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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL AVALIAÇÃO INICIAL DE EUCALIPTO CONSORCIADO EM DIFERENTES ARRANJOS ESPACIAIS DE FEIJÃO-CAUPI KLEVERSON PORTILHO VIEIRA GURUPI TOCANTINS BRASIL 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GURUPI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO VEGETAL

AVALIAÇÃO INICIAL DE EUCALIPTO CONSORCIADO EM DIFERENTES

ARRANJOS ESPACIAIS DE FEIJÃO-CAUPI

KLEVERSON PORTILHO VIEIRA

GURUPI

TOCANTINS – BRASIL

2014

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KLEVERSON PORTILHO VIEIRA

AVALIAÇÃO INICIAL DE EUCALIPTO CONSORCIADO EM DIFERENTES

ARRANJOS ESPACIAIS DE FEIJÃO-CAUPI

Dissertação apresentada à Universidade Federal do

Tocantins, como parte das exigências do Programa

de Pós-Graduação em Produção Vegetal, para

obtenção do título de Mestre em Produção Vegetal –

Área de concentração em Fitotecnia.

GURUPI

TOCANTINS – BRASIL

2014

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Trabalho realizado junto ao Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal da Fundação

Universidade Federal do Tocantins, como parte das exigências para obtenção do título de

Mestre em Produção Vegetal – Área de Concentração em Fitotecnia, sob a orientação do Prof.

Dsc. Manoel Mota dos Santos, com apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de

Pessoal Nível Superior (CAPES).

Aprovada, 07 de fevereiro de 2014.

Banca examinadora

______________________________________

Prof.ª Dsc Manoel Mota dos Santos

Professor da Universidade Federal do Tocantins

(Orientador)

______________________________________

Prof.ª Dsc Rodrigo Ribeiro Fidelis

Professor da Universidade Federal do Tocantins

(Avaliador)

______________________________________

Prof.ª Dsc Priscila Bezerra de Souza

Professor da Universidade Federal do Tocantins

(Avaliador)

______________________________________

Pesquisador Dsc Alisson Moura Santos

Pesquisador Melhoramento Genético Florestal

Embrapa Florestas

(Avaliador)

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iv

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Biblioteca da Universidade Federal do Tocantins

Campus Universitário de Palmas

V658a Vieira, Kleverson Portilho

Avaliação inicial de eucalipto consorciado em diferentes

arranjos espaciais de feijão-caupi / Kleverson Portilho Vieira -

Gurupi, 2014.

39f.

Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Tocantins,

Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal, 2014.

Linha de pesquisa: Fitotecnia.

Orientador: Prof. Dr. Manoel Mota dos Santos.

1. Integração. 2. Eucalyptus spp. 3. Vigna unguiculata I. Santos,

Manoel Mota dos. II. Universidade Federal do Tocantins. III. Título.

CDD 615.53

Bibliotecária: Emanuele Santos

CRB-2 / 1309

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – A reprodução total ou parcial, de qualquer

forma ou por qualquer meio deste documento é autorizado desde que citada a fonte. A

violação dos direitos do autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do

Código Penal.

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v

A Deus, pois não seria possível tal realização se não houvesse promessa, pois, Bendito o

varão que confia no Senhor, e cuja esperança esta no Senhor.

“Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o

ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão,

não se perturba, nem deixa de dar fruto”.

Jeremias 17:8

“Só é útil o conhecimento que nos torna melhor”

(Sócrates)

Aos meus pais, Cleudes e Maria Joana e minha esposa Ane, pois foram e são fundamentais

em todos os aspectos.

Ao Professor Manoel Mota dos Santos que muito me ajudo nessa longa jornada

DEDICO

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vi

AGRADECIMENTOS

A DEUS pela vida e por me conceder a oportunidade de conquista no âmbito profissional e

pessoal.

À minha família que muito me apoiou em todas as etapas da minha vida.

Agradeço a minha esposa Ane Dímina Rubim Santos Vieira pela dedicação, força, amizade,

compreensão e respeito.

Ao meu orientador Profª. DSc. Manoel Mota dos Santos, pelo apoio, confiança e orientação,

em todas as fases deste trabalho.

Agradeço ao meu amigo incondicional e colega nessa jornada durante o mestrado Gislean

Pereira de Carvalho, Fernando Araújo e André Amaral, pela força, amizade e contribuição em

todas as etapas do desenvolvimento desta pesquisa.

Agradeço aos meus irmãos, Thatyana e Marcus Vinicius que sempre me apoiaram.

Aos colegas que me ajudaram na condução da pesquisa, Matheus Ximenes, Maurício

Sobrinho e Aldemir, pela ajuda na condução deste trabalho.

Agradeço aos amigos, por tudo que passamos juntos.

Agradeço a todos os professores do Programa de Pós Graduação em Produção Vegetal, pela

amizade, dedicação, colaboração, ensinamento e compreensão durante o curso.

Em especial aos professores Rodrigo Fidellis, Priscila Bezerra de Souza e Eduardo Andrea

Lemus Erasmo, pelos ensinamentos.

E ao pesquisador da Embrapa Florestas Alisson Moura, que aceitou o convite de estar

participando deste momento tão importante.

A CAPES pela concessão da bolsa.

Agradeço a todos os funcionários e colegas da UFT, que direta ou indiretamente, torna

possível a realização desse curso.

Agradeço a banca examinadora pelo apoio e ensinamento.

A todos expresso respeito e gratidão.

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BIOGRAFIA

KLEVERSON PORTILHO VIEIRA, filho de Cleudes José Batista Vieira e Maria

Joana Monteiro Portilho Vieira nasceu em Gurupi, Goiás, em 25 de julho de 1986.

No ano de 2000, ingressou no Centro Ensino Médio de Gurupi (CEM) tendo

concluído o Ensino Médio em 2003. Em 2007, ingressou na Universidade Federal do

Tocantins - UFT obtendo, no ano de 2012, o título de Engenheiro Florestal.

Nesse mesmo ano, ingressou no programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

da Universidade Federal do Tocantins submetendo-se à defesa de dissertação em 07 de

fevereiro de 2014.

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SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... x

ABSTRACT .............................................................................................................................. xi

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................ 3

2.1 Sistemas integrados .......................................................................................................... 3

2.2 Eucalipto ........................................................................................................................... 4

2.3 Feijão-caupi ...................................................................................................................... 4

3 MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 8

3.1 Solo ................................................................................................................................... 8

3.2 Instalação do experimento ................................................................................................ 9

3.2.1 Controle de formigas e cupins ................................................................................... 9

3.2.2 Adubação ................................................................................................................... 9

3.3 Delineamento experimental .............................................................................................. 9

3.4 Coleta e avaliação de dados do componente florestal .................................................... 10

3.5 Coleta e avaliação de dados do componente agrícola .................................................... 11

3.6 Análise dos dados ........................................................................................................... 12

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................... 13

4.1 Eucalipto ......................................................................................................................... 13

4.2 Feijão-caupi .................................................................................................................... 18

5 CONCLUSÕES ..................................................................................................................... 22

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 23

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ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Participação porcentual do feijão-caupi na produção total de feijão (feijão-caupi +

feijão comum) dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, considerando o

período de 2005 a 2009. ............................................................................................................. 6

Tabela 2. Características físico-químicas do solo analisado no experimento. ........................... 8

Tabela 3. Descrição dos tratamentos do consórcio do eucalipto x feijão e monocultivo. ........ 10

Tabela 4. Análise de variância para altura e diâmetro, de plantas da cultura do eucalipto. ..... 13

Tabela 5. Valores médios obtidos para a característica altura de eucalipto consorciado com

feijão-caupi, em Gurupi-TO. .................................................................................................... 15

Tabela 6. Valores médios obtidos para a característica diâmetro do eucalipto consorciado com

feijão-caupi, em Gurupi-TO. .................................................................................................... 17

Tabela 7. Valores médios obtidas para as características agronômicas do feijão-caupi Vigna

unguiculata L. sendo NGV – números de grãos por vagem, TV – tamanho vagem em cm,

P100 – peso de 100 grãos em gramas. ...................................................................................... 19

Tabela 8. Valores médios obtidas para as características agronômicas do feijão-caupi Vigna

unguiculata L., produtividade de grãos, em kg ha-1

. ................................................................ 20

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RESUMO

Buscando estudar o desenvolvimento inicial do consórcio entre o eucalipto e diferentes

arranjos de feijão-caupi, o experimento foi realizado no ano agrícola de 2012/2013 na

Fazenda Experimenta da Universidade Federal do Tocantins – UFT, localizada em Gurupi-

TO, objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento inicial de eucalipto consorciado em

diferentes arranjos espaciais de feijão-caupi. O eucalipto (híbrido de urocam) foi implantado

em janeiro de 2013, no espaçamento de 6 x 1,5 m. Utilizou-se quatro tratamentos com 08, 06,

04 e 0 linhas de feijão-caupi, foram realizadas quatro avaliações para o eucalipto aos 60, 90,

120 e 150 dias após o plantio, utilizou-se o delineamento experimental em blocos ao acaso

com nove repetições e quatro tratamentos. As características avaliadas para o eucalipto foram

altura total e diâmetro altura do colo e para o feijão-caupi foram avaliadas número de grãos

por vagem, tamanho de vagem, peso dos 100 grãos e produtividade. Os dados foram

submetidos à análise de variância sendo comparados pelo teste F (1 e 5% de probabilidade) e

pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Observou-se que o consórcio foi benéfico para a

cultura florestal, que teve os maiores índices de crescimento no tratamento com oito linhas de

feijão-caupi, as maior produtividades para o feijão-caupi foram observadas no tratamento com

oito linhas que foi influenciado de forma benéfica pela cultura florestal.

Palavras-chave: integração; Eucalyptus spp; Vigna unguiculata.

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ABSTRACT

Aiming to study the initial development of the matchup among eucalyptus and different

caupi-beans arrangements, the experiment was realized in 2012/2013 agricultural year at

Fazenda Experimental of Tocantins Federal University – UFT (acronym for original

Portuguese name), situated at Gurupi – Tocantins. The objective of this work was to assess

the initial development of eucalyptus matched in different spatial arrangements of caupi-

beans. Eucalyptus (urocam hybrid) was implanted in January 2013, in 6 x 1.5 m space. We

used four treatments with 8, 6, 4 and 0 lines of caupi-beans. We made four assessments for

eucalyptus at 60, 90, 120 and 150 days after plantation. We used blocks experimental

lineation at random with nine repetitions and four treatments. Eucalyptus evaluated

characteristics were total height and lap height diameter and, for caupi-beans, we assessed

number of seeds per pod, pod size, weight of 100 seeds and productivity. Data were submitted

to ANOVA being compared using F test (1 and 5% probability) and Tukey test, at 5%

probability. We observed that the matchup was profitable for forest culture, which had the

best growth indexes in treatment with eight lines of caupi-beans. We observed the biggest

productivity indexes for caupi-beans in treatment with eight lines, which has been positively

influenced by forest culture.

Keywords: integration; Eucalyptus spp; Vigna unguiculata.

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, a humanidade enfrenta desafios cada vez maiores para produzir

alimentos, fibras, energia, produtos madeireiros e não madeireiros de forma compatível com a

disponibilidade de recursos naturais. Neste sentido, são intensos os apelos para que seja

difundida em todo o mundo a concepção de Agricultura Sustentável (BALBINO et al., 2012).

Os sistemas agrossilvipastoris, que integram atividades agrícolas, pecuárias e

florestais, agroflorestais que integram agricultura e floresta, são considerados atualmente,

oportunos no Brasil, embora vários tipos de plantios associados entre culturas anuais e

culturas perenes ou entre frutíferas e árvores madeireiras sejam conhecidos desde a

antiguidade (BALBINO et al., 2011).

Em 2012, a área de plantios de Eucalyptus spp totalizou 5.102.030 ha, representando

crescimento de 4,5% (228.078 ha) frente ao indicador de 2011. A cadeia produtiva do setor

brasileiro de base florestal associado às florestas plantadas caracteriza‑se pela grande

diversidade de produtos finais nos segmentos industriais de Papel e Celulose, Painéis de

Madeira Industrializada, Madeira Processada Mecanicamente, Siderurgia a Carvão Vegetal e

Biomassa, entre outros (ABRAF, 2013).

O estado do Tocantins um estado jovem criado em 1988, que iniciou o crescimento

florestal no ano de 2006 apresentou uma área de 13.091 há de florestas plantadas com

eucalipto e outras espécies florestais, e em pouco mais de seis anos passando a um maciço

florestal de 109.000 ha de florestas plantas no ano de 2012, o que representa um crescimento

expansivo no cultivo desta monocultura no estado (ABRAF, 2013).

O feijão-caupi, feijão-de-corda, feijão-de-rama ou feijão fradinho (Vigna unguiculata

L.) é um alimento básico para a população, principalmente do Nordeste, sendo uma excelente

fonte de proteínas, possuindo a maioria dos aminoácidos essenciais, carboidratos, vitaminas e

minerais, além de ter grande quantidade de fibras dietéticas e baixa quantidade de gordura

(ANDRADE JUNIOR et al., 2003).

No Brasil, o feijão-caupi é cultivado por agricultores familiares e médios nas regiões

Norte e Nordeste, principalmente por sua adaptação a diferentes condições edafoclimáticas.

Nessas regiões, essa cultura desempenha papel importante na alimentação e na geração de

empregos para a população de baixa renda (ZILLI et al., 2006).

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O feijão-caupi contribui com 35,6% da área plantada e 15% da produção de feijão

(feijão-caupi + feijão-comum) no país (FAO, 2009). Já no Cerrado o Caupi vem sendo

introduzido recentemente principalmente por sua compatibilidade com o sistema de rotação

de cultura e também como cultura principal (ZILLI et al., 2006; MENEZES et al., 2007).

Atualmente, o Tocantins possui uma área de plantio de feijão-caupi, na região de

várzeas tropicais, em torno de 3,5 mil hectares e uma produção anual de 4,5 mil toneladas

(CONAB, 2012). O preço de comercialização do feijão-caupi de acordo com as expectativas

da CONAB em para a Safra 2013/2014 gira em torno de R$-60,00/sc (CONAB, 2013).

O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desenvolvimento inicial de eucalipto

consorciado em diferentes arranjos espaciais de feijão-caupi, em Gurupi, cidade localizada ao

sul do Estado do Tocantins.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Sistemas integrados

Os sistemas agrossilvipastoris atualmente vêm sendo adotada uma nova

nomenclatura para essa integração chamada de ILPF-Lavoura-Pecuária-Floresta é definida

como sendo uma estratégia de produção sustentável, que integra atividades agrícolas,

pecuárias e florestais, realizadas em uma mesma área, seja em cultivo consorciado, em

sucessão ou em rotação (MACHADO et al., 2011).

O Sistema Agroflorestal que possui em sua estrutura os componentes: florestal,

agrícola. A composição, assim como os arranjos: espacial e temporal pode promover

inúmeras interações, ecológicas e econômicas, que devem ser estrategicamente analisadas no

planejamento, implantação e manejo do sistema (OLIVEIRA NETO, 2010).

Segundo Nicodemo et al. (2004), a importância dos sistemas integrados de produção

no Brasil é clara, visto que promovem o desenvolvimento sustentável, combinando produção

(alimentos, madeira, lenha, forragem, fibras), conservação dos recursos naturais (solos,

microbacias, áreas florestais e biodiversidade) e ativos ambientais (sequestro de carbono).

Contudo, apesar de já se encontrarem bem estabelecidos no Cerrado (KLUTHCOUSKI et al.,

2003).

Os sistemas de integração vêm sendo adotados em todo o País em diferentes

combinações de seus componentes, sendo evoluída de acordo com a necessidade da atividade,

com técnicas de acordo com as necessidades da propriedade rural (BALBINO, 2011).

O uso de componentes arbóreos é ainda limitado, mesmo com evidências de que

árvores são fundamentais na melhoria da ambiência para os animais, principalmente em

ambientes tropicais (MOTA, 2010).

A proposta de consorciar árvores com culturas agrícolas no Brasil teve como

importante fato científico o trabalho de Gurgel Filho (1962), que analisou a viabilidade de se

cultivar milho nas entrelinhas de eucalipto.

Espaçamentos reduzidos aceleram a competição entre as árvores, principalmente em

razão do rápido fechamento de copas e senescência de galhos e folhas, resultando em fustes

com diâmetro mais reduzido (REIS e REIS, 1997; BERNARDO et al., 1998; LEITE et al.,

2006; MAGALHÃES et al., 2007; HARRINGTON et al., 2009). Espaçamentos amplos

favorecem o maior crescimento em diâmetro e volume individual das árvores, podendo

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facilitar o crescimento da forrageira ou cultivos agrícolas no consórcio, desde que tolerantes

ao sombreamento (CARVALHO et al., 2002; PINKARD e NEILSEN, 2003; OLIVEIRA et

al., 2007; KRUSCHEWSKY et al., 2007; HARRINGTON et al., 2009; PACIULLO et al.,

2009). Madeira de menores dimensões, em espaçamentos amplos, pode ser obtida com a

aplicação de decepa das plantas em idade jovem (CACAU et al., 2008).

2.2 Eucalipto

O gênero Eucalyptus é nativo da Austrália e pertence à família Myrtaceae. Possui

cerca de 600 espécies, além de um grande número de variedades e alguns híbridos. Dentre as

espécies de Eucalyptus, pode-se destacar estas por terem um bom desenvolvimento no Brasil:

E. grandis, E. saligna, E. camaldulensis, E. urophylla, E. dunnii, E. benthamii, E.

tereticornis, E. cloeziana (PEREIRA et al., 2000), bem como diversos híbridos entre as

espécies, com destaque para os híbridos de urograndis.

A madeira e os subprodutos do eucalipto vêm sendo amplamente utilizada como na

produção de polpa, papel, carvão, painéis reconstituídos, dentre outros. A área plantada com

eucalipto, no Brasil, é de 5,102 milhões de hectares, com crescimento médio anual de 4,5%

no período de 2006 a 2012. Os reflorestamentos com eucalipto para fins energéticos,

principalmente, nos estados da região sudeste, mas tendo a região norte com um grande

crescimento em especial no estado do Tocantins que teve um crescimento de 39,6% nas áreas

de plantio (ABRAF, 2013).

As áreas de florestas com eucalipto estão em franca expansão na maioria dos estados

brasileiros com tradição na silvicultura deste grupo de espécies, ou em estados considerados

como novas fronteiras da silvicultura, com crescimento médio no país de 16,5% ao ano. Essa

expansão é resultado de um conjunto de fatores que vêm favorecendo o plantio em larga

escala deste gênero. Entre os aspectos mais relevantes estão o rápido crescimento em ciclo de

curta rotação, a alta produtividade florestal e a expansão e direcionamento de novos

investimentos por parte de empresas de segmentos que utilizam sua madeira como matéria

prima em processos industriais (ABRAF, 2013).

2.3 Feijão-caupi

O feijão-caupi (Vigna unguiculata L.) é uma planta herbácea, autógama, anual, cuja

região de origem mais provável situa-se na parte oeste e central da África. É uma das

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leguminosas melhor adaptada, versátil e nutritiva entre as espécies cultivadas, sendo um

importante alimento e componente essencial dos sistemas de produção nas regiões secas dos

trópicos, cobrindo parte da África, Ásia, Estados Unidos, Oriente Médio e Américas Central e

do Sul (SINGH et al., 2002).

A classificação botânica aceita para o feijão-caupi é que ele seja uma planta

Dicotyledonea, da ordem Fabales, família Fabaceae, gênero Vigna, subgênero Vigna, espécie

Vigna unguiculata (L.) Walp. e subespécie unguiculata (VERDCOURT, 1970; SMARTT,

1990; PADULOSI, 1997).

É importante mencionar que o feijão-caupi tem vários nomes populares e isso por

vezes confunde as pessoas. Desse modo, para dirimir dúvidas que possam existir, alguns

desses nomes mais usados no País são: feijão-macassa e feijão-de-corda, na região Nordeste;

feijão-de-praia, feijão-da-colônia e feijão-de-estrada, na região Norte; feijão-miúdo, na região

Sul (FREIRE FILHO et al., 1983).

No Brasil, historicamente, a produção de feijão-caupi concentra-se nas regiões

Nordeste (1,2 milhão de hectares) e Norte (55,8 mil hectares) do país, no entanto, a cultura

está conquistando espaço na região Centro-Oeste, em razão do desenvolvimento de cultivares

com características que favorecem o cultivo mecanizado. O feijão-caupi contribui com 35,6%

da área plantada e 15% da produção de feijão total feijão-caupi + feijão-comum (Phaseolus

vulgaris L.) no país. As estimativas de área, produção e produtividade são apresentadas na

Tabela 1.

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Tabela 1. Participação porcentual do feijão-caupi na produção total de feijão (feijão-caupi +

feijão comum) dos estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, considerando o

período de 2005 a 2009.

Fonte: Feijão-caupi no Brasil: produção, melhoramento genético, avanços e desafios (EMBRAPA, 2011).

No Brasil, o cultivo do feijão comum predomina nas regiões Sudeste, Sul e Centro-

Oeste, possivelmente em razão de fatores de ordem climática. Já o feijão-caupi predomina nas

regiões Nordeste e Norte. Porém, por ser uma espécie adaptada às condições tropicais e

subtropicais (SINGH, 2006), produz bem em todas as regiões do País.

O feijão-caupi é uma das principais culturas utilizada em sistemas de integração

(SAF’s, iLPF, iLP ou iLPF), por apresentar elevada importância socioeconômica e ambiental,

principalmente para à agricultura de subsistência (ABDO et al., 2008). Os sistemas integrados

são modelos de exploração agrícola de baixo nível de insumo, e constituem uma alternativa de

conservação de baixo custo quando associados com culturas anuais e espécies florestais, por

disponibilizar nitrogênio na fase inicial de crescimento e favorecer o estabelecimento de

outras espécies (FRANCO et al., 2002; FLORENTINO et al., 2007).

A utilização do feijão comum em sistemas integrados foi estudada anteriormente por

Schreiner e Balloni (1986), avaliaram os efeitos do consórcio entre feijão e eucalipto no

espaçamento de 3 x 2m e concluíram que a sobrevivência, a altura e o diâmetro das árvores

não foram afetados pelo consórcio e que o cultivo de cinco fileiras de feijão e ainda obteve

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um aumento de 20% em volume de madeira, em comparação ao monocultivo do eucalipto,

além de ter sido o tratamento que alcançou a maior produtividade de grãos.

Couto et al., (1995) constataram que a produtividade do feijão comum cultivado em

consórcio com o eucalipto foi maior que em monocultivo e, além de ter reduzido os custos de

implantação da floresta, o cultivo proporcionou um retorno de aproximadamente 30% sobre o

capital investido.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado na Fazenda Experimental da Universidade Federal do

Tocantins (UFT), Campus Universitário de Gurupi, localizado na região sul do estado do

Tocantins no município de Gurupi, sobre as coordenadas 11º 43’ S e 49º 04’ W, a 280m de

altitude. Clima do tipo B1wA’a’ úmido com moderada deficiência hídrica com inverno seco e

verão chuvoso, segundo Köppen – Geiger (PEEL, 2007), a temperatura média anual é de 29,5

°C, com precipitação anual média de 1.804 mm concentrados no período que vai de novembro

a início de março.

O experimento foi plantado em janeiro de 2013, em meados da estação chuvosa.

Foram utilizados mudas clonais de um híbrido natural de Eucalyptus urophylla com

Eucalyptus camaldulensis, denominado clone VM-01.

O histórico da área é de utilização da mesma para pastagem sendo esta degradada

pelo uso intensivo de animais ao longo dos anos não se realizando tratos culturais nas mesmas

como adubações de manutenção e reforma de pastagem.

A remoção da vegetação existente foi realizada com grade aradora na área do

experimento. O preparo do solo inicial feito por meio de aração e gradagem da área

experimental por completo e posteriormente realizado o sulco de plantio para as mudas.

3.1 Solo

A análise química e física do solo na camada de 0-20 e 20-40 cm de profundidade,

antes da instalação do experimento apresentou os seguintes resultados. O solo foi classificado

como Latossolo Vermelho – Amarelo distrófico, textura média com seus atributos químicos e

físicos, abaixo (tabela 1), típico de cerrado (EMBRAPA, 2006).

Tabela 2. Características físico-químicas do solo analisado no experimento. Resultados

0-20

cmolc. dm-3

pH ppm %

Ca Mg Al H+Al CaCl2

K P

M.O Areia Silt. Arg CTC V%

1,00 0,49 1,0 9,57 3,99 46,9 1,1 2,6 55,0 13,0 32,0 11,2 14,4

20-40 0,36 0,21 0,0 6,93 4,11

27,4 0,8

1,4 55,0 11,0 34,0 7,5 8,5

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9

3.2 Instalação do experimento

3.2.1 Controle de formigas e cupins

Após o preparo da área, foi realizado um combate prévio contra formigas cortadeiras,

Com a aplicação a lanço na área do plantio de 5kg/ha de isca granular a base de fipronil.

Também foi realizado um combate prévio de cupins com a imersão das mudas em

uma solução a base de imidacloprid com 500g/100L.

3.2.2 Adubação

Para a adubação no sulco de plantio foi aplicado 180 kg/há-1

NPK 05-25-15. O

plantio foi realizado em janeiro de 2013. Após 30 dias realizou-se adubação de cobertura com

aplicação de 120 kg há-1

NPK 20-00-20 + 0,1% B, aplicando em covetas duplas laterais, 45

dias após o plantio realizou-se capina manual na linha do eucalipto e 60 dias após o plantio

fez a aplicação de 80 kg há-1

NPK 20-00-20, o espaçamento adotado para o plantio foi de 6 x

1,5 m, plantio de linhas simples.

Em fevereiro/2013 quinze dias após o plantio do eucalipto realizou-se o plantio do

feijão-caupi (var. Fradinha), utilizou-se matraca de plantio, o espaçamento utilizado foi 20 x

50 cm e com adubação de 320 kg há-1

do formulado NPK 05-25-15. Após quinze dias do

plantio do feijão-caupi realizou-se a adubação de cobertura 60 kg há-1

de N com o formulado

NPK 20-00-20 e fazendo o raleio das plantas deixando 10 plantas por metro linear. Em

março/2013 iniciou o florescimento do feijão-caupi.

3.3 Delineamento experimental

O delineamento experimental utilizado foi de blocos casualizado com nove

repetições de cada tratamento, com três arranjos de feijão nas entre-linhas do eucalipto e mais

o monocultivo com nove repetições. Os arranjos testados foram os seguintes (Tabela 2).

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Tabela 3. Descrição dos tratamentos do consórcio do eucalipto x feijão e monocultivo.

TRATAMENTOS DESCRIÇÃO

T1 Eucalipto x Feijão (08 oito linhas)

T2 Eucalipto x Feijão (06 seis linhas)

T3 Eucalipto x Feijão (04 quatro linhas)

T4 Eucalipto solteiro

T5 Feijão solteiro

Os tratos culturais utilizados além das adubações necessárias para a cultura do

eucalipto e do feijão-caupi foi realizada apenas capina manual, afim de não haver

interferência podendo ocorrer deriva com a aplicação de herbicidas na área do experimento.

3.4 Coleta e avaliação de dados do componente florestal

As avaliações foram realizadas aos 60, 90, 120 e 150 dias, foram realizadas avaliação

de DAC – Diâmetro altura do colo sendo medida à 0,10 m do solo e da altura total (Ht) das

plantas.

Foi utilizados para a coleta dos parâmetros dendrológicos os seguintes equipamentos,

para diâmetro utilizou-se paquímetro com graduação em milímetros (mm) e posteriormente

convertida em centímetros, para obter-se maior precisão dos dados coletados. Já para a altura

foi utilizado régua graduada com a altura total de 4,00 m.

A área do total do experimento contém com 0,336 ha, sendo 64 x 52,5 m, contendo

12 (doze) linhas com 38 plantas em cada uma perfazendo um total de 456 plantas, contudo

foram excluída das análises a primeira e a última linha do plantio visto que as mesmas foram

consideradas como bordaduras do experimento.

Assim a área útil do experimento foi de aproximadamente 0,26 ha, sendo 54 x 48 m,

e cada tratamento possui uma área de 12 x 6 m. Assim cada repetição contém 72 m² e a

disposição dos tratamentos em faixa, possibilitando ter a maior variabilidade da declividade

do terreno (Figura 3).

Para o tratamento T5 – Feijão solteiro foi separado uma área ao lado do plantio

florestal para estar utilizando para o cultivo solteiro seguindo os mesmos tratos culturais

realizados no consórcio.

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Figura 01. Croqui da área contendo todas as linhas de plantio e separação de cada um dos

tratamentos.

Foram inventariadas todas as árvores úteis de cada um dos tratamentos, contendo

oito plantas em cada repetição dos tratamentos. Cada linha com 12 metros cada repetição,

totalizando para cada tratamento nove repetições. Sendo que cada um dos tratamentos

dispostos foram avaliados da linha 02 a linha 11 do experimento.

3.5 Coleta e avaliação de dados do componente agrícola

Para avaliação das características agronômicas, foram avaliados número de grãos por

vagem, peso das 100 sementes em gramas (g), tamanho de vagem em centímetros (cm) e

produtividade kg ha-1

.

T1

T3

T4

T5

T2

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3.6 Análise dos dados

Os dados coletados, tanto para o feijão quanto para o eucalipto, foram submetidos à

análise de variância, tendo as médias dos tratamentos sido comparadas pelo teste de Tukey, a

5% de probabilidade, sendo utilizado o aplicativo computacional SISVAR (FERREIRA,

2008).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Eucalipto

Avaliando a análise de variância dos dados referentes à altura de plantas de eucalipto

observou-se significância a 1% de probabilidade pelo teste F, nos tratamentos e nas épocas de

avaliação a 1% e na interação entre os tratamentos x épocas de avaliação a 5% (tabela 04).

Tabela 4. Análise de variância para altura e diâmetro, de plantas da cultura do eucalipto.

FV GL Altura Diâmetro

QM QM

Trat. 3 33380,6709 ** 151,8219**

Época 3 27429,0380 ** 25296,6469**

Trat. x Época 9 3406,7497 * 13,4794ns

Média Geral 155,51 16,64

* e ** Significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente pelo teste F.

Através da comparação com as médias dos tratamentos (tabela 05) foi possível

observar que não houve diferença no crescimento em altura do eucalipto, na primeira

avaliação realizada aos 60 dias após o plantio, pois não sendo evidenciado nenhuma

influência do consórcio nos tratamentos.

Moniz (1987) observou em cultivos de eucalipto consorciado com milho com uma

fileira resultou em um maior crescimento das plantas de eucalipto. Assim o crescimento do

eucalipto não foi comprometido pela competição entre o componente agrícola e o componente

florestal da integração.

Foi possível observar que aos 90 dias após o plantio observou-se que o tratamento

(T1) com oito linhas de feijão-caupi foi o único que diferiu estatisticamente dos demais, pois

obteve um crescimento em altura superior a 100 cm enquanto os demais tratamentos não

desenvolveram-se tão satisfatoriamente quanto ao tratamento T1.

O tratamento T1 assim como na primeira avaliação, aos 90 dias tem sido beneficiado

pela cultura agrícola, desta forma podemos afirmar que o T1 aos 90 dias de avaliação foi

beneficiado pela cultura agrícola utilizada (feijão-caupi).

As leguminosas desempenham papel fundamental como fornecedoras de nutrientes,

ou seja, de sua decomposição é bem mais rápida que as gramíneas (TORRES et al., 2005).

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Foi observado aos 120 dias após o plantio o eucalipto o tratamento com oito linhas

de feijão-caupi (T1) obteve as maiores médias estatísticas, ou seja, seu crescimento no campo

tem-se destacado dos outros tratamentos testados.

Passos (1990) observou que aos quatro meses de idade o eucalipto plantado num

sistema agroflorestal com cinco fileiras de feijão comum foi superior aos demais sistemas

com duas, três e quatro fileiras de feijão comum, sendo 14,2% maior que o monocultivo, fato

este ocorrido na época da colheita do feijão.

Sendo a mesma época da colheita do feijão-caupi no experimento realizada no mês

de abril/2013, e o cultivo consorciado com oito linhas de feijão-caupi foi o que apresentou as

maiores alturas do plantio de eucalipto.

Na quarta avaliação 150 dias após o plantio, observou-se que o tratamento com oito

linhas de feijão-caupi (T1) diferiu estaticamente dos demais tratamentos, obtendo o maior

crescimento das plantas de eucalipto, obtendo média de 280,07 cm. O tratamento com seis

linhas de feijão-caupi (T2) obteve uma média de altura de planta de 259,82 cm. O

monocultivo de eucalipto, no entanto não diferiu quando houve o plantio de 4 linhas de feijão

(T3), onde obtiverem as médias mais baixas de crescimento em altura do povoamento.

Resultados de Passos (1990) na idade de sete e quatorze meses de idade não foram

significativas, no entanto foi observado uma superioridade dos sistemas consorciados em

relação ao monocultivo.

Altura média das árvores de povoamento de eucalipto pode ser influenciada pela

quantidade de árvores no povoamento para uma mesma condição de sítio, pois, maiores

densidades podem estar associadas à escassez de recursos do meio, ocasionando, quase

sempre, estratificação do dossel (HAWLEY e SMITH, 1972; PINKARD e NEILSEN, 2003;

BINKLEY, 2004; HARRINGTON et al., 2009).

Costa et al., (2007) estudando os aspectos nutricionais de adubação do eucalipto

constatou em seus resultados de pesquisa de campo que o crescimento está diretamente das

plantas de eucalipto está diretamente relacionada com o conteúdo de N, corroborando com o

presente trabalho.

De acordo com Paula (2011), no qual estudou a avaliação de eucalipto híbridos de E.

camaldulensis em monocultivo e em diferentes arranjos espaciais em área de pastagem com

Brachiaria brizantha, pode concluir que as condições edafoclimáticas da região podem

limitar o crescimento das árvores, independentemente do espaçamento ou arranjo espacial

desenvolvido. A baixa fertilidade natural dos solos de cerrado e o acentuado déficit hídrico

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podem comprometer o desenvolvimento o cultivo dessas plantas. Os resultados mostraram

que, onde houve maior população de plantas, houve maior desenvolvimento do eucalipto.

Tabela 5. Valores médios obtidos para a característica altura de eucalipto consorciado com

feijão-caupi, em Gurupi-TO.

Tratamento Altura (cm)

60 dias 90 dias 120 dias 150 dias

T1 - Eucalipto x Feijão (08 oito linhas) 58,44 aD 101,24 aC 241,51 aB 281,49 aA

T2 - Eucalipto x Feijão (06 seis linhas) 55,34 aD 92,04 abC 222,21 bB 259,82 bA

T3 - Eucalipto x Feijão (04 quatro linhas) 54,79 aD 91,56 abC 217,74 bcB 252,97 bA

T4 - Eucalipto solteiro 52,04 aD 84,04 bC 201,89 cB 235,33 cA

T5 – Feijão solteiro

Para cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de

probabilidade.

Avaliando a análise de variância dos dados referentes ao diâmetro altura do colo

(DAC) em plantas de eucalipto observou-se significância a 1% de probabilidade pelo teste F,

nos tratamentos e nas épocas de avaliação a 1% e na interação entre os tratamentos x épocas

de avaliação não houve influência significativa (tabela 04).

Comparando-se as médias dos tratamentos (Tabela 06) na primeira avaliação 60 dias

após o plantio do eucalipto, verificou-se que o crescimento do diâmetro altura do colo (DAC)

do eucalipto consorciado com oito, seis e quatro linhas de feijão-caupi, não diferiu

estatisticamente do crescimento do eucalipto em monocultivo, mesmo não diferindo maiores

médias foram obtidas pelo tratamento com oito linhas de feijão-caupi (T1), no qual obteve

7,04 cm enquanto o monocultivo (T4) com média de 6,37 cm.

Foi realizada a segunda avaliação aos 90 dias após o plantio onde os tratamentos não

diferiram entre si, este fato pode ser ocasionado pelo desenvolvimento mais lento no

crescimento em diâmetro das plantas de eucalipto quando submetido à espaçamentos mais

adensados.

Aos 120 dias após o plantio nenhum dos tratamentos se diferenciaram. Resultados

semelhantes foram encontrados por Passos (1990) onde todos os tratamentos não se diferiram

estatisticamente.

De acordo com Cardoso (1989), povoamentos muito densos tendem naturalmente a

apresentar árvores de diâmetro menor se comparados com árvores de povoamentos pouco

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denso, onde a concorrência por espaço é menor e o crescimento em diâmetro é mais

acentuado.

A densidade determinada pela distância entrelinhas e entre plantas é uma variável de

grande interesse devido à introdução de espécies, procedências e clones novos e a expansão

de novos projetos em sítios distintos (STAPE, 1995).

Segundo Passos (1990), observou no seu estudo diferenças entre os tratamentos

sendo que o tratamento com cinco linhas de feijão-comum foi significativamente maior que os

demais sistemas em consórcio e ainda 10,6% maior que o monocultivo do feijão. Fato este

aproximando da quantidade de linhas que foi utilizada neste trabalho, dados estes que

corroboram com os encontrados por Passos.

Foi feita a colheita do feijão-caupi aos 150 dias após o plantio do eucalipto,

entretanto, foi deixado a palhada sobre a cobertura do solo, fato este que colaborou para um

maior desenvolvimento do tratamento com oito linhas de feijão-caupi (T1).

Segundo Oliveira et al. (2009), verificou-se que houve interação significativa dos

tratamentos no DAP aos 18 meses de idade, ou seja, onde havia uma maior presença do

componente agrícola no caso estudado soja (Glycine max (L.) Merrill) e arroz (Oriza sativa

L.). Aos 38 meses de idade do eucalipto constatou-se que havia maior área útil de diâmetro

das plantas.

Verificou-se que, até aos cinco meses de idade, o aumento do numero de fileiras de

feijão em plantio consorciado como eucalipto influenciou no crescimento em diâmetro da

espécie florestal, pois a interação do componente agrícola influencia significativamente no

desenvolvimento do componente florestal.

Resultados sobre a interação entre componentes agrícolas e florestais foram obtidos

por Gurgel Filho (1962), em São Paulo, para milho e eucalipto, e por Schreiner e Baggio

(1984), no Paraná, para milho e Pinus, dados estes que corroboram com o presente estudo.

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Tabela 6. Valores médios obtidos para a característica diâmetro do eucalipto consorciado

com feijão-caupi, em Gurupi-TO.

Tratamento Diâmetro (cm)

1ª Av. 2ª Av. 3ª Av. 4ª Av.

T1 - Eucalipto x Feijão (08 oito linhas) 7,04 (ns) 14,59 (ns) 17,60 (ns) 31,00 a

T2 - Eucalipto x Feijão (06 seis linhas) 6,89 (ns) 14,04 (ns) 16,97 (ns) 29,24 ab

T3 - Eucalipto x Feijão (04 quatro linhas) 6,82 (ns) 13,68 (ns) 16,51 (ns) 28,74 ab

T4 - Eucalipto solteiro 6,37 (ns) 12,94 (ns) 15,80 (ns) 28,08 b

T5 – Feijão solteiro - - - -

Para cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de

probabilidade.

Estatisticamente, até cinco meses de idade, o eucalipto associado com oito linhas de

feijão foi o que apresentou um crescimento em altura superior ao de todos os demais

tratamentos empregados no experimento, isto no monocultivo de eucalipto onde não houve

nenhum tipo de competição com a cultura agrícola.

Quando se aumenta a quantidades de linhas de feijão na entre-linha do eucalipto

maior crescimento em altura e diâmetro das plantas, fato este que pode ser atribuído também

pela FBN (fixação biológica de nitrogênio), ou seja, a cultura agrícola exerce um papel

importante no solo.

A introdução de leguminosas em povoamentos de eucaliptos nos solos de baixa

fertilidade pode aumentar a capacidade de uso dos nutrientes uma vez que estes nutrientes são

incorporados à biomassa e devolvidos ao solo via serapilheira, contribuindo para a

manutenção ou restauração da fertilidade do solo (LI et al., 2001)

De acordo com Carvalho (2009), que estudou o sistema de produção de feijão em

consórcio com eucalipto e braquiária, realizando comparação entre as médias do monocultivo

do eucalipto sem capina e os tratamentos com diferentes números de fileiras de feijão em

consórcio mostrou-se que, em um ano de plantio, o crescimento em altura, diâmetro das

plantas de eucalipto foi maior nos tratamentos consorciados.

Segundo Moniz (1987), o aparecimento de plantas daninhas ocorre de forma mais

expressiva em monocultivo onde não há densidade de plantas fazendo a cobertura do solo e

diminuindo o crescimento vegetativo das plantas invasoras.

Esses resultados corroboram com os dados apresentados no experimento no

componente florestal, Carvalho (2009) afirma, que em monocultivo são realizadas capinas

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manuais no coroamento das plantas e capinas químicas na entre-linha para diminuir a

incidência da mato competição, o efeito do consórcio seja o componente agrícola (feijão, soja

ou pastagem), há uma redução da competição que ocorre entre o eucalipto e a planta daninha.

A utilização de sistemas agroflorestais, integração lavoura-floresta ou até mesmo a

integração lavoura-pecuária-florestal pode aumentar a produção de alimentos seja de origem

animal ou vegetal, além de estar colaborando para a conservação e manejo adequado do solo e

ainda um maior desempenho econômico conseguindo integrar diversas atividades em uma

mesma área utilizando de forma sustentável para diversos usos (PASSOS et al., 1992;

OLIVEIRA e MACEDO, 1996; DUBÉ et al., 2002; CECCON, 2005).

Em relação aos aspectos econômicos para a implantação de sistemas consorciados de

acordo com Dubé (1999), os sistemas agroflorestais são economicamente mais atrativos que o

monocultivo do eucalipto, e no que diz respeito ao uso das áreas estudadas sendo mais

eficientes no ponto de vista econômico, fato este encontrado nos dados do presente trabalho.

Teixeira et al., (2012) em estudo da viabilidade econômica da integração lavoura-

pecuária-floresta afirma que aos poucos a integração vem sendo utilizada pelos

produtores rurais no Brasil como estratégia de diversificação de renda e mitigação de

riscos, assumindo importância crescente como solução tecnológica para o desenvolvimento

sustentável do agronegócio brasileiro.

4.2 Feijão-caupi

A análise de variância dos dados referentes à altura das plantas, submetidos aos

diferentes tratamentos, apresentou valor de F estatisticamente significativo ao nível de 5% de

probabilidade.

Para as características agronômicas avaliadas, número de grãos por vagem, tamanho

da vagem e peso dos 100 grãos. Somente para tamanho de vagem foi observada significância

(Tabela 7).

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Tabela 7. Valores médios obtidas para as características agronômicas do feijão-caupi Vigna

unguiculata L. sendo NGV – números de grãos por vagem, TV – tamanho vagem em cm,

P100 – peso de 100 grãos em gramas.

Tratamentos Características agronômicas

NGV TV (cm) P100 (g)

T1 - Eucalipto x Feijão (08 oito linhas) 11,89a 19,10ab 34,45a

T2 - Eucalipto x Feijão (06 seis linhas) 11,43a 19,12ab 37,44a

T3 - Eucalipto x Feijão (04 quatro linhas) 11,91a 19,16a 30,22a

T4 - Eucalipto solteiro - - -

T5 – Feijão Solteiro 11,90a 18,42b 31,00a

Para cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de

probabilidade.

Através de dados estatísticos foi possível observar que número grãos por vagem

(NGV) e peso de 100 grãos (P100), não tiveram diferença estatística, resultados semelhantes

foram encontrados por Carvalho (2009), estudando o desenvolvimento do feijão comum

Phaseolus vulgaris L. onde o mesmo estudou o comportamento de dois cultivares de feijoeiro

e quantidade de linhas no consórcio com eucalipto e solteiro observando que no consórcio não

houve diferenciação de número de grãos por vagem e peso de 100 grãos.

Segundo Moniz (1986) estudando o cultivo em sistema de integração de milho Zea

mays L. e eucalipto obtiveram resultados diferentes com outro componente agronômico para o

sistema. Mostrando que existe diferenciação quanto à cultura que pode ser utilizado para o

componente.

Quanto ao tamanho de vagens (TV) houve uma diferenciação sendo que o tratamento

T3 obteve a maior média no que diz respeito a essa característica, a menor quantidade de

linhas utilizadas neste tratamento (04 linhas), possibilita uma menor competição inter e intra-

específica por recursos do solo, especialmente água e nutrientes, além de provocar

mudanças morfofisiológicas nas plantas (ARGENTA et al., 2001).

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Tabela 8. Valores médios obtidas para as características agronômicas do feijão-caupi Vigna

unguiculata L., produtividade de grãos, em kg ha-1

.

Tratamento Característica agronômica

Produtividade (kg ha-1

)

T1 - Eucalipto x Feijão (08 oito linhas) 509,45a

T2 - Eucalipto x Feijão (06 seis linhas) 372,91ab

T3 - Eucalipto x Feijão (04 quatro linhas) 339,81ab

T4 - Eucalipto solteiro -

T5 – Feijão Solteiro 279,17b

Para cada coluna, médias seguidas da mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de

probabilidade.

As produtividades do T1 – 509,45 kg ha-1

sendo alcançada no cultivo consorciado

mostra que o componente agrícola se beneficia da atividade florestal empregada, pois a

floresta tem um desenvolvimento mais longo onde, os insumos aplicados no solo na fase

inicial não são absorvidos de imediato, entretanto o feijão-caupi obteve um melhor

desenvolvimento mesmo com a proximidade das linhas do eucalipto, tabela 8.

O tratamento T5 (feijão-caupi solteiro) foi o que apresentou a menor produtividade

entre os tratamentos, como todos os tratamentos foram plantados juntamente com a cultura

florestal e as plantas de eucalipto somente na última avaliação obtiveram alturas superiores à

3,0 m. O monocultivo do feijão-caupi não obteve os benefícios quanto a disponibilidade de

nutrientes que foi aplicado nos tratamentos do consórcio.

Pode-se observar a produtividade do feijão-caupi com oito linhas foi o que alcançou

as maiores produtividades, produtividades semelhantes foram obtidas por Viana et al. (2012)

cultivado em sistema de integração lavoura-pecuária-floresta e ainda relatadas por Silva et al.

(2006), para o feijão comum cultivado no sistema de integração lavoura-pecuária, pois como a

cultura do feijão-caupi apresenta um ciclo curto podendo fechando as entrelinhas mais

rapidamente minimizando a competição neste caso com a espécie forrageira.

Ceccon et al. (1999), utilizando Eucalyptus camaldulensis com espaçamento do

eucalipto mais adensado 3 x 2 m e como componente agronômico 10 cultivares de feijão-

comum, obteve resultados que a produtividade média do monocultivo foi de 762 kg/ha e a

produtividade da área do consórcio (407 kg/ha).

Schreiner e Balloni (1986), a produtividade média de feijão comum obtida, cerca de

400,0 kg/ha, foi inferior à relatada por em experimento utilizando Eucalyptus grandis

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conduzido em Itararé - São Paulo, em solo bem superior aos utilizados no experimento

estudado.

Passos (1990) utilizou de duas a cinco fileiras de feijoeiro em consórcio com o

eucalipto de diferentes idades verificou-se que os tratamentos com quatro e cinco fileiras

produziram menos que os com três fileiras, pois o sombreamento gerado pelas plantas

impedia o desenvolvimento da cultura. Resultado semelhante foi obtido por Macedo et al.

(2006) em estudo a respeito do consórcio do eucalipto com milho em diferentes densidades de

plantio.

Segundo Carvalho (2009) que obteve resultados diferentes deste como a safra do

feijão foi semeado quando o eucalipto estava com 8 meses de idade, e a competição entre as

espécies pelos recursos naturais (água, luz e nutrientes), interferiu negativamente no

rendimento do feijão no consórcio. O eucalipto limitou (impediu) o que o feijoeiro tivesse

uma produtividade maior que o monocultivo.

Nos cultivos consorciados ocorre competição por luz, nutrientes, água e outros

fatores envolvidos no crescimento e produção das culturas. A competição depende das

espécies envolvidas, dos seus sistemas radiculares e da disponibilidade de água, nutrientes e

oxigênio (COSTA e SILVA, 2008).

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5 CONCLUSÕES

O tratamento T1 com 08 (oito) linhas de feijão-caupi se mostrou o mais eficiente para

o desenvolvimento do componente florestal no sistema de integração lavoura-floresta,

apresentando as maiores médias em altura e diâmetro altura do colo (DAC) do

eucalipto;

O sistema em monocultivo do eucalipto apresenta crescimento inferior aos demais

sistemas integrada sendo assim uma alternativa viável a utilização da integração com

culturas anuais.

O tratamento T5 (monocultivo feijão-caupi) teve seu desenvolvimento inferior aos

demais, pois não houve a influência do consórcio na produtividade;.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Agropecuária, p. 50-59, 2008.

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