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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Tecnologia em Gestão Ambiental RE-PROCESSAMENTO DE BATERIAS ÍONS-LÍTIO. BRAGANÇA PAULISTA 2008 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Tecnologia em Gestão Ambiental

RE-PROCESSAMENTO DE BATERIAS ÍONS-LÍTIO.

BRAGANÇA PAULISTA

2008

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

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Tecnologia em Gestão Ambiental

RE-PROCESSAMENTO DE BATERIAS ÍONS-LÍTIO.

Autora: Magali Helena de Souza

Orientadora: Profa. Dra. Carla Pólo Fonseca

Trabalho de Conclusão de

Curso apresentado à Banca

Examinadora do Curso de

Tecnologia em Gestão

Ambiental da Universidade São

Francisco, sob a orientação de

pesquisa da Profa. Dra. Carla

Pólo Fonseca.

BRAGANÇA PAULISTA

2008

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UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Tecnologia em Gestão Ambiental

RE-PROCESSAMENTO DE BATERIAS ÍONS-LÍTIO.

Autora: Magali Helena de Souza – RA 001200700276

Profª. Dra. Sheila Cristina Canobre Presidente da Banca Examinadora

_________________________________ Profª. Dra. Candida Maria Costa Baptista _________________________________ Prof. Dr. Jean Ferreira _________________________________ Profª Ms. Ângela Sanches Domingues

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Profª Dra. Carla Pólo Fonseca e ao professor metodológico Drª Sheila Cristina Canobre pelo auxílio nesta jornada. Aos meus pais, Lourdes Helena Grillo de Souza e Carlos Antonio de Souza pelo incentivo e confiança. Ao Wiliam Mateus pelo carinho e compreensão. Ao professor André Beati e aos meus amigos Angélica, Camila, Vânia, pelo companheirismo. A Deus pelo dom da vida.

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V

RESUMO

Com a evolução da TI (Tecnologia da Informação), que pode ser definida como o

conjunto de recursos tecnológicos e computacionais que permitem a geração e o uso da

informação, está referenciado ao uso da informação rápida e seguro, sendo relacionada

em contrapartida com o acúmulo do lixo eletrônico. Diz-se lixo eletrônico os vários tipos

de equipamentos elétricos e eletrônicos, eletrodomésticos de pequeno e grande porte,

eletrônicos de consumo e entretenimento, ferramentas elétricas e eletrônicas, brinquedos

e equipamento recreativo ou esportivo, equipamentos médicos, equipamentos de controle

e automação, equipamentos de informação e comunicação, os equipamentos de telefonia

móvel, pilhas e baterias.

Nos dias atuais somos dependentes da era da informação, que afinal beneficia

todas as áreas do conhecimento humano, porém seu aumento desordenado tem causado

preocupações e danos ambientais, bem como os vários problemas associados ao lixo

eletrônico: acumulação, transferência, manipulação inadequada, contaminação ambiental

e ausência ou desrespeito à legislação específica.

Neste trabalho o lixo eletrônico a ser tratado é a bateria de celular, note books e

no-breaks, especificamente as baterias de íon-lítio. (FILHO ET AL 2008)

Bateria pode ser definida como um dispositivo em que se produz energia elétrica à

custa de reações químicas, de modo que os reagentes não entrem em contato direto,

nesse tipo de bateria secundária os íons-lítio estão presentes no eletrólito na forma de

sais dissolvidos em solventes não aquosos. (ATKINS ET AL 2006)

A pesquisa está direcionada a reciclagem dos componentes da bateria de íons-

lítio, bem como de novos desafios para estabelecer novos processos de recuperação e

no conhecimento do perigo do descarte inadequado.

A disposição deste tipo de resíduo sólido em aterros sanitários constitui prática

inadequada conforme (Resolução CONAMA nº. 257/1999, “Estabelece que pilhas e

baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus

compostos, tenham os procedimentos de reutilização, reciclagem e tratamento ou

disposição final ambientalmente adequado”), devido ao processo de decomposição ser

lento e altamente tóxico ao meio ambiente. (http//:www.mma.gov.br)

Palavras-chave: Reciclagem de Pilhas e Baterias. Lixo Eletrônico

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VI

ABSTRACT

With evolution of TI (Technology of Information), that it can be defined as the set of

technological and computational resources that allow to the generation and the use of the

information, is linking to the use of safe the fast information and, being related on the

other hand with the accumulation of the electronic garbage. Electronic garbage is said

some types of electric and electronic, household-electric equipment of small e great

transport, electronic of consumption and entertainment, electric and electronic tools, toys

and sportive equipment, medical equipment, equipment of control and automation,

equipment of information and communication, the equipment of mobile telephony, stacks

and batteries.

In the current days we are dependents of the age of the information, that after all

benefits to all the areas of the human knowledge, however its disordered increase has

caused ambient concerns and damages, as well as some problems associates to the

electronic garbage: accumulation, transference, inadequate manipulation, ambient

contamination and absence or disrespect to the specific legislation.

In this work the electronic garbage to be treated is the battery of cellular, notices

books and in - breaks, specifically the ion-lithium batteries. (FILHO ET AL 2008)

Battery can be defined as a device where if it produces electric energy to the cost

of chemical reactions, in way that the reagents do not enter in direct contact, in this type of

secondary battery the íons-lithium are gifts in the electrolyte in the form of you leave

dissolved in solvent not watery. (ATKINS ET AL 2006)

The research is directed the recycling of the components of the íons-lithium

battery, as well as of new challenges establishing new processes of recovery and in the

knowledge of the danger it inadequate discarding.

The disposal of this type of solid residue in sanitary aterros constitutes practical

inadequate as (Resolution CONAMA nº. 257/1999, “Establish that stacks and batteries

that contain in its compositions lead, cadmium, mercury and its composites, have the

procedures of reusing, recycling and treatment or final disposal ambiently adjusted”),

which had to the process of slow and highly toxic decomposition to be to the environment.

Word-key: Recycling of Stacks and Batteries. Electronic garbage

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VII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Históricos sobre Pilha e Bateria... .................................................................... 2

Tabela 2 - Principais efeitos à saúde ................................................................................ 15

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VIII

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Esquema de uma pilha de lítio (Li) – iodo (I) ............................................ 3

Figura 2.2.1 - Bateria de Chumbo ............................................................................... 5

Figura 2.2.2 - Baterias Gel .......................................................................................... 6

Figura 2.2.3 - Baterias de Níquel Cádmio ................................................................... 6

Figura 2.2.4 - Baterias de Níquel Hidreto Metálico ..................................................... 7

Figura 2.2.5 - Baterias de Zinco Ar .............................................................................. 8

Figura 2.2.6- Baterias de Lítio ...................................................................................... 8

Figura 2.3.1 - Carga e descarga de uma bateria de Ni-Cd .......................................... 9

Figura 2.3.2 - Eletrodo parcialmente descarregado (fase �-Ni(OH)2); (b) Efeito

memória devido ao carregamento do eletrodo (a), gerando a fase �-NiOOH ............ 10

Figura 2.3.2 - Abaixo são mostradas as etapas de carga e descarga de uma bateria de

Ni-MH ........................................................................................................................... 11

Figura 2.3.3 - Esquema de uma bateria de íon-lítio. (a) bateria carregada, (b) bateria

descarregando, (c) bateria descarregada e (d) bateria carregando ............................ 12

Figura 2.5.1 - Bateria Descartada ................................................................................ 18

Figura 4.1.1 - Foto tirada em laboratório durante o processo de abertura e raspagem

da bateria ..................................................................................................................... 20

Figura 4.1.2 - Foto tirada em laboratório durante o processo de re-processamento do

material lixiviado .......................................................................................................... 21

Figura 4.1.3 - Método dos Precursores Polimérico – Síntese de Pechini .................... 22

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IX

LISTA DE ABREVIATURAS

DTA - Análise Térmica Diferencial

VC - Voltametria Ciclíca

EIE - Espectroscopia de Impedância Eletroquímical

PVDF - Poli Fluoreto de Vinilideno

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X

SUMÁRIO

1.0 Diagnóstico da Empresa ........................................................................................ 1

1.1 LCAM – Laboratório de Caracterização e Análise de Materiais ........................... 1

2.0 Introdução ............................................................................................................. 2

2.1 Históricos sobre pilha e bateria .............................................................................. 2

2.2 Tipos de baterias ................................................................................................... 4

2.3 Tipos de baterias recarregáveis modernas: Ni-Cd; Ni-MH e Íon-lítio ..................... 9

2.3.1 Bateria de Ni-Cd ................................................................................................. 9

2.3.2 Bateria de Ni-MH ................................................................................................ 10

2.3.3 Bateria de íon-lítio ............................................................................................... 11

2.4 Composições Químicas e Grau de Toxidade ........................................................ 12

2.5 Impactos Causados ............................................................................................... 14

3.0 Objetivos ................................................................................................................ 19

4.0 Parte Experimental ................................................................................................ 20

4.1 Procedimento do Re-Processamento de Bateria Íon-Lítio ..................................... 20

5.0 Resultados e Discussões ....................................................................................... 24

5.1 Implantação de um Sistema de Coleta Seletiva .................................................... 24

5.2 Desenvolvimento do Re-Processamento da Bateria Íon-Lítio ............................... 25

6.0 Conclusão .............................................................................................................. 26

7.0 Bibliografia ............................................................................................................. 27

8.0 Anexos ................................................................................................................... 28

8.1Comércio será responsável pela coleta de pilhas e baterias usadas ..................... 28

8.2 Re-Processamento da Bateria Íon-Lítio ................................................................. 29

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1

1 DIAGNÓSTICO DA EMPRESA 1.1 LCAM – Laboratório de Caracterização e Análise de Materiais

O Laboratório de Caracterização e Análise de Materiais (LCAM), é um laboratório de

pesquisas vinculado ao programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência dos

Materiais, está localizado no campus de Itatiba e foi implantado na Universidade São

Francisco no ano 2000 através do programa FAPESP pelos Professores Doutores, Carla

Pólo Fonseca, Silmara Neves. É dotado da infra-estrutura necessária para a elaboração de

dispositivos eletroquímicos com alta eficiência de armazenamento e conversão de energia,

através de estudo detalhado dos materiais que os compõem.

Dentro das linhas de pesquisas, contribuir para otimização do desempenho de

dispositivos de armazenamento e conversão de energia (baterias, supercapacitores, células

solares) disponível no mercado e, suscitar soluções inovadoras através da síntese e

caracterização de novos materiais.

Constam no LCAM os seguintes equipamentos, 02 potenciostatos PGSTAT30 -

Autolab/EcoChemie; 01 potenciostato digital PG-39 Ohminimetra com 03 módulos

Potenciostato/Galvanostato mod. P3901; Calorímetro diferencial de varredura (Netzsch -

DSC204); Analisador térmico diferencial (Netzsch - DTA404); Analisador termogravimétrico

(Netzsch - DTA404); Espectrofotômetro UV-Vis (Agilent - HP8453); Banco óptico (Oriel e

NewPort); Câmara seca (Mbraun - LabMaster 130); Microscópio de força atômica com

módulo STM (Molecular Imaging); Spinner (PW32 HEADY WAY); Forno de alta temperatura

(ED&G); Medidor de condutividade 4 - Pontas (Cascade); Capela; Estufa; Balanças analítica

e semi-analítica; Ultra-som. (http//:www.usf.com.br)

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2 INTRODUÇÃO

2.1 Histórico sobre Pilha e Bateria

A primeira pilha surgiu em (1745-1827), com o físico Alessandro Volta. Sendo assim

seguiremos a trajetória da evolução das pilhas ou baterias (Tabela 1):

Tabela 1: Históricos da pilha e bateria

ANO EVENTO

1800 Pilha de Volta

1836 Pilha de cobre/sulfato de cobre/

Sulfato de zinco/zinco

1859 Bateria de chumbo-ácido sulfúrico

1860 Pilha zinco-carbono (a pilha comum)

1899 Bateria de níquel-cádmio

1905 Bateria de ferro-níquel

1927 Bateria de zinco-prata

1930 Bateria de níquel-zinco

1945 Pilha de mercúrio

1956 Pilha de combustível (hidrogênio-oxigênio)

1959 Pilha alcalina

1983 Bateria de íons-lítio recarregável

1991 Pilha de lítio-dióxido de manganês

Baterias primárias são as pilhas comuns que produzem energia elétrica e que

quando se descarregam são descartáveis, é quando seus reagentes se esgotam. Já as

baterias secundárias são recarregáveis, isto é passam por uma corrente elétrica que reverte

seu processo de reações químicas, regenerando seu sistema.

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Especificamente na década 1960 houve a necessidade da criação de pilhas

primárias com pequenos sistemas eletroquímicos duráveis e capazes de armazenar grande

quantidade de energia (era da exploração espacial), com as características precisas de

pilhas contendo substâncias simples ou compostas (sódio, flúor, cloro, e oxigênio) e metal

leve (lítio). As pilhas de lítio metálico possuem uma alta reatividade com a água esta por sua

vez empregam eletrólitos que são substâncias capazes de conduzir corrente elétrica em

solução dissolvidos em solventes não aquosos, em recipientes selados, já as pilhas de

lítio/dióxido de manganês tem seu processo de descarga representada pela reação global

simplificada, que são exemplos de pilhas ou baterias primárias:

4 Li + MnO2 2 Li2 O + Mn

Sendo assim o lítio metálico perde elétrons isto é sofre oxidação e o manganês

ganha elétrons, estas pilhas possuem um excelente desempenho em temperaturas elevadas

e tem potencial em torno de três volts.

Em 1967, outra bateria primária de lítio-iodo foi um marco na história muito usada em

marca-passo cardíaco que pode ser representado pelo seguinte esquema (Figura 2):

Figura 2.1: Esquema de uma pilha de lítio (Li) – iodo (I), que funciona com base na

reação 2 Li + I2 2 Li.

Na figura. O símbolo representa um aparelho que está sendo alimentado

pela corrente elétrica gerada pela pilha. (www.br.geocities.com/etermecanica/lítio.pdf)

Esta pilha de lítio-iodo possui longa duração (cinco ou oito anos), sua voltagem é de

2,8 volts e tem peso 20g.

Baterias secundárias de íons-lítio possuem carga elétrica negativa ou positiva

respectivamente, nestas estão presentes no eletrólito na forma de sais dissolvidos em

solventes não aquosos e podem ser reutilizadas várias vezes suportando até 300 ciclos

e-

Polímero

Li LiI I2

V

V

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completos de carga e descarga com 80% de sua capacidade. Este tipo de baterias possuem

em seu processo de descarga a migração do íons-lítio do interior do material que compõem

o anodo (+) para dentro do material do catodo (-), sendo que os elétrons são movidos

através de um circuito externo.

Este tipo de bateria possui características como: alta densidade de energia, longos

ciclos de vida, baixa taxa de autodescarga e segurança no manuseio, ainda que em suas

composições existam matérias de baixa densidade que permite que sejam projetadas para

terem massa e tamanho reduzido. Outra característica importante é que não suportam

sobrecargas, formando lítio metálico, que se deposita no anodo este depósito entrando em

contato com catodo, dá-se um curto circuito. Estas baterias comparadas a de níquel/metal-

hidreto, podem substituir as baterias de Ni-Cd (níquel-cádmio), que são usadas em câmeras

digitais, telefones celulares, brinquedos e ferramentas eletro portáteis sem fio.

A estrutura de uma bateria de íons-lítio a distância entre dois pólos é muito pequena

mais ou menos 50 macrômetros, que são separados por uma folha de polipropileno que é

isolante.

Estima-se que a produção deste tipo de bateria tenha chegado a 500 milhões de

unidades e gerado um montante de resíduo de baterias usadas de 200 mil a 500 mil de

toneladas, contendo em suas composições substâncias tóxicas como: cobalto e lítio.

(www.br.geocities.com/etermecanica/lítio.pdf)

2.2 Tipos de Baterias

Bateria pode ser definida como um dispositivo em que se produz energia elétrica à

custa de reações químicas, de modo que os reagentes não entrem em contato direto. As

baterias podem apresentar diferentes características e componentes:

• Baterias de Chumbo: bateria usada em carro e caminhões. Componentes básicos:

chumbo ou óxido de chumbo e ácido sulfúrico.

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Figura 2.2: Bateria de Chumbo (http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374)

• Baterias Gel: bateria que pode substituir as baterias de chumbo tem vida útil

prolongada, não têm evaporação eletrolítica prolongada e suas consequências,

como acontece com as baterias ácidas.

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Figura 2.3: Baterias Gel (http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374)

• Baterias de Níquel-Cádmio (NiCad): é recarregável tem cerca de 40% da

autonomia de uma bateria de íon-lítio e é do mesmo tamanho.

Figura 2.4: Baterias de Níquel Cádmio)

(http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374)

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• Baterias de Níquel Hidreto Metálico (NiMH): é resistente à um número maior de

cargas e descargas, sendo que seu tempo de descarga é inferior, resistência a

variações de temperatura, possui um potencial energético semelhante ou superior

(20% em média) comparados à bateria de NiCad.

Figura 2.5: Baterias de Níquel Hidreto Metálico

(http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374)

• Baterias de Zinco Ar: seu funcionamento é comparado ao das pilhas alcalinas, que

extrai o oxigênio do ar para reagir com o zinco e produzir eletricidade, nestas

baterias o oxigênio é dado por um componente interno (dióxido de manganês), sua

estrutura possui várias aberturas para a passagem do oxigênio.

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Figura 2.6: Baterias de Zinco Ar

(http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374

• Baterias de Lítio: seu tempo de recarga é bem rápido e o de descarga é lento

quando armazenado carregado (cerca de 10% ao mês), são mais leves e oferecem o

dobro da capacidade de uma bateria do tipo NiMH.

Figura 2.7: Baterias de Lítio (http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374)

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2.3 Tipos de Baterias Recarregáveis Modernas: Ni-Cd; Ni-MH e Íon-Lítio

2.3.1 Bateria de Ni-Cd

As baterias de Ni-Cd são compostas por um eletrodo de óxi-hidróxi de níquel

(NiOOH) e outro de hidróxido de cádmio (CdOH), tendo como eletrólito hidróxido de potássio

dissolvido em água (KOH/H2O).

Nesta bateria tanto o eletrodo de níquel quanto o de cádmio apresentam-se estáveis

durante os processos de carga e descarga, desde que processados adequadamente.

O eletrodo de níquel possui na bateria descarregada, a composição β-Ni(OH)2

enquanto o eletrodo de cádmio encontra-se na forma de hidróxido de cádmio (Cd(OH)2). No

carregamento o eletrodo de níquel perde um íon de hidrogênio (H+) tornando-se β-NiOOH, e

o eletrodo de cádmio perde dois íons hidroxila (2OH-) passando a cádmio metálico (Cd).

Abaixo é mostrado um esquema (Figura 10) do processo de carga e descarga desta

bateria.

Figura 2.8: Carga e descarga de uma bateria de Ni-Cd. (www.física.uel.br./filmat/baterias_príncipios.htmal)

Quando a bateria é colocada para ser carregada, após ter sido apenas parcialmente

descarregada, a fase β-Ni (OH)2 não é completamente restaurada, uma vez que próximo ao

coletor de elétrons que suporta o eletrodo, ocorre uma sobrecarga na fase γ-NiOOH,

transformando-a na fase β-NiOOH. Esta última fase é mais eletronicamente resistiva do que

a fase �-NiOOH, promovendo com isso uma diminuição na voltagem da bateria. Este é o

Efeito Memória. A Figura 11 abaixo mostra um esquema das fases presentes no eletrodo de

Ni, durante os processos de carregamento e a ocorrência do efeito memória.

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Figura 2.9: (a) Eletrodo parcialmente descarregado (fase �-Ni(OH)2); (b) Efeito memória

devido ao carregamento do eletrodo (b), gerando a fase �-NiOOH.

(www.física.uel.br./filmat/baterias_príncipios.htmal)

2.3.2 Bateria de Ni-MH

A bateria de Ni-MH é composta por um eletrodo de NiOOH (óxi-hidróxi de níquel) e

por outro eletrodo composto por uma liga metálica armazenadora de hidrogênio (M), ambos

embebidos em eletrólito de KOH/H2O (hidróxido de potássio dissolvido em água).

Nesta bateria o eletrodo positivo de níquel encontra-se na fase β-Ni(OH)2 quando a

bateria está descarregada, enquanto o eletrodo negativo da liga metálica apresenta-se sem

a presença de hidrogênio em sua composição (M). No carregamento o eletrodo de níquel

perde íons H+ transformando-se na fase β-NiOOH, e, complementarmente, o eletrodo da liga

metálica recebe íons H+ (MH). Em ambos os eletrodos os processos de perda do íon H+ bem

como o processo de recebimento deste íon se processa via intercalação iônica na estrutura

cristalina dos materiais.

A bateria de Ni-MH, assim como a de Ni-Cd, apresenta o Efeito Memória, mas ainda

é incerta sua origem. Já o eletrodo de MH é sensível a processos de sobrecarga, uma vez

que intercalando íons H+ em excesso, a sua estrutura incha, ocasionando aumento de

volume e trincas no eletrodo.

Este tipo de bateria apresenta um alto grau de auto-descarga, ou seja, a bateria se

descarrega espontaneamente. Isto equivale a dizer que os íons H+ deintercalam do eletrodo

MH e migram para o eletrodo de níquel sem a necessidade de se curto-circuitar seus pólos.

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Na Figura 2,3 abaixo são mostradas as etapas de carga e descarga de uma bateria

de Ni-MH.

Figura 2.3: Processos eletroquímicos numa bateria tipo Ni-MH. (a) Bateria carregada, (b)

Descarregando (em uso ou armazenada), (c) Descarregada, (d) Recarregando.

(www.física.uel.br./filmat/baterias_príncipios.htmal)

2.3.3 Bateria de íon-lítio

Assim como a bateria de Ni-MH, a bateria de íon-lítio também é um dispositivo de

intercalação iônica, com a diferença que o íon intercalante é o de lítio (Li+). Este tipo de

bateria compõe-se de:

• Catodo (+): Ligas litiadas, exemplos: LiCoO2 e LiMn2O4;

• Anodo (-): Carbono grafite (C);

• Eletrólito: Sais de lítio (LiClO4) dissolvidos em solventes orgânicos.

Esta bateria leva o nome de íon-lítio porque o agente responsável pela oxidação

(doação de elétrons) e redução (recebimento de elétrons) dos eletrodos é o íon de lítio (Li+).

Uma bateria de íon-lítio fornece corrente elétrica para um sistema quando íons de lítio são

intercalados e deintercalados dos eletrodos (Figura 2.10). No esquema abaixo é

apresentado o princípio de funcionamento deste dispositivo.

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Figura 2.10 : Esquema de uma bateria de íon-lítio. (a) bateria carregada, (b) bateria

descarregando, (c) bateria descarregada e (d) bateria carregando. (fonte:

www.física.uel.br./filmat/baterias_príncipios.htmal)

Quando uma bateria de íon-lítio está carregada significa que 50% dos íons de lítio

foram retirados do eletrodo positivo, tornando-se LiO,5COO2. Se uma sobrecarga for

imposta à bateria mais do que 50% de íons de lítio deixarão o eletrodo, e este sofrerá uma

transformação irreversível que danifica a bateria. Outro problema ocorre quando se aplica

uma sobredescarga, ou seja, procede-se uma descarga profunda. Isto ocasiona uma

corrosão no eletrodo de grafite o qual perde massa, perdendo capacidade de carga.

Esta bateria é sensível quanto à temperatura sob a qual é carregada ou

descarregada. Dependo do valor da temperatura o eletrólito à base de solvente orgânico

pode se deteriorar e perder as características desejáveis para um bom eletrólito. [6]

2.4 Composições Químicas e Grau de Toxidade

As baterias possuem em seus componentes composições químicas tóxicas e quando

não descartadas adequadamente danos ao meio ambiente e à saúde pública.

Como previsto em lei 257/99, as empresas devem estabelecer postos de

recolhimento do material inutilizado, evitando assim a contaminação do meio ambiente.

Porém a contaminação através deste tipo de resíduo sólido e outros tipos de lixo

eletrônico é realidade em nosso país por falta de informação.

Baterias e pilhas são compostas por metais perigosos à saúde do ser humano e ao

meio ambiente, sendo que, as pilhas secas, do tipo zinco-carbono apresentam em sua

composição zinco, grafite e MnO2, podendo evoluir para MnO(OH). Somando-se a esses,

também há elementos responsáveis pela corrosão como: mercúrio, chumbo, cádmio e lítio.

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Esse tipo de pilha zinco-carbono apresenta até 0,01% de mercúrio em peso, utilizado

para encapar o eletrodo de zinco objetivando evitar a corrosão e maximizar a performance

da pilha. De acordo com a Associação Norte-Americana dos Fabricantes Elétricos avalia

que 3,25 pilhas zinco-carbono per capita são comercializadas por ano nos Estados Unidos.

Já as pilhas alcalinas são constituídas de um ânodo (prego de aço envolvido por

zinco em solução de KOH alcalina – pH~14), uma relação de anéis de MnO2 compactados e

recoberta de revestimento de aço niquelado, um separador de papel e um isolante de nylon.

Até a década de oitenta, as pilhas alcalinas eram compotas de mais de 1% de

mercúrio. A partir da década de noventa a percentagem de mercúrio caiu para 0,025%.

AS baterias recarregáveis têm como maior representante as baterias de níquel-

cádmio, por constituir cerca de 70% da produção. Essas baterias possuem um eletrodo

(cátodo) de cádmio que, posteriormente se modifica em Ni(OH)2, o eletrólito é uma

combinação de KOH e Li(OH)2.

As baterias Ni-Cd são classificadas em: portáteis e para aplicação industrial e

propulsão. Até 1995, mais de 80% desta modalidade de baterias era do tipo portátil.

Em substituição ao uso das baterias de Ni-Cd, foram inseridas no mercado as

baterias de íons de lítio, também utilizadas em telefones celulares e notebooks e podem ser

depositadas em lixo doméstico.

Há um grande interesse no comportamento de metais pesados, principalmente por

seus efeitos biológicos. Contudo, a maioria desses elementos é importante para o bom

funcionamento dos organismos vivos, porém, são potencialmente tóxicos quando altamente

concentrados ou em determinadas combinações.

Os efeitos da absorção de algum elemento potencialmente tóxico, como os metais

pesados, pelo organismo humano, podem causar destruição à sua estrutura, introduzindo-se

nas células, acarretando assim, mudanças em seu funcionamento normal. Porém, em

algumas situações, os efeitos da contaminação só serão percebidos em longo prazo, pois,

os fatores interferentes causados por esses elementos são diversos.

O grau de toxidade de um metal, bom como sua disponibilidade (possibilidade de

reação de um contaminante com um sistema biológico), está relacionado a diversos fatores,

como:

• Forma química em que o metal se encontra no meio ambiente;

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• Capacidade de biotransformação em subprodutos com maior ou menor grau de

toxidade;

• Vias de penetração do metal no organismo humano, entre outros.

Para a introdução de metais no organismo tem-se: a introdução por inalação, por via

oral (através da água e alimentos) ou via dérmica. O alvo da toxidade dos metais são os

processos bioquímicos específicos (enzimas) e/ou membranas das células e organelas.

(http//:www.cepis.org.pe/bvsare/e/proypilas/pilas-pdf)

2.5 Impactos Causados

A produção mundial de baterias de lítio alcançou a ordem de 500 milhões de

unidades, com isso, projeta-se que a produção de baterias usadas seja de 500 mil

toneladas, com peso de cobalto entre 5 e 15% e de lítio entre 2 a 7%. O componente mais

valioso é o cobalto e o eletrólito, por isso, o processo de reciclagem deve recuperar esse

elemento químico. Contudo, O cobalto e o lítio podem ter valor de mercado, o que

incentivará a coleta e reciclagem.

O perigo da reciclagem de uma bateria de lítio vem da possibilidade de fogo e

explosão pela presença de solvente não aquoso junto ao lítio. Há também o risco de

reações violentas quando essa bateria é aberta e exposta à umidade do ar.

O processo de trituração ou amoagem é uma etapa crítica quando é utilizado o

elemento químico argônio em forma líquida. Os efeitos que os elementos químicos que

compõem as pilhas e baterias podem gerar na saúde do ser humano devido à presença de

metais estão relacionados na Tabela 2.

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Tabela 2: Principais efeitos à saúde.

Cádmio Câncer, disfunções digestivas, problemas pulmonares e sistema

respiratório.

Paládio Anemia, disfunção renal, dores abdominal, encefalopatia, neurite

periférica, problemas pulmonares e teratogênico.

Cobalto

Lesões pulmonares, lesões no sistema respiratório, distúrbios

hematológicos, possível carcinogênico humano, lesões e

irritações na pele, distúrbios gastrintestinais, efeitos cardíacos.

Crômio Câncer do aparelho respiratório, lesões nasais, distúrbios dos rins

e fígado.

Lítio Disfunções renais e respiratórias, disfunções do sistema

neurológico, cáustico sobre a pele e mucosas e teratogênico.

Manganês Disfunção cerebral, disfunção do sistema neurológico, disfunções

renais, hepáticas e respiratórias e teratogênico.

Mercúrio

Congestão, inapetência, indigestão, dermatite, distúrbios

gastrintestinais, elevação da pressão arterial, inflamações na

boca e lesões do aparelho digestivo, lesões renais, distúrbios

neurológicos e lesões cerebrais e possível carcinogênico.

Níquel Câncer, lesões do sistema respiratório, distúrbios gastrintestinais,

alterações do sistema imunológico, dermatites.

Prata

Argíria (descolação da pele e outros tecidos), dores estomacais,

distúrbios digestivos, problemas no sistema respiratório, necrose

da medula óssea, fígado, rins e lesões oculares.

Zinco Alterações hematológicas, lesões pulmonares e no sistema

respiratório, distúrbios gastrintestinais e lesões no pâncreas.

De acordo com Merck (2002) os principais metais presentes em pilhas e baterias no

mercado oferecem riscos à saúde e devem ter cuidados especiais no manuseio, como:

Cádmio: é incompatível com agentes oxidantes fortes, nitratos e

HNO3 O contato com agentes oxidantes provoca incêndio ou

explosão. Dividido em fragmentos finos, o Cd é moderadamente

inflamável e explosivo. Sob esta forma, reage vivamente com certos

produtos oxidantes. Determinados compostos do Cd, principalmente

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o clorato e o bromato, podem explodir sob a ação do calor, por

choque ou por contato com produtos redutores.

Chumbo: O chumbo é uma massa sólida, não apresentando riscos,

se armazenado e estocado adequadamente. Entretanto, o dano está

baseado na inalação do pó ou emissões de gases, possíveis durante

a obtenção de chumbo metálico ou de reações químicas. Por outro

lado, certos compostos de chumbo, como o clorato e o bicromato,

podem explodir sob a ação de calor, de choque, ou por contato com

produtos redutores.

Cobalto: é um metal estável; não há riscos, se armazenado

adequadamente.

Cromo: o metal finamente dividido oferece perigo de incêndio.

Apresenta incompatibilidade química com carbonatos, bases fortes e

ácidos minerais. Todos os compostos de cromo devem ser

considerados como altamente tóxicos e poluentes.

Lítio: reage violentamente com a água, liberando gás H2. Altamente

inflamável, causa queimaduras em contato com a pele e os olhos. O

lítio deve ser manuseado em condições especiais, por ser um metal

muito corrosivo. O armazenamento do lítio metálico deve ser feito em

frasco de vidro contendo líquido inerte, em ausência de água e de

oxigênio.

Manganês: No manuseio e armazenamento, devem ser evitadas as

seguintes condições: calor, chama e fontes de centelha. Apresenta

incompatibilidade com água, ácidos fortes, fósforo e agentes

oxidantes fortes.

Mercúrio: Envenenamento por vapores tóxicos, especialmente

quando aquecido.

Incompatível com ácidos fortes.

Níquel: Estável na forma compacta. O metal pulverizado e os fumos

de Ni podem inflamar-se espontaneamente. Incompatível com

alumínio, cloreto de alumínio, p-ioxinas, hidrogênio, metanol, não-

metais, oxidantes e compostos de enxofre. Reage violenta ou

explosivamente com anilina, sulfeto de hidrogênio, solventes

inflamáveis, hidrazina e pósmetálicos (especialmente zinco, alumínio

e magnésio).

Prata: Os sais de prata são incompatíveis com ácidos fortes e bases

fortes.

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Zinco: O zinco puro é atóxico, mas os gases liberados pelo

aquecimento do metal, ou por reações químicas, podem irritar as vias

respiratórias, se inalados.

A presença natural dos metais não deve ser considerada perigosa. Contudo,

atualmente verifica-se grande número de metais em circulação no solo, na água e no ar e,

principalmente, seu acúmulo na cadeia alimentar.

Os metais pesados presentes no ar ou na água pelo descarte incorreto estão sujeitos

a deposição (sedimentação gravitacional, troca química). Se presentes na água, os metais

podem sofrer alterações químicas e bioquímicas. No ciclo biológico, podem se concentrar

em plantas e animais. (http//:www.cepis.org.pe/bvsare/e/proypilas/pilas-pdf)

Figura 2.11: Bateria Descartada

Sem tratamento

DTA VC EIE

Lixiviado H2O2 /HCl

3:1

ppt com LiOH pH=12

Filtração e adição de LiOH

1:1 e recozimento 850°C

Filme 80% oxido+15 carbon black

+ 5%PVDF

DTA VC EIE

Óxido Descartado

Lixiviado H2O2 /HCl

3:1

ppt com LiOH pH=12

Filtração e recozimento

850 °C

Filme 80% oxido+15 carbon black

+ 5%PVDF

DTA VC EIE

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3 - OBJETIVO

Ponderando sobre a crescente do mercado de pilhas e baterias e a falta de

programas de incentivo sobre o descarte adequado desses materiais, tão presentes no dia-

a-dia do ser humano, este trabalho tem por objetivo suscitar uma reflexão sobre a produção,

utilização, descarte e os impactos no meio ambiente, tornando viável a importância da

educação ambiental como mobilizadora para o descarte adequado de pilhas e baterias,

minimizando os impactos ambientais e o retorno nocivo à saúde do ser humano, quanto ao

seu descarte inadequado.

Contribuir com a Educação Ambiental, com a implantação do projeto de coleta

seletiva dentro do Campus da Universidade São Francisco, visando um futuro melhor.

Pesquisar novos métodos de re-processamento do material constituinte do catodo

das baterias de íons-lítio, produzirem novos eletrodos na forma de filmes, utilizando

caminhos de síntese com baixo consumo energético visando novas técnicas de baterias

miniaturizadas.

4 - PARTE EXPERIMENTAL 4.1 Procedimento do Re-Processamento de Bateria Íon-Lítio

O processo de reciclagem foi iniciado com a descarga total da bateria descartada

com o Voltímetro, até o potencial próximo de 0,0V, com o este processo evita explosão da

bateria durante a sua abertura, devido à presença de eletrólito orgânico altamente

inflamável.

Foi feito um pequeno orifício no revestimento para segregação do eletrólito (solvente

orgânico).

Feita a abertura da bateria (Figura 4.1), separou-se o catodo, separador (membrana

de PVDF intumescida com eletrólito) e anodo e acondicionamento em dessecadores

individuais.

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Figura 4.1: Foto tirada em laboratório durante o processo de abertura e raspagem da

bateria

O material catódico foi raspado do alumínio e coletado, com massa 6,37g, (Balança

Analítica).

A lixiviação do material foi feita utilizando H2O2 (Peróxido de Oxigênio) e HCl (Ácido

Clorídrico), preparação feita na capela, na proporção 3:1.

Após a lixiviação uma primeira filtragem foi realizada visando retirar o carbono

condutor.

O material lixiviado (Figura 4.2) apresentou coloração marrom esverdeado,

provavelmente relacionado ao (CO3O4) óxido de cobalto.

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Figura 4.2: Foto tirada em laboratório durante o processo de re-processamento do

material lixiviado.

A outra parte do material lixiviado foi precipitada com NH4OH obtendo óxido

hidróxido de cobalto foi sendo posteriormente utilizado na síntese de estado sólido.

O material lixiviado será utilizado posteriormente na síntese de Pechini para

produção de novos cátodos em trabalhos futuros.

O método dos precursores polimérico ou também conhecido como método Pechini é

utilizado na síntese de diversos óxidos policatiônicos. O Método é baseado na formação de

quelatos entre os cátions metálicos (dissolvidos como sais em uma solução aquosa) com

ácido hidrocarboxílico como o ácido cítrico. Observando o esquema da figura 4.3(a), após a

síntese da solução de citrato, é adicionado um polialcool, como etileno glicol para promover

a poliesterificação entre o citrato do íon metálico e o etileno glicol esquema da figura 4.3(b).

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Figura 4.3: Método dos Precursores Polimérico – Síntese de Pechini

A implantação do projeto de reciclagem de baterias e educação ambiental na

Universidade São Francisco, tem como foco principal a coleta de baterias descartadas e

novas propostas de sensibilização relacionadas à reciclagem e método de limpeza e

preservação do ambiente.

A estratégia é a mudança de comportamento através da educação ambiental como

instrumento de sensibilização e conscientização do papel do cidadão na conservação dos

recursos naturais para questões relacionadas ao consumo excessivo e ao desperdício de

matéria-prima. Assim como pesquisas voltadas para o re-processamento de baterias de

íons-lítio visando o desenvolvimento utilizando rotas de síntese com baixo consumo

energético de baterias miniaturizadas.

O programa de coleta de baterias descartadas ocorrerá com atividades de educação

ambiental que visa informar, sensibilizar, estimular e mobilizar todo o campus da

Universidade a aderir o projeto com consciência ambiental, onde estão sendo formados

recursos humanos para divulgação do programa e sensibilização pública, instalações de

uma rede de coleta nas áreas de grande circulação do Campus com caixas coletoras

padronizadas (verde escuro) e coleta do material específico (baterias de íons-lítio) para

pesquisas.

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5 - RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Implantação de um Sistema de Coleta Seletiva

Nos dias atuais tem-se falado muito em reciclagem e a problemática de resíduos

tecnológicos, principalmente quando se trata de resíduos que representam riscos sanitários

e ambientais. A legislação ambiental brasileira descreve corretamente o descarte de pilhas e

baterias, porém não resolve o descarte de resíduos tecnológicos devido à velocidade da

própria tecnologia e o seu consumo excessivo.

A sociedade se apresenta altamente consumidora, onde comprar faz parte do seu

cotidiano e o desenvolvimento das tecnologias no setor de telecomunicações e da indústria

eletroeletrônica contribuem com um aumento no consumo devido ao avanço da tecnologia

em equipamentos mais práticos e econômicos movidos a energia móvel (baterias

recarregáveis ou não-recarregáveis).

A Universidade São Francisco preocupada com o consumo acelerado por tais

equipamentos e a geração de lixo eletrônico, implantou no Campus um Projeto que traz

como tema “Descarte e Reciclagem de Baterias”, com a finalidade de sensibilizar

primeiramente a comunidade universitária. Este projeto é formado por recursos humanos

que vem trabalhando na divulgação do programa e sensibilização pública, que tem como

foco a educação ambiental que estará promovendo palestras, mini-cursos e encontros junto

a comunidade acadêmica sensibilizando e estimulando debates como; o destino das

baterias em aterras e lixões, impacto ambiental com o descarte inadequado relacionados

não só ao meio ambiente, mas também com a saúde publica, o consumismo, o desperdício,

a reciclagem e o direito e dever do cidadão junto a sociedade. Estima-se que passe pela

Universidade São Francisco cerca de 15.000 pessoas diariamente, onde deverão ser

instalados pontos de coleta em várias localidades e com grande circulação, sendo que as

caixas coletoras já estão padronizadas com a cor do descarte coletivo (verde escuro) e

compostas com a identidade visual do projeto e da estratégia de comunicação, que já está

aprovada. Isto deverá ocorrer primeiramente no Campus de Bragança Paulista onde será

determinado em conjunto com a Diretoria do Campus. A partir da coletagem, serão

selecionadas as baterias de íons-lítio para pesquisas, onde será analisada e feita nova

revisão temática baseada nos resultados da analise.

Desde o início da implantação deste projeto já vem sendo realizadas pesquisas

estabelecendo condições experimentais adequadas ao re-processamento dos catodos das

baterias íons-lítio utilizando rotas de extração e síntese com baixo custo energético,

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lembrando que o restante do material coletado será encaminhado para entidades

apropriadas. Em anexo a formulário de percepção de reciclagem de baterias.

5.2 - Desenvolvimento do Re-Processamento da Bateria íon-Lítio

O re-processamento da bateria de íons-lítio desde sua abertura seguindo as etapas de

raspagem, separação do material catódico e preparação da solução para lixiviação

apresentaram bons resultados, permitindo uma boa lixiviação durante o processo de

reciclagem.

6 - CONCLUSÃO

Devem-se respeitar as condições do processamento de baterias usadas de lítio: a)

recuperação maximizada dos componentes de valor do produto usado; b) tratamento de

materiais não recuperados para obter formas seguras de descarte. Estima-se que no futuro

as estruturas das políticas ambientais e o incentivo da educação ambiental garantam que as

baterias sejam recicladas em sua maioria possibilitando a redução à pressão por fontes

naturais.

O processamento da bateria de lítio é relativamente simples devido essencialmente à

química bem diferenciada de seus componentes. Contudo, estima-se que não se esgotaram

as possibilidades de novos processos de recuperação de componentes dessas baterias.

Dois exemplos, extrações em fase sólida – que dispensam a dissolução da bateria em meio

ácidos – e agentes complexantes – que favorecem a solubilização seletiva de metais –

estão sendo estudados para gerar uma geração de menos resíduos.

Conclui-se que com as novas tecnologias sendo desenvolvidas para diminuir o grau

de toxidade das baterias juntamente com a estruturação das políticas de reciclagem pode-se

garantir que tanto o meio ambiente não será afetado por esses materiais poluentes, quanto

o ser humano não estará exposto às ações nocivas dos metais presentes em pilhas e

baterias de uso cotidiano.

Atingido o objetivo do Projeto, que é alertar a comunidade universitária com cuidados

relacionados ao meio ambiente, a saúde e aos direitos e deveres como cidadãos.

Acredita-se que há novas possibilidades para estabelecer novos processos de

recuperação de componentes dessas baterias e que em termos ecológicos impõe-se que no

futuro, as baterias sejam mais recicláveis possível reduzindo a pressão por fontes naturais.

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7 - BIBLIOGRAFIA

Filho P. Rubens, Rosa S. Derbal e Irias M. J. Luiz. Desenvolvimento Sustentável. Berto

Editora Itatiba, 2008

Peter, Atkins; Loretta, Jones. Princípios da Química - Questionando a Vida Moderna e o

Meio Ambiente, 3ª ed., Editora Bookman, 2006.

http//:www.mma.gov.br - Site consultado 18/10/2008 às 15:00h

MERCK. Tabela Periódica. [online]. http://www.merck.com.br/tpie.htm (2002).

http//:www.usf.com.br - Site consultado 06/10/2008 às 00h.

http//:www.física.uel.br./filmat/baterias_príncipios.htmal - Site consultado - 26/10/2008 às

18h30min .

http//:www.cepis.org.pe/bvsare/e/proypilas/pilas-pdf - Site consultado - 15/10/2008 às 14h00

http//:www.fórum.clubedohardware.com.br.tipos.baterias/32374 – Site consultado –

10/10/2008 às 18h00

www.br.geocities.com/etermecanica/lítio.pdf – Site consultado - 21/09/2008 às 14h00

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8 - ANEXOS 8.1 Anexo Comércio será responsável pela coleta de pilhas e baterias usadas

por Dayane Cunha — última modificação 22-09-2008 16:11:00

Todos os pontos de venda de pilhas e baterias do país deverão ter, dentro de dois anos,

postos de coleta para receber os produtos descartados pelos consumidores, segundo

nota divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente. A resolução foi aprovada pelo

Conselho Nacional do Meio Ambiente no dia 11 de setembro e será regulamentada pelo

Instituto Brasileiro de Meio Ambiente.

Segundo a nova resolução, os varejistas deverão encaminhar o material recolhido aos

fabricantes e importadores. Estes serão responsáveis pela reciclagem, ou, quando não

for possível, pelo descarte definitivo em aterros sanitários licenciados.

O Conama também reduziu os índices de mercúrio, cádmio e chumbo permitidos tanto

para as pilhas e baterias fabricadas no Brasil quanto para as importadas. Segundo o

MMA, mesmo com a redução acentuada dos índices de produtos tóxicos (os limites

admissíveis caíram em 55% para o mercúrio, 87% para o cádmio e 50% para o

chumbo), a ação não deve ter grande impacto na indústria. A maioria dos fabricantes já

produz dentro desses limites.

Por isto, segundo o diretor do Conama, Nilo Diniz, o desafio é promover o descarte

adequado de pilhas e baterias e, especialmente, convencer e acostumar os

consumidores. Para promover a educação dos consumidores, o Conama incluiu no texto

um capítulo dedicado à informação, que será de responsabilidade partilhada entre o

poder público e o setor privado.

"O consumidor é o propulsor desse sistema. Ele precisa estar informado do prejuízo que

uma pilha ou uma bateria pode fazer ao meio ambiente se forem descartadas de

maneira inadequada. E depois de estar informado e sensibilizado, ele tem que criar o

hábito de levar a pilha velha para deixar na caixa de coleta quando for comprar uma

nova", alertou Diniz em nota.

Fonte: http://www.revistasustentabilidade.com.br

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8.2 Anexo

Quadro 3: Re-processamento da Bateria Ìon-Lítio