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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento ALISSON ROGÉRIO CAETANO DE SIQUEIRA Manejo comportamental em sala de aula para redução de comportamentos de desatenção e hiperatividade: orientação ao professor e implementação de guia de intervenção São Paulo 2015

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento

ALISSON ROGÉRIO CAETANO DE SIQUEIRA

Manejo comportamental em sala de aula para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade: orientação ao professor e implementação de

guia de intervenção

São Paulo

2015

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento

ALISSON ROGÉRIO CAETANO DE SIQUEIRA

Manejo comportamental em sala de aula para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade: orientação ao professor e implementação de

guia de intervenção

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana

Mackenzie para obtenção do titulo de mestre.

Orientador:

Prof. Dr. Luiz Renato Rodrigues Carreiro

Linha de Pesquisa:

Estudos do desenvolvimento e seus transtornos nas áreas

clínica, cognitiva, comportamental e epidemiológica.

São Paulo

2015

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S618m Siqueira, Alisson Rogério Caetano de. Manejo comportamental em sala de aula para redução de

comportamentos de desatenção e hiperatividade : orientação ao

professor e implementação de guia de intervenção / Alisson Rogério

Caetano de Siqueira. – 2015. 128 f. : il. ; 30 cm.

Dissertação (Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2015.

Referências bibliográficas: f. 91-97.

1. Análise do comportamento. 2. Manejo comportamental. 3. Distúrbio do déficit de atenção com hiperatividade. 4.

Protocolo de observação. 5. Guia de intervenção. I. Título.

CDD 616.8589

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ALISSON ROGÉRIO CAETANO DE SIQUEIRA

Manejo comportamental em sala de aula para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade: orientação ao professor e implementação de

guia de intervenção

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em

Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana

Mackenzie para obtenção do titulo de mestre.

Data da Defesa: São Paulo, 03 de Fevereiro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________________________________

Prof. Dr. Luiz Renato Rodrigues Carreiro - Orientador

Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM

________________________________________________________________

Prof. Dr. Marcos Vinícius de Araújo

Universidade Presbiteriana Mackenzie - UPM

________________________________________________________________

Profa. Dra. Maria Luiza Guedes de Mesquita

São Paulo

2015

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AGRADECIMENTOS

A Deus toda honra e toda glória, e por isso a primazia da minha gratidão. Foi Ele quem,

em seus propósitos, planejou e permitiu que esse momento fosse possível e que de maneira

soberana está no controle da minha vida.

A minha esposa Suely Cristina Araújo Braconi de Siqueira. Mulher a quem admiro e

amo. Pelo seu companheirismo, compreensão e lealdade. Virtudes que me motivaram a

continuar, mesmo sabendo que a jornada não seria fácil. Juntos, descobrimos que todas as

coisas são possíveis, principalmente nossos sonhos.

Aos meus amores Alisson Lutero Braconi de Siqueira e Hadassa Melissa Braconi de

Siqueira, meus filhos. Minha vida tem sentido e brilho todas as vezes que volto para casa e

posso estar com eles. Souberam lidar com a minha ausência quando precisava estar em São

Paulo ou recolhido aos meus momentos de estudos. São, os meus filhos, minha alegria de

caminhar todo dia.

Aos meus pais Amauri (in memorian) e Ervina (in memorian) que me mostraram o

valor de estudar. Principalmente a minha mãe, nossa maior incentivadora nos estudos. Aos

meus irmãos que são demonstração de superação, e que me incentivaram a procurar sempre o

melhor. A minha irmã Cida Siqueira, primeira mestra da família.

Ao meu orientador, Prof. Dr. Luiz Renato Rodrigues Carreiro, pela confiança prestada e

por ser um orientador presente e participativo na construção do saber. A admiração de um

aluno ao professor é real quando este apresenta-se como um modelo incentivador. Admiro o

Prof. Dr. Luiz Renato pelo sempre buscar o melhor e o aprimoramento.

Ao Prof. Dr. Marcos Vinícius de Araújo que permitiu dar continuidade a sua pesquisa de

doutorado e com isso ampliar o conhecimento adquirido, e pelas suas colocações pontuais

para melhor apresentação desse trabalho.

A Profa. Dra. Maria Luiza Guedes de Mesquita pela sua disponibilidade e considerações

feitas a este trabalho.

A Danielle, secretária do PPG-DD. Demonstração de competência, atenção e

compromisso com os professores e alunos. Motivadora singela e prestativa na difícil tarefa de

apoiar administrativamente os alunos.

A Eliziane de Fátima Melo, estudante de psicologia, que cooperou na coleta de dados e

foi fundamental para a tabulação dos dados da pesquisa.

A Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) por conceder-me a bolsa de estudo na modalidade

de Pastor da IPB. Ao Presbitério do Tarumã que me acolheu em sua jurisdição. A Igreja

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Presbiteriana do Jardim Guaraituba e a Congregação Presbiteriana de Colombo, que souberam

compreender e lidar com a minha limitação de tempo.

Aos meus comandantes, pares e subordinados do Exército Brasileiro. Ao Cel

Magalhães, Maj Lima Gonçalves, Maj Wagner, Cap Vianna e STen Verginio que apoiaram

essa empreitada e acreditaram no meu trabalho contribuindo, de alguma forma, para que este

evento fosse uma realidade.

Aos meus camaradas do Destacamento Logístico. Ao Ten Almeida, Sgt Pires, Sgt

Gabilan, Sgt Hugo, Cb Samuel e Cb Luan. As verdadeiras amizades são forjadas no calor do

combate.

A Direção, Profa. Simone, Profa. Sônia, Prof Adriana, e as docentes, profa. Gisele,

profa Andreza, Prof. Sandra e Profa Eleonora do Centro de Educação Integral Curitiba Ano

300, fundamentais para a realização deste trabalho.

Aos Pais/responsáveis e as crianças que aceitaram participar desta pesquisa, o meu

muito obrigado, pois sem essa participação este trabalho não seria possível.

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“Rise and Rise Again Until Lambs Become Lions"

Filme Robin Hood, 2010

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RESUMO

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é descrito pelo DSM-5 como

um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no

funcionamento ou no desenvolvimento. O TDAH deve ter seus sinais observados em pelo

menos dois ambientes de convívio da criança (casa e escola principalmente). A prevalência do

transtorno é estimada em 5% em crianças. O desenvolvimento escolar da criança é geralmente

um dos que mais são prejudicados com o transtorno. O presente trabalho tem como objetivo

analisar os efeitos de procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução

de comportamentos de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e

implementação de um guia de intervenção. Neste trabalho foi realizado o acompanhamento de

64 alunos, entre 6 a 12 anos, estudantes do 2º e 4º ano de um Centro de Educação Integral de

Curitiba, constituídas por 4 turmas distribuídas duas em um Grupo Experimental(GE) e duas

um Grupo Controle (GC). O perfil comportamental dos participantes foi avaliado utilizando o

CBCL/6-18 para pais e o TRF/6-18 para os professores, que foram aplicados antes e após a

intervenção, juntamente a um protocolo de observação do professor com comportamentos

alvos característicos dos sinais de TDAH. O guia de intervenção foi elaborado em trabalhos

anteriores segundo os princípios básicos da Análise do Comportamento, foi implementado

junto às turmas por intermédio do professor em um total de 28 semanas. A implementação do

guia foi bem aceita pelos professores que realizam o registro semanal em um Checklist sobre

sua implementação e participaram de reuniões de acompanhamento e suporte semanal. Foi

verificada, pelos professores, a redução da frequência de comportamentos de desatenção e

hiperatividade nos alunos em sala de aula, por meio das respostas dos professores ao TRF/6-

18 e ao protocolo de observação, e também relatados pelos pais no preenchimento do

CBCL/6-18.

Palavras-chave: Análise do Comportamento; Manejo Comportamental; TDAH; Protocolo de

Observação; Guia de Intervenção.

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ABSTRACT

The Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is described by the DSM-5 as a

persistent pattern of inattention and / or hyperactivity-impulsivity that interferes with the

functioning or development. ADHD have their signals observed in at least two of child living

environments (home and school mostly). The disorder’s prevalence is estimated in 5% of

children. The children's school development is frequently affected by the disorder. This study

aims to analyze the effects of behavioral management procedures in the classroom, in order to

reduce behaviors of inattention and hyperactivity, using an intervention guide by the teacher.

This work gone along with 64 students, from 6 to 12 years old, students of the 2nd and 4th

year of a Center of Entire Education of Curitiba, consisting of 4 classes distributed two in an

Experimental Group (EG) and two a Control Group (GC). The behavioral profile was

assessed, using the CBCL/6-18 for parents and the TRF/6-18 for teachers that were applied

before and after the intervention, along with a teacher's observation protocol with targets

characteristic behaviors of the ADHD signs. The intervention guide was developed in

previous works according to the basic principles of behavior analysis, was implemented with

the classes through the teacher in a total of 28 weeks. The implementation guide was well

accepted by the teachers who filled the weekly record in a Checklist on its implementation

and participated in weekly support meetings. It was observed by teachers a reduced frequency

behavior of inattention and hyperactivity in students in the classroom, through the responses

of teachers to TRF/6-18 and the observation protocol, and also reported by parents in filling

the CBCL/6-18.

Keywords: behavior analysis; behavioral management; ADHD; observation protocol;

intervention guide

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Descrição das Escalas de avaliação do CBCL/6-18 e TRF/6-18 .......................... 41

Quadro 2 - Avaliação de pontuação ponderadas (T-score) do CBCL/6-18 e TRF/6-18 .......... 42

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantitativo das turmas participantes do CEI ....................................................... 48

Tabela 2 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no grupo experimental ...................................... 57

Tabela 3 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no grupo controle ............................................. 57

Tabela 4 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 2º ano experimental ..................................... 58

Tabela 5 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 2º ano controle ............................................ 58

Tabela 6 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 4º ano experimental ..................................... 59

Tabela 7 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 4º ano controle ............................................ 59

Tabela 8 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 no grupo experimental ......................................... 61

Tabela 9 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 no grupo controle ................................................ 61

Tabela 10 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 do 2º ano experimental ........................................ 62

Tabela 11 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 no 2º ano controle ............................................... 62

Tabela 12 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 no 4º ano experimental ........................................ 63

Tabela 13 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de

Comportamento verificados no TRF/6-18 no 4º ano controle ............................................... 63

Tabela 14 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das

Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18

na amostra geral ................................................................................................................... 65

Tabela 15 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das

Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18

no 2º ano .............................................................................................................................. 65

Tabela 16 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das

Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18

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no 4º ano .............................................................................................................................. 66

Tabela 17 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental da Subescalas de Problemas de atenção verificados no TRF/6-18 .... 67

Tabela 18 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental do 2 Ano da Subescalas de Problemas de atenção verificados no

TRF/6-18 ............................................................................................................................. 68

Tabela 19 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental do 4º Ano da Subescalas de Problemas de Atenção verificados no

TRF/6-18 ............................................................................................................................. 68

Tabela 20 - Implementação do treino a partir de um checklist respondido pelo professor 1 ... 72

Tabela 21 - Implementação do treino a partir de um checklist respondido pelo professor 2 ... 73

Tabela 22 - Porcentagem de implementação do Protocolo de Observação na comparação dos

professores ........................................................................................................................... 74

Tabela 23 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental

no protocolo de observação do professor entre os grupos experimental e controle. ............... 78

Tabela 24 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental

no protocolo de observação do professor entre os grupos experimental e controle do 2º ano . 78

Tabela 25 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental

no protocolo de observação do professor entre os grupos experimental e controle do 4º ano. 79

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Demonstrativo da amostra do CEI ...................................................................... 50

Gráfico 2 - Condição de período de gestação e parto. ........................................................... 50

Gráfico 3 – Apresentação de doença e uso de medicação. ..................................................... 51

Gráfico 4 - Condição social e familiar da amostra geral ........................................................ 52

Gráfico 5 - Condição escolar e relacionamento com a escola ................................................ 53

Gráfico 6 - Percepção dos pais/responsáveis sobre a criança ................................................ 53

Gráfico 7- Implementação do manejo comportamental pelos professores ............................. 75

Gráfico 8- Implementação do controle de estímulos ............................................................. 76

Gráfico 9- Implementação do reforço ................................................................................... 76

Gráfico 10 - Implementação do controle de estímulos pelo reforço (CERf) .......................... 77

Gráfico 11 – Porcentagem da redução da desatenção nos protocolos de observação ............. 80

Gráfico 12 - Porcentagem da redução do facilmente distraído nos protocolos de observação 80

Gráfico 13 - Porcentagem da redução da Inquietação nos protocolos de observação ............. 81

Gráfico 14 - Porcentagem da redução de movimentação nos protocolos de observação ........ 81

Gráfico 15 - Porcentagem da redução da impulsividade nos protocolos de observação ......... 82

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LISTA DE SIGLAS

AC Teste de Atenção Concentrada

ADM Assessment Data Manger 7.2

ASEBA Sistema de Avaliação Baseado em Evidência do Acenbach

CBCL/6-18 Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 06 e 18

anos (CBCL-6/18) - Child Behavior Checklist For Ages 6-18.

CID-10 Classificação Internacional de Doenças

DSM-IV-TR Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 4ª edição Revisada

DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais 5ª edição

PPG-DD Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento

QIE Quociente Intelectual de Execução

QIV Quociente Intelectual Verbal

TC Transtorno de Conduta

TDAH Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

TDO Transtorno Desafiador Opositivo

TRF/6-18 Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 06 e 18

anos (TRF/6-18) – Teacher´s Report Form for Ages 6-18.

UPM Universidade Presbiteriana Mackenzie

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 16

2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 18

2.1 Histórico e conceitualização do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade .... 18

2.2 Etiologia ..................................................................................................................... 19

2.3 Critérios diagnósticos ................................................................................................. 21

2.4 Prejuízos associados ao TDAH ................................................................................... 27

2.5 Prevalência ................................................................................................................. 29

2.6 Intervenções nos quadros de TDAH ........................................................................... 30

2.7 O contexto escolar e o TDAH ..................................................................................... 30

3 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 38

3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 38

3.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 38

4 MÉTODO ......................................................................................................................... 39

4.1 Participantes ............................................................................................................... 39

4.2 Aspectos éticos ........................................................................................................... 39

4.3 Instrumentos ............................................................................................................... 39

4.3.1 Instrumentos para caracterização do perfil comportamental ................................. 39

4.3.2 Guia de Orientação para Manejo Comportamental de Crianças e Adolescentes com

sinais de Desatenção e Hiperatividade .......................................................................... 44

4.3.3. Instrumento de Apoio ......................................................................................... 46

4.4 Procedimentos ............................................................................................................ 46

4.4.1 Caracterização do local de pesquisa ..................................................................... 46

4.4.2 Ações para a pesquisa .......................................................................................... 47

4.5 Análise dos Dados ...................................................................................................... 54

5 RESULTADOS ................................................................................................................. 55

5.1 Inventários do comportamento ................................................................................... 55

5.1.1 CBCL/6-18 .......................................................................................................... 56

5.1.2 TRF/6-18 ............................................................................................................. 60

5.1.3 Comparação entre o CBCL/6-18 e o TRF/6-18 .................................................... 64

5.1.4 Subescala de problemas de atenção do TRF/6-18 ................................................. 67

5.2 Implementação do Protocolo ...................................................................................... 68

5.2.1 Orientação ao professor ....................................................................................... 68

5.2.2 Implementação pelo Checklist ............................................................................. 70

5.2.3 Avaliação do Protocolo de Observação ................................................................ 77

6 DISCUSSÃO .................................................................................................................... 83

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES ............................................................... 89

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 91

ANEXOS ............................................................................................................................. 98

Anexo I - Guia de Orientação para Manejo Comportamental de Crianças e Adolescentes com

sinais de Desatenção e Hiperatividade .................................................................................. 99

Anexo II - Protoloco de Observação ................................................................................... 110

Anexo III – Checklist ......................................................................................................... 114

Anexo IV - Carta de Informação aos Responsáveis ............................................................ 116

Anexo V - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE ...................................... 123

Anexo VI - Questionário Socioeconômico ......................................................................... 127

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16

1 APRESENTAÇÃO

De acordo com DSM-5(APA, 2014) o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

(TDAH) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízos associados à

desatenção, desorganização e/ou hiperatividade e impulsividade. Sua prevalência, ocorrendo

em diferentes culturas, está em torno de 5% em crianças e 2,5% em adultos (APA, 2014). O

TDAH tende a repercutir na vida da criança e do adolescente levando a prejuízos em

múltiplas áreas, como a adaptação ao ambiente acadêmico, relações interpessoais e o

desempenho escolar (RICHTERS et al., 1995; MURPHY; BARKLEY, 1996).

O TDAH é um transtorno neurobiológico e com componentes genéticos que tem sua

identificação principalmente na infância e que tente a acompanhar o individuo por toda a vida

(POLANCZYK; ROHDE, 2007). Esse transtorno prejudica o desenvolvimento do

autocontrole gerando problemas de atenção, controle do impulso e o nível de atividades. O

reflexo do transtorno na criança é o prejuízo na sua capacidade de controlar a atenção e

manejar o próprio comportamento (BARKLEY, 2002).

A investigação de fatores familiares e psicossociais relacionados ao transtorno

(especialmente ao agravamento dos sinais apresentados), também tem sido descrito na

literatura. Condemarim e colaboradoes (2006) apresenta a falta de vínculos familiares como

um elemento influente no desenvolvimento do Transtorno. Os eventos ocorridos no contexto

familiar da criança tendem a ser um fator para o agravamento das características do TDAH.

Vasconcelos e colaboradores (2005) caracterizam que crianças que possuem um ambiente

familiar com brigas conjugais no passado têm 11 vezes mais risco de terem TDAH.

É um fato comum a discussão, entre a escola e a família, quanto às dificuldades

produzidas pela relação comportamento e aprendizado da criança. Considerando que

alterações no comportamento e na atenção da criança podem causar prejuízos no aprendizado,

esforços têm sido levantados para compreender e buscar soluções que minimizem essas

dificuldades. Araújo (2012) apresentou um trabalho, a partir da observação de crianças com

TDAH, que permitia manejar o comportamento da criança em sala de aula. O objetivo então

era de procurar um maior beneficio para criança quanto a sua aprendizagem e sua relação em

sala de aula. O agente proposto para esse manejo com a criança foi o professor.

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17

Crianças que apresentam sinais de desatenção e hiperatividade podem ter prejuízos

acadêmicos em função de características como: deixar de prestar atenção a detalhes ou

cometer erros por descuido em atividades escolares; ter dificuldades para manter a atenção em

tarefas ou atividades lúdicas; não seguir instruções e não terminar seus deveres; ter

dificuldade para se organizar; ser facilmente distraído por estímulos alheios ou mesmo

abandona sua cadeira em sala de aula ou dar respostas precipitadas antes das perguntas serem

concluídas (APA, 2014; ARAÚJO, 2012).

Araújo (2012) realizou sua tese de doutorado sobre manejo comportamental pelo

professor, no contexto de sala de aula, de alunos identificados com TDAH, através do

desenvolvimento, implementação e avaliação de um guia de intervenção. Tal trabalho,

baseado na análise do comportamento, teve como objetivo desenvolver um instrumento para

ser utilizado por professores do ensino fundamental e médio no trabalho pedagógico com

esses alunos.

O comportamento inadequado em sala de aula, necessariamente, não é oriundo apenas

de um quadro clínico. A sala de aula, por ser um ambiente múltiplo, pode oferecer incentivos

para um comportamento inadequado. O trabalho de Araújo (2012) apresenta apenas uma

faceta dessa construção de estratégias para uma melhor ação em sala de aula. Dessa forma

fomos incentivados a aplicar esta estratégia em um ambiente escolar geral.

Assim, o presente trabalho, utiliza o guia de intervenção desenvolvido por Araújo

(2012) para aplicá-lo e avaliá-lo agora na classe como um todo e verificar se a sua

implementação, eficaz para crianças com diagnóstico de TDAH, como demonstrado

anteriormente, também pode ser eficaz na ampliação de comportamentos compatíveis com o

aprendizado como, melhorar a atenção, concentração, diminuir a agitação tanto em alunos

com queixas de desatenção e hiperatividade quanto com alunos da classe que não tenham esse

diagnóstico. O agente de aplicação e intervenção em sala de aula é o professor regente da

classe. O modelo do TDAH pode nos ajudar a melhorar procedimentos educacionais, por

meio da utilização de estratégias de manejo trazidas pela análise do comportamento.

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18

2 INTRODUÇÃO

2.1 Histórico e conceitualização do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

A descrição dos sinais e sintomas do TDAH tem seu primeiro relato em 1775, com o

médico Alemão Melchior Adam Weickard. No terceiro capitulo, do seu livro Falta de Atenção

– Attention volubilis, Weickard faz uma descrição da doença caracterizando-a como ausência

de flacidez das fibras musculares em decorrência da falta de atividades típicas, como

alimentação e isolamento social (BARKLEY; PETERS, 2012).

Em 1878, o médico escocês Alexandre Crichton escreveu um capítulo sobre distúrbios

de atenção, em seu livro “An inquiry into the nature and origin of menta derangement” sobre

a natureza dos transtornos mentais. Descreve a atenção com três características: a) o centro da

consciência, onde mantém a concentração por estímulos externos ou internos; b) é obtida com

esforço e não de forma automática; e 3) necessita da ação voluntária (PALMER; FINGER,

2001). O médico Alemão Heinirich Hoffman em 1865 escreveu poesias sobre as doenças da

infância. As informações para suas poesias eram da sua prática clinica. Alguns de seus

pacientes eram crianças descritas com sinais de hiperatividade (STEWART, 1970).

O médico inglês George Frederick Still (1902) descreveu em três palestras proferidas

no Royal College of Physicians, em Londres, 42 crianças com sinais de comportamento

hiperativo, agressivo, desafiante e dificuldade de atenção. Descreveu-as como se

apresentassem um “Defeito no controle Moral”. A ação deste defeito poderia ser percebida

como “(1) defeito da relação cognitiva com o ambiente; (2) defeito da consciência moral; e

(3) defeito na vontade inibitória” (STILL, 1902, p. 1011 apud BARKLEY; PETERS, 2012).

Os estudos com crianças começaram a relacionar a hiperatividade comportamental à

suspeitas de lesão neurológica. Esta relação recebeu termos como “distúrbio orgânico

comportamental”, “lesionado cerebral”, “lesão cerebral mínima” e “disfunção cerebral

mínima - DCM” (MEYER, 1904; GOLDSTEIN, 1936). Essa compreensão de lesão cerebral

foi difundida em 1941 e o quadro de Hiperatividade passou a ser conhecida como “Síndrome

de Strauss” (SCHWARTZMAN, 2008). Em 1957 o termo Hiperatividade foi utilizado pela

primeira vez, e em 1960 foi mantido para referir-se a crianças com lesão cerebral (LAUFER;

DENHOFF, 1957; CHESS et al., 1960).

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Em 1968 o DSM II apresentou o transtorno como uma reação hipercinética na infância

ou adolescência (308.0). A sua descrição é de uma condição de hiperatividade, agitação,

distração e déficit de atenção que vem a ocorrer especialmente em crianças pequenas, com

diminuição do comportamento na adolescência (APA, 1968).

Em 1972, Virginia Douglas apresentou um trabalho a Canadian Psychological

Association sugerindo que o prejuízo primário das crianças diagnosticadas com hiperatividade

na verdade seria um déficit na manutenção da atenção e do controle do impulso. A partir deste

evento houve uma mudança de foco na pesquisa e no diagnóstico. O foco de estudo deixava

de ser a hiperatividade e passava a ser desatenção e a impulsividade (SCHWARTZMAN,

2008). A primeira definição de Transtorno de Déficit de Atenção surgiu em 1980 no DSM-III

onde o seu ponto central era a dificuldade de concentração e manutenção da atenção (APA,

1980).

O TDAH é tido como um problema comportamental crônico da infância

(SCHWARTZMAN, 2008). A partir da década de 1990 houve um aumento significativo na

identificação de casos de TDAH. Uma metanálise realizada em 74 estudos que investigou os

efeitos de uma série de intervenções sobre a cognição, o desenvolvimento social, emocional e

físico dos alunos classificados como tendo TDAH, verificou o aumento de publicações sobre

o distúrbio entre a década de 1980 e 1990. A pesquisa foi realizada nas bases de dados de

Medline, PsucLit e ERIC (PURDIE; HATTIE; CARROLL, 2002).

Existe atualmente uma discussão sobre a crescente manifestação de casos. Pode-se

atribuir como uma das causas para esse aumento o maior esclarecimento e por isso uma maior

frequência de diagnóstico. Considerando que o diagnóstico é essencialmente clínico, a

especificação mais detalhada dos sintomas permite uma melhor indicação do quadro

(MATOS, 2004).

2.2 Etiologia

O TDAH é um transtorno com um grande número de estudos que procuram evidenciar

e explicar as suas causas (THAPAR et al., 2013). A discussão sobre as causas do transtorno

incidem sobre os fatores biológicos, fatores ambientais e hoje tendem a aprofundar-se nos

fatores genéticos. Tarver, Daley e Sayal (2014) a partir de uma revisão na literatura, ressaltam

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que o TDAH possui uma relação complexa entre interdependentes fatores genéticos e não

genéticos (ambientais peri, pré e pós-natais).

O TDAH está associado com prejuízos substanciais e prejuízos de longo prazo com

alterações em várias áreas do funcionamento humano, as relações familiares e sociais,

realização acadêmica, emocional e o funcionamento cognitivo (DUPAUL; STONER, 2007).

As formas de tratamento farmacológico e o não farmacológico possuem variações que podem

melhorar os sintomas e a funcionalidade da criança. Todavia os resultados muitas vezes não

conseguem introduzir repertórios comportamentais adequados em criança com TDAH. Apesar

dos grandes avanços na compreensão desse transtorno complexo, é claro que ainda há um

longo caminho a percorrer. Em particular, faz-se necessário, que as intervenções não

farmacológicas, possam ser mais especificamente orientadas para os prejuízos causados pelos

sinais do TDAH e os seus déficits de funcionamento comumente associados, a fim de garantir

melhor resultados em longo prazo.

O Transtorno possui algumas abordagens explicativas. Barkley (1997a) sugere um

déficit no comportamento inibitório. Desta forma o cérebro não consegue operar a função

inibidora. Ocorre então a “desinibição comportamental” (BARKLEY, 1997b). Esse evento

conduz a pessoa com TDAH a não deixar de reagir a estímulos mais novos, principalmente

quando deveria estar fazendo outra coisa (PHELAN, 2005).

Os sintomas de TDAH têm sido atribuídos a déficits nas vias fronto-estriatal, que estão

na base das funções executivas. As funções executivas são as capacidades que permitem gerar

comportamentos voluntários que são ativamente controlados (SLATTERY; GARVEY;

SWEDO, 2001). A impulsividade e a desatenção que são comuns no TDAH sugerem déficits

no controle voluntário do comportamento. Não é claro se a deficiência existe em toda função

executiva ou em funções específicas.

Barkley (1997b) propôs um modelo de disfunção executiva no córtex pré-frontal. A

inibição de respostas é o déficit principal que pode levar as alterações observadas no TDAH.

Sua principal localização no cérebro é córtex pré-frontal e o núcleo caudado. Outros autores

propuseram déficits mais generalizados em auto regulação (DOUGLAS, 1999).

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2.3 Critérios diagnósticos

Há dois manuais de uso corrente para critérios diagnósticos na caracterização dos

transtornos mentais. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais – DSM, da

American Psychiatric Association - APA e o Manual de Classificação Internacional de

Doenças – CID, Organização Mundial de Saúde – OMS.

2.3.1 Classificação de acordo com os manuais diagnósticos (DSM e CID)

De acordo com a CID, problemas de desatenção e hiperatividade são classificados

como um Transtorno Hipercinético. Esse grupo de transtornos é caracterizado por: inicio

precoce (usualmente nos primeiros cinco anos de vida); uma combinação de um

comportamento hiperativo e pobremente modulado com desatenção marcante e falta de

envolvimento persistente nas tarefas e conduta invasiva nas situações e persistência no tempo

dessas características de comportamento (OMS, 1993).

As características funcionais desse transtorno são a falta de perseverança nas

atividades que exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a passar de uma atividade

a outra sem acabar nenhuma, associadas a uma atividade global desorganizada, mal

coordenada e excessiva. A frequência do transtorno é usualmente o período dos anos

escolares. As crianças são frequentemente imprudentes e impulsivas, propensas a acidentes e

incorrem em problemas disciplinares por infrações não premeditadas de regras.

As crianças tendem a ter relações com os adultos marcadas por uma ausência de

inibição social, com falta de cautela e reserva normais. Tentem a ser impopulares com as

outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente. Estes transtornos se acompanham

frequentemente de um déficit cognitivo e de um retardo específico do desenvolvimento da

motricidade e da linguagem. As complicações secundárias incluem um comportamento

antissocial e uma perda de autoestima.

As características fundamentais para o diagnóstico são a atenção comprometida e a

hiperatividade. Na atenção comprometida tem-se a interrupção de tarefas prematuramente e

por deixa-las inacabadas, a frequente mudança de atividade, possivelmente pela falta de

interesse por distração. Na hiperatividade ocorre à inquietação excessiva, principalmente onde

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se necessita de calma relativa. O padrão dessa inquietação deve ser a comparação com o

esperado para aquela situação (OMS, 1993).

Por outro lado, com a mudança do foco de pesquisa em 1972, deixando de buscar as

causas do transtorno apenas na hiperatividade e agora passando a ter uma direção mais

centrada na desatenção e impulsividade, houve mudanças conceituais para o diagnóstico de

acordo com o DSM. A APA responsável pela edição do DSM necessitou reformulá-lo. O

DSM-II ( APA, 1968) apresenta a classe dos Transtornos de comportamentos da infância e

adolescência - (308) e a subclasse - Reação hipercinética na infância ou adolescência (308.0).

A descrição do transtorno é de uma doença caracterizada por hiperatividade, agitação,

distração e déficit de atenção, especialmente em crianças pequenas, com diminuição do

comportamento na adolescência.

O DSM-III ( APA, 1980) em seu capítulo sobre Transtornos geralmente evidentes pela

primeira vez na infância ou adolescência difere-se do DSM-II, apresentando o item

Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) em substituição a Reação Hipercinética da Infância.

O nome dado ao Transtorno se dar pela presença proeminente, no diagnóstico das crianças, da

dificuldade de manter a atenção, mesmo que apresente uma atividade motora excessiva. Por

esta razão o TDA foi classificado em dois subtipos: Transtorno de Déficit de Atenção com

Hiperatividade (TDA/H) e o Transtorno de Déficit de Atenção sem Hiperatividade (TDA/SH).

A classificação do DSM-III-R (APA, 1987) é semelhante a do DSM-III. Todavia

apresenta o TDA como um transtorno de comportamento perturbador. O distúrbio é

caracterizado por um comportamento que é socialmente disruptivo e que é muitas vezes mais

angustiante para os outros do que para a pessoa com o transtorno. O TDA também pode

agregar o Transtorno Desafiador Opositivo (TDO) e o Transtorno de Conduta.

O DSM IV-TR ( APA, 2002) classifica o TDAH dentre os transtornos geralmente

diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência. Descreve o TDAH como um

padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade, mais frequente e severo do que aquele

tipicamente observado em indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento. Os sintomas

devem estar presentes em pelo menos dois contextos (em casa e na escola ou trabalho). As

evidências de interferência no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional devem ser

claras no processo do desenvolvimento. Os elementos que integram esse distúrbio são a

desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Os critérios de diagnóstico do transtorno

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classificam-no como: tipo predominantemente desatento, tipo predominantemente hiperativo-

impulsivo e tipo combinado.

O DSM-5 publicado nos Estados Unidos em 2013 ( APA, 2013) e traduzido para o

português em 2014 (APA, 2014), apresenta o TDAH como um transtorno do

neurodesenvolvimento definido por níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e/ou

hiperatividade-impulsividade. A desatenção e desorganização envolvem incapacidade de

permanecer em uma tarefa, aparência de não ouvir e perda de materiais em níveis

inconsistentes com a idade ou o nível de desenvolvimento. Hiperatividade-impulsividade

implicam atividade excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer sentada, intromissão

em atividades de outros e incapacidade de aguardar – sintomas que são excessivos para a

idade e ou nível de desenvolvimento. Na infância, o TDAH frequentemente se sobrepõe a

transtornos em geral considerados “de externalização”, tais como o transtorno de oposição

desafiante e o transtorno de conduta. O TDAH costuma persistir na vida adulta, resultando em

prejuízos no funcionamento social, acadêmico e profissional (APA, 2014).

A desatenção pode manifestar-se em situações escolares, profissionais ou sociais. A

caracterização dos sintomas dar-se pela falta de atenção que podem gerar erros pela falta de

cuidado. A manutenção desta atenção fica comprometida e afeta a persistência em tarefas até

o seu término podendo gerar mudança de tarefa inacabada para outra. A sua atenção muda de

foco constantemente, sem gerenciamento de conclusão. Há uma impressão de que atenção

está em outro ambiente, dificultando a compreensão do que é dito. Tarefas que exigem um

esforço mental prolongado, dedicação, organização ou concentração são evitadas, e quando

vivenciadas são desagradáveis e acentuadamente aversivas. Esta evitação deve ocorrer por

dificuldades da pessoa com a atenção, e não devido a uma atitude oposicional primária,

embora uma oposição secundária possa também ocorrer ( APA, 2014).

A desatenção produz na pessoa uma dificuldade de atender solicitações ou instruções e

não consegue completar o trabalho escolar, tarefas domésticas ou outros deveres. A

organização de tarefas e atividades é dificultosa. Os hábitos de trabalho frequentemente são

desorganizados e os materiais necessários para a realização da tarefa com frequência são

espalhados, perdidos ou manuseados com descuido e danificados. O indivíduo se distraí

facilmente por estímulos irrelevantes. Habitualmente interrompe tarefas em andamento para

dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral são facilmente ignorados por outros.

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Apresentam um frequentemente esquecimento de coisas nas atividades diárias. Nas situações

sociais, a desatenção pode manifestar-se por frequentes mudanças de assunto, falta de atenção

ao que os outros dizem, distração durante as conversas e falta de atenção a detalhes ou regras

em jogos ou atividades ( APA, 2014).

A hiperatividade é compreendida a partir da manifestação de inquietação ou remexer-

se na cadeira, por não permanecer sentado quando deveria, por correr ou subir excessivamente

em coisas quando isto é inapropriado, por dificuldade em brincar ou ficar em silêncio em

atividades de lazer, por frequentemente parecer estar "a todo vapor" ou "cheio de gás" ou por

falar em excesso. Existe uma variação em decorrência da idade e do nível de desenvolvimento

do indivíduo. Em crianças pré-escolares é observado um comportamento diferente de crianças

na mesma faixa etária. Estão constantemente irrequietos e envolvidos com tudo à sua volta,

andam para lá e para cá, movem-se rapidamente, sobem ou escalam móveis, correm pela casa

e têm dificuldades em participar de atividades sedentárias em grupo. As crianças em idade

escolar exibem comportamentos similares, mas em geral com menor frequência ou

intensidade do que bebês e pré-escolares. Elas têm dificuldade para permanecer sentadas,

levantam-se com frequência e se remexem ou sentam-se na beira da cadeira, como que

prontas para se levantarem. Elas manuseiam objetos inquietamente, batem com as mãos e

balançam pernas e braços excessivamente. Com frequência se levantam da mesa durante as

refeições, enquanto assistem televisão ou enquanto fazem os deveres de casa; falam em

excesso e podem fazer ruídos demasiados durante atividades tranquilas. Em adolescentes e

adultos, os sintomas de hiperatividade assumem a forma de sensações de inquietação e

dificuldade para envolver-se em atividades tranquilas e sedentárias ( APA, 2014).

A impulsividade manifesta-se como impaciência, dificuldade para protelar respostas,

responder precipitadamente, antes de as perguntas terem sido completadas, dificuldade para

aguardar sua vez e interrupção frequente ou intrusão nos assuntos de outros, ao ponto de

causar dificuldades em contextos sociais, escolares ou profissionais. Há também a queixar de

dificuldade para se expressar adequadamente. É comum a pronuncia de comentários

inoportunos, interferência inapropriada no discurso do outro e conversa de terceiro, agarram

objetos de outros, pegam coisas que não deveriam tocar e fazem palhaçadas. A impulsividade

pode levar a acidentes e ao envolvimento em atividades potencialmente perigosas, sem

consideração quanto às possíveis consequências. As manifestações comportamentais

geralmente aparecem em múltiplos contextos, incluindo a própria casa, a escola, o trabalho ou

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situações sociais. Os sintomas tipicamente pioram em situações que exigem atenção ou

esforço mental constante ou que não possuem um apelo ou novidade intrínsecos. Os sintomas

são mais prováveis em situações de grupo (APA, 2014).

A classificação do DSM-5 não apresenta mudança quanto à quantidade de sintomas

característicos necessários para o diagnóstico, mantendo assim o padrão comportamental do

DSM IV-TR. A condição continua de seis ou mais sintomas relacionados que persistam por

mais de seis meses em grau que é inconsistente com o nível de desenvolvimento e têm

impacto negativo diretamente nas atividades sociais e acadêmico-profissionais. Mas apresenta

algumas alterações principalmente quanto à frequência dos sintomas em relação ao DSM IV-

TR.

A classificação do DSM-5 (APA, 2014) apresenta o critério de diagnóstico do TDAH

nas seguintes condições:

a. apresentação predominantemente desatento - Este subtipo deve ser usado se seis

(ou mais) sintomas de desatenção (mas menos de seis sintomas de hiperatividade-

impulsividade) persistem há pelo menos 6 meses. A hiperatividade pode ainda ser uma

característica clínica importante em muitos casos, enquanto outros são puramente desatenção.

(1) frequentemente não presta atenção a detalhes ou comete erros por omissão em

atividades escolares, de trabalho ou outras atividades

(2) frequentemente tem dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades

lúdicas

(3) frequentemente parece não ouvir quando lhe dirigem as palavras

(4) frequentemente não segue as instruções e não termina seus deveres escolares,

tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido ao comportamento de oposição ou

incapacidade de compreender instruções)

(5) frequentemente tem dificuldade para organizar tarefas e atividades

(6) frequentemente evita, demonstra ojeriza ou reluta em envolver-se em tarefas que

exijam esforço mental constante (como tarefas escolares e deveres de casa)

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(7) frequentemente perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (p. ex.,

brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou materiais)

(8) com frequência é facilmente distraído por estímulos alheios á tarefa

(9) com frequência apresenta esquecimento em atividades diárias (APA, 2002, p. 118)

b. apresentação predominantemente hiperativo-impulsivo - Este subtipo deve ser

usado se seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade (mas menos de seis

sintomas de desatenção) persistem há pelo menos 6 meses. A desatenção pode, com

frequência, ser um aspecto clínico significativo nesses casos.

(1) frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira

(2) frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça

sentado

(3) frequentemente corre ou sobe em demasia, em situações em que isso é

inapropriado

(4) com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer

calmamente

(5) com frequência “não para”, agindo como se estivesse com “o motor ligado”

(6) frequentemente fala demais

(7) frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido

concluída

(8) frequentemente tem dificuldade para aguardar a sua vez

(9) frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex. mete-se em conversas, jogos ou

atividades, etc)

c. apresentação combinado - Este subtipo deve ser usado se seis (ou mais) sintomas

de desatenção e seis (ou mais) sintomas de hiperatividade-impulsividade persistem há pelo

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menos 6 meses. A maioria das crianças e adolescentes com o transtorno tem o Tipo

Combinado.

Outra classificação é feita pela apresentação do quadro sintomático atual, podendo ser

(APA, 2014):

a. Leve – são presentes poucos sintomas, se algum, além daqueles necessários para

fazer o diagnóstico, e os sintomas não resultam mais do que pequenos prejuízos no

funcionamento social ou profissional.

b. Moderado – Os sintomas ou prejuízos funcional presentes estão entre o quadro

"leve" e o "grave".

c. Grave - Muitos sintomas em excesso daqueles necessários para fazer o diagnóstico

e, ou a presença de vários sintomas que são particularmente graves, ou os sintomas resultam

em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.

2.4 Prejuízos associados ao TDAH

Os estímulos são os elementos bases que nos fazem perceber o mundo. A compreensão

desses estímulos de forma mais precisa só são possíveis por meio da centralização de foco.

Esta centralização nós denominamos de atenção. A atenção é uma atividade dos mecanismos

neuronais que focam um estímulo. As crianças que não apresentam o TDAH também podem

ter prejuízos na atenção pelo simples fato de não saberem lidar com o estímulo (WAGNER,

2003).

Uma criança com TDAH tende a ter dificuldades no manejo atencional, seja para não

se distrair seja para manter-se concentrado por um longo tempo. A criança desprende um

esforço significativo para manter-se concentrada em uma tarefa. Todavia esta dificuldade não

é possível de ser compreendida por ela. Algumas crianças com TDAH conseguem manter por

um determinado tempo uma atenção focada quando a situação apresenta-se como nova,

quando existe um alto valor de interesse por parte da criança, ou a situação pode produzir

certa intimidação ou mesmo a condição de ficar a sós com um adulto. Esta situação pode

levar alguns a sentirem-se confusos com a real condição da criança (PHELAN, 2005).

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A desatenção da criança esta associado às distrações. A distração é a condição de

facilidade que a criança tem de poder desviar-se da tarefa a qual esta desenvolvendo por causa

de qualquer outro estímulo (PHELAN, 2005). Alguns estímulos são irrelevantes diante da

tarefa central, mas conseguem desconcentrar, principalmente as crianças pequenas, pela

condição conseguir de manter o foco (LEWIS, 1995). A desatenção, também, tende a gerar

fatores característicos na criança como a desorganização.

A impulsividade tem como característica a condição de agir sem pensar. Na linguagem

popular a impulsividade é praticar uma ação levado pelas informações que lhe vem na cabeça

de forma espontânea e tempestiva. É uma dificuldade na manutenção do autocontrole. Na

infância a impulsividade produz prejuízos a qual a criança não se consegue calcular ou prever

as consequências de suas ações (PHELAN, 2005).

Na condição escolar, a impulsividade leva a criança a ter práticas que atrapalham a

administração da classe pelo professor. A criança com o transtorno tende a ter esse impulso

aumentado. Com isso a criança tende a ter uma fala compreendida por ela como normal,

todavia em momentos inadequados. Essas falas tendem a ser engraçadas e frequentes,

produzindo uma desconcentração de toda a turma (PHELAN, 2005). A criança começa a ser

identificada como um agente de distração na turma.

A condição de impulsividade está normalmente atrelada à impaciência como uma

condição disfuncional. A criança não consegue perceber ou aguardar o seu tempo. A sua

resposta a esta impaciência pode expressar-se por uma condição de agitação. Agitação esta

que ganha características de inconsequência, logo, ações sem predição de juízo.

Além das dificuldades relacionas à desatenção e à impulsividade, dificuldades de

controle motor também podem causar prejuízos em crianças com TDAH. Por exemplo, elas

não conseguem ficar paradas por muito tempo. Abandonam suas cadeiras em sala de aula,

escalam em demasia, colocando-se inclusive em situações de perigo real.

Outra condição muito importante está no rendimento escolar. É comum crianças com

TDAH não acompanharem o rendimento da sala, obterem baixas notas em avaliações e ao

final do ano podem vir a repetir de série (DUPAUL et al., 2001; LOE; FELDMAN, 2007).

Este fator tende a se agravar na adolescência onde o rendimento desejado não é alcançado

(FRAZIER et al., 2007).

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As crianças com sinais de hiperatividade tende a produzir a dispersão da atenção dos

outros alunos, dificultando assim a transmissão da informação pelo professor. Normalmente

este evento leva a necessidade de um auxiliar na sala de aula com o foco na criança com

comportamento indesejado. Produzindo assim um maior esforço da escola, uma exposição da

criança, devido a necessidade de um acompanhamento exclusivo e um desgaste por parte

professor, que em sua maioria das vezes não sabe lidar com crianças com esse

comportamento. Quando essa criança recebe um acompanhamento mais aproximado e

interventivo, tende a apresentar melhores resultados (BARKLEY, 2002).

2.5 Prevalência

A prevalência do TDAH apresenta muitas discordâncias e discrepâncias. O DSM IV-

TR (2002) estima entre 3 a 7% em crianças em idade escolar. O DSM-5 (APA, 2014, p. 61)

apresenta 5% em crianças e 2,5% em adultos.

Avaliando as últimas duas décadas percebe-se uma notada dificuldade de conciliação

na informação de propensão do TDAH em meninos e meninas. Todavia caracteriza-se a

diretriz que o transtorno é mais comum em meninos (OMS, 1993). (SMITH; STRICK, 2001)

apresentam as mesmas condições para ambos os sexos. O DSM IV-TR (APA, 2002) já

considera que meninos possuem de 2:1 a 9:1 maior propensão que as meninas. Segundo

Schwartzman (2008) a condição é três vezes maior em meninos do que em meninas. O DSM-

5 (APA, 2014) apresenta propensão de 2:1 para os meninos. Rossi (2008) relacionando a

compreensão de identificação de TDAH entre pais e professores, apresenta maior incidência

em meninos do que em meninas.

Polanczyk e colaboradores (2014), analisando dados de duas metanálises que

abrangeram os anos de 1978 a 2010, constatou que houve uma manutenção na taxa de

prevalência do TDAH. Todavia, houve um aumento do número de diagnósticos. Nos Estados

Unidos entre 2003 a 2007, verificou-se um aumento no número de crianças com diagnóstico

de TDAH de 7,8% para 9,5%. É importante salientar que os dados de diagnósticos nem

sempre atendem a uma normatização. Essa é uma razão para a variação percentual desses

dados em diferentes localizações geográficas.

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2.6 Intervenções nos quadros de TDAH

O TDAH é um transtorno associado a alterações neurobiológico de início precoce,

com expressão clinica heterogênea e complexa (com características de desatenção e

hiperatividade/impulsividade) que tem sido associada com uma ampla gama de prejuízos para

as pessoas nessa condição (KOTTE et al., 2013).

Em função dessa heterogeneidade, muitos procedimentos de intervenção têm sido

propostos. Modelos de intervenção medicamentosa são muito frequentes na literatura e

resultados positivos têm sido descritos. Além das intervenções medicamentosas, intervenções

não medicamentosas têm sido descritas na literatura sobre o tema (SONUGA-BARKE et al.,

2013).

Sonuga-Barke e colaboradores (2013) sugerem, por meio de uma meta-análise sobre

tratamentos não farmacológicos, que intervenções com dietas alimentares, principalmente

com suplementos de ácidos graxos livres e a não ingestão de comidas industrializadas

produzem pequenas reduções nos sinais de TDAH. Todavia podem ser de utilização para

pessoas com restrições alimentares. Também apresenta condições positivas de aplicação para

as intervenções comportamentais, neurofeedback e treino cognitivo na redução do TDAH.

Dentre as intervenções comportamentais, técnicas baseadas na análise aplicada do

comportamento têm sido descritas como procedimentos que apresentam resultados eficazes, e

que podem ou não ser associadas a outras formas de intervenção (DUPAUL; STONER, 2007;

BARKLEY et al., 2008).

2.7 O contexto escolar e o TDAH

O TDAH é um distúrbio característico na infância e que pode se prolongar a vida

adulta (BARKLEY, 1997a). Sua caracterização é feita pela apresentação de condições que

estão fora do habitual para a idade da criança ou do adulto. Isso começa a ficar evidente

quando passamos a observar a criança em múltiplos ambientes, como a casa e a escola (APA,

2014).

A escola é um ambiente diversificado. O encontro de crianças em um ambiente

diversificado e identificações próprias como a cultura, criação familiar, recursos financeiros,

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oportunidades diferentes e um ambiente enriquecido com estímulos, são aumentadores de

ações que propõem a hiperatividade, a desatenção e a impulsividade. As ocorrências dessas

ações não determina o quadro de TDAH. Podem ser compreendidas como comuns pelo

momento e ambiente, não quer dizer que são apropriadas (DUPAUL; STONER, 2007).

Todavia, o contexto da sala de aula é um ambiente que pode ser utilizado para o

manejo comportamental dessas ocorrências. Isso significa que, o trabalho com os estímulos e

com as ações das crianças podem reduzir determinados comportamentos não apropriados. Isso

passa a ser mais significativo e perceptível em crianças com TDAH, pois estas não percebem

a sua dificuldade em manter o seu autocontrole e não respondem aos controles comuns do

ambiente (BARKLEY, 1997a).

Desta forma, intervenções nesse contexto controlam a organização e disposição da sala

de aula. Consideram os níveis redução de ruído, a disposição dos assentos onde ocorrem as

condições formais e informais de aprendizado, o tom de voz do professor, a disposição

indicativa de avisos que apresentam regras (SKINNER, 1978).

Uma condição que deve ser sempre trabalhada é a utilização de pausas frequentes

entre as tarefas (PURDIE et al., 2002). Uma criança já sofre naturalmente o desgaste pelo

esforço para manter a concentração ou o foco da ação. A criança com TDAH tem uma

dificuldade aumentada. Com isso tende a abandonar o foco de forma mais rápida.

É comum, em crianças com TDAH, dificuldades acadêmicas que podem levar ao

abandono dos estudos, ou a repetência, somadas a dificuldade de relacionamentos e a

aceitação pelo grupo (PASTURA; MATTOS; ARAUJO, 2005). Como toda sala de aula é um

ambiente social, o desenvolvimento da criança nesse contexto não se apresenta apenas pela

evolução cognitiva, mas também, por uma condição de relacionar-se no ambiente de interação

social, interagindo de maneira positiva.

Manter a criança dentro de uma condição de semelhança comportamental, aos seus

pares, permitirá a ela ter mais ganhos positivos do que a reação adversa da turma e do

professor. Como a hiperatividade infantil é descrita como a dificuldade de manter o padrão de

comportamento aceitável para a idade, todas às vezes que o comportamento indesejado sofre

uma intervenção de controle, permite a criança obter ganhos positivos (DUPAUL; STONER,

2007).

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O aprendizado da criança em sala de aula requer uma concentração objetiva. Quando a

atenção da criança não está focada no seu objeto de estudo produz a dispersão. Quando este

comportamento é monitorado e aplicadamente sofre uma intervenção pontual produz um

beneficio notável para a criança (ROSE, 2004).

2.8 A Análise do Comportamento e sua contribuição para a compreensão do TDAH

O DSM-5 ao apresentar as condições de diagnóstico o coloca condicionado a dois ou

mais ambientes, normalmente a casa e a escola. O fato observável passa a ser responsável

pelo diagnóstico. Como toda observação cientifica requer um rigor, nada mais contundente do

que o conceito behaviorismo de Jonh B. Watson (1879-1958) onde postulava que a psicologia

deveria ser descrita como uma ciência do comportamento (BAUM, 2006), logo, estudar o

comportamento objetivamente observável.

B. F. Skinner (1904-1990), conhecido como o pai do behaviorismo radical, trabalhou

na construção dos conceitos sobre o comportamento definindo-o como possível de ser

observado e previsto, logo, determinado. A ciência a ser estudada passou a ser denominado de

Análise do Comportamento. Desta forma, desenvolveu princípios básicos para a

aprendizagem e trabalhou na elaboração de métodos objetivos para mensurar e observar o

comportamento humano (LATTAL, 2005).

A análise do comportamento, conceitualmente, apresenta termos para identificar as

ações. Começamos pela apresentação do comportamento operante, ou seja, um agente no

ambiente (TODOROV, 2002). Na sala de aula temos dois operantes bem definidos, o

professor e o aluno. Compreendendo o comportamento como uma manifestação do

organismo dentro de um ambiente, que é tudo aquilo que é externo ao comportamento,

podemos ver claramente a sala de aula (MATTOS, 1997, p.66).

O comportamento operante atua sobre as consequências do comportamento que

retroagem sobre o organismo. O reforço aumenta a probabilidade do comportamento ocorrer

de novo sem alterar a sua apresentação (SKINNER, 2003). O reforço visando a consequência

é uma estratégia eficaz na manutenção do comportamento em sala de aula. O professor ao

elogiar um aluno ao término de uma tarefa, ao agradecer pelo aluno ter guardado os livros na

estante, está atuando de forma diretiva no comportamento.

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O reforço pode ser positivo ou negativo (HOLLAND; SKINNER, 1975). O reforço

positivo ocorre quando um estímulo é apresentado aumentando assim a probabilidade de um

comportamento vir a acontecer. Isso é observável quando o professor parabeniza o aluno

quando conclui uma tarefa com sucesso. O reforço negativo ocorre quando um estímulo é

retirado para manter o comportamento. O aluno vai ao quadro para fazer um exercício de

matemática, e professora pede para ele deixar o caderno que está na sua mão fique sobre a

cadeira.

Outros conceitos são o de punição e extinção. Ambos atuam de forma que venham a

diminuir a probabilidade do comportamento vir a ocorrer. A punição é apresentada também

como positiva e negativa. Todavia, ambas, são compreendidas como controle aversivo, pois

diminuem a frequência de um comportamento especifico (MARTIN; PEAR, 2009). Como

estamos trabalhando o conceito na infância, é importante salientar o processo de

aprendizagem. Nesta fase o processo aversivo é inibidor e pode gerar consequências não

eficazes no desenvolvimento da criança. Dentro da sala de aula isso ocorre quando uma

criança tem dúvidas sobre um assunto e o professor grita com ela. Essa criança pode não mais

perguntar ao professor e ficar com suas dúvidas.

O comportamento é gerenciado pelo seu contexto. O contexto é entendido pela Análise

do comportamento como estímulo. O ato de mudar o comportamento pelo estímulo é o

controle. O controle nada mais é do que a frequência da mudança do comportamento (BAUM,

2006). A compreensão de que um estímulo elicia um comportamento, conduz-nos a busca de

sua prevenção e manejo. Consequentemente isso só é possível a partir do controle destes

estímulos (NEVES et al., 1999). Manejar antecedentes e as consequências, de um

comportamento, procurando a probabilidade deste vir a ocorrer são compreendidos como

contingência (SOUZA, 2001).

A sala de aula é um ambiente rico em estímulos. Uma criança ao adentrar uma sala de

aula consegue perceber inúmeros estímulos. Ela consegue observar se há algo diferente nas

paredes, como uma decoração ou um aviso, tipo horário de entrar e sair. A criança consegue

fazer uma leitura do ambiente e fazer as ligações de informações favoráveis as suas intenções.

O posicionamento das cadeiras, a distância da mesa do professor para a porta, a distância da

sua cadeira para a porta, onde estão sentados os seus colegas mais próximos e os não tão bem

quistos. Essas informações todas são importantes para a probabilidade de ação.

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Em análise do comportamento contingência é a interação organismo-ambiente

(TODOROV, 1985). A maioria das contingências não é controlada precisamente. Imaginemos

a condição diminuta que um professor tem de observar eficientemente o comportamento de

30 alunos em sala de aula. Levar em consideração o ambiente é considerar a interação do

organismo com este. Desta forma podemos então prever um comportamento através da

probabilidade. Fica menos difícil para o professor verificar a condição de um comportamento

vir a acontecer quando este observa os indicativos de ação do comportamento no aluno. O

professor passa uma tarefa e um minuto depois o aluno começa a bater com o lápis na mão.

Esse indicativo levanta a probabilidade de que este aluno não está entendo a tarefa e se nada

for feito ela poderá começar a fazer barulho, chamar o colega do lado ou levantar da cadeira.

Quando se vislumbra a probabilidade de um comportamento vir a ocorrer utiliza-se o

reforço. O reforço pode ser positivo quando produz uma consequência que interessa ao

organismo ou negativo quando se remove um estímulo aversivo (SKINNER, 2007). Quando o

objetivo é reduzir essa probabilidade da ocorrência do comportamento pode-se aplicar a

extinção, que é ausência do reforço positivo, a punição positiva, que se refere à apresentação

de uma consequência aversiva contingente ao comportamento, e a punição negativa, que diz

respeito à retirada de reforçadores positivos (CATANIA, 1999).

A compreensão do reforço e da punição é feita em relação às circunstâncias. O

reforçador não funciona como reforçador o tempo todo. Se sua aparição for continua pode

produzir saturação. Por isso é necessário que o comportamento adquira propriedades

discriminativas. Isso é possível considerando três aspectos: a ocasião na qual ocorreu a

resposta, a própria resposta e as consequências reforçadoras. O estímulo discriminativo passa

a ser a condição suficiente para a ocorrência de uma resposta (TODOROV, 1985).

Discriminação pode ser entendida como a mudança de comportamento com a mudança de

estímulo. Esta mudança só é possível pela compreensão da história. Toda discriminação tem

uma história (BAUM, 2006).

Skinner (1957:1978) apresenta o comportamento verbal como responsável pela

transmissão de informações. O professor em sala de aula é quem faz de forma continua esse

papel. É comum que a maior parte do comportamento verbal dependa do reforço social e

condicional. A fala não está solta, desprendida de ações que façam o aluno perceber que ele é

quisto, valorizado, compreendido. A manutenção do comportamento verbal é realizada por

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reforço intermitente. Esse comportamento é compreendido como controlado por regras, pois

no comportamento verbal, é necessária a presença de um falante, o professor, e um ouvinte, o

aluno, para termos um episódio verbal.

As regras são mantidas pela linguagem identificada naquele que observa (CATANIA,

1999). É o professor quem tem claras condições de realizar a ação. Quando falamos de

comportamento controlado por regras estamos indicando que ele esta sobre um estímulo de

regra que nada mais é do que um tipo de estímulo discriminativo. O professor já estabeleceu

alguns padrões que são compreendidos. O simples fato de falar baixo quando todos estão

conversando no momento de dar um aviso a classe. O comportamento controlado por regras,

como qualquer comportamento, é modelado por contingências (BAUM, 2006).

Skinner analisou e definiu conceitualmente algumas regras: a ordem é a descrição de

um ato que implica em consequências aversivas. Estamos falando da condição de um ato

resposta de desobediência a não realização do ato como foi descrito. Essa regra tende a gerar

um conflito em sala de aula quando não realizada. O professor tende a emanar a ordem de

fazer a atividade e em contra partida já informa a consequência da não obediência; o

aviso/instrução é o emissor não possui a condição de organizar as consequências aversivas. O

professor informa aos alunos que após a tarefa de matemática, os livros devem ser guardados

no armário; o conselho tem como foco um comportamento especifico. Na mesma condição

anterior, o aluno que não guarda o livro e consequente interfere na realização da próxima

atividade que é lúdica, no chão da sala com as carteiras afastadas. O conselho gera

consequências que são positivamente reforçadoras, mas que não foram idealizadas pelo

emissor. Conforma-se com a definição da regra. E a orientação descreve um comportamento a

ser executado. Expõe ou implica em consequências. São descrições abrangentes que

englobam ordens, avisos e conselho (BAUM, 2006).

As regras facilitam a aquisição de novos comportamentos, principalmente quando as

contingências são complexas. Constatou-se também que as regras podem produzir na

sensibilidade comportamental das contingências. O comportamento sensível é aquele que

muda sistematicamente diante de mudanças nas contingências de reforço (MEYER, 2005).

O controle por regras envolve normalmente duas contingências. Uma a curto,

denominada de contingencia primeira, que se localiza próximo do reforço por regras, e outra

em longo prazo, denominada de contingencia última, que é a primeira razão da regra. Skinner

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fez a distinção entre os comportamentos modelados por contingências e comportamentos

governados por regras ou comportamentos governados verbalmente (MEYER, 2005).

Compreende-se o comportamento modelado por contingências como modelado e mantido

diretamente por consequências relativamente imediatas. O comportamento governado por

regras depende do comportamento verbal de outra pessoa que descreve uma contingência. A

vantagem estabelecida na construção dos enunciados de regras é poder substituir o processo

da modelagem de uma resposta (MEYER, 2005).

A análise do comportamento não está desassociada da educação. Embora isto tenha

sido observado no decorrer dos anos. A utilização de outras teorias psicológicas produziram

um certo afastamento da mesma dos currículos dos professores. Diante da condição de que os

conceitos básico foram colocados em segundo plano, faz-se necessário uma maior e ampla

divulgação da análise do comportamento em sua aplicabilidade na escola (HUBNER et al.,

2004).

A educação em seu nível mais amplo sofreu um impacto muito grande com o passar da

década de 60 do século XX, devido às conjunturas mundiais. Todavia as ações educacionais

perderam um pouco da capacidade de direcionar o comportamento do aluno, pela simples

figura da intelectualização. O prejuízo desta ação foi percebida na construção da

personalidade dessas crianças, principalmente na autonomia funcional. A concepção de

aprendizagem, na relação com o meio ambiente, nos permite caminhar na direção dos acertos

compreendendo o ambiente que nos cerca(HUBNER; MARINOTTI, 2004) .

O conceito básico nessa grande condição estrutural da educação é o planejamento, que

está diretamente relacionado com a Análise do Comportamento (SKINNER, 1972). O

comportamento está sempre dentro de um contexto, logo pode ser modelado nas suas

contingências. O planejar da sala de aula não está relacionado apenas a construção de arquivo

para futuras inspeções, mas sim a um estrutura de aplicação dentro da sala de aula. Onde o

planejamento transformasse em uma vivência prática e produza resultados perceptíveis no

comportamento observável do aluno (PEREIRA; MARINOTTI; LUNA, 2004).

A associação de reforços positivos e reforços negativos com fim de manter um

comportamento recebem o nome de coerção. Diante dessa situação temos o elemento

controlador e aquele que é coagido. Na assimetria de ações o controlador é reforçado

positivamente e o coagido é reforçado negativamente, retirando deste a sua liberdade.

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Diante da condição de interação entre dois indivíduos podemos declarar a existência

de uma relação. A interação pode ocorrer pela combinação de um episódio verbal com um

episódio de coerção que são classificados como sociais. Nesta relação de interação social

ocorre o reforço mútuo.

Os conceitos discutidos e trabalhados neste capítulo serão essenciais para a

compreensão da discussão que segue nos próximos capítulos.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Analisar os efeitos de procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para

redução de comportamentos de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao

professor e implementação de um guia de intervenção.

3.2 Objetivos Específicos

Verificar os indicadores comportamentais de desatenção e hiperatividade dos

participantes por meio do relato de pais e professores;

Treinar e orientar o professor na aplicação da intervenção com o guia para manejo

comportamental;

Verificar a frequência de implementação dos procedimentos de intervenção e

identificar as principais dificuldades relatadas pelos professores;

Avaliar os resultados da intervenção com o guia de manejo comportamental

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4 MÉTODO

4.1 Participantes

Tomaram parte nesse estudo 78 alunos com idade entre 6 e 12 anos, meninos e

meninas cursando o segundo e o quarto ano do ensino fundamental I de um Centro de

Educação Integral (CEI) da Prefeitura de Curitiba/PR. Participaram também os responsáveis

legais por esses alunos e seus professores regentes da classe. Foram escolhidas duas classes

de segundo ano e duas classes de quarto ano. Em uma das classes, de cada ano, foi

implementado o guia de intervenção. A outra classe foi utilizada como grupo controle.

Como critérios de inclusão, apenas a concordância dos pais em que os filhos

participantes da pesquisa e como critério de exclusão o relato de deficiência intelectual ou da

presença de diagnóstico de outros transtornos do neurodesenvolvimento como Transtorno do

Espectro do Autismo (TEA).

Os pais/responsáveis que não devolveram as solicitações de participação ou não

autorizaram a participação de seu responsabilizado na pesquisa, foram informados que a

pesquisa ocorreria em ambiente de sala de aula abrangendo todos os alunos, mas que os seus

responsabilizados não teriam os seus dados coletados e nem analisados.

4.2 Aspectos éticos

Todos os procedimentos metodológicos aqui descritos foram submetidos e aprovados

pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da Universidade Presbiteriana

Mackenzie (Processo nº 1169/09/2009 e CAAE nº 0067.0.272.000-09).

4.3 Instrumentos

4.3.1 Instrumentos para caracterização do perfil comportamental

Os instrumentos de avaliação comportamental têm por objetivo delinear um perfil

dos comportamentos frequentemente emitidos pela criança, adolescentes e adultos em suas

relações sociais, atividades diárias e problemas emocionais.

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O Sistema de Avaliação Baseado em Evidência de Achenbach – ASEBA

(ACHENBACH; RESCORLA, 2010; 2001) é um sistema integrado de avaliação composto

por um conjunto de escalas construídas por Thomas M. Achenbach na década de 1960 para

averiguar a competência social e problemas de comportamento ocorridos com as crianças e

adolescentes nos últimos seis meses (PESCE, 2009). Os instrumentos utilizados neste estudo

são o Inventário de comportamentos para crianças e adolescentes 6-18 (CBCL/6-18),

preenchido por pai/mãe/responsável e Inventário de comportamentos para crianças e

adolescentes 6-18 (TRF/6-18), preenchido por professor (BORDIN et al., 2013).

O ASEBA tem sido objeto de estudo desde 1991 pelo Departamento de Psicologia

Clínica do Instituto de Psicologia da USP e Instituto de Psiquiatria da UNIFESP. Na busca da

validação dos inventários ASEBA foram realizados vários estudos em vários países. Os

inventários CBCL/6-18 e TRF/6-18 foram validados e adaptados para a cultural brasileira.

Rocha (2012) apresenta uma necessidade de conhecimento de estudos anteriores para a

condição de confiança para a aplicação dos inventários devido ao contexto cultural, isto para

poder-se apropriar de uma análise qualitativa mais substancial (ACHENBACH; RESCORLA,

2010; 2001).

Os inventários CBCL/6-18 e o TRF/6-18 são divididos em duas partes. Na primeira

parte do inventário existe uma diferença entre eles. No CBCL/6-18 está o Perfil da Escala

Total de Competências. No TRF/6-18 está o Perfil da Escala do Funcionamento Adaptativo.

Ambos expõem a competência social e escolar da criança e/ou adolescente ao serem

comparados a outros da mesma faixa etária. Algumas perguntas classificam o indivíduo,

qualificando-o “abaixo da média”, “na média” ou “acima da média” (ACHENBACH;

RESCORLA, 2010; 2001).

A segunda parte do inventário possui um procedimento comum para ambos. Nela o

pai/mãe/responsável ou professor preenche questões atribuindo respostas pensadas nos

últimos seis meses. O respondente deve marcar as perguntas com 0 (zero) se o mesmo não é

verdadeira, 1 (um) se é um pouco verdadeira ou algumas vezes verdadeira, e 2 (dois) se é

muito verdadeira ou frequentemente verdadeira (ACHENBACH; RESCORLA, 2010; 2001).

O tempo necessário para completar os formulários em idade escolar ASEBA varia de

acordo com o nível de escolaridade do informante (compreensão das questões) e da gravidade

dos problemas de saúde mental infantil (quanto maior o número de sintomas leva mais tempo

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para preencher o formulário). Em geral a respondente leva entre 10 a 20 minutos para concluir

suas observações referente o comportamento da criança ou adolescente (BORDIN et al.,

2013). As respostas dos instrumentos fornecem medidas padronizadas para identificar

problemas emocionais, comportamentais e de competências. Os escores obtidos permitem

identificar três perfis comportamentais: Escala Total de Competências ou Escala do

Funcionamento Adaptativo, Escalas das Síndromes e Escalas Orientadas pelo DSM

(ACHENBACH; RESCORLA, 2010; 2001).

Quadro 1 - Descrição das Escalas de avaliação do CBCL/6-18 e TRF/6-18

Inventário Escala Descrição

CBCL/6-18 Competências Competência em Atividade, Competência Social e

Competência Escolar.

TRF/6-18 Funcionamento

Adaptativo

Envolve escores referentes à percepção do professor ao

desempenho acadêmico do aluno, empenho nas

atividades, o quanto ela consegue aprender e o quão feliz

ela se sente.

CBCL/6-18

TRF/6-18

Síndromes

Envolve os Problemas de Comportamento Internalizantes:

Ansiedade/Depressão, Isolamento/ Depressão, Queixas

Somáticas. Problemas de comportamento Externalizantes:

Violação de Regras e Comportamento Agressivo.

Problemas Totais: Problemas de comportamento

Internalizantes e Externalizantes, Problemas de

Sociabilidade, Problemas de Pensamento e Problemas de

Atenção.

Orientadas pelo

DSM

Envolve Problemas Afetivos, Problema de Ansiedade,

Problemas Somáticos, Problemas de Déficit de Atenção e

Hiperatividade, Problemas de Oposição e Desafio e

Problemas de Conduta.

Outras Envolve Ritmo Cognitivo Lento, Problemas Obsessivo-

Compulsivo, Problemas de Estresse Pós-Traumático.

A avaliação das pontuações brutas do CBCL/6-18 e TRF/6-18 são realizadas a partir

da conversão dos os dados são convertidos para pontuações ponderadas (escores T). O escore

T é distribuído em três faixas, que variam entre ausência de problemas (normalidade),

problemas limítrofes e problemas considerados clínicos. Sua avaliação pode ser realizada nos

seguintes parâmetros (ACHENBACH e RESCORLA, 2010; 2001):

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Quadro 2 - Avaliação de pontuação ponderadas (T-score) do CBCL/6-18 e TRF/6-18

Escala Faixa Escore

Síndromes

Orientadas pelo DSM

Normal > 65

Limítrofe 65 a 69

Clinica ≥ 70

Competências

Normal ≥ 35

Limítrofe 30 a 35

Clinica > 30

Os inventários foram analisados e registrados no programa de computador

Assessment Data Manager 7.2 (ADM) - software de pontuação versão sete. Este programa

permite a comparação das respostas dos diferentes informantes e a correlação das respostas

dos dois inventários. Os dados geram perfis comportamentais que podem ser comparados com

escores de amostras normativas, em função de idade e sexo (ACHENBACH; RESCORLA,

2010; 2001). O programa permite o usuário visualizar e imprimir a competência social e os

perfis de comportamento para os dois instrumentos separadamente. O programa fornece

também gráficos da comparação entre os dois informantes (BORDIN et al., 2013).

Os instrumentos procuram aprofundar-se na compreensão da competência social, no

funcionamento adaptativo e no perfil comportamental da criança. Os pais (CBCL/6-18) e

professores (TRF/6-18) podem fornecer informações sobre repetência e a condição da criança

ou adolescente ser assistido em classe especial ou escola especial. Os professores (TRF/6-18)

podem fornecer informações sobre seu contato com a criança ou adolescente no contexto

escolar antes de responderem informações sobre o aluno. Perguntas sobre o número de meses

em que estão em contato com o aluno, bem como o tempo de convivência em que passa em

sala de aula e também perguntas específicas sobre o funcionamento adaptativo (BORDIN et

al., 2013).

Quanto ao perfil comportamental, no CBCL/6-18 os pais/responsáveis podem avaliar

alguns comportamentos que predominam no ambiente familiar, como, por exemplo,

desobediência em casa ou se dorme menos do que a maioria das crianças ou adolescentes. No

TRF/6-18 os professores podem avaliar os comportamentos específicos para o ambiente

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escolar, como, por exemplo, se o aluno perturba outros alunos, se quebra as regras, se tem

dificuldade de aprendizagem e se dorme durante a aula (BORDIN et al., 2013).

4.3.1.1 Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 06 e 18 anos

(CBCL-6/18) - Child Behavior Checklist For Ages 6-18.

O CBCL/6-18 é um dos inventários de comportamento mais mencionados na

literatura mundial, foi traduzido para mais de 30 idiomas devido ao seu rigor metodológico

com que foi elaborado e por seu valor em pesquisa e utilidade na prática clínica (PESCE,

2009). O inventário é dividido em perguntas abertas e perguntas fechadas. A primeira parte é

composta por sete questões abertas com o intuito de investigar doenças, deficiências,

desempenho escolar e relatos das preocupações dos pais sobre seus filhos. O

pai/mãe/responsável é convidado a preencher o inventário de acordo com seu ponto de vista

sobre o comportamento de seu filho(a). As questões referem-se à competência social, contém

três escalas a serem analisadas: primeiro se refere à escala de atividade, avalia a quantidade e

qualidade da participação da criança em esportes, hobbies, atividades, jogos, tarefas e

afazeres. A segunda se refere à escala social, avalia a integração e participação da criança em

grupos sociais. E a terceira se refere à escala escolar, avalia o desempenho escolar da criança,

incluindo situação de recuperação ou repetência e a presença ou ausência de problemas

escolares. A segunda parte é comporta por 113 perguntas fechadas, na qual o

pai/mãe/responsável encontrará uma lista de afirmações que descrevem crianças e

adolescentes e será convidado a identificar problemas de comportamento (ACHENBACH;

RESCORLA, 2010; 2001).

Ao aplicar o CBCL/6-18 a uma amostra heterogênea, incluindo baixa escolaridade

dos pais/responsáveis, os inventários devem ser administrados por entrevistadores treinados e

uma cópia do formulário deve ser dada ao entrevistado para que ele/ela possa seguir as

perguntas feitas. Auto relato é um método adequado para os informantes que tenham

concluído a educação básica. O CBCL/6-18 deve ser respondido pelos pais biológicos ou

responsáveis, ou cuidadores que conhecem bem a criança ou adolescente, de preferência que

tenham convivido com ele pelo menos nos últimos seis meses (BORDIN et al., 2013).

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4.3.1.2 Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes entre 06 e 18 anos

(TRF/6-18) - Teacher’s Report Form for Ages 6-18.

O TRF6/18 é respondido pelo professor. Esse inventário possui os mesmos itens do

CBCL/6-18 referentes às escalas das síndromes de problemas de comportamento, escala total

de competências e escalas orientadas pelo DSM. Porém, inclui escala do funcionamento

adaptativo específico para o contexto escolar. Essa escala avalia o desempenho acadêmico e

as características adaptativas do comportamento do aluno a partir do relato do professor

(ACHENBACH e RESCORLA, 2010; 2001).

Ao administrar o TRF/6-18 no Brasil, o método mais utilizado é a auto administração

já que os professores de todas as regiões brasileiras já completaram o primeiro grau. Os

entrevistados devem conhecer bem a criança e ou adolescente, de preferência ter contato

próximo com o aluno pelo menos nos últimos dois meses (BORDIN et al., 2013).

4.3.2 Guia de Orientação para Manejo Comportamental de Crianças e Adolescentes com

sinais de Desatenção e Hiperatividade (ARAÚJO, 2012) (ANEXO 1);

O Guia de orientação para manejo comportamental de crianças e adolescentes com

sinais de desatenção e hiperatividade foi produzido por Araújo (2012) e apresentado como

tese de doutorado no programa de pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da

Universidade Presbiteriana Mackenzie. O guia tem por objetivo desenvolver, implementar e

avaliar o efeito de procedimentos de manejo comportamental no processo de aprendizagem de

alunos caracterizados com TDAH.

A elaboração do guia tem sua base teórica na Análise do Comportamento com

estratégia de controle de estímulos e reforçadores. Sua construção e implementação foi

realizada com um grupo de oito crianças com diagnóstico de TDAH, divididos em grupo

experimental e grupo controle O resultado apresentou que a aplicação do Guia se mostrou

viável e eficaz no manejo de diversos comportamentos relacionados à desatenção e à

hiperatividade, assim como de outros problemas de comportamento comumente associados ao

TDAH.

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45

A implementação do guia seguiu alguns procedimentos importantes. O primeiro é o

preenchimento do Protoloco de Observação (PO) pelo professor (ANEXO 2). O PO foi

elaborado por Araújo (2012) a partir de padrões comportamentais típicos de crianças e

adolescentes com TDAH, conforme a descrição de características clinica do DSM- IV TR

(APA, 2002) e a Escala de Transtorno de Déficit de Atenção e/ou Hiperatividade: Versão de

Professores (BENCZIK, 2011). Os princípios básicos da análise do comportamento foram

utilizados para desenhar a topografia dos comportamentos em sala e agrupá-los. Isso foi

possível através da observação direta dos alunos realizada por Araújo (2012).

No caso específico desse trabalho, o PO foi preenchido para cada aluno da sala de

aula. Seu preenchimento foi realizado em quatro momentos: No inicio da implementação das

estratégias de intervenção; na última semana antes do recesso/férias escolares; duas semanas

após o retorno recesso/férias escolares para verificar se houve variação do comportamento

neste intervalo; e na última semana implementação das estratégias de intervenção.

O segundo passo foi o treinamento e a orientação do professor quanto à

operacionalização e estratégias de intervenção do guia. A construção da proposta de

intervenção tem sua formação de acordo com o corpo teórico da análise aplicada do

comportamento, especialmente baseadas nas técnicas de reforço e modelagem. São

estabelecidas 16 ações agrupadas em quatro estratégias: Controle de Estímulos (CE) -

Predomínio do controle do comportamento pelos estímulos antecedentes; Reforço (Rf) -

Predomínio do controle do comportamento pelo uso de reforçadores positivos para

comportamentos adequados e Controle de estímulos por reforçamento (CERf) - Predomínio

do controle do comportamento mediante manejo de antecedentes e reforçadores positivos para

comportamento adequados.

O acompanhamento dessas estratégias de intervenção foi realizado através de um

Checklist (ANEXO 3). O Checklist foi preenchido pelo professor semanalmente e descreve o

seu desenvolvimento de implementação das ações junto à sala de aula. O checklist possui as

16 ações/operacionalização que devem ser implementadas, onde o professor caracteriza a sua

frequência de utilização como: nunca ou raramente; algumas vezes; e muitas vezes.

O terceiro passo foi o acompanhamento do professor por meio de conversas

semanais. Esse momento, que durava cerca de 45 minutos, permitia com que o professor

tirasse suas dúvidas, compartilhasse suas ações de implementação em sala de aula e fosse, por

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46

vezes, um apoio psicológico ao professor. No primeiro mês a conversa foi semanal e na

sequência quinzenalmente. Esse acompanhamento ao professor forneceu dados qualitativos da

implementação do guia.

4.3.3. Instrumento de Apoio

4.3.3.1 Carta de Informação aos Responsáveis (ANEXO 4)

Carta informativa, entregue aos pais/responsáveis, descrevendo as intenções da

pesquisa, os procedimentos que seriam tomados, os testes que seriam aplicados, as condições

éticas estabelecidas e convidando a participar do projeto. Esta carta foi entregue a todos os

pais que tinham alunos que estudavam nas turmas selecionadas para a pesquisa.

4.3.3.2 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE (ANEXO 5)

O TCLE foi entregue apenas aos pais/responsáveis que apresentaram retorno

favorável a participação da pesquisa. Nele estavam transcritos a ordem e desenvolvimento a

pesquisa bem como a atribuição ao pesquisador das questões éticas da pesquisa.

4.3.3.3 Questionário Socioeconômico (ANEXO 6)

O questionário teve por objetivo investigar a constituição familiar, antecedentes

pessoais e familiares, classificação socioeconômica, histórico da gestação e parto,

antecedentes escolares, uso de medicação e tratamentos já realizados. Ele também teve como

objetivo verificar o conhecimento dos pais/responsáveis sobre a presença de sinais de

desatenção e hiperatividade em seus filhos.

4.4 Procedimentos

4.4.1 Caracterização do local de pesquisa

A cidade de Curitiba foi reconhecida no Brasil na década de 80 e 90 pela sua condição

de organização, desenvolvimento humano e investimento em infraestrutura básica. Segundo o

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47

IBGE (IBGE, 2014) em seu censo de 2012, a cidade de Curitiba registrou 234.215 matriculas

no ensino fundamental I. A cidade de Curitiba possui 215 instituições municipais de ensino

fundamental (PARANÁ, 2014). Destas 36 são escolas de tempo integral denominada de

Centro de Educação Integrada (CEI).

No último IDEB a rede municipal de ensino obteve média de 5, 9 quando sua meta

proposta pelo ministério da educação era de 5,7. Analisando os índices de 2005 (4,7) até 2013

observamos um crescimento de 25%. Todavia a meta a ser alcançada para 2021 é de 6,7. A

escola participante da pesquisa possui índice IDEB crescente de 2005 (5,2) a 2013 (6,0).

Todavia encontra-se abaixo da meta estabelecida que em 2005 foi de 5,3 e em 2013 foi de 6,2.

A meta estabelecida para 2021 é de 7,1. (INEP, 2014)

Os CEI são escolas com infraestruturas especificas. Planejadas para acolher em média

500 alunos em tempo integral. Os alunos ficam na escola das 08:00h às 17:00h. O quadro

horário dos alunos no CEI são divididos por turno e contra turno. Os alunos cursam as

disciplinas do currículo escolar no turno e no contra turno participam de atividades lúdicas, de

reforço escolar, educação física e musical. As escolas são preparadas para dispor de um

conforto mínimo as crianças. Os CEI possuem refeitório, onde são realizadas três refeições,

quadra poliesportiva, bibliotecas, denominadas de farol do saber, salas de aula e prédio anexo

onde ficam as atividades do contra turno (CURITIBA, 2014).

Os CEI são compostos por uma direção, administração, apoio pedagógico, corpo

docente, corpo de apoio. Os alunos são observados continuamente por uma equipe de

inspetores que atuam fora da sala de aula.

4.4.2 Ações para a pesquisa

Foi realizado um contato com a direção do CEI para verificar a disponibilidade da

Escola em participar da pesquisa. A direção após ouvir a descrição da pesquisa mostrou-se

interessada em virtude de muitos fatores, entre eles a falta de treinamentos e cursos de

qualificação para o cuidado e trabalho com crianças com dificuldades na Escola.

Com o parecer favorável da direção do CEI foram mantidos contatos com a Secretaria

Municipal de Educação da Prefeitura Municipal de Curitiba (SME), para que autorizasse a

realização da Pesquisa. A SME através da sua divisão de pesquisa prontificou-se em liberar a

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48

autorização condicionando apenas que ao término da pesquisa, a dissertação fosse entregue

em mídia para que fosse disponibilizada para pesquisa na biblioteca da SME.

O projeto de pesquisa foi anexado como um adendo à pesquisa “Manejo

comportamental pelo professor no contexto de sala de aula de alunos identificados com

TDAH: desenvolvimento, implementação e avaliação de guia de intervenção” (ARAÚJO,

2012), através de carta enviada ao Comitê de Ética em Pesquisa da UPM a qual o projeto

havia sido submetido. Assim, todos os procedimentos metodológicos aqui descritos foram

submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos da

Universidade Presbiteriana Mackenzie (Processo nº 1169/09/2009 e CAAE nº

0067.0.272.000-09).

A direção do CEI foi comunicada da autorização da SME e da concordância do

Comitê de Ética da UPM. Foi marcada uma reunião com a equipe técnica do CEI, onde

estavam presentes a diretora, a vice-diretora, a coordenadora, as três professoras do 2º ano, as

duas professoras do 4º ano e as psicopedagogas responsáveis pelas turmas. Foi explanado o

projeto, as condições de execução e as condições éticas da pesquisa. Após a explanação a

diretora apresentou o parecer favorável da SME e da direção, e solicitou que os interessados

em participar da pesquisa se apresentassem. Todas as professoras do 2º e 4º ano aceitaram

participar da pesquisa. Diante das condições de que havia quatro turmas, de cada ano, para

participar da pesquisa foi realizado um sorteio onde foram sorteadas as turmas participantes e

a sua condição na pesquisa. O sorteio revelou uma turma do 2º ano e o do 4º para o Grupo

Controle (GC) e outra turma do 2º ano e do 4º ano para o Grupo Experimental (GE).

Os alunos participantes foram divididos em dois grupos: experimental (GE) e controle

(GC). Cada grupo era composto por uma turma de 2º ano e uma de 4º ano.

Tabela 1 - Quantitativo das turmas participantes do CEI

Turma Alunos Total Participantes Total Perdas

Experimental 2º ano 30

65 13

33 04

4º ano 35 20 04

Controle 2º ano 30

59 16

31 02

4º ano 29 15 04

Total 124 64 64 14

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49

Os pais dos alunos foram convidados para uma reunião no CEI, na primeira semana de

aula do ano letivo, que faz parte do calendário da escola. Foi apresentada a pesquisa e

entregue, aos pais/responsáveis presentes, a carta explicativa da pesquisa e os seus

procedimentos. No anexo da carta foi entregue uma solicitação de participação, que deveria

ser devolvida ao professor por intermédio do aluno. Aos pais/responsáveis não presentes a

reunião, foi enviada a mesma carta e o anexo por intermédio dos alunos. Aos

pais/responsáveis que devolveram a autorização foram lhe enviadas o TCLE e o CBCL/6-18,

e solicitado à devolução com data marcada.

Os professores receberam, na primeira semana do ano letivo, orientações sobre os

procedimentos da pesquisa e suas devidas participações. Foi apresentado aos professores o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) que foi devidamente assinado. Na

primeira semana do segundo mês do ano letivo receberam treinamento e o preencheram o

TRF/6-18 para todos os alunos pertencentes a sua turma e o qual os seus pais/responsáveis

havia autorizado participação na pesquisa. O CBCL/6-18 e TRF/6-18 foram reaplicados após

vinte e quatro semanas de implementação do manejo comportamental

Os PO foram preenchidos pelos professores em quatro momentos. Na primeira e 28ª

semana de intervenção. Foram preenchidas também na 12ª e 14ª semana de intervenção, em

virtude do período recesso da copa do mundo e das férias de meio de ano. Os professores do

GE receberam sessões de conversa de 45 min, durante as semanas de intervenção. No

primeiro mês o acompanhamento foi semanal. Nos meses seguintes passaram a ser

quinzenais. Nestes encontros foram realizadas momentos de conversa para suporte e

verificação da utilização das estratégias contidas no guia de manejo comportamental.

A amostra escolhida continha 124 alunos. Destes, dois pais/responsáveis não

autorizaram a participação na pesquisa. 78 pais/responsáveis que devolveram o primeiro

CBCL/6-18. No decorrer da pesquisa houve 14 perdas amostrais, sendo 10 por transferência

de escola, 01 por mudança de sala, 01 por solicitação da mãe, 03 por não devolverem o 2º

CBCL/6-18.

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50

Gráfico 1 - Demonstrativo da amostra do CEI

Os pais/responsáveis dos 78 alunos que começaram a pesquisa responderam ao

Questionário socioeconômico (anexo VI). Os gráficos a seguir, apresentam os dados coletados

no questionário socioeconômico. Embora não seja objeto principal da pesquisa, essas

informações nos ajudam a elucidar questões pertinentes a condição circuncidante de cada

participante.

O período de gestação apresenta uma condição de maior incidência do tempo esperado

que é de 9 meses. Todavia a condição de prematuridade esta presente em 10,12% da amostra.

Outro fator importante percebido foi o fato da maioria dos partos serem cesáreos (51,3%).

Gráfico 2 - Condição de período de gestação e parto.

49%

11%

40%

Amostra dos alunos de 2º e 4º ano

Participantes Perdas Não participantes

3,8 6,4

85,9

1,3 0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

7 8 9 10

%

Meses

Período de Gestação

43,6

51,3

3,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Normal Cesáreo Fórceps

%

Condição do Parto

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Observando o desenvolvimento das crianças foi verificado que 12,8% da amostra

apresentaram ou apresentam alguma doença considera como grave ou que acompanha a

criança durante o seu desenvolvimento. Dentro da amostra observou-se uma correspondência

com o número de crianças que usam algum tipo de medicação de uso continuo (11,5%).

Gráfico 3 – Apresentação de doença e uso de medicação.

O ambiente familiar é abordado na literatura como um dos elementos que podem ser

favoráveis ou desfavoráveis a condição de TDAH. Neste estudo foi observado que a condição

de renda familiar de no máximo 2 salários mínimos foi apresentada em 51,3% da amostra.

Quando a análise é relação dos pais obtêm a condição de 50% dos pais vivem uma relação a

dois e que 37,2% das crianças vivem apenas com a mãe.

83,3

12,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Não Sim

%

Diagnóstico de Doença

83,3

11,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Não Sim

%

Uso de medicação continua

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Gráfico 4 - Condição social e familiar da amostra geral

A relação dos pais/responsáveis com a escola foi apresentada como uma atividade

exercida em 60,3% pela mãe, considerando que 16,7% da amostra é realizada pelos pais.

Como a escola possui uma condição onde a reprovação ou retenção do aluno na série só é

possível após o caso ser avaliado, devido as condições estabelecidas pela SME, temos que

6,4% da amostra já receberam o parecer favorável a retenção.

9,0

42,3

35,9

10,3

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

1 2 3-5 >5

%

Salário

Renda familiar

30,8

19,2

37,2

10,3

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

40,0

Casados Vivem Juntos

Separados Outros

%

Situação dos pais

50,0

1,3

37,2

3,8 5,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Pais Pai Mãe Avós Outros

%

A criança mora

26,9

3,8

53,8

6,4 5,1

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Pais Pai Mãe Avós Outros

%

Quem passa mais tempo com a criança

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Gráfico 5 - Condição escolar e relacionamento com a escola

O conhecimento a respeito das condições físicas, mentais, saúde e social da criança

são fundamentais para traçar-se uma orientação sobre como trabalhar com os pais a respeito

de seus filhos. Aos pais da amostra foram perguntados se percebiam ou tinham um

posicionamento a respeito do comportamento dos seus filhos/responsáveis quanto a condição

de hiperatividade e de desatenção. 35,9% dos pais acreditam ou tem dúvidas da condição de

desatenção de seus filhos, enquanto que quanto 43,6% apresentação a mesma relação quanto a

condição de hiperatividade.

Gráfico 6 - Percepção dos pais/responsáveis sobre a criança

16,7 11,5

60,3

3,8 3,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Pais Pai Mãe Avós Outros

%

Quem comparece a escola

89,7

6,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

Não Sim

%

Repetência escolar

64,1

24,4

11,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Não Sim Talvez

%

Desatento

55,1

30,8

12,8

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Não Sim Talvez

%

Hiperativo

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Os dados apresentados não são o centro da discussão deste trabalho. Todavia uma

atenção a eles, em comparação ao conjunto da pesquisa, pode apresentar indicativos que nos

levem a conhecer razões, causas e efeitos na intensificação de sinais de desatenção e

hiperatividade, quando verificado o contexto social da amostra.

4.5 Análise dos Dados

Os dados foram analisados comparando-se os instrumentos na situação de pré-

avaliação (antes da implementação a ser realizada) com os dados da avaliação pós

intervenção. Foram comparadas as médias dos índices do CBCL e do TRF antes e após a

intervenção para cada aluno de ambos os grupos experimental e controle. Foi verificada

também, para esses índices, a frequência de redução para cada participante e assim estabelecer

uma medida da eficácia da implementação do guia de intervenção. Os dados dos encontros

para suporte ao professor para implementação do guia de intervenção foram descritos de

modo qualitativo.

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55

5 RESULTADOS

Os resultados serão apresentados obedecendo a sequência de ações. Primeiramente

serão apresentados os resultados das avaliações pré-intervenção em comparação com os pós-

intervenção dos inventários de comportamento (CBCL/6-18 e TRF/6-18) utilizando a Escala

de Síndromes dos inventários. Serão ainda apresentados os resultados comparativos dos níveis

de atenção e hiperatividade da sub escala de problemas de atenção do TRF. Em sequência,

serão descritos os resultados do treino e utilização do guia pelo professor, por meio da análise

do checklist. Após isso serão apresentados os resultados da implementação do guia, por meio

da apresentação das quatro verificações realizadas pelo professor usando o protocolo de

avaliação.

É importante relembrar a distribuição da amostra. São duas turmas de segundo ano e

duas de quarto ano, divididas em grupo experimental (GE) e grupo controle (GC). As turmas

do grupo experimental foram as que tiveram suas professoras treinadas a partir das

orientações apresentadas no Guia. A apresentação dos resultados trará sempre os grupos como

experimental e controle, e as turmas em separadas.

5.1 Inventários do comportamento

Os inventários CBCL/6-18 e TRF/6-18 possuem uma escala denominada de Síndrome

de Problemas de Comportamento. Esta escala apresenta sete classes: Ansiedade/Depressão

(AD), Isolamento/Depressão (ID), Queixas Somáticas (QS), Problemas de Sociabilidade (PS),

Problemas com o Pensamento (PP), Problemas de Atenção (PA), Violação de Regras (VR)e

Comportamento Agressivo (CA). O CBCL/6-18 e TRF/6-18 foram aplicados e reaplicados em

um intervalo de 24 semanas de intervenção e/ou 28 semanas de tempo corrido (7 meses).

Devido a condição de pré e pós intervenção, os itens foram avaliados segundo a sua

apresentação quanto ao aumento (A), manutenção (M) e Redução (R) dos percentual dos

índices de cada item da escala de síndrome.

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56

5.1.1 CBCL/6-18

Os grupos foram comparados entre si na condição de pré e pós intervenção. O GE

apresentou uma condição de índices de redução mais expressivos, em relação ao índice de

aumento, nas escalas de Ansiedade e Depressão (AD), Queixas Somáticas (QS), Problemas de

Sociabilidade (PS), Problemas com Pensamento (PP), Problemas de Atenção (PA) e

Comportamento Agressivo (CA). Em ID o índice maior foi de aumento, enquanto que PP e

VR a manutenção dos comportamentos foram mais indicada (Tabela 2). No GC a

apresentação de maior índice de redução, em relação ao índice de aumento, nas escalas de

Ansiedade e Depressão (AD), Isolamento e Depressão (ID), Queixas Somáticas (QS),

Problemas de Sociabilidade (PS), Problemas com Pensamento (PP), Problemas de Atenção

(PA), Violação de Regras (VR) e Comportamento Agressivo (CA). Todavia a manutenção

dos índices apresentou-se maior em ID, QS, PP, VR e CA (Tabela 3).

Quando a comparação é feita entre turmas, apresenta-se que o 2º ano GE apresentou

uma condição de índices de redução mais expressivos, em relação ao índice de aumento, em

AD, ID, QS, PP e PA. Em VR o índice maior foi de aumento, enquanto que CA houve

igualdade entre o índice de aumento e redução (Tabela 4). No 2º ano GC a apresentação de

maior índice de redução, em relação ao índice de aumento, ocorreu em AD, PA, VR e CA.

Em QS o índice maior foi de aumento, enquanto que em ID, PS e PP houve igualdade entre o

índice de aumento e redução. Todavia em ID, QS, PP, VR e CA o índice maior foi de

manutenção (Tabela 5).

Comparando os dados do 4º ano GE apresentou uma condição de índices maiores de

redução, em relação ao índice de aumento, em AD, QS, OS, PP, PA, VR e CA. Em ID o

índice maior foi de aumento, enquanto que em ID, PP, VR e CA o índice maior foi de

manutenção (Tabela 6). No 4º ano GC a apresentação de maior índice de redução, em relação

ao índice de aumento, ocorreu em ID, QS, OS e PA. Em ID, VR e CA o índice maior foi de

aumento, enquanto que em QS, PP e VR o índice maior foi de manutenção (Tabela 7).

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57

Tabela 2 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no

grupo experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

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mas

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Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 9 10 17 13 12 11 1 15 20 7 10 19 7 14 15 11 8 17 10 14 12 9 12 15

% 25 28 47 36 33 31 3 42 56 19 28 53 19 39 42 31 22 47 28 39 33 25 33 42

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

Tabela 3 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no

grupo controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 8 7 13 7 13 8 8 10 10 10 5 13 6 13 9 6 6 16 5 15 8 7 11 10

% 29 25 46 25 46 29 29 36 36 36 18 46 21 46 32 21 21 57 18 54 29 25 39 36 Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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58

Tabela 4 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 2º

ano experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idad

e

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 5 2 9 6 3 7 2 5 9 4 1 11 3 4 9 4 1 11 7 3 6 7 2 7

% 31 13 56 38 19 44 13 31 56 25 6 69 19 25 56 25 6 69 44 19 38 44 13 44

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

Tabela 5 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 2º

ano controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

ma

s

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 1 5 7 2 9 2 5 5 3 5 3 5 4 5 4 2 4 7 1 7 5 1 7 5

% 8 38 54 15 69 15 38 38 23 38 23 38 31 38 31 15 31 54 8 54 38 8 54 38

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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59

Tabela 6 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 4º

ano experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

ma

s

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 4 7 9 7 9 4 0 9 11 3 8 9 4 9 7 6 6 8 3 10 7 2 9 9

% 20 35 45 35 45 20 0 45 55 15 40 45 20 45 35 30 30 40 15 50 35 10 45 45

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

Tabela 7 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no CBCL/6-18 no 4º

ano controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 7 3 5 5 4 6 4 6 5 6 2 7 3 7 5 3 3 9 4 8 3 6 4 5

% 47 20 33 33 27 40 27 40 33 40 13 47 20 47 33 20 20 60 27 53 20 40 27 33

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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60

5.1.2 TRF/6-18

Os grupos foram comparados entre si na condição de pré e pós intervenção. O GE

apresentou uma condição de índices maiores de redução, em relação ao índice de aumento,

em AD, ID, QS, PS, PP, PA, VR e CA. Em QS, PS, PP, PA e VR a manutenção dos

comportamento foi mais indicada (Tabela 8). No GC a apresentação de maior índice de

redução, em relação ao índice de aumento, ocorreu em AD, ID, QS, PS, PA e VR. Em PP o

índice maior foi de aumento, enquanto que a manutenção dos índices apresentou-se maior em

ID, QS, PP, PA, VR e CA (Tabela 9).

Quando a comparação é feita entre turmas, apresenta-se que o 2º ano GE apresentou

uma condição de índices maiores de redução, em relação ao índice de aumento, em AD, ID,

QS, PS, PA, VR e CA. Em ID, QS e PP a manutenção dos índices apresentou-se maior

(Tabela 10). No 2º ano GC a apresentação de maior índice de redução, em relação ao índice

de aumento, ocorreu em AD, PS e PA. Em PP, VR e CA o índice maior foi de aumento,

enquanto que em ID e QS houve igualdade entre o índice de aumento e redução. Todavia em

AD, ID, QS, PS, PP, PA, VR e CA o índice maior foi de manutenção (Tabela 11).

Comparando os dados, o 4º ano GE apresentou uma condição de índices maiores de

redução, em relação ao índice de aumento, em AD, ID, QS, PS, PA, VR e CA. Em PP o

índice maior foi de aumento, enquanto que em QS, PS, PP e PA o índice maior foi de

manutenção (Tabela 12). No 4º ano GC a apresentação de maior índice de redução, em

relação ao índice de aumento, ocorreu em AD, ID, QS, PS, PA, VR e CA. Em PP o índice

maior foi de aumento, enquanto que em ID, QS, PP, PA, VR e CA o índice maior foi de

manutenção (Tabela 13).

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61

Tabela 8 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 no grupo

experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 5 4 27 3 14 19 2 26 8 2 20 14 2 29 5 4 16 16 2 11 23 2 13 21

% 14 11 75 8 39 53 6 72 22 6 56 39 6 81 14 11 44 44 6 31 64 6 36 58

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

Tabela 9 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 no grupo

controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 2 11 15 2 20 6 2 23 3 1 12 15 2 26 0 2 19 7 3 21 4 4 20 4

% 7 39 54 7 71 21 7 82 11 4 43 54 7 93 0 7 68 25 11 75 14 14 71 14

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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62

Tabela 10 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 do 2º

ano experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 1 3 12 1 7 8 1 10 5 0 5 11 0 12 4 0 6 10 0 2 14 0 5 11

% 6 19 75 6 44 50 6 63 31 0 31 69 0 75 25 0 38 63 0 13 88 0 31 69

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

Tabela 11 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 no 2º

ano controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 1 10 2 1 11 1 1 11 1 0 11 2 1 12 0 1 7 5 1 12 0 3 9 1

% 8 77 15 8 85 8 8 85 8 0 85 15 8 92 0 8 54 38 8 92 0 23 69 8

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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63

Tabela 12 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 no 4º

ano experimental

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 4 1 15 2 6 12 1 16 3 2 15 3 2 17 1 4 10 6 2 8 10 2 8 10

% 20 5 75 10 30 60 5 80 15 10 75 15 10 85 5 20 50 30 10 40 50 10 40 50

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (D): Redução

Tabela 13 - Porcentagem dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento verificados no TRF/6-18 no 4º

ano controle

Am

ost

ra

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

ma

s

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R A M R

Qtd 1 0 14 1 9 5 1 12 2 1 0 14 1 14 0 1 11 3 2 9 4 1 11 3

% 7 0 93 7 60 33 7 80 13 7 0 93 7 93 0 7 73 20 13 60 27 7 73 20

Legenda: Comparação entre o pré o pós (A): aumento; (M): Manutenção e (R): Redução

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64

5.1.3 Comparação entre o CBCL/6-18 e o TRF/6-18

Os grupos foram comparados GE e GC na condição de pré e pós intervenção para

verificação de maior redução entre os inventários. Observando a amostra geral foi verificado

que o GE obteve maior redução em todos os itens, exceto no TRF do PS e no CBCL do PA.

Comparando os inventários observou-se que no GE o TRF teve maior redução nos itens,

exceto no ID, VR e CA. O GC teve maior redução no CBCL, exceto no AD e PS (Tabela 14).

Quando a comparação é feita entre turmas, apresenta-se que o 2º ano GE apresentou

maior redução em todos os itens em relação ao 2º GC, exceto no CBCL do VR onde houve

uma semelhança de redução. Observando o GC o maior índice de redução ocorreu no TRF,

exceto no PS onde houve uma semelhança de redução, e no QS, PP e PA onde apresentaram

maior redução no CBCL (Tabela 15).

Comparando os dados, o 4º ano GE apresentou uma redução em todos os itens do que

do 4º GC, exceto no CBCL do ID, PS, PA e no TRF do AD, PS. Quando observado por

turma, no 4º GC houve equivalência de redução nos itens, no CBCL reduziu no QS, PS, PP,

PA e no TRF reduziu os itens AD, PS e VR (Tabela 16).

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65

Tabela 14 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento

verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18 na amostra geral

part

icip

an

te

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

e

nto

Agre

ssiv

o

CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF

Exper 47 75 31 53 56 22 53 39 42 14 47 44 33 64 42 58

Controle 46 54 29 21 36 11 46 54 32 0 57 25 29 14 36 14

Tabela 15 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento

verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18 no 2º ano

part

icip

an

te

Esc

ala

An

sied

ad

e/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

ma

s

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

en

to A

gre

ssiv

o

CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF

Exper 56 75 44 50 56 31 69 69 56 25 69 63 38 88 44 69

Controle 54 15 15 8 23 8 31 15 31 0 54 38 38 0 38 8

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66

Tabela 16 - Porcentagem de redução na comparação dos escores ponderados (T) das Escalas/Síndromes de Problemas de Comportamento

verificados no CBC/6-18 e o TRF/6-18 no 4º ano

part

icip

an

te

Esc

ala

An

sied

ade/

Dep

ress

ão

Isola

men

to/

Dep

ress

ão

Qu

eixas

Som

áti

cas

Pro

ble

mas

de

Soci

abil

idade

Pro

ble

mas

com

o

Pen

sam

ento

Pro

ble

mas

de

Ate

nçã

o

Vio

laçã

o

de

Reg

ras

Com

port

am

ento

Agre

ssiv

o

CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF CBCL TRF

Exper 45 75 20 60 55 15 45 15 35 5 40 30 35 50 45 50

Controle 33 93 40 33 33 13 47 93 33 0 60 20 20 27 27 20

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67

5.1.4 Subescala de problemas de atenção do TRF/6-18

A subescala de problemas possui uma subclassificação com 26 comportamentos. 14

comportamentos pertencem categoria de desatenção e 12 pertencem a categoria de

hiperatividade e impulsividade. A obtenção dos valores que são transformados em

porcentagem de redução são obtidos pela total de escores bruto e seu percentil.

Comparando os GE e GC foi verificado que houve maior redução no índice de

desatenção (44,4%) e de hiperatividade e impulsividade (38,9%) no GE (Tabela 17). Quando

a comparação é entre os 2º GE e o 2º GC constatou-se houve maior redução no índice de

desatenção (50%) e de hiperatividade e impulsividade (37,5%) no 2º GE (Tabela 18). E por

último, quando comparados o 4º GE e o 4º GC verifica-se que houve maior redução no 4º GE

(40%), enquanto que na Hiperatividade e Impulsividade os escores foram iguais (40%), mas o

percentil de redução do 4º GC foi maior (40%) (Tabela 19).

Tabela 17 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental da Subescalas de Problemas de atenção verificados no TRF/6-18

Gru

po

Su

bes

cala

Desatenção Hiperatividade/

impulsividade

Escore total

Percentil Escore total

Percentil

Controle 28,6 25,0 28,6 28,6

Exper. 44,4 44,44 38,9 30,56

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68

Tabela 18 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental do 2 Ano da Subescalas de Problemas de atenção verificados no

TRF/6-18

Gru

po

Su

bes

cala

Desatenção Hiperatividade/

impulsividade

Escore total

Percentil Escore total

Percentil

Controle 23,1 23,08 15,4 15,38

Exper. 50,0 50,0 37,5 37,5

Tabela 19 - Porcentagem de redução na comparação dos escores totais e percentis entre grupo

controle e experimental do 4º Ano da Subescalas de Problemas de Atenção verificados no

TRF/6-18

Gru

po

Su

bes

cala

Desatenção Hiperatividade/

impulsividade

Escore total

Percentil Escore total

Percentil

Controle 33,3 26,7 40,0 40,0

Exper. 40,0 40,0 40,0 25,0

5.2 Implementação do Protocolo

5.2.1 Orientação ao professor

Os momentos de conversa com o professor foram marcados pela cordialidade e

participação. Os encontros inicialmente foram realizados semanalmente. Com o passar dos

dois primeiros meses começaram a ser quinzenalmente. Os dias escolhidos para a conversa de

orientação ocorreram sempre às quintas-feiras pela parte da tarde, durante o horário

disponível do professor. O tempo máximo da conversa era de 45 minutos.

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69

5.2.1.1 Professor 1 – 2º GE

O primeiro encontro de conversa foi marcado por muitas dúvidas. As colocações do

professor demonstravam uma certa resistência natural ao modelo comportamental em virtude

da sua linha pedagógica. No primeiro dialogo o professor apresentou sua visão sobre o

trabalho que estava sendo apresentado. Colocou-se favorável a sua participação e disposto a

seguir na caminhada.

A partir do segundo encontro foi apresentado o guia de manejo de forma clara. De

forma gradual foram sendo introduzidos os conceitos da análise do comportamento. O

professor apresentava uma relação de conhecimento do assunto em pauta, mas não

apresentava pouco relação de aplicabilidade.

Durante os encontros o professor demonstrava interesse em conhecer melhor as

técnicas que cercavam o guia bem como relacionar-se com as diferentes situações que

vivenciava em sala de aula. O momento de encontro passou então a ser um tempo de suporte

psicológico. Por diversos vezes os encontros deixavam um pouco a condição do guia de

manejo e tratavam da relação afetiva professor/aluno.

No decorrer dos encontros a descrição de progresso na sala de aula, principalmente

com os alunos, que o professor caracterizava como difíceis, passou a ser positiva. Por diversas

vezes o professor emocionou-se ao relatar o progresso desses alunos. Nos últimos encontros o

professor o professor demonstrava uma certa expectativa em poder conversar sobre a sua

classe.

5.2.1.2 Professor 2 – 4º GC

O professor apresentou-se muito interessado em participar. Muito eloquente, com uma

fala firme e uma resposta bem apresentada, o professor apresentou-se produzindo boas

expectativas no pesquisador. Todavia no primeiro encontro já verificado uma certa

dificuldade do professor com os itens do ckecklist. A dificuldade foi apresentada na

mensuração do controle do humor do professor. Foi percebido uma resistência do professor a

um programa diferente do que o ele fazia. Todavia ele apresentou-se favorável a nova

tecnologia.

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70

Foram gastas algumas conversas para mostrar e convencer o professor do beneficio

para ele da implementação do guia em sua sala de aula. Por muitas vezes o professor

apresentou a sua dificuldade com alguns alunos, mas de uma forma muito imediata

apresentava uma solução, plausível aos seus olhos, para solucionar os problemas. As técnica

apresentadas possuíam momentamente um bom feedback. Todavia quando da apresentação

do checklist haviam discrepâncias na implementação.

Após um mês de conversa, o diálogo começou a ficar confiável e o professor passou a

demonstrar interesse de conhecer e aprender o manejo. Todavia com o passar do terceiro mês

o professor começou a ter dificuldade de manter o encontro. Ficando até um mês sem ter

encontros. A ausência sempre tinham justificavas que referiam-se a condição de alguma

atividade extra escola ou uma liberação para tratar de assuntos particulares.

No segundo semestre as sessões passaram a ser mensais por motivos alheios a vontade

do pesquisar. Procurando sempre encontrar um tempo disponível do professor, foram

buscados encontros semanais na expectativa de encontrar esse tempo do professor. Os

momentos que foram disponíveis pelo professor, foram trabalhos de forma aplicada o lidar

com a sala de aula. O professor interagia muito bem. Demonstrava atenção às explanações,

mas não fazia perguntas sobre o assunto. Aproveita o tempo para elaborar o seu lidar com a

sala de aula e alguns alunos em particular.

Parte do tempo das conversas foram utilizadas para procurar de alguma forma

equalizar as suas questões internalizastes e o nível de estresses indicados por seu

comportamento. Os momentos de conversa com o professor foram marcados pela

cordialidade e participação. Os encontros inicialmente foram realizados semanalmente. Com

o passar dos dois primeiros meses começaram a ser quinzenalmente. Os dias escolhidos para a

conversa de orientação ocorreram sempre às quintas-feiras pela parte da tarde, durante o

horário disponível do professor. O tempo máximo da conversa era de 45 minutos.

5.2.2 Implementação pelo Checklist

O checklist é um elemento integrante do protocolo de manejo comportamental, onde

as ações implementadas pelo professor podem ser averiguadas a partir de uma visualização de

anotações semanais. Os professores do GE preencheram semanalmente o checklist totalizando

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71

28 checagens. É importante lembrar que a semana 13 encerra as atividades do 1º semestre

escolar, sendo seguida pelo recesso da copa do mundo e do recesso de férias escolares

totalizando 4 semanas. Após esse intervalo, reiniciam-se as atividades de implementação com

a semana 14 e encerrando as atividades na semana 28.

O checklist é integrado por 16 estratégias de manejo divdidas em 3 grupos. O grupo do

controle de estímulos (CE) com 12 estratégias, o grupo de reforçamento (Rf) com 3

estratégias e o grupo de controle de estímulos por reforçamento (CERf) com 1 estratégia.

Todas as estratégias recebiam uma mensuração de implementação, sendo 0(zero) não foi

implementado, 1(um) algumas vez e 2(dois) muitas vezes. A verificação semanal de

implementação produzia uma média de implementação.

O professor 1 (Tabela 20), quanto a média de implementação apresentou um inicio

com 66% de implementação. Essa média sofreu variações superiores chegando a condição de

100% de implementação na semana 13. Na semana 14 a média de implementação reduziu

para 84% e voltou a subir para 100% de implementação até a semana 18 onde estabilizou em

97% e manteve assim até a semana 28. A média geral de implementação alcançou 92%.

Nos itens relacionados ao checklist, o CE iniciou com 58% e apresentou crescimento

com variações até a semana 13 onde alcançou implementação de 100%. Na semana 14

apresentou redução para 79% mas na semana seguinte chegou a 100% de implementação até a

semana 18 onde apresentou 96% que manteve até a semana 28. A média do CE de

implementação alcançou 92%. Quanto ao Rf, iniciou com 83% e apresentou crescimento

com variações nos 100% até a semana 13. Na semana 14 manteve os 100% de implementação

até a semana 28. A média do Rf de implementação alcançou 92%. Quanto ao CERf a

implementação foi de 100% em todas as semanas.

O professor 2 (Tabela 21), quanto a média de implementação apresentou um inicio

com 72% de implementação. Essa média sofreu variações chegando a condição de 50% de

implementação na semana 8. Na semana 9 caiu para 38% de implementação quando começou

a subir alcançando 63% na semana 13. Na semana 14 registrou implementação de 63%

elevando-se para 81% e mantendo-se até semana 18 quando chegou a média mais alta de

84%. Na semana 19 reduziu para 63% e manteve-se até a semana 28. A média geral de

implementação alcançou 67%.

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Tabela 20 - Implementação do treino a partir de um checklist respondido pelo professor 1 Checklist: (0) Não foi implementada: Estratégia não utilizada nas aulas; (1) Algumas vezes: estratégia utilizada apenas em algumas aulas ou dias e (2) Muitas vezes:

Estratégia incorporada diariamente nas aulas

Semana

Estratégias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Média

CE

1. Estabelecer regras

com os alunos. 2 1 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

1,8

2. Comunicar o tempo

no decorrer da aula. 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

3. Ressaltar informações

importantes. 1 1 1 1 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,8

4. Sentar o aluno perto

do professor. 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2,0

5. Desenvolver

autonomia. 1 2 2 2 2 2 1 2 2 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

6. Fracionar a carga de

trabalho total. 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2,0

7. Utilizar atividades e

textos com destaque. 0 1 1 0 2 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,7

8. Diversificar o material

utilizado. 1 2 0 1 2 0 2 2 2 2 1 2 2 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,7

9. Mesclar atividades de

baixa e alta atratividade. 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

10. Comunicar-se com

os pais. 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 2 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,3

11. Manter o bom humor

e não se desgastar por

pouco.

1 2 2 2 1 1 1 2 2 2 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,8

12. Estimular o

autocontrole e

percepção.

0 1 2 1 1 1 1 2 2 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,7

Rf

13. Evidenciar aspectos

positivos do

comportamento do

aluno.

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2,0

2,0 14. Usar o retorno

imediato. 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2,0

15. Aumentar frequência

das consequências. 1 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

CE

Rf 16. Aproximar-se mais

ao comunicar-se. 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2,0 2,00

MÉDIA 1,3 1,7 1,6 1,6 1,9 1,7 1,6 1,9 1,9 1,8 1,6 1,8 2,0 1,7 2,0 2,0 2,0 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9

Legenda: (CE): Predomínio do controle do comportamento pelos estímulos antecedentes; (Rf): Predomínio do controle do comportamento pelo uso de reforçadores positivos

para comportamentos adequados e (CERf): Predomínio do controle do comportamento mediante manejo de antecedentes e reforçadores positivos para comportamento adequados.

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73

Tabela 21 - Implementação do treino a partir de um checklist respondido pelo professor 2 Checklist: (0) Não foi implementada: Estratégia não utilizada nas aulas; (1) Algumas vezes: estratégia utilizada apenas em algumas aulas ou dias e (2) Muitas vezes: Estratégia incorporada diariamente nas aulas

Semana

Estratégias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Média

CE

1. Estabelecer regras com

os alunos. 1 2 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,0

1,2

2. Comunicar o tempo no

decorrer da aula. 2 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0,9

3. Ressaltar informações

importantes. 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,4

4. Sentar o aluno perto do

professor. 2 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,4

5. Desenvolver

autonomia. 2 2 2 2 2 2 0 0 0 2 2 2 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,3

6. Fracionar a carga de

trabalho total. 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,2

7. Utilizar atividades e

textos com destaque. 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,5

8. Diversificar o material

utilizado. 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,0

9. Mesclar atividades de

baixa e alta atratividade. 1 2 2 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,2

10. Comunicar-se com os

pais. 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,0

11. Manter o bom humor

e não se desgastar por

pouco.

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,1

12. Estimular o

autocontrole e percepção. 2 2 2 2 2 2 1 1 0 1 1 1 2 2 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,7

Rf

13. Evidenciar aspectos

positivos do

comportamento do aluno.

2 2 2 2 2 2 2 2 0 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9

1,6 14. Usar o retorno

imediato. 1 1 1 1 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1,3

15. Aumentar frequência

das consequências. 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,6

CE

Rf 16. Aproximar-se mais ao

comunicar-se. 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1,9 1,9

MÉDIA 1,4 1,6 1,6 1,6 1,5 1,4 1,0 1,0 0,8 1,3 1,3 1,4 1,3 1,3 1,6 1,6 1,6 1,7 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 Legenda: (CE): Predomínio do controle do comportamento pelos estímulos antecedentes; (Rf): Predomínio do controle do comportamento pelo uso de reforçadores positivos

para comportamentos adequados e (CERf): Predomínio do controle do comportamento mediante manejo de antecedentes e reforçadores positivos para comportamento

adequados.

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74

Tabela 22 - Porcentagem de implementação do Protocolo de Observação na comparação dos professores

Semana

Estratégias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 Média

CE

Prof

1 58 79 79 71 92 79 79 96 96 83 75 88 100 79 100 100 100 96 96 96 96 96 96 96 96 96 96 96 90

Prof

2 71 83 83 83 67 67 42 42 33 63 63 63 54 54 75 75 75 79 54 54 54 54 54 54 54 54 54 54 61

Rf

Prof

1 83 100 83 100 100 100 83 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 98

Prof

2 67 67 67 67 100 83 83 83 50 67 67 83 83 83 100 100 100 100 83 83 83 83 83 83 83 83 83 83 82

CERf

Prof

1 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Prof

2 100 100 100 100 100 100 50 50 50 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100

Total

Prof

1 66 84 81 78 94 84 81 97 97 88 81 91 100 84 100 100 100 97 97 97 97 97 97 97 97 97 97 97 92

Prof

2 72 81 81 81 75 72 50 50 38 66 66 69 63 63 81 81 81 84 63 63 63 63 63 63 63 63 63 63 67

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75

Nos itens relacionados ao checklist (Tabela 22), o CE iniciou com 71% e apresentou

crescimento até a semana 4 com 83% (Gráfico 7). Na semana 5 reduziu para 67% e continuou

em declínio até a semana 9 quando alcançou a menor média de 33%. Na semana 10 elevou-se

a 63% e chegou na semana 13 com 54%. Na semana 14 manteve os 54% elevando-se a 79%

até a semana 18. Na semana 19 reduziu para 54% e manteve até a semana 28. A média do CE

de implementação alcançou 61%. Quanto ao Rf (Gráfico 8), iniciou com 67% e apresentou

manutenção até a semana 5 quando chegou a 100%. Reduziu a 83% na semana 6 e na semana

9 alcançou seu menor índice de 50%. Na semana 13 chegou a 83%. Na semana manteve 83%

elevando-se a 100% na semana 18 e reduzindo a 83% na semana 19 mantendo o indíce até a

semana 28. A média do Rf de implementação alcançou 82%. Quanto ao CERf (Gráfico 10)a

implementação foi de 100% em todas as semanas, com variação na semana 7, 8 e 9 de 50%

(gráfico ).

Gráfico 7- Implementação do manejo comportamental pelos professores

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27

%

Semana

Implementação do Manejo Comportamental

Prof 1

Prof 2

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76

Gráfico 8- Implementação do controle de estímulos

Gráfico 9- Implementação do reforço

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27

%

Semana

Implementação do Controle de Estimulos

Prof 1

Prof 2

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27

%

Semana

Implementação do Reforço

Prof 1

Prof 2

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77

Gráfico 10 - Implementação do controle de estímulos pelo reforço (CERf)

5.2.3 Avaliação do Protocolo de Observação

O protocolo de observação é um protocolo preenchido pelo professor para cada aluno,

onde são observados 16 itens, nomeados de “A” a “P”, agrupados em 5 grupos de

comportamentos: Desatenção (DES), Facilmente Distraído (FAC), Inquietação (INQ),

Movimentação (MOV) e Impulsividade (IMP). O PO foi preenchido pelo professor em

quatro momentos diferentes. Na primeira e última semana de intervenção e na semana 13

antes do período de recesso escolar e na semana 15 de intervenção. O PO foi preenchido por

todos os professores. Os grupos GC e GE foram comparados entre si para verificação da

redução da frequência padrão dos comportamentos, considerando o primeiro e o último PO.

Foram também verificadas a linha de redução dos comportamentos a partir da apresentação de

todos os PO.

Comparando os PO do GE e o GC verificou-se que em todos os itens houve maior

redução no GE exceto no item D/FAC, L/MOV, O/IMP e P/IMP (Tabela 23). Quando a

comparação é entre o 2º GE e o 2º GC obteve-se maior redução no GE em todos os itens

exceto em D/FAC, L/MOV e O/IMP (Tabela 24). Na comparação entre o 4º GE e o 4º GC

obteve-se maior redução no GE em todos os itens exceto em D/FAC, G/FAC, O/IMP. Nos

itens H/INQ e K/MOV os grupos obtiveram redução zero (Tabela 25).

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27

%

Semana

Implementação do Controle de Estímulo por Reforço

Prof 1

Prof 2

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Tabela 23 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental no protocolo de observação do professor entre os

grupos experimental e controle.

Padrão comportamental

DESATENÇÃO FACILMENTE DISTRAÍDO INQUIETAÇÃO MOVIMENTAÇÃO IMPULSIVIDADE

Comportamentos A

- D

esv

iar

o o

lhar

do

pro

fess

or

du

ran

te

a ex

pli

caçã

o

B -

Des

via

r o

olh

ar d

o

cad

ern

o

C -

Dei

xar

de

resp

on

der

qu

and

o

per

gu

nta

do

D -

En

vo

lver

-se

em

even

tos

alh

eio

s às

ativ

idad

es e

m s

ala

E -

Ult

rap

assa

r o

tem

po

est

abel

ecid

o

par

a co

ncl

uir

tar

efas

F -

Dem

ora

r a

inic

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tare

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esco

lare

s

G -

Per

der

co

isas

H -

Mex

er-s

e e

con

torc

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e n

a

cad

eira

I -

Mex

er m

ãos

e p

és

J -

Mu

dar

de

po

stu

ra

K -

Fal

ar e

m d

emas

ia

L -

Lev

anta

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cart

eira

M -

An

dar

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co

rrer

na

sala

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N -

Ter

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ua

vez

O -

Fal

ar s

em s

er

esti

mu

lad

o

P -

In

terr

om

per

ou

tras

fal

as

Grupo Controle 7,1 14,3 10,7 50,0 3,6 0,0 3,6 10,7 0,0 7,1 25,0 14,3 10,3 14,3 32,1 17,9

Experimental 47,2 41,7 36,1 30,6 22,2 19,4 2,8 11,1 16,7 8,3 33,3 13,9 16,7 19,4 19,4 16,7

Tabela 24 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental no protocolo de observação do professor entre os

grupos experimental e controle do 2º ano

Padrão comportamental

DESATENÇÃO FACILMENTE DISTRAÍDO INQUIETAÇÃO MOVIMENTAÇÃO IMPULSIVIDADE

Comportamentos

A -

Des

via

r o

olh

ar

do

pro

fess

or

du

ran

te

a ex

pli

caçã

o

B -

Des

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C -

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-se

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E -

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H -

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con

torc

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I -

Mex

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ãos

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J -

Mu

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Fal

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m d

emas

ia

L -

Lev

anta

r d

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M -

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sala

ou

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da

sala

N -

Ter

dif

icu

ldad

e

em a

gu

ard

ar s

ua

vez

O -

Fal

ar s

em s

er

esti

mu

lad

o

P -

In

terr

om

per

ou

tras

fal

as

Grupo Controle 0,0 15,4 7,7 38,5 7,7 0,0 0,0 23,1 0,0 15,4 30,8 30,8 15,4 23,1 46,2 23,1

Experimental 37,5 43,8 50,0 37,5 25,0 12,5 6,3 25,0 25,0 18,8 37,5 12,5 18,8 37,5 37,5 25,0

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79

Tabela 25 - Porcentagem de redução na comparação da frequência de padrão comportamental no protocolo de observação do professor entre os

grupos experimental e controle do 4º ano.

Padrão comportamental

DESATENÇÃO FACILMENTE DISTRAÍDO INQUIETAÇÃO MOVIMENTAÇÃO IMPULSIVIDADE

Comportamentos A

- D

esv

iar

o o

lhar

do

pro

fess

or

du

ran

te

a ex

pli

caçã

o

B -

Des

via

r o

olh

ar d

o

cad

ern

o

C -

Dei

xar

de

resp

on

der

qu

and

o

per

gu

nta

do

D -

En

vo

lver

-se

em

even

tos

alh

eio

s às

ativ

idad

es e

m s

ala

E -

Ult

rap

assa

r o

tem

po

est

abel

ecid

o

par

a co

ncl

uir

tar

efas

F -

Dem

ora

r a

inic

iar

tare

fas

esco

lare

s

G -

Per

der

co

isas

H -

Mex

er-s

e e

con

torc

er-s

e n

a

cad

eira

I -

Mex

er m

ãos

e p

és

J -

Mu

dar

de

po

stu

ra

K -

Fal

ar e

m d

emas

ia

L -

Lev

anta

r d

a

cart

eira

M -

An

dar

ou

co

rrer

na

sala

ou

par

a fo

ra

da

sala

N -

Ter

dif

icu

ldad

e

em a

gu

ard

ar s

ua

vez

O -

Fal

ar s

em s

er

esti

mu

lad

o

P -

In

terr

om

per

ou

tras

fal

as

Grupo Controle 13,3 13,3 13,3 60,0 0,0 0,0 6,7 0,0 0,0 0,0 20,0 0,0 6,7 6,7 20,0 13,3

Experimental 55,0 40,0 25,0 25,0 20,0 25,0 0,0 0,0 10,0 0,0 30,0 15,0 15,0 5,0 5,0 10,0

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80

Verificando a redução da desatenção na linha do tempo dos quatro PO uma queda

acentuada nos GE no 2º PO (em média 20%), com uma elevação no 3º PO (em média 10%) e

sua manutenção no 4º PO. No GC o índice é estável com pequena variação no 3º PO (Gráfico

10).

Gráfico 11 – Porcentagem da redução da desatenção nos protocolos de observação

No grupo Facilmente Distraído a linha do tempo apresenta um declínio no 2º e 3º PO

dos GE com um aumento acentuado no 4º PO aproximando dos índices do 1º PO. O GC segue

uma condição estável com pouca variação. O 2º GC manteve-se estável e 4º GC manteve-se

estável com declínio acentuado no 4º PO (Gráfico 11).

Gráfico 12 - Porcentagem da redução do facilmente distraído nos protocolos de observação

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

1 2 3 4

%

Protocolo de Observação

Desatenção

GE

GC

GE 2

GC 2

GE 4

GC 4

0

5

10

15

20

25

30

35

1 2 3 4

%

Protocolo de Observação

Facilmente Distraido

GE

GC

GE 2

GC 2

GE 4

GC 4

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81

No grupo Inquietação a linha do tempo apresenta um declínio no 2º e 3º PO dos GE

com um aumento acentuado no 4º PO acima do nível do 1º PO. Os GC seguiram uma

condição estável com pouca variação no 4º PO. (Gráfico 12).

Gráfico 13 - Porcentagem da redução da Inquietação nos protocolos de observação

No grupo Movimentação a linha do tempo apresenta nos GE um declínio no

significativo (média de 15%) no 2º com um aumento gradual até o 4º PO chegando próximo

dos índices do 1º PO. Os GC seguiram uma condição estável até o 2º PO seguidos de um

declínio no 4º PO à metade da sua condição no 1º PO. (Gráfico 13).

Gráfico 14 - Porcentagem da redução de movimentação nos protocolos de observação

0

5

10

15

20

25

30

1 2 3 4

%

Protocolo de Observação

Inquietação

GE

GC

GE 2

GC 2

GE 4

GC 4

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4

%

Protocolo de Observação

Movimentação

GE

GC

GE 2

GC 2

GE 4

GC 4

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82

No grupo Impulsividade a linha do tempo apresenta nos GE um declínio no

significativo (média de 20%) no 2º com um leve manutenção no 3º PO. O 2º GE manteve

estável, enquanto os GE teve uma subida (média de 10%) e o 4º GE subiu levemente (média

de 5%). Os GC seguiram uma condição estável até o 2º PO. O 2º GE teve um declínio

acentuado (média 15%) seguida pelo GC (média 10%) e o 4º GC no 4º PO (Gráfico 14).

Gráfico 15 - Porcentagem da redução da impulsividade nos protocolos de observação

0

5

10

15

20

25

30

35

40

1 2 3 4

%

Protocolo de Observação

Impulsividade

GE

GC

GE 2

GC 2

GE 4

GC 4

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83

6 DISCUSSÃO

É importante começar essa etapa do trabalho considerando algumas coisas. A

hiperatividade, a impulsividade e a desatenção são elementos integrantes do diagnóstico do

TDAH (APA, 2014). Todavia, esses elementos precisam apresentar-se em maior frequência

quando comparados a outras crianças em mesma fase de desenvolvimento (BARKLEY,

1997a). Visualizando desta forma, podemos conceber que é possível ter sinais de

hiperatividade, a impulsividade e de desatenção sem necessariamente ter TDAH (WAGNER,

2003). Nenhum lugar é mais propicio para essa observação do que a sala de aula. Onde os

sinais ficam claros no comportamento do aluno, facilitando a comparação entre outros as

crianças e adolescentes (GUREASKO-MOORE et al., 2006). Todavia os comportamentos

citados, também, podem ser apresentados nos alunos que não possuem e não serão

diagnosticados com TDAH.

O ambiente escolar e principalmente a sala de aula, são propícios a apresentação de

comportamentos incompatíveis com o aprendizado (PAIVA; LOURENÇO, 2011). A sala de

aula, de forma evidente, apresenta inúmeros estímulos para que o aluno seja levado a um

comportamento inadequado. Podemos enumera-los de forma simples: ausência ou excesso de

estímulos visuais nas paredes; excesso de alunos na sala; proximidade entre as carteiras;

ventilação da sala; relação do aluno com o professor; ausência ou excesso de atividades e

outras. Quando a verificação é a escola podemos ter uma melhor percepção do quadro de

sinais de hiperatividade, impulsividade e a desatenção no intervalo das aulas e no recreio

(PHELAN, 2005). São acidentes, discussões, formação de grupos, isolamentos e outros. Tudo

isso só vem a ratificar que os sinais de hiperatividade, impulsividade e a desatenção só são

identificados como TDAH, quando atenderem as exigências diagnósticas do DSM-5 (APA,

2014)

Diante disto o presente trabalho vem a apresentar uma aplicação de um modelo de

intervenção comportamental, realizado pelo professor, em um ambiente de sala de aula, com

alunos com diagnóstico de TDAH (ARAÚJO, 2012), em um ambiente de sala de aula

convencional com alunos regularmente matriculados. O trabalho realizado por Araújo (2012)

focava a relação do TDAH com o ambiente escolar e o comportamento do aluno. Este

trabalho focou a intervenção comportamental realizada pelo professor para que os sinais de

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84

hiperatividade, impulsividade e a desatenção, viessem a reduzir com o objetivo de melhor

qualitativamente o ambiente escolar.

Rossi (2008) apresentou um programa que tinha como objetivo verificar a relação de

conhecimento do professor sobre o transtorno e a sua ação em beneficio dos alunos. Fica

evidente no trabalho que é perceptível o dano que sofre a criança com TDAH em sala de aula.

Todavia é importante salientar que uma intervenção bem sucedida em alunos com sinais de

TDAH, em um ambiente escolar, pode produzir efeito benéfico nas outras crianças. Esta é

uma das razões do presente estudo.

Este trabalho apresenta uma modelo comportamental de manejo. Alguns teóricos

(DUPAUL; STONER, 2007; BARKLEY; ANASTOPOULOS; ROBIN; LOVETT; SMITH;

et al., 2008) apresentam em seus manejos com o TDAH estruturas comportamentais. Isso

passa a nos mostrar que a Análise do comportamento não só é viável, como eficaz no

tratamento do TDAH. Em vista deste trabalho, a Análise do comportamento foi a estrutura

base na elaboração das estratégias de intervenção (ARAÚJO, 2012). Ao verificarmos que os

princípios básicos foram utilizados: reforço, controle de estímulos e controle de estímulos por

reforço, percebemos a solidez da teoria comportamental (BENVENUTI; NETO, 2014).

Um fator muito importante em qualquer implementação comportamental é ação de

comprometimento do agente implementador. Isso é compreendido, quando analisamos o

tempo e a forma da implementação, considerando que é necessário ter uma condição ativa e

voluntária (PFIFFNER et al., 2008). A literatura está repleta de abordagens (PHELAN, 2005;

DUPAUL; STONER, 2007; BARKLEY; ANASTOPOULOS; ROBIN; LOVETT; SMITH; et

al., 2008; MUSZKAT et al., 2012; RIBEIRO, 2014) que procuram elaborar estratégias para

lograr êxito no manejo com o TDAH. Como a pesquisa foi realizada em um ambiente

público, onde os professores participantes são concursados e de forma voluntária, e que

escolheram lecionar no CEI, se prontificaram a participar do trabalho, essa variável foi

minimizada.

A intervenção comportamental implementada no presente trabalho foi executado pelo

professor. Barkley (2002) aponta a necessidade de o agente interventor possuir um

conhecimento adequado sobre o TDAH. Os professores participantes foram instruídos no

instrumento de manejo. Araújo (2012) elaborou uma cartilha (anexo I) que clarividência os

conceitos básicos sobre o TDAH, e os comportamentos inadequados, bem como os conceitos

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85

e ações da análise do comportamento necessário para a implementação. Diante desse fato, é

importante salientar que o treino e o ganho desse novo repertório por parte do professor

qualifica a implementação.

A qualidade das informações prestadas pelos professores do grupo experimental, no

momento de conversa semanal, não pontuava a individualidade dos alunos, mas evidenciava a

condição pessoal, profissional e técnica de cada professor. Nesse aspecto é possível perceber

que a implementação de manejo foca o aluno, utilizando como meio de intervenção o

professor. Nesse ponto fica evidente nos resultados, que o professor, interfere diretamente no

manejo. Isso fica fácil de perceber quando observando o professor do 4º ano experimental,

por razões não identificadas no trabalho, deixa de implementar as ações e com isso os

comportamentos inadequados voltam a aparecer de forma acentuada na turma.

É importante salientar a condição individual do professor, principalmente os que

compõem o grupo controle. Observa-se uma redução dos comportamentos inadequados. Essa

redução não pode ser desqualificada. Pelo contrário, deve ser compreendido como um esforço

do professor, diante das suas próprias condições de galgar resultados que demonstrem eficácia

da sua docência. Esse esforço deve ser valorizado quando da implementação de um manejo.

São atos motivacionais como estes que são fatores de sucesso para uma ação de intervenção

(PFIFFNER et al., 2008).

O trabalho apresentado faz uma comparação entre o grupo experimental e grupo

controle em função de uma intervenção realizada pelo professor. Observa-se uma redução dos

comportamentos referentes à desatenção e à hiperatividade dentro de uma sala de aula. Essa

redução é mais acentuada no grupo experimental do que no grupo controle. Já era de se

esperar uma redução em os grupos. Esse fato é esperado na condição de que os professores

são treinados e motivados a alçarem o objetivo de aprovação de todos os alunos ao final do

ano letivo. Com isso o uso da experiência em sala de aula e de recursos pedagógicos

proporcionam esses resultados (ROSSI, 2008).

Todavia fica evidente a eficácia do manejo comportamental implementado pelo

professor. O fato da redução ser, em média duas vezes, mais que no grupo controle. Os

comportamentos indesejados passam a ser monitoradas e dentro de um processo de

contingências, trabalhos de forma aplicada (DUPAUL et al., 2012). É importante fazer

referência ao fato de à compreensão dessa redução dos comportamentos indesejados é

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86

observada a partir da evolução individual de cada aluno frente ao manejo implementado pelo

professor.

O aluno não vive apenas o ambiente escolar. Essa é uma razão pela qual o DSM-5

prevê o diagnóstico de TDAH, se o comportamento for apresentado em vários ambientes

(APA, 2014). Sendo assim o CBCL/6-16, apresenta indicativos de que a relação do ambiente

escolar influência a mudança do comportamento dos alunos em seus ambientes domiciliares.

A relação pré e pós-intervenção apresentaram uma condição, no grupo experimental, onde

ocorreu mais redução de comportamentos inadequados do que aumento. Este fato veio a

ocorrer com todos os grupos. Mas fica evidenciado que a redução é maior no grupo

experimental. Essa extensão da condição de redução de comportamentos ultrapassando o

contexto escolar aponta para a generalização realizada pelo aluno (CATANIA, 1999).

Em referência ao TRF/6-18 foi verificado que o grupo experimental obteve uma

redução muito superior ao do grupo controle. Os inventários ASEBA são de considerados

precisos e qualificados, quando dos seus resultados, pelo fato de utilizarem múltiplos

informantes (RIBEIRO, 2013). O TRF/6-18 apresentada uma condição de respostas

apresentadas pelo professor diante da evidência do comportamento apresentado pelo aluno.

Não podemos deixar de emitir a condição do tempo. Os alunos foram observados e receberam

a implementação por 28 semanas. O fator tempo de implementação influencia diretamente no

resultado do comportamento do aluno (PFIFFNER et al., 2008).

É importante considerar que o CBCL/6-18 e o TRF/6-16 são rastreadores eficazes de

comportamentos (BORDIN et al., 2013). Todavia salienta-se que existe uma diferença

percentual maior de redução de comportamentos disruptivos no TRF/6-18 do que no CBCL/6-

18. Essa mesma condição foi observada por Araújo (2012) quando implementava o guia de

manejo com crianças com TDAH. Considerar que o professor lida com comportamentos mais

específicos e sua observação é mais diretiva, nos leva a traçar uma direção onde o professor

tem uma observação mas pontual (BARKLEY, 2002). Logo, qualquer mudança no

comportamento é fácil de ser observada. Esse evento foi perceptível quando da topografia dos

comportamentos em sala de aula realizado por Araújo (ARAÚJO, 2012), para a construção do

protocolo de manejo comportamental.

Os grupos controle e experimental apresentaram, também, aumento em alguns

comportamentos. Considerando o grupo controle as variações são tidas como esperadas, pelo

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já apresentado. Referindo-nos ao grupo experimental precisamos observações algumas razões.

A primeira delas é a motivação do professor. Observando o professor do 4º ano, onde os

aumentos de comportamentos foram mais incidentes, verifica-se um espaçamento na

aplicação de implementação do manejo. Com isso pode-se apresentar a ausência de

implementação aumento a possibilidade de comportamento vir a aparecer. Esse fator é

explicado pela análise do comportamento pelo reforço (GUREASKO-MOORE et al., 2006).

Mas quando o comportamento é mantido só pelo reforçamento, tende-se a apresentar uma

condição de comodidade e o comportamento indesejado voltar a apresentar-se (SKINNER,

1972, 2006).

Uma segunda razão é período de férias. Nesse tempo o aluno fica sem o contato com o

agente de implementação. No seu retorno as aulas é verificado se o aluno realmente manteve

o repertório adquirido. Neste caso o aluno precisa de forma gradual um contato progressivo

com o reforçamento e as regras do ambiente de sala de aula. Um terceiro motivo é o

prolongamento das ações de reforço, produzindo possivelmente um desgaste na

implementação. O fim do ano chegando, produz uma condição de encerramento e mudança,

com isso o aluno sente-se mais a vontade para pratica dos diversos comportamento. Em

contrapartida o professor já está cansado, e visualizando o término do ano letivo, sem contar

com a acomodação natural produzida pela chegada do fim de ano.

A sala de aula é um ambiente que proporciona uma infinidade de experiência. O

professor se depara com a condição de trabalhar com as contingências dos alunos em sala de

aula (DUPAUL; STONER, 2007). O conceito de contingência deve ser muito bem elaborado

e praticado pelo professor. Treinar o professor deve também ser uma construção de

competência para a contingência (HUBNER et al., 2004). A análise do checklist deixa

evidente o fato que, se o professor não manter o controle as contingências em sala de aula,

não terá sucesso na implementação do manejo. Essa é razão constatada na avaliação do prof 2

– 4º GE. Não houve um declinio percentual significativo e em alguns comportamentos

ocorreram aumentos dos comportamentos indesejados (Tabela 25). Quando verificado a

implementação percebe-se que houve redução na porcentagem de implementação (gráfico 6).

Enumeras são as técnicas que abordam a construção de estratégias em contingências

(PHELAN, 2005; DUPAUL; STONER, 2007; BARKLEY; ANASTOPOULOS; ROBIN;

LOVETT; CONNOR; et al., 2008). Com isso fica evidente ressalta a importância do

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88

treinamento do professor para manejar e implementar comportamentos compatíveis com o

aprendizado em contexto de sala de aula. Vislumbrando a incorporação da autonomia dos

alunas no desenvolvimento do comportamento de estudar.

O DSM-5 e o CID- 10 deixam claros que o quadro de TDAH pode prejudicar o

desenvolvimento e convívio da criança, no meio em que estiverem (CID-10, 1993; APA,

2014). Inversamente proporcional, ocorre com os benefícios adquiridos por esta criança. O

meio onde ela está ganha em qualidade. Assim acontece no ambiente escolar. Quando a

implementação é realizado, os benefícios são obtidos por todos relacionados na

implementação. O ganho não é igual para todos. Fica evidente um maior ganho naqueles que

mais foram focados ou que melhor se relacionaram com a implementação (ARAÚJO, 2012) ,

Desta forma a implementação do guia beneficiou todos os alunos em sala de aula

independente de um diagnóstico de TDAH.

Um comportamento, para ser mantido, precisa de um processo de associação de

estímulos discriminativos que são mantidos na implementação do professor. Estes estímulos

estruturam principalmente as regras do comportamento verbal e da movimentação

comportamental do professor em sala de aula em relação ao aluno (SKINNER, 2003).

Quando Araújo (2012) elaborou as estratégias de implementação, objetivava uma habituação

dos procedimentos na relação professor aluno. Esses comportamentos passam a ser mantidos,

segundo a análise do comportamento, pelo reforçamento. Semelhante trabalho foi realizado

por Rossi (2008) numa perspectiva psicopedagógica.

Essa discussão nos traz a construção de um modelo educacional que tem sido colocado

de lado, na aplicação da educação no Brasil. Esse trabalho não visa discutir o processo

político da educação, mas apresenta uma faceta da formação e acompanhamento do professor

em sala de aula. Quando das conversas de suporte ao professor ficou evidenciado que os

professores desconhecem a análise do comportamento. Possuem um conhecimento sucinto

das técnicas, mas não possuem uma efetivação de aplicabilidade. Gastam muito tempo na

busca da intelectualização e, em muitos momentos, não conseguem manter o domínio da sala

de aula (HUBNER et al., 2004).

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89

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

Este trabalho teve como objetivo analisar os efeitos de procedimentos de manejo

comportamental em sala de aula, para redução de comportamentos de desatenção e

hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um guia de

intervenção. A utilização do guia de manejo comportamental elaborado por Araújo (2012) foi

uma proposta de verificar a sua aplicabilidade, dentro de um ambiente de sala de aula secular,

com escolares sem o diagnóstico clinico de TDAH.

Ficou demonstrável que o professor tem função chave nas ações comportamentais em

sala de aula. Que a analise do comportamento tem sua contribuição para educação de forma

eficiente. Que a mesma, precisa ser conhecida e projetada na educação com implementações

funcionais como o manejo elaborado por Araújo (ARAÚJO, 2012). Com isso fica evidente

que o manejo comportamental em sala de aula, implementado pelo professor, é eficaz na

redução de comportamentos de hiperatividade, impulsividade e desatenção.

O manejo em sala de aula com crianças em ambiente escolar é viável. Considerando

seus custos, o tempo e o suporte de implementação, apresenta-se viável e de fácil aplicação.

Todavia é importante salientar que este trabalho foi aplicado em uma escola com condições

diferenciadas, por se tratar de uma escola de tempo integral e com um grau de recurso que

possivelmente outras escolas possam não ter. Mas, este não é um condicionante na sua

implementação.

Esta pesquisa produziu e coletou uma quantidade de material considerável que precisa

ser analisada. O CBCL/6-16 e o TRF/6-16 foram analisados apenas na sua escala de

síndrome. A escolha da escala de síndromes foi feita pensando na quantidade de

comportamentos que poderiam ser observados e com isso mensurados, possibilitando então a

verificação do quesito redução. Faltam ainda, serem analisadas as outras escalas, bem como

analisar, dentro desses inventários, como o guia de manejo melhora as competências

acadêmicas e sociais. Bem como qualificar evidencias dentro do protocolo de manejo que

nos permitam ratifica-lo como também aperfeiçoá-lo em sua condição investigativa e de

aplicabilidade.

Outro quesito muito importante que não foi o foco deste trabalho, mas que produziu

uma condição de influência nos resultados é o suporte psicológico necessário no

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90

acompanhamento dos professores. Embora se tenha uma política educacional elaborada

conforme a Lei de diretrizes e bases da educação, as escolas possuem um núcleo técnico

focado na direção, no pedagogo ou psicopedagogo e no professor. Com isso, evidencia-se a

necessidade da presença de um psicólogo na escola como suporte ao desenvolvimento de

atividades necessárias a melhora do processo de ensino e aprendizagem.

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ANEXOS

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Anexo I - Guia de Orientação para Manejo Comportamental de Crianças e Adolescentes

com sinais de Desatenção e Hiperatividade (ARAÚJO, M. V. DE. Manejo

Comportamental pelo professor no contexto de sala de aula de alunos identificados com

TDAH: Desenvolvimento, implementação e avaliaçao de guia de intervençao. São Paulo:

2012. Tese (Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana

Mackenzie)

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Guia de Orientações para Manejo Comportamental de

Crianças e Adolescentes com Sinais de Desatenção e

Hiperatividade

Apresentação

Este Guia de orientações é fruto da Tese de Doutorado de Marcos Vinícius de Araújo,

sob a orientação do Professor Dr. Luiz Renato Rodrigues Carreiro e da Professora

Dra. Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira. Esse Projeto tem por objetivo

desenvolver, implementar e avaliar o efeito de procedimentos de manejo

comportamental no processo de aprendizagem de alunos caracterizados com TDAH.

Para isso, tornou-se necessário, a partir do contato com as escolas e de observações

sistemáticas em sala de aula, propor um conjunto de orientações que permitam ao

professor manejar o comportamento dessas crianças e adolescentes a partir da

atuação docente.

As orientações contidas neste Guia visam sugerir estratégias de manejo

comportamental que possibilitem ao professor experimentar procedimentos que

busquem adequar o comportamento da criança a condições que possibilitem a

melhora de sua aprendizagem em longo prazo.

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Estas orientações não têm por objetivo ensinar rigidamente aquilo que o professor

deve fazer em sala de aula. O que se pretende com este Guia é fornecer ao professor

possibilidades de atuação em relação ao aluno em sala de aula, visando contribuir

com a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

O que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

(TDAH) é definido de acordo com o Manual Diagnóstico e

Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-IV TR (APA, 2002)

como um padrão persistente de desatenção e/ou

hiperatividade, mais frequente e grave do que o

normalmente observado em indivíduos da mesma faixa

etária. Deve haver claras evidências de um

comprometimento importante no funcionamento social,

acadêmico ou ocupacional.

Cerca de 3 a 5% de crianças em idade escolar podem ter

TDAH, gerando grande preocupação entre os professores e

pais. São crianças que necessitam de maior apoio no

processo de aprendizagem.

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Quais são as características de crianças com TDAH?

As crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar

um conjunto de diferentes sinais que caracterizam seu

comportamento, tendo formas distintas de acordo com o

predomínio de cada um deles (com predomínio de

desatenção ou de hiperatividade/ impulsividade ou tipo

combinado). Como exemplos essas pessoas podem ser

caracterizadas com desatenção quando:

Frequentemente deixam de prestar atenção a detalhes ou cometem erros por

descuido em, por exemplo, atividades escolares;

Com frequência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades

lúdicas;

Com frequência parecem não escutar quando lhe dirigem a palavra;

Com frequência não seguem instruções e não terminam seus deveres escolares ou

tarefas domésticas;

Com frequência têm dificuldade para organizar tarefas e atividades;

Com frequência evitam ou relutam em envolver-se em tarefas que exijam esforço

mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa);

Com frequência perdem coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex. tarefas

escolares, lápis ou livros);

São facilmente distraídos por estímulos alheios à tarefa;

Com frequência apresentam esquecimento em atividades diárias.

Já em relação à hiperatividade e impulsividade podem ser caracterizadas quando:

Frequentemente agitam as mãos ou os pés ou se remexem na cadeira;

Frequentemente abandonam sua cadeira em sala de aula quando se espera que

permaneçam sentados;

Frequentemente correm ou escalam em demasia, em situações nas quais isto é

inapropriado;

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Com frequência têm dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em

atividades de lazer;

Estão frequentemente “a mil” ou muitas vezes agem como se estivesse “a todo

vapor”;

Frequentemente falam em demasia;

Frequentemente dão respostas precipitadas antes das perguntas terem sido

concluídas;

Com frequência têm dificuldade de aguardar sua vez;

Frequentemente interrompem ou se metem em assuntos de outros sem serem

solicitados.

Quais são as preocupações da escola em relação ao TDAH?

A maior queixa dos professores é de que as crianças com

TDAH não conseguem ficar sentadas quietas, prestar

atenção, terminar os trabalhos ou escutar com atenção. Esses

comportamentos associam-se, muitas vezes, a uma

diminuição no desempenho escolar. Muitas dessas crianças,

também podem ser excluídas socialmente, já que em muitos

casos apresentam, por exemplo, dificuldade de aprender as

regras de um jogo ou esperar a sua vez. Algumas são

impulsivas verbalmente e não consideram os efeitos de suas

palavras. Essa rejeição social, associada a um baixo

desempenho escolar, podem ocasionar uma baixa

autoestima.

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O TDAH não necessariamente prejudica a capacidade

intelectual das crianças, mas torna difícil a atenção

prolongada para que se conclua determinada tarefa. Como

resultado desse conjunto de fatores, de modo geral, muitas

crianças com TDAH podem apresentar um desempenho

escolar desfavorável que, se não detectado a tempo, pode

causar grandes lacunas acadêmicas que prejudicarão as

séries posteriores.

Ao se pensar em dificuldade de aprendizagem é necessário pensar em termos de

multicausalidade. Isso significa que se devem levar em conta características

específicas da própria pessoa, questões familiares como incentivo, participação dos

pais, características específicas da escola, práticas pedagógicas, espaço físico, projeto

político pedagógico, formação do professor, equipe técnica de apoio, entre outros.

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105

.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DE MANEJO COMPORTAMENTAL DE

CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM SINAIS DE DESATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE

1- Estabelecer regras com os alunos.

Ao estabelecer regras, certificar-se de que elas sejam aceitas coletivamente, pois elas

devem ser utilizadas como estabelecedoras de limites e relembradas constantemente.

2- Comunicar o tempo no decorrer da aula e das atividades solicitadas.

Deixar claro o tempo que será disponibilizado e informar sistematicamente o seu

decorrer.

3- Ressaltar informações importantes.

Colocar lembretes, dicas, sugestões em locais acessíveis ao aluno. Utilizar cartazes,

lousa, recados no caderno ou agenda, lista de atividades diárias, etc.

4- Sentar a criança perto do professor.

Trazer o aluno para localizações mais próximas do professor dentro da sala de aula.

Requisitar a atenção do aluno constantemente (trazê-lo todo o tempo para atividade).

5- Desenvolver auto-organização e autonomia.

Auxiliar o aluno a organizar suas atividades de estudo em sala e em casa, através de

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orientações verbais e escritas, exemplificando como ele poderá fazer o solicitado.

6- Fracionar a carga de trabalho total.

Solicitar atividades de modo direto, objetivo, dividindo as tarefas em execuções mais

curtas. Fracionar os exercícios e atividades com reforço de instruções entre eles.

7- Utilizar atividades e texto com destaque.

Destacar as partes mais importantes de uma atividade, ou questão de prova, texto,

para que o aluno possa direcionar a atenção para elas.

8- Diversificar o material utilizado.

Utilizar materiais diferentes, reciclados, papel colorido, revistas, jornais.

9- Mesclar atividades de baixa e alta atratividade.

Intercalar atividades necessárias que sejam potencialmente menos atrativas com

atividades mais atrativas, visando manter o nível de interesse do aluno no decorrer

do período de aulas.

10- Estimular o autocontrole e autopercepção.

Atribuir atividades para as quais o próprio aluno possa ser responsável e que o

auxilie a perceber como foi o seu desempenho e as relações de dependência entre

atividades diferentes.

11- Comunicar-se com os pais.

Estabelecer parcerias eficazes com a família, fornecendo informações a ela de seu

trabalho, buscando ações sinérgicas de comunicação constante.

12- Manter o bom humor e não se desgastar por pouco.

Concentrar seus esforços nas atividades ou tarefas importantes em longo prazo,

como aprendizado escolar, relação com os outros alunos e professores. Defina o que

é relevante para o processo educacional e foque seus esforços nessas atividades.

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13- Evidenciar aspectos positivos do seu comportamento.

Utilizar atividades motivadoras que renovem constantemente o interesse do aluno.

Aumentar os elogios, aprovação e apreciação de modo mais curto quando algo for

realizado adequadamente.

14- Usar o retorno imediato após comportamentos.

Agir rapidamente após um comportamento, propiciando imediato retorno positivo

ou negativo. Mantenha a calma e não altere o tom de voz.

15- Aumentar a frequência das consequências após comportamentos.

Proporcionar mais retorno e consequências mais frequentes para comportamentos

realizados pelos alunos.

16- Aproximar-se mais ao se comunicar com a criança.

Ir até o aluno, tocá-lo na mão, braço ou ombro, olhá-lo nos olhos, dizer brevemente o

que quer comunicar e encorajá-lo a repetir o que acabou de dizer.

Desse modo, o professor ao por em prática as ações sugeridas poderá levar à diminuição na

frequência de comportamentos de desatenção e hiperatividade e assim ocasionará melhor

aproveitamento do aluno em sala de aula.

REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APA - American Psychiatric Association. DSM – IV – TR. Manual diagnóstico e

estatístico de transtornos mentais. Trad. Cláudia Dornelles. 4. Ed. Ver. Porto Alegre:

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108

Artmed, 2002.

ARAUJO, Alexandra Prufer de Queiroz Campos. Avaliação e manejo da criança com

dificuldade escolar e distúrbio de atenção. Journal of Pediatrics. v.78, n. 1, p. 104-110,

2002.

ARAÚJO, M. V.; SERACENI, M. F. F.; MARIANI, M. C.; LIMA, S. F. B.; TEIXEIRA,

M. C. T. V.; CARREIRO, L. R. R. A observação como procedimento de avaliação

direta de comportamentos de desatenção e hiperatividade no ambiente escolar.

Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v.11, n.1, p. 68-77,

2011.

BARKLEY, Russell A.; MURPHY, Kevin R. Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade. Exercícios Clínicos. 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

BARKLEY, Russell A. e Cols. Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade.

Manual para diagnóstico e tratamento. 3ª Ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

CARREIRO, L. R. R.; LIMA, D. P.; MARQUES, M. A. A.; ARAÚJO, M. V.; TEIXEIRA,

M. C. T. V. Estudo exploratório sobre o conhecimento do Transtorno do Déficit de

Atenção e Hiperatividade entre professores de escolas públicas e privadas da cidade

de São Paulo. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, v.7,

n.1, p.34-52, 2007.

CARREIRO, L. R. R.; CERDEIRA, M. E.; PALARIA, A. C. Z.; ARAÚJO, M. V. Sinais

de desatenção e hiperatividade na escola: análise dos relatos dos professores sobre

suas expectativas e modos de lidar. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do

Desenvolvimento, v.10, n.1, p.49-58, 2010.

DALLANORA, Adriana Rossetto, FENSTERSEIFER, Caroline Lazzaron, LAWISCH,

Daniela Frantz; RAABE, Michelle Bertussi; AREOSA, Silvia Virginia Coutinho. A

relação da escola com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade nos vales do

Rio Pardo e Taquari - RS: um pensamento atual. Psicologia em Pesquisa, v.1, n.1, p.

29-33, 2007.

LANDSKRON, Lílian Marx Flor e SPERB, Tânia Mara. Narrativas de professoras

sobre o TDAH: um estudo de caso coletivo. Psicologia Escolar e Educacional, v.12,

n.1, p.153-167, 2008.

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109

OPEN CLIP ART LIBRARY. Public Domain. Disponível em: http://www.openclipart.org.

Acessado em 09/09/2010.

PASTURA, Giuseppe Mário C.; MATTOS, Paulo; ARAUJO, Alexandra P. Q. Campos.

Desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Revista de

Psiquiatria Clínica, v. 32, n. 6, p. 324-329, 2005.

ROCHA, Margarette Matesco; DEL PRETTE, Zilda Aparecida Pereira. Habilidades

sociais educativas para mães de crianças com TDAH e a inclusão escolar. Psicologia

Argumento, v. 28, n.60, p. 31-41, 2010.

ROSSI, Liene Regina. Efeitos de um programa pedagógico-comportamental sobre

TDAH para professores do ensino fundamental. Dissertação de Mestrado da

Faculdade de Ciências Programa de Pós-Graduação em Psicologia do

Desenvolvimento e Aprendizagem da Universidade Estadual Paulista - UNESP,

Bauru, 2008.

SCHWARTZMAN, José Salomão. Transtorno de Déficit de Atenção. São Paulo:

Memnon, Mackenzie, 2001.

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Anexo II - Protoloco de Observação (ARAÚJO, M. V. DE. Manejo Comportamental pelo

professor no contexto de sala de aula de alunos identificados com TDAH:

Desenvolvimento, implementação e avaliaçao de guia de intervençao. São Paulo: 2012.

Tese (Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana

Mackenzie)

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Protocolo de Observação

Aluno __________________________________________ Série: ___ano Professor ________________________________________ Data: ____/____/2014

Padrão comportamental

Comportamentos

Frequência

Nunca ou raramente

Algumas vezes

Muitas vezes

DESATENÇÃO

A - Desviar o olhar do professor durante a explicação

B - Desviar o olhar do caderno

C - Deixar de responder quando perguntado

FACILMENTE DISTRAÍDO

D - Envolver-se em eventos alheios às atividades em sala

E - Ultrapassar o tempo estabelecido para concluir tarefas

F - Demorar a iniciar tarefas escolares

G - Perder coisas

INQUIETAÇÃO

H - Mexer-se e contorcer-se na cadeira

I - Mexer mãos e pés

J - Mudar de postura

K - Falar em demasia

MOVIMENTAÇÃO

L - Levantar da carteira

M - Andar ou correr na sala ou para fora da sala

IMPULSIVIDADE

N - Ter dificuldade em aguardar sua vez

O - Falar sem ser estimulado

P - Interromper outras falas

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Descrição topográfica e operacionalização dos comportamentos compatíveis com os padrões comportamentais descritos para o TDAH

Padrão comporta-mental

Comportamentos Caracterização dos comportamentos e exemplos

DE

SA

TE

ÃO

A - Desviar o olhar do professor durante a explicação

Qualquer atividade realizada pelo aluno durante uma explicação que caracterize um desvio do olhar do professor durante sua realização. Ex.: Deitar na carteira, andar pela sala, mexer na bolsa, conversar com o colega.

B - Desviar o olhar do caderno

Qualquer atividade realizada pelo aluno em substituição a olhar para o caderno, durante a execução de uma tarefa em que isso é necessário. Ex.: Deitar na carteira, andar pela sala, mexer na bolsa, conversar com o colega.

C - Deixar de responder quando perguntado

Qualquer atividade realizada quando a professora se dirige ao aluno, mas ele não responde quando perguntado. Ex.: Deitar na carteira, andar pela sala, mexer na bolsa, conversar com o(s) colega(s), apenas calar-se.

FA

CIL

ME

NT

E D

IST

RA

ÍDO

D - Envolver-se em eventos alheios às atividades em sala

Qualquer atividade realizada pelo aluno diferente da solicitado pelo professor. Ex.: Mexer na bolsa quando deveria realizar um exercício; conversar com o(s) colega(s), ao invés de ler o texto; andar pela sala, ao invés de fazer contas.

E - Ultrapassar o tempo estabelecido para concluir tarefas

Não concluir as tarefas em tempo estipulado. Ex.: Quando a professora corrige um exercício em sala e fica explícito que o aluno não o finalizou.

F - Demorar a iniciar tarefas escolares

Demorar a realizar uma tarefa quando a professora pede para que os alunos a executem. Normalmente esse comportamento está associado a outros que impedem a realização das tarefas, como deitar na carteira, andar pela sala, mexer na bolsa, conversar com o colega.

G - Perder coisas

Não encontrar o material quando o necessita para realização de uma atividade. Ex.: perder lápis e borracha, lápis de cor, necessários para realização da tarefa.

INQ

UIE

TA

ÇÃ

O

H - Mexer-se e contorcer-se na cadeira

Qualquer movimento do tronco, cabeça ou pescoço do aluno durante a realização de uma explanação ou atividade escolar. Ex.: Remexer o tronco, pescoço ou cabeça.

I - Mexer mãos e pés

Qualquer movimento do aluno durante a realização de uma explanação ou atividade escolar, que seja focado no remexer de pés e mãos. Ex.: Balançar os pés ou movimentar excessivamente as mãos.

J - Mudar de postura

Qualquer movimento do aluno durante a realização de uma explanação ou atividade escolar que faça com que ele se vire na cadeira. Ex.: Virar para conversar com o(s) colega(s) de trás.

K - Falar em demasia Falar em situações nas quais se espera que permaneça em silêncio. Ex.: Fala durante a explicação do professor, fala durante a realização de tarefas individuais, fala

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quando outros estão falando.

MO

VIM

EN

TA

ÇÃ

O

L - Levantar da carteira

Levantar-se da carteira em situações nas quais se espera que permaneça sentado. Ex.: Levantar da carteira durante a explicação do professor, durante a realização de tarefas.

M - Andar ou correr na sala ou para fora da sala

Andar ou correr pela sala ou para fora dela em situações nas quais se espera que permaneça sentado. Ex.: Andar pela sala durante a explicação do professor, durante a realização de tarefas; pedir constantemente para ir ao banheiro ou beber água.

IMP

UL

SIV

IDA

DE

N - Ter dificuldade em aguardar sua vez

Dificuldade para aguardar sua vez quando vários alunos são solicitados para a realização de alguma atividade. Ex.: O aluno não aguarda ser chamado quando o professor distribui material para a sala de aula, não aguarda sua vez quando vários colegas são solicitados para realizar uma atividade na lousa.

O - Falar sem ser estimulado

Fala sem ser perguntado ou autorizado, ou sem ser o momento adequado. Ex.: Responder à pergunta da professora, quando esta foi dirigida a outro aluno, introduzir assuntos não pertinentes durante a explicação.

P - Interromper outras falas

Intromete-se em uma conversa sem ser solicitado ou autorizado. Ex.: Interromper a explicação do professor, a pergunta do colega, o assunto de outra conversa entre os colegas.

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Anexo III – Checklist (ARAÚJO, M. V. DE. Manejo Comportamental pelo professor no

contexto de sala de aula de alunos identificados com TDAH: Desenvolvimento,

implementação e avaliaçao de guia de intervençao. São Paulo: 2012. Tese (Doutorado em

Distúrbios do Desenvolvimento) - Universidade Presbiteriana Mackenzie)

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Checklist utilizado pelo professor

Nunca ou raramente: Estratégia nunca ou raramente utilizada nas aulas. Algumas vezes: Estratégia utilizada apenas em algumas aulas ou dias. Muitas vezes: Estratégia utilizada diariamente nas aulas.

ESTRATÉGIAS Utilização

Frequência Justificativa

Estabelecer regras com os alunos. Ao estabelecer regras, certificar-se de que elas sejam aceitas coletivamente, pois elas devem ser utilizadas como estabelecedoras de limites e relembradas constantemente.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Comunicar o tempo no decorrer da aula e das atividades solicitadas. Deixar claro o tempo que será disponibilizado e informar sistematicamente o seu decorrer.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Ressaltar informações importantes. Colocar lembretes, dicas e sugestões em locais acessíveis à criança ou adolescente, através de cartazes, lembretes na lousa, recados no caderno ou agenda, etc.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Sentar o aluno perto do professor. Trazer o aluno para localizações mais próximas do professor dentro da sala de aula, isto é, sentá-lo em uma carteira próxima à mesa do professor.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Desenvolver auto-organização e autonomia. Auxiliar o aluno a organizar suas atividades de estudo em sala e em casa, através de orientações verbais e escritas, exemplificando como ele poderá fazer o solicitado.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Fracionar a carga de trabalho total. Solicitar atividades de modo direto, objetivo, dividindo as tarefas em execuções mais curtas. Fracionar os exercícios e atividades com reforço de instruções entre eles.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Utilizar atividades e texto com destaque. Destacar as partes mais importantes de uma atividade, ou questão de prova, texto, para que o aluno possa direcionar a atenção para elas.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Diversificar o material utilizado. Utilizar materiais diferentes, reciclados, papel colorido, revistas, jornais.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Mesclar atividades de baixa atratividade com as de alta. Intercalar atividades necessárias que sejam potencialmente menos atrativas com atividades mais atrativas, visando manter o nível de interesse do aluno no decorrer do período de aulas.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Comunicar-se com os pais. Estabelecer parcerias eficazes com a família, fornecendo informações a ela de seu trabalho buscando ações sinérgicas de comunicação constante.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Manter o bom humor e não se desgastar por pouco. Concentrar seus esforços nas atividades ou tarefas importantes em longo prazo, como aprendizado escolar, relação com os outros alunos e professores. Defina o que é relevante para o processo educacional e foque seus esforços nessas atividades.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Estimular o autocontrole e autopercepção. Atribuir atividades para as quais o próprio aluno possa ser responsável e que o auxilie a perceber como foi o seu desempenho e as relações de dependência entre atividades diferentes.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Evidenciar aspectos positivos do comportamento do aluno. Utilizar atividades motivadoras que renovem constantemente o interesse do aluno. Aumentar os elogios, aprovação e apreciação de modo mais curto quando algo for realizado adequadamente.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Usar o retorno imediato após comportamentos. Agir rapidamente após um comportamento, propiciando imediato retorno positivo ou negativo.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Aumentar a frequência das consequências após comportamentos. Proporcionar mais retorno e consequências mais frequentes para comportamentos realizados pelos alunos.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

Aproximar-se mais ao se comunicar com a criança. Ir até o aluno, tocá-la na mão, braço ou ombro, olhá-la nos olhos, dizer brevemente o que quer comunicar e encorajar a criança a repetir o que acabou de dizer.

( ) Nunca ou raramente ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes

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Anexo IV - Carta de Informação aos Responsáveis

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117

CARTA INFORMATIVA DE PESQUISA

Sr/Sra Pais ou Responsáveis

Sou Psicólogo e mestrando do Programa de Pós Graduação em Distúrbios do

Desenvolvimento (PPG-DD) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Desde 2013

mantemos contato com a direção da Escola Municipal CEI Curitiba Ano 300 (CEI 300), onde

seu filho/a está matriculado, com um intuito de realizarmos uma parceria de pesquisa com o

objetivo de atender a uma necessidade educacional que é a atenção e o comportamento da

criança em sala de aula.

Neste ano de 2014, após solicitarmos autorização da Secretaria Municipal de Educação

de Curitiba (SME) e da direção do CEI 300, gostaríamos de convidá-lo a participar do projeto

de pesquisa: MANEJO COMPORTAMENTAL EM SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE

COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO

PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se propõe a Analisar os efeitos de

procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I.

O procedimento de nossa pesquisa será feito da seguinte maneira:

a) Os pais ou responsáveis deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) autorizando a participação da criança na pesquisa;

b) Os pais ou responsáveis preencherão o inventario de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6-18 (CBCL/6-18), que fornece informações sobre a criança;

c) Os Professores preencherão o Inventário de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), somente das crianças a qual os pais assinaram o

TCLE, que fornece informações da criança em sala de aula. Esse inventário será preenchido

duas vezes. No inicio (abril/14) e no final (setembro/14) da pesquisa.

d) As crianças que forem identificadas com sinais de desatenção e/ou hiperatividade,

pelo CBCL e TRF, serão submetidas a Escala de Inteligência Wechsler para crianças – WISC

III e o professor preencherá a Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão

de professores (BENCZIK). O WISC III será aplicado por um psicólogo treinado. O WISC III

será aplicado em data e hora marcados fora do horário escolar.

e) O manejo comportamental, objetivo desta pesquisa, será desempenhado pelo

professor durante 24 semanas. O professor será treinado pelo pesquisador e receberá

acompanhamento semanal.

Nesta pesquisa, os instrumentos de coleta de dados e o contato interpessoal não

oferecem riscos mínimos aos participantes. Todavia havendo necessidade de apoio

psicológico o pesquisador compromete-se em fazê-lo e havendo necessidade encaminha-lo

para atendimento especializado.

Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao Pesquisador Responsável para o

esclarecimento de eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terá o direito de retirar-se do

estudo a qualquer momento, sem qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas

serão analisadas em conjunto com a de outros participantes e será garantido o sigilo, a

privacidade e a confidencialidade das questões respondidas, sendo resguardado o nome dos

participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá acesso a essa informação), bem como a

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118

identificação do local da coleta de dados.

Caso você tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa,

poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Presbiteriana Mackenzie - Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Curitiba, 12 de fevereiro de 2014.

_______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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119

CARTA INFORMATIVA DE PESQUISA

Sra Professora

Sou Psicólogo e mestrando do Programa de Pós Graduação em Distúrbios do

Desenvolvimento (PPG-DD) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Desde 2013

mantemos contato com a direção da Escola Municipal CEI Curitiba Ano 300 (CEI 300), onde

a senhora trabalha, com um intuito de realizarmos uma parceria de pesquisa com o objetivo de

atender a uma necessidade educacional que é a atenção e o comportamento da criança em sala

de aula.

Neste ano de 2014, após solicitarmos autorização da Secretaria Municipal de Educação

de Curitiba (SME) e da direção do CEI 300, gostaríamos de convidá-lo a participar do projeto

de pesquisa: MANEJO COMPORTAMENTAL EM SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE

COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO

PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se propõe a Analisar os efeitos de

procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I.

O procedimento de nossa pesquisa será feito da seguinte maneira:

a) Os pais ou responsáveis deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) autorizando a participação da criança na pesquisa;

b) Os pais ou responsáveis preencherão o inventario de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6-18 (CBCL/6-18), que fornece informações sobre a criança;

c) Os professores deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) autorizando a participação na pesquisa;

d) Serão selecionadas duas turmas do 2° ano e duas turmas do 4° ano. Os professores,

que aceitarem participar através do TCLE, serão sorteados para comporem o grupo de

pesquisa experimental e o grupo de pesquisa controles.

e) Os Professores preencherão o Inventário de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), somente das crianças a qual os pais assinaram o

TCLE, que fornece informações da criança em sala de aula. Esse inventário será preenchido

duas vezes. No inicio (abril/14) e no final (setembro/14) da pesquisa.

f) As crianças que forem identificadas com sinais de desatenção e/ou hiperatividade,

pelo CBCL e TRF, serão submetidas a Escala de Inteligência Wechsler para crianças – WISC

III e o professor preencherá a Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão

de professores (BENCZIK). O WISC III será aplicado por um psicólogo treinado. O WISC III

será aplicado em data e hora marcados fora do horário escolar.

e) O manejo comportamental, objetivo desta pesquisa, será desempenhado pelo

professor do grupo experimental durante 24 semanas. O professor será treinado pelo

pesquisador e receberá acompanhamento semanal.

Nesta pesquisa, os instrumentos de coleta de dados e o contato interpessoal não

oferecem riscos mínimos aos participantes. Todavia havendo necessidade de apoio

psicológico o pesquisador compromete-se em fazê-lo e havendo necessidade a encaminhará

para atendimento especializado.

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Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao Pesquisador Responsável para o

esclarecimento de eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terá o direito de retirar-se do

estudo a qualquer momento, sem qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas

serão analisadas em conjunto com a de outros participantes e será garantido o sigilo, a

privacidade e a confidencialidade das questões respondidas, sendo resguardado o nome dos

participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá acesso a essa informação), bem como a

identificação do local da coleta de dados.

Caso você tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa,

poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Presbiteriana Mackenzie - Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Curitiba, 12 de fevereiro de 2014.

______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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CARTA INFORMATIVA DE PESQUISA

Sra Diretora

Sou Psicólogo e mestrando do Programa de Pós Graduação em Distúrbios do

Desenvolvimento (PPG-DD) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Desde 2013

mantemos contato com a direção da Escola Municipal CEI Curitiba Ano 300 (CEI 300), onde

a senhora é a diretora, com um intuito de realizarmos uma parceria de pesquisa com o

objetivo de atender a uma necessidade educacional que é a atenção e o comportamento da

criança em sala de aula.

Neste ano de 2014, após solicitarmos autorização da Secretaria Municipal de Educação

de Curitiba (SME) e da direção do CEI 300, gostaríamos de convidá-la a participar do projeto

de pesquisa: MANEJO COMPORTAMENTAL EM SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE

COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO

PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se propõe a Analisar os efeitos de

procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de comportamentos

de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I.

O procedimento de nossa pesquisa será feito da seguinte maneira:

a) Os pais ou responsáveis deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE) autorizando a participação da criança na pesquisa;

b) Os pais ou responsáveis preencherão o inventario de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6-18 (CBCL/6-18), que fornece informações sobre a criança;

c) Os professores deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) autorizando a participação na pesquisa;

d) Serão selecionadas duas turmas do 2° ano e duas turmas do 4° ano. Os professores,

que aceitarem participar através do TCLE, serão sorteados para comporem o grupo de

pesquisa experimental e o grupo de pesquisa controles.

e) Os Professores preencherão o Inventário de comportamentos para crianças e

adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), somente das crianças a qual os pais assinaram o

TCLE, que fornece informações da criança em sala de aula. Esse inventário será preenchido

duas vezes. No inicio (abril/14) e no final (setembro/14) da pesquisa.

f) As crianças que forem identificadas com sinais de desatenção e/ou hiperatividade,

pelo CBCL e TRF, serão submetidas a Escala de Inteligência Wechsler para crianças – WISC

III e o professor preencherá a Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão

de professores (BENCZIK). O WISC III será aplicado por um psicólogo treinado. O WISC III

será aplicado em data e hora marcados fora do horário escolar.

e) O manejo comportamental, objetivo desta pesquisa, será desempenhado pelo

professor do grupo experimental durante 24 semanas. O professor será treinado pelo

pesquisador e receberá acompanhamento semanal.

Nesta pesquisa, os instrumentos de coleta de dados e o contato interpessoal não

oferecem riscos mínimos aos participantes. Todavia havendo necessidade de apoio

psicológico o pesquisador compromete-se em fazê-lo e havendo necessidade a encaminhará

para atendimento especializado.

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Após realização da pesquisa e divulgação do seu resultado, sendo favorável, o

pesquisador compromete-se em expandir o conhecimento com todos os docentes da escola

CEI 300.

Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao Pesquisador Responsável para o

esclarecimento de eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terá o direito de retirar-se do

estudo a qualquer momento, sem qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas

serão analisadas em conjunto com a de outros participantes e será garantido o sigilo, a

privacidade e a confidencialidade das questões respondidas, sendo resguardado o nome dos

participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá acesso a essa informação), bem como a

identificação do local da coleta de dados.

Caso você tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa,

poderá entrar em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade

Presbiteriana Mackenzie - Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Curitiba, 12 de fevereiro de 2014.

______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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Anexo V - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

PAIS ou RESPONSÁVEIS pelo Sujeito de Pesquisa

Gostaríamos de convidá-lo a participar do projeto de pesquisa MANEJO COMPORTAMENTAL EM

SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se

propõe a Analisar os efeitos de procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de

comportamentos de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I. Os dados para o estudo serão coletados através

do preenchimento pelos pais ou responsáveis do inventario de comportamentos para crianças e adolescentes

entre 6-18 (CBCL/6-18), do preenchimento pelo professor do Inventário de comportamentos para crianças

e adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), da aplicação da Escala de Inteligência Wechsler para crianças

– WISC III, da aplicação da Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão de professores

(BENCZIK), do preenchimento do protocolo de observação pelo professor do aluno em sala de aula, do

preenchimento do Checklist de estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula. Os instrumentos de

avaliação serão aplicados pelo Pesquisador Responsável e tanto os instrumentos de coleta de dados quanto

o contato interpessoal não oferecem riscos mínimos aos participantes.

Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao Pesquisador Responsável para o esclarecimento de

eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terá o direito de retirar-se do estudo a qualquer momento, sem

qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas serão analisadas em conjunto com a de outros

participantes e será garantido o sigilo, a privacidade e a confidencialidade das questões respondidas, sendo

resguardado o nome dos participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá acesso a essa informação),

bem como a identificação do local da coleta de dados.

Caso você tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa, poderá entrar em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie - Rua da

Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Declaro que li e entendi os objetivos deste estudo, e que as dúvidas que tive foram esclarecidas pelo

Pesquisador Responsável. Estou ciente que a participação é voluntária, e que, a qualquer momento tenho o

direito de obter outros esclarecimentos sobre a pesquisa e de retirar-me da mesma, sem qualquer penalidade

ou prejuízo.

Nome do Responsável pelo Sujeito de Pesquisa:___________________________________

Assinatura do Responsável pelo Sujeito de Pesquisa:_______________________________

Declaro que expliquei ao Responsável pelo Sujeito de Pesquisa os procedimentos a serem realizados neste

estudo, seus eventuais riscos/desconfortos, possibilidade de retirar-se da pesquisa sem qualquer penalidade

ou prejuízo, assim como esclareci as dúvidas apresentadas.

Curitiba, ___de___________________ de 2014.

______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

__________________________________

Profº Drº Luiz Renato Rodrigues Carreiro

Orientador

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Professor do Sujeito de Pesquisa

Gostaríamos de convidá-lo a participar do projeto de pesquisa MANEJO COMPORTAMENTAL EM

SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se

propõe a Analisar os efeitos de procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de

comportamentos de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I. Os dados para o estudo serão coletados através

do preenchimento pelos pais ou responsáveis do inventario de comportamentos para crianças e adolescentes

entre 6-18 (CBCL/6-18), do preenchimento pelo professor do Inventário de comportamentos para crianças

e adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), da aplicação da Escala de Inteligência Wechsler para crianças

– WISC III, da aplicação da Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão de professores

(BENCZIK), do preenchimento do protocolo de observação pelo professor do aluno em sala de aula, do

preenchimento do Checklist de estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula. Os instrumentos de

avaliação serão aplicados pelo Pesquisador Responsável e tanto os instrumentos de coleta de dados quanto

o contato interpessoal não oferecem riscos mínimos aos participantes.

Em qualquer etapa do estudo você terá acesso ao Pesquisador Responsável para o esclarecimento de

eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terá o direito de retirar-se do estudo a qualquer momento, sem

qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas serão analisadas em conjunto com a de outros

participantes e será garantido o sigilo, a privacidade e a confidencialidade das questões respondidas, sendo

resguardado o nome dos participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá acesso a essa informação),

bem como a identificação do local da coleta de dados.

Caso você tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa, poderá entrar em

contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie - Rua da

Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Declaro que li e entendi os objetivos deste estudo, e que as dúvidas que tive foram esclarecidas pelo

Pesquisador Responsável. Estou ciente que a participação é voluntária, e que, a qualquer momento tenho o

direito de obter outros esclarecimentos sobre a pesquisa e de retirar-me da mesma, sem qualquer penalidade

ou prejuízo.

Nome do Responsável pelo Sujeito de Pesquisa:___________________________________

Assinatura do Responsável pelo Sujeito de Pesquisa:_______________________________

Declaro que expliquei ao Responsável pelo Sujeito de Pesquisa os procedimentos a serem realizados neste

estudo, seus eventuais riscos/desconfortos, possibilidade de retirar-se da pesquisa sem qualquer penalidade

ou prejuízo, assim como esclareci as dúvidas apresentadas.

Curitiba, ___de___________________ de 2014.

______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

__________________________________

Profº Drº Luiz Renato Rodrigues Carreiro

Orientador

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - INSTITUIÇÃO

Gostaríamos de convidá-lo a participar do projeto de pesquisa MANEJO COMPORTAMENTAL EM

SALA DE AULA PARA REDUÇÃO DE COMPORTAMENTOS DE DESATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE: ORIENTAÇÃO AO PROFESSOR E IMPLEMENTAÇÃ DE MANEJO, que se

propõe a Analisar os efeitos de procedimentos de manejo comportamental em sala de aula, para redução de

comportamentos de desatenção e hiperatividade, através de orientação ao professor e implementação de um

guia de intervenção, em estudantes do ensino fundamental I. Os dados para o estudo serão coletados através

do preenchimento pelos pais ou responsáveis do inventario de comportamentos para crianças e adolescentes

entre 6-18 (CBCL/6-18), do preenchimento pelo professor do Inventário de comportamentos para crianças

e adolescentes entre 6 a 18 anos (TRF/6-18), da aplicação da Escala de Inteligência Wechsler para crianças

– WISC III, da aplicação da Escala de Transtorno de Atenção e/ou Hiperatividade: versão de professores

(BENCZIK), do preenchimento do protocolo de observação pelo professor do aluno em sala de aula, do

preenchimento do Checklist de estratégias utilizadas pelo professor em sala de aula. Os instrumentos de

avaliação serão aplicados pelo Pesquisador Responsável e tanto os instrumentos de coleta de dados quanto

o contato interpessoal não oferecem riscos mínimos aos participantes.

Em qualquer etapa do estudo os participantes e a Instituição terão acesso ao Pesquisador Responsável para

o esclarecimento de eventuais dúvidas (no endereço abaixo), e terão o direito de retirar-se do estudo a

qualquer momento, sem qualquer penalidade ou prejuízo. As informações coletadas serão analisadas em

conjunto com a de outros participantes e será garantido o sigilo, a privacidade e a confidencialidade das

questões respondidas, sendo resguardado o nome dos participantes (apenas o Pesquisador Responsável terá

acesso a essa informação), bem como a identificação do local da coleta de dados.

Caso a Instituição tenha alguma consideração ou dúvida sobre os aspectos éticos da pesquisa, poderá entrar

em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Presbiteriana Mackenzie - Rua da

Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar. Assim, considerando-se o exposto, solicitamos o

consentimento desta Instituição para o contato com os Sujeitos de Pesquisa.

Desde já agradecemos a sua colaboração.

Declaro que li e entendi os objetivos deste estudo, e que as dúvidas que tive foram esclarecidas pelo

Pesquisador Responsável. Estou ciente que a participação da Instituição e dos Sujeitos de Pesquisa é

voluntária, e que, a qualquer momento ambos tem o direito de obter outros esclarecimentos sobre a

pesquisa e de retirar-se da mesma, sem qualquer penalidade ou prejuízo.

Nome do Representante Legal da Instituição:______________________________________

Assinatura do Representante Legal da Instituição:__________________________________

Declaro que expliquei ao Responsável pela Instituição os procedimentos a serem realizados neste estudo,

seus eventuais riscos/desconfortos, possibilidade de retirar-se da pesquisa sem qualquer penalidade ou

prejuízo, assim como esclareci as dúvidas apresentadas.

Curitiba, ___de___________________ de 2014.

______________________________

Alisson Rogério Caetano de Siqueira

Pesquisador Responsável

__________________________________

Profº Drº Luiz Renato Rodrigues Carreiro

Orientador

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Rua da Consolação, 896 - Ed. João Calvino - 1º andar.

Telefone para contato: (41) 9637-9831

E-mail para contato: [email protected]

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Anexo VI - Questionário Socioeconômico

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QUESTIONÁRIO SÓCIO-ECONÔMICO

I- DADOS DA CRIANÇA 1. Pessoais

Nome:_________________________________________________________________

Idade:______anos Sexo: ( ) Masc ( ) Fem

2. Nascimento

a. Nasceu com quantos meses? ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) 9 ( ) mais

b. O parto foi? ( ) Normal ( ) Cesáreo ( ) Forceps

c. A gravidez era de risco? ( ) Não ( ) Sim. Qual motivo _______________________

___________________________________________________________________________

3. Já foi diagnosticado com alguma doença? ( ) Não ( ) Sim. Qual

___________________________________________________________________________

4. Faz uso de medicação? ( ) Não ( ) Sim. Qual

___________________________________________________________________________

II- DADOS FAMILIARES

1. Renda familiar (soma do salário de todos os que moram na casa, em reais)

( ) até R$ 724,00 ( ) entre R$ 1448,00 e R$ 3.620,00

( ) entre R$ 724,00 e R$ 1448,00 ( ) mais de R$ 3.620,00

2. Os pais da criança estão:

( ) Casados ( ) Vivem juntos ( ) Separados ( ) Outro_______

3. A criança mora com?

( ) Pai e Mãe ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Avô ou Avó ( ) Outro______

4. Quem passa mais tempo com a criança?

( ) Pai e Mãe ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Avô ou Avó ( ) Outro______

5. Qual a profissão da pessoa que passa mais tempo com a criança?

__________________________________________________________________________

III- DADOS ESCOLARES

1. A criança estudou qual ano em escola particular?

( ) Nenhum ( ) 1° ano ( ) 2° ano ( ) 3° ano

2. A criança já repetiu algum ano? ( ) Não ( ) Sim. Qual______

3. Quando tem reunião na escola quem normalmente comparece?

( ) Pai e Mãe ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Avô ou Avó ( ) Outro _______

IV- OPINIÃO DO RESPONSAVEL

1. Você acha a criança desatenta? ( ) Não ( ) Sim. Por que? ( ) Talvez. Por que?

___________________________________________________________________________

2. Você acha a criança agitada, hiperativa? ( ) Não ( ) Sim. Por que? ( ) Talvez. Por que?

___________________________________________________________________________

Curitiba-PR, ____ de fevereiro de 2014.

Nome: _____________________________________________________________________

Relação com a criança: ( ) Pai ( ) Mãe ( ) Avô ou Avó ( ) Outro _________