o início da floração. Pois, as mudanças

climáticas, ocasionadas pelo aquecimento global, tendem a contribuir para

um cenário desfavorável. Projeta-se um aumento na temperatura da Região

Sul entre 1,0 e 2,5ºC até 2050, resultando em menor acúmulo de horas de

frio. Essas novas cultivares seriam mais adaptadas aos invernos mais

amenos e com flutuação de temperatura, mas não se mostram adequadas

para longos períodos de armazenagem em câmaras frias (Pommer &

Barbosa, 2009). Além disso, como os invernos, na Região Sul, são

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marcados pela ocorrência de curtos períodos com temperaturas elevadas

(conhecidos como veranicos), as cultivares com baixo requerimento de frio

como a ‘Anna’ correm o risco de brotarem antes da primavera levando a

perdas no pomar por geadas.

A medida de frio pode ser realizada de diversas maneiras, utilizando

como base a temperatura de 7,2°C ou abaixo, proposta por Weinberger

(1950) e Doorenbos (1953), ou acima, como sugerido por Erez & Lavee

(1971).

Richardson et al. (1974), com base no trabalho de Erez & Lavee

(1971), criaram um método atribuindo diferentes valores para cada

temperatura, apresentando o método de Utah para ser utilizado na cultura do

pessegueiro. O método considera que as temperaturas efetivamente

funcionais para superação da dormência encontram-se entre 1,5° e 12,4°C,

sendo a faixa ótima entre 2,5°C e 9,1°C. A adaptação do método de Utah

por Shaltout & Unrath (1983) resultou no “Modelo Carolina do Norte”

utilizado comumente na cultura da maçã. Neste modelo a faixa funcional

está situada entre 1,6°C e 16,4°C, com pico máximo em 7,2°C.

Com base na teoria de que dois fatores são responsáveis pela

floração em frutíferas caducifólias foi desenvolvido um modelo estatístico

para determinar as unidades de frio e os graus-dia acumulados, sendo estes

os fatores (Ashcroft et al., 1977).

Os modelos de Utah e Carolina do Norte foram adaptados por Ebert

et al. (1986) para as condições do Sul do Brasil. A adaptação consistiu em

que as altas temperaturas resultassem da acumulação negativa de frio pelo

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tempo decorrido de até 96 horas após o registro da última unidade positiva

de frio.

As cultivares Gala e Fuji são as mais cultivadas devido as suas

características de sabor e aparência, representam em torno de 95% da área

cultivada com macieiras e são altamente exigentes de frio(IBRAF, 2010). Já,

as cultivares Eva, Anna e Condessa se caracterizam por requererem menor

quantidade de horas de frio (IAPAR, 2012; Ribeiro, P.A., 1985; Denardi &

Camilo, 1998).

Para a produção econômica de maçãs é necessário que a quebra de

dormência seja adequada, pois a produção de frutos está relacionada com o

número de flores e o índice de área foliar. Nos locais em que não há um

adequado acúmulo de frio durante o inverno, existe a possibilidade de

ocorrer a assincronia entre o florescimento das cultivares produtoras e suas

respectivas fornecedoras de pólen (Soltész, 2003). Diversos métodos

químicos que utilizam reguladores de crescimento e compostos minerais são

utilizados para quebra de dormência visando um florescimento adequado

(Petri, 1997; Botelho & Müller, 2007; Mohamed, 2008). Dentre os diversos

indutores de brotação disponíveis no mercado, os mais utilizados no sistema

brasileiro de produção de maçãs são a cianamida hidrogenada (H2CN2) e o

óleo mineral (Petri et al., 2006). Porém, a adoção da produção integrada de

frutas para macieira e produção orgânica vem restringindo o uso de produtos

químicos para a quebra de dormência. Já que, para esses sistemas de

produção agrícola existem restrições ao uso de produtos industrializados. E,

com a falta de alternativas para contornar a flutuação da temperatura nos

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invernos amenos, tem-se um grande limitador para a manutenção da

produção sustentável e exportação do produto (Sanhueza et al., 2003).

2.1.4 Dormência na macieira

As características genéticas da dormência podem ser controladas por

fatores intrínsecos na gema (endodormência), por fatores da planta - mas

fora da gema (paradormência) e por fatores ambientais (ecodormência)

(Lang et al., 1997).

Os dois fatores ambientais que induzem mudança de paradormência

(dormência de verão ou inibição correlativa) para endodormência (dormência

de inverno ou de descanso) em gemas e, simultaneamente o início da

aclimatação ao frio, são a redução do fotoperíodo e da temperatura. Na

estação de inverno, as gemas passam de endodormentes para

ecodormentes (dormência imposta ou quiescência) e os tecidos vegetais se

encontram mais resistentes ao frio (Nissila & Fuchigami, 1978). Com o início

da primavera as temperaturas se elevam, estas mudanças resultam na saída

da dormência e retorno do crescimento nos tecidos das plantas. Assim, um

ciclo consecutivo de entrada e saída da dormência no ciclo de uma planta

lenhosa de crescimento anual (Fuchigami et al., 1982) é sobreposto no

desenvolvimento sazonal e consequente perda de resistência a frio.

A entrada em dormência na macieira é um mecanismo para

sobrevivência em baixas temperaturas, pois durante este período as

atividades metabólicas são reduzidas. Para que na primavera a planta inicie

um novo ciclo vegetativo, faz-se necessária a exposição a um determinado

período com baixas temperaturas – para o acúmulo necessário de frio. A

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intensidade e regularidade de baixas temperaturas são essenciais, já que se

ocorrer oscilação durante este período pode ocasionar uma dormência

prolongada ou brotação e floração desuniformes (Cook & Jacobs, 2000). Em

macieira, a suspensão do crescimento e indução da dormência não estão

relacionadas ao fotoperíodo, mas à temperatura (Heide & Prestrud, 2005).

Labuschagne e colaboradores (2002a) obtiveram como resultado no

estudo da dormência em macieiras na África do Sul, região com condições

climáticas similares as do Sul do Brasil, que sem aplicação de produtos

químicos para quebra da dormência, a necessidade de frio das cultivares

não foi satisfeita. Estas apresentaram sintomas de dormência prolongada -

que incluiam descanso prolongado, brotação dessincronizada e redução da

ramificação.

A dominância apical é um dos processos reponsáveis pela inibição do

desenvolvimento do meristema vegetativo, sendo imposta pelas folhas em

gemas auxiliares. A desfolha no período do verão resulta em floração em

pessegueiros (Lloyd & Couvillon, 1974). Estes processos são conhecidos

como inibição correlativa, que é externa e, geralmente, ocorre a certa

distância a partir do meristema inibido. Este mecanismo de inibição

apresenta implicações para os fatores morfogenéticos que determinam a

estrutura de árvore (Champagnat, 1983).

O principal mecanismo de controle da dormência em gemas, no

período correspondente ao verão e início do outono, é a inibição correlativa,

quando estas se encontram paradormentes (Lang, 1987). Durante este

período a brotação das gemas pode ser estimulada se a fonte de inibição

correlativa for removida. Já, no período correspondente ao inverno (maio,

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junho e julho no hemisfério sul), é necessário um estímulo maior para a

superação da dormência nas gemas, pois estas se encontram em

endodormência. Após o acúmulo de frio hibernal, as gemas podem, mais

uma vez, serem induzidas à brotação sob condições ambientais propícias ou

controladas. A manutenção da dormência a campo é devido às

temperaturas baixas, com o aumento destas ocorre a saída da

ecodormência que no hemisfério sul corresponde ao período de agosto e

setembro. Com base em estudos realizados - a interação entre esses três

tipos de dormência se sobrepõem no tempo e pode envolver mecanismos

em comum.

Um dos tipos de inibição correlativa é a dominância apical, na qual as

gemas laterais dormentes utilizam muito pouco dos recursos da planta. Se a

porção apical de um broto for retirada por animais, ou se um ramo for

quebrado ou podado, as gemas laterais são liberadas da dormência e

crescem novos ramos. Então, as gemas mais próximas da gema apical

removida brotam, e rapidamente a dominância apical é restaurada. Este

processo tem a função de conservar as fontes de fotoassimilados através da

reposição da área fotossinteticamente ativa. Barlow & Hancock (1960, 1962)

comprovaram que com a remoção de folhas novas, ou do ponteiro, as

gemas laterais brotam. A retirada de parte do tecido ou anelamento do caule

(casca e câmbio), acima de uma gema lateral, promove a brotação desta

(Greene & Autio, 1994). Faust (1989) observou que ao vergar um ramo

horizontalmente promove-se a brotação das gemas laterais da porção

superior do ramo. Nestes casos, a translocação de fitohormônios,

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especialmente auxinas, e a velocidade de transporte de assimilados no ramo

estão envolvidos no controle da dormência.

As cultivares de maçã apresentam grande diferença no grau de

dominância apical. No trabalho de Volz et al. (1994), as plantas da cultivar

Fuji, que não receberam tratamento para quebra de dormência, ramificaram

menos que as cultivares Braeburn ou Gala. Mas, quando as três cultivares

receberam tratamento com hormônios, a ramificação foi similar. No entanto,

cultivares com baixo requerimento de frio, como Anna, não apresentam

evidência direta que possuam dominância apical menor que as com elevado

requerimento de frio (Faust et al., 1995).

Os determinantes genéticos da dormência e as características afins,

tal como tempo de brotação vegetativa inicial, ainda necessitam de mais

estudos para a compreensão dos seus mecanismos, e isso dificulta o

melhoramento genético desses caracteres. Hauagge & Cummins (1991) em

estudo sobre o requerimento de frio em macieira, estimaram a herdabilidade

no sentido amplo para o período de dormência das gemas vegetativas em

43 clones que se desenvolveram sob condições simuladas de inverno

subtropical em 0,76 ± 0,04 (em 1986) e 0,81 ± 0,04 (em 1987). Estes autores

concluíram que o carácter baixo requerimento de frio na cultivar Anna é

controlado por, pelo menos, um gene dominante e que genes menores

interagem para modular os seus efeitos. Em cultivares com baixo

requerimento de frio as gemas apresentam uma dormência menor.

O carácter tempo de brotação vegetativa inicial está relacionado com

endodormência (Bradshaw & Stettler, 1995), mas várias outras

características podem ser associadas com a dormência, tais como a posição

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e número de brotos (gemas) e duração da brotação. O requerimento de frio

hibernal é considerado, por diferentes autores, uma característica genética

complexa - multigênica ou parcialmente controlada por múltiplos genes

(Dennis, 1987; Howe et al., 2000; Frewen et al., 2000). A variação genética

para necessidade de frio foi investigada por Labuschagné et al. (2002b),

para o tempo de brotação, reprodutivo e vegetativo, a herdabilidade no

sentido amplo foi em média de 75% e 69%, respectivamente - indicando alto

grau de determinação genética.

2.1.5 Melhoramento genético da macieira

O melhoramento genético da macieira tem como principais objetivos a

busca por maior produtividade, sabor, aparência, tolerância ao

armazenamento e resistência a doenças. Muitos anos de pesquisa são

necessários para o desenvolvimento de uma nova cultivar de maçã. A

macieira possui período de juvenilidade de quatro a dez anos (Visser, 1967),

o que torna longo o período de seleção, já que características produtivas só

podem ser avaliadas após o término deste período (Janick et al., 1996). No

entanto, Sestras e colaboradores (2010) desenvolveram um estudo com

híbridos de maçã resultantes do cruzamento de cultivares comerciais com

espécies silvestres (Malus coronaria, M. floribunda, M. niedzwetzkyana, M.

Zumie M. Prunifolia) que apresentaram período de juvenilidade de 6 a 9,3

anos.

Visser (1970) observou na seleção de plântulas de macieira para a

característica vigor – as que tiveram maior vigor inicial apresentaram

posteriormente maior eficiência para reprodução, reduzindo o tempo em

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todas as etapas – desde o viveiro até a propagação das árvores. E, a

probabilidade de encontrar variedades precoces aumentou dentro deste

grupo.

Nos programas de melhoramento de maçã, o período de juvenilidade

determina o número de anos necessários até que os genótipos, resultantes

dos cruzamentos, possam ser avaliados para os objetivos específicos. O

que, resulta em uso de espaço e custo de mão de obra elevados. Por isso, a

adoção de ferramentas de biotecnologia, que permitam reduzir o tempo para

seleção de novas cultivares de maçã e dinamizem este processo, é

necessária. Assim, tem-se procurado utilizar a seleção assistida por

marcadores moleculares, visando reduzir o número de genótipos a serem

mantidos até a idade produtiva (Maliepaard et al.,1998). Os marcadores

moleculares são segmentos de DNA, identificados por técnica específica,

que permitem diferenciar dois ou mais genótipos e possuem segregação

mendeliana. Diversos marcadores moleculares que marcam uma região do

genoma ligada a alguma característica de interesse agronômico têm sido

desenvolvidos, permitindo assim a seleção indireta das características de

interesse, em gerações segregantes precoces. São também ferramentas

úteis para detectar variações no genoma e representam estritamente a

variação genética – sem influência do ambiente (Borém & Caixeta, 2009).

Nos programas de melhoramento de frutíferas, os marcadores

representam uma ferramenta adicional, permitindo comparação entre

indivíduos, identificação de duplicatas e classificação do germoplasma em

grupos de interesse (Engelborhset al., 1998). As avaliações são realizadas

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antes do material ir para o campo, reduzindo os custos e tempo para

produção de novas variedades nos programas de melhoramento genético.

Os marcadores moleculares têm sido utilizados no melhoramento

genético de frutíferas para caracterização de germoplasma, estudos de

diversidade genética, construção de mapas genéticos, mapeamento de

QTLs e auxílio na seleção (Kijas et al., 1995; Crouch et al., 1998; Cipriani et

al., 1999; Ulanovsky et al., 2002; Silfverberg-Dilworth et al., 2006; Durel et

al., 2007; Segura et al., 2007; Igarashi et al., 2008; Richards et al., 2008;

Cavana et al., 2008; Segura et al., 2008; Segura et al., 2009; Cabrera et al.,

2009; Moriya et al., 2009; VanDyk et al., 2010; Moriya et al., 2010; Costa et

al., 2010; Guitton et al., 2011).

Dentre os tipos disponíveis de marcadores moleculares, os

microssatélites (SSR), que foram descritos por Hamada e colaboradores

(1982), são sequências formadas por um até seis nucleotídeos, repetidas em

cadeia (tandem) e flanqueadas por regiões conservadas nos genomas.

Essas regiões repetitivas representam regiões consideradas instáveis do

genoma, que se encontram sob alterações causadas por mutações a taxas

mais elevadas que as observadas em sequências não repetitivas. Por serem

marcadores altamente polimórficos e multialélicos são úteis nos estudos de

genética. As diferenças existentes nos alelos são decorrência das repetições

distintas que ocorrem ao acaso, resultado do crossing over desigual ou

devido ao escape momentâneo da DNA polimerase (DNA polymerase

slippage) durante a replicação da molécula de DNA (Liebhard et al., 2003).

Os marcadores moleculares do tipo SCAR (Sequence Characterized

Amplified Regions) pertencem a uma categoria de marcadores moleculares

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desenvolvida pela conversão de um determinado marcador em outro.

Proposto por Paran & Michelmore (1993), SCAR é a conversão de

marcadores do tipo “Polimorfismo de DNA Amplificado ao Acaso” (RAPD –

Random Amplification of Polymorphic DNA), gerados através de primers

curtos não específicos (8 a 12 nucleotídeos), em marcadores de sequência

específica, isto é, a conversão de um determinado amplicon com baixa

reprodutibilidade, ou difícil de ser interpretado, em um marcador fidedigno.

Isto ocorre devido ao maior tamanho dos primers (16 a 24 nucleotídeos) e à

temperatura de pareamento (mais adstringente - amplificando bandas únicas

no genoma). Este tipo de marcador pode conter sequências de DNA

repetitivo e ser usado tanto como pontos de referência física quanto como

marcadores genéticos (Paran & Michelmore, 1993).

Os marcadores SNPs (Single Nucleotide Polymorphisms) são

baseados na detecção de polimorfismos decorrentes da alteração de uma

única base no genoma – A, T, C ou G. São de natureza bi-alélica, decorrente

de mutação em uma única base, e devem apresentar frequência de no

mínimo 1 % na população. Quando não é possível estimar essa frequência

o SNP é chamado de putativo, sendo encontrados tanto nas regiões

expressas quanto nas não-expressas. O sequenciamento de cerca de 85%

do genoma da cultivar Golden Delicious de macieira resultou na descoberta

de milhares de polimorfismos de DNA, cerca de 4,4 SNPs por quilobases

(kb) (Velasco et al., 2010). Já, outros estudos indicam a ocorrência de um

SNP a cada 149 pb dentro de sequências codificantes de ‘Royal Gala’

(Chagné et al., 2008) e, um SNP a cada 52 pb no germoplasma de Malus

(Micheletti et al., 2011). Diferentemente de outros marcadores, os SNPs

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quando utilizados para genotipagem não se baseiam no comprimento dos

alelos, e seu reconhecimento pode ser automatizado (Giordano et al., 1999).

O desenvolvimento de consórcios internacionais, como Durable Apple

Resistance in Europe (D.A.R.E.) e High-quality Disease Resistant Apples for

a Sustainable Agriculture (HiDRAS) e a colaboração entre grupos de

pesquisa, para dinamizar o conhecimento da genômica estrutural e

funcional na maçã, resultou na disponibilidade de marcadores

microssatélites, na geração de mais de 324 mil sequências expressas de

DNA (ESTs), na predição de mais de 23731 Unigenes e 110 UniSTS, na

identificação de mais de 1880 proteínas e no projeto de sequenciamento do

genoma pelo IASMA Research Center (http://www.ncbi.nlm.nih.gov). Estes

esforços resultaram em metodologias, como o chip RosBREED_Apple_10k,

que levarão a avanços significativos na seleção assistida por marcadores

moleculares e na identificação de genes e QTLs associados a fenótipos de

interesse agronômico, permitindo que a macieira constitua um modelo de

fruta climatérica para estudos de adaptação às mudanças sazonais

(dormência e vernalização) e dos efeitos sobre a produtividade.

O termo QTL é utilizado para nominar as regiões cromossômicas

(locos) que controlam os caracteres quantitativos (Falconer & Mackay,

1996). Os mapas genéticos, ou mapas de ligação, são representações

gráficas da localização relativa de segmentos de DNA e/ou caracteres

fenotípicos nos cromossomos de uma espécie, determinada pela frequência

de recombinação destes marcadores ou caracteres em uma população

segregante. O conhecimento de informações, como a localização dos QTLs

nos grupos de ligação, caracterização e quantificação de seus efeitos,

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número de locos associados a determinado caráter e distribuição no genoma

permitem o estudo das suas heranças, ajudando no aperfeiçoamento dos

métodos de seleção e melhoramento (Vieira et al., 2006).

Os mapas genéticos, além de possibilitar o estudo e a localização dos

QTLs e a determinação de seus efeitos, permitem a pesquisa em diferentes

áreas, tais como, o conhecimento da estrutura do genoma, a clonagem de

blocos de genes de interesse e o estudo de sintenia em espécies

relacionadas (Liu, 1998). As etapas para a construção de um mapa de

ligação envolvem a escolha dos genitores para cruzamento (maior

polimorfismo genético), o desenvolvimento de uma progênie segregante,

obtenção de marcadores contrastantes entre os genitores com segregação

mendeliana na população de mapeamento e estabelecimento da ordem dos

marcadores e da distância entre eles.

O recente sequenciamento do genoma da macieira por um grupo de

86 cientistas liderados por Velasco (2010) possibilitará a identificação de

genes quando QTLs forem identificados. Já foram identificados QTLs para

as características de crescimento, qualidade de fruto, pragas e doenças. Os

genes Rvi6 e Rvi2 foram associados à sarna em macieira por Bus et al.,

(2002), e dois marcadores encontram-se associados com os genes ACS1 e

ACO1 para firmeza da polpa/ amolecimento (Oraguzie et al., 2004; Zhu &

Barritt, 2008).

Para o mapeamento de espécies perenes são necessárias estratégias

que requeiram o desenvolvimento de poucas gerações (reduzindo o tempo

necessário na formação da população), já que possuem um ciclo de vida

longo. O mapeamento genético deve ser realizado em população F1, que

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deverá possuir um alto grau de segregação para a característica de

interesse, pelo método duplo pseudo-cruzamento teste (Grattapaglia &

Sederoff, 1994). Este é o método mais utilizado para espécies perenes e de

polinização aberta, como no caso da macieira.

Esse método consiste na geração de progênie (irmãos completos)

resultante do cruzamento entre plantas altamente heterozigotas. A progênie

é equivalente a de um cruzamento teste para cada um dos locos que for

heterozigoto em um pai e homozigoto em outro, segregando na proporção

1:1 para estes locos. A confirmação é posterior tanto no genótipo parental

quanto na progênie segregante. Sendo que um dos genitores é utilizado

como testador pela possibilidade de apresentar homozigose para o loco sob

análise, e se estabelecem duas análises - uma para cada genitor gerando

dois mapas que podem ser unidos posteriormente (Vieira et al., 2006).

A eficiência da construção do mapa de ligação genética pelo método

duplo pseudo-cruzamento teste depende do valor de heterozigose genética

na espécie e da quantidade de polimorfismo detectado entre os genótipos

pelos marcadores genéticos utilizados (Cervera et al., 2001).

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Para a avaliação de caracteres associados ao requerimento de frio foi

utilizada uma população F1, originada do cruzamento entre ‘M13/91’ e ‘Fred

Hough’ (Tabela 1) e desenvolvida pelo programa de melhoramento da

Epagri - Estação Experimental de Caçador em 2007, localizada no município

de Caçador – SC, latitude 26º42’32″ sul, longitude 51º00’50″ oeste e altitude

de 960 metros. O cruzamento foi feito em 2003, as sementes foram

germinadas durante o outono/ inverno de 2004 e os seedlings foram

transplantados para viveiro no inverno de 2005. Os genótipos foram

enxertados sobre porta-enxerto M9 em abril de 2009. Este se caracteriza por

adequado controle do vigor da planta, capacidade de induzir índice de

frutificação rapidamente, ótima produtividade e produção de frutos de melhor

qualidade. A enxertia foi realizada na sede da empresa Lazzari no munícipio

de Vacaria – RS, onde as plantas permaneceram na câmara fria pelo

período de 90 dias. Após, foram plantadas no pomar da mesma, sendo

transferidas para os pomares definitivos em agosto de 2010, quando foram

estabelecidos os pomares em duas áreas experimentais da Embrapa Uva e

Vinho, em Bento Gonçalves e em Vacaria – RS (Apêndice 1).

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TABELA 1. Genealogia dos genitores ‘M13/ 91’ e ‘Fred Hough’ de maçã e o requerimento de frio (horas de frio ≤ 7,2ºC).

Genótipos Genealogia Requerimento de frio M13/ 91 Mollie’s Delicious/ Princesa até 450 Fred Hough NJ-76/Coop-14 550 a 600

Concordante às características genéticas dos genitores, era esperado

que a população para mapeamento, dentre muitas outras características,

segregasse também para requerimento de frio.

A população estabelecida nos campos experimentais foi composta

por 163 genótipos em Bento Gonçalves e 127 genótipos em Vacaria. A

diferença no número de genótipos nos campos deve-se a falhas nas

enxertias. Mesma razão pela qual os genitores também não se encontram

nos campos experimentais, mesmo tendo sido realizadas duas tentativas em

anos subsequentes. No ano de 2011, foi obtido sucesso, porém sem tempo

hábil para o plantio do pomar definitivo. Como os genitores seriam utilizados

na referência fenológica, isto não interferiu na prospecção dos QTLs.

3.1 Avaliação fenotípica

A avaliação fenotípica foi realizada em plantas re-enxertadas, em

2009 para plantio em 2010 nos pomares experimentais da Embrapa Uva e

Vinho, localizados no município de Bento Gonçalves-RS (Lat. 29º 09'S,

Long. 51º 31'W e altitude de 640 metros) e Vacaria-RS (Lat. 28º 33’S, Long.

50º 57’W e altitude de 955 metros). As avaliações de campo foram

realizadas durante a estação de crescimento de 2011/2012. No pomar de

Bento Gonçalves-RS, durante o inverno de 2011, ocorreu um acúmulo de

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474,15 horas de frio (HF) e no pomar situado em Vacaria-RS ocorreu um

acúmulo de 885 horas de frio (HF) (Apêndice 2).

O manejo do solo seguiu as recomendações para a cultura da

macieira. A aplicação de fungicidas e inseticidas foi realizada segundo

recomendação técnica para controle de oídio, mancha de gala, sarna,

pulgão e grafolita. As plantas não sofreram podas ou práticas de condução

durante o período de coleta dos dados.

A ocorrência de cancro (Cryptosporiopsis perennans) nos ramos das

plantas, nos dois pomares - Bento Gonçalves e Vacaria-RS, fez necessária a

raspagem do tecido infectado no caule e nos ramos. Após, foi realizada a

aplicação de pasta fungicida à base de benomyl + cobre + adesivo (tinta), na

proporção de 3:1:5 conforme recomendação técnica.

3.1.1 Caracteres avaliados

Os caracteres fenotípicos avaliados foram:

• Data de brotação vegetativa (Bud_Veg): obtida através da anotação

do dia, no qual o genótipo apresentava uma gema com ponta verde (C);

• Data de floração (Bud_Flo): obtida pela anotação do dia, em que o

genótipo apresentava a primeira gema mista com pontas verdes (C);

• Data em que o genótipo apresentou percentual de 50% (Flo50) de

gemas mistas abertas.

Os pomares foram avaliados três vezes por semana, a partir de

primeiro de agosto de 2011 (data zero) até 31 de janeiro de 2012. Para o

pomar de Bento Gonçalves foram anotados três períodos de floração, já

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27

para o pomar de Vacaria foram consideradas as datas da floração mais

abundantes para o período de floração.

Para brotação vegetativa e florífera foi considerada a gema como

brotada quando esta apresentava as primeiras folhas verdes conforme a

Figura 1. A avaliação dos caracteres foram com base na escala fenológica

da BBCH (Meier et al., 1994) e na portaria nº 1 (2000) com os descritores de

macieira do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

FIGURA1. Gema apical de macieira no estádio de brotação, primórdios

foliares indicados pela seta. Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves-RS, 2011.

Os graus-dia foram calculados para o ano de 2011 a partir da data

zero até janeiro de 2012, segundo a equação propostas por Vila Nova et al.

(1972):

GDA = Tmed – Tb, para Tm>Tb

Sendo GDA: graus-dia acumulados a partir da data zero, Tmed a

temperatura média diária (°C), Tm a temperatura mínima diária (°C), e Tb a

temperatura base inferior (°C). Considerou-se como temperatura base

inferior 4,5ºC, sendo esta a temperatura necessária para o desenvolvimento

de gemas de frutíferas temperadas (Richardson et al., 1975).

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28

3.2 Extração e quantificação do DNA

O DNA genômico dos genitores e de 192 indivíduos da população foi

extraído de folhas jovens, segundo metodologia modificada descrita por

Lefort & Douglas (1999). A quantificação do DNA foi determinada em

espectrofotômetro (GeneQuantpro, Amersham Biosciences®). A qualidade

foi avaliada pelas razões A260/ A230nm e A260/ A280nm e em gel de agarose

0,8% contendo brometo de etídio (0,5 µg/mL).

3.3 Genotipagem em larga escala com SNPs

Para genotipagem da população F1, com os marcadores tipo SNP, foi

utilizado o chip RosBREED_Apple_10k fabricado de acordo com a

tecnologia Infinium da Illumina, Inc (San Diego, Califórnia) e disponível

publicamente para comercialização. O RosBREED_Apple_10k inclui 9.000

SNPs projetados para uso em germoplasma de macieira em escala mundial,

desenvolvidos com base em 27 genótipos fundadores importantes de

macieira e no genoma da cultivar Golden Delicious (Velasco et al., 2010). O

serviço de genotipagem para todos os indivíduos da progênie foi realizado

pelo Laboratório de Análises Genéticas e Genotipagem, no Centro

Interdisciplinar de Pesquisas em Biotecnologia (ICBR) da Universidade da

Flórida utilizando o protocolo descrito por Fan e colaboradores (2006).

As amostras de DNA genômico foram preparadas para envio na

concentração de 50 ηg µl-1, diluídas em 10 mM de Tris/ 1 mM EDTA. As

amostras foram colocadas em microplacas para PCR convencional de 96

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29

poços seladas, embaladas em caixa de isopor com gelo seco e enviadas por

correio expresso.

A validação dos SNPs foi realizada pelo emprego do algorítmo

desenvolvido para a Ferramenta R por Alencar & Pappas (comunicação

pessoal) e os escores obtidos foram utilizados para a seleção final dos

marcadores. Os escores variaram de 0 a 1, no qual marcadores com

pontuação ≥ a 0,6 são admitidos para uso em mapeamento.

Após análise dos lócos polimórficos para os genitores, foi montada

uma matriz com cada indivíduo da progênie, seguindo os critérios de

codificação de família de irmãos completos (CP) do programa JoinMap® 4 –

‘M13/91’ (genitor paterno) x‘ Fred Hough’ (genitor materno): lm x ll, os

marcadores segregando a partir do genitor paterno; nn x np, os marcadores

segregando a partir do genitor materno; e hk x hk, os marcadores

segregando para os dois genitores; resultando em uma tabela de

polimorfismos para todos os locos segregantes de cada genitor.

3.4 Mapeamento genético

O mapa genético foi construído utilizando a estratégia do duplo-

pseudocruzamento teste, conforme descrito por Grattapaglia & Sederoff

(1994), utilizando-se o software JoinMAP® 4 (Van Ooijen, 2006). No

decorrer da análise, os dados dos genitores foram mantidos em separado.

Para verificar a segregação mendeliana 1:1 de cada loco, foi aplicado o teste

de ajustamento de segregação (teste de aderência qui-quadrado (χ²)), sendo

estabelecido um nível de decisão: χ2 ≥ 15. Os locos que apresentaram um

valor até o limite do χ2 calculado de 15 foram incluídos nas análises, pois

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30

nem sempre as taxas de recombinação são as mesmas em todo o genoma.

Uma segunda análise foi realizada com os locos presentes em ambos os

genitores e, da mesma forma, aplicou-se o teste de ajustamento de

segregação. Para os marcadores que segregaram na proporção 1:2:1(tipo

hk X hk) utilizou-se o mesmo valor de χ2. As marcas segregando 1:2:1

foram incluídas na geração dos mapas para ambos os genitores, pois

permitem a identificação dos cromossomos homólogos e a possibilidade de

integração dos mapas (Maliepaard et al., 1998).

Valores de escores de LOD mínimo de 2,0 e máximo de 10, e

frequência de recombinação de 0,4 foram utilizados para determinar os

grupos de ligação (GL). As distâncias em centiMorgans (cM), foram obtidas

pela função de Kosambi (1944). A melhor ordem para cada GL do mapa foi

baseada na segunda de três tentativas de ordenamento geradas, exceto nos

casos em que apenas um mapa foi gerado, ou quando resultou em dois

mapas (selecionado o segundo). As posições dos marcadores tipo

GDsnp**** foram confirmadas no mapa consenso da macieira

(http://www.rosaceae.org). A representação gráfica dos mapas dos genitores

e alinhamento dos cromossomos homólogos foi gerada pelo software

MapChart (Voorrips, 2002).

3.5 Mapeamento dos QTLs

Os conjuntos de dados fenológicos para data de brotação vegetativa,

data de floração e floração da planta em 50%, foram utilizados para

identificar regiões com potenciais QTLs. As regiões com possíveis QTLs

foram identificadas utilizando-se inicialmente mapeamento por intervalo

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31

simples (MI). Posteriormente, as marcas com maiores escores de LOD

foram selecionadas como co-fatores para mapeamento de QTLs por múltiplo

QTL restrito (rMQM - restricted Multiple-QTL Model Building). Os QTLs foram

declarados significativos quando o LOD máximo, obtido após o mapeamento

por rMQM, ultrapassou o LOD threshold do GL e do genoma (calculados

com taxa de erro de 0,05 para mais de 1000 permutações relativas pelo

teste de permutação). A significância dos QTLs identificados foi

adicionalmente avaliada pelo teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Todas

as análises para identificação de QTLs foram realizadas utilizando-se o

pacote de softwares MapQTL 3.0 (Van Ooijen et al., 2002).

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32

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Análise fenotípica

As horas de frio acumuladas no pomar de Bento Gonçalves (474,15

HF) foram superiores ao requerimento do genitor paterno ‘M13/ 91’ (até 450

HF), mas inferiores a do genitor materno ‘Fred Hough’ (550 a 600 HF)

(Apêndice 2). A necessidade de frio em Vacaria foi suprida para os genitores

já no mês de agosto (± 600HF), atingindo um acúmulo de 744 HF ao final

deste mês (Apêndice 2).

Para o presente trabalho, os genitores não se encontravam plantados

nos pomares, pois as enxertias não foram exitosas. Com base, no trabalho

desenvolvido por Petri e colaboradores (2008) avaliando o comportamento

fenológico de espécies polinizadoras para as cultivares Fuji e Gala, em

Caçador-SC, a amplitude do período de floração predominantemente

observada ficou entre 30/09 e 30/10. Dessa forma, os genótipos da

população tiveram suas datas de brotação vegetativa e de floração

comparadas com testemunhas da cultivar Fuji (alto requerimento de frio),

presente em ambos os pomares (Tabela 2). Os indivíduos resultantes do

cruzamento demonstraram segregação com alta variabilidade para

requerimento de frio hibernal possibilitando seu uso para o estudo deste

caráter.

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33

A progênie, no pomar de Bento Gonçalves, apresentou o seguinte

comportamento: dos 159 genótipos presentes no pomar, 74 apresentaram

somente brotação vegetativa, 85 apresentaram floração – sendo que 9

floresceram antes de apresentarem brotação vegetativa. No pomar de

Vacaria dos 116 genótipos presentes, 92 genótipos apresentaram brotação

vegetativa e 24 genótipos tiveram floração antes da brotação vegetativa.

Portanto, observa-se nos genótipos uma inconstância para o período de

brotação entre os ambientes, isto pode estar relacionado ao estresse por

déficit hídrico, a ocorrência de doenças durante o ciclo da cultura, ao

acúmulo de frio e as reservas disponíveis para a planta.

TABELA 2. Número de dias para brotação da testemunha, cv Fuji, nos

campos experimentais de Bento Gonçalves-RS e Vacaria-RS, 2011.

Local Brotação vegetativa* Floração*

Média Desvio Média Desvio

Bento Gonçalves 71 8 61 8

Vacaria 51 1 69 2 *Dias após data zero.

A análise das datas de brotação vegetativa para o pomar de Bento

Gonçalves (período de 2011/ 2012) revelaram ausência de distribuição

normal. No entanto, para o pomar de Vacaria, para o mesmo período, a

progênie apresentou uma distribuição de frequência bimodal, apresentando

dois picos, demonstrando boa representatividade da população, sendo que,

a maioria dos genótipos brotou antes da testemunha, cultivar Fuji (Figura 2).

Na avaliação das datas de floração da progênie foram encontrados

comportamentos distintos nos dois ambientes estudados. Em Bento

Gonçalves, a população apresentou ausência de distribuição normal, com

metade dos genótipos florescendo antes da testemunha cultivar Fuji. Em

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Vacaria, a progênie apresentou distribuição normal, mas como nenhum

genótipo floresceu aos 77 dias após a data zero, o gráfico apresenta uma

depressão separando os genótipos em dois grupos. O primeiro grupo

(primeiro pico) com data de floração precoce e o segundo grupo (segundo

pico) tardio (Figura 3).

FIGURA 2. Frequências de brotação vegetativa da População F1 de

‘M13/91’ X ‘Fred Hough’ no pomar de Bento Gonçalves (A) e Vacaria (B) – RS, em 2011.

Número de genótipos A ‘Fuji’

Ago Set Out Nov

Dias após data zero/ mês

Número de genótipos B ‘Fuji’

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FIGURA 3. Frequências de brotação florífera da População F1 de ‘M13/91’ X ‘Fred Hough’ no pomar de Bento Gonçalves (A) e Vacaria (B) – RS, para o período 2011/ 2012.

A divisão dos genótipos em dois grupos – tardios e precoces, sugere

um efeito genético sobre o comportamento fenológico. Hauagge & Cummins

(1991) determinaram que o carácter de baixo requerimento de frio é

controlado por, pelo menos, um gene dominante e que os genes menores

interagem para modular os efeitos deste. Igualmente, Labuschagné et al.

Número de genótipos A

‘Fuji’

Ago Set Out Nov

Dias após data zero/ mês

Número de genótipos

Dez Jan

‘Fuji’

B

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(2002b) indicaram alto grau de determinação genética para os caracteres de

tempo de brotação vegetativa e de floração.

Os resultados para data de brotação vegetativa indicaram

antecipação para este carácter, uma vez que mais de 80% (Bento

Gonçalves) e 69 % (Vacaria) dos genótipos brotaram antes da testemunha,

cv. Fuji. Estes resultados indicam que nesta população é possível a seleção

de genótipos com menor requerimento de frio que os genitores.

Tem sido demonstrado que, além do requerimento de frio para

redução da endodormência, para a brotação e a floração de frutíferas

temperadas requer a quebra da ecodormência, necessitando portando de

uma determinada quantidade de calor (Citadin et al., 2001). O cálculo do

GDA foi realizado adotando a data zero como data inicial para ambos os

ambientes, pois houve grande variação do período de queda de folhas na

população F1 (Apêndice 5).

A soma térmica acumulada calculada em graus-dia foi de 580,25 GDA

e 451,28 GDA a partir da data zero até 30/09/2011 para Bento Gonçalves e

Vacaria, respectivamente, sendo este o período no qual a maioria dos

genótipos brotaram. Em Bento Gonçalves, o primeiro genótipo apresentou

brotação vegetativa com GDA de 12,18 e 308,65 HF e, em Vacaria de

132,41 GDA e 518 HF, o que sugere uma relação negativa entre o

requerimento de frio e de soma térmica para brotação. Em pêssego não foi

observado efeito do aumento de HF sobre o requerimento de calor para

brotação (Citadin et al., 2001). Em Bento Gonçalves mais da metade dos

genótipos (82) brotaram em 14/09/2011 (44 dias), sendo o GDA de 388,91 e

468,45 HF, tendo atingido quase o total do acúmulo de frio (faltando 5:30

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horas). Todos os genótipos haviam brotado em 31/10/2011 com GDA de

984,37. Metade dos genótipos de Vacaria brotaram até 09/09/2011 (40 dias)

sendo o GDA de 265,41 e 744 HF, mas como o acúmulo de frio estendeu-se

até outubro, todos os genótipos haviam brotado em 06/10/2011 com GDA

511,45 e ± 870 HF.

Quanto a floração, em Bento Gonçalves, os genótipos começaram a

florescer com acúmulo de 135,78 GDA (362,75 HF), sendo que o maior

número de genótipos floresceram com acúmulo de 783,87 GDA. Em Vacaria

os genótipos começaram a florescer com 286,43 GDA (744 HF) e a maioria

floresceu com acúmulo de 870,53 GDA.

Em Bento Gonçalves, onde o acúmulo de frio foi menor, os genótipos

necessitaram de uma maior soma térmica para brotar, já para o ambiente de

Vacaria onde o acúmulo de frio foi mais intenso necessitou-se menor GDA

(Figura 3; Apêndice 2 e 4). Observa-se que ao final do período de brotação

em Bento Gonçalves o acúmulo de GDA foi de 984,37 e para Vacaria foi de

511,45 GDA – próximo da metade do primeiro ambiente (Apêndice 4).

Conclui-se que o menor acúmulo de horas de frio, resulta em maior

necessidade de soma térmica para a brotação das gemas dos genótipos.

Resultado similar foi encontrado por Putti e colaboradores (2000) com

cultivares de maçã Gala e Fuji, em ambiente controlado.

4.2. Seleção dos marcadores

O tipo de segregação e o número de marcadores SNPs provenientes

do chip RosBREED_Apple_10k, utilizados para gerar o mapa de ‘M13/ 91’ X

‘Fred Hough’ encontram-se relacionados na Tabela 3.

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TABELA 3. Tipo de segregação e número de marcadores SNP analisados para a progênie do cruzamento dos genótipos de macieira ‘M13/ 91’ X ‘Fred Hough’.

Segregação Tipo SNPs

<hkxhk>* 1:2:1 521

<lmxll>** 1:1 713

<nnxnp>*** 1:1 549

Total - 1783 *Marcadores segregando para ambos os genitores. **Marcadores segregando a partir do genitor ‘M13/91’. ***Marcadores segregando a partir do genitor ‘Fred Hough’.

Do total possível de marcadores, 5191 apresentaram escore de Gen

Train (GT) ≥ 0,6 para a progênie. Os marcadores monomórficos somaram

3336 e, outros 72 foram nulos para pelo menos um dos genitores ou para

ambos, não sendo utilizados na geração dos mapas.

4.3 Mapa genético

No mapa molecular construído para o genitor materno ‘Fred Hough’,

66,45% dos marcadores (nn x np e hk x hk) foram incluídos. O mapa gerado

apresentou 17 grupos de ligação (Figura 4), sendo que os grupos de ligação

apresentaram de 17 a 69 marcadores e variaram em tamanho de 41 a 95

cM, com média de 63 cM em um mapa com cobertura total de 1066 cM. A

distância média entre marcadores por grupo de ligação foi de 1,7 cM. O

grupo com o maior número de marcadores foi GL 2. Para alcançar esses

resultados foram utilizados 1070 marcadores SNPs na geração do mapa,

sendo que 711 foram distribuídos em grupos de ligação, 207 não foram

ligados a nenhum grupo e 152 não se posicionaram (Tabela 4).

O mapa molecular para genitor paterno ‘M13/91’ utilizou 59,08% do

total dos marcadores (lm x ll e hk x hk). O mapa construído resultou em 17

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grupos de ligação (Figura 4), apresentando de 20 a 69 marcadores, com

variação de tamanho de 49 a 103 cM, média de 80 cM e com cobertura total

de 1361 cM. A distância média entre marcadores por grupo de ligação foi de

2,0 cM. O grupo de ligação 2 apresentou o maior número de marcadores. Na

construção desse mapa utilizou-se 1234 marcadores SNPs, sendo que 729

foram distribuídos em grupos de ligação, 254 não foram ligados a nenhum

grupo e 251 não se posicionaram (Tabela 4).

TABELA 4. Características dos mapas genéticos para os genitores ‘M13/ 91’

x ‘Fred Hough’ construídos com marcadores SNPs utilizando a estratégia do duplo-pseudocruzamento teste.

Características ‘M13 /91’ ‘Fred Hough’

Número de marcadores analisados 1234 1070

Número de marcadores mapeados 729 711

Número de marcadores não agrupados* 254 207

Número de marcadores não posicionados** 251 152

Número de grupos de ligação (GL) 17 17

Média de marcadores/GL 43 42

Número de marcadores/amplitude GL 20-69 17-69

Comprimento total (cM) 1361 1066

Comprimento médio do GL (cM) 80 63

Comprimento/amplitude GL (cM) 49-103 41-95

Distância média mapeada entre locos (cM) 2,0 1,7

Número de lacunas entre 10 e 20 cM 11 7

Número de lacunas > 20 cM 0 1 *Não foram atribuídos a nenhum GL. **Não utilizados por apresentarem conflitos de localização ou ligação insuficiente com outros locos.

O maior comprimento de região livre de marcadores (gap) foi de 40,8

cM no GL 5 para o genitor ‘Fred Hough’. Para o genitor ‘M13/91’, 11 regiões

de gaps foram identificadas, variando entre 10 e 20 cM (Tabela 4 e Figura

4).

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Em macieira encontra-se um número significativo de mapas genéticos

construídos a partir de diferentes cultivares e que apresentam tamanho

superior a 1000 cM. Os mapas saturados com marcadores moleculares, tipo

AFLP, RAPD, SSR e SCAR, para as cultivares Fiesta X Discovery,

apresentam tamanho de 1144 cM e 1455 cM, respectivamente (Liebhard et

al., 2003), para ‘Telamon’ X ‘Braeburn’, 1039,3 cM e 1245,1 cM,

respectivamente (Kenis & Keulemans, 2005), para ‘Ralls Janet’ X ‘Delicious’,

1082 cM e 1031 cM (Igarashi et al., 2008), para ‘Golden Delicious’ X ‘Anna’,

1124,5cM e 1292,6 cM, para ‘Sharpe’s Early’ X ‘Anna’, 1012,9 cM e 1050,6

cM, respectivamente (Van Dyk et al., 2010), para Starkrimson X Granny

Smith obteve-se comprimento de 1027 cM, já para o cruzamento das

cultivares X3263 X Belrène o comprimento foi de 1068 cM (Celton et al.,

2011). Com base nos tamanhos desses mapas, concluísse que o tamanho

encontrado para a população em estudo assemelha-se e confirma os

encontrados na literatura.

Com relação ao número de grupos de ligação encontrados, foi

confirmado o número de 17 cromossomos para macieira, corroborando os

resultados encontrados por Maliepaard e colaboradores (1998), e dos mapas

construídos na última década para macieira, bem como os resultados do

sequenciamento do genoma da macieira (Velasco et al.,2010).

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41

FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’. Os grupos de ligação (LG) de

cada genitor estão indicados por M (M13/ 91), FH (Fred Hough) e numerados conforme Maliepaard et al. (1998). Grupos homólogos estão indicados pelo alinhamento de marcadores comuns entres os mapas dos genitores identificados pela cor vermelha e ligados por linhas. O comprimento dos grupos de ligação é apresentado em ordem crescente de cima para baixo, à esquerda em cM (Kosambi,1944).

GDsnp005830,0GA_35621874_Lg13,0GA_35492705_Lg15,9TC_34439805_Lg1 TC_34421998_Lg19,6TC_33674020_Lg112,1CT_31642444_Lg113,6CT_31657598_Lg1 AC_31531408_Lg114,0AG_31359569_Lg114,6GA_31359482_Lg114,9GDsnp0078217,4GDsnp0195118,0GDsnp0169322,3GA_27072261_Lg124,2GA_26741011_Lg125,5TG_26262680_Lg127,7CT_23134240_Lg134,2CT_25721098_Lg136,6GDsnp0025042,5GDsnp0230243,8AC_17882923_Lg146,0AG_18067488_Lg146,6CT_17921038_Lg147,4GDsnp0178348,7GDsnp0273149,5GA_18791535_Lg149,7GDsnp0018350,4GDsnp0150056,2GT_13099646_Lg163,0TC_13041864_Lg163,5AG_12196570_Lg163,8GDsnp0233464,2GDsnp0042064,4GDsnp0181566,0AG_11508677_Lg166,3TC_12241888_Lg167,3GDsnp0258068,7TC_9351463_Lg169,5CT_9899146_Lg170,6AG_4746500_Lg174,0

FHLG1

TC_35468899_Lg10,0CT_35202609_Lg10,7CT_31657598_Lg1 AC_31531408_Lg13,3AC_34510440_Lg13,7GA_31359482_Lg14,0CA_33707916_Lg14,4GA_31945251_Lg14,8CT_31681861_Lg15,1CT_31677129_Lg15,6TC_34439805_Lg1 TC_34421998_Lg16,1AC_30590177_Lg16,5TG_30494893_Lg16,6AC_30649040_Lg16,7GDsnp100058,6GDsnp0169310,8AC_27124099_Lg111,2GT_26734911_Lg111,8GA_27072261_Lg112,0TG_26262680_Lg115,6GA_35787897_Lg116,0CA_21327009_Lg120,0GDsnp0008722,6GDsnp0230229,2CT_18794918_Lg129,9CT_18714053_Lg130,6GDsnp0273132,2GA_18791535_Lg132,5GDsnp0018333,2GT_18056530_Lg133,4TC_17912183_Lg134,2GDsnp0178334,7CT_17921038_Lg135,7AG_18067488_Lg136,6AC_17882923_Lg137,8AG_12196570_Lg149,9GDsnp0233450,3GDsnp0042050,5GDsnp0181552,2AG_11508677_Lg152,5AG_9497464_Lg153,4GDsnp0258054,9TG_9938879_Lg155,1TC_9351463_Lg155,8AC_8789324_Lg158,0GDsnp0015259,5AG_4746500_Lg160,8CT_5940163_Lg163,3TC_3094248_Lg163,8GDsnp0289465,8

MLG1

TC_39549680_Lg20,0CT_38921890_Lg23,1CT_36473196_Lg26,4TC_36462247_Lg26,5AC_34225113_Lg219,0AC_34035401_Lg220,1TC_33272338_Lg222,3GA_33002490_Lg223,2TC_32422423_Lg224,0GA_31453820_Lg224,5AG_26386122_Lg228,5CA_24747820_Lg229,8CT_24104888_Lg230,9GT_24105532_Lg232,6TC_23091711_Lg233,9GDsnp0207636,9GT_18746181_Lg237,9GA_18834678_Lg238,5GDsnp0093440,0GA_19323566_Lg2 TG_19320246_Lg240,8TC_19428938_Lg242,3TC_18848241_Lg242,8TC_18005035_Lg244,2GDsnp0130944,7CT_18003967_Lg245,7GA_17179731_Lg246,8AG_17180168_Lg247,2GA_16799144_Lg248,4MdCCD7a50,3GT_16174412_Lg252,8GDsnp0155256,3GT_11969851_Lg257,5TC_11512294_Lg259,1GDsnp0100559,4TC_10669023_Lg262,3GDsnp0040764,1TC_6522059_Lg267,2AG_6499131_Lg2 GDsnp0116267,5GDsnp00308 CT_6266265_Lg268,1CA_5929140_Lg268,7GDsnp0166369,5CT_4173601_Lg2 TG_4243315_Lg271,4GDsnp0007772,7GA_4455017_Lg273,7CT_4445083_Lg273,8TG_3437558_Lg275,1GDsnp0020375,8GDsnp0164177,0GA_3428296_Lg277,2CT_3273690_Lg278,5GDsnp0095981,3GA_1979331_Lg282,5AG_1869486_Lg282,9GDsnp01134 CT_1272762_Lg283,2GT_7010424_Lg283,3AC_2393544_Lg284,7AG_1908444_Lg284,8snpCO903605 TC_7003348_Lg285,1TC_1219423_Lg285,2TC_1229074_Lg2 GA_1260672_Lg288,5TG_1926287_Lg290,4GA_1958621_Lg290,5

FHLG2

TC_32152313_Lg20,0CT_32974291_Lg22,2GT_32203002_Lg23,6TG_32205884_Lg2 CA_32171222_Lg23,7GA_30846235_Lg27,9CA_30299235_Lg28,0CT_30846581_Lg28,7GA_30846147_Lg29,1AC_27306234_Lg210,2CT_25680654_Lg213,1GDsnp0207615,8CA_24744626_Lg216,3AG_23924101_Lg217,0CA_24747820_Lg218,1TG_23127933_Lg2 AG_21105289_Lg218,6CT_24104888_Lg218,7CT_19606107_Lg219,2TC_18803921_Lg220,8GDsnp0093422,1AG_16803165_Lg226,5GA_14588942_Lg228,8GDsnp0268629,6GA_15184323_Lg230,2CA_15211202_Lg230,3CA_14512918_Lg230,8GDsnp0021435,0GDsnp0155237,9GDsnp0061439,3GT_11969851_Lg239,6AG_11409481_Lg2 TC_11509973_Lg239,9GT_11464936_Lg240,0TC_11512294_Lg241,2GDsnp0100541,5AG_8945207_Lg2 CT_8928904_Lg243,3TC_10669023_Lg244,5TC_6522059_Lg249,9GDsnp0116250,1AG_6499131_Lg250,2GDsnp00308 CT_6266265_Lg250,8CA_5929140_Lg251,4GDsnp0166352,3GDsnp0007755,1TC_20497214_Lg455,2CT_4445083_Lg256,4GDsnp01476 AG_3463154_Lg257,5GDsnp0020357,7GA_4215730_Lg258,7GDsnp01641 TC_4030165_Lg258,8GA_3428296_Lg259,1CT_3273690_Lg260,5CA_2961097_Lg262,1GDsnp0095963,7GA_1979331_Lg264,9AG_1869486_Lg265,2GDsnp01134 CT_1272762_Lg265,4GT_7010424_Lg265,6AG_1908444_Lg266,8AC_2393544_Lg266,9TC_7003348_Lg2 snpCO90360567,2

MLG2

41

MLG1 FHLG1 MLG2 FHLG2

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

GDsnp016040,0AC_39129154_Lg31,6CT_38270178_Lg3 CA_38265327_Lg33,8GA_38267677_Lg34,6GA_38252402_Lg37,8GDsnp0101410,2CT_36483536_Lg310,4AC_34431436_Lg310,9AG_34459777_Lg311,3GA_34442034_Lg3 GDsnp0203011,6CA_36475074_Lg312,3TG_37069303_Lg313,2TC_37060927_Lg314,7TC_37079043_Lg314,8GA_36531985_Lg315,4CA_38448471_Lg317,1GA_38273471_Lg317,9GDsnp0132921,7GT_29342518_Lg326,0CT_29370809_Lg328,6GDsnp0214331,9GDsnp0172834,4CT_24111076_Lg337,1GDsnp0264438,0CA_23281968_Lg339,6CT_23257985_Lg341,7CT_13512352_Lg347,4GA_12760479_Lg347,7GDsnp0202049,0TG_11994788_Lg351,6GDsnp0222052,6GDsnp0188553,3GDsnp0019454,5CT_10663755_Lg355,0CT_11552808_Lg355,2GDsnp0087458,3TC_9104035_Lg362,8GDsnp0219564,2TC_9101679_Lg365,0CT_9091637_Lg365,6GA_7151129_Lg370,4AG_7146440_Lg371,6CT_7138274_Lg372,9CA_6212477_Lg374,8AC_6543192_Lg375,9GA_6242616_Lg376,1CA_6160259_Lg377,1GDsnp0126378,8GDsnp0012479,1CA_5949706_Lg379,6GDsnp0027680,6GDsnp0195781,2TC_4825671_Lg381,8GT_5177248_Lg383,1TC_3834966_Lg385,1AC_994373_Lg387,0AG_1122860_Lg388,6GDsnp0050690,9TC_1142062_Lg392,3GA_1607374_Lg393,8

FHLG3

CA_38448471_Lg30,0GA_38273471_Lg31,0snpCN8979011,1GA_38241319_Lg31,8TC_37079043_Lg33,7TC_37060927_Lg33,8TG_37069303_Lg35,0TG_36486314_Lg35,2CA_36780856_Lg3 AG_37110581_Lg35,4CA_36475074_Lg36,1GDsnp02030 GA_34442034_Lg36,8AG_34459777_Lg37,1AC_34431436_Lg37,6TC_33665853_Lg313,5GA_33641386_Lg315,1GDsnp01329 GDsnp0166715,3CT_31543437_Lg319,5AG_31160644_Lg321,8CT_29370809_Lg323,7GDsnp0214326,9GDsnp0148727,9CT_18985206_Lg329,9CT_24111076_Lg330,0AG_24121930_Lg330,1TC_24102468_Lg330,3CA_23281968_Lg330,8GDsnp0027831,0TC_25900349_Lg3 AG_25869287_Lg3GDsnp01642 AG_25941513_Lg331,5

GDsnp0264431,9CT_18399291_Lg333,1TC_14450622_Lg336,1CT_13512352_Lg338,6GA_12760479_Lg338,8GDsnp0202040,0AG_11949117_Lg342,6GDsnp0188544,2CT_11552808_Lg345,6AC_10674505_Lg348,1GDsnp0087448,6CA_10105269_Lg349,6TC_9101679_Lg351,5TC_5155183_Lg356,6TC_7157009_Lg3 CT_7178316_Lg356,7GA_7151129_Lg356,9AG_7146440_Lg357,3GA_6539382_Lg3 TC_6563127_Lg358,0CT_6561113_Lg359,5GA_2462827_Lg363,9GA_1759940_Lg365,6CA_1756840_Lg366,7GA_1057933_Lg368,1

MLG3

TC_24249085_Lg40,0CA_24174303_Lg40,1CT_23751350_Lg41,0GDsnp005237,5CT_25034592_Lg49,1GDsnp013369,8GDsnp0156710,0GDsnp0102610,3GDsnp0038810,8TC_24228399_Lg4 GT_23921212_Lg4GDsnp0028311,3

GDsnp0061915,6GDsnp0177320,8TC_20552378_Lg422,2GDsnp0148124,8AC_19520932_Lg426,3CT_19752961_Lg426,4GDsnp0088127,2CT_18768888_Lg432,5CA_16719136_Lg436,7TC_16184302_Lg437,2TG_16090074_Lg437,9TC_16054869_Lg438,6CT_16050155_Lg442,3GA_13073783_Lg448,2AC_12296545_Lg450,7AG_10772944_Lg454,4GA_7204908_Lg457,4GA_5930421_Lg460,6GT_4599806_Lg462,5CT_4580974_Lg466,4

FHLG4

TC_24228399_Lg4 GT_23921212_Lg4GDsnp002830,0

GDsnp003880,8AC_23867559_Lg40,9GDsnp010261,7GDsnp015672,5GDsnp013363,1GDsnp006196,4TC_21439524_Lg47,3GDsnp015589,1GDsnp0177311,7TC_20552378_Lg412,9GDsnp0148115,7AC_19520932_Lg416,9TC_19730224_Lg417,4GDsnp0088117,7GA_19446859_Lg418,9GA_18807821_Lg419,3AC_18783781_Lg419,4GDsnp0227719,6CT_18768888_Lg420,6GDsnp0177723,5CA_16719136_Lg424,1GDsnp0129225,5CT_14563884_Lg426,1GDsnp0109527,4GDsnp0188634,2GA_4826865_Lg436,5GDsnp0264637,0AG_4838321_Lg437,2TC_7180850_Lg438,5GDsnp0036338,6GDsnp0226339,5GT_2760781_Lg440,3GDsnp0159742,8CT_849833_Lg443,5AG_830930_Lg443,8

MLG4

42

FHLG4 MLG4 FHLG3 MLG3

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

GA_575860_Lg50,0CT_781089_Lg50,7GDsnp019561,6GDsnp001792,2GA_1198941_Lg54,3TC_4312438_Lg56,0AC_4486710_Lg58,4AC_5242253_Lg510,5GT_5720301_Lg5 GA_5472549_Lg5AG_5471550_Lg511,4

TC_5761766_Lg5 AC_5215656_Lg511,8TC_5713160_Lg512,5TC_5725342_Lg513,0AG_6230318_Lg519,0CT_9251763_Lg5 AG_9253841_Lg524,9GDsnp0178129,3AG_9267886_Lg529,4GA_9491908_Lg530,7TC_9499250_Lg530,8GDsnp0131935,4TC_12352204_Lg537,4GA_24528761_Lg5 CT_24392828_Lg538,5AG_18043587_Lg545,6PB_CA_21446,9GA_18646194_Lg548,1AG_18592757_Lg548,3TC_19493983_Lg552,6GA_19699729_Lg553,3CT_19680406_Lg553,8GDsnp0086754,4AG_19652645_Lg555,6TC_19550690_Lg556,1TC_21399918_Lg560,9CA_30366787_Lg5 TC_31334004_Lg568,1GA_31342659_Lg569,0TC_31372866_Lg569,3GDsnp0185970,1TC_34451670_Lg585,6GA_23212514_Lg587,7GDsnp0010091,0AC_37420091_Lg592,3GA_2471400_Lg595,5TG_2474048_Lg596,6

FHLG5

AG_957743_Lg50,0CT_978082_Lg50,9GT_557375_Lg51,3CT_568363_Lg53,9CT_981417_Lg54,6GA_993478_Lg55,0

AG_25120947_Lg545,6GA_25131275_Lg546,2

GDsnp0225152,6GA_27675794_Lg553,6GT_27677928_Lg555,3GDsnp0153960,1GA_31342659_Lg560,2TC_31372866_Lg560,6GDsnp0272961,7CT_32907222_Lg564,0TC_35135088_Lg570,5CA_34488739_Lg574,4AC_37420091_Lg580,9CA_36546287_Lg582,9GDsnp0010083,4AG_36487489_Lg585,8

MLG5

AG_372637_Lg60,0AG_2553338_Lg66,3TG_3891842_Lg69,6AC_6615652_Lg612,4GA_5249377_Lg614,0AG_4554020_Lg6 GA_4558281_Lg616,9TG_4578702_Lg617,6GDsnp0050118,3GA_5287964_Lg619,2CT_4993076_Lg619,5CT_5243425_Lg6 AG_5232792_Lg6GT_7892794_Lg619,7

GDsnp0174723,3GA_9344917_Lg626,7GDsnp0225827,3GDsnp0276328,9GDsnp0078736,2GDsnp0047237,1CT_20157372_Lg640,5TG_20152587_Lg641,0AG_20428062_Lg641,2TG_21088776_Lg647,1GDsnp0014249,4GDsnp0009451,4GA_25319820_Lg659,5TC_25398464_Lg662,0CT_27832806_Lg669,1GT_28643173_Lg672,7GA_28886565_Lg673,9GT_30154941_Lg675,5AG_30289681_Lg676,8CT_30141206_Lg677,4

FHLG6

CT_4097483_Lg60,0CT_3942180_Lg61,7AG_4554020_Lg6 GA_4558281_Lg63,3CA_4870030_Lg63,9TG_4578702_Lg64,2GT_5306462_Lg66,5GA_5287964_Lg6 CT_4993076_Lg66,7GT_7892794_Lg6 CT_5243425_Lg6AG_5232792_Lg66,9

GDsnp019547,5GDsnp0157510,9CT_6220043_Lg611,3AC_6615652_Lg612,6GDsnp0225814,7GA_9344917_Lg615,5GDsnp0276317,1TC_11991962_Lg617,9CT_18628780_Lg623,7GDsnp0078723,9GDsnp0047224,8CT_20157372_Lg627,7TG_20152587_Lg628,1AG_20428062_Lg628,3TG_21088776_Lg634,8GDsnp0014236,9GDsnp0009438,3GDsnp0155639,7AG_23651920_Lg641,1GA_25319820_Lg645,4GDsnp0144446,5GDsnp0168248,7TC_27850051_Lg652,9GA_27866211_Lg653,6CT_27832806_Lg654,0GA_27497747_Lg654,8TC_27796239_Lg655,0TC_28597456_Lg657,4GT_28643173_Lg657,7AG_28643044_Lg657,9GT_30154941_Lg659,6CT_30102301_Lg659,9CT_30141206_Lg660,8AG_30289681_Lg661,4TC_28643077_Lg662,5

MLG6

43

FHLG6 FHLG5 MLG6 MLG5

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44

continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

TG_1157629_Lg70,0TC_2869226_Lg70,8TC_1819499_Lg71,0GA_1814322_Lg72,2GDsnp019972,8TC_1203022_Lg7 CT_1191603_Lg74,6GA_839755_Lg75,3TC_2238756_Lg76,1CT_2244430_Lg7 AG_2183945_Lg78,2GDsnp008029,7GDsnp0171712,3AC_3810018_Lg714,2TC_3891341_Lg715,1AG_3888952_Lg715,8GT_4074932_Lg717,1CT_4372277_Lg718,3GDsnp0187224,8GDsnp0178026,7AG_15420928_Lg733,6GDsnp0265734,8GDsnp0130534,9GDsnp0287540,7GDsnp0260044,3GDsnp0195847,3GDsnp0175651,2GDsnp0069958,8GA_25223845_Lg760,5GDsnp0229161,6

GDsnp0151673,3

FHLG7

CT_795182_Lg70,0GA_839755_Lg73,8AG_2183945_Lg7 CT_2244430_Lg77,0GDsnp008028,6GDsnp0171710,9AG_3864649_Lg7 GA_3862604_Lg712,1AC_3810018_Lg712,8TC_3891341_Lg713,8AG_3888952_Lg714,2AG_4175763_Lg7 TC_4120885_Lg714,7GT_4074932_Lg715,7CT_4372277_Lg716,8GDsnp0065818,3AC_5776221_Lg719,3AC_6171256_Lg720,3TC_7972719_Lg725,4CT_8158798_Lg726,0GA_9298084_Lg726,5GDsnp0188234,5GDsnp0229336,8AG_15420928_Lg737,5GDsnp0284040,5

MLG7

CT_1323911_Lg80,0GT_718350_Lg80,4GDsnp001753,5GDsnp004874,1AG_1622557_Lg84,9CA_1674505_Lg86,0TC_8450890_Lg813,4AG_8440063_Lg813,6TG_8877553_Lg813,9GA_8812926_Lg814,3CA_8908991_Lg8 CT_8933286_Lg8GT_8898659_Lg814,6

TC_8912899_Lg814,8GA_8456044_Lg815,3CT_15262041_Lg826,8GA_15259509_Lg827,1GA_16535826_Lg837,3GA_16577884_Lg837,8GDsnp0176844,1TC_19621603_Lg845,0GDsnp0015753,5AG_23899578_Lg854,7CA_23750084_Lg854,8TG_23752885_Lg854,9GA_22555348_Lg855,5AG_22201754_Lg8 TG_22219984_Lg855,7GDsnp0268556,2GDsnp0031156,4AC_21581037_Lg857,4CT_27300417_Lg862,5TC_28263232_Lg8 TC_28265359_Lg864,6TC_28185282_Lg866,3

FHLG8

TC_266256_Lg80,0GA_30021_Lg80,2GDsnp016702,3CT_1323911_Lg83,7

GA_8456044_Lg8 AG_8440063_Lg815,1GA_8812926_Lg816,2CT_8933286_Lg816,9TC_8912899_Lg817,1snpCO06627620,1AC_12931783_Lg822,4GDsnp0058427,2CT_14333819_Lg827,6GA_14572969_Lg829,0GDsnp0063929,3GDsnp0147937,1GDsnp0054238,0GDsnp0015739,7GDsnp0114842,1CT_29562018_Lg850,9GDsnp0176452,6GDsnp0029356,5GDsnp0157657,6CT_32814468_Lg858,0GDsnp0097559,5

MLG8

44

FHLG7 MLG7 FHLG8 MLG8

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

TG_1005241_Lg90,0TC_447971_Lg9 TC_465054_Lg92,6CA_1493110_Lg96,0AG_1276715_Lg96,6GDsnp015738,5GDsnp001699,4TC_3010059_Lg910,6GA_3788429_Lg912,2TC_5399131_Lg919,2CT_5966501_Lg920,7TG_6761696_Lg922,1GDsnp0089324,6CA_7220033_Lg925,0GDsnp0040028,6GDsnp0033134,5CA_14233188_Lg938,3GDsnp0095838,5GA_14345081_Lg938,9GA_18289707_Lg943,8CA_18520824_Lg945,8TC_20549523_Lg954,0AC_29824342_Lg956,6GT_22371843_Lg957,0GT_21216802_Lg957,4AG_21581072_Lg957,9GDsnp0164858,4GA_24193344_Lg958,7TC_29773504_Lg959,2GDsnp0005359,6AG_24219741_Lg960,3CT_29807663_Lg960,9AG_29730777_Lg961,1TG_35859865_Lg963,6

FHLG9

TC_3010059_Lg90,0GDsnp006790,1GA_3788429_Lg91,7GDsnp015241,9TC_3824404_Lg9 AG_3818449_Lg92,8TC_5399131_Lg98,7GA_4699317_Lg99,0CT_5387010_Lg910,0CT_5966501_Lg910,2TG_6761696_Lg911,6GDsnp0089313,9CA_7220033_Lg914,3GDsnp0175519,0GDsnp0094720,3GDsnp0033122,0CA_14233188_Lg925,9GDsnp0095826,1GA_14345081_Lg926,5GA_18289707_Lg930,5GA_19977586_Lg937,7AC_20564976_Lg939,3GDsnp0245141,3GT_21597933_Lg941,9GT_22371843_Lg942,6GT_21216802_Lg943,0AG_21581072_Lg943,6TC_29799492_Lg943,7GDsnp0005344,7TC_29773504_Lg945,4GDsnp0086046,4TG_35859865_Lg949,0CT_31984731_Lg954,9TC_32540237_Lg955,2GA_32711352_Lg957,3GA_33227831_Lg959,0AG_33204080_Lg959,1GA_33077622_Lg960,0

MLG9

GA_377816_Lg100,0GDsnp017890,3GDsnp001061,3AC_2440066_Lg105,3GT_2479664_Lg105,8CT_3303962_Lg1010,7CT_4034839_Lg1016,3CT_4032707_Lg1017,6TG_7167616_Lg1021,7CT_7118008_Lg1024,4AG_10765940_Lg1027,4TC_8508757_Lg1043,6GDsnp0183251,0AG_20810437_Lg1056,3CA_20822717_Lg1056,8PB_GT_32059,0GA_22517441_Lg1061,3AG_22521117_Lg10 CT_22511704_Lg1064,2AG_22536388_Lg1064,5TC_23285470_Lg1067,0TG_23617796_Lg1068,0CT_23910513_Lg1069,0AG_24271581_Lg1069,6AG_25683350_Lg1070,9AG_24294786_Lg1071,0TG_26518569_Lg1071,9TC_26552010_Lg1072,4AG_26645517_Lg1073,5AC_26653496_Lg1074,0GDsnp0097181,9TC_28578617_Lg1082,7AG_36033324_Lg1083,2AG_29213640_Lg1083,8AG_29917745_Lg1084,7TC_30250877_Lg1087,0GA_30256196_Lg1087,9PB_TC_34188,0GDsnp0190888,1AG_31295437_Lg1089,3TC_30595771_Lg1089,6AG_31272912_Lg1090,2AC_31320811_Lg1090,6CT_31331375_Lg1091,6TG_30396941_Lg1092,5AC_31285569_Lg1093,0TG_32157811_Lg1093,6AG_32412374_Lg1094,3AG_32730568_Lg1095,7TC_32732592_Lg1096,4GA_32737680_Lg1096,8TC_32722912_Lg1097,2TC_32783890_Lg1097,4AC_33501094_Lg10100,0CT_33506050_Lg10100,2CT_33483733_Lg10100,5AG_34911292_Lg10101,3TC_37031349_Lg10 CA_36783038_Lg10102,1TC_36071826_Lg10102,5AG_36100460_Lg10102,7GT_36887888_Lg10103,1

FHLG10

GA_377816_Lg100,0GDsnp017890,3GDsnp001061,4TC_2436431_Lg108,6PB_GT_32023,2GDsnp0218324,9TG_23617796_Lg1037,5AG_24245886_Lg1040,0AG_24233060_Lg1040,1GDsnp0081243,8AC_26616826_Lg1044,2AG_29063006_Lg10 CONS61CT_28632998_Lg1047,1

CT_27656951_Lg1047,2GA_29048592_Lg1048,6GDsnp0157048,7AG_29917745_Lg1053,0GA_30256196_Lg10 PB_TC_34154,6TC_30250877_Lg1055,3GDsnp0129957,3TC_30595771_Lg1057,5GDsnp0196157,8GA_32372997_Lg1059,4TG_32157811_Lg1060,2AG_32412374_Lg1061,2TC_32732592_Lg1063,3GA_32737680_Lg1063,6TC_32783890_Lg1064,2CT_32751652_Lg1065,8AC_33501094_Lg1066,9CT_33506050_Lg1067,0CT_33483733_Lg1067,3MdTIR68,6CA_37052690_Lg1070,1CA_36783038_Lg1071,3AG_36898184_Lg1071,8TC_37031349_Lg1072,4

MLG10

45

FHLG10 MLG10 FHLG9 MLG9

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

CT_557285_Lg110,0TC_495547_Lg111,0TC_6563236_Lg112,4AG_1697921_Lg117,6TG_3463798_Lg1110,4GDsnp0116512,4AG_6697510_Lg1118,6AG_6774392_Lg1119,8TG_6688015_Lg1121,2TC_7143110_Lg1121,9AC_7189032_Lg1123,6GDsnp0062126,1AG_8404546_Lg1127,8GT_8694610_Lg1128,2TC_10600067_Lg1133,1GA_11315571_Lg1135,2TC_11342497_Lg1135,7CA_10597805_Lg1136,2GDsnp0230936,6CT_11831569_Lg1137,1CT_11595996_Lg1137,4TG_11608827_Lg1137,5TC_11312685_Lg1137,9TC_11309307_Lg1138,0CT_11826777_Lg1139,2GA_11824111_Lg1139,7AG_12142492_Lg1141,8TC_12150935_Lg1142,2GT_12408600_Lg1142,8CT_12898690_Lg1144,6TG_15738487_Lg1145,6GDsnp0187854,5GT_22759608_Lg1155,7GDsnp1001055,9GA_23881186_Lg1156,3GDsnp0074357,2CT_22731798_Lg1157,7AC_24586716_Lg1160,0GD_SNP0185760,4GT_26026377_Lg1161,7CT_26099970_Lg1162,0TC_26829691_Lg1164,9GDsnp0136165,4AG_30037422_Lg1165,8AC_30610341_Lg1166,6GT_30620928_Lg11 AG_28702187_Lg1166,9GA_28395458_Lg1168,4CT_32934800_Lg1172,7GA_33482482_Lg1176,0TG_35936616_Lg1184,2AC_35840087_Lg1184,6AG_35958135_Lg1185,0CT_35866641_Lg1185,2GA_35942030_Lg1185,5TG_36011885_Lg1186,2TC_36934343_Lg1188,0CT_37675625_Lg1190,0AG_37675688_Lg1190,1AG_38697189_Lg1192,7GA_38694306_Lg1193,3AG_39786717_Lg1196,5

FHLG11

CA_10597805_Lg110,0TC_11309307_Lg111,5TC_11312685_Lg111,9GDsnp003774,8GT_12408600_Lg115,9AG_12328377_Lg117,5GDsnp0187817,1GDsnp1001018,6GA_23881186_Lg1118,9GDsnp0074319,9CT_22731798_Lg1120,3GD_SNP0185722,7GT_26026377_Lg1123,8CT_26099970_Lg1124,2TC_26829691_Lg1126,8GDsnp0136127,2AG_30084427_Lg1129,4GDsnp0283832,3GDsnp0291043,3TC_36934343_Lg1146,7TG_36011885_Lg11 GA_35942030_Lg1148,2CT_35866641_Lg11 AC_35840087_Lg1148,4AG_35958135_Lg1148,9GA_36766006_Lg352,1CT_37675625_Lg11 AG_37675688_Lg1152,4AG_38697189_Lg1154,8GA_38694306_Lg1155,1GA_39190659_Lg1155,7GA_39168050_Lg1155,8AG_39786717_Lg1158,5TC_39990406_Lg1158,9CT_40016890_Lg1160,1AG_40045235_Lg1160,7

MLG11

GDsnp01855 AG_35230499_Lg120,0CT_35179829_Lg121,4GT_34960014_Lg122,8CA_35395640_Lg124,4AG_34951417_Lg125,0CA_35097947_Lg125,3GT_35103565_Lg125,5TG_35724634_Lg126,5GT_35721635_Lg126,7CT_35835646_Lg127,6AG_32467148_Lg129,5AC_32163753_Lg129,9GA_30679125_Lg1211,4GDsnp0064112,4GA_31044903_Lg1213,6GDsnp0071413,8GDsnp0142014,2GDsnp0036214,4AC_29731604_Lg1217,2CA_29070012_Lg1218,9AG_27689885_Lg1221,0CA_27155494_Lg1221,8GDsnp0088322,0TG_23280662_Lg1225,8TC_23562759_Lg1226,1GDsnp0115027,1CA_22652840_Lg1227,4GDsnp0155530,7GT_19349769_Lg1231,1TG_20525005_Lg1231,5GDsnp0211532,3CA_17347387_Lg1235,4TC_16355366_Lg1237,8GA_12543616_Lg1238,4GA_12543650_Lg1238,8TG_9274031_Lg1239,4TC_8821550_Lg1241,8AG_7044670_Lg1244,9GA_28265480_Lg1446,4GDsnp0043055,2GA_3745618_Lg1255,7AC_3446082_Lg1261,5GA_1240623_Lg1265,6TC_1215786_Lg1266,1AC_1193551_Lg1266,2GA_1188294_Lg1266,6

FHLG12

TC_35445616_Lg120,0GDsnp017930,5GA_35649702_Lg121,0CT_35835646_Lg121,7CA_35420388_Lg121,9GT_35721635_Lg122,5TG_35724634_Lg122,7CT_35105749_Lg123,4GDsnp016653,8GT_35103565_Lg124,2CA_35097947_Lg124,5GT_34960014_Lg126,4AC_34809522_Lg126,9CT_34800048_Lg127,2GDsnp01874 GDsnp022287,6PB_GA_24113,7AG_29723749_Lg1216,8GDsnp0176917,8AG_27689885_Lg1217,9AG_29040874_Lg1218,0CA_27155494_Lg1218,5GDsnp0088318,8TG_23280662_Lg1222,6GDsnp0115023,6CA_22652840_Lg1223,9AG_22722118_Lg1224,0AG_21248954_Lg1225,8GDsnp0155527,3TG_20525005_Lg1228,1GDsnp0211528,9CT_17368072_Lg1232,1AC_16371830_Lg1232,4GDsnp0281434,8GDsnp0205337,5AG_8802561_Lg1239,6GDsnp0285740,0TC_8805420_Lg1240,3GDsnp0170341,6AG_5173778_Lg1247,1GA_5173770_Lg1247,3GDsnp0190748,4TC_4660010_Lg1248,6GA_4304933_Lg1249,2GA_3745618_Lg1250,8GDsnp0161552,8AC_3446082_Lg1255,5

MLG12

46

FHLG12 MLG12 FHLG11 MLG11

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

AC_39662008_Lg130,0GT_38238879_Lg134,0CA_34941301_Lg135,5GDsnp018998,5GDsnp0248010,7GDsnp0245211,8GDsnp0016412,9GDsnp0233314,0TG_21675582_Lg1317,7GDsnp0053220,1AC_20353369_Lg1322,7GDsnp0090230,1GDsnp0089033,0snpMalD133,6TC_15698001_Lg1336,8GDsnp0177642,5CA_12139342_Lg1347,3TG_10651693_Lg1347,8GDsnp0014049,1TG_9993956_Lg1351,0GDsnp0150751,5GA_8644507_Lg1352,3TC_7167724_Lg1357,1CT_8619897_Lg1359,3CA_18421209_Lg371,0AC_3832821_Lg1372,6CT_3770859_Lg1373,9GA_3799687_Lg1375,6CA_3081478_Lg1676,0AG_4721259_Lg1376,7TC_4993103_Lg1376,8CT_2813296_Lg1380,6AC_2852846_Lg1381,8AG_371869_Lg1384,8CT_256845_Lg1387,0GT_875526_Lg1389,6

FHLG13

AC_39662008_Lg130,0AC_37669371_Lg132,6GT_38238879_Lg133,4GDsnp013164,6TC_31050547_Lg136,3TC_31080124_Lg136,4TC_27872911_Lg1311,3

AC_20353369_Lg1320,2GDsnp0053222,5

GDsnp0090230,7GDsnp0184434,1TC_15698001_Lg1338,1AG_15693091_Lg1339,0GDsnp0094339,6GA_13057490_Lg1341,0GDsnp0170442,6GDsnp0177643,5

MLG13

GDsnp012130,0GDsnp016394,5GDsnp0153116,4TG_22384593_Lg1421,6CA_26697865_Lg1423,1AC_24054772_Lg1427,6GA_21013914_Lg14 GA_20380789_Lg1433,7TC_18386236_Lg1435,2CA_16037281_Lg1437,0GDsnp0263838,3AC_12582508_Lg1441,0TC_18388411_Lg1441,8GDsnp0242642,4AG_20343075_Lg1444,1GDsnp0165049,2GDsnp0001055,6GA_6432371_Lg1456,0GT_6130026_Lg14 CA_6135950_Lg1456,4CT_6094366_Lg1457,9TC_5009375_Lg1458,2GA_6102033_Lg1459,3AG_4973511_Lg1460,2AG_4987187_Lg1460,3AG_3601270_Lg1461,4GDsnp0176761,8GA_1184953_Lg1465,2MdTFL165,5GDsnp0185365,8GA_2076283_Lg1466,6CT_197462_Lg14 TC_226288_Lg1470,7CT_246638_Lg1472,7

FHLG14

GDsnp016390,0GA_33265452_Lg14 GDsnp015480,7TC_33005609_Lg14 CT_33060196_Lg14MdMFTb1,2

GT_31917382_Lg144,1GDsnp002134,6GA_31543180_Lg146,4CT_31504922_Lg147,3CA_30423440_Lg1411,9AG_29465265_Lg1415,1CA_26697865_Lg1419,2GDsnp00522 AC_27608850_Lg1420,9TC_27497747_Lg1421,1GDsnp0147322,7AC_24054772_Lg1424,0GDsnp0045325,7GDsnp0006227,6GA_22382494_Lg1431,6AG_20343075_Lg1434,1GT_3881154_Lg436,0GDsnp0242636,6TC_18388411_Lg1437,3CA_16037281_Lg1439,9GDsnp0025941,4GDsnp0270647,0GA_6429299_Lg1451,5AG_4987187_Lg1452,0MdTFL153,9GDsnp0185354,1GDsnp0002554,5GDsnp0140154,6GDsnp0176755,6AG_3601270_Lg1455,9AG_738185_Lg1460,2TC_226288_Lg14 CT_197462_Lg1461,3

MLG14

47

FHLG13 MLG13 FHLG14 MLG14

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

CT_54540655_Lg150,0GDsnp002364,2TC_50033143_Lg155,9TC_49274977_Lg159,9GA_49250482_Lg1511,3CA_49272083_Lg1511,7AG_46758413_Lg1513,2CA_46671744_Lg1515,1TC_45826729_Lg1516,8AG_44682057_Lg1518,4AG_44335606_Lg1520,0TC_44333089_Lg1520,2TC_41022824_Lg1528,1GA_42747205_Lg1528,3GDsnp0035728,4CT_40449639_Lg1529,6TC_28678775_Lg1538,7TC_27876981_Lg1540,1TC_24710442_Lg1541,8AG_26306308_Lg15 CT_26314741_Lg1543,8AG_27079169_Lg1544,4TC_27052178_Lg1544,9TC_27029271_Lg1545,0GA_16523119_Lg1559,0GA_17549468_Lg15 TC_17591764_Lg15TC_17594355_Lg15 GA_17589314_Lg1559,1

GT_17596372_Lg15 GA_17583563_Lg1559,2TG_16491350_Lg1560,0AC_16479542_Lg1560,1GA_16464597_Lg1560,7TC_16451047_Lg1560,9AG_16440305_Lg1561,4AG_15755494_Lg1564,0GT_15040274_Lg15 AC_15030260_Lg1565,5GT_15046874_Lg1566,2GDsnp0086367,6TC_6589830_Lg1575,0AG_6602013_Lg1578,2CA_6300232_Lg1579,3GDsnp0118580,4AG_5727221_Lg1580,5TC_5967251_Lg1581,6CT_4957230_Lg1585,9TG_3034625_Lg1591,4CT_2337559_Lg1593,5GT_2548564_Lg1594,1TC_2558984_Lg1594,2CT_3055741_Lg1595,0AG_3034504_Lg1595,2GDsnp00349103,5

FHLG15

GDsnp005250,0CT_54500502_Lg151,9AG_54456004_Lg152,3CT_55338420_Lg152,8GA_55332967_Lg153,3CT_51280174_Lg153,5AC_51307294_Lg154,4AC_50088799_Lg156,0TC_49274977_Lg159,0GDsnp017079,3AG_46758413_Lg1511,8GDsnp0180515,0GDsnp0035728,5CT_40449639_Lg1529,9GDsnp0227530,4TC_28678775_Lg1540,9TC_27876981_Lg1542,5TC_27052178_Lg1546,6TC_27029271_Lg1546,8AG_27079169_Lg1547,2GA_17583563_Lg1559,9GT_17596372_Lg1560,1GA_17549468_Lg1560,5TC_17591764_Lg15 GA_17589314_Lg1560,6GA_16523119_Lg1561,2TG_16491350_Lg1561,4AC_16479542_Lg1561,6GA_16464597_Lg1562,1TC_16451047_Lg1562,3AG_16440305_Lg1562,8AG_15755494_Lg1565,3GA_7749743_Lg1566,1GT_15040274_Lg15 AC_15030260_Lg1566,8GT_15046874_Lg1567,4GDsnp0086368,5TC_6589830_Lg1571,9AG_6602013_Lg1573,5GA_6636944_Lg15 CT_6556135_Lg15CT_6558174_Lg15 GDsnp0007673,6

CA_6300232_Lg15 AG_6300357_Lg1574,5CA_5944490_Lg1576,1TC_5967251_Lg1576,3GDsnp0118579,0GA_4073002_Lg1581,8AC_4061886_Lg1581,9GT_3868686_Lg1582,1GDsnp01047 AC_3536720_Lg1582,8GA_3588459_Lg1583,1CT_4957230_Lg1583,6GDsnp0181485,7CT_3046222_Lg1586,3TC_2558984_Lg1586,9GT_2548564_Lg1587,1CT_2337559_Lg1587,9TG_3034625_Lg1589,4AG_1522334_Lg15 TC_1508786_Lg1593,1AG_1516126_Lg1593,9TC_1002905_Lg1595,1CT_976750_Lg1595,2GDsnp00349100,4

MLG15

GA_7150392_Lg160,0CA_7413325_Lg162,6CT_7420955_Lg165,1GA_1210107_Lg166,7GA_1216243_Lg167,0AG_1617869_Lg168,3GA_1891144_Lg169,9GDsnp0071910,8AC_2593090_Lg1611,9TC_3430172_Lg1613,3TC_3303558_Lg1613,9AG_3299822_Lg1614,1AC_3334689_Lg1614,2TG_3193686_Lg1615,0AG_3091753_Lg1615,2GDsnp0111615,5CA_3097521_Lg1615,7AC_4139810_Lg1618,9TG_3937877_Lg1620,7AG_5375529_Lg1623,0AC_6540945_Lg1626,5CT_8392816_Lg1631,2CT_9113098_Lg16 TC_9082266_Lg16CA_9088223_Lg16 CT_9085264_Lg1633,3

AG_9090256_Lg1637,4GA_9158999_Lg1638,0CA_12306773_Lg1640,6TC_12850088_Lg1641,7TC_14053916_Lg1644,4AG_15050774_Lg1651,1AG_10009408_Lg1667,0CT_9785585_Lg1675,0

FHLG16

AC_7424678_Lg160,0GA_7150392_Lg163,7CA_7413325_Lg165,6GA_1210107_Lg1610,1GA_1216243_Lg1610,3AG_1617869_Lg1611,5GA_1891144_Lg1613,2GDsnp0071914,1AC_2593090_Lg1615,0TC_3430172_Lg1616,6TC_3303558_Lg1617,1CT_3847368_Lg1617,3AG_3299822_Lg16 GA_3384428_Lg16AC_3334689_Lg1617,4

TG_3193686_Lg1617,9GDsnp0111618,1CA_3097521_Lg1618,3AG_3091753_Lg1618,5GDsnp0028619,9AC_4139810_Lg1621,8AG_5375529_Lg1625,8AC_6540945_Lg1629,5AG_8342463_Lg1633,9CT_8392816_Lg1635,4GT_9033706_Lg1636,5CT_9085264_Lg16 CA_9088223_Lg16TC_9082266_Lg1637,9

GDsnp0171541,2GDsnp01244 GDsnp0208742,4GDsnp0148442,8GDsnp0162444,5TG_14113138_Lg1644,8CT_14504645_Lg1645,8TG_16093732_Lg16 AC_16106181_Lg1646,9GA_15032763_Lg1648,0GDsnp0035648,1TC_15467926_Lg16 CT_15494702_Lg1649,1CA_15414062_Lg1649,6GDsnp0213050,3GDsnp0106750,9GDsnp0062657,8GT_18500461_Lg1661,0

MLG16

48

FHLG15 FHLG16 MLG15 MLG16

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continuação FIGURA 4. Mapa de ligação de Malus X Domestica Borkh dos genitores ‘M13/91’ e ‘Fred Hough’.

GDsnp000910,0TC_819070_Lg172,6TC_300897_Lg173,4CT_406763_Lg173,7CT_2622909_Lg177,6CA_4101051_Lg1713,1CA_6590432_Lg1718,3CT_5879958_Lg1719,7TC_5995947_Lg1720,5TG_6914390_Lg1723,4CT_7363032_Lg1726,0CT_7402862_Lg1727,0GDsnp0192728,1GDsnp0251230,2GA_8234228_Lg1731,1AG_9412342_Lg1733,3GDsnp0003935,3AG_10385387_Lg1740,2GDsnp0217242,6TG_14005103_Lg1748,9

FHLG17

TG_71128_Lg170,0GDsnp000910,6GDsnp019741,7GA_1601079_Lg172,3GA_1149469_Lg172,5GDsnp008642,6TC_1604094_Lg174,4GDsnp012054,8GDsnp005088,8AG_3135072_Lg179,3GDsnp015849,7CA_4101051_Lg1711,5CT_4893547_Lg1712,9TC_5737459_Lg1714,1GDsnp0051516,3CT_7363032_Lg1717,0GDsnp0154218,8GA_8254567_Lg1721,3CT_7402862_Lg1722,6CT_8844305_Lg1723,1GDsnp0104426,4GA_10879906_Lg1726,6AG_9412342_Lg1728,2GDsnp0068230,1GDsnp0217236,0TC_15782830_Lg1738,3CT_15762340_Lg1739,1GDsnp0196441,2TC_17325549_Lg1742,1CT_17294445_Lg1742,9TG_14005103_Lg1743,5TC_20000116_Lg1752,5TC_19997932_Lg1753,7GA_21035493_Lg1754,9AG_21057103_Lg1755,1CT_21201745_Lg1755,5CT_24700808_Lg1756,8AG_21759969_Lg1757,2GA_24590964_Lg1757,6GA_23178125_Lg1757,9GDsnp0061858,0CT_25370424_Lg1758,5GT_24863922_Lg1758,6CT_25283086_Lg1758,9TC_26169878_Lg1759,7TC_26486285_Lg17 CT_26487167_Lg1760,4

MLG17

49

FHLG17 MLG17

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50

A disponibilidade das sequências do genoma da macieira em

associação a um mapa de ligação de alta densidade permite seu uso como

uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento de mecanismos para

seleção assistida, pois 90,2% dos genes possuem sua localização

identificada nos cromossomos. Portanto, a escolha da ferramenta baseada

no chipRosBREED_Apple_10k (Illumina Infinium) foi acertada como

estratégia de mapeamento realizada neste estudo. Os resultados aqui

obtidos comprovaram sua eficiência, já que o tamanho do mapa, o

comprimento dos GL e a densidade de marcadores são similares aos mapas

construídos com marcadores tipo AFLP, SSR, SCAR e RAPD. E, igualmente

importante, o fato dos marcadores moleculares que compõem o chip

RosBREED_Apple_10k (Illumina Infinium) terem sido desenvolvidos a partir

de sequências ESTs homólogas a genes de interesse, possibilitaram a

construção dos mapas genéticos com marcadores funcionais informativos.

4.4 Mapeamento de QTLs

Para a população ‘M13/ 91’ X ‘Fred Hough’ foram detectados QTLs

associados à data de brotação vegetativa, data floração e data de 50% de

floração. O mapeamento por intervalo simples (MI) permitiu a identificação

de um maior número de QTLs quando comparado com o mapeamento por

rMQMe com o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis. Portanto, a partir da

combinação destes resultados, conforme descrito na seção de materiais e

métodos, as associações com os marcadores que apresentaram os maiores

LODs nas três estratégias de análise e aderência aos requisitos de

significância pelos testes de permutação foram considerados como QTLs

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51

significantes. Esta estratégia foi igualmente utilizada para espécies perenes

por diversos grupos de pesquisa. Celton e colaboradores (2011) utilizaram

mapeamento por intervalo e MQM para detectar QTLs em macieira. Em

damasco, Campoy et al. (2011) utilizaram mapeamento por intervalo e teste

de permutação para determinar a significância de QTLs. Sánchez-Péres et

al. (2011) detectaram QTLs para requerimento de frio e calor para

florescimento em amendoeira [Prunus dulcis (Miller) D.A. Webb] com

mapeamento por intervalo e teste de permutação. No presente trabalho,

para os caracteres fenológicos data floração e data de 50% de floração,

provenientes de Vacaria, não foi possível realizar o teste de permutação

para determinar a significância do QTL devido, provavelmente, ao elevado

percentual de dados perdidos. Pois, como relatado anteriormente, somente

24 genótipos apresentaram floração.

4.4.1 QTLs identificados para data de brotação vegetativa

Para o genitor paterno ‘M13/91’, o qual requer menor número de

horas de frio, em Bento Gonçalves, o principal QTL identificado para data de

brotação vegetativa localizou-se na extremidade do GL 9 (LOD de 20,9) e

explicou 46,5% da variação fenotípica observada. Um segundo QTL foi

detectado no GL 2, porém com baixo LOD (3,28) e contribuição de 8,4%

para explicação da variação fenotípica observada (Tabela 5). Em Vacaria, o

QTL principal para esta característica também foi localizado no topo do GL 9

(LOD de 9,84 para os marcadores TC_447971_Lg9/ TC_465054_Lg9),

sendo responsável por 36,4% da explicação da variação fenotípica

observada. Sugerindo que realmente haja um QTL para brotação vegetativa

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52

nesta região do GL 9, uma vez que esta foi observada nos dois ambientes.

Outros dois QTLs de menor efeito foram identificados no GL 2 em Vacaria.

Estes apresentaram LOD inferior (2,48 e 2,33) aos LOD thresholds dos

testes de significância (GL (6,3) e do genoma (8,6)), e juntos explicaram 44,9

% da variação fenotípica (Tabela 6). Salienta-se que estes QTLs diferem do

observado no GL 2 em Bento Gonçalves. Somente avaliações em outros

locais e anos poderão confirmar a significância destes QTLs detectados no

GL 2, uma vez que outras características do ambiente, além do número de

horas de frio, podem ter afetado o início da brotação vegetativa.

Para o genitor materno ‘Fred Hough’, o principal QTL identificado para

data de brotação vegetativa também foi encontrado na extremidade do GL 9

(marcador molecular TC_3010059_LG9 - com LOD de 12,36 em Bento

Gonçalves e de 4,37 em Vacaria) que respondeu por 32,3 % da variação

fenotípica observada em Bento Gonçalves e por 21,1% em Vacaria (Tabela

7). A identificação, também neste genitor, desta região reforça sua

importância para a característica. No GL 2 novamente foram encontrados

QTLs associados à data de brotação vegetativa com menor efeito. Em Bento

Gonçalves, um QTL (LOD 3,0, inferior aos LOD thresholds), explicando 9,5

% do caráter fenotípico (Tabela 7) foi encontrado e, em Vacaria foram

encontrados dois QTLs (LOD de 2,76 e 3,64), responsáveis por 12% e

10,8% da variação fenotípica, respectivamente (Tabela 7). Em Vacaria, no

GL 16 foi identificado outro QTL (LOD de 2,36), explicando 14,1% da

variação fenotípica. No entanto, em Vacaria os QTLs identificados para

M13/91, por não apresentarem LOD maior que os LODs thresholds dos

testes de significância (GL e genoma) precisam ser examinados com

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53

cuidado e necessitam ser avaliados em outros anos para confirmação da

sua significância.

É interessante que para ambos os pais em Bento Gonçalves foi obtido

no GL 2, QTLs mais distantes da extremidade do GL, enquanto que em

Vacaria, novamente para ambos os pais, os QTLs estiveram mais próximos

da extremidade (Tabelas 5, 6 e 7). É possível que estas diferenças estejam

associadas à interação genótipo-ambiente, ou seja, em condições ambientes

diversas, genes diferentes são requeridos na modulação da quebra da

dormência.

A importância do GL 9 no tempo requerido para brotação vegetativa é

confirmada pelos resultados obtidos por outros grupos de pesquisa. Conner

e colaboradores (1998) identificaram oito QTLs para brotação vegetativa em

outras variedades de maçã, sendo que, o QTL detectado no GL 3 foi

posteriormente considerado homólogo ao QTL do GL 9 por Kenis &

Keulemans (2004), através do mapeamento por marcadores SSR. Van Dick

e colaboradores (2010) também detectaram um QTL de grande efeito para

data de brotação vegetativa na extremidade do GL 9. O QTL explicou entre

4.8% (‘Golden Delicious’) e 40.1% (‘Anna’) da variação fenotípica e, 11.9%

(Sharpe’s Early) e 44.6% (Anna).

Já, Celton e colaboradores (2011) identificaram QTLs para brotação

vegetativa no GL 2. E, na região inicial do GL 9 identificaram um QTL para a

característica de ponta verde, parâmetro fenológico semelhante ao avaliado

neste trabalho.

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54

TABELA 5. Resumo da análise de QTL associados às características fenotípicas para o genitor paterno ‘M13/91’ da população F1 para o pomar de Bento Gonçalves, 2011.

Característica Posição (cM)

GL Marcadorcof LOD MI

LOD rMQM

LOD GL

LOD Genoma

% explicação

K*(df) P

Brotação vegetativa

20,9 2 GDsnp01663 2,88 3,28 5,4 7,6 8,4 10,317 (2) ***

0 9 TG_1005241_Lg9 20,50 20,90 6,8 7,6 46,5 67,743 (1) ******* Brotação florífera

18,3 6 GDsnp00501 3,38 1,99 4,6 7,6 17,9 6,950 (1) ***

23,3 6 GDsnp01747 3,36 4,03 4,6 7,6 18,1 0,788 (2) - 2,6 9 TC_447971_Lg9 12,71 11,32 6,8 7,6 52,4 46,689 (1) ******* 2,6 9 TC_465054_Lg9 12,71 11,32 6,8 7,6 52,4 48,135 (1) ******* 50%floração 6,3 6 AG_2553338_Lg6 2,82 2,73 4,6 7,6 18,7 7,438 (1) *** 9,6 6 TG_3891842_Lg6 2,76 2,64 4,6 7,6 16,7 7,222 (1) *** 2,6 9 TC_447971_Lg9 12,21 12,09 6,8 7,6 53,3 47,724 (1) ******* 2,6 9 TC_465054_Lg9 12,21 12,09 6,8 7,6 53,3 48,855 (1) *******

cofMarcadores em itálico foram utilizados como cofatores para o mapeamento por rMQM e para o teste de permutação. K* Teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Valor P:***: 0,01 ,*******: 0,0001.

54

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55

TABELA 6. Resumo da análise de QTL associados às características fenotípicas para o genitor paterno ‘M13/91’ da população F1 para o pomar de Vacaria, 2011.

Característica Posição (cM)

GL Marcador cof LOD MI

LOD rMQM

LOD GL

LOD Genoma

% explicação

K*(df) P

Brotação vegetativa

0,0 2 GA_1958621_Lg2 3,52 2,48 6,3 8,6 16,1 4,442 (1) **

0,0 2 TG_1926287_Lg2 3,52 2,48 6,3 8,6 16,1 4,346 (1) ** 7,1 2 GT_7010424_Lg2 3,29 2,33 6,3 8,6 12,7 12,446 (2) **** 2,6 9 TC_447971_Lg9 10,81 9,84 4,1 8,6 36,7 41,583 (1) ******* 2,6 9 TC_465054_Lg9 10,81 9,84 4,1 8,6 36,7 38,119 (1) ******* Brotação florífera

85,6 5 TC_34451670_Lg5 4,46 2,99 - - 66,4 2,377 (1) -

0,0 9 TG_1005241_Lg9 3,24 2,55 - - 47,7 12,546 (1) ****** 2,6 9 TC_447971_Lg9 5,12 3,65 - - 73,0 10,044 (1) ****

2,6 9 TC_465054_Lg9 5,12 3,65 - - 73,0 10,044 (1) ****

50% floração 85,6 5 TC_34451670_Lg5 5,55 6,22 - - 74,4 1,757 (1) - 2,6 9 TC_447971_Lg9 4,47 5,15 - - 69,7 7,643 (1) *** 2,6 9 TC_465054_Lg9 4,47 5,15 - - 69,7 7,643 (1) *** 6,0 9 CA_1493110_Lg9 3,03 1,84 - - 68,5 8,368 (1) ****

55

cofMarcadores em itálico foram utilizados como cofatores para o mapeamento por rMQM e para o teste de permutação. K* Teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. Valor P:**:0,05 ***:0,01 ****:0,005 *****:0,001 ******:0,0005 *******:0,0001.

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56

TABELA 7. Resumo da análise de QTL associados ás características fenotípicas, para o genitor materno ‘Fred Hough’ da população F1 para o pomar de Bento Gonçalves e Vacaria, 2011.

cofMarcadores em itálico foram utilizados como cofatores para o mapeamento por rMQM e para o teste de permutação. K* Teste não paramétrico de Kruskal-Wallis.

Valor P: *:0,1 **:0,05 ***:0,01 ****:0,005 *****:0,001 ******:0,0005 *******:0,0001.

Característica Posição (cM)

GL Marcadorcof LOD MI

LOD rMQM

LOD GL

LOD Genoma

% explicação

K*(df) Valor P

-------------------------------------------------------------------------Bento Gonçalves -------------------------------------------------------------------------

Bud_Veg 14,9 2 GDSNP01663 3,19 3,00 5,7 8,4 9,50 11,350 (2) **** 0,0 9 TC_3010059_LG9 12,51 12,36 6,2 8,4 32,30 20,934 (2) ******* Bud_Flo 0,0 9 TC_3010059_LG9 7,00 7,00 4,8 7,3 33,90 8,346 (2) ** Flo50 0,0 9 TC_3010059_LG9 6,42 6,42 5,0 8,5 33,40 5,840 (2) *

-------------------------------------------------------------------------------Vacaria -------------------------------------------------------------------------------

Bud_Veg 1,7 2

GT_7010424_LG2 3,04 2,76 5,1 10,1 12,00 12,110 (2) **** 9,6 AG_3463154_LG2 2,71 3,64 5,1 10,1 10,80 7,223 (1) *** 9,7 GDSNP01476 2,71 3,64 5,1 10,1 10,80 7,034 (1) *** 0,0 9 TC_3010059_LG9 5,60 4,37 5,4 10,1 21,10 10,593 (2) *** 25,8 16 AG_5375529_LG16 3,54 2,36 5,7 10,1 14,10 10,888 (2) ****

56

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57

O mapeamento de QTLs para o requerimento de frio em Rosáceas

ainda não foi plenamente realizado com sucesso, pois para determinar com

precisão o requerimento de frio de cada genótipo seria necessário

estabelecer no mínimo um pomar pequeno para cada indivíduo. Destes se

retirariam estacas contendo gemas apicais para testes em condições

controladas. Todos os trabalhos desenvolvidos até o presente momento

foram de mapeamento indireto e, por consequência, pouco precisos, visto

que nenhum dos genes reconhecidamente associados ao processo de

controle da dormência foi identificado nas regiões dos QTLs mapeados.

Em outras rosáceas, QTLs para quebra de dormência em Prunus -

amêndoa (Sánchez-Pérez et al., 2007), damasco (Olukolu et al., 2009) e

pêssego (Fan et al., 2010) encontram-se localizados nos grupos de ligação

1, 5 e 7, comuns entre damasco e pêssego. Indicando a conservação destas

regiões entre as espécies.

4.4.2 QTLs identificados para data de floração

No genitor ‘M13/91’ identificou-se um QTL de grande efeito para data

floração (TC_447971_Lg9/ TC_465054_Lg9) no GL 9 (LOD 11,32),

responsável por 52,4% da explicação da variação fenotípica observada em

Bento Gonçalves e 73% em Vacaria (Tabelas 5 e 6). Salienta-se que nesta

mesma região identificou-se um QTL para data de brotação vegetativa

(Tabela 5). No ambiente de Bento Gonçalves, no GL 6 foram encontrados

mais dois QTLs de menor efeito, distanciados em 5 cM (LOD de 1,99 e

4,03), cuja significância ainda necessita ser melhor avaliada por meio de

novas avaliações fenológicas. Estes QTLs foram responsáveis por

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58

explicarem 17,9% e 18,1% da variação fenotípica, respectivamente. Da

mesma forma, em Vacaria, um QTL foi obtido no GL 5 (LOD 2,99). Para o

genitor ‘Fred Hough’ também foi identificado o QTL da região inicial do GL 9

(LOD 7), explicando 33,9% do caráter (Tabela 7).

QTLs para floração já foram identificados em maçã nos GL 1, GL 6,

GL 8, GL 9, GL 12 e GL 17 em diferentes anos, sugerindo que o caráter seja

modulado por vários genes, e a importância relativa destes varie com o

ambiente (Celton et al., 2011). Em trabalhos com o gênero Prunus, também

da família das Rosaceas, várias regiões cromossômicas também foram

associadas à necessidade de frio (Fan et al., 2010).

4.4.3 QTLs identificados para 50 % de floração

Para o genitor ‘M13/91' identificou-se um QTL de grande efeito para

50% de floração (TC_447971_Lg9/ TC_465054_Lg9) no topo do GL 9 (LOD

12,09) responsável por 53,3% da explicação fenotípica em Bento Gonçalves

e 69,7% em Vacaria. Estes mesmos marcadores identificaram QTL para

data de floração (Tabela 5 e 6), o que de certa forma era esperado, uma vez

que estas características fenotípicas estão associadas e, portanto, genes

que afetam uma têm influência sobre a outra. Apenas em Bento Gonçalves,

no GL 6 foram identificados dois QTLs de menor efeito (LOD 2,73 e 2,64)

distanciados 3 cM que explicam 18,7% e 16,7% de variação fenotípica,

respectivamente. Devido a proximidade destes marcadores é possível que

representem o mesmo QTL. Já em Vacaria, na região terminal do GL 5 foi

identificado um QTL de grande efeito com LOD 6,22, responsável por 74,4%

da variação fenotípica. No genitor ‘Fred Hough’ o mesmo QTL identificado

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59

na extremidade do GL 9 para data de brotação foi associado a data de

floração e a 50% de floração, indicando a alta correlação entre estas

características fenotípicas. Essas caraterísticas encontram-se associadas,

podendo depender dos mesmos fatores genéticos ou são o mesmo caráter

avaliado de maneira distinta.

4.4.4 Distribuição de frequências fenotípicas para os alelos de

um locos associado

No estudo atual, foram avaliadas as diferenças de frequências

fenotípicas para os alelos associados aos locos que apresentaram QTLs

para as características de brotação vegetativa, floração e 50% de floração

(Tabela 8 e Figura 5). A significância foi determinada pelo teste de hipótese

de independência (χ2), no qual o valor do χ2 (calculado) > 20 rejeita a

hipótese nula (H0), de que a ligação dos marcadores seja aleatória.

Alelos dos marcadores TC_447971_Lg9 e TC_465054_Lg9 (genitor

‘M13/91’), em Vacaria, para a característica de data de brotação vegetativa,

mostram clara diferença de distribuição fenotípica com os valores de

χ2(calculado) de 41 e 40 (Tabela 8), respectivamente, separando os

genótipos em dois grupos distintos (Figura 5), evidenciando a associação

significativa entre um dos alelos destes locos avaliados à data de brotação

vegetativa. Alelos destes mesmos marcadores, em Bento Gonçalves,

apresentaram distribuição associada às características de data de floração

(χ2 (calculado) de 68 e 50, respectivamente) e de 50% de floração (χ2

(calculado) de 50 e 52, respectivamente) (Tabela 8). Entretanto, em Vacaria,

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60

para 50 % de floração, estes marcadores, não foram significativos, pois o

valor do χ2(calculado) foi de 7,3 para ambos.

Alelos do marcador TG_1005241_Lg9 (genitor ‘M13/91’), em Bento

Gonçalves, para a característica de data para brotação vegetativa, também

apresentou clara distribuição fenotípica, com χ2 (calculado) de 67. Já para o

genitor ‘M13/91’, um alelo do marcador TC_3010059_Lg9 foi

significativamente associado à característica de data para brotação

vegetativa, com o valor de χ2(calculado) de 21 (Tabela 8). O marcador

TC_34451670_Lg5 (genitor ‘M13/91’, em Vacaria) apresentou valor

calculado do teste de χ2 baixo para data de floração e 50% de floração (1,2 e

1,5, respectivamente) (Tabela 8).

Os resultados indicam que os QTLs ligados aos marcadores,

responsáveis pelas características de data para brotação vegetativa e 50%

de floração, segregam na progênie, sendo que 43 genótipos são comuns

para os dois ambientes avaliados quando se refere à brotação vegetativa.

Além disso, os marcadores destacados em itálico na Tabela 8, doados pelo

genitor ‘M13/91’ (alelos 'm') encontram-se associados à brotação antecipada

em geral (Figura 5).

Com base nesses resultados, fica claro e evidente que a região da

extremidade do GL 9 pode ser explorada para o desenvolvimento de

marcadores genéticos para seleção de genitores e indivíduos com menor

requerimento de frio. A investigação detalhada desta região poderá prover

informações para identificação de haplótipos capazes de identificar com

relativa eficiência os genótipos precoces para as características avaliadas.

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61

TABELA 8. Teste de qui-quadrado (χ2) para hipótese de independência entre categorias das variáveis fenológicas para Bud_Veg (Precoce, Intermediária e Tardia), Bud_Flo (Precoce, e Tardia) e ndFlo(50) (Floração Curta e Floração Longa) e classes de alelos, para Bento Gonçalves e Vacaria, por marcador cuja significância foi destacada nas tabelas 5, 6 e 7 pelo teste K* (Kruskal-Wallis).

Bento Gonçalves

Marcador Classificação

alelos Variável fenológica

Teste de

χ2(calculado)

Prob.

TC_3010059_Lg9 (genitor Fred Hough)

hh,hk,kk Bud_Veg 21,951 0,0002

TG_1005241_Lg9 (genitor M13/91)

ll,lm Bud_Veg 67,526 <0,0001

TC_447971_Lg9 (genitor M13/91)

Bud_Flo 67,667 <0,0001

ll,lm Flo50 50,109 <0,0001

TC_465054_Lg9 (genitor M13/91)

Bud_Flo 50,349 <0,0001

ll,lm Flo50 51,981 <0,0001

Vacaria

Marcador Classificação

alelos Variável fenológica

Teste de

χ2(calculado)

Prob.

TC_34451670_Lg5 (genitor M13/91)

Bud_Flo 1,245 0,2646

ll,lm Flo50 1,495 0,2214

TC_447971_Lg9 (genitor M13/91)

Bud_Veg 41,336 <0,0001

ll,lm Flo(50) 7,304 0,0069

TC_465054_Lg9 (genitor M13/91)

Bud_Veg 40,375 <0,0001

ll,lm Flo50 7,304 0,0069

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62

FIGURA 5. Distribuição da frequência da progênie com relação aos alelos

dos marcadores moleculares cuja significância foi destacada nas tabelas 5, 6 e 7 pelo teste K* (Kruskal-Wallis). Cada gráfico encontra-se indicado pelo respectivo marcador. BG – Bento Gonçalves; Vac – Vacaria; Veg – data de brotação vegetativa; Flo – data de floração; Flo(50) – data de 50% de floração; nn x np, os marcadores segregando a partir de ‘Fred Hough’; lm X ll, os marcadores segregando a partir de ‘M13/91’; e hk x hk, os marcadores segregando para os dois genitores.

0

2

4

6

8

10

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97 107

Dias após data zero

lm ll

0

1

2

3

4

5

6

7

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97 107

Vac_FLO(50) TC_34451670_Lg5

lm ll

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97107

117

127

137

147

157

Número de indivíduos lm ll

0

5

10

15

20

25

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87

Número de indivíduos

BG_Veg TC_3010059_Lg9

hh hk kk

0

5

10

15

20

25

30

35

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97

BG_Veg TG_1005241_Lg9

lm ll

012345678910

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97107

117

127

137

147

157

167

177

lm ll

0

5

10

15

20

25

30

0 7 17 27 37 47 57 67

Número de indivíduos

Dias após data zero

Vac_Veg TC_447971_Lg9/ TC_465054_Lg9

lm ll

0

1

2

3

4

5

6

0 7 17 27 37 47 57 67 77 87 97

Número de indivíduos

Vac_FLO TC_34451670_Lg5

lm ll

Vac_Flo(50) TC_447971_Lg9/TC_465054_Lg9

BG_Flo(50) TC_447971_Lg9/TC_465054_Lg9 BG_Flo TC_447971_Lg9/TC_465054_Lg9

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4.4.5 Genes candidatos

Os marcadores TC_447971_Lg9,TC_465054_Lg9 e

TG_1005241_Lg9 (Tabela 5, 6 e 7), que explicam cerca de 50% ou mais da

variação das características fenológicas analisadas, situam-se

aproximadamente nos primeiros 1.000.000 pares de bases da extremidade

do GL 9. Mais especificamente, nas posições 450674, 467827 e 1008013,

respectivamente. Nesta região, Porto e colaboradores (comunicação

pessoal) identificaram duas sequências cujos transcritos apresentam

semelhança de 42,6% ao gene Flowering Locus C (FLC) de Arabidopsis:

MDP0000126259 - chr9 (início: 695589 pb - fim: 697096 pb), e

MDP0000167381 - chr9 (início: 691905 pb - fim: 695392 pb) (Figura 6).

FLC é um dos principais genes responsáveis pelo controle do tempo

de floração, e é altamente regulado pela exposição ao frio. Um desses

transcritos mostrou expressão diferencial em ‘Castel Gala’, em avaliações de

microarranjos, em resposta ao acúmulo de 168 horas de frio (Porto et al.,

comunicação pessoal). Portanto, o mapeamento de QTLs nesta região do

GL 9 constitui uma evidência adicional e reforça o possível papel destes

genes no controle da brotação e floração em macieira.

A prospecção de genes candidatos para a utilização na SAM em

macieira até o momento identificou um baixo número de candidatos, tais

como, o gene MdMYB10 no locos Rni - co-segregante para cor vermelha da

polpa e da folha de macieira no GL 9 (Chagné et al., 2007), o gene Md-

ACO1 relacionado com a síntese de etileno, identificado a partir de um QTL

no GL 10 associado à firmeza de polpa (Costa et al., 2010).

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Diversos genes envolvidos no ciclo celular foram identificados nas

regiões dos QTLs detectados no GL 9, envolvidos com brotação vegetativa e

florífera (Celton et al., 2011). O que confirma a importância dessa região

cromossômica para as características de brotação.

O presente trabalho contribui para a consolidação das informações

necessárias para o desenvolvimento de ferramentas de seleção assistida e

planejamento de cruzamentos via seleção de genitores de valor agronômico

superior. No entanto, para fundamentar a significância dos QTLs

encontrados para as três características – data de brotação vegetativa, data

de floração e 50% de floração, será necessário confirmar a importância dos

QTLs, e identificar a interação entre os QTLs e os ambientes. Para utilização

posterior desses marcadores moleculares na seleção direta dos caracteres

agronômicos será necessária a validação dos QTLs em outras populações e,

se possível em maior número de ambientes.

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FIGURA 6. Alinhamento das sequências proteicas dos modelos de genes cujos transcritos preditos possuem similaridade de sequência ao gene Flowering Locus C de Arabidopsis thaliana (AtFLC). FLC-like de pera (acesso no GenBank BAI99733.1); MDP0000126259 - chr9 de macieira (início: 695589 pb - fim: 697096 pb); MDP0000167381- chr9 de macieira (início: 691905 pb - fim: 695392 pb). Reproduzido com permissão de Porto (comunicação pessoal).

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5 CONCLUSÕES GERAIS

Os genótipos da população F1 são segregantes para os caracteres

fenotípicos avaliados, datas de brotação vegetativa, de brotação florífera e

50% de floração.

Os mapas genéticos para os genitores da população estudada

possuem 17 grupos de ligação e boa distribuição dos marcadores nestes

grupos, permitindo seu uso para prospecção de QTLs.

A extremidade do GL 9 possui fatores genéticos importantes

associados ao controle do tempo de floração e regulados pela exposição ao

frio, sendo identificados QTLs para as três características avaliadas. No

genitor ‘M13/91’, um QTL de grande efeito associado com as três

características avaliadas foi detectado ligado aos marcadores

TC_447971_Lg9 e TC_465054_Lg9. Já, no genitor ‘Fred Hough’ o QTL está

ligado ao marcador molecular TC_3010059_LG9.

Nesta região do grupo de ligação 9 encontram-se transcritos com

similaridade ao gene Flowering Locus C, de Arabidopsis thaliana.

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7 APÊNDICES

APÊNDICE 1. Croqui com a posição da população no pomar de Bento

Gonçalves – RS.

Fila 2

Fila 3

Legenda: Poste Indivíduo

Pomar de Bento Gonçalves

Pomar pêssegos

Mato

Estrada

Estra

da – Pomar de pêsse

gos

Distância entre plantas: 0,70 m Comprimento total da fila: 70 m Comprimento entre postes: 10m Altura do primeiro fio: 0,70 m Altura do segundo fio: 1,40 m

Fila 1

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Continuação APÊNDICE 1. Croqui com a posição da população no pomar de Vacaria – RS.

Legenda: Poste Indivíduo

Pomar de Vacaria

Fila 2

Fila 1

Mato

Pomar clones

Distância entre plantas: 0,70 m Comprimento total da fila: 70 m Comprimento entre postes: 10m Altura do primeiro fio: 0,70 m Altura do segundo fio: 1,40 m

Sede

Fila 1

Fila 2

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APÊNDICE 2. Número de horas com temperatura ≤ 7,2°C no pomar da Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves-RS, para o Ano 2011.

Número de horas com temperatura ≤ 7,2°C no pomar da Embrapa Uva e Vinho, Vacaria-RS, para o Ano 2011.

0 1

120

290

434472

474

0

120

240

360

480

600

0

24

48

72

96

120

144

168

192

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Horas de frio acumuladas

Horas de frio

mensal

mensal acumulado

2

110

374

553

744863 885

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

0

50

100

150

200

250

300

Abr Mai Jun Jul Ago Set Out

Horas de frio acumuladas

Horas de frio

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APÊNDICE 3. Temperatura mínima e máxima observadas, média mensal (°C) e precipitação pluviométrica - total mensal em mm, em Bento Gonçalves, RS, em 2011. Fonte dos dados brutos: INMET.

Temperatura mínima e máxima observadas e média mensal (°C) e precipitação pluviométrica - total mensal em mm, em Vacaria, RS, em 2011. Fonte dos dados brutos: INMET.

0

50

100

150

200

250

300

350

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Chuva (mm)

Temperatura (°C)

Chuva (mm) Temperatura mínima observada

Temperatura máxima observada Temperatura média

0

50

100

150

200

250

300

350

-10

-5

0

5

10

15

20

25

30

35Chuva (mm)

Temperatura (°C)

Chuva (mm) Temperatura mínima observada

Temperatura máxima observada Temperatura média

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APÊNDICE 4. Graus-dia diário e acumulado de 01/08/11 a 31/01/12. Em Bento Gonçalves-RS, em 2011/ 2012.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

0

5

10

15

20

25

1/8/2011

6/8/2011

11/8/2011

16/8/2011

21/8/2011

26/8/2011

31/8/2011

5/9/2011

10/9/2011

15/9/2011

20/9/2011

25/9/2011

30/9/2011

5/10/2011

10/10/2011

15/10/2011

20/10/2011

25/10/2011

30/10/2011

4/11/2011

9/11/2011

14/11/2011

19/11/2011

24/11/2011

29/11/2011

4/12/2011

9/12/2011

14/12/2011

19/12/2011

24/12/2011

29/12/2011

3/1/2012

8/1/2012

13/1/2012

18/1/2012

23/1/2012

28/1/2012

Graus-dia acumulados (°C)

Graus-dia diários (°C)

GD GD acumulados

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continuação APÊNDICE 4. Graus-dia diário e acumulado de 01/08/11 a 31/01/12. Em Vacaria-RS, em 2011/ 2012.

0

500

1000

1500

2000

2500

0

5

10

15

20

25

1/8/2011

6/8/2011

11/8/2011

16/8/2011

21/8/2011

26/8/2011

31/8/2011

5/9/2011

10/9/2011

15/9/2011

20/9/2011

25/9/2011

30/9/2011

5/10/2011

10/10/2011

15/10/2011

20/10/2011

25/10/2011

30/10/2011

4/11/2011

9/11/2011

14/11/2011

19/11/2011

24/11/2011

29/11/2011

4/12/2011

9/12/2011

14/12/2011

19/12/2011

24/12/2011

29/12/2011

3/1/2012

8/1/2012

13/1/2012

18/1/2012

23/1/2012

28/1/2012

Graus-dia acumulados (°C)

Graus-dia diários (°C)

GD GD acumulados

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APÊNDICE 5. Período para queda de folhas 10%, 50% e 100% dos genótipos do pomar de Bento Gonçalves de 17/05/2011 a 16/11/2011. A data zero é dia 17/05/2011.

Genótipos

Dias após data zero

Mai Jun Jul Ago Set Out Nov