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UNIVERSIDADE PARANAENSE UNIPAR GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM LUANA GOTARDO ATHAYDE O IMPACTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO PARA O ENFERMEIRO NA ATENÇÃO DOMICILIAR CASCAVEL - PR 2019

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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

LUANA GOTARDO ATHAYDE

O IMPACTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO PARA O ENFERMEIRO NA

ATENÇÃO DOMICILIAR

CASCAVEL - PR

2019

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LUANA GOTARDO ATHAYDE

O IMPACTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO PARA O ENFERMEIRO NA

ATENÇÃO DOMICILIAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paranaense – Unipar/Unidade Cascavel/PR como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.

Orientadora: Profª. Ms. Vanessa Rossetto Toscan.

CASCAVEL - PR

2019

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LUANA GOTARDO ATHAYDE

O IMPACTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO PARA O ENFERMEIRO NA ATENÇÃO DOMICILIAR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paranaense/Unidade Universitária de Cascavel como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Aprovado em:____/____________de 2019.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________

Profª. Daisy Cristina Rodrigues Enfermeira. Mestre em Enfermagem / UFSM – Santa Maria. Docente do Colegiado de Enfermagem da UNIPAR/Cascavel

___________________________________________________________________

Terezinha Aparecida Campos Enfermeira. Mestre em Educação / UNIOESTE – Cascavel. Servidora Pública

Estatutária da Prefeitura Municipal de Cascavel.

___________________________________________________________________ Orientadora Profª. Ms. Vanessa Rossetto Toscan

Enfermeira. Mestre em Biociências e Saúde / UNIOESTE – Cascavel. Docente do Colegiado de Enfermagem da UNIPAR/Cascavel.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu esposo Rafael e minha filha Lays que tão pacientemente me incentivaram, apoiaram e aguardaram meu retorno pra casa nas noites após as aulas, a meus pais Elair e Enio que me ampararam e sempre estarem presente em minha vida nos momentos difíceis.

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AGRADECIMENTOS

Expresso meu agradecimento a todos que de alguma forma contribuíram para

a realização deste trabalho, em especial agradeço:

A Deus, por sempre me dar forças para seguir meu caminho, lutando por

meus ideais e concluir estes cinco anos de graduação.

Ao meu esposo Rafael, minha filha Lays, minha mãe Elair e meu pai Enio, sou

imensamente grata, por compreenderem as minhas ausências em alguns

momentos, suportarem meu humor nos momentos tortuosos e me apoiarem em

todas as minhas escolhas.

A minha orientadora Profª. Ms. Vanessa Rossetto Toscan, por sua atenção,

compreensão, conselhos e paciência frente as minhas dificuldades para realização

deste trabalho.

Aos meus familiares e amigos pelo apoio, compreensão e carinho, em

especial a minha amiga Bianca pelo companheirismo, parceria “par” e

disponibilidade para me auxiliar, acompanhar nos vários momentos ao longo destes

5 anos de convivência.

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O IMPACTO DA SÍNDROME DO IMOBILISMO PARA O ENFERMEIRO NA ATENÇÃO DOMICILIAR

ATHAYDE, Luana Gotardo1 TOSCAN, Vanessa Rosseto 2

RESUMO: Introdução: Nas últimas décadas, mudanças significativas ocorreram nos meios sociais, epidemiológicos e de saúde, estabelecendo-se uma nova parcela populacional, na qual destacam-se os doentes crônicos que frequentemente se encaminham para maiores complicações, dentre elas a síndrome do imobilismo. A síndrome do imobilismo é definida como um conjunto de alterações que ocorrem no indivíduo que apresenta impossibilidade de movimentação articular e consequentemente a incapacidade de mudança postural por um período de tempo prolongado, onde a inércia fomenta os agravos à saúde. Neste panorama a Atenção Domiciliar se destaca como um amparo a esta nova faixa populacional, de enfermos crônicos. Objetivos: Analisar a atuação do enfermeiro, frente às complicações do imobilismo no Serviços de Atenção Domiciliar. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa de campo, descritiva, retrospectiva e documental, com análise quantitativa dos dados dos pacientes atendidos pelo Programa de Assistência e Internação Domiciliar, no município de Cascavel – Paraná. A pesquisa ocorreu após submissão e aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. A coleta de dados obteve-se em dois momentos. No primeiro momento foi aplicado formulário às três equipes, para identificação dos pacientes acometidos pela síndrome do imobilismo e no segundo momento efetuou-se a análise dos prontuários, para conhecer como esta síndrome afeta os pacientes e o trabalho dos enfermeiros. Resultados e Discussões: Mediante ao acometimento da síndrome do imobilismo o paciente exibe um comprometimento de saúde generalizado, destacando-se agravos como lesão por pressão e supressão do movimento articular em 100% da amostra analisada, seguidos por problemas do trato urinário e pulmonares, atingindo 89%, agravos intestinais com 83,5% e dificuldade alimentar 56% da amostra pesquisada. Demonstrando-se como atividades adicionadas a carga de trabalho do enfermeiro curativos, treinamento/orientações, sondagem vesical de demora, sondagem enteral e visitas extras, seguido por processos de sondagem vesical de alívio alcançando 67% da amostra; exercícios ativos e passivos, bem como sondagem gástrica representando 33% da amostra analisada. Considerações Finais: Esta pesquisa, possibilitou aprimorar os conhecimentos sobre a síndrome do imobilismo, confirmando a correlação entre ela e as atividades adicionadas à carga de trabalho do enfermeiro, evidenciando-se que estas atividades se referem, em sua maioria, à manutenção da capacidade fisiológica do paciente, ressaltando deste modo a atuação do enfermeiro ao paciente com esta problemática de saúde em atendimento domiciliar. Palavras-chave: Assistência Domiciliar; Enfermagem; Imobilização.

¹ Discente de Enfermagem da Universidade Paranaense (UNIPAR) – Unidade Cascavel. 2 Enfermeira. Docente do Colegiado do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense (UNIPAR) – Unidade Cascavel. Mestre em Biociência e Saúde. E-mail: [email protected]

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THE SYNDROME OF IMMOBILITY AND THE IMPACT OF NURSES AT ATTENTION HOUSEHOLD

ATHAYDE, Luana Gotardo3 TOSCAN, Vanessa Rosseto 4

SUMMARY: Introduction: In recent decades, significant changes occurred in the social, epidemiological and health facilities, establishing a new population parcel in which we highlight the chronic patients often refer to major complications, among them the immobility syndrome. The immobility syndrome is defined as a set of changes that occur in the individual presenting the impossibility of joint movement and consequently the change in posture of disability for a prolonged period of time, which promotes the inertia health problems. In this panorama Attention Household stands as a support to this new population group, the chronically ill. Objectives: To analyze the nursing work, compared to immobility complications in Household Care Services. Methods: We conducted a field survey, descriptive, retrospective and documentary, with quantitative data analysis of patients enrolled in the Program of Assistance and Home Care, in Cascavel - Paraná. The survey took place after submission and approval by the Research Ethics Committee. Data collection was obtained in two stages. The first time was applied to form three teams for identification of patients affected by the immobility syndrome and the second time we performed the analysis of the records, to know how this syndrome affects patients and the work of nurses. Results and Discussion: By the involvement of the patient immobility syndrome exhibits a widespread health impairment, especially diseases and injury pressure and suppression of motion in 100% of the analyzed samples, followed by pulmonary and urinary tract problems, reaching 89%, intestinal diseases with 83.5% and 56% hard food sample studied. demonstrating as activities added to the workload of dressings nurse training / guidance, indwelling catheter, enteral poll and extra visits, followed by catheterization procedures of relief reaching 67% of the sample; active and passive exercises, as well as gastric intubation representing 33% of the sample analyzed. Final Thoughts: This research has enabled better knowledge about the immobility syndrome, confirming the correlation between it and the activities added to the nurse's workload, demonstrating that these activities relate, mostly to maintain the physiological capacity of the patient, Keywords: Home Care; Nursing; Immobilization.

¹ Discente de Enfermagem da Universidade Paranaense (UNIPAR) – Unidade Cascavel. ² Enfermeira. Docente do Colegiado do Curso de Enfermagem da Universidade Paranaense (UNIPAR) – Unidade Cascavel. Mestre em Biociência e Saúde. E-mail: [email protected]

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LISTA DE ABREVIATURAS

AD Atenção Domiciliar

AIVD Atividades Instrumentais da Vida Diária

AVD Atividades Básicas da Vida Diária

AVE Acidente Vascular Encefálico

APS Atenção Primária em Saúde

DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis

DPOC Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

EMAD Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar

EMAP Equipe Multidisciplinar de Apoio Especializado

ITU Infecção do Trato Urinário

LPP Lesão por Pressão

PAID Programa de Assistência e Internação Domiciliar

pH Potencial Hidrogeniônico

SAD Serviço de Atendimento Domiciliar

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

SESAU Secretaria de Saúde

SI Síndrome do Imobilismo

TVP Trombose Venosa Profunda

UNIPAR Universidade Paranaense

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10

2. OBJETIVO ........................................................................................................... 11

2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 11

2.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 11

3.JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 11

4. PROBLEMA DA PESQUISA ................................................................................ 12

5. HIPÓTESE DA PESQUISA ................................................................................... 12

6. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 12

7. METODOLOGIA ................................................................................................... 18

7.1 Tipo de Pesquisa ............................................................................................. 18

7.2 Aspectos Éticos ............................................................................................... 19

7.3 Campo de Estudo ............................................................................................ 20

7.4 Coleta de Dados .............................................................................................. 20

7.5 Análise dos Dados ........................................................................................... 21

8. RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................................... 21

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 29

10. REFERÊNCIAS ................................................................................................... 31

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS NAS EQUIPES

MULTIDISCIPLINARES DE ATENÇÃO DOMICILIAR (EMAD). .............................. 39

APÊNDICE B – INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS NO

PRONTUÁRIO...........................................................................................................41

ANEXO 01 – AUTORIZAÇÃO DO CAMPO CONCEDENTE PARA PESQUISA ..... 42

ANEXO 02 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA .......................... 43

ANEXO 03 – DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS. 47

ANEXO 04 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TCLE) ...... 48

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1. INTRODUÇÃO

Globalmente estamos sofrendo, nas últimas décadas, diversas mudanças

significativas em aspectos demográficos, epidemiológicos, sociais e culturais.

Agregado a isso ocorre o aumento da longevidade, a inversão da pirâmide etária, a

cronificação das doenças, o crescimento de enfermidades crônico-degenerativas,

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) tais como como diabetes melitos,

hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares, Doença Pulmonar

Obstrutiva Crônica (DPOC), câncer e suas complicações (NAZARETH, 2016).

Essa nova parcela da população, por muitas vezes, apresenta sua

capacidade funcional prejudicada, ou seja, suas habilidades para realizar Atividades

Básicas da Vida Diária (AVD), como o cuidar de si e viver de forma independente,

estão de alguma maneira prejudicada. Tais mudanças vem exigindo uma nova

organização familiar, bem como políticas de saúde efetivas para atendimento a

estas necessidades (PINTO et al., 2016).

Em suma, um indivíduo com a capacidade funcional prejudicada, está mais

propenso a agravos diversos à saúde, que por sua vez propiciam o desenvolvimento

da Síndrome do Imobilismo (SI) (COELHO, 2017). A SI é citada como uma soma de

repercussões deletérias ao organismo, estando associada ao descondicionamento,

e assim afetando todos os sistemas do organismo (COCCO et al., 2013).

Esta nova parcela populacional demanda em sua grande maioria, assistência

domiciliar em virtude da dificuldade de deslocamento ao serviço de saúde,

requerendo assim cuidados intradomiciliares. No que diz respeito ao cuidado, ele

consiste em uma prática complexa e pluridimensional que visa melhorar a qualidade

de vida da população, exigindo inovações, novos espaços e novas maneiras de

atenção à saúde, dentre as quais o domicílio vem se inserindo de forma crescente

(WEYKAMP et al., 2018).

A prática da atividade em saúde em espaços não convencionais como o

residencial, está amparada pela Portaria nº 825 de 25 de abril de 2016, na qual se

redefine Atenção Domiciliar (AD) como uma modalidade de atenção à saúde,

substitutiva ou complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de

ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças e reabilitação

realizadas em domicílio, com garantia dos cuidados e integrada às redes de atenção

à saúde (BRASIL, 2016b).

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Com a visão privilegiada desta problemática, a AD, mostra-se efetiva na

elaboração de planos de cuidados envolvendo a equipe multidisciplinar e a família, a

fim de promover qualidade de vida ao paciente assistido (BRAGA et al., 2016).

Entre os membros da equipe de saúde, o enfermeiro exerce papel

fundamental na AD, realizando inúmeras atividades primordiais, sejam estas na

gestão dos serviços, assistência direta e indireta, desenvolvimento de grupos de

apoio, treinamentos aos familiares/cuidadores, acréscimo de intervenções para

resolutividade do cuidado prestado e promoção do atendimento humanizado

(MARASCHIN et al., 2018).

Deste modo com o presente estudo objetivou-se analisar a atuação dos

enfermeiros, frente às complicações do imobilismo nos serviços de AD.

2. OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

➢ Analisar a atuação do enfermeiro, frente às complicações do imobilismo no

Serviço de Atenção Domiciliar (AD), do Programa de Assistência e Internação

Domiciliar (PAID), na cidade de Cascavel - PR.

2.2 Objetivos Específicos

➢ Identificar as complicações em decorrência da Síndrome do Imobilismo (SI),

em paciente atendidos pelo Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) na

cidade de Cascavel/PR.

➢ Identificar quais ações de enfermagem são acrescidas ao conjunto de

cuidados frente às complicações da SI.

3.JUSTIFICATIVA

A transição demográfica, com destaque das doenças crônicas e

incapacitantes, reforça a crescente incidência da Síndrome do Imobilismo (SI). Neste

cenário, o avanço nas políticas da Atenção Domiciliar (AD) amplia o campo de

atuação do enfermeiro, que pode ter seu desempenho afetado pelas complicações

comuns nesta modalidade, tais como a SI (ANDRADE et al., 2017).

Diante da problemática, fez-se necessário analisar a atuação dos

enfermeiros, frente às complicações do imobilismo no Serviço de Atenção Domiciliar

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(SAD) do Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID), na cidade de

Cascavel/PR.

4. PROBLEMA DA PESQUISA

As complicações do imobilismo frequentemente afetam pacientes atendidos

em Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e dessa forma afetam também o

desenvolvimento do trabalho do enfermeiro.

5. HIPÓTESE DA PESQUISA

A Síndrome do Imobilismo (SI) afeta a atuação do enfermeiro aumentando a

complexidade cuidados aos pacientes acometidos bem como a carga de cuidados

demandados.

6. REVISÃO DE LITERATURA

No Brasil, o aumento de expectativa de vida, a diminuição das taxas de

mortalidade e natalidade definem o processo de transformações e reformulações

nas políticas de saúde. Essa transformação do perfil etário traz grande impacto, que

podem ser exemplificadas pelo crescente aumento dos atendimentos à população

idosa, às pessoas com Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) às sequelas

destas, e as doenças de causas externas (acidentes e violência) (XAVIER;

NASCIMENTO; CARNEIRO JUNIOR, 2019).

Neste cenário, vem se inserindo novas alternativas de assistência, no intuito

de suprir as necessidades básicas da população por atendimentos humanizados.

Estas novas metodologias de atendimento, estão fortemente alicerçadas na

tecnologia, na mudança do foco curativo para uma assistência holística e preventiva

ao ser humano, na estimulação da prevenção de moléstias, na promoção da saúde

e necessidade de redução de custos (KIESKI; LACERDA, 2008).

Ainda no que diz respeito a redução de custos, os serviços hospitalares têm

procurado reduzir o tempo de internação, promovendo a desospitalização precoce,

principalmente em pacientes com doenças crônicas. Assim, o número de

(re)hospitalizações e, consequentemente, a otimização dos recursos tecnológicos, a

melhoria da qualidade de vida dos usuários, vem propiciando a ascensão da

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modalidade de atenção em cuidados de saúde, à Atenção Domiciliar (AD) (MELLO;

BACKES; DAL BEN, 2016).

A AD consiste em um modelo de atenção à saúde em expansão no Brasil e

no mundo, favorável à concretização de novas formas de produção do cuidado e de

atuação interdisciplinar, que vem ao encontro das necessidades de saúde

apresentadas na atualidade (ANDRADE et al., 2017).

A utilização do domicílio como espaço de cuidado em saúde é uma prática

que tem sua origem em tempos remotos, no qual no passado muitos realizavam

alguma forma de cuidar em suas casas. A institucionalização dessa prática e a

profissionalização do cuidado no domicílio foi elaborada pelos norte-americanos no

ano de 1947, motivado pela precisão em liberar leitos hospitalares e de criar um

ambiente mais favorável à recuperação dos pacientes (BRAGA et al., 2016).

Algumas literaturas reiteram, que o envelhecimento da população é descrito

como um dos principais fatores responsáveis pelo desenvolvimento das práticas de

cuidado em saúde no domicílio, porém somam-se a ele o aumento das doenças

crônicas e suas complicações, acidentes automobilísticos e violências (causas

externas). Deste modo, a AD possibilita a desinstitucionalização desses pacientes

que se encontram nos serviços hospitalares, evita hospitalizações desnecessárias,

reduz o tempo de internamento, diminui custos financeiros, bem como complicações

relacionadas ao ambiente hospitalar e ainda fomenta o cuidado humanizado e

singular a cada indivíduo (BRASIL, 2013).

Esse novo perfil da população proferido anteriormente é fortemente

impactado pela maior dependência para as Atividades Básicas da Vida Diária (AVD)

tais como, capacidade para alimentar-se, vestir-se, banhar-se, ter continência

urinária e fecal e usar o banheiro, além das Atividades Instrumentais da Vida Diária

(AIVD), que incluem cuidar da casa, fazer compras, lavar roupas, preparar as

refeições, telefonar, utilizar transportes, administrar dinheiro e medicamentos, o que

tem exigido rearranjos familiares e a contratação de pessoas e/ou de diferentes

serviços para atendimento às necessidades cotidianas desta população (SANTOS;

SILVA; VIEIRA, 2015).

A perda da capacidade funcional está associada à predição de fragilidade,

dependência, risco aumentado de quedas, entre outros fatores que acarretam como

consequência a Síndrome do Imobilismo (SI) (COELHO, 2017).

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O termo imobilidade é amplamente divulgado na literatura, entretanto o

entendimento sobre a SI é algo escasso e que provém da medicina espacial, na qual

se avalia o efeito da falta de gravidade sobre o corpo humano e a influência desta

ausência nas funções orgânicas (FREITAS et al., 2013).

A SI, ou síndrome da imobilidade, é um conjunto de alterações que ocorrem

no indivíduo acamado por um período de tempo prolongado. Independente da

condição inicial que motivou ao decúbito prolongado, esta síndrome evolui para

diversos problemas (CINTRA et al., 2013). Silva, Maynard e Cruz (2010) reafirmam

que o imobilismo acomete o sistema musculoesquelético, gastrointestinal, urinário,

cardiovascular, respiratório e cutâneo e que intervenções precoces são necessárias

para prevenir problemas físicos e psicológicos.

Salienta-se que esta imobilidade pode ser temporária, no caso de algumas

fraturas, cirurgias, internamentos, doenças agudas e infecções ou ainda doenças

crônicas, como nos casos de demências, depressão grave, astenia, doenças

cardiorrespiratórias, dor crônica, neoplasias, distúrbios de marcha, fobia de queda,

sequela de Acidente Vascular Encefálico (AVE) (BARREIRA FILHO; BARREIRA,

2017). Os principais fatores predisponentes e de risco para a SI envolvem a

polipatologia, aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais

(CHAIMOWICZ et al., 2013).

Quintela (2015) destaca dentre estes fatores de risco, o repouso prolongado

no leito, doenças neurológicas que se acompanham de contraturas, limitação da

marcha e do equilíbrio, depressão e demência, cardiopatias e pneumopatias

crônicas, que restringem as atividades, doenças reumáticas podem provocar um

quadro doloroso e deformidades, levando o indivíduo a permanecer no leito,

desencadeando a síndrome. Há, ainda, pessoas com estado nutricional precário, em

uso excessivo de medicamentos ou problemas decorrentes de iatrogenia,

evidenciados por fraqueza muscular e insegurança na locomoção.

Contudo os autores Ramos e Toniolo Neto (2005) orientam que apesar da

expressão SI ser muito utilizada, é pouco conhecida, pois não são todos os

pacientes acamados/em restrição ao leito que tem estabelecido a SI, para tal é

necessária a aplicação de diagnóstico específico.

Desta forma, a SI de acordo a literatura, só é efetivamente identificada,

quando ao paciente apresentar os critérios maiores e no mínimo dois dos critérios

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menores. Os critérios maiores são definidos como múltiplas contraturas e presença

de déficit cognitivo médio a grave. Em relação aos critérios menores são

encontrados sinais de sofrimento cutâneo ou Lesão por Pressão (LPP), disfagia,

dupla incontinência e afasia (FREITAS et al., 2013).

As complicações da imobilização e inatividade nem sempre foram conhecidas

como causas de disfunção, porém, nas últimas décadas, os profissionais de saúde

estão voltando a atenção para os efeitos prejudiciais do descanso ou repouso

prolongado no leito, da inatividade e os efeitos benéficos da atividade e dos

exercícios (BOECHAT et al., 2012).

Assim, foram elaborados, no decorrer dos anos, vários instrumentos que

avaliam a capacidade do indivíduo e colaboram na identificação e monitorização das

perdas, sejam elas patológicas ou funcionais. A seleção do instrumento é feita de

acordo com o que se pretende avaliar, como atividades de vida diária, avaliação de

equilíbrio e quedas, avaliação do risco de desenvolvimento de LPP, avaliação de

depressão e solidão e avaliação cognitiva (RIGO; PASKULIN; MORAIS, 2010).

Deste modo, estas ferramentas contribuem para a avaliação da qualidade de

vida do indivíduo, destacando-se entre eles o Índice de Katz, utilizado para avaliar a

independência dos idosos no desempenho de seis funções básicas (banhar-se,

vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação); a Escala de

Lawton e Brody que avalia o desempenho do idoso em relação às atividades

instrumentais a fim de verificar a sua independência funcional; o Índice de Pfeffer

que avalia a capacidade do indivíduo para realizar atividades diárias e funções

cognitivas/sociais; e o Índice de Barthel, que abrange dez funções e atividades

fundamentais no cotidiano: comer, higiene pessoal, uso dos sanitários, tomar banho,

vestir e despir, controle dos esfíncteres, deambular, transferência da cadeira para a

cama, subir e descer escadas (BRASIL, 2007; MAHONEY; BARTHEL, 1965).

Bass (2000) aponta alguns efeitos danosos causados aos diversos sistemas

do corpo humano devido ao imobilismo como atrofia muscular, descondicionamento,

hipotrofia, contraturas, deformidades, LPP, que ocorrem devido à pressão da pele

em superfície, diminuição do fluxo sanguíneo e a oxigenação tecidual,

comprometimento na distribuição dos fluidos corporais, descondicionamento

cardíaco, hipotensão postural, Trombose Venosa Profunda (TVP), falta de apetite,

absorção mais lenta de nutrientes, redução da peristalse, incontinência fecal,

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constipação, fecaloma, o esvaziamento inadequado da bexiga, levando a retenção

urinária, infecções, incontinência urinária, bexiga neurogênica, cálculos renais,

diminuição/perda de força da musculatura ventilatória, diminuição de volume da

capacidade pulmonar e estase de muco levando à infecções pulmonares,

atelectasias, dificuldade para tossir e broncoaspiração.

Nesse contexto, a AD tem se mostrado como uma opção para a elaboração

de planos de cuidado de forma compartilhada com as famílias (BRAGA et al., 2016).

Boechat, Manhães e Gama Filho (2012) referem que, para melhorar a qualidade de

vida desta população é importante a variabilidade de cada participação profissional,

necessitando assim das ações interdisciplinares e multidisciplinares, buscando

assim uma equipe que envolva tantas disciplinas profissionais as quais se fizerem

necessárias.

Oliveira e Souza (2014) dizem que, no intuito de restaurar a independência do

paciente, intervir precocemente é fundamental para a melhora das funções, além

disso, pode acelerar a recuperação do paciente. Desta forma, na AD pode-se

oportunizar e instigar a recuperação da independência, onde tais esforços devem

começar no contato inicial com o paciente.

Apoiando a posição citada acima, Boechat et al. (2012) declaram que, para

atingir um ótimo nível de independência deve-se além de diagnosticar e tratar

perdas patológicas e funcionais, também é preciso monitorar as complicações

potenciais que podem causar problemas adicionais ou incapacidades.

A AD é uma modalidade de cuidado com um caráter abrangente, pois engloba

atendimento, visitas e internação no domicílio. É um conjunto de ações realizadas

por equipe multidisciplinar no domicílio, a partir do diagnóstico da realidade em que

está inserida, favorecendo o desenvolvimento e adaptação de suas funções

restabelecendo sua independência e autonomia (LACERDA; ZAGONEL; MARTINS,

2006).

Desta forma a Portaria 825/2016 que ampara a AD no âmbito do Sistema

Único de Saúde (SUS), conceitua que a AD pode ser classificada em três

modalidades: AD tipo 1, tipo 2 e tipo 3. Sendo que a AD tipo 1 abrange as atividades

de visita domiciliar de responsabilidade das equipes de Atenção Primária em Saúde

(APS), apoiadas pelos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, ambulatórios de

especialidades e de reabilitação. As modalidades 2 e 3 são de maior complexidade

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técnica e atendem indivíduos com maior necessidade e intensidade de cuidados,

sendo diferenciadas pelo uso ou não de equipamentos específicos definidos na lei

(BRASIL, 2016b).

Ainda de acordo com a portaria supracitada, em seu artigo 19, estabelece que

é de responsabilidade da Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMAD)

realizar atendimento domiciliar, no mínimo uma vez por semana a cada usuário em

acompanhamento, promovendo o atendimento adequado e humanizado ao

indivíduo. As EMAD são compostas basicamente por profissionais médicos,

enfermeiros, fisioterapeuta ou assistentes sociais, e auxiliares/técnicos de

enfermagem (BRASIL, 2016b).

O enfermeiro, neste contexto da AD, ocupa papel fundamental como

coordenador do cuidado, gerente de caso, responsável pela prestação de diversos

cuidados aos pacientes dentre eles: apoio interpessoal, educação em saúde a

pacientes, familiares e cuidadores, realização de procedimentos técnicos e

supervisão clínica (ANDRADE et al., 2017).

A Resolução do COFEN nº. 0464/2014 normatiza a atuação do enfermeiro

frente à AD e cita as atividades inerentes a esta função, que incluem dimensionar a

equipe de enfermagem, planejar, organizar, coordenar, supervisionar e avaliar a

prestação da assistência de enfermagem, organizar e coordenar as condições

ambientais, equipamentos e materiais necessários à produção de cuidado

competente, resolutivo e seguro; atuar de forma contínua na capacitação da equipe

de enfermagem que atua na realização de cuidados nesse ambiente; executar os

cuidados de enfermagem de maior complexidade técnico científica e que demandem

a necessidade de tomar decisões imediatas (COFEN, 2014).

Segundo Kodama, Spuras e Padula (2009), os principais cuidados prestados

pelos enfermeiros aos pacientes na AD são: prevenção de LPP, realização de

cateterismo vesical intermitente, estimulação à deambulação, avaliação da perfusão

distal, orientações para curativos, utilização de colchão piramidal, coxins e meias

elásticas e orientações ao paciente e família sobre AVD

Além disso, a literatura nos aponta algumas atribuições específicas do

enfermeiro na AD como: realizar consulta de enfermagem; planejar, organizar,

coordenar, executar e avaliar a assistência de enfermagem em domicilio, embasada

na Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE); avaliar a qualidade da

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assistência por meio de indicadores; capacitar a equipe de enfermagem;

proporcionar educação permanente à equipe de enfermagem; organizar o processo

de trabalho (escalas); avaliar o desempenho da equipe de enfermagem; realizar os

cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica; planejar, realizar e avaliar

as visitas domiciliárias determinando prioridades de assistência; dar alta dos

cuidados de enfermagem; realizar diagnósticos de enfermagem e condutas,

objetivando promoção, prevenção a saúde e redução de danos (CAMPINAS, 2014).

Para Vidal e Padula (2012), a assistência de enfermagem tem como principais

objetivos auxiliar o paciente a tornar-se independente o máximo que puder dentro de

suas condições, promover e incentivar o autocuidado através de orientações e

treinamento de situações, preparar a pessoa com limitações físicas e

biopsicossociais para uma vida social e familiar com qualidade. Assim, a AD requer

um envolver-se pleno do profissional enfermeiro, unindo sua essência que se faz

presente, tanto no cuidar como no ensinar a cuidar, haja vista que ele é o elemento

da equipe que mais tempo permanece ao lado do paciente e tem a capacidade de

observá-lo e considerá-lo como um todo e não apenas como um caso.

7. METODOLOGIA

7.1 Tipo de Pesquisa

Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva, retrospectiva e documental,

com análise quantitativa dos prontuários dos pacientes atendidos pelo Serviço de

Atenção Domiciliar (SAD), o Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID)

no município de Cascavel – Paraná.

A pesquisa de campo é usada com o objetivo de coletar informações e/ou

conhecimentos acerca de um problema para o qual procura-se uma

resposta/hipótese, que se busca comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos

ou as relações entre eles. O método consiste na observação de fatos e fenômenos,

tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no

registro de variáveis que se presumem relevantes, para analisá-los (PRADANOV;

FREITAS, 2013).

A pesquisa descritiva, de acordo com Gil (2008) tem como finalidade principal

a descrição das características de determinada população ou fenômeno de estudo

(população, empresa, governo, situação-problema), tendo como uma de suas

características e mais significativas a utilização de técnicas padronizadas de coleta

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de dados (COFEN, 2014) O alvo da pesquisa descritiva é observar, registrar e

analisar os fenômenos ou sistemas técnicos, sem, contudo, entrar no mérito dos

conteúdos (BARROS; LEHFELD, 2007).

Na pesquisa retrospectiva, se realiza o estudo a partir de registros do

passado, e é seguido adiante a partir daquele momento até o presente (utilizando

um período temporal para condução da pesquisa) (FLETCHER; FLETCHER;

WAGNER, 2003). Marconi e Lakatos (2005) reiteram que na pesquisa retrospectiva,

o estudo é desenhado para explorar fatos do passado, podendo ser delineado para

retornar, do momento atual até um determinado ponto no passado, há vários anos.

Fonseca (2002) aponta que a pesquisa documental recorre a fontes mais

diversificadas e dispersas, sem tratamento analítico, tais como tabelas estatísticas,

jornais, revistas, relatórios, documentos oficiais, cartas, filmes, fotografias, pinturas,

tapeçarias, relatórios de empresas e vídeos de programas de televisão.

Corroborando, Marconi e Lakatos (2005) reforçam que a pesquisa documental

é a coleta de dados em fontes primárias, como documentos escritos ou não,

pertencentes a arquivos públicos, arquivos particulares de instituições e domicílios, e

fontes estatísticas.

7.2 Aspectos Éticos

Considerando a realidade vivenciada e a diversidade de problemas que se

apresentam na sociedade tais como: doenças emergentes e persistentes; fome;

miséria; violência; racismo; exclusão social; desrespeitos aos seres humanos e ao

meio ambiente, dentre tantos outros que atentam contra a vida, a Ética e a Bioética

possui elevada significação (AMORIM, 2019).

A reflexão sobre a temática Ética e Bioética torna-se imprescindível à

formação, bem como à prática em pesquisa, em qualquer que seja a área, tornando-

se necessário a clareza de sua abordagem em todo o processo da pesquisa. Desta

forma, a pesquisa realizada seguiu os preceitos éticos das resoluções Conselho

Nacional de Saúde nº 466/2012 e a Resolução 510/2016 que dispõe das Diretrizes e

Normas regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (BRASIL,

2012; BRASIL, 2016a).

A pesquisa foi submetida à autorização pelo campo concedente, no caso a

Prefeitura Municipal de Cascavel, mais especificamente a Secretária de Saúde

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(SESAU) por meio do Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID) e a

coleta de dados ocorreu somente após aprovação pelo Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Paranaense (UNIPAR) de acordo com o parecer emitido

de número 3.547.781.

7.3 Campo de Estudo

O Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID) foi criado no ano

de 2005, no município de Cascavel/PR. Com quase 300 mil habitantes, o município

conta com cerca de 400 leitos, tendo por principal referência hospitalar o Hospital

Universitário do Oeste do Paraná. Em meados de 2013, o município contava com

três Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMAD), onde cada equipe é

formada por um médico, um enfermeiro, um fisioterapeuta e três técnicos de

enfermagem, ainda estes recebem o apoio de uma Equipe Multiprofissional de Apoio

Especializado (EMAP), que é composta por um dentista, um nutricionista e um

assistente social (BRASIL, 2014).

Atualmente, o PAID conta com três EMAD e uma EMAP, que se deslocam

para os atendimentos domiciliares em veículos próprios do serviço (BRASIL, 2016b).

7.4 Coleta de Dados

A coleta de dados ocorreu em duas fases, ocorrendo na primeira fase contato

pré-agendado com as três Equipes Multidisciplinares de Atenção Domiciliar (EMAD)

do Programa de Assistência e Internação Domiciliar (PAID), na qual realizou-se a

aplicação de um questionário elaborado (Apêndice A) a todos os profissionais das

EMAD, contendo três questões, para identificação dos pacientes atendidos pelo

Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), que apresentam Síndrome do Imobilismo

(SI) e assim a seleção da amostra a ser estudada. A partir da indicação dos

pacientes com a SI foi efetuado um sorteio aleatório no programa Excel 2016 para

seleção da amostra, no qual foram selecionados 15 pacientes.

Em seguimento, contendo a seleção da amostra, iniciou-se a segunda fase,

no qual ocorreu por meio de instrumento (Apêndice B), a coleta de dados em

prontuários. O apêndice continha três questões, visando atender aos objetivos

propostos pela pesquisa, abordando informações como faixa etária, gênero e

doença de base que levou ao estabelecimento da SI.

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7.5 Análise dos Dados

A análise dos dados se consistiu em caráter quantitativo, visto que este

método considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em

números as opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, requerendo o

uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda, mediana,

desvio-padrão, coeficiente de correlação e análise de regressão.) (PRADANOV;

FREITAS, 2013).

Desta forma, os dados foram agrupados e contabilizados por frequência e

porcentagens, no qual utilizou-se de tabelas e gráficos, gerados na planilha de

cálculos eletrônica do programa Excel 2016, colaborando para o desenvolvimento do

tema proposto.

8. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Gráfico 1 expõe percentualmente todas as complicações secundárias à

Síndrome do Imobilismo (SI) de acordo com a percepção das equipes de Atenção

Domiciliar (AD).

Gráfico 1 - Complicações secundárias à Síndrome do Imobilismo de acordo com a percepção das equipes de Atenção Domiciliar

Fonte: Dados do pesquisador 2019.

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Dentre os pacientes acometidos pela SI, as complicações secundárias de

maior destaque foram: Lesão por Pressão (LPP) e supressão do movimento articular

atingindo 100% da amostra, seguidos por problemas do trato urinário e problemas

pulmonares atingindo 89% da amostra, problemas intestinais com 83,5% e

dificuldade alimentar 56% da amostra pesquisada.

Mediante a acometimento da SI o paciente exibe um comprometimento de

saúde generalizado, contudo Rivoredo e Meija (2013), citam que o sistema

osteomuscular é mais afetado, podendo apresentar osteoporose, osteopenia,

fibrose, contraturas, atrofias, diminuição da força muscular e redução de resistência

muscular.

As limitações funcionais do sistema musculoesquelético, podem levar a

prejuízo para as transferências, para a manutenção da postura, para a

movimentação no leito, favorecendo a formação de LPP, e ainda, em virtude da

inatividade, observa-se o prejuízo diretamente na força muscular e na resistência,

aparecendo a fadiga e assim a força exercida pela gravidade nos ossos e tecidos de

apoio é reduzida (VOJVODIC, 2004).

Rousseau (1993) refere que os problemas respiratórios acontecem em

decorrência da redução do movimento do diafragma, diminuindo a pressão negativa

intratorácica máxima e o fluxo sanguíneo respiratório. Levando ao declínio da

capacidade inspiratória máxima, vital e funcional residual, prejudicando a

competência da ventilação-perfusão e da oxigenação arterial.

Além disso, os malefícios da SI no sistema respiratório também causam

déficit no estímulo da tosse, acúmulo de secreções aumentando a suscetibilidade de

infecções, podendo ocasionar fechamento de vias aéreas de pequeno calibre

dependendo do posicionamento no leito, que condicionam quadros como:

hipoxemia, traqueites, pneumonias e atelectasias (PINHEIRO; CHRISTOFOLETTI,

2012; PALUDO, 2005).

Quanto às complicações geniturinárias, Moraes, Marino e Santos (2010)

apontam o aumento do volume residual da bexiga, acarretando em risco de:

retenção urinária, incontinência urinária de urgência, transbordamento e/ou

funcional, fomentando infecções urinárias agudas ou recorrentes, bacteriúria

assintomática, além de favorecer a nefrolitíase, pela hipercalciúria da imobilidade e

baixa ingestão hídrica.

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Estudos demonstram que paciente de alta dependência tem 28% mais

chances de desenvolverem infecções do trato urinário (ITU), sendo está a infecção

mais frequente em idoso debilitados ou pacientes hospitalizados aumentando sua

ocorrência para 50% (BORN, 2008). Acontecem o desenvolvimento de cálculos

renais, alterações nos níveis de cálcio urinário e potencial Hidrogeniônico (pH),

predispondo o indivíduo ao uso prolongado de fraldas geriátricas (GUEDES;

OLIVEIRA; CARVALHO, 2018; BARBOSA et al., 2005).

Tal qual, em outros sistemas, no gastrointestinal, pode ocorrer diversas

alterações em consequência da SI, como a redução do apetite e diminuição do

peristaltismo, levando à obstipação, impactação fecal e consequentemente a

formação de fecaloma, podendo conduzir à interrupção do trânsito intestinal e seus

agravos (ROUSSEAU, 1993).

Em congruência às complicações secundárias da SI, observamos durante a

pesquisa as atividades adicionadas à carga de trabalho do enfermeiro, embasado na

devolutiva (questionário) das equipes de AD. No qual a Tabela 1 demonstra estes

dados capitados de maneira detalhada.

Tabela 1 – Atividades adicionadas a carga de trabalho do enfermeiro

Atividades %

Curativos 100 Orientações/treinamentos 100 Sondagem enteral 100 Sondagem vesical de demora 100 Visitas extras 100 Sondagem vesical de alivio 67 Exercícios ativos e passivos 33 Sondagem gástrica 33 Fonte: Dados do pesquisador 2019.

Estes elementos demonstram que atividades de curativos,

treinamento/orientações, sondagem vesical de demora, sondagem enteral e visitas

extras atingiram todos os pacientes da amostra, seguido por processos de

sondagem vesical de alívio alcançando 67% da amostra; exercícios ativos e

passivos, bem como sondagem gástrica representando 33% da amostra dos

pacientes acometidos pela SI.

Para os autores Andrade e Lobo (2007), na visita domiciliar é possível

identificar, tratar e sanar as complicações aos mais diversos pacientes. Para isso,

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torna-se necessário, a elaboração de medidas específicas que previnam

complicações, por meio de processos educativos estruturados e organizados

(treinamentos), direcionados aos profissionais de saúde e aos familiares/cuidadores

(MAZZON et al., 2007).

Corroborando, o Caderno de Atenção Domiciliar (2013) cita que ao admitir o

indivíduo na AD e no decorrer de seu acompanhamento deve ser levantada a real

necessidade de intervenções e efetivada sua implementação objetivando evitar

agravos de saúde (BRASIL, 2013).

Mediante os dados, é possível observar as doenças de base de cada

indivíduo da amostra, acometidos pela SI, as quais foram agrupadas e exibidas na

forma de porcentagem (Gráfico 2). Resultando na prevalência de pacientes com

diagnóstico de AVE (40%), seguidos pelos que tem o diagnóstico de trauma (33%),

demência (13%), paralisia cerebral (7%) e pneumonia (7%).

Gráfico 2 – Doença de base

Fonte: Dados do pesquisador 2019.

Os principais fatores que predispõe o indivíduo à SI envolvem polipatologia,

aspectos econômicos, ambientais, psicológicos e sociais. Dentre estes destacam-se

as doenças de base neurológicas, cardiopatias, pneumopatias que restrinjam a

atividade oportunizando a instalação da SI (CHAIMOWICZ et al., 2013).

Ratificando, os autores Barreira Filho e Barreira (2017), destacam por meio do

Manual de cuidado com o idoso, os fatores de riscos, como repouso prolongado no

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leito, problemas neurológicos que se acompanham de contraturas, limitação de

marcha e equilíbrio, demência, cardiopatias, pneumopatias crônicas, doenças

reumáticas que provoquem quadro exacerbado de dor, terapia medicamentosa

inadequada entre outros.

Delisa et al. (1992) reforçam que a SI, promove uma série de efeitos

deletérios ao organismo, destacando as alterações do estado emocional, que

provocam crises de ansiedade, apatia, depressão, labilidade emocional e isolamento

social.

Dessa forma, vislumbrou-se que toda a amostra selecionada continha as

doenças de base apontadas pela literatura, como inclinadas a SI.

Fundamentando-se na amostra, foram obtidos os parâmetros quanto à

distribuição de gênero mais acometido pela SI destacando-se o sexo feminino com

53% da amostra abordada (Gráfico 3).

Gráfico 3 – Distribuição de gênero

Fonte: Dados do pesquisador 2019.

Realça-se os dados apontados por meio das análises dos estudos de Ribeiro

et al. (2011) e Cintra et al. (2013), nos quais, se alcançam uma predominância

análoga, de mulheres acometidas pela SI nos diferentes estudos. No entanto esta

asserção está em convergência com a pesquisa executada nos Estados Unidos, no

qual destacou-se que a SI acomete em sua maioria mulheres, de origem negra, que

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possuem menor renda familiar, maiores taxas de comorbidades crônicas e

incapacitantes (FRIED et al., 2001).

Confirma-se esta perspectiva pela análise dos pesquisadores Theme Filha et

al. (2015), onde as mulheres apresentam maior percentil de acometimento para

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Semelhantemente, este

conhecimento é identificado no estudo realizado por Iser et al. (2011), onde as

mulheres formam 61% da amostra selecionada para estudo, acometida por DCNT.

Ainda, em consonância Boccolini et al. (2017), destacam que as mulheres

exibem maior prevalência em limitações para atividades básicas em decorrência de

doenças crônicas ou deficiências físicas, representando 52,9%, enquanto homens

representam 47,1%. Tal condição, segundo os autores está ligada à baixa

escolaridade e maior expectativa de vida.

Destaca-se que, na amostra selecionada após indicação das equipes e com

base no sorteio aleatório no Excel, todos os pacientes apresentaram diagnóstico

assertivo quanto a SI, apontando-se a prevalência dos diagnósticos de critérios

menores conforme delineado na Tabela 2.

Tabela 2 – Prevalência dos diagnósticos critérios menores

Critérios %

Disfagia 100

Dupla Incontinência 100

Afasia 53

Lesão por Pressão 33 Fonte: Dados do pesquisador 2019.

Os critérios menores variaram entre disfagia e dupla incontinência (100%),

afasia (53%) e LPP (33%).

Observou-se que todos os pacientes avaliados apresentavam os critérios

maiores (múltiplas contraturas e presença de déficit cognitivo médio a grave) e no

que concerne aos critérios menores (sofrimento cutâneo ou lesão por pressão,

disfagia, dupla incontinência e afasia) todos apresentavam no mínimo dois, sendo

que a presença dos critérios dupla incontinência e disfagia está presente em toda a

amostra.

Estudiosos relatam uma gama de “síndromes” ou enfermidades com causas

múltiplas, estando conexas ao declínio funcional, observando-se uma estimativa de

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que 25 a 50% dos idosos/pacientes com comorbidades extremas levando a perda da

independência física, ficando confinados ao leito após tratamento hospitalar

prolongado. Estes indivíduos, na maioria das vezes, necessitam de dieta especial

via sonda, utilizam-se de antibióticos de última geração para tratamento de infecção

do trato urinário (ITU), pneumonias, apresentam LPP e demandam curativos

especiais elevando sobremaneira os custos de manutenção (FREITAS et al., 2013).

Façanha (2016) comenta que o decúbito prolongado leva à ocorrência da

dupla incontinência, no qual o indivíduo apresenta dificuldade em gerar pressão

intra-abdominal comprometendo o esvaziamento da bexiga, bem como a redução no

peristaltismo intestinal, o que condiciona na diminuição na absorção dos nutrientes e

constipações recorrentes.

No que diz respeito a produção da voz, ela acontece como resultado de

melindrosas conexões neurais estruturais e funcionais entre os sistemas respiratório,

musculoesquelético e estomatognático, logo na ocorrência de qualquer problema em

alguma destas estruturas a comunicação verbal pode ficar comprometida, levando a

afasia. Tais estruturas também participam da mastigação e deglutição, sendo que o

comprometimento destes aparelhos, pode se associar à disfagia orofaríngea

(MORAES; MORAES, 2016).

Quanto as LPP são definidas como avaria na pele e/ou tecidos moles

subjacentes, comumente acometem em proeminências ósseas ou conexa ao uso de

dispositivos médicos ou a outro artefato. A lesão pode-se apresentar na pele intacta

ou como lesão aberta (ulcerada), podendo ser dolorosa (SOBEST, 2016).

Quando (re)avaliamos a tabela 2, no índice de LPP, uma tranquilidade quanto

à assistência domiciliar de qualidade prestada nos vem à mente. Contudo, ao

analisarmos sob da ótica idade versos agravo entendemos melhor este

comprometimento (Gráfico 4), destacando-se uma representatividade de 80% idosos

e 20% adultos, acometidos pela SI.

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Gráfico 4 – Incidência de Lesão por Pressão nos pacientes com Síndrome do Imobilismo, de acordo com a faixa etária

Fonte: Dados do pesquisador 2019.

O decúbito prolongado gera pontos em que a pressão externa é superior à

pressão capilar, resultando em isquemia dos tecidos subjacentes, facilitando o

desenvolvimento de LPP. Destacam-se como regiões mais atingidas, a região

sacral, trocânteres maiores, tuberosidades isquiáticas, calcanhares e tornozelos

(FERNANDES et al., 2009).

A LPP em idosos, de acordo com Makai et al. (2010), acomete cerca de 9%

de todos os pacientes internados e aproximadamente 23% dos acamados que estão

em AD. Os idosos são indivíduos mais susceptíveis a desenvolver LPP, devido às

próprias condições causadas pelo envelhecimento que são fatores que predispõem

ao surgimento das lesões.

Assim ao observar o sistema tegumentar, em especial a pele senil, nota-se

que existe um declínio na produção de células epiteliais, levando ao adelgaçamento

de 20 a 30% da epiderme, bem como diminuição na secreção das glândulas

sudoríparas, redução dos tecidos de sustentação e decaimento na vascularização. A

derme apresenta-se desidratada, perdendo vigor e elasticidade. Tais fatores tornam

a pele, de um modo geral, friável, facilitando as LPP, xerose (pele seca), micoses,

dermatite amoniacal e equimoses (FREITAS et al., 2013).

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Ainda, para os autores Gist et al. (2009), na prevenção de LPP devem ser

utilizadas medidas que combatam a SI, promovendo a higienização e nutrição

adequadas, a proteção das proeminências ósseas, o uso de vestimentas e roupas

de cama adequadas, de colchões especiais, o reposicionamento do paciente no leito

ou cadeira a cada 2 horas, evitando as forças de cisalhamento, realizando

hidratação da pele, bem como reduzindo o excesso de umidade.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A expressão Síndrome do Imobilismo (SI) é pouco encontrada na literatura

especializada e a busca por esta terminologia em trabalhos científicos se encontra

inúmeras vezes prejudicada, por empregarem referenciais como imobilidade,

repouso prolongado no leito e síndrome do desuso (FREITAS et al., 2013).

Aliada ao referencial teórico, a pesquisa de campo confirma que existe

correlação entre a SI e as atividades adicionadas à carga de trabalho da equipe

interdisciplinar, destacando-se as atividades acrescidas ao trabalho do enfermeiro.

Sumariamente a maioria das atividades adicionadas à carga das atividades

de cuidado, referem-se à manutenção da capacidade fisiológica do indivíduo,

exigindo a dedicação de mais tempo de atendimento e conhecimentos científicos

acerca das várias interfaces para realização da assistência em saúde. Dessa forma

destaca-se a importância da equipe de Atenção Domiciliar (AD), com ênfase ao

profissional enfermeiro que orienta, executa, demonstra, supervisiona e reavalia as

ações que fomentam o autocuidado na AD.

Ficou evidente que, após instalação da SI, a assistência em saúde torna-se

complexa e requer inúmeros esforços para minimizar os efeitos da inércia

prolongada. Necessita-se que a terapêutica ofertada aos pacientes portadores da SI,

ocorra de maneira intensiva, envolvendo toda a equipe de saúde, os familiares e

cuidadores, devendo estes estar imbuídos de informações e capacitados a respeito

deste agravo clínico, para realizar promoção e reabilitação em saúde.

Certamente, novas pesquisas voltadas a esta temática deverão ser

conduzidas, contribuindo para sanar dúvidas e melhorar a assistência a este grupo.

Desta forma, este estudo traz destaque à atuação do enfermeiro no

atendimento ao paciente com SI na AD, de modo a fomentar a promoção e a

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prevenção em saúde, a melhora na qualidade de vida e na assistência prestada ao

paciente.

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10. REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA COLETA DE DADOS NAS EQUIPES

MULTIDISCIPLINARES DE ATENÇÃO DOMICILIAR (EMAD).

1. Quais pacientes atendidos pela sua equipe apresentam a síndrome do

imobilismo?

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

_________________________________________________________________

2. Quais das seguintes complicações são comumente identificadas nestes

pacientes que desenvolvem a síndrome do imobilismo?

( ) Lesão por pressão

( ) Atrofia muscular

( ) Deformidades

( ) Trombose venosa periférica

( ) Perda de apetite (peso)

( ) Incontinência urinária

( ) Retenção urinária

( ) Infecção do trato urinário

( ) Incontinência fecal

( ) Constipação

( ) Comprometimentos respiratórios

( ) Infecções pulmonares

( ) Dificuldade para deglutir

( ) Broncoaspiração

( ) Outros. Quais _________________.

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3. Quais das seguintes atividades são adicionadas à carga de trabalho do

enfermeiro para o paciente com complicações da síndrome do imobilismo?

( ) Curativos

( ) Sondagem vesical de alívio

( ) Sondagem vesical de demora

( ) Sondagem enteral

( ) Sondagem gástrica

( ) Punção arterial

( ) Punção de veia jugular

( ) Punção de cateter totalmente implantado (port-a-cath)

( ) Instalação de nutrição parenteral

( ) Coleta de gasometria arterial

( ) Orientações/treinamentos

( ) Exercícios ativos e passivos

( ) Visitas extras

( ) Outros. Quais _________________.

Elaborado: Luana Gotardo Athayde, 2019.

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APÊNDICE B – INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS NO PRONTUÁRIO.

Nome do paciente: _____________________________________ DN: __________

1. Faixa etária.

( ) Crianças, adolescentes e jovens – 0 a 19 anos

( ) Adultos – 20 a 59 anos

( ) Idosos – Acima de 60 anos

2. Gênero.

( ) Feminino ( )Masculino

3. Doença de base (que levou ao imobilismo).

( ) Fraturas

( ) Procedimentos cirúrgicos

( ) Doenças Crônicas Degenerativas

( ) Acidente Vascular Encefálico (AVE)

( ) Problemas neurológicos

( ) Doenças cardíacas

( ) Doenças respiratórias

( ) Doenças reumáticas

( ) Dor crônica

( ) Neoplasias

( ) Estado nutricional inadequado

( ) Uso excessivo de medicamentos

Elaborado: Luana Gotardo Athayde, 2019.

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ANEXO 01 – AUTORIZAÇÃO DO CAMPO CONCEDENTE PARA PESQUISA

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ANEXO 02 – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

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ANEXO 03 – DECLARAÇÃO DE PERMISSÃO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS.

Declaração de Permissão para Utilização de Dados

Título do Projeto: O Impacto da Síndrome do Imobilismo para o Enfermeiro na Atenção Domiciliar.

Nome dos Pesquisadores Assinatura

Luana Gotardo Athayde

Vanessa Rossetto Toscan

Os pesquisadores do presente projeto de pesquisa se comprometem a preservar a privacidade dos participantes, cujos dados serão coletados em dois momentos. No primeiro momento será aplicado formulário às três Equipes Multidisciplinar de Atenção Domiciliar (EMAD), para identificação dos pacientes acometidos pela síndrome do imobilismo contendo três (3) questões e no segundo momento será realizado análise dos prontuários, para conhecer como esta síndrome afeta os pacientes e o trabalho dos enfermeiros. Concordam, igualmente, que estas informações, serão utilizadas única e exclusivamente para execução do presente projeto. As informações somente poderão ser divulgadas de forma anônima. Diante disso, a direção da instituição autoriza a coleta de dados acima descrita.

___________________________________

Diretor ou representante legal da Instituição

Cascavel, ____ de _____________, de 2019.

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ANEXO 04 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO (TCLE)

Nome da Pesquisa: O Impacto da Síndrome do Imobilismo para o Enfermeiro na Atenção

Domiciliar.

Pesquisador(es): Luana Gotardo Athayde; Vanessa Rossetto Toscan.

Objetivos da Pesquisa: Aprimorar os conhecimentos sobre a síndrome do imobilismo, dando

destaque a atuação do enfermeiro no atendimento ao paciente com esta problemática de

saúde.

Prezado (a) participante da pesquisa,

Participação na pesquisa: Você foi escolhido por indicação para responder a um

questionário contendo três perguntas, com o propósito de identificar os pacientes atingidos

pela síndrome do imobilismo, os problemas de saúde que frequentemente estes pacientes

apresentam e quais atividades são adicionadas a carga de trabalho da equipe.

Riscos e desconfortos: Os procedimentos utilizados (questionário contendo três questões

para identificação dos pacientes acometidos pela síndrome do imobilismo, as complicações e

as atividades adicionadas a carga de trabalho da equipe), poderão trazer algum desconforto

como demanda de tempo para responder. O tipo de procedimento apresenta um risco mínimo

de quebra de confidencialidade que será reduzido pela(o) anonimato dos questionários e

avaliação em grupo das informações. As informações representarão a realidade e opinião de

um grupo e não de uma pessoa, além disso, todos os cuidado éticos serão tomados no sentido

de preservar privacidade e sigilo das instituições e participantes envolvidos.

Benefícios: Os benefícios esperados com o estudo são no sentido de ampliar a compreensão a

respeito dos conhecimentos sobre a síndrome do imobilismo.

Formas de assistência: Não se aplica.

Confidencialidade: Todas as informações que o (a) Sr. (a) nos fornecer serão utilizadas

somente para esta pesquisa. Seus dados e respostas ficarão em segredo e seu nome não

aparecerá em lugar nenhum dos questionários nem quando os resultados forem apresentados.

Esclarecimentos: Se tiver alguma dúvida a respeito da pesquisa e/ou dos métodos utilizados

na mesma, pode procurar a qualquer momento o pesquisador responsável.

Eu, Luana Gotardo Athayde, declaro por meio deste que forneci todas as informações

referentes ao estudo ao participante e/ou responsável.

RG: 9.820.724-4 Fone: (45) 9 9943-5381

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Fone / Fax: (44) 3621.2849 – E-mail: [email protected]

Eu, Vanessa Rossetto Toscan, declaro por meio deste que forneci todas as informações

referentes ao estudo ao participante e/ou responsável.

RG: 9.920.966-6 Fone: (45) 9 9987-8141

Se desejar obter informações sobre os seus direitos e os aspectos éticos envolvidos na

pesquisa poderá consultar o Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da

Universidade Paranaense (UNIPAR).

Praça Mascarenhas de Moraes, s/n.º - Cx Postal 224 – Umuarama – Paraná – CEP: 87.502-

210

Fone / Fax: (44) 3621.2849 – Ramal 1219 e-mail: [email protected]

Ressarcimento das despesas: Caso o (a) Sr. (a) aceite participar da pesquisa, não receberá

nenhuma compensação financeira.

Concordância na participação: Se o (a) Sr. (a) estiver de acordo em participar deverá

preencher e assinar o Termo de Consentimento Pós-esclarecido que se segue, e receberá uma

cópia deste Termo.

CONSENTIMENTO PÓS-INFORMADO

Pelo presente instrumento que atende às exigências legais, o Sr.

(a)_______________________________________________________, portador(a) da cédula

de identidade__________________________, declara que, após leitura minuciosa do TCLE,

teve oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas que foram devidamente explicadas

pelos pesquisadores, ciente dos serviços e procedimentos aos quais será submetido, e que este

consentimento poderá ser retirado a qualquer momento, que não será identificado e estará

mantido o caráter confidencial das informações relacionadas à privacidade e, não restando

quaisquer dúvidas a respeito do lido e explicado, firma seu CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO em participar voluntariamente desta pesquisa.

E, por estar de acordo, assina o presente termo.

1- Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, riscos,

benefícios e outros relacionados à pesquisa;

2- Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de permitir minha participação ou de

qualquer indivíduo sob minha responsabilidade do estudo;

3- Não será identificado e será mantido o caráter confidencial das informações relacionada à

privacidade.

Cascavel, ____ de _____________ de 2019.

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_____________________________________

Assinatura do participante/Representante legal

_________________________________ ___________________________________

Assinatura do Pesquisador Assinatura do Pesquisador