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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA LETÍCIA CATALDI DE ALCANTARA CONTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE NITERÓI 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Leticia Cataldi de... · De tanto ver triunfar as nulidades, De tanto ver agigantarem-se o poder nas mãos dos maus... O homem chega

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E LICENCIATURA

LETÍCIA CATALDI DE ALCANTARA

CONTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO DE

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

NITERÓI

2016

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LETÍCIA CATALDI DE ALCANTARA

CONTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO DE

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Coordenação do Curso de Graduação em Enfermagem

e Licenciatura da Universidade Federal Fluminense,

como requisito parcial para obtenção do Título de

Enfermeiro Licenciado em Enfermagem.

Orientadora:

PROF DR ANDRÉ RICARDO ARAÚJO DA SILVA

Co-orientador:

PROF ª DR ª MARILDA ANDRADE

Niterói - RJ

2016

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A 347 Alcantara, Letícia Cataldi de.

Contribuição de treinamentos simulados para o

aprendizado e a prevenção de infecções relacionados a

assistência à saúde. / Letícia Cataldi de Alcantara. –

Niterói: [s.n.], 2016.

40 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em

Enfermagem) - Universidade Federal Fluminense, 2016.

Orientador: Prof. André Ricardo Araújo da Silva.

1. Conhecimento. 2. Treinamento por Simulação. 3.

Infecção Hospitalar. I. Título.

CDD 616.9

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LETÍCIA CATALI DE ALCANTARA

CONTRIBUIÇÃO DE TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO DE

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Coordenação do Curso de Graduação em

Enfermagem e Licenciatura da Universidade

Federal Fluminense, como requisito parcial para

obtenção do Título de Enfermeiro Licenciado em

Enfermagem.

Aprovado em 19 de Dezembro de 2016

BANCA EXAMINADORA

Profª. Dr André Ricardo Araújo da Silva

Universidade Federal Fluminense – Presidente

Profª. Drª Marilda Andrade

Universidade Federal Fluminense – 1ª Examinadora

Profº. André Braga/UFF

Universidade Federal Fluminense – 2ª Examinadora

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“De Tanto ver crescer as injustiças,

De tanto ver triunfar as nulidades,

De tanto ver agigantarem-se o poder nas mãos dos maus...

O homem chega a esquecer-se da virtude, a rir-se da honra

E a ter a vergonha de ser honesto”.

(Rui Barbosa)

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A todos os profissionais da saúde que exercem sua profissão de maneira exemplar e, acima de tudo,

com dedicação e respeito ao próximo.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus que com todo seu amor e bondade me fez merecedora desta

graduação. Deu-me força para seguir em frente e não desistir de um sonho em meio as

dificuldades.

À meus orientador André Ricardo e a minha co-orientadora Marilda Andrade que acreditara,

em meu potencial e acreditaram que seria possível. Levarei o carinho e a dedicação de vocês

sempre comigo.

À minha mãe e meu Padrasto, Heline e Luiz, agradeço todos os momentos de dedicação. Tudo

que fizeram e também deixaram de fazer para que eu conseguisse realizar o sonho dessa

graduação. Todo meu amor, carinho e imenso agradecimento.

Ao meu Pai, Eduardo, por se fazer presente em todos os momentos. Por acredita que seria

possível.

À minhas irmãs, Camila e Bianca, que me acalmaram em momentos difíceis, tiveram

paciência e estiveram sempre por perto para me ouvir e me alegrar. Amo muito vocês.

À minha avó, Heloisa, minha maior incentivadora. Agradeço não só a senhora por todo apoio,

to amor, dedicação, companheirismo, afeto. Mas a Deus, por permitir tê-la comigo nesse

momento.

Ao meu Namorado, Jamil, por superar a minha ausência em muitos momentos. Pela paciência

e pelas palavras de incentivo. Obrigado por não desistir de nós. Te amo muito!

Aos meu sobrinhos, Ayla e Luiz Felipe, por ter trazido doçura à minha vida. Minhas fontes de

alegria, onde recarrego minhas energias. Todo meu carinho.

Ao meus avós, tias, tios, primos e amigos, Obrigada por sonharem comigo, por serem a base

de tudo, por me acalmarem e por acrescentarem coisas boas à minha vida. Obrigada!

À minha amiga, Lays, que bom chegar ao fim com alguém como você ao meu lado. Obrigada

por fazer parte disso: do ombro amigo, das risadas, dos brigadeiros, do choro, das pizzas.

Enfim, por tudo que passamos juntas durante a graduação e pela certeza de uma amizade

eterna.

Aos meus amigos Abel, Bruna e Lívia, que estiveram comigo todos os dias, em todos os

estágios e que foram tão importantes e fundamentais. Que bom poder escolher e ter sido

escolhida (e acolhida) por vocês.

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RESUMO

As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) constituem um problema grave e um

grande desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. No

entanto, em diversos estudos já publicados, nota-se a necessidade de maior adesão a práticas

efetivas de prevenção e controle das IRAS por parte dos profissionais das diversas áreas da

saúde, evidenciando a necessidade de novas estratégias de assimilação do conhecimento e

execução de boas práticas. O treinamento simulado é um método eficiente para promoção de

novos conhecimentos, podendo ser aplicado em diversos cenários de assistência à saúde. O

objetivo geral do trabalho foi mensurar o conhecimento de alunos da graduação de diversos

cursos da saúde, sobre IRAS, utilizando como ferramenta treinamentos simulados e análise de

aproveitamento através de testes pré-treinamento e pós-treinamento. Foram treinados entre

2013 e 2015, 90 alunos da graduação em saúde, sendo 59 (65,5%) da medicina, 27 (30%) da

enfermagem e 4 (4,4%) da farmácia. O aproveitamento global no pré-teste foi 53% e 83,5%

no pós-teste (p <0,05). Não houve diferença estatística significante em relação ao

aproveitamento quando os cursos foram comparados. Também não houve diferença em

relação ao aproveitamento, quando os estudantes foram comparados em relação ao período

em que estavam na graduação. Através dos resultados, pode-se observar que os acadêmicos

das diversas áreas de saúde ainda possuem um conhecimento ineficiente sobre IRAS. Além

disso, o presente trabalho mostrou a contribuição do treinamento simulado para a

compreensão e assimilação de um conteúdo. Desta forma, os treinamentos simulados devem

fazer parte das estratégias utilizadas para a prevenção e redução das IRAS.

Palavras chave: Conhecimento; Treinamentos Simulados; Infecção Hospitalar; Infecções

Relacionadas à Assistência à Saúde.

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ABSTRACT

Health care-related infections (HRE) are a serious problem and a major challenge, requiring

effective prevention and control actions by the health services. However, in several studies

already published, it is noted the need for greater adherence to effective practices of

prevention and control of IRAS by professionals in the various health areas, evidencing the

need for new strategies to assimilate knowledge and to perform good Practices. The simulated

training is an efficient method to promote new knowledge and can be applied in several health

care scenarios. The general objective of this work was to measure the knowledge of

undergraduate students of several health courses, about IRAS, using as training tool

Simulation and performance analysis through pre-training and post-training tests. Between

2013 and 2015, 90 undergraduate students in health were trained, 59 (65.5%) of the medicine,

27 (30%) of the nursing and 4 (4.4%) of the pharmacy. The overall rate of right answers in

pre-test was 53% and 83.5% in post-test ( P<0.05). There was no statistically significant

difference in relation to achievement when the courses were compared. There was also no

difference in achievement, when the students were compared in relation to the period in which

they were in graduation. Through the results, it can be observed that the academics of the

different health areas still have an inefficient knowledge about IRAS. In addition, the present

work showed the contribution of simulated training to the comprehension and assimilation of

a content. In this way, the simulated training should be part of the strategies used for the

prevention and reduction of IRAS.

Keywords: Knowledge; Simulated Training; Hospital Infection; Infections Related to Health

Care.

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SUMÁRIO

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS, p.144

1.1 MOTIVAÇÃO DO ESTUDO, p. 166

1.2 OBJETO DO ESTUDO, p. 177

1.3 QUESTÕES NORTEADORAS, p. 177

1.4 OBJETIVO GERAL, p. 177

1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS, p. 177

1.6 JUSTIFICATIVA, p. 177

2 REVISÃO DE LITERATURA, p. 188

2.1 INFECÇÃO HOSPITALAR NA ASSISTÊNCIA A SAÚDE, p. 188

2.2 A ADESÃO DOS PROFISSIONAIS QUANTO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS, p. 188

2.3 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR, p. 199

2.4 CONTRIBUIÇÃO DOS TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO,

p. 20

2.5 AS VIRTUDES DO TRABALHO EM EQUIPE, p. 211

3 MÉTODOS DE PESQUISA, p. 233

3.1TIPO DE ESTUDO, p. 233

3.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO, p. 233

3.3 LOCAL DE ESTUDO, p. 244

3.4 PERÍODO DO ESTUDO, p. 244

3.5 CRITÉRIO DE INCLUSÃO, p. 244

3.6 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO, p. 244

3.7CONTEÚDO DO TESTE DECONHECIMENTO SOBRE IRAS, p. 244

3.8 DINÂMICA DO CURSO, p. 255

3.9TRATAMENTO DOS DADOS, p. 255

3.10ASPECTOS ÉTICOS, p. 255

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES, p. 266

4.1 PRIMEIRA CATEGORIA: PERFIL DOS USUÁRIOS- APRENDER EM DIFERENTES

GRUPOS, p. 266

4.2 SEGUNDA CATEGORIA: MENSURAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS

ATRAVÉS DOS TESTES SOBRE OS DIFERENTES TEMAS ABRDADOS. , p. 277

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4.3TERCEIRA CATEGORIA: CORRELAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS

DOS DIFERENTES CURSOS DE GRADUAÇÃO QUANTO A TEMÁTICA DE

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS. , p. 299

4.4 QUARTA CATEGORIA: RELEVÂNCIA DO TREINAMENTO SIMULADO PARA

CONTRIBUIÇÃO DO APRENDIZADO, p. 30

5 CONCLUSÃO, p. 322

6 OBRAS CITADAS, p. 333

7 OBRAS CONSULTADAS, p. 366

8 APÊNDICES, p. 377

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, p. 377

8.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA- PRÉ E POS TESTE, p. 40

9 ANEXOS, p. 433

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Tabela nº 01: Perfil dos Usuários - Aproveitamento do trabalho em equipe, conforme os

cursos de graduação pré e pós-teste (LPEC IRAS-UFF 2013-2015), p. 25.

Gráfico nº 01:Taxa de acertos dos alunos da graduação em saúde, medidos através de

pré e pós-teste ( LPEC IRAS-UFF 2013-2015), p. 26

Gráfico nº02: Taxa de acertos (%) de alunos da graduação em saúde no pré-teste e

pós-teste, realizado após treinamentos simulados sobre Higienização de Mãos (LPEC-IRAS

2013-2015), p. 28

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LISTA DE SIGLAS

HUAP – Hospital Universitário Antônio Pedro

HM – Higienização das mãos

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

IRAS – Infecções Relacionadas à Assistência a Saúde

OMS – Organização Mundial da Saúde

UTI – Unidade de Terapia Intensiva

IH – Infecção Hospitalar

CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

COFEN – Conselho Federal de Enfermagem

CNS – Conselho Nacional de Saúde

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os impactos infecciosos causados pela assistência à saúde tiveram destaque durante a

“Revolução Pasteuriana”, a qual teve como destaque nomes como IgnazSemmelweis,

Florence Nightingale e Joseph Lister. Com o avanço no suporte de vida e terapias

imunossupressoras ao longo do séc. XX houve a percepção e necessidade da integração de

medidas preventivas para o controle de infecções no ambiente hospitalar. Na década de 1990,

devido a amplitude conceitual que aborda infecções adquiridas e relacionadas a saúde em

qualquer ambiente, o termo infecção hospitalar foi substituído por infecções relacionadas à

assistência em saúde (IRAS)(PADOVEZE; FORTALEZA, 2014).

“No Brasil, o controle de infecções hospitalares começou a ser aprimorado por meio

da Portaria 196/83 do Ministério da Saúde e delineado pela Lei 9431/97, que obriga

os hospitais a manterem um Programa de Infecções Hospitalares (PCIH) e criarem

uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH). O Programa de

Controle de Infecção Hospitalar foi revogado e substituído pela Portaria MS

930/92. Atualmente, está em vigor a Portaria 2616/98, que revogou a Portaria

anterior (BRASIL, 2003).

Segundo Ministério da Saúde (2009) define-se Infecções Relacionadas à Assistência à

Saúde (IRAS) como toda infecção adquirida após admissão do paciente e que se manifeste

durante a internação, ou mesmo após a alta, quando diretamente relacionada à hospitalização.

Pode tambémestar associados a infecções causadas por procedimentos executados no

ambiente ambulatorial, consultórios, durante cuidados domiciliares e infecções ocupacionais

(infecções adquiridas através dos profissionais de saúde) (ANVISA, 2007).

Em todo mundo, um em cada quatro pacientes que necessitam de cuidados intensivos

durante sua internação hospitalar adquirem algum tipo de infecção. Em países

subdesenvolvidos, 4.384 crianças morrem diariamente como consequências dessas infecções.

Desta forma, quando se trata de países em desenvolvimento, as estimativas podem duplicar

diariamente. (OMS, 2009).

Estudo de prevalência de infecções hospitalares realizado pela Organização Mundial

de Saúde (OMS, 2005) em 55 hospitais de 14 países – representados por: Sudeste da

Ásia, Europa, Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental – revelou que as infecções

nosocomiais acometem cerca de 8,7% dos doentes em situação hospitalar. A todo o

momento, 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de complicações de

infecções relacionadas à assistência à saúde. Durante a permanência hospitalar, mais

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de 320 mil pacientes adquirem algum tipo de infecção relacionadas à assistência à

saúde no Reino Unido (OMS, 2005; OMS, 2009).

A medida que são causas de mortes e complicações, os estudos de ocorrência de

infecções hospitalares passam a ter um papel mais importante (BRASIL, 1998). Nos países

desenvolvidos, aproximadamente 5% dos pacientes admitidos em hospitais gerais adquirem

infecção no período de internação (BRASIL, 1998).

As estatísticas internacionais de incidência de infecções hospitalares nos Estados

Unidos mostram que na década de 80, as taxas variaram entre 3,5 a 15,5%, com letalidade

entre 13% a 17% e uma prevalência de 9,2% dos casos, enquanto comparada a mesma década

no Reino Unido (OMS, 2009).

Mesmo que o Brasil não tenha estatísticas nacionais que comprovem e revelem a

magnitude real do problema, presume-se que entre 6,5% e 15% de pacientes internados

apresentam um ou mais episódios de infecção. Sem contar, nos óbitos provenientes de sua

ocorrência que variam de 50.000 a 100.000 por ano (OMS, 2009).

Para Cardoso e Silva (2004), quando se refere ao contexto existente no controle de

infecção hospitalar (CIH) a maioria das dificuldades pode ser encontrada nas necessidades de

mudança no comportamento dos profissionais de saúde e também dos usuários, o que torna

lento o processo.

Tendo em vista que existem fundamentações teóricas, práticas e protocolos de adoção

de medidas preventivas, o propósito atual é fazer com que os profissionais adquiram novos

hábitos movidos pelo compromisso com a vida e a promoção a saúde. Além disso, a

infraestrutura mínima hospitalar necessita de uma definição mais clara através de um sistema

de informação atualizado sobre controle de infecção hospitalar, tendo como foco o destaque

dos padrões e características principais apontados pela literatura a fim de controlar os casos de

infecção (CARDOSO; SILVA, 2004).

Apesar de alguns casos de IRAS serem inevitáveis, a literatura disponibiliza dados

com a finalidade de estabelecer e aplicar um programa de controle e prevenção efetiva a fim

de contribuir em uma redução de até 85% dos novos casos de infecção. A medida de

prevenção mais utilizada no ambiente hospitalar tem sido a realização desse tipo de vigilância

(JARDIM, 2011).

Para que um programa de controle de infecção seja efetivo, este deve ter como foco

principal: estratégias de prevenção; estabelecimento de políticas e procedimentos; promoção

da educação dos profissionais de saúde e a vigilância das infecções (ANVISA, 2013a).

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Nesse sentido, Puccini (2011) notou que:

[...]para aplicar medidas de prevenção é fundamental que haja uma equipe

multiprofissional na área da saúde, composta por: médicos, enfermeiros,

farmacêuticos, microbiologistas, administradores, todos responsáveis pela execução

das ações. Se organizados com uma comissão de controle interior nas instituições de

saúde, essa equipe passa a ter como função detectar casos de infecção, promover

treinamentos de acordo com as necessidades dos profissionais na prevenção e

controle de infecções, recomendar medidas de precaução e isolamento e participar

na padronização para a aquisição de materiais e equipamentos.

Apesar das diversas formas de prevenir e controlar as IRAS destaca-se a higienização

das mãos, pois além de ser uma das maneiras mais simples e eficazes a ser realizada no

controle, é uma das medidas mais importantes (JARDIM, 2011). A prática de higienização

das mãos pelos profissionais se realizada em momento e modo correto, reduz a disseminação

de agentes de infecção no ambiente de saúde e suas consequências, pois é através do contado

direto e/o indireto pelas mãos que ocorrem cerca de 80% das transmissões de agentes

infecciosos (ANVISA, 2013a; BARBOSA, 2010).

Dentre os diversos instrumentos de promoção e avaliação existentes no processo de

prevenção das IRAS, o uso de treinamentos simulados é uma importante estratégia para

estimular uma equipe na construção do conhecimento e no avanço das diferentes habilidades

operatórias; além disso, é uma ferramenta fundamental de progresso pessoal e de alcance de

objetivos,pois ainda não existe método único de avaliação capaz de atingir conjuntamente os

conhecimentos, habilidades e atitudes de quem está sendo avaliado: apenas a combinação de

métodos é capaz de produzir os resultados esperados (ELYet al., 2011).

1.1 MOTIVAÇÃO DO ESTUDO

A motivação para estudo dos temas prevenção e controle de infecções teve seu início a

partir do projeto de extensão no Laboratório de Ensino em Prevenção e Controle de Infecções

Relacionadas à Assistência à Saúde da Universidade Federal Fluminense (UFF) sob a

coordenação do docente André Ricardo da Silva Araújo, quando se tornou evidente a

importância da redução dos casos de infecções resultantes do treinamento com os estudantes.

Os resultados encontrados podem contribuir para significativa mudança no quadro

citado caso sejam aplicadas atividades demonstrativas e técnicas resultantes de um processo

de educação continuada. Para otimização do projeto, é fundamental que todos os profissionais

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estejam em sintonia com suas atitudes, pois no meio hospitalar, se uma equipe realiza todos

os procedimentos de forma correta e outra não o faz, o trabalho realizado pela comissão de

controle de infecções não tem valor usual.

1.2 OBJETO DO ESTUDO

O objeto desse estudo é analisar o conhecimento de estudantes de graduação da saúde,

a respeito de medidas de prevenção e controle de IRAS.

1.3 QUESTÕES NORTEADORAS

A incorporação de um instrumento simulado pode motivar os alunos a aprimorar este

conhecimento?

1.4 OBJETIVO GERAL

Mensurar o conhecimento dos alunos das diversas áreas da saúde sobre

as IRAS.

1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Comparar o conhecimento dos alunos antes e após os treinamentos

simulados sobre IRAS;

Analisar o conhecimento apresentado pelos alunos em relação ao

conteúdo temático das IRAS, conforme o curso de graduação.

1.6 JUSTIFICATIVA

O termo IRAS é comumente associado a doenças que podem ter preocupantes reações

indesejadas, como um complexo tratamento e o eminente risco de morte. As mãos são

consideradas a principal via de contaminação por microrganismos, transferidos facilmente de

uma superfície para outra, caso não haja devido cuidado com a higienização (ANVISA,

2013). Desta forma, surge a preocupação e o questionamento se os estudantes da área de

saúde estão tomando os devidos cuidados para que haja o controle das Infecções relacionadas

a assistência. Com isso, a justificativa para esse estudo emerge da necessidade de estabelecer

estratégias que contribuam para aumentar o conhecimento sobre IRAS, levando em última

análise uma provável redução no número de casos de infecção hospitalar.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 INFECÇÃO HOSPITALAR NA ASSISTÊNCIA A SAÚDE

De acordo com o Ministério da Saúde, toda ou qualquer manifestação clínica de

infecção que o paciente apresente após 72 horas de internação, podendo ocorrer durante seu

período de internação ou após a alta, mas sempre relacionado a procedimentos hospitalares é

considerado Infecção Hospitalar (IH) (BRASIL, 1998).

O quadro clínico do paciente com uma infecção hospitalar deve-se ao

desenvolvimento microbiano na região tecidual do indivíduo, o que ocasiona lesões

funcionais ou anatômicas. Existem fatores intrínsecos e extrínsecosque contribuem para

aquisição de infecção hospitalar. Constituem riscos intrínsecos: extremos de idade

(prematuros e maiores de 65 anos); estado clínico do usuário; doenças agudas ou crônicas

descompensadas; deficiência nas imunidades celular e humoral; uso de drogas capazes de

interferir nos mecanismos de defesa; obesidade e desnutrição.

Fernandes, (2000) segundo um estudo de prevalência realizada entre os anos de 1983 e

1985, promovidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a média mundial de infecção

hospitalar teve uma variação de 8 -10 %. Zanon (2003) relata que é escasso número de

publicações nacionais sobre a frequência de infecções hospitalares nos hospitais. A última

pesquisa realizada em 1994, pelo MS, encontrou uma prevalência de IH de 13% e maiores

índices nos hospitais públicos (18%).

As infecções hospitalares sofrem frequentes variações de acordo com: causa da

internação, o estado geral do usuário e o tipo de cuidado que ele recebe. Seguindo esse

pensamento, os usuários portadores de doenças graves são os com maior risco de desenvolver

infecção hospitalar. Isso acontece, pois em sua maioria encontra-se com estado de saúde

comprometido, necessitam de um tempo de internação prolongado, geralmente estão

internados em UTI, e são submetidos a um grande número de procedimentos invasivos e a

intensa manipulação pela equipe de cuidado, o que favorece a colonização por bactérias

hospitalares (ZANON, 2003).

2.2 A ADESÃO DOS PROFISSIONAIS QUANTO A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

A lavagem das mãos deve ser um hábito entre os profissionais de saúde e a adesão a

esta prática é um desafio para a equipe de controle de infecção. Esta categoria identifica a

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adesão das equipes de saúde quanto a higienização das mãos, contribuindo para elevar estas

taxas de adesão.

A partir dos estudos encontrados sobre higienização das mãos, observa-se que ainda

que haja campanhas para controle de infecções no ambiente hospitalar e outras unidades de

saúde, os profissionais continuam tendo suas mãos como maior fonte de infecção,

necessitando de intervenções técnicas para que a prática seja corretamente exercida

(CREPEDES et. at., 2002).

Carvalho (1998), afirmou que:

A análise dos resultados de alguns estudos, mostrou que 59% dos médicos e 70% do

pessoal de enfermagem entraram na UTI sem lavar as mãos. Dos profissionais de

saúde que não lavaram as mãos antes do contato com o paciente (16% dos médicos e

32% do pessoal de enfermagem), a maioria era de residentes e auxiliares de

enfermagem.

Mendonça (2003) afirma, que os diversos profissionais da área de saúde aderiram à

lavagem das mãos, porém ainda não a praticam em sua técnica corretamente. Isso deixa

evidente que, independente da adesão à lavagem as mãos, há negligência quando se trata do

protocolo de lavagem das mãos, necessitando de educação permanente para que a técnica seja

eficaz.

2.3 COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

No Brasil, houve a necessidade da interferência do Ministro da Saúde no que diz

respeito ao índice de infecções hospitalares. Destacado pelo alto custo dos tratamentos,

interdição nas unidades de internação e pelo número relevante de mortes que pode ser

causado, passam assim representar um importante problema de saúde pública. Dessa forma

foi criada a Comissão de Controle de Infecções Hospitalares para implementação de

medidasespecíficas(DUTRA, et al, 2015).

Segundo Ferreira et al (2010, p.9), “a CCIH tem o objetivo não somente de prevenir e

combater à infecção hospitalar, beneficiando dessa maneira toda a comunidade assistida,

como também de proteger o hospital e o corpo clínico”.

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A Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998 do Ministério da Saúde traz a seguinte

informação: “Lei nº 9431 de 6 de janeiro de 1997: dispõe sobre a obrigatoriedade da

manutenção pelos hospitais do país, de Programa de Controle de Infecções Hospitalares”.

Elaborar, programar, prever e avaliar o Programa de Controle de Infecções, faz parte

do trabalho da CCIH e deve ser feito de acordo com as características e necessidades da

instituição. Também, inclui a elaboração de vigilância epidemiológica de infecções

nosocomiais, educação e treinamento de equipes e controle do uso ponderado de antibióticos

e antimicrobianos e suporte médico e hospitalar (DUTRA et al., 2015).

Segundo Batista et al. (2012), o enfermeiro possui uma maior aproximação com as

demais categorias, além de sua habilidade educativa, com respaldo do Conselho Federal de

Enfermagem (COFEN), por meio da Lei do exercício profissional de no 7.498, de 25 de junho

de 1986. Para tanto, o enfermeiro é reconhecido como um membro importante na Comissão

de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).

2.4 CONTRIBUIÇÃO DOS TREINAMENTOS SIMULADOS PARA O APRENDIZADO

Segundo Chiavenato(2009), a organização é um dos maiores patrimônios do capital

humano, o treinamento pode ser aplicado para profissionais principiantes, até aos mais

experientes, sendo assim uma questão fundamental para o funcionamento dos setores. O

treinamento tem como finalidade o aprimoramento e desenvolvimento pessoal e profissional

dentro de uma organização.Para Vieira (1999), o treinamento segue uma função linear, onde

deve haver um líder responsável por se preocupar com o processo de capacitação de sua

equipe, atentos para a real necessidade de cada funcionário e que o treinamento seja adequado

e contínuo.

Chiavenato (2009, p. 389), afirma quando diz que:

Treinamento é o processo educacional focado no curto prazo e aplicado de maneira

sistemática e organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimentos,

habilidades e competências em função de objetivos definidos.

Para Robbins (2002), Os treinamentos têm como intuito atualização e aprimoramento

das habilidades técnica e pessoal. Quando corretamente aplicado, o treinamento pode ser

benéfico e trazer retorno para o profissional e para a instituição, pois um profissional

qualificado terá fundamentação teórica e motivação para executar suas tarefas e obter

resultados positivos. Consequentemente o investimento poderá contribuir efetivamente para

otimização do processo.

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21

Ferreira (1979, p.219), diz que:

Treinamento dentro de uma empresa poderá objetivar tanto a preparação do

elemento humano para o desenvolvimento de atividades que virá a executar, como

desenvolvimento de suas potencialidades para o melhor desempenho das que já

executa.

Baseado no conceito de Bastos, Gondim e Loyola (2004), a pesquisa em questão alia a

importância da avaliação do aprendizado através do treinamento como um processo que

relaciona o avanço do nível individual para agregar ao coletivo, o que contribui para o acesso

e uso do conhecimento desenvolvido no treinamento como um fator de aprendizagem para o

estabelecimento. Desta forma, a avaliação do aprendizado do treinamento auxilia na

mensuração da aquisição do conhecimento pelo estudante, o que os torna preparados para

eficiente disseminação desse conhecimento.

Treinamentos simulados são utilizados como estratégia de aprendizado em diversas

áreas do conhecimento incluindo as ciências humanas. Na área da saúde, os treinamentos são

utilizados também para aquisição de habilidades específicas em especialidades como

anestesiologia e cirurgia (Escolino 2016, Warren 2016, Maertens 2016). Quando se pesquisa a

utilização de treinamentos simulados para a prevenção e controle de IRAS, poucos trabalhos

são encontrados na literatura, muitos focados na prevenção de infecções relacionadas à

inserção de cateteres venosos centrais ( Cartier 2016, Steiner 2015).

2.5 AS VIRTUDES DO TRABALHO EM EQUIPE

Pensando numa maneira de promover qualidade nos serviços e reformular os

processos de trabalho, surge a estratégia de trabalho em equipe. Mesmos com os inúmeros

modelos já existentes que relatem a sua importância, há também muita indefinição no que se

refere aos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para ser implementado no

cotidiano dos serviços (PINHO, 2006)

Gomes, Anselmo e Lunardi Filho (2000), trazem a concepção de que pessoas que

realizam algo em conjunto formam uma equipe, tem como característica essencial do trabalho

a oportunidade de todos os membros na construção de idéias e opiniões a fim de solucionar os

problemas. Esse tipo de trabalho permite que um profissional se reconstrua na prática do

outro.

De acordo com, Maximiano (2004):

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22

Grupo é um conjunto de pessoas que têm um objetivo comum ou que compartilha

alguma característica, como um objetivo, um interesse, um comportamento ou uma

localização

Sendo assim, todos os componentes de um grupo possuem um elo de troca com intuito

de intervir na realidade que se apresenta e se revela complexa, por reunir pessoas com

diferentes histórias, origens, saberes técnico e formações distintas, em virtude atender

corretamente às necessidades dos usuários do serviço, de uma mesma instituição, bem como

aos desejos e à individualidade de cada membro da equipe (Araújo e Rocha, 2007; Canoletti,

2008).

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23

3 MÉTODOS DE PESQUISA

A metodologia científica é um conjunto de abordagens, técnicas e processos utilizados

pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objetiva do conhecimento, de

uma maneira sistemática.

Severino (2000) define Metodologia como:

[...] um instrumental extremamente útil e seguro para a gestação de uma postura

amadurecida frente aos problemas científicos, políticos e filosóficos que nossa

educação universitária enfrenta. [...] São instrumentos operacionais, sejam eles

técnicos ou lógicos, mediante os quais os estudantes podem conseguir maior

aprofundamento na ciência, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, é o objetivo

intrínseco do ensino e da aprendizagem universitária.

3.1TIPO DE ESTUDO

Trata-se de um estudo descritivo prospectivo de caráter quantitativo, realizado entre os

participantes de treinamentos simulados sobre prevenção e controle de IRAS, a respeito do

aproveitamento e assimilação de conceitos corretos sobre o assunto.

A pesquisa descritiva requer do investigador um extenso leque de informações sobre o

tema que realizará a pesquisa. Estudos descritivos possuem a finalidade de descrever os fatos

e os fenômenos de determinada realidade (TRIVIÑOS, 1987).

A abordagem quantitativa é apropriada para mensurar tanto opiniões, atitudes e

preferências como comportamentos. A pesquisa quantitativa possui o objetivo de medir

relações entre variáveis por associação e obter informações sobre determinada população. “As

análises quantitativas são muito divulgadas e, nesse sentido, sua planificação geralmente

necessita de menos explicações que as análises qualitativas” (CONTANDRIOPOULOS,

1994, p.90).

3.2 POPULAÇÃO DO ESTUDO

Participantes do curso de extensão: “Prevenção e Controle de Infecções relacionadas à

Assistência à Saúde.

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24

3.3 LOCAL DE ESTUDO

O cenário da pesquisa foi o Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP, localizado

no centro da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Atualmente, o HUAP é a maior e

mais complexa unidade de saúde da Grande Niterói e, portanto, considerado na hierarquia do

SUS como hospital de nível terciário e quaternário, isto é, unidade de saúde de alta

complexidade de atendimento.

O HUAP atende a população da Região Metropolitana II que engloba, além de Niterói,

as cidades de Itaboraí, Maricá, Rio Bonito, São Gonçalo, Silva Jardim e Tanguá. Sua área de

abrangência atinge uma população estimada em mais de dois milhões de habitantes e, pela

proximidade com a cidade do Rio de Janeiro, atende também parte da população desse

município.

3.4 PERÍODO DO ESTUDO

O estudo foi realizado entre novembro de 2013 a dezembro de 2015.

3.5 CRITÉRIO DE INCLUSÃO

Alunos inscritos no curso que preencheram completamente o pré e pós-teste (testes

seguem nos APÊNDICES).

3.6 CRITÉRIO DE EXCLUSÃO

a) Não assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

b) Realização de somente um dos testes de avaliação

c) Preenchimento incompleto de quaisquer um dos testes.

3.7CONTEÚDO DO TESTE DECONHECIMENTO SOBRE IRAS

Todos os participantes foram avaliados através de um pré e pós-teste escrito, contendo

50 questões objetivas semelhantes em ambas as fases, sobre seis grandes áreas do controle e

prevenção de IRAS: higiene de mãos, prevenção de pneumonias associadas à ventilação

invasiva, prevenção de infecções de corrente sanguínea, prevenção de infecções urinárias

associadas a cateter vesical, biossegurança e prevenção de infecções em ambientes não-

hospitalares (ANEXO).As questões foram consideradas como certas ou erradas. Cada questão

contabilizou 2 pontos, sendo a pontuação mínima 0 ponto e a máxima 100 pontos.

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A pontuação foi comparada nas etapas de pré-teste e pós-teste, através de porcentagem

de acertos.

Os resultados dos testes foram comparados em relação ao período de graduação, tipo

de curso da graduação do participante e categoria profissional (quando foi o caso).

3.8 DINÂMICA DO CURSO

O desenvolvimento das dinâmicas e treinamentos simulados foi realizado com base

nas questões dos testes aplicados. A dinâmica dos treinamentos seguiu a mesma sequência

para todos os grupos participantes: apresentação da proposta, aplicação do pré-teste, dinâmica

e treinamentos simulados, aplicação do pós-teste. Todos os grupos possuíam a característica

de conter participantes de diferentes cursos e de diferentes períodos.

Os treinamentos foram oferecidos de maneira gratuita para estudantes da graduação

em cursos da área da saúde, da UFF ou de outras universidades e profissionais da saúde de

quaisquer níveis, sendo a inscrição realizada online em conta de rede social, criada pelos

alunos bolsistas de extensão.Os treinamentos fazem parte de um curso de extensão oficial da

UFF, desde 2012 e foram realizados nas instalações do HUAP.

3.9TRATAMENTO DOS DADOS

A análise dos resultados foi realizada por meio do programa estatístico SPSS versão

21. Para fins de comparação dos dados obtidos pelo aproveitamento positivo nos testes, foi

utilizado o teste de t de Student e considerado p < 0,05 como valor de significância estatística.

3.10ASPECTOS ÉTICOS

A aplicação dos testes e tabulação dos dados foi possível após a assinatura do termo de

consentimento livre e esclarecido pelos participantes. O trabalho foi submetido e aprovado

pela plataforma Brasil sob o nº CAAE: 18961213.1.0000.5243( ANEXO), em 5/11/2013.

O pesquisador se responsabilizará pela preservação dos dados da pesquisa, cabendo-

lhe divulgar os resultados em eventos científicos, sem denegrir a imagem da instituição

envolvida na pesquisa. O pesquisador tem a obrigação de conduzir a pesquisa de acordo com

a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).Parecer do Comitê de Ética e

Pesquisa segue nos Apêndices.

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26

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta seção serão apresentados os resultados referentes à coleta de dados realizada

entre os anos de2013 a 2015. As informações coletadas sãoapresentadas em três categorias

temáticas com o objetivo de favorecer e facilitar a visualização e entendimento dos resultados.

Tais categorias respondem aos objetivos, geral e específico, propostos na pesquisa.

Assim trazendo considerações e importantes dados a serem discutidos. A partir do tema

proposto e da análise do material, optou-se por agrupar os dados em quatro categorias

temáticas.

A primeira categoria a ser descrita será referente ao perfil dos participantes. A segunda

categoria tenta-se entender um pouco do conhecimento dos participantes sobre o tema e o

trabalho em equipe. A terceira categoria expõe um assunto específico sobre o tema. A quarta

categoria trabalha na relevância do treinamento simulado para o presente estudo.

4.1 PRIMEIRA CATEGORIA: PERFIL DOS USUÁRIOS- APRENDER EM DIFERENTES

GRUPOS

Considerando o fato de o treinamento estar inserido nas dependências de um Hospital

Universitário onde conseguimos encontrar alunos e profissionais atuantes nas diversas áreas

do conhecimento em saúde, emergiu a importância de se trabalhar em equipe. Desta forma, os

grupos formados para a realização do treinamento tinham como principal característica conter

participantes dos cursos de graduação e períodos distintos, possibilitando assim visões

diferentes do paciente, conforme sua área de atuação.

Lima e Davi (2008) relatam que é fundamental que haja desenvolvimento de trabalho

em conjunto onde tenha o desempenho de todos num mesmo momento da assistência, cada

um agindo conforme suas competências específicas, e juntas busquem alternativas que

supram as complexidades dos problemas de saúde.

Para reforçar essa idéia Fiorelli (2004) diz que:

Uma equipe é o conjunto de pessoas com um senso de identidade, manifestado em

comportamento desenvolvido e mantido para o bem comum e em busca de

resultados de interesse comum a todos os seus integrantes, decorrentes da

necessidade mútua de atingir objetivos mais especificados.

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Tabela nº1 – Perfil dos Usuários - Aproveitamento do trabalho em equipe, conforme os cursos de

graduação pré e pós-teste (LPEC IRAS-UFF 2013-2015)

Curso Número

Participantes

Respostas

corretas

antes do

treinamento

(%).

Respostas

corretasapós

o

treinamento

(%)

Aproveitamento

Enfermagem 27 51,7 82,1 +30,4

Farmácia 4 49,5 88 +38,5

Medicina 59 53,8 83,8 +30

Total 90 53 83,5 +30,5

A tabela 1 mostra o perfil dos usuários e o aproveitamento pré e pós-teste. Notamos

em todas as categorias profissionais taxas semelhantes de aproveitamento tanto no pré quanto

no pós-teste, indicando que todas os alunos se beneficiaram de maneira homogênea, posto que

puderam compartilhar vivências diferentes em um mesmo momento, facilitando assim o

aprendizado através dos treinamentos simulados.

Assim o trabalho tem valor usual e pode ser rico devido à ampliação do conhecimento

através da interação dos alunos, que faz parte do uso da articulação de novos saberes para que

resulte na busca da visão crítica e na criação de novos recursos para atingir os diferentes

níveis da saúde.

4.2 SEGUNDA CATEGORIA: MENSURAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS USUÁRIOS

ATRAVÉS DOS TESTES SOBRE OS DIFERENTES TEMAS ABRDADOS.

Aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão para a participação na pesquisa, temos

que: todos os integrantes do estudo deveriam permanecer até o fim do estudo que implica no

preenchimento completo do pré e pós-teste realizado para fins de mensuração do

conhecimento dos participantes. Caso o mesmo tivesse preenchimento parcial ou incompleto

do pré-teste ou pós teste o participante era desligado do estudo.

O pré-teste é um formulário com questões feitas aos participantes no início de uma

determinada pesquisa, tem como finalidade de traçar o nível de conhecimento sobre o

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conteúdo que será aplicado. Ao término do conteúdo de formação aplicado, os participantes

respondem o chamado pós-teste, sendo o mesmo instrumento inicial, para a mensuração do

nível de dificuldade. A partir da comparação das notas dos pré e pós-testes, será possível

identificar se a intervenção foi bem-sucedida em aumentar o conhecimento do participante

sobre o conteúdo da formação (I-TECH, 2008)

O gráfico nº1, mostrado abaixo, faz a relação entre o aproveitamento de cada curso

nos testes(pré e pós),conforme os conteúdos sobre as seis grandes áreas do controle e

prevenção de IRAS (higienização das mãos, prevenção de infecções associadas a cateteres

venosos, prevenção de infecções urinárias associadas a cateteres vesicais, prevenção de

pneumoniasassociadas à ventilação invasivae biossegurança). Os temas abordados nos testes

foram escolhidos, de modo que todos fizessem parte da prática comum dos participantes e

seus cursos.

Gráfico nº01 – Taxa de acertos dos alunos da graduação em saúde, medidos através de pré e

pós-teste ( LPEC IRAS-UFF 2013-2015)

Nota-se que através do resultado apresentado que nos pré e pós-teste, obtivemos a

resposta dos participantes sobre a absorção do conteúdo durante o período de formação

(treinamento). Além de, facilitar o examinador a avaliar as questões que ocorreram maior

número de erros, mostra também quais conceitos e competências precisam ser mais bem

atendidas e enfatizadas, ou até buscar novas alternativas para facilitar o ensinamento.

Através da leitura do gráfico nº 01 acima notamos que a porcentagem obtida no pré-

teste informa o conhecimento prévio do tema pelos alunos e pós-teste informa o quanto de

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assimilação do conteúdo o aluno apreendeu, permitindo assim concluir que, o uso do

instrumento ao término do ensinamento (pós-teste) possibilitou compreender e avaliar a

absorção de conteúdo pelos participantes sobre o material de intervenção aplicado. Em todos

os temas houve aproveitamento superior no pós-teste quando comparado ao pós-teste

Evidencia-se assim, a importância da estratégia de treinamentos simulados mostrando-

se como uma valiosa ferramenta para o pesquisador, tendo em vista a clareza na visualização

dos resultados, quando comparado ao teste realizado no início do treinamento. Mastambém a

contribuição pessoal dos participantes na construção do conhecimento.

4.3TERCEIRA CATEGORIA: CORRELAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS ALUNOS

DOS DIFERENTES CURSOS DE GRADUAÇÃO QUANTO A TEMÁTICA DE

HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.

Através do questionário realizado aos alunos que continham o total de 50 questões dos

temas que englobam as infecções relacionadas à assistência a saúde, 7 (sete) delas abordavam

a temática Higienização das Mãos que é um dos principais meios de prevenção de infecções

quanto entendido e praticado corretamente.

A higienização das mãos, que é um procedimento simples, barato e extremamente

discutido a respeito de seus benefícios, ainda, não é tido como um hábito no ambiente

hospitalar. Durante o Treinamento de intervenção, entre a realização dos testes, foi realizado o

Procedimento de Prática de higienização das mãos preconizado pela ANVISA e curiosamente

os alunos apresentaram dificuldade em realizar a prática correta.

A higienização das mãos é um método profilático que tem destaque no combate às

infecções hospitalares, já que é a partir das mãos a grande disseminação de microrganismos, e

ainda, “qualquer momento durante a prestação de assistência é considerado um risco de

transmissão, principalmente em ambientes que contenham pacientes imunocomprometidos

e/ou presença de dispositivos invasivos” (OPAS; ANVISA, 2008).O gráfico nº2 mostra o

desempenho dos alunos dos três cursos avaliados, em relação às taxas de acerto no pré e pós-

teste, realizado após o treinamento simulado.

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Gráfico nº02 – Taxa de acertos (%) de alunos da graduação em saúde no pré-teste e pós-teste,

realizado após treinamentos simulados sobre Higienização de Mãos (LPEC-IRAS 2013-2015)

A Gráfico nº02 mostra através dos resultados do pré-teste que todos os alunos, dos três

cursos e de diferentes períodos, aumentaram suas taxas de acertos na temática avaliada em

questão, o que demonstra a utilidade desta estratégia de aprendizado para aumento do

conhecimento.

. Tais resultados alarmaram sobre os possíveis erros cometidos e dúvidas frequentes

resultante do conhecimento deficiente sobre o assunto.

4.4 QUARTA CATEGORIA: RELEVÂNCIA DO TREINAMENTO SIMULADO PARA

CONTRIBUIÇÃO DO APRENDIZADO.

De acordo com, Ribeiro (2009), simulação é a comprovação dos procedimentos

estipulados em um determinado cenário através de treinamentos, que pode ser representado de

forma hipotética, onde todas as ações são aplicadas de modo que promova seu efetivo

controle, como em uma emergência real até o seu encerramento.

De acordo com os fundamentos e os propósitos do treinamento, Haddad (2011), relata

que o simulado deve ser uma real situação do que será apresentado, ou seja, o seu objetivo

não pode iludir ou apenas encenar um ocorrido.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Enfermagem Farmácia Medicina

Pre Teste: Higienização das mãos

Pós Teste de Higienização dasmãos

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Ao avaliar o método de treinamento notou-se que é uma ferramenta importante para

que os alunos se capacitem e aperfeiçoem em determinado assunto. Nessa pesquisa, os

treinamentos tiveram como foco qualificar e atualizar os alunos, além de promover a

interação e motivação os mesmos.

Ficando assim comprovado, através da tabela (1) e gráficos (1 e 2), mostrados nas

categorias acima que, o uso do Treinamento simulado é inestimável para a fixação do

conteúdo, e uma valiosa forma de se obter novos conhecimentos de forma dinâmica, além de

ser uma renomada forma de prever e promover o combate a infecções relacionadas à

assistência à saúde.

Uma limitação de nosso estudo foi avaliar o percentual de acertos somente no

momento após a realização do treinamento, quando os conceitos ainda estão recentes. Futuros

estudos que avaliem o conhecimento após um período maior de tempo depois do fim do

treinamento seriam interessantes para avaliar o conhecimento remoto e eficácia em longo

prazo desta estratégia de aprendizado.

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5 CONCLUSÃO

Com análise nos dados, percebe-se que ainda há uma grande necessidade de se estudar

as vertentes que envolvem as infecções relacionadas à assistência à saúde.

Para a realização do trabalho foi preciso conhecer o perfil dos usuários para que os

assuntos fossem pertinentes a todos os cursos da graduação e a obtenção dos resultados

acontecesse de maneira satisfatória. Assim, ficou clara a importância do trabalho em equipe,

uma vez que, a interação dos usuários, a troca de experiências sobre os assuntos promoveu

maior esclarecimento resultando na fixação do conteúdo programático.

A mensuração do conhecimento dos alunos através de testes teve positivo

aproveitamento de forma que, ao aplicarmos o mesmo teste antes e após o instrumento de

intervenção, tivemos claramente a resposta comparativa dos alunos sobre cada tema abordado.

Esse método foi um grande artifício para a comparação dos dados e a obtenção de resultados.

Nota-se que apesar da higienização ser um procedimento simples, vimos que ainda

existe muitas dúvidas em relação ao tema abordado, por isso é extremamente importante que

seja sempre discutido seus benefícios e riscos causados pela teoria e prática quando defasadas.

Os treinamentos simulados tiveram como objetivo facilitar a aquisição de

conhecimentos, devido a dinamicidade do aprender o que tornou o processo de aprendizado

renomado.

Com essa pesquisa podemos notar que os alunos não precisam apenas se informar

sobre as infecções, mas de reestruturação e implementação de novas estratégias que

promovam a assistência qualificada nas ações prestadas por alunos, já que se trata de um

hospital Universitário.

Pensa-se ainda como contribuição para a prevenção das IRAS no ambiente hospitalar,

que haja treinamentos regulares de acordo com as demandas encontradas em cada setor do

HUAP onde os alunos são atuantes.

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6 OBRAS CITADAS

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MENDES, Cristina Damasceno Correa Tavares; CAMAROTTO JUNIOR, Mário. A

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MINAYO, Maria;SOUZA, Cecília de. (Orgs.). Pesquisa social: teoria método e criatividade.

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PUCCINI, Paulo de Tarso. Perspectivas do controle da infecção hospitalar e as novas forças

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REA, Louis M. Metodologia de Pesquisa do planejamento a execução. Cengage Learning

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SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez,

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7 OBRAS CONSULTADAS

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v. 75, 1999.

GOMES, C. H. R; BARROS, A. A.; ANDRADE, M. C. T.; ALMEIDA, S. Adesão dos

profissionais de saúde à lavagem de mãos em enfermarias de clínica médica e cirúrgica. Rev

Med, Minas Gerais, v.17, n.1/2, p.5-9, 2007.

JÚLIO, H. G.Infecção na Unidade de Terapia Intensiva: Principais Fatores Causadores.

Campinas, SP. 2013.

LOCKS, L.; LACERDA, J.T.; GOMES, E.; TINE, A. C. P. S. Qualidade da higienização das

mãos de profissionais atuantes em unidades básicas de saúde. Rev. Gaúcha Enferm., Porto

Alegre, v.32, n.3, Sept. 2011.

MOURA, M. E. B.; CAMPELO, S. M. A.; BRITO, F. C. P.; BATISTA, O. M. A.; ARAÚJO,

T. M. E.; OLIVEIRA, A. D. S. Infecção hospitalar: estudo de prevalência em um hospital

público de ensino. Rev. bras. enferm., Brasília, v.60, n.4, July/Aug. 2007.

REDE BRASILEIRA DE ENFERMAGEM E SEGURANÇA DO PACIENTE. Estratégias

para a segurança do paciente: manual para profissionais da saúde / Rede Brasileira de

Enfermagem e Segurança do Paciente. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2013. 132 p.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO. Infecção hospitalar: Manual de

orientações e critérios diagnósticos. Sistema de vigilância epidemiológica das infecções

hospitalares do estado de São Paulo, 2011.

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8 APÊNDICES

8.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

NOME DA PESQUISA: CONHECIMENTO E PERFIL DOS USUÁRIOS DOS

CURSOS DO LABORATÓRIO DE ENSINO EM PREVENÇÃO E CONTROLE DE

INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

INTRODUÇÃO

O Senhor(a) está convidado a participar de uma pesquisa científica.

Gostaríamos de esclarecer que sua participação é inteiramente voluntária e anônima, isto é,

você pode optar por não participar ou, caso participe, retirar-se a qualquer momento do

estudo. Embora não haja garantia de qualquer benefício pessoal, a sua participação na

pesquisa certamente contribuirá para o avanço do conhecimento e conseqüentemente

ajudará muitos outros indivíduos no futuro.

Abaixo expomos um resumo de nossa pesquisa. Por favor, leia com atenção e retire suas

dúvidas com o pesquisador responsável.

Justificativa do estudo

O presente estudo será realizado para verificar seu conhecimento sobre infecções

relacionadas à assistência à saúde e seu perfil como usuário dos cursos do laboratório de

ensino em prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde(LPEC-

IRAS).

Os resultados poderão ajudar a melhorar a assistência à saúde, direcionando mais esforços

para corrigir as inadequações e processos de trabalho, além de melhorar a rotina de

atendimento ao paciente e cuidado com a sua saúde.

Objetivo do estudo

O estudo para o qual estamos lhe convidando a participar tem como objetivo: Mensurar o

perfil dos usuários dos cursos de treinamentos propostos pelo LPEC-IRAS e verificar o

conhecimento dos participantes , a respeito de infecções relacionadas à assistência à saúde,

através da realização de pré e pós testes.

Benefícios

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O principal benefício relacionado à sua participação nesta pesquisa é contribuir para a

melhoria de suas condições de trabalho e atendimento a pacientes, com ênfase na prevenção

de infecções relacionadas à assistência à saúde.

Procedimentos a serem realizados e possíveis desconfortos

Caso Sr(a) aceite participar deste estudo, o sr assinará este termo e realizaremos um

questionário anônimo e auto-preenchido no qual faremos algumas perguntas sobre você ,

sua rotina de trabalho em relação a procedimentos que possam causar transmissão de

doenças e seu conhecimento sobre infecções relacionadas à assistência à saúde.

Quais pessoas que não poderão participar do estudo

Funcionários que manifestem o desejo de não participar do estudo.

Durante a sua participação na pesquisa o Sr(a) poderá:

1. Solicitar maiores esclarecimentos sobre a mesma incluindo perguntas relacionadas a

importância da pesquisa;

2. Retirar o seu Termo de Consentimento Livre e Esclarecido a qualquer momento da

pesquisa sem que nenhum tipo de penalização ou prejuízo no seu tratamento;

3. Ter garantia da equipe de pesquisa e do seu coordenador de que todos os dados

coletados serão confidenciais e mantidos em sigilo.

4. Saiba que não haverá nenhuma remuneração financeira ou compensação monetária

para participação nesta pesquisa.

As informações coletadas durante a sua participação serão analisadas em conjunto com as

informações de outras unidades de saúde. O seu consentimento permite o uso dos dados

coletados apenas para esta pesquisa científica e conseqüentemente publicação em revistas

voltadas ao público médico ou fazerem parte de material educacional. Todos os dados

relativos à sua participação serão mantidos em local reservado e seguro. Nenhuma informação

privada, ou que possa levar à identificação dos participantes será fornecida a terceiros.

Em qualquer etapa do estudo, você terá acesso aos representantes da equipe de pesquisa na

Universidade Federal Fluminense (UFF). A equipe pode ser contatada a qualquer momento

para tirar qualquer dúvida ou para obter atualização sobre os resultados parciais da pesquisa.

Se você tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com

o coordenador do estudo (Dr. André Ricardo Araujo da Silva, na Faculdade de medicina-

Universidade Federal Fluminense, Departamento Materno-Infantil. tel.: 2629-9031 ou celular:

9854-1950.

Consentimento para participar deste estudo

Acredito ter sido suficientemente esclarecido acerca do estudo, ficando claro para mim todas

as suas etapas. Concordo voluntariamente em participar e confirmo que não possuo nenhum

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dos critérios de exclusão para participar do mesmo. Recebi uma cópia assinada deste Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido e estou ciente que a minha assinatura não significa que

estou renunciando aos meus direitos legais, de acordo com as leis vigentes no Brasil.

_____________________________ _______ _____________________

Assinatura do Familiar ou representante legal Data

_____________________________ _______

Nome por extenso do Familiar ou representante legal

_____________________________ _______ _____________________

Assinatura da Pessoa que Obteve o Consentimento Data

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8.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA- PRÉ E POS TESTE

LABORATÓRIO DE ENSINO DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES

RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE-LPEC IRAS

CURSO DE EXTENSÃO PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À

ASSISTÊNCIA À SAÚDE- PRÉ-TESTE-JUNHO 2015

Nome:_________________________________________________________________

Higienização de mãos:Marque V (verdadeiro) ou F ( falso) para as afirmativas abaixo:

( ) As preparações alcoólicas são superiores na remoção de micro-organismos multirresistentes

quando comparadas com a higienização de mãos com água e sabão.

( ) O uso de sabão em barra (grande) é uma alternativa para o sabão líquido para a correta

higienização de mãos.

( ) Um dos principais contaminantes dos sabões líquidos é a Pseudomonasaeruginosa , micro-

organismo envolvido principalmente em pneumonias associado à ventilação mecânica.

( ) Ao utilizar preparações alcoólicas deve-se esperar 2 minutos para que o produto faça efeito.

Faça a correlação entre as colunas, a respeito de produtos utilizados para higienização de mãos:

1) Clorexidina a 2% ( ) Não apresenta efeito residual

2) Álcool a 70% ( ) É considerado o melhor antisséptico disponível

3) Iodóforos (PVPI) ( ) Ótima ação contra bactérias Gram positivas e negativas.

Prevenção de infecções associadas a cateteres venosos: Marque V (verdadeiro) ou F ( falso):

( ) Cateteres venosos periféricos devem ser trocados a cada 72h/96h, em adultos

( ) É recomendada rotineiramente a coleta de sangue através de cateteres venosos periféricos em

adultos e crianças

( ) Os melhores resultados na prevenção de infecções relacionadas à cateteres intra-vasculares são

obtidos quando é instituído uma equipe treinada para sua inserção.

( ) O sítio de inserção do cateter deve ser inspecionado a cada 48h pela equipe de saúde.

( ) Toda ponta de cateter profundo após sua utilização,deve ser retirada e enviada para cultura semi-

quantitativa

Faça a correlação entre as colunas, a respeito de cateteres venosos periféricos e profundos:

1) Catéter periférico ( ) Utilizado normalmente para tratamentos prolongados como

quimioterapia

2) Catéter venoso profundo ( ) 1ª escolha para administração de volumes e medicamentos

IV

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3)Catéter profundo de inserção periférica (PICC) ( )Tempo máximo de permanência de 5

dias

4)Catéter totalmente implantado ( ) Veias preferenciais de inserção são do membro

superior

5)Catéter arterial umbilical ( ) Não há consenso para inserção preferencial em

crianças

Prevenção de infecções associadas a cateteres vesicais: Marque V (verdadeiro) ou F ( falso):

( ) Os rins e bexiga do homem normalmente são estéreis, ou seja, não contêm bactérias.

( ) São indicações para o uso de catéteres vesicais: incapacidade de urinar sozinho, medição precisa

do volume urinário ou após algumas cirurgias.

( ) A infecção associada à cateter vesical ocorre quando bactérias ou fungos ascendem pelo cateter e

atingem a bexiga ou rins.

( ) Atualmente são recomendados cateteres impregnados com antibióticos como de primeira escolha

para cateterização vesical prolongada em detrimento de cateteres vesicais de silicone.

Prevenção de pneumonias associadas a equipamentos de terapia inalatória e ventilação

mecânica: Marque V (verdadeiro) ou F ( falso) para as afirmativas abaixo:

( )Estudos recentes indicam que a quimioprofilaxia com antibióticos durante o período de intubação

orotraqueal reduz a incidência de PAV em 40%.

( ) Em pacientes intubados, uma das medidas recomendadas para a prevenção de PAV é a limpeza da

cavidade oral com clorexidine veículo oral a 0,12% ou 0,2%, 3 a 4 vezes ao dia.

( ) Os germes mais comumente causadores de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) são

vírus (adenovírus e VSR) e fungos ( Candidaspp e Aspergillusspp)

( ) Os micronebulizadores utilizados para nebulização podem ser utilizados por até 48h em pacientes

diferentes.

( ) A taxa de PAV é maior em pacientes que utilizam sistema aberto de secreções quando comparado

com aqueles que utilizam sistema fechado.

Biossegurança/Reprocessamento: Marque V (verdadeiro) ou F ( falso) para as afirmativas abaixo:

( ) Pacientes com meningite meningocócica necessitam de precaução por gotículas e não precaução

aérea.

( ) Máscaras de proteção facial do tipo N95 ou PFF2 podem ser utilizadas novamente desde que

armazenadas adequadamente.

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( ) Todos os profissionais de saúde ( incluindo os alunos) devem estar com a vacinação contra a

hepatite B em dia ( 3 doses)

( ) Seringas de plástico, tubos orotraqueais, cateteres nasais de oxigênio e compressas cirúrgicas são

itens enquadrados como de uso único, sendo proibido o reprocessamento.

Correlacione as precauções necessárias conforme o tipo de precaução específica para cada doença

ou infecção:

1) Precaução de contato (capote de proteção +luvas) 2) Precaução aérea (máscara N95) 3)

Precaução de gotículas ( máscara cirúrgica) 4) Precaução padrão ( usada em qualquer paciente

independente da doença de base).

( ) Gastroenterites ( ) Tuberculose ( ) Varicela( ) Escabiose (sarna) ( ) Meningite meningocócica (

) Pediculose ( ) Infecção pelo HIV ( ) Molusco contagioso ( ) Resfriado comum

Correlacione os tipos de equipamentos médicos hospitalares conforme a classificação proposta por

Spaulding para o reprocessamento.

1) Artigo crítico (destinados à penetração de pele e mucosas)2)Artigo semi-crítico (contato com

pele não íntegra ou mucosas) 3) Artigo não crítico (contato com pele íntegra)

( ) Nebulizadores()Termômetros()Oxímetros de pulso ()Tuboorotraqueal ( ) Circuitos de

respiradores ( ) Máscaras faciais ( ) Tenda de oxigênio (hood) ( ) Cabo de bisturi ( )

Espéculo vaginal ( ) Cânulas de endoscopia ( ) Estetoscópio

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9 ANEXOS

Plataforma Brasil