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UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal MÓDULO 7 Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 04 Silvicultura Legislação Florestal: Área de Preservação Permanente e Reserva legal Sérgio Valiengo Valeri e Rinaldo César de Paula Atualizada e ampliada 2 0 1 7 1. Direito Ambiental: princípios constitucionais A análise dos princípios fundamentais de qualquer ramo do direito permite a visualização global do sistema par melhor aplicação concreta de suas normas (MIRRA, 1996): I Importância: interpretação de questões controvertidas Interpretação dos institutos jurídicos relacionados com a flora Meio ambiente: conceito (Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981) Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; Bem Ambiental Definido constitucionalmente como sendo de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações. Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 Art. 225, CF/88: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado Sobrevivência do ser humano no planeta. (Art. 225, CF/88) (Todos têm direito ao meio ambiente) A Constituição Federal ao dar tratamento jurídico ao meio ambiente como bem de uso comum do povo , criou um novo conceito jurídico. O meio ambiente deixou de ser coisa abstrata, sem dono, para ser bem de uso comum do povo, constitucionalmente protegido. unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

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UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal

MÓDULO 7

Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA:

TEMA:

PROFESSORES:

EDIÇÃO: 04

Silvicultura Legislação Florestal: Área de Preservação

Permanente e Reserva legal Sérgio Valiengo Valeri e Rinaldo César de Paula

Atualizada e ampliada

2 0 1 7

1. Direito Ambiental: princípios constitucionais

A análise dos princípios fundamentais de qualquer ramo do direito permite a

visualização global do sistema par melhor aplicação concreta de suas normas

(MIRRA, 1996):

I – Importância:

interpretação de questões controvertidas

Interpretação dos institutos jurídicos relacionados com a flora

Meio ambiente: conceito (Lei 6.938 de 31 de agosto de 1981)

Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:

I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de

ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas

as suas formas;

Bem Ambiental

Definido constitucionalmente como sendo de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações. Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 – Art. 225, CF/88: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado

Sobrevivência do ser humano no planeta. (Art. 225, CF/88) (Todos têm direito ao meio ambiente) A Constituição Federal ao dar

tratamento jurídico ao meio ambiente como bem de uso comum do povo, criou um novo conceito jurídico. O meio ambiente deixou de ser coisa abstrata, sem dono, para ser bem de uso comum do povo, constitucionalmente protegido.

unesp

FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS

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1.1. Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o Privado

1.2. Princípio do Direito Ambiental como Direito Fundamental do Ser Humano

Meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida , incluindo a Flora (Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado... e essencial à sadia qualidade de vida, Art. 225, CF/88). Sendo

assim os ecossistemas florestais precisam apresentar biodiversidade, equilíbrio e complexidade original e não serem degradados ou simplificados. A sobrevivência humana no planeta depende da biodiversidade.

1.3. Princípio da Indisponibilidade do Meio Ambiente

Meio ambiente é um bem de uso comum, pertencente a todos os brasileiros e

estrangeiros presente no País, não pertence a particulares nem ao Estado (...bem de uso comum do povo, Art. 225, CF/88).

1.4. Princípio da Obrigatoriedade da Intervenção Estatal

CF/88, art. 23, VI: competência dos três entes federados (União, Estados e Municípios) em proteger o meio ambiente (...impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, Art. 225, CF/88).

1.5. Princípio da Participação Popular na Proteção Ambiental

CF, art. 14 e 61: participação em órgãos colegiados de formulação e execução de políticas ambientais (Conama, etc.) audiências públicas de estudos de impacto ambiental (...impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, Art. 225, CF/88).

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1.6. Princípio do Desenvolvimento Sustentável

Defesa do meio ambiente e desenvolvimento econômico e social: presentes e futuras gerações. CF, art. 170: a ordem econômica tem como bases o princípio da defesa do meio ambiente (... o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações Art. 225, CF/88).

1.7. Princípio da Função Socioambiental da Propriedade

CF, arts. 5, XXIII (o proprietário exerce seu direito de propriedade não em seu exclusivo interesse, mas também em prol do bem comum), 170, III e VI e 186, II: a função social também tem seu aspecto ambiental. Para atender essa função, a propriedade agrícola precisa respeitar as áreas de preservação permanente – APP e reserva legal – RL sob seu domínio, apesar desses bens serem de uso comum e pertencerem à toda coletividade.

A Função Socioambiental da Propriedade Rural

7 Impactos Socioambientais da Monocultura da Cana-de-Açúcar

Qual é o impacto da colheita da cana na saúde do trabalhador? Qual é o impacto da queimada da cana no meio ambiente e qualidade de vida das comunidades do meio urbano?

Marcelo Pedroso Goulart Promotor de Justiça no Estado de São Paulo UNESP — Jaboticabal 11 de setembro de 200

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Marcelo Pedroso Goulart - Promotor de Justiça no Estado de São Paulo UNESP — Jaboticabal, 11 de setembro de 2007.

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Marcelo Pedroso Goulart Promotor de Justiça no Estado de São Paulo

UNESP, Jaboticabal 11 de setembro de 200

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Marcelo Pedroso Goulart Promotor de Justiça no Estado de São Paulo

UNESP, Jaboticabal 11 de setembro de 200

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Uso de ocupação do solo na região de Jaboticabal

Porcentagens médias em relação às áreas totais de 21 imóveis. A maiora das propriedades não apresentam reserva legal. Tanto os fragmentos de florestas como as áreas de preservação permanente estão em desequilíbrio, em decorrência do efeito de borda. A degradação permeite a entrada de excesso de luz nas bordas, o que favorece principalmente o cresipmento de plantas pioneiras, como espécies arbóreas pioneiras, lianas (cipós), bambus, outras gramíneas e plantas oportunistas.

A Propriedade na Constituição da República

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XXII — é garantido o direito de propriedade; XXIII — a propriedade atenderá a sua função social

91,7

2,0 6,3

% Agricultura

% Fragmento

% APP

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Agricultura e o Princípio da Transformação Social

Na Constituição Mudança da estrutura agrária por meio da desapropriação do grande imóvel rural que não cumpre a função social (art. 184).

A função social é cumprida quando o imóvel rural atende, simultaneamente, aos seguintes requisitos: • aproveitamento racional e adequado; • uso adequado dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio

ambiente; • observação das disposições que regulam as relações de trabalho; • exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos

trabalhadores (Const., art. 186, incs. I a IV).

Outros Princípios

1.8. Prevenção: prevenir a ocorrência de danos ambientais, já que danos

ambientais tecnicamente falando, são irreversíveis e irreparáveis; 1.9. Precaução: a falta de certeza científica absoluta não deverá ser usada

para postergar a tomada de medidas para impedir a degradação ambiental; 1.10. Avaliação Prévia dos Impactos Ambientais 1. 11. Poluidor – Pagador: não se limita à restauração dos bens ambientais

degradados ou à indenização. Inclui aqui o dever de suportar todos os custos públicos e sociais para a prevenção, reparação ou punição em vista do dano. Lei de política nacional do meio ambiente (art. 14,§1°, da Lei N. 6938 de 31-08-81);

1.12. Responsabilidade: as atividades lesivas ao meio ambiente serão alvo,

além da reparação civil, de sanções penais e administrativas (art. 225, §3° da CF).

1.13. Proteção da biodiversidade: Conservação da Biodiversidade Biológica

(art. 225, §1°, I, II, III, VII da CF); 1.14. Princípio da Educação Ambiental: cabe ao Poder Público promover a

educação ambiental (art. 225, §1°, IV da CF).

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Código Florestal Brasileiro

Lei Nº 12.651, de 25 de Maio de 2012

com a Medida Provisória Lei Nº 12.727, de 17 de outubro de 2012 (Conversão da medida Provisória nº 571, de 2012)

Aplica às florestas e demais formas de vegetação. A flora brasileira é reconhecida de utilidade ás terras por ela revestida.

É antijurídico quaisquer tentativa, mesmo que com base em estudos técnicos de afastar valor ambiental a qualquer espécie de vegetação.

2. Conceitos de Área de Preservação Permanente e Reserva Legal

CAPÍTULO l DISPOSIÇÕES GERAIS

§ 2° do Art. 2° Para os efeitos deste Código (Lei Nº. 12.727), entende-se por

II - Área de preservação permanente - APP: área, coberta ou não por vegetação

nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas; III - Reserva legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a

conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa; Conceitualmente, uso sustentável possibilita exploração racional, respeitando a

regeneração natural e manutenção do ecossistema em equilíbrio. V - pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3o da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006; IX - interesse social: a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; b) a exploração agroflorestal sustentável praticada na pequena propriedade ou

posse rural familiar ou por povos e comunidades tradicionais, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área;

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3. Área de Preservação Permanente (Lei Nº. 12.727) Seção I

Da Delimitação das Áreas de Preservação Permanente Art. 4º - Consideram-se de preservação permanente, em zonas rurais ou urbanas:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura; b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura; d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros; b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas; III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento, observado o disposto nos §§ 1º e 2º;

Lago Artificial, espelho d’água > 20 ha = 100 m rural e 30 m urbano. Espelho d’água ≤ 20 ha (sem abastecimento de água e energia elétrica) = 15 m - rural Espelho d’água ≤10 ha (com abastecimento) = 15 m - rural

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§ 1º Não se aplica o previsto no inciso III nos casos em que os reservatórios artificiais de água não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água. § 2º No entorno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais com até 20 (vinte) hectares de superfície, a área de preservação permanente terá, no mínimo, 15 (quinze) metros. Art. 5º Na implantação de reservatório d’água artificial destinado a geração de energia ou abastecimento público, é obrigatória a aquisição, desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo empreendedor das Áreas de Preservação Permanente criadas em seu entorno, conforme estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa mínima de 30 (trinta) metros e máxima de 100 (cem) metros em área rural, e a faixa mínima de 15 (quinze) metros e máxima de 30 (trinta) metros em área urbana. (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 m de largura; IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). V - as encostas ou partes destas com declividade superior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) na linha de maior declive; VI - as restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; VII - os manguezais, em toda a sua extensão; VIII - as bordas dos tabuleiros ou chapadas, até a linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; IX - no topo de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 (cem) metros e inclinação média maior que 25°, as áreas delimitadas a partir da curva de nível correspondente a 2/3 (dois terços) da altura mínima da elevação sempre em relação à base, sendo esta definida pelo plano horizontal determinado por planície ou espelho d’água adjacente ou, nos relevos ondulados, pela cota do ponto de sela mais próximo da elevação; X - as áreas em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação; XI – em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado.(Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). Como consta na Lei 12.727 de 17-10-2012: ―Art. 4o ........……………………................................... I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de: ............................................................................................. III - as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de

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barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; IV - as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros; ............................................................................................. XI - em veredas, a faixa marginal, em projeção horizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta) metros, a partir do espaço permanentemente brejoso e encharcado. § 1o Não será exigida Área de Preservação Permanente no entorno de reservatórios artificiais de água que não decorram de barramento ou represamento de cursos d’água naturais.

Seção II Do Regime de Proteção das Áreas de Preservação Permanente

Art. 7º A vegetação situada em Área de Preservação Permanente deverá ser mantida pelo proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado. § 1º Tendo ocorrido supressão de vegetação situada em Área de Preservação Permanente, o proprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquer título é obrigado a promover a recomposição da vegetação, ressalvados os usos autorizados previstos nesta Lei. § 2º A obrigação prevista no § 1o tem natureza real e é transmitida ao sucessor no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. § 3º No caso de supressão não autorizada de vegetação realizada após 22 de julho de 2008, é vedada a concessão de novas autorizações de supressão de vegetação enquanto não cumpridas as obrigações previstas no § 1o. Art. 8º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente somente ocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental previstas nesta Lei. § 1º A supressão de vegetação nativa protetora de nascentes, dunas e restingas somente poderá ser autorizada em caso de utilidade pública. § 2º A intervenção ou a supressão de vegetação nativa em Área de Preservação Permanente de que tratam os incisos VI e VII do caput do art. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, em locais onde a função ecológica do manguezal esteja comprometida, para execução de obras habitacionais e de urbanização, inseridas em projetos de regularização fundiária de interesse social, em áreas urbanas consolidadas ocupadas por população de baixa renda. § 3º É dispensada a autorização do órgão ambiental competente para a execução, em caráter de urgência, de atividades de segurança nacional e obras

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de interesse da defesa civil destinadas à prevenção e mitigação de acidentes em áreas urbanas. § 4º Não haverá, em qualquer hipótese, direito à regularização de futuras intervenções ou supressões de vegetação nativa, além das previstas nesta Lei. Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais às Áreas de Preservação Permanente para obtenção de água e para realização de atividades de baixo impacto ambiental.

4. Reserva Legal - CAPÍTULO IV - Lei Nº. 12.727

Seção I Da Delimitação da Área de Reserva Legal

Art. 3 III - Reserva legal: área localizada no interior de uma propriedade ou

posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa:

Art. 12. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel: I - localizado na Amazônia Legal (Inclui os Estados do Acre, Pará, Amazonas,

Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13° S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44° W, do Estado do Maranhão): a) 80% (oitenta por cento), no imóvel situado em área de florestas; b) 35% (trinta e cinco por cento), no imóvel situado em área de cerrado; c) 20% (vinte por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento).

§ 1º Em caso de fracionamento do imóvel rural, a qualquer título, inclusive para assentamentos pelo Programa de Reforma Agrária, será considerada, para fins do disposto do caput, a área do imóvel antes do fracionamento. § 2º O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido considerando separadamente os índices contidos nas alíneas a, b e c do inciso I do caput. § 3º Após a implantação do CAR - Cadastro Ambiental Rural, a supressão de novas áreas de floresta ou outras formas de vegetação nativa apenas será autorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sisnama se o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvado o previsto no art. 30. § 4º Nos casos da alínea a do inciso I, o poder público poderá reduzir a Reserva Legal para até 50% (cinquenta por cento), para fins de recomposição, quando o Município tiver mais de 50% (cinquenta por cento) da área ocupada por unidades de conservação da natureza de domínio público e por terras indígenas

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homologadas.

Art. 14. A localização da área de Reserva Legal no imóvel rural deverá levar em consideração os seguintes estudos e critérios: I - o plano de bacia hidrográfica; II - o Zoneamento Ecológico-Econômico III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida; IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de Preservação Permanente no cálculo do percentual da Reserva Legal do imóvel, desde que: I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo; II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo de recuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgão estadual integrante do Sisnama; e III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão do imóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei. § 1o O regime de proteção da Área de Preservação Permanente não se altera na hipótese prevista neste artigo.

Art. 16. Poderá ser instituído Reserva Legal em regime de condomínio ou coletiva entre propriedades rurais, respeitado o percentual previsto no art. 12 em relação a cada imóvel, mediante a aprovação do órgão competente do Sisnama. Parágrafo único. No parcelamento de imóveis rurais, a área de Reserva Legal poderá ser agrupada em regime de condomínio entre os adquirentes.

CAPÍTULO VI DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL

Art. 29. É criado o Cadastro Ambiental Rural - CAR, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

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CAPÍTULO IX - (Lei Nº. 12.727)

DA PROIBIÇÃO DO USO DE FOGO E DO CONTROLE DOS INCÊNDIOS

O ato de provocar incêndios em áreas

florestadas também é cominado, assim

como o fabrico, o transporte ou a soltura

de balões.

Art. 41 . Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se é crime culposo, a pena é de detenção

de seis meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que

possam provocar incêndios nas florestas e demais formas

de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de

assentamento humano:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as

penas cumulativamente.

OBSERVAÇÃO: artigos 41 e 42 do Código Florestal de 1965

Art. 38. É proibido o uso de fogo na vegetação, exceto nas seguintes situações: I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que estabelecerá os critérios de monitoramento e controle; II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa, cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo; III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida, mediante prévia aprovação do órgão ambiental

CAPÍTULO X - (Lei Nº. 12.727)

DO PROGRAMA DE APOIO E INCENTIVO À PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data da publicação desta Lei, sem prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de ação: Art. 41. É o Poder Executivo federal autorizado a instituir, sem prejuízo do cumprimento da legislação ambiental, programa de apoio e incentivo à

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conservação do meio ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais, como forma de promoção do desenvolvimento ecologicamente sustentável, observados sempre os critérios de progressividade, abrangendo as seguintes categorias e linhas de ação: (Redação dada pela Medida Provisória nº 571, de 2012). I - pagamento ou incentivo a serviços ambientais como retribuição, monetária ou não, às atividades de conservação e melhoria dos ecossistemas e que gerem serviços ambientais, tais como, isolada ou cumulativamente: a) o sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do estoque e a diminuição do fluxo de carbono; b) a conservação da beleza cênica natural; c) a conservação da biodiversidade; d) a conservação das águas e dos serviços hídricos; e) a regulação do clima; f) a valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico; g) a conservação e o melhoramento do solo; h) a manutenção de Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito; II - compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumprimento dos objetivos desta Lei, utilizando-se dos seguintes instrumentos, dentre outros: a) obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que os praticados no mercado; b) contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado; c) dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito da base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, gerando créditos tributários; d) destinação de parte dos recursos arrecadados com a cobrança pelo uso da água, na forma da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, para a manutenção, recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito na bacia de geração da receita; e) linhas de financiamento para atender iniciativas de preservação voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas; f) isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fios de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração de solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito; III - incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa, tais como: a) participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da produção agrícola; b) destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental. § 1o Para financiar as atividades necessárias à regularização ambiental das

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propriedades rurais, o programa poderá prever: I - destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental; II - dedução da base de cálculo do imposto de renda do proprietário ou possuidor de imóvel rural, pessoa física ou jurídica, de parte dos gastos efetuados com a recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008; III - utilização de fundos públicos para concessão de créditos reembolsáveis e não reembolsáveis destinados à compensação, recuperação ou recomposição das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito cujo desmatamento seja anterior a 22 de julho de 2008. § 2º O programa previsto no caput poderá, ainda, estabelecer diferenciação tributária para empresas que industrializem ou comercializem produtos originários de propriedades ou posses rurais que cumpram os padrões e limites estabelecidos nos arts. 4o, 6o, 11 e 12 desta Lei, ou que estejam em processo de cumpri-los. § 3º Os proprietários ou possuidores de imóveis rurais inscritos no CAR, inadimplentes em relação ao cumprimento do termo de compromisso ou PRA ou que estejam sujeitos a sanções por infrações ao disposto nesta Lei, exceto aquelas suspensas em virtude do disposto no Capítulo XIII, não são elegíveis para os incentivos previstos nas alíneas a a e do inciso II do caput deste artigo até

que as referidas sanções sejam extintas. § 4º As atividades de manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito são elegíveis para quaisquer pagamentos ou incentivos por serviços ambientais, configurando adicionalidade para fins de mercados nacionais e internacionais de reduções de emissões certificadas de gases de efeito estufa. § 5º O programa relativo a serviços ambientais previsto no inciso I do caput deste artigo deverá integrar os sistemas em âmbito nacional e estadual, objetivando a criação de um mercado de serviços ambientais. § 6º Os proprietários localizados nas zonas de amortecimento de Unidades de Conservação de Proteção Integral são elegíveis para receber apoio técnico-financeiro da compensação prevista no art. 36 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, com a finalidade de recuperação e manutenção de áreas prioritárias para a gestão da unidade.

Possibilidades de desenvolver Sistemas Agroflorestais - SAF CAPÍTULO XII - (Lei Nº. 12.727)

DA AGRICULTURA FAMILIAR

Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal para as atividades eventuais ou de baixo impacto ambiental, previstas no inciso X do art. 3, excetuadas as alíneas b e g, quando desenvolvidas nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3o, dependerão de simples declaração ao órgão ambiental competente, desde que esteja o imóvel devidamente inscrito no CAR. Art. 54. Para cumprimento da manutenção da área de reserva legal nos imóveis a que se refere o inciso V do art. 3º (Pequena Propriedade), poderão ser computados os plantios de árvores frutíferas, ornamentais ou industriais, compostos por espécies exóticas, cultivadas em sistema intercalar ou em

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consórcio com espécies nativas da região em sistemas agroflorestais. LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELA COORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CEDI LEI Nº 11.326, DE 24 DE JULHO DE 2006

Estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ....................................................................................................................................................... Art. 3º Para os efeitos desta Lei, considera-se agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: I - não detenha, a qualquer título, área maior do que 4 (quatro) módulos fiscais; II - utilize predominantemente mão-de-obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; III - tenha renda familiar predominantemente originada de atividades econômicas vinculadas ao próprio estabelecimento ou empreendimento; IV - dirija seu estabelecimento ou empreendimento com sua família. § 1º O disposto no inciso I do caput deste artigo não se aplica quando se tratar de condomínio rural ou outras formas coletivas de propriedade, desde que a fração ideal por proprietário não ultrapasse 4 (quatro) módulos fiscais. § 2º São também beneficiários desta Lei: I - silvicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo, cultivem florestas nativas ou exóticas e que promovam o manejo sustentável daqueles ambientes; II - aquicultores que atendam simultaneamente a todos os requisitos de que trata o caput deste artigo e explorem reservatórios hídricos com superfície total de até 2ha (dois hectares) ou ocupem até 500m³ (quinhentos metros cúbicos) de água, quando a exploração se efetivar em tanques-rede; III - extrativistas que atendam

Continua (Lei Nº. 12.727)

Art. 58. Assegurado o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais competentes dos respectivos planos ou projetos, assim como as obrigações do detentor do imóvel, o Poder Público poderá instituir programa de apoio técnico e incentivos financeiros, podendo incluir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender, prioritariamente, os imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3o, nas iniciativas de: (Redação dada pela Medida Provisória nº

571, de 2012). I - preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites estabelecidos no

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art. 12; II - proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção; III - implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril; IV - recuperação ambiental de Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal; V - recuperação de áreas degradadas; VI - promoção de assistência técnica para regularização ambiental e recuperação de áreas degradadas; VII - produção de mudas e sementes; VIII - pagamento por serviços ambientais.

Pontos Conflitantes

Art. 81. O caput do art. 35 da Lei no 11.428, de 22 de dezembro de 2006, passa a vigorar com a seguinte redação:

―Art. 35. A conservação, em imóvel rural ou urbano, da vegetação primária ou da vegetação secundária em qualquer estágio de regeneração do Bioma Mata Atlântica cumpre função social e é de interesse público, podendo, a critério do proprietário, as áreas sujeitas à restrição de que trata esta Lei ser computadas para efeito da Reserva Legal e seu excedente utilizado para fins de compensação ambiental ou instituição de Cota de Reserva Ambiental - CRA.

Subchefia para Assuntos Jurídicos MEDIDA PROVISÓRIA Nº 571, DE 25 DE MAIO DE 2012.

Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62

da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: ―Art. 61-A. Nas Áreas de Preservação Permanente é autorizada, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008. § 1º Para os imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 5 (cinco) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d´água. § 2º Para os imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 8 (oito) metros, contados da borda da calha do leito regular, independente da largura do curso d´água.

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§ 3º Para os imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais em 15 (quinze) metros, contados da borda da calha do leito regular, independentemente da largura do curso d’água. § 4º Para os imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente ao longo de cursos d’água naturais, será obrigatória a recomposição das respectivas faixas marginais: I - em 20 (vinte) metros, contados da borda da calha do leito regular, para imóveis com área superior a 4 (quatro) e de até 10 (dez) módulos fiscais, nos cursos d’agua com até 10 (dez) metros de largura; e II - nos demais casos, em extensão correspondente à metade da largura do curso d’água, observado o mínimo de 30 (trinta) e o máximo de 100 (cem) metros, contados da borda da calha do leito regular. § 5º Nos casos de áreas rurais consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de nascentes e olhos d’água perenes, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição do raio mínimo de: I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal; II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; e III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais. § 6º Para os imóveis rurais que possuam áreas consolidadas em Áreas de Preservação Permanente no entorno de lagos e lagoas naturais, será admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de faixa marginal com largura mínima de: I - 5 (cinco) metros, para imóveis rurais com área de até 1 (um) módulo fiscal; II - 8 (oito) metros, para imóveis rurais com área superior a 1 (um) módulo fiscal e de até 2 (dois) módulos fiscais; III - 15 (quinze) metros, para imóveis rurais com área superior a 2 (dois) módulos fiscais e de até 4 (quatro) módulos fiscais; e IV - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais. § 7º Nos casos de áreas rurais consolidadas em veredas, será obrigatória a recomposição das faixas marginais, em projeção horizontal, delimitadas a partir do espaço brejoso e encharcado, de largura mínima de: I - 30 (trinta) metros, para imóveis rurais com área de até 4 (quatro) módulos fiscais; e II - 50 (cinquenta) metros, para imóveis rurais com área superior a 4 (quatro) módulos fiscais. § 8º Será considerada, para os fins do disposto no caput e nos §§ 1º a 7º, a área

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detida pelo imóvel rural em 22 de julho de 2008. § 9º A existência das situações previstas no caput deverá ser informada no CAR

para fins de monitoramento, sendo exigida, nesses casos, a adoção de técnicas de conservação do solo e da água que visem à mitigação dos eventuais impactos. § 10. Antes mesmo da disponibilização do CAR, no caso das intervenções já existentes, é o proprietário ou possuidor responsável pela conservação do solo e da água, por meio de adoção de boas práticas agronômicas. § 11. A realização das atividades previstas no caput observará critérios técnicos

de conservação do solo e da água indicados no PRA previsto nesta Lei, sendo vedada a conversão de novas áreas para uso alternativo do solo nesses locais. § 12. Será admitida a manutenção de residências e da infraestrutura associada às atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de turismo rural, inclusive o acesso a essas atividades, independentemente das determinações contidas no caput e

nos §§ 1o a 7o, desde que não estejam em área que ofereça risco à vida ou à integridade física das pessoas. § 13. A recomposição de que trata este artigo poderá ser feita, isolada ou conjuntamente, pelos seguintes métodos: I - condução de regeneração natural de espécies nativas; II - plantio de espécies nativas; III - plantio de espécies nativas conjugado com a condução da regeneração natural de espécies nativas; IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas, no caso dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3º.

O Código Florestal também vai orientar nos seguintes tópicos:

• A exploração dos recursos florestais em terras indígenas; • A supressão de vegetação em área de preservação permanente; • O que o Poder Público criará: parques, reservas e suas finalidades; • Averbação da Reserva Legal; • Regime de Condomínio; • Alternativas para recompor a Reserva Legal • Comercialização de motoserras...

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PROCEDIMENTOS PARA REGULARIZAR A RESERVA LEGAL A ESCOLHA DA ÁREA DEVERÁ RESPEITAR:

1. O PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE; 2. O PLANO DA BACIA HIDRIGRÁFICA; 3. O PLANO DIRETOR; 4. O ZONEAMENTO ECOLÓGICO; 5. A PROXIMIDADE COM OUTRAS ÁREAS PROTEGIDAS HÁ NECESSIDADE DE DELIMITAR E DEMARCAR A RESERVA LEGAL

A ÁREA PRECISARÁ SER SUBMETIDA A APROVAÇÃO DO ÓRGÃO

AMBIENTAL A ÁREA DEVERÁSER AVERBADA EM CARTÓRIO

O BRASIL POSSUI ADEQUADO ARSENAL PARA A

PROTEÇÃO DA FLORA.

DAÍ OBSERVAMOS QUE AS DIFICULDADES

EXISTENTES, PARA A PROTEÇÃO DE TAIS

RECURSOS NATURAIS, SÃO MUITO MAIS DE

IMPLEMENTAÇÃO DO QUE PROPRIAMENTE DE

DEFICIÊNCIA DO SISTEMA NORMATIVO.

PRECISA-SE DE MAIS ATUAÇÃO DE

ÓRGÃOS AMBIENTAIS E DA SOCIEDADE EM

GERAL EM PROL DA PROTEÇÃO E

RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE

BRASILEIRO.

FIM

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BIBLIOGRAFIA BÁSICA

VALERI, S. V.; POLITANO, W.; SENO, K. C. A.; BARRETO, A. L. N. M. (Ed.). Manejo e recuperação florestal - Legislação, uso da água e sistemas

agroflorestais. Jaboticabal: Funep, 2004. 180 p. Legislação Florestal:

Código Florestal LEI Nº 12.651, de 25 de maio de 2012.

Medida Provisória Nº 571, de 25 de maio de 2012

Lei Nº 12.727 de 17 de outubro de 2012 ( Conversão da medida Provisória nº 571

de 2012. Lei Nº 11.326, de 24 de julho de 2006 - Estabelece as diretrizes para a

formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais. INSTRUÇÃO ESPECIAL/INCRA/Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 1980 Aprovada pela Portaria/ MA 146/80 - DOU 12/6/80, Seção I p. 11.606. Estabelece o Módulo Fiscal de cada Município, previsto no Decreto nº84.685 de 06 de maio de 1980. Resolução SMA nº 32/2014 da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo: disponível em: http://www.ambiente.sp.gov.br/legislacao/files/2014/04/Resolu%C3%A7%C3%A3o-SMA-032-2014-a.pdf 0u disponível em: http://www.fcav.unesp.br/#!/departamentos/producao-vegetal/docentes/sergio--valiengo-valeri/silvicultura/bibliografia-complementar/ Fixa a orientação para o reflorestamento heterogêneo de áreas degradadas e dá providências correlatas Lista das espécies de arvoretas e árvores para reflorestamente no Estado de São Paulo: BARBOSA, L. M.; SHIRASUNA, R. T.; LIMA, F. C.; ORTIZ, P. R. T. Lista de espécies indicadas para restauração ecológica para diversas regiões do Estado de São Paulo. CERAD - Coordenação Especial para Restauração de

Áreas Degradadas, Núcleo de Pesquisa RBASP & PEFI, Centro de Pesquisa Jardim Botânico e Reservas, Instituto de Botânica, São Paulo, Brasil. [email protected]. Disponível em: < http://botanica.sp.gov.br/files/2016/01/Lista_de_especies_de_SP_CERAD-IBT-SMA_2015.pdf> Acesso em: 10 jun. 2016. Chave para tomada de decisão para recuperação de Áreas Degradadas (complementar da Resolução SMA - 44, de 30-6-2008), buscando contemplar as diversas situações que possam ser encontradas diante do processo de recuperação, principalmente de mata ciliar, apresenta-se uma chave que considera inúmeras possibilidades de aplicação dos modelos e recomendações anteriormente citadas.

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QUESTIONÁRIO

1. Quais são os princípios do direito ambiental extraídos do Art. 225 da CF/88 aplicáveis às áreas de preservação permanente – APP e reserva legal – RL?

2. Por que APP e RL são bens indisponíveis e difusos?

3. O que é meio ambiente?

4. Explique o Princípio da Função Socioambiental da Propriedade, com base na APP e RL.

5. Como está o uso de ocupação do solo na região de Jaboticabal? Qual é a porcentagem de APP e fragmentos florestais na paisagem das propriedades agrícolas da região? Há respeito em relação à Lei nº 12.727 de 17-10-13?

6. O que é APP com base na Lei nº 12.727 de 17-10-13? 7. O que é RL com base na Lei nº 12.727 de 17-10-13?

8. Qual é a diferença entre APP e RL?

9. A RL deve sempre estar ao lado da APP nos fundo de vale? Se considerar

que a microbacia deva ser manejada com floresta e que várias nascentes ocorrem na meia encosta, e que a floresta é a vegetação que promove a máxima capacidade de infiltração da água da chuva, onde deve ser distribuída a reserva legal na microbacia?

10. Por que a RF deve ser conectada à APP por meio de corredores

ecológicos?

11. Quais os cuidados que as grandes culturas agrícolas devem ter em relação à preservação de APP e RL?

12. O que é preciso respeitar para ter direito à propriedade rural?

13. Quais são as fixas de APP ao longo dos cursos d’água, ao redor de

nascentes e lagos (reservatórios naturais e artificiais)?

14. Duna, restinga, mangue e buritizal são APPs?

15. Borda de tabuleiro é APP? Justifique.

16. Complete nos espaços vazios os valores da Reserva legal em porcentagem da área total do imóvel. Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem

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prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel:

I - localizado na Amazônia Legal: a) ____% (____________ por cento), no imóvel situado em área de florestas; b) ____% (____________ por cento), no imóvel situado em área de cerrado; c) ____% (________ por cento), no imóvel situado em área de campos gerais; II - localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento). 17. É obrigatório o Cadastro Ambiental Rural - CAR para todos os imóveis

rurais? Qual é a finalidade dessa obrigatoriedade?

18. A Lei nº 12.727 de 17-10-13 prevê apoio e incentivo à preservação e recuperação do meio ambiente? Quais são os principais incentivos?

Teste de Asserção e Razão

Responda as questões de 1 a 15, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras: (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda justifica a

primeira; (B) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não justifica

a primeira; (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas.

1. (P1) O meio ambiente é um bem de uso comum, pertencente a tosos os brasileiros e estrangeiros presente no País, não pertence a particulares nem ao Estado. (P2) Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida e passa a ser protegido constitucionalmente.

2. (P1) Os ecossistemas florestais precisam apresentar biodiversidade. (P2) O meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida.

3. (P1) A propriedade agrícola no Brasil precisa respeitar as áreas de preservação permanente – APP e reserva legal – RL. (P2) Pelo Art. 5, XXIII, da Constituição Federal de 1988, só tem direito à propriedade agrícola, o proprietário que administra a propriedade não em seu exclusivo interesse, mas também em prol do bem comum.

4. (P1) A propriedade agrícola tem que respeitar a área de preservação permanente e a reserva legal em respeito ao princípio do desenvolvimento sustentável previsto no Art. 225, Constituição Federal/1988. (P2) Cabe ao Poder Público e a coletividade o dever de defender o meio ambiente ecologicamente equilibrado para a presente e futura geração.

5. (P1) As propriedade agrícolas do interior do Estado de São Paulo estão respeitando a reserva lega. (P2) Os Fragmentos florestais têm potencial para compor reserva legal e eles estão degradados pelo efeito de borda.

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6. (P1) Área de preservação (APP) deve respeitar o princípio da proteção da biodiversidade. (P2) APP é uma área coberta ou não por vegetação nativa e uma de suas funções é preservar a biodiversidade.

7. (P1) Reserva legal (RL) deve respeitar o princípio da proteção da biodiversidade. (P2) RL visa a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção da fauna silvestre e da flora nativa.

8. (P1) Toda microbacia de primeira, segunda ou terceira ordem, a ser definida por profissional qualificado, como geólogo, agrônomo, engenheiro florestal, deve ser maneja da com floresta, ou vegetação nativa da região, respeitando a APP e RL. (P2) A APP visa preservar os recursos hídricos, como no entorno de nascentes, represas e cursos d’água, e a RL visa assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, incluindo o recurso água.

9. (P1) A unidade funcional e de uso dos recursos naturais da biosfera terrestre é a microbacia de primeira, segunda e até terceira ordem, como comentado em aula prática. (P2) Para que essa unidade seja funcional e assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, ela precisa ser manejada respeitando a área de preservação permanente e a reserva legal.

10. (P1) Na unidade funcional e de uso dos recursos naturais da biosfera terrestre (microbacia de primeira, segunda e até terceira ordem) pode haver reserva legal em condomínio, atendendo às propriedades agrícolas inseridas na unidade. (P2) Essa unidade funcional não deve ser desprovida de reserva legal, como comentado em aula prática.

11. (P1) A faixa de preservação no entrono de uma nascente é de 30 m. (P2) A menor faixa de preservação permanente ao longo de um rio é de 50 m.

12. (P1) Tanto a área de preservação permanente como a reserva legal visam manter a biodiversidade de flora e fauna. (P2) A reserva legal visa o desenvolvimento sustentável e permite exploração racional.

13. (P1) Os ecossistemas florestais precisam apresentar biodiversidade, equilíbrio e complexidade original e não serem degradados ou simplificados. (P2) Com base no Artigo 225 da Constituição Federal, o meio ambiente ecologicamente equilibrado é essencial à sadia qualidade de vida.

14. (P1) Os ecossistemas florestais precisam ser preservados para as presentes e futuras gerações. (P2) O Artigo 225 da Constituição Federal originou o princípio do desenvolvimento sustentável.

15. (P1) A reserva legal é essencial à sadia qualidade de vida. (P2) A área de preservação permanente é um bem de uso comum.

Quadro de Respostas

1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( )

6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( )

11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( )

ATENÇÃO: Quando as duas alternativas são corretas, procure responder as

questões colocando um porque entre as afirmativas P1 e P2 para verificar se a segunda justifica a primeira. Só consulte o gabarito, na página seguinte, após preencher o quadro de respostas acima.

Page 27: UNIVERSIDADE PAULISTA MÓDULO 7 unesp Campus de …€¦ · com a Medida Provisória Lei Nº 12.727, de 17 de outubro de 2012 (Conversão da medida Provisória nº 571, de 2012) Aplica

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Gabarito

1. ( A ) 2. ( A ) 3. ( A ) 4. ( A ) 5. ( D )

6. ( A ) 7. ( A ) 8. ( A ) 9. ( A ) 10. ( A )

11. ( E ) 12. ( B ) 13. ( A ) 14. ( A ) 15. ( B )