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0 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Ciências Biológicas Projeto de Extensão Grupo Viveiros Comunitários - GVC Projeto de Extensão [33823] - CONHECENDO A AGROBIODIVERSIDADE NATIVA NA CIDADE E NO CAMPO Fabrício Dutra, Luana Gertz Maia, Luana Pereira Souza, Valeria Lang, Thais Padilha, Iana Scopel Van Nouhuys, Carolina Alff, Julia Kuse, Paulo Brack, Erika Petzhold, Natasha Magni, Lucas Melo, Lúcio Gastal. Porto Alegre, 2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Instituto de Ciências Biológicas

Projeto de Extensão Grupo Viveiros Comunitários - GVC

Projeto de Extensão

[33823] - CONHECENDO A AGROBIODIVERSIDADE NATIVA NA CIDADE E

NO CAMPO

Fabrício Dutra, Luana Gertz Maia, Luana Pereira Souza, Valeria Lang,

Thais Padilha, Iana Scopel Van Nouhuys, Carolina Alff, Julia Kuse, Paulo

Brack, Erika Petzhold, Natasha Magni, Lucas Melo, Lúcio Gastal.

Porto Alegre, 2017

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Sumário

1. Introdução _________________________________________________ 2.

3. Atividades Desenvolvidas ____________________________________ 4. 3

2.1. Mutirão de início de semestre no Viveiro Bruno Irgang (22 de março de 2017) ____________________________________________________________

4

2.2. Subida ao Morro Santana (7 de abril de 2017) – Semestre 2017/1______ 4

2.3. Participação no Portas Abertas (20 de maio de 2017)________________ 5

2.4. Participação na Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) (3 de junho de 2017) GVC e UVAIA ________________________________________________

7

2.5. Participação do Projeto de horta escolar no colégio La Salle, Niterói, Canoas, RS (21 de junho de 2017)___________________________________

7

2.6. Festa de Inverno na família e Agroindústria Bellé e feira de Sementes Crioulas em Ipê (19 e 20 de agosto)

10

2.7. Visita de Turma do EJA - Aplicação no VBI (23 de agosto) ___________ 15

2.8 Participação no “III Congreso de Extensión Universitaria de AUGM” em Santa Fé, na Argentina (6 a 9 de setembro) ____________________________

16

2.9. Participação do GVC na FAE na Semana da Árvore ( 23 de setembro de 2017) ____________________________________________________________

17

2.10. Visita da Escola - o Centro Integrado de Desenvolvimento (CID), ao Viveiro Bruno Irgang_______________________________________________

19

2.11. Participação de Oficina Conhecendo e Cozinhando com PANC (Salão de Extensão da UFRGS) (19 de outubro)_____________________________

24

2.12 Participação na realização do Minicurso o Papel Estratégico da Flora do RS (9 a 11 de novembro) ________________________________________

24

2.13. Comemoração dos 20 anos do Grupo Viveiros Comunitários, junto ao ARTEBIO (6 de dezembro)_________________________________________

25

2.14. Visita à Aldeia Sol Nascente em Torres13 de dezembro_____________ 27

2.15. Publicação Revista da Extensão da UFRGS, “Grupo Viveiros Comunitários: 20 anos em prol da biodiversidade”, Nov. 2017 / N° 15 ____

28

2.16. Elaboração do Manual de Viveirismo Comunitário_________________27

3. Considerações Finais ___________________________________________ 29

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Introdução

O presente relatório refere-se às atividades desenvolvidas durante o ano de

2017, através da ação de extensão pelo projeto “Conhecendo a Agrobiodiversidade

Nativa na Cidade e no Campo”. O objetivo do projeto é a promoção, debate e resgate

de temas sobre a agrobiodiversidade nativa, através de feiras, oficinas e eventos com

público da cidade e do campo, com agricultores, gestores públicos, comunidades

tradicionais, estudantes, técnicos e público em geral.

Essa ação possibilitou a continuidade dos trabalhos do Grupo Viveiros

Comunitários (GVC), que reúne projetos de extensão, ensino, pesquisa e

comunicação. Neste ano de 2017, o projeto completou 20 anos de existência, atuando

no Instituto de Biociências da UFRGS desde 1997.

O Viveiro Bruno Irgang (VBI), implementado em 2004 no Campus do Vale da

UFRGS, possui aproximadamente 1500 mudas, muitas das quais são da flora nativa

do estado. Nosso desafio é a contínua tarefa sensibilizadora do GVC que, em seus 20

anos dentro da Universidade, constrói junto as comunidades envolvidas, no campo e

na cidade, com diferentes projetos, com público diversificado de matizes tão

contrastantes, com destaque a agricultores agroecológicos, estudantes e comunidades

tradicionais, com os quais o GVC já vem desenvolvendo trabalhos desde seu início.

Tendo como principais atividades no VBI a manutenção, acompanhamento e

desenvolvimento do espaço de viveiro e jardim guardião da agrobiodiversidade,

localizado atrás do Diretório Acadêmico do Instituto de Biociências – DAIB, também

seu parceiro, junto ao prédio 43463, no Instituto de Biociências da UFRGS. O VBI

representa um pequeno local de resistência e autoafirmação que por ser de suma

importância para espécies nativas, através da produção de mudas, manutenção e

preservação de importantes espécies da flora nativa do Estado, abrangendo mais de

100 espécies de plantas nativas, com dezenas de espécies ameaçadas do Rio Grande

do Sul.

Os trabalhos do GVC também possuem parceria com outros grupos, como o

DESMA – Núcleo de Estudos em Desenvolvimento Rural Sustentável e Mata Atlântica

(Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Sustentável – PGDR), Grupo

UVAIA (estudantes de Agronomia) e PET - Biologia, ambos de nossa Universidade e

que atuam na conservação e uso sustentável da biodiversidade. Os canteiros que são

desenvolvidas atividades de manejo do VBI também são laboratórios vivos e podem

oferecer excelente material didático para aulas práticas de Botânica.

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1. Atividades desenvolvidas

Durante o ano de 2017 foram realizadas diversas atividades, dentre elas

cursos, oficinas, visitas a escolas do município de Porto Alegre, atividades de

educação ambiental, e a participação em feiras e eventos.

Entre as atividades de educação ambiental foi realizada visita ao colégio La

Salle Niterói, em Canoas, onde foi realizada a construção de uma horta de plantas

medicinais. Também foram realizadas duas visitas de escolas ao VBI, onde

recebemos alunos do EJA do Colégio de Aplicação da UFRGS e do Centro Integrado

de Desenvolvimento (CID).

O GVC participou do Projeto da UFRGS, denominado Portas Abertas, e do

Salão de Extensão da UFRGS, contribuindo com a atividade em duas oficinas. A

oficina Conhecendo a Flora Arbórea de Porto Alegre abordou as diferentes vegetações

que encontramos no município e espécies estratégicas para arborização. Já a oficina

Conhecendo e Cozinhando com PANC, teve o foco na identificando as espécies de

PANC e confecção de receitas. Também seus membros participaram de alguns

eventos fora da universidade, ao longo do ano de 2017, como o III Congreso de

Extensión Universitaria de AUGM” em Santa Fé, na Argentina, onde tivemos a

oportunidade de conhecer os trabalhos de extensão desenvolvidos pelas diversas

universidades latino-americanas em diferentes países, além de mostrar o trabalho

desenvolvido pelo grupo e troca de saberes. Também estivemos presentes na 7º

Festa de Sementes Crioulas em Ipê e a Festa de Inverno da Família Bellé em Antônio

Prado, família pioneira em agroecologia.

Os mutirões organizados pelo GVC consistem em atividades para a

manutenção e incremento de plantas e de melhores condições para as plantas do

Viveiro VBI, como a manutenção, capina dos canteiros, semeio e transplante de

mudas. Foi realizada a construção de uma estrutura de irrigação por aspersão e novas

estruturas para proteção dos canteiros, assim fornecendo sombreamento às mudas

em processo de rustificação.

Reuniões de planejamento e análise das atividades foram realizadas, pelo

menos quinzenalmente, pelo grupo de extensão, sempre tentando-se incorporar novos

atores para estas atividades.

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2.1. Mutirão de início de semestre no Viveiro Bruno Irgang (22 de março

de 2017) Na quarta-feira, 22 de março de 2017, foi realizado um mutirão no Viveiro Bruno

Irgang, cujo foco foi a manutenção e manejo de canteiros. A vegetação herbácea, que

estava alta, fora mantida no verão para proteger o solo e outras plantas contra a

dessecação foram roçadas. A matéria orgânica, proveniente da roçada, foi colocada

sobre os canteiros e utilizada para a cobertura da composteira. Parte do espaço de

rustificação foi reorganizado, e mudas grandes, com urgência em serem plantadas ou

transplantadas para vasos maiores, foram separadas para serem trabalhadas ou

destinadas a ocupações verdes (plantios comunitários de áreas com déficit de

arborização) futuras. Mudas por demais ressecadas ou que aparentavam fraqueza

foram colocadas sob sombrite para um melhor acompanhamento. Algumas passaram

por poda de condução. Estas atividades, em geral, são compartilhadas com

estudantes de Biologia e eventualmente de outros cursos, como forma de divulgar a

cultura do manejo e cuidados com um viveiro, em especial que contém espécies

nativas de usos múltiplos. Além de integrantes do GVC, participaram estudantes

recém ingressos no curso de Ciências Biológicas da UFRGS, um membro do grupo

UVAIA (Agronomia UFRGS), e um estudante do curso de Agroecologia da

Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Foram repicadas plântulas de uvaia (Eugenia pyriformis) e estacas de ora-pro-

nóbis (Pereskia aculeata), plantas que vão fazer parte de doações, trocas ou mesmo

plantios em áreas necessitadas, com comunidades.

2.2. Subida ao Morro Santana (7 de abril de 2017) – Semestre 2017/1 A subida ao morro Santana marcou o início do primeiro semestre de 2017 da

Biologia, com a participação de mais ou menos 70 pessoas. Ocorreu a tradicional roda

de conversa no Viveiro Bruno Irgang (VBI), para dar uma breve introdução sobre a

importância dessa atividade dentro da universidade. Esse morro representa um dos

remanescentes de área natural de Porto Alegre, sendo o ponto mais alto da capital.

Conhecê-lo e estudá-lo é uma forma de valorizarmos a rica biodiversidade que o

compõe.

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A subida acontece há 12 anos, e é organizada com a iniciativa e empenho dos

alunos da Biologia. Durante a trilha há enfoque nas diversas áreas do curso. O GVC

evidenciou a constituição florística e paisagística do Morro Santana, em área

pertencente à UFRGS e destinada à Conservação. As atividades desenvolvidas

incluem a identificação botânica e, ao mesmo tempo, destacam-se os principais

problemas que afetam as riquezas desse lugar: a especulação imobiliária do entorno,

voçorocas provocadas por trilhas de motoqueiros em áreas inadequadas para esta

finalidade, a presença de espécies exóticas invasoras, falta de planejamento urbano e

a falta de incentivo para a preservação do Morro.

2.3. Participação no Portas Abertas (20 de maio de 2017) A atividade “UFRGS - Portas Abertas” tem a proposta de receber alunos de

ensino médio e comunidade para conhecer a universidade, seus cursos, laboratórios,

espaços de pesquisa, ensino e extensão. O Grupo Viveiros Comunitários participou da

atividade através de uma mostra ao ar livre realizada no espaço do Viveiro Bruno

Irgang, onde os visitantes puderam conhecer as atividades desenvolvidas pelo grupo

na extensão e pesquisa, e se aproximar da rotina de um viveiro comunitário de mudas.

Através de um passeio pelo VBI, foram apresentadas aos visitantes diversas

espécies nativas com enfoque no potencial alimentício, medicinal e econômico, onde

alguns alimentos foram disponíveis para apreciação e degustação, como frutos da

espécie de bromélia Bananinha-do-Mato (Bromelia antiacantha).

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Fig. 1. Banca com sementes de diversas plantas e livros.

Fig. 2. Integrantes do GVC divulgando a agrobiodiversidade nativa para

visitantes.

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2. 4 Participação na Feira dos Agricultores Ecologistas (FAE) ( junho de

2017) GVC e UVAIA

O Grupo Viveiros Comunitários e o Grupo UVAIA participaram da Feira de

Agricultores Ecologistas no Parque Farroupilha, em Porto Alegre. Na banca de

divulgação dos projetos foram expostas e doadas mudas de arbóreas nativas e

plantas alimentícias não convencionais como Juçara (Euterpe edulis), cerejeira-do-

mato (Eugenia involucrata), guabiju (Myrciantes pulgens), araçá (Psidium cattleianum),

pitanga (Eugenia uniflora), jerivá (Syargus romanzzofiona), ora-pro-nobis (Pereskia

aculeata), bertalha (Anredera cordifolia) e bananinha-do-mato (Bromelia antiacantha).

Também foram preparados pães de ora-pro-nóbis, suco e xarope de bananinha-

do mato para degustação dos feirantes e, junto a apreciação dos alimentos

preparados, foi realizada uma conversa sobre a utilização e potencial econômico da

flora nativa. Foram doadas sementes de espécies frutíferas nativas e sementes

crioulas de cereais.

2.5. Participação do Projeto de horta escolar no colégio La Salle, Niterói,

Canoas, RS (21 de junho de 2017)

Na manhã do dia 21 de junho de 2017, o Grupo Viveiros Comunitários visitou a

escola La Salle Niterói Canoas, a convite de Bruno Correa, biólogo docente, para

auxiliar no inicio do projeto da nova horta didática de plantas medicinais.

Começamos com uma apresentação do GVC e breve explanação sobre usos,

características das plantas que seriam usadas na horta de plantas medicinais e como

esta horta de uso medicinal poderia ser usada para fins didáticos, assim oportunizando

maior conhecimento e conservação dos recursos naturais, propiciando aproximação

dos alunos envolvidos, sendo possível elucidar o uso de plantas medicinais pelos

participantes das atividades, promovendo uma alternativa eficaz e acessível para

colaborar no tratamento das enfermidades simples que assolam o cotidiano de muitos,

como dor de cabeça, estresse, lesões superficiais na pele, dores de estômago e

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insônia, uma vez que o conhecimento tradicional de plantas com propriedades

fitoativas ou PANCs tem sido perdido no decorrer dos tempos.

Com participação dos próprios alunos do ensino básico da Escola La Salle

Niterói Canoas, uma capina superficial foi realizada, a montagem do local de inserção,

um canteiro de 4m x 1.20m, o plantio de algumas mudas de capuchinha (Tropaeolum

majus), beldroega (Anredera cordifolia), bálsamo (Cotyledon orbiculata), babosa (Aloe

vera), Erva-cidreira (Melissa officinalis), capim cidreira (Cymbopogon citratus),

penicilina (Alternanthera brasiliana) e ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), foi efetuado,

com espaçamentos variáveis não uniformes, permitindo o contato direto dos alunos e

alunas com as plantas, assim como sensibilizando-os por fazerem parte da

implantação.

Vale ressaltar que atividades como esta, de extensão - um dos três pilares de

uma instituição de ensino superior - nem sempre é valorizada, sendo necessário

reforçar as atividades e garantir o acesso ao conhecimento mesmo àqueles que não

usufruem formalmente do espaço acadêmico.

Por fim, exemplares da cartilha das Plantas Alimentícias Não Convencionais

(PANCs) foram disponibilizadas para a biblioteca da escola, onde constam as

informações sobre as plantas, tais como descrição botânica, suas propriedades, seus

usos, e fotos ilustrativas das plantas abordadas.

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Fig. 3. Roçada dos canteiros.

Fig. 4. Integrante do GVC Fabrício Dutra explicando sobre as plantas.

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Fig. 5. Área antes da capina.

2.6. Festa de Inverno na família e Agroindústria Bellé e feira de Sementes

Crioulas em Ipê (19 e 20 de agosto) Nos dias 19 e 20 de agosto aconteceram dois eventos de muita

importância que envolvem soberania alimentar: a 7º Festa de Sementes

Crioulas em Ipê e a Festa de Inverno da Família Bellé em Antônio Prado. A

feira de sementes reuniu diversos grupos agroecológicos, artesãos e artesãs,

produtores, famílias de agricultura familiar e pessoas interessadas pela

agrobiodiversidade. O Grupo Viveiros Comunitários expôs produtos da

agrobiodiversidade com a Família Bellé no evento em Ipê, levando o tema das

PANC para população, assim como sucos de frutas nativas do RS e sementes

para trocas. As PANC e as frutas nativas são produtos que a família Bellé

trabalha, e os produtos apresentados eram da propriedade desta família.

Levamos como exemplares algumas plantas comestíveis, (como o peixinho-da-

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horta (Stachys byzantina), jambu (Acmella oleracea), urtiga, dentre outras),

para mostrar à comunidade as plantas não convencionais que podem ser

consumidas na alimentação, bem como suas propriedades nutricionais.

Também vendemos os sucos e polpas que a família produz, dentre elas a

guabiroba (Campomanesia xanthocarpa), butiá (Butia odorata) e ananás

(Ananas bracteatus).

Na propriedade dos Bellé, em Antonio Prado, comemoramos o aniversário

da matriarca Aldaci Bellé num jantar incrível com alimentos agroecológicos e

saudáveis, e celebramos esse momento de resistência juntxs. O GVC, há muito

tempo, vem construindo esse vínculo afetivo e de trabalho com a família Bellé,

apoiando sua luta no campo com alimentos agroecológicos, biodiversos,

utilizando plantas e frutas nativas da flora do RS e Brasil. Dessa forma, é

sempre um prazer poder trabalhar com essa família, aumentando nossas redes

e fortalecendo essa e outras famílias que lutam contra esse sistema opressivo

de produção baseado em venenos e monocultivos e que prezam pela

alimentação saudável à toda população.

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Fig. 6. Mostra de produtos da Agroindústria Bellé, no encontro de sementes

crioulas, em Ipê

Fig. 7. Mostra de plantas alimentícias não convencionais no encontro de

sementes crioulas, em Ipê

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Fig. 8. Apreciação de sucos de frutas nativas na Feira de sementes crioulas, em

Ipê

Fig. 8. Produtos da Agrobiodiversidade na Feira de sementes crioulas, em Ipê

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Fig. 9. Sementes crioulas de milhona Feira de Sementes crioulas, em Ipê

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2.7. Visita de Turma do EJA (Educação de Jovens e Adultos)- Aplicação

no VBI (23 de agosto)

No dia 23 de agosto o Viveiro Bruno Irgang recebeu a visita da turma de EJA do Colégio

de Aplicação da UFRGS. Conversamos sobre o funcionamento e as práticas do

Viveiro, sobre plantas alimentícias não convencionais (PANC) e também a respeito da

experiência dos alunos com hortas e o seu carinho pelas plantas.

Fig. 10. Mostra e preparos de confecção de mudas, com visitantes

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Fig. 10. Visitantes da EJA acompanhando preparos de confecção de mudas

2.8. Participação no “III Congreso de Extensión Universitaria de AUGM”

em Santa Fé, na Argentina (6 a 9 de setembro)

O GVC esteve presente no congresso de extensão da AUGM ( uma

associação entre universidades públicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,

Paraguai, e Uruguai), compartilhando saberes e mostrando um pouco do

trabalho do grupo em terras argentinas.

No primeiro dia, as atividades começaram logo pela manhã reunindo

diversos extensionistas da América Latina. Os projetos ou grupos de extensão

eram direcionados para salas específicas de acordo com suas áreas de

enfoque; Nossa apresentação foi baseada nas atividades que o grupo vem

realizando nos seus 20 anos de existência e nos objetivos e pautas que

baseiam nosso trabalho. Fizemos duas apresentações do pôster e, no segundo

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dia, ao final das apresentações, ocorreu uma mesa redonda com todxs

participantes da nossa seção onde discutimos sobre extensão na universidade,

desafios e objetivos, etc. Foi uma conversa calorosa e instigante, muito

proveitosa e importante para a troca de saberes entre os grupos. Pudemos

notar que o Grupo Viveiros Comunitários realiza um trabalho singular pois,

nossa forma de organização é autônoma e comunitária, produzindo

aprendizados a cada atividade realizada.

Fig. 10 – Apresentação levada à Córdoba

2.9. Participação do GVC na FAE na Semana da Árvore ( 23 de setembro

de 2017)

O GVC há alguns anos vem participando da Feira de Agroecologista (FAE) na

Redenção, aos sábados de manhã. Aproveitamos o dia da árvore (21 de setembro),

para levar essa informação à comunidade, divulgando as espécies arbóreas nativas do

RS. Dessa forma, levamos para a feira algumas mudas que trabalhamos no nosso

viveiro, dentre elas o Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Jussara (Euterpe edulis),

Cerejeira-do-Mato (Eugenia involucrata), Pitanga (Eugenia uniflora), Erva Mate (Ilex

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paraguariensis), Camboatá (Cupania vernalis), dentre outras. Além das espécies

arbóreas, levamos também mudas de PANC, como Ora-pró-nobis (Pereskia aculeata),

Begonia (Begonia cucullata), bertalha (Arendera cordifolia) e bananinha-do-mato

(Bromelia antiacantha), cartilhas e folders. Preparamos bolo com panc (de bertalha,

ora-pro-nobis, capuchinha (Tropaeolum majus) e cúrcuma (Curcuma longa)) e

maionese de chuchu com alho nirá (Allium tuberosum) e jambu (Acmella oleracea),

para as pessoas experimentarem e assim conhecerem novas formas de cozinhar e

consumir estas plantas tão nutritivas mas pouco utilizadas.

Fig. 11. Banca do Projeto de Extensão com GVC na Feira

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Figura 12. Material do Projeto de Extensão na Feira (FAE), em Porto Alegre

2.10. Visita da Escola - o Centro Integrado de Desenvolvimento (CID), ao

Viveiro Bruno Irgang

No segundo semestre de 2017 o Centro Integrado de Desenvolvimento

(CID), escola de educação infantil e ensino fundamental trouxe seus alunos de

1º à 5º ano para conhecer o Viveiro Bruno Irgang. Conversamos com as

crianças sobre a importância das espécies nativas e de um meio ambiente

saudável, as crianças experimentaram PANCs e relataram suas experiências

com frutas nativas. Por fim, foram realizadas atividades com as turmas de

alunos mais velhos a fim de se repicar mudas, e as de alunos mais jovens

fizeram caixas sementeiras e plantaram sementes.

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Fig. 13. Crianças visitando o viveiro e canteiros biodiverso do Projeto no Campus do

Vale

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Fig.14. Crianças percorrendo espaços d o viveiro e canteiros biodiverso do Projeto no

Campus do Vale

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Fig. 15. Demonstração das etapas de produção e preparo das mudas

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Fig.16. Observação das Crianças nos espaços do viveiro (VBI) no Projeto no Campus do Vale

Fig. 17 Participação de Oficina Conhecendo e Cozinhando com PANC

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2.11. Participação de Oficina Conhecendo e Cozinhando com PANC

(Salão de Extensão da UFRGS) (19 de outubro)

No dia 19 foi realizada a oficina, a partir de uma trilha no Campus do Vale

identificando-se as espécies de plantas alimentícias que ocorrem em jardins e

caminhos, fazendo-se a coleta de algumas espécies para confeccionar receitas. Após

a trilha fomos para o Diretório Acadêmico de Biociências onde foram realizadas os

preparos de alimentos a partir de receitas, com degustações. O cardápio foi composto

por pão de urtiga, creme de abóbora com capuchinha, pastinha de ora-pro-nobis e

beldroega. Durante a degustação foi realizada uma roda de conversa sobre

alimentação e uso das PANC no dia-a-dia das pessoas.

2.12 Participação na realização do Minicurso o Papel Estratégico da Flora

do RS (9 a 11 de novembro) O minicurso, que está mais inserido no Projeto de Extensão Divulgação da Flora

Nativa, teve a participação de membros da presente ação de extensão, tendo sido

realizado no anfiteatro do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências. As

atividades iniciaram-se na quinta-feira (9/11) às 18h, tendo sido discutido o cenário da

contradição da economia convencional com a natureza, e suas as perspectivas frente

ao atual estado de perda da flora nativa do Estado e prejuízo das condições de uso e

conservação destes nossos recursos naturais renováveis. O tema inicial foi o papel da

flora na bio sustentabilidade e funcionalidade ecossistêmica para o desenvolvimento

local e regional.

No dia 10/11, o professor João André Jarenkow abordou as informações em

bancos de dados sobre a flora nas diferentes formações fitossociológicas do estado,

com enfoque nas espécies arbóreas madeiras e seus usos. No mesmo dia, a

professora Mara Rejane Ritter abordou a importância das espécies medicinais

nativas, focando em seus usos e potencialidades. No sábado, 11/11, foi realizada uma

visita ao Jardim Botânico da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, onde foi

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possível conhecer as coleções in situ e ex situ da flora arbórea nativa do estado, além

do viveiro do JB.

2.13. Comemoração dos 20 anos do Grupo Viveiros Comunitários, junto

ao ARTEBIO (5 a 8 de dezembro) Nos dias 5, 6, 7 e 8 aconteceu na biologia da UFRGS o Artebio, movimento

autônomo organizado há mais de 30 anos por estudantes de biologia, e que procura

utilizar, nesse encontro, a arte e expressões culturais incompreendidas e/ou tão

reprimidas na nossa sociedade e nos meios acadêmicos voltados para a Ciência.

Juntamente com o DAIB (Diretório da Biologia), festejamos os 20 Anos de grupo

Viveiros Comunitários, momento histórico, por ser um grupo que segue há muito

tempo na resistência, lutando pelas plantas nativas, agroecologia e junto com

comunidades diversas.

Teve subida no Morro Santana com o biólogo Msc. Martin Grings. Esta subida

ocorre desde 2004 e foi uma iniciativa proposta de Martin e de outros estudantes de

(re)conhecer esse morro que exercer funções ecossistêmicas essências, de uma área

que está tão perto de nós, mas poucas pessoas têm conhecimento da sua

importância.

Teve feirinha com a participação da Família Bellé, que veio de Antônio Prado,

trazendo frutas nativas, sucos e PANCS, e também a participação de Mulheres da

Terra, do Assentamento filhos de Sepé (Viamão). Com alimentos agroecológicos e

sem agressões a terra, essas feirinhas são uma das formas de apoiar essas pessoas

que resistem diariamente no campo contra esse sistema hegemônico de produção

alimentar.

Teve roda de conversa com integrantes antigos e atuais do GVC relembrando

momentos essenciais. Cada pessoa que passou nesse grupo e pelo viveiro

possibilitou ser o que é hoje: Um espaço lindo dentro da Universidade, biodiverso e

autogestionado. Com alimentos agroecológicos e sem agressões à terra, essas

feirinhas são uma das formas de apoiar pessoas que resistem diariamente no campo

contra o sistema agrícola hegemônico de produção alimentar. Houve uma roda de

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conversa com integrantes antigos e atuais do GVC, relembrando momentos especiais

e o lançamento do “Manual de Viveirismo Comunitário” do GVC, para 2018.

Houve a participação também do Coletivo de Mulheres e Grupo Musical Toque

de Comadre, desde a Comunidade Caminho do Meio, localizada entre Porto Alegre e

Viamão. Logo após, à noite, apresentou-se o grupo de música “Butia Dub”, que é uma

banda formada em grande parte por biólogos, ex-membros do GVC, que muito

contribuíram para frutificar o grupo, desde as “sementes” plantadas no DAIB e no

Viveiro Bruno Irgang.

Consideramos importante a continuidade destes espaços acadêmicos para dar

voz a quem não é ouvido, trazer biodiversidade e arte, já que precisamos tanto desse

fortalecimento em momentos de resistência e luta pela vida sociobiodiversa.

Fig. 16: Roda de conversa com os integrantes antigos e atuais na comemoração dos 20 anos do GVC.

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2.14. Visita à Aldeia Sol Nascente em Torres13 de dezembro

No dia 13 de dezembro foi realizada uma visita a Aldeia Indígena Mbya

Guarani “Sol Nascente”, em Torres, com objetivo de doar mudas nativas do RS de

interesse indígena. Não houve o plantio das mudas pois o período não era o ideal,

sendo o verão muito seco e quente para tal atividade.

Foram doadas mais de 20 mudas nativas, de diversas espécies, como Erva-

mate (Ilex paraguariensis), Jerivá (Syagrus romanzoffiana), Pau-leiteiro (Sapium

glandulosum), etc. As quais seriam plantadas pelos próprios integrantes na Aldeia em

período adequado.

Fig. 16: GVC na Aldeia Sol Nascente em Torres.

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2.15. Publicação1 Revista da Extensão da UFRGS, “Grupo Viveiros

Comunitários: 20 anos em prol da biodiversidade”, de Nov. 2017 / N° 15

A publicação dá destaque aos 20 anos de projetos de Extensão que foram cunhado

com o nome de Grupo Viveiros Comunitários, ligado à iniciativa de estudantes da

Biologia da UFRGS, abrigados em ações de extensão do Departamento de Botânica.

2.16. Elaboração do Manual de Viveirismo Comunitário

O Manual foi elaborado em 2017, e está sendo finalizado no início de

2017, tendo por finalidade levantar orientações básicas para a prática de

viveirismo comunitário, com espécies nativas e enfoque não produtivista, é

possível e que semear é um ato de amor e dedicação, crucial para a

biodiversidade florística nesses tempos difíceis O intuito é estimular a produção

de mudas de usos múltiplos, incluindo a conservação da biodiversidade, a

agricultura urbana, a restauração das matas e dos processos ecológicos

necessários. Inicialmente, será lançado em PDF e será de livre acesso.

Fig. 17. Parte da Publicação do Projeto

1 https://www.ufrgs.br/prorext/wp-content/uploads/2017/12/EXT_RevExt_N15_2017_paraSiteProrext.pdf

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5. Considerações Finais

Com a concretização das atividades de extensão do ano de 2017, com a

realização de diversas ações de promoção da agrobiodiversidade nativa na cidade e

no campo, acreditamos que, nestes 20 anos de GVC, estejamos nos gabaritando para

nos constituirmos em espaço que vai além de um viveiro, mas um espaço de

formação, que inclui grupos de viveiristas aprendizes, que já podem ser reconhecidos,

junto ao Viveiro Bruno Irgang e canteiros biodiversos, como guardiões da flora nativa

e da agrobiodiversidade.

A temática de produção, troca, doação e plantio de mudas, em interação com

diferentes atores, vai além da conservação biológica, mas tenta enfrentar e colaborar

que, conjuntamente e futuramente, possamos superar o paradigma que destrói a

natureza e a vida diversa. Hoje os sistemas produtivos agroecológicos (conservação

on farm), a agricultura urbana e os processos de emancipação de grupos sociais são

elementos que movem nossos projetos em seus aspectos plurais e dinâmicos. As

atividades realizadas, como oficinas, práticas de educação ambiental, visitas a escolas

e comunidades são avaliadas como avanços paulatinos para fortalecermos a

comunicação necessária entre a academia e diferentes grupos da população que

demandam esta relação necessária..

A partir do presente Relatório do Projeto de Extensão, nossas experiências

servirão como sustentáculo para fortalecer a dinâmica buscada pelo GVC,

incorporando e apoiando estudantes com bolsas que garantam seu envolvimento

maior, a manutenção de um espaço de aperfeiçoamento futuros profissionais em boa

interlocução com a população nas temáticas da sociobiodiversidade.

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Anexo 1 (5 primeiras páginas)

MANUAL DE VIVEIRISMO

COMUNITÁRIO

Cultivando a biodiversidade

em pequenos espaços

GRUPO DE EXTENSÃO VIVEIROS

COMUNITÁRIOS – Instituto de Biociências UFRGS

2017

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Espaço reservado a ficha da biblioteca e demais

informações sobre o manual

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Nomes que participaram dessa construção

Cassio Rabuske da Silva

Carolina Alff

Daniele Casali

Fabricio Paris Dutra

Iana Scoppel

Luana Gertz Maia

Luana Souza

Natasha Nonemacher Magn

Paulo Brack

Thais Padilha

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Sumário

1. Iniciando um viveiro de base ecológica e comunitária 08

1.1. Viveirismo Comunitário: uma definição conceitual importante 08

1.2. Cultivando a biodiversidade, a agrodiversidade e as variedades

regionais

12

1.3. Montando o viveiro: a escolha do espaço 18

1.4. Ferramentas úteis ao viveirista 19

1.5. Método de trabalho e divisão do espaço: germinação,

desenvolvimento e rustificação

22

1.6. Composteira 24

2. Manejo e manutenção 26

2.1. Substrato: húmus, argila e areia 26

2.2. Sementes e sementeiras: a arte de fazer berçinhos 28

2.3. Escolha de matrizes e triagem dos propágulos 33

2.4. Fichas de registro: acompanhando o desenvolvimento vegetal 35

2.5. Repique: barbadas e roubadas 36

2.6 Identificação das mudas 39

2.7 Transplante: troca de saquinhos ou vasos 42

2.8 Acompanhando o desenvolvimento de mudas 43

2.9 Poda de condução 44

2.10 Desbaste e estabilização 46

2.11 Rustificação 50

2.12 Rega 50

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3. A gestão do viveiro comunitário 52

3.1. Autogestão 52

3.2 Encontros formais 54

3.3 Organização das tarefas práticas diárias 54

3.4 Organização de projetos e demais atividades 56

3.5 Atividades de integração 58

3.6 Onde vão parar as mudas? 59

4. Anexos 62

4.1. As espécies-chave no viveirismo comunitário: estudo de caso da

Bromelia antiacantha (bananinha-do-mato)

62

4.2. Conclusões do I Encontro de Viveiros de Plantas Nativas do Rio

Grande do Sul

67

4.3. Modelo de ficha de acompanhamento de espécies vegetais 76

5. Bibliografia 78