165
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO ROSETE DE ANDRADE DIMENSÕES CRÍTICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM BASE NA METODOLOGIA OKA: UM ESTUDO DE CASO Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Organizações e Estratégia. Linha de Pesquisa: Sistemas de Gestão pela Qualidade Total Orientador: Prof. Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez, D.Sc. Niterói 2016

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO

ROSETE DE ANDRADE

DIMENSÕES CRÍTICAS PARA IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO DO CONHECIMENTO

EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO COM BASE NA METODOLOGIA OKA: UM

ESTUDO DE CASO

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em

Sistemas de Gestão da Universidade Federal

Fluminense como requisito parcial para obtenção

do grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de

Concentração: Organizações e Estratégia. Linha

de Pesquisa: Sistemas de Gestão pela Qualidade

Total

Orientador:

Prof. Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez, D.Sc.

Niterói

2016

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

A553 Andrade, Rosete de

Dimensões críticas para implantação da gestão do conhecimento em

uma instituição de ensino com base na metodologia OKA: um estudo de

caso / Rosete de Andrade. – Niterói, RJ: 2016.

165 f.

Dissertação (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão) –

Universidade Federal Fluminense, Escola de Engenharia, 2016.

Orientador: Martius Vicente Rodriguez y Rodriguez.

1. Gestão do conhecimento. 2. Avaliação da Gestão do conheci-

mento (Organizational Knowledge Assessment). 3. Aprendizagem

organizacional. 4. Colégio Pedro II. I. Título.

CDD 658.4038

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais
Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

AGRADECIMENTOS

Aprendi desde muito cedo a ter um coração agradecido, procurando reconhecer aquelas pessoas

que abençoam minha vida e facilitam a caminhada. Essa empreitada em particular, é um feito

de muitas mãos.

Agradeço, primeiramente, a Deus: fonte de sabedoria e graça.

Agradeço a minha mãe que sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, fonte de inspiração.

Ao meu marido Ronan, meu grande amor, pela parceria e paciência, pela cumplicidade que tem

sido uma marca de nossa caminhada a dois.

Aos meus filhos Danilo, Anita e a mascote da família pelo apoio, compreensão e por tornar

mais leve o dia-a-dia recheando-o com afeto e alegria.

A minha eterna equipe de trabalho André, Carla, Douglas, Fernanda, Luciane e Tamara pelo

suporte, pelas trocas, pela amizade. Muito bom poder contar com vocês!

A minha atual equipe de trabalho, Carla, Fernanda e Luciane que acompanhou todo o processo

dessa pesquisa, com suas dores e alegrias; seu apoio foi fundamental. Esse trabalho também é

de vocês, tem traços seus por todo lado.

Ao Colégio Pedro II pela oportunidade de realizar este Curso de Mestrado.

Ao Pró-Reitor de Gestão de Pessoas pela percepção da importância de desenvolvimento de sua

equipe e empenho em promovê-la.

A todos os gestores desta Instituição que responderam à pesquisa de campo realizada,

contribuindo para realização do primeiro diagnóstico em Gestão do Conhecimento do CPII.

Ao orientador, Martius Vicente Rodriguez, pela clareza de objetivos e metas.

Aos Professores do Curso de Mestrado pela oportunidade de reflexão e troca.

Aos amigos de turma, pela alegria da convivência e partilha de saberes e competências. Muito

bom caminhar com vocês!

A todos os demais familiares e amigos que não participaram do dia a dia deste trabalho, mas

contribuem para deixar a vida mais rica e plena de significados.

Devíamos ter de escrever agradecimentos mais vezes para perceber o quanto somos afortunados

pela presença de tantos que enriquecem nossa vida. A todos vocês, muito obrigada.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

EPÍGRAFE

"A mente que se abre a uma nova idéia, jamais voltará ao seu tamanho original."

Albert Einstein

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

RESUMO

O presente trabalho propõe aprofundar a discussão das práticas de GC como ferramenta

de apoio gerencial nas Instituições Federais de Ensino, buscando mapear os ativos intelectuais

e identificar as dimensões críticas para investimento prioritário. O Método Organizational

Knowledge Assessment – OKA, foi escolhido para realizar o diagnóstico por ser um método

desenvolvido pelo Banco Mundial e referendado pelo governo federal. A pesquisa que reúne a

percepção de 43 gestores da organização distribuídos pelos diversos campi, identifica as

dimensões Compartilhamento do Conhecimento, Fluxo do Conhecimento, Métrica e

Monitoramento, Comunidades Práticas e Tecnologia como aquelas que necessitam de intenso

investimento. São dimensões críticas para implantação da GC na instituição. A análise dos

fatores de criticidade permite identificar a ausência de políticas organizacionais que valorizem

o conhecimento e incentivem os processos de GC como fator central cuja ausência compromete

a evolução de outros fatores chave para a gestão do conhecimento na organização tais como:

Elaboração de estratégica formal de GC para a Instituição, Investimento em um sistema de

Gerenciamento do Conhecimento; Incentivos e ferramentas organizacionais para GC,

Definição de Indicadores que mensurem o impacto das práticas de GC na eficácia da

administração.

Palavras Chave: Gestão do Conhecimento; método OKA; Instituições Federais de Ensino.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

ABSTRACT

This paper proposes further discussion of KM practices as management support tools at

Federal Institutions of Teaching, seeking to map intellectual assets and identify critical

dimensions for investment priority. The Organizational Knowledge Assessment Method - OKA

was chosen to perform the diagnosis on account of being a method developed by the World

Bank and endorsed by the federal government. The accomplished diagnosis, which brings

together the perception of 43 organizational managers distributed across campuses, identifies

the dimensions Knowledge Sharing, Knowledge Flow, Metrics and Monitoring, Communities

Practices and Technology as those that require heavy investment. They are critical dimensions

for the implementation of KM in the institution. The analysis of criticality factors identifies the

absence of organizational policies to enhance the knowledge and encourage the KM processes

as a central factor whose absence undermines the development of other key factors for

knowledge management in the organization such as: Development of a formal KM strategy for

the institution; Investment in a Knowledge Management system; Incentives and organizational

tools for KM; Determination of indicators for impact measurement of KM practices in

administration efficacy.

Keywords: Knowledge Management; OKA method; Education Federal Institutions

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Abordagem Teórica do Conhecimento Organizacional .................................................. 22

Quadro 2 – Interação de conteúdos para criação do conhecimento ................................................... 30

Quadro 3 – Práticas de Gestão do Conhecimento .............................................................................. 31

Quadro 4 – Os princípios da Organização baseada no Conhecimento .............................................. 35

Quadro 5 – Distribuição dos Níveis de Ensino ................................................................................. 79

Quadro 6 – Identificação dos Fatores de Criticidade ........................................................................ 96

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – A evolução das sociedades e respectivas habilidades requeridas .................................... 20

Figura 2 – Espiral do Conhecimento ................................................................................................. 27

Figura 3 – Tipos de Ba - Interação .................................................................................................... 41

Figura 4 – Arquitetura do método Organizational Knowledge Assessment (OKA) ......................... 56

Figura 5 – Estrutura Metodológica da Pesquisa ................................................................................. 70

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

Figura 6 – Técnicas de coleta de dados ............................................................................................. 71

Figura 7 – Mapa de Objetivos do CPII 2015-2018 .......................................................................... 75

Figura 8 – Organograma Colégio Pedro II ....................................................................................... 78

Figura 9 – Resultado do Diagnóstico do Colégio Pedro II - Método OKA .......................................84

Figura 10 – Fatores de Criticidade Relacionados...............................................................................98

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Titulação Docentes ......................................................................................................... 82

Gráfico 2 – Titulação Servidores Técnicos ....................................................................................... 82

Gráfico 3 – Dimensões do Método OKA – Colégio Pedro II ........................................................... 87

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Modos de Conversão e Entidades de Criação do Conhecimento .................................... 29

Tabela 2 – Resultados Esperados com a Adoção da GC ................................................................... 46

Tabela 3 – Problemas Identificados pela Ausência de GC ................................................................ 48

Tabela 4 – Participantes da Pesquisa ................................................................................................. 66

Tabela 5 – Caracterização da Amostra .............................................................................................. 67

Tabela 6 – Quantitativo de Alunos .................................................................................................... 80

Tabela 7 – Rotatividade de Pessoal .................................................................................................... 83

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

Tabela 8 – Comparativo dos Resultados do OKA por Segmento.......................................................85

Tabela 9 – Classificação das Dimensões do OKA ............................................................................. 87

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................................ 13

1.2 SITUAÇÃO PROBLEMA .......................................................................................................... 14

1.3 OBJETIVOS DA PESQUISA ............................................................................................ 15

1.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 15

1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 16

1.4 PERGUNTA DA PESQUISA ...................................................................................................... 16

1.5 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA ................................................................ 16

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

1.6 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA .............................................................................................. 17

1.7 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................. 18

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................ 19

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 19

2.2 EMERGÊNCIA DA ECONOMIA DO CONHECIMENTO ....................................................... 20

2.2.1 O Conhecimento como Recurso Estratégico ................................................................ 23

2.3 GESTÃO DO CONHECIMENTO, O GRANDE DESAFIO ORGANIZACIONAL ..... 25

2.3.1 Processo Evolutivo: De dado a conhecimento .............................................................. 25

2.3.2 Criação do Conhecimento .............................................................................................. 26

2.3.3 Gestão do Conhecimento .............................................................................................. 30

2.3.4 Organizações do Conhecimento .................................................................................... 34

2.3.4.1 Aprendizagem Organizacional ......................................................................... 36

2.3.4.2 Ambiente de Aprendizagem Organizacional ................................................... 39

2.3.4.3 Implantando a Gestão do Conhecimento nas Organizações ............................. 42

2.3.5 O Papel da GC na Administração Pública ................................................................... 43

2.3.5.1 Expectativas com relação à Gestão do Conhecimento na Adm. Pública......... 45

2.3.5.2 Situação da Gestão do Conhecimento na Administração Pública Brasileira ... 47

2.3.5.3 Razões identificadas ......................................................................................... 49

2.3.5.4 Gestão do Conhecimento e Cultura organizacional ........................................ 51

2.3.5.5 Relevância da Gestão do Conhecimento em Instituições de Ensino ............... 53

2.3.6 Método Organizacional Knowledge Assessment ............................................ 55

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA .................................................................................................... 61

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .............................................................................. 61

3.2 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS: USO DO MÉTODO OKA ............. 63

3.3 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA ................................................................................ 64

CAPÍTULO 4 – ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 72

4.1 O COLÉGIO PEDRO II – CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL ............................. 72

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

4.1.1 Informações Históricas .................................................................................................. 72

4.1.2 Situação Atual ................................................................................................................. 73

4.1.2.1 Finalidade e Competências ....................................................................................... 73

4.1.2.2 Estrutura Atual .......................................................................................................... 76

4.1.2.3 Quantitativos do CPII ................................................................................................ 79

CAPÍTULO 5 – ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 84

5.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS ENCONTRADOS ......................................................... 84

5.2 RECOMENDAÇÕES PARA MELHORIA COM BASE NA ANÁLISE REALIZADA

JUNTO Á INSTITUIÇÃO ........................................................................................................ 99

CAPÍTULO 6 – CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS....................................................... 102

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 104

APÊNDICE..........................................................................................................................................114

A.1 MÉTODO OKA: DIMENSÕES DO CONHECIMENTO ............................................... 115

A.2 INSTRUMENTO DE PESQUISA - ETAPA 1 ................................................................ 123

A.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA - ETAPA 2 ................................................................ 135

A.4 INSTRUMENTO DE PESQUISA - ETAPA 3 ................................................................ 151

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

Crescentemente, o conhecimento é reconhecido como o principal ativo das

organizações, caminho para seu crescimento e sustentabilidade ao longo do tempo dado que,

cria valor e permite sua diferenciação no mercado. Segundo Ferraresi et al. (2014), o

conhecimento, além de ser um dos princpais recursos de uma organização, alavanca os demais

recursos.

Diante do papel determinante que o conhecimento desempenha atualmente nas

organizações, torna-se urgente a gestão desse conhecimento. Neste cenário, a preocupação com

a Gestão do Conhecimento (GC) organizacional se expande rapidamente ao longo da década

de 1990, uma vez colocada a necessidade de administrá-lo com o mesmo zelo dos ativos mais

tangíveis.

A GC é uma prática relativamente nova, especialmente para as instituições públicas. Na

análise feita por Batista (2004), no Governo Federal evidencia-se sua aplicação efetiva apenas

em empresas públicas, na Administração Direta ainda não é expressiva. É consenso entre os

pesquisadores da área que sua utilização é fundamental na busca de instituições sustentáveis e

em condições de atender a uma sociedade cada vez mais consciente de seus direitos e, por

conseguinte mais exigente de serviços públicos de qualidade.

Denner e Diaz (2011) sustentam que a GC no setor público não é apenas possível, mas

imprescindível para seu funcionamento eficaz, em prol de um desenvolvimento sustentável,

através do aprendizado com outras áreas e com os cidadãos. Angelis (2013) defende que as

práticas e sistemas de GC no setor público podem contribuir para a reforma da administração

pública, tornando-a mais eficiente, transparente e sensível às necessidades dos cidadãos.

Batista (2006) relaciona uma série de vantagens promovidas pela GC no serviço público como

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

14

o trabalho colaborativo entre as diversas instituições possibilitando acelerar a geração de novos

conhecimentos que agreguem valor aos serviços prestados à sociedade, redução dos custos de

retrabalho pelo acesso facilitado a fontes de informação e aprendizado e aperfeiçoamento do

processo decisório. Chu, (2016), estudando a GC em Instituições de Ensino assegura que as

práticas da GC podem melhorar o ensino ao promover a partilha de experiências inovadoras, ,

a cooperação e o trabalho em equipe, fomentar a reflexão sobre práticas de ensino e a criação

de novo conhecimento.

Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em

particular nas Instituições Federais de Ensino é desenvolver ações para tornar os processos de

trabalho mais eficientes, melhorar a aprendizagem organizacional, intensificar a inovação e

diminuir o tempo de resposta para a sociedade.

1.2. Situação Problema

Pesquisas da OCDE (2003) demonstram que as organizações públicas estão mais

atrasadas na implementação de práticas de GC do que as empresas privadas; Batista (2006)

acrescenta que se restringir o foco, as Istituições Federais de Ensino exibem índices de

implantação das práticas de GC inferiores aos apresentados nos órgãos e entidades da

Administração Direta. Chu, 2016, informa que apesar das escolas serem centros de

aprendizagem, a maioria delas tem negligenciado a importância do conhegimento enquanto

recurso estratégico e descuidado de sua gestão.

Simultaneamente observa-se na atual conjuntura o crescimento da preocupação nas

organizações públicas com a perda de talentos seja pela aposentadoria, seja pela alta

rotatividade dos profissionais mais jovens. Alguns dados apontados pelo estudo da Escola

Nacional de Administração Pública (Enap) realizado em 2013 indicam a tendência de redução

progressiva dos quadros mais experientes nos próximos anos. No Colégio Pedro II, objeto de

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

15

estudo do presente trabalho, totalizaram 360 apostentadorias nos últimos cinco anos. É

imprecindível utilizar a GC como ferramenta para manter esse conhecimento nas referidas

Instituições, propor estratégias para formalização desse conhecimento adquirido ao longo de

muitos anos, e possibilidade de sua reutilização e transformação em novos conhecimentos e

práticas.

Colocada a situação do baixo índice de implementação de práticas de GC nas

Instituições Federais de Ensino num cenário de força de trabalho com faixa etária elevada,

previsão de aposentadoria em massa nos próximos anos e alta rotatividade dos servidores mais

jovens, a indagação da presente pesquisa é: considerando a amplitude da GC – o método OKA

utilizado neste trabalho identifica 14 dimensões do conhecimento que compõe os elementos

básicos de sua estrutura (Pessoas, Processos e Sistemas), quais dimensões de GC devem ser

priorizadas em se tratando de uma instituição de Ensino? Dimensões relacionadas ao elemento

Pessoas, relacionadas com a capacidade da organização para criar e favorecer uma cultura

organizacional baseada no conhecimento e aprendizagem; Dimensões do elemento Processos

associadas às condições da organização para sistematicamente capturar, armazenar,

transformar, garantir o fluxo de conhecimento e sua aplicação ou Dimensões do elemento

sistemas que trata da infraestrutura tecnológica que favoreça o compartilhamento de

conhecimento, que facilite a colaboração entre os trabalhadores, que possibilite acesso e

recuperação da informação e conhecimento.

1.3. Objetivos da Pesquisa

1.3.1. Objetivo Geral

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

16

Analisar quais dimensões da Gestão do Conhecimento são críticas para implantação da

Gestão do Conhecimento em uma Instituição de Ensino com base na metodologia OKA1.

1.3.2. Objetivos Específicos

Avaliar o nível de preparação do conhecimento da organização através do

método OKA;

Analisar quais dimensões apresentam-se críticas, necessitando de maior

investimento;

Propor recomendações para a elaboração e a implementação de uma política de

GC com base nos ítens críticos identificados.

1.4. Pergunta da Pesquisa

Quais as dimensões críticas para implantação da Gestão do Conhecimento em

Instituições de Ensino com base na metodologia OKA?

1.5. Justificativa e Relevância da Pesquisa

Segundo Batista (2012) ainda são poucos os estudos sobre GC no setor público, carência

reforçada se restringir o foco para as Instituições Públicas de Ensino. Cranfiel, 2011; Dalkir,

2011; Ranjan, 2012; Benitez, 2015 e Chu, 2016 ao mesmo tempo em que apontam os benefícios

das práticas de GC nas instituições de ensino, citando as possibilidades ampliadas de promover

a inovação, elevar a eficiência operacional e melhorar o serviço acadêmico, confirmam a

1 O método Organizational Knowledge Assessment (OKA) foi elaborado pelo World Bank Institute (WBI), do Banco Mundial, como ferramenta para efetuar um diagnóstico inicial da organização e apoiar na elaboração do Plano de Gestão do Conhecimento. O método OKA tem sua

estrutura apoiada em três elementos básicos: pessoas, processos e sistemas. Cada um desses elementos contempla uma série de dimensões do

conhecimento, que constituem o elemento-chave do método.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

17

importância de ampliar os estudos na área, indicando que é um campo de pesquisa ainda pouco

explorado.

Angelis (2013) confirma a escassez de pesquisas disponíveis sobre GC no setor público

e aponta que suas práticas podem contribuir para a reforma da administração pública, tornando-

a mais eficiente, transparente, sensível às necessidades dos cidadãos e inteligente para alcançar

seus objetivos. O autor lembra as oportunidades potencializadas pelo compartilhamento de

conhecimento interno e entre as diversas instituições públicas, contribuindo para minimizar ou

eliminar a duplicação de esforços e multiplicando a capacidade inventiva pela soma das partes.

Neste constexto, a pesquisa busca auxiliar para a conscientização da necessidade de

fazer a GC, não como iniciativas isoladas, mas como uma política da Instituição. Nesta

perspectiva, o estudo busca expandir as pesquisas relacionadas à gestão dos processos do

conhecimento nas IFEs, buscando mapear os ativos intelectuais e identificar as dimensões

críticas para investimento prioritário. Fresneda et al (2009) afirmam que cada organização deve

desenvolver sua própria estratégia de GC baseada em um diagnóstico e no entendimento de

quais conhecimentos são críticos para seu sucesso. O presente estudo se propõe a realizar essa

investigação no âmbito do Colégio Pedro II. Ademais, Fonseca (2006) cita a importância da

ampliação das Instituições Públicas utilizando o OKA, contribuindo para a formação de uma

base de dados comum, possibilitando benchmarking e oportunidade de cooperação.

1.6. Delimitação da Pesquisa:

A pesquisa está circunscrita a uma organização, numa época e situação específicas.

Trata-se assim, de um estudo de caso, sendo a unidade de análise o Colégio Pedro II entre o

segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016. O estudo busca aprofundar a

discussão das práticas de GC como ferramenta de apoio gerencial nas Instituições Federais de

Ensino, na perspectiva de que cada Instituição deve mapear seus conhecimentos

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

18

organizacionais e identificar quais são críticos para alcançar seus objetivos.A ferramenta

adotada para realizar o diagnóstico na Instituição - método Organizational Knowledge

Assessment ( OKA), foi aplicada com 43 gestores que registraram sua percepção sobre a

capacidade e o nível de preparação da organização em relação aos seus ativos intelectuais. O

Método OKA é composto de 14 dimensões do conhecimento, possibilitando uma visão ampla

da realidade da GC na organização em tela, permitindo propor caminhos para implementação

e/ou fortalecimento das referidas dimensões.

1.7. Estrutura do trabalho

O presente trabalho está organizado em seis capítulos e referencial bibliográfico. O

Capítulo 1 introduz o tema da pesquisa e desenvolve sua contextualização, identifica a situação

problema, descreve os objetivos da pesquisa, formula o problema suscitado, delimita o estudo

e sua relevância. O Capítulo 2 realiza a revisão da teoria sobre GC para maior compreensão do

tema e apresenta subsídios para fundamentar a pesquisa. O capítulo 3 identifica o tipo de

pesquisa do ponto de vista de sua natureza, da abordagem do problema, dos seus objetivos e

dos procedimentos técnicos adotados. Apresenta, também, o Instrumento de Coleta de Dados

utilizado, Método OKA e descreve a aplicação da metodologia, definição da amostra, a forma

como os dados foram coletados, consolidados e analisados. Por fim, destaca as limitações do

instrumento de pesquisa adotado. O Capítulo 4 traz a caracterização da Instituição, objeto do

presente estudo, abordando informações históricas e situação atual. O Capítulo 5 apresenta os

resultados alcançados na execução da metodologia adotada, diagnóstico e análise e apresenta

recomendações para a Instituição estudada. O sexto e último capítulo consolida as conclusões

do estudo e propõe sugestões para uma agenda de futuros estudos sobre o tema.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

19

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Considerações Iniciais

Este capítulo tem por objetivo realizar revisão da teoria sobre Gestão do Conhecimento

(GC) buscando ampliar a compreensão do tema e acessar estudos já desenvolvidos que possam

nortear a presente pesquisa, fundamentando a análise das dimensões críticas para implantação

da GC em uma Instituição Federal de Ensino com base na metodologia OKA

O conteúdo está estruturado em duas grandes seções. Na primeira etapa apresentamos a

evolução para a sociedade do conhecimento e suas implicações econômicas, sociais e culturais.

Na sequência o conhecimento é abordado enquanto recurso estratégico, identificado como fonte

de vantagem competitiva sustentável e como tal coloca-se a necessidade urgente de sua gestão

eficaz para atuar no ambiente de incertezas que caracteriza a atualidade. Como o conhecimento

é tácito, a GC é trabalhada na perspectiva de assegurar as condições (processos gerenciais e

infraestrutura física e digital) para que o conhecimento prospere na organização.

A próxima seção traz o olhar para a GC na Administração Pública, buscando elementos

que identifiquem seu papel e relevância, benefícios e impactos que podem ser esperados pelas

práticas de GC. Procura-se também aprofundar a discussão das práticas de GC como ferramenta

de apoio gerencial nas Instituições Federais de Ensino, na perspectiva de que cada Instituição

deve mapear seus conhecimentos organizacionais e identificar quais são críticos para alcançar

seus objetivos estratégicos. Existem muitas maneiras de desenvolver a GC e cada organização

pode adotar diferentes abordagens, de acordo com suas prioridades. Para finalizar o capítulo é

apresentado o Método Organizational Knowledge Assessment – OKA, escolhido para realizar

o diagnóstico do presente estudo por ser um método desenvolvido para o Banco Mundial e

referendado pelo Governo Federal.

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

20

2.2. Emergência da Economia do Conhecimento

A evolução tecnológica a partir da década de 1950, tendo por base as tecnologias de

informação e comunicação, produziram profundas mudanças sociais, econômicas e culturais na

sociedade. Em um primeiro momento, denominado por Terra (2005), “era da informação” é

adquirida a crescente capacidade de processamento de dados e informações. Na sequência, a

“era da comunicação” agrega progressiva capacidade de conexão e interação, tendo como

resultado uma expansão sem precedentes nos fluxos de informação e relacionamentos. Segundo

Wurman (2005) nos últimos trinta anos, produziu-se um volume de informações novas maiores

do que nos cinco mil anos que os precederam.

Esse tipo de inovação, que provoca mudanças decisivas na forma de produzir e

comercializar, que altera a estrutura dos mercados, que traz modificações radicais nas relações

sociais e na cultura dominante é considerado disruptiva e é responsável por inaugurar uma nova

Era.

Rodriguez (2002) enfatiza a singularidade desse momento ao lembrar que na história

da humanidade existiram apenas três grandes eras econômicas: Agrícola, Industrial e a recém-

inaugurada Era do Conhecimento. Neste aspecto, o autor ilustra as principais mudanças

evolutivas das sociedades com as respectivas habilidades requeridas.

Figura 1: A evolução das sociedades e respectivas habilidades requeridas

Fonte: Adaptado de Rodriguez y Rodriguez (2002, p. 18).

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

21

Neste cenário, tecnologias sofisticadas de informação e comunicação com custos

reduzidos estabelecem uma nova sociedade, articulada em rede. As redes virtuais eliminam os

limites geográficos, possibilitando inclusive que pessoas e empresas, em diferentes partes do

mundo, trabalhem juntas em tempo real. Essa nova Era traz em seu bojo a transnacionalização

da produção e reestruturações produtivas; expansão do comércio mundial e dos fluxos

financeiros internacionais; aceleração e intensificação dos avanços tecnológicos catalisados

pelas novas tecnologias da informação e comunicação. Como afirma Marshall (2013), nada

mais permanece estático, são tempos marcados pelas mudanças constantes onde tudo se torna

obsoleto rapidamente; a informação e o conhecimento circulam como moedas em nível global.

Como consequência, emergem novos paradigmas econômicos e organizacionais.

Segundo Carlos (2014), esse processo não é uniforme em todos os países, setores e

atividades e o início de uma era não implica necessariamente no encerramento da anterior, mas

coexistem. Dessa forma, na atualidade convivem países cuja riqueza vem predominantemente

de produtos e serviços intensivos em conhecimento (software, moda, design, etc.), ao lado de

países com base econômica dependente de atividades industriais de baixo valor agregado como

as relacionadas ao processamento de recursos naturais e ainda outros países que até hoje têm

parte significativa da economia em atividades agropastoris e extrativas. Seu desenvolvimento

fica condicionado à capacidade de inovar, de produzir o insumo estratégico da nova economia:

o conhecimento.

O autor enfatiza que essa dinâmica é replicada no nível microeconômico, onde as

Empresas apresentam os mais diversos níveis de organização, das mais simples às mais

sofisticadas.

Com relação à trajetória da Gestão da Informação e do Conhecimento como campo de

investigação e aplicação, Xavier (2014) identifica três fases, distinguindo suas respectivas

ênfases: num primeiro momento foco no processamento de dados; na sequência, a informação

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

22

assume caráter mais estratégico; na atualidade amplia-se a compreensão e a preocupação com

a criação do conhecimento organizacional e suas formas de conversão.

Nos anos 1970 as organizações começam a reconhecer o valor da informação para

melhor se posicionarem no mercado e explorar as oportunidades. Ao longo dos anos 1980 e

início da década de 1990, os estudos na área de Gerência de Recursos Informacionais (GRI)

prevaleceram (processos relacionados à identificação, aquisição, armazenamento, partilha,

utilização e segurança da informação), tendo como objetivo a administração estratégica da

informação e tecnologias associadas para alcançar vantagem competitiva. A partir dos anos

1990, a informação e especialmente o uso que se faz dela, o conhecimento, vai assumindo papel

fundamental. A gestão competente do conhecimento passa a ser crucial para organizações e

países atuarem no ambiente em acelerada transformação e crescente complexidade que

caracteriza a passagem do milênio. O Quadro 1 apresenta um panorama das teorias relacionadas

ao conhecimento organizacional em cada período.

Quadro 1: Abordagem Teórica do Conhecimento Oganizacional

Ano Autor(es) Teoria O que propõe/enfatiza

1911 Taylor Teoria da Adm.Científica Aplicar o conhecimento Científico em oposição

ao empirismo para aumentar a eficiência em nível

operacional.

1933 Mayo Teoria das Relações Humanas Valorizar as experiências e atitudes dos

trabalhadores como fontes de conhecimento.

1964 Ansoff Teorias da Informação,

decisões estratégicas

Conhecimento como um recurso importante

unicamente para a alta gerência, com capacidade

de tomar decisões, promover e transformar as

organizações.

1980 Schein e Senge Aprendizagem Organizacional Cultura de aprendizagem organizacional como

fator crítico para o sucesso das organizações.

1959

1984

1991

1993

1999

Penrose

Wernerfelt

Barney

Peteraf

Jiménez

Teoria Baseada em Recursos Vantagem competitiva das organizações

concentra-se nos seus ativos tangíveis e

intangíveis, cabe à organização alavancá-los.

1996 Grant Teoria baseada no

Conhecimento da Empresa

Organizações crescentemente dependentes dos

recursos do conhecimento, exigindo foco

estratégico no desenvolvimento de competências,

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

23

aprendizagem organizacional e gestão do

conhecimento tácito e explícito.

1997 Nonaka y

Takeuchi

Teoria da Criação do

Conhecimento Organizacional

Importância da criação de novo conhecimento para

a dinâmica organizacional.

2000 Choo Organizações inteligentes Organizações que identificam os conhecimentos

que precisam promover e criar para garantir

competitividade sustentável e atuam nesse sentido.

Fonte: elaborado pela autora com base em Torresa et.al.,2014.

Importante observar que cada teoria dá ênfase a um aspecto e se complementam.

Torresa et.al., 2014, enfatiza que é a partir dos anos 90, fundamentalmete com a abordagem de

Nonaka e Takeuchi (1999), que o conhecimento é definitivamente reconhecido como fator

diferenciador no desempenho das organizações.

2.2.1 O Conhecimento como Recurso Estratégico

A “sociedade do conhecimento”, termo utilizado para denominar a sociedade pós-

industrial, caracteriza-se pela utilização do conhecimento como insumo estratégico. O impulso

da sociedade atual não é mais o capital financeiro, recursos naturais, mão de obra barata e

abundante, mas o conhecimento. Esse capital intelectual é que vai gerar riquezas para as

organizações do presente e do futuro.

Para Drucker (1993), na sociedade pós-industrial, o conhecimento não é mais um

recurso, mas o principal recurso, a matéria prima por excelência para obtenção de resultados

sociais e econômicos. Na mesma linha, Toffler (1994) declara que a informação e o

conhecimento são ferramentas competitivas e têm importante papel na sobrevivência das

empresas. O autor adverte sobre a importância da adoção de estratégias para adquirir, processar,

distribuir e proteger esse recurso valioso com competência. Ludwig (1998), considera que o

capital humano é o principal recurso organizacional, pois nele estão depositados o

conhecimento e a capacidade de inovação, fatores de competitividade. Segundo Davenport;

(continuação)

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

24

Prusak (1998) e Prahalad; Hamel (1998) o que uma empresa coletivamente sabe, a eficiência

com que usa este conhecimento e a prontidão com que adquire e aplica novos conhecimentos,

caracterizam sua única vantagem competitiva sustentável; Senge (2006) enfatiza a importância

da GC por parte das empresas, no sentido de aliar a busca de conhecimento à busca de

resultados. O autor afirma que o conhecimento adquirido deve ser revertido em produtividade,

qualidade e soluções inovadoras para representar um diferencial competitivo sustentável

Lemos; Joia (2012) corroboram afirmando que o conhecimento é um recurso valioso pois

fomenta a inovação; para Ferraresi et al. (2014), o conhecimento, além de ser um dos princpais

recursos de uma organização, alavancaos demais recursos; Almeida et al (2016) se refere ao

conhecimento como capital essencial das organizações.

Cada vez mais, líderes e consultores de empresas identificam o conhecimento como o

principal ativo das organizações e chave da sua capacidade competitiva. Torresa et. al. 2014,

salienta que o conhecimento se tornou um recurso essencial tanto do ponto de vista

microeconómico (organizações, empresas e instituições) como do ponto de vista

macroeconômico (nações ou estados).

Nessa nova era, caracterizada pela crescente incerteza, turbuência econômica e política

e interdependência de mercados e empresas globais, a soma de conhecimento e tempo passa a

ser fator determinante para o sucesso ou o fracasso de uma organização. Dessa forma, coloca-

se a necessidade de administrar o conhecimento como ativo intangível valioso e cercá-lo com

o mesmo cuidado dedicado aos ativos mais tangíveis. À medida que as organizações passam a

compreender o valor dos ativos intangíveis como fatores imprescindíveis para agregação de

valor e sua definitiva contribuição à sustentabilidade dos negócios, a GC vai ganhando

relevância no contexto global.

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

25

2.3. Gestão do conhecimento, o grande desafio organizacional

2.3.1. Processo Evolutivo: De dado a Conhecimento

Sveiby (1998) observa que os filósofos ao longo do tempo têm se debruçado sobre a

discussão sobre o que é o conhecimento sem, no entanto, nunca chegaram a um consenso.

Assim, o termo acaba abrigando uma série de significados, dependendo do contexto em que é

utilizado.

Uma questão relevante nesta reflexão é a distinção entre dado, informação e

conhecimento. É importante observar que esses conceitos estão intrinsecamente relacionados,

havendo para Davenport e Prusak (1998) uma relação hierárquica entre eles.

Assim, dado é o primeiro elemento da cadeia, descrito como registro objetivo, sem

contexto ou interpretação; representado por números, símbolos ou figuras são como informa

Almeida et.al. 2016, a forma simples do conhecimento Explícito. Fuld, (1995) os define como

fragmentos, pedaços de conhecimento.

Informação já é o dado trabalhado, lapidado, interpretado, contextualizado. Segundo

Drucker (1999), a informação é o dado com significado, relevância e propósito. Para Nonaka e

Takeuchi (1997), a informação é a via que possibilita a geração de conhecimento.

O conhecimento por sua vez, é processo, tendo o talento humano como elemento

essencial. Dessa forma, “O valor não está na informação armazenada, mas na criação de

conhecimento de que ela pode fazer parte.” (SVEIBY,1998, p.51). A Criação do conhecimento

acontece na prática e como fruto da interação social, está associado à resolução de problemas,

à tomada de decisões, à geração de ideias, ou seja, ao uso estratégico que se faz da informação.

Sveiby (1998) conclui que um conceito tão complexo como o conhecimento, sendo

principalmente tácito, não cabe em palavras, ou seja, sabe-se mais do que é possível explicar

em palavras.

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

26

2.3.2. Criação do Conhecimento

Nonaka e Takeuchi (1997), em contraposição aos autores referência no ocidente sobre

gerenciamento e organização cuja ênfase está na aquisição, acumulação e utilização de

conhecimentos existentes, enfatizam que a organização não só processa o conhecimento, mas

também cria. Segundo esses autores, o processo de criação do conhecimento é a capacidade de

uma empresa, como um todo, de criar ou absorver novos conhecimentos, disseminá-los e

incorporá-los em seus produtos, serviços e sistemas, obtendo a inovação contínua, vantagem

competitiva sustentável.

A partir da teoria proposta por Polanyi que divide o conhecimento em Tácito e Explícito,

os professores Ikujiro Nonaka e Hirotaka Takeuchi desenvolveram um modelo dinâmico de

criação do conhecimento, baseado na experiência de empresas japonesas.

Um de seus focos principais consiste na análise da relação entre os conhecimentos

explícito e tácito da organização e suas formas de conversão. Segundo esse modelo, a interação

social entre essas duas formas de conhecimento é a principal dinâmica na criação e expansão

do conhecimento na organização. Os autores afirmam que “não podemos deixar de observar

que essa conversão é um processo social entre indivíduos, e não confinada dentro de um

indivíduo” (NONAKA; TAKEUCHI, 1997, p. 67).

O conhecimento explícito é aquele que pode ser articulado na linguagem formal e

sistemática, facilmente comunicado e compartilhado através de textos, manuais, modelos,

programas, tabelas, gráficos, expressões matemáticas, etc. Na metáfora do iceberg utilizada por

Nonaka e Takeuchi (1997), o conhecimento explícito representa apenas seu topo visível. Sveiby

(1998) acrescenta que o que foi articulado e formalizado é sempre menos do que o saber

construído de modo tácito.

Já o conhecimento tácito é dinâmico, está armazenado na cabeça das pessoas, sendo

difícil de ser articulado na linguagem formal. É o conhecimento intangível, oriundo da

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

27

experiência e tem uma dimensão contextual, ele envolve aspectos técnicos (know how) e

cognitivos como ideais, valores, crenças, visão de mundo, percepções, insights e intuição.

Cabe lembrar que o conhecimento que realmente se traduz em vantagem competitiva é

criado ou absorvido como conhecimento tácito. Montenegro (2012) enfatiza que esse tipo de

conhecimento é muito valorizado nas organizações, pois é único e difícil de ser copiado pela

concorrência.

Entretanto é fundamental o empenho para converter conhecimento do plano tácito para

o explícito, para que a organização em todos os níveis possa compreendê-lo, utilizá-lo e, a partir

dele, criar novos conhecimentos. Na figura 2, os autores apresentam a “espiral do

conhecimento”, que surge da interação do conhecimento gerado nos quatro modos de

conversão. Nesta, conhecimento tácito e explícito interagem iniciando no nível individual,

expandindo e ampliando as áreas e comunidades de interação.

Figura 2 – Espiral do Conhecimento

Fonte: Nonaka e Takeuchi (1997)

Nonaka e Takeuchi (1997) descrevem os modos de conversão do conhecimento, onde

em cada etapa novo conhecimento é criado:

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

28

Socialização: conversão do conhecimento tácito para tácito através da observação e imitação

presente em relações do tipo mestre-aprendiz ou troca de experiência no trabalho em equipe. É

o que os que os autores denominam de comunicação “face a face”, oportunidade de criar novo

conhecimento tácito como modelos mentais e habilidades técnicas. Figureiredo et. al. 2014,

enfatiza que esse tipo interação é a única forma de capturar as sensações físicas e as reações

psicomotoras.

A interação social é muito importante para a criação do conhecimento, pois é por meio do

compartilhamento de experiências, observação e imitação que são atualizados modelos mentais.

As emoções envolvidas conferem maior sentido às informações recebidas.

Nonaka e Takeuchi (1997) enfatizam a importância da comunicação “face a face”, entendem

que “a mera transferência de informações muitas vezes fará pouco sentido se estiver desligada

das emoções associadas e dos contextos específicos nos quais as experiências compartilhadas

são embutidas” (NONAKA E TAKEUCHI, 1997, p.69).

Externalização: conversão do conhecimento tácito em explícito através de metáforas,

analogias, conceitos, hipóteses ou modelos, possibilidanto atingir maior número de

colaboradores.

Combinação: Conversão do Conhecimento explícito para explícito, onde conhecimentos

existentes são combinados com novos conhecimentos criados para obtenção de inovação a

partir da análise, associação, categorização e reconfiguração de informação disponível. Os

bancos de dados e redes de computadores são ferramentas importantes nesse modo de

conversão de conhecimento, pois permitem a combinação de várias fontes de dados em um

novo formato, gerando novos conhecimentos.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

29

Internalização: conversão do conhecimento explícito para o tácito; é o processo de

incorporação ou absorção do conhecimento à bagagem da pessoa através do que captou,

elaborou e construiu em cada etapa a partir do que ouviu e viu, leu, experimentou, imitou,

adaptou. Esse processo compreende a criação de novos modelos mentais e know how

acumulado.

Para que o conhecimento explícito se torne tácito, são necessárias a verbalização e a

diagramação do conhecimento sob a forma de documentos, manuais ou histórias orais.

A documentação ajuda os indivíduos a internalizarem suas experiências, aumentando,

assim, seu conhecimento tácito. Além disso, documentos ou manuais facilitam a

transferência do conhecimento explícito para outras pessoas, ajudando-as a vivenciar

indiretamente as experiências dos outros (ou seja, ‘reexperimentá-las’). (NONAKA;

TAKEUCHI, 1997, p. 78).

A representação visual dos modos de conversão e formas de interação em cada etapa

são apresentadas na tabela 1 e no Quadro 2.

Tabela 1. Modos de conversão e entidades de criação do conhecimento

MODELOS DE CONVERSÃO DO

CONHECIMENTO

ENTIDADES DE

CRIAÇÃO DO

CONHECIMENTO

CONHECIMENTO

GERADO

Socialização

Compartilhar e criar

conhecimento através

de experiência direta

Indivíduo para

indivíduo

Conhecimento

compartilhado

Externalização

Articular conhecimento

tácito através do

diálogo e da reflexão

Indivíduo para grupo Conhecimento

conceitual

Combinação

Sistematizar e aplicar o

conhecimento explícito

e a informação

Grupo para organização Conhecimento

sistêmico

Internalização

Aprender e adquirir

novo conhecimento

tácito na prática

Organização para

indivíduo

Conhecimento

operacional

Fonte: Figueiredo et al., 2014

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

30

Quadro 2. Interação de conteúdos para criação de conhecimento

PROCESSO INTERAÇÃO

Socialização

Ocorre diálogo frequente e comunicação “face a face”.

Brainstorming, insights e intuições são valorizados, disseminados e analisados

(discutidos) sob várias perspectivas (por grupos heterogêneos).

Valoriza-se o trabalho do tipo “mestre-aprendiz”: observação, imitação e prática

acompanhada por um tutor.

Há compartilhamento de experiências e modelos mentais via trabalho em equipe.

Externalização

Representação simbólica do conhecimento tácito através de modelos, conceitos,

hipóteses etc., construídos por meio de metáforas/analogias ou dedução/indução,

fazendo uso de toda a riqueza da linguagem figurada para tentar externalizar a

maior fração possível do conhecimento tácito.

Descrição de parte do conhecimento tácito, por meio de planilhas, textos, imagens,

figuras, regras (por exemplo, nos sistemas especialistas), scripts, design history etc.

Relatos orais e filmes (gravação de relatos orais e imagens de ocorrências/ações).

Combinação Agrupamento (classificação, sumarização) e processamento de diferentes

conhecimentos explícitos.

Internalização

Leitura/visualização e estudo individual de documentos de diferentes

formatos/tipos (textos, imagens etc.).

Prática individual (learning by doing).

Reinterpretar/reexperimentar, individualmente, vivências e práticas (practices e

lessons learned).

Fonte: Figueiredo et al., 2014

A etapa da internalização conclui uma rodada de interação do conhecimento gerado nos

quatro modos de conversão, dando origem a um novo produto, serviço ou processo de trabalho.

A partir daí, reinicia-se todo o processo, com o novo conhecimento criado servindo de base

para outro ciclo de criação de conhecimento, cuja continuidade levará à construção da espiral

do conhecimento, propulsora da inovação e condição para a organização se manter competitiva.

2.3.3. Gestão do Conhecimento

Segundo Alvarenga Neto (2002), apesar de toda polêmica a respeito do termo Gestão

do Conhcimento (GC) essa área tem surpreendido aqueles que acreditaram que se tratava

apenas de um modismo e tem se afirmado como um paradigma gerencial bastante consistente

deste século. O autor afirma que a GC revela-se como um “repensar das estratégias e práticas

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

31

de gestão para as organizações da era do conhecimento”(ALVARENGA NETO et al., 2007,

p.15).

Davenport e Cronin (2000) sugerem que, embora muita atenção tenha sido dedicada à

discussão da GC, o conceito ainda não é estável, consolidado. De acordo com Marchand e

Davenport (2004), grande parte do que as organizações denominam de GC é na realidade gestão

da informação, sendo GC mais ampla uma vez que abrange a criação e o uso do conhecimento

nas organizações. Como alega Alvarenga Neto (2006), a gestão da informação é apenas um dos

elementos da GC e ponto de partida de outras iniciativas e abordagens associadas à GC. Na sua

proposta de modelo integrativo de GC, buscando a construção de um modelo conceitual

abrangente, o autor utiliza a metáfora do guarda-chuva conceitual da GC, uma área “guarda-

chuva” onde são abrigados variados conceitos, abordagens e ferramentas gerenciais como a

gestão estratégica da informação, gestão do capital intelectual, aprendizagem organizacional,

inteligência competitiva e comunidades de prática. Além das ferramentas gerenciais, é

importante considerar neste grande “guarda-chuva” questões relativas à cultura organizacional,

comportamento humano e criação de um “contexto capacitante. Silva et.al. 2012, corrobora

com essa visão ampla da GC, informando que abrange as teorias e práticas desenvolvidas para

criação, utilização, tratamento, partilha e gerenciamento do conhecimento em favor das

organizações.

Nesta perspectiva, Almeida et.al.2016, descrevem algumas práticas de GC apresentadas

no quadro3.

Quadro 3: Práticas de Gestão do Conhecimento (GC)

Prática de GC Descrição Possibilidades/Benefícios

Lições Aprendidas

Reflexão ao final do projeto: o que deu

certo? O que pode ser repetido? O que deu

errado? O que faríamos de forma diferente?

O que aprendemos?

Avaliação deve ser compilada e

disponibilizada para fácil consulta em

projetos futuros. Possibilita

potencializar o aprendizado.

Banco de Ideias

Registro e categorização de novas idéias

com avalição de impacto e investimento

necessário

Permite a identificação de

oportunidades e possibilita a inovação.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

32

Mentoria

Promove a aproximação e acompanhamento

de profissionais experientes a profissionais

no início da atividade.

Permite acelerar aquisição e

potencializar o conhecimento

Coach

Identificação de competências do

coachee(liderado) e quais deverá

desenvolver para maximizar seu

desempenho. Implica em acompanhamento

e definição clara de atividades e

entregáveis.

Possibilita desenvolvimento e

melhoria do desempenho do coachee

(liderado)

Rodízio Gerencial Apresentação de novos desafios aos

gerentes.

Proporciona visão geral da

organização e aprendizado contínuo.

RodízioTécnico

Profissionais vivenciam, por curtos

períodos, suas atividades em outras áreas.

Estabelecer ou estreitar

relacionamentos, ampliar visão

sistêmica, compartilhar boas práticas.

Shadowing

Alocar um profissional para seguir de perto

outro que detenha conhecimento tácito

estratégico

Compartilhamento de Conhecimento

Tácito

Tutoria

Promover a disseminação e a manutenção

de conhecimentos críticos por meio do

compartilhamento sistemático e estruturado

entre tutor e aprendiz.

Transmissão de conhecimentos úteis e

experiências aplicáveis para elevar o

nível de proficiência dos profissionais.

Inventário do

Conhecimento

Mapeamento abrangente dos

conhecimentos organizacionais.

Proteção e Valorização do

Conhecimento

Narrativas

Relatos organizados de experiências

acumuladas.

Transferência de conhecimento

prático, para transformá-lo em

conhecimento estruturado e sistêmico.

Catálogo de Especialistas Identificar quem sabe o que dentro da

organização

Identificar competências

Comunidades virtuais e

de prática

Grupos informais e interdisciplinares

formados por pessoas com um interesse

comum. São espaços de interação, visando

a partilha e o acesso ao conhecimento.

Disseminação do conhecimento na

organização.

Workout

O grupo trabalhará com brainstorm para

identificar soluções de melhoria na

execução de um processo com meta

relacionada à redução de tempo, custo ou

melhoria da qualidade do entregável.

Eliminação do retrabalho ou a

simplificação do trabalho.

E-learning Oferecimento de Cursos à distância, a partir

do uso intensivo de tecnologia.

Amplia a capacidade de multiplicação

do conhecimento.

Fonte: organizado pela autora com base em Almeida et.al.2016

O conhecimento desempenha papel chave atualmente nas organizações, sendo o

principal responsável por gerar produtividade, qualidade e soluções inovadoras, garantindo

assim vantagens competitivas duradouras, dessa forma torna-se urgente a gestão desse

conhecimento. Neste sentido, Cardoso e Gomes (2011) enfatizam que não é suficiente que a

criação do conhecimento se dê de forma espontânea e que a sua gestão seja ocasional, aleatória

(continuação)

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

33

ou não intencional. Pelo contrário, implica em ações planejadas que devem ser

operacionalizadas através um conjunto de atividades formais, integradas e sistemáticas.

Terra (2005) entende que, dada a sua natureza tácita, o conhecimento em si não pode

ser diretamente gerenciado; existe na cabeça das pessoas. Dalkir (2011) acrescenta, que mesmo

que o conhecimento não possa ser gerenciado da mesma forma que um ativo convencional, é

possível gerenciar ativos intelectuais, as competências organizacionais e os processos,

objetivando o desenvolvimento de conhecimento e aprendizagem. Nessa perspectiva, a GC tem

o papel de assegurar as condições (processos gerenciais e infraestrutura física e digital) para

que o conhecimento prospere na organização; ações que promovam os processos de criação,

compartilhamento e utilização de conhecimentos individuais e coletivos. Segundo Fresneda et

al. (2008), trata-se de facilitar os processos pelos quais o conhecimento é criado, atualizado e

utilizado para maximizar a efetividade da organização e o retorno de seus ativos intangíveis.

“GC é antes de tudo, um compromisso com o aprendizado constante com modelos de

negócios e organizacionais colaborativos e com uma cultura de inovação” (TERRA, 2005, p.

3). Relaciona-se assim, à uma profunda transformação na forma de funcionamento do indivíduo

e da organização, baseado nos processos relacionados ao conhecimento. Senge (2013) enfatiza

que estes novos tempos exigem mudanças na forma de pensar e interagir das pessoas.

Na época atual, marcada por acelerada transformação e crescente complexidade, onde a

inovação tem que ser constante para a organização se manter competitiva, é imperativo que a

aprendizagem seja contínua e progressiva, a disposição em aprender e experimentar deve ser

permanente.

Diante desse cenário, Senge (2013) aponta a necessidade de um sistema de gestão

novo, mais voltado para a aprendizagem. É preciso uma estrutura organizacional e um modelo

de gestão que dêem suporte e promovam a criação do conhecimento. O autor sinaliza os

diversos desafios aos gerentes que foram talhados para atuar em cenários mais previsíveis, com

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

34

gestão orientada ao controle, com fronteiras definidas de autoridade e tradicionais processos

decisórios hierárquicos. O autor sinaliza a importância das organizações se transformarem em

“organizações que aprendem”, mais flexíveis, capazes de se adaptarem e de continuamente se

reinventarem.

Nesse aspecto, Rezende (2002) assegura que o grande desafio da gestão das

organizações que possuem como foco o conhecimento é entender como sua organização

funciona enquanto inteligência coletiva, visando atingir os seus objetivos organizacionais.

Rodriguez (2007) reforça a necessidade de evolução das organizações; segundo o autor, importa

agora não apenas saber fazer, mas saber gerenciar o fazer sob outro prisma. Com a transferência

das rotinas para as máquinas, a inovação, o conhecimento e seu gerenciamento, tornaram-se um

importante diferencial competitivo.

2.3.4. Organizações do Conhecimento

As chamadas organizações do conhecimento cresceram com rapidez, Sveiby (1998)

revela que o setor de serviços de negócios nos EUA em 1995 já estava equiparado à produção.

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) demonstrou que no

ano de 1999 o conhecimento foi responsável por 55% da riqueza gerada no mundo, dessa forma

os fatores de produção tradicionais deixaram definitivamente de ser os principais geradores de

riqueza. Sveiby (1998) apresenta no quadro 04 um comparativo que ilustra bem os paradigmas

que prevalecem nas Eras Industrial e do Conhecimento.

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

35

Quadro 4: Os princípios da Organização baseada no conhecimento

Fonte: Sveiby (1998, p. 32).

As “organizações do conhecimento” têm características bastante peculiares, a primeira

delas é que ao contrário dos recursos tradicionais de produção que sofrem desgaste com o uso,

são perecíveis e diminuem à medida que são partilhados, o recurso conhecimento cresce e se

valoriza ao ser compartilhado. Sveiby (1998) assevera que uma economia baseada na

informação e no conhecimento possui recursos ilimitados. Trata-se de atividades que exigem

mais conhecimento do que capital, sendo assim, têm sua vantagem competitiva derivada das

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

36

pessoas, uma vez que novas ideias, criatividade, senso de oportunidade são próprios do ser

humano; possuem poucos ativos tangíveis, sendo seus ativos intangíveis muito mais valiosos;

contam com trabalhadores altamente qualificados e polivalentes cuja função é converter

informação em conhecimento; os produtos da organização do conhecimento por sua vez,

possuem comparativamente custos de desenvolvimento muito mais altos do que os custos de

produção. Neste aspecto, Terra (2006) dá o exemplo da indústria farmacêutica, dizendo que os

medicamentos são apenas embalagens para o conhecimento embutido nos remédios.

Terra e Kruglianskas (2003) discutem a crença corrente de que a GC se aplica

unicamente às grandes empresas ou às pequenas empresas de base tecnológica. Os autores

afirmam que a GC se transformou em fator determinante de competitividade, representando o

sucesso ou fracasso de empresas de qualquer tamanho.

Corroborando com essa análise, Cho (2016) afirma que práticas de GC podem também

ser aplicadas à área de educação para alavancar ativos intelectuais. Em pesquisa realizada em

uma escola secundária, o autor conclui que as Escolas, assim como acontece em outros setores,

podem se beneficiar com a adoção da GC.

2.3.4.1. Aprendizagem Organizacional

No atual sistema de organização da produção, diversos autores enfatizam o surgimento

de uma cultura de aprendizagem como fator crítico para o sucesso das organizações (SENGE,

1990; SCHEIN, 1993; FLEURY & FLEURY, 1997; NONAKA & TAKEUCHI, 1997;

MCGEE &PRUSAK, 1994; CHOO, 1998; SVEIBY, 1998; STEWART, 1998).

Segundo esses autores, na era do conhecimento, a empresa deve trocar a busca pela

certeza e pelo controle (tão característica da era industrial quanto improvável na atualidade)

pela aprendizagem organizacional. O desempenho na nova economia tem relação direta com a

capacidade de aprendizagem individual e organizacional.

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

37

Senge (2013) defende que o processo de aprendizagem é progressivo e sem fim.

Segundo o autor, “as organizações que aprendem são aquelas nas quais as pessoas aprimoram

continuamente suas capacidades para criar o futuro que realmente gostariam de ver surgir”.

(SENGE 1999, p.7). Para chegar a esse estágio, as organizações devem pôr em prática cinco

disciplinas, norteadoras da cultura da aprendizagem organizacional:

Domínio ou maestria pessoal que é a disposição em aprender. Para o autor, aprender

não significa apenas adquirir mais informações, mas expandir a capacidade de produzir

os resultados corporativos almejados e criar um ambiente estimulante que leve ao

comprometimento.

Modelos mentais são o meio pelo qual vemos, entendemos e interagimos com o mundo.

Os modelos mentais são ativos, moldam nossa forma de agir. Segundo Senge (2013), a

aprendizagem que leva à atualização de modelos mentais (aspectos culturais e valores)

é complexa e desafiadora, só ocorrendo no interior de Comunidades de aprendizes.

Compartilhamento da visão de futuro da organização, incentivando o engajamento

das equipes em prol do futuro que se quer criar.

Aprendizagem em equipe transformando competências individuais em

organizacionais de forma sinérgica, ou seja, superando a soma dos talentos individuais.

Pensamento sistêmico que permite compreender a organização como um sistema

integrado. Senge (2013) chama a atenção para a necessidade de integração entre as

quatro disciplinas anteriores. Segundo ele a fragmentação das tarefas, herdada da era

industrial, compromete a capacidade de visão do todo. O autor enfatiza a importância

da visão sistêmica como forma de atuar no cenário atual caracterizado por rápida

transformação, problemas de alta complexidade e incertezas.

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

38

Assim, uma “organização que aprende” prima por uma ação estratégica de estímulo à

aprendizagem coletiva e ao compartilhamento de conhecimentos. Para tanto, deve investir em

soluções de TI como facilitadoras da GC (Sistemas de informação para acesso facilitado às

informações, apoio à comunicação e troca de ideias e experiências); direcionar os esforços de

aprendizagem alinhando-os aos objetivos estratégicos da organização, fortalecendo assim as

competências estratégicas da organização a partir do fortalecimento das competências

individuais dos colaboradores; estimular a troca de experiências vivenciadas por cada equipe

na medida em que as metodologias e soluções aplicadas enriquecem e potencializam o

aprendizado coletivo. Neste aspecto, Montenegro Júnior (2012) chama a atenção para a

necessidade de ampliação dos espaços de formação e da percepção do colaborador como agente

de seu próprio desenvolvimento.

A criação de uma organização que aprende exige mudança organizacional. Terra e

Kruglianskas (2003) apontam nesse processo a valorização do profissional em todos os níveis

da organização, a importância da transparência nas informações, trabalho em equipe na

perspectiva de que o saber coletivo é maior do que o individual, criação de um ambiente de

confiança necessário ao compartilhamento de ideias e conhecimentos, feedbacks constantes,

metas desafiadoras, porém realizáveis; Disseminação e compartilhamento de objetivos e

indicadores de forma a gerar comprometimento.

A interação é colocada como elemento essencial, muito do conhecimento que a

organização necessita será gerado pela interação constante e intensiva de seus colaboradores.

Interação e cooperação que perpasse toda a organização, que ultrapasse as fronteiras entre

seções e departamentos. Outro aspecto importante é a necessidade das organizações se

engajarem na interação e consequente aprendizado com outras organizações da mesma área de

atuação. Terra; Kruglianskas (2003) afirmam a importância das trocas e parcerias

interorganizacionais, especialmente para pequenas e médias empresas. Segundo eles, esta

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

39

multiplicidade de interlocutores estimula e diversifica a troca de conhecimentos, alavancando

assim, a capacidade empreendedora e competitiva das organizações envolvidas.

Senge (2013) enfatiza que a aprendizagem em grupo começa com o diálogo. Steve

Johnson no filme “de onde vêm as boas ideias” afirma que o berço das boas ideias são os

espaços informais de interação. Por isso a preocupação, especialmente das organizações que

focam em criatividade e inovação com o planejamento arquitetônico para que seu espaço físico

promova o encontro e a interação no dia a dia de trabalho. Plantas horizontais e com espaços

comuns são os mais recomendados.

Dessa forma, o caminho para a criação de organizações que aprendem é “o

estabelecimento de modelos de gestão menos centralizadores e mais focados em

relacionamentos maduros que permitem e estimulam visões compartilhadas e uma efetiva

gestão do conhecimento” (TERRA e KRUGLIANKAS, 2003, p. XIX).

Bem, 2013, destaca que nesse processo a atuação da alta administração é fundamental.

Para implementar mudança, o gestor principal deve estar comprometido. Somente com seu

apoio será possível a superação das barreiras impostas à inovação pelas tradicionais estruturas

hierárquico-burocráticas; somente com seu empenho será viável investir na criação de uma

cultura organizacional orientada à inovação, à experimentação, ao aprendizado contínuo e ao

comprometimento com os resultados de longo prazo.

2.3.4.2. Ambiente de Aprendizagem organizacional

A organização por si só não cria conhecimento, esta é uma prerrogativa do indivíduo.

Neste aspecto, como enfatizam Terra e Kruglianskas (2003) o ser humano tem o papel principal

em todo o processo de criação e uso do conhecimento. A organização por sua vez, tem a função

de prover um ambiente favorável para a criação do conhecimento organizacional, criar um

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

40

espaço organizacional para o conhecimento, o “Ba” – conceito introduzido por Nonaka,

Takeuchi e Toyama em 1997, sem tradução exata - ou o contexto capacitante.

Segundo esses autores, a criação do conhecimento organizacional é a ampliação do

conhecimento criado pelos indivíduos, se a organização proporcionar o contexto apropriado ou

as condições adequadas em termos de espaço, tempo e relacionamento. Alvarenga Neto (2005)

lembra que no “contexto capacitante” o termo Gestão, quando associado a conhecimento, não

está relacionado a controle, mas significa promoção de atividades potencialmente criadoras de

conhecimento em nível organizacional, ou seja, é a gestão em prol do conhecimento.

Nonaka e Takeuchi (1997) e Von Krogh, Ichijo e Nonaka (2001) enumeram os seguintes

elementos constituintes do contexto capacitante: intenção que é o direcionamento definido nos

objetivos e metas representados na Missão e Visão, os quais devem ser partilhados para gerar

comprometimento; autonomia que segundo os autores motiva o indivíduo e potencializa a

geração de novo conhecimento; flutuações e caos criativo, elementos que tiram a equipe da

zona de conforto e a impelem à criatividade para resolução de problemas; redundância, trata-se

do compartilhamento de conhecimento que extrapole as necessidades operacionais imediatas

da organização, acelerando o processo de criação do conhecimento; variedade de requisitos

necessários para enfrentar os desafios impostos à organização, esses requisitos podem ser

aprimorados por meio da combinação de informação e do acesso rápido à informação em todos

os níveis da organização. Os autores apontam que outra forma de lidar com a complexidade do

ambiente é o desenvolvimento de uma estrutura organizacional horizontal e flexível.

Dessa forma, o local de criação do conhecimento proposto por Nonaka, Takeuchi e

Toyama (1997), Ba, é compreendido como um espaço especial, com riqueza de recursos. Yang

(2010) enfatiza que este espaço, onde ocorrem as interações humanas, se bem planejado, pode

incrementar os processos de criação, partilha e utilização do conhecimento. Leite et al. (2013),

acrescenta que Ba é o espaço de interação onde a informação é interpretada para se tornar

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

41

conhecimento. Ba pode ser físico (escritório, sala de reuniões), virtual (teleconferências, e-

mail), mental (troca de ideias e experiências) ou estas possibilidades combinadas com o objetivo

de consolidar relações e fomentar a criação e o compartilhamento do conhecimento. Neste

aspecto, Carvalho et al., 2013, citam a importância do equilíbrio entre os espaços de interação

físicos e virtuais. Os autores salientam a importância do espaço físico para suscitar e fortalecer

a confiança entre os colaboradores, fundamental para a partilha do conhecimento,

especialmente o conhecimento tácito. Os espaços virtuais por sua vez, ampliam as

possibilidades de interação com vistas melhorar o processo de comunicação, colaboração e

compartilhamento do conhecimento.

“(...) contexto compartilhado em movimento, no qual o conhecimento é partilhado,

criado e utilizado. Ba proporciona a energia, qualidade e os locais para desempenhar

as conversões individuais de conhecimento e percorrer a espiral de conhecimento. ”

(Nonaka e takeuchi, 2008, p. 99-100).

Nonaka, Takeuchi e Konno (1998) apresentam quatro tipos de Ba, como parte do

processo dinâmico de criação do conhecimento, representados na figura 3, sendo que cada Ba

abriga um modo de conversão do conhecimento.

Figura 3: Tipos de Ba

TIPOS DE BA

PROCESSOS DE CRIAÇÃO, PARTILHA E USO DO

CONHECIMENTO

MODO DE

CONVERSÃO

Ba que origina Onde ocorre a partilha de conhecimento Tácito através da interação

face a face.

Sociabilização

Ba dialogante Onde os modelos mentais e as capacidades são convertidos em

termos e conceitos comuns.

Exteriorização

Ba Sistematizante Onde o novo conhecimento é criado utilizando os diversos

elementos do conhecimento explícito, principalmente com o uso

das tecnologias de informação entre grupos.

Combinação

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

42

Ba que Exercita Nesse Ba, a verbalização e a diagramação do conhecimento ajuda

os indivíduos a internalizarem o conhecimento, desenvolvendo

continuamente padrões de ação e reflexão que permitam a

incorporação ou absorção do conhecimento à bagagem da pessoa.

Internalização

Fonte: Elaborado pela autora com base em Figueiredo et.al. 2014

2.3.4.3. Implantando a Gestão do Conhecimento nas Organizações

Como explanado, GC requer mudança nos valores e na cultura organizacional, no

comportamento das pessoas e nas práticas e processos de trabalho. É preciso uma estrutura

organizacional e um modelo de gestão que dêem suporte e promovam a criação do

conhecimento.

Os tempos mudaram muito e rapidamente e a complexidade e velocidades dos

problemas e oportunidades atuais demandam novos modelos mentais. Cada colaborador,

independentemente de sua posição hierárquica e funcional, precisa ser percebido como fonte

permanente de ideias e inovação. Esse é um desafio para os gerentes que deixam de ser o centro

do processo e detentores do saber e do poder, tornando-se antes facilitadores e responsáveis por

criar ambientes de trabalho em que a criatividade é constantemente induzida e apoiada; e é um

desafio para o próprio funcionário treinado até aqui para cumprir ordens e agora chamado a

participar como colaborador criativo.

Carlos (2014) lembra que essa mudança é lenta, não se transforma uma estrutura

centenária de repente. Segundo o autor:

Essa migração dependerá menos de um choque tecnológico e mais da criação de novos

modelos mentais, o que obrigará as empresas criar ambientes capacitantes totalmente

distintos dos prevalecentes na era industrial. Se assim não o fizer, a organização corre

o risco de ensinar o desnecessário e praticar o obsoleto (CARLOS, 2014, p.68).

(continuação)

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

43

Trata-se de propiciar mudanças na maneira como os indivíduos e a organização

funcionam, tendo por base os processos relacionados ao conhecimento.

Essa mudança cultural deve ter como foco o entendimento do conhecimento como um

ativo da organização, e como tal passível de gerenciamento em sua forma explícita. Terra

(2005) entende que quando a GC passar a ser assunto da alta administração, as ações de GC

trarão resultados tangíveis e quantitativos.

Fresneda et al. (2009) defendem que existem muitas maneiras de desenvolver a GC e

que as organizações podem adotar diferentes abordagens, de acordo com suas prioridades. É

importante elaborar um plano de ação que mapeie quais conhecimentos precisam ser

alavancados, dinamizados, codificados, preservados, disseminados e protegidos para gerar

vantagem competitiva. O plano deve explicitar como a GC pode contribuir para alcançar os

objetivos estratégicos da organização, essa clareza facilita entendimento e comprometimento.

Como afirma Leask (2008), a estratégia de GC deve ser personalizada para aquela

organização a qual dará suporte, estratégias específicas para atender necessidades pontuais

daquela realidade.

2.3.5. O Papel da Gestão do Conhecimento na Administração Pública

A “Era do conhecimento” traz novos desafios também à Administração Pública,

desafios esses que não encontram resposta nos antigos paradigmas e estruturas da Era Industrial.

Segundo Bolliger (2014), além da maior eficiência e eficácia das organizações, colocam-se

entre os desafios contemporâneos da governança a transparência, flexibilidade para atender às

demandas cada vez maiores e mais complexas da sociedade, tempestividade e assertividade

para atuar em situações inesperadas, crises e desastres, promoção à participação dos cidadãos,

organizações não governamentais e outros atores sociais na formulação e implementação de

políticas públicas e na definição e desenho de serviços, caminhando no sentido de um governo

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

44

aberto, representativo. Nesse cenário apresenta-se, de forma imperativa, a necessidade da GC

e inovação na esfera pública, como caminho para o governo se reinventar.

Batista (2004) corrobora com a visão de que a GC na Administração Pública tem uma

finalidade que vai além da busca por melhor desempenho organizacional, cumprindo papel

relevante na sociedade democrática e na inserção do país na economia regional e global. Trata-

se como nos aponta Agune (2014), da busca por resolver o descompasso entre a demanda

crescente e cada vez mais exigente de serviços e políticas públicas de qualidade de uma

sociedade articulada em rede e a capacidade de resposta da máquina pública “(...) sem canais

efetivos de colaboração, anestesiado por uma visão burocrática, hierárquica e segmentada das

questões” (AGUNE, 2014, p. 23). Angelis(2011), acrescenta, que “Em ambientes cada vez

mais incertos, dinâmicos e complexos, torna-se cada vez mais importante para a administração

pública utilizar ferramentas mais modernas de gestão, como a gestão do conhecimento”.

(ANGELIS, 2011, P.139).

Neste contexto, coloca-se a necessidade de emergirem novos formatos organizacionais

e institucionais, menos hierarquizados, mais participativos. Como informa Carlos (2014),

enquanto na dinâmica da era industrial o saber se concentrava na alta administração que tomava

as decisões e ditava ordens para serem cumpridas à risca, na economia do conhecimento a

matéria prima por excelência são as ideias, as percepções, a inventividade e o espírito

empreendedor dos servidores. Dessa forma, o gestor público transforma-se no facilitador e

integrador da inteligência coletiva.

O autor afirma que, assim como já é observado na iniciativa privada, a tendência é o

conhecimento ultrapassar a linha do necessário e alcançar a posição de fundamental em todos

os níveis de atuação, do operacional ao estratégico. Diante dessa constatação, defende que o

caminho é “(...) uma ampla recalibragem organizacional dos governos, com vistas a priorizar a

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

45

criação e o compartilhamento do conhecimento e o estabelecimento de um ambiente favorável

à inovação continuada” (CARLOS, 2014, p. 66).

Diante da resistência em função da escassez de recursos na área pública, Dias (2014)

sustenta que é justamente em uma realidade de recursos restritos e aceleração de demandas que

a inovação se torna mais urgente e indispensável. Segundo a autora, a necessidade promove e

potencializa a criatividade.

2.3.5.1. Expectativas com relação à Gestão do Conhecimento na Administração Pública

A GC na administração pública tem ampliado a percepção do conhecimento como

riqueza e contribuído para a valorização do servidor público enquanto criador e multiplicador

de conhecimento. Práticas de GC bem aplicadas pelo poder público potencializam suas ações,

minimizando custos e esforços, ampliando resultados, fomentando a geração de conhecimento.

Segundo Batista:

“Na administração pública a efetiva GC ajuda as organizações a enfrentar novos

desafios, implementar práticas inovadoras de gestão e melhorar a qualidade dos

processos, produtos e serviços públicos em benefício do cidadão-usuário e da

sociedade em geral”. (BATISTA, 2012, p. 40)

A literatura especializada cita os benefícios advindos da GC como o esforço de

integração das ações do governo federal; a promoção da partilha de melhores práticas e esforços

de colaboração entre as organizações públicas, reduzindo custos e ampliando a geração de

conhecimento; o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas colaborativas baseadas em

software livre; promoção do compartilhamento de conhecimento entre os servidores;

minimização ou eliminação da duplicação de esforços internamente e no âmbito das

organizações públicas; redução da perda de conhecimento devido às vacâncias; aceleração da

geração de novos conhecimentos que agregam valor aos serviços prestados à sociedade; acesso

facilitado a fontes de informação e aprendizado; melhoria do processo decisório.

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

46

A pesquisa E-Government Survey, realizada pela ONU, em 2008, demonstra que para

os cidadãos os benefícios oriundos da GC incluem melhores serviços públicos, mais

oportunidades de escolhas, maior personalização no serviço prestado e maior controle sobre

como seu dinheiro é gasto. (ONU, 2008).

Pesquisa realizada por Fresneda e Goulart (2006) com servidores públicos indica quais

resultados são esperados pela prática da GC na administração pública. Os principais resultados

apontados estão apresentados na Tabela abaixo:

Tabela 2 – Resultados Esperados com a adoção da GC

Resultados Esperados com a Adoção da GC

% Indicações

Promoção da transparência na gestão pública, pelo fornecimento ao cidadão

de acesso às informações governamentais e crescente capacidade para

intervir diretamente nas decisões político-administrativas que lhe digam

respeito.

81%

Melhoria da gestão e qualidade dos serviços públicos, com redução de

custos pela gestão eficaz de processos.

81%

Desenvolvimento de uma cultura de compartilhamento de conhecimento

entre governo e sociedade.

68%

Desenvolvimento de uma cultura colaborativa entre áreas governamentais. 68%

Servidores públicos dotados de competências cognitivas para utilizarem,

individual ou coletivamente, redes e equipamentos como meios de

produção de conhecimento.

62%

Fonte: Fresneda e Goulart (2006)

Nos resultados obtidos, observa-se o alinhamento de expectativas com relação à

promoção da transparência na gestão pública e à melhoria da qualidade dos serviços públicos,

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

47

com redução de custos através da gestão mais eficiente e eficaz dos processos. Ambas as

pesquisas demonstram que cresce a consciência da relevância das práticas de GC para um

governo mais eficiente e democrático.

2.3.5.2. Situação da Gestão do Conhecimento na Administração Pública Brasileira

A GC no Brasil é uma prática relativamente nova, especialmente para as instituições

públicas. Na análise realizada por Batista (2004), no plano do governo federal, evidencia-se sua

utilização basicamente em empresas públicas, na Administração Direta não é expressiva,

percebendo-se nestas apenas ações pulverizadas e não formalizadas. As empresas públicas e

sociedades de economia mista por sua vez, investem há longo tempo no seu desenvolvimento

gerencial, introduzindo e adaptando à sua realidade práticas utilizadas na iniciativa privada.

Dessa forma, mantém-se alinhadas com os avanços dos métodos e ferramentas de GC para

garantir competividade.

O autor, coordenando pesquisa em 2005 em 28 órgãos da Administração Direta e seis

empresas estatais do Executivo Federal, identificou que os esforços de GC encontram-se em

estágios bastante distintos na Administração Pública Federal. As grandes empresas estatais

apresentam níveis de formalização, implementação e obtenção de resultados semelhantes aos

índices apresentados pelas organizações públicas dos pa

íses pertencentes à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico

(OCDE). A maior parte dos Ministérios por outro lado, exibem iniciativas e resultados ainda

muito incipientes, consequência de iniciativas isoladas e esforços fragmentados. No cenário

geral, são muitos projetos elaborados e ainda poucos sendo implementados ou que apresentam

resultados efetivos (BATISTA et al., 2005).

Feres (2014), pesquisando ações desenvolvidas no âmbito da GC nos Institutos Federais

(IFs) afirma, baseado em estudos no IF-Bahia, IF Sertão de Pernanbuco, IF-Paraíba, IF- Santa

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

48

Catarina, IF-Maranhão, que são ainda muito incipientes. Bem, 2013, já consegue identificar

nas organizações brasileiras, tanto privadas quanto públicas, uma conscientização cada vez

maior da importância da revisão dos seus modelos de gestão.

Em pesquisa de 2006, Fresneda e Goulart (2006) identificaram junto a servidores

públicos os problemas mais relevantes provocados pela ausência de GC nas organizações

públicas. Na Tabela 2 relacionamos aqueles considerados mais críticos.

Tabela 3 – Problemas identificados pela ausência de GC

Problemas Identificados pela Ausência de GC

% Identificações

Existência de grande massa de informações estratégicas não

tratadas e não disseminadas aos tomadores de decisões

governamentais

81%

Competências individuais e coletivas não exploradas 81%

Insuficiente colaboração intra-organizacional 50%

Baixa utilização de trabalho em grupo, colaborativo e virtual 50%

Dificuldade de promover o aprendizado coletivo,

constituindo-se em uma barreira à capacidade de criação e

inovação

43%

Fonte: Fresneda e Goulart (2006)

Cabe ressaltar o alto percentual (81%) relacionado à existência de grande volume de

informações estratégicas não tratadas e não disseminadas aos gestores governamentais,

impactando na qualidade e acertividade do processo decisório; obteve o mesmo índice a

existência de competências individuais e coletivas não exploradas, indicando a necessidade de

desenvolvimento de competências para lidar com essa massa de informações de forma

estratégica.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

49

O próximo ponto identificado na pesquisa com índice de 50% reforça a necessidade da

partilha de conhecimento e esforços de cooperação entre as organizações públicas,

fundamentais para o avanço da GC. O desenvolvimento de esforços de compartilhamento e

colaboração entre as diversas organizações da Administração pública reduz custos

(especialmente no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas) e acelera a produção do

conhecimento, uma vez que não será preciso iniciar do zero, porém contruir a partir do que já

foi elaborado por outros servidores. Parece evidente, mas a situação vivenciada pelos diversos

órgãos públicos é o empenho individual para desenvolvimento de seus próprios sistemas e

soluções, sendo os escassos recursos aplicados para desenvolver sistemas muito parecidos para

atender às mesmas demandas. Os dois outros itens indicam a necessidade de investir na

interação e trabalho colaborativo, para potencializar a criação e socialização do conhecimento.

2.3.5.3. Razões identificadas

Batista (2004) questiona as razões para não existirem organizações de referência em GC

na Administração Direta e constata que dentre os fatores que explicam essa realidade está o

desconhecimento do tema pelos dirigentes e servidores em geral. Essa falta de conscientização

dos gestores sobre a importância da GC leva à não priorização na alocação de recursos em

projetos na área. Outra questão relevante nessa discussão é a realidade orçamentária dessas

organizações, cujas restrições comprometem sua capacidade de investir em programas de

capacitação e desenvolvimento e serviços de consultoria.

Angelis (2013) acrescenta como obstáculos, a cultura dominante que não privilegia a

partilha de conhecimentos e a ausência de interação estruturada entre as organizações públicas.

Knight (2007) por sua vez, cita a falta de indicadores e métricas que possibilitem avaliar o

impacto das práticas de GC na eficácia do governo. Fresneda et al. (2009) ressaltam também

que um dos um dos fatores que dificultam a implantação efetiva da GC é a falta de alinhamento

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

50

das ações de GC às estratégias e objetivos organizacionais. Em pesquisa do IPEA (2006) com

45 Intituições Federais de Ensino (IFES) 2 Batista (2006) identifica ainda, outros fatores que

contribuem para os resultados modestos apresentados relativos às práticas de GC nas áreas de

Planejamento e Administração. O Foco da pesquisa é restrito a essas áreas de 45 IFES, mas se

aplicam às demais áreas e organizações da administração direta. São elas: o fato da gestão do

conhecimento e informação não serem uma prioridade do governo; inexistência de processos

contínuos e participativos de planejamento estratégico e de estratégias proativas de GC;

obstáculos relacionados à infraestrutura tecnológica (deficiências na infraestrutura

computacional, redes, mão de obra especializada); dificuldades operacionais como número

insuficiente de servidores, profissionais desmotivados em razão dos baixos salários e falta de

expectativas, ausência de orçamento específico para investimento em ações relacionadas à GC;

dificuldade de captar o conhecimento não documentado (tácito); problemas de comunicação.

Matos (2011) chama a atenção também para as mudanças de governo e a consequente

perda de conhecimento com a descontinuidade de projetos e profissionais. O autor ressalta o

desperdício do conhecimento acumulado na gestão anterior, onde a experiência e o know how

2

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet/MG); Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão

(Cefet/MA); Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet/PR); Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (Efoa); Faculdade

de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM); Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); Fundação Universidade Federal

de Pelotas (UFPEL); Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg); Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir); Hospital de

Clínicas de Porto Alegre (HCPA) Universidade de Brasília (UnB); Universidade Federal da Bahia (UFBA); Universidade Federal de Alagoas

(Ufal); Universidade Federal de Goiás (UFG); Universidade Federal de Itajubá (Unifei); Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);

Universidade Federal de Lavras (Ufla); Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop);

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Universidade Federal de São João Del Rei

(UFSJ); Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Universidade Federal de Sergipe (UFS); Universidade Federal de Tocantins (UFT);

Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal do Acre (UFAC); Universidade

Federal do Amapá (Unifap); Universidade Federal do Amazonas (Ufam); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal do

Espírito Santo (Ufes); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio); Universidade Federal do Maranhão

(UFMA); Universidade Federal do Pará (UFPA); Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidade Federal do Piauí (UFPI);

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade Federal do Rio Grande

do Sul (UFRGS); Universidade Federal Fluminense (UFF); Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra); Universidade Federal Rural de

Pernambuco (UFRPE); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

51

adquiridos por especialistas se perdem pela ausência de memória organizacional ou seja,

formas de armazenar, reter e reutilizar o conhecimento criado. O autor defende que as práticas

de GC independem de ideologias políticas e contribuem para impedir que seja preciso começar

de novo a cada troca de governo.

A OCDE (2003) identificou os seguintes itens já citados anteriormente: estratégias de

GC não são bem disseminadas; dificuldades de implementação de estratégias de GC em função

da resistência pessoal, especialmente da gerência média; dificuldade em capturar conhecimento

não documentado dos servidores públicos. Agrega um novo elemento não relacionado nas

outras pesquisas: mostra que o foco das organizações está em tecnologia, subestimando o fator

humano. A pesquisa indica que o servidor precisa ser redescoberto como elemento chave desse

processo. O suporte tecnológico é importante, mas apenas facilita, contribui, agiliza, não cria

conhecimento. A geração de conhecimento é uma prerrogativa do ser humano.

2.3.5.4. Gestão do Conhecimento e Cultura Organizacional

Entre os obstáculos relacionados à implantação da GC nas organizações públicas

brasileiras, a cultura organizacional exige uma atenção especial. Em qualquer processo de

mudança, a cultura jamais poderá ser negligenciada. Drucker (1993) adverte sobre essa questão

ao afirmar que bem cedo a cultura consome a estratégia.

É reconhecida a relevância do papel da cultura organizacional na implantação de

estratégias e mudanças organizacionais: como as pessoas pensam e se comportam, como os

processos são conduzidos na organização, a maneira de lidar com os problemas, influenciam

diretamente os objetivos, a estratégia, os processos, a comunicação, a aprendizagem

organizacional, as tecnologias de informação e comunicação.

Segundo Angelis (2013) a razão da maioria dos planos de GC não alcançarem sucesso

na Administração pública é a cultura organizacional que não garante o suporte necessário ao

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

52

processo e ainda oferece resistência à sua implementação. Pesquisa da OCDE (2003)

identificou essa resistência oriunda especialmente da gerência média; grupo de gestores que

exerce grande influência sobre os servidores sob sua liderança. Bem et al, 2013, observa que as

questões culturais na administração pública são mais arraigadas em função de fatores

burocráticos, bem como a isonomia, estabilidade e descontinuidade administrativa. Os autores

enfatizam que a questão cultural deve ser olhada com atenção no Serviço Público, porque

mesmo com a existência de boas práticas e iniciativas positivas no intuito de compartilhar,

distribuir e utilizar conhecimento, os projetos esbarram na questão cultural. (BEM et al. 2013,

p.9).

As mudanças ocorridas na sociedade contemporânea e a sofisticação da agenda

governamental exigirão mudança nos modelos mentais, assim como aquisição de novos saberes

e competências. Como aconteceu com o advento da era industrial, também agora será

necessário romper com modelos mentais, paradigmas, posturas, costumes, procedimentos,

crenças, processos e métodos de trabalho, legado difícil de ser deixado pra traz.

Neste aspecto, Angelis (2013) aborda algumas questões que precisam ser tratadas com

urgência. Segundo o autor, um dos principais problemas que impactam a administração pública

no Brasil é a cultura de curto prazo, uma cultura de “apagar incêndios” em detrimento do

planejamento; outro ponto que chama a atenção é a observação de que nas organizações

públicas as pessoas confiarem mais em conhecimento explícito (acesso a documentos) para

resolver problemas, sendo que o conhecimento tácito segundo Tovstiga e Korot, (1998),

constitui mais de 70 por cento do conhecimento de uma organização; por fim, a máxima que

ainda prevalece de que “conhecimento é poder”. Faz-se necessário uma verdadeira metanóia

que permita perceber que o real poder está exatamente na partilha do conhecimento que, ao ser

usado e compartilhado não se desgasta nem se reduz, pelo contrário, é ampliado, torna-se mais

denso, aprimorado e valioso. Criar essa cultura é um dos maiores desafios que se coloca na

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

53

prática GC na Administração Pública. Segundo Davenport; Prusak (1998) a cultura de partilha

de conhecimento e de suporte organizacional é a base fundamental da GC. Dalkir

(2011) corrobora enfatizando a importância de uma cultura de partilha para facilitar a

disseminação do conhecimento em uma organização.

Para lidar com essa realidade e atuar nesse cenário centrado no conhecimento e

inovação, os servidores devem agregar novos conteúdos e vivências. É preciso agir para

resgatar a capacidade de inovação e o espírito empreendedor do servidor público. Neste sentido,

Agune (2014) aponta a necessidade de incluir na pauta de capacitação e desenvolvimento dos

servidores conteúdos mais alinhados com os métodos e técnicas gerenciais que estimulem a

inovação e a criatividade; temas como visão sistêmica, empreendedorismo, colaboração,

criatividade, novos formatos organizacionais, novos métodos de trabalho e inovação em gestão.

Os espaços, ambientes e metodologias precisam também ser repensados de forma a promover

a maior interação, criação e circulação de idéias, “insumo básico para a verdadeira

compreensão dos problemas contemporâneos de governo e para a formulação de políticas

públicas ousadas e serviços inovadores” (AGUNE, 2014, p.27).

Batista et al.,2014, afirmam que para facilitar esse processo é necessário deixar claro

quais as vantagens da aplicação da GC na organização, conscientizar os gestores e demais

colaboradores sobre os benefícios e impactos que podem ser esperados por essas novas práticas.

Dessa forma, segundo Wig, 1999, a mudança será promovida pela criação de um ambiente de

cooperação sinérgica, dentro de cada unidade do serviço público.

2.3.5.5. Relevância da Gestão do Conhecimento em Instituições de Ensino

Cranfield, (2011), afirma que as Instituições de Ensino têm poucos processos formais

que utilizam o conhecimento para promover a inovação, melhorar o serviço acadêmico e elevar

a eficiência operacional. Benitez, (2015), atesta que as referidas Instituições como geradoras de

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

54

conhecimento devem investir na implementação de práticas de GC não como iniciativa isolada,

mas como uma estratégia da organização objetivando aprimorar os processos e melhorar os

serviços prestados. Chu, (2016), assegura que apesar das escolas serem centros de

aprendizagem, a maioria delas tem negligenciado a importância do conhecimento enquanto

recurso estratégico e descuidado de sua gestão. O autor defende que as práticas da GC podem

melhorar o ensino ao promover a partilha de experiências, a cooperação e o trabalho em equipe,

fomentar a reflexão sobre práticas de ensino e a criação de novo conhecimento.

Chu, 2016, realizando pesquisa em uma escola secundária, utiliza abordagem baseada

na interação, representada pelas Comunidades de Prática e abordagem alicerçada no

conhecimento, configurada como repositório de conhecimento. O autor entende que as duas

abordagens são complementares, a interação potencializa a criação e partilha do conhecimento

e a abordagem baseada no conhecimento garante que o conhecimento seja retido, formalizado

e disponibilizado. Dalkir (2011) corrobora, afirmando que ambas as abordagens são

mutuamente dependentes.

Comunidades de prática ou comunidades de conhecimento são grupos informais e

interdisciplinares formados por pessoas com um interesse comum. Essas comunidades são

espaços de interação, visando a partilha e o acesso ao conhecimento. Segundo Batista (2006)

“propiciam o veículo e o contexto para facilitar a transferência de melhores práticas e o acesso

a especialistas, bem como a reutilização de modelos, do conhecimento e das lições aprendidas”.

Seus integrantes assim, se envolvem num processo de aprendizado coletivo. Neves, 2013,

observa que comunidades de prática são um exemplo de rede social, espaço privilegiado para

geração, troca, retenção e utilização do conhecimento.

Os repositórios de conhecimento por sua vez, são a infraestrutura tecnológica, ou seja,

os canais por onde flui o conhecimento na organização. Coloca-se dessa forma, a importância

da organização investir em soluções de TI como facilitadoras da GC. Trata-se de facilitar os

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

55

processos pelos quais o conhecimento é criado, atualizado e disponibilizado para acesso rápido

em todos os níveis da organização. Ranjan (2012) enfatiza a importância de manter o

conhecimento como recurso institucional e identifica os repositórios institucionais como

ferramenta para viabilizar a partilha do conhecimento na instituição. O autor evidencia a

necessidade de armazenar o ativo intelectual elaborado por professores (coleção organizada de

material didático, referências de pesquisa, projetos, estudos de caso, registro de metodologias

inovadoras para temas específicos, organização de banco de questões de prova, exercícios

resolvidos, vídeos, áudios), potencializando assim a troca e criação de conhecimento.

Ranjam, (2012), sinaliza que o repositório institucional deve ser um recurso bem

estruturado, que possibilite disponibilizar num único lugar, de forma integrada, conhecimento

selecionado e compilado, plataforma necessariamente de fácil acesso, com conteúdo

constantemente atualizado e aprimorado. Defende que, dessa forma, esse instrumento

contribuirá para fomentar a cultura da partilha e potencializar a aprendizagem.

Os diversos autores consultados apontam os benefícios das práticas de GC nas

instituições de ensino e sinalizam a importância de ampliar as pesquisas na área, indicando que

é uma área de estudo ainda pouco explorada.

2.3.6. Método Organizational Knowledge Assessment – OKA

O World Bank Institute – WBI é uma entidade do Banco Mundial que tem como

objetivo reduzir a pobreza e apoiar o desenvolvimento dos países, através de suporte financeiro

e técnico. Para tanto, busca promover a partilha de conhecimento entre países fomentando

assim, sua capacidade de desenvolvimento.

Nesta perspectiva, considerando que o conhecimento converteu-se em insumo

estratégico na sociedade atual, principal responsável pela geração de riqueza e que a gestão

desse conhecimento se tornou indispensável para o desenvolvimento sustentável das

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

56

organizações e países, o World Bank Institute – WBI desenvolveu o método Organizational

Knowledge Assessment – OKA com o objetivo de diagnosticar a situação da GC nas

organizações e apoiar na elaboração do Plano de GC.

A ferramenta está estruturada em torno dos três elementos principais que compõe a

organização: pessoas, processos e sistemas. Dessa forma considera que a GC impacta e depende

fundamentalmente desses três elementos. Assim, Segundo Silva (2013) a metodologia

possibilita obter uma visão ampla da GC na organização através da avaliação de seus elementos

mais importantes. Fonseca (2006) enfatiza a importância da organização se empenhar para

mensurar sua capacidade para mobilizar informações, conhecimento, experiência e intuição por

meio das pessoas, processos e sistemas para atingir seus objetivos estratégicos e gerar valor.

O método OKA portanto, tem sua estrutura apoiada nos três elementos básicos

(pessoas, processos e sistemas), sendo que cada um desses elementos contempla uma série de

dimensões do conhecimento, que constituem o elemento-chave do método, conforme figura 4.

Figura 4 : Arquitetura do método Organizational Knowledge Assessment (OKA)

Fonte: Fonseca e Fresneda (2010, p. 5)

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

57

Com relação ao elemento Pessoas, é medida a capacidade da organização para criar e

favorecer uma cultura organizacional baseada no conhecimento e aprendizagem. São avaliados

o esforço para identificar conhecimento e habilidade para criar novo conhecimento, gerar

facilitadores e incentivos para o compartilhamento do conhecimento, capacidade de mobilizar

grupos para resolver problemas específicos dentro de sua área de atuação, investimento em

capacitação e desenvolvimento do capital humano. Na análise do elemento Pessoas, são

consideradas as seguintes dimensões: cultura e incentivos, criação e identificação de

conhecimento, compartilhamento de conhecimento, comunidades de prática e aprendizado.

O elemento Processos avalia como o conhecimento é empregado na gestão,

implementação e melhoria contínua dos processos críticos de trabalho da organização. Ele

também avalia o comprometimento da liderança com as práticas de GC, a capacidade da

organização para sistematicamente capturar, armazenar, transformar, garantir o fluxo de

conhecimento e sua utilização, o alinhamento das ações de GC com os objetivos estratégicos

da organização, a capacidade da organização para monitorar e interagir com o ambiente externo

e mensurar a gestão dos seus ativos intelectuais, os benefícios oriundos das iniciativas voltadas

à GC. Em Processos consideram-se as seguintes dimensões: liderança e estratégia, fluxos de

conhecimento, alinhamento, operacionalização do conhecimento, métricas e monitoramento.

No elemento Sistemas analisa-se a capacidade da organização para desenvolver e

oferecer soluções baseadas no conhecimento. Avalia-se a qui a existência e capacidade de

infraestrutura tecnológica que permitam o compartilhamento de melhores práticas e o suporte

da GC; que facilite a colaboração entre os trabalhadores, possibilitando o acesso e a recuperação

da informação e do conhecimento, os tipos de conteúdo, a abrangência e a confiabilidade dos

conteúdos disponibilizados, suporte e gerência de um programa formal de GC. No que diz

respeito a “Sistemas”, são analisados as dimensões: programas de gestão do conhecimento,

gerência de conteúdos de conhecimento, acesso ao conhecimento e tecnologia.

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

58

São ao todo 14 dimensões do conhecimento, identificadas como críticas para

diagnóstico das práticas de GC de uma organização, caracterizadas por métricas bem definidas

(Fonseca, 2006). Essas métricas foram escolhidas como resultado de pesquisas e estudos na

área de GC e são traduzidas em 199 questões que formam o instrumento de avaliação (anexo).

Dessa forma, o método permite a coleta de dados sobre os vários aspectos da GC de uma

organização e os apresenta em um diagrama radial que facilita a visualização e interpretação.

Com base na experiência de implantação do OKA em 256 instituições no Brasil e no

exterior, Ana Flávia Fonseca (2006) responsável pelo desenvolvimento do Método como

projeto de doutorado em Ciência da Informação na universidade de Maryland (EUA), propõe

a realização do diagnóstico da situação da GC utilizando o método OKA para:

i) avaliar a capacidade e o nível de preparação de uma organização na utilização

de seus ativos intelectuais;

ii) ser usado como passo inicial para produzir um plano de implantação de GC nas

organizações ou para avaliação de programas específicos de GC;

iii) construção de um entendimento organizacional por meio de consenso;

iv) conscientização proporcionada pelos elementos e dimensões do modelo;

v) realização de comparações de resultados (benchmarking) entre unidades da

mesma organização ou organizações diferentes.

Fresneda et al. (2009) enfatizam que o emprego do método contribui para disseminar os

conceitos e práticas de GC e contribui para criar cultura:

O processo de aplicação do método OKA por si só opera como um instrumento de

capacitação em GC daqueles servidores que participaram da experiência de sua

utilização. Esse fato contribui para a disseminação do entendimento e da importância

da GC, formando-se assim uma cultura em relação ao tema nas organizações públicas

e, por conseguinte, na Administração Pública Federal, (FRESNEDA et al., 2009,

p.20).

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

59

No Brasil, como resultado da crescente conscientização da importância da adoção de

práticas de GC na administração pública, o Comitê Técnico de Gestão do Conhecimento e da

Informação Estratégica (CT-GCIE), componente do Comitê Executivo do Governo Eletrônico

(CEGE), após pesquisas e análises de diversas ferramentas, selecionou o OKA como um

método que pode auxiliar as organizações públicas a realizar seus diagnósticos de GC e

fundamentar a elaboração de planos de ação e assim tem atuado para criar facilitadores para a

utilização do método OKA em instituições públicas.

Fresneda (2013) respalda essa escolha, “o método OKA ajuda a avaliar o estágio de

desenvolvimento da gestão do conhecimento nas organizações públicas federais”. (CONGEP –

DF/2013).

Segunda Fresnedo et al. (2008), dentre os métodos encontrados que atendiam aos

requisitos estabelecidos, o OKA apresentava ainda as vantagens de ser um método gratuito e

desenvolvido por uma organização multilateral (Banco Mundial) com os mesmos propósitos

do CT-GCIE/CEGE. Para a escolha do método OKA contribuiu, também, o interesse comum

das duas entidades, Banco Mundial e CTGCIE/ CEGE, na sua ampla utilização por quaisquer

organizações e busca constante de seu desenvolvimento e melhoria .

O método OKA foi traduzido do inglês para o português e adaptado para a administração

pública, sendo desenvolvido também o SysOKA, um software livre para facilitar sua aplicação

em base quantitativa.

Segundo Fresneda et al. (2013), em 2009 207 organizações haviam utilizado o método

OKA, das quais 68% eram da área governamental. Neste artigo os autores ressaltam ainda, a

importância da utilização do OKA pelas organizações públicas federais para formar uma base

de dados comum que possibilitará benchmarking e oportunidade de cooperação entre as

organizações através da partilha de boas práticas e processos de GC.

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

60

Dentre as organizações públicas brasileiras que utilizaramm o método OKA pode-se

citar: Correios (EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, 2008); Centrais

Elétricas do Norte do Brasil S/A – Eletronorte (Papa, 2008); Companhia Hidro Elétrica de São

Francisco – CHESF (Papa, 2008); Câmara dos Deputados (BOTELHO, 2009); Serviço Federal

de Processamento de Dados – SERPRO (Araujo, 2009) ); Universidade Federal do Rio de

Janeiro – UFRJ (Papa et al.,2009); Prefeitura Municipal de Curitiba (INSTITUTO

MUNICIPAL DE ADMINISTRAL PÚBLICA, 2010); Exército Brasileiro (Camões, 2010);

Centro Tecnológico e Inovação – CTI (Silva, 2010); Centro Tecnológico do Exército – CTE

(Neves, 2011); Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada - IPEA (Batista, 2011); Embrapa

(BATISTA, 2012a); Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR (Fresneda, 2012);–

Instituto Federal de Brasília - IFB ( Amarante 2013)UFF; Universidade Federal Fluminense

(FERES,2014); IFPB (Diniz, 2014).

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

61

3. METODOLOGIA

3.1. Caracterização da Pesquisa

“A pesquisa é o processo formal e sistemático de desenvolvimento do método

científico, sendo o objetivo principal da pesquisa o descobrimento de respostas para problemas

mediante a aplicação de procedimentos científicos” GIL (1999, p.42).

A metodologia de pesquisa segundo Minayo, 2003, é o caminho da investigação a ser

seguido. Trata-se do conjunto de técnicas adotado para investigar uma realidade ou

problemática que se quer compreender melhor com o suporte da ciência.

Neste trabalho, para descobrir respostas para a situação problema proposta foi utilizado:

Do ponto de vista de sua natureza, Pesquisa Aplicada, que de acordo com Gil, 2010,

objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática, contribuindo para a solução de problemas

específicos. Buscou-se assim, identificar e analisar as práticas de Gestão do Conhecimento

(GC) no Colégio Pedro II, ponto de partida para a elaboração de um plano de GC para a

Instituição e investigar os aspectos relacionados à GC mais relevantes a se investir para a

geração de valor público. O estudo não consistiu em uma análise histórica, pois tratou apenas

da GC no contexto atual do Colégio Pedro II.

Do ponto de vista da abordagem do problema, Pesquisa com Métodos Mistos que

segundo Creswell, 2003, trata-se da coleta ou análise de dados quantitativos e qualitativos em

um único estudo. Segundo Greene et. al. ,1989, a utilização de métodos variados possibilita a

convergência dos resultados, fortalecendo a relevância e validade das conclusões. Assim, a

pesquisa foi desenvolvida de maneira quantitativa, por meio da aplicação de questionário, sendo

os dados tratados também de forma qualitativa buscando-se, segundo Lakatos e Marconi, 2003,

percepções e entendimento sobre a natureza geral de uma questão, permitindo interpretação. O

presente estudo utilizou o método misto (qualitativo-quantitativo) no intuito de conseguir

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

62

determinar a forma de geração, captação e disseminação do conhecimento utilizada atualmente

pela organização, bem como para sugerir novas formas que facilitem este processo, reduzam

custos de retrabalho pelo acesso facilitado a fontes de informação e aprendizado, aperfeiçoem

o processo decisório e agreguem valor aos serviços prestados à sociedade.

Do ponto de vista de seus objetivos, Gil, 2010, a pesquisa é Descritiva e Explicativa. A

pesquisa Descritiva visa descrever as características de determinado fenômeno ou estabelecer

relações entre variáveis, sendo sua grande contribuição proporcionar novas visões sobre uma

realidade já conhecida. A Pesquisa Explicativa por sua vez, tem por objetivo identificar os

fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Dessa forma, a

presente pesquisa é descritiva, porque se propôs a compreender a GC no Colégio Pedro II e

Explicativa, procurando esclarecer como e em que medida ocorre esta gestão.

Do ponto de vista dos procedimentos técnicos, Gil, 2010, utilizou-se Pesquisa

Bibliográfica, Pesquisa Documental e Estudo de Caso.

A pesquisa Bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituido

principalmente de livros e artigos científicos acessados através das bases Scopus e Scielo.

Segundo Gil, 2008, a principal vantagem da pesquisa bibliográfica é permitir ao pesquisador

acessar um conjunto de dados e informações muito mais amplo do que poderia pesquisar

diretamente. Para a realização desta pesquisa efetuou-se revisão bibliográfica dos temas de GC

e correlatos em diversos livros e artigos científicos. Ademais, realizou-se levantamento de

informações institucionais através da consulta a documentos e relatórios disponíveis na

Instituição e nos seus sistemas de informação.

Foi utilizado Estudo de Caso, entendido como uma investigação empírica de um

fenômeno contemporâneo sobre o qual o pesquisador tem pouco controle. O estudo de caso,

conforme Roesch, 2009, permite o estudo da situação problema em profundidade e

detalhamento dentro de seu contexto, sendo especialmente adequado ao estudo de processos

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

63

por possibilitar sua análise sob vários ângulos. A unidade de análise, neste caso, é o Colégio

Pedro II entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016.

3.2. Instrumento de Coleta de Dados: Uso do Método OKA

O método Organizational Knowledge Assessment (OKA) foi elaborado pelo World

Bank Institute (WBI), do Banco Mundial, como ferramenta para efetuar um diagnóstico inicial

da organização e apoiar na elaboração do Plano de Gestão do Conhecimento.

O método OKA tem sua estrutura apoiada em três elementos básicos: pessoas, processos

e sistemas. Cada um desses elementos contempla uma série de dimensões do conhecimento,

que constituem o elemento-chave do método representado na figura 4. São ao todo 14

dimensões do conhecimento, identificadas como críticas para diagnóstico das práticas de GC

de uma organização, caracterizadas por métricas bem definidas (FONSECA, 2006). Essas

métricas foram escolhidas como resultados de pesquisas e estudos na área de GC e são

traduzidas em 199 questões que formam o instrumento de avaliação (anexo 2).

As respostas das 199 questões que formam o questionário são submetidas a um método

de ponderação que gera um valor para cada uma das catorze dimensões do conhecimento. As

pontuações de cada dimensão são utilizadas para gerar um diagrama tipo radar, conforme

apresentado na Figura 8. Segundo Fonseca et al. (2010) essas pontuações demonstram o nível

de preparação do conhecimento da organização por dimensão do conhecimento.

O diagrama gerado permite uma visão geral e integrada da situação da GC na

organização, possibilitando o entendimento da situação da GC, estabelecimento de estratégias

na priorização dos projetos e atividades, a identificação de necessidades e oportunidades no

contexto da GC.

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

64

Fresneda et al. (2008) preconizam que a partir do diagrama radar gerado, pode-se

realizar um detalhamento das informações produzidas, iniciando pelos resultados de cada uma

das dimensões indicadas no diagrama. Assim, é possível obter um conjunto amplo de

informações que possibilitam a elaboração de um Plano de GC alinhado à estratégia e aos

objetivos da organização.

A interpretação dos resultados de cada dimensão se dá pelo critério definido por Fonseca

(2006), pelo qual os resultados podem ser transformados em indicadores: Baixo (0 a 10), Médio

(11 a 20), Alto (21 a 30) e Muito Alto (acima de 31).

É importante observar que as dimensões não necessariamente restringem-se a apenas

um elemento. Ao contrário, podem impactar dois ou até os três - pessoas, processos e

tecnologia. Como exemplo, Fresneda et al. (2010) citam o compartilhamento de conhecimento,

que aparece no elemento pessoas mas contém contribuições de tecnologia (sistemas) e políticas

de compartilhamento de conhecimento (processos).

Cabe destacar como limitação do instrumento de pesquisa o grande número de questões

que compõe o questionário, demandando muito tempo para sua conclusão e a exigência de certo

domínio e intimidade com os conceitos e processos de GC para responder às questões propostas.

3.3. Aplicação da Metodologia

O método foi aplicado com gestores do Colégio Pedro II, a saber, Pró-Reitores,

Diretores Gerais, Diretores Pedagógicos, Diretores Administrativos, Diretores de Área e

Coordenadora de Comunicação Social.

O critério de escolha da amostra foi intencional, considerando-se que em sua garande

maioria são pessoas que contam com significativo tempo de trabalho na instituição, acumulam

conhecimento amplo sobre a mesma e experiência na área de atuação.

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

65

Com essas características o grupo convidado a participar da pesquisa atende ao mais

importante critério segundo Fraser e Gondim (2004), ou seja, são capazes de trazer

contribuições significativas para a compreensão do tema em questão.

Buscou-se assim, obter a percepção das principais áreas da Instituição: Reitoria, cinco

Pró-reitorais (Desenvolvimento Institucional - PRODI, Ensino - PROEN, Pós Graduação,

Pesquisa, Extensão e Cultura - PROPGPEC, Administração - PROAD, Gestão de Pessoas –

PROGESP), a Direção de cada um dos 15 Campi e a Comunicação Social; objetivando garantir

a representatividade dos setores estratégicos.

Dessa forma, a amostra atende à orientação de Camões (2010), que defende que para a

obtenção de uma resposta mais abrangente deve-se trabalhar com a seguinte representatividade:

alta gerência, que tem domínio e ampla visão dos macroprocessos de negócios da organização;

integrantes de recursos humanos, tecnologia da informação, comunicação social e gestão de

pessoas.

Buscando uma maior representatividade, foram convidados a participar da pesquisa

todos os servidores com cargo de Direção na Instituição, mais a Coordenadora de Comunicação

Social.

Dos 58 gestores convidados, participaram efetivamente 43, conforme demonstrado na

tabela 4. O índice de participação da amostra selecionada foi considerado bastante elevado,

sendo que, aqueles convidados que não responderam à pesquisa alegaram falta de tempo para

participar do Estudo.

Dos 15 Campi, 14 tiveram representação; O campus SCII apesar de não não ter

representação na pesquisa, faz parte do complexo São Cristóvão contando quatro participantes.

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

66

Tabela 4 - Participantes da pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora

Reitoria/

Pró-Reitoria/Campus

Nº gestores

convidados

Nº respondentes que

concluíram a pesquisa

Reitoria 04 03

PROEN 04 02

PROGESP 03 03

PROAD 03 02

PRODI 03 03

PROPGPEC 03 01

Campus Centro 03 01

Campus Duque de Caxias 03 01

Campus Engenho Novo I 03 02

Campus Engenho Novo II 03 02

Campus Humaitá I 03 02

Campus Humaitá II 03 03

Campus Niterói 03 02

Campus Realengo I 03 03

Campus Realengo II 03 02

Unidade Infantil Educacional Realengo 03 02

Campus São Cristóvão I 03 03

Campus São Cristóvão II 03 00

Campus São Cristóvão III 03 01

Campus Tijuca I 03 03

Campus Tijuca II 02 02

Total 58 43

Média etária participantes 52 anos

Média de tempo na Org. 21 anos

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

67

Tabela 5 – Caracterização da Amostra

Amostra de servidores com cargo de direção – 43

Média de tempo na função (em anos) – 3,96

Média de idade (em anos) – 51,53

Média de tempo de serviço (em anos) – 22,05

Fonte: Elaborado pela autora

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

68

Na aplicação do método OKA, Fonseca (2006) aponta que pode ser realizado de forma

individual ou em grupo. Na primeira abordagem, o questionário é aplicado a um grupo de

indivíduos da organização formado por representantes das diversas áreas, que respondem a

pesquisa individualmente. Na segunda opção, os indivíduos são reunidos em grupo e através de

discussão e negociação, definem qual a melhor resposta para cada uma das questões do

questionário. Na presente pesquisa foi feita a opção pela aplicação do questionário individual,

considerando o grande número de gestores convidados e sua disposição geográfica (espalhada

pelos 15 campi e Reitoria), a dificuldade de agenda dos gestores em questão e o número

expressivo de perguntas.

Apesar do questionário eletrônico estar disponível para sua aplicação, Programa

SYSOKA - desenvolvido por um aluno do programa de mestrado em Gestão do Conhecimento

e Tecnologia da Informação da UCB em parceria com CT-GCIE, disponível no site

HTTP/download.tycon.com.br – optou-se pelo preenchimento de formulário impresso aplicado

em três etapas conforme apêndice. Esta escolha foi determinada pelo grande número de

questões contribuindo para desestimular a participação, possível dificuldade/resistência com a

ferramenta online e alguns relatos de pesquisadores com problemas de operacionalização do

software. Essa dinâmica exigiu maior atenção no envio e monitoramento, mas contribuiu para

elevar a participação e assim potencializar a pesquisa.

Dessa forma, os respondentes preencheram um formulário impresso e os dados foram

posteriormente inseridos no SYSOKA, observadas as devidas precauções durante o processo

de inserção de dados no sistema para manter a correspondência com os dados coletados no

questionário

A aplicação do questionário aconteceu de fevereiro à abril de 2016. Primeiramente, foi

realizado um contato pessoal com cada gestor, mostrando a importância da pesquisa para o

Colégio Pedro II e posteriormente os formulários foram encaminhados para preenchimento.

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

69

No intuito de gerar facilitadores, foram adicionados esclarecimentos dos termos técnicos

presentes nas questões para favorecer o entendimento e consequentemente a resposta precisa;

outra medida foi a adequação do texto ao contexto das instituições públicas, aproximando a

linguagem da realidade dessas instituições, sem comprometer o método (termos como

concorrência, lucro, negócio).

Em cada etapa, foi realizada ação de sensibilização com os gestores, enfatizando a

importância da participação de cada um na construção do diagnóstico e o fato de que o resultado

da pesquisa ficará disponível para a Instituição, constituindo-se em uma ferramenta útil para a

elaboração de projetos na área.

Os resultados obtidos pelo sistema SYSOKA foram classificados segundo metodologia

de Fresneda (2012) em: MAIS PREPARADA (pontuação superior a 2/3 da pontuação máxima

na escala de 0-50); RAZOAVELMENTE PREPARADA (pontuação entre 1/3 e 2/3 da

pontuação máxima na escala de 0-50) e POUCO PREPARADA (pontuação inferior a 1/3 da

pontuação máxima na escala de 0-50). Esta classificação visa estabelecer uma referência de

avaliação das dimensões.

Na sequência, foi realizada análise e discussão dos resultados, buscando identificar na

avaliação dos gestores os fatores de criticidade, ou seja os principais fatores que motivaram

aquela pontuação.

A proposta assim, é analisar os pontos fracos e fortes da organização, que são

representados pelas dimensões do método OKA onde foram obtidas respectivamente as

menores e maiores pontuações, gerando assim elementos para a construção de um plano de GC

que busca fortalecer e consolidar as dimensões críticas com boas pontuações e desenvolver as

dimensões críticas com baixa ponuação.

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

70

A figura 6 e 7 consolidam a estrutura metodológica do presente estudo, apresentados

detalhadamente no decorrer do capítulo 3, identificando os passos no processo de pesquisa

considerando os aspectos teóricos e empíricos.

Figura 5: Estrutura Metodológica da Pesquisa

Fonte: Elaborado pela autora

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

71

Figura 6: Técnica de Coleta de Dados

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

72

4. ESTUDO DE CASO

4.1. O Colégio Pedro II – Caracterização Institucional

As informações oficiais reproduzidas neste texto estão disponíveis no site oficial da

Instituição, nos seus Relatórios de Gestão referentes aos exercícios de 2014 e 2015 e na

legislação brasileira.

4.1.1. Informações Históricas

O Colégio Pedro II (CPII) foi fundado em 02 de dezembro de 1837, sendo o primeiro

colégio de instrução secundária oficial do Brasil. Como agência oficial de educação, formadora

das elites condutoras do país, o Imperial Colégio foi criado para ser modelo da instrução pública

secundária do Município da Corte e demais províncias, das aulas avulsas e dos estabelecimentos

particulares existentes.

Como diferencial pode-se citar a composição do corpo docente com intelectuais de

renome, a seletividade do corpo discente admitido através de exames de admissão e

promocionais, os programas de ensino de base clássica e tradição humanística e o pagamento

das anuidades. Com a função de preparar os alunos para o ensino superior, era o único colégio

a conferir o Grau de Bacharel em Letras (Decreto de 1843) a seus formandos, possibilitando

ingresso nos cursos superiores sem a prestação dos exames.

Em seus quase 180 anos de existência, o Colégio passou por ciclos de expansão e

períodos de modernização mantendo, no entanto, a excelência no ensino que o tornou referência

em educação básica no cenário educacional brasileiro.

Em 2012 foi equiparado aos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, com

a sanção da lei 12.677/12.

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

73

4.1.2. Situação Atual

4.1.2.1. Finalidade e Competências

Enquanto Instituição Federal de Ensino, o CPII é vinculado ao Ministério da Educação,

tem natureza autárquica, com autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático

pedagógica e disciplinar, de característica pluricurricular e multicampi, especializado na oferta

de Educação Básica, mas podendo ofertar, em conformidade com a legislação vigente, a

educação profissional de forma articulada com a educação básica e cursos de graduação e pós-

graduação lato ou stricto sensu na área de Educação e formação de professores.

Os direcionadores estratégicos do CPII são:

Missão: Promover a educação de excelência, pública, gratuita e laica, por meio

da indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, formando pessoas

capazes de intervir de forma responsável na sociedade.

Visão de futuro para 2018: é: Ser uma instituição pública de excelência em

educação integral e inclusiva, consoante com o mundo contemporâneo e as

novas técnicas e tecnologias, comprometida com a formação de cidadãos,

visando uma sociedade ética e sustentável.

Valores:

· Ética

· Excelência

· Competência

· Compromisso social

· Inovação

Seus principais objetivos são:

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

74

I - Constituir-se em campo de experiência e em centro de excelência na oferta

de educação básica e de ensino superior na área de educação e de formação de

professores;

II - Qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de todas

as disciplinas que integram a composição curricular da educação básica,

oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos profissionais de

educação das redes públicas de ensino.

Finalidades:

I - Ofertar educação básica, educação profissional de forma articulada com a

educação básica e ensino superior na área de educação e de formação de

professores, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando

cidadãos com vistas à atuação nos diversos setores da sociedade organizada e na

vida profissional;

II - Desenvolver a educação básica, profissional e superior como processos

educativos e investigativos;

III - promover a integração dos diferentes níveis de educação e modalidades de

ensino ofertados;

IV - Desenvolver programas de extensão e de divulgação social, científica e

cultural;

V - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, a criatividade e

o desenvolvimento social e científico; e

VI - Promover práticas democráticas, de justiça social, de exercício da cidadania

e de preservação do meio ambiente.

Competências:

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

75

I - Ministrar todas as etapas da educação básica, mantendo, no desenvolvimento de sua ação

acadêmica, a prioridade para os ensinos fundamental e médio;

II - Ministrar educação profissional técnica de nível médio, integrada à educação básica, para

concluintes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens e adultos,

preservando o perfil de ensino humanístico da Instituição;

III - Promover pesquisas aplicadas na área de educação e da formação de professores,

estimulando o desenvolvimento de soluções sociais e educacionais;

IV - Desenvolver atividades de extensão de acordo com os princípios e finalidades da educação

básica, profissional e da formação de professores, com ênfase na produção, no desenvolvimento

e na difusão de conhecimentos científicos e sociais, objetivando atender às demandas da

sociedade;

V - Estimular e apoiar processos educativos que levem à emancipação do cidadão na

perspectiva do desenvolvimento cultural, socioeconômico e científico; e VI - difundir, através

de publicações, os resultados obtidos no aprimoramento de métodos e técnicas de ensino.

Figura 7: Mapa de Objetivos do CPII 2015-2018

Fonte: Planejamento Estratégico do CP II disponível no Site da Instituição.

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

76

4.1.2.2. Estrutura Atual

O Colégio Pedro II oferece turmas desde a Educação Infantil até o Ensino Médio

Regular e Integrado, além da Educação de Jovens e Adultos (Proeja), atendendo

aproximadamente 13 mil alunos distribuídos pelos seus 14 campi e Unidade Infantil. O CPII

conta atualmente com um complexo escolar de grande porte composto por 12 campi

distribuídos em 8 bairros do município do Rio de Janeiro, um em Niterói, um em Duque de

Caxias e uma Unidade de Educação Infantil.

A organização administrativa do Colégio Pedro II é assim representada:

Órgãos Colegiados Superiores:

· Conselho Superior;

· Colégio de Dirigentes.

Reitoria: Reitor

Pró-Reitorias:

· Pró-Reitoria de Administração (PROAD);

· Pró-Reitoria de Ensino (PROEN);

· Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP);

· Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional

(PRODI);

· Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa, Extensão e Cultura

(PROPGPEC).

Gabinete da Reitoria:

· Diretoria de Articulação Institucional;

· Diretoria de Articulação Externa;

· Assessoria de Relações Internacionais;

· Procuradoria Educacional Institucional;

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

77

· Coordenadoria de Comunicação Social.

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão

Os Campi:

· Centro;

· Duque de Caxias;

· Engenho Novo I;

· Engenho Novo II,

· Humaitá I;

· Humaitá II;

· Niterói;

· Realengo I;

· Realengo II;

· São Cristóvão I;

· São Cristóvão II;

· São Cristóvão III;

· Tijuca I;

· Tijuca II.

Os Órgãos de Controle:

· Auditoria Interna;

· Corregedoria;

· Ouvidoria.

Procuradoria Jurídica

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

78

Figura 8: Organograma do Colégio Pedro II

Fonte: Relatório de Gestão 2014 disponível nos site da Instituição.

A figura 7 apresenta o organograma simplificado da estrutura do CP II composta por

Órgãos Colegiados Superiores, Reitoria, Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, Campi,

Órgãos de Controle e Procuradoria Jurídica.O detalhamento da estrutura organizacional, as

competências e as atribuições dos dirigentes serão estabelecidos no Regimento Geral do

Colégio Pedro II, uma das próximas etapas na construção de sua normatização.

A estrutura do CP II conta ainda com: uma Biblioteca Central, 07 Bibliotecas Setoriais,

01 Biblioteca Digital, 06 salas de leitura e o Núcleo de Informação e Memória do CPII que

conta inclusive com obras raras em seu acervo, Laboratórios de Informática, Química, Física e

Biologia, complexo poliesportivo, 02 teatros e anfiteatros.

Aos poucos a Instituição vai ampliando o leque de serviços à comunidade, hoje ainda

restrita às atividades do Campus Realengo II relacionadas à Biblioteca Digital e ao complexo

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

79

esportivo que oferece diversas modalidadees e os projetos de Extensão da PROPGPEC com

várias ações para a terceira idade.

É importante citar o reconhecimento da comunidade sobre a qualidade do ensino que

ministra, bem como as avaliações bastante positivas por parte dos mecanismos oficiais.

4.1.2.3. Quantitativos do CPII

A instituição oferece Educação infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio Regular,

Ensino Médio Integrado (Técnico em Administração – PROEJA, Técnico em Informática,

Técnico em Instrumento Musical, Técnico em Manutenção e Suporte de Informática, Técnico

em Meio Ambiente, Pós-Graduação Lato Sensu - Programa de Residência Docente, Pós

Graduação Lato Senso em Ensino de História, Pós-Graduação Lato Sensu em educação

psicomotora, Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino de Espanhol, Mestrado Profissional em

Práticas de Educação Básica e Mestrado Profissional em Matemática.

Quadro 5 – Distribuição dos níveis de ensino

CAMPUS NÍVEIS DE ENSINO

Centro Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos; Ensino Médio Regular e

PROEJA

Duque de Caxias Ensino Médio Regular

Engenho Novo I Ensino Fundamental do 1º ao 5º anos

Engenho Novo II Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos; Ensino Médio Regular; Ensino

Médio Integrado e PROEJA

Humaitá I Ensino Fundamental do 1º ao 5º anos

Humaitá II Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos e Ensino Médio Regular

Niterói Ensino Médio Regular

Realengo I Ensino Fundamental do 1º ao 5º anos

Realengo II Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos; Ensino Médio Regular; Ensino

Médio Integrado e PROEJA

São Cristóvão I Ensino Fundamental do 1º ao 5º anos

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

80

São Cristóvão II Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos

São Cristóvão III Ensino Médio Regular e Ensino Médio Integrado

Tijuca I Ensino Fundamental do 1º ao 5º anos

Tijuca II Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos; Ensino Médio Regular; Ensino

Médio Integrado e PROEJA

Unidade de Educação Infantil

Realengo

Educação Infantil (Grupamentos I, II e III)

Fonte: Relatório de Gestão 2014

Tabela 6 - Quantitativo de Alunos (Data base: 4-8-2014)

UEIR ENI HI RI SCI TI C ENII HII RII SCII TII DC N SCIII Ʃ

EDUCAÇÃO

INFANTIL

GI 24 24

GII 72 72

GIII 72 72

TOTAL 168 168

ANOS

INICIAIS DO

ENS.

FUND.

1º ANO 90 69 73 195 77 504

2º ANO 82 84 100 183 90 539

3º ANO 96 84 97 207 99 583

4º ANO 92 85 101 149 97 524

5º ANO 89 94 97 167 83 530

TOTAL 0 449 416 468 901 446 2680

ANOS

FINAIS DO

ENS.

FUND.

6º ANO 97 152 170 177 397 118 1111

7º ANO 97 163 155 192 386 128 1121

8º ANO 100 164 160 191 289 169 1073

9º ANO 91 152 166 168 240 166 983

TOTAL 0 0 0 0 0 0 385 631 651 728 1312 581 4288

ENSINO

MÉDIO

REGULAR

1ª SÉRIE

136 146 253 302 146 223 204 393 1803

2ª SÉRIE

136 137 210 305 133 237 209 372 1739

3ª SÉRIE

124 157 170 263 132 102 184 279 1411

TOTAL 0 0 0 0 0 0 396 440 633 870 411 562 597 1044 4953

EMI /

INFORMÁ

TICA

1ª SÉRIE

33 30 27 90

2ª SÉRIE

30 28 31 89

3ª SÉRIE

19 27 24 70

(continuação)

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

81

TOTAL 0 0 0 0 0 0 0 82 0 0 0 85 0 0 82 249

EMI /

MEIO

AMBIENTE

1ª SÉRIE

30 30

2ª SÉRIE

32 32

3ª SÉRIE

28 28

TOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 90 90

EMI /

INSTRUM.

MUSICAL

1ª SÉRIE

22 22

2ª SÉRIE

16 16

3ª SÉRIE

13 13

TOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 51 0 0 0 0 0 51

PROEJA /

ADMINIS

TRAÇÃO

1ª SÉRIE

24 33 74 25 156

2ª SÉRIE

11 8 33 0 52

3ª SÉRIE

19 0 34 0 53

TOTAL 0 0 0 0 0 0 54 41 0 141 0 25 0 0 0 261

PROEJA /

INFORMÁ

TICA

1ª SÉRIE

20 11 46 5 82

2ª SÉRIE

12 0 20 3 35

3ª SÉRIE

6 23 32 11 72

TOTAL 0 0 0 0 0 0 38 34 0 98 0 19 0 0 0 189

PROEJA /

AUTOMO

TIVA

1ª SÉRIE

0 0

2ª SÉRIE

0 0

3ª SÉRIE

8 0

TOTAL 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 8

TOTAL FINAL 168 449 416 468 901 446 873 1228 1284 1888 1312 1129 562 597 1216 12937

Fonte: Relatório de Gestão 2014

Força de trabalho

Perfil dos servidores

O CP II conta com 2459 agentes públicos, sendo 1170 docentes efetivos, 330 docentes

(contratos e substitutos) e 959 técnicos administrativos em educação. Por se tratar de uma

(continuação)

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

82

instituição de ensino, a maior parte dos servidores são docentes, representando 61% dos

servidores efetivos. (SIGEPE/dez/2015). Considerando o tempo de serviço, a Instituição

registra em seus quadros 762 servidores em estágio probatório (até três anos de serviço) e 1367

servidores efetivados. Com relação à faixa etária dos servidores efetivos da Instituição, 728

servidores têm mais de 51 anos de idade, representando 34% do seu pessoal.

Atentando-se para o grau de escolaridade, o quadro apresenta-se conforme abaixo:

Gráfico 1 – Titulação Docentes

Fonte: Sistema de Gestão de Pessoas (SISGP) - Abril/2016

Gráfico 2 – Titulação Servidores Técnicos

Fonte: SISGP/Abril/2016

1%

5%

36%

0%

29%

29%

Quantitativo de servidores técnico-administrativos por titulação

Doutorado: 6

Mestrado: 50

Especialização: 343

13%

44%25%

1%17%

0%

Quantitativo de servidores docentes por titulação

Doutorado: 194

Mestrado: 663

Especialização:378

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

83

Os incentivos do governo, como retribuição por titulação para o docente e % de

qualificação para o servidor técnico, têm contribuído para a qualificação do quadro de

servidores.

Os dados disponibilizados referentes a rotatividade no período de janeiro a Dezembro

de 2015 apresentam-se conforme tabela 5:

Tabela 7 - Rotatividade de Pessoal

Tipo de desligamento (janeiro a dezembro 2015)

Aposentadoria: 93

Exoneração: 30

Redistribuição: 9

Fonte: SISGP/2015

Os dados revelam exonerações no período, relacionadas aos servidores recém

concursados que são aprovados em concursos em outras instituições e o elevado índice de

aposentadorias que tem tido um grande impacto na força de trabalho. Nos últimos cinco anos

(março/11 a março/16 – dados SISGP) foram 360 servidores aposentados, sendo 169 docentes

e 191 servidores técnicos administrativos; servidores com muitos anos de trabalho na instituição

e larga experiência em sua área de atuação.

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

84

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

5.1. Análise dos Resultados Encontrados

Figura 9: Resultado do Diagnóstico do Colégio Pedro II - Método OKA

Fonte: SysOKA – 27/06/16

A análise dos dados do questionário do método OKA gerou um diagrama radial (figura

9) que permite a visualização do posicionamento das 14 dimensões do conhecimento,

demonstrando a capacidade e o nível de preparação da Instituição como um todo em relação

aos seus ativos intelectuais. O diagnóstico gerado pelo método OKA, representado no diagrama,

permite uma visão ampla e integrada da realidade da GC no Colégio Pedro II, possibilitando a

identificação dos pontos fortes e das oportunidades de melhoria em relação aos ativos do

conhecimento. Segundo Angelis, 2011, o diagrama gerado possibilita a compreensão da

situação da GC na organização, identificação de necessidades e oportunidades específicas no

contexto da GC e consequente definicão de prioridades em relação a projetos e ações.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

85

Utilizando-se a metodologia de Fresneda (2012) que classifica as dimensões em Mais

Preparada (pontuação superior a 2/3 da pontuação máxima da escala de 0-50); Razoavelmente

Preparada (pontuação entre 1/3 e 2/3) e Pouco Preparada (pontuação inferior a 1/3 da pontuação

máxima da escala de 0-50), o CP II apresenta o posicionamento descrito na tabela 7.

Tabela 8: Comparativo dos Resultados do OKA por Segmento

Dimensão

Pontuação

CP2 Status

Reitoria/

Rró-Reitoria Status

Campi

2 Status

Campi

1 Status

Incentivos Culturais 20,7 RP 22,7 RP 21 RP 18,7 RP

Criação e Identificação do

Conhecimento 18,3 RP 20,7 RP 16,3 RP 18,1 RP

Compartilhamento do Conhecimento 15,4 PP 15,4 PP 14,2 PP 16,5 RP

Comunidades de Prática e Times do

Conhecimento 10,8 PP 8,8 PP 11,5 PP 12,1 PP

Conhecimento e Apredizagem 34,06 BP 31,5 RP 31,9 RP 40 BP

Liderança e Estratégia 31,9 RP 31,8 RP 31,4 RP 32,4 RP

Fluxo do Conhecimento 14,2 PP 15,3 PP 12 PP 15,2 PP

Operacionalização do Conhecimento 21,7 RP 21,6 RP 23 RP 20,4 RP

Alinhamento 17,6 RP 17,9 RP 18,6 RP 16,4 RP

Métricas e Monitoramento 13,2 PP 15,1 PP 11,7 PP 12,7 PP

Tecnologia 9,8 PP 11,8 PP 9,7 PP 8 PP

Infraestrutura de Acesso ao

Conhecimento 31,7 RP 33,3 BP 32,3 RP 29,6 RP

Conteúdo do Conhecimento 21,7 RP 22,5 RP 19,6 RP 22,9 RP

Programa de Gestão do

Conhecimento 19,6 RP 17,2 RP 17,6 RP 23,6 RP

Fonte: Elaborado pela autora com base nos resultados do OKA

* Campi 1 -Educação Infantil e Ensino Fundamental - 1º ao 5º ano

** Campi 2 - Ensino Fundamental 6º ao 9º ano e Ensino Médio

*** BP - Bem preparado

**** RP - Razoavelmente preparada

***** PP - Pouco preparada

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

86

Os resultados da pesquisa Estratificados por segmento (Reitoria e Pró-reitorias,

Educação infantil e Ensino Fundamental, Ensino Médio) demonstram pequena variação no

status de três dimensões, visualizada na tabela 7: Compartilhamento do Conhecimento,

Conhecimento e Aprendizagem, Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento.

A dimensão Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento retrata uma melhor avaliação

por parte dos gestores atuando na reitoria e pró-reitorias, explicada pelo fato do acesso facilitado

destes em função da concentração dos profissionais da área de tecnologia na reitoria. A

dimensão Compartilhamento do conhecimento exibe um resultado mais favorável nos Campi 1

(Educação Infantil e Ensino Fundamental) considerando o menor tamanho desses campi, a

estrutura menos hierarquizada e relações mais próximas entre os profissionais. Os Campi 1

contam com mais espaços de interação e partilha de conhecimento. A dimensão Conhecimento

e Aprendizagem, apontada pela pesquisa como a mais preparada na organização, recebeu uma

avaliação superior nos Campi 1 em função da ampla oferta de cursos direcionada a esse público

em 2015. Este segmento recebeu um número expressivo de servidores novos em 2015, o que

demandou uma oferta de cursos direcionada ao preparo dos profissionais para atender a essa

faixa etária. Nesta perspectiva, a participação ativa dos servidores deste segmento nos cursos

de capacitação e desenvolvimento e a boa avaliação dos mesmos foi responsável pela excelente

resposta dos gestores que se sentiram apoiados.

Considerando-se que a variação entre os segmentos é pequena, a análise será realizada

a partir dos resultados gerais da Instituição. A tabela 8 apresenta os resultados da Avaliação das

dimensões de cada Elemento de acordo com a classificação de Fresneda (2012): Mais

Preparada, Razoavelmente Preparada e Pouco Preparada. O Diagnóstico demonstra assim, a

capacidade e o nível de preparação da Instituição como um todo em relação aos seus ativos

intelectuais.

Page 88: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

87

Tabela 9 - Classificação das dimensões do OKA

Elemento Dimensão Pontuação

Mais preparada – pontuação superior a 2/3 da pontuação máxima da escala de 0 – 50

Pessoas Conhecimento e Aprendizagem 34,6

Elemento Dimensão Pontuação

Razoavelmente preparada – pontuação entre 1/3 e 2/3 da pontuação máxima da escala de 0 – 50

Processos Liderança e Estratégia 31,9

Sistemas Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento 31,7

Processos Operacionalização do Conhecimento 21,7

Sistemas Conteúdo do Conhecimento 21,7

Pessoas Incentivos Culturais 20,7

Sistemas Programa de GC 19,6

Pessoas Criação e Identificação do Conhecimento 18,3

Processos Alinhamento 17,6

Elemento Dimensão Pontuação

Pouco preparada - pontuação inferior a 1/3 da pontuação máxima da escala de 0 a 50

Pessoas Compartilhamento do Conhecimento 15,4

Processos Fluxo do Conhecimento 14,2

Processos Métrica e Monitoramento 13,2

Pessoas Comunidades Práticas 10,8

Sistemas Tecnologia 9,8

Fonte: Elaborado pela autora

Gráfico 3: Dimensões do Método OKA – Colégio Pedro II

Fonte: Elaborado pela autora

0 5 10 15 20 25 30 35 40

Comunidades Práticas

Compartilhamento do Conhecimento

Criação e Identificação do Conhecimento

Incentivos Culturais

Conhecimento e Aprendizagem

Métrica e Monitoramento

Fluxo do Conhecimento

Alinhamento

Operacionalização do Conhecimento

Liderança e Estratégia

Tecnologia

Programa de GC

Conteúdo do Conhecimento

Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento

Pes

soas

Pro

cess

os

Sis

tem

as

Pessoas

Processos

Sistemas

Page 89: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

88

DIMENSÃO MAIS PREPARADA

A dimensão com melhor avaliação na organização, visualizada no gráfico 3, é

“Conhecimento e aprendizagem” referente ao elemento Pessoas. O que se mede nessa dimensão

é a capacidade da organização no desenvolvimento de seu capital humano através de

treinamentos e outras estruturas ou atividades formalmente dirigidas ao desenvolvimento do

conhecimento (FONSECA, 2006).

O Colégio Pedro II tem investido na capacitação e desenvolvimento de seus servidores,

seja realizando treinamento introdutório a novos servidores, seja garantindo representação em

Eventos das respectivas áreas ( congressos, fóruns, cursos, etc), seja através da promoção de

cursos in company. No último exercício, de acordo com relatório da Seção de Desenvolvimeto

e Capacitação (SEDEC), um total de 227 servidores participaram de capacitação externa e 454

servidores participaram de cursos in company. Além das ações citadas, o relatório faz

referência ao convênio com a UFF para a segunda turma de Mestrado em Sistemas de Gestão

pela Qualidade Total e ao Programa de Incentivo a Qualificação e Desenvolvimento (PIQD)

que ofereceu bolsa para custerio parcial de graduação para seis servidores e de doutorado para

um servidor.

A pesquisa demonstra que a área é reconhecida pela oferta de cursos. Carece, no entanto,

de indicadores de efetividade. A organização demonstra uma preocupação muito grande com o

oferecimento de cursos com carga horária necessária para a progressão dos servidores, muitas

vezes faltando, no entanto, um maior alinhamento com os objetivos e metas da organização.

Outra questão que se apresenta é a necessidade de definição de critérios para financiamento de

participação em cursos e eventos. Agune, 2014, aponta ainda como desafio, que se aplica à

instituição em estudo, a inclusão na pauta de capacitação e desenvolvimento dos servidores de

cursos que estimulem a inovação e criatividade e a necessidade de repensar espaços, ambientes

e metodologias em busca de maior interação, criação e circulação de ideias.

Page 90: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

89

DIMENSÕES RAZOAVELMENTE PREPARADAS

Dimensões que revelam bom potencial, precisando ser fortalecidas, conforme tabela 8.

Elemento Pessoas

No Elemento Pessoas, os resultados apontaram como razoavelmente preparadas as

dimensões Cultura e Incentivos e Criação e Identificação do Conhecimento.

Cultura e Incentivos trata das atitudes implícitas e explícitas, as crenças e incentivos que

existem dentro da organização para formar, criar e apoiar o uso dos ativos intelectuais para

alcançar suas metas (FONSECA,2006). As métricas definidas para esta dimensão envolvem

política de recompensas, tolerância com riscos inerentes às ações de inovação, promoção de

atividades de aprendizagem e receptividade a ideias externas.

A pesquisa demonstra a necessidade de políticas organizacionais que valorizem o

conhecimento e efetivamente incentivem os processos de GC. Os resultados indicam que para

promover uma cultura aprendiz a organização precisa investir para ampliar a consciência da

importância da partilha de conhecimento, fortalecer a confiança entre os colaboradores

(condição para compartilhar conhecimento), incentivar a inovação e experimentação, sendo

necessário para tanto favorecer a cultura de aprendizagem com os erros.

Criação e Identificação do conhecimento remete à capacidade da organização e seus

stakeholders para identificar e criar conhecimento, especialmente aqueles que contribuem para

a organização atingir suas metas (FONSECA,2006). Os resultados revelam a importância de

intensificar a incorporação de conhecimento de feedback de servidores e usuários aos processos

organizacionais; apontam a relevância de registro de lições aprendidas ao fim de cada

projeto/ação para constatemente integrá-las a novos serviços e projetos; enfatizam a

necessidade de identificar e catalogar Melhores práticas com o objetivo de aprender com as

Page 91: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

90

boas práticas de outras Seções/ Departamentos/ Campi da própria instituição e também com

experiências exitosas de outras organizações.

Elemento Processos

No Elemento Processos, a pesquisa atesta como razoavelmente preparadas as dimensões

Liderança e Estratégia, Operacionalização do Conhecimento e Alinhamento.

Liderança e estratégia verifica a utilização de técnicas de GC como modelo de gestão

dos líderes e gerentes da organização (FONSECA, 2006).

A presente pesquisa afirma a necessidade de elaboração de estratégia formal de GC para

a Instituição, assinalando como fundamental ampliar o apoio dos gestores da organização ao

Programa de GC; aponta a importância de fortalecimento dos processos de GC de forma a

subsidiar a alta gerência com informações e conhecimentos estratégicos para a tomada de

decisão; indica que a organização deve buscar reforçar a utilização do conhecimento

organizacional para melhorar os processos de trabalho na organização.

Operacionalização do conhecimento está associada à capacidade da organização em

integrar e aplicar conhecimento dentro de seu negócio e processos operacionais. Representa o

ciclo interativo de conhecimento dentro dos processos críticos da organização, e,

consequentemente, de seus resultados (FONSECA,2006).

Os gestores participantes da pesquisa constatam a necessidade de definição de políticas

ou procedimentos formais para inserir conhecimento nos processos operacionais da

organização; enfatizam a importância de políticas ou procedimentos que exijam dos servidores

que documentem ou capturem o conhecimento produzido de uma forma que possa ser

reutilizado; destacam a relevância de a organização expandir a flexibilidade operacional e

ampliar o empowerment de seus servidores, ou seja delegar, garantir maior autonomia; expõe

Page 92: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

91

necessidade de aprimorar o ritmo de mudanças no que diz respeito à implementação de

melhorias.

Alinhamento refere-se ao grau com que os objetivos do programa de GC e seus

resultados buscam atender ou alcançar os objetivos e metas da organização (FONSECA,2006).

Os participantes da pesquisa reconhecem a importância das atividades de GC para a

organização alcançar seus objetivos; observam que as atividades do Programa de GC estão

alinhadas aos objetivos estratégicos da organização; identificam a relevância do conhecimento

nos processos de agregação de valor da organização; constatam a necessidade de intensificar a

agregação de valor nos resultados da organização.

Elemento Sistemas

No Elemento Sistemas, os resultados apontaram como razoavelmente preparadas as

dimensões Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento, Conteúdo do Conhecimento, e Programa

de GC

Infraestrutura de Acesso ao Conhecimento avalia a capacidade e a infraestrutura

existente permitindo o acesso e interação dos stakeholders com os “ativos intelectuais” da

organização sejam eles sistemas ou pessoas (FONSECA,2006). Os gestores participantes

apontam a dificuldade de acessar conhecimento armazenado, implicando em maior tempo para

localizar um documento e no comprometimento de prazos para a conclusão das atividades que

dependem daquela informação. A pesquisa aponta que a organização não possui registros ou

arquivos visando criar uma memória organizacional (quando existe é fragmentado e de acesso

restrito); a definição de processos organizacionais encontra-se espalhada pela intranet ou não

documentada; a Instituição possui fontes oficiais somente para alguns tipos de informações

usadas na organização; as atividades de GC (tais como coleta de conhecimento, recuperação,

etc) estão pouco integradas aos fluxos de trabalho ou processos da organização.

Page 93: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

92

Conteúdo do Conhecimento avalia o tipo de conteúdo e as ferramentas de gerência da

informação que a organização produz e gerencia (FONSECA,2006). Neste quesito, a pesquisa

reflete a necessidade de ampliar o acervo de informações estratégicas. Coloca assim, a carência

de indicadores, informações avaliativas, informações e estatísticas nacionais e trabalhos

analíticos. Assinala a importância de assegurar a memória organizacional, garantindo o registro

dos projetos, ações e experiências organizacionais. Os gestores pontuam a necessidade

de formalizar os processos organizacionais e indicam a incipiente utilização de ferramentas

como vídeo conferências, fóruns eletrônicos, discussões eletrônicas, banco de talentos, podendo

ser desenvolvidas enquanto canais de interação e partilha de conhecimento.

Programa de Gestão do Conhecimento trata da natureza, desenho e capacidade do

Programa de GC, como construído dentro da organização, em envolver pessoas, unidades,

grupos, etc. (FONSECA,2006). Com relação a este tópico os gestores reconhecem o Programa

de GC como uma unidade centralizada que supervisiona todas as iniciativas organizacionais de

GC; indicam que o Programa de GC envolve iniciativas/estruturas informais, mas a maior parte

é formal; sinalizam que a organização não mensura adequadamente os benefícios gerados pelo

Programa de GC; não identificam Patrocinadores formais na Instituição para o Programa;

Percebem basicamente os gestores da Instituição envolvidos com atividades de GC.

DIMENSÕES POUCO PREPARADAS

O método OKA contempla 14 dimensões do conhecimento, consideradas críticas para

diagnóstico das práticas de GC de uma organização. O diagnóstico realizado identifica as

dimensões apresentadas na tabela 9 como aquelas que necessitam de intenso investimento. São

dimensões críticas para implantação da GC na instituição.

Elemento Pessoas

Page 94: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

93

No Elemento Pessoas, os resultados apontaram como pouco preparadas as dimensões

Comunidades de Prática ou Times de Conhecimento e Compartilhamento do Conhecimento.

“Comunidades de Prática ou times do conhecimento” foi a dimensão com a segunda

menor avaliação no diagnóstico. Trata-se de um conceito muito pouco utilizado na instituição

em tela. Segundo a maioria dos gestores, a instituição encoraja e promove o trabalho em equipe,

sendo os grupos de trabalho a prática mais comum da organização em estudo. Um número

expressivo de gestores entende, no entanto, que a organização encoraja, mas não age de forma

eficaz no sentido de promovê-lo.

Comunidades de prática ou comunidades de conhecimento são grupos informais e

interdisciplinares formados por pessoas com um interesse comum. Essas comunidades são

espaços de interação, visando a partilha e o acesso ao conhecimento. Segundo Batista, 2006,

“propiciam o veículo e o contexto para facilitar a transferência de melhores práticas e o acesso

a especialistas, bem como a reutilização de modelos, do conhecimento e das lições aprendidas”

(BATISTA, 2006, p.17). Seus integrantes assim, se envolvem num processo de aprendizado

coletivo. Neves, 2013, lembra que comunidades de prática são um exemplo de rede social,

espaço privilegiado para geração, troca, retenção e utilização do conhecimento.

A criação de Comunidades de Prática deve ser incentivada na Instituição, organizadas

para resolver problemas específicos, por tópicos ou assuntos, por processos ou atividades

organizacionais. Trata-se de uma ferramenta extremamente útil para favorecer a interação,

incrementar a reflexão e o debate, identificar especialistas, estimular a criatividade e a inovação.

Batista, 2006, considera a relação custo/benefício dessa ferramenta e conclui que é uma

ferramenta de baixo custo e que efetivamente contribui para promover a partilha e a

transferência de conhecimento, devendo assim ter sua implantação priorizada.

Compartilhamento do Conhecimento avalia a capacidade da organização para

compartilhar ativos intelectuais. Segundo Davenport; Prusak, 1998, a cultura de partilha de

Page 95: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

94

conhecimento e de suporte organizacional é a base fundamental da GC. Dalkir, 2011, corrobora

enfatizando a importância de uma cultura de partilha para facilitar a disseminação do

conhecimento em uma organização.

Os gestores apontam a ausência de incentivos e ferramentas organizacionais de

compartilhamento de informação e conhecimento; indicam necessidade de maior apoio e

promoção ao compartilhamento interfronteiriço (interdisciplinar, intercampi,

interdepartamental, inter diretorias) da comunicação e da informação na organização; expõe a

necessidade de ampliar os espaços de interação social que permita o compartilhamento de

conhecimento tácito; reconhecem escassas iniciativas institucionais com vistas à captura e

conversão de conhecimento tácito e explícito, percebem a falta de empenho dos servidores no

compartilhamento e transferência de conhecimento.

Elementos Processos

Quanto ao Elemento Processos, as dimensões observadas são Métricas e Monitoramento

e Fluxo do Conhecimento.

A dimensão Métricas e Monitoramento avalia a capacidade da organização para medir

a si mesma quanto à gestão dos ativos intelectuais e a monitorar e identificar melhores práticas,

informação externa e aprendizado que pode desenvolver os diversos segmentos da organização

e gerar valor (FONSECA, 2006).

Ao avaliar esta dimensão, os participantes indicam que a organização desenvolveu até

aqui poucos indicadores e em geral quantitativos, não medindo a efetividade de seus projetos e

serviços. Com relação à GC não existe na organização um programa sistemático para

identificar, organizar e integrar medidas ou métricas relativas às operações de GC da

organização. Como ferramentas mais comuns de medição na organização, os gestores citam a

pesquisa de satisfação com usuários, um processo sistemático de avaliação de pessoal e

Page 96: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

95

processos/funções relativos à Auditoria. Reconhecem o programa de Avaliação de Desempenho

de seus servidores docentes e técnicos, mas não identificam entre seus requisitos a avaliação

relacionada à GC. Outro ponto significativo é a indicação de 62% dos participantes de que a

organização não faz uso do feedback dos servidores nos processos decisórios, ignorando assim

fontes de informação e aprendizado relevantes.

Knight, 2007, cita a ausência de indicadores e métricas que possibilitem avaliar o

impacto das práticas de GC na eficácia da Administração Pública. Almeida et al., 2016, afirma

a importância de monitorar e medir cada ação de GC implementada, uma vez que só o que se

mede pode ser gerenciado. É fundamental a elaboração de indicadores e métricas para endossar

o investimento em GC, demonstrando redução de custos, aumento da produtividade, ganhos de

qualidade, crescimento da satisfação usuário, etc.

Fluxo de Conhecimento mede a natureza e a capacidade do fluxo, do movimento do

conhecimento na organização. Inclui captura, armazenamento, disseminanação e outros

aspectos da distribuição do conhecimento ( FONSECA,2006).

A pesquisa revela que a organização não possui políticas ou procedimentos efetivos para

a coleta ou captura de documentos produzidos pelos servidores. Salienta a dificuldade de acesso

ao conhecimento armazenado. Identifica poucos tipos de conhecimento e/ou informações

capturados pela organização, reconhecendo como mais usuais, mensagem eletrônica formal,

documentos sobre projetos ou serviços e projetos de pesquisa. Como principais formas de

armazenamento de conhecimentos na organização, os gestores apontam bases de dados, internet

e intranet.

Feres, 2014, enfatiza a importância de um fluxo de informação estruturado que garanta

o uso eficaz do conhecimento, permita apoio ao processo decisório e a aprendizagem na

organização. Almeida, 2016, corrobora afirmando a relevância de informações oportunas e

personalizadas para o processo de tomada de decisão.

Page 97: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

96

Elemento Sistemas

A dimensão com o mais baixo índice de avaliação foi Infraestrutura de Tecnologia para

GC na organização. Na visão da maioria dos gestores participantes o ambiente de software da

organização é pouco adequado às necessidades organizacionais; sendo os softwares de busca

para encontrar documentos específicos pouco efetivos e não existe um Sistema de Gestão do

Conhecimento ou os gestores não têm conhecimento a respeito.

Coloca-se assim, a importância da organização investir em soluções de TI como

facilitadoras da GC. Trata-se de facilitar os processos pelos quais o conhecimento é criado,

atualizado e disponibilizado para acesso rápido em todos os níveis da organização.

Os Sistemas de Gerenciamento de conhecimento são boas alternativas, pois integram todas as

soluções de TI que amparam as iniciativas organizacionais próprias de GC (identificar, criar,

armazenar, disseminar e aplicar o conhecimento dentro do contexto corporativo), contribuindo

para melhores resultados, inovação, melhoria de processos, transferência de conhecimento

adquirido - melhores práticas, lições aprendidas - e desenvolvimento da cultura colaborativa na

organização. A infraestrutura tecnológica deve desenvolver canais por onde flui o

conhecimento na organização. Almeida et al., 2016, salienta que a tecnologia é uma ferramenta

para acelerar, para agilizar, o processo de GC na organização.

O Quadro 6 consolida os fatores de criticidade identificados por dimensão do

conhecimento.

Quadro 6: Identificação de Fatores de Criticidade

Dimensão Pontuação Fatores de Criticidade

Infraestrutura de

Tecnologia 9,8

• Ambiente de software pouco adequado às necessidades organizacionais;

• Ausência de um Sistema de Gerenciamento de conhecimento.

Comunidades de

Prática 10,8

• Conceito pouco utilizado;

• Organização não promove de forma eficaz o trabalho em grupo.

Page 98: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

97

Métricas e

Monitoramento 13.2

• Insuficiência de indicadores;

• Ausência de indicadores de efetividade;

• Não considera o feedback dos servidores nos processos decisórios.

Fluxo do

Conhecimento 14,2

• Ausência de políticas organizacionais que valorizem o conhecimento e

incentivem os processos de GC

• Dificuldade de acesso ao conhecimento armazenado;

• Ausência de um sistema de Gerenciamento do Conhecimento.

Compartilhamento

do Conhecimento 15,4

• Ausência de incentivos e ferramentas organizacionais

• Escassez de espaços de interação social;

• Baixo índice de motivação dos servidores

Alinhamento 17,6 • Necessidade de intensificar a agregação de valor nos resultados da

organização.

Criação e

Identificação do

Conhecimento

18,3

Necessidade de intensificar a incorporação de feedback de servidores e

usuários aos processos organizacionais;

Carência de investimento no registro de lições aprendidas;

Necessidade de identificação e catálogo de Melhores Práticas

Programa de GC 19,6

• Ausência de mensuração dos benefícios gerados pelo Programa de GC;

• Ausência de Patrocinadores formais na Instituição para o Programa;

• Apenas gestores envolvidos com atividades de GC.

Incentivos

Culturais 20,7

• Ausência de políticas organizacionais que valorizem o conhecimento e

incentivem os processos de GC.

• Necesssidade de fortalecimento da confiança entre os colaboradores

• Carênciade incentivo à inovação e experimentação

Conteúdo do

Conhecimento 21,7

• Necessidade de ampliação do acervo de informações estratégicas.

• Necessidade de assegurar a memória organizacional,

• Necessiade de formalização dos processos organizacionais;

• Incipiente utilização de ferramentas de GC

Operacionalização

do Conhecimento

21,7

• Necessidade de Políticas organizacionais que valorizem o conhecimento e

incentivem os processos de GC

• Necessidade de expansão da flexibilidade operacional e ampliação do

empowerment de seus servidores

• Necessidade de aperfeiçoamento do ritmo de mudanças para

implementação de melhorias.

Infraestrutura de

Acesso ao

Conhecimento

31,7

• Necessidade de facilitar acesso ao conhecimento armazenado

• Necessidade de Assegurar a memória organizacional;

• Necessidade de formalizar e facilitar acesso aos Processos organizacionais

• Carência de Fontes oficiais;

• Carência de utilização do conhecimento organizacional para melhoraria

dos processos de trabalho.

Liderança e

Estratégia 31,9

• Necessidade de Elaboração de estratégia formal de GC para a Instituição

• Necessidade de ampliação do apoio dos gestores da organização ao

Programa de GC;

• Necessidade de fortalecimento dos processos de GC para subsidiar a

tomada de decisão.

• Necessidade de utilização do conhecimento organizacional para

melhoraria dos processos de trabalho.

(continuação)

Page 99: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

98

Conhecimento e

Aprendizagem 34,9

• Carência de indicadores de efetividade.

• Necessidade de maior alinhamento da oferta de cursos com os objetivos

organizacionais.

• Necessidade de definição de critérios para financiamento de participação

em cursos e eventos. 2

• Necessidade de oferta de temas e Metodologias que estimulem a inovação

e criatividade.

Fonte: Elaborado pela autora

É importante observar que cada dimensão dá ênfase a certos aspectos e práticas da GC

e que diversos fatores de criticidade estão relacionados. Dessa forma, é possível identificar,

conforme figura 10, um fator central cuja ausência compromete a evolução de outros fatores

chave para a gestão do conhecimento na organização.

Figura 10: Fatores de Criticidade relacionados

Fonte: Elaborado pela autora

(continuação)

(conclusão)

Page 100: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

99

5.2. Recomendações para melhoria com base na análise realizada junto à

Instituição

O diagnóstico aponta a necessidade de a Instituição aprimorar a Infraestrutura de

Tecnologia para GC para que o conhecimento seja retido, formalizado e disponibilizado.

Segundo Chu, 2016, os repositórios de conhecimento são a infraestrutura tecnológica, ou seja,

os canais por onde flui o conhecimento na organização. Coloca-se dessa forma, a importância

da organização investir em soluções de TI como facilitadoras da GC. Trata-se de facilitar os

processos pelos quais o conhecimento é criado, atualizado e disponibilizado para acesso rápido

em todos os níveis da organização.

Ranjan (2012) enfatiza a importância de manter o conhecimento como recurso institucional e

identifica os repositórios institucionais como ferramenta para viabilizar a partilha do

conhecimento na instituição. O autor evidencia a necessidade de armazenar o ativo intelectual

elaborado por professores (coleção organizada de material didático, referências de pesquisa,

projetos, estudos de caso, registro de metodologias inovadoras para temas específicos,

organização de banco de questões de prova, exercícios resolvidos, vídeos, áudios),

potencializando assim a troca e criação de conhecimento. Ranjam, (2012), sinaliza que o

repositório institucional deve ser um recurso bem estruturado, que possibilite disponibilizar

num único lugar, de forma integrada, conhecimento selecionado e compilado, plataforma

necessariamente de fácil acesso, com conteúdo constantemente atualizado e aprimorado.

Defende que, dessa forma, esse instrumento contribuirá para fomentar a cultura da partilha e

potencializar a aprendizagem.

Almeida, 2016 atesta a importância da estruturação de processos que contribuam para a

conversão do conhecimento na organização. No elemento Processos, o diagnóstico realizado

aponta a necessidade de elaboração de estratégia formal de GC para a Instituição, com a

definição de políticas ou procedimentos efetivos para a coleta ou captura de conhecimento

Page 101: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

100

produzido pelos servidores. Feres, 2014, enfatiza a importância de um fluxo de informação

estruturado que garanta o uso eficaz do conhecimento, permita apoio ao processo decisório e a

aprendizagem na organização. Almeida, 2016, corrobora afirmando a relevância de

informações oportunas e personalizadas para o processo de tomada de decisão. Outra questão

importante é a necessidade expressa de aprimorar indicadores, uma vez que alimentam o

processo de aprendizagem organizacional, retroalimentam o processo decisório, contribuem

para estimular a adoção de práticas de GC pela divulgação de seus benefícios.

A pesquisa identifica Comunidades de Prática ou Times do Conhecimento como a

dimensão para investimento prioritário no Elemento Pessoas. O conceito de comunidades de

prática difere dos grupos e equipes de trabalho comumente utilizados nas organizações, pelo

caráter voluntário, pelas relações informais e pela motivação para sua criação. Mendes; Urbina,

2015, salientam que são comunidades focadas na partilha de conhecimentos e no exercício de

aprender juntos, organizadas para estimular os processos de aprendizagem e difusão do

conhecimento que ocorrem informalmente, destacam que há o comprometimento dos membros

com a ajuda mútua e a aprendizagem coletiva; ressaltam o alto nível de integração entre seus

membros, lembram que a comunidade de prática ultrapassa as fronteiras departamentais e até

mesmo organizacionais. Cyrino, 2016, lembra ainda, aspectos como o respeito, a confiança,

desafio, a negociação de significados e a valorização das singularidades e práticas profissionais.

Morales, Macías, 2013, em pesquisa relacionada a uma comunidade de prática de matemática,

enfatiza a importância da constituição de CoPs em Instituições de Educação. Segundo as

autoras, por sua natureza as referidas instituições são um espaço adequado e privilegiado para

seu desenvolvimento. Elas relacionam alguns benefícios das comunidades de prática

identificados especialmente à prática docente: desenvolvimento de melhores propostas

didáticas, oportunidade de discutir os temas da comunidade de diferentes perspectivas,

aproximação e partilha entre profissionais mais experientes e iniciantes, promoção de uma

Page 102: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

101

prática docente inovadora, possibilidade desses profissionais envolverem-se em processos de

reflexão sobre sua prática e na colaboração para o desenvolvimento de um repertório de

ferramentas para o ensino.

Page 103: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

102

6. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

A presente pesquisa constata preliminarmente a importância crescente do

conhecimento, reconhecido como o principal ativo das organizações. Afirma também sua

capacidade de agregar valor à administração pública na medida em que contribui para tornar os

processos de trabalho mais eficientes, melhora a aprendizagem

organizacional, intensifica a inovação e diminui o tempo de resposta para a sociedade.

O trabalho indica a necessidade de mudanças nos valores e na cultura organizacional da

instituição estudada. Sugere uma profunda transformação individual e organizacional, baseada

no estímulo à aprendizagem coletiva e ao compartilhamento de conhecimentos. Aponta ser

indispensável caminhar para um novo sistema de gestão, menos hierarquizado e mais voltado

à aprendizagem. Trata-se de criar uma estrutura organizacional e um modelo de gestão que

dêem suporte e promovam os processos relacionados ao conhecimento. Salientando que

somente com o empenho da Alta Gerência será possível investir na criação de uma cultura

organizacional orientada à inovação, à experimentação e ao aprendizado constante.

Diante dos resultados encontrados na pesquisa que reúne a percepção de 43 gestores da

organização distribuídos pelos diversos campi, pode-se concluir que as dimensões críticas para

implantação da GC no Colégio Pedro II, com necessidade de intenso investimento são

Compartilhamento do Conhecimento, Fluxo do Conhecimento, Métrica e Monitoramento,

Comunidades Práticas e Tecnologia. Dessa forma, a partir do estudo realizado, a organização

poderá desenvolver sua estratégia planejando ações a serem implementadas ou aprimoradas,

bem como definindo prioridades para investimento.

Considerando-se os desafios levantados pela pesquisa de necessidade de se criar uma

estrutura organizacional e um modelo de gestão que dêem suporte e promovam os processos

relacionados ao conhecimento, levando-se em conta a realidade e as especificidades da

Page 104: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

103

Instituição em tela, bem como o orçamento restrito comum às Instituições de Ensino, uma

questão que se apresenta é por onde começar?

É importante identificar caminhos que não dependam em demasia de vontade política ou

grandes investimentos; distinguir ações possíveis no curto prazo que promovam os processos

do conhecimento de criação, identificação, formalização e partilha.

Nesta perspectiva, confrontando o resultado do diagnóstico com o mapa de objetivos

estratégicos da instituição, é possível identificar Comunidades de Prática ou Times do

Conhecimento como a dimensão para investimento prioritário, por ser a dimensão menos

preparada do elemento Pessoas, levando-se em conta o baixo custo para sua implementação e

acima de tudo, observando seu potencial para aprendizado coletivo, podendo contribuir para o

alcance de diversos objetivos estratégicos da organização.

Outra linha de ação importante para promover essa mudança de cultura, para o

compromisso com aprendizagem e a partilha do conhecimento é representado pela dimensão

Conhecimento e aprendizagem, que já vem sendo implementada, recebendo a melhor avaliação

na pesquisa. Essa dimensão mede a capacidade da organização no desenvolvimento de seu

capital humano. Aqui apresentam-se dois desafios: por um lado a promoção de cursos para

capacitação e desenvolvimento dos gestores, sendo necessário um amplo trabalho de

sensibilização dos mesmos; outro ponto é a necessidade de inovar na agenda de cursos, na

metodologia e ambientes, primando por temas e abordagens que estimulem a criatividade e

inovação.

Como agenda para futuros estudos coloca-se a adequação do instrumento de pesquisa

OKA ao contexto das instituições públicas, redimensionando o questionário e aproximando a

linguagem da realidade dessas instituições. Outro tema de pesquisa que se apresenta é estudar

a experiência das Comunidades de Prática em Instituições de Ensino, campo de pesquisa pouco

explorado até aqui.

Page 105: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

104

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUNE, R. O Governo no Século XXI. In AGUNE, R., et al. Dá pra fazer – Gestão do

conhecimento e inovação em governo. São Paulo: Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Regional, 2014.

ALVARENGA NETO, R. C. D. Gestão do conhecimento em organizações: proposta de

mapeamento conceitual integrativo. 2005. 400 f. Tese (Doutorado em Ciência da Informação)

– PPGCI, Escola de Ciência da Informação da UFMG, Belo Horizonte.

ALVARENGA NETO, R. C. D.; BARBOSA, R.R. Gestão do conhecimento no contexto

organizacional brasileiro: deriva semântica ou mudança conceitual? In VII ENANCIB, 2006.

ALVARENGA NETO, R. C. D.; BARBOSA, R.R.; PEREIRA, H.J. Gestão do Conhecimento

ou Gestão de Organizações da era do conhecimento? Um ensaio teórico-prático a partir de

intervenções na realidade brasileira. Perspectivas em ciência da informação, v.12, n.1, p.5-

24, jan./abr. 2007.

ALMEIDA, et al.Inovação e Gestão do Conhecimento. Rio de Janeiro; FGV Editora. 2016.

AMARANTE, N. P. Diagnóstico do Grau de Maturidade em Gestão do Conhecimento do

IFB pelo Método OKA: Uma Pesquisa Aplicada na Coordenação Geral de Planejamento do

Instituto Federal de Brasília. 2013. 114f. Dissertação (Mestrado Profissional Gestão em

organizações Aprendentes). Universidade Federal da Paraíba. 2013.

ANGELIS, C.T. Gestão do Conhecimento no setor público: um estudo de caso por meio do

método OKA. Revista do Serviço Público, Brasília 62 (2): p.137-166, Abr/Jun 2011.

ANGELIS, C.T. Um modelo de inovação e inteligência organizacional para o governo

brasileiro. Revista de Administração e Inovação, São Paulo, v. 10, n.3, p. 297-324, jul./set.

2013.

BATISTA, F.F. Gestão do Conhecimento em Organizações do Executivo Federal.

Page 106: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

105

Governo que aprende. Texto para discussão n. 1022. Brasília: IPEA, 2004.

BATISTA, F.F., et al. Gestão do Conhecimento no setor público. Governo que aprende,

Texto para Discussão n. 1095. Brasília: IPEA, 2005.

BATISTA, F.F. O desafio da Gestão do Conhecimento nas áreas de administração e

planejamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). Texto para Discussão

n. 1181. Brasília: IPEA, 2006.

BATISTA, F.F. Modelo de Gestão do Conhecimento para a administração pública

brasileira: como implementar a Gestão do Conhecimento para produzir resultados em

benefício do cidadão? Brasília: IPEA, 2012.

BATISTA, F.F. et al.Casos Reais de Implantação de Gestão do Conhecimento para a

Administração Pública Brasileira. ). Texto para Discussão n. 1941. Brasília: IPEA, 2014.

BEM, R.M. et al. Desafios à implantação da gestão do conhecimento: a questão cultural nas

organizações públicas federais brasileiras. Rev. digit. bibliotecon. cienc. inf., Campinas, SP, v.

11, n. 2, p.125-135, maio/ago. 2013. ISSN 1678-765X.

BENITEZ, et al. Prácticas y tecnologías de Gestión del Conocimiento en Instituciones de

Educación Superior. Espacios. Vol. 35 (Nº 2), 2014.

BOLLIGER, S. Inovação depois da Nova Gestão Pública. In AGUNE, R., et al. Dá pra fazer

– Gestão do conhecimento e inovação em governo. São Paulo: Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Regional, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Cem palavras para gestão do

conhecimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia – Ciência Tecnologia e Inovação:

desafio para a sociedade brasileira. Livro verde. Brasília: MCT, 2001.

Page 107: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

106

BRAUN, C.C.; MUELLER, R.R. A gestão do conhecimento na administração pública

municipal em Curitiba com a aplicação do método OKA — Organizational Knowledge. Rev.

Adm. Pública — Rio de Janeiro 48(4):983-1006, jul./ago. 2014

CAMOES, R. J. S. Proposta e Testes de um Método de Aplicação do Método

Organizational Knowlegge Assessment – Oka: Estudo de Caso em Organização Militar.

Dissertação (Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação da

Universidade Católica de Brasília) – UCB, Brasília-DF, 2010, 163f.

CARDOSO, L.; GOMES, D. Gestão do Conhecimento e Inovação: Mapeamento do Uso da

Tecnologia nas Organizações (pp.237-266). In Mesquita, A. (Ed.), Tecnologia Global, 2011.

CARLOS, J.A.. Inovação Organizacional no Setor Público. In AGUNE, R., et al. Dá pra

fazer – Gestão do conhecimento e inovação em governo. São Paulo: Secretaria de Planejamento

e Desenvolvimento Regional, 2014.

CARVALHO, I. M.; CARPES, C. E. P.; SANTOS, N. Compartilhamento de Conhecimento:

aspectos do espaço físico de trabalho colaborativo para compartilhar conhecimento em

uma empresa pública. Espacios. Vol. 34 (9) 2013.

CHOO, C. W. The knowing organizations use information on construct meaning, create

knowledge, and make decisions. New York: Oxford University Press, 1998.

CHOO, C. W. A. A organização do conhecimento: como as organizações usam a

informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. São Paulo:

SENAC, 2004. Tradução de Eliana Rocha.

CHU, Kai Wing. Beginning a journey of knowledge management in a secondary

school. Journal of Knowledge Management, Vol. 20 Iss: 2, pp.364 – 385, 2016.

CRANFIELD, D. Knowledge Management and Higher Education: A UK Case Study using

Grounded Theory. University of Southampton, School of Management, Doctoral Thesis,

2011.

Page 108: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

107

CYRINO, M.C.C.T. Desenvolvimento da Identidade Profissional de Professores de

Matemática em Comunidades de Prática. BOLEMA vol.30 no.54. Rio Claro,

Jan./Apr. 2016.

DALKIR, K. Knowledge management in theory and practice (2nd ed.). Cambridge, London:

The MIT Press, 2011.

DAVENPORT, T.H.; PRUSAK, L. Conhecimento empresarial: como as organizações

gerenciam o capital intelectual. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

DAVENPORT, Thomas H.; MARCHAND, Donald A.; DICKSON, Tim. Dominando a gestão

da informação. Porto Alegre: Bookman, 2004.

DAVENPORT, E.; CRONIN, B. Knowledge management: semantic drift or conceptual

shift? Journal of Education for Library and Information Science, 2000. p. 294-306.

DENNER, L.; DIAS,T. Knowledge management in the public sector: an online presence

as a tool for capture and sharing. ECLAC Subregional Headquarters for the Caribbean. Port

of Spain, 2011.

DIAS, Isabel de Meiroz. Práticas de Inovação em Gestão Pública. In AGUNE, R., et al. Dá

pra fazer – Gestão do conhecimento e inovação em governo. São Paulo: Secretaria de

Planejamento e Desenvolvimento Regional, 2014.

DINIZ, A. C.M. A Gestão do Conhecimento na área de Gestão de Pessoas da Universidade

Federal da Paraíba. 2014. 239 f. Dissertação (Mestrado Profissional Gestão em organizações

Aprendentes). Universidade Federal da Paraíba, 2014.

DRUCKER, Peter. Sociedade Pós-Capitalista. São Paulo: Pioneira, 1993.

DRUCKER, Peter. Administrando em Tempos de Grandes Mudanças. São Paulo: Pioneira,

1999.

Page 109: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

108

ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (ENAP). Servidores Públicos

Federais: Perfil – 2013. Série ENAP Estudos. Brasília, 2013.

FERRARESI, Alex Antonio et al. Os impactos da gestão do conhecimento na orientação

estratégica, na inovatividade e nos resultados organizacionais: uma survey com empresas

instaladas no Brasil. RAM, Revista Administração Mackenzie, 15(2). São Paulo, SP, Mar.-

Abr. 2014 • ISSN 1518-6776

FERES, E. M. Avaliação das Dimensões da Gestão do Conhecimento no Instituto Federal

Fluminense. 2014. 139f. Dissertação (Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão).

Universidade Federal Fluminense – UFF, Niterói – RJ.

FIGUEIREDO, Ronnie et.al. A dimensão conceitual da criação do conhecimento como

fatorchave para inovação. 2014. Sustainable Business International Journal. Nov.2014 - ISSN

1807-5908

FONSECA, Ana Flávia. Organizational Knowledge Assessment Methodology. Washington,

DC: World Bank, 2006.

FONSECA, A. F.; FRESNEDA, P. S. V. Método Organizational Knowledge Assessment -

OKA: Documento Base. Brasília: CTGCIE/CEGE/UCB/UNIPÊ, 2010.

FRASER, M.T.D.; GONDIM, S.M.G. Da fala do outro ao texto negociado: discussões sobre a

entrevista na pesquisa qualitativa. Paideia, v.14, n.28, p.139-152, mai./ago. 2004.

FREITAS, Rony Klay Viana de; DACORSO, Antônio Luiz Rocha. Inovação aberta na gestão

pública: análise do plano de ação brasileiro para a Open Government Partnership. Rev. Adm.

Pública — Rio de Janeiro 48(4):869-888, jul./ago. 2014

FRESNEDA, P. S. V.; GOULART, S. M. Levantamento de Interação da GC nas CT-GCIE,

Relatório Interno. Brasília-DF, 2006.

FRESNEDA, P. S. V. et al. Diagnóstico da Gestão do Conhecimento nas Organizações

Públicas utilizando o Método Organizational Knowledge Assessment (OKA). In:

Page 110: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

109

CONGRESSO CONSAD DE GESTÃO PÚBLICA: Painel 20: Gestão do conhecimento e

inovação para a melhoria da gestão pública, 2., 2008, Brasília. Anais... Brasília, 2008.

FRESNEDA, P. V; GONÇALVES, S. M; PAPA M. A; FONSECA, A. F. Diagnóstico da

Gestão do Conhecimento nas organizações públicas utilizando o método Organizational

Knowledge Assessment (OKA). In II CONSAD CONGRESSO DE GESTÃO PÚBLICA,

Brasília, 2009.

FRESNEDA, P. S. Gestão do Conhecimento na Administração Pública e o método OKA.

VII CONGEP – Congresso Nacional de Gestão do Conhecimento na esfera pública, Brasília,

jun. 2013.

FLEURY, Afonso; FLEURY, Maria T. L. Aprendizagem e inovação organizacional: as

experiências de Japão, Coréia e Brasil. 2. ed., São Paulo: Atlas, 1997.

FREIRE, PATRICIA DE SÁ et al. Ferramentas de avaliação de gestão do conhecimento:

um estudo bibliométrico. Int. J. Knowl. Eng. Manag., ISSN 2316-6517, Florianópolis, v. 2, n.

3, p. 16-38, jul/out 2013.

FULD, L. The new competitor intelligence the complete resource for finding, analysing,

and using information about your competitors. Nova York: J.Wiley & Sons, 1995.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5.ed. - São Paulo:

Atlas, 2010.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GRAY, David E. Pesquisa no Mundo Real. 2 ed.- Porto Alegre: Penso, 2012.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia

Científica - 5. ed. - São Paulo: Atlas, 2003.

JOHNSON, Steve. De onde vem as boas ideias. Filmed July 2010 at TEDGlobal 2010.

Disponível em:

Page 111: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

110

<https://www.ted.com/talks/steven_johnson_where_good_ideas_come_from?language=pt-

br> Acesso em novembro de 2015.

LEITE, Darwin Magnus; GONTIJO, Sandra L.S.C; MENEGHELLI, Regina B. Criando

Conhecimento nas Organizações. In RODRIGUES Y RODRIGUES (org). Gestão do

conhecimento e inovação nas empresas. Qualitymark Editora, 2013.

LUDWIG, W. L. Você S/A: sua marca, sua palma. T&D, Desenvolvendo Talentos, São Paulo,

ano VI, p. 6-9, abr. 1998.

KNIGHT, P. Knowledge Management and e-Government in Brazil. Paper prepared for the

Workshop on Managing Knowledge to Build Trust in Government 7th Global Forum on

Reinventing Government, 26-29 June, Vienna, Áustria, 2007.

MARSHALL, Leandro. A Sociedade da Hipercomunicação. INTERCOM SUDESTE, 2013.

MATOS, Urbano. Gestão do Conhecimento na Administração Pública. SBGC, postado em

fev/2011. disponível em http://sbgc.org.br/sbgceduc/?p=543. Acesso em 05/01/2016.

McGEE, James; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação. Rio de

Janeiro: Campus, 1994.

MENDES, L; URBINA, L M. S. Análise sobre a Produção Acadêmica Brasileira em

Comunidades de Prática. Rev. adm. contemp. vol.19 no.spe3 Curitiba Oct. 2015

MONTENEGRO JUNIOR, C. A. A importância da Gestão do Conhecimento: um estudo

de caso realizado em duas organizações prestadoras de serviço. Revista ESAB. Disponível

em<revistadaesab.com/> Acesso em dezembro. 2015.

MORALES,A.H.;MACÍAS,R.C.F. Caracterización de una comunidad de práctica

orientada al uso de la matemática en la enseñanza de la ingeniería. Innovación Educativa,

ISSN: 1665-2673 vol. 13, número 62 | mayo-agosto, 2013 |

MINAYO, M.C. de S. (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 22 ed. Rio de

Page 112: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

111

Janeiro: Vozes, 2003.

NEVES,A. O Governo no Século XXI. In AGUNE, R., et al. Dá pra fazer – Gestão do

conhecimento e inovação em governo. São Paulo: Secretaria de Planejamento e

Desenvolvimento Regional, 2014.

NONAKA, I.; Takeuchi, H. Criação de Conhecimento na Empresa. Rio de Janeiro: Campus,

1997.

NONAKA, Ikujiro; KONO, N. The concept of “Ba”: building a foundation for knowledge

creation. California Management Review, Spring 1998.

OCDE. Projet de Conclusions enquete sur les pratiques de Gestion du Savoir et des

Connaissances mises en ouvre dans les Ministeres et Organes du Gouvernement Central

des Pays Membres de l’OCDE. Paris: 2003.

ONU. Un e-goverment survey: from e-government to connected governance. 2008.

Disponível em:

https://publicadministration.un.org/egovkb/portals/egovkb/Documents/un/2008-

Survey/unpan028607.pdf. Acesso em: 09 dez.2015.

PAIVA, Simone Bastos. Capital Intelectual: um novo paradigma para a gestão dos

negócios. In: Congresso Brasileiro de Contabilidade, IX, 2000. Goiânia. Anais. Goiânia-GO:

CFC, 2000.

PAPA, M. A. Análise do Método Organizational Knowledge Assessment - OKA para

Diagnóstico da Gestão do Conhecimento em Empresas de Geração e Transmissão de

Energia Elétrica. Dissertação. Mestrado em Gestão do Conhecimento e da TI - Universidade

Católica de Brasília, 2008, 210f.

PAPA, M.A. et al. Diagnosticando a gestão do conhecimento em uma organização

utilizando o método: Organizational Knowledge Assessment, OKA. DataGramaZero -

Revista de Ciência da Informação - v.10 n.3 jun/09

Page 113: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

112

PORTO, Cláudio e RÉGNIER, Karla. O Ensino Superior no Mundo e no Brasil –

Condicionantes, Tendências e Cenários para o Horizonte 2003-2005. Uma abordagem

exploratória. Disponível em: <www.mec.gov.br>.

PRAHALAD, C. K., HAMEL, G. A. Competência Essencial da Corporação. In:

MONTGOMERY, C. A., PORTER, M. E. (Org.) Estratégia: A Busca da Vantagem

Competitiva. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

RANJAN, M. B. J. Enhancing the teaching-learning process: a knowledge management

approach. International Journal of Educational Management, Vol. 26 Iss 3 pp. 313 – 329,

2012.

REZENDE, Y. Informação para negócios: Os novos agentes do conhecimento e a gestão do

capital intelectual. Ciência da Informação, Brasília, v. 31, n. 2, p. 120-128, maio/ago. 2002.

RODRIGUEZ, M.V.R. Gestão Empresarial – Organizações aprendizes. Rio de janeiro.

Qualitymark, 2002.

RODRIGUEZ, M. V, R. Gestão Empresarial em organizações aprendizes: a arte de gerir

mudanças. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

R0DRIGUEZ y RODRIGUEZ (Org.). Gestão do conhecimento e inovação nas empresas.

Qualitymark Editora, 2013

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágios,

trabalhos de conclusão, dissertações e estudos de caso. 3. ed.- São Paulo: Atlas, 2009.

SAMPAIO, Marcelo; SOUZA, Solange Lima de. O papel dos órgãos de fomento ao

desenvolvimento da gestão do conhecimento no Brasil: Estudo de caso FINEP. In

RODRIGUEZ y RODRIGUEZ (Org.). Gestão do conhecimento e inovação nas empresas.

Qualitymark Editora, 2013

SENGE, P. A dança das mudanças. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Page 114: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

113

SENGE, Peter M. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 29 ed.

Rio de Janeiro, ([1990] 2013).

SCHEIN, Edgar H. How can organizations learn faster? The challenge entering the green

room. Sloan Management Review, v. 34, n. 2, p. 85-92, 1993.

SILVA, R. P. A Gestão do Conhecimento em Instituição de Ensino Superior e Tecnológico:

Análise do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA. Dissertação.

Mestrado em Educação, Projeto Gestor Universidade de Brasília, Brasília, 2010, 150f.

SILVA, H.F.N. et.al. As contribuições relativas ao uso de eventos/fóruns para

constituição de comunidades de práticas e expressão da inteligência coletiva: o caso do

Bibliocontas. Perspectivas em Ciência da Informação, v.17, n.3, p.100-120, jul./set. 2012.

STEWART, T. A. Capital Intelectual. Rio de Janeiro: Campus,1998.

STEWART, Thomas A. A riqueza do conhecimento: o capital intelectual e a organização

do século XXI. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TERRA, José Cláudio; KRUGLIANSKAS, Isak (Org.). Gestão do conhecimento em

pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

TERRA, José Cláudio Ciryneu. Gestão do Conhecimento: o grande desafio empresarial.

Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

TOFFLER, Alvin. Powershift: as mudanças do poder. Rio de Janeiro: Record, 1994.

United Nations e-Government Survey 2008: From e-Government to Connected Governance.

New York, 2008.

TORRESA, C.A.B. et. al. Importancia de la gerencia del conocimiento: contrastes entre

la teoría y la evidencia empírica. Estudios Gerenciales 30 (2014) 65–72 Elsevier España,

S.L.

Page 115: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

114

TOVSTIGA, G.; KOROT, L. Profiling the 21st Century Knowledge Enterprise. 8th

International Forum on Technology Management. Grenoble, France: 1998.

VON KROGH, G.; ICHIJO, K.; NONAKA, T. Facilitando a criação de conhecimento –

Reinventando a empresa com o poder da inovação contínua. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

WIIG, K. Application of knowledge management in Public Administration. USA, 1999.

WORLD BANK INSTITUTE. About the World Bank Institute. Disponível em:

http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/WBI/0,,contentMDK:20097853~menuPK:2

04763~pagePK:209023~piPK:207535~theSitePK:213799,00.html

WURMAN, Richard Saul. Ansiedade de Informação: como transformar informação em

compreensão. São Paulo: Cultura Editores ([1991] 2005).

Page 116: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

115

ANEXOS

A.1 - Método OKA: Dimensões do Conhecimento

Elementos

Dimensões

Descrição das dimensões

Métricas

Incentivos Culturais

As atitudes culturais implícitas e

explícitas, as crenças e incentivos que

existem dentro da organização para

formar, criar e apoiar o uso dos ativos

intelectuais (incluindo conhecimento)

para alcançar as suas metas.

O grau com que as políticas da

organização recompensam as

atividades ligadas ao

conhecimento;

Tolerância da organização com

os riscos e comportamentos

relacionados a ações de

inovação;

O grau com que a organização

apoia e oferece atividades

ligadas ao aprendizado dos

colaboradores;

Receptividade da organização a

mudanças no trajeto profissional

dos colaboradores (plano de

carreira, ascensão profissional,

mudança de área, etc.);

Participação dos colaboradores

na melhoria do desempenho da

organização;

Receptividade da empresa a

ideias externas.

Receptividade da organização a

novas informações que sirvam

de base para estruturação de

novo conhecimento;

PE

SS

OA

S

Page 117: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

116

Identificação e

Criação do

Conhecimento

A capacidade da organização e seus

stakeholders para identificar e criar

conhecimento (e outros ativos

intelectuais), especialmente, aqueles que

contribuem para a organização atingir

suas metas.

Habilidade da organização e de

seus colaboradores em criar

novo conhecimento;

O grau com que a organização

investe e otimiza seu capital

humano, atraindo e/ou retendo

colaboradores que detenham

conhecimento atualizado;

Os esforços e o

comprometimento da

organização em identificar e

capturar informações relevantes

ao seu negócio e ao seu objetivo

organizacional;

Os meios de identificação e

esclarecimento das

oportunidades de GC

(relacionados com a forma de

condução do processo).

Compartilhamento do

Conhecimento

A capacidade da organização e seus

stakeholders para compartilhar ativos

intelectuais que permitam à organização

alcançar suas metas.

O grau com que a empresa

possui e utiliza estruturas

organizacionais que favoreçam

o compartilhamento de

conhecimento;

O grau com que o

compartilhamento de

conhecimento é difundido dentro

da organização;

O suporte dado pela

organização às atividades

ligadas ao compartilhamento de

conhecimento;

O grau com que a organização

compartilha conhecimento tácito;

(continuação)

Page 118: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

117

O grau com que a organização

compartilha conhecimento

explícito;

O grau com que a organização

converte conhecimento tácito

em explícito;

O grau com que a organização

converte conhecimento explícito

em tácito;

O grau e a qualidade com que a

organização compartilha

conhecimento com clientes,

parceiros e vendedores.

Comunidades de

Prática e Times de

Conhecimento

A existência, natureza e uso de grupos

de pessoas que possam ser,

efetivamente, mobilizados para resolver

problemas e permitir que a organização

atinja suas metas.

A habilidade da organização em

dar suporte à criação de vários

nichos de conhecimento e

grupos de compartilhamento de

conhecimento dentro de sua

área de atuação;

A natureza das comunidades de

prática existentes na

organização;

A efetividade das comunidades

de prática;

A capacidade da organização

em catalisar a formação de

times que utilizem o

conhecimento para resolver

problemas ou para dar suporte

aos objetivos da organização.

(continuação)

Page 119: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

118

Conhecimento e

Aprendizado

A capacidade da organização no

desenvolvimento de seu capital humano

através de treinamentos e outras

estruturas ou atividades formalmente

dirigidas ao desenvolvimento do

conhecimento.

As atitudes e abordagens da

org. para construir capital

humano;

O grau com que a organização

oferece treinamentos ou

desenvolvimentos dirigidos a

mudanças comportamentais;

O grau com que a organização

insere processos de

conhecimento nos seus

processos de trabalho;

O grau com que a org. utiliza e

reutiliza conhec. e “know-how”;

O grau com que a organização

incorpora informação externa a

suas atividades de aprendizado.

Liderança e Estratégias

A utilização das técnicas de GC como

modelo de gestão dos líderes e gerentes

da organização.

O grau com que a org. considera

GC como um valor corporativo;

O grau com que as lideranças

atuam na gerencia e supervisão

da arquitetura organizacional,

dos processos ou das políticas

da empresa;

O grau de patrocínio da alta

administração ao programa de

GC;

O grau com que a alta

administração apresenta-se

como flexível e apto a mudanças

em sua própria dinâmica e

estrutura;

A qualidade e a natureza do

relacionamento entre a alta

administração e o corpo

gerencial da organização.

PR

OC

ES

SO

S

(continuação)

Page 120: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

119

Fluxo de

Conhecimento

A natureza e a capacidade do fluxo de

conhecimento e outros ativos intelectuais

na organização. Inclui captura,

armazenamento, disseminação e outros

aspectos de distribuição do

conhecimento.

A natureza e efetividade da

captura do conhecimento;

A natureza e efetividade do

armazenamento do

conhecimento;

A natureza e efetividade da

transformação do conhecimento;

A natureza e efetividade da

disseminação do conhecimento.

A natureza e efetividade do fluxo

do conhecimento

Operacionalização

do Conhecimento

A capacidade da organização em

integrar e aplicar conhecimento dentro de

seu negócio e processos operacionais

(incluindo desenvolvimento de novos

produtos, marketing, e outros).

Representa o ciclo interativo de

conhecimento dentro dos processos

críticos da organização, e,

consequentemente, de seus resultados.

A estrutura existente para

viabilizar a absorção e

integração do conhecimento aos

processos operacionais da

organização;

O grau com que as políticas,

procedimentos e práticas da

organização permitem e

favorecem mudanças contínuas;

O grau com que os processos

da organização estão

documentados e acessíveis aos

empregados;

O grau com que os empregados

tiram proveito da integração e

aplicação do conhecimento.

PR

OC

ES

SO

S

(continuação)

Page 121: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

120

Alinhamento

O grau no qual o objetivo do Programa

de GC e seu resultado tenta satisfazer ou

realizar os objetivos e metas da

organização.

O grau de aptidão da empresa

para articular e concretizar

objetivos;

O grau com que a empresa

contém conhecimento que

suporta suas estratégias e está

alinhado com seus objetivos;

O grau com que o Programa de

GC ou as iniciativas de GC

refletem os objetivos da

organização;

O papel da GC para o

atendimento dos objetivos da

organização;

O alinhamento entre o tipo de

conhecimento existente e as

necessidades da organização;

O grau de alinhamento da GC

com os objetivos

organizacionais impactando

positivamente em suas

respostas e resultados.

Métricas e

Monitoração

A capacidade da organização para medir

a si mesma quanto à gestão dos ativos

intelectuais e a monitorar e identificar

melhores práticas, informação externa e

aprendizado que pode desenvolver os

diversos segmentos da empresa e gerar

valor.

O grau com que a organização

está apta a identificar, avaliar e

aperfeiçoar suas operações de

maneira sustentável;

O grau com que a organização

emprega medidas para avaliar

benefícios relacionados as

iniciativas e a programas

voltados a GC;

A efetividade da TI e outros

investimentos de infraestrutura;

PR

OC

ES

SO

S

(continuação)

Page 122: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

121

O grau com que a organização é

capaz de monitorar e interagir

com seus parceiros, vendedores

e competidores;

O grau com que a organização

está apta a identificar e assimilar

informação sobre si mesma no

ambiente externo;

O grau com que a empresa está

organizada para medir o

desempenho de suas pessoas.

Infraestrutura

Tecnológica de

GC

A capacidade e existência de

infraestrutura tecnológica que permita a

gestão do conhecimento e o

compartilhamento de melhores práticas.

Os softwares, aplicações ou

ambientes de comunicação

existentes para dar suporte as

atividades de GC;

A natureza e a capacidade da

infraestrutura tecnológica para

dar suporte ao fluxo e aos

processos de conhecimento;

A Infraestrutura tecnológica

existente para dar suporte aos

processos da empresa

relacionados a GC;

Medição dos resultados e uso

da infraestrutura tecnológica.

Acesso à infraestrutura

A capacidade e a infraestrutura existente

permitindo o acesso e interação dos

stakeholders com os “ativos intelectuais

da empresa (sistemas ou pessoas)

A natureza do processo para

acessar o conhecimento da

organização;

A facilidade com que pode ser

compreendido o significado do

conhecimento contido na

organização;

SIS

TE

MA

S

(continuação)

Page 123: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

122

Fonte: Adaptado de Fonseca e Fresneda (2010, p.6-14).

A facilidade de acesso ao

conhecimento implícito da

organização;

A natureza e efetividade dos

mecanismos que a organização

possui para encontrar

conhecimento;

Medição de resultados e uso de

conteúdos.

Gerência de Conteúdo

O tipo de conteúdo e as ferramentas de

gerência da informação que a

organização produz e gerencia.

O grau com que a organização

tem informação sobre suas

necessidades;

A abrangência e tipo de

conteúdo que a organização

possui;

A qualidade do conteúdo que a

organização possui.

Suporte e gerencia do

Programa de GC

A natureza, desenho e capacidade do

Programa de GC, como construído

dentro da organização, em envolver

pessoas, unidades, grupos, etc.

A infraestrutura do

ambiente/programa de GC;

A natureza dos papeis

associados com a infraestrutura

do ambiente de GC;

O balanceamento entre

aspectos formais e não formais

da infraestrutura do ambiente de

GC;

A existência de laços de

realimentação (feedback) e

mecanismos de monitoração

relacionados ao ambiente de

GC.

SIS

TE

MA

S

(conclusão)

Page 124: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

123

A.2 - Instrumento de Pesquisa usado nas entrevistas com os gestores

QUESTIONÁRIO DO MÉTODO OKA – ETAPA 1

Caro Gestor,

Desde já quero agradecer a disponibilidade em contribuir com a pesquisa, certa de que

seu olhar sobre as práticas da Gestão do Conhecimento no Colégio Pedro II serão de grande

utilidade.

Para avaliar a capacidade e o nível de preparação do Colégio Pedro II para a Gestão do

Conhecimento será utilizado o método OKA - Organizational Knowledge Assessment,

elaborado pelo World Bank Institute – WBI, Banco Mundial. Uma ferramenta adequada para

efetuar um diagnóstico inicial e estabelecer as estratégias para a elaboração do Plano de Gestão

do Conhecimento da Instituição.

O método OKA possui três elementos básicos: Pessoas, Processos e Sistema. Cada

elemento inclui uma série de “Dimensões do Conhecimento”.

A proposta é aplicar o método com os gestores (Pró- reitores, Diretores Gerais, Diretores

Administrativos, Diretores Pedagógicos e Diretories Área) do Colégio Pedro II, considerando-

se que são pessoas que contam com significativo tempo de trabalho na instituição, acumulam

conhecimento amplo sobre a mesma e experiência na área de atuação.

O diagnóstico será realizado em três etapas, já que é um número expressivo de questões,

no entanto, simples e objetivas e, portanto, respondidas num breve intervalo.

Em função da urgência, gentileza providenciar a devolução deste, via malote, em até 10

dias.

Atenciosamente,

Rosete de Andrade

Mestrado UFF/Colégio Pedro II

Ramal: 0058 ou 1032

Page 125: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

124

QUESTIONÁRIO DO MÉTODO OKA - ORGANIZATIONAL KNOWLEDGE

ASSESSMENT METHOD

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

QUESTIONÁRIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS

Características Organizacionais

1. Qual é a sua posição na organização?

1. Diretor Geral/ Pró Reitor

2. Diretor Administrativo/Pedagógico/Área

2. Qual a importância de ter a informação mais atualizada para que as Organizações da

área de Educação mantenham-se competitivas?

1. Muito importante

2. Importante

3. Com alguma importância

4. Pouquíssima importância

5. Sem importância

3. Em que grau você classifica as seguintes funções ou atividades na Organização?

Alto Baixo

Coleta de conhecimento técnico (“know-how”) ❏ ❏

Coleta de conhecimento sobre projetos e serviços ❏ ❏

Marketing de projetos e serviços ❏ ❏

Conhecimento sobre público alvo ❏ ❏

Criatividade pessoal ❏ ❏

Criação e difusão da inovação ❏ ❏

Gerenciamento da mudança e adaptação ❏ ❏

Pesquisa e análise do ambiente externo ❏ ❏

Capacidade de absorção de conhecimento dos servidores ❏ ❏

4. Em que grau sua organização apresenta os seguintes comportamentos?

Alto Baixo

Resposta rápida às demandas da sociedade ❏ ❏

Sensibilidade às exigências da sociedade ❏ ❏

Gerenciamento da complexidade ❏ ❏

Senso de contexto ❏ ❏

Julgamento efetivo ❏ ❏

Flexibilidade operacional ❏ ❏

Empoderamento do servidor (“Empowerment”= delegar autoridade) ❏ ❏

5. Em que medida você se considera familiarizado em relação aos processos de trabalho e

as unidades funcionais de sua organização?

1. Muito familiarizado

2. Pouco familiarizado

3. Não familiarizado

Page 126: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

125

Natureza do Programa de Gestão do Conhecimento da Organização ou das Atividades

Informais de Gestão do Conhecimento

6. A Organização possui um Programa de Gestão do Conhecimento formal?

1. Sim

2. Somente em algumas unidades organizacionais

3. Não

4. Não sei

Obs.: Se marcar os itens 3 (Não) ou 4 (Não sei) vá para a questão 18.

7. Qual o seu grau de familiaridade com o Programa de Gestão do Conhecimento da sua

organização?

1. Muito familiarizado

2. Familiarizado

3. Pouco familiarizado

4. Pouquíssimo familiarizado

5. Desconheço

8. Qual das frases abaixo melhor caracteriza a estrutura organizacional utilizada para

gerenciar o Programa de Gestão do Conhecimento da Organização?

1. Uma unidade centralizada que supervisiona todas as iniciativas organizacionais de

Gestão Conhecimento.

2. Distribuída dentro de cada divisão/área, a qual é responsável por suas próprias

iniciativas de Gestão Conhecimento.

3. Distribuída dentro de apenas algumas divisões/áreas, as quais apoiam suas próprias

iniciativas de Gestão Conhecimento (enquanto outras não possuem nenhuma iniciativa).

4. Descentralizada, enquanto um comitê/secretaria institucional coordena as atividades

de Gestão Conhecimento espalhadas na organização.

9. O Programa de Gestão do Conhecimento possui mecanismos para a definição das

políticas de Gestão Conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

10. O Programa de Gestão do Conhecimento possui mecanismos para monitorar a

conformidade com as políticas de Gestão do Conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

11. Em que medida o Programa de Gestão do Conhecimento influencia as políticas

organizacionais?

1. Em grande escala (o Programa de Gestão do Conhecimento impacta diretamente as

políticas).

2. Em uma escala acima da média.

3. Em escala mediana.

4. Em baixa escala.

5. Não influencia em nada (o Programa de Gestão do Conhecimento não contribui ou

impacta nenhuma política).

Page 127: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

126

12. A organização possui descrições de postos de trabalho relacionadas somente às

atividades de Gestão do Conhecimento ou ao Programa de Gestão Conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

13. Do seu ponto de vista, quanto do Programa de Gestão do Conhecimento consiste de

iniciativas informais versus formais?

1. Quase todo o Programa de Gestão do Conhecimento parece envolver

iniciativas/estruturas informais.

2. Muito do Programa de Gestão do Conhecimento parece envolver

iniciativas/estruturas informais, mas existem alguns aspectos formais.

3. Parte do Programa de Gestão do Conhecimento parece envolver iniciativas/estruturas

informais, mas a maior parte é formal.

4. Quase todo o Programa de Gestão do Conhecimento parece envolver

iniciativas/estruturas formais.

14. Em que medida as atividades do Programa de Gestão do Conhecimento da organização

estão alinhadas aos objetivos organizacionais?

1. Muito alinhadas

2. Alinhadas

3. Pouco Alinhadas

4. Muito pouco alinhadas

5. Não alinhadas

15. O Programa de Gestão do Conhecimento da organização identifica e/ou mede os

benefícios que produz na organização?

1. Sim

2. De certa forma - esta informação é identificada por algumas unidades apenas e no

nível da unidade específica.

3. Não

4. Não sei

16. O Programa de Gestão do Conhecimento possui apoio de “Campeões do Conhecimento”

ou de “Patrocinadores” formais na organização?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

17. O Programa de Gestão do Conhecimento está ajudando a organização a fazer ajustes

estratégicos?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

18. A Organização possui alguma atividade informal de Gestão do Conhecimento

identificável (fora de um Programa de Gestão Conhecimento formal)?

1. Sim. Quais:__________________________________________________________

_____________________________________________________________________

2. Não

3. Não sei

Page 128: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

127

19. A Organização possui políticas ou procedimentos formais para inserir conhecimento em

seus processos operacionais?

1. Sim

2. De certa forma (Políticas/procedimentos formais existem em algumas áreas da

organização).

3. Não

4. Não sei

20. Que grupos de pessoas estão envolvidos em atividades de Gestão Conhecimento?

1. Alta gerência (Reitor, Pró-reitores e Diretores Gerais).

2. Gerência média (Diretor Pedagógico, Diretor Administrativo e Diretor Área).

3. Responsáveis por processos ou funções organizacionais (chefes de seção).

4. Servidores do atendimento ao público.

5. Servidores administrativos.

6. Outros servidores. Especifique___________________________________________

7. Nenhum servidor está envolvido em atividades de Gestão do Conhecimento.

Liderança e Gestão Organizacional

21. Quem normalmente inicia a mudança nos processos de trabalho da organização?

1. Alta gerência (Reitor, Pró-reitores e Diretores Gerais).

2. Gerência Média (Diretor Pedagógico, Diretor Administrativo e Diretor Área).

3. Responsáveis por Processos Organizacionais (chefes de seção).

4. Servidores

5. Comitês ou grupos de revisão

6. Usuários

7. Outros. Especificar: ___________________________________________________

8. Nenhuma das anteriores

22. Quão influente é a alta gerência (Reitor, Diretores e Pró-reitores) sobre a cultura

organizacional?

1. Muito influente

2. Influente

3. Pouco Influente

4. Pouquíssimo influente

5. Nada influente

23. Qual o nível de influência da alta gerência sobre os padrões de comunicação da

organização?

1. Muito influente

2. Influente

3. Pouco influente

4. Pouquíssimo influente

5. Não influente

24. Na sua visão, qual o grau de transparência do processo decisório da alta gerência para

os servidores da organização?

1. Muito transparente

2. Transparente

3. Pouco Transparente

Page 129: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

128

4. Pouquíssimo transparente

5. Nada transparente

6. Não sei

25. Em que medida a alta gerência está ativamente envolvida na tentativa de melhorar os

processos internos da organização?

1. Muito ativa

2. Ativa

3. Pouco ativa

4. Pouquíssimo ativa

5. Inativa

26. Com que frequência a alta gerência promove mudanças nos processos internos ou nos

processos de compartilhamento de conhecimento da organização?

1. Muito frequente (mais de 5 vezes por ano)

2. Frequente (2 a 5 vezes por ano)

3. Pouco frequente (pelo menos uma vez por ano)

4. Raramente (uma vez a cada dois anos)

5. Nunca

27. A organização possui um ritmo de mudança rápido ou lento no que diz respeito à

implementação de melhorias?

1. Muito rápido

2. Rápido

3. Adequado

4. Lento

5. Muito lento

28. Na sua visão, qual o nível de frustração dos servidores (docentes e técnico-

administrativos) com a organização em função da desconsideração pelo processo de melhoria

ou pela lentidão no processo de mudança?

1. Muito grande

2. Grande

3. Médio

4. Pequeno

5. Zero - Sem frustração alguma

29. Quão fortemente você acredita que a tomada de decisões estratégicas por parte da alta

gerência se dá sem as informações e/ou os conhecimentos necessários?

1. Muito fortemente

2. Fortemente

3. Médio

4. Pouco fortemente

5. Fracamente

30. Em que grau o comportamento da alta gerência demonstra de forma clara e consistente

que valoriza a aprendizagem e o compartilhamento de conhecimento?

1. De forma muito clara e consistente.

2. De forma clara, mas não consistente.

3. De forma consistente, mas não claramente.

4. Nem de forma clara, nem de forma consistente.

Page 130: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

129

5. Nunca demonstrou

31. Há uma estratégia de Gestão do Conhecimento claramente articulada, isto é, escrita,

para a organização?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

32. Em que medida a equipe de alta gerência se autotransforma de tempos em tempos

usando fontes de conhecimento existentes na organização?

1. Em grande escala.

2. Em uma escala acima da média.

3. Em escala média.

4. Em escala abaixo da média.

5. Quase nunca.

33. A alta gerência instituiu políticas para apoiar atividades relativas ao conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

34. O Dirigente máximo da Instituição expressa consistentemente (por meio de documentos

escritos, discursos ou outros documentos de comunicação) seu comprometimento com a

iniciativa da Gestão do Conhecimento e por atividades de compartilhamento de conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

35. Como você caracterizaria a liderança das atividades de Gestão do Conhecimento na

organização?

1. Realizada basicamente pelo nível da alta gerência (Reitor, Pró-reitores e Diretores

Gerais).

2. Balanceada entre alta de gerência, gerência média (Diretor Pedagógico, Diretor

Administrativo e Diretor Área) e chefes de setores.

3. Realizada basicamente pelos níveis de gerência média e chefes de setores.

36. Em que medida a gerência média (Diretor Pedagógico, Diretor Administrativo e Diretor

Área) utiliza o conhecimento organizacional para melhorar os processos de trabalho da

Organização?

1. Em grande escala

2. Em uma escala acima da média

3. Em escala mediana

4. Em baixa escala

5. Quase nunca

37. Com que frequência a gerência média institui novos processos de gestão da mudança na

organização baseados no conhecimento organizacional existente?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

Page 131: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

130

5. Raramente

38. Em que medida a gerência média apoia atividades de Gestão do Conhecimento na

organização?

1. Apoia muito

2. Apoia

3. Apoia pouco

4. Apoia pouquíssimo

5. Não apoia

39. Em que medida os servidores estão aptos ou têm permissão para participar nas mudanças

do processo de trabalho na organização?

1. Em grande escala

2. Em uma escala acima da média

3. Em escala média

4. Em baixa escala

5. Quase nunca

40. Em que grau os servidores são receptivos às mudanças organizacionais?

1. Em grande escala

2. Em uma escala acima da média

3. Em escala média

4. Em baixa escala

5. Quase nunca

41. Até que ponto o apoio ao Programa de Gestão do Conhecimento entre a alta gerência é

compartilhado?

1. Muito compartilhado (todas as unidades da organização estão envolvidas).

2. Compartilhado

3. Pouco compartilhado

4. Pouquíssimo compartilhado

5. Nada compartilhado (isolado em uma ou poucas unidades)

Natureza dos Funcionários da Organização

42. Qual o grau de importância da interação entre servidores na organização para que ela

produza seus resultados?

1. Muito importante

2. Importante

3. Pouco importante

4. Pouquíssimo importante

5. Nada importante

43. Qual o grau de importância da interação entre servidores e o ambiente externo para que

a organização produza seus resultados?

1. Muito importante

2. Importante

3. Pouco importante

4. Pouquíssimo importante

5. Nada importante

Page 132: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

131

44. Quão importante é o acesso à informação (de sítios da internet, bases de dados, sistemas

da Instituição, ou outros sistemas de recuperação eletrônica da informação) para a maioria dos

servidores realizarem suas tarefas diárias?

1. Muito importante

2. Importante

3. Pouco importante

4. Pouquíssimo importante

5. Nada importante

45. Em geral, você acredita que os servidores compreendem o quanto o seu papel contribui

para a performance da Instituição?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

46. Quais dos princípios abaixo caracterizam as crenças dos servidores de sua organização?

1. Programas e atividades de Gestão do Conhecimento são mais bem sucedidos quando

são criados para resolver problemas “reais” ligados à essência da atividade fim da

organização.

2. Programas ou atividades de Gestão Conhecimento criados em unidades finalísticas

da organização são capazes de promover a disseminação mais rápida da gestão do

conhecimento.

3. Um crescimento “orgânico” do Programa de Gestão Conhecimento e/ou de atividades

de Gestão Conhecimento constitui uma maneira mais lenta embora mais efetiva para

tais programas/atividades se disseminarem pela organização

4. Uma abordagem “de baixo para cima” e “de cima para baixo” para Gestão

Conhecimento devem coexistir para que um programa ou atividade de Gestão

Conhecimento possa ser bem sucedido

5. Instrumentos de transferência de conhecimento baseados em métodos participativos

são fundamentais para a absorção do conhecimento

6. Nenhuma das anteriores. Especifique: ____________________________________

A Natureza do Trabalho na Organização

47. De que modo as atividades de Gestão do Conhecimento (criação do conhecimento,

armazenamento, disseminação) concorrem para os objetivos explícitos da organização?

1. Essencial para a performance da atividade fim

2. Importante para a obtenção de vantagem competitiva

3. Importante para levar à inovação

4. Defasado ou não necessário

5. Nenhuma das anteriores. Explicite qual: ___________________

6. Não sei

48. Qual o grau de importância do conhecimento ou das informações nos processos de

agregação de valor da organização?

1. Muito importante

2. Importante

3. Pouco importante

4. Pouquíssimo importante

5. Não importante

Page 133: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

132

49. Como você julga a intensidade da agregação de valor nos resultados de sua organização?

1. Baixo - precisa ser melhorada.

2. Aceitável

3. Alta

4. Não sei

50. Quão flexível é o horário de trabalho dos servidores de forma a permitir se envolverem

em atividades de aprendizagem?

1. Muito flexível (servidores possuem discricionariedade do seu tempo de trabalho para

atividades de aprendizagem)

2. Flexível

3. Pouco flexível

4. Pouquíssimo flexível

5. Inflexível (servidores não possuem tempo de trabalho disponível para atividades de

aprendizagem)

51. A organização possui um Plano de Aprendizagem (plano de capacitação)?

Sim Não

Para toda a organização ❏ ❏

Para cada unidade em separado ❏ ❏

Para cada servidor individualmente ❏ ❏

52. Quão fácil é para um servidor modificar um processo de trabalho?

1. Muito fácil

2. Fácil

3. Pouco fácil

4. Pouquíssimo fácil

5. Difícil

53. A Organização provê tempo aos servidores para que compartilhem conhecimento entre

eles durante as horas de trabalho, isto é, almoços informais, workshops, etc.?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

A Natureza da Comunicação na Organização

54. Quão influente é a estrutura hierárquica na definição dos padrões de comunicação na

organização?

1. Muito influente

2. Influente

3. Pouco influente

4. Pouquíssimo influente

5. Não é influente

55. Como você caracteriza a “estratégia de comunicação” da alta gerência para os

servidores?

1. Muito aberta

2. Aberta

3. Um pouco aberta

Page 134: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

133

4. Não existe muita comunicação

5. Fechada

56. Com que frequência a alta gerência se comunica com a força de trabalho?

1. Muito alta

2. Alta

3. Média

4. Baixa

5. Muito baixa

57. Como você classifica a comunicação entre as seguintes partes da organização?

Excelente Boa Razoável Ruim Péssima

Entre níveis hierárquicos distintos ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Entre os Campi, Pró-Reitorias, Seções

e Setores. ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

58. Em que grau a organização apoia o compartilhamento “interfronteiriço”

(interdisciplinar, interunidades, interdepartamental, interdivisões) da comunicação e da

informação na organização?

1. Muito alto

2. Alto

3. Médio

4. Pequeno

5. Muito pequeno

58. Com que frequência você se aconselha com outros servidores buscando ter acesso aos

seus conhecimentos tácitos (experiência, know-how, percepção, etc.).

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Nada frequentemente

59. Em que medida a organização apoia a interação social que permita o compartilhamento

de conhecimento tácito entre pessoas?

1. Apoia muito

2. Apoia

3. Apoia pouco

4. Apoia pouquíssimo

5. Não apoia

60. Qual o grau de receptividade que a organização parece ter em relação às sugestões dos

servidores?

1. Muito receptiva

2. Receptiva

3. Pouco receptiva

4. Pouquíssimo receptiva

5. Não receptiva

Page 135: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

134

61. A organização possui um processo definido para a revisão das sugestões dos servidores?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

62. Com que frequência os servidores oferecem sugestões (retroalimentam) à organização?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

63. Com que frequência os servidores recebem feedback (formal ou informal) sobre seu

desempenho?

1. Pelo menos uma vez por mês

2. Pelo menos uma vez a cada três meses

3. Pelo menos uma vez a cada seis meses

4. Pelo menos uma vez ao ano

5. Menos que uma vez ao ano

6. Não recebe feedback

64. Como a informação ou o conhecimento é disseminado pela organização aos seus

servidores?

1. Pela intranet

2. Por um sítio público da internet

3. Por meio de um boletim (eletrônico ou físico)

4. Por meio de reuniões realizadas pela alta gerência

5. Por meio de eventos sociais informais

6. Por mensagem eletrônica (“e-mail”)

7. Por meio de reuniões de divisão/unidade/departamento

8. Alguma outra forma. Indicar: ___________________________________________

_____________________________________________________________________

9. Não é disseminada

65. Como você classifica o nível de comunicação realizado por meio de sistemas online

(tais como mensagens eletrônicas, mensagens instantâneas e espaços virtuais de trabalho) na

organização?

1. Muito alto

2. Alto

3. Médio

4. Baixo

5. Muito baixo

Finalizada a 1ª etapa! Obrigada pela sua contribuição até aqui.

Page 136: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

135

A.3 - Instrumento de Pesquisa usado nas entrevistas com os gestores

QUESTIONÁRIO DO MÉTODO OKA – ETAPA 2

QUESTIONÁRIO DO MÉTODO OKA - ORGANIZATIONAL KNOWLEDGE

ASSESSMENT METHOD

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL

QUESTIONÁRIO DE LEVANTAMENTO DE DADOS

A Natureza das Equipes na Organização

66. Qual das sentenças abaixo melhor descreve a atitude da organização em relação ao

trabalho efetivo em equipe?

1. Encoraja mas não provê meios para promovê-lo

2. Encoraja e possibilita

3. Não encoraja

4. Não sei

67. A organização utiliza equipes/comissões regularmente para resolver problemas?

1. Sim

2. Não

68. Quais dos seguintes tipos de equipe existem na organização?

1. Comunidades de prática

2. Equipes virtuais

3. Grupos de Trabalho

4. Redes de pessoas por processos ou funções

5. Equipes centradas no público alvo

6. Outras

Especificar:_____________________________________________________

7. Não sei

69. Quais dos grupos são formalmente apoiados pelo Programa de Gestão do Conhecimento

ou pela gerência da organização?

1. Comunidades de prática

2. Equipes virtuais

3. Grupos de Trabalho

4. Redes de pessoas por processos ou funções

5. Equipes centradas no público alvo

6. Outras. Especificar:

____________________________________________________

7. Não sei

70. Quais incentivos ou recursos a organização provê para possibilitar a existência de

grupos informais?

1. Tempo para os servidores se engajarem em grupos informais durante as horas de

trabalho

2. Espaço/salas de reuniões

Page 137: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

136

3. Suporte tecnológico (espaços virtuais de trabalho e ferramentas colaborativas)

4. Recurso financeiro para financiar reuniões dos líderes do grupo

5. Reconhecimento gerencial

6. Outros. Especificar: ___________________________________

7. Não sei

A Natureza das Comunidades de Prática na Organização

Nota: Comunidades de Prática são grupos informais de especialistas em uma

área/tópico/tarefa específicos que trabalham com liberdade uns com os outros e

compartilham informações sobre essa área/tópico/tarefa. Em algumas organizações, essas

comunidades de prática podem ter uma configuração mais formal embora isso não seja

comum.

71. A organização possui comunidades de prática?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

72. Que tipos de comunidades de prática a organização possui?

1. Organizada por tópicos ou assuntos

2. Organizada para resolver problemas específicos

3. Organizada por processos ou atividades organizacionais

4. Outros. Indicar. _______________________________________

5. Não sei

6. Nenhuma das anteriores

73. Como as comunidades de prática são criadas na organização?

1. Por um processo formal dirigido pela gerência

2. Por um processo formal iniciado por servidores

3. Informalmente por servidores da organização

4. Outros. Indicar_______________________________________

5. Não sei

6. Nenhuma das anteriores

74. Quantas comunidades de prática distintas e identificáveis a organização possui?

1. (Nenhuma)

2. (1-5)

3. (6-20)

4. (21-50)

5. (51-100)

6. (101 ou mais)

75. Alguma das comunidades de prática da organização possui conexões ou interage com

grupos externos?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

76. Qual percentagem do tempo em comunidades é gasto em interações com comunidades

ou grupos externos?

Page 138: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

137

1. 0 a 20%

2. 21% a 30%

3. 31% a 40%

4. 41% a 50%

5. Mais de 51%

6. Não sei

77. Quais dos itens abaixo caracteriza a estrutura das comunidades de prática da

organização?

1. Regras e procedimentos

2. Processos de retroalimentação (feedback)

3. Listas de membros disponíveis

4. Líderes de grupos designados

5. Reuniões regulares

6. Equipe remunerada

7. Meios eletrônicos para compartilhamento de informações (Espaço virtual na rede,

base de conhecimentos, sítio na internet)

8. Outros. Especificar.____________________________________________

78. Quais dos itens abaixo você identifica como resultados usuais das comunidades de

prática na organização?

1. Treinamento (criação ou execução)

2. Criação de conteúdos ou base de conhecimentos

3. Serviços de Assistência Técnica (helpdesks)

4. Participação sistemática em revisões por pares/colegas ou processos similares

5. Participação sistemática em decisões de processos organizacionais

6. Conteúdos ou aconselhamentos relativos a temas estratégicos da organização

7. Conteúdos ou aconselhamentos relativos a temas operacionais da organização

8. Conteúdos ou aconselhamentos relativos a temas nicho

9. Conteúdos ou aconselhamentos relativos a produtos/serviços da organização

10. Conteúdos ou aconselhamentos que levem à inovação

11. Nenhum dos anteriores.

12. Outros.

Especificar_______________________________________________________

A Natureza dos Conteúdos e Conhecimentos na Organização

79. Que tipos de conteúdos são administrados pelos sistemas ou repositórios de conteúdos

da organização?

1. Informação estratégica

2. Políticas e procedimentos

3. Informação setorial

4. Dados estatísticos

5. Inteligência competitiva e/ou dados de indicadores

6. Pesquisa e desenvolvimento ou outros trabalhos analíticos

7. Conteúdos relativos ao público alvo da organização

8. Documentos relativos a processos organizacionais

9. Informações e estatísticas nacionais

10. Recomendações feitas à comunidade escolar

11. Experiências organizacionais prévias com público alvo da organização

12. Informação do tipo avaliativa

13. Outras. Especificar. ___________________________________

Page 139: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

138

14. Nenhuma das anteriores

15. A organização não possui sistemas/repositórios de conteúdos

80. Como você classificaria a cobertura das seguintes áreas do conhecimento dentro da

organização?

Escasso Adequado Excessivo/Abundante

Informação estratégica ❏ ❏ ❏ Políticas e procedimentos ❏ ❏ ❏ Informação setorial ❏ ❏ ❏ Dados estatísticos ❏ ❏ ❏ Inteligência competitiva e/ou dados

Indicadores ❏ ❏ ❏

Pesquisa e desenvolvimento ou outros

trabalhos analíticos ❏ ❏ ❏

Conteúdos relativos ao público alvo ❏ ❏ ❏ Documentos relativos a processos

Organizacionais ❏ ❏ ❏

Informações e estatísticas nacionais ❏ ❏ ❏ Recomendações feitas à comunidade escolar ❏ ❏ ❏ Experiências organizacionais prévias com

público alvo ❏ ❏ ❏

Informação do tipo avaliativa ❏ ❏ ❏ Outras. Especificar

_______________________________________________________________

81. Alguns dos seguintes assuntos ou domínios do conhecimento são áreas nas quais o

conhecimento teve seu tempo útil defasado?

1. Informação estratégica

2. Políticas e procedimentos

3. Informação setorial

4. Dados estatísticos

5. Inteligência competitiva e/ou dados indicadores

6. Pesquisa e desenvolvimento ou outros trabalhos analíticos

7. Conteúdos relativos ao público alvo

8. Documentos relativos a processos organizacionais

9. Informações e estatísticas Nacionais

10. Recomendações feitas à comunidade escolar

11. Experiências organizacionais prévias com público alvo

12. Informação do tipo avaliativa

13. Nenhuma das anteriores

14. Outras. Indicar. ______________________________________________________

82. De qual forma mais abrangente a Instituição organiza conteúdos?

1. Organizado por processo

2. Por área tópico, tal como Educação

3. Por usuário

4. Por projeto ou atividade

5. Nenhuma das anteriores

Page 140: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

139

6. Outro. Especificar

_____________________________________________________

83. Quais dos tipos de conhecimento a organização possui?

1. Documentos Oficiais

2. Publicações

3. Material publicado na web

4. Noticiários, boletins

5. Vídeo Conferências, Fóruns eletrônicos, Discussões Eletrônicas

6. “Novidades”

7. Dados estatísticos

8. Dados de Sistemas de Informação Geográficos

9. Informações e publicações externas

10. Informações de Pessoas, Diretórios

11. Conhecimento sobre processos internos da organização

12. Conhecimento sobre a comunidade escolar e comunidade local

13. Informação do tipo “saber-fazer” (know-how)

14. Informações sobre habilidades

15. Nenhum dos anteriores

16. Outros. Indicar.

______________________________________________________

84. A organização possui seus processos organizacionais definidos em documentos ou

outros formatos para leitura?

1. Sim - Quase todos ou todos os processos organizacionais estão formalmente definidos

2. Parcialmente - Alguns processos de trabalho estão formalmente definidos

3. Não – Nenhum ou quase nenhum processo organizacional está formalmente definido

4. Não sei

85. Qual tipo de conteúdo de conhecimento é mais ou menos utilizado na organização como

um todo?

Muito

utilizado

Pouco

utilizado

Mais ou

menos

utilizado

Não

sei

Documentos Oficiais ❏ ❏ ❏ ❏

Publicações ❏ ❏ ❏ ❏

Material publicado na Internet e Intranet ❏ ❏ ❏ ❏

Noticiários, boletins ❏ ❏ ❏ ❏ Vídeo Conferências, Fóruns Eletrônicos, Discussões

Eletrônicas ❏ ❏ ❏ ❏

“Novidades” ❏ ❏ ❏ ❏

Dados estatísticos ❏ ❏ ❏ ❏

Dados de Sistemas de Informação Geográficos ❏ ❏ ❏ ❏

Informações e publicações externas ❏ ❏ ❏ ❏

Informações de Pessoas, Diretórios ❏ ❏ ❏ ❏

Conhecimento sobre processos internos da organização ❏ ❏ ❏ ❏

Page 141: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

140

Conhecimento sobre a comunidade escolar e

comunidade local ❏ ❏ ❏ ❏

Informação do tipo “saber fazer” (know-how) ❏ ❏ ❏ ❏

Informações sobre habilidades ❏ ❏ ❏ ❏

Nenhuma das anteriores ❏ ❏ ❏ ❏ Outras: Especifique:__________________________________________________________

86. Para quais propósitos os tipos de conteúdo de conhecimento mais utilizados (acima

descritos) são empregados?

1. Tomar decisões operacionais internas

2. Informar-se sobre o setor ou área de especialidade

3. Comunicação com comunidade escolar

4. Realizar o trabalho diário

5. Prover aconselhamento para comunidade escolar

6. Definir estratégias de longo prazo

7. Resolver problemas específicos em áreas específicas

8. Nenhuma das anteriores

9. Outros. Indicar:

__________________________________________________________

87. Como você classificaria, na organização como um todo, a qualidade dos seguintes

conteúdos de conhecimento?

Alta

qualidade

Qualidade

mediana

Baixa

qualidade

Documentos Oficiais ❏ ❏ ❏ Publicações ❏ ❏ ❏ Material publicado na web ❏ ❏ ❏ Noticiários, boletins ❏ ❏ ❏ Vídeo Conferências, Fóruns Eletrônicos, Discussões

Eletrônicas ❏ ❏ ❏

“Novidades” ❏ ❏ ❏ Dados estatísticos ❏ ❏ ❏ Dados de Sistema de Informação Geográficos ❏ ❏ ❏ Informações e publicações externas ❏ ❏ ❏ Informações de Pessoas, Diretórios ❏ ❏ ❏ Conhecimento sobre processos internos da organização ❏ ❏ ❏ Conhecimento sobre comunidade escolar e comunidade

local ❏ ❏ ❏

Informação do tipo “saber-fazer”(“know-how”) ❏ ❏ ❏ Informações sobre habilidades (Banco de Talentos) ❏ ❏ ❏ Nenhum dos anteriores ❏ ❏ ❏ Outros. Indicar e classificar ___________________________________________________

88. Quais tipos de conteúdos de conhecimento são mais usados nos processos

organizacionais ou serviços da organização?

Page 142: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

141

1. Documentos Oficiais

2. Publicações (internas ou externas)

3. Material publicado na web

4. Noticiários, boletins

5. Vídeo Conferências, Fóruns Eletrônicos, Discussões Eletrônicas

6. “Novidades”

7. Dados estatísticos

8. Dados de Sistemas de Informação Geográficos

9. Informações de pessoas, Diretórios de Especialistas

10. Conhecimento sobre processos organizacionais internos

11. Conhecimento sobre comunidade escolar e comunidade local

12. Informação do tipo “saber-fazer” (“know-how”)

13. Informações sobre habilidades

14. Outros. Indicar:

_________________________________________________________

15. Nenhum dos anteriores

89. Em que medida é reutilizado os seguintes conteúdos de conhecimento na Organização

como um todo?

Alta

reutilização

Baixa

reutilização Não sei

Documentos Oficiais ❏ ❏ ❏ Publicações ❏ ❏ ❏ Material publicado na web ❏ ❏ ❏ Noticiários, boletins ❏ ❏ ❏ Vídeo Conferências, Fóruns Eletrônicos, Discussões

Eletrônicas ❏ ❏ ❏

“Novidades” ❏ ❏ ❏ Dados estatísticos ❏ ❏ ❏ Dados de Sistema de Informação Geográficos ❏ ❏ ❏ Informações e publicações externas ❏ ❏ ❏ Informações de Pessoas, Diretórios ❏ ❏ ❏ Conhecimento sobre processos internos da organização ❏ ❏ ❏ Conhecimento sobre comunidade escolar e comunidade

local ❏ ❏ ❏

Informação do tipo “saber-fazer”(“know-how”) ❏ ❏ ❏ Informações sobre habilidades (Banco de Talentos) ❏ ❏ ❏ Nenhum dos anteriores ❏ ❏ ❏ Outros. Indicar e classificar ___________________________________________________

90. Qual dos itens abaixo melhor descreve a abordagem da organização para encontrar

informação fora da organização?

1. A organização raramente ou nunca busca informação no ambiente externo

2. A organização busca informação no ambiente externo apenas quando necessita

Page 143: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

142

3. A organização emprega uma abordagem sistemática na busca regular de informação

no ambiente externo

91. Você acredita que os conteúdos de conhecimento armazenados na organização são

apropriados para cada um dos seguintes públicos?

Sim Não

Alta gerência (Reitor, Pró-reitores, Diretores Gerais) ❏ ❏

Gerência média (Diretor Pedagógico, Administrativo, Área ❏ ❏

Gerentes de projeto ❏ ❏

Especialistas setoriais/tópicos ❏ ❏

Equipe de apoio ❏ ❏

Gerentes funcionais (Chefes de seção/setor) ❏ ❏

Consultores ❏ ❏ Fornecedores externos ❏ ❏

92. Qual tipo de informação os gestores da alta gerência usualmente precisam, mas têm

dificuldades em encontrar/acessar?

1. Sobre a Comunidade Escolar

2. Sobre Gestão Orçamentária da Organização

3. Sobre a situação dos processos operacionais da Organização

4. Sobre outras Organizações Educacionais da Região

5. Sobre a área na qual a organização atua

6. Sobre mudanças governamentais/regulatórias

7. Sobre os fornecedores da organização

8. Informações analíticas ou resumidas sobre assuntos de interesse

9. Outros tipos de informação.

Especificar:______________________________________

10. Não sei

A Infraestrutura de Aprendizagem para Gestão do Conhecimento na Organização

93. Quais dos seguintes tipos de atividades de aprendizado são patrocinados pela

organização?

1. Treinamentos internos (in company)

2. Treinamentos externos

3. Conferências profissionais

4. Cursos universitários

5. Cursos a distância

6. Certificação profissional

7. Aprendizagem em equipe

8. Reuniões especializadas por assuntos específicos

9. Coaching

10. Mentoring

11. Treinamento de recepção de novos servidores

12. Nenhuma das anteriores

13. Outras. Especificar:

___________________________________________________

Page 144: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

143

94. A organização apoia mecanismos que permitam aos servidores atualizarem-se em sua

área de atuação, conhecimentos e práticas externas ou ambiente competitivo? Esses

mecanismos incluiriam recursos bibliográficos, intranet, bases de dados, assinaturas de revistas

e tempo alocado para que os servidores utilizem esses mecanismos.

1. Sim

2. Não

3. Não sei

95. Quão efetiva é a organização em apoiar mecanismos de monitoramento de ideias e

práticas externas ou área na qual a organização atua? (Tais como assinaturas de revistas, tempo

dado aos servidores para realizar pesquisas)

1. Extremamente efetiva

2. Efetiva

3. Pouco efetiva

4. Necessita melhorias

5. Não efetiva

6. A organização não possui mecanismos de monitoramento externo

7. Não sei se a organização possui mecanismos de monitoramento Externo

96. A Instituição possui algum processo ou método de monitoramento de organizações da

área de atuação? (Por exemplo: benchmarking= processo de comparação de serviços e práticas)

1. Sim

2. Não

3. Não sei

97. A organização oferece algum programa de orientação/ambientação para novos

servidores?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

98. Como você classifica a efetividade dos serviços da organização para o seu público alvo?

1. Muito efetivo

2. Efetivo

3. Pouco efetivo

4. Pouquíssimo efetivo

5. Não efetivo

99. A organização oferece treinamento coletivo assim como individual?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

100. A organização oferece treinamentos específicos visando auxiliar os servidores na

adaptação em novas tarefas ou em novas condições de trabalho (treinamento para

desenvolvimento de novas habilidades)?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

Page 145: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

144

101. A maioria dos servidores sabe onde buscar informações sobre os processos

organizacionais?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

102. Em média, quantos treinamentos por ano os servidores participam?

1. (Nenhum)

2. (1)

3. (2 – 5)

4. (6 – 10)

5. (11 – 20)

6. (20 ou mais)

7. (Não sei)

103. A organização possui orçamento para treinamento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

A Infraestrutura de Tecnologia para Gestão do Conhecimento na Organização

104. Você acredita que o ambiente de software da organização é adequado às necessidades

organizacionais?

1. Muito adequado

2. Adequado

3. Pouco adequado

4. Pouquíssimo adequado

5. Inadequado

105. A organização possui um Sistema de Gestão do Conhecimento?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

106. A Organização possui uma Arquitetura de Informação Corporativa? Uma Arquitetura

de Informação Corporativa é um sistema esquemático que descreve os fluxos de informação

entre os processos e os sistemas de TI na organização.

1. Sim

2. Não

3. Não sei

107. A organização possui:

1. Base de dados de especialistas/habilidades (Banco de Talentos)

2. Bibliotecas

3. Taxonomias padrão, ontologias e outros métodos de organização/ estruturação da

informação/conhecimento

4. Perguntas mais Frequentes (FAQs) e/ou Sistema de Perguntas & Respostas (Q/A)

5. Infraestrutura para videoconferências

Page 146: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

145

6. Infraestrutura para audioconferências

7. Ambientes para comunidades de prática virtuais

8. Sistemas para discussões eletrônicas ou chats

9. Quadro de Avisos Eletrônicos (Bulletin Board)

10. Blogs

11. Intranet

12. Sítio na internet

13. Extranet

14. Software de Espaço Virtual (Workspace)

15. Um sistema de gerenciamento de conteúdos para gerenciar documentos

institucionais

16. Um sistema de gerenciamento de relacionamento com o público alvo (CRM)

17. Um sistema para gerenciamento de recursos institucionais (ERP) para seus

processos de trabalho

18. Bases de dados com dados usados pela organização

19. Bases de Conhecimento (sobre melhores práticas e lições aprendidas)

20. Bases de dados comerciais

21. Um depósito (warehouse) de metadados para assuntos relacionados com Tecnologia

da Informação (TI)

22. Um depósito de metadados associados com documentos e processos organizacionais

23. Um depósito (warehouse) de metadados para documentos e processos

organizacionais

24. Nenhuma das anteriores

25. Outros. Especificar:

___________________________________________________

108. Quais dos seguintes sistemas institucionais são capazes de capturar o conhecimento ou

a informação de uma forma a torná-la recuperável posteriormente para os servidores?

1. Base de dados de especialistas/habilidades (Banco de Talentos)

2. Bibliotecas

3. Taxonomias padrão, ontologias e outros métodos de organização/estruturação da

informação/conhecimento.

4. Perguntas mais Frequentes (FAQs) e/ou Sistema de Perguntas &Respostas

5. Infraestrutura para videoconferências

6. Infraestrutura para áudioconferências

7. Ambientes de comunidades de prática virtuais

8. Sistemas para discussões eletrônicas ou chats

9. Quadro de Avisos Virtuais (Bulletin Board)

10. Blogs

11. Intranet

12. Sítio na internet

13. Extranet

14. Software de “Espaços Virtuais” (Workspace)

15. Um sistema de gerenciamento de conteúdos para gerenciar documentos

institucionais

16. Um sistema de gerenciamento de relacionamento com o público alvo (CRM)

17. Um sistema para gerenciamento de recursos institucionais (ERP) para seus

processos de trabalho

18. Bases de dados com informações usadas pela organização

19. Bases de Conhecimento (sobre melhores práticas e lições aprendidas)

Page 147: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

146

20. Bases de dados comerciais

21. Um depósito (warehouse) de metadados para assuntos relacionados com Tecnologia

da Informação (TI)

22. Um depósito (warehouse) de metadados associados à documentos e processos

organizacionais

23. Mecanismo(s) de busca para pesquisa de documentos e outras informações da

organização

24. Nenhuma das anteriores

25. Outros. Indicar:

______________________________________________________

109. Baseado em sua experiência, como você classifica a capacidade do “software de buscas”

institucionais para encontrar as informações que você já precisou?

1. Acima da média

2. Um pouco acima da média

3. Na média

4. Abaixo da média

5. Pobre

6. Nunca usei os mecanismos de busca

110. Quão efetivo você caracteriza os softwares de busca institucionais para encontrar

documentos específicos?

1. Muito efetivo

2. Efetivo

3. Pouco efetivo

4. Pouquíssimo efetivo

5. Não efetivo

6. A organização não possui softwares de busca

111. Como você classifica o nível atual de uso dos seguintes itens?

Muito

frequenteme

nte usados

Frequenteme

nte usados

Pouquíssi

mo usado

Quas

e

nunc

a

usad

o Grupos de discussão eletrônica ou outros

softwares de espaços virtuais colaborativos ❏ ❏ ❏ ❏

Mecanismos de busca ou ferramentas de

busca de informações ❏ ❏ ❏ ❏

Intranet da organização ❏ ❏ ❏ ❏

112. Quais dos seguintes mecanismos a organização possui que permite aos servidores

compartilharem conhecimento tácito? (experiência, know-how, percepção...aquele

conhecimento mais difícil de ser transmitido).

1. Discussões eletrônicas

2. Salas de “chats”

3. Quadros de avisos virtuais

4. Espaços virtuais

Page 148: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

147

5. Fóruns eletrônicos

6. Blogs

7. Intranet

8. Participação dos servidores em eventos presenciais (conferências, seminários,

palestras etc.)

9. Treinamentos ou oficinas

10. Outros. Indicar: _____________________________________

11. Nenhuma das anteriores

113. Sua organização possui funcionalidade de TI para:

1. Indexar e categorizar automaticamente informação e conhecimento explícito (que

pode ser codificado e armazenado; de fácil transmissão. Ex.: manuais, documentos,

etc.).

2. Ajudar em simulações

3. Ajudar em atividades de brainstorming, inclusive Revisões por Pares/Colegas,

Revisões de Avaliação Pós-Execução.

4. Atividades de tradução automática

5. Ferramentas de inferência e sistemas de apoio a decisões

6. Integrar informações desestruturadas e estruturadas

7. Capturar o conhecimento da equipe diretamente para sistemas de bases de

conhecimento

8. Inteligência artificial

9. Capacidade de pesquisa avançada

10. Manipulação e manutenção de vídeo avançado

11. Outros. Especificar:

_____________________________________________________

114. A organização possui registros ou arquivos visando criar uma Memória Corporativa (ou

seja, lições e experiências aprendidas pelos membros da equipe)?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

115. A organização possui fontes oficiais definidas para os diferentes tipos de informação

usados na instituição? O termo “fontes oficiais” denota fontes de informação que a organização

reconhece formalmente como “oficiais” ou “verdadeiros”

1. Sim

2. Não

3. Apenas para alguns tipos de informações

4. Não sei

116. A organização possui softwares que permitem uma navegação fácil (browsing) para

encontrar conhecimentos/conteúdos pelos usuários?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

117. As atividades de Gestão do Conhecimento (tais como coleta de conhecimento,

recuperação, etc.) foram integradas aos fluxos de trabalho ou processos da organização.

1. Sim

2. Não

Page 149: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

148

3. Não sei

118. Em que medida os sistemas de Gestão do Conhecimento estão integrados no fluxo de

trabalho da organização com vistas a criar novos conhecimentos?

1. Muito integrados

2. Integrados

3. Pouco integrados

4. Muito pouco Integrados

5. Não integrados

119. Quais mudanças no ambiente de TI foram observadas na organização após a

implantação de um programa formal de Gestão do Conhecimento ou de atividades informais de

gestão do conhecimento?

1. As análises de requerimentos para desenho de sistemas passaram a levar em

consideração processos de conhecimento

2. Ferramentas de colaboração foram integradas a sistemas críticos - Sistema para

gerenciamento de recursos institucionais(ERP) para seus processos de trabalho

(Ex.:Sistemas de Recursos Humanos, Sistemas de Gerência de Projetos, de Gestão de

Documentos, etc.)

3. Os conselhos/comitês de TI têm como membro uma pessoa vinculada à Gestão do

Conhecimento (Representante formal do Programa de GESTÃO DO

CONHECIMENTO ou líder informal de atividades de GESTÃO DO

CONHECIMENTO)

4. Uma intranet foi criada como um resultado direto do Programa ou de atividades de

GESTÃO DO CONHECIMENTO

5. Os sistemas de TI agora capturam o conhecimento dos servidores (docentes e

técnicos) por meio de aplicações de processos organizacionais (workflow)

6. Os Sistemas de Treinamento e Aprendizagem estão integrados aos Sistemas de

Gestão do Conhecimento

7. As Comunidades de Prática possuem infraestrutura de TI para apoiar a comunicação

e as trocas de conhecimento

8. Aumentou o uso de videoconferências e outras ferramentas de comunicação entre

pessoas

9. Nenhuma das anteriores

10. Não sei

120. Onde as informações sobre processos organizacionais são definidos?

1. Em um único documento

2. Em vários documentos espalhados pela organização (isto é, em cada unidade)

3. Em vários documentos, todos encontrados em um local central.

4. Em uma única localização na intranet da organização

5. Em vários locais espalhadas pela intranet da empresa

6. Nas cabeças dos responsáveis pelos processos

7. Nas cabeças de vários servidores que realizam as tarefas

Os Incentivos e Motivadores para a GESTÃO DO CONHECIMENTO

121. Como você caracteriza as políticas da organização visando atividades de conhecimento?

1. Elas criam incentivos para estas atividades

Page 150: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

149

2. Elas criam desestímulos para estas atividades

3. Elas são neutras

122. Quais dos incentivos abaixo a organização utiliza para promover um excelente trabalho

de compartilhamento de conhecimento entre os servidores?

1. Bônus

2. Aumentos de salário

3. Promoções

4. Recompensas e Prêmios

5. Tipo empregado do mês

6. Publicação ou disseminação pela Instituição de informações ou ideias dos servidores

7. Nenhum

8. Outros. Especificar: __________________________________

123. Por favor, indique o seu grau de concordância com os seguintes itens em relação aos

riscos à inovação e ao comportamento dos servidores de sua organização como um todo.

Concordância

Total - 1 2 3 4

Discordância

Total - 5

Membros da equipe temem ser responsabilizados ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe são resistentes a ceder controle ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe temem ser vistos como

desleais ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe são, em regra, desconfiados ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe são encorajados a dar opiniões ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe são encorajados a dar retorno

(“feedback”) ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe são encorajados a assumir

riscos ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe não compartilham

conhecimento porque eles pensam que terão menos

valor para a organização se compartilharem

❏ ❏ ❏ ❏ ❏

Membros da equipe não têm consciência da

importância de se compartilhar conhecimentos ❏ ❏ ❏ ❏ ❏

124. Quais dos itens abaixo melhor caracterizam o papel que os servidores comuns

desempenham na definição dos processos organizacionais?

1. Eles ajudam nas mudanças dos processos organizacionais de uma forma “ad hoc”

2. Eles participam nas revisões sistemáticas dos processos organizacionais

3. Eles não participam porque os processos organizacionais são definidos de cima para

baixo

125. Os servidores valorizam os conhecimentos implícitos ou explícitos compartilhados por

meio

do Programa de Gestão do Conhecimento ou por iniciativas de Gestão do Conhecimento na

organização?

1. Sim, muito

2. Razoavelmente

3. Não muito

4. Nada

Page 151: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

150

126. Os servidores são incentivados a identificar conhecimentos que possam

beneficiar/melhorar processos operacionais na organização?

1. Sim

2. Um pouco (apenas em algumas áreas da organização)

3. Não

4. Não sei

127. Performance em função de vários fatores. Qual das seguintes respostas melhor

representa os três elementos que mais influenciam a performance dos servidores?

1. Motivação, ambiente organizacional, habilidades

2. Conhecimento, habilidades, competências técnicas

3. Especificação do posto de trabalho (job design), habilidades, objetivos

4. Motivação, Especificação do Posto de trabalho, competências

5. Medo, aversão ao risco, resistência a mudanças

6. Falta de motivação, dificuldade de crescimento no ambiente organizacional, medo.

Page 152: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

151

A.4 - Instrumento de Pesquisa usado nas entrevistas com os gestores

QUESTIONÁRIO DO MÉTODO OKA – ETAPA 3

Caros Gestores,

Enfim, realizamos a terceira e última etapa do Diagnóstico de Gestão do

Conhecimento do Colégio Pedro II.

Agradecemos a parceria e o empenho de todos vocês que contribuíram

nesta avaliação, extensa e detalhada, mas que por outro lado traz os subsídios

necessários para análise e proposição de caminhos para o CPII.

Seu olhar, sua contribuição ímpar, foi fundamental para o sucesso dessa

empreitada.

Assim que concluído, teremos o prazer de compartilhar os resultados com

todos vocês.

Atenciosamente,

Rosete de Andrade

Mestrado UFF/CPII

Ramal: 0058 ou 1032

Page 153: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

152

Os Processos de Gestão do Conhecimento na Organização

128. Qual das seguintes frases melhor descreve o grau em que os processos de conhecimento

são internalizados na sua organização:

1. Os processos organizacionais essenciais tornaram-se líderes na aplicação da gestão

do conhecimento;

2. Princípios de Gestão do Conhecimento são considerados nos incentivos e avaliações

Pessoais;

3. A aplicação dos componentes de Gestão do Conhecimento está disseminada em

grande escala nos produtos e serviços da organização

4. O conhecimento de feedback provido pelos usuários é incorporado nos processos da

organização;

5. Lições aprendidas são introduzidas sistematicamente em novos produtos, serviços,

projetos e outras atividades;

6. Comunidades de Prática são apoiadas pela organização e usadas para fomentar a

criação e o compartilhamento de conhecimentos;

7. A organização possui ferramentas de TI para, sistematicamente, capturar e disseminar

conhecimento;

8. Houve uma clara melhoria no comportamento dos servidores em relação ao

compartilhamento de conhecimentos;

9. Os agentes de Gestão do Conhecimento têm conseguido atuar na organização como

um todo e participam dos encontros estratégicos e dos exercícios de planejamento

organizacionais;

10. Nenhuma das anteriores

Identificação e criação de Conhecimentos

129. Quais tipos de conhecimentos (internos ou externos) são criados na organização?

1. Conhecimentos de processos

2. Conhecimento de procedimentos (derivados dos procedimentos administrativos)

3. Conhecimentos tópicos

4. Conhecimentos práticos (derivado do “know-how” da organização)

5. Melhores práticas

6. Lições aprendidas

7. Conhecimentos sobre usuários

8. Outro tipo. Indicar:

_______________________________________________________

9. Nenhuma das anteriores

130. Quais são as fontes que a organização utiliza para identificar os conhecimentos que ela

deseja coletar?

1. Pesquisa pela internet

2. Pesquisa usando bases de informações (internas e externas)

3. Da experiência de servidores

4. Da experiência de usuários

5. Da experiência de parceiros ou fornecedores

6. Outras. Especificar.

________________________________________________________

7. Nenhuma das anteriores

Page 154: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

153

131. Quais das fontes de informação abaixo são obtidas e usadas nos processos decisórios da

organização?

1. Melhores práticas

2. Comparação (benchmarking) com organizações da área de atuação

3. Feedback de usuários

4. Feedback de servidores

5. Pesquisa e Inteligência competitiva

6. Lições aprendidas

7. Outros. Indicar:

___________________________________________________________

8. Nenhuma das anteriores

132. Quais os tipos de informações externas que a organização acha mais importante para o

monitoramento e identificação de informações relevantes?

1. Informação sobre organizações similares

2. Informação sobre usuários existentes

3. Informação sobre usuários potenciais

4. Informação sobre leis e regulação

5. Informação socioeconômica

6. Outras. Especificar.

_______________________________________________________

7. Nenhuma das anteriores

133. A organização:

Sim Não Não sei

Possui uma unidade de pesquisa e desenvolvimento ativa ❏ ❏ ❏

Cria inovações patenteáveis ativamente ❏ ❏ ❏

Possui algumas patentes ❏ ❏ ❏

134. Quanto tempo você gasta em atividades de pesquisa de conhecimentos (tais como

mineração de dados, análises de dados, etc.) em uma semana normal de trabalho?

1. Não realizo atividades de pesquisa de conhecimento

2. Menos que 20%

3. 20%-40%

4. 41%-60%

5. 61%-80%

6. 81-100%

135. Você tem conhecimento de algum novo projeto ou serviço inovador (inclusive patentes)

que a organização tenha desenvolvido nos últimos dois anos?

1. Sim.

Qual?_______________________________________________________________

2. Não

3. Não sei

136. Você tem conhecimento de novos projetos de pesquisa e desenvolvimento que estão

sendo desenvolvidos na Organização?

1. Sim. Qual?

______________________________________________________________

2. Não

Page 155: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

154

3. Não sei

Captura, Armazenagem e Disseminação do Conhecimento

137. A organização possui políticas ou procedimentos para a coleta ou captura de

documentos ou outros trabalhos produzidos pelos servidores?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

138. A organização possui políticas ou procedimentos que exijam dos servidores que

documentem ou capturem o conhecimento produzido de uma forma que possa ser reutilizado

(tal como documentação, bases de dados eletrônicos)?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

139. Qual dos tipos de conhecimentos e/ou informações abaixo são capturados por sua

organização?

1. Lições aprendidas

2. Documentos sobre projetos e serviços

3. Mensagens eletrônicas formais

4. Listas de especialistas

5. Resultados de grupos de discussões ou discussões eletrônicas

6. Informações sobre usuários

7. Informações sobre suprimentos/insumos

8. Informações sobre sua área de atuação

9. Dados relativos ao desempenho dos servidores

10. Projetos de pesquisa

11. Intercâmbio de vídeo ou áudio

12. Nenhuma das anteriores

13. Outros. Especificar:

______________________________________________________

140. Quais dos seguintes itens refletem as principais formas de armazenamento de

conhecimentos da organização?

1. Intranet

2. Extranet

3. Internet

4. Bases de dados (inclusive sistemas de gerenciamento de documentos, sistema de

gerenciamento de relacionamento com o público alvo, sistema de gerenciamento de

recursos institucionais, Sistemas de Gestão de Projetos, etc.)

5. Arquivos/documentos em uma pasta pública hierarquizada (servidor de arquivos ou

servidor FTP - Protocolo de Transferência de Arquivos)

6. Unidades de disco em rede (Arquivos/documentos armazenados, disponíveis para o

público (servidor de arquivos ou servidor FTP)

7. Arquivos pessoais de funcionários

8. Arquivos de e-mail

9. Nenhuma das anteriores

Page 156: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

155

10. Outros. Especificar:

______________________________________________________

141. Quão fácil é o acesso para você ao conhecimento armazenado?

1. Muito fácil

2. Fácil

3. Pouco Fácil

4. Um pouco difícil

5. Difícil

142. Qual dos itens abaixo ajudou mais na captura de conhecimentos na organização?

1. Pessoas foram designadas especificamente para supervisionar a transformação de

conhecimento existente, ou seja, conhecimento processado / sintetizado a partir de

conhecimento existente.

2. Existem padrões e políticas para cada tipo de transformação

3. Procedimentos operacionais padrões para a organização (ou seja, CMM (Modelo de

Maturidade de Processos) para desenvolvimento de softwares).

4. Nenhuma das anteriores

5. Outros. Especificar:

______________________________________________________

143. Como os servidores da organização agregam valor à informação coletada pela

organização?

1. Adicionando comentários à informação armazenada em bases de dados

2. Classificando a qualidade da informação baseados em critérios definidos

3. Durante avaliações formais da informação feitas por meio de revisões de pares (peer

review)

4. Identificando lições aprendidas em projetos, produtos e serviços

5. Identificando boas práticas durante ou depois de revisões de processos

organizacionais

6. Nenhuma das anteriores

7. Outros. Especifique:

_______________________________________________________

144. A organização possui um diretório de fontes oficiais de seus conhecimentos? Uma fonte

oficial é aquela cujos dados são vistos pela instituição como as versões “corretas” ou oficiais

daquela informação.

1. Sim

2. Um pouco (fontes parciais de informação estão espalhadas pela organização)

3. Não

4. Não sei

145. Como o conhecimento implícito/tácito é disseminado?

1. Apresentações formais

2. Almoços informais

3. Reuniões de unidades organizacionais

4. Conversas informais entre funcionários

5. E-mails

6. Videoconferências

7. Áudio conferências

8. Telefone

Page 157: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

156

9. Revisões de pares (peer review)

10. Fóruns

11. Conferências

12. Programas de mentoring

13. Revisões operacionais de qualidade

14. Revisões de desempenho formal

15. Nenhuma das anteriores

16. Outras. Especificar.

_______________________________________________________

146. Quão efetivos são os sistemas de Gestão do Conhecimento em conectar as pessoas com

os sistemas de informação?

1. Muito efetivo

2. Efetivo

3. Pouco Efetivo

4. Pouquíssimo Efetivo

5. Não efetivo

Compartilhamento de Conhecimentos

147. Qual das seguintes políticas de compartilhamento de conhecimentos existe na

organização?

1. Gerenciamento de documentos

2. Publicação de conteúdo na Web (Internet e Intranet)

3. Tratamento e liberação de informação

4. Políticas relativas à segurança de informação

5. Outras. Indicar:

___________________________________________________________

6. A organização não possui políticas de compartilhamento de Informações

148. Existem restrições ativas sobre compartilhamento de conhecimentos (tais como uma

política de “necessidade de saber” ou a liberação de informação e conhecimentos)?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

149. Quais atividades de compartilhamento de informações são apoiadas pela organização?

1. Estórias e narrativas (Storytelling)

2. Realização de eventos em grupo

3. Almoços informais

4. Grupos de discussão

5. Salas de bate-papo

6. Vídeo ou áudio conferências

7. Feiras de conhecimento

8. Exercícios de simulação

9. Mensagens instantâneas

10. Mensagens eletrônicas (e-mails)

11. Ferramentas e espaços virtuais colaborativos

12. Programas de treinamento

13. Auxílio/aconselhamento por pares/colegas

Page 158: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

157

14. Revisões por pares/colegas

15. Nenhuma das anteriores

16. Outros. Especificar:

______________________________________________________

150. Quais dos seguintes tipos de conhecimentos explícitos a organização compartilha?

1. Melhores práticas e lições aprendidas

2. Documentos e publicações institucionais

3. Informações sobre especialistas

4. Diretório corporativo de pessoas

5. Dados de entrevistas e de brainstorming

6. Vídeos de eventos e de entrevistas

7. Decisões

8. Dados de usuários

9. Dados da área de atuação da Instituição

10. Nenhuma das anteriores

11. Outros. Especificar:

______________________________________________________

151. Como você classifica a efetividade dos produtos e serviços da organização para seus

usuários?

1. Muito efetivo

2. Efetivo

3. Pouco efetivo

4. Pouquíssimo efetivo

5. Não efetivo

152. Quais dos seguintes métodos a organização utiliza para capturar conhecimento tácito?

1. Entrevistas

2. Levantamento de dados por meio de questionários

3. Estórias da organização (Storytelling )

4. Simulação

5. Técnicas de brainstorming

6. Vídeo/áudio conferências

7. Relatórios de missão

8. Revisões de Ações e de Performance

9. Ajuda de pares/colegas

10. Nenhuma das anteriores

11. Outro. Indicar:

___________________________________________________________

O nível de atividades relativas à Gestão de Conhecimento na Organização

153. Alguns princípios e processos de conhecimento (ou seja, atividades que dão apoio ao

ciclo de vida do conhecimento, que inclui a criação, identificação, captura, disseminação e

armazenamento) estão sendo seguidos ou adotados na organização em:

Sim Não Não sei

Produtos e serviços finalísticos (core) ❏ ❏ ❏

Sistemas e serviços de TI ❏ ❏ ❏

Page 159: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

158

Políticas e procedimentos relacionados a RH ❏ ❏ ❏

Políticas de aprendizado e treinamento ❏ ❏ ❏

Programas de Qualidade e Avaliação ❏ ❏ ❏

Pesquisa e Desenvolvimento ❏ ❏ ❏

154. Com que frequência a informação que é coletada/processada pela Organização é

armazenada em seus sistemas (bases de dados, intranet, etc)?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

6. A organização não coleta, processa e armazena dados em seus Sistemas

155. Quão frequentemente os servidores procuram conhecimento de outras fontes na

Organização (ao invés dos sistemas)?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

156. Com que frequência os servidores fornecem conhecimentos para outras pessoas que

buscam seu conhecimento?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco Frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

157. Com que efetividade a organização captura ativamente informação externa que auxilia

na solução de seus problemas de negócios? (Como problemas de negócios pode-se considerar

questões como más práticas, performance em declínio, questões de recursos humanos e outros

desafios estratégicos e operacionais enfrentados pela organização).

1. Com muita efetividade

2. Com efetividade

3. Com pouca efetividade

4. Com muito pouca efetividade

5. Sem efetividade

158. Com que efetividade você acredita que as unidades da organização geralmente

diagnosticam problemas internos (inclusive operacionais ou organizacionais)?

1. Com muita efetividade

2. Com efetividade

3. Com razoável efetividade

4. Com pouca efetividade

5. Sem efetividade

159. Quanto tempo você gasta procurando informações ou conhecimentos existentes em um

dia normal de trabalho?

Page 160: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

159

1. Eu não gasto tempo procurando informações

2. Menos que 30 minutos por dia

3. Entre 31 minutos e menos que 1 hora

4. Entre 1 hora e menos que 2 horas

5. Entre 2 horas e menos que 4 horas

6. Entre 4 horas e menos que 5 horas

7. Mais que cinco horas por dia

160. Você sabe onde procurar “novas” informações disponíveis em sua organização?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

161. Com que frequência você busca informações específicas de uma unidade/departamento

que você acredita que deveria tê-las mas que não possui a informação?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

162. Com que facilidade os servidores identificam quais as fontes ou repositórios de

conhecimento são os mais adequados para uma necessidade específica?

1. Muito fácil

2. Fácil

3. Pouco fácil

4. Pouquíssimo fácil

5. Difícil

163. Qual a facilidade em identificar quem sabe determinados assuntos na organização?

1. Muito fácil

2. Fácil

3. Pouco fácil

4. Pouquíssimo fácil

5. Difícil

164. Com que frequência você sente que deve buscar a informação por conta própria?

1. Muito frequentemente

2. Frequentemente

3. Pouco frequentemente

4. Pouquíssimo frequentemente

5. Raramente

As Medidas usadas pela Organização

165. A organização possui um programa sistemático para rastrear medidas ou métricas

relativas a operações de Gestão do Conhecimento da organização?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

166. Quais tipos de métricas operacionais ou ferramentas de medição a organização usa para

determinar o valor do conhecimento organizacional?

Page 161: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

160

1. Balanced Scorecard

2. Retorno de Investimentos - ROI

3. Custo da qualidade

4. Pesquisa de satisfação dos usuários

5. Pesquisas de Satisfação dos servidores

6. Um processo sistemático de avaliação de pessoal

7. Programa de Qualidade Total

8. Processos/funções relativos à auditoria

9. Processos/funções de avaliação operacional

10. Modelo de Maturidade de Processos (CMM)

11. Índice de Capital Humano

12. Revisões de manutenção (de qualquer tipo)

13. A organização não tem/ ou não usa métricas de medição do Conhecimento

14. Outros. Indicar:

_________________________________________________________

15. Nenhuma das anteriores

167. Quais das medidas abaixo a organização utiliza para medir seu Programa de Gestão do

Conhecimento?

1. Balanced Scorecard

2. Retorno de Investimento (ROI)

3. Custo da qualidade

4. Pesquisa de satisfação com usuários

4. Pesquisas de satisfação com servidores

5. Um processo sistemático de avaliação de pessoal

6. Processos/funções relativos a auditoria

7. Processos/funções de avaliação operacional

8. Índice de Capital Humano

9. Nenhuma das anteriores

10. Outros. Especificar.

______________________________________________________

168. A alta gerência utiliza indicadores financeiros para justificar estratégias ou mudanças

de gestão do conhecimento na organização?

Sim

Não

Não sei

169. Na sua opinião, a alta gerência utiliza medidas operacionais identificadas acima para

justificar as estratégias de compartilhamento de conhecimentos ou mudanças na organização?

1. Sim

2. Não

3. Em certa medida ou somente em algumas áreas

4. Não sei

170. Na sua opinião, a organização efetivamente dá importância a informações e

conhecimentos externos para fazer previsões?

1. Sim

2. Não

Page 162: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

161

3. Não sei

171. Quais das seguintes atividades têm ajudado a melhorar a resposta da organização às

mudanças das demandas externas, no ambiente organizacional ou outros desafios?

1. Melhores práticas compartilhadas ou usadas

2. Busca por informações em fontes não usuais (non-mainstream)

3. Aprendizado com outros

4. Processos de aprendizagem pela reposição sistemática de resultados e de processos

com desempenho abaixo do desejado

5. Nenhuma das anteriores

6. Outros. Indicar:

___________________________________________________________

172. Foi realizado estudo para verificar a efetividade de algum dos seguintes itens?

Sim Não Não sei Não se aplica

Programa global de Gestão do Conhecimento ❏ ❏ ❏ ❏

Atividades de compartilhamento de conhecimento nos

processos organizacionais ❏ ❏ ❏ ❏

Qualidade do conhecimento compartilhado na organização ❏ ❏ ❏ ❏

Padrões de comunicação da organização ❏ ❏ ❏ ❏

Incorporação de “feedback” dos usuários ❏ ❏ ❏ ❏

Programa de aprendizagem ❏ ❏ ❏ ❏

Outros investimentos relativos ao conhecimento feitos pela

organização ❏ ❏ ❏ ❏

173. A organização faz uso das respostas (feedback) de seus parceiros para algum dos itens

abaixo?

1. Desenvolver novos projetos

2. Desenvolver novos serviços

3. Criar estratégia de marketing

4. Influenciar o desenho de processos organizacionais.

5. Criar uma estratégia de comunicação com os usuários

6. Outro. Especificar:

________________________________________________________

7. Nenhuma das anteriores

174. Quais áreas se beneficiaram mais do Programa de Gestão do Conhecimento ou de

atividades de compartilhamento de conhecimentos?

1. Desenvolvimento de novos projetos

2. Desenvolvimento de novos serviços

3. Criação de estratégia de marketing

4. Desenho de processos organizacionais

5. Criação de uma estratégia de comunicação com os usuários

6. Nenhuma das anteriores

7. Outro. Especificar:

________________________________________________________

175. Como a organização monitora a performance de seus parceiros?

Page 163: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

162

1. Contato face a face

2. Contato telefônico

3. Monitoramento através de novas narrativas

4. Discussões com outros usuários

5. Nenhuma das anteriores

6. Outros. Especificar:

_______________________________________________________

176. A organização possui meios ou mecanismos para identificar críticas ou comentários

externos sobre a organização e seus produtos/serviços?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

177. A organização possui um processo padrão de medição do desempenho dos servidores?

1. Sim

2. Não

178. A organização inclui o desempenho da dimensão relacionada a Gestão do Conhecimento

em sua avaliação dos servidores ?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

Os resultados da Gestão do Conhecimento na Organização

179. Qual o grau de sucesso você avalia que as iniciativas de Gestão do Conhecimento da

organização têm alcançado baseado em resultados observáveis dessas iniciativas?

1. Muito bem sucedidas

2. Bem sucedidas

3. Razoavelmente sucedidas

4. Mal sucedidas

5. Muito mal sucedidas

180. Quais dos tipos de conhecimento abaixo foram aprimorados pelo Programa de Gestão

do Conhecimento na organização?

1. Sobre público alvo

2. Sobre estado financeiro da organização

3. Sobre o estado das operações organizacionais

4. Sobre outras Organizações Educacionais da Região

5. Sobre a área de atuação da organização

6. Sobre mudanças governamentais /regulatórias

7. Sobre os fornecedores

8. Outros tipos de informações. Especificar:

_____________________________________

9. Nenhuma das anteriores

181. Quais aspectos da organização foram promovidos significativamente por atividades

relativas a conhecimento (ex.: compartilhamento de conhecimentos e operacionalização do

conhecimento)?

Page 164: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

163

1. Satisfação e lealdade dos usuários

2. Processos operacionais organizacionais

3. Produtividade organizacional

4. Habilidade para modificar estratégias ou enfoques de resolução de problemas

5. Políticas e procedimentos organizacionais

6. Nenhuma das anteriores

7. Outros. Especifique:

_______________________________________________________

182. Você conhece algum processo organizacional que tenha melhorado significativamente

como resultado do Programa de Gestão do Conhecimento da organização?

1. Sim.

Qual?_______________________________________________________________

2. Não

3. Não sei

183. O Programa de Gestão do Conhecimento ou as atividades informais de Gestão do

Conhecimento ajudam os Servidores a economizarem tempo em seu trabalho?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

184. O Programa de Gestão do Conhecimento aumenta o valor das oportunidades de

desenvolvimento profissional para os servidores?

1. Sim

2. Não

3. Não sei

185. Os seguintes grupos estão cientes das lacunas de conhecimento que devem ser

preenchidas para que a organização atinja seus objetivos:

Sim Não Não sei

Gerência média (Diretor Pedagógico, Diretor

Administrativo e Diretor de Área) ❏ ❏ ❏

Alta gerência (Reitor, Pró-Reitores e Diretores Gerais) ❏ ❏ ❏

186. Quais tipos de conteúdos você se vê buscando repetidamente?

1. Informação estratégica

2. Políticas e procedimentos

3. Informação setorial

4. Dados estatísticos

5. Inteligência de negócios (processo de coleta, organização, análise, compartilhamento

e monitoramento de informações que oferecem suporte à gestão) e/ou dados de

indicadores.

6. Pesquisa e desenvolvimento ou outros trabalhos analíticos

7. Conteúdos sobre público alvo

8. Documentos relativos aos processos organizacionais

9. Informação e estatísticas nacionais

10. Pareceres dados ao público alvo

11. Experiências organizacionais anteriores com público alvo

Page 165: UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE … Rosete de... · Neste contexto, o objetivo de institucionalizar a GC na Administração pública e em particular nas Instituições Federais

164

12. Informações do tipo avaliação

13. Nenhuma das anteriores

14. Outras

Especificar: _______________________________________________________

Questionário finalizado, obrigada!