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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (FEAU) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP) CARLOS EDUARDO MOREIRA APLICAÇÃO DO LEAN MANUFACTURING EM EMPRESA METALÚRGICA FABRICANTE DE COMPONENTES METÁLICOS PARA O RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL ORIENTADOR: PROF. DR. FERNANDO CELSO DE CAMPOS SANTA BÁRBARA D’OESTE JULHO DE 2013

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (FEAU)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP)

CARLOS EDUARDO MOREIRA

APLICAÇÃO DO LEAN MANUFACTURING EM EMPRESA

METALÚRGICA FABRICANTE DE COMPONENTES METÁLICOS PARA

O RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

ORIENTADOR: PROF. DR. FERNANDO CELSO DE CAMPOS

SANTA BÁRBARA D’OESTE

JULHO DE 2013

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UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA

Faculdade de Engenharia, Arquitetura e Urbanismo (FEAU)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP)

CARLOS EDUARDO MOREIRA

APLICAÇÃO DO LEAN MANUFACTURING EM EMPRESA

METALÚRGICA FABRICANTE DE COMPONENTES METÁLICOS PARA

O RAMO DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Dissertação apresentada à

Universidade Metodista de

Piracicaba (UNIMEP), como parte

dos requisitos para obtenção do

título de Mestre em Engenharia de

Produção.

SANTA BÁRBARA D’OESTE

JULHO DE 2013

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“Em DEUS confio, quanto aos outros

tragam-me dados”.

Renè Descartes

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço ao meu DEUS pai todo poderoso que me deu a devida

tranquilidade no corpo, alma e mente, para poder finalizar este presente trabalho.

Agradeço em especial ao Prof. Dr. Fernando Celso de Campos pela paciência e

dedicação para me auxiliar em muitas horas de orientação para poder tornar realidade a

presente dissertação de mestrado.

Ao Prof. Dr. Antonio Freitas Rentes e ao Prof. Dr. André Luis Helleno, pelas

precisas contribuições de ordem técnica e teórica no exame de qualificação que foram

de suma importância para a conclusão deste trabalho.

À minha mãe Maria de Lurdes, que foi minha principal incentivadora para

prosseguir neste ramo da indústria desde a época dos meus cursos no SENAI até a

minha primeira graduação, sempre me orientando, incentivando e motivando que eu iria

conseguir.

Ao meu pai Aparecido, que da sua forma sempre conseguiu expressar que no

final tudo iria dar certo.

Ao meu filho Gustavo, meu alicerce para suportar todas as pressões do dia a dia,

e aproveitar para me desculpar por quantos dias que não consegui dar a devida

atenção para as brincadeiras do cotidiano, pois estava dividindo o meu espaço entre as

atividades na empresa e a dedicação para este trabalho.

À minha esposa Luciana, meu grande amor que sempre me incentivou a estudar

e que sempre segurou a barra para que eu tivesse a disponibilidade para concluir este

projeto.

Ao meu grande Amigo Eng. José Eduardo Nucci, qual me deu as principais

oportunidades em minha carreira na indústria e me auxiliou no inicio da minha carreira

acadêmica, podendo transformar este presente trabalho em realidade.

Aos meus amigos que de forma direta e indireta puderam contribuir com meus

estudos entre alguns momentos de trocas de experiências e lazer.

Ao apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –

CAPES – Brasil, pela bolsa de estudos a mim concedida.

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... IV

LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... VI

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ....................................................................... VII

RESUMO........................................................................................................................ IX

ABSTRACT ..................................................................................................................... X

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1

1.1 Justificativa e Relevância ....................................................................................... 2

1.2 Questão de Pesquisa ............................................................................................. 4

1.3 Objetivos ................................................................................................................ 5

1.4 Método e Etapas da Pesquisa ............................................................................... 5

1.5 Estrutura do Trabalho .......................................................................................... 13

2. PRODUÇÃO ENXUTA E COMPONENTES METÁLICOS NA CONSTRUÇÃO

CIVIL ............................................................................................................................. 14

2.1 Sistema de Produção Enxuta ............................................................................... 15

2.2 Princípios da Produção Enxuta ............................................................................ 19

2.3 Ciclos PDCA e SDCA .......................................................................................... 20

2.4 Maturidade Lean – Norma SAE J4000 e J4001 ................................................... 22

2.5 Levantamento dos Indicadores Atuais ................................................................. 26

2.6 Curva ABC ........................................................................................................... 26

2.7 Amplificação de Demanda ................................................................................... 28

2.8 Ambientes de Produção ....................................................................................... 29

2.9 Família de Produtos ............................................................................................. 35

2.10 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual e seus Componentes ............................. 36

2.10.1 Atividades AV e NAV ................................................................................... 39

2.10.2 Takt Time ...................................................................................................... 41

2.10.3 PCE (Eficiência do Ciclo do Processo) ......................................................... 41

2.10.4 Desperdícios do Sistema de Produção Enxuta ............................................. 43

2.10.5 Matriz de Priorização .................................................................................... 44

2.10.6 Layout ........................................................................................................... 45

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2.11 Mapeamento do Fluxo de Valor Futuro e seus Componentes ............................ 47

2.12 Mapas A3 ............................................................................................................ 49

2.13 Ferramentas Enxutas ......................................................................................... 52

2.14 Indicadores de Eficiência, Disponibilidade e Qualidade ..................................... 68

2.15 Aplicações de Componentes Metálicos na Construção Civil .............................. 69

3. ROTEIRO PROPOSTO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO

ENXUTA ........................................................................................................................ 75

3.1 Diagnóstico e Maturidade Lean – Norma SAE J4000 e J4001 (Diagnóstico) ....... 83

3.2 Identificação e Levantamento dos Indicadores da Fábrica ................................... 87

3.3 Definição da Curva ABC ....................................................................................... 87

3.4 Estudo das Amplificações de Demanda ................................................................ 88

3.5 Avaliação dos Ambientes de Produção ................................................................. 89

3.6 Identificação e Definições de Famílias de Produtos .............................................. 89

3.7 MFV Atual ............................................................................................................. 90

3.8 MFV Futuro ........................................................................................................... 93

3.9 Estruturação dos Mapas A3 .................................................................................. 94

3.10 Aplicação das Ferramentas Enxutas ................................................................... 95

3.11 Definição dos Indicadores ................................................................................. 101

3.12 Reavaliações da Maturidade Lean (Após Implantação) .................................... 104

4. ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 106

4.1 Apresentação da Empresa e Relevância do Setor ............................................. 106

4.2 Estrutura de Replicação – Etapa Inicial ............................................................. 107

4.3 Estrutura de Replicação – Etapa de Aplicação do Roteiro Proposto ................. 108

4.3.1 Aplicação e Análise da Maturidade Lean .................................................... 108

4.3.2 Análise dos Indicadores Atuais ................................................................... 109

4.3.3 Implantações da Curva ABC ....................................................................... 110

4.3.4 Análise da Amplificação de Demanda ......................................................... 111

4.3.5 Estruturações dos Ambientes de Produção ................................................ 113

4.3.6 Definição das Famílias de Produtos ............................................................ 113

4.3.7 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual da Empresa Estudada ..................... 115

4.3.8 Mapeamento do Fluxo de Valor Futuro da Empresa Estudada .................. 119

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4.3.9 Aplicações dos Mapas A3 ........................................................................... 123

4.3.10 Implantações das Ferramentas Enxutas na Empresa Estudada ................ 124

4.3.11 Análise dos Indicadores após Implantação do Sistema de Produção ........ 134

4.3.12 Análise da Maturidade Lean após Implantação ......................................... 135

4.4 Estrutura de Replicação – Etapa de Melhorias e Novos Projetos ...................... 136

5. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 138

5.1 Abrangência do Método Proposto ...................................................................... 138

5.2 Análise dos Resultados ...................................................................................... 139

5.3 Propostas para Trabalhos Futuros ..................................................................... 141

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 142

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LISTA DE FIGURAS Figura 1: Etapas de Pesquisa ......................................................................................... 8

Figura 2: Condução do Estudo de Caso ......................................................................... 9

Figura 3: Casa do Sistema Toyota de Produção ........................................................... 16

Figura 4: As Quatro Categorias do STP ........................................................................ 20

Figura 5: Amplificação de Demanda ............................................................................. 28

Figura 6: Estratégias de Resposta à Demanda dos Sistemas de Produção ................. 34

Figura 7: Matriz de Produtos por Famílias..................................................................... 36

Figura 8: Etapas para Implantação do Mapeamento do Fluxo de Valor ........................ 37

Figura 9: Diagrama Agrega Valor e Não Agrega Valor ................................................. 40

Figura 10: Definição de Similaridade e Semelhança de Produtos e Processos ............ 53

Figura 11: Matriz de Incidência ..................................................................................... 53

Figura 12: Diagrama “Espaguete” para Fluxo de Produtos ........................................... 54

Figura 13: Classificação dos Equipamentos conforme os Fatores de Avaliação .......... 61

Figura 14: Classificação ABC dos Equipamentos ......................................................... 62

Figura 15: Métodos de Dispositivo Poka Yoke .............................................................. 65

Figura 16: Carta de Controle para Variáveis ................................................................. 68

Figura 17: Estrutura de Componentes Metálicos (Parede) ........................................... 72

Figura 18: Estrutura de Componentes Metálicos (Forros) ............................................. 73

Figura 19: Estrutura de Componentes Metálicos (Revestimentos) ............................... 73

Figura 20: Roteiro Sequencial para Implantação do Sistema de Produção Enxuta ...... 78

Figura 21: Estrutura de Replicação ............................................................................... 79

Figura 22: Amplificação de Demanda (Positiva e Negativa) ......................................... 88

Figura 23: Ilustração Estratégica do MFV Atual ............................................................ 92

Figura 24: Relação entre Matriz de Priorização e Mapa A3 .......................................... 95

Figura 25: Planilhas de Cálculos de OEE ................................................................... 103

Figura 26: Exemplos de Produtos Fabricados pela Empresa ..................................... 106

Figura 27: Maturidade Lean da Empresa Estudada (Inicial) ....................................... 109

Figura 28: Curva ABC ................................................................................................. 111

Figura 29: Análise da Amplificação de Demanda Global e Curva A ............................ 112

Figura 30: Definição da Família de Produtos .............................................................. 114

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Figura 31: Mapeamento do Fluxo de Valor Atual ........................................................ 116

Figura 32: Layout Esquemático Atual .......................................................................... 117

Figura 33: Matriz da Priorização de Desperdícios (Antes) .......................................... 118

Figura 34: Mapeamento do Fluxo de Valor Futuro ...................................................... 122

Figura 35: Matriz de Priorização de Desperdícios (Depois) ....................................... 120

Figura 36: Layout Esquemático Futuro ...................................................................... 121

Figura 37: Resumo dos Cenários para Aplicação do SMED ....................................... 125

Figura 38: Kanban de Retirada ................................................................................... 127

Figura 39: Kanban de Produção .................................................................................. 128

Figura 40: Kanban Triângulo ....................................................................................... 128

Figura 41: Exemplos de Organização Realizada na Etapa do 5S ............................... 129

Figura 42: Análise da Capabilidade (Máquinas 01, 02 e 03) ....................................... 131

Figura 43: Diagrama de Causa e Efeito da Dimensão de 46,5 ±0,5 ........................... 133

Figura 44: Comparativa dos Indicadores (Antes e Depois) ......................................... 135

Figura 45: Maturidade Lean da Empresa Estudada (Após Implantação) .................... 136

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LISTA DE TABELAS Tabela 1: Lista de Artigos sobre Produção Enxuta – Abordagem e Aspectos Relevantes

....................................................................................................................................... 17

Tabela 2: Os 14 Princípios do STP ................................................................................ 19

Tabela 3: Tabela Elemento e Componente da Norma SAE J4000 ................................ 24

Tabela 4: Atributos Possíveis das Variáveis do Sistema ............................................... 32

Tabela 5: As Variáveis e a Escolha de um Sistema de PCP ......................................... 33

Tabela 6: Comparativo entre PCE Típicos e de Classe Mundial ................................... 42

Tabela 7: Parâmetros para Matriz GUT ......................................................................... 44

Tabela 8: Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ........................... 46

Tabela 9: Relação entre os Desperdícios e as Ferramentas ......................................... 49

Tabela 10: Exemplos Aplicativos de Utilização dos Dispositivos Poka Yoke ................ 66

Tabela 11: Fases dos Elementos e Componentes Atribuídos a Níveis de Satisfação ... 84

Tabela 12: Questões em cada Elemento da Norma SAE J4000 ................................... 85

Tabela 13: Matriz de Priorização GUT ........................................................................... 91

Tabela 14: Tabela de Combinação do Trabalho Padronizado ....................................... 97

Tabela 15: Indicadores e Informações Atuais .............................................................. 110

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

JIT – Just in time

TQM – Total quality management

TPM – Total Productive Maintenance

GHR – Gestão de recursos humanos

MTS – Make to stock

MTO – Make to order

TRF – Troca rápida de ferramenta

5S – Cinco sensos

WIP – Work in process

PA – Produto acabado

OEE – Overall efectiveness equipment

TPS – Toyota production system

PDCA – Plan, Do, Check e Action

SDCA – Standart, Do, Check e Action

MIT – Massachusetts institute of technology

QRTS – Quick response to stock

ATO – Assembly to order

RTO – Resources to order

ETO – Engineering to order

PTO – Packing to order

MFV – Mapeameto do fluxo de valor

MTBF – Mean time between failure

MTTR – Mean time to repair

AV – Agrega valor

NAV – Não agrega valor

AVT – Tempo agregação de valor

PCE – Process cycle efficiency

VSM – Value stream mapping

GUT – Gravidade, urgência e tendência

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SMED – Single minute exchange of die

CP – Índice de capabilidade

CPK – Índice de capabilidade de centralização

CPU – Índice superior de capabilidade

CPL – Índice inferior de capabilidade

MP – Matéria prima

MASP – Método de análise e solução de problema

CEP – Controle estatístico do processo

PCP – Planejamento e controle da produção

5W 1H – Who, What, Where, When, Why e How.

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RESUMO

O sistema de produção enxuta tem sido amplamente aplicado por meio de

diversos projetos em muitas empresas da cadeia automobilística, que trabalham

com variedades de produtos em um sistema puxado e nivelado. No entanto, o presente

estudo será aplicado a uma empresa metalúrgica com ambiente de produção que

apresenta demanda variável e layout por produto e por processo, e não faz parte da

cadeia automobilística. Serão estudados o sistema de produção enxuta, os princípios e

desperdícios da produção enxuta, práticas e ferramentas enxutas, sistemas de

produção e suas demandas, layout e família de produtos, mapeamento do fluxo de valor

e avaliação das demandas e estoque com auxilio da curva ABC. O objetivo é propor um

roteiro para implantar o sistema de produção enxuta focado na fabricação de

componentes metálicos para o ramo da construção civil, visando a melhoria da

produtividade e de entrega dos produtos no tempo correto. O método de pesquisa

utilizado partiu de uma revisão bibliográfica exploratória para o levantamento dos

principais conceitos de produção enxuta de modo a propiciar o embasamento

necessário para a sistematização de um roteiro para implantação do sistema de

produção enxuta. Para verificação da aplicabilidade do roteiro proposto foi realizado um

estudo de caso com o método de implantação analisando-se todas as fases de

execução dos planos e projetos bem como o levantamento dos principais indicadores

de desempenho dessas ações. Este estudo de caso foi desenvolvido em uma empresa

metalúrgica especialista em fabricação de componentes metálicos para o ramo de

construção civil.

Palavras chave: Produção Enxuta, Lean Manufacturing, Lean Production, Ferramentas

Enxutas, Metalúrgicas, Construção Civil, Dry Wall.

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ABSTRACT

The lean production system has been widely applied by several projects in many

companies of the automotive chain, working varieties of products in a pull system and

level. However, this study will be applied to a steel company with production

environment that features variable demand and layout by product and process, and not

part of the automotive chain. We will study the lean production system, the principles of

lean production and waste, lean practices and tools, production systems and their

demands, layout and product family, value stream mapping and evaluation of the

demands and inventory with the aid of the curve ABC . The goal is to propose a

roadmap for deploying lean production system focused on the manufacture of metal

components for the building industry in order to improve productivity and deliver

products at the right time. The research method used was based on a literature review

for the exploratory survey of the main concepts of lean production in order to provide the

necessary basis for the systematization of a roadmap for implementation of lean

production system. To check the applicability of the proposed roadmap was conducted a

case study of the deployment method by analyzing all stages of implementation of plans

and projects as well as the survey of key performance indicators such shares. This case

study was developed in a metallurgic company specializes in manufacturing metal

components for the construction industry.

Keywords: Lean Manufacturing, Lean Manufacturing, Lean Production, Lean Tools,

Metallurgical, Civil Construction, Dry Wall.

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1. INTRODUÇÃO

Atualmente empresas metalúrgicas vêm sofrendo enorme pressão de seus

clientes por redução de preços, por entrega rápida e alto desempenho quantitativo e

qualitativo.

Segundo Slack et al. (2009) qualquer departamento de produção que precisa

entender sua contribuição estratégica, deve ter em mente duas questões: qual seu

papel e quais seus objetivos de desempenho específicos dentro da empresa.

Por este motivo as empresas precisam se adaptar às solicitações do mercado,

para manter-se viva na cadeia produtiva por forte pressão da entrega do produto com

excelente qualidade e no tempo correto, conforme especificações do cliente quanto à

qualidade e prazo de entrega. Com toda esta exigência dos clientes objetivando um

baixo preço, produtos com qualidade e entregas no prazo correto, as empresas buscam

meios para atender a todos os fatores solicitados e ainda assim gerar lucro.

Adotando os cinco objetivos de Slack et al. (2009), é destacado o plano de fundo

do processo decisório para o setor de produção que está voltado em proporcionar uma

vantagem de qualidade para os clientes de sua empresa, proporcionar rapidez na

produção minimizando o tempo produtivo, aumentando assim uma vantagem de

velocidade. Produzir no tempo correto, em que fazendo isto estará proporcionando a

vantagem de confiabilidade, estar preparado para mudar o que faz, isto é, estar em

condições de mudar ou adaptar as atividades de produção para enfrentar circunstâncias

inesperadas ou para dar aos consumidores um tratamento individual, tendo a vantagem

de flexibilidade e por fim fazer as coisas o mais barato possível, produzir bens a custos

que possibilitem fixar preços apropriados ao mercado, proporcionando vantagem de

custo aos clientes.

Gaither e Fraizer (2002) afirmam que para competir em um ambiente de

produção enxuta deve-se avaliar o processo de transformação do produto do pedido à

entrega, em que o tempo transcorrido entre o momento em que um cliente faz um

pedido até que ele receba deve ser reduzido.

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Portanto, uma das formas para evitar prejuízos e gerar lucros é a aplicação do

sistema de produção enxuta, muito utilizada por montadoras e seus fornecedores

adotando a filosofia puxada.

Segundo Womack e Jones (1996) e Shingo (1996) relatam que qualquer

empresa que almeja melhoria em seu processo produtivo necessita ir à direção da

eliminação dos desperdícios, o que para um sistema de produção são: superprodução,

espera, transporte, produção desnecessária, estoques de trabalho em processo,

movimento e esforço e produtos defeituosos.

Posto isto, é relevante analisar as melhorias projetadas com a implantação de

um sistema de produção enxuta em uma empresa visando aumento da produtividade e

desempenho nas entregas, comparando resultados atuais com os resultados após a

aplicação do sistema de produção enxuta, relacionando as principais ferramentas

enxutas que foram aplicadas ao processo produtivo para resolver cada desperdício

apresentado durante um processo de fabricação.

1.1 Justificativa e Relevância

Levando em consideração que as decisões do dia-a-dia dos gerentes de

produção são de importância estratégica e a sobrevivência em longo prazo dos

negócios na competição global depende da capacidade que as empresas têm de se

superar para entregar produtos da mais alta qualidade, realizando entregas rápidas e

no tempo certo, com a meta global de clientes satisfeitos (GAITHER E FRAIZER, 2002).

Observa-se que nos últimos anos, existem diversos meios alternativos em

relação à organização da forma de trabalho, especialmente os meios produtivos, que

uma vez analisados certamente foram condicionados por fatores culturais, econômicos,

sociais e de ordem organizacional. Nos dias atuais o processo de globalização tem

interferido diretamente junto às definições da forma de trabalho, já que o resultado

deste processo é a expansão de novos mercados para entrada de novos concorrentes.

Neste sentido, novos conceitos e novas práticas surgem em formatos de

modelos que buscam essencialmente a melhoria continua dos processos, e isso se faz

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para atender clientes cada vez mais exigentes em termos de qualidade, preço e

serviços.

Visualizando a linha de evolução, observa-se que a metodologia enxuta usada

em um sistema de manufatura, do qual é uma abordagem estruturada e sistêmica com

o objetivo de garantir que os processos organizacionais satisfaçam às necessidades e

expectativas dos clientes continuamente em longo prazo, é um caminho

fundamentalmente importante para o nível de competitividade da empresa.

Discutir e refletir sobre as ferramentas enxutas tem sido um grande desafio em

que se encontra uma grande quantidade e variedade de publicações que legitimam o

grau de importância deste tema, tanto no meio acadêmico (produções científicas) como

no meio empresarial (experiências práticas de melhorias contínuas).

Existem várias ferramentas e meios para eliminação de desperdício no sistema

produtivo em que se destacam as seguintes práticas básicas: projetar para facilitar o

processamento, enfatizar o foco na operação, utilizar máquinas simples e pequenas,

elaborar arranjo físico para fluxo suave, adotar manutenção produtiva total, reduzir os

tempos de setup e assegurar visibilidade (SLACK et al., 2009).

Dessa forma, visando o aumento do nível de discussão sobre os modelos de

produção que utilizam o sistema de manufatura enxuta, os quais têm se mostrado

efetivos. É relevante avaliar a sustentabilidade das melhorias de projetos de

implantação a partir de um determinado modelo avaliando-se o cenário atual e o

cenário futuro, comparando-se números e situações de uso das ferramentas enxutas.

Devido ao alto volume de construção civil eminente no Brasil os fornecedores

apresentam diversas dificuldades de produzir uma alta demanda com altas variações na

gama de produtos em um curto período de tempo. Para isto, é importante a implantação

de novas filosofias de trabalho nos fabricantes de produtos voltados a construção civil,

reduzindo o tempo de entrega e aumentando a qualidade dos produtos.

Neste presente trabalho será identificada a aplicação do sistema de produção

enxuta em uma empresa metalúrgica voltada à fabricação de materiais metálicos para o

ramo da construção civil, tendo o intuito da aplicação dessas ferramentas enxutas no

processo de fabricação é auxiliar os controles e melhorar continuamente as atividades

tendo foco na redução de custos com tarefas que são consideradas desperdícios. Esse

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enfoque de análise e estudo das ferramentas enxutas é um modo de buscar o aumento

da produtividade de processos e produtos, levando-se em consideração o desempenho

da qualidade reduzindo-se os índices de refugo e retrabalho e automaticamente

melhorando o desempenho de entrega de produtos aos clientes.

1.2 Questão de Pesquisa

Pelo fato da alta concorrência globalizada que as empresas vêm enfrentando e

pela necessidade de ser competitiva, uma possível saída é focar em qualidade e

produtividade e no desempenho de entrega dos produtos acabados, buscando uma

sensível redução nos desperdícios identificados no sistema produtivo por meio de

implantação de novas tecnologias nos processos.

No entanto, Silva et al. (2011) enfatiza que o desafio de buscar níveis

crescentes de produtividade, qualidade e desempenho de entrega, não implica apenas

na modernização das tecnologias de processo; a forma de alocação das pessoas no

sistema produtivo também precisa ser compatibilizada com essas novas demandas, e o

advento de novas metodologias voltadas à melhoria de processos como o Sistema de

Produção Enxuta, tem motivado substanciais mudanças no sistema físico de produção,

mas para se alcançar os resultados almejados pelas empresas, é de extrema

importância que as pessoas desenvolvam novas competências para trazer novos

conhecimentos, habilidade e atitudes.

Rother e Shook (2003) preconizam que as empresas para conquistarem

melhorias em seus indicadores almejados, devem pensar no fluxo, ao invés de

processos discretos de produção e implantar o sistema enxuto, ao invés de processos

isolados de melhoria. Como também destacam que as melhorias devem ser

sistemáticas e permanentes que eliminariam não só o desperdício, mas também as

fontes de desperdício que nunca deveriam retornar.

Portanto, avaliando os contextos citados acima pelos autores torna-se

necessário á aplicação de técnicas apuradas para manter ambos indicadores

satisfatórios, e a estruturação de ferramentas enxutas nos processos de fabricação

pode ser um caminho de solução interessante, além de melhorar o ambiente de

trabalho podem trazer excelentes resultados para auxiliar na melhoria da qualidade, no

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aumento da produção e na entrega no tempo certo evitando excessiva falta e sobra de

produtos acabados.

Entretanto, a questão da pesquisa que orientará este trabalho:

“Como implantar o Sistema de Produção Enxuta focado na fabricação de

componentes metálicos para o ramo da construção civil?”

1.3 Objetivos

Propor um roteiro para implantar o Sistema de Produção Enxuta em empresas

metalúrgicas focado na fabricação de componentes metálicos para o ramo da

construção civil, visando à melhoria da produtividade e desempenho de entrega

relacionando os ambientes internos de produção da fábrica com as fases de construção

em obras civis, seguindo a relação dos itens que compõem a parede, forro e

revestimento e que utilizam componentes metálicos.

1.4 Método e Etapas da Pesquisa

O método adotado para esta pesquisa envolve: revisão bibliográfica, proposta

de um roteiro básico sequencial para implantação de um sistema de produção enxuta e

estudo de caso em empresa metalúrgica especialista em fabricação de materiais

metálicos para o ramo da construção civil, para verificação da aplicabilidade ou

ilustração do roteiro proposto.

A pesquisa está orientada, pelo que relata Gil (2009) quanto ao plano geral,

como sendo um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método

científico, pois para o conhecimento ser considerado como cientifico é necessário

identificar (e declarar em registros adequados) as operações mentais e técnicas que

vão possibilitar uma futura verificação. Mesmo existindo uma diversidade de

procedimentos de pesquisa, existe um consenso nos processos adotados tais como:

planejamento, coleta de dados, análise e interpretação e redação do relatório.

Para tanto, a partir deste ponto, será feito um detalhamento das etapas que

foram desenvolvidas na execução dessa pesquisa, quanto a uma classificação geral, ao

procedimento técnico adotado e à técnica de coleta de dados aplicada.

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A classificação em relação à abordagem geral, pelo que apresenta Martins

(2010) pode ser classificada como QUALITATIVA; quanto aos objetivos é classificada

como EXPLORATÓRIA, porque proporciona maior familiaridade com o problema,

aprimorando ideias ou a descoberta/confirmação de intuições. Além disso, este tipo de

método tem um planejamento flexível, de modo a considerar os mais variados aspectos

relativos ao fato estudado. O método de pesquisa adotado é classificado, a partir de

Miguel (2007), como sendo estudo de caso.

Quanto ao procedimento técnico geral a contribuição maior é advinda de

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA, a qual Gil (2009) menciona como o elemento mais

importante para a identificação de um delineamento. Noronha e Ferreira (2000) apud

Miguel (2007) descrevem que a pesquisa bibliográfica pode ser classificada segundo:

seu propósito (analítica ou de base), sua abrangência (temporal ou temática), sua

função (histórica ou de atualização), seu tipo de análise desenvolvida (bibliográfica ou

crítica). Neste caso, a presente pesquisa é pelo propósito de tratar de uma aplicação do

Lean Manufacturing em uma empresa metalúrgica, com abrangência em fabricação de

componentes metálicos para a construção civil, com função de atenção a alguns

trabalhos mais relevantes neste tema e com seu tipo de análise bibliográfica com

relação à pesquisa de campo.

Quanto à técnica de coleta de dados, nos moldes descritos por Gil (2011),

utilizou-se: LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO e OBSERVAÇÃO DIRETA. O

levantamento bibliográfico já foi justificado e detalhado anteriormente, quanto à

observação direta participante, consiste na participação real do conhecimento na vida

de uma situação determinada. Neste caso, o observador assume o papel de um

membro do grupo chegando ao conhecimento vigente daquela situação a partir do

próprio problema em estudo.

Portanto, essa pesquisa está fortemente apoiada em uma revisão bibliográfica

sistematizada bem como num estudo de caso com observação direta participante.

A revisão bibliográfica sistematizada focou os aspectos do sistema de produção

enxuta baseado no objeto de pesquisa, descrevendo os históricos e o sistema da

produção enxuta, princípios da produção enxuta, desperdícios do sistema de produção,

ferramentas enxutas relacionadas ao processo e serão analisadas algumas

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experiências em indústrias metalúrgicas para basear o estudo de aplicação em um

sistema enxuto.

Já o estudo de caso foi realizado no processo de produção em uma empresa

metalúrgica fabricante de produtos metálicos que são fornecidos a uma cadeia de

clientes da construção civil, o embasamento da pesquisa foi em uma aplicação do

sistema de produção enxuta analisando o antes e o depois da aplicação do sistema,

formando um roteiro sequencial para melhoria da produtividade e desempenho de

entrega de produtos com relação à fase de construção de uma obra civil levando em

consideração ambiente internos de produção por ordem e por estoque.

Conforme Yin (2001), a principal tendência em todos os tipos de estudo de

caso, é que estes tentam esclarecer o motivo pelo qual uma decisão ou um conjunto de

decisões foram tomados, como foram aplicadas e com quais resultados alcançados.

Trata-se de uma análise aprofundada de um ou mais objetos (casos), para que permita

o seu amplo e detalhado conhecimento (GIL, 2009).

A partir das definições dos objetivos e da questão de pesquisa, o método de

pesquisa deverá atingir os resultados conforme determinado nas etapas da pesquisa

(Figura 1).

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Figura 1: Etapas da Pesquisa (Fonte: Adaptado de Silva, 2008)

A revisão bibliográfica contemplou o período de 2000 a 2013, utilizando-se as

seguintes palavras-chaves para as pesquisas: produção enxuta, lean manufacturing,

lean production, ferramentas enxutas, metalúrgica e construção civil. As bases

pesquisadas foram do portal de periódicos da CAPES, base de artigos em congressos e

revistas correlacionadas à engenharia de produção.

Para realização de uma pesquisa mais aprofundada no assunto foi realizado o

cruzamento de algumas palavras chaves em português e inglês conforme descrito

abaixo, buscando uma maior rastreabilidade sobre o tema:

Produção enxuta + metalúrgica;

Produção enxuta + metalúrgica + construção civil;

Produção enxuta + construção civil;

Baixa

Produtividade

Excesso de

Inventário de MP e

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Desempenho de

Entrega Irregular

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Sistema de

Produção Enxuta

Melhoria de

Produtividade e

Entrega

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Produtiva com Fases

da Contrução Civil

Sistema de

Produção Enxuta

Maturidade Lean

(Norma SAE J4000

e J4001)

Mapeamento do

Fluxo de Valor

Ferramentas

EnxutasIndicadores

Classificação da

Pesquisa

Protocolo de

Estudo de Caso

Descrição do

Roteiro

Definição da

Sequência da

Implantação

Estudo de Caso

Ilustrativo

Consideraçãos acerca do atendimento da

Questão de Pesquisa e Objetivo traçado

a partir do Roteiro proposto

Etapa 01:Identificação inicialdo problema

Etapa 02:Definição do objetivo e questão de pesquisa

Etapa 03:Revisãobibliográfica

Etapa 04:Metodologia cientifica

Etapa 05:Roteiro básico

Etapa 06:Estudo de caso

Etapa 07:Conclusão

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Produção enxuta + construção civil;

Lean production + building.

Para a condução do estudo de caso, seguiu-se o protocolo da condução do

estudo de caso, elaborado por Miguel (2007) no qual se descreve a sequência ideal

para a realização de um estudo de caso na área de engenharia de produção, o qual o

presente trabalho esta embasado, conforme ilustrado pela Figura 2.

Figura 2: Condução do Estudo de Caso (Fonte: Miguel, 2007)

Seguindo-se o protocolo da condução do estudo de caso proposto por Miguel

(2007), a presente pesquisa estará relacionada às fases descritas a seguir:

1) Definir uma estrutura conceitual-teórica

Sistema e princípios da Produção Enxuta;

Ciclo PDCA e SDCA;

Maturidade LEAN – Norma SAE J4000 e J4001;

Levantamento de indicadores atuais;

Curva ABC;

Amplificação de Demanda;

Ambientes de Produção;

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Família de produtos;

Mapeamento do fluxo de valor atual e seus componentes;

Mapeamento do fluxo de valor futuro e seus componentes;

Layout atual;

Mapas A3;

Ferramentas enxutas;

Indicadores;

Nova análise da maturidade LEAN;

Aplicação de componentes metálicos na construção civil.

2) Planejar os casos

Realizar um estudo de caso em uma empresa metalúrgica de médio porte do

ramo metalúrgico especialista na fabricação de materiais metálicos para o

ramo da construção civil;

Realizar levantamento dos indicadores atuais da fábrica e identificar o grau

de maturidade Lean, por meio da Norma SAE J4000 e J4001;

Avaliar a classificação ABC de produtos;

Estudar a amplificação de demanda dos produtos mapeados como classe A;

Realizar a definição de famílias contidas na classe A;

Mapear o fluxo de valor atual, observando as atividades de agregação de

valor, takt time, eficiência do ciclo de processo, identificando os desperdícios;

Estruturar matriz de priorização referente aos desperdícios identificados no

mapa de fluxo de valor atual;

Estudo do layout atual;

Identificar os ambientes de produção;

Mapear o fluxo de valor futuro, observando o takt time e a eficiência do ciclo

do processo;

Criar Mapas A3 sugeridos na identificação dos desperdícios;

Proposta do layout futuro;

Implantação de ferramentas enxutas;

Implantar indicadores de eficiência, disponibilidade e qualidade;

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Estruturar plano de ação;

Realizar levantamento dos indicadores pós-implantação de algumas

melhorias da fábrica para identificar o grau de maturidade Lean neste

momento, por meio da Norma SAE J4000 e J4001;

Se o resultado alcançado for satisfatório, implantar a padronização da

atividade; caso contrário, voltar à etapa de criação do Mapa A3 e seguintes

atividades decorrentes disso.

3) Conduzir o teste piloto

A aplicação do teste piloto do Roteiro proposto será realizada, etapa por

etapa, a partir dos produtos que constituem a classe A, definido por itens que

tenha maior demanda, fluxos mais extensos e causem maiores problemas no

atendimento ao cliente;

A qualidade dos dados desta aplicação piloto será estruturada por meio de

controle de processos monitorados via métodos/indicadores analisados por

uma equipe Lean. Para condução deste teste piloto serão adotadas planilhas

eletrônicas (MS-Excel), software AutoCAD, apresentações (MS-Powerpoint e

MS-Visio);

Revisão da sequência de etapas do Roteiro proposto conforme a

necessidade durante esta aplicação piloto.

4) Coletar os dados

Unidade de análise: a coleta de dados será realizada em uma empresa

metalúrgica fabricante de materiais metálicos para o ramo da construção civil

e serão evidenciados pela aplicação das etapas do Roteiro proposto;

Registro dos dados: a partir da aplicação das ferramentas enxutas e métodos

previstos nas etapas do Roteiro proposto, serão gerados dados e

informações que serão registrados em planilhas eletrônicas, gráficos,

diagramas, entre outros, conforme a necessidade de compreensão e análise

da situação-problema;

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O pesquisador fazia parte da equipe Lean, coordenando os trabalhos de

análise e execução das propostas de melhorias, além de ser o responsável

pelo registro final dos dados e informações.

5) Analisar os dados

Os dados analisados a partir das etapas implantadas do Roteiro proposto

apresentarão resultados sobre produtividade, qualidade e desempenho de

entrega. Esta apresentação será no formato de tabelas, gráficos, diagramas,

entre outros.

6) Gerar relatório

Implicações Pré-Roteiro proposto: detectou-se a necessidade da realização

de uma Etapa Inicial, a saber: definição de um patrocinador do projeto,

definição de um gestor do projeto, definição de uma equipe Lean,

estruturação e execução de um treinamento básico sobre a temática Lean,

envolvendo os principais conceitos e ferramentas enxutas propostas e

utilizadas no Roteiro;

Implicações do Roteiro proposto: levantamento das principais dificuldades e

dimensionamento dos fatores críticos de sucesso em um projeto desta

natureza, na dinâmica do ciclo PDCA;

Definição de Estrutura para replicação do Roteiro proposto: em 3 Etapas

(Inicial, Aplicação do Roteiro proposto, Etapa de Melhorias e Novos Projetos)

o Etapa Inicial (como definida anteriormente);

o Etapa de Aplicação do Roteiro proposto na dinâmica do Ciclo PDCA

(atuação do Gestor do Projeto com Equipe Lean sendo que

Patrocinador do Projeto recebe informações/relatórios regulares a cada

quinze dias);

o Etapa de Melhorias e Novos Projetos (atuação da Equipe Lean

implantando melhorias e disseminando a filosofia Lean, bem como

Gestor e Equipe Lean avaliando e submetendo novas propostas de

investimentos em melhorias/novos projetos ao Patrocinador).

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1.5 Estrutura do Trabalho

A presente dissertação apresenta no Capítulo 1, a introdução do

desenvolvimento do trabalho, em que está relacionada às justificativas e relevâncias, a

questão de pesquisa baseada na implantação do sistema de produção enxuta focado

na fabricação de componentes metálicos para o ramo da construção civil,

contextualizando os objetivos do trabalho e o método com suas etapas de pesquisa.

No Capítulo 2 foi realizada uma revisão bibliográfica sobre sistema de produção

enxuta baseada no objeto de pesquisa, descrevendo os históricos e o sistema da

produção enxuta, princípios da produção enxuta, desperdícios do sistema de produção

e ferramentas enxutas relacionadas ao processo, também será apresentada uma tabela

de artigos pesquisados buscando destacar alguns aspectos relevantes observados

nestes trabalhos sobre produção enxuta em vários segmentos inclusive alguns de

construção civil e no final deste capitulo será apresentado um tópico sobre a fabricação

de componentes metálicos para a construção civil.

No Capítulo 3 será apresentado um roteiro proposto e uma estrutura de

replicação para implantação de um sistema de produção enxuta.

No Capítulo 4 será apresentada a aplicação do estudo de caso baseado na

questão de pesquisa.

No Capítulo 5 será apresentada a conclusão da pesquisa realizada com

aplicação do roteiro proposto e resultados alcançados bem como as propostas para

trabalhos futuros.

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2. PRODUÇÃO ENXUTA E COMPONENTES METÁLICOS NA

CONSTRUÇÃO CIVIL

A presente revisão bibliográfica apresentará os principais conceitos, princípios e

ferramentas do sistema da produção enxuta, além de uma apresentação das principais

aplicações de componentes metálicos na construção civil.

No tocante à produção enxuta os tópicos abordam, seu histórico e descritivo da

casa da Toyota, descrevendo a sustentação da proposta pelos ciclos PDCA e SDCA,

embasando o estudo sobre maturidade Lean nas normas SAE J4000 e J4001. Também

descrevem-se as estratégias da aplicação de sistema de produção enxuta por meio de

indicadores, análises por curva ABC, amplificação de demanda, família de produtos,

mapeamento do fluxo de valor, levantamento e entendimento dos ambientes de

produção, aplicação de mapas A3, conceituando a importância das ferramentas enxutas

e as ações de melhorias contínua no processo de operações.

Araujo (2004) destaca que a produção enxuta visa reduzir o nível de recursos de

entrada em um processo de produção, de acordo com um dado nível de saída para este

sistema. Isto é obtido por meio da eliminação de desperdícios do processo produtivo.

Primeiramente aqueles na forma de recursos a serem transformados (matéria-

prima, estoque em processo, etc.), como também à inclusão de mudanças na gestão de

pessoas, processo tecnológico, layout, entre outros.

Rother e Shook (2003) afirmam que a análise real da produção enxuta é a

obtenção de um processo para fazer somente O QUE o próximo processo necessita e

QUANDO necessita, ligando desde o consumidor final até a matéria-prima, tornando um

fluxo regular sem retornos em que gere o menor lead time, a mais alta qualidade e um

custo mais baixo.

Para tornar um processo de produção enxuto, é necessário seguir alguns

procedimentos, descritos como os sete seguintes:

Procedimento 1: Produzir de acordo com seu takt time.

Procedimento 2: Desenvolver um fluxo contínuo onde for possível.

Procedimento 3: Usar supermercados para controlar a produção onde o fluxo

continuo não se estende aos processos fluxo acima.

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Procedimento 4: Tentar enviar a programação do cliente para somente um

processo de produção.

Procedimento 5: Distribuir a produção de diferentes produtos uniformemente no

decorrer do tempo no processo puxador.

Procedimento 6: Criar uma “puxada inicial” com a liberação e retirada de

somente um pequeno e uniforme incremento de trabalho no processo puxador.

Procedimento 7: Desenvolver a habilidade de fazer “toda peça todo dia” nos

processos de fabricação anteriores ao processo puxador.

Rother e Shook (2003) enfatizam que seguindo esta sequência os processos de

fabricação se tornarão mais eficientes, melhorando os índices de produtividade,

qualidade e desempenho de entrega.

2.1 Sistema de Produção Enxuta

Marchwinski e Shook (2007) descrevem que o sistema de produção

desenvolvido pela Toyota para fornecer melhor qualidade, menor custo, lead time curto,

melhoria da produtividade por meio de eliminação de desperdício é formado sobre dois

pilares, Just-in-time e Jidoka e é normalmente ilustrado pela casa da toyota (Figura 3).

Este sistema é mantido e melhorado pelo trabalho padronizado, Heijunka Box e

Kaizen. E é determinado pela estruturação do Jidoka, em que estabeleceu os

dispositivos de parada automática, que interrompia o funcionamento das máquinas em

caso de ocorrência de problemas e também do Just-in-time, no qual as operações não

teriam excesso de estoque e que a Toyota buscaria a parceria com fornecedores a fim

de nivelar a produção.

A produção enxuta passou a ser reconhecida na década de 1980 com a

divulgação dos resultados de um projeto de pesquisa conduzido pelo MIT

(Massachusetts Institute of Technology) que estudou as práticas gerenciais e os

programas de melhorias adotados por empresas líderes de mercado na cadeia de

produção automotiva e constatou que a adoção desses princípios em muito contribuiu

para a competitividade (Womack, Jones e Roos, 2001).

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Womack et al. (2001) modelam a filosofia de produção enxuta como sendo um

sistema produtivo integrado, com enfoque no fluxo de produção, produzindo em

pequenos lotes, conduzindo a um nível reduzido de estoques.

Segundo Rother e Shook (2003) a produção enxuta é o conjunto das melhores

práticas que cruzam as fronteiras departamentais com o objetivo de eliminar

desperdício e criar valor.

Figura 3: Casa do Sistema Toyota de Produção (Fonte: Marchwinski e Shook, 2007)

Para Queiroz e Rentes (2010) a produção enxuta tem provocado mudanças

significativas nas empresas, mudanças estas que não vêm sendo acompanhadas pelos

sistemas de gestão econômica, desenvolvidos sobre pressupostos equivocados da

produção em massa que defendem que as otimizações locais isoladas resultam na

otimização global da empresa.

Para criar maior destaque sobre o sistema de produção enxuta será apresentada

uma lista de artigos na forma de um quadro-resumo (Tabela 1) buscando salientar

alguns aspectos relevantes observados nestes trabalhos em vários segmentos,

inclusive alguns baseados no ramo de atividade do objeto de pesquisa deste presente

trabalho.

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Tabela 1 : Lista de Artigos sobre Produção Enxuta – Abordagem de Aspectos Relevantes

Fonte: Elaborado pelo Autor

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é d

efin

ir e

spe

cific

açõ

es

sica

s no

s p

roce

sso

de

pro

duç

ão

em

um

a

me

talú

rgic

a, p

ara

ana

lisa

r a

s fo

nte

s cl

áss

ica

s d

e d

esp

erd

icio

s d

esc

rito

s p

or

OH

NO

, a p

art

ir d

o

po

nto

de

vis

ta d

a e

spe

cific

açã

o e

pro

po

r a

s p

rio

rid

ad

es

pa

ra a

sua

elim

ina

ção

no

pro

cess

o

de

pro

duç

ão

em

me

talu

rgic

as.

5B

art

z e

t al.

(20

11

)

XX

XI E

nco

ntro

Na

cio

nal d

e

Eng

enh

ari

a d

e

Pro

duç

ão

Co

mp

ara

tivo

da

Prá

tica

s d

e G

est

ão

no

Pro

cess

o d

e P

rod

uçã

o e

ntre

Ind

ústr

ias

Me

talú

rgic

as

O o

bje

tivo

ge

ral d

est

e tr

ab

alh

o é

dia

gno

stic

ar

as

prá

tica

s d

e g

est

ão

de

pro

cess

os

em

dua

s

em

pre

sas

fab

rica

nte

s d

e c

om

po

nent

es

e p

eça

s a

gríc

ola

s lo

caliz

ad

as

em

Sa

nta

Ma

ria

- R

S,

com

pa

rand

o c

om

prá

tica

s d

e fa

bri

cant

es

de

pe

ças

aut

om

otiv

as,

inst

ala

da

s na

re

giã

o c

ent

ral

do

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ad

o d

o R

io G

rand

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o S

ul. D

iant

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isso

, fo

i re

aliz

ad

a u

ma

pe

squi

sa d

e a

bo

rda

ge

m

qua

lita

tiva

exp

lora

tóri

a, e

os

da

do

s fo

ram

ob

tido

s a

tra

vés

da

ap

lica

ção

de

um

que

stio

nári

o

dir

eta

me

nte

co

m a

s p

ess

oa

s e

nvo

lvid

as

nos

pro

cess

os

da

s e

mp

resa

s. C

onc

lui-

se q

ue a

s

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pre

sas

de

Sa

nta

Ma

ria

po

ssue

m p

rátic

as

de

ge

stã

o q

ue p

od

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evo

luir

co

m p

eq

uena

s

me

lho

ria

s, a

ume

nta

ndo

o n

íve

l de

qua

lida

de

na

ge

stã

o.

6Y

ang

; Ho

ng; M

od

i

(20

11

)

Int.

J. P

rod

uctio

n

Eco

nom

ics

Imp

act

o d

a m

anu

fatu

ra e

nxut

a e

ge

stã

o

am

bie

nta

l no

de

sem

pe

nho

do

s ne

cio

s: U

m

est

udo

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pir

ico

da

s e

mp

resa

s in

dus

tria

is

Est

e a

rtig

o e

xplo

ra a

s re

laçõ

es

ent

re a

s p

rátic

as

de

ma

nufa

tura

enx

uta

e g

est

ão

am

bie

nta

l e

os

resu

ltad

os

de

de

sem

pe

nho

em

pre

sari

al.

As

rela

çõe

s d

e h

ipó

tese

de

ste

mo

de

lo s

ão

test

ad

os

com

da

do

s co

leta

do

s d

e 3

09

em

pre

sas

ind

ustr

iais

inte

rna

cio

nais

. Os

resu

ltad

os

sug

ere

m q

ue a

s e

xpe

riê

ncia

s a

nte

rio

res

de

lea

n m

anu

fact

urin

g e

stã

o p

osi

tiva

me

nte

rela

cio

nad

os

com

prá

tica

s d

e g

est

ão

am

bie

nta

l.

7P

oo

l; W

ijng

aa

rd;

Ze

e (

20

11

)

Int.

J. P

rod

uctio

n

Eco

nom

ics

Pla

neja

me

nto

Enx

uto

na

ind

ústr

ia d

e s

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i-

pro

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o, u

m e

stud

o d

e c

aso

A a

bo

rda

ge

m le

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é u

ma

ab

ord

ag

em

de

me

lho

ria

ide

aliz

açã

o e

que

tem

um

eno

rme

imp

act

o

no c

am

po

da

ge

stã

o d

e o

pe

raçõ

es.

Ela

co

me

çou

na in

dús

tria

aut

om

ob

ilíst

ica

e d

esd

e e

ntã

o

tem

sid

o a

mp

lam

ent

e a

plic

ad

o e

m o

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rs ti

po

s d

e m

anu

fatu

ra. N

o e

nta

nto

, ext

ens

õe

s p

ara

a

ind

ústr

ia d

e p

roce

sso

(se

mi-

pro

cess

os)

te

m s

ido

mui

to m

ais

lent

o. C

ara

cte

rístic

as

de

recu

rso

s d

a in

dús

tria

de

pro

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o (

sem

i-p

roce

sso

s) p

od

e o

bst

ruir

um

a a

plic

açã

o d

ire

ta. A

noçã

o d

e p

ont

o d

e d

iscr

etiz

açã

o p

ara

a in

dús

tria

de

pro

cess

o (

sem

i-p

roce

sso

s) é

útil

. Ess

a

noçã

o s

e b

ase

ia n

o fa

to d

e q

ue e

m in

dús

tria

s d

e p

roce

sso

ma

iori

a h

á u

m p

ont

o n

a p

rod

uçã

o,

ond

e a

pro

duç

ão

se

tra

nsfo

rma

em

pro

cess

o d

e p

rod

uçã

o d

iscr

eta

.

-Im

pla

nta

ção

de

fe

rra

me

nta

s e

nxut

as

-D

efin

içã

o d

e p

roje

to p

iloto

-A

plic

açã

o d

o le

an

na c

ons

truç

ão

de

pré

fab

rica

do

s-

Me

lho

ria

no

re

laci

ona

me

nto

ent

re p

rod

uçã

o e

pla

neja

me

nto

-Im

pla

nta

ção

de

prá

tica

s e

nxut

as

-G

est

ão

am

bie

nta

l e

os

resu

ltad

os

do

de

sem

pe

nho

em

pre

sari

al.

-C

onf

lito

s e

ntre

a m

anu

fatu

ra e

nxut

a e

o d

ese

mp

enh

o a

mb

ient

al.

-E

stra

tég

ia d

e g

est

ão

de

cus

tos

com

enf

ase

na

a

plic

açã

o d

a m

anu

fatu

ra

enx

uta

-R

ed

uçã

o d

a d

ep

end

ênc

ia d

e e

sto

que

s-

De

sem

pe

nho

do

s p

roce

sso

s

-A

tivid

ad

es

da

pro

duç

ão

enx

uta

-C

om

o m

ed

ir o

suc

ess

o d

a im

pla

nta

ção

do

sis

tem

a d

e p

rod

uçã

o e

nxut

a

-M

éto

do

s d

e a

nális

e d

o m

od

elo

A3

-F

ont

es

clá

ssic

as

de

de

spe

rdic

ios

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plic

açã

o d

os

pri

ncip

ios

enx

uto

s

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ficiê

ncia

do

s p

roce

sso

s d

e p

rod

uçã

o

-D

iag

nost

ico

da

s p

rátic

as

de

ge

stã

o d

e p

roce

sso

s p

rod

utiv

os

-Q

ualid

ad

e n

a g

est

ão

de

op

era

çõe

s

-M

éto

do

na

ava

liaçã

o d

e d

ese

mp

enh

o

-A

bo

rda

ge

m le

an

no c

am

po

da

ge

stã

o d

as

op

era

çõe

s-

Qua

lida

de

na

pro

duç

ão

-M

elh

ori

a n

a c

ad

eia

de

fo

rne

cim

ent

o

Page 32: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

18

Tabela 1 : Cont. Lista de Artigos sobre Produção Enxuta – Abordagem de Aspectos Relevantes

Fonte: Elaborado pelo Autor

Au

tor

- A

no

Pe

rió

dic

oT

itu

loO

bje

tiv

o d

o A

rtig

oD

es

taq

ue

s R

ele

va

nte

s R

um

o a

Pro

po

sta

da

Dis

se

rta

çã

o d

o M

es

tra

do

8

Lo

so

nci;

De

me

ter;

Je

ne

i

(20

11

)

Int. J

. P

rod

uctio

n

Eco

no

mic

s

Fa

tore

s q

ue

influ

encia

m a

pe

rce

pçã

o d

e

funcio

rio

s e

m tra

nsfo

rma

çõ

es e

nxu

tas

O o

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tivo

do

estu

do

fo

i inve

stig

ar

a p

erc

ep

çã

o d

os e

mp

reg

ad

os d

ura

nte

um

a tra

nfo

rma

çã

o

enxu

ta. A

co

mb

ina

çã

o d

e e

stu

do

de

ca

so

e m

eto

do

log

ias d

e p

esq

uis

a fo

i util

iza

do

pa

ra d

efin

ir

os e

lem

ento

s q

ue

influ

encia

m o

suce

sso

pe

rce

bid

o n

a p

rod

uçã

o e

nxu

ta d

e funcio

rio

s d

e

chã

o d

e fá

bri

ca

. D

e a

co

rdo

co

m n

osso

s r

esulta

do

s, a

cultu

ra, o

co

mp

rom

isso

, m

éto

do

de

tra

ba

lho

e d

e c

om

unic

açã

o tê

m u

m im

pa

cto

co

nsid

erá

vel s

ob

re a

pe

rce

pçã

o d

ire

ta d

os

tra

ba

lha

do

res d

e s

uce

sso

na

ma

nufa

tura

enxu

ta. N

o e

nta

nto

, o

s s

eus e

feito

s s

ão

muito

dife

rente

s c

om

ba

se

no

esco

po

e fo

co

de

mud

ança

s q

ue

é in

flue

ncia

da

po

r ca

racte

rístic

as d

o

pro

ce

sso

.

9

Bo

telh

o; B

ote

lho

;

Ve

nd

ram

etto

(20

09

)

XX

IX E

nco

ntr

o

Na

cio

na

l de

Eng

enha

ria

de

Pro

duçã

o

A In

ova

çã

o T

ecno

lóg

ica

na

Co

nstr

uçã

o d

e

Ed

ifício

s: Q

ua

lific

açã

o d

a M

ão

de

Ob

ra e

Ge

stã

o d

os R

esíd

uo

s d

e G

esso

Aca

rto

na

do

O m

erc

ad

o b

rasile

iro

da

Co

nstr

uçã

o C

ivil,

inic

ia p

roce

sso

s d

e In

ova

çõ

es T

ecno

lóg

ica

s

rad

ica

is. N

ovo

s m

ate

ria

is, in

dustr

ializ

açã

o, no

vos e

quip

am

ento

s, sis

tem

as m

od

ern

os d

e

ge

stã

o, no

vo p

erf

il d

e m

ão

-de

-ob

ra, e

stã

o r

om

pe

nd

o m

eto

do

log

ias e

fill

oso

fias tra

dic

iona

is. O

ob

jetiv

o d

este

tra

ba

lho

é p

rosp

ecta

r co

nclu

es q

ue

po

ssib

ilite

m a

nte

cip

ar

de

cis

õe

s q

ue

min

ore

m o

ag

rava

me

nto

do

de

se

mp

reg

o d

e tra

ba

lha

do

res d

a C

onstr

uçã

o C

ivil

de

ba

ixa

qua

lific

açã

o, b

em

co

mo

ap

rese

nta

r a

s p

rátic

as d

e d

esca

rte

do

ge

sso

aca

rto

na

do

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ob

ras

civ

is. E

sta

pe

sq

uis

a r

eve

la, no

ca

nte

iro

de

ob

ra, o

uso

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o-d

e-o

bra

qua

lific

ad

a, se

m

tre

ina

me

nto

, p

ara

ativ

ida

de

s e

m q

ue

a In

ova

çã

o T

ecno

lóg

ica

se

fa

z p

rese

nte

, a

lém

do

de

sca

rte

po

uco

co

nscie

nte

do

ge

sso

aca

rto

na

do

, m

ais

co

mum

ente

no

me

ad

o d

e “

Dry

wa

ll”. A

Ino

vaçã

o T

ecno

lóg

ica

ve

m s

end

o im

pla

nta

da

po

r te

rce

iro

s u

sa

nd

o m

ão

-de

-ob

ra d

ifere

ncia

da

da

que

la tra

dic

iona

l e e

m m

eno

r núm

ero

, co

m r

esp

onsa

bili

da

de

s d

e d

esca

rte

do

s r

esíd

uo

s,

div

idid

a e

ntr

e a

co

nstr

uto

ra / in

co

rpo

rad

ora

e o

s e

mp

reite

iro

s.

10

De

me

ter;

Ma

tyusz

(20

11

)

Int. J

. P

rod

uctio

n

Eco

no

mic

s

O im

pa

cto

da

s p

rátic

as e

nxu

tas n

o g

iro

de

esto

que

Este

art

igo

co

nce

ntr

ou e

m c

om

o a

s e

mp

resa

s p

od

em

me

lho

rar

se

u d

ese

mp

enho

no

gir

o d

e

esto

que

s a

tra

vés d

o u

so

de

prá

tica

s e

nxu

tas. D

e a

co

rdo

co

m a

no

ssa

pro

po

siç

ão

pri

ncip

al,

as e

mp

resa

s q

ue

ap

lica

m a

mp

lam

ente

prá

tica

s e

nxu

tas tê

m m

aio

r ro

tativ

ida

de

de

inve

ntá

rio

do

que

aq

ue

les q

ue

o d

ep

end

em

do

lea

n m

anufa

ctu

ring

. N

o e

nta

nto

, p

od

e h

ave

r d

ifere

nça

s

sig

nifi

ca

tiva

s n

o g

iro

de

esto

que

s, m

esm

o e

ntr

e fa

bri

ca

nte

s e

nxu

tos d

ep

end

end

o d

e s

ua

s

co

ntin

ncia

s.

11S

auri

n; F

err

eir

a

(20

08

)G

estã

o e

Pro

duçã

o

Ava

liaçã

o q

ua

lita

tiva

da

imp

lanta

çã

o d

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prá

tica

s d

a p

rod

uçã

o e

nxu

ta: e

stu

do

de

ca

so

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um

a fá

bri

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de

quin

as a

gríco

las

Em

bo

ra a

ma

turi

da

de

de

um

sis

tem

a d

e p

rod

uçã

o e

nxu

ta (

PE

) e

ste

ja a

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cia

da

pri

ncip

alm

ente

à a

bso

rçã

o d

os p

rincíp

ios e

nxu

tos p

ela

cultu

ra o

rga

niz

acio

na

l, a

ava

liaçã

o d

e

prá

tica

s o

pe

racio

na

is a

sso

cia

da

s à

PE

fo

rne

ce

ind

ício

s a

ce

rca

da

imp

lanta

çã

o d

esse

sis

tem

a. E

ste

art

igo

ap

rese

nta

um

a a

valia

çã

o q

ua

lita

tiva

da

imp

lanta

çã

o d

e p

rátic

as d

a P

E

em

um

a fá

bri

ca

de

quin

as a

gríco

las, a

qua

l de

sd

e 2

00

1 v

em

ad

ota

nd

o a

PE

co

mo

filo

so

fia

de

pro

duçã

o. A

ava

liaçã

o fo

i re

aliz

ad

a n

a li

nha

de

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nta

ge

m d

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olh

eita

de

ira

s, usa

nd

o q

ua

tro

fonte

s d

e e

vid

ência

s: o

bse

rva

çã

o d

ire

ta; e

ntr

evi

sta

s c

om

15

ge

rente

s e

sup

erv

iso

res;

entr

evi

sta

s c

om

30

op

era

do

res; a

lise

de

do

cum

ento

s r

ela

tivo

s a

o s

iste

ma

de

PE

. E

ssa

s

evi

ncia

s p

erm

itira

m o

pre

enchim

ento

de

um

a li

sta

de

ve

rific

açã

o c

om

88

ite

ns d

istr

ibuíd

os

ao

long

o d

e 1

2 típ

ica

s p

rátic

as d

a P

E.

12

Sha

h; W

ard

(20

07

)

Jo

urn

al o

f

Op

era

tions

Ma

na

ge

me

nt

De

finiç

ão

e d

ese

nvo

lvim

ento

de

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did

as d

e

pro

duçã

o e

nxu

ta

A p

esq

uis

a a

bo

rda

a c

onfu

o e

inco

nsis

tência

asso

cia

do

co

m p

rod

uçã

o e

nxu

ta. T

enta

mo

s

escla

rece

r a

se

ntic

a c

onfu

o e

m to

rno

da

pro

duçã

o e

nxu

ta, re

aliz

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19

2.2 Princípios da Produção Enxuta

Segundo Slack et al. (2009) qualquer departamento de produção precisa

entender sua contribuição estratégica, deve ter em mente duas questões: qual seu

papel dentro da empresa e quais seus objetivos de desempenho específicos dentro da

empresa.

Liker (2006) afirma que o modelo Toyota é composto por 14 princípios que o

embasam (Tabela 2) e foram divididos em 4 categorias (Figura 4).

Tabela 2: Os 14 Principios do STP

Princípios do Sistema Toyota de Produção

Item Descrição dos Princípios

01 Basear as decisões administrativas e em uma filosofia de longo prazo, mesmo em

detrimento de metas financeiras de curto prazo

02 Criar o fluxo de processo contínuo para trazer os problemas ao conhecimento de todos

03 Utilizar sistemas puxados para evitar a superprodução

04 Nivelamento da carga de trabalho

05 Obter a cultura de parar e resolver os problemas, obtendo a qualidade logo na primeira

tentativa.

06 Implantar o trabalho padronizado

07 Estabelecer controle visual ao longo do sistema produtivo

08 Usar somente tecnologia confiável e completamente testada

09 Desenvolver líderes que compreendam completamente o trabalho

10 Desenvolver pessoas e equipes que sigam a filosofia da empresa.

11 Respeitar sua rede de parceiros e de fornecedores

12 Ver por si mesmo para compreender completamente a situação no local em que as coisas

acontecem.

13 Tomar decisões lentamente por consenso, considerando completamente todas as ações e

implantar com rapidez.

14 Tornar-se de uma organização de aprendizagem através da reflexão incansável e da

melhoria contínua.

Fonte: Liker, 2006

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20

Para Silva et al. (2004) o sistema de produção enxuta desenvolvido na Toyota,

antes confinado às empresas automobilísticas, tem rompido com as barreiras e se

espalhado para os mais diversos setores de produção. A vantagem percebida pela

utilização dessa nova filosofia de produção tem levado muitas empresas a

abandonarem o tradicional sistema de produção em massa em função do novo conceito

de redução de desperdícios.

A produção enxuta tem feito com que as empresas consigam produzir mais com

o mesmo número de recursos antes utilizados.

Figura 4: As Quatro categorias do STP (Fonte: Liker, 2006)

2.3 Ciclos PDCA e SDCA

Marshall Jr. et al. (2008), tem a seguinte definição sobre o método PDCA: “o ciclo

PDCA é um método gerencial para a promoção da melhoria contínua e reflete, em suas

quatro fases, a base da filosofia do melhoramento contínuo”. Por isso, é fundamental

que estas fases sejam consecutivas, gerando a melhoria contínua distribuída na

organização, estabelecendo a unificação de práticas.

Ainda conforme Marshall Junior et al. (2008) são apresentadas as fases do ciclo

PDCA, da seguinte forma:

1ª Fase – Plan (Planejamento). Nesta fase é fundamental definir os objetivos e as

metas que pretende alcançar. Para isso, as metas do planejamento estratégico

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21

precisam ser delineadas em outros planos que simulam as condições do cliente e

padrão de produtos, serviços ou processos. Dessa forma, as metas serão só

alcançadas por meio das metodologias que contemplam as práticas e os processos.

2ª Fase – Do (Execução). Esta tem por objetivo a prática, por esta razão, é

imprescindível oferecer treinamentos na perspectiva de viabilizar o cumprimento dos

procedimentos aplicados na fase anterior. No decorrer desta fase precisam-se colher

informações que serão aproveitadas na seguinte fase, exceto para aqueles

colaboradores que já vêm acompanhando o planejamento e o treinamento na

organização.

3ª Fase – Check (Verificação). Fase, no qual é feita a averiguação do que foi planejado

mediante as metas estabelecidas e dos resultados alcançados. Sendo assim, o parecer

deve ser fundamentado em acontecimentos e informações e não em sugestões ou

percepções.

4ª Fase – Action (Ação). A última etapa proporciona duas opções a ser seguida, a

primeira baseia-se em diagnosticar qual é a causa raiz do problema bem como a

finalidade de prevenir à reprodução dos resultados não esperados, caso, as metas

planejadas anteriormente não forem atingidas. Já a segunda opção segue como modelo

o esboço da primeira, mas com um diferencial se as metas estabelecidas foram

alcançadas.

Campos (2004) relata que o uso do ciclo PDCA costuma propiciar resultados

muitos interessantes às empresas. Mas, é preciso implantar os conceitos subjacentes,

como: conhecimento, solução de problemas, metodologia, método e técnica. De acordo

ainda com o mesmo autor, a fase P consiste nas etapas de identificação do problema,

observação (reconhecimento das características do problema), análise do processo

(descoberta das causas principais que impedem o atingimento das metas) e plano de

ação (contramedidas sobre as causas principais). A fase D do PDCA é a de ação, ou

atuação de acordo com o plano de ação para bloquear as causas fundamentais. Na

fase C, é feita a verificação, ou seja, a confirmação da efetividade do plano de ação

para ver se o bloqueio foi efetivo. Já na fase A existem duas etapas, a de padronização

e a de conclusão. Na etapa de padronização, caso o bloqueio tenha sido efetivo, é feita

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22

a eliminação definitiva das causas para que o problema não reapareça. Na etapa de

conclusão ocorre a revisão das atividades e planejamento para trabalhos futuros.

O Ciclo PDCA, quando utilizado para atingir metas padrão ou para manter os

resultados num certo nível desejado (controle), é designado por SDCA. As fases são: S

(de standard ou padrão) - estabelecimento de Metas Padrão e de Procedimentos

Operacionais Padrão podendo ser tratados de lições aprendidas; D (de Do ou

Executar) - treinamento e supervisão do trabalho, avaliação para saber se todos os

procedimentos operacionais estão sendo cumpridos na execução das tarefas; C (de

Check ou Checar) - verificação da efetividade dos procedimentos operacionais,

avaliando se a meta foi ou não alcançada; A (de Action ou Ação) - caso a meta não

tenha sido atingida adotar ação corretiva removendo os sintomas, agindo nas causas.

2.4 Maturidade LEAN – Norma SAE J4000 e J4001 Karlsson e Ahlstrom (1996) realizaram a proposta de medir o progresso feito no

esforço para uma empresa se tornar enxuta por meio da mensuração de determinantes

que caracterizam a aplicação dos princípios da manufatura enxuta nas empresas

industriais.

Por outro lado Soriano-Meier e Forrester (2002) se apoiaram na medida do

comprometimento da gerência com a efetivação das práticas enxutas para propor uma

grandeza denominada degree of leanness, para medição do grau de implantação das

práticas de manufatura enxuta.

A fim de padronizar os conceitos da avaliação da maturidade lean nas empresas,

a sociedade dos engenheiros de automóveis (SAE), desenvolveram duas normas a

SAE J4000 e SAE J4001, em que Duran e Batochio (2003) descrevem que a norma

J4000 é um instrumento desenvolvido pela SAE (Sociedade de Engenheiros

Automotivos) e que se compõe de um conjunto de características que um sistema de

manufatura deve possuir para atingir a categoria de "empresa enxuta" (SAE, J4000).

Esta norma está composta de dois documentos fundamentais. O primeiro documento, a

J4000 lista os critérios pelos quais a manufatura enxuta poderá ser alcançada, o

segundo documento, a J4001, esclarece as formas de medição da conformidade a

esses critérios.

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23

Dessa forma o diagnóstico da empresa é observado conforme sequência

descrita na norma J4000, o processo de implantação dos conceitos da Manufatura

Enxuta consiste na eliminação do desperdício que possa existir ao longo da cadeia de

valor da organização.

A norma está composta de 52 elementos que ajudam na avaliação parcial ou

integral de um ou mais requerimentos para uma implantação correta dos princípios da

Manufatura Enxuta. Estes elementos estão divididos em 6 seções (iniciando no

elemento 4 e finalizando no elemento 9) incluindo áreas que atingem e se superpõem

com os clientes e fornecedores da empresa. As seções recebem pesos relativos para

avaliar de forma mais clara os processos de implantação conforme descrição abaixo:

Elemento 4 – Administração e Responsabilidade (25%)

Elemento 5 – Pessoas (25%)

Elemento 6 – Informação

Elemento 7 – Fornecedor/Organização/Cliente (25% Conjunto)

Elemento 8 – Produto e Gestão do Produto

Elemento 9 – Processo e Fluxo do Processo (25%)

Cada um dos elementos mencionados se associa uma escala de medição do

nível de implantação. Esta escala orienta a comparação do nível de satisfação do

componente em função das melhores práticas aplicadas na indústria para o

mencionado componente. A escala é mostrada abaixo:

Nível 0 – O componente não está implantado ou existem inconsistências

fundamentais na sua implantação.

Nível 1 – O componente está implantado mais ainda existem inconsistências

menos significativas na sua implantação.

Nível 2 – O componente está satisfatoriamente implantado.

Nível 3 – O componente está satisfatoriamente implantado e mostra um

melhoramento contínuo nos últimos 12 meses.

Os elementos da norma SAE J4000 encontram-se classificados em seis

categorias que ajudam a estruturar as dimensões nas quais a empresa deve

encaminhar diagnóstica e iniciativas de melhoria para adequar-se aos princípios da

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24

manufatura enxuta. Cada um dos elementos pode ser visto como um vetor de

desempenho em si, mas poderá ser subdividido ou desdobrado em índices mais

específicos de acordo com o tipo de empresa e os objetivos almejados pela empresa.

Para Vergna e Maestrelli (2005) a norma segue a seguinte lógica sequencial:

Cada componente necessitará de um conjunto característico de atributos da

organização;

O avaliador deverá determinar quais as características específicas que devem

ser avaliadas;

Cada elemento usa critérios gerais;

Depois de definir as características especificas a serem avaliadas para cada

organização e obter as informações necessárias, o elemento é analisado.

A análise do avaliador é documentada por meio de relatórios e da descrição dos

atributos que definem os resultados obtidos.

As subseções de cada elemento para avaliação da maturidade lean são divididas

em 06 itens com 52 subitens. Os algarismos utilizados serão aplicados conforme

descritos na norma e representados abaixo em 13 subitens sobre administração e

responsabilidade, 12 subitens sobre pessoas, 04 subitens sobre informação, 04

subitens sobre fornecedor/organização/cliente, 06 subitens sobre produto/gestão do

produto e 13 subitens sobre processo/fluxo do processo.

Lucato et al. (2006) relatam um exemplo do cálculo do grau de enxugamento,

considerando que as normas SAE J4000 e J4001 foram aplicadas para avaliar uma

empresa, como resultado admitem que os seguintes níveis de implementação foram

obtidos:

Tabela 3: Tabela Elemento e Componente da Norma SAE J4000

Fonte: Adaptado de Lucato et al., 2006

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

4 2 1 1 1 2 1 0 0 3 2 0 3 0

5 1 2 2 1 0 0 1 1 2 3 3 0

6 2 0 2 1

7 0 1 0 0

8 2 0 0 0 2 2

9 2 2 2 2 1 1 1 0 1 1 1 1 2

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25

A tabela 3, destacou que o elemento 6 componente 4 teve como avaliação um

grau de implementação nível 1 (1 ponto). Sendo então item 6.4 = 1 ponto.

Com base nesses dados, é possível determinar:

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

Como se pode observar, os dados obtidos nessa empresa permitem concluir,

com base na metodologia aqui proposta, que esta empresa possui um grau de

enxugamento de 0,410 no elemento 4, de 0,444 no elemento 5, de 0,417 no elemento

6, de 0,083 no elemento 7, de 0,333 no elemento 8 e de 0,436 no elemento 9, sendo

que as proposições determinam o grau de enxugamento da empresa.

(7)

Ou seja, nas condições avaliadas acima a empresa analisada terá um grau de

enxugamento de 0,354, o que isto significa que a empresa que ela tem 35% de

implantação em seu ambiente focado as práticas enxutas. Segundo, pesquisadores do

sistema Lean o número regular para uma estrutura Lean é na faixa de 70%, e

inicialmente as empresas que não tem um sistema totalmente implantado gira em torno

de 15 a 50% de maturidade.

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26

2.5 Levantamentos de Indicadores Atuais O levantamento dos indicadores já existentes em uma empresa é um modelo

muito interessante para se adotar antes do início dos trabalhos de aplicação de um

sistema de produção enxuta, pois esta análise é ideal para observar a quantidade de

indicadores e quais realmente agrega valor à empresa.

Para Martins e Costa Neto (1998) os indicadores de desempenho é um meio

pelo qual as organizações podem medir o desempenho de forma mais coerente e

abrangente quanto à adoção de gestão de produção e qualidade.

O processo de gestão e a avaliação do desempenho envolvem um grande

número de dados, informações e várias alternativas para decisão. Dessa forma, é

necessário que os implantadores estabeleçam prioridades e tenham dados e

informações necessárias para o desenvolvimento de suas atividades e avaliação de

indicadores. Para isso, pode-se utilizar o conceito de fatores críticos de sucesso.

A avaliação das atividades, dos resultados do processo torna-se necessária

para, verificar-se estão atingindo os objetivos e as estratégias definidas. Os indicadores

são uma forma de medir uma situação atual contra um padrão previamente

estabelecido. Os indicadores dão suporte à análise crítica dos resultados, às tomadas

de decisão e ao planejamento e controle dos processos da organização.

De acordo com Takashina e Flores (2005), indicadores são formas de

representação quantificáveis das características de produtos e processos. São

utilizados para controlar e melhorar o desempenho e a qualidade dos produtos e

processos da organização. Eles também definem que os indicadores da qualidade e do

desempenho, da seguinte forma: “Os indicadores da qualidade estão associados às

características da qualidade do produto, julgadas pelo cliente, e os indicadores do

desempenho estão associados às características do produto e do processo,

desdobradas pelo processador a partir das características da qualidade.”

2.6 Curva ABC

O controle de estoque significa decidir com base em informações o que, quando

e quanto estocar de um determinado produto (FERNANDES e GODINHO FILHO,

2010).

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27

Conforme Ritzman e Krajewski (2004) descrevem que o gerenciamento de

estoques é uma preocupação de todas as empresas. Para aquelas que operam com

margens de lucro baixa, um gerenciamento de estoque ineficaz pode afetar os

negócios. O desafio consiste não em diminuir os estoques de forma excessiva para

reduzir custos ou ter muito estoque disponível, a fim de satisfazer todas as demandas,

mas em ter a quantidade suficiente de produtos para atender a demanda de maneira

eficiente.

Os estoques são todos materiais ou produtos presentes ao longo do processo de

fabricação ou armazenados na expedição.

Os estoques são definidos em quatro tipos:

Estoque Pulmão: são produtos armazenados no final do processo para

proteger em caso de aumento repentino de demanda do cliente.

Estoque de Segurança: são produtos mantidos em qualquer fase do

processo de fabricação, evitando que os clientes fiquem sem

abastecimento por problemas de produtividade e qualidade em qualquer

fase do processo.

Estoque na Expedição: produtos acabados e embalados no setor de

expedição aguardando próximo carregamento para o cliente.

Estoque em Processo: produtos faltando operação entre processo devido

uma máquina ser mais rápida que a outra, ou em processos com

máquinas gargalo sem balanceamento de linha.

Ritzman e Krajewski (2004) afirmam que muitos itens são mantidos em estoque

em uma empresa, mas somente uma pequena quantidade merece maior atenção e

controle. Para determinar este controle a análise ABC é o processo de classificar os

itens em três categorias de acordo com sua utilização de valor.

Fernandes e Godinho Filho (2010) definem a curva ABC como o resultado da

Análise de Pareto, sendo extremamente importante para melhorar a relação custo e

benefício em um sistema de estoque.

Esta análise é utilizada para separar em itens de alta importância (classe A),

itens de média importância (classe B) e itens de baixa importância (classe C). O critério

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28

para medir a importância é definido por volume de vendas, receita gerada, lucro gerado

e participação no mercado, sendo todos avaliados em um determinado período.

Os itens da classe A, representam 20% dos itens, mas correspondem a 80% do

valor, os itens da classe B representam 30% dos itens, mas somente 15% do valor e

finalmente os itens da classe C representam 50% dos itens mas somente 5% do valor

de consumo.

Segundo Silva et al. (2004) destacam que com base na classificação ABC os

produtos podem receber tipos de controle de produção diferentes. Atribuem exemplos

que para itens classe A, podem-se adotar controles de estoque muito mais rígidos e

precisos do que os itens classe C.

2.7 Amplificação de Demanda

Para Marchwiski e Shook (2007), o efeito e a tendência observada em processos

com múltiplas etapas em que os pedidos de produção recebidos por cada processo

fluxo acima sofrem maiores desvios do que a produção ou venda real das etapas fluxo

abaixo, recebem o nome de amplificação de demanda (Figura 5).

Figura 5: Amplificação de Demanda (Fonte: Adaptado Marchwiski e Shook, 2007)

As consequências desta variação são: excesso de inventário, previsões de

vendas não confiáveis, ociosidade ou excesso de capacidade produtiva, incertezas no

planejamento da produção, deficiência no atendimento às necessidades dos clientes, e

consequentemente, um aumento nos custos ou perda na lucratividade

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29

As causas principais da amplificação de demanda, na medida em que os pedidos

movimentam-se são o número de pontos de decisão nos quais os pedidos podem ser

ajustados e atrasos enquanto os pedidos aguardam processamento. Quanto maior os

atrasos, maior a amplificação, na medida em que mais produção é determinada por

previsões.

No atual ambiente competitivo das empresas são necessárias que as previsões

sejam observadas de perto tendo um papel fundamental, para Fernandes e Godinho

Filho (2010) as previsões tem um papel fundamental para o planejamento estratégico

das empresas desde a entrada da matéria-prima até a saída do produto acabado. No

ambiente do planejamento e controle da produção a previsão é muito importante, pois é

um dos principais dados de entrada para programação e decisão do departamento.

Ritzman e Krajewski (2004) definem a importância da previsão como avaliação

de eventos futuros para fins de planejamento. As previsões são necessárias para

auxiliar na determinação dos recursos necessários, da programação dos recursos

existentes e da aquisição dos recursos adicionais.

Para redução da amplificação de demanda se torna necessário à aplicação de

sistemas puxados e nivelados a partir de instruções de recebimento, produção e

expedição em cada etapa do fluxo do processo.

2.8 Ambientes de Produção

Um desafio que muitos planejadores enfrentam nos dia de hoje é encontrar uma

forma rápida e efetiva de avaliar as mudanças no ambiente de manufatura em seu

sistema de produção levando em consideração o tipo de demanda.

Os sistemas de produção em atendimento às suas demandas são verificados por

meio dos INPUTS e OUTPUTS dos processos e em função do LEADTIME de produção,

caracterizando o tipo de demanda para cada ambiente produtivo.

Fernandes e Godinho Filho (2010) definem sete estratégias diferentes de um

sistema de produção responder a sua demanda:

(MTS) Make to Stock = Produção para estoque com base em previsão de

demanda.

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30

(QRTS) Quick Response to Stock = Produção para estoque com base

numa rápida reposição de estoque.

(ATO) Assembly to Order = Montagem sob encomenda.

(MTO) Make to Order = Fabricação sob encomenda ou sob ordem.

(RTO) Resources to Order = Recursos de insumos sob encomenda.

(ETO) Engineering to Order = Projeto sob encomenda.

(PTO) Packing to Order = Empacotamento sob encomenda.

O comportamento de alguns fatores importantes em função da estratégia de

resposta à demanda dos sistemas de produção é evidenciado pelo volume de

produção, variedade de produtos, grau de customização, custos de estoque e tempo de

resposta.

Tubino (2009) define que as empresas são estudadas como um sistema que

transforma, via um processamento, entradas (insumos) em saídas (produtos) úteis aos

clientes. Para atingir este objetivo o planejamento e controle da produção administram

informações vindas de diversas áreas do sistema produtivo, buscando estabelecer uma

perfeita harmonia entre a fabricação do produto até a entrega ao cliente obedecendo

aos prazos combinados.

Visando atender aos objetivos estabelecidos com os clientes é necessário

entender os ambientes de produção do sistema produtivo, contando com os tipos de

demanda, tipos de layout, trabalho padronizado, sistema puxado, troca rápida de

ferramentas e manutenção produtiva total.

Fernandes e Godinho Filho (2010) descrevem que o comportamento do volume

de produção, variedade de produtos, grau de customização, custo de estoque e tempo

de respostas, influenciam diretamente na função da estratégia de atendimento à

demanda dos sistemas de produção.

Como definição para identificação dos ambientes, demandas e processo

produtivo deve-se levar em consideração três princípios determinados por Maccarthy e

Fernandes (2000) e Fernandes e Godinho Filho (2010), os quais são destacados abaixo

e representado por ilustrações.

1º Princípio: Estratégias de resposta à demanda dos sistemas de produção:

Cada uma das estratégias possui uma posição do estoque isolador de processos, essa

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31

posição é chamada de ponto de desacoplamento, ou seja, até o ponto de

desacoplamento fabrica-se para estoque e a partir daí produz-se sob encomenda. Este

princípio é representado pela figura 6.

2º Princípio: Atributos possíveis das variáveis do sistema de classificação: este

sistema de classificação é baseado em quatro grupos de características, as quais

englobam 12 variáveis. As características são: caracterização geral, caracterização do

produto, caracterização do processo e caracterização da montagem. As variáveis

dentro dessas quatro características são: tamanho da empresa, tempo de resposta,

nível de repetição, nível de automação, número de produtos, tipos de estoque de

segurança, tipos de layout, tipos de fluxo, tipos de montagem e tipos de organização do

trabalho. A tabela 4 mostra todas essas variáveis, bem como cada atributo que cada

uma pode assumir.

3º Princípio: As variáveis e a escolha de um sistema de planejamento e controle

de produção: este princípio é usado para identificar disfunções de um dado sistema de

produção. Se todas as características caírem em uma mesma coluna, então nenhuma

disfunção é identificada. Mas por exemplo, se uma unidade produtiva de um sistema de

produção é repetitiva, mas o tempo de resposta é LD (lead time de distribuição) + LP

(lead time de projeto), então está sendo identificada uma disfunção. A relação desta

classificação e alguns dos principais ambientes é demonstrada na tabela 5.

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32

Tabela 4: Atributos Possiveis das Variáveis do Sistema

Fonte: Maccarthy e Fernandes, 2000

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33

Tabela 5: As Variáveis e a Escolha de um Sistema de PCP

Fonte: Maccarthy e Fernandes, 2000

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34

Figura 6: Estratégias de Resposta à Demanda dos Sistemas de Produção. (Fonte: Fernandes e Godinho

Filho, 2010)

eta

pas

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aliz

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35

2.9 Família de Produtos

Os fluxos de produção dependem exclusivamente do fluxo de material e

informação, mas para definir este fluxo é necessário enxergar qual produto será

mapeado e para isto deve se definir a família de produtos.

Para Rother e Shook (2003), o ponto a ser entendido no inicio das atividades é a

definição da família de produtos, uma família é um grupo de produtos que passam por

etapas parecidas e utilizam os mesmos equipamentos. A família de produtos deve ser

separada com base nas perspectivas dos clientes, identificação da demanda, unidades

em estoque e a frequência da demanda.

A definição das famílias deve ser um resultado de um estudo dos produtos

realizados em um determinado processo, com característica de criar uma matriz com as

etapas de produção e montagem em uma coluna e a definição dos produtos em outra

linha. Um produto e suas variações que passam por etapas similares de processamento

e equipamentos próximas do envio para o cliente, sendo importante para análise e

mapeamento do fluxo de valor (Marchwiski e Shook, 2007).

Identifique a sua família de produtos a partir do consumidor no fluxo de valor.

Uma família é um grupo de produtos que passam por etapas semelhantes de

processamento e utilizam equipamentos comuns nos seus processos.

As famílias de produtos podem ser definidas a partir da perspectiva de qualquer

cliente ao longo do processo produtivo, sendo os processos iniciais, intermediários ou

finais, porém deve se atentar se seu número de produtos é complicado, deve ser criada

uma matriz com as etapas de operação e seus equipamentos em um eixo e seus

produtos no outro eixo, conforme figura 7.

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36

Figura 7: Matriz de Produtos por Familía (Fonte: Adaptado Rother e Shook, 2003)

2.10 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual e seus Componentes

O fluxo de valor é toda atividade que agrega valor ou não agrega valor ao

processo ou ao produto por todo o fluxo do material ou informação.

A tendência do mapeamento do fluxo de valor é fazer com que todos entendam o

processamento de cada produto no chão de fábrica, e os pontos interessantes a serem

destacados são as características e símbolos utilizados para sua construção, em que

cada símbolo incluso facilite a visualização operacional para identificação dos valores

atribuídos a cada processo.

Marchwiski e Shook (2007) definem o mapeamento do fluxo de valor como um

diagrama simples de todas as etapas envolvidas nos fluxo de materiais e de

informação, necessárias para atender os clientes, do pedido à entrega.

Os mapas de fluxo de valor podem ser desenhados em diferentes momentos, a

fim de revelar as oportunidades de melhoria, separando as atividades de agregação de

valor das atividades que não agregam. Um mapa do estado atual deve seguir o trajeto

do produto da entrada até a saída revelando as condições atuais do processo.

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

Op. 01 x x x x x x x x x

Op. 02 x x x x x x x

Op. 03 x x x x x x

Op. 04 x x x x x x

Op. 05 x x x x x

Op. 06 x x

Op. 07 x x x x x x x

Op. 08 x x x x

Op. 09 x x

Op. 10 x x x

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Família 2 P2 P6 P8 P9

Família 3 P4 P5

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Produtos

2 1 2 2Família 1 2 1 3 3

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37

Rother e Shook (2003) descrevem que o mapeamento do fluxo de valor segue

quatro etapas, sendo: definição da família de produtos, desenho do estado atual do

processo, desenho do estado futuro do processo e plano de trabalho.

Segundo George (2002), o mapeamento do fluxo de valor deve ser contemplado

pela informação da eficiência do ciclo do processo (PCE), a qual relata a medição da

velocidade do ciclo do processo.

Valilo (2010) define o mapeamento do fluxo de valor como uma ferramenta para

auxiliar a identificação e desperdícios de produção, além de aumentar a capacidade

produtiva sem a necessidade de se investir em novas máquinas, equipamentos e mão

de obra, e esta técnica foi desenvolvida para auxiliar a identificação do valor agregado

ao cliente.

A metodologia do mapeamento do fluxo de valor leva em consideração o fluxo de

informações e de materiais na cadeia de valor. O fundamento é realmente “enxergar”

que existem oportunidades para eliminação dos desperdícios existentes. Os resultados

que uma empresa pode alcançar ao enxugar suas atividades que não agregam valor ao

cliente são extremamente positivos. Na figura 8 serão apresentadas as etapas para

implantação do mapeamento do fluxo de valor.

Figura 8 – Etapas para Implementação do Mapeamento do Fluxo de Valor (Fonte: Valilo, 2010)

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38

O crescimento significativo da aplicação do pensamento enxuto nas

organizações ocorreu devido à sua nova concepção, validada pelos seus resultados.

Salgado (2009), descreve que a abordagem enxuta passou a ser o tema de várias

pesquisas (HINES; HOLWEG; RICH, 2004; FEARLE; FOWLER, 2006; KEMPTON,

2006).

Segundo Shingo (1996), toda produção, executada tanto na fábrica como no

escritório, deve ser entendida como uma rede funcional de processos e operações.

Processos transformam matéria-prima em produtos. Operações são ações que

executam essas transformações. Esses conceitos fundamentais e sua relação devem

ser entendidos para alcançar melhorias efetivas na produção. Para maximizar a

eficiência da produção, deve-se analisar detalhadamente e melhorar o processo antes

de se tentar melhorar as operações.

O mapeamento do fluxo de valor atual citados por Rother e Shook (2003),

envolve um conjunto de processos de poucas peças e que estão dispostos em

sequência, sendo que dependendo do segmento da empresa podem encontrar vários

tipos de situações.

Segundo Womack e Jones (2004) um fluxo de valor é toda ação agregando valor

(ou não) necessário para passar um produto por todos os seus fluxos de produção.

Como definição da lógica de aplicação do mapeamento do fluxo de valor atual se

faz necessário à definição da família de produtos segundo sua criticidade e importância

para a empresa, identificando a demanda, unidades em estoque, frequência da

demanda e custos envolvidos.

O início das atividades é desenvolvido para um produto que impacta diretamente

nos negócios da empresa, e que melhore consideravelmente os resultados. O trabalho

é iniciado por um mapeamento do produto de forma macro demonstrando os processos

da entrada até a saída do produto.

Após identificação dos processos, algumas informações básicas devem ser

coletadas no fluxo como: tempo de ciclo, tempo de setup, variações do produto,

disponibilidade do equipamento, número de operadores e algumas informações básicas

de dados como: indicadores de refugo, indicadores de retrabalho, estoque em

processos, número de filas, tempo de espera e tamanho de lotes.

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39

Para finalizar o mapeamento do fluxo de valor é necessário identificar o fluxo de

informação, segundo Marchwinski e Shook (2007) o que indica o movimento da

informação proveniente dos clientes, até o ponto que seja necessário para desencadear

cada operação. O fluxo de informação normalmente tem um formato paralelo: previsões

e programações que vem de empresa a empresa ou de planta a planta, ordens de

entrega à cliente e informações emergenciais para correção de previsões de demanda.

2.10.1 Atividades AV e NAV

Hines e Taylor (2000) definem as atividades como:

a. Atividades que agregam valor: São as atividades que agregam valor ao

produto, em um processo de fabricação são as atividades de processamento de

material.

b. Atividades que não agregam valor: São as atividades que são consideradas

como desperdícios, e são desnecessárias em qualquer circunstância.

c. Atividades que não agregam valor porem é necessário: São as atividades

que aos olhos do consumidor final, não agregam valor ao produto porem são

necessárias.

Shingo (1996) descreve que o princípio de minimização dos custos está baseado

na eliminação das perdas, e a eliminação total das perdas requer uma revolução na

forma de pensar da produção.

Na busca deste objetivo é necessário realizar uma análise no processo produtivo

levantando e separando as atividades que agregam valor e não agregam valor em um

processo, já citados por Hines e Taylor (2000) neste presente trabalho.

Para realização desta atividade é necessário entender como ocorre o processo

produtivo e é preciso utilizar formas de registro para representar suas atividades. As

etapas para construção do diagrama de agregação de valor e não agregação de valor

segue a seguinte sequência: escolher o processo a ser mapeado, estabelecer fronteiras

de análise, definir o objetivo do processo, desdobrar em etapas, atribuir simbologia a

cada etapa, estimar o tempo de cada etapa e medir melhoria no processo conforme

demonstrado na figura 9.

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40

Figura 9: Diagrama Agrega Valor e Não Agrega Valor

A determinação do potencial de melhoria do processo avaliado é calculado por

meio das fórmulas de porcentagem de agregação de valor (% Av) e porcentagem de

tempo do valor agregado (% Avt) , em que:

(8)

(9)

Para realizar a análise do diagrama são observados os valores de % Av e % Avt,

quanto menores os valores maiores as oportunidades de melhoria para os processos.

Processo:

Analista:

Data:

OrdemTempo

(min)

1 Atividade Qtde. tempo (min)

2

3

4

5

6

7 Total

8 % AV

9 % Avt

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

Diagrama Agrega Valor / Não Agrega Valor

Sím

bo

los

Operação

Inspeção / Verificação

Espera / Demora

Estoque / Armazenagem

Transporte

Símbolos Área Atividade

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41

2.10.2 Takt Time Segundo Alvarez e Antunes Jr. (2001) a compreensão da lógica de gestão

baseada no takt time só é possível com o reconhecimento do embasamento do

processo.

O funcionamento da fábrica orquestrado pelo takt time depende em ambos os

subsistemas da presença de dois elementos: um sistema para comunicação e controle

e um marcador para o ritmo definido pelo takt time. No caso da produção o takt time é

elemento integrante das rotinas de operação padrão, sendo a análise desses fatores a

garantia da cadência da produção.

Para Ohno (1997) a definição de takt time é obtida pela divisão do tempo diário

de operação pelo número de peças requeridas por dia.

Iwayama (1997) afirma que o takt time é o tempo alocado para a produção de

uma peça ou produto em uma célula ou linha. A ideia de alocação de um tempo para

produção pressupõe, naturalmente, que alguém aloca o takt time não é dado absoluto,

mas sim determinado.

Pondere-se que a conceituação geral anterior tem limites. É preciso esclarecer

que a empresa pode realizar opções tanto quanto aos níveis de atendimento da

demanda como aos de utilização da capacidade, o que ali não está explicitamente

contemplado.

Portanto, pode-se dizer que o takt time é o tempo disponível para produção

dividido pela demanda do cliente, sendo que seu objetivo é alinhar a produção à

demanda, com precisão, fornecendo um ritmo ao sistema de produção.

Por exemplo, se a fábrica opera 460 minutos por dia e a demanda do cliente é de

300 peças por dia, o tempo takt é de 1,53 minutos. Portanto a cada 1,53 minutos uma

peça deve ficar pronta para o cliente.

2.10.3 PCE (Eficiência do Ciclo do Processo)

Rajenthirakumar et al. (2011), descrevem que reduzir o tempo de espera em

qualquer sistema de produção é necessário em qualquer processo de melhoria

contínua.

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42

O tempo de produção das condições existentes deve ser calculado e são

identificadas por diferentes práticas estratégicas. Em geral, os vários componentes

associados, ao levar tempo maior de qualquer processo de produção, é o tempo de

espera antes do processo e o tempo de espera depois de um processo de transferência

do produto.

Além disso, a eficiência total do ciclo envolvida no processo deve ser encontrado

a fim de reduzir o tempo de ciclo total e aumentar a eficiência do ciclo, várias

estratégias, tais como estudo e a identificação do problema, a documentação de dados

de tempos e métodos, as melhorias realizadas, a revisão da folha de operação e o

monitoramento contínuo são adotadas. Para medir a eficiência do ciclo do processo

(PCE), é necessário conhecer o tempo de valor agregado e o tempo total do

processamento do produto, em que:

(10)

George (2002) aponta que os valores de eficiência do ciclo de processo (PCE)

típicos dos processos de fabricação variam entre 1 a 10%, e para os processos enxutos

espera-se PCE mínimo de 25%, conforme tabela 6.

Por exemplo, um processo de fabricação tem um tempo de valor agregado de 2

horas em um tempo total de processamento de 7 dias. O processo tem um PCE de ((2 /

(7 x 8 horas dia)), que apresenta um resultado de 3,57%, sendo um valor típico de um

processo que não apresenta uma maturidade enxuta.

Tabela 6: Comparativo entre PCE Típicos e de Classe Mundial

Aplicação PCE (% Típica) PCE (% Classe Mundial)

Usinagem 01 20

Fabricação 10 25

Montagem 15 35

Manufatura Contínua 30 80

Processo Transacional 10 50

Processo Criativo / Cognitivo 05 25 Fonte: Adaptado de George, 2002

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43

2.10.4 Desperdícios do Sistema de Produção Enxuta

Os desperdícios de produção são citados por alguns autores que definem de

sete a oito desperdícios relacionados à produção. Shingo (1996), Womack e Jones

(1996), Ohno (1997) e Liker (2006) definem os desperdícios como:

1. Produção excessiva: produção realizada além das necessidades

demandadas pelo próximo processo ou pelo cliente elevando o número de

work in process e inventário, além de contribuir para ocorrência dos outros

desperdícios.

2. Espera: este tipo de desperdício é habitualmente a ocorrência dos

operadores esperando enquanto as máquinas operam, faltam de peças no

posto de trabalho, máquinas quebradas e aguardando movimentação da peça

por falta de empilhadeira ou ponte rolante.

3. Transporte: quanto ao desperdício de transporte é destacada a

movimentação desnecessária de produtos ao longo do processo produtivo

deixando as operações subsequentes próximas umas das outras. Sims

(1990), afirma que a melhor movimentação de material ao longo do arranjo

físico é “não movimentar”.

4. Processamento: etapas de processos desnecessárias devido a projetos mal

elaborados, equipamento de produção não atendem às especificações dos

produtos sendo necessários processos corretos para garantir a qualidade do

produto.

5. Estoques excessivos: alto número de produtos em estoque, sem precisão no

controle de mínimo inventário para atendimento ao cliente no tempo correto,

ocasionando excesso em alguns produtos e sobra em outros produtos.

6. Movimentação excessiva: operadores de máquinas e logística efetuando

movimentações desnecessárias por falta de ferramentas inadequadas, falta

documentos consistentes com a operação, falta de insumos, falta

equipamentos de medição e produtos seguindo fluxos de processo aleatórios

e inversos.

7. Produtos com defeitos: produtos apresentando problemas de qualidade

referente ás especificações técnicas, gerando não conformidade e

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44

retrabalhos nos produtos. Sendo necessárias excessivas inspeções de

qualidade eliminando envio de produtos com defeito aos clientes.

8. Criatividade: grande perda de tempo por não envolver os operadores que

trabalham nas operações nas ações de melhoria contínua, como também não

realizar eventos para motivar a equipe a participar de oportunidades de

melhoria contínua nos processos.

2.10.5 Matriz de Priorização

Marshall (2008) define a matriz GUT como parâmetros baseados na gravidade

(G), urgência (U) e tendência (T) que são tomados para estabelecer prioridades na

eliminação de problemas, orientando assim as decisões mais complexas e embasadas

nos parâmetros relatados na tabela 7.

Tabela 7: Parâmetros para Matriz GUT

Fonte: Adaptado de Marshall, 2008

Parâmetros para Matriz de GUT

Ponto

s

G U T

Ponto

s

G U T

GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA

1 Sem Gravidade Não tem pressaNão vai piorar ou pode até

melhorar

3 Grave O mais cedo possivel Vai piorar a médio prazo

2 Pouco Grave Pode esperar um pouco Vai piorar a longo prazo

extremamente graves situação será imediato

4 Muito Grave Com alguma urgência Vai piorar a curto prazo

Proporção do problema

nada for feito tomada de ação no futuro

5

Os prejuizos ou

É necessária uma ação

imediata

Se nada for feito o

dificuldades são agravamento da

Ponto

s GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA

Consequência se Prazo para uma

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45

Esta metodologia propicia à empresa a definição de suas estratégias e políticas a

médio e longo prazo, priorizando as mais importantes, levando-se em consideração

alguns parâmetros.

À matriz GUT, atribui-se um número inteiro entre 1 e 5 em cada uma das

dimensões (G, U e T), correspondendo o 5 à maior intensidade e o 1 a menor e

multiplicam-se os valores obtidos para G, U e T a fim de se obter um valor para cada

problema ou fator de risco analisado. Os problemas ou fatores de risco que obtiverem

maior pontuação serão tratados prioritariamente, no caso da aplicação da matriz na

implantação do sistema de produção enxuta tratam-se os problemas como desperdícios

do setor produtivo, atuando sobre os que apresentam maior impacto ao processo

produtivo.

2.10.6 Layout

O desafio enfrentado nos dia de hoje é encontrar uma forma de avaliar,

rapidamente e efetivamente, mudanças de layout propostas e sistemas de manuseio de

material, de maneira que os custos de manuseio e as distâncias sejam reduzidos.

Lobo (2010) define que os critérios para elaboração e desenvolvimento do layout

são informados por regras gerais que devem ser observadas na sua confecção,

contudo nunca existirá o layout ideal, que satisfaça plenamente todos os pontos

enumerados. Ele será sempre uma solução de compromisso, sendo a utilização do bom

senso básica. O layout é como o método de trabalho, sempre pode ser melhorado.

Segundo Nazareno, Silva e Rentes (2003) destacam que a para à definição do

layout deve-se levar em consideração alguns critérios quanto a família de produtos, que

são atribuídos por similaridade entre processos, frequência de volume de demanda no

qual este critério é decisivo para inserção ou retirada do produto de uma mesma família

e o tempo de ciclo do produto.

O resultado de um bom layout é um arranjo mais efetivo que ao mesmo tempo dê

segurança e satisfação ao empregado. Ele é obtido por meio de: ambiente de trabalho

apropriado, maior produção em menor tempo, redução dos manuseios e espaço

percorrido, economia de espaço, menos demora na produção, facilidade de supervisão,

menor risco de danos ao material e á sua qualidade e fácil ajustamento para mudanças.

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Layout é a maneira na qual máquinas, ferramentas, acessórios e materiais estão

posicionados, ao longo do processo produtivo, destacando-se, as entradas e saídas,

desde a matéria-prima até o seu produto acabado.

Conforme Martins e Laugeni (2009), o arranjo físico de uma operação produtiva

preocupa-se com a localização física dos recursos de transformação. O Layout é a

decisão de colocar as máquinas e mão de obra na melhor posição possível dando

ênfase à produtividade com foco nos métodos de trabalho.

Conforme Wu, Jiang e Chang (2008) todas as programações de produção e

expedição, são técnicas importantes para melhorar o desempenho do chão-de-fábrica

em empresas metalúrgicas. A maioria dos estudos em administração da produção é

focada em modelos de sistemas produtivos em relação ao seu arranjo físico.

Segundo Martins e Laugeni (2009) os tipos principais de layout são por processo

ou funcional, por produto ou em linha, celular, por posição fixa (ou posicional) e misto

(ou combinados).

Outro ponto que é importante avaliar é a relação custo versus vantagem e

desvantagem de cada tipo de layout (Tabela 8), apresentando qual o melhor layout a

ser aplicado com relação aos processos produtivos.

Tabela 8: Tabela de Vantagens e Desvantagens por tipo de Layout

Arranjo Fisico Vantagens Desvantagens

Posicional

ou

Posição Fixa

Flexibilidade de mix

Produto não Movido

Variedade de tarefas

Custo unitário alto

Programação de espaço e atividades complexas

Movimentação de equipamentos e mão de obra

Processo

ou

Funcional

Flexibilidade de mix

Boa reação para paradas de manutenção

Supervisão facilitada

Baixa utilização de recursos

Estoques elevados (Work in Process)

Fluxo complexo e indefinido

Celular

Flexibilidade de mix

Lead time baixo

Trabalho em grupo

Reconfiguração de equipamentos

Pode requerer capacidade adicional

Pode reduzir utilização de recursos

Produto ou em

Linha

Baixo custo unitário

Especialização de equipamento

Fluxo continuado

Baixa flexibilidade de mix

Trabalho repetitivo

Susceptível a paradas para manutenção

Fonte: Slack et al. 2002

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Slack et al. (2002) descrevem tópicos importantes sobre seleção de tipos de

layout e comparam valor versus custos:

Os custos fixos tendem a aumentar à medida que se migra do arranjo posicional

para o arranjo por produto;

Os custos variáveis por produto ou serviço, por sua vez tendem a decrescer;

Os custos totais para cada tipo básico de arranjo físico dependerão dos volumes

de produtos ou serviços produzidos;

Existem faixas de volumes para as quais mais de um arranjo poderiam prover os

custos mínimos de operação.

2.11 Mapeamento do Fluxo de Valor Futuro e seus Componentes

O mapa de fluxo de valor do estado futuro analisa os levantamentos realizados

no fluxo de valor do estado atual, para verificar um nível elevado em sua análise futura.

Vinodh et al. (2009) definem que o mapeamento do fluxo de valor no seu estado

futuro é uma excelente técnica para melhorar a produtividade dos processos de

fabricação com base no levantamento dos desperdícios identificados no mapa do fluxo

de valor atual. Também identifica que o VSM é uma ferramenta adequada para

redesenhar o sistema de produção com base na condução de um estudo de caso. O

estudo de caso utilizando VSM tem sido aplicado em diversos setores produtivos, como

indústrias eletrônicas, mecânicas, logísticas, entre outras. Estas aplicações são

embasadas e trabalham em torno dos desperdícios de produção aplicando ferramentas

especificadas para redução ou eliminação de desperdícios.

Pattanaik e Sharma (2009) também afirmam sobre a importância da aplicação do

VSM e o impacto da melhoria do sistema de produção por meio da implantação de um

sistema de produção enxuto na identificação dos desperdícios.

Na criação do mapa do estado atual o foco principal deve ser a identificação dos

desperdícios do processo, pois com este trabalho o processo pode se tornar robusto em

apresentar melhoria substancial no desempenho de toda a fabricação. Quando a equipe

terminar o delineamento do mapa do estado atual e todos os envolvidos estiver de

acordo quanto à precisão deste, é a hora da pergunta: “O que deve ser feito e em que

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sequência para criar um mapa de fluxo de valor do estado futuro?” (Jones e Womack,

2004).

O resumo do estado futuro deve ser contemplado pela comparação dos itens

citados abaixo com os valores do estado atual:

Lead Time Total

Porcentagem de Agregação de Valor (Tempo)

Porcentagem de Agregação de Valor (Ações)

Giros de Estoque

Indicador de Qualidade

Indicador de Entrega

Índice de Amplificação de Demanda

Distância Percorrida pelo Produto

Para Nazareno (2003) nesta etapa do trabalho devem-se definir quais as

iniciativas de melhoria deverão ser adotadas. Além das recomendações propostas pela

análise do fluxo de valor é importante confrontar as práticas e ferramentas da produção

enxuta com os desperdícios e problemas raízes diagnosticados.

Nesta etapa é ideal a relação entre os desperdícios diagnosticados e as

ferramentas enxutas que podem ser atribuídas para cada desperdício (Tabela 9), sendo

o mais importante de tudo, que cada empresa tome iniciativas concretas para eliminar o

desperdício e melhorar o desempenho de suas operações.

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Tabela 9: Relação entre os Desperdicios e as Ferramentas

Fonte: Adaptado Salgado et al. 2009

2.12 Mapas A3

De acordo com Sobeck II e Smalley (2010) o relatório A3 é uma ferramenta que

a Toyota Motor Corporation, utiliza para propor soluções para os problemas, fornecer

relatórios da situação dos projetos em execução e repor as informações da atividade. A

Toyota usa a ferramenta como um guia sistematizado de soluções de problemas

através de um processo rigoroso, documentando os problemas principais daquele

processo e propostas de melhoramentos. A ferramenta é empregada tão livremente que

constitui uma peça chave para seu programa de melhoria contínua. Neste trabalho o

conceito do mapa A3 será incluso no momento da ação, para desenvolver propostas de

Desperdícios Ferramentas

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• 5 S

• Trabalhar de acordo com o Takt Time

• Kanban

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• Manutenção Produtiva Total (TPM)

• Relação Cliente / Fornecedor

• Trabalhar de acordo com o Takt Time

• Troca Rápida de Ferramentas (Setup)

• Recebimento e Fornecimento Just in Time

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• Trabalho em Fluxo Contínuo (One Piece Flow)

• Redução do Tamanho do Lote

• Manutenção Produtiva Total (TPM)

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• 5 S

• Trabalho Padronizado

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• Redução do Tamanho do Lote

• Trabalho em Fluxo Contínuo (One Piece Flow)

• Kanban

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• 5 S

• Redução do Tamanho do Lote

• Trabalho em Fluxo Contínuo (One Piece Flow)

• Trabalho Padronizado

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• Ferramentas de Controle de Qualidade

• Controle Estatistico do Processo

• Dispositivo á Prova de Falhas (Poka Yoke)

• Mapeamento do Fluxo de Valor

• Trabalhos em Equipe

• Comprometimento da Supervisão e Gerência

• Trabalhador Multi-Habilitado

• Rodizio de Funções

• Programa de Idéias e Sugestões

• Treinamento de Pessoal

• Eventos Kaizen

• Gráficos de Controle Visuais

Movimentação Excessiva6

1 Produção Excessiva

Espera2

Transporte3

4 Processamento

Estoque Excessivo5

Produtos com Defeitos7

Criatividade8

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melhorias nos processo de fabricação com as propostas da implantação do sistema de

produção enxuta.

Concorda-se com Liker e Meier (2007) quando os mesmos afirmam que o

relatório A3 só consegue ser tão bom quanto o processo que o gera. Sem um bom

processo de solução de problemas, não se conseguirá a busca e o registro da lição

aprendida, que ó o que se objetiva na realidade quanto da elaboração do relatório.

Para Muniz, Batista e Loureiro (2010) a cultura de Melhoria Contínua e a

aprendizagem corporativa podem ser implantadas se os pressupostos individuais forem

modificados por um modelo mental, como aquele transmitido pela metodologia do

formato A3.

O relatório A3 é assim chamado por ser escrito numa folha de formato A3 (297*

420 mm), onde é desenhado um diagrama que mostra como o sistema funciona na

forma atual, evidenciando com clareza os problemas. O autor deverá quantificar a

extensão do problema, tal como a porcentagem de defeitos, as horas máquinas

paradas, entre outros.

Conforme Schook (2008) o diagrama deverá ser desenhado com clareza

propondo um rápido entendimento podendo até ser usada a simbologia dos mapas de

fluxo de valor (VSM). Ao se fazer o diagrama, os esforços para a solução de problemas,

são focados no sistema e não nas pessoas, resultando em uma maior objetividade e em

uma postura menos defensiva ou da procura de culpados para as causas dos

problemas. A grande virtude dos relatórios A3, é que geram conhecimento novo em

todas as fases de abordagem dos problemas, é o mais importante cria-se uma

metodologia para gerar conhecimento para a solução de problemas.

Ainda segundo Schook (2008) o relatório A3 serve como:

Um padrão de relatório que facilita a comunicação;

Continuamente segue a mesma lógica;

De fácil entendimento (o documento não necessita de anexos);

Transportável e fácil de fixar em qualquer lugar;

É um suporte que estrutura o modo de pensar do seu criador;

Os pontos mais importantes não serão esquecidos;

É uma apresentação que exige o tratamento do essencial;

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51

Tudo tem que caber em uma página;

Os pontos importantes são quantificados ou valorizados;

Perpetua o conhecimento adquirido na solução de problemas e se caracteriza

como uma fonte inesgotável do conhecimento funcional;

Representa um elemento gerador de lições apreendidas.

Um relatório A3 possui as características:

Efetua registro de um evento importante;

Facilita a Comunicação;

Evidencia a necessidade de colaboração;

Padroniza um Modelo de Resolução de Problema;

Apoia-se em dados obtidos no Chão de Fábrica;

Usa o PDCA como base;

Busca a causa raiz do problema;

Todas as pessoas fazem parte da solução;

Não necessita de recursos adicionais além de lápis e papel;

Compartilha o conhecimento e acelera o aprendizado;

Registra para sempre às soluções encontradas.

A técnica para aplicação deste contexto é a padronização do preenchimento e a

interpretação do relatório A3 em uma empresa metalúrgica, onde será definida uma

sequência para os analistas, técnicos e engenheiros. E em seguida o planejamento e

padronização do relatório A3.

Para Schook, (2008) as etapas para o desenvolvimento do relatório A3, são:

1º Definição da sequência para aplicação do relatório A3:

a) Avaliar índice da eficiência global do processo (PCE);

b) Identificar desperdícios relacionados ao processo;

c) Determinar oportunidades de melhoria contínua;

d) Priorizar melhorias aplicando a matriz GUT;

e) Preparar o mapa do relatório A3.

2º Determinar a aplicação do relatório A3:

a) Resolução de problemas;

b) Melhoria de projetos;

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c) Modificação de status.

3º Planejamento da abertura do relatório A3:

a) Definir aplicação;

b) Decidir time de trabalho;

c) Levantar dados estatísticos atuais;

d) Definir previsão de dados futuros;

e) Resolver qual será o método de trabalho.

4º Padronização do preenchimento do relatório A3:

a) Definir o título;

b) Decidir o objetivo do trabalho;

c) Estabelecer o estado atual;

d) Determinar condição alvo;

e) Implantar o cronograma;

f) Colocar em prática o indicador antes x depois.

Aplicando este contexto do mapa A3, seguindo a padronização da aplicação as

abordagens de problemas no ambiente industrial serão relatadas e realizam a formação

de um plano de ação para aplicação das melhorias contínuas com busca da melhoria

da produtividade e qualidade.

2.13 Ferramentas Enxutas

Marchwinski e Shook (2007), Jones e Womack (2004), Rother e Shook (2003)

descrevem algumas ferramentas importantes para aplicação ao ambiente de produção:

Layout Futuro, Trabalho Padronizado, SMED (Troca Rápida de Ferramentas), Sistema

Puxado (Kanban e Heijunka Box), 5 Sensos, TPM (Manutenção Produtiva Total), Poka

Yoke e Controle Estatístico do Processo (CEP).

1. Layout Futuro: Na aplicação para definição de máxima velocidade e mínimo

fluxo, deve ser adotado o sistema composto por células, por meio do agrupamento de

máquinas e equipamentos seguindo um critério de similaridade (figura 10).

Conforme Martins e Laugeni (2009), a elaboração do layout futuro deve conter

informações sobre especificações e características do produto, quantidades de

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produtos e materiais, sequências de operações e montagem, espaço necessário para

cada equipamento, incluindo espaço para movimentação do operador, estoques,

informações sobre recebimento, expedição, estocagem de matérias primas e produtos

acabados e transportes.

Figura 10: Definição de similaridade e semelhança de produtos e processos (Fonte: Miyake, 2008)

Para identificação do fluxo de materiais deve ser utilizada a carta de

multiprocesso e o fluxograma de processo. E para uma análise um pouco mais

detalhada efetuando-se verificações de proximidades, deve-se utilizar o diagrama de

relacionamentos e a matriz de incidência (figura 11).

Figura 11: Matriz de Incidência (Fonte: Adaptado Miyake, 2008)

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Yamada e Marins (2011) definem que um bom layout, principalmente o futuro

deve ser avaliado pela técnica do diagrama espaguete (Figura 12) como uma

ferramenta muito importante para avaliar a movimentação de pessoas, materiais e

ferramentas no chão de fábrica. Este diagrama consiste basicamente em um desenho

do layout existente de maneira que com uma caneta colorida desenha-se o caminho

percorrido para cada um dos itens citados.

Figura 12: Diagrama Espaguete para Fluxos de Produtos (Fonte: Marchwinski e Shook, 2007)

Por outro lado, Marchwiski e Shook (2007) afirmam que o diagrama espaguete é

o diagrama do caminho percorrido por um produto na medida em que ele é

movimentado em seu fluxo de valor. É assim chamado, pois na produção o percurso

dos produtos se parece “com um prato de espaguete”.

As movimentações ao longo do fluxo de valor, os produtos vão até processos

centralizados, levando em consideração a programação de produção. Na produção

enxuta são consideradas por família de produtos, em sequência de processos definidos,

seguindo um fluxo de produção puxada, eliminando desperdícios durante o processo e

com níveis de work in process e produtos acabados bem controlados.

Neste diagrama pode-se notar facilmente o esforço do operador em tentar

realizar sua tarefa diária, mas, por alguns fatores, ele passa grande parte do tempo

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caminhando de um lado para outro da fábrica, ora à procura da qualidade, ora

buscando uma ferramenta qualquer.

2. Trabalho Padronizado: O trabalho padronizado é baseado em procedimentos

precisos para o trabalho de cada operador envolvido na célula de produção com relação

ao tempo padrão, sequência do trabalho e estoque padrão. Este sistema uma vez

estabelecido e exposto nas estações de trabalho, sendo o objeto de melhoria contínua,

devido seus benefícios que incluem documentação do processo para todos os turnos de

trabalho, reduções na variabilidade, treinamento para novos colaboradores e redução

de acidentes. (Marchwinski e Shook, 2007)

Segundo Black (1998), o trabalho padronizado é usado para planejar o sistema

produtivo de uma das peças da família dentro da célula. O trabalho padronizado é

construído pela tabela de combinação do trabalho padronizado, para mostrar a relação

entre as operações manuais desenvolvidas pelo trabalhador, as operações

desenvolvidas pela máquina e o tempo gasto pelo trabalhador caminhando de operação

em operação. As operações manuais normalmente incluem carregar e descarregar a

máquina, verificar a qualidade do produto, eliminar rebarbas, manusear chaves de

fixação, marcar produtos com número de identificação, entre outros.

Para definição do trabalho padronizado mais dois documentos são comumente

utilizados na criação do trabalho padronizado. São utilizados para projetar o processo e

verificar melhoria nas atividades:

Quadro de capacidade do processo – Este formulário é utilizado para calcular

a capacidade de cada máquina em processos conectados, a fim de confirmar a

capacidade real a fim de identificar e eliminar gargalos, este quadro determina fatores

tais como o tempo de ciclo das máquinas, setup e intervalos de troca de ferramentas e

os tempos dos trabalhos manuais.

Diagrama de trabalho padronizado – Este diagrama mostra a movimentação

do operador e a localização do material em relação à máquina e o layout do processo.

O diagrama deve mostrar os três elementos citados neste texto: tempo padrão,

sequência do trabalho e estoque padrão exigida para garantir a suavidade das

operações.

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Esses documentos de trabalho padronizado são normalmente utilizados em

conjunto com outras duas ferramentas, que são a folha de padrões de trabalho e a folha

de instruções. A folha de padrões de trabalho resume uma variedade de documentos

que definem como fabricar o produto de acordo com as especificações definidas pelo

cliente. Na folha de instruções de trabalho, listam-se as etapas do trabalho relatando

habilidades especiais exigidas para realização do trabalho com segurança, qualidade e

eficiência. Também considerada uma excelente ferramenta para treinar novos

operadores.

3. SMED (Troca Rápida de Ferramentas): Segundo Alves e Silva (2008), o

processo de conformação de peças caracteriza-se por sua elevada complexidade,

exigindo diversos procedimentos de preparação de chapas e de ferramental, além de

intensos deslocamentos para posicionamento adequado das peças.

As diversas etapas de não agregação de valor se misturam e intensificam junto

aos procedimentos realmente necessários, tornando a célula deficiente em termos de

produtividade. Estas etapas são diversas, mas as que se destacam nesta fase são as

ações para redução de tempo de setup.

Shingo (2000) destaca a importância do sistema de redução de tempos de setup

como um elemento central no sistema de produção sustentada por uma visão

estratégica a partir de quatro vantagens principais: a redução dos tempos de

preparação (setup) possibilita a produção econômica em pequenos lotes facilitando a

resposta das fábricas para ás variações de demanda do mercado, a redução dos

tempos de preparação á medida que permite trabalhar economicamente com pequenos

lotes de fabricação possibilitando a redução dos estoques em processo e dos estoques

de produto acabado, pela utilização das técnicas associadas ao método da troca rápida

de ferramenta é possível simplificar a preparação minimizando ou eliminando a

possibilidade de geração de erros nos procedimentos de regulagem e ajustes de

ferramentas e para o caso de máquina gargalo a redução dos tempos de preparação é

estratégica à medida que a capacidade da fábrica aumenta.

Seguindo está sequência, nesta fase o ideal é a implantação da metodologia

SMED (Single Minute Exchange of Die) é a técnica de troca de ferramenta em um

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dígito, ou seja, menor igual a 9 minutos, que busca reduzir o tempo de setup de uma

máquina por meio da transformação das atividades internas (atividades que precisam

ser executadas no ambiente da máquina, precisam que a máquina esteja parada para

serem executadas) em atividades externas (atividades que podem ser executada

independente ao funcionamento da máquina, fora do seu ambiente).

Passos Básicos para o Procedimento do Setup - Os procedimentos de setup

são infinitamente variados, dependendo do tipo de operação e do equipamento

utilizado, porém estes procedimentos adaptam a qualquer tipo de situação, pois as

operações de setup compreendem a uma seqüência de passos:

Preparação e verificação funcional da matéria prima, ferramentas e

dispositivos de fixação.

Fixação e remoção de ferramentas, dispositivos e lâminas.

Dimensionamento e estabelecimento das condições operacionais.

Processamento de testes e ajustes.

Melhoria do Setup: Estágios - A equipe capacitada deve levantar vários

cenários para avaliação dos tempos de setup levando em consideração à máquina mais

crítica no que diz respeito a tempo de parada por setup, seguindo os estágios:

Identificar método atual: equipe de setup e funções de cada um;

Registrar método atual: filmagem do setup;

Medir método atual: Diagrama AV/NAV, com a duração de cada etapa;

Identificar elementos: registrar tempos como externos e internos;

Separar os elementos;

Tratar os elementos;

Sugerir dispositivos de troca rápida.

Ao final desta metodologia serão obtidos alguns cenários possíveis de serem

aplicados, desde o mais simples até o mais complexo, envolvendo as dificuldades para

implantação de cada um e, então, apresentadas para equipe de melhoria. Ao término

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desta implantação os resultados deste processo deve ser a viabilização da

diversificação da produção para atender a demanda e a produção em pequenos lotes.

4. Sistema Puxado (Kanban e Heijunka Box): É um dispositivo sinalizador que

autoriza e dá instruções para produção ou retirada de itens em um sistema puxado. O

termo significa sinais ou quadro de sinais em japonês. O Kanban auxilia na tarefa de

puxar a produção e consiste basicamente em cartões como meio de transporte da

informação e como forma de praticar a gestão visual, visto que ele indica as

necessidades de cada posto produtivo. Fundamentalmente, um cartão Kanban

representa a necessidade de um item ser produzido. O Kanban é uma ferramenta

fundamental no controle e redução do estoque.

O sistema de logística enxuta o qual implica o sistema puxado, Kanban e

Heijunka Box é baseado nos conceitos de redução do tamanho do lote, aumento de

frequência de entrega e nivelamento do fluxo de produção.

Os desperdícios identificados nesta etapa são o de excesso de transporte e

estoque excessivo, tendo trabalhos relacionados à redução de WIP e lead times,

resultando no aumento da velocidade da cadeia logística. O fluxo de material irá variar

conforme o sistema de controle que determina a sua movimentação, que são

determinados por serem puxado, empurrados ou contínuos.

Nazareno (2003) declara que neste ponto é determinante já estar definida e

identificada às classes dos produtos ABC com o tipo de sistema de controle, para os

itens de classe A, são utilizados o Kanban com frequência definida (tempo de ciclo

constante) e Kanban com frequência indefinida (quantidade constante).

Já o sistema de Kanban de sinal, é utilizado para os itens classe B e C, este

controle é menos rigoroso, resultando em um nível de estoque maior.

A etapa a ser aplicada neste processo após definição das classes dos produtos e

separação por famílias é realizar o levantamento e análise dos dados operacionais, que

consiste no levantamento e análise de dados operacionais como demandas, produção,

manutenção e embalagem. Estes dados são importantes para se conhecer o nível de

serviço que deve ser atendido diariamente para cada cliente, a capacidade produtiva

das máquinas, a disponibilidade destas máquinas (Up Time) e tempos de setup.

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Somente com estas informações é possível mensurar o número de cartões Kanban

necessários para o produto selecionado.

De posse de todos os tempos e dados operacionais é realizado o cálculo dos

cartões para cada área de produção e expedição, tendo em mãos a quantidade certa do

número total de cada tipo de cartão, a próxima etapa se torna possível dimensionar o

tamanho dos cartões e definir a régua do tempo - Heijunka Box.

Para finalização desta etapa é necessário identificar um local estratégico para os

quadros Kanban e Heijunka Box, visando uma logística estrutura buscando redução

potencial em níveis de estoque.

5. Cinco Sensos: Marchwinski e Shook (2007) definem os cinco sensos como

cinco termos relacionados, começando com a letra S, que descrevem práticas para o

ambiente de trabalho, úteis para o gerenciamento visual e para a produção lean. Os

cinco termos em japonês são: Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke. Em português

os Cinco Sensos tornam-se, na ordem: senso de utilização, senso de organização,

senso de limpeza, senso de padronização e senso de autodisciplina.

Na essência, 5S gera uma mudança de conduta, hábitos, comportamento e

tende a mobilizar toda a organização, do presidente aos operários, áreas

administrativas, serviços e manutenção. Porém, necessita ser liderado pela alta

administração servindo de modelo, de exemplo e com isso mobilizando toda a

organização em um verdadeiro trabalho de equipe assimilado por todos.

Esta ferramenta é considerada uma prática desenvolvida no Japão, onde os pais

utilizam-se desta técnica para ensinar a seus filhos os princípios educacionais que os

acompanham até a fase adulta.

Algumas empresas no Japão utilizam o 5S como uma ferramenta indispensável

para obtenção e a consolidação do processo educacional de quaisquer atividades.

Apesar do 5S ser reconhecido mundialmente como originário do Japão, a essência está

presente em qualquer população, nação, sociedade, família ou pessoa que pratique

bons hábitos, que zele pela higiene, segurança, bem-estar, sensatez e respeito ao

próximo.

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60

Segundo Silva (2008) define-se o programa 5S como uma filosofia de trabalho

que promove na organização, limpeza e disciplina, por meio da consciência e

responsabilidade de todos, tornando o ambiente de trabalho agradável, seguro e

produtivo. É um programa de educação que dá ênfase à prática de hábitos saudáveis

que permitem a integração do pensar, do sentir e do agir.

6. TPM (Manutenção Produtiva Total): Apesar do sistema de manutenção de

equipamentos e instalações industriais já ser praticado há anos em muitas empresas

brasileiras, várias convivem com um problema crônico de quebras excessivas de

máquinas e reincidências com o mesmo tipo de falha.

As atividades de manutenção existem para evitar degradação dos equipamentos

e instalações, causada pelo desgaste natural pelo uso. Esta degradação se manifesta

de diversas formas, desde a aparência externa ruim dos equipamentos até perdas de

desempenho, paradas da produção e fabricação de produtos de má qualidade.

Segundo Xenos (2004) todas as manifestações têm uma forte influência negativa

na qualidade e produtividade, principalmente em empresas nas quais os equipamentos

desempenham um papel fundamental na sua produção.

Nesta etapa o intuito é buscar estratégias para falha zero implantando a filosofia

de manutenção produtiva total e apoiada em um grupo de indicadores para verificação

da eficácia e tomada de ação.

A manutenção produtiva pode ser entendida como a melhor aplicação dos

diversos métodos de manutenção, visando otimização dos fatores econômicos da

produção garantindo a melhor utilização e maior produtividade dos equipamentos com

baixo custo. Este tipo de manutenção tem como princípio que somente as ações do

departamento de manutenção serão insuficientes para melhorar o desempenho dos

equipamentos e busca a estreita cooperação com outros departamentos da empresa,

principalmente com o departamento de produção.

O objetivo fundamental da manutenção produtiva total não é apenas evitar falhas

nos equipamentos, mas aplicar a melhor combinação dos métodos de manutenção para

que a produção tenha um bom desempenho obtendo bom retorno econômico para a

empresa.

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61

Para realizar a priorização dos trabalhos de manutenção classificam-se os

equipamentos da empresa conforme seu impacto nos fatores de avaliação conforme

definido na figura 13.

Figura 13 – Classificação dos Equipamentos conforme os Fatores de Avaliação (Fonte: Adaptado de

Xenos, 2004)

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62

Figura 14 – Classificação ABC dos Equipamentos (Fonte: Adaptado de Xenos, 2004)

Após avaliação e classificação dos equipamentos o trabalho a ser realizado é

conforme sequência estabelecida pelos pilares da manutenção conforme definidos por

Mirshawka e Olmedo (1994), que determinam a manutenção autônoma e objetiva à

capacitação da mão de obra, manutenção planejada que busca a quebra zero, aumento

da eficiência e eficácia dos equipamentos, a melhoria especifica que tende a reduzir o

número de quebras e aumento da eficiência global do equipamento, outro pilar é o de

educação e treinamento onde deve existir uma matriz de habilidade de cada operador e

o ultimo pilar é de controle inicial onde um produto ou processo novo deve chegar sem

problemas antigos.

Com a estratégia de classificação de máquinas definida e pela constituição dos

pilares de manutenção produtiva total, os indicadores que devem ser aplicados ao

sistema de manutenção são:

MTBF (Mean Time Between Failure) – Tempo Médio entre Falhas

MTTR (Mean Time To Repair) – Tempo Médio de Reparos

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O MTBF (Mean Time Between Failures) ou Tempo Médio Entre Falhas é um

indicador de manutenção que tem a finalidade de analisar o tempo de duração da falha

em uma máquina ou em um determinado sistema. Este indicador é importante, pois

através desta análise o planejador da manutenção consegue enxergar o tempo entre

uma falha e outra em uma determinada máquina ou forma geral em todas as máquinas

da empresa.

O MTBF é calculado a partir do tempo de funcionamento pelo número de falhas,

em que:

(11)

O MTTR (Mean Time To Repair) ou Tempo Médio de Reparos é o indicador que

tem a finalidade de apresentar o tempo médio de cada manutenção realizada na

máquina, portanto é um ótimo indicador para alavancar a programação de produção,

pois em caso de uma falha o reparo terá um tempo médio para a execução.

O MTTR é calculado a partir do total de horas paradas causadas por falhas pelo

número de falhas, em que:

(12)

Os indicadores de manutenção representam um grande elo entre programação,

produção e manutenção facilitando a tomada de decisão em caso de falha dos

equipamentos, tendo uma maior facilidade de enxergar os prazos previstos para

atender a demanda estabelecida pelo cliente.

7. Poka-Yoke: Calarge e Davanzo (2004) destacam que o sistema Poka Yoke é

um sistema a prova de erros que evita que produtos defeituosos sigam na linha de

produção. Esse método ajuda os operadores a evitarem erros em seu trabalho, tais

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como escolha da peça errada, montagem incorreta de uma peça, esquecimento de um

componente.

Os dispositivos Poka Yoke visam à otimização ou automação das tarefas que

necessitariam da atenção ou memorização por parte do operador, objetivando a

minimização dos erros ou até o descarte das peças defeituosas.

O sistema Poka Yoke foi desenvolvido para dar suporte à resolução de

problemas e à tomada de decisão no contexto de uma organização de manufatura que

adota o sistema de produção enxuta.

Um dispositivo Poka Yoke dentro da manufatura tem como funções básicas a

paralisação de um sistema produtivo (máquina, linha, equipamento etc.); o controle de

características pré-estabelecidas do produto e/ou processo e a sinalização quando da

detecção de anormalidades. Tais funções básicas são utilizadas para prevenir um

defeito, impedindo a sua ocorrência ou detectando-o após o seu evento, podendo,

assim, serem classificadas como função reguladora ou mecanismos de detecção.

Moura e Banzatto (1996) relacionam alguns exemplos aplicativos de utilização

desses dispositivos (Tabela 10). Em relação a essas funções, os dispositivos Poka

Yoke podem usar os métodos ilustrados na Figura 15, que tem como principais

objetivos dentro de um sistema de manufatura:

a) método de controle: são métodos que, na ocorrência de anormalidades,

paralisam o equipamento ou interrompem a operação, evitando, assim, a ocorrência ou

reincidência de defeitos;

b) método de alerta: são métodos que, na ocorrência de anormalidades, ativam

sinais luminosos ou sonoros de alerta, indicando a necessidade de providências sem,

contudo, paralisar o equipamento ou interromper a operação;

c) métodos de posicionamento: elaboração de dispositivos que permitem a

condução da operação somente quando do posicionamento correto do conjunto de

elementos nela envolvidos, impedindo fisicamente que o conjunto seja montado de

forma inadequada;

d) métodos de contato: estão baseados na liberação da condução de uma

operação a partir do contato de sistemas de sensores que indicam condição adequada

para operação;

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e) métodos de contagem: por meio da contagem de elementos, verificam as

características de conformidade do conjunto, alertando no caso de detecção de

anormalidades e impedindo a continuidade da operação;

f) métodos de comparação: utilizando dispositivos que possibilitem comparação

de grandezas físicas (temperatura, pressão, torque etc.), impedem a continuidade da

operação quando da detecção de anormalidades.

Figura 15 – Métodos de Dispositivos Poka Yoke (Fonte: Adaptado de Moura e Banzatto, 1996)

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Tabela 10 – Exemplos Aplicativos de Utilização dos Dispositivos Poka-Yoke

Fonte: Moura e Banzatto,1996.

7. CEP (Controle Estatístico do Processo): Costa et al. (2011) descrevem

variações e estabilidade em um processo de fabricação observando uma linha de

produção, tem-se a sensação que todas as unidades produzidas são exatamente

iguais. Contudo, olhando com um pouco mais de cuidado, descobre-se que elas não

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são tão iguais assim, para avaliar um processo de fabricação no quesito estabilidade é

necessário aplicar técnicas estatísticas, como o controle estatístico do processo.

O controle estatístico do processo (CEP) é uma técnica utilizada nos processos

de fabricação que auxiliam na detecção de problemas na fabricação de produtos

visando eliminar desperdícios.

Segundo Montgomery (2004) o controle estatístico do processo tem por

finalidade desenvolver e aplicar métodos estatísticos como estratégia de prevenção de

defeitos na manufatura.

Prince (1992) descreve que o objetivo de um sistema de controle do processo é

tomar decisões econômicas sobre problemas que afetam o processo. É dito que um

processo está operando sob controle estatístico, quando as únicas fontes de variação

são de causas comuns.

Para um processo ser aceitável ele deve estar sob um estado de controle

estatístico e a variação deve ser menor que a tolerância do desenho.

Na estratégia do controle estatístico do processo, os processos são controlados

efetuando-se medições de variáveis em pontos espaçados no tempo e registrando em

cartas de controle. As cartas de controle são gráficos que estabelecem os limites de

controle de processo que é possível de identificar mudanças no padrão do processo,

caracterizadas por variações que são causada por causas comuns (inerentes ao

processo e que geralmente provêm de várias fontes de pequenas variações) e causas

especiais (variações que surgem ocasionalmente nos processos).

A importância das cartas de controle é evidenciar as variações existentes no

processo de fabricação, podendo ser facilmente realçada pelos gráficos por meio da

avaliação dos limites de controle e dos índices de capabilidade.

O Cp é o índice de capabilidade definido como intervalo da tolerância dividido

pela capabilidade do processo, independentemente da centralização do processo. Ele é

expresso como:

(13)

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O Cpk é o índice de capabilidade que leva em conta a centralização do processo

e é definido como o mínimo entre CPU (índice superior de capabilidade) e CPL (índice

inferior de capabilidade). Ele relaciona a distância entre a média do processo e o limite

de especificação mais próximo, com a metade de dispersão total do processo.

Para esta aplicação é sugerido a coleta de dados em uma carta de controle para

variáveis (Figura 16) e a realização dos cálculos de Cp e Cpk por meio de software (Ex.

Minitab).

Figura 16 – Carta de Controle para Variáveis. (Fonte: Adaptado de Prince,1992)

2.14 Indicadores de Eficiência, Disponibilidade e Qualidade

Segundo Branco Filho (2006), uma grande dificuldade de algumas equipes é

saber como estão às máquinas onde prestam serviços, comparar umas máquinas com

outras e ainda saber como a equipe está realizando as tarefas propostas. Outra

Descrição do Produto: Espessura do Produto: Fornecedor:

Operação: M áquina: Frequência da Amostra: Sistema de M edição:

Caracterist ica Controlada: Unidade: LIE= LM E= LSE=

1

2

3

4

5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14Ponto Nº

Amplitude ( R )

M édia ( X )

Hora

Data

Rastreabilidade

Operador

Quantidade Produzida

Gráf ico

Nº X - R

X - R

Limit es de Especif icação :

CARTA DE CONTROLE PARA VARIÁVEIS NOTA: QUANDO O PROCESSO FOR INSTÁVEL E INCAPAZ, É REQUERIDO INSPEÇÃO 100%

Valores

Medidos

LSE:

LME:

LIE:

LSE:

LME:

LIE: ZERO

LSE:

LME:

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dificuldade relatada é fazer com que as coisas aconteçam no momento mais adequado,

de uma forma ordenada e planejada para a máxima eficiência.

Para identificar os desvios apresentados na eficiência, disponibilidade e

qualidade são essenciais que identifique os dados estatísticos relativos a uma situação

sobre os processos que queremos controlar.

O OEE é um indicador de manutenção produtiva total que mede o grau de

eficácia no uso de um equipamento. É calculada a partir de três elementos: taxa de

disponibilidade, taxa de eficiência e taxa de qualidade, em que:

(13)

(14)

(15)

(16)

A taxa de disponibilidade mede as paradas causadas por falhas no equipamento,

a taxa de eficiência mede a velocidade de operação e o funcionamento em velocidades

mais baixas do que o determinado e a taxa de qualidade representa as perdas

ocasionadas por refugo e retrabalho, com uma relação entre o total de peças

produzidas.

2.15 Aplicações de Componentes Metálicos na Construção Civil

Lorezon e Martins (2006) descrevem que em geral a construção civil sempre foi

objeto de críticas em decorrência, principalmente, dos altos custos devido ao elevado

índice de desperdício de material e de baixa produtividade, com alta rotatividade e baixa

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qualificação da mão de obra. Isso se deve, porque até a década de 1980, havia elevado

número de obras com poucas exigências quanto à qualidade e os clientes eram pouco

acostumados e despreparados para exigirem seus direitos de consumidores. Esta

situação permitiu que as construtoras conseguissem obter grandes lucros, pois os

custos eram facilmente repassados para os preços dos produtos da construção, mais

inibiu a introdução de novas tecnologias como novos materiais, processos construtivos

mais rápidos, padronização de procedimentos, entre outros. Na década de 1990, o

quadro se alterou fazendo com que a construção civil sofresse mudanças substanciais,

pois se aumentou a competição e os clientes se tornaram mais exigentes, possibilitando

ao setor melhorar seus níveis de desempenho por meio de tecnologias em processos e

produtos. A partir deste momento o setor da construção civil iniciou mudanças em sua

concepção e os novos empreendimentos imobiliários do Brasil estão cada vez mais

eliminando o conceito de paredes com superfície robusta, rígida, feita de tijolos ou

blocos, com massa de cimento, por paredes, coberturas e revestimento utilizando

componentes metálicos. Utilizado na Europa e nos Estados Unidos há mais de 100

anos, o sistema de construção por intermédio de componentes metálicos é uma

tecnologia que substitui as vedações internas convencionais (paredes, forros e

revestimentos) de quaisquer tipos de edificações.

Mitidieri (2009) destaca que o sistema de construção a seco vem mudando o

conceito de paredes e o processo da construção civil, por ser um sistema limpo, rápido,

econômico e racional. Muito utilizado na construção civil, principalmente para áreas

comerciais, o sistema de construção a seco consiste em chapas de gesso galvanizado

que permitem instalações elétricas e hidráulicas por meio do sistema de fixação

aparafusado em estruturas de perfis de aço galvanizado. As paredes de gesso são mais

leves e com espessuras menores que as paredes de alvenaria.

O sistema de construção a seco é utilizado somente nos ambientes internos das

edificações. Em caso de fechamentos externos o sistema utilizado é perfil de aço

estrutural, com fechamento de chapas cimentícias, que são mais resistentes à ação de

ventos e chuvas.

Para Martins Filho (2010) este sistema é constituído basicamente de uma

estrutura metálica leve em perfis de aço galvanizado formada por guias e montantes,

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sobre os quais são fixadas placas de gesso cartonado, em uma ou mais camadas,

gerando uma superfície apta a receber o acabamento final. O processo de instalação do

sistema de construção a seco é mais simples, preciso e rápido se comparado com

paredes de alvenaria. Porém recomenda-se que esse serviço seja feito por um

profissional habilitado, credenciado pelas empresas fabricantes de componentes

metálicos, pois as junções entre as chapas exigem técnica e prática. As paredes

fabricadas por componentes metálicos podem receber cargas como as de armários de

cozinha, TV, micro-ondas, entre outras cargas equivalentes, porém, devem ser

reforçadas internamente para receber essa carga. Esse reforço interno das paredes

pode ser feito com madeira tratada ou com chapa de aço galvanizada, utilizando

distâncias recomendadas e buchas específicas para o sistema de construção a seco.

Segundo Nicomedes e Qualharini (2003), Dos Santos et al. (2002) descrevem

que os sistemas de construção a seco que utiliza componentes metálicos é dividido em

três grupos, os quais serão destacados como: paredes, forros e revestimentos.

As paredes internas (Figura 17) sistema criado para o uso do gesso acartonado

como divisória em ambientes internos se constitui em uma estrutura interna sem função

estrutural, que pode ser metálica (predominante) ou de madeira (com devido tratamento

contra pragas), envolvida pelas placas em ambos os lados, as quais recebendo o

devido tratamento de junta invisível, que apaga a demarcação de encosto entre as

placas. É aconselhável para ambientes amplos, onde as paredes externas, o chão e o

forro já estejam prontos, mas necessita-se uma maior segregação do mesmo, com

possibilidade de redis posição, o que dá ao espaço bastante flexibilidade no

desempenho de sua função. A estrutura interna é composta por guias em forma de “U”

fixadas no chão e no forro, onde são dispostos montantes verticais. Esses montantes

possuem furos por onde devem passar as instalações elétricas, hidráulicas, etc., que

são postas antes da parede receber a segunda colocação das placas. Pode-se

trabalhar normalmente com esquadrias na parede desde que se reforce a estrutura em

torno dela. A aplicação em ambientes úmidos como banheiros e cozinhas também é

possível se for especificado no pedido das placas.

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Figura 17 - Estrutura de Componentes Metálicos (Parede)

Fonte: Metalica Arq_UFSC, Acesso 29/03/2013

O Forro (Figura 18) é usado para a cobertura de grandes vãos quando se

necessitam da obtenção de muitas aberturas para colocação de luminárias, difusores,

etc. Também possui características de isolante acústico pela perfeita vedação que tem,

podendo ser acentuada com a sobreposição de mais placas ou com o uso de mantas

isolantes, como lã de vidro ou de rocha. O acabamento de superfície é perfeitamente

uniforme e homogêneo. A colocação é possível pela instalação de cabos metálicos

presos ao teto, seja laje ou estrutura de telhado que seguram canaletas metálicas que

são fixadas as placas dispondo-as uma encostada na outra. O encontro com a parede

se dá pela colocação de cantoneiras metálicas nas quais são apoiadas as canaletas,

resistindo a esforços horizontais. As junções das chapas são cobertas com fita de papel

e gesso, dando a esperada vedação, podendo melhorar o acabamento se aplicada

massa corrida. Esse método possibilita a obtenção de forros arredondados caso

encomende-se placas com essas características.

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Figura 18 - Estrutura de Componentes Metálicos (Forros)

Fonte: Metálica Arq_UFSC, Acesso 29/03/2013

Os revestimentos (Figura 19) são compostos de dois tipos de aplicações, que

podem ser fixados por canaletas e fixados com massa, utilizar o gesso acartonado

como revestimento interno de paredes, substituindo o uso de argamassas úmidas para

dar o acabamento a paredes com tijolos ou outros elementos de preenchimento

exposto.

Figura 19 - Estrutura de Componentes Metálicos (Revestimentos)

Fonte: Metálica Arq_UFSC, Acesso 29/03/2013

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Os revestimentos fixados por canaletas, os perfis de aço galvanizado são fixados

na parede e sobre eles são aparafusadas as placas de gesso acartonado que podem

apresentar diferentes opções caso sejam ambientes úmidos ou propícios a incêndio.

Dessa maneira também cria-se possibilidade de melhorar o isolamento acústico

e térmico com o preenchimento do espaço vazio entre a placa e a parede com isolantes

como as lãs de vidro e de rocha, além de que esses espaços também podem ser

usados para a instalação de sistemas elétricos, hidráulicos, calefação, etc. E os

revestimentos fixados com massa, as placas são fixadas por meio de uma massa

adesiva em pó disposta sobre a superfície da parede, podendo receber reforço com a

utilização de pregos. Nesse sistema não é possível ocupar o espaço criado entre a

parede e as placas.

Os componentes metálicos aplicados na estrutura de construção dos grupos de

parede, forro e revestimentos destacados anteriormente são produzidos pela empresa

onde será realizado o estudo de caso de ilustração deste presente trabalho.

Na fabricação destes produtos metálicos existe uma grande variabilidade nos

quesitos fabricação e demanda, pois o controle para fabricação é muito rigoroso por se

tratar de estruturas de componentes metálicos, em que os materiais devem ser

extremamente controlados quanto a sua composição química e mecânica, dimensional

e geométrica e quanto ao seu acabamento superficial, contendo a proteção

especificada no revestimento do material.

Quanto à variabilidade da demanda as dificuldades relatadas são as flutuações

de demanda em função da fase de construção de cada obra, existindo grandes

variações nas fases de construção, pois devido a algumas ocorrências de várias obras

estarem em uma mesma fase pode existir a ocorrência de falta de alguns produtos e

sobra excessiva de outros produtos.

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3. ROTEIRO PROPOSTO PARA IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE

PRODUÇÃO ENXUTA

Até o momento foram apresentadas variadas técnicas e práticas de ferramentas

enxutas, no contexto de seguir princípios e identificar desperdícios na filosofia do

sistema de produção enxuta, com foco na melhoria de resultados aplicados ao processo

produtivo, com ênfase em qualidade, produtividade e desempenho de entrega. Também

se apresentou um pouco do contexto da fabricação de componentes metálicos e alguns

desafios a serem vencidos neste tipo de produção.

Posto isto, neste capítulo apresenta-se a proposta de um roteiro básico e

sequencial, para implantação do sistema de produção enxuta em empresas

metalúrgicas com ambiente de produção diversificado, com foco na fabricação de

componentes metálicos para o ramo da construção civil objetivando a relação da

demanda produtiva com as fases da construção civil, buscando garantir sucesso e

melhoria em seus processos produtivos quanto aos índices de produtividade, qualidade

e desempenho de entrega.

A principal ideia é realizar melhoria nos itens apresentados abaixo, os quais

causam diversos problemas de desperdício voltados ao setor de produção em

empresas metalúrgicas com sistemas de produção diversificados, a saber:

Produção excessiva de produtos, gerando sobra e falta de alguns

produtos para estoque.

Dificuldades para produção de produtos por ordem, por motivos de

excesso de tempo de setup.

Excesso de inventário de produtos para estoque tendo dificuldades para

controle e rastreabilidade do local do posicionamento do produto acabado.

Elevado número de locais de WIP causando elevado inventário.

Elevado inventário de produtos por estoque.

Layout apresentando excesso de fluxo de informações e transporte.

Índice de refugo elevado e com controles suspeitos.

Controle de produção gerando diferença entre o físico e o produzido.

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Trabalho sem padronização dificultando sequenciamento correto da

produção.

Problemas de qualidade excessivos, causando alto índice de refugo e

retrabalho.

Fluxo de valor confuso, com elevado número de desperdícios.

Alto volume de máquinas quebradas, causando atraso em entregas por

ordem.

Em relação a este contexto o roteiro básico sequencial proposto será descrito

abaixo em tópicos e apresentado na figura 20 como uma visão geral, em seguida será

relacionado com uma forma sistemática para se atender as particularidades

necessárias para a implantação do sistema de produção enxuta. A partir das fases do

ciclo PDCA foram previstas as seguintes etapas:

Fase do Planejamento:

1) Evidenciar o grau de maturidade LEAN da empresa por meio da Norma SAE

J4000 e J4001.

2) Observar e identificar os indicadores existentes na fábrica.

3) Verificar a demanda produtiva por meio de estudos de Curva ABC.

4) Analisar a variações de demanda pelo método da amplificação de demanda.

5) Realizar a definição da família de produtos.

6) Definir o mapeamento do fluxo de valor atual.

7) Analisar quais atividades que agregam valor e não agregam valor.

8) Identificar o takt time (Ritmo da Produção).

9) Identificar o PCE (Eficiência do ciclo de processo).

10) Realizar a identificação de desperdícios.

11) Descrever a matriz de priorização.

12) Construir o layout atual.

13) Identificar os ambientes de produção.

14) Definir o mapeamento do fluxo de valor futuro.

15) Identificar o takt time (Ritmo da Produção) no fluxo futuro.

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16) Identificar o PCE (Eficiência do ciclo de processo) no fluxo futuro.

17) Contextualizar melhoria nos processos de fabricação utilizando Mapa A3

para buscar melhoria na produtividade e qualidade dos processos

produtivos.

Fase do Executar:

18) Construir o layout futuro.

19) Aplicar o trabalho padronizado.

20) Aplicar o SMED (troca rápida de ferramentas).

21) Aplicar o sistema puxado.

22) Aplicar os cinco sensos.

23) Aplicar o TPM (manutenção produtiva total)

24) Aplicar as técnicas de Poka Yoke.

25) Aplicar o CEP (controle estatístico do processo)

Fase do Checar:

26) Realizar a medição dos indicadores de produção (Eficiência)

27) Realizar a medição dos indicadores de manutenção (Disponibilidade)

28) Realizar a medição dos indicadores de não-conformidade (Qualidade)

Fase da Ação:

29) Realizar a medição do grau de maturidade LEAN por meio da Norma SAE

J4000 e J4001, após a implantação do sistema de produção enxuta.

30) Caso atenda as expectativas o processo é padronizado e tomado como

lição aprendida em cada implantação.

31) Caso não atenda as expectativas, o processo deve retornar ao mapa A3

(Fase do Planejamento – etapa 17) buscando novas melhorias ao processo produtivo.

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Figura 20: Roteiro Básico Sequencial para Implementação de um Sistema de Produção Enxuta

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A figura 21 apresenta a estrutura de replicação embasada na proposta do roteiro

básico para implantação de um sistema de produção enxuta, levando em consideração

as etapas de aplicação e estruturação da equipe de implantação (patrocinador,

coordenador, equipe lean), destacando os requisitos mínimos do percurso para

replicação das fases do projeto.

Figura 21: Estrutura de Replicação

A partir da próxima seção, o Roteiro proposto (Figura 20) será detalhado em

todos os seus processos (enfatizando as 31 etapas) seguindo-se as fases do Ciclo

PDCA e obedecendo a estrutura de replicação (Figura 21) que estabiliza a dinâmica

dos passos de implantação planejada do sistema de produção enxuta em todas as

etapas das fases previstas.

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Estrutura de Replicação – Etapa Inicial

Patrocinador:

o Quem deve exercer este papel? Qual a sua autoridade mínima?

o Este papel deve ser exercido no mínimo por um cargo de gerência,

a qual tenha autoridade na liberação de orçamentos.

o O que deve fazer?

o Auxiliar na identificação do gestor do projeto, auxiliar o gestor na

identificação e formação da equipe lean.

o O que não deve fazer?

o Não auxiliar as atividades de tomada de decisão do gestor.

o Período que deve receber informações dos avanços do projeto?

o Entre 5 a 15 dias.

o Quem deve se reportar a ele?

o O gestor do projeto.

Gestor do Projeto:

o Quem deve exercer este papel? Qual a sua autoridade mínima?

o Este cargo deve ser exercido no mínimo por um cargo de

supervisão, a qual tenha influência e respeito com a equipe

comandada.

o O que deve fazer?

o Criar um bom elo de confiança com a equipe.

o O que não deve fazer?

o Não participar das reuniões com a equipe lean, demorar em dar

respostas à equipe e não realizar uma verificação in loco

diariamente.

o Período que deve receber informações dos avanços do projeto?

o Máximo á cada dois dias, sendo o ideal é receber informações

diárias.

o Quem deve se reportar a ele?

o Equipe Lean.

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Equipe Lean:

o Quem deve exercer este papel? Qual a sua autoridade mínima?

o Funcionários comprometidos e com um grau de escolaridade

mínimo de técnico, que exerça liderança sobre os demais

funcionários.

o O que deve fazer?

o Ser comprometido com os prazos e fazer fluir as informações com

os demais funcionários.

o O que não deve fazer?

o Prometer e não cumprir e não participar assiduamente dos

treinamentos.

o Período que deve receber informações dos avanços do projeto?

o Semanalmente.

o A quem deve se reportar?

o Ao gestor do projeto.

Treinamento e Capacitação:

o Conteúdos mínimos?

o Mapeamento do fluxo de valor, atividades Av e Nav, identificação

de desperdícios, mapas A3 e ferramentas enxutas.

o Que tipo de capacitação é esperado dos colaboradores?

o Capacitação em nível médio, de forma a conseguir transferir

informações básicas a outros funcionários.

Considera-se fundamental a etapa inicial da estrutura sistematizada de

replicação, pois ela define papéis importante tais como: Patrocinador, Gestor do Projeto

e Equipe Lean, que atuarão diretamente no planejamento e execução das melhorias,

novos projetos, além da disseminação da cultura lean, pelos treinamentos,

capacitações, auditorias regulares dos indicadores e procedimentos do sistema de

produção enxuta.

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Estrutura de Replicação – Etapa de Aplicação do Roteiro Proposto

Patrocinador:

o O que se espera dele nesta etapa?

o Que auxilie na avaliação da análise da maturidade lean por meio da

norma SAE J4000 e J4001, participar da proposta em alteração de

layout, acompanhe os indicadores aplicados ao processo, realize

no mínimo uma reunião mensal com toda a equipe lean,

demostrando o quanto este projeto é importante para a empresa e

para todos os colaboradores.

Gestor do Projeto:

o O que se espera dele nesta etapa?

o Acompanhe todas as análises de maturidade lean por meio da

norma SAE J4000 e J4001, informe assiduamente o patrocinador,

realize uma reunião com todo o setor envolvido no projeto

apresentando a equipe lean e como será a estrutura de

treinamentos, apresente os relatórios para toda a equipe

demostrando os ganhos e evolução do projeto.

Equipe Lean:

o O que se espera dela nesta etapa?

o Muita garra e determinação para implantação das melhorias

priorizadas e disseminação do lean em toda a estrutura

empresarial.

Treinamento e Capacitação:

o Vai continuar? De que forma?

o Sim, deve se continuar treinando os operadores em nível básico

quanto às ferramentas necessárias para controles diários e

registros como monitoramento do Kanban, CEP, SMED e Trabalho

Padronizado.

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83

CICLO PDCA – PLAN = FASE PLANEJAR DO ROTEIRO

(Etapas de 1 a 17)

3.1 Diagnóstico e Maturidade LEAN – Norma SAE J4000 e J4001 (Diagnóstico)

A etapa de diagnóstico é representada a partir do modelo de referência pelas

normas SAE J4000 e SAE J4001, esta fase é utilizada para analisar o grau de

aderência da organização obtendo o grau de maturidade por meio de uma lista de

verificações.

A relevância da aplicação da SAE J4000 e J4001 neste estudo em empresas

metalúrgicas fabricantes de componentes metálicos para o ramo da construção civil é

de extrema importância, pois não existem muitos trabalhos nesta área e a conceituação

adequada desta norma dará um rumo muito importante na aplicação, deixando claro

que a norma tem potencial para aplicação em qualquer tipo de segmento industrial.

Esta fase deve caracterizar as preparações iniciais para o inicio do projeto de

implantação do sistema de produção enxuta, caracterizando a definição da equipe que

estará atuando na linha de frente do projeto, que pode ser evidenciada na etapa inicial

da Figura 21.

Outro item importante a ser definido nesta etapa são os responsáveis para

demonstração dos dados existentes em cada setor, passando pelas áreas de diretoria e

organização, produção e operações, projeto e produto, qualidade, recursos humanos,

aquisição, vendas e tecnologia da informação.

Após definição dos responsáveis pela informação por cada setor e identificação

da equipe que irá contemplar as etapas na estrutura de replicação, e descrito os

elementos que serão analisados embasados na norma SAE J4000 e J4001, é

necessário realizar a análise dos 06 elementos que contemplam a norma, avaliando o

número de afirmações para cada elemento, norteando o nível de implementação de 0 á

3 pontos pra cada afirmação.

Esta fase é importante ser estruturada pela Tabela 11, que demostra todas as

fases quanto a elementos, componentes e níveis de avaliação baseado na norma

citada.

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84

Tabela 11: Fases dos Elementos e Componentes Atribuidos a Niveis de Satisfação

Fonte: Adaptado da Norma SAE J4000, 1999.

Além disso, e em linhas gerais, cada fase do elemento de desempenho pode ser

associada a uma ou mais ferramentas modernas da gestão industrial bem como a

algumas metodologias ou filosofias implantada, por meio de cada questão referenciada

em cada elemento (Tabela 12). Nesta tabela serão comentados os fatores de

desempenho associados a cada um das categorias dos elementos, sendo importante

ressaltar que foram mantidos os números de referência utilizados na norma.

Eleme

nto1

23

45

67

89

1011

1213

4Ad

ministr

ação e

Respo

nsabili

dade

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

13 Afi

rmaçõ

es

5Pes

soal

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

12 Afi

rmaçõ

es

6Inf

ormaçã

o0 á

3 0 á

3 0 á

3 0 á

3 04

Afirm

ações

7For

necedo

r/Orga

nizaçã

o/Clien

te0 á

3 0 á

3 0 á

3 0 á

3 04

Afirm

ações

8Pro

duto/G

estão

do Pro

duto

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

06 Afi

rmaçõ

es

9Pro

cesso/

Fluxo

do Pro

cesso

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

0 á 3

13 Afi

rmaçõ

es

0O c

ompon

ente n

ão est

á impla

ntado

ou exi

stem i

nconsi

stênci

as fund

ament

ais na

sua im

planta

ção.

1O c

ompon

ente e

stá im

planta

do ma

is aind

a exis

tem inc

onsistê

ncias m

enos si

gnifica

tivas n

a sua im

planta

ção.

2O c

ompon

ente e

stá sat

isfator

iament

e impla

ntado.

3O c

ompon

ente e

stá sat

isfator

iament

e impla

ntado

e most

ra um m

elhora

mento

contín

uo nos

último

s 12 me

ses.

Compon

ente

Niveis

de Sa

tisfaçã

o em R

elação

as Me

lhores

Prática

s do L

ean Ma

nufact

uring

Nível

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85

Tabela 12: Questões em Cada Elemento da Norma SAE J4000

Fonte: Adaptado da Norma SAE J4000, 1999.

1Pr

ogre

sso

nas I

mpl

anta

ções

dos

Prin

cípio

s de

Man

ufat

ura E

nxut

a

2De

sdob

ram

ento

das

Pol

ítica

s Enx

utas

a tra

vés d

e um

a est

rutu

ra d

e ín

dice

s qua

litat

ivos

e q

uant

itativ

os

3De

finiçã

o de

Met

as e

ple

na co

mun

icaçã

o da

s mes

mas

4Co

nscie

ntiza

ção

e tre

inam

ento

nos

prin

cípio

s da M

anuf

atur

a Enx

uta

5Co

mpr

omiss

o da

alta

gerê

ncia

no

proc

esso

s de

impl

anta

ção

dos p

rincíp

ios e

nxut

os

6Ve

rifica

ção

do d

esem

penh

o em

funç

ão d

as m

etas

em

todo

s os n

íveis

da e

stru

tura

7Pl

ano

de In

cent

ivos

pel

os p

rogr

esso

s obt

idos

na i

mpl

anta

ção

dos p

rincíp

ios e

nxut

os

8Si

stem

a Qua

ntita

tivo

de In

dica

dore

s de

Dese

mpe

nho

segu

ndo

os p

rincíp

ios d

a Man

ufat

ura E

nxut

a

9Ex

istên

cia d

e um

a atm

osfe

ra o

rient

ada a

o de

sem

penh

o co

m u

ma v

isão

orie

ntad

a aos

pro

cess

os

10Co

ntat

o e

envo

lvim

ento

ent

re a

alta

gerê

ncia

e a

forç

a de

traba

lho

no se

ntid

o de

ena

ltece

r as p

rátic

as d

itada

s pel

os p

rincíp

ios d

a Man

ufat

ura E

nxut

a

11Cl

ima e

stim

ulan

te e

de

ince

ntiv

o na

cons

ecuç

ão d

as m

etas

est

abel

ecid

as p

elas

pol

ítica

s enx

utas

, prim

ando

a es

tabi

lidad

e e

parti

cipaç

ão d

os in

divíd

uos.

12Vi

são

a mei

o e

long

o pr

azo

na e

scol

ha d

as aç

ões e

inici

ativ

as p

or p

arte

da o

rgan

izaçã

o, ao

invé

s de

med

idas

de

curto

pra

zo e

exp

losiv

as.

13A

gerê

ncia

dev

e co

mpr

omet

er-s

e co

m o

s prin

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s Lea

n e

não

prio

rizar

atitu

des d

e cu

rto p

razo

inco

nsist

ente

s com

o p

rogr

ama.

1Di

spon

ibili

dade

de

uma e

stru

tura

par

a tre

inam

ento

e fa

cilid

ade

para

os e

mpr

egad

os se

rem

trei

nado

s

2Pr

ogra

mas

de

trein

amen

to vo

ltado

s par

a os c

once

itos e

ferra

men

tas d

a Man

ufat

ura E

nxut

a em

todo

s os n

íveis

da o

rgan

izaçã

o

3 4A

estru

tura

da o

rgan

izaçã

o é

dese

nhad

a de

acor

do co

m o

s con

ceito

s da c

adei

a de

valo

r

5Pa

rticip

ação

de

func

ioná

rio d

entro

da s

ua ár

ea d

e co

mpe

tênc

ia n

a im

plan

taçã

o do

s con

ceito

s da m

anuf

atur

a enx

uta

6Po

lítica

s de

Recu

rsos

Hum

anos

que

favo

reça

m o

est

abel

ecim

ento

dos

conc

eito

s da M

anuf

atur

a Enx

uta.

7 8En

cora

ja-s

e a p

artic

ipaç

ão d

e fu

ncio

nário

s em

cole

tivid

ades

e ag

rupa

men

tos d

entro

da o

rgan

izaçã

o qu

e tra

balh

em p

ela m

elho

ria co

ntín

ua.

9M

ensu

rabi

lidad

e do

s res

ulta

dos o

btid

os p

elos

agru

pam

ento

s nos

seus

esf

orço

s pel

a mel

horia

cont

ínua

.

10Au

tono

mia

par

a que

as au

torid

ades

de

cada

um

des

ses a

grup

amen

tos o

u eq

uipe

s de

traba

lho

poss

am d

ecid

ir e

agir

em fu

nção

dos

suas

nec

essid

ades

.

11Es

sa au

tono

mia

é re

conh

ecid

a e su

sten

tada

pel

os n

íveis

hier

árqu

icos s

uper

iore

s.

12 1In

form

ação

corre

ta, o

portu

na e

stá d

ispon

ível p

ara t

oda a

org

aniza

ção

segu

ndo

nece

ssid

ade.

2O

conh

ecim

ento

é co

mpa

rtilh

ado

atra

vés d

a est

rutu

ra o

rgan

izacio

nal

3Há

um

a esp

écie

de

desc

entra

lizaç

ão d

a inf

orm

ação

loca

lizan

do-a

pró

xim

a aos

usu

ário

s de

dife

rent

es co

leçõ

es d

e da

dos.

4O

siste

ma d

e in

form

açõe

s ope

racio

nais

e fin

ance

iras e

stá e

stru

tura

do d

e m

anei

ra a

med

ir e

repo

rtar o

s ava

nços

em

mat

éria

dos

conc

eito

s da M

anuf

atur

a Enx

uta.

Elem

ento

6

Elem

ento

4

Elem

ento

5

Os tr

eina

men

tos s

ão d

ocum

enta

dos e

certi

ficaç

ão é

redi

gida

par

a os p

artic

ipan

tes.

Exist

e um

a age

nda d

etal

hada

dos

mód

ulos

des

ses t

rein

amen

tos q

ue é

ampl

amen

te d

ivul

gada

.

Equi

pes d

e im

plan

taçã

o e

segu

imen

to d

as aç

ões v

olta

das à

aplic

ação

dos

conc

eito

s da m

anuf

atur

a enx

uta s

ão d

efin

idas

, bem

com

o as

linh

as d

e au

torid

ade

estã

o

clara

men

te e

stab

elec

idas

.

A di

reçã

o e

alta

gerê

ncia

est

á com

prom

etid

a com

as d

ecisõ

es d

os ag

rupa

men

tos e

o co

mpr

omiss

o co

m se

us e

ncam

inha

men

tos d

eve

expr

essa

r-se

atra

vés d

a

cess

ão d

os re

curs

os n

eces

sário

s e ap

ropr

iado

s a e

stes

enc

amin

ham

ento

s.

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86

Tabela 12: Cont. Questões em Cada Elemento da Norma SAE J4000

Fonte: Adaptado da Norma SAE J4000, 1999.

1Pa

rticip

ação

na o

rigem

de

forn

eced

ores

e cl

ient

es n

o pr

oces

so d

e de

senv

olvi

men

to d

e pr

odut

os e

pro

cess

os.

2Cl

ient

es e

Forn

eced

ores

cont

am co

m re

pres

enta

ntes

apro

pria

dos n

as e

quip

es d

e de

senv

olvi

men

to d

e pr

odut

os e

pro

cess

os.

3Cl

ient

es e

Forn

eced

ores

par

ticip

am d

e re

visõ

es co

ntín

uas n

o pr

ogre

sso

na ár

ea d

e de

senv

olvi

men

to e

alte

raçã

o de

pro

duto

s e p

roce

ssos

.

4 1 2 3Os

prin

cípio

s do

gere

ncia

men

to d

o cic

lo d

e vi

da, e

spec

ifica

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te fe

rram

enta

s DFx

, são

aplic

ados

no

proc

esso

de

dese

nvol

vim

ento

de

novo

s pro

duto

s.

4 5 6 1As

área

s de

traba

lho

estã

o or

gani

zada

s e li

mpa

s e sã

o au

dita

das c

om re

gula

ridad

e.

2Si

stem

a efe

tivo

de m

anut

ençã

o pr

even

tiva.

3As

est

rutu

ras d

e m

ater

iais

para

cada

pro

duto

ou

subm

onta

gem

est

ão co

rreta

men

te ca

talo

gada

s.

4A

cade

ia d

e va

lor e

stá i

nteg

ralm

ente

map

eada

, e o

s pro

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s fisi

cam

ente

clas

sifica

dos e

m fu

nção

de

sem

elha

nças

nos

seus

pro

cess

os e

flux

os.

5A

prod

ução

é ri

tmad

a com

as d

eman

das d

os co

nsum

idor

es.

6Co

ntro

les v

isuai

s são

util

izado

s na p

rodu

ção

7Os

pro

cess

os e

stão

sob

cont

role

, bem

com

o a v

aria

bilid

ade

dos m

esm

os é

redu

zida c

ontin

uam

ente

.

8Aç

ões p

reve

ntiv

as sã

o de

senv

olvi

das d

e m

anei

ra a

redu

zir o

u ev

itar a

s não

conf

orm

idad

es n

os p

rodu

tos o

u no

s pro

cess

os.

9Fl

uxo

de p

rodu

ção

sincr

oniza

do co

m o

ritm

o di

tado

pel

a dem

anda

.

10Re

duçã

o do

tam

anho

do

lote

e m

inim

izaçã

o do

tam

anho

dos

lote

s.

11Co

nfig

uraç

ão d

o ch

ão d

e fá

brica

em

cons

onân

cia co

m a

orie

ntaç

ão ao

s pro

cess

os e

esf

orço

s par

a enc

urta

men

tos d

os fl

uxos

.

12 13Ex

ame

regu

lar e

cont

ínuo

das

cade

ias d

e va

lor a

o lo

ngo

da o

rgan

izaçã

o sã

o en

cam

inha

dos v

isand

o a m

elho

ria co

ntín

ua d

as m

esm

as.

Elem

ento

9

Padr

oniza

ção

dos m

étod

os d

e tra

balh

o é

prom

ovid

a e d

ivul

gada

ao lo

ngo

dos f

luxo

s, co

m o

intu

ito d

e ba

lanc

ear a

s car

gas d

e tra

balh

o do

s ope

rado

res,

min

imiza

r

a var

iabi

lidad

e e

elim

inar

des

perd

ício.

Elem

ento

7

Ince

ntiv

os e

fetiv

os sã

o de

finid

os p

ara a

obt

ençã

o, p

or p

arte

de

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tes e

forn

eced

ores

, de

ganh

os n

o de

sem

penh

o e

dim

inui

ções

nos

cust

os d

e pr

odut

os e

proc

esso

s.

Elem

ento

8

Dese

nvol

vim

ento

inte

grad

o de

pro

duto

s, co

m a

parti

cipaç

ão d

e to

das a

s áre

as fu

ncio

nais

da e

mpr

esa,

bem

com

o ou

tros a

gent

es ta

is co

mo

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tes,

forn

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ores

, ins

titui

ções

do

terc

eiro

seto

r, et

c.

O cu

sto,

des

empe

nho

e ou

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tribu

tos e

stão

clar

amen

te e

spec

ifica

dos e

são

com

parti

lhad

os p

or to

dos o

s par

ticip

ante

s do

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de

dese

nvol

vim

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dos

prod

utos

.

Os p

arâm

etro

s de

capa

bilid

ades

de

proc

esso

e d

o pr

ojet

o de

pro

duto

est

ão d

efin

idos

de

man

eira

a to

rnar

-se

robu

stos

e p

assa

m a

ser t

rata

dos c

omo

benc

hmar

ks

pela

org

aniza

ção.

A es

trutu

ra d

e de

senv

olvi

men

to d

e pr

odut

os d

eve

asse

gura

r a p

erm

anên

cia e

cont

inui

dade

do

conh

ecim

ento

sobr

e os

mec

anism

os li

gado

s a e

sta a

tivid

ade,

bem

com

o as

dec

isões

tom

adas

no

pass

ado

deve

m se

r doc

umen

tada

s e e

star

disp

oníve

is ao

uso

por

todo

s os m

embr

os d

as e

quip

es.

Os te

mpo

s de

ciclo

par

a a at

ivid

ade

de d

esen

volv

imen

to d

e no

vos p

rodu

tos d

evem

ser m

edid

os e

esf

orço

cont

ínuo

dev

e se

r des

envo

lvid

o pa

ra e

stes

tem

pos

encu

rtar-s

e ao

long

o do

s per

íodo

s.

Page 101: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

87

3.2 Identificação e Levantamento dos Indicadores da Fábrica

Este passo deve ser realizado por meio de entrevistas com o pessoal

responsável por cada setor envolvido no projeto, esta entrevista deverá relacionar quais

são os indicadores já existentes nos processos, quais as metas aceitáveis, destacar

quais ações corretivas são utilizadas quando os indicadores apresentam variações

entre suas metas.

Deve-se realizar uma avaliação entre os setores de diretoria e organização,

produção e operações, projeto e produto, qualidade, recursos humanos, aquisição,

vendas e tecnologia da informação.

Nesta fase é importante discutir com os entrevistados se os indicadores atuais

agregam valor às atividades ou somente são indicadores que não refletem a realidade

da empresa.

3.3 Definição da Curva ABC

Esta etapa consiste em identificar quais são os produtos best-seller da empresa,

podendo identificar quais são os produtos que geram maiores demanda e tem maior

receita a empresa, e esta metodologia cria uma facilidade na identificação das classes

dos produtos. Baseado na metodologia de classificação ABC, deve se seguir a

sequência da estrutura relatada abaixo:

Produtos Classe A – Representação de 20% dos itens, mas

correspondem a 80% do valor de consumo.

Produtos Classe B – Representação de 30% dos itens, mas

correspondem 15% do valor de consumo.

Produtos Classe C – Representação de 50% dos itens, mas

correspondem somente a 5% do valor de consumo.

Nesta etapa é importante criar uma planilha no MS-Excel para identificar as

porcentagens das representações de cada classe de produtos, destacando e

identificando os produtos que serão realmente estudados nos projetos iniciais.

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88

Lembrando e destacando as fases da obra da construção civil, em parede, forro e

revestimento.

3.4 Estudo das Amplificações de Demanda

Nesta fase, a ideia é que sejam levantadas as variações de quantidade de

produtos entregue e a quantidade de produtos vendidos sendo importante relacionar

este estudo com os produtos analisados na curva A (best-sellers), tornando

extremamente importante a avaliação da aplicação dos produtos curva A com as fases

da obra da construção civil.

A estrutura da amplificação de demanda deve ser considerada conforme um

resumo a mudança percentual máxima da produção e na liberação diária durante o mês

para cada produto avaliado, desenhando em um gráfico simples a amplificação de

demanda.

Estas amplificações devem ser avaliadas juntamente ao mapeamento do fluxo de

valor para traçar estratégias de melhorias para redução das variações entre a

quantidade de produtos vendidos e produtos entregues.

Nesta avaliação é importante ressaltar que deve ser observada a porcentagem

de amplificação positiva e negativa entre os dois valores conforme Figura 22, ilustrada

abaixo.

Figura 22: Amplificação de Demanda (Positiva e Negativa)

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89

Esta avaliação é determinante para descobrir a causa do desalinhamento entre a

programação oficial e o que esta ocorrendo na realidade.

3.5 Avaliação dos Ambientes de Produção

Este momento se trata de uma análise cautelosa para identificar os tipos de

ambientes de produção no processo produtivo, levando em consideração quais os tipos

de demanda que fluem em cada processo produtivo.

Agora é de extrema importância se apoiar em bibliografias já anteriormente

relatadas para facilitar a identificação do ambiente produtivo com o tipo de estratégia da

empresa.

Em que citados sete tipos mais usuais de ambientes produtivos, pode ser

observado os ambientes: (MTS) Make to Stock = Produção para estoque com base em

previsão de demanda, (QRTS) Quick Response to Stock = Produção para estoque com

base numa rápida reposição de estoque, (ATO) Assembly to Order = Montagem sob

encomenda, (MTO) Make to Order = Fabricação sob encomenda, (RTO) Resources to

Order = Recursos de insumos sob encomenda, (ETO) Engineering to Order = Projeto

sob encomenda e (PTO) Packing to Order = Empacotamento sob encomenda.

Reconhecendo os tipos de ambientes, pode-se identificar qual o tipo de demanda

produtiva e se principalmente o tipo de demanda impera isoladamente no processo ou

se misturam em mais de um tipo de ambiente no mesmo processo, podendo assim

avaliar a estrutura do ambiente como um todo, facilitando as outras fases de

implantação do sistema de produção enxuta.

3.6 Identificação e Definições de Famílias dos Produtos

Nesta etapa chega o momento de definir as famílias de produtos, para definir

quais serão mapeadas em seu fluxo de valor, portanto é necessário incluir quais os

tipos de produtos serão avaliados dentro de uma mesma família seguindo alguns

critérios específicos e importantes:

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90

Tempo de ciclo do produto: representa o tempo que o produto leva para ser

processado de porta a porta na sua indústria.

Volume de demanda: importante para definição das famílias de produtos

identificarem qual o volume por tipo de demanda produtiva, sendo em qual

ambiente produtivo cada produto se relaciona, sendo por ordem, por estoque,

por montagem, entre outros.

Similaridade de processos: neste ponto é importante evidenciar quais produtos

compartilham da mesma linha produtiva para fabricação e montagem.

Sabendo que uma família de produtos pode ser composta por muitos produtos

distintos, é importante que se levante a estrutura de produtos que representem maior

volume produtivo, maior demanda, maior numero de processamentos e que também

seja representativo financeiramente.

3.7 MFV Atual

Para realização do mapeamento do fluxo de valor atual é importante entender

que existem alguns componentes específicos para serem atribuídos a esta estratégia,

em que será destacada a seguir e de forma resumido apresentado uma ilustração na

Figura 23:

Atividades AV e NAV: Nesta avaliação a equipe deve analisar o processo que

estão mapeando e percorrer todo o fluxo de valor rastreando as atividades que

agregam e as atividades que não agregam valor ao sistema produtivo, anotando

o tipo de atividade como operação, inspeção, espera, estoque e transporte. Para

realizar esta analise é importante atribuir uma tabela destacando cada tipo de

atividade nos setores específicos de produção. E ao final do levantamento deve

se realizar os cálculos de porcentagem de AV e porcentagem de NAV.

TAKT TIME: Sabendo que o takt time é a frequência com que deve se produzir

um produto, baseado no ritmo de vendas, atendendo a demanda dos clientes. O

takt time é calculado dividindo o tempo disponível de trabalho (em segundos)

pelo volume da demanda do cliente (em unidades). Portanto, neste momento

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91

deve se saber quantos minutos trabalham por turno, quantos turnos e a

quantidade de peças necessárias diariamente para serem entregue ao cliente.

PCE: Nesta fase é necessário avaliar o tempo de agregação de valor e o tempo

total de processamento, dividindo um pelo outro se obtém o valor da eficiência do

ciclo do processo, que para um processo de fabricação normal, gira em torno de

10% e para um processo de fabricação enxuto é mínimo 25%.

Identificação dos Desperdícios: Esta fase é evidenciada pela identificação dos

desperdícios no sistema produtivo, realizando o trajeto em todo o fluxo de valor,

torna-se necessário encontrar os desperdícios como, produção excessiva,

espera, transporte, processamento, estoques excessivos, movimentação

excessiva, produtos com defeitos e criatividade. Esta etapa por ser, uma das

etapas que trará muitas oportunidades de melhoria a equipe Lean deve

concentrar muitos esforços, separando a equipe para buscar minuciosamente os

tipos de desperdícios armazenados em cada processo.

Matriz de Priorização: Quando a equipe do fluxo de valor atingir o estado atual

dentro da empresa e conhecer todos os dados e tempos do processo de

fabricação, chega o momento de relatar os problemas e desperdícios

apresentados ao longo do fluxo em uma matriz de priorização, com o modelo

GUT (Gravidade, Urgência e Tendência), conforme tabela 13.

Tabela 13: Matriz de Priorização GUT

Fonte: Adaptado de Marshall, 2008.

1

2

3

4

5

6

Gravidade Urgência Tendência

Matriz de Priorização - G U T ( Gravidade x Urgência x Tendência )

Item Descrição do Problema Desperdicio Resultado EsperadoG U T

Resultado Ações Propostas

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92

Layout Atual: Nesta atividade é realizada a análise do layout atual, tendo como

objetivo a proposição para conter informações sobre especificações e

características do produto, quantidades de produtos e materiais, sequências de

operações e montagem, espaço necessário para cada equipamento, incluindo

espaço para movimentação do operador, estoques, informações sobre

recebimento, expedição, estocagem de matéria prima e produtos acabados e

transportes. E relevante nesta situação identificar os pontos que apresentam

maiores dificuldades ao processo produtivo, baseado nos tipos de desperdícios

apresentados anteriormente.

Figura 23: Ilustração Estratégica do MFV Atual

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93

3.8 MFV Futuro

Na criação do mapa do estado futuro uma pergunta bastante abrangente e que

merecem destaque: É o que deve ser feito e em que sequência para criar um mapa de

fluxo de valor do estado futuro?

O resumo do estado futuro deve ser contemplado como objetivo a construção de

uma cadeia de produção em que os processos individuais são articulados aos seus

clientes ou por meio de fluxo contínuo ou puxada, e que cada processo se aproxime ao

máximo possível de produzir apenas o que os clientes precisam e quando precisam.

Nesta etapa, é necessário seguir as questões chaves para o estado futuro

destacado por Rother e Shook (2003):

Questão 1: Qual é o takt time da empresa para a família de produtos escolhida?

O cálculo do takt time deve ser realizado por meio dos dados de tempo de

trabalho disponível dividido pela demanda do cliente.

Questão 2: O seu processo produzirá para um supermercado de produtos

acabados do qual os clientes puxam ou diretamente para a expedição?

Esta resposta deve ser avaliada por meio de diversos fatores, como padrões de

compra dos clientes, a confiabilidade dos seus processos e as características de seu

produto. Atentar a produção direta para expedição exigirá um fluxo do pedido à entrega

confiável, e com lead time curto ou então mais estoque de segurança.

Questão 3: Onde a empresa pode introduzir fluxo continuo?

Aqui se faz necessário avaliar os tempos atuais de todos os ciclos para cada

processo, e verificar se existe possibilidades de realizar o balanceamento das linhas de

produção.

Questão 4: Onde a empresa precisará introduzir o sistema puxado com

supermercado?

Neste item deve ser avaliada a necessidade dos clientes, qual a quantidade de

peças demandadas em cada fase do processo. Assim podem ser definidos os tipos de

Kanbans estruturado em cada fase do processo, tornando assim uma estrutura definida

com o tipo de supermercado para cada etapa do processo.

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94

Questão 5: Qual o único ponto da cadeia de produção que a empresa deve

programar?

Este item deve se atentar que somente devem ser programados processos que

não sejam estabelecidos pelo sistema puxado.

Questão 6: Como a empresa deve nivelar o seu mix de produção no processo

puxador?

Para este caso a empresa deve avaliar todas as demandas de produto que fluem

no processo destacando quais itens ou fase deverão ser estabilizados pelo sistema

puxador.

Questão 7: Qual incremento constante de trabalho a empresa deveria liberar e

retirar do processo puxador?

Nesta fase é necessário identificar a oportunidade de utilizar o sistema de

nivelamento (heijunka box), facilitando a programação através da definição do tempo

em que será consumido a quantidade de produtos instalado em cada box.

Questão 8: Quais melhorias de processo serão necessárias para o fluxo de valor

da empresa funcionar como está descrito no desenho do estado futuro?

Nesta etapa, torna se necessário a identificação das oportunidades de melhoria

que serão destacados como eventos Kaizen.

Seguindo estas questões o fluxo de valor futuro terá certa estratégia de aplicação

e apresentarão melhores resultados para os processos avaliados.

3.9 Estruturação dos Mapas A3

Após realização dos mapeamentos dos fluxos de valor e da priorização das

ações pelo método de GUT, a equipe Lean deve documentar as ações por meio de

mapas A3.

Estes mapas são relatórios utilizados para apresentar de forma padronizadas as

iniciativas e melhorias dos projetos.

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95

Os mapas A3 relatados deverão ser projetados por meio da tabela de priorização

(Matriz de Priorização – GUT) conforme ilustrado na figura 24, a qual definiu os pontos

que serão importantes para empresa estudar e estruturar as melhorias desejadas.

Figura 24: Relação entre Matriz de Priorização e Mapa A3

CICLO PDCA – DO = FASE EXECUTAR DO ROTEIRO

(Etapas 18 a 25)

3.10 Aplicação das Ferramentas Enxutas

Neste momento é chegada a hora do fazer, em que se devem realizar as

aplicações das ferramentas enxutas conforme identificados nas avaliações da fase do

planejamento.

1

2

3

4

5

6

Matriz de Priorização - G U T ( Gravidade x Urgência x Tendência )

Item Descrição do Problema Desperdicio Resultado EsperadoG U T

Resultado Ações PropostasGravidade Urgência Tendência

Titulo:

Objetivo:

Condição Atual: Condição Alvo:

Cronograma: Indicador Antes x Depois:

MAPA A3

xvzxet

xvzxet

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A estrutura será aplicada por meio de ferramentas enxutas, as quais serão

destacadas na sequência.

1. Layout Futuro: Considerando os tipos de dificuldades baseadas nos 6´Ms atribuídos

aos processos produtivos (mão de obra, meio ambiente, medição, máquina, método e

material) para elaboração das restrições, deve se implementar o estudo da matriz de

incidência no ambiente da manufatura, observando qual produto é similar e passa pelo

mesmo processamento.

A prospecção do layout futuro deve ser avaliada pelo diagrama espaguete com

foco principal na redução de deslocamento dos produtos. Esta proposta deve seguir os

princípios de redução de deslocamento de materiais, redução do deslocamento da mão

de obra, alinhamento das máquinas com intuito de separação por famílias, fluxo de

produção eliminando vai e volta para o mesmo setor, redução de trafego de

empilhadeiras, melhoria na medição de peças, atribuição de métodos para melhorar o

fluxo de informações.

2. Trabalho Padronizado: Nesta fase o intuito é mostrar a interação entre operadores

e as máquinas, ou entre operadores. O trabalho padronizado mostra a combinação do

trabalho manual, caminhada e processamento da máquina conforme tabela 14.

A aplicação do trabalho padronizado deve seguir a seguinte sequência:

a) Calcular e desenhar o ciclo da operação;

b) Listar os elementos de trabalho do operador na ordem que eles são realizados

e numerá-los.

c) Colocar os tempos do operador, da máquina e de caminhada para cada

elemento de trabalho.

d) Desenhar o tempo de trabalho manual de máquina e de caminhada conforme

estrutura da legenda.

O intuito da tabela de combinação e trabalho padronizado é revelar quando os

tempos do ciclo da máquina são muito longos, provocando espera no próximo ciclo do

operador.

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97

Tabela 14: Tabela de Combinação do Trabalho Padronizado

Fonte: Adaptado de Black, 1998.

3. SMED: Entendendo que o SMED (Single Minute Exchange of Die) é a técnica de

troca de ferramenta em um digito, ou seja, menor que 10 minutos, buscando a redução

do tempo de setup de uma máquina por meio da transformação das atividades internas

em atividades externas. Isto é, transformar as atividades que precisam ser executadas

no ambiente da máquina, em que necessitam que a máquina esteja parada para serem

executadas em atividades que podem ser executadas independentes ao funcionamento

da máquina fora do seu ambiente.

A equipe Lean capacitada no treinamento deve optar por escolher a máquina

mais critica no que diz respeito a tempo de parada por setup e o desenvolvimento do

projeto troca rápida de ferramenta deve seguir as etapas abaixo:

Manual

Máquina

Caminhar

Manual Máquina Caminhar 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Elaborado:

Processo: Descrição Geral da Atividade:

Legenda

Aprovado:Revisão:Data:

Operação: De: Setor nº

Trabalho Padronizado

Turno: Ciclo da Operação:

Quantidade Diária Requerida:

Total

Tempo das Operações

Para: Setor nº

Nº Nome da OperaçãoTempo

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98

Identificar o método atual: equipe de setup e função a ser desenvolvida por cada

membro da equipe.

Registrar o método atual: realizar a filmagem do setup.

Medir o método atual: analisar o tempo de cada etapa.

Identificar elementos: registrar tempos como externos e internos.

Separar os elementos.

Tratar os elementos.

Sugerir dispositivos de troca rápida.

4. Sistema Puxado: O objetivo nesta etapa é produzir de forma adequada a fim de

evitar grandes quantidades de material em estoque, produzindo adequadamente de

forma que o ritmo produtivo corresponda à necessidade do cliente.

A ferramenta abordada aqui será o Kanban, que é um meio de realizar a

produção puxada, em que o processo produz somente no exato momento em que o

processo posterior solicita por meio de um método simples e visual.

A estratégia definida pela equipe Lean, contempla a administração do estoque de

produto acabado e produtos em processos do produto definido na identificação e família

de produtos, sendo os quais apresentam maior volume produtivo e maiores dificuldades

no processamento.

A aplicação do sistema puxado deve se resumir em quatro etapas em que

constitui se:

Levantamento e análise de dados operacionais como: demanda, produção,

embalagem, estes dados são importantes para conhecer o nível de serviço que

deve ser atendido diariamente para cada cliente, a capacidade produtiva das

máquinas, a disponibilidade da máquina, tempos de setup, entre outros, pois

assim é possível mensura o número de cartões kanbans necessários para cada

produto.

Cálculo de cartões definindo os tipos necessários para aplicação, sendo cartões

kanban de retirada, kanban de produção e kanban triângulo.

Dimensionamento dos Kanbans e Heijunka Box, neste ponto com a quantidade

certa do numero total de cada tipo de cartão, a próxima etapa torna se possível

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99

dimensionar o tamanho dos cartões e consequentemente a régua do tempo do

heijunka box (sequência de produção).

Definição da logística do sistema puxado, destacando qual o fluxo e a sequencia

em que os cartões devem seguir.

5. Cinco Sensos: Esta etapa busca a disciplina por meio da consciência e

responsabilidade de todos os colaboradores da empresa, visando aperfeiçoar o

comportamento das pessoas por meio de mudanças de hábitos e atitudes.

A aplicação da ferramenta deve ser no ambiente que esta prejudicando a

produtividade e apresentando problemas em todo o setor produtivo como dificuldades

de encontrar ferramentas, excesso de sujeiras, documentações desorganizadas entre

outros.

Para aplicação de filosofia a empresa deve seguir a sequência relatada abaixo:

1º S - SEIRI – Senso de utilização, organização, seleção e descarte: É a separação

criteriosa das coisas necessárias das desnecessárias, dando destino para aquelas que

deixaram de ser úteis para o ambiente.

2º S - SEITON – Senso de Organização, ordenação e arrumação: É agrupar as coisas

necessárias, de acordo com a facilidade de acessá-las, levando em conta a frequência

lógica já praticada, ou de fácil assimilação.

3º S - SEISO – Senso de limpeza, inspeção e zelo: É eliminar a sujeira, inspecionando

para descobrir e atacar as fontes de problemas. O SEISO é uma oportunidade de

inspeção e reconhecimento do ambiente.

4º S - SEIKETSU – Senso da saúde e higiene: É conservar a higiene, tendo o cuidado

para que os estágios de SEIRI, SEITON e SEISO, já alcançados não retrocedam.

5º S - SHITSUKE – Senso da disciplina, autodisciplina e educação: É cumprir

rigorosamente as normas e tudo o que for estabelecido. É um sinal de respeito ao

próximo.

6. TPM: Para aplicação desta etapa faz se necessário classificar as máquinas da

empresa conforme seu impacto nos fatores de avaliação quanto à qualidade,

atendimento, segurança, custos e complexidade tecnológica. Após esta avaliação deve

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100

classificar os equipamentos como ABC, determinando o tipo de interrupção que pode

ser causada pela parada da máquina em cada classificação.

Nesta etapa, torna-se interessante realizar a avaliação do tempo médio entre

falhas e do tempo médio entre reparos nas máquinas ferramentas.

A capacitação para o TPM deve ser estruturada em: melhoria específica,

manutenção autônoma, manutenção planejada, treinamento e controle inicial.

Neste ponto devemos atribuir estratégias para implantação de cada pilar da

manutenção, detalhando a mesma de forma estruturada.

7. Poka Yoke: Nesta fase, antes de implantar um método de poka yoke, é preciso

analisar se o método cabe na produção e qual o método ideal para se evitar os erros e

defeitos na produção. Para se validar um método de poka yoke é necessária à análise

do número de peças em conformidade e as em não conformidade.

A análise é realizada da seguinte forma: o poka yoke tem que identificar um

maior número de peças com não conformidade, pois essa é a função do poka

yoke. Caso o dispositivo de poka yoke não identifique os erros, é o momento então da

escolha de outro dispositivo.

Para implantar dispositivos de poka yoke é necessária a fase de planejamento

que diagnosticará onde ocorre a maioria dos defeitos, em que fase de produção e em

que máquinas e equipamentos. É necessário estabelecer uma equipe de trabalho que

se responsabilizará quanto ao desenvolvimento, instalação do dispositivo e análise com

testes e experimentações.

O setor de qualidade se responsabiliza em controlar os registros dos erros que

foram detectados e dos que não foram detectados, lembrando que a equipe lean deve

avaliar se o poka yoke implantado e desenvolvido é capaz de detectar um maior

número de erros.

Para obter sucesso, a análise, planejamento, implantação e controle dos

resultados de poka yoke exigem que toda a equipe esteja integrada no mesmo objetivo

de solução de problemas e qualidade final nos produtos e processos a serem

oferecidos para os consumidores.

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101

Para isso, é necessário que haja treinamento sobre a utilização e importância

dos dispositivos de poka yoke. Outro ponto analisado é quanto à rotação de tarefas,

pois para que a implantação de poka yoke seja eficaz, é necessário que haja

conhecimento do dispositivo com grau de experiência no processo, então não se

recomenda que haja rotação de tarefas, pois nesse momento é ideal que os operadores

continuem em seus postos de trabalho.

Este trabalho bem estruturado causa valiosa melhoria ao processo produtivo,

impactando diretamente no índice de refugo e reclamações de clientes.

8. CEP: Nesta etapa de implantação do conceito de cartas de controle, é a atribuição de

gráficos que permitem visualizar possíveis variações no sistema produtivo quanto ao

dimensionamento dos produtos.

Estes gráficos permitem separar variações devido às causas comuns de variação

devido a causas especiais, eles podem ser usados para qualquer tipo de dados

coletados ao longo do tempo.

Eles permitem monitorar processos e identificar rapidamente mudanças ou

alterações para evidenciar os ganhos gerados em projetos de melhoria.

Para implantação das cartas de CEP, é importante monitorar os processos que

causam maiores não conformidades, pois após esta analise as cartas devem ser

implantadas e estudadas ao longo do período.

Com os dados coletados as análises devem ser realizadas em software

específico para avaliação de dados estatísticos (MINITAB).

CICLO PDCA – CHECK = FASE CHECAR DO ROTEIRO

(Etapas 26 a 28)

3.11 Definições dos Indicadores

Após implantação das ferramentas enxutas é necessário a aplicação de

indicadores no processo produtivo gerando avaliações em três pilares, o indicador de

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102

produção (eficiência), indicador de manutenção (disponibilidade) e indicadores de não

conformidades (qualidade).

Estes três indicadores contemplam a eficiência global do equipamento (OEE),

que permite as empresas analisar as reais condições da utilização de suas máquinas e

processos produtivos.

Para aplicação destes indicadores se faz necessário o entendimento das

fórmulas para cálculo, já anteriormente destacadas na revisão bibliográfica deste

presente trabalho.

Pelas fórmulas observa-se que a identificação das perdas é a atividade mais

importante no cálculo de eficiência global do equipamento, portanto por meio desta

constatação se faz necessário apontar as dados durante a produção, a saber:

1. Indicador de Produção (Eficiência): tempo de ciclo, tempo operacional e

quantidade de peças produzidas.

2. Indicador de Manutenção (Disponibilidade): tempo disponível e tempo de

parada.

3. Indicador de Não-Conformidades (Qualidade): quantidade produzida e

quantidade de produtos defeituosos.

Após a avaliação dos indicadores é calculado a eficiência global do equipamento

(chamado OEE) por meio do cálculo do indicador de eficiência, multiplicado pelo

indicador de disponibilidade e multiplicado pelo indicador de qualidade.

Esta coleta de dados pode ser auxiliada por planilhas MS-Excel (Figura 25)

elaboradas e estruturadas para realização da coleta de todas as informações

pertinentes ao cálculo de OEE.

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103

Figura 25: Planilhas de Cálculos de OEE

Equipamento: Período:

Inventário: Setor: Dias:

Disponibilidade » Índice de Tempo Operacional « Meta da classe mundial %

A. Total de tempo disponível

B. Total das Paradas Programadas

C.Tempo de carga (A - B)

D. Paradas não programadas

%

Falha no funcionamento

Set-up

Ajustes

Ferramenta de desgaste

Início de funcionamento

Tempo de espera

E. Tempo bruto de operação (C - D)

F. Disponibilidade do equipamento - ITO ((E / C) x 100) %

( Tempo bruto de operação / Tempo de carga ) x 100

Desempenho » Índice de Desempenho Operacional « Meta da classe mundial %

G. Total produzido (peças boas + peças ruins)

H. Tempo de ciclo técnico (média ponderada dos ciclos)

I. Índice de desempenho - IDO (((G x H) x 60 / E) x 100) %

J. Pequenas paradas e alteração de velocidade (E - (G x H))

( Tempo bruto de operação - ( Total produzido x Tempo de ciclo ideal ) )

Qualidade » Índice de Produtos Aprovados « Meta da classe mundial %

K. Total de defeitos ( Refugo + Retrabalho )

L. Índice de Qualidade - IPA (((G - K) / G x 100) %( ( Total produzido - Total defeitos ) x 100 / Total produzido )

Meta da classe mundial %

Eficiência Global do Equipamento - OEE ((F x I x L) x 100) %( Disponibilidade x Desempenho x Qualidade )

95

85

Total min.

ANÁLISE DA EFICIÊNCIA GLOBAL DO EQUIPAMENTO

90

%

Total min.

Motivos Legais

Planejamento do setor

Capacidade livreTotal min. %

Total min. %

Total min. %

pçs

seg/pç

pçs

Total min. %

100

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104

CICLO PDCA – ACTION = FASE DE AÇÃO DO ROTEIRO

(Etapas 29 a 31)

3.12 Reavaliações da Maturidade Lean (Após Implantação)

Após implantação das principais ferramentas do sistema de produção enxuta

previstas nas diversas etapas do Roteiro, se faz necessário realizar uma nova medição

da maturidade lean, para se observar qual foi o grau de aderência da filosofia enxuta na

empresa, de modo a possibilitar novas melhorias e/ou novos projetos.

Esta nova medição da maturidade lean seguirá as normas SAE J4000 e J4001

nos moldes já descritos no tópico 3.1, sendo utilizadas como referências as tabelas 11 e

12.

Após essas medições, em caso de atendimento das exigências, a tarefa deve ser

padronizada e tomada como lição aprendida e em caso de não atendimento das

expectativas, deve-se retomar ao mapeamento A3 e criar novas oportunidades de

melhoria e/ou novos projetos para viabilizar a implantação e consolidação da redução

de desperdícios.

Dessa forma, há um processo decisório entre patrocinador, gestor de projeto e

equipe lean, seguindo-se a estrutura de replicação (Figura 21).

Estrutura de Replicação – Etapa de Melhoria e Novos Projetos

Patrocinador:

o O que se espera nesta etapa?

o Acompanhamento dos novos projetos, avaliando as necessidades e

em caso de necessidade, utilizar de todos os artifícios para

liberação de orçamento de forma rápida e estruturada.

Gestor do Projeto:

o O que se espera nesta etapa?

o Realização de medições e auditorias precisas. Elaborando

relatórios para apresentação de novas propostas ao patrocinador.

Equipe Lean:

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105

o O que se espera nesta etapa?

o Implantar melhorias de forma priorizadas, buscando disseminar o

sistema de produção enxuta para toda a empresa, destacando de

forma coerente os ganhos que todos terão com a implantação

desta filosofia.

Treinamento e Capacitação:

o Vai continuar? De que forma?

o Sim deve continuar treinando a equipe lean em módulos

avançados para aplicação de implantação de indicadores de OEE e

mapeamento aplicando cálculos de eficiência de ciclos de processo

e avaliações de toda a demanda produtiva, buscando encontrar

melhores adaptações da equipe com todos os tipos de estrutura do

sistema lean manufacturing.

A estrutura de replicação com as etapas inicial, aplicação do roteiro, novas

melhorias e novos projetos, é uma forma de garantir o dinamismo que se exige para a

implantação de um projeto de sistema de produção enxuta, pois a equipe deve estar

bem estruturada com a figura do patrocinador, gestor de projeto e ter uma equipe lean

participativa e motivada com o projeto. Assim o Roteiro proposto estará inserido num

contexto contínuo de aprimoramento conceitual e prático do lean, criando um ambiente

que possibilite o atendimento das expectativas exigidas pela empresa, formando uma

estrutura de ciclo contínuo com melhorias priorizadas, planejadas e bem estruturadas.

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106

4. ESTUDO DE CASO

O presente capítulo apresenta a aplicação do roteiro proposto em uma empresa

metalúrgica fabricante de componentes metálicos para o ramo da construção civil. Esta

empresa está situada no interior do estado de São Paulo e atualmente conta com 300

funcionários distribuídos entre os setores administrativos e operacionais.

4.1 Apresentação da Empresa e Relevância do Setor

A empresa estudada procura cada vez mais o aumento de sua capacidade

produtiva almejando melhoria da produtividade, qualidade e desempenho de entrega,

buscando eficácia em suas atividades com foco em redução dos desperdícios.

A aplicação do método proposto foi realizada em uma empresa metalúrgica

considerada de médio porte, especialista na fabricação de materiais metálicos.

Na Figura 26, serão apresentados alguns exemplos de produtos fabricados pela

empresa e que são exclusivos para o ramo da construção civil, que são divididos em

relação à composição da obra em fases da construção da parede, forro e revestimento.

Figura 26 – Exemplos de Produtos Fabricados pela Empresa

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107

A empresa em questão está segmentada em uma unidade de negócio para

fabricação de materiais metálicos e uma unidade para estoque e distribuição do produto

acabado.

Também conta com um escritório central de venda que interage com

planejamento e controle da produção e o setor logístico.

A política de atendimento da demanda é de acordo com o recebimento dos

pedidos, o setor comercial envia o pedido de compra para o setor de planejamento e

controle da produção, deste ponto para frente o setor realiza a análise e programa a

produção ou o carregamento dependendo se existe ou não o produto a pronta entrega.

O método de fabricação de materiais metálicos para a construção civil é muito

versátil e substitui com vantagens a alvenaria convencional em forros, revestimentos e

paredes internas. Entre seus benefícios estão os típicos industrializados, tais como

dimensões precisas e baixos índices de desperdício.

A tecnologia nasceu nos Estados Unidos e está presente no Japão e na Europa

há aproximadamente 70 anos. No Brasil, o sistema é utilizado desde a década de 1970,

mas somente a partir dos anos 90 passou a ser mais difundido e a ganhar mercado. De

acordo com os dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall

(2013), de 1995 para 2007 o consumo nacional saltou de 1,7 milhão para 20 milhões de

metros quadrados ao ano. Hoje, está na faixa de 0,08 metros quadrado por habitante

ao ano, e praticamente metade desse total é consumida no estado de São Paulo. Para

efeito de comparação, Japão e Estados Unidos utilizam a cada ano 4,40 e dez metros

quadrados por habitante, respectivamente.

A partir da próxima seção serão verificadas as etapas da estrutura de replicação

proposta no capitulo anterior (figura 21) na empresa em estudo.

4.2 Estrutura de Replicação – Etapa Inicial

Inicialmente a empresa definiu a figura do patrocinador do projeto, nesta

aplicação o diretor industrial, que é a pessoa responsável pela liberação financeira para

realização das atividades, e este patrocinador definiu a figura do gestor do projeto,

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108

sendo um funcionário que irá coordenar as atividades, neste caso o gerente de

produção. Os dois em reunião definiram a equipe de pessoas comprometidas com a

empresa e que já apresentam bons resultados para a companhia. Foi definido como

equipe lean um total de 14 funcionários, sendo: 05 funcionários voltados ao setor de

produção, 02 funcionários do setor de qualidade, 01 funcionário da engenharia de

processo, 01 funcionário do PCP, 01 funcionário da logística, 01 funcionário de vendas,

01 funcionário do setor de compras, 01 funcionário da tecnologia da informação e 01

funcionário do setor de almoxarifado.

Após esta estruturação antes de iniciar as atividades de implantação do sistema

de produção enxuta baseada no roteiro, a empresa passou por mais duas etapas,

sendo:

Treinamento e capacitação da equipe lean;

Entrevista com os responsáveis pelos dados das áreas de diretoria e

organização, produção e operações, projeto e produto, qualidade, recursos

humanos, aquisição, vendas e tecnologia da informação.

4.3 Estrutura de Replicação – Etapa de Aplicação do Roteiro Proposto

Nesta etapa será checada a aplicação do Roteiro proposto seguindo se o Ciclo

PDCA, na visão geral da figura 20.

CICLO PDCA – PLAN = FASE PLANEJAR DO ROTEIRO

(Etapas de 1 a 17)

4.3.1 Aplicação e Análise da Maturidade Lean

Realizado as etapas acima iniciou se as avaliações iniciais para observação da

maturidade lean baseado na norma SAE J4000 e J4001 e relatados na planilha

representada pela figura 27.

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109

Figura 27 – Maturidade Lean da Empresa Estudada (Inicial)

Embasado na análise inicial, a empresa observou que os resultados estão

distantes de um sistema de produção enxuta, dando inicio as atividades para tornar a

empresa enxuta, conforme roteiro definido pelo autor.

4.3.2 Análises dos Indicadores Atuais

Na realização das entrevistas foram coletados os dados de indicadores e

informações que já estão estabelecidos na empresa, conforme apresentados na Tabela

15.

Elemento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Soma Possiveis Grau Lean Expectativa

4 Administração e Responsabilidade 1 1 1 1 0 1 1 1 2 1 1 1 1 13 39 33,33 70,00

5 Pessoal 1 1 2 1 1 1 1 0 1 0 1 1 11 36 30,56 70,00

6 Informação 2 1 1 1 5 12 41,67 70,00

7 Fornecedor/Organização/Cliente 0 1 1 1 3 12 25,00 70,00

8 Produto/Gestão do Produto 1 0 2 1 2 2 8 18 44,44 70,00

9 Processo/Fluxo do Processo 1 1 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 1 17 39 43,59 70,00

0 O componente não está implantado ou existem inconsistências fundamentais na sua implantação.

1 O componente está implantado mais ainda existem inconsistências menos significativas na sua implantação.

2 O componente está satisfatoriamente implantado.

3 O componente está satisfatoriamente implantado e mostra um melhoramento contínuo nos últimos 12 meses.

Componente

Niveis de Satisfação em Relação as Melhores Práticas do Lean Manufacturing

Nível

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

4 5 6 7 8 9

Grau de Maturidade Lean

Expectativa

Grau Lean

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110

Tabela 15: Indicadores e Informações Atuais

Fonte: Elaborado pelo Autor

Nesta fase também foi solicitado aos entrevistados se existiam indicadores em

suas áreas que não agregam valor e qual a metodologia utilizada para tomada de ações

para melhoria no processo. E todos os entrevistados disseram que a metodologia

utilizada é a de RNC (Relatório de Não Conformidade), qual é embasada pela

metodologia do diagrama de Ishikawa e descreveram que alguns indicadores de

produção estão inadequados.

4.3.3 Implantações da Curva ABC

Para identificação dos níveis de produção de cada item produzido neste setor, foi

realizado a analise por meio da curva ABC para determinar os tipos de produtos de

maior demanda produtiva (Figura 28).

Indicadores e Informações Antes

Produtividade 56%

Refugo 2,20%

Estoque WIP 60% Acima

Estoque PA 60% Acima

OEE 46%

Desempenho de Entrega 76%

Setup 103 minutos

Área Ocupada 1960 metros²

Movimentação 7,9 Km

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111

Figura 28 – Curva ABC

Por meio desta análise foram identificados os produtos com maior demanda e

também facilitar a próxima fase de amplificação de demanda.

4.3.4 Análise da Amplificação de Demanda

A amplificação de demanda foi aplicado devido existir uma grande variação de

demanda dependendo de cada fase da obra da construção civil em relação aos itens já

anteriormente relacionados como parede, revestimento e forro. Os itens estruturados na

amplificação são os produtos escolhidos como curva A, definidos na aplicação da curva

Descrição do Produto Demanda Porcentagem Porcentagem Acumulada

CEM 3010 956,000 26,23 26,23

CEM 3002 745,000 20,44 46,67

CEM 3008 645,000 17,70 64,36

CEM 3004 302,000 8,29 72,65

CEM 3005 242,000 6,64 79,29

CEM 3006 212,000 5,82 85,10

CEM 3009 142,000 3,90 89,00

CEM 3003 125,000 3,43 92,43

CEM 3001 112,000 3,07 95,50

CEM 3000 88,000 2,41 97,91

CEM 3007 76,000 2,09 100,00

Total 3645,000

A

B

C

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

CEM3010

CEM3002

CEM3008

CEM3004

CEM3005

CEM3006

CEM3009

CEM3003

CEM3001

CEM3000

CEM3007

Curva ABC

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112

ABC. Porém foram realizados duas analises, sendo uma de amplificação de demanda

de todos os itens e uma dos três itens relacionados na curva A, conforme figura 29.

Figura 29 – Análise da Amplificação de Demanda Global e Curva A

Nesta etapa possibilitou a observação exata de falta e sobra de alguns materiais

no processo de produção relacionado à demanda do cliente.

2 1

0

-1 -2

-3

3 2

1

0 -1

-2

-3

3

2 1

0

-1 -2

-3

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113

4.3.5 Estruturações dos Ambientes de Produção

Neste momento foi feito a identificação dos ambientes produtivos, e identificado

que existe dois tipos de ambientes de produção no sistema produtivo da empresa

estudada, sendo um ambiente de Produção para Estoque (MTS - Make to Stock) com

base em previsão de demanda e outro Produção sob Encomenda ou por ordem (MTO -

Make to Order).

A produção para estoque é realizada conforme disponibilidade de máquina e de

matéria prima. Este tipo de produção gera estoque excessivo de produtos que não são

utilizados, conforme pode ser observado no sistema de amplificação da demanda.

A produção por ordem corre de maneira mais organizada podendo definir a

quantidade adequada de produtos solicitados pelos clientes, porém em alguns

momentos a empresa tem muitas dificuldades de realizar esta produção, por excesso

de tempo na montagem da linha de produção, comprometendo os dois sistemas

produtivos.

4.3.6 Definição das Famílias de Produtos

Este item levou em consideração a relação dos produtos conforme definição já

realizada pela Curva ABC, e neste momento foi realizado o estudo de etapas dos

processos de fabricação conforme o modelo de cada produto, relacionando as famílias

de produtos com a fase de construção da obra, definido em parede, forro e

revestimento.

Para definir esta estrutura (Figura 30) foi necessária a relação entre os produtos

de Curva A, destacando os produtos que englobam o maior número de etapas de

fabricação (Produtos CEM 3002, CEM 3008 e CEM 3010), em que pelo estudo

realizado na identificação de itens metálicos pela relação das fases da obra

contemplam a Família “3”.

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114

Figura 30 – Definição da Família de Produtos

Esta análise contemplou e identificou as três etapas que foram extremamente

importantes para mapear o fluxo de valor e realizar o desenho do layout atual e futuro.

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115

4.3.7 Mapeamento do Fluxo de Valor Atual na Empresa Estudada

A construção do Mapa do Fluxo de Valor Atual (Figura 31) iniciou-se pelo

levantamento dos produtos fabricados pela empresa, e a definição das famílias a serem

mapeadas. Na empresa em questão, existem variados tipos de produtos, porém alguns

mais complexos em relação à variedade de fases de cada produto. Portanto a

identificação se apoiou na análise de amplificação de demanda e produto em que

engloba o maior número de fases no processo de fabricação.

Após toda a análise foi escolhido os produtos que contemplam a Família “3”

para realizar o mapeamento do fluxo de valor, pois estão presentes nas três linhas de

fabricação de parede, forro e revestimento. E também é um processo que engloba

quase todas as fases do processo da fabricação dos componentes metálicos.

Nesta fase foi elaborada a planilha de atividades que agregam valor, separando

das atividades que não agregam valor para realização do cálculo do PCE, realizou o

cálculo do takt time do produto CEM 3010, pois é o produto que apresenta maior

demanda em relação aos três produtos da família escolhida.

Para finalização do mapeamento do fluxo de valor atual, foi desenhado o layout

esquemático atual (Figura 32) para demonstrar o fluxo de processamento, realizando a

identificação de desperdícios e distribuindo na matriz de priorização para facilitar a

decisão para a tomada de ação (Figura 33).

Nesta análise foram identificados pontos importantes para realização de

melhorias no processo produtivo:

Fluxos confusos causando excesso de movimentação;

Ambientes de produção misturados causando dificuldades no

planejamento da produção;

Não existência de um sistema puxado para monitoramento da quantidade

de peças produzidas;

Produção descontrolada, causando falta e sobra de produtos WIP e

produtos acabados.

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116

Figura 31 – Mapa do Fluxo de Valor Atual

0,001

min/p

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0,0083

33

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2056

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Turno

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Turno

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Turno

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5243

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1,1Tem

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lo =0,0

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lo =0,0

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Tempo

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0,063

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lo =0,0

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lo =0,0

0472

2Tem

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Máqu

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1Nº

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Bobin

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1WI

P =1

WIP =

1WI

P =10

WIP =

300

PCE

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0,007

0,01

1034

0,28

0,008

21,87

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0,063

0,003

494,5

50,6

81,4

20,0

081,4

10,0

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Figura

31: M

apeam

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1130

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Diário

Diário

Diário

Diário

Diário

Diário

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Takt T

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0,11 s

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os

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117

Figura 32 – Layout Esquemático Atual

Recebimento

Est

oq

ue

M.P

Máquina Corte

Máquina Corte

Estoque WIP

De

sbo

bin

ad

ore

s

Desbobinadores

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Máq. Transf. Em

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118

Figura 33 – Matriz de Priorização de Desperdícios (Antes)

1Es

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32

212

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327

32

212

327

33

327

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ento

Page 133: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

119

4.3.8 Mapeamento do Fluxo de Valor Futuro na Empresa Estudada

A construção do mapeamento do fluxo de valor futuro (Figura 34) foi realizada a

partir das dificuldades observadas no mapeamento atual e dos problemas identificados

nos ambientes de produção por estoque e por ordem, como também demonstrado na

matriz de priorização depois do mapeamento do fluxo de valor atual (Figura 35),

destacando as ações propostas para melhoria do processo.

No contexto do mapeamento do fluxo de valor futuro podem ser observadas as

seguintes melhorias:

Alteração entre o sistema de comunicação do setor comercial e do setor de

logística para produtos por ordem e por estoque.

Alteração entre o sistema de comunicação entre o setor de logística e PCP para

produtos por ordem.

Reavaliação entre o sistema de comunicação do setor de PCP com o

fornecedor de matéria prima com embasamento na saída de material para o

processo de corte.

Implantação do sistema Kanban no processo de corte, realizando controles de

atendimento máximo e mínimo para cada tipo de corte de material.

Introdução de quadros de programação (Heijunka Box) para controle do tempo

de processamento de cada produto, da fase do desbobinador até a furação,

tendo em vista um melhor controle e gestão visual da produção.

Controle de número de viagens para transporte do produto acabado da fábrica

até a expedição, fabricando somente produtos solicitados via cartão.

Redução no tempo de não agregação de valor, melhorando o índice de

eficiência do ciclo do processo em 25%.

Na aplicação das melhorias observadas, as seguintes implantações passaram a

fazer parte do mapeamento futuro. Em que pode observar a programação diária para o

setor de estoque de matéria prima, onde se dá o inicio do processo de fabricação por

meio do corte da matéria prima.

Page 134: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

120

Figura 35 – Matriz de Priorização de Desperdícios (Depois)

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12

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18

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19

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Page 135: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

121

Portanto, a reestruturação que deve ser enaltecida neste momento é a definição

da sequência para a produção por ordem (MTO) e por estoque (MTS), em que o

sistema por ordem é relacionado pelo pedido do cliente para o comercial e neste caso o

produto entra em fabricação através da programação diária. Já o sistema por ordem é

puxado pela retirada de produtos da expedição, que após á venda do produto o sistema

Kanban é alimentado, destacando qual produto deve ser produzido e em qual

quantidade.

Outra melhoria observada neste contexto foi um novo layout (Figura 36) que

demostra a melhoria no fluxo do processo dos produtos agrupando a família de

produtos “3” em um local da fabrica obtendo redução na movimentação dos produtos.

Figura 36 – Layout Esquemático Futuro

Recebimento

Máquina Corte

Estoque WIP

Desbobinadores

q.

Tra

nsf.

Estoque PA

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Amarração dos Fardos

Área Ocupada: 1176 m²

Movimentação: 2,37 Km

Estoque M.P

q.

Tra

nsf.

q.

Tra

nsf.

Máquina Corte

Embalagem

Legenda:Produto CEM 3002, CEM 3008 e CEM 3010

OXOX

Page 136: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

122

Figura 34 – Mapeamento de Fluxo de Valor Futuro

0,001

min/p

rod.

Avuls

o

1.500

NAV

0,001

NAV

7.295

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AVAV

1.130

,2

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34: M

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Valor

Futur

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Opera

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Opera

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Opera

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quina

Opera

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quina

Opera

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quina

Opera

çãoMá

quina

Opera

çãoMá

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min/p

rod.

Nº de

Opera

dores

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0,008

min/p

rod.

min/p

rod.

Nº de

Opera

dores

=1

Nº de

Opera

dores

=1

Nº de

Opera

dores

=1

Nº de

Opera

dores

=1

Nº de

Opera

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=1

Nº de

Opera

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=2

Nº de

Opera

dores

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Turno

s de t

rabalh

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Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

Turno

s de t

rabalh

o =1

113.2

41Far

do Fe

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Tempo

ciclo =

0,007

21Tem

po cic

lo =0,0

6305

Tempo

ciclo =

0,008

Tempo

ciclo =

1,13

Tempo

ciclo =

0,03

Tempo

ciclo =

0,12

Tempo

ciclo =

0,07

Tempo

ciclo =

0,005

Tempo

ciclo =

0,002

% MIX

=18

%Fam

ilia 3

% MIX

=25

%Nº

de M

áquin

as =

1Nº

de M

áquin

as =

1Nº

de M

áquin

as =

1Nº

de M

áquin

as =

1WI

P =1

1Nº

de M

áquin

as =

1Nº

de M

áquin

as =

2

WIP =

1

Tempo

setup

=

WIP =

55

Nº de

Bobin

as =

5Nº

de M

áquin

as =

2WI

P =1

WIP =

1WI

P =1

PCE

13%

Tempo

setup

=10

0

0,007

0,007

0,01

7227

,000,0

110,1

20,0

30,0

000,0

02

0,063

0,008

1130

,000,0

3

5.000

0,003

0,12

66,80

1,24

0,07

0,00

Supe

rvisor

da

produ

ção

Analis

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Empilh

adeir

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MAPA

DO ES

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LOGÍ

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A

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L

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(Mak

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MENS

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4000

pçs /

dia

(460 m

inutos

)

Takt

Time :

0,11 s

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dos

OXOX

Redu

ção do

estoq

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Pro

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Alto t

empo

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parad

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empo

de

Setup

Instru

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abalh

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(Mak

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0 pçs

FLUXO

MTS:

CLIEN

TE -C

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LOGIS

TICA -

EXPE

DIÇÃO

-CLIE

NTE.

OBS.

EXPE

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APÓS

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O PR

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O PA

RA O

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TE, EN

TREG

A CAR

TÃO

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ARA E

MPILH

ADEIR

ISTA

QUE E

NTRE

GA PA

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SUPE

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R ALIM

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MTO

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FLUXO

MTO

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CLIEN

TE -C

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LOGIS

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S

Page 137: UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA - UNIMEP ... · UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA ... Tabela de Vantagens e Desvantagens por Tipo de Layout ... com variedades de produtos

123

4.3.9 Aplicações dos Mapas A3

Todos os projetos baseados na implantação do sistema de produção enxuta

deste presente trabalho foram norteados pela filosofia dos mapas A3, o qual descreve

todas as fases da melhoria contínua a ser implantada.

No decorrer do projeto de melhoria contínua, foram realizados vários mapas A3

baseados na matriz de priorização GUT.

Os trabalhos realizados por meio da matriz contemplaram os objetivos, a

condição atual, a condição alvo, o cronograma e o indicador antes e depois.

Monitorando cada projeto pela estruturação do modelo mapa A3, os dados foram

analisados corretamente contemplando todo o histórico do trabalho realizado das

atividades iniciais até o resultado final.

A estruturação do projeto relatada pela metodologia do mapa A3 foi ideal para

acompanhar os passos iniciais do projeto por meio de indicadores apresentados

incialmente no processo até os dados conclusivos, podendo comparar todos os

resultados do antes e o depois.

Neste projeto os mapas A3 foram marcantes em todas as etapas motivando toda

a equipe no acompanhamento e na estruturação dos resultados finais de cada etapa do

projeto de manufatura enxuta, em que foram realizados 08 trabalhos relatados em

mapas A3, e todos apresentaram bons resultados no ambiente de redução de estoque

de produtos cortados, instruções de trabalho, tempos de setup, paradas de máquinas,

desorganização nos postos de trabalho, variação dimensional nos produtos acabados,

excesso de produtos em processo e reformulação de indicadores.

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124

CICLO PDCA – DO = FASE EXECUTAR DO ROTEIRO

(Etapas 18 a 25)

4.3.10 Implantações das Ferramentas Enxutas na Empresa Estudada

Este item demonstrou a aplicação das ferramentas enxutas no processo de

fabricação, quais serão detalhados abaixo com a estruturação dos ganhos e

representatividade das ferramentas enxutas na aplicação do sistema de produção.

1. Layout Futuro: O layout futuro teve como principais aplicações, as melhorias

apontadas abaixo:

Redimensionamento da área ocupada surtindo uma redução de 1960 m² para

1176 m² do espaço utilizado, utilizando a sistemática de separação de peças por

família e realizando a representação do caminho critico pelo diagrama de

espaguete.

Redução da movimentação do produto de 7,39 Km para 2,37 Km.

Melhoria no fluxo da produção eliminando vai e volta de matéria prima e produtos

acabados para o mesmo setor.

Estabilização do corte de materiais da família “3” em apenas uma máquina de

corte, facilitando a remoção para apenas um fluxo de material.

Modificação do transporte interno de caminhões para empilhadeiras, reduzindo o

custo com transporte.

2. Trabalho Padronizado: O trabalho padronizado aplicado foi referente ao produto

estudado da família “3”, que contempla os itens CEM-3002, CEM-3008 e CEM-3010, ao

qual relata as fases do processo por meio da padronização do tempo.

Esta aplicação demostrou ganhos em que operadores de variados turnos

estabelecem a padronização das operações tornando as atividades de forma padrão.

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125

Porém a grande melhoria observada nesta aplicação é a descrição de cada

atividade em que os operadores puderam acompanhar de forma detalhados a

realização de cada operação, tendo um tempo correto para realização de cada

atividade.

3. SMED: Nesta etapa foi selecionada a máquina mais crítica no que diz respeito a

tempo de parada por setup, é importante que seja utilizada uma máquina que produza o

item da família estudada, que neste caso foi à máquina que produz os itens família 3.

Para desenvolvimento seguiu a sequência metodológica já definida

anteriormente, e novamente destacada: identificar método atual, registrar método atual,

medir método atual, identificar elementos, separa elementos, tratar elementos e sugerir

dispositivos de troca rápida.

Ao final da sequência obtivemos alguns cenários possíveis de serem aplicados,

desde o mais simples até o mais complexo, envolvendo prós e contras da implantação

que pode ser observado na figura 37.

Figura 37 – Resumo dos Cenários para Aplicação do SMED

O cenário escolhido neste presente trabalho foi o nº5 que aborda as propostas

do cenário nº4, este é mais complexo porque envolve um número maior de

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126

participantes, maior comprometimento e treinamento dos envolvidos, além de envolver

um investimento em furadeiras elétricas e chaves de boca tipo catraca, porém é o que

proporciona melhor resultado.

Baseado na escolha do cenário o próximo passo foi estruturar a sequência das

etapas, definindo executores e construindo o modelo de instrução do setup.

Após implantação destas etapas a redução potencial foi de 47%, saltando de um

tempo inicial de 103 minutos para 55 minutos.

4. Sistema Puxado: Nesta etapa o objetivo foi de produzir de forma adequada a fim de

evitar grandes quantidades de material em estoque, deixando os sistemas de produção

e por estoque fluírem normalmente sem ocasionar falta e sobra de produto acabado.

Buscou-se neste item produzir adequadamente e desenvolver um fluxo contínuo

de forma que o ritmo produtivo corresponda à necessidade do cliente de modo a alinhar

a demanda do cliente com o sistema produtivo.

A ferramenta adotada para cumprir este objetivo foi o Kanban, que é um meio de

realizar a produção puxada por meio de uma metodologia simples e visual. As

comunicações entre o estoque e processo são realizadas por meio dos cartões Kanban,

os quais contêm informações do produto, localização, quantidade, cliente e fornecedor.

A estratégia definida nesta etapa do projeto contempla a administração do

estoque do produto acabado e estoque intermediário dos produtos da família “3”, por

meio de três tipos de Kanban.

Para iniciar esta atividade, consiste no levantamento e análise de dados

operacionais como: demanda, produção, manutenção de diferentes tipos de clientes.

Estes dados são de extrema importância para conhecer o nível de serviço que deve ser

atendido diariamente para cada cliente, a capacidade produtiva das máquinas, a

disponibilidade destas máquinas, tempos de setup. Com estas informações levantadas

e planilhadas é possível mensurar o número de cartões Kanbans necessários para os

produtos da família “3”.

O cálculo dos cartões foi realizado para Kanban de retirada (Figura 38), Kanban

de produção (Figura 39) e Kanban de produção triângulo (Figura 40), em que os de

retirada permitem ao centro de distribuição retirar material da expedição da fábrica, e os

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127

de produção autorizam as máquinas de transformação de componentes metálicos

produzirem os itens definidos em cada cartão e o de produção triângulo autoriza a

máquina de corte, cortar o material para suprir a necessidade das máquinas de

transformação.

Após a definição dos tipos de Kanban utilizados e o levantamento de todos os

dados operacionais, inicia-se o cálculo de quantidade e tamanho dos cartões e

consequentemente a régua do tempo (Heijunka Box). A figura 38, demostra a atividade

exercida pelo Kanban de retirada em que o cliente ao realizar a aquisição do material,

irá retirar da expedição a quantidade de material comprado, em que cada lote de

material terá um Kanban de retirada, os quais serão retirados dos lotes assim que o

cliente for embora. Estes cartões são entregues ao empilhadeirista que realiza o

transporte entre a expedição e a fábrica, e ao chegar à fábrica o empilhadeirista entrega

o cartão ao responsável da amarração da carga que irá relacionar o material para levar

para a expedição.

Figura 38 – Kanban de Retirada

Quanto à figura 39, detalha-se a atividade realizada pelo Kanban de produção,

pois quando o responsável pela expedição separar os fardos para entregar ao

empilhadeirista que realiza o transporte entre a expedição e a fábrica, ele retira os

cartões de produção que estavam sobre os lotes de peças e entrega ao supervisor de

produção, o qual automaticamente programa a produção utilizando o Heijunka Box.

Avulso

NAV 7.295,3

AV 1.130,2

Amarração da Carga Expedição

Operação Máquina Operação Máquina

Nº de Operadores = 2 Nº de Operadores = 1

Turnos de trabalho = 1 Turnos de trabalho = 1Fardo Fechado

Tempo ciclo = 0,005 Tempo ciclo = 0,002

Nº de Máquinas = 2

WIP = 1 PCE 13%

0,000 0,0020,00

Empilhadeirista

Cliente

LOGÍSTICA

COMERCIAL

MTS

(Make to Stock)

4000 pçs / dia

(460 minutos )

Takt Time : 0,11 segundos

Indicadores Inadequados

MTO(Make to Order)

PA400 pçs

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128

Figura 39 – Kanban de Produção

Para finalizar o processo pelo sistema puxado, é realizada a representação pela

figura 40, que próximo ao início das atividades de transformação em que se posiciona o

produto no desbobinador haverá um estoque mínimo de matéria prima cortada para

produção e, quando ocorrer o nível mínimo estipulado, o operador aciona o

empilhadeirista que irá buscar mais matéria prima cortada no setor de corte de material.

Figura 40 – Kanban Triângulo

0,001

min/prod.

Avulso

0,001

Embalagem Amarração da Carga

Operação Máquina Operação Máquina

Nº de Operadores = 1 Nº de Operadores = 2

Turnos de trabalho = 1 Turnos de trabalho = 1Fardo Fechado

Tempo ciclo = 0,07 Tempo ciclo = 0,005

Nº de Máquinas = 1 Nº de Máquinas = 2

WIP = 1 WIP = 1

0,0000,07 0,00

Supervisor da produção

Empilhadeirista

LOGÍSTICA

COMERCIAL

MTS

(Make to Stock)

OXOX

Variação Dimensional

Indicadores InadequadosRedução de

Estoques WIP

MTO(Make to Order)

PA400 pçs

Recebimento Corte

Estoque M.P.

Operação Máquina Operação Máquina

Nº de Operadores = 2 0,007 min/prod. 0,01 min/prod. Nº de Operadores = 3

Turnos de trabalho = 1 Turnos de trabalho = 2

113.241Tempo ciclo = 0,00721 Tempo ciclo = 0,06305

% MIX = 18% Familia 3 % MIX = 25%

Nº de Bobinas = 5 Nº de Máquinas = 2

Tempo setup = 100

0,007 0,007 0,01 7227,00

0,063

Lider do Processo

Redução do estoque de Produtos Cortados

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129

Conforme este material for retirado pelo empilhadeirista e este estoque de

produtos cortados for abaixando e chegar no estoque mínimo, a máquina de corte é

programada para retornar o estoque ao nível normal.

5. Cinco Sensos: Nesta ferramenta buscou a filosofia de implantação da disciplina por

meio da implantação da cultura de consciência e responsabilidade de todos os

colaboradores da empresa, visando aperfeiçoar o comportamento dos colaboradores,

tendo como principal ganho um ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo.

Nesta fase foi realizado um piloto no setor produtivo que gerou um plano de ação

inicial contendo evidências, pilar cinco sensos, fotos e ações que contemplam as

aplicações e os ganhos.

Neste item foi aplicada rigorosamente a filosofia dos cinco sensos (Figura 41),

porém o que trouxe o grande resultado foi à participação ativa dos colaboradores e a

implantação da sistemática de auditoria que conseguiu estabilizar os sensos de

organização e limpeza.

Figura 41 – Exemplos de Organização Realizada na Etapa do 5S

6. TPM: A manutenção produtiva total é um dos itens mais complexos de se implantar

no sistema de produção enxuta, porém de suma importância para evidenciar melhorias

no projeto como um todo por meio de indicadores de eficiência global.

Para dar início a este projeto o trabalho foi sequenciado pela identificação e

classificação das máquinas mais críticas, levantando os tipos de quebras e

classificando a máquinas conforme discutido anteriormente.

Após realização da classificação das máquinas esta etapa foi estruturada pelo

treinamento para toda equipe de operadores, analistas, engenheiros e supervisores,

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130

pois a principal estrutura nesta etapa é a educação e o treinamento que irá sustentar as

mudanças e focar o zero defeito.

As fases que surtiram grande efeito nesta proposta foi a de aplicação da lista de

verificação para análise das máquinas e a etiquetagem de locais que apresentam

defeito observado pelos operadores.

Os outros pilares estão em andamento, que estão buscando melhorias em

bandejas de óleo, instalação de escalas de nível de óleo, modificação de bocal de

lubrificação, organização de fiação, layout de tubulação, instalação de janelas de

acrílico para facilitar a inspeção e estudos de modo a impedir o desaperto de parafusos.

Quanto a etapa de elaboração de procedimentos para limpeza e inspeção

baseado nos cinco sentidos estão bem avançados facilitando a interface máquina e

operador. Outro item que facilitou a estrutura da manutenção produtiva total foi a

aplicação dos cinco sensos, que facilitou a organização das ferramentas e o rápido

acesso dos operadores as ferramentas.

O ganho nesta etapa até o momento é claramente observado nos indicadores de

eficiência global do equipamento no item disponibilidade.

7. Poka Yoke e CEP: Nesta etapa é essencial a verificação dos índices de refugo e

retrabalho do produto que apresenta maior produção, pois estes altos índices

comprometem o desempenho de entrega, gerando um alto custo com sucatas e

fabricação de novos produtos.

A proposta apresentada neste item foi o levantamento das não conformidades

gerado no processo de fabricação do produto CEM-3002, que apresentava excessivo

índice de refugo. Este produto por sua vez é um produto curva “A”, com uma demanda

elevada. Porém, o alto índice de refugo estava impactando diretamente na

produtividade, prejudicando os resultados da empresa.

Como definições da estrutura foram identificadas as máquinas que produziam o

produto CEM-3002 e o problema por meio de uma estratificação das não conformidades

apresentadas no processo levantando os requisitos físicos e funcionais do cliente.

Para planejamento do caso foram determinadas as características críticas do

produto, validando o problema apresentado no processo de fabricação. Observando por

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131

meio da estratificação que o maior índice de não conformidade está presente na

dimensão crítica definida pelo cliente. A dimensão crítica aplicada a este projeto é a

dimensão de 46,5 ±0,5 de milímetro.

Na condução do teste, evidenciou-se que a característica está relacionada

diretamente ao processo de fabricação, no qual o início do trabalho foi implantado pela

análise das médias e amplitudes das máquinas 01, 02 e 03 que produz o produto CEM-

3002 e realizada a verificação do limite de controle na característica estudada.

Continuando o teste, os dados coletados foram analisados por meio de um

software para análise dos resultados e realizado o acompanhamento dos dados

atribuídos ao processo em índices de capabilidade (Figura 42).

Máquina 01

Máquina 02

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132

Figura 42 – Análise da Capabilidade (Máquina 01, 02 e 03).

Os gráficos da figura 42 mostram que o processo não é capaz na máquina 01 e

03 e na máquina 02 apresenta um valor de Cp dentro do especificado pelo cliente,

concluindo que uma das máquinas apresenta um bom resultado nos gráficos de

controle.

A máquina 01 apresenta Cp = 0,88 e Cpk = 0,78, sendo que apresenta valores

fora do limite de controle e curva não apresenta estrutura normal.

A máquina 02 apresenta Cp = 1,44 e Cpk = 1,31, sendo a melhor máquina

aplicada ao produto CEM-3002, em que apresenta somente uma dimensão fora do

limite superior de controle e curva normal, em que os valores de Cp atende às

exigências do cliente, somente sendo necessário realizar um pequeno deslocamento

para melhorar o índice de Cpk.

A máquina 03 apresenta Cp = 0,77 e Cpk = 0,02, sendo a pior máquina aplicada

ao produto CEM-3002 em que apresenta dimensões fora do limite de controle e

excessivo deslocamento da curva.

Nesta fase da análise, além do desenvolvimento das hipóteses faz se necessário

a identificação da causa raiz, conforme Figura 43.

Máquina 03

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133

Figura 43 – Diagrama de Causa e Efeito da Dimensão de 46,5 ±0,5

Após avaliação do processo e determinação da variação do processo para cada

característica relacionado às três máquinas realizou a aplicação do desenvolvimento de

ideias para remoção da causa raiz, teste de soluções e a padronização da solução.

Após aplicação da causa raiz ficou evidente que o ferramental que produz a peça

está dentro do especificado para as três máquinas, mas se tratando de rolos de

transformação do aço a uma velocidade elevada com material que apresenta variações

em sua dureza é prejudicado no esquadrejamento na saída da ultima posição da

ferramenta deixando o produto fora do especificado em sua característica crítica na

dimensão de 46,5 ±0,5 milímetros.

Outro fator importante foi a padronização do método de inspeção, em que atribui

uma padronização de inspeção para o produto envolvendo o equipamento em toda a

estrutura do produto, conseguindo observar a variação.

Na fase de Controle, foram estabelecidas as medidas padrão para manter o

desempenho no processo de fabricação e realizado a correção por meio da implantação

de um dispositivo de correção do esquadro a 90º na saída do processo deixando a peça

com o esquadro correto e mantendo a dimensão de 46,5 ±0,5 milímetros em toda

extensão da peça, este dispositivo funciona como um dispositivo a prova de falhas

(Poka Yoke), realizando a correção do esquadro na saída do produto.

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134

Com a aplicação deste conceito de controle de qualidade, conseguiu melhorar a

qualidade do produto reduzindo o refugo em 85% da quantidade inicial.

CICLO PDCA – CHECK = FASE CHECAR DO ROTEIRO

(Etapas 26 a 28)

4.3.11 Análises dos Indicadores após Implantação do Sistema de Produção

Enxuta

Na fase de indicadores foi importante para verificar se as implantações das

ferramentas aplicadas anteriormente apresentam resultados interessantes à empresa

por meio da eficiência global do equipamento (OEE). A utilização deste indicador

permitiu que as empresa analisasse as reais condições da utilização de suas máquinas.

Estas análises das condições ocorreram a partir da identificação das perdas existentes

em um ambiente fabril, envolvendo índices de disponibilidade, eficiência e qualidade

quais foram auxiliados pela planilha ilustrada na figura 25.

As fórmulas para aplicação destes indicadores foram apresentadas no capitulo

da revisão bibliográfica, porém o que foi de extrema importância para coleta destes

dados foi existir formulários e coletores de dados com o objetivo de apontar as perdas

durante o dia de produção de forma simples e eficiente, possibilitando uma coleta

detalhada e confiável.

Após adequação dos registros e motivos das paradas de máquinas foi

proporcionado um banco de dados para realizar uma análise adequada com o número

de máquinas contendo os itens de disponibilidade, eficiência e qualidade, em que o

responsável por cada setor realize a avaliação diária, e defina as ações diariamente

para retornar a eficiência global do equipamento acima dos 80%.

A figura 44 apresenta alguns dados do antes e o depois da realização do projeto

de manufatura, a qual também se destaca o índice de eficiência global do equipamento.

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135

Figura 44 – Comparativa dos Indicadores (Antes e Depois)

CICLO PDCA – ACTION = FASE DE AÇÃO DO ROTEIRO

(Etapas 29 a 31)

4.3.12 Análises da Maturidade Lean após Implantação

Após a implantação de todos os itens conforme sequência do roteiro proposto

pelo autor foi realizada novamente as avaliações para observação da maturidade lean

baseado na norma SAE J4000 e J4001 e relatados na planilha representada pela figura

45.

Nesta análise, seguiu toda a sequência da análise inicial, porém com o sistema

de produção enxuta implantada para averiguar quais resultados a implantação

complementou e qual o grau de aderência à empresa se contemplou com esta

implantação.

Outro detalhe importante, é que o preenchimento da tabela foi executado por

meio de auditoria, em que o gestor do projeto realizou a auditoria para identificar o grau

de maturidade lean na empresa.

Indicadores e Informações Antes Depois

Produtividade 56% 91%

Refugo 2,20% 0,28%

Estoque WIP 60% Acima 8% Produção Mês

Estoque PA 60% Acima 10% Produção Mês

OEE 46% 81%

Desempenho de Entrega 76% 98%

Setup 103 minutos 55 minutos

Área Ocupada 1960 metros² 1176 metros²

Movimentação 7,9 Km 2,37 Km

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136

Figura 45 – Maturidade Lean da Empresa Estudada (Após Implantação)

4.4 Estrutura de Replicação – Etapa de Melhorias e Novos Projetos

Comparando com a análise inicial (item 4.3.1), a empresa observou que os

resultados estão bem melhores e que somente o Elemento 7

(fornecedor/organização/cliente) (Figura 45), ainda não apresenta grau lean de um

sistema de produção enxuta, sendo necessário algumas reavaliações no sistema

produtivo, nos seguintes itens:

Clientes e Fornecedores devem participar de revisões contínuas no

progresso na área de desenvolvimento e alteração de produtos e

processos.

Realizar incentivos efetivos para fornecedores, de ganhos no desempenho

e diminuições nos custos de produtos e processos.

É preciso mencionar que a decisão do Patrocinador, neste caso, foi de aguardar

um tempo maior para investir nessas novas frentes de projeto.

Elemento 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Soma Possiveis Grau Lean Expectativa

4 Administração e Responsabilidade 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 30 39 76,92 70,00

5 Pessoal 3 3 3 3 2 2 2 3 2 2 2 2 29 36 80,56 70,00

6 Informação 3 2 3 2 10 12 83,33 70,00

7 Fornecedor/Organização/Cliente 2 2 1 1 6 12 50,00 70,00

8 Produto/Gestão do Produto 2 2 2 3 2 2 13 18 72,22 70,00

9 Processo/Fluxo do Processo 3 2 3 2 2 3 2 3 2 2 2 3 2 31 39 79,49 70,00

0 O componente não está implantado ou existem inconsistências fundamentais na sua implantação.

1 O componente está implantado mais ainda existem inconsistências menos significativas na sua implantação.

2 O componente está satisfatoriamente implantado.

3 O componente está satisfatoriamente implantado e mostra um melhoramento contínuo nos últimos 12 meses.

Componente

Niveis de Satisfação em Relação as Melhores Práticas do Lean Manufacturing

Nível

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

4 5 6 7 8 9

Grau de Maturidade Lean

Expectativa

Grau Lean

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137

O gestor do projeto continuou acompanhando as atividades e reportando ao

patrocinador do projeto por meio de apresentações mensais de todos os resultados,

que são acompanhados por indicadores. Como também novas atividades foram

desenvolvidas em outros produtos que a empresa fabrica no ramo da construção civil.

A equipe lean foi mantida e distribuída para cuidar da eficiência dos indicadores

que contemplam as ferramentas enxutas aplicadas ao setor, além disso, ela deu

continuidade aos treinamentos, capacitações e assumindo o papel de consolidar os

processos que estão se tornando enxutos a cada dia, num esforço continuado para

disseminar a prática lean.

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138

5. CONCLUSÃO

Neste capítulo são apresentadas as conclusões desenvolvidas por meio do

projeto de aplicação do lean manufacturing, via um roteiro básico sequencial, em

empresa metalúrgica fabricante de componentes metálicos para o ramo da construção

civil. A ideia final é contemplar todas as melhorias e dificuldades observadas durante a

aplicação desse projeto e descrever algumas oportunidades para projetos futuros.

5.1 Abrangência do Método Proposto

O método proposto busca auxiliar empresa que necessitem realizar melhorias

em seus processos produtivos quanto aos princípios de produtividade, qualidade e

desempenho de entrega, relatando as fases de implantação do sistema de produção

enxuta por meio de um roteiro básico e sequencial como uma das três etapas (inicial,

aplicação do roteiro, melhorias & novos projetos) de uma estrutura sistematizada de

replicação.

Considera-se fundamental a etapa inicial da estrutura sistematizada de

replicação, pois ela define papéis importante tais como: Patrocinador, Gestor do Projeto

e Equipe Lean, que atuarão diretamente no planejamento e execução das melhorias,

novos projetos, além da disseminação da cultura lean, pelos treinamentos,

capacitações, auditorias regulares dos indicadores e procedimentos do sistema de

produção enxuta.

A etapa de aplicação do Roteiro proposto foi desenvolvida e apoiada no ciclo

PDCA, que destacou a fase de planejamento (P) como diagnóstico e avaliação de toda

a estrutura da empresa pelo grau de maturidade lean analisado pela norma SAE J4000

e J4001, por meio de informações de demandas, mapeamento de fluxo de valor atual e

futuro, desenho do layout atual e definição dos mapas A3 para projetos de melhorias.

Na fase do executar (D) foi desenvolvida a implantação de ferramentas enxutas

apoiadas nos projetos de melhoria, a fase de checar (C) como análise e implantação

dos indicadores de eficiência, disponibilidade e qualidade e por último a fase da ação

(A) como avaliação da maturidade lean apoiada na norma SAE J4000 e J4001.

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139

A etapa de melhorias & novos projetos é uma ação contínua da dinâmica de um

projeto de implantação do sistema de produção enxuta que visa à consolidação das

ações de enxugamento, portanto, em tese, é uma etapa de realimentação da aplicação

do roteiro proposto.

O presente trabalho também destacou a interface entre ambientes de produção

por ordem e por estoque, realçando as flutuações de demanda devido à sistemática de

trabalho dos clientes da construção civil, que é priorizada pela fase da obra a ser

construída.

A relevância de se utilizar a implantação de um sistema de produção enxuta

seguindo-se as três etapas de replicação, contendo na segunda etapa o roteiro

proposto de implantação das principais ações e ferramentas enxutas, é pela razão das

dificuldades em atender aos clientes da construção civil com extrema rapidez, não

deixando a entrega de o pedido ser postergada evitando abertura de novos

concorrentes neste mercado.

Portanto, ao se seguir a estrutura de replicação com sua etapa de aplicação do

roteiro proposto, objetivam-se agregar valor ao fornecedor, colaborador, cliente a partir

dos enxugamentos necessários aos desperdícios internos e externos da Empresa.

5.2 Análises dos Resultados Alcançados pela Aplicação do Roteiro

Aplicando-se o Roteiro proposto visando-se a melhoria da produtividade,

qualidade e desempenho de entrega, comparando-se os resultados antes com os atuais

(pós-roteiro), verificou-se que foi essencial a etapa de diagnóstico conforme

referenciado pela norma SAE J4000 e J4001, que direcionou o projeto e definiu um

sequenciamento das atividades.

Além disso, o roteiro proposto contemplou uma visão global no atendimento a

três frentes importantes no combate aos desperdícios produtivos, a saber: ao detalhar

os itens classe A de componentes pela curva ABC; ao identificar historicamente a

amplificação de demanda desses itens; e juntando essas duas anteriores definiram-se

as famílias de produtos, o que foi de extrema importância, para relacionar essas

famílias com as fases da obra da construção civil (forro, parede, revestimento) que

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140

utilizam componentes metálicos. Nesta relação - famílias x fases da obra - podem

ocorrer altas e baixas nas demandas em função de várias obras estarem numa mesma

fase (por exemplo, forro) e outras obras em fases distintas (por exemplo, parede ou

revestimento).

Outro ponto relevante do Roteiro proposto é que para a proposta do layout deve-

se analisar em conjunto com o mapeamento do fluxo de valor e com a matriz de

priorização, para se trabalhar em uma mesma relação obtendo-se oportunidades de

ganhos por realização destas três análises, sendo que destacam os desperdícios que

serão tratados por meio de mapas A3.

No Roteiro proposto, na fase de Checar (C), analisam-se indicadores em cada

nível de aplicação como: eficiência, disponibilidade e qualidade. Logo em seguida, na

fase de Ação (A), reavalia-se o grau de maturidade enxuta pela norma SAE J4000 e

J4001, que se atendeu a expectativa da Empresa (grau lean > 70%) aplica-se o Ciclo

SDCA (padronização) e torna-se um registro como lição aprendida. Caso o grau lean

seja inferior a 70% então, não atendeu a expectativa e um novo ciclo deve ser iniciado

com o Roteiro proposto. Desse modo, cria-se a possibilidade de realimentar o ciclo de

melhorias por meio de novos projetos e/ou novas implantações de outras ferramentas

enxutas ou consolidação das que já estão em uso, retornando à fase de Planejamento

(P).

Após a aplicação do Roteiro proposto, ao final de 11 meses de projeto, observou-

se que os ganhos foram representativos quanto à: produtividade, qualidade e

desempenho de entrega. Isso evidencia que o Roteiro proposto é exequível e está

numa sequência lógica de realimentação.

Observando-se as etapas da estrutura de replicação e executando-se as fases e

etapas do Roteiro proposto alguns resultados são atingidos, a saber: redução de

inventário, aumento da disponibilidade, melhoria da qualidade e redução do fluxo do

processo.

Como resultado final do estudo de caso, no qual as etapas de replicação e o

Roteiro proposto foram checados na prática, destaque-se que na fase de Ação (A), o

principal item identificado para melhorias futuras foi o relacionamento com os

fornecedores em relação ao Elemento 7 da norma SAE J4000 e 4001.

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Posto isto, a contribuição advinda da proposta de estrutura de replicação com

suas três etapas e o Roteiro proposto, respondeu à questão de pesquisa, pois definiu o

“COMO implantar” e atendeu ao objetivo proposto de apresentar um roteiro de

implantação do sistema de produção enxuta em empresas metalúrgicas focado na

fabricação de componentes metálicos para o ramo da construção civil.

5.3 Propostas para Trabalhos Futuros

Ao final deste projeto, observa-se que a sistemática de produção enxuta é de

extrema importância e muito ampla em relação à estruturação das empresas, por este

motivo são destacadas algumas propostas de trabalhos futuros para expandir o Roteiro

proposto:

Propor outro Roteiro que integre, além do setor de operações, os setores de

compras e vendas, buscando-se as melhorias propostas no Elemento 7 da

norma SAE J4000 e J4001;

Inserção do lean seis sigma no Roteiro proposto na fase do Executar (Fase DO

do ciclo PDCA) visando melhorias de indicadores;

Introduzir lean office nas tarefas administrativas para redução do lead time de

processos visando melhorias do fluxo de informação no mapeamento de fluxo

de valor.

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