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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM ASSISTENCIAL ELISA MONTEIRO MAGALHÃES BAMBERG OFICINA DE TECNOLOGIA - INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM PARA ESTIMULAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO DIGITAL: quase-experimento Niterói/ RJ 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Monteiro Magalhaes... · Los datos fueron organizados en una hoja de cálculo electrónica del programa Microsoft Excel 2007 y analizados

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO PROFISSIONAL EM ENFERMAGEM ASSISTENCIAL

ELISA MONTEIRO MAGALHÃES BAMBERG

OFICINA DE TECNOLOGIA - INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM PARA

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

DIGITAL: quase-experimento

Niterói/ RJ

2019

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ELISA MONTEIRO MAGALHÃES BAMBERG

OFICINA DE TECNOLOGIA - INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM PARA

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

DIGITAL: quase-experimento

Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional de Enfermagem Assistencial da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial a obtenção do título de Mestre.

Orientador: Profª. Dra. Rosimere Ferreira Santana

Linha de Pesquisa: O Cuidado de Enfermagem

Para os Grupos Humanos

Niterói / RJ

2019

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ELISA MONTEIRO MAGALHÃES BAMBERG

OFICINA DE TECNOLOGIA - INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM PARA

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA DE IDOSOS NA PERSPECTIVA DA INCLUSÃO

DIGITAL: quase-experimento

Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional de Enfermagem Assistencial da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial ao título de Mestre.

Defesa em 18 de outubro de 2019.

BANCA EXAMINADORA

Profa. Dra. Rosimere Ferreira Santana – Presidente Universidade Federal Fluminense / EEAAC / UFF

Dra. Priscilla Alfradique de Souza – 1º Examinador Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro / EEAP / UNIRIO

Prof. Dr. Flávio Luiz Seixas – 2º Examinador Universidade Federal Fluminense / IC / UFF

Profa. Dra. Carla Targino Bruno dos Santos – Suplente Universidade de Brasília / FCS / UNB

Profa. Dra. Paula dos Santos Kropf - Suplente Universidade Federal Fluminense / ESS / UFF

Niterói / RJ

2019

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FINANCIAMENTO

EDITALN°27/2016

APOIOAPROGRAMASDEPÓS-GRADUAÇÃODAÁREADEENFERMAGEM–MODALIDADEMESTRADOPROFISSIONAL

ACORDOCAPES/COFEN

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DEDICATÓRIA

À Deus, que sempre iluminou meu caminho, permitindo o

alcance e conclusão de mais este degrau de crescimento

profissional.

À minha família, pelo amor e compreensão, por todo

incentivo e fortalecimento.

Aos idosos do UFFESPA, que com suas experiências de vida,

enriqueceram este trabalho

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que me ajudou a vencer as dificuldades, mesmo nas horas de

exaustão e desânimo, recarregando minhas energias, por ter me sustentado até aqui,

iluminando os meus caminhos durante essa longa trajetória. Essa conquista seria

impossível, sem seu amor e cuidado nos mínimos detalhes. Não existe nada melhor do que

a segurança de ser conduzida por ti.

À minha família, mãe, pai, esposo e filhos, que mesmo em dias complicados, me

deram força e suporte para que eu não desistisse e, sempre me proporcionaram momentos

de grande ajuda, alegrias e incentivo ao longo da realização deste trabalho.

À todas as pessoas que carinhosamente aceitaram participar deste estudo, sou grata

e feliz aos momentos que tivemos.

A todos que direta ou indiretamente contribuíram para a conclusão deste estudo e

melhoria da minha formação, o meu muito obrigada.

À Estatística Keila Mara Cassiano pela análise realizada.

Ao edital CAPES/COFEn pelo financiamento e apoio na execução do estudo.

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RESUMO

Objetivo: desenvolver um modelo de intervenção de enfermagem com oficinas de estimulação cognitiva para inclusão digital denominada “Oficina de Tecnologia” para idosos frequentadores de um grupo de convivência. Método: estudo de abordagem quantitativa, do tipo quase experimental desenvolvido sem randomização que envolveu a avaliação do efeito da intervenção proposta “Oficina de Tecnologia”, denominada teste, comparada a “Oficina de Memória”, denominada convencional. Os participantes foram idosos inscritos no projeto de extensão: Oficinas de Memória Cognitiva: Tecnologias e jogos direcionado para idosos. O cenário do estudo foi o Espaço Avançado, situado na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. A coleta de dados ocorreu em três etapas, entre período de junho de 2018 a agosto de 2019: 1) avaliação pré-intervenção; 2) oficinas de estimulação cognitiva com ênfase em uso da tecnologia e cognitiva; e 3) avaliação pós-intervenção. As intervenções foram realizadas ao longo de 16 semanas, uma vez por semana, com duração de 60 minutos cada. Os dados foram organizados em planilha eletrônica do programa Microsoft Excel 2007 e analisados pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 22.0. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da instituição parecer nº: 3.386.754 e CAEE nº 11019912.4.0000.5243. Resultados: A amostra por conveniência foi formada por 60 idosos cadastrados no projeto, 90% do sexo feminino, de faixa etária entre 75 a 80 anos (30,0%) e escolaridade relativa ao ensino médio completo (55,0%), distribuídos em grupos de intervenção memória (29 idosos) e intervenção tecnologia (31 idosos), em ambos os grupos, os escores MEEM, (0,006, 0,001) EDG (0,000, 0,001) e o Escore de Aceitação da Tecnologia (0,000, 0,018) apresentaram uma melhora significativa. A Escala de Apoio Social MOS-sss não foi significativa em nenhum dos grupos (0,114, 0,276) evidencia a necessidade de intervenções que enfatizem o melhoramento desse quesito. O escore Lawton permaneceu sem alterações (1,000) para ambos os grupos, ou seja, não houveram perdas nas atividades instrumentais de vida diária. Os dados demonstraram que a Oficina de tecnologia também pode ser uma intervenção eficaz para promoção da melhora cognitiva e, consequentemente do envelhecimento saudável, pois inclui os idosos na era digital, com melhoramento dos idosos em conhecimentos específicos na área da tecnologia. Conclusão: a intervenção teste Oficina de tecnologia melhorou o estado cognitivo, de humor, e de aceitação do uso de tecnologias tanto quanto a intervenção convencional Oficina de Memória. No entanto, a segunda reforça o aspecto da inclusão digital enquanto mecanismo de inclusão social, apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação para o exercício da cidadania e possibilidade do desenvolvimento da autonomia da pessoa idosa no seu cotidiano. Assim, aspectos sociais foram implementados dado o impacto do aumento da população idosa e da necessidade de desenvolvimento de espaços de socialização e aprendizagem contínua. Como produto final foi criado um e-book com o detalhamento da metodologia desenvolvidas nas Oficinas teste de Tecnologia, em associação ao Processo de enfermagem e aos testes e escalas gerontológicas utilizadas, como uma tecnologia social para ampliação do produto desenvolvido.

Descritores: Enfermagem geriátrica; Inclusão digital; Isolamento social; Grupos de autoajuda.

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ABSTRACT

Objective: To develop a model of nursing intervention with cognitive stimulation workshops for digital inclusion called “Technology Workshop” for elderly people attending a social group. Method: Quantitative approach study, of an almost experimental type developed through clinical trials or controlled tests without randomization that involve an intervention. The participants were elderly enrolled in the extension project: Cognitive Memory Workshops: Technologies and games with didactics aimed at the elderly. The study scenario is an Advanced Space, located in the city of Niterói, Rio de Janeiro. Data collection took place in three stages, from February to August 2019: 1) pre-intervention assessment; 2) cognitive stimulation workshops with an emphasis on the use of technology cognition held in 16 weeks; and 3) post-intervention assessment. Interventions were carried out over 16 weeks, once a week, lasting 60 minutes each. The data were organized in an electronic spreadsheet of the Microsoft Excel 2007 program and analyzed by the SPSS program (Statistical Package for the Social Science), version 22.0. The study was approved by the Ethics and Research Committee of the institution, opinion number: 3,386,754 and CAEE number 11019912.4.0000.5243. Results: The sample is formed by 60 elderly people, 90% of whom are female, aged between 75 and 80 years old (30.0%) and education related to complete high school (55.0%), randomly distributed in groups of memory intervention (29 elderly) and technology intervention (31 elderly). In both groups, the MEEM, EDG scores and the Technology Acceptance Score showed a significant improvement after the intervention, demonstrating that technology can be an effective tool for healthy aging, however, other activities such as cognitive ones also contribute. There was also an improvement in the learning of the elderly in specific knowledge in the area of technology. Conclusion: Intervention with technology improved cognitiveness as much as conventional intervention, however, the second reinforces the aspect of digital inclusion as a mechanism for social inclusion, appropriation of Information and Communication Technologies for the exercise of citizenship and the possibility of developing autonomy of the elderly person in their daily lives. Thus, social and productivity aspects are highlighted due to the increase in the elderly population and the need to offer spaces for socialization and continuous learning. As an end product, an e-book was developed containing the methodology for implementing a cognitive stimulation workshop, detailing the activities developed and tested, which can be implemented in other scenarios.

Keywords: Geriatric Nursing; Digital Inclusion; Social Isolation; Self-Help Groups

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RESUMEN

Objetivo: Desarrollar un modelo de intervención de enfermería con talleres de estimulación cognitiva para inclusión digital llamado "Taller de Tecnología" para personas mayores que asisten a un grupo social. Método: estudio de enfoque cuantitativo, de tipo casi experimental desarrollado a través de ensayos clínicos o pruebas controladas sin aleatorización que impliquen una intervención. Los participantes eran personas mayores inscritas en el proyecto de extensión: Talleres de memoria cognitiva: tecnologías y juegos con didácticas dirigidas a personas mayores. El escenario de estudio es un Espacio Avanzado, ubicado en la ciudad de Niterói, Río de Janeiro. La recopilación de datos se realizó en tres etapas, de febrero a agosto de 2019: 1) evaluación previa a la intervención; 2) talleres de estimulación cognitiva con énfasis en el uso de tecnología / cognitiva llevados a cabo en 16 semanas; y 3) evaluación posterior a la intervención. Las intervenciones se llevaron a cabo durante 16 semanas, una vez a la semana, con una duración de 60 minutos cada una. Los datos fueron organizados en una hoja de cálculo electrónica del programa Microsoft Excel 2007 y analizados por el programa SPSS (Paquete Estadístico para las Ciencias Sociales), versión 22.0. El estudio fue aprobado por el Comité de Ética en Investigación de la institución, número de opinión: 3,386,754 y número CAEE 11019912.4.0000.5243. Resultados: la muestra está formada por 60 personas mayores, de las cuales el 90% son mujeres, con edades comprendidas entre 75 y 80 años (30.0%) y educación relacionada con la secundaria completa (55.0%), distribuidas al azar en grupos de intervención de memoria (29 ancianos) e intervención tecnológica (31 ancianos). En ambos grupos, los puntajes MEEM, EDG y el puntaje de aceptación de tecnología mostraron una mejora significativa después de la intervención, lo que demuestra que la tecnología puede ser una herramienta eficaz para un envejecimiento saludable, sin embargo, otras actividades como las cognitivas también contribuyen. También hubo una mejora en el aprendizaje de las personas mayores en el conocimiento específico en el área de la tecnología. Conclusión: la intervención con tecnología mejoró la cognición tanto como la intervención convencional; sin embargo, la segunda refuerza el aspecto de la inclusión digital como mecanismo para la inclusión social, la apropiación de las tecnologías de la información y la comunicación para el ejercicio de la ciudadanía y la posibilidad de desarrollar la autonomía. de la persona mayor en su vida diaria. Así, los aspectos sociales y de productividad se destacan debido al aumento de la población de adultos mayores y la necesidad de ofrecer espacios para la socialización y el aprendizaje continuo. Como producto final, se desarrolló un libro electrónico que contiene la metodología para implementar un taller de estimulación cognitiva, que detalla las actividades desarrolladas y probadas, que pueden implementarse en otros escenarios.

Descriptores: Enfermería Geriátrica; Inclusión Digital; Aislamiento Social; Grupos de Autoayuda

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mudanças no ser humano que ocorrem ao longo da vida ..................................... 29

Figura 2: Desenho do estudo para grupo de intervenção “tecnologia” ............................... 42

Figura 3: Desenho do estudo para grupo de intervenção “tecnologia” ............................... 43

Figura 4: Áreas de atuação das intervenções de tecnologia ................................................ 45

Figura 5: Áreas de atuação das intervenções convencionais ............................................... 46

Figura 6: Distribuições dos escores de aceitação à tecnologia antes e após a intervenção em

ambos os grupos .................................................................................................................. 62

Figura 7: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os Escore de Aceitação de

Tecnologia final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia ....... 63

Figura 8: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os Escore de Apoio Social

final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia .......................... 64

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Proposta de intervenções em tecnologia ............................................... 45

Quadro 2: Proposta de intervenções memória ................................................................. 45

Quadro 3: Classificação do nível de aceitação à tecnologia do idoso a partir do valor do

Escore de Aceitação de Tecnologia .................................................................................... 48

Quadro 4: Classificação do nível do Escore de Apoio Social .............................................. 49

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características dos idosos participantes da pesquisa ........................................... 51

Tabela 2: Principais estatísticas da distribuição dos escores funcionais iniciais dos idosos participantes da pesquisa ...................................................................................................... 53

Tabela 3: Distribuição de frequências das questões sobre a rede social dos idosos ............ 54

Tabela 4: Principais estatísticas da distribuição dos escores de tecnologia e apoio social iniciais dos idosos ............................................................................................................... 55

Tabela 5: Distribuições de frequências das classificações Escore de Aceitação de Tecnologia e Escore de Apoio Social ................................................................................... 56

Tabela 6: Distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de Aceitação de Tecnologia antes e após a intervenção nos grupo de intervenção ....................................... 57

Tabela7: Distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de Apoio Social antes e após a intervenção nos grupos de intervenção ......................................................... 58

Tabela 8: Principais estatísticas dos escores MEEM, EDG, KATZ, LAWTON, Escore de Aceitação de Tecnologia, Escore de Apoio Social nas duas avaliações ............................. 59

Tabela 9: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os escores final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção ................................................................... 60

Tabela 10: Comparando as distribuições iniciais de com as distribuições finais de cada itens dos questionários ......................................................................................................... 63

Tabela 11: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação de Tecnologia 3, nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia ............................. 65

Tabela 12: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação de Tecnologia 9 nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia .............................. 66

Tabela 13: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação de Tecnologia 18 nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia ............................ 66

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LISTA DE ABREVIATURAS

CEP Comitê de Ética de Pesquisa CINAHL Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature CMSI Cúpula Mundial Sobre a Sociedade da Informação CNS Conselho Nacional de Saúde CV Coeficiente de Variação EDG Escala de Depressão Geriátrica KATZ Avaliação das Atividades Básicas de Vida Diária LAWTON Avaliação das Atividades Instrumentais de Vida LILACS Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde MEDLINE Medical Literature Analysis and Retrieval System Online MEEM Mini Exame do Estado Mental MOS-SSS Escala de Apoio Social NIC Nursing Interventions Classification OMS Organização Mundial da Saúde ONG Organizações Não Governamentais PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNI Política Nacional do Idoso PNSPI Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa SPSS Statical Package for the Social Science SUS Sistema Único de Saúde TAM Modelo de Aceitação de Tecnologia TCLE Termo de Consentimento Livre Esclarecido TESTE KS Teste Kolmogorov–Smirnov TESTE MW Teste Mann-Whitney TESTE SW Teste Shapiro-Wilk TESTE T-STUDENT Teste T-Student TIC Tecnologia da Informação e Comunicação UFF Universidade Federal Fluminense UFFESPA UFF Espaço Avançado

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 21

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ....................................................................................... 21

1.2 PERGUNTA DE PESQUISA .................................................................................. 24

1.3 OBJETIVOS ............................................................................................................ 24

1.3.1 Objetivo geral .......................................................................................................... 24

1.3.2 Objetivos específicos ............................................................................................... 24

1.4 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 25

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 28

2.1. TEORIA LIFE SPAN: o aprendizado ao longo da vida ......................................... 28

3. REFERENCIAL TEMÁTICO ................................................................................ 32

3.1 INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA ............................ 32

3.2 ISOLAMENTO SOCIAL ........................................................................................ 33

3.2.1 Centro de convivência ............................................................................................. 34

3.3 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO ........................... 36

3.3.1 Inclusão digital ........................................................................................................ 37

4. METODOLOGIA .................................................................................................... 40

4.1 TIPO DE PESQUISA .............................................................................................. 40

4.2 CENÁRIO DE ESTUDO ........................................................................................ 40

4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................. 40

4.4 COLETA DE DADOS ............................................................................................ 41

4.4.1 Intervenções ............................................................................................................. 44

4.5 ANÁLISE DOS DADOS ........................................................................................ 46

4.5.1 Variáveis do estudo ................................................................................................. 47

4.5.1.1 Escore de aceitação de tecnologia .......................................................................... 47 4.5.1.2 Escore de apoio social ............................................................................................. 48

4.6.1 ASPECTOS ÉTICOS DE PESQUISA .................................................................... 49

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5. RESULTADOS ....................................................................................................... 51

5.1 PERFIL DOS PARTICIPANTES ........................................................................... 51

5.2 ANÁLISES DAS VARIÁVEIS PÓS-INTERVENÇÃO ........................................ 58

5.3 ASSOCIAÇÃO DE MELHORAMENTO DOS ESCORES ESCORE DE

ACEITAÇÃO DE TECNOLOGIA E ESCORE DE APOIO SOCIAL COM

OUTRAS VARIÁVEIS ........................................................................................... 65

5.4 ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS ENTRE AS DISTRIBUIÇÕES DAS DUAS

AVALIAÇÕES ....................................................................................................... 67

6. DISCUSSÃO ........................................................................................................... 72

7. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 76

REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 78

APÊNDICE .............................................................................................................. 92

ANEXOS ................................................................................................................. 93

ANEXO A ............................................................................................................... 93

ANEXO B. .............................................................................................................. 95

ANEXO C ............................................................................................................... 96

ANEXO D ............................................................................................................... 97

ANEXO E ................................................................................................................ 98

ANEXO F .............................................................................................................. 100

ANEXO G. ............................................................................................................ 101

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1. INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

Considerando a transição demográfica e o processo de envelhecimento

populacional, com isso os profissionais de saúde são desafiados a atender as demandas e

perspectivas do idoso de forma a preservar sua cidadania, autonomia e capacidade

funcional1,2.

A Enfermagem Gerontológica é uma especialidade baseada no desenvolvimento e

fundamentos nos processos de envelhecimento, podendo assim, valorizar as necessidades

biopsicossocial-culturais e espirituais dos idosos. O principal requisito para o enfermeiro

gerontológico é conhecer o processo de envelhecimento entendendo assim, as necessidades

expressas e não expressas dos idosos, tentando manter os princípios de autonomia. O

enfermeiro deve também, capacitar a equipe de enfermagem a fim de habilitá-los a

executar as ações do cuidado à pessoa idosa com segurança e responsabilidade3.

Compreendendo a inclusão digital como “acesso às redes de telecomunicações,

sistemas e serviços baseados em tecnologias da informação e comunicação (TIC)”4,

2018), o tema em estudo trata da intervenção de enfermagem para inclusão digital de

idosos frequentadores de grupos de convivência.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), houve um

aumento significativo de idosos que utilizam a internet. Em 2017, 31,1% das pessoas com

60 anos ou mais utilizaram a tecnologia frente aos 24,7% do ano anterior. Com relação a

forma de acesso, a maior parte das pessoas acessam a internet por meio do celular (97%).

O uso de microcomputadores diminuiu de 63,7% em 2016 para 56,6% em 2017. A

televisão (16,3%) e tablets (14,3%) também são usados, mas em menor proporção5.

O tema inclusão digital destacou-se nos estudos em gerontologia, onde

politicamente, já está presente desde a Constituição Federal de 19886, mais

especificamente no art. nº 219, no qual refere-se um comprometimento com a viabilização

do desenvolvimento cultural, socioeconômico e com a autonomia tecnológica para os

indivíduos por meio do incentivo a inovação das empresas públicas e privadas e a

manutenção de polos tecnológicos e ambientes de inovação.

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A tecnologia, difundida na sociedade contemporânea, impacta no cotidiano da

população desde seu uso constante com computadores e telefones celulares, até situações

mais rotineiras como, por exemplo, utilizar uma máquina de lavar roupa ou microondas,

com isso a exclusão digital pode ocasionar conflitos intergeracionais7. O usuário idoso

pode tornar vulnerável em um ambiente ao qual ele não consegue se inserir, um ambiente

com o qual ele se “sente, percebe” dependente, ou seja, inativo, inútil, improdutivo8. No

contexto da modernidade relaciona-se o uso da tecnologia e da internet as gerações mais

jovens, negligenciando e, excluindo a população idosa9.

A gerontotecnologia é um domínio tecnológico que interliga o avanço das

tecnologias e aprimora as já existentes relacionando-as necessidades dos adultos mais

idosos. Isso faz com que essa área seja uma chave primordial para a sustentabilidade social,

já que se preocupa com produtos tecnológicos, serviços e ambientes que melhorem e

ajudem na funcionalidade e na qualidade de vida da população idosa10.

Os idosos vieram de uma geração analógica, sem os recursos tecnológicos da

sociedade atual, muitos não conseguiram acompanhar a evolução da tecnologia e, hoje se

encontram excluídos a esse ambiente digital. As iniciativas de inclusão digital para a

terceira idade podem ser vistas como uma forma de minimização a esse afastamento

social10. Com isso, a diminuição da qualidade das funções cognitivas é um processo

esperado devido ao envelhecimento. Diminuições na velocidade na capacidade de atenção,

memória e funções executivas são observadas em todas as pessoas, mesmo as que não

possuem patologias ligadas ao envelhecimento. Deste modo, estratégias de treinamento

cognitivo podem contribuir para uma melhora nestas habilidades11,12.

Em consequência disso, os jogos têm sido utilizados para treinamento cognitivo,

para potencializar as funções cognitivas e prevenir o surgimento de possíveis disfunções

cognitivas futuras13. Como por exemplo, o desenvolvimento de um aplicativo para

telefones móveis e tablets para treino de memória em idosos, com o objetivo de identificar

o interesse e curiosidade dos idosos ao utilizar o aplicativo. Além disso, os aparelhos

tecnológicos constituem um recurso importante para o estímulo cognitivo e forma de

incrementar a socialização dos idosos14.

O envelhecimento como as demais etapas da vida continua como um processo de

transformações para o desenvolvimento humano, que afeta as estruturas físicas, cognitivas

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e a percepção subjetiva do indivíduo, mas o ritmo e a velocidade podem variar de acordo

com a realidade do indivíduo15.

O método conceitual que descreve um envelhecimento bem-sucedido, no qual está

envolvido o modelo classificado de otimização, seleção e compensação, é a teoria do curso

de vida (Life Span). O envelhecimento bem-sucedido implica na manutenção da

autonomia, que possibilita ao indivíduo seguir o curso de sua vida, mantendo a integridade

de sua identidade e de sua capacidade de interagir com o mundo16.

Assim, o envelhecimento ativo é definido pela Organização Mundial da Saúde

(OMS), como um processo de otimização das oportunidades de saúde, aprendizagem ao

longo da vida, participação e segurança, com o foco de melhorar a qualidade de vida à

medida que as pessoas envelhecem, permitindo que elas percebam seu potencial para o

bem-estar físico, social e mental ao longo de toda a vida17. Portanto, enfermeiras

gerontológicas devem prever intervenções de enfermagem para promoção do

envelhecimento ativo, e a inclusão digital é uma em potencial dentre elas.

Ainda em acordo a OMS, mesmo com as perdas funcionais, muitos idosos

continuam representando um recurso fundamental para famílias e comunidades. Muitos

deles continuam trabalhando de forma formal ou informal, mesmo depois da

aposentadoria, demonstrando que o envelhecimento não significa apenas um processo de

perdas17.

Dessa forma, é importante o desenvolvimento de intervenções sistematizadas com

vista a garantia do atendimento específico às demandas da população idosa, com

monitorização da capacidade funcional e subjetiva, para se promover sensação de bem-

estar, aumento da socialização e participação em encontros grupais18. Estudos apontam que

oficinas de estimulação cognitiva também conhecidas como oficinas terapêuticas, visam

estimular o idoso à realização de atividades voltadas para a memória e para o exercício das

funções cognitivas19,20,, permitindo a produção de formas de adaptação às novas situações

vivenciadas e retardo no desenvolvimento de doenças21,22.

Dessa maneira, a utilização de oficinas como estratégia de cuidados e intervenções

de enfermagem, é aplicável ao trabalho singular da enfermagem gerontológica, à medida

que atua no incremento de funcionalidade, autonomia, individualidade, comunicação e

estimulação do idoso para a execução de tarefas cotidianas, incentivando o processo de

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socialização e manutenção de atividades interpessoais e socioculturais, imprescindíveis a

valorização da autoestima e independência23.

Assim, se faz necessário um trabalho interdisciplinar em saúde, com relevante

aplicação de intervenções e construção de atividades direcionadas, que estimulem não

somente os processos cognitivos, mas também a interação com os outros idosos, haja visto

que o trabalho em equipe, a confiança, autoestima, comunicação, e a criatividade

proporcionam relaxamento, melhora do humor, motivação e diminuição da ansiedade,

estresse e depressão24.

1.2 Pergunta de pesquisa

Oficinas de estimulação com ênfase em inclusão digital podem melhorar os escores

de cognição, apoio social e aceitação de tecnologia de idosos frequentadores de um centro

de convivência?

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

Desenvolver um modelo de intervenção de enfermagem com oficinas de

estimulação cognitiva para inclusão digital denominada “Oficina de Tecnologia” para

idosos frequentadores de um grupo de convivência.

1.3.2 Objetivos Específicos

ü Comparar as intervenções de enfermagem para estimulação cognitiva convencional

denominada “oficina de mémoria” com a proposta “oficina de tecnologia” com

ênfase na inclusão digital.

ü Analisar o efeito das oficinas de estimulação cognitiva “convencional” e proposta

de “tecnologia” nos escores de: estado cognitivo, apoio social e aceitação da

tecnologia.

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1.4 Justificativa

A população brasileira mante-se na tendência mundial do envelhecimento

populacional e, ganhou 4,8 milhões de idosos em 2012, superando a marca dos 30,2

milhões em 2017, isso corresponde a um crescimento de 18% em 5 anos, ou seja, cada vez

mais essa faixa etária se torna representativa no Brasil25.

A Política Nacional do Idoso (PNI) sancionada em 199426 e regulamentada pelo

Decreto nº 1.948, de 3 de julho de 199627, para assegurar os direitos sociais e amplo

suporte legal ao idoso. Já prevê o estabelecimento da inclusão digital e a socialização das

pessoas idosas ao recomendar condições para promover sua integração, autonomia e

participação eficaz na sociedade28.

Reiterado pelo Estatuto do Idoso29, a lei nº 10.741, de 1º de outubro de 200330, que

regulamentou os direitos assegurados aos cidadãos a partir dos 60 anos de idade, e

estabeleceu deveres e medidas de punição, ou seja, é a forma legal de proteção e

regulamentação dos direitos da pessoa idosa. E, em seu §1º do Artigo nº 21 do Estatuto do

Idoso30 destaca que “os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às

técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração

à vida moderna”.

O idoso possui o direito de aprender o que há de mais moderno, e o educador

deverá estimular esse interesse, facilitando sua aprendizagem, como citado:

A Lei Geral de Acesso à Informação do Brasil, sancionada em 18 de novembro de 2011 e em vigor desde 16 de maio de 2012, foi um grande avanço para o país nesta área. A configuração desse marco legal estabelece regras que demarcam o papel do Estado como fornecedor de informações por ele geradas aos cidadãos e cidadãs, e pela diminuição da exclusão digital31.

No âmbito da saúde, o Ministério da Saúde, incluiu a população idosa como um dos

itens prioritários na agenda de saúde do país, dando origem a uma Política Nacional de

Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), que tem seu objetivo no âmbito do SUS (Sistema Único

de Saúde), com foco na saúde integral da pessoa idosa, e ênfase no envelhecimento

saudável e ativo1.

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A importância da temática sustenta-se também na lacuna no conhecimento, após a

realização de uma pesquisa sobre artigos científicos nas bases de dados Medical Literature

Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), Cumulative Index to Nursing and

Allied Health Literature (CINAHL), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências

da Saúde (LILACS) e, foram encontrados um total de 62 artigos utilizando os descritores:

"tecnologia da informação" OR “information technology” AND idoso OR aged AND

inclusão OR inclusion. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos artigos foram:

artigos científicos publicados em português, inglês e espanhol; artigos que retratassem a

temática referente à inclusão digital e a pessoa idosa; e artigos publicados no período de

2014 a 2018.

Dos 62 artigos, 28 pertenciam ao MEDLINE; 10 ao LILACS e 24 ao CINAHL.

Foram excluídos 02 artigos por repetição em bases de dados. Após a leitura dos resumos,

foram excluídos 48 artigos por não se enquadrar nos critérios de inclusão, selecionaram-se

12 artigos para leitura na íntegra. Após a leitura, 05 artigos foram excluídos por não

possuírem os idosos como foco principal, avaliando a percepção dos cuidadores ou

familiares e profissionais. Após todo o processo, sobraram 6 artigos que foram incluídos,

sendo 03 artigos da LILACS, 02 do CINAHL e 01 da MEDLINE.

O artigo “Envelhecimento e competências digitais: um estudo em populações

50+”32, encontrado na base LILACS, descreveu que, ao longo do processo de

envelhecimento, a necessidade de comunicação e a manutenção da atividade intelectual são

fatores preponderantes na aquisição de competências digitais, constituindo a inclusão e

educação eixos fundamentais na aprendizagem ao longo da vida.

De acordo com o artigo “Inclusão digital de pessoas idosas: relato de experiências

de utilização de software educativo”33, encontrado na base de dados LILACS, constatou

que a utilização dos softwares educacionais auxiliou os idosos nesse processo de

desmitificação e apropriação de conceitos relacionados ao computador e às ferramentas de

informação e comunicação disponíveis na Web.

O estudo “Tecnologias de Informação e Comunicação via Web: Preferências de uso

de um grupo de usuários idosos”34, encontrado na base de dados LILACS, verificou-se as

preferências de uso de um grupo de usuários idosos pelo uso das TIC, como: e-mail, bate-

papo (mensagens instantâneas), videofonia e redes sociais e, mas a preferência deles nesse

estudo foi e-mails.

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O artigo da CINAHL “É amor ou solidão? Explorando o impacto do uso diário da

tecnologia digital no bem – estar dos idosos” (“Is it love or loneliness? Exploring the

impact of everyday digital technology use on the wellbeing of older adults”)35, revelou

relações positivas entre frequência de uso e apego emocional e frequência de uso e

autopercepção positiva. Houve, no entanto, uma relação negativa entre apego emocional a

um dispositivo e um sentimento de pertencimento, sugerindo um bom equilíbrio entre o

uso da tecnologia para melhorar a autoestima por meio de conexões com redes sociais e

uma excessiva dependência de tecnologia que pode realmente reduzir os sentimentos de

posse.

Já o estudo “Colocando a vovó on-line: os tablets são a resposta para aumentar a

inclusão digital de idosos nos EUA?” (“Getting Grandma Online: Are Tablets the Answer

for Increasing Digital Inclusion for Older Adults in the U.S.?”)36, encontrado na base de

dados CINAHL, descreveu sobre a importância da aprendizagem do uso de tablets para

resolver o problema da falta de autoeficácia tecnológica, que aumentam a inclusão digital

entre adultos mais idosos.

O artigo “Construindo inclusão social para idosos reurais utilizando tecnologias da

informação e comunicação: perspectivas de profissionais rurais” (“Building Social

Inclusion for Rural Older People Using Information and Communication Technologies:

Perspectives of Rural Practitioners”)37, também encontrado na base de dados CINAHL,

destacou a necessidade de responder às diversas habilidades, necessidades e estilos de

aprendizagem dos idosos, para demonstrar os benefícios das TIC, e para envolver os

usuários e criar confiança.

Em geral, foi evidenciado nos artigos, a importância para a população idosa o

aprendizado da tecnologia e a realização das atividades de vida diária, mas poucos

demonstraram resultados no potencial de melhora na socialização, como proposto nesse

estudo.

Com isso, observa-se a necessidade de desenvolver estudos acerca das intervenções

de enfermagem voltadas a problemática da inclusão do uso da tecnologia pelo público

idoso, de baixo custo, realizada em espaços de convivência, e focados na promoção da

política de envelhecimento ativo, objetivando um potencial de melhora nos resultados do

apoio social percebido com recomendação de uso aos serviços de saúde para idosos.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Teoria Life Span: o aprendizado ao longo da vida

A teoria Life Span, idealizada por Baltes (1990), demonstra como o envelhecimento

pode ocorrer de forma saudável e produtiva, considerando a experiência de cada pessoa38.

O envelhecimento saudável não está relacionado somente ao idoso, mas também ao

contexto em que o mesmo está inserido, e quais são os recursos que este recebe para

envelhecer bem e com saúde, por meio de estruturas como educação, saúde, moradia, bons

relacionamentos familiares e sociais, que precisam estar disponíveis para que o idoso possa

ter um envelhecimento com qualidade de vida39.

O desenvolvimento humano é visto como algo que ocorre ao longo da vida,

inclusive na velhice, enfatizando que, nessa etapa, assim como nas anteriores, há

crescimento e declínio38. Essa teoria, procurou modificar a visão negativa do

envelhecimento humano na sociedade.

A Psicologia do Envelhecimento ganhou espaço nas últimas décadas pelo

reconhecimento da Teoria Life-Span, que comprovou empiricamente, seus conhecimentos

e sua utilidade para os estudos acerca do envelhecimento humano saudável, destacando que

o desenvolvimento é um processo que ocorre ao longo de toda a vida, equilibrando uma

série de ganhos e perdas40. Caso não haja um equilíbrio, pode-se interferir nos

determinantes do envelhecimento bem-sucedido41.

No que diz respeito ao desenvolvimento intelectual, os autores afirmam que, no

envelhecimento, há uma perda nas capacidades cognitivas decorrentes do baixo

funcionamento neurológico, sensorial e psicomotor, refletindo na capacidade de adaptação

do indivíduo. Ressalta, no entanto, que pode haver mudanças significativas na vida adulta e

na velhice que irão depender das oportunidades oferecidas pela cultura do que dos

mecanismos genético-biológicos42.

Em consequência da teoria Life-Span, a psicologia do desenvolvimento deixou de

ser uma psicologia que observava o declínio na velhice, e passou a levar em consideração,

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a visão de um envelhecimento satisfatório, com diminuição de doenças, aumento de

atividades e envolvimento, tanto pessoal quanto social43.

Com o entendimento dessa teoria, pode-se associar o desenvolvimento ao longo da

vida com a ideia de um desenvolvimento maleável, influenciado pelos mais diversos

eventos, os esperados e os que não são esperados. Tal estudo sobre os eventos que não são

esperados na velhice possuem a capacidade de ampliar a percepção a respeito do

envelhecimento bem-sucedido. Os eventos não esperados da vida chamam o sujeito a

reavaliar os recursos do self, e assim obter a possibilidade de criar recursos39.

O paradigma Life Span deixou como legado a mudança da visão do idoso como um

ser inativo e enfermo, desmistificando a visão de que o envelhecimento gera estagnação.

Tal perspectiva procurou enfatizar aspectos saudáveis e funcionais do envelhecimento. Os

autores entendem então, que o envelhecimento bem-sucedido significa não somente

ausência de doença, mas também se pensar medidas de mobilidade e participação

social38,43.

Os processos de mudanças no ser humano ocorrem tanto ao longo da vida quanto

em relação a um dado período, uma vez que o desenvolvimento é graduado por influências:

normativas graduadas por idade; normativas ligadas à gradação pela história, e por

influências não normativas42.

Figura 01: Mudanças no ser humano que ocorrem ao longo da vida

Adaptado de: SCORALICK-LEMPKE; BARBOSA, 2012

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Um dos pontos principais dessa perspectiva é a concepção de que o

desenvolvimento das capacidades cognitivas ocorre durante toda a vida, inclusive na

velhice, contrapondo-se à tradicional ideia de que somente crianças e adolescentes

poderiam se desenvolver cognitivamente. Destaca-se, ainda, a importância atribuída pela

perspectiva Life-Span à influência dos fatores socioculturais no processo de

desenvolvimento. A criação de oportunidades de lazer, de socialização e, principalmente,

de educação mostra-se fundamental nessa fase da vida, permitindo equilibrar os declínios

inerentes ao envelhecimento e os benefícios proporcionados por essas atividades42.

É significativa a procura, por parte dos idosos, por atividades educacionais em

programas oferecidos em universidades, associações e sindicatos, em cursos de línguas, de

formação profissional e de reciclagem, em sistemas de aprendizagem aberta e de formação

à distância. Portanto, o interesse e a motivação desse segmento da população em adquirir

novos conhecimentos, podem aumentar sua rede de suporte social e/ou construir suas

próprias trajetórias.

Estudos sobre a educação de idosos têm demonstrado a importância de atividades

voltadas ao desenvolvimento de habilidades na velhice e para a manutenção do

envelhecimento saudável. Participantes de um programa de inclusão digital constituído por

15 encontros de 120 minutos cada, apresentaram uma melhora no desempenho cognitivo,

especialmente na linguagem e memória, quando comparados a um grupo não submetido a

intervenção44.

As mudanças comportamentais, incluindo um estilo de vida mais saudável, estarão

associadas a menores riscos de doenças e representaram fontes de otimização do

funcionamento físico e mental no envelhecimento. A funcionalidade cognitiva seria

preservada por meio de treinos e programas de reabilitação para amenizar déficits e perdas

cognitivas. O engajamento com a vida foi relacionado, principalmente, à manutenção das

relações e participação em atividades sociais e ocupacionais na velhice45.

O envelhecimento bem-sucedido está associado à ideia de que o indivíduo preserva

sua capacidade de desenvolvimento ao longo da vida, tendo um equilíbrio entre suas

limitações e potencialidades, as quais podem ser melhoradas por meio de intervenções.

Uma delas se refere à conquista de novas aprendizagens, o que tem sido destacada por

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vários estudos como uma atividade que ajuda no melhor funcionamento físico, psicológico

e social na velhice40,46,47.

A forma de exercitar a mente, a aquisição de aprendizagens na velhice permite

novas experiências sociais, funcionando como uma estratégia de enfrentamento frente às

perdas que ocorrem nessa fase da vida e como uma forma de lazer e obtenção de prazer. A

educação de idosos permite uma ressignificação das experiências anteriores à velhice e,

principalmente, das vivências experimentadas durante o curso de vida46.

Assim, o envelhecimento assume significados diferentes, permitindo que o idoso

reveja seu projeto de vida, seus ideais e expectativas, fazendo com que experimente maior

liberdade, expresse-se de forma autônoma e exerça sua cidadania46.

Os benefícios sociais, cognitivos e afetivos da educação para idosos são científica,

social e moralmente incontestáveis42. Não há uma garantia, contudo, de que eles ocorrerão

em todas as situações de aprendizagem e que atingirão todos os envolvidos. Do mesmo

modo que na educação de outras coortes etárias, alcançar o objetivo educacional depende

em grande medida da qualidade do ato de ensino, que, para ser elevada, exige, dentre

outros aspectos, uma concepção sólida de desenvolvimento ao longo da vida como a

proposta pela perspectiva Life-Span.

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3. REFERENCIAL TEMÁTICO

3.1 Intervenções de enfermagem gerontológica

O Processo de enfermagem possibilita ao enfermeiro detectar e promover um

cuidado humanizado, contínuo e com qualidade ao paciente. Suas etapas envolvem a

identificação de problemas de saúde do cliente, o delineamento do diagnóstico de

enfermagem, a instituição de um plano de cuidados, a implementação das ações planejadas

e a avaliação favorecendo o cuidado e a organização das condições necessárias para que ele

seja realizado48.

Em 1996, a Nursing interventions classification (NIC) define intervenção de enfer-

magem como qualquer tratamento, que tenha por base a decisão clínica e o conhecimento,

que a enfermeira execute para melhorar os resultados do paciente. As intervenções de

enfermagem incluem cuidado direto e indireto; os tratamentos podem ser iniciados pela

enfermeira, médico, ou outro agente provedor. A Intervenção de cuidado direto inclui

ambas as ações de enfermagem fisiológicas e psicológicas48.

A Intervenção de cuidado indireto inclui tratamento realizado longe do paciente,

mas favorecendo-o ou ao grupo de pacientes. Incluem ações dirigidas ao gerenciamento do

ambiente de cuidado do paciente e colaboração multidisciplinar. O tratamento iniciado pela

enfermeira consiste em uma intervenção em resposta ao diagnóstico de enfermagem; uma

ação autônoma baseada no raciocínio científico49.

Na Enfermagem, exercer o cuidado humanizado que valorize a individualidade do

paciente requer mais do que conhecimentos científicos, é necessário estabelecer um

vínculo com o paciente e demonstrar disponibilidade para ouvi-lo e esclarecer qualquer

dúvida de seu tratamento sempre que necessário, tornando-o parte ativa do seu tratamento.

Uma comunicação acessível ajuda também os pacientes a se adaptarem melhor às

situações, transmite confiança e diminui o medo e a ansiedade, além de ser uma

demonstração de respeito por parte do enfermeiro, sendo indispensável para uma

assistência de qualidade50.

O enfermeiro, na excelência do seu exercício profissional, junto dos

idosos/família/cuidador, cuida para aumentar os hábitos saudáveis, diminuir e compensar

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as limitações inerentes à idade, cuidados fundamentais à qualidade de vida, ao

envelhecimento ativo e ganhos em saúde50.

As práticas grupais de educação em saúde têm sido utilizadas pelos enfermeiros,

principalmente na atenção básica, como alternativa para as práticas assistenciais e

educativas que visa promover a promoção à saúde e um envelhecimento saudável, na busca

da prevenção de algumas doenças51.

Segundo o NIC, as intervenções voltadas para o isolamento social com ênfase em

atividades para oficinas são: Aumento de socialização, terapia ocupacional, arteterapia e

terapia de grupo.

De acordo com as intervenções citadas acima, mostra-se a importância ou

significado de convivência grupal para os idosos que dele fazem parte é um processo de

crescimento deste segmento longevo, esse trabalho permite a reaproximação de sua

família, e mais ainda que este se sinta aceito e respeitado pelos familiares e por aqueles que

antes o criticavam ou discriminava. Através do grupo, estes idosos podem reavaliar a sua

vida e ver que precisa estar inserido em um grupo social que lhe proporcione desenvolver

suas potencialidades, reconhecer e aprender a conviver com suas limitações.

3.2 Isolamento social

A interação social é fundamentalmente importante ao processo de relação de pares e

ao desenvolvimento humano saudável e harmonioso. Porém, o isolamento social, também

conceituado e discutido desde a década de 80 por diversos autores como retraimento social,

compreende “a retirada passiva do sujeito do seu grupo de pares”52.

O isolamento social é considerado como um dos grandes problemas que podem

afetar a saúde do idoso, isso ocorre principalmente com os idosos mais jovens, ou seja,

aqueles de 60-65 anos. E encontra-se relacionado muitas vezes, com a aposentadoria, que

pode produzir a um sentimento de desvalorização, devido à falta súbita de atividades

sociais e laborais53.

As consequências fisiológicas e patológicas do envelhecimento, quando

negligenciadas contribuem sobremaneira para o aparecimento das grandes síndromes

geriátricas, ou seja, os "5 is" da geriatria: Instabilidade Postural, Incontinência Urinária,

Insuficiência Cerebral, Iatrogenia e Isolamento Social54.

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Para enfrentar essas mudanças, por um lado, é necessário que os idosos recriem

novas alternativas de participação, lazer e ocupação do tempo livre, mas por outro, é

imprescindível que a sociedade garanta o desenvolvimento integral e permanente do

indivíduo, também nessa etapa da vida55.

Na aposentadoria, a socialização, os relacionamentos interpessoais e as trocas de

experiência, antes geradas pelo trabalho, são substituídas pelo isolamento social e pela

ociosidade, levando a fase da terceira idade a ser marcada por sentimentos de inutilidade e

de dificuldade de adquirir novas relações sociais53.

A qualidade de vida também está condicionada pelas questões monetárias e de

privação material que conduzem a sentimentos de isolamento/solidão. Os idosos

necessitam de se manter independentes, capazes de tomar decisões no seu dia-a-dia. 48

Logo, o sentimento de solidão associado ao isolamento social surge muitas das vezes

associado à diminuição das redes sociais. No entanto, viver sozinho não significa estar

sozinho ou sentir solidão, da mesma forma que, ter uma boa rede social significa ausência

de solidão56.

A terceira idade é uma fase da vida com vários estereótipos como a passividade, a

improdutividade, a assexualidade, a degradação orgânica e psíquica, além da desvinculação

com o futuro e a alienação. Dentre eles o isolamento social é um dos que mais afeta o bem-

estar do idoso, ampliando sua necessidade de socialização e convivência intergeracional57.

O isolamento social não se relaciona apenas aos vínculos familiares ou ao fato do

idoso não possuir uma esposa, pois as relações familiares nem sempre possuem qualidade,

sabem-se que a maior parte dos abusos ocasionado contra idosos é cometida pelos

familiares. Assim, quando se aborda o isolamento social da pessoa idosa, se preocupa com

a existência de rede social e com a qualidade das relações estabelecidas53.

O apoio das relações sociais apresenta benefícios a nível afetivo, emocional,

informativo, instrumental e de percepção, o que potencializa o convívio social, diminuindo

o isolamento e aumentando a participação social58. E o acesso às novas tecnologias dá ao

idoso a possibilidade de comunicar com familiares e amigos que estão longe e dá-lhes a

oportunidade de serem mais autónomos e independentes no seu dia-a-dia48.

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3.2.1 Centro de convivência

Os Centros de Convivência podem ser compreendidos enquanto dispositivos ou

equipamentos públicos que compõem a rede intersetorial e que promovem espaços de

socialização, formação cultural e intervenção. São espaços abertos à comunidade e, em

especial, às pessoas em situação de vulnerabilidade ou exclusão social59,60.

Dessa forma, oferecem possibilidades de convívio e participação social para todas

as pessoas de determinada região, incluindo aquelas que vivenciam diferentes formas de

exclusão59. Seu maior objetivo encontra-se “na produção, mediação e investimento em

formas possíveis de encontros e convivência com a diversidade, buscando inclusão,

cuidado, pertencimento, grupalidade e descoberta de outras possíveis formas de

expressão da vida”61.

Esses espaços facilitam a participação e a construção coletiva através de

atividades artísticas, educativas, culturais e de lazer, funcionando por meio de oficinas

com a participação de diversos setores da sociedade, como a Saúde, a Assistência Social,

a Educação e a Cultura, destacando seu caráter intersetorial. Então, apesar de serem

caracterizados como dispositivos que compõem a rede de Saúde, em especial a rede de

Atenção Psicossocial, os Centros de Convivência extrapolam as fronteiras sanitárias,

promovendo ações intersetoriais e transdisciplinares por diferentes profissionais em

diferentes setores da sociedade59,62.

As atividades oferecidas à comunidade são facilitadas pelos atitude dos

profissionais em um trabalho interdisciplinar, como psicólogos, assistentes sociais,

terapeutas ocupacionais, professores, enfermeiros, educadores sociais, monitores de

oficina, artistas plásticos, músicos, além da participação de profissionais vindos de outros

serviços, estagiários e voluntários. A relação estabelecida entre esses profissionais de

áreas tão distintas pode superar a prática assistencial tradicional63,64,65. Isso estimula entre

outras coisas, a transdisciplinaridade, a ampliação de redes de cuidado e, por conseguinte,

a promoção do cuidado integral à saúde59.

Integralidade, do ponto de vista de cuidado em saúde, pode significar o

direcionamento do olhar dos profissionais para o usuário dentro de uma lógica de

assistência que considere o cuidado nas mais diversas dimensões do ser humano,

compreendendo-o em sua totalidade. E, convocando todos os recursos afetivos,

sanitários, sociais, econômicos, culturais e de lazer, para a efetivação desse cuidado66,67.

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Para além da organização e ocupação no cotidiano dos Centros de Convivência,

as oficinas podem ser entendidas como fomentadoras da produção e manejo da

subjetividade dos usuários, bem como espaço para a emersão e fortalecimento dos

vínculos estremecidos ou rompidos em decorrência do adoecimento mental68. E isso é o

que se espera ao desenvolver as intervenções de enfermagem em oficina de memória e de

tecnologias.

3.3 Tecnologia da informação e da comunicação

A TIC é a área que utiliza ferramentas tecnológicas com o objetivo de facilitar a

comunicação e o alcance de um alvo comum. Além de beneficiar a produção industrial, a

TIC, pode também ser muito útil na potencialização dos processos de comunicação e na

revolução das pesquisas científicas69.

São considerados exemplos de TIC mais utilizados em geral pela população:

telefones móveis, terminais de banco, computadores, internet. As tecnologias estão

inseridas no cotidiano das pessoas na comunicação (telefones celulares, e-mails, Skype,

Messenger) nas utilidades domésticas (micro-ondas, televisão, máquina de lavar, câmeras

digitais) e na rotina do trabalho (fax, computadores, telefones e impressora)70.

A situação da exclusão digital foi considerado um dos desafios mundiais na Cúpula

Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), em 2003, em Genebra, e, em 2005, em

Túnis, que acordo pela construção de uma Sociedade da Informação focada na

integralidade dos indivíduos e, orientada para o desenvolvimento, em que todos pudessem

consultar, construir e compartilhar a informação e o conhecimento71.

As novas gerações têm intimidade e atração pelos objetos tecnológicos, assimila

com mais facilidade as mudanças, pois já possuem um convívio maior desde a infância,

através de brinquedos eletrônicos e aparelhos tecnológicos. Porém, a geração adulta e

idosa, de origem anterior à disseminação do universo digital e da internet, não consegue

absorver e extrair tranquilamente os benefícios dessas evoluções na mesma habilidade de

assimilação dos jovens72. A terceira idade vive conflitos e desafios, pois muitas vezes é

estereotipada e discriminada por não dominar a lógica da sociedade da informação e do

conhecimento, na qual se conectam pessoas e sistemas73,74.

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Esse novo mundo de relações entre a terceira idade e a TIC podem trazer elementos

de exclusão para os idosos, inviabilizando oportunidades de participar da nova sociedade

digital, impossibilitando seu aprendizado no uso de novas ferramentas tecnológicas75,76.

Por isso se faz necessário à elaboração de projetos de equipamentos que visem à

inclusão digital, visto que a TIC promove a participação dos idosos na sociedade,

proporcionando recuperação de autoestima, convívio social e exercício da cidadania, como

o proposto nesse estudo77.

Na terceira idade, o aprendizado da informática pode suprir necessidades do dia- a -

dia, não necessitando da ajuda de outros para cuidarem dos seus interesses pessoais. O

domínio da informática, mesmo que sejam as questões básicas, pode tornar o idoso mais

independente. Pode adquirir novos conhecimentos que lhe auxiliam na saúde mental,

desenvolve novas conexões cerebrais e formas de pensar. Além disso, resgatam- se

aspectos voltados a autoestima, pois passa a entender um universo que lhe permite

conversar com gerações mais novas, criar e manter laços de amizade e familiares, os quais

são proporcionados pelas novas formas de comunicação78.

A internet é a ferramenta de comunicação mais potente entre as ferramentas de TIC.

Além disso, a internet quando interligada às “novas” tecnologias, têm a capacidade de

promover qualidade de vida às pessoas idosas, uma vez que fornece acesso à informação

de diversos tipos como prestação de serviços, promoção de aprendizagem ao longo da vida,

além de ser um meio de se conectar com a comunidade, família e amigos33.

Alguns autores também constatam que as tecnologias de informação e comunicação

podem ajudar as pessoas idosas a diminuir o isolamento e solidão, melhorando a

possibilidade de contato com familiares e amigos, sendo uma excelente ferramenta

facilitadora para a concretização do envelhecimento ativo79,80,81.

3.3.1 Inclusão digital

Atualmente, quando se pensa em utilização de recursos tecnológicos, imagina-se

uma predominância nas faixas etárias: crianças, adolescentes e adultos. No entanto, o uso

da tecnologia pelos idosos aumenta. De certa forma, os idosos apresentam dificuldades

para se relacionar com a tecnologia, seja por medo, seja vergonha, por não saberem como

usar um computador, um celular ou outro produto tecnológico82, mas esse cenário vem se

modificando e a busca pelo aprendizado das TIC de modo recorrente pelos idosos.

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Assim, “inclusão digital é o acesso à informação que está nos meios digitais e,

como ponto de chegada à assimilação da informação e sua reelaboração em novo

conhecimento, tendo como consequência desejável a melhoria da qualidade de vida das

pessoas”83.

Atividades como jogos virtuais com auxílio de tablets, celulares ou computador,

jogos da memória, palavras cruzadas, jogos de charadas, jogos de lógica e outras

associadas às atividades físicas estimulam o desenvolvimento afetivo, motor, mental,

intelectual, social e sensorial dos idosos84,85.

Incluir significa possibilitar, dar oportunidade, independente do termo utilizado

para identificar como a tecnologia pode tornar-se acessível ao maior número de pessoas,

esse é o objetivo maior dos estudos que procuram ajudar aqueles que não conseguem ter

acesso aos meios que lhe possam facilitar a rotina e promover seu desenvolvimento

intelectual e humano, além da interação com outros que estejam distantes86.

Atualmente os idosos não são nativos digitais, uma vez que nasceram em uma

época anterior ao surgimento das tecnologias. É esperado que o contato com o mundo

digital traga impactos sobre a sua vida, e transforme as suas relações com os meios e as

pessoas. Destaca-se assim, que os processos de midiatização se potencializaram,

principalmente, com a difusão das tecnologias digitais, ligadas à internet87.

Como principais contribuições da inclusão digital, os estudos relatam a experiência

vivida durante oficinas desenvolvidas em grupos, como uma possibilidade de reconstrução

da identidade do idoso como cidadão. Como um possuidor de capacidade para continuar

aprendendo e para lidar com situações e desafios diários relacionados ao uso da tecnologia,

com foco de propor suporte para a reconstrução do conhecimento e a comunicação88.

Portanto, verifica-se que o processo de inclusão digital é de extrema relevância no

processo de aprendizagem do indivíduo na terceira idade, já que possibilita ao idoso

vivenciar uma nova forma de envelhecer. Aprendendo a superar o medo do novo no que se

refere a ao contexto digital, bem como permitir vislumbrar as possibilidades de aprender

diante do seu desejo de conhecer, seja por inclusão digital espontânea, ou induzida como

proposto nesse estudo89.

Uma das principais barreiras à inclusão digital era o uso e manuseio do mouse, o

que pode dificultar o idoso a persistir no uso, o que dificulta sua inclusão digital. Por este

motivo, atualmente, os dispositivos móveis (Smartphones e Tablets), como possuem telas

Touch Screen, tendem a facilitar a interação, pois todas as informações se encontram na

superfície, sensíveis ao toque, sem que haja necessidade de deslocar as mãos e o olhar para

o teclado ou mouse; todas as atenções se concentram em um só ponto90.

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Estudos abordam que o idoso considera a internet um meio eficaz de divulgação de

informações, aprendizado, manutenção e estímulo da capacidade cognitiva e também pode

ser utilizada como forma de lazer proporcionando melhora na qualidade de vida, prevenção

do isolamento social e da depressão, especialmente entre idosos que possuem alguma

limitação física, além de favorecer a ressignificação do papel social proporcionando

encontros intergeracionais na Web91,92.

As ações educacionais voltadas para a terceira idade fundamentam-se na concepção

do aprendizado ao longo da vida. Trata-se de uma nova concepção de vida humana, no

qual um dos princípios é aprender a ser e viver para aprender, inserindo-se no contexto e

acompanhando todas as mudanças e evoluções sociais, tecnológicas e científicas93, nessa

perspectiva foram sustentadas as intervenções propostas nesse estudo.

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4. MÉTODO

4.1 Tipo de Pesquisa

Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, do tipo quase experimental

chamado também de ensaios clínicos ou testes controlados sem randomização que

envolvem uma intervenção94.

O objetivo principal do delineamento quase experimental, e a implementação e o

teste de uma intervenção sem randomização. Usa-se com frequência o pré-teste e o pós-

teste com grupo controle não equivalente, ou seja, avalia dois ou mais grupos de pessoas

antes e depois de aplicar a intervenção94.

4.2 Cenário de Estudo

O cenário do estudo, foi nas dependências da Universidade Federal Fluminense

(UFF), Espaço Avançado (UFFESPA), que se situa no campus do Gragoatá, em Niterói,

Rio de Janeiro. Trata-se de um projeto de extensão multidisciplinar, fundado em 1994, na

Escola de Serviço Social, com o objetivo de promover debates de questões sociais, além de

trocas de experiências entre os idosos participantes, que são ativos e independentes.

Atualmente, nesse programa estão cadastrados 350 idosos em média, e participam

diariamente 70 idosos em atividades físicas, yoga, arteterapia, prevenção de quedas, teatro,

oficinas de estimulação cognitiva, entre outras.

4.3 População e Amostra

Para este estudo, obteve-se por conveniência 60 idosos, que foram testados e

atenderam aos seguintes critérios de inclusão:

− idosos regularmente participantes do projeto de extensão;

− que possuem fluência na leitura e escrita;

− MEEM (Mini Exame do Estado Mental) > 24;

− Escala de Depressao Geriatrica < 5 pontos.

Esses foram distribuídos em 31 idosos no grupo teste tecnológica e 29 idosos no

grupo memória convencional, esses foram selecionados considerando interesse e domínio

tecnológico, possuir um SmartPhone e horário disponível para as oficinas.

Posteriormente, estes foram divididos em 2 grupos de intervenção tecnológica (15

idosos no primeiro e 16 no segundo grupo) e 2 grupos de intervenção convencional (15

idosos no primeiro e 14 idosos no segundo) para conforto nas salas . A literatura estatística

e experimental ressalta que sempre que o tamanho amostral for menor que 30, a análise

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estatística em subgrupos pode ser dificultada e o desempenho dos testes estatísticos pode

estar comprometido95,96. As grandes amostras são aquelas onde se pode verificar a

densidade de probabilidade de forma definida e estão amparadas pelo Teorema Central do

Limite97.

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Uma vez definido os dois grupos, análises estatísticas das variáveis da linha de base

foram feitas para garantir que ambos os grupos estivessem nas mesmas condições iniciais,

em relação as variáveis de interesse do estudo. O estudo foi iniciado quando se garantiu os

dois grupos nas mesmas condições iniciais.

Foram critérios de inclusão: idosos participantes do projeto de extensão; que

possuem fluência na leitura e escrita; MEEM (Mini Exame do Estado Mental) > 24.

Critérios de exclusão: idosos que apresentaram desconforto com as intervenções

desenvolvidas no experimento; problemas de saúde ou instabilidade clínica nas sessões do

experimento ou problemas de visão grave.

Critérios de descontinuidade: 25% de falta no experimento, abandono das

atividades, óbito, dificuldade na realização das atividades.

4.4 Coleta de Dados

Os procedimentos de coleta de dados foram divididos em três etapas, conforme

apresentado nas figuras 2 e 3:

1) avaliação pré-intervenção;

2) oficinas de estimulação cognitiva com ênfase em uso da tecnologia para o grupo

tecnologia e oficinas de estimulação cognitiva para o grupo memória que foram realizadas

em 16 semanas;

3) avaliação pós-intervenção.

Na Figura 2 apresenta - se a proposta de desenho do estudo quase experimental para o

grupo intervenção “tecnologia”.

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Figura 2: Desenho do estudo para grupo de intervenção “tecnologia”

Fonte: BAMBERG, 2019

Na Figura 3 apresenta - se a proposta de desenho do estudo quase experimental para o

grupo intervenção “memória”.

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Figura 3: Desenho do estudo para grupo de intervenção “memória”

Fonte: BAMBERG, 2019

De modo cego, os testes foram realizados por duas pessoas distintas aos executores

das intervenções testadas, ambas Enfermeiras especialistas em Gerontologia, participantes

do projeto Espaço Avançado.

4.4.1 Intervenções

As intervenções foram realizadas por um enfermeiro especialista na área de

gerontologia, uma doutora em enfermagem, especialista em psicogeriatria e dois alunos de

graduação de enfermagem. Houve ainda, um suporte de uma equipe multidisciplinar, caso

houvesse necessidade de atendimento dos participantes ao longo da pesquisa para o

Serviço Social, a Psicologia ou a Medicina.

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As oficinas foram realizadas ao longo de 16 semanas, uma vez por semana, com

duração de 60 minutos cada. Iniciou-se em agosto de 2018 para dois grupos, finalizando

em dezembro de 2018 e para dois grupos, iniciou-se em março de 2019 e finalizou em

julho de 2019. As atividades foram desenvolvidas de acordo com a demanda descrita pelos

participantes através de um formulário de avaliação das principais dificuldades que eles

possuíam com a tecnologia (ANEXO F). Para tanto, foram construídas as seguintes

intervenções conforme o perfil e necessidade do grupo, descritas no Quadro 1.

Quadro 1. Proposta de intervenções em tecnologia

DATA ATIVIDADE

11/03 Conhecendo os termos da tecnologia 18/03 Aprendendo aplicativo WhatsApp 25/03 Videogame Wii (jogo de boliche) 01/04 Complete a música 08/04 Jogo de tabuleiro gigante com temas de aplicativos 15/04 Aprendendo aplicativo Facebook 22/04 Dançando com Nintendo Wii 29/04 Palavra Cruzada da tecnologia 06/05 Aprendendo aplicativo Youtube 13/05 Jogo de dardo com Nintendo Wii 20/05 Noções básicas no manuseio do celular 27/05 Aprendendo aplicativo Uber 03/06 Sequência dos aplicativos 10/06 Aprendendo aplicativo Skype 17/06 Forca da tecnologia 24/06 Dominó dos aplicativos

Fonte: BAMBERG, 2019

As principais áreas de atuação de cada oficina desenvolvida, são descritas a seguir

na figura 4:

Figura 4: Áreas de atuação das intervenções de tecnologia

Fonte: BAMBERG, 2019

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Em período semelhante, o grupo controle foi submetido as intervenções cognitivas

descritas no Quadro 2, previamente programadas. Essa oficina, já são desenvolvidas no

cenário de estudo.

Quadro 2: Proposta de intervenções cognitivas

DATA ATIVIDADE

11/03 Jogo das características dos objetos 18/03 Memorização de figuras 25/03 Bingo da matemática 01/04 Jogo de tabuleiro 08/04 Mercado 15/04 Associação de cores com objetos 22/04 Palavras cruzadas 29/04 Forca 06/05 Jogo da memória 13/05 Mapa do Brasil 20/05 Objeto intruso 27/05 Atualidades com jornal 03/06 Karaokê 10/06 Sopa de letras 17/06 Dominó de objetos 24/06 Complete as frases

Fonte: BAMBERG, 2019

As principais áreas de atuação de cada oficina desenvolvida de intervenção, são

descritas a seguir na figura 5.

Figura 5: Áreas de atuação das intervenções convencionais

Fonte: BAMBERG, 2019

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4.5 Análise dos Dados

A partir dos dados coletados foi construído um banco de dados em planilha

eletrônica e analisado pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Science),

versão 22.0 e pelo aplicativo Microsoft Excel 2007.

Para caracterização dos participantes da pesquisa, foi feita a análise descritiva dos

resultados das variáveis por meio de distribuições de frequências com as proporções de

interesse, e cálculo de estatísticas apropriadas para variáveis quantitativas (mínimo,

máximo, média, mediana, desvio padrão, coeficiente de variação (CV). A variabilidade da

distribuição de uma variável quantitativa foi considerada baixa se ��<0,20; moderada se

0,20≤ �� <0,40 e alta se �� ≥0,40.

Na análise Inferencial de Variáveis Quantitativas, a hipótese de normalidade da

distribuição foi verificada pelos testes de Kolmogorov-Smirnov (teste KS) e de Shapiro-

Wilk (teste SW). A distribuição foi considerada normal se ambos os testes concluíssem que

a distribuição era normal. Se a distribuição da variável fosse normal em todos os grupos, a

comparação de dois grupos independentes foi feita pelo teste t-de Student (T-Student). A

igualdade das variâncias, necessária para execução do T-Student sem correção, foi avaliada

pelo teste de Levene. Se para algum dos grupos a hipótese de normalidade da distribuição

for rejeitada, ou para variáveis ordinais, a comparação de dois grupos independentes foi

feita pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney (teste MW).

Duas medidas repetidas em avaliações distintas forma comparadas pelo T-Student

pareado, se ambas as medidas forem quantitativas e apresentarem distribuição normal, ou

pelo Teste de Wilcoxon, se pelo menos uma das medidas for quantitativa e não apresentar

distribuição normal ou se as medidas forem variáveis ordinais.

O efeito da intervenção foi analisado para o grupo 1 comparando sua avaliação 1

com sua avaliação 2, e para o grupo 2, comparando a avaliação 2 com sua avaliação 3.

Também foi avaliado se o efeito da intervenção no grupo 1 foi o mesmo efeito da

intervenção no grupo 2 comparando as diferenças entre os escores dos dois grupos.

A associação entre duas variáveis quantitativas ou ordinais foi investigada por

Análise de Correlação. A análise foi analisada quantificada pelo Coeficiente de Correlação

de Pearson, no caso de Distribuições Normais e, quando não verificada a distribuição

normal em pelo menos uma das variáveis, ou se as variáveis era ordinal, foi calculado o

Coeficiente de Correlação de Ordem de Spearman, A significância dos coeficientes de

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Correlação foi avaliada pelo Teste do Coeficiente de Correlação pelo qual um coeficiente é

significativamente não nulo se o p-valor do Teste de correlação for menor que o nível de

significância 0,05. Nesse trabalho a correlação entre duas variáveis foi considerada

suficientemente forte somente se o coeficiente de correlação apresentar valor absoluto

maior que 0,7.

Todas as discussões acerca dos testes de significância foram realizadas

considerando nível de significância máximo de 5% (0,05), ou seja, foi adotada a seguinte

regra de decisão nos testes estatísticos: rejeição da hipótese nula sempre que o p-valor

associado ao teste for menor que 0,05.

Para Tratamento e Análise dos Dados foi necessário a construção de escores que

permitissem a comparação descritos a seguir:

4.5.1 Escore de Aceitação de Tecnologia (EAT)

Para cada item um dos 20 itens da Escala de Aceitação à Tecnologia (EAT) foi

atribuída à seguinte pontuação ao item de acordo com a resposta.

O Escore de Aceitação de Tecnologia do idoso ficou assim definido:

Assim definido, o Escore de Aceitação de Tecnologia de um idoso varia de 0

(quando todas as respostas do idoso forem” Discordo Totalmente”) a 100 (quando todas as

respostas do idoso forem “Concordo Totalmente”). Daí adotou-se a classificação do nível

de aceitação à Tecnologia presente no Quadro 3.

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Quadro 3: Classificação do nível de aceitação à tecnologia do idoso.

Valor do Escore de Aceitação de Tecnologia

Classificação do nível de aceitação à tecnologia

0 |⎯ 20 Muito Ruim 20 |⎯ 40 Ruim 40 |⎯ 60 Regular 60 |⎯ 80 Bom 80 |⎯ 100 Muito Bom

4.5.1.2 Escore de Apoio Social (EAS)

Para cada item um dos 19 itens da Escala de Apoio Social (MOS – SSS),

compreendendo os itens de 6 a 24, foi atribuída à seguinte pontuação ao item de acordo

com a resposta.

O Escore de Apoio Social do idoso ficou assim definido:

Assim definido, o Escore de Apoio Social de um idoso varia de 0 (quando todas as

respostas do idoso forem” Nunca”) a 100 (quando todas as respostas do idoso forem

“Sempre”). Daí adotou- se a classificação do nível de apoio social do idoso presente no

Quadro 4.

Quadro 4: Classificação do nível de apoio social do idoso a partir do valor do Escore de

Apoio Social.

Valor do escore Escore de Apoio Social

Classificação do nível de apoio social

0 |⎯ 20 Muito Ruim 20 |⎯ 40 Ruim 40 |⎯ 60 Regular 60 |⎯ 80 Bom 80 |⎯ 100 Muito Bom

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4.6 Aspectos Éticos de Pesquisa

O protocolo de pesquisa foi aprovado ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP),

número do parecer 3.386.754 e CAEE nº 11019912.4.0000.5243, conforme preconizado na

Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 201298 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e

os sujeitos da pesquisa foram orientados e esclarecidos quanto aos objetivos da pesquisa, o

anonimato dos seus nomes e a necessidade da assinatura do Termo de Consentimento Livre

e Esclarecido (TCLE). (APÊNDICE A)

Os pesquisadores adotaram medidas e providências cautelosas frente aos riscos,

como: Minimizar desconfortos, garantindo local reservado e liberdade para não responder e

nem autorizar a pesquisa, estar atento aos sinais verbais e não verbais de desconforto,

garantiu que os pesquisadores fossem habilitados ao método da coleta dos dados escolhida

e assegurou a inexistência de conflito de interesses entre o pesquisador e os sujeitos da

pesquisa.

O aprendizado das novas tecnologias poderá ser um benefício para o idoso nas

atividades diárias, favorecendo uma melhor socialização com seus familiares e amigos,

evitando o isolamento social. Considera-se um instrumento de qualificação social, pois traz

qualidade de vida e incentiva a melhora da memória, já que desenvolve as atividades

cerebrais. Além disso, a inclusão dessa população, proporcionará que este grupo se sinta

pertencente ao mundo globalizado e que exerçam sua cidadania.

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5. RESULTADOS

5.1 Perfil dos participantes

A amostra desta pesquisa foi formada por 60 idosos distribuídos conforme os

critérios de seleção nos grupos de intervenção memória (29 idosos) e intervenção

tecnologia (31 idosos). As distribuições de frequências de variáveis que caracterizam os

idosos são mostradas na Tabela 1, cujas frequências típicas são grifadas em negrito.

Tabela 1: Características dos idosos participantes da pesquisa.

Variável

Intervenção Memória

n=29

Intervenção Tecnologia

n=31

Total n=60

P-valor

F F % F % Sexo

Feminino 27 93,1 27 87,1 54 90,0 Masculino 2 6,9 4 12,9 6 10,0 0,368(a)

Idade (anos)

0,293(b)

60 |⎯ 65 4 13,8 6 19,4 10 16,7 65 |⎯ 70 8 27,6 7 22,6 15 25,0 70 |⎯ 75 2 6,9 6 19,4 8 13,3 75 |⎯ 80 9 31,0 9 29,0 18 30,0 80 |⎯ 85 4 13,8 3 9,7 7 11,7 85 |⎯| 90 2 6,9 0 0,0 2 3,3

Nível de Escolaridade

0,563(c) Fundamental

Incompleto 3 10,3 2 6,5 5 8,3

Fundamental completo 2 6,9 3 9,7 5 8,3

Ensino Médio Incompleto

2 6,9 2 6,5 4 6,7

Ensino Médio

completo 14 48,3 19 61,3 33 55,0

Ensino Superior Incompleto 0 0,0 1 3,2 1 1,7

Ensino Superior completo 8 27,6 4 12,9 12 20,0

(a)Teste Exato de Fisher (b) Teste t-de Student (c) Teste de Mann-Whitney

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Tipicamente, os idosos dessa amostra eram do sexo feminino (90%), estavam na faixa

etária de 75 a 80 anos (30%), e tinham escolaridade relativa ao Ensino Médio Completo

(55%). Pelos resultados dos p-valores dos testes de comparação realizados nas

distribuições dos dois grupos, todos maiores que 5%, conclui-se que os idosos dos grupos

intervenção memória e intervenção tecnologia não apresentavam diferenças significativas

nas distribuições das variáveis de base, como desejado.

No global, os idosos tinham idade entre 60 e 90 anos, que resultaram numa média de

72,3 anos, mediana de 74 anos e desvio padrão de 7,2 anos, com coeficiente de variação igual

a 0,10, que evidência baixa variabilidade entre as idades dos idosos. Nos grupos intervenção

memória e intervenção tecnologia os idosos também apresentavam baixa variabilidade com

distribuições normais, visto que os p-valores dos testes de normalidade eram maiores que 5%.

Por este motivo, as distribuições de idade dos idosos dos dois grupos foram comparadas pelo

teste paramétrico T-Student, que não identificou diferença significativa entre as médias de

idade dos dois grupos (p- valor=0,293). O teste de Levene também não acusou diferença

significativa entre as variâncias da idade dos dois grupos (p-valor=0,790). Conclui-se que os

idosos dos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia eram de uma mesma

população no que se refere à idade, como desejado.

A Tabela 2 exibe as principais estatísticas da distribuição dos escores funcionais

iniciais dos idosos, onde os valores dos testes de normalidade KS e SW são todos menores

que 5%, mostrando assim, que as distribuições das variáveis eram não normais, e por isso

foram comparadas pelo teste MW.

Os idosos dos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia não

apresentavam diferenças significativas nas distribuições dos escores inicias MEEM (p-

valor=0,723 do teste MW) e Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (p-valor=0,090 do teste

MW). A escala de Lawton nos idosos do grupo intervenção memória e Intervenção

tecnologia tinham escores iguais a 20 ou a 21, ambos considerados independentes

funcionamente.

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Tabela 2: Principais estatísticas do teste de Mann – Whitney comparando as

distribuições dos escores funcionais iniciais dos idosos dos dois grupos

participantes

Escore

Estatística

Intervenção

Memória

Intervenção

Tecnologia

Total

p-valor

n=29 n=31 n=60

MEEM Mínimo 22 23 22

Máximo 30 30 30

Média 27,2 27,5 27,4

Mediana 28 28 28 0,723

Desvio Padrão 3,0 3,0 2

Coeficiente de Variação 0,10 0,08 0,09

p-valor do teste KS

p-valor do teste

SW

<0,001

0,001

<0,001

0,002

<0,001

<0,001

A Tabela 3 traz a distribuição de frequências das questões sobre a rede social dos idosos,

no qual o perfil típico possui as seguintes características: tem de 2 a 6 parentes com os quais o

idoso se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo (75,0%), tem de 2 a 6 amigos com os quais

o idoso se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo (66,7%), participou mais de uma vez por

semana de atividades esportivas ou artísticas em grupo nos últimos 12 meses (88,3%). Portanto,

não houve diferença significativa entre as distribuições das respostas das duas variáveis nos

grupos intervenção memória e intervenção tecnologia (p-valores maiores que 5%).

EDG Mínimo 0 0 0

Máximo 11 8 11

Média 4,1 2,9 3,5

Mediana 3 2 3

Desvio Padrão 3 2 3 0,090 Coeficiente de Variação 0,70 0,77 0,75

p-valor do teste KS <0,001 0,006 <0,001

p-valor do teste SW <0,001 0,008 0,001

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Intervenção Memória

Intervenção Tecnologia Total p-valor do

teste

Questão n=29 n=31 comparando

as distribuições

n=60

F % F % F % dos dois grupos(a)

Tabela 3: Distribuição de frequências das questões sobre a rede social dos idosos.

Número de parentes com quais o idoso se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo

por semana

semana

por semana

semana

no ano

Não Mais de uma vez por semana Uma vez por semana

(a) Teste de Mann-Whitney

Nenhum 3 10,3 2 6,5 5 8,3 1 pessoa 2 6,9 4 12,9 6 10,0 0,129 2 a 6 23 79,3 22 71,0 45 75,0 7 a 11 1 3,4 1 3,2 2 3,3 12 a 16 0 0,0 2 6,5 2 3,3

Número de amigos com quais o idoso se sente a vontade e pode falar sobre tudo Nenhum 3 10,3 6 19,4 9 15,0 1 4 13,8 2 6,5 6 10,0 2 a 6 20 69,0 20 64,5 40 66,7 0,696 7 a 11 2 6,9 1 3,2 3 5,0 20 0 0,0 2 6,5 2 3,3

Participou de atividades esportivas ou artísticas em grupo nos ultimos 12 meses

Não 0 0,0 1 3,2 1 1,7 0,289 Mais de uma vez 25 86,2 28 90,3 53 88,3

Uma vez por 4 13,8 2 6,5 6 10,0

Participou de reuniões de associações de moradores ou funcionários, sindicatos ou partidos nos últimos 12 meses

Não 19 65,5 18 58,1 37 61,7

Mais de uma vez 4 13,8 3 9,7 7 11,7 0,943

Uma vez por 1 3,4 3 9,7 4 6,7

2 a 3 vezes por ano 2 6,9 4 12,9 6 10,0

Algumas vezes 2 6,9 1 3,2 3 5,0

Uma vez no ano 1 3,4 2 6,5 3 5,0

Participou de trabalho voluntário não remunerado, em ONGs de caridade ou outras entidades nos últimos 12 meses

20 69,0 19 61,3 39 65,0

2 6,9 5 16,1 7 11,7 0,589

3 10,3 4 12,9 7 11,7

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A Tabela 4 exibe as principais estatísticas da distribuição dos escores iniciais de

aceitação da tecnologia e apoio social dos idosos. Em ambos os grupos, e no global, os

escores apresentam moderada variabilidade entre os idosos. O Escore de Aceitação de

Tecnologia seguia distribuição normal em ambos os grupos (p-valores dos testes KS e SW

de normalidade maiores que 5%); e por isso foram comparados pelo teste paramétrico T-

Student, que não detectou diferença significativa entre as médias dos Escores de Aceitação

de Tecnologia dos dois grupos na linha de base (p- valor=0,093).

O teste de Levene também não detectou diferença significativa entre as variâncias

do Escore de Aceitação de Tecnologia dos dois grupos na linha de base (p-valor=0,314).

Os escores Escore de Apoio Social não seguiam distribuição normal em ambos os grupos

(p-valores dos testes KS e SW de normalidade menores que 5%); e por isso foram

comparados pelo teste MW, que não detectou diferença significativa entre os escores

Escore de Apoio Social dos dois grupos na linha de base (p-valor=0,906).

Tabela 4: Principais estatísticas da distribuição dos escores de aceitação de tecnologia e

apoio social iniciais dos idosos.

Variáveis Amostra

n=29 Amostra

n=31 n=60

p-valor da do escore nos dois grupos

Escore de Aceitação de Tecnologia

Mínimo 8,8 43,8 8,8

Máximo 83,8 87,5 87,5 Média 55,5 61,8 58,8 Mediana 56,3 62,5 57,5 Desvio Padrão 16,5 12,0 14,6 0,093(a) Coeficiente de

Variação 0,30 0,19 0,25

p-valor do teste KS 0,200 0,155 0,200 p-valor do teste SW 0,353 0,246 0,094 Escore de Apoio Social

Mínimo 10,5 19,7 10,5

Máximo 100,0 100,0 100,0 Média 85,9 88,6 87,3 0,906(b) Mediana 100,0 97,4 98,1 Desvio Padrão 24,4 20,6 22,4

Coeficiente de de Variação

0,28 0,23 0,26

p-valor do teste KS <0,001 <0,001 <0,001 p-valor do teste SW <0,001 <0,001 <0,001

(a)Teste t-de Student (b) Teste de Mann-Whitney

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Na Tabela 5 apresentam-se as distribuições de frequências das classificações dos

escores iniciais de aceitação da tecnologia e apoio social dos idosos que tipicamente

demonstram um nível de aceitação de tecnologias Regular (45,0%), ou “Bom” (43,3%), e o

nível de apoio social era tipicamente classificado como “Muito bom”, para 80,0% dos

idosos.

Tabela 5: Distribuições de frequências das classificações Escore de Aceitação de

Tecnologia e Escore de Apoio Social

Classificação do Escores

Intervenção Intervenção Total p-valor do Memória Tecnologia n=60 teste

n=29 n=31 comparando as

F % F % F % distribuições dos dois grupos

Escore de Aceitação de Tecnologia

Muito Ruim 1 3,4 0 0,0 1 1,7 Ruim 3 10,3 0 0,0 3 10,0 0,093(a) Regular 13 44,8 14 45,2 27 45,0 Bom 11 37,9 15 48,4 26 43,3 Muito Bom 1 3,4 2 6,4 3 10,0

Escore de Apoio Social

Muito Ruim 1 3,4 1 3,2 2 3,3 Ruim 2 6,9 1 3,2 3 5,0 0,906(b) Regular 1 3,4 3 9,7 4 6,7 Bom 3 10,3 0 0,0 3 5,0 Muito Bom 22 75,9 26 83,9 48 80,0

(a) Teste t-de Student usando os valores do escore (b) Teste de Mann-Whitney usando os valores do escore

Logo, conclui - se que as análises desta sessão mostram que os pacientes dos grupos

intervenção memória e intervenção memória não apresentavam diferenças significativas

em suas características e nem nos escores da linha de base, como desejado para estudos de

efeito de intervenção.

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5.2 Análises das variáveis pós-intervenção

A Tabela 6 traz a distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de

Aceitação de Tecnologia e antes e após a intervenção nos grupos memória e tecnologia.

Tabela 6: Distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de Aceitação de

Tecnologia antes e após a intervenção nos grupo de intervenção.

Grupo

Classificação do Escore antes da Intervenção

Classificação do Escore após a Intervenção

Total

Muito Ruim Ruim Regular Bom Muito

Bom

Memória

Muito Ruim

0 0 1 0 0 1

Ruim 0 1 2 0 0 3

Regular 0 0 8 5 0 13

Bom 0 0 0 10 1 11

Muito Bom 0 0 0 0 1 1

Total 0 1 11 15 2 29

Tecnologia

Muito Ruim

0 0 1 0 0 1

Ruim 1 0 0 0 0 1

Regular 0 0 2 1 0 3

Bom 0 0 0 0 0 0

Muito Bom 0 0 0 0 26 26

Total 1 0 3 1 26 31

No grupo da intervenção memória, 20 idosos (69%) permaneceram na mesma

classificação inicial do escore de aceitação da tecnologia (diagonal da tabela); 9 idosos

(31%) melhoraram a classificação do escore de aceitação da tecnologia; nenhum idoso

piorou a classificação do escore de aceitação a tecnologia. E, na segunda avaliação houve

um aumento da frequência de idosos com Escore de Aceitação de Tecnologia “Muito

Bom” e “Bom” e, consequente diminuição de idosos com escore “Muito Ruim”, “Ruim” e

“Regular”.

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No grupo intervenção tecnologia, 23 idosos (76,6%) permaneceram na mesma

classificação inicial do escore de aceitação da tecnologia (diagonal da tabela); 5 idosos

(16,1%) melhoraram a classificação do escore de aceitação da tecnologia e 3 idosos (9,7%)

pioraram a classificação do escore de aceitação a tecnologia. E, na segunda avaliação

houve um aumento da frequência de idosos com Escore de Aceitação de Tecnologia

“Muito bom” e “Regular” e diminuição de idosos com escore “Bom”.

A Tabela 7 traz a distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de

Apoio Social e antes e após a intervenção nos grupos memória e tecnologia. No grupo da

intervenção memória, 23 idosos (79,3%) permaneceram na mesma classificação inicial do

escore de apoio social (diagonal da tabela): 5 (17,2%) idosos melhoraram a classificação

do escore de apoio social e 1 idoso (3,4%) piorou classificação do escore de apoio social.

Tabela 7: Distribuição de frequências conjunta da classificação do Escore de Apoio

Social antes e após a intervenção nos grupos de intervenção.

Grupo

Classificação do Escore antes da Intervenção

Classificação do Escore após a Intervenção

Total

Muito Ruim Ruim Regular Bom Muito

Bom

Memória

Muito Ruim 0 1 0 0 0 1

Ruim 0 0 1 0 1 2

Regular 0 0 1 0 0 1

Bom 0 0 1 0 2 3

Muito Bom 0 0 0 0 22 22

Total 0 1 3 0 25 29

Tecnologia

Muito Ruim 0 1 0 0 0 1

Ruim 1 0 0 0 0 1

Regular 0 0 3 2 0 5

Bom 0 0 0 8 2 10

Muito Bom 0 0 0 4 10 14

Total 1 1 3 14 12 31

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Na segunda avaliação houve diminuição da frequência de idosos com Escore de Apoio

Social “Ruim” e “Regular” e consequente aumento de idosos com escore “Bom” e “Muito

Bom”. No grupo intervenção tecnologia, 28 idosos (90,3%) permaneceram na mesma

classificação inicial do escore de apoio social (diagonal da tabela): 2 idosos (6,4%)

melhoraram a classificação do escore de apoio social e 1 idoso (3,2%) piorou a classificação

do escore apoio social. Na segunda avaliação houve uma diminuição da frequência de 1

idoso com Escore de Apoio Social “Ruim”, “e aumento de da frequência de 1 idoso com

escore “Bom”.

A Tabela 8 traz as principais estatísticas dos escores MEEM, EDG, Avaliação das

Atividades Básicas de Vida Diária (KATZ), Avaliação das Atividades Instrumentais de

Vida (LAWTON), Escore de Aceitação de Tecnologia, Escore de Apoio Social antes e

após a intervenção, bem com os p-valores do teste pareado comparando as distribuições

das medidas repetidas, nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia.

Tabela 8: Principais estatísticas dos escores MEEM, EDG, KATZ, LAWTON, Escore de

Aceitação de Tecnologia, Escore de Apoio Social nas duas avaliações.

Escore

Grupo

Primeira Avaliação Segunda Avaliação p-valor do teste de

Wilcoxon comparan do o escore

das duas avaliações

Médi

a

Medi ana

Desvi

o Padrã

o

Médi a

Mediana

Desvi

o Padr

ão

MEEM

Intervenção memória

27,2 28,0 2,6 27,9 29,0 2,2 0,006

Intervenção tecnologia

27,5 28,0 2,2 28,7 29,0 1,6 0,001

EDG

Intervenção memória

4,1 3,0 2,9 3,0 2,0 2,1 0,000

Intervenção tecnologia

2,9 2,0 2,2 2,1 2,0 1,6 0,001

LAWTON

Intervenção memória

20,8 21,0 0,4 20,8 21,0 0,4 1,000

Intervenção tecnologia

21,0 21,0 0,0 21,0 21,0 0,0 1,000

Escala de Aceitação de Tecnologias

Intervenção memória

55,5 56,3 16,5 62,0 61,3 12,7 0,000

Intervenção tecnologia

61,8 62,5 12,0 65,0 63,8 12,4 0,018

Escala de Apoio Social

Intervenção memória

85,9 100,0 19,5 89,7 100,0 15,1 0,114

Intervenção tecnologia

88,6 100,0 16,5 89,4 100,0 16,7 0,276

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Os resultados demostram que em ambos os grupos, o escores MEEM, EDG e o

Escore de Aceitação da Tecnologia apresentaram melhoramento significativo após a

intervenção (para estes escores, os p-valores dos testes de Wilcoxon foram menores que

5%).

A Tabela 9 exibe a distribuição de frequências do sinal da diferença entre os escores

final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia.

Tabela 9: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os escores final e inicial

nos grupos intervenção memória e intervenção.

Escore Diferença entre o Escore final e

inicial

Intervenção Memória

Intervenção Tecnologia

Escore de Aceitação de Tecnologia

Negativa 2 5

Nula 5 7 Positiva 22 19

Escore de Apoio Social

Negativa 2 5 Nula 19 15 Positiva 8 11

Na Figura 6 demonstra a distribuições dos escores de aceitação à Tecnologia antes e

após a intervenção em ambos os grupos.

Figura 6: Distribuições dos escores de aceitação à tecnologia antes e após a intervenção

em ambos os grupos.

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Na Figura 7 observa-se a distribuição de frequências do sinal da diferença entre os

Escore de Aceitação de Tecnologia final e inicial nos grupos de intervenção. No grupo

intervenção memória, 6,9% dos idosos apresentaram redução do Escore de Aceitação de

Tecnologia (diferença entre os escores final e inicial negativa) e no grupo intervenção

tecnologia um percentual maior de idosos apresentaram redução do Escore de Aceitação de

Tecnologia (16,1%).

Figura 7: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os Escore de Aceitação de

Tecnologia final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia.

Em ambos os grupos as maiores frequências foram de idosos que melhoraram os

seus escores Escore de Aceitação de Tecnologia, mas o percentual de idosos que

melhoraram seus escores no grupo intervenção memória (75,9%) foi maior do que o

percentual de idosos que melhoraram seus escores no grupo intervenção (61,3%).

Já na Figura 8 representa-se a distribuição de frequências do sinal da diferença

entre os Escore de Apoio Social final e inicial nos grupos de intervenção. No grupo

intervenção memória, 6,9% dos idosos apresentaram redução do Escore de Apoio Social

(diferença entre os escores final e inicial negativa) e no grupo intervenção tecnologia um

percentual maior de idosos apresentaram redução do Escore de Apoio Social (16,1%).

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Figura 8: Distribuição de frequências do sinal da diferença entre os Escore de Apoio

Social final e inicial nos grupos intervenção memória e intervenção tecnologia.

Observa-se que em ambos os grupos as maiores frequências foram de idosos que

mantiveram os seus Escore de Apoio Social, e o percentual de idosos que melhoraram seus

escores no grupo intervenção memória (27,6%) foi menor do que o percentual de idosos

que melhoraram seus escores no grupo intervenção tecnologia (35,5%).

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

27,6%35,5%

65,5% 48,4%

6,9%16,1%

Intervençãomemória IntervençãoTecnologia

DiferençaNegativa DiferençaNula DiferençaPositiva

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5.3 Associação do melhoramento dos escores Escore de Aceitação de Tecnologia e Escore de Apoio Social com outras variáveis

A Tabela 10 traz os resultados do teste de Wilcoxon comparando as distribuições

iniciais de com as distribuições finais de cada item do questionário, para os grupos

intervenção memória e intervenção tecnologia. Os p-valores menores que 0,05 acusam

diferença significativa e estão em negrito e as células sombreadas de azul.

Tabela 10: Comparação das distribuições iniciais com as distribuições finais de cada item

do questionário. Itens do questionário Escore de Aceitação de Tecnologia

p-valor do teste de Wilcoxom Grupo Intervenção

Memória Grupo Intervenção

Tecnologia Escore de Aceitação de Tecnologia 1

0,942 0,305

Escore de Aceitação de Tecnologia 2

0,003 0,348

Escore de Aceitação de Tecnologia 3

0,043 0,039

Escore de Aceitação de Tecnologia 4

0,046 0,241

Escore de Aceitação de Tecnologia 5

0,040 0,166

Escore de Aceitação de Tecnologia 6

0,011 0,798

Escore de Aceitação de Tecnologia 7

0,085 0,203

Escore de Aceitação de Tecnologia 8

0,156 0,330

Escore de Aceitação de Tecnologia 9

0,103 0,006

Escore de Aceitação de Tecnologia 10

0,035 1,000

Escore de Aceitação de Tecnologia 11

0,732 0,819

Escore de Aceitação de Tecnologia 12

0,013 0,166

Escore de Aceitação de Tecnologia 13

0,020 0,518

Escore de Aceitação de Tecnologia 14

0,034 0,196

Escore de Aceitação de Tecnologia 15

0,012 0,431

Escore de Aceitação de Tecnologia 16

0,059 0,441

Escore de Aceitação de Tecnologia 17

0,059 0,202

Escore de Aceitação de Tecnologia 18

0,272 0,035

Escore de Aceitação de Tecnologia 19

0,102 0,380

Escore de Aceitação de Tecnologia 20

0,257 0,564

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Observa-se que no grupo intervenção memória ocorreram mais diferenças

significativas do que no grupo intervenção tecnologia. O grupo intervenção tecnologia

apresentou diferença significativa nas distribuições iniciais e finais dos itens Escore de

Aceitação de Tecnologia 3 (“Não tenho medo de quebrar, nem de utilizar algo que seja

informatizado”), Escore de Aceitação de Tecnologia 9 (“Gosto e tenho vontade de

conhecer novidades tecnológicas”) e Escore de Aceitação de Tecnologia 18 (“As

tecnologias surgiram para facilitar a vida das pessoas e não para complicar”).

As distribuições conjuntas das duas avaliações destes itens para o grupo

intervenção tecnologia, podem ser vistas nas Tabelas 11, 12 e 13 a seguir:

Itens do questionário Escore de Apoio Social

p-valor do teste de Wilcoxom Grupo Intervenção

Memória Grupo Intervenção

Tecnologia Escore de Apoio Social 1 0,109 1,000 Escore de Apoio Social 2 0,852 0,187 Escore de Apoio Social 3 0,083 0,317 Escore de Apoio Social 4 0,317 0,438 Escore de Apoio Social 5 0,465 0,301 Escore de Apoio Social 6 1,000 0,157 Escore de Apoio Social 7 0,496 0,053 Escore de Apoio Social 8 0,070 0,102 Escore de Apoio Social 9 0,317 0,854 Escore de Apoio Social 10 0,334 0,414 Escore de Apoio Social 11 0,465 0,888 Escore de Apoio Social 12 0,408 0,783 Escore de Apoio Social 13 0,336 1,000 Escore de Apoio Social 14 0,577 0,705 Escore de Apoio Social 15 0,276 0,343 Escore de Apoio Social 16 0,414 0,131 Escore de Apoio Social 17 0,395 0,595 Escore de Apoio Social 18 0,317 0,891 Escore de Apoio Social 19 0,655 0,854 Escore de Apoio Social 20 0,257 0,083 Escore de Apoio Social 21 0,039 1,000 Escore de Apoio Social 22 0,109 0,414 Escore de Apoio Social 23 0,071 0,234 Escore de Apoio Social 24 0,039 1,000

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Tabela 11: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação

de Tecnologia 3 nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia.

Primeira Avaliação

Segunda Avaliação Total

Discordo

Totalmente

Discordo

Parcialmente

Não concordo

nem Discordo

Concordo

parcialmente

Concordo

Totalmente

Discordo Totalmente

1 0 2 0 1 4

Discordo Parcialmente

0 3 2 1 1 7

Não concordo

nem Discordo

1 1 4 5 0 11

Concordo parcialmente

0 1 0 4 1 6

Concordo Totalmente

0 0 0 0 3 3

Total 2 5 8 10 6 31

A Tabela 11 mostra que 17 idosos do grupo intervenção tecnologia (54,8%)

mantiveram suas respostas para a questão Escore de Aceitação de Tecnologia 3 (“Não

tenho medo de quebrar, nem de utilizar algo que seja informatizado”) nas duas avaliações e

12 delas (38,7%) melhoraram suas respostas mostrando mais concordância em não ter

medo de quebrar, nem de utilizar algo que seja informatizado do que na avaliação anterior.

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Tabela 12: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação

de Tecnologia 9 nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia.

Primeira Avaliação

Segunda Avaliação Total

Discordo

Totalmente

Discordo

Parcialmente

Não concordo

nem Discordo

Concordo

parcialmente

Concordo

Totalmente

Discordo Totalmente

1 2 0 0 0 3

Discordo Parcialmente

0 2 0 1 1 4

Não concordo

nem Discordo

0 0 5 1 2 8

Concordo parcialmente

0 0 0 3 2 5

Concordo Totalmente

0 0 0 0 11 11

Total 1 4 5 5 16 31

A Tabela 12 mostra que 22 idosos do grupo intervenção tecnologia (71,0%)

mantiveram suas respostas para a questão Escore de Aceitação de Tecnologia 9 (“Gosto e

tenho vontade de conhecer novidades tecnológicas”) nas duas avaliações e os outros 9

idosos (29,0%) melhoraram suas respostas.

Tabela 13: Distribuição de frequências conjunta das respostas do item Escore de Aceitação

de Tecnologia 18 nas duas avaliações do grupo intervenção tecnologia.

Primeira Avaliação

Segunda Avaliação Total

Discordo

Totalmente

Discordo

Parcialmente

Não concordo

nem Discordo

Concordo

parcialmente

Concordo

Totalmente

Discordo Totalmente

0 0 0 0 0 0

Discordo Parcialmente

0 0 0 0 0 0

Não concordo

nem Discordo

0 0 3 1 1 5

Concordo parcialmente

0 0 0 8 5 13

Concordo Totalmente

0 0 0 1 12 13

Total 0 0 3 10 18 31

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A Tabela 14 mostra que 23 idosos do grupo intervenção tecnologia (74,2%)

mantiveram suas respostas para a questão Escore de Aceitação de Tecnologia 18 (“As

tecnologias surgiram para facilitar vida das pessoas e não para complicar”) nas duas

avaliações e outros 7 idosos (22,6%) melhoraram suas respostas mostrando mais

concordância à afirmação do item do que na avaliação anterior.

Para os demais itens do questionário sobre aceitação à tecnologia e para os itens do

questionário sobre apoio social, não houve diferença significativa entre as distribuições das

respostas dos idosos nas duas avaliações.

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6. DISCUSSÃO

Os resultados mostram que em ambos os grupos, os escores MEEM e EDG

apresentaram uma melhora significativa após a intervenção, isso demonstra que a

tecnologia pode ser uma ferramenta eficaz para um envelhecimento saudável, porém,

outras atividades como as cognitivas, também são excelentes ferramentas.

Os dois grupos diferiam significativamente, sob o ponto de vista estatístico, no que

se refere ao escore inicial Lawton (p-valor=0,017 do teste MW). Entretanto, tal diferença

não é significativa sob o ponto de vista clínico.

Através dito, mostra-se que os benefícios sociais, cognitivos e afetivos da educação

para idosos são científica, social e moralmente incontestáveis. Não há uma garantia,

contudo, de que eles ocorrerão em todas as situações de aprendizagem e que atingirão

todos os envolvidos. Apesar dos resultados não demonstrarem grande significância, o

apoio das relações sociais apresenta benefícios a nível afetivo, emocional, informativo,

instrumental e de percepção, o que potencializa o convívio social, diminuindo o isolamento

e aumentando a participação social58.

Em relação aos resultados do Escore de Aceitação de Tecnologia, ambos os grupos

tiveram resultados significativos, demonstrando a eficácia das intervenções para um

envelhecimento ativo, porém, alguns idosos obtiveram resultados negativos após as

intervenções, demonstrando a importância da desmistificação da tecnologia ser conteúdo

juvenil.

Alguns estudos descrevem que idosos trazem crenças infundadas sobre suas

habilidades e competências para aprender, especialmente quando o assunto é a tecnologia

da informação e da comunicação. O fato de verem a nova geração como detentora dos

recursos tecnológicos, sentem-se pouco à vontade de inserir-se nesse universo, como se

estivessem se imiscuindo em assuntos que não lhes dizem respeito, dificultando o

aprendizado ou o interesse dos idosos99.

As atitudes dos sujeitos idosos em relação às tecnologias influenciam diretamente

no uso destas. A partir do momento que os idosos passam a ter atitudes positivas em

relação às tecnologias eles reconhecem a importância destas e passam a aceitá-las e inseri-

las no seu cotidiano102.

Em relação a escala de apoio social, ambos os grupos de intervenção, mantiveram-

se estáveis na maioria dos seus indivíduos, porém, os idosos do grupo intervenção

tecnologia, tiveram um número maior de estabilidade nos resultados. Alguns tiveram

resultados satisfatórios após as atividades e um pequeno número, piorou seus resultados.

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Devido a isso, mostra-se a importância dos grupos de convivência para a socialização e

trocas de experiências entre os participantes e o aprendizado de tecnologia nestes grupos.

Com isso, observa-se que tecnologia permite ao indivíduo estar mais integrado na

comunidade eletrônica, colocando-o em contato com familiares e amigos, em um ambiente

de troca de informações, aprendendo junto e oferecendo a oportunidade de descobertas das

próprias potencialidades. Tais atividades potencializam as expectativas de um futuro com

melhor qualidade de vida, pelo sentimento de integração na sociedade41

Em relação ao perfil dos indivíduos, destaca-se a faixa etária, pois há uma

predominância dos idosos de 70 a 80 anos. A despeito da idade avançada, o risco de

depressão e as queixas de humor podem ser agravantes para o mau funcionamento

cognitivo, comprometer a qualidade de vida e o desenvolvimento das atividades de vida

diária desses indivíduos. Esse fato pode ratificar um resultado expressivo da estabilização

ou melhora dos dados da variável MEEM para as diferentes faixas etárias, devido a

prevalência de indivíduos entre 70 e 80 anos38.

O comportamento de estabilização dos dados das escalas de Lawton, pode expressar

a importância da avaliação sistemática, além da realização da intervenção para essa

população, uma vez que a idade avançada tende a causar prejuízos cognitivos40,41.

O interesse da população idosa pela inserção no meio digital surge por vários

motivos, sejam eles: pela necessidade de inclusão na sociedade moderna, de não

marginalização, como forma de receber atenção e ainda como meio de aproximação de

familiares e amigos de gerações mais novas100.

O grupo intervenção tecnologia, apresentou diferença significativa nas distribuições

iniciais e finais dos itens Escore de Aceitação de Tecnologia 3 (“Não tenho medo de

quebrar, nem de utilizar algo que seja informatizado”), Escore de Aceitação de Tecnologia

9 (“Gosto e tenho vontade de conhecer novidades tecnológicas”) e Escore de Aceitação de

Tecnologia 18 (“As tecnologias surgiram para facilitar a vida das pessoas e não para

complicar”).

Demonstrando que apesar das dificuldades e obstáculos que a tecnologia impõe,

muitos idosos concordaram que estas surgiram para facilitar o cotidiano das pessoas e não

para dificultar e, ter aparelhos modernos e tecnológicos é necessário tendo em vista as

exigências do mundo atual e que, aprender a utilizá-los é necessário para a inserção

social101.

Isso é destacado anteriormente, quando no grupo intervenção tecnologia,

mantiveram suas respostas para a questão Escore de Aceitação de Tecnologia 18 (“As

tecnologias surgiram para facilitar a

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vida das pessoas e não para complicar”) nas duas avaliações e alguns idosos melhoraram

suas respostas mostrando mais concordância à afirmação do item do que na avaliação

anterior.

Os idosos buscam cada vez mais ferramentas que sanem as suas necessidades,

como por exemplo, a de se comunicar com parentes e amigos distantes, ou a constante

busca por atualização. Em ambos os grupos, observa-se estabilização dos Escore de Apoio

Social mas alguns idosos, tiveram melhora dos escores no grupo controle. Esse resultado,

não supera o encontrado no grupo intervenção, que obteve uma melhora significativa em

seus scores. Dentre os aspectos positivos das tecnologias para os idosos, que contribuem

para sua qualidade de vida, estão o aumento da interação social e familiar, a criação de

grupos virtuais, e a diminuição do isolamento103.

A importância do aprendizado da tecnologia na terceira idade pode ter um efeito

extremamente positivo tanto sócio familiar quanto físico, em destaque por ter ação

potencializadora de estimular áreas diferentes do cérebro o que coopera para inibir o

surgimento de doenças que podem impactar o processo de viver humano saudável e feliz

da pessoa idosa103.

A implementação de cuidados pelos profissionais de enfermagem aos idosos, vem

auxiliando na qualidade do envelhecimento. Isto tem incentivado a realização de estudos

que caracterizem melhor as deficiências dos idosos e investiguem as intervenções de

enfermagem que mais se aplicam às situações clínicas específicas desta população43.

Como principais contribuições da inclusão digital, identifica-se que a experiência

vivida durante oficinas desenvolvidas em grupos, é uma possibilidade de reconstrução da

identidade do idoso como cidadão, como possuidor de capacidade para continuar

aprendendo e para lidar com situações e desafios diários relacionados ao uso da tecnologia,

com o foco de propor suporte para a reconstrução do conhecimento e a comunicação88.

Os centros de convivência são considerados como espaço para a emersão e

fortalecimento dos vínculos estremecidos ou rompidos em decorrência do adoecimento

mental68. Considera-se relevante essa informação, pois muitos dos idosos do estudo,

participam da instituição há muito tempo. Isso contribui para a melhora do resultado do

apoio social de ambos os grupos.

Dentre as limitações encontradas para o desenvolvimento da presente pesquisa,

pode-se citar a falta de estrutura física adequada para desenvolver as atividades de forma

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mais didática que contribuiria para um melhor aprendizado dos participantes. Além disso, o

curto período para desenvolvimento das intervenções, interfere no rendimento dos idosos,

pois a prática dos exercícios ensinados fica deficiente devido a carga horária curta.

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CONCLUSÃO

Os resultados sugerem que a intervenção com tecnologia melhorou tão quanto a

convencional, no entanto, a segunda reforça o aspecto da inclusão digital enquanto

mecanismo de inclusão social, apropriação das Tecnologias de Informação e Comunicação

para o exercício da cidadania e possibilidade do desenvolvimento da autonomia da pessoa

idosa no seu cotidiano.

Os resultados apresentados e discutidos sugerem melhora quanto ao aprendizado

dos idosos em conhecimentos específicos na área da tecnologia, e também reforça o

aspecto da inclusão digital enquanto mecanismo de inclusão social, apropriação das

Tecnologias de Informação e Comunicação para o exercício da cidadania e possibilidade

do desenvolvimento da autonomia da pessoa idosa no seu cotidiano. Assim como aspectos

sociais e de produtividade evidenciados em decorrência do aumento da população idosa e

da necessidade em oferecer espaços de aprendizagem contínua e de participação.

Estudar questões relativas ao uso das tecnologias de informação e comunicação

pelos idosos no intuito de compreender o impacto do uso de tais ferramentas na vida desse

público se faz necessário no atual contexto informacional, haja vista a necessidade de

buscar também soluções que possibilitem o envelhecimento dos indivíduos de maneira

saudável, sem que eles percam a conexão com a sociedade que os cerca.

Além disso, a experiência deste estudo pode fundamentar a atuação de profissionais

de enfermagem que trabalham nesta área, frisando a necessidade e importância de ações

específicas, considerando as especificidades e individualidades da terceira idade no auxílio

de aprendizagem das tecnologias.

Iniciativas como esta fazem com que a comunidade da terceira idade se sinta

atendida e representada, trazendo benefícios para a autovalorização e os projetos pessoais,

diminuindo o isolamento social, proporcionando novas aprendizagens e acesso a diferentes

serviços.

Nota-se, a necessidade de que mais pesquisas sobre a temática da gerontecnologia

sejam feitas, principalmente por enfermeiros, pois nota-se uma carência de estudos nessa

temática, para que assim, compreenda-se melhor os motivos que levam o idoso a enfrentar,

aceitar e utilizar tecnologias. A partir de então, será possível propor intervenções de

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qualidade que garantam a inserção plena destes sujeitos no mundo tecnológico de maneira

que estes se sintam pertencentes a esta realidade e não mais excluídos dela.

Com esse estudo o produto desenvolvido “Modelo de Oficinas de Inclusão digital

para idosos” pode ser amplamente difundido na área optou-se por um e-book com 56

páginas ilustradas que pode ser facilmente consumido e atende a nova tendência de

consumo de material didático, esse descreverá a metodologia testada, e cada oficina

desenvolvida (material, desenvolvimento e avaliação). Essa apoiará aos facilitadores de

oficinas de memória para idosos no ensino de tecnologia e preservação da autonomia e

independência do idoso, contribuindo para um envelhecimento saudável e desenvolvimento

da área de enfermagem gerontológica sustentada no processo de enfermagem.

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9. APENDICE

APÊNDICE A: TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Projeto: OFICINAS DE TECNOLOGIA COMO INTERVENÇÃO PARA ISOLAMENTO SOCIAL EM IDOSOS: ESTUDO QUASE-EXPERIMENTAL

Pesquisadora Responsável: Profª Dra. Rosimere Ferreira Santana.

Instituição em que trabalha o Pesquisador Responsável: Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa/ Universidade Federal Fluminense

Telefones para contato do Pesquisador: (21)26299464 (21) 988241026

Prezado (a) participante: Sou enfermeira, mestranda em Enfermagem, Programa de Mestrado Profissional

em Enfermagem Assistencial da Universidade Federal Fluminense e estou realizando uma pesquisa sob supervisão da Dra. Rosimere Ferreira Santana, cujo objetivo é desenvolver um modelo de intervenção de promoção da socialização de idosos por meio do uso da tecnologia.

Sua participação será através da consulta de enfermagem, aplicando os questionários para avaliação da aceitação da tecnologia, os motivos que interferem a utilização da mesma. A participação nesse estudo é voluntária e se você decidir não participar ou quiser desistir de continuar em qualquer momento, tem absoluta liberdade de fazê- lo, sem prejuízos em sua participação no UFF Espaço Avançado.

Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo.

Os benefícios diretos em participar da pesquisa será a melhor compreensão no processo de aprendizagem de novas tecnologias. Indiretamente você estará contribuindo para a compreensão do fenômeno estudado e para a produção de conhecimento científico, como o desenvolvimento de políticas públicas. Sobre os riscos de sua participação são mínimas, por algum constrangimento, que serão evitados pela pesquisadora dada seu interesse e formação no tema de pesquisa, toda assistência e encaminhamento necessários serão realizados pelas pesquisadoras em caso de dúvidas ou demandas psicossociais.

Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa poderão ser esclarecidas pelo pesquisador pelo telefone (21) 96818- 3737, ou pelo e-mail [email protected]/ [email protected] ou pela entidade responsável – Comitê de Ética em Pesquisa da UFF no telefone (21) 2629-9189.

Elisa Monteiro Magalhães Bamberg Profa. Dra. Rosemere Ferreira Santana Enfermeira Mestranda Orientadora

Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma cópia deste termo

de consentimento.

Assinatura Data

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10. ANEXOS

ANEXO A: MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)

NOME: PRONT:

ESCOLARIDADE: IDADE:

/ / / : : :

ORIENTAÇÃO 01 PONTO PARA CADA 1) Em que ano estamos? 2) Que horas são aproximadamente? 3) Em que dia do mês estamos? 4) Em que dia da semana estamos? 5) Em que mês estamos? 6) Onde estamos? 7) Em que andar estamos? 8) Em que bairro estamos? 9) Em que cidade estamos? 10) Em que estado estamos?

REGISTRO 03 PONTOS 11) Mencione 3 objetos (COPO, MALA e CARRO), e peça para repetir. Dê um ponto para cada resposta correta. Repita até que ele aprenda. Número de tentativas: (se houver “inclusão”, descrever):

ATENÇÃO E CÁLCULO 05 PONTOS 12) Série de “7”. De 100 peça para subtrair 7, repita 5 vezes (93,86,79,72,65). Ou Peça para soletrar a palavra mundo de trás para frente (O-D-N-U-M)

MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO 03 PONTOS 13) Peça para repetir as 3 palavras. Retire 1 ponto para cada objeto não citado. Máximo de 6 tentativas

LINGUAGEM 09 PONTOS 14) Aponte o lápis e o relógio e peça para nomeá-los

(02 pontos)

15) Peça par repetir: “nem aqui, nem ali, nem lá” (01 ponto) 16) Peça para seguir um comando em três etapas: “pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio e ponha no chão”

(03 pontos)

17) Peça para seguir o comando escrito no papel: “feche os olhos” (01 ponto)

18) Escreva uma sentença (deve ter sujeito, verbo e predicado) (01 ponto)

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19) Peça para copiar o desenho (01 ponto)

TOTAL / 30 / 30 / 30

APLICADO POR:

CARIMBO

PROF.ª ROSIMERE FERREIRA SANTANA - UFF

Doutora em Enfermagem-UFRJ Mestre em Enfermagem – UERJ

Especialista em Psicogeriatria- UFRJ

FECHE OS OLHOS

( ) até 12 nomes diferentes ( ) entre 13 e 18 nomes ( ) mais de 18 nomes

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ANEXO B: ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA (EDG)

NOME: PRONT:

PERGUNTAS / / / 1) O (A) Sr (a) está satisfeito com a sua vida?

(NÃO)

2) O (A) Sr (a) interrompeu muitas das suas atividades? (SIM)

3) O (A) Sr (a) acha que a sua vida está vazia? (SIM)

4) O (A) Sr (a) fica com freqüência aborrecido (a)? (SIM)

5) O (A) Sr (a) está de bem com a vida a maior parte do tempo? (NÃO)

6) O (A) Sr (a) tem medo de que algo ruim lhe aconteça? (SIM)

7) O (A) Sr (a) se acha alegre a maior parte do tempo? (NÃO)

8) O (A) Sr desamparado (a)?

(a) com freqüência se sente (SIM)

9) O (A) Sr (a) prefere ficar em casa em vez de sair e fazer coisas novas? (SIM)

10) O (A) Sr (a) acha que está tendo mais problemas de memória que as outras pessoas?

(SIM)

11) O (A) Sr (a) acha que é maravilhoso estar vivo (a) agora? (NÃO)

12) a O (A) Sr (a) acha que vale a pena viver como está vivendo agora? (NÃO)

13) O (A) Sr (a) se sente cheio (a) de energia? (NÃO)

14) O (A) Sr (a) acha que sua situação tem solução? (NÃO)

15) O (A) Sr (a) acha que muita gente é melhor que o (a) senhor (a)? (SIM)

TOTAL

1) Quando a resposta do paciente for igual a que está entre parênteses, o item vale 1 ponto 2) Quando a resposta do paciente for diferente a que está entre parênteses, o item vale 0 (zero) pontos

APLICADO POR:

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ANEXO C: ESCALA DE ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (KATZ– (AVDs)

NOME: PRONT:

ÁREA OPÇÕES / / / Banho - NÃO recebe assistência, entra e sai do chuveiro sem

ajuda ( ) ( ) ( )

- recebe assistência para lavar somente uma única parte do corpo (costas os pernas)

( ) ( ) ( )

- recebe assistência para lavar mais de uma parte do corpo

( ) ( ) ( )

- não toma banho sozinho ( ) ( ) ( ) Vestuário - veste-se completamente SEM assistência (tirar as

roupas do armário e vesti-las, incluindo roupas íntimas e roupas de passeio, como a utilização de fechos, suspensórios e colchetes)

( )

( )

( )

- veste-se sem assistência, recebendo auxílio somente para amarrar os sapatos

( ) ( ) ( )

- recebe assistência para vestir-se ou tirar as roupas do armário

( ) ( ) ( )

- não se veste sozinho ( ) ( ) ( )

Higiene Pessoal

- vai ao banheiro SEM assistência, limpando-se e arrumando as roupas;

( ) ( ) ( )

- recebe assistência para ir ao banheiro, limpar-se ou arrumar as roupas: ou recebe ajuda no manuseio de comadre/patinho somente à noite.

( )

( )

( )

- não realiza o ato de eliminação fisiológica no banheiro

( ) ( ) ( )

Transferência - deita e levanta da cama, bem como senta e levanta da cadeira, SEM assistência: pode utilizar-se de objetos para auxílio como bengala e andador

( )

( )

( )

- deita e levanta da cama, ou senta e levanta da cadeira com assistência

( ) ( ) ( )

- não se levanta da cama ( ) ( ) ( )

Continência - controle esfincteriano (urinário e fecal) completo, por si só

( ) ( ) ( )

- ocorrência de “acidentes” ocasionais ( ) ( ) ( ) - supervisão no controle esfincteriano, cateter é

utilizado, ou é incontinente ( ) ( ) ( )

Alimentação - alimenta-se SEM assistência ( ) ( ) ( ) - alimenta-se sem assistência, exceto para cortar carne

ou passar manteiga no pão ( ) ( ) ( )

- alimenta-se com assistência, ou é alimentado de maneira parcial/completa com sondas ou fluídos IV

( ) ( ) ( )

RESULTADO

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ANEXO D: ESCALA DE ACEITAÇÃO DE TECNOLOGIAS POR IDOSOS

A cada uma das questões que seguem diga qual o seu grau de concordância: (Assinale com um X o número associado à resposta escolhida)

1 2 3 4 5

Concordo totalmente

Concordo Não concordo nem discordo

Discordo Discordo totalmente

Questões 1 2 3 4 5 1. Tenho boas experiências com tecnologia. 2. Confio em caixas eletrônicos. 3. Não tenho medo de quebrar, nem de utilizar algo que seja informatizado. 4. Exploro e utilizo todos aplicativos de celular. 5. Procuro aprender a utilizar aparelho eletrônico, tais como DVD, celular, microondas, câmera digital

6. Prefiro não aprender a usar um aparelho eletrônico 7. Se tivesse filhos pequenos hoje, compraria brinquedos informatizados. 8. O uso de computadores na escola auxilia o processo de ensino e aprendizagem.

9. Gosto e tenho vontadede conhecer novidades tecnológicas.

10. Utilizo tecnologias e compreendo o funcionamento dos aparelhos. 11. O uso de tecnologia nas escolas ajudaria as crianças a aprenderem de maneira mais eficiente

12. O uso do caixa eletrônico é eficiente e também um meio mais rápido para a efetuação da maioria das transações bancárias.

13. Usar um computador facilita realizar tarefas como: conversar com alguém, comprar, pagar contas e consome um tempo menor

14. Mandar e-mail é mais fácil e prático do que mandar carta. 15. Seria mais fácil encontrar itens em uma loja através de um aparelho eletrônico como um computador do que esperar o atendimento de uma vendedora.

16. Ter um computador próprio ajuda no trabalho e nas tarefas diárias 17. Enviar mensagens pelo celular é uma maneira rápida e eficiente de mandar pequenos recados.

18. As tecnologias surgiram para facilitar a vida das pessoas e não para complicar

19. É extremamente importante acompanhar os avanços tecnológicos 20. Ter aparelhos modernos e tecnológicos é necessário tendo em vista as exigências do mundo atual e aprender a utilizá- los é necessário para uma inserção social efetiva.

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ANEXO E: QUESTIONARIO DE APOIO SOCIAL E REDE SOCIAL

D1- Com quatos parentes voce se sente à vontade e pode falar sobre quase tudo? (Se for o caso, inclua esposo(a), companheiro(a), filhos(as) nessa resposta) __ Parentes ( ) Nenhum

D2- Com quantos amigos voce se sente a vontade e pode falar sobre tudo? (Não inclua esposo(a), companheiro(a) ou fihlos nessa resposta.

__ amigos ( ) Nenhum

D3- Nos últimos 12 meses, voce participou de atividades esportivas em grupo, (futebol, vôlei, basquete, outros) ou atividades artísticas em grupo (grupo musical, coral,artes plásticas, outras)?

( ) Sim ( ) Não ( ) mais de uma vez por semana ( ) uma vez por semana ( ) 2 a 3 vezes no ano ( )algumas vezes no ano ( ) uma vez no ano

D4- Nos últimos 12 meses, voce participou de reuniões de associações de moradores ou funcionários, sindicatos ou partidos?

( ) Sim ( ) Não ( ) mais de uma vez por semana ( ) uma vez por semana

( ) 2 a 3 vezes no ano ( )algumas vezes no ano ( ) uma vez no ano

D5- - Nos últimos 12 meses, voce participou de trabalho voluntário não remunerado, em organizações não- governamentais (ONGs), de caridade, outras?

( ) Sim ( ) Não ( ) mais de uma vez por semana ( ) uma vez por semana ( ) 2 a 3 vezes no ano ( ) algumas vezes no ano ( ) uma vez no ano

Perguntas do bloco de apoio social Todas as perguntas foram precedidas da expressão: Se você precisar, com que frequência conta com alguém.

D6- Que o ajude, se ficar de cama? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D7- Para lhe ouvir, quando você precisa falar? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D8- Para lhe dar bons conselhos em situação de crise? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

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D9- Para leva-lo ao médico? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D10- Que demonstre amor e afeto por você? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D11- Para se divertir junto? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D12- Para lhe dar informação que o(a) ajude a compreender uma determinada situação? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D13- Em quem confiar ou para falar de você ou sobre seus problemas? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D14- Que lhe dê um abraço? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D15- Com quem relaxar? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D16- Para preparar suas refeições, se você não puder prepara-las? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D17- De quem você realmente quer conselhos? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D18- Com quem distrair a cabeça? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D19- Para ajuda-lo nas tarefas diárias, se você ficar doente? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D20- Para compartilhar suas preocupações e medos mais íntimos? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D21- Para dar sugestões sobre como lidar com um problema pessoal? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D22- Com quem fazer coisas agradáveis? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D23- Que compreenda seus problemas? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

D24- Que você ame e que você se sentir querido? ( ) nunca ( ) raramente ( ) ás vezes ( ) quase sempre ( ) sempre

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ANEXO F: QUESTIONÁRIO SOBRE OS FATORES QUE INTERFEREM NO USO DE APARELHOS ELETRÔNICOS

Nome: Data:

Por favor, marque a sua escolha com um X:

1) Qual destas frases expressa aquilo que o Sr(a) pensa? Poderá escolher mais do que uma alternativa)

A. ( ) Tenho receio em danificar o aparelho B. ( ) Tenho medo de utilizar qualquer dispositivo que seja informatizado C. ( ) Um único aparelho tem muitas funções diferentes e isto dificulta o seu uso D. ( ) Penso que alguns aparelhos eletrônicos não são desenvolvidos pensando-se no público idoso E. ( ) O idioma dos aparelhos e dos manuais dificulta o meu entendimento F. ( ) Deixo de usar aparelhos eletrônicos por considerá-los complicados e difíceis de serem usados G. ( ) Tenho dificuldade em identificar as funções básicas do aparelho H. ( ) Tenho dificuldade em operar as outras funções do aparelho além das básicas I. ( ) Tenho dificuldade de aprender novas tarefas J. ( ) Reconheço a importância destes aparelhos para a minha vida cotidiana K. ( ) Reconheço a utilidade destes aparelhos para a minha vida cotidiana L. ( ) Não tenho motivação em aprender e usar estes aparelhos no meu cotidiano M. ( ) Considero os aparelhos eletrônicos difíceis e complicados de serem utilizados

Caso o Sr (a) tenha escolhido a alternativa B, por favor, explique melhor a sua resposta.

2) Se quiser expressar a sua opinião com mais detalhe, use este espaço.

Obrigada por responder!

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ANEXO G: PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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