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Universidade Salgado de Oliveira

CURSO DE

LICENCIATURA EM HISTÓRIA

Prof. Vinicius Maia Cardoso

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Modelos explicativos da economia colonial

Economia colonial: para além de uma plantation escravista exportadora

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Fonte: http://historiacsd.blogspot.com.br/2013/03/economia-colonial-sec-xvixviii.html

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Caio Prado Junior

• Caio da Silva Prado Júnior (São Paulo, 11 de fevereiro de1907 — São Paulo, 23 de novembro de 1990) foi umhistoriador, geógrafo, escritor, político e editor brasileiro. Assuas obras inauguraram, no país, uma tradiçãohistoriográfica identificada com o marxismo, buscando umaexplicação diferenciada da sociedade colonial brasileira

As principais obras 1933: Evolução política do Brasil;1942: Formação do Brasil Contemporâneo1945: História Econômica do Brasil; 1953: Evolução Política do Brasil e Outros Estudos1954: Diretrizes para uma Política Econômica Brasileira; 1957: Esboço de Fundamentos da Teoria Econômica1959: Introdução à Lógica Dialética (Notas Introdutórias); 1966: A Revolução Brasileira; 1972: História e Desenvolvimento; 1979: A Questão Agrária no Brasil

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CAIO PRADO JÚNIOR

Buscou romper com a Teoria dos ciclos resgatando fundamentos estruturais quepassariam de meras conjunturas de sucessiva hegemonia de produtos tropicais na pautade exportações, para isso criou uma linha mestra ininterrupta de acontecimentos. Odescobrimento e a estruturação da economia colonial como capítulos da históriacomercial europeia.

Economia colonial exportadora, três elementos: grande propriedade, monocultivo etrabalho escravo.

Preponderância do capital mercantil sobre toda a estrutura de produção colonial.

Limitações estruturais que impediam a constituição de um mercado interno de peso: aplantation se auto abastecia e a produção de alimentos, praticamente uma agricultura desubsistência, se limitaria aos incipientes centro urbanos.

As elites agrárias reinavam sozinhas no topo da hierarquia econômico social vigentesubmetidas apenas aos desígnios do pacto colonial. Incapacidade estrutural da colônia degerar circuitos internos de acumulação.

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http://slideplayer.com.br/slide/1561490/

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Ciclo do Ouro? Decadência de Minas Gerais?

No começo do século XIX, a província de Minas Gerais concentrava amaior população escrava do Império e tinha um dos perfis de possemais desconcentrados do escravismo americano: de fato, cerca de umterço dos moradores de Minas eram escravos (246 mil escravos emuma população estimada em 746.657 pessoas) que estavam empraticamente um de cada três domicílios, em algumas áreas, muitomais presentes do que isso.

Os senhores de poucos escravos em Minas Gerais: escravarias e tráfico negreiro emSão José do Rio das Mortes, 1795-1831. MALAQUIAS, Carlos de Oliveira. RevistaTerritórios & Fronteiras, Cuiabá, vol. 10, n. 1, jan.-jul., 2017

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Celso Furtado

Celso Monteiro Furtado GCSE (Pombal, 26 de julho de 1920 —Rio de Janeiro, 20 de novembro de 2004) foi um economistabrasileiro e um dos mais destacados intelectuais do país aolongo do século XX. Suas ideias sobre o desenvolvimentoeconômico e o subdesenvolvimento enfatizavam o papel doEstado na economia, com a adoção de um modelo dedesenvolvimento econômico de corte pré-keynesiano.[1][2].

Algumas obras

A economia brasileira. RJ, A Noite, 1954Uma economia dependente. RJ, Ministério da Educação e Cultura, 1956Perspectivas da economia brasileira. RJ, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, 1958Formação Econômica do Brasil. RJ, Fundo de Cultura, 1959

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CELSO FURTADOO comércio exterior conformava o eixo de compreensão do funcionamento da economiacolonial, sendo simples prolongamento de outros maiores. Semidependência de Lisboa paracom Londres, abertura do seu comércio ao capital inglês.

Indícios de superação do capital comercial pelo capital industrial e a implosão do antigo sistemacolonial. Insiste na transferência de sobretrabalho da colônia para a metrópole comofundamento da estrutura colonial.

Não existia uma classe importante de comerciantes por ser monopólio da metrópole. A únicaclasse com expressão era a dos senhores. Flutuações da economia colonial exportação altamenteespecializada marcada por um coeficiente de importação, brecha onde poderia se desenvolverum mercado interno colonial.

Há uma divisão do trabalho no entorno da empresa exportadora, mas não havia sido geradoum mercado interno significativo com exceção à pecuária. Os setores ligados ao abastecimentointerno não se assentavam sobre a escravidão e se destinava a subsistência, o que a fazia resistiras fases negativas do mercado e a natureza não mercantil e não exportadora os impedia de criaruma circulação de mercadorias e moedas.

Dependia em última instância das flutuações econômicas do próprio mercado internacional.

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Fernando Novais

Fernando Antônio Novais (Guararema, 1933) é um historiadorbrasileiro. Graduou-se em História pela Faculdade de Filosofia,Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo,onde lecionou de 1961 a 1985. Sua tese de doutorado, Portugale Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), [1]apresentada em 1973,[1] por seu caráter inovador na análise docomércio e da administração coloniais em seus aspectos maisintrincados, lançou as bases para uma nova compreensão dasrelações entre Metrópole e Colônia. Foi o organizador geral dacoleção História da vida privada no Brasil, de 1997, que reuniutrabalhos de renomados historiadores contemporâneosbrasileiros.

Algumas obras

Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1975Portugal e Brasil na Crise do Antigo Sistema Colonial, 1979História da Vida Privada no Brasil, 1995

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FERNANDO NOVAISO sistema colonial era uma peça da acumulação primitiva de capital na Europa.

Percebe em Portugal um capitalismo mercantil, embora específico. Transferência de vantagens doexclusivo colonial para a Inglaterra.

Traços básicos da economia colonial o trabalho escravo permitia a acumulação de capital europeu,pois reduzia o custo com a subsistência dos trabalhadores e abriu um novo ramo do comércio otráfico.

Dois setores básicos da economia colonial o plantation e a agricultura de subsistência subordinado edependente do primeiro. A lógica de funcionamento da economia colonial impedia o crescimento deproduções voltadas para o mercado interno.

A reprodução da economia de subsistência se dava à margem do mercado.

Reforça o modelo de Caio Prado Junior e Celso Furtado.

O antigo sistema colonial entraria em crise no fim do século XVIII com a emergência do capitalismoindustrial. O fim do pacto colonial se deu com a abertura dos portos 1808 sendo esse seu colapsodefinitivo.

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Fonte: http://historiacsd.blogspot.com.br/2013/03/economia-colonial-sec-xvixviii.html

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Ciro Flamarion Cardoso

Ciro Flamarion Santana Cardoso (Goiânia, 20 de agosto de 1942 — Rio deJaneiro, 29 de junho de 2013) foi um renomado historiador brasileiro.Escreveu larga produção bibliográfica, incluindo interesses temáticos quevão da Historiografia e da Metodologia da História até os estudos sobreAntiguidade e, mais particularmente dentro deste campo, a Egiptologia.Também foi responsável por uma revisão significativa da discussãoconceitual acerca do escravismo colonial brasileiro, contribuindo para oestabelecimento do conceito de "Modo de Produção Escravista Colonial" nosanos 1980. A partir da década de 1990, interessou-se pela introdução demétodos semióticos na análise e interpretação de fontes históricas dediversos tipos. Fiel desde o princípio de sua carreira de historiador eensaísta aos princípios básicos do Materialismo histórico, sua linha deanálise deslocou-se de um Marxismo um pouco mais fechado no princípiode sua carreira (culminando esta primeira fase com os Ensaios racionalistas)para uma abordagem marxista mais flexível, voltada para interaçõesinterdisciplinares diversas.

Algumas obras

A economia brasileira. RJ, A Noite, 1954Uma economia dependente. RJ, Ministério da Educação e Cultura, 1956Perspectivas da economia brasileira. RJ, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, 1958Formação Econômica do Brasil. RJ, Fundo de Cultura, 1959

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Um historiador fala de teoria e metodologia: Ensaios (2005)A ficção Científica, Imaginário do mundo contemporâneo: Uma introdução ao gênero (2003)La Guyane Française (1715-1817): aspects économiques et sociaux. Contribution à l´étude dessociétés esclavagistes d´Amérique (1999)Deuses, múmias e ziggurats: uma comparação das religiões antigas do Egito e da Mesopotâmia (1999)Dominios da Historia (1997)Narrativa, Sentido, História (1997)Sete Olhares Sobre A Antiguidade (1994)Modo de Produção Asiático: nova visita a um velho conceito (1990)Antigüidade oriental: política e religião (1990)Ensaios Racionalistas (1988)Escravidão e abolição no Brasil: novas perspectivas (1988)Escravo Ou Camponês? O Proto-Campesinato Negro Nas Américas (1987)Sociedades do Antigo Oriente Próximo (1986)A Cidade-Estado Antiga (1985)O trabalho na América Latina Colonial (1985)O Trabalho Compulsório Na Antigüidade (1984)O Egito Antigo (1982)

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Uma Introdução à História (1981)América pré-colombiana (1981)A Afro-América: a escravidão no Novo Mundo (1981)Historia Económica de America Latina, Volume I - Sistemas agrários e historia colonial (1979) - obra conjunta com Hector Pérez BrignoliAgricultura, Escravidão e Capitalismo (1979)Historia económica de América Latina, Volume II - Economías de exprotación y desarrollo capitalista(1979) - obra conjunta com Hector Pérez BrignoliCentroamérica Y La Economía Occidental (1520 - 1930)(1977) - obra conjunta com Hector Pérez BrignoliEl concepto de clases sociales: bases para una discusión(1977) - obra conjunta com Hector Pérez BrignoliLos Métodos de La Historia. Iniciación a los problemas, métodos y técnicas de la historia demográfica, económica y social(1976) - obra conjunta com Hector Pérez Brignoli

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CIRO FLAMARION CARDOSO

As sociedades coloniais deveriam ser entendidas como elementos anexoscomplementares e dependentes da economia europeia, ou seja, parte integrante.

Desenvolve a hipótese de um modo de produção escravista colonial nas Américasconstituído por:

1- um sistema escravista dominante e produtor de mercadorias exportáveis e umcamponês exercido principalmente pelos próprios escravos;2- uso extensivo dos recursos naturais e mão de obra; a lógica do sistema e do capitalmercantil seriam inseparáveis;3- a rentabilidade da empresa escravista dependeria da redução dos custos daprodução buscando a auto suficiência;4- os mecanismos de reprodução seriam o tráfico de africanos e fatores extraeconômicos.

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Jacob Gorender

Jacob Gorender (Salvador, 20 de janeiro de 1923 — São Paulo, 11 de junho de 2013)foi um historiador e cientista social brasileiro. Viveu sua infância nos cortiços deSalvador. Estudou o ginásio e o preparatório no Ginásio da Bahia, entre 1933 e 1940,ingressando na Faculdade de Direito de Salvador em 1941. Militou como profissional noPartido Comunista Brasileiro (PCB), do qual se tornou destacado dirigente, integrandoseu Comité Central. Após o golpe de Estado em 1964, foi expulso pela direção do PCBem 1967, de orientação prestista e que defendia a resistência dentro da legalidade, àqual se opunha, para participar da fundação do Partido Comunista BrasileiroRevolucionário (PCBR), com diversos outros dirigentes comunistas de esquerda, comoMario Álves e Apolônio de Carvalho. Foi preso e barbaramente torturado, quando doRegime Militar, cumprindo prisão por sua militância. Destacado intelectual marxistaquando de sua militância no PCB, após sair da prisão, dedicou-se a investigação daformação social brasileira. Escreveu “A burguesia brasileira”,(1981), e “Combates nastrevas” (1987). Sua principal obra foi a tese "O Escravismo Colonial", de 1978, decaráter revolucionário, na medida em que supera o debate sobre o caráter do passadodo Brasil - feudalismo versus capitalismo. Foi surpreendentemente escrita em grandeparte dentro das celas do Presídio Tiradentes, característica da abnegação intelectual.

Algumas obras

1991 A escravidão reabilitada. LPH - REVISTA DE HISTÓRIA. Seminário sobre “Tendênciascontemporâneas da historiografia brasileira”. UFOP, dezembro, 1991. Mariana,19922001 Era o golpe de 1964 inevitável? In: Caio Navarro Toledo (org.). 1964: visões críticas dodo golpe. Democracia e reformas do populismo. Campinas, Ed. da Unicamp, 1997.2001 Somos todos afro-brasileiros. In Almanaque Brasil de cultura popular. São Paulo, Elifas Andreato Comunicação, 2001 (n. 26).

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JACOB GORENDER

Formula leis de funcionamento do modo de produção escravista colonial.

Defende que há possibilidades concretas de acumulação no interior da formação colonial.

Teoria da acumulação endógena: parcela considerável da renda gerada pelo escravismo ficava namão dos senhores retendo o sobretrabalho cativo.

Para ele o termo colonial implica três traços básicos: economia voltada para o mercado exterior;troca de matéria prima por produtos manufaturados; fraco ou nenhum controle sobre acomercialização no mercado externo.

Inelasticidade do mercado interno por dois fatores: o modo de produção escravista colonial é umaforma produtiva altamente especializada impossibilitando a formação de um mercado interno pornão possibilitar divisão social do trabalho; a plantation é bissegmentado onde convive um setormercantil e outro assentado na economia natural.

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João Luís Ribeiro Fragoso

Possui graduação em História Social pela UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em História Social(com ênfase em História Agrária do Brasil) pela UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (1982) e doutorado em HistóriaSocial (sociedades agrárias na época moderna) pelaUniversidade Federal Fluminense (1990). Desde 2005 éprofessor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.Tem experiência na área de História Moderna, com ênfase emHistória do Brasil Colônia, atuando principalmente nosseguintes temas: império português, escravidão americana,Antigo Regime e elites econômicas e sociais. Entre os prêmios:Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa (1o. lugar - 1991);Comenda da Ordem do Mérito Científico - Presidência daRepública (2010); Prêmio Jabuti - Ciências Humanas (1o. lugar- 2015)

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FRAGOSO, JOÃO . E as plantations viraram fumaça: nobreza principal da terra, Antigo Regime e escravidãomercantil. História (São Paulo. Online) , v. 34, p. 58-107, 2015.

FRAGOSO, J. L. R. ; ALMEIDA, Carla Maria Carvalho de ; FARINNATTE, L. A. . Para Ciro Flamarion Cardoso(1942-2013): uma homenagem de pesquisadores da América lusa escravista. Topoi (Online): revista de historia, v. 14, p. 213, 2013.

FRAGOSO, J. L. R. . Modelos explicativos da chamada economia colonial e a ideia de MonarquiaPluricontinental: notas de um ensaio. História (São Paulo. Online) , v. 31, p. 106-145, 2012.

FRAGOSO, J. L. R. ; GOUVEA, Maria de Fátima Silva . Monarquia pluricontinental e repúblicas: algumasreflexões sobre a América lusa nos séculos XVI?XVIII. Tempo. Revista do Departamento de História da UFF , v.27, p. 49-63, 2010.

FRAGOSO, J. L. R. . Efigênia Angola, Francisca Muniz forra parda, seus parceiros e senhores: freguesias ruraisdo Rio de Janeiro, século XVIII. Uma contribuição metodológica para a história colonial. Topoi (Rio de Janeiro) ,v. 11, p. 74-106, 2010.

FRAGOSO, J. L. R. . The nobility of the republic: notes regarding the formation of Rio de Janeiro's first nobleelite (16th and 17th centuries). Topoi (Rio de Janeiro) , http://socialsciences.scielo, v. 1, p. 1-122, 2006.

FRAGOSO, J. L. R. . Principais da Terra, escravos e a República: o desenho da paisagem agrária do RioSeiscentista. Ciência & Ambiente , Santa Maria, v. 33, p. 90-120, 2006.

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Discripção do que contém odistrito da Vila de SantoAntônio de Sá de Macacufeita por ordem do vice-reido estado do Brasil, condede Resende [D. José Luís deCastro]. 07 de abril de 1797.Arquivo HistóricoUltramarino-Rio de Janeiro.Cx. 165, doc. 62 eAHU_ACL_CU_017,Cx.161, D. 12071.

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• A Mandioca he a principal Lavoura de este Paiz por q.nella se empregao a maior parte dos Lavradores por q. emquazi toda a terra dá com abundancia, sendo sempre asprincipaes para tudo as q. estão chegadas as cachoeiras e aplantação desta se pode fazer em todo o anno; mas osprincipaes Mezes, e milhores são de Mayo, Junho, Julho,Agosto, Setembro e Outubro e nestes mesmos Mezes he otempo do seo melhor Vendimento na factura da farinhasendo os de maior fio sempre os milhores. Também tem osLavradores prejuízos n´este gênero por q. há annos q.apodrece muita por cauza da Estação não ser temperadaou pela qualidade da terra, q. sendo arienta com os muitosSoes se ccozinha e sendo humida quando há Chuvas comabundancia apodressem e aquele prejuízo queexperimentão estes com outro Insecto chamado Lagarta,q. dando as destroe de forma q. ficam sem rama alguma emorrem e se destroem com a mesma circunstancia da daCana, ficando sua raiz em muito pouco rendimento; estase entra a Colher de anno e de anno e meio conforme asustancia e qualidade da terra.

Discripção do que contém o distrito da Vilade Santo Antônio de Sá de Macacu feita porordem do vice-rei do estado do Brasil, condede Resende [D. José Luís de Castro]. 07 deabril de 1797. Arquivo HistóricoUltramarino-Rio de Janeiro. Cx. 165, doc. 62e AHU_ACL_CU_017, Cx.161, D. 12071.

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• No “Resumo Geral dos Engenhos, Fogos, Almas, Rendimentoetc da Vila de Santo Antonio de Sá de Macacu” existente aofinal da Discripção..., pode-se observar que a região deMacacu possuía, em 1797, 11.538 habitantes. Uma intensaatividade econômica se desenvolvia nos seus 27 engenhos deaçúcar, 02 fábricas de beneficiamento de arroz, 238 engenhosde farinha e 10 olarias. Um total de 649 lavradores produziafarinha de mandioca ao lado do trabalho de 30 oficiais deofício, 55 serradores e 66 proprietários de tavernas.

• CARDOSO, Vinicius Maia. Fazenda do Colégio: Família, Fortuna e Escravismo no Vale do Macacu nosséculos XVIII e XIX. Dissertação de Mestrado. UNIVERSO, 2008, p.60.

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Infográfico - O funcionamento de um EngenhoFonte: http://gladeira.blogspot.com/2014/05/infografico-o-funcionamento-de-um.html

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Engenho de farinha, por Daniel P. Kidder - 1840

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Foram produzidos 98.528 alqueires, subdivididos em 71.111 de farinha de mandioca(72%), 19.269 de arroz (19,5%), 3.676 de feijão (4,5%) e 4.472 de milho (3,7%).Aparece a farinha mantendo o primeiro lugar no conjunto da produção, e a maioria donúmero de estabelecimentos produtores. Há de se ressaltar que parte destas unidadesagromanufatureiras de farinha estavam instaladas nas propriedades com engenhos deaçúcar.

Comparando-se o conjunto da produção de farinha, milho, arroz e feijão (98.528alqueires) com a de açúcar, esta última teve sua produção, em 1797, calculada em69.733 alqueires. Infere-se, a partir destes dados, que a região caracterizava-se como

grande produtora de gêneros para mercado interno.• CARDOSO, Vinicius Maia. Fazenda do Colégio: Família, Fortuna e Escravismo no Vale do Macacu nos séculos

XVIII e XIX. Dissertação de Mestrado. UNIVERSO, 2008, p.60.

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Macacu: economia voltada para o abastecimento interno

CATEGORIAS Nº Arrobas Escravos

Senhores de engenho 27 18.869 1.499

Fábricas de farinha 238 1.450 2.746

Lavradores 649 2.778 2.167

TOTAIS 914 23.097 6.412

Posse de escravos por grupos de produtores e arrobas de açúcar produzido FONTE: Discripção do que contém o Districto da Vila de Santo Antônio de Sá de Macacu

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Correspondência e documentos relativos à Vila de Macacu... Manuscritos, 09,03, 017-021. Biblioteca Nacional

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Macacu: economia pequeno escravista

CATEGORIAS Nº Arrobas Escravos

Senhores de engenho 27 18.869 1.499

Fábricas de farinha 238 1.450 2.746

Lavradores 649 2.778 2.167

TOTAIS 914 23.097 6.412

Posse de escravos por grupos de produtores e arrobas de açúcar produzido FONTE: Discripção do que contém o Districto da Vila de Santo Antônio de Sá de Macacu - 1797

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Fonte: http://historiacsd.blogspot.com.br/2013/03/economia-colonial-sec-xvixviii.html

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BIBLIOGRAFIA

CARDOSO, Ciro Flamarion. Reflexões conclusivas: uma sociedade, não um mero quintal da Europa. In: CARDOSO, C. F.(Org.). Escravidão e abolição no Brasil. Novas perspectivas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988. p. 56-71.

CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho na colônia. In: LINHARES, M. Y. (Org.). História geral do Brasil. 5. ed. Rio deJaneiro: Campus, 1990. p. 69-88.

FRAGOSO, João Luís. Homens de grossa aventura: acumulação e hierarquia na praça mercantil do Rio de Janeiro – 1790 –1830. RJ: Civilização Brasileira, 1998.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1986

GORENDER, Jacob. O escravismo colonial. São Paulo: Ática, 2001.

LINHARES, Maria Yedda (org.) História geral do Brasil. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

NOVAIS, F. O Brasil nos quadros do Antigo Sistema Colonial. In: MOTA, C. G. (Org.). Brasil em perspectiva. São Paulo:Difel, 1968.

NOVAIS, F. Estrutura e dinâmica do Antigo Sistema Colonial (séculos XVI-XVIII). 2. ed. São Paulo: Caderno CEBRAP17, 1975.

NOVAIS, F. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1989.

PRADO JUNIOR, Caio. História econômica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1990 (38ª. ed.).

PRADO JUNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1994