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Universidade Presidente Antonio Carlos Legislação Tributária Capítulo 002 INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Fernando de Sousa Santana

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Page 1: Universidade Presidente Antonio Carlos Legislação Tributária – Capítulo 002 INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO Prof. Fernando de Sousa Santana

Universidade Presidente Antonio Carlos

Legislação Tributária – Capítulo 002

INTRODUÇÃO AO DIREITO TRIBUTÁRIO

Prof. Fernando de Sousa Santana

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Conceito de Direito Tributário:

• Direito Tributário é o ramo do Direito Público que disciplina as relações entre o Estado e o particular no campo da imposição, fiscalização e arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria (e também de empréstimos compulsórios e de contribuições sociais).

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Autonomia do Direito Tributário• O ramo do Direito para ser considerado autônomo, deve satisfazer

concomitantemente ao seguintes requisitos: possuir objeto próprio de estudo; obedecer a princípios próprios; elaborar institutos próprios.

• * “princípio”: é aquela proposição diretora, a qual todo desenvolvimento seguinte deve estar subordinado.

• * “instituto”: em direito, consiste na disciplina integral de uma determinada relação jurídica.

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Objeto do Direito Tributário • Consiste na disciplina dos tributos e das relações

jurídicas a eles pertinentes, conforme enfatiza a parte final do artigo 96 do CTN.

• Artigo 96 CTN: A expressão legislação tributária compreende leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares, que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.

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Codificação do Direito Tributário

• O Sistema Tributário Nacional, conforme disposto no art. 2.º do CTN, deve ser entendido como o conjunto de instituições dotadas de poder conferido pelo Direito Tributário, de regras tributárias de caráter constitutivo ou interpretativo da legislação e, mesmo, de práticas tributárias aceitas pelos órgãos e entidades da Administração Pública, desde que, no seu relacionamento possam produzir efeitos na vida econômica das pessoas como conseqüências de ordem tributária.

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Fontes do Direito Tributário

Fontes Materiais:• É o conjunto de fatos econômicos que acabam por

ensejar a criação de uma legislação para atender a regulamentação tributária.

Fontes Formais:• A fonte formal do Direito Tributário é a lei, regra social

obrigatória, de caráter permanente e geral, emanada do poder competente.

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Fontes Formais Primárias e Secundárias

1) Fontes formais primárias:• a Constituição Federal e suas emendas;• leis complementares;• leis ordinárias;• leis delegadas;• medidas provisórias;• decretos legislativos; e• resoluções.

2) Fontes formais secundárias:• Decretos executivo;• instruções ministeriais;• normas complementares.• Atos Normativos• Decisões com eficácia normativa• Práticas administrativas reiteradas• Convênios

* Ainda existem as fontes formais indiretas, que são a doutrina e a jurisprudência.

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Relação do Direito Tributário com Outros Ramos do Direito

Direito Constitucional:• O primeiro e mais importante ramo com que está relacionado o Direito Tributário é o

Direito Constitucional. A Constituição além de dedicar um capítulo inteiro ao Sistema Tributário, contém diversos princípios a ele aplicáveis, tais como o princípio da estrita legalidade tributária, estrita igualdade tributária, da anterioridade e da tipicidade.

Direito Civil:• Pelas normas que fornece para a sua aplicação e interpretação, guarda uma estreita

relação como Direito Tributário. O CTN, por exemplo, trata da restituição de tributos • indevidamente pagos, preceito inspirado na figura do enriquecimento sem causa

prevista no Código Civil.

Direito Penal:• O Direito Penal pune diversas condutas relacionadas com o Direito Tributário, como o

contrabando, descaminho, sonegação e a apropriação indébita.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIAI. Constituição:• Na Constituição encontram-se as principais

normas sobre os tributos, delimitando os princípios e as regras gerais para a sua criação. Inclui-se na Constituição as emendas que esta vier a sofrer.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

II. Lei Complementar:• A lei complementar é uma espécie normativa autônoma

com função de complementar os dispositivos constitucionais, que de forma explícita requeiram esse complemento. Demanda para sua aprovação, um quorum especial de maioria absoluta dos votos dos membros das duas casas de que se compõe o Congresso Nacional.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIANo campo tributário, as leis complementares a Constituição são requisitadas:

1. Para estabelecer (art. 146 da CF): normas gerais sobre a legislação tributária; prevenção a eventuais conflitos de competência entre a União Federal, os estados e o Distrito Federal e os municípios; regulação, quanto aos artigos 150 a 152 (limitações constitucionais ao poder de tributar).

2. Para estabelecer o conceito de “grandes fortunas” (art. 153, VIII da CF).

3. Para regular, a nível nacional, o ICMS (art. 155, § 2.º, X, “a” da CF).

4. Para regular a competência para a instituição do ITD, nos casos em que o doador dos bens transmitidos tiver domicílio ou residência no exterior, assim como, nas transmissões “causa mortis”, nos casos em que o “de cujus” possuía bens no exterior, era domiciliado ou residente no exterior ou teve o seu inventário processado no exterior (art. 153, § 1.º, III da CF).

5. Para definir “produtos semi-elaborados” (art. 155, § 2.º, X, “a” da CF).

6. Para estabelecer não incidência (isenções), quanto ao ICMS e ao ISS, nas exportações de mercadorias e serviços (arts. 155, § 2.º, XII, “e” e 156, § 4.º, II da CF).

7. Para fixar as alíquotas máximas do IVV e do ISS (art. 156, § 4.º, I da CF).

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

III. Lei Ordinária • A lei ordinária tem competência para instituir tributos,

nos parâmetros estabelecidos pelas leis complementares. Emana do Legislativo Estadual, Municipal ou do Distrito Federal. A Constituição atribui a competência tributária, a lei complementar estipula as normas gerais e a lei ordinária institui o tributo.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

IV. Tratados e Convenções Internacionais:• Os tratados e convenções internacionais revogam ou

modificam a legislação tributária interna. É de competência exclusiva do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tratados, convenções e atos internacionais, celebrados pelo Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

V. Decretos Legislativos:• Os decretos legislativos são intimamente

ligados ao direito tributário, pois são os que aprovam os tratados, convenções e atos internacionais celebrados pelo Presidente da República.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

VI - Leis delegadas: Ato normativo de confecção do Poder Executivo, por meio de delegação conferida pelo poder Legislativo. (Art. 68 da CF).

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

VII - Medidas provisórias: Em caso de relevância e urgência o Presidente da República poderá adotar MP, com força de lei. A MP deve ser convertida em lei no prazo de 60 dias a partir de sua publicação, podendo ser prorrogada uma única vez.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

VIII - Decretos legislativos: Ato emanado do Congresso Nacional, em decorrência do exercício de sua competência, não estando sujeito à sanção do Presidente. (Art.49, I da CF).

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IX – Resoluções: Norma jurídica que resulta da deliberação do Congresso Nacional. Nasce com força de lei. (Art. 59, VII da CF)

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Vigência e Aplicabilidade da Lei

Conceito:• A legislação entra em vigor quando produz os efeitos que lhe são

próprios. Mas tanto no tempo (prazos), como no espaço (território), a vigência depende de regras que a própria legislação ou outras leis dispõem.

Vigência:• Vigência é aquele atributo da lei que lhe confere plena

disponibilidade para sua aplicação. Veja-se bem que não significa efetiva aplicação.

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Vigência no Tempo• As leis tributárias podem, em princípio, determinar sua

vigência imediata.

• A lei não pode ter vigência antes de sua publicação.

O início da vigência poderá ser:a) na data da publicação;b) em dia certo e predeterminado; c) em dia determinado a contar da publicação.

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Vigência no Tempo• Quando a vigência da lei não coincide com a da

publicação, o período que se intercala entre a publicação e a vigência é chamado de "vacatio legis", isto é, vacância da lei.

• Quando não houver disposição específica, prevalece a regra geral do art. 1 da Lei de Introdução ao Código Civil, que, em síntese, diz que as leis passarão a produzir efeitos quarenta e cinco dias após sua publicação, no Território Nacional, e três meses, no exterior.

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Vigência no TempoA lei tanto nasce, isto é, ganha vigência, quanto se extingue. A esta extinção

dá-se o nome de "revogação". Como o Código Tributário Nacional não estipula regras específicas de revogação para a legislação tributária, a solução não pode ser outra senão a de inquestionável incidência na espécie do preceituado na Lei de Introdução ao Código Civil que consigna:

• 1. O princípio da continuidade das leis: em regra a lei é feita para ter vigência indefinida no tempo; nem o próprio desuso tem o condão de tirar-lhe a eficácia.

• 2. O princípio de que a lei só pode ser revogada por outra lei, é dizer, um regulamento, uma portaria jamais poderão extinguir a eficácia de uma lei.

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Vigência no Espaço• Cada uma das normas tributárias está vinculada quer à União, quer aos

Estados, quer aos Municípios, que ao Distrito Federal e, nestas condições, produzirá seus efeitos no âmbito dos territórios respectivos: federal, estadual, municipal e territorial.

• Excepcionalmente, no entanto, pode-se falar em extraterritorialidade da lei tributária. Isto de dá:

a) por força de tratados ou convenções firmados pela União;

b) por força de convênios firmados entre Estados ou entre Municípios.

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Aplicabilidade• O Código Tributário distinguiu entre vigência e aplicação da Legislação Tributária. O

conceito de vigência da norma jurídica não deve ser confundido com o de aplicação

• Aplicar o direito significa fazer incidir a norma abstrata sobre o caso concreto, modo pelo qual só produzem os efeitos jurídicos (eficácia) que lhe são próprios. A distinção entre vigência e aplicação da norma torna-se evidente em situações que a lei (vigente quando da ocorrência do fato, mas não mais no momento de sua aplicação) é aplicável a fato pretérito.

• Em outros casos, uma lei, embora em vigor, não pode ser aplicada, como nos casos em que incide a regra que impede o poder público de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150, III, “b” da CF) ou as contribuições para a seguridade social, que só podem ser cobradas 90 dias depois da publicação da lei que as instituiu ou modificou (art. 195, § 6.º).

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Aplicabilidade• A Lei de Introdução ao Código Civil estabelece as seguintes regras gerais sobre

vigência e aplicação da lei:

1. Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

2. A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.

3. Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência (repristinação).

4. Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem-comum.

5. A lei em vigor terá efeito imediato e geral. Não atingirá, entretanto, salvo disposição expressa em contrário, as situações jurídicas definitivamente constituídas e a execução do ato jurídico perfeito.

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Interpretação da Legislação Tributária• A interpretação da lei inicia-se pela compreensão da norma, em seu

enunciado literal e na sua concepção lógica. Essa é a interpretação literal ou gramatical, que não exclui a necessidade da busca do sentido exato da palavra.

• A interpretação literal, contudo, é insuficiente. O direito como ciência normativa que é, exige que a interpretação da lei vá muito além da sua literalidade lógica. O hermeneuta há de ter em vista o fim da lei, o resultado que a norma procura atingir no caso concreto. O intérprete deve examinar a norma no contexto social e histórico, demarcado pelos aspectos espacial e temporal determinados pela sua vigência.

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Interpretação da Legislação Tributária• A interpretação da lei pode ser:

1. Autêntica: quando o seu sentido é explicado por outra lei, ou por dispositivo específico da mesma lei.

2. Doutrinária: quando provém das lições de juristas, professores e estudiosos do direito.

3. Jurisprudencial: dada pelo Judiciário, na aplicação da lei aos casos concretos.

4. Gramatical ou literal: baseada nas regras de gramática.

5. Lógica: quando procura reconstruir o pensamento do legislador, conciliando aparentes contradições.

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Interpretação da Legislação Tributária• 6. Histórica: procura analisar a lei em relação ao momento social em que foi

editada.

• 7. Sistemática: procura harmonizar o texto da lei com o resto do sistema jurídico.

• 8. Comparada: estabelece uma comparação entre as leis de diversos países.

• 9. Extensiva: procura-se ampliar o sentido da lei, para abranger casos semelhantes.

• 10. Restritiva: procura-se conter o texto, de modo restrito, para que não alcance outras situações.

• 11. Teleológica ou social: procura entender para que fins a lei foi editada.

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Interpretação da Legislação Tributária

• “In Dúbio Pro Reo”:

A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidade, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado (art. 112 do CTN).

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Interpretação da Legislação Tributária

• Lacuna na Lei:O Código Tributário, em seu artigo 108, enumera os princípios de

hermenêutica do direito geral, no caso de ausência de legislação expressa. São estes:

1. Analogia: interpreta-se analogamente, quando se busca em outra disposição expressa o princípio jurídico estabelecido para casos afins, idênticos em sua natureza e efeitos.

2. Princípios gerais de direto tributário: são regras superiores do direito, que subordinam outras. Se a lei não fornece elementos para a construção analógica, o intérprete deve pesquisa-los noutras leis tributárias.

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Interpretação da Legislação Tributária3. Princípios gerais do direito público: ramo do direito público, contendo as normas

para a atividade financeira, sem a qual o Estado não poderia sobreviver. O direito tributário não se encerra aí, pois vai buscar no direito público, o socorro dos princípios gerais destes se não os tem próprios, para casos novos ou excepcionais.

4. Equidade: é uma modalidade de se fazer justiça (quando se julga) abrandando o rigor da lei. É matéria processual. Mas só se aplica a casos singularíssimos, especialíssimos, quando o julgador verifica que, se aplicar a lei em seu rigor, praticará uma injustiça. Em direito tributário, só se aplica para dispensar penalidades. Não poderá ser empregado para dispensar o pagamento de tributo devido.

• * A aplicação dos quatro métodos de integração acima é feita de maneira exaustiva, um após o outro.