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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS Rafael Santiago PERFIL PSICOLÓGICO DOS PILOTOS CURITIBA 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS

Rafael Santiago

PERFIL PSICOLÓGICO DOS PILOTOS

CURITIBA

2008

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PERFIL PSICOLÓGICO DOS PILOTOS

CURITIBA

2008

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Rafael Santiago

PERFIL PSICOLÓGICO DOS PILOTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Pilotagem Profissional de Aeronaves, da Faculdade de Ciências Aeronáuticas Universidade Tuiuti do Paraná – Faculdade de Ciências Aeronáuticas, como requisito parcial para a obtenção do título de Tecnólogo. Orientadora: Margareth Hasse

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS AERONÁUTICAS

CURITIBA PR ANO 2008

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TERMO DE APROVAÇÃO

Rafael Santiago

PERFIL PSICOLÓGICO DOS PILOTOS

Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Tecnólogo em Pilotagem Profissional de Aeronaves no Curso de Ciências Aeronáuticas da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, _____ de _________ de 2008

Ciências Aeronáuticas Universidade Tuiuti do Paraná

Orientadora: ______________________________________________

(Margareth Hasse)

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SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS.........................................................................................................1 RESUMO..............................................................................................................................2 ABSTRACT.........................................................................................................................3 1. INTRODUÇÃO................................................................................................................4 2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................6 2.1 Avaliação das Personalidades.........................................................................................6 2.2 Personalidade nos Pilotos.............................................................................................13 3. CONCLUSÃO................................................................................................................20 4. BIBLIOGRAFIA............................................................................................................21

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Gráfico de Falhas .................................................................................4 FIGURA 2 – Dimensões da Personalidade .............................................................11

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LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Escalas de Traços .............................................................................13

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, que me deram o suporte necessário para permanência e finalização da

graduação.

À professora e psicóloga Margareth Hasse e à professora Rosana Adami Mattioda, ambas

da Universidade Tuiuti do Paraná, as quais com grande dedicação e apoio permitiram o

desenvolvimento do presente trabalho.

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RESUMO

Com o intuito de identificar um possível perfil psicológico padrão entre os pilotos, no

presente estudo foram observadas pesquisas anteriores efetuadas na área. Após a análise

das mesmas, foram constatadas diversas descrições a respeito dos perfis psicológicos dos

pilotos, encontrando-se em cada pesquisa três principais grupos. No grupo predominante

das pesquisas, os pilotos são tidos como espirituosos, ousados, extrovertidos, porém ao

mesmo tempo discretos e apresentam um raciocínio lógico. Percebeu-se através desse

resultado que a personalidade atua de maneira significativa no desempenho em vôo dos

pilotos, principalmente quando somada às habilidades do mesmo e cultura, podendo

tornar-se um importante fator de risco.

Palavras-Chave: Traços de personalidade, perfil do piloto, desempenho em vôo.

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ABSTRACT

With intention to identify a possible standard psychological profile between pilots, the

present study observed previous researches in the area. After the analysis of these

researches, it became evident several descriptions related the pilot’s psychological

profiles, finding in each research three main groups. In the predominant group of the

researches, the pilots are considered as spirited, audacious, extrovert but at the same time

discreet and having logical thought. Trough this result, it can be understood that the

personality acts significantly into pilot’s flight performance, principally when added to

their abilities and culture, and can turn into an important danger factor.

Key-Words: Personality traces, pilot’s profile, flight performance.

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1. INTRODUÇÃO

Ao longo dos anos, a prevenção de acidentes vem evoluindo nas áreas da aviação.

Contudo no Brasil, o fator humano, um importante fator contribuinte na causa de

acidentes, ainda não recebe a devida atenção. Entre 1977 e 1984, foi realizado pela

BOEING (PIANOWVISKI, 2006) um estudo que analisou 126 grandes acidentes, dentre

os quais, em aproximadamente 74% foram identificados como considerável fator

contribuintes o fator humano.

Dentre as falhas englobadas pelo fator humano nos acidentes/incidentes

aeronáuticos, os procedimentos computam 11%, o processo psicomotor 37%, e o erro de

decisão 52% (RUFINO, 2008).

ProcedimentoPsicomotorErro de Decisão

Tendo em vista esses números, as propost

erro no fator humano, mas, em sua maioria,

* dados do período 87, 88, 89nos EUA, englobando

Aviação Geral, Comercial e Militar

as atuais buscam um modo de reduzir o

enfatizam a competência técnica e

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proficiência (CHIDESTER, HELMREICH, GREGORICH, & GEIS, 1991. apud

FITZGIBBONS & DAVIS, 2000). Outros enfoques para a melhora da segurança de vôo

recaem sobre aspectos interpessoais da coordenação da tripulação (ORLADY &

FOUSHEE, 1987, apud FITZGIBBONS & DAVIS, 2000) na forma de treinamento de

gerenciamento de recursos na cabine de comando ou CRM (Cockpit Resource

Management).

Porém, não se tem muitos estudos ou programas de prevenção de acidentes

baseados nas características de personalidade que possam influenciar o desempenho da

tripulação e o erro de gerenciamento (FITZGIBBONS & DAVIS, 2000).

Os traços de personalidade determinam como um indivíduo reage a diferentes

eventos e situações e no que se refere à personalidade dos pilotos, descrições a respeito

são oferecidas desde o nascimento da aviação no inicio do século XX (DOCKERY &

ISAACS, 1921; RIPPON & MANUEL, 1918, apud GRICE & KATZ, 2006).

Sabe-se que a personalidade do piloto influencia no desempenho de vôo, gerando

uma relação significativa com a segurança de vôo. Até mesmo a cultura na qual o piloto

está inserido exerce grande influência sobre sua performance.

O foco desse trabalho é investigar quais são os principais perfis psicológicos

encontrados entre os pilotos, e se é possível dizer que existe um perfil psicológico padrão

entre os aviadores. Para isto será usado o acervo bibliográfico sobre os perfis

psicológicos e suas reações examinar dados em pesquisas na aviação sobre os

perfis psicológicos dos pilotos e sua influência no desempenho em vôo;

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. ANÁLISE DAS PERSONALIDADES

A Personalidade pode ser definida como: padrões distintivos e característicos de

pensamento, emoção e comportamento que definem o estilo pessoal de interação de uma

pessoa com o ambiente físico e social. Outra concepção acerca da Personalidade se baseia

na constituição biotipológica, segundo a qual a genética não estaria restrita à cor dos

olhos, dos cabelos, da pele, à estatura, aos distúrbios metabólicos e, ocasionalmente, às

más formações físicas, mas também determinaria as peculiares maneiras do indivíduo

relacionar-se com o mundo: seu temperamento, seus traços afetivos, entre outros.

(ATKINSON & COLS, 2002).

O estudo da personalidade pode ser dividido em três níveis, sendo que para

Allport e Vernon (1933), o foco pode ser aplicado a qualquer um dessas diferentes

divisões.

“O primeiro é o nível dos traços, interesses, atitudes ou sentimentos considerados como compondo uma personalidade ‘interior’; o segundo é o nível do comportamento e da expressão; o terceiro é o nível da impressão, da percepção e interpretação do comportamento pelo outro” (p.v).

Assim, os julgamentos da personalidade feitos de outras pessoas, são

“constructos inferenciais baseados na nossa percepção sensorial da expressão” sendo

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apenas pela percepção do corpo físico, da linguagem e dos gestos do outro que se pode

chegar a qualquer conhecimento sobre ele. Fundamentado nisso, o estudo direto da

expressão é a abordagem mais natural para o estudo da personalidade.

Existem abundantes questões relativas às disposições subjacentes ao movimento

e ao efeito do movimento sobre os outros. Allport e Vernon (1933) definem o movimento

expressivo como “aqueles aspectos do movimento que são suficientemente característicos

para diferenciar um individuo do outro” (p.vii).

Segundo Klages (1959), “o princípio da expressão diz que a todo movimento

interior corresponde a um movimento corporal análogo ou que todo movimento

expressivo é involuntariamente dirigido para o fim instintivo contido na vivência da vida

interior”.

Na força do movimento se expressa a força do impulso psíquico, que pode

manifestar-se de diversas formas: como a amplificação do movimento, o aumento da

velocidade ou um traço mais robusto (BOCCATO & ESTEVES, 2004).

Allport (1974 apud BOCCATO & ESTEVES, 2004) enfatiza que diversos

fatores exerçam influência sobre o comportamento expressivo, sendo necessário

considerá-los para sua análise. Esses fatores são:

a) “tradição cultural;

b) Convenção regional;

c) Disposições emocionais passageiras;

d) Condições de tensão e fadiga;

e) Idade;

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f) Sexo;

g) Estrutura muscular congênita e estrutura física;

h) Condições de saúde e doença;

i) Deformações acidentais do corpo;

j) Treino especial (por exemplo: dramático ou militar);

k) Condições do ambiente físico (por exemplo: caneta, papel e tinta para escrever)”.

Segundo Wolf e Precker (1956 apud BOCCATO & ESTEVES, 2004), a

abordagem psicossomática tem mostrado a inter-relação entre as necessidades do

indivíduo e o estado do organismo. Consideram que o estudo do comportamento

expressivo permite uma compreensão da estrutura e função do organismo, bem como da

unidade e consistência da personalidade. Para esses autores, a abordagem psicossomática

e o estudo do comportamento expressivo se desenvolveram ligados à teoria psicanalítica

de Freud, que enfatizou a unidade da personalidade, uma vez que o conflito neurótico se

tornava evidente não apenas na personalidade, mas em cada gesto, em cada deslize de

linguagem e em cada constância individual. Por essa razão seria possível chegar-se às

origens da personalidade, caso esses sinais fossem compreendidos. Freud ampliou essa

constatação para o comportamento de todos os indivíduos.

Partindo-se de outra linha de raciocínio, quando é solicitada a descrição da

personalidade de uma pessoa, normalmente são utilizadas palavras que descrevem traços

de personalidade – adjetivos como inteligente, extrovertido, consciencioso e assim por

diante. Os psicólogos da personalidade têm procurado criar métodos formais para

descrever e mensurar a personalidade; estes diferem do uso cotidiano que fazemos dessas

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palavras em três aspectos. Em primeiro lugar, eles procuram reduzir o conjunto potencial

de palavras descritivas de traços a um conjunto manejável que continue abrangendo a

diversidade da personalidade humana. Em segundo lugar, eles procuram assegurar que os

instrumentos para a mensuração dos traços da personalidade sejam confiáveis e válidos.

Finalmente, eles realizam pesquisas empíricas para descobrir os relacionamentos entre

traços e comportamentos específicos (ATKINSON & COLS, 2002).

Na década de 1930, dois psicólogos da personalidade encontraram

aproximadamente 18000 palavras que descrevem características de comportamento.

Depois, eles reduziram a lista para cerca de 4500 palavras, eliminando as obscuras e

sinônimos. A seguir, a lista foi organizada em subgrupos psicologicamente significativos

(ALLPORT & ODBERT apud ATKINSON & COLS, 2002).

Pesquisadores subseqüentes utilizaram esses termos descritivos de traços para

classificar a personalidade dos indivíduos. Nenhum ser humano demonstrará traços que já

não existam em outros, como uma espécie de patrimônio.

Raymond Cattell (1966, 1957) condensou a lista Allport-Odbert para menos de

200 traços e obteve avaliações de pares e auto-avaliações para cada traço. Depois, ele

utilizou a análise fatorial para determinar quantos fatores de personalidade subjacentes

poderiam explicar o padrão de correlações entre as classificações de traços. Sua análise

produziu dezesseis fatores. Um procedimento semelhante foi usado pelo psicólogo

britânico Hans Eysenk para chegar a dois fatores de personalidade: extroversão-

introversão e instabilidade-estabilidade emocional, o qual ele denominou de neuroticismo

(EYSENK, 1953); posteriormente ele acrescentou um terceiro fator denominado

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psicotismo (EYSENK apud ATKINSON & COLS, 2002). A introversão-extroversão

refere-se ao grau em que a orientação básica de uma pessoa é dirigida para si mesma ou

para o mundo exterior. Jung (1913) em Conferência no congresso psicanalítico de

Munique definiu as seguintes proposições, consideradas novas na abordagem da

Psicologia Analítica:

“Chamei de Introversão e Extroversão duas direções opostas da libido. Nos casos mórbidos, em que idéias delirantes ou inspiradas na emotividade, ficções ou interpretações fantásticas adulterem no paciente o juízo de valores sobre os objetos e sobre si mesmos(...) falamos de extroversão sempre que o indivíduo volta o seu interesse no mundo externo, dando-lhe valor extraordinário.(...) já quando o homem se torna o centro do seu próprio corpo, trata-se da introversão.” Pg. 462 de JUNG (1991)

Ninguém é puramente introvertido ou extrovertido. Jung comparou esses dois

processos ao batimento cardíaco – há uma alternância rítmica entre o ciclo de contração

(introversão) e o ciclo de expansão (extroversão). Entretanto, cada indivíduo tende a

favorecer uma ou outra atitude e opera principalmente em termos desta mesma.

No extremo de introversão da escala estão os indivíduos que são tímidos e optam

por trabalhar sozinhos; eles tendem a se retrair em si mesmos, principalmente em épocas

de elevado estresse emocional ou conflito. No extremo de extroversão estão os indivíduos

que são sociáveis e optam por ocupações que lhes permite trabalhar diretamente com

outras pessoas; em épocas de estresse elas procuram companhia. O neuroticismo

(instabilidade-estabilidade) é uma dimensão da emotividade, com indivíduos mal-

humorados, ansiosos, temperamentais, e indivíduos tranqüilos e bem adaptados.

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A Figura 1 mostra como essas duas dimensões se combinam para organizar

diversos subtraços que se correlacionam com os fatores.

FONTE: Introdução à Psicologia de Hilgard, Avaliação de Personalidade (2002, p. 458)

Mesmo com um procedimento analítico rigoroso como a análise fatorial, não há

uma resposta definitiva para quantos fatores básicos de personalidade existam.

Parte da discrepância ocorre porque diferentes traços são inicialmente colocados

em análise; alguma discrepância ocorre porque diferentes tipos de dados estão sendo

analisados (por exemplo, avaliações dos pares versus auto-avaliação); e uma outra

discrepância ocorre porque diferentes métodos de análise de fatores são empregados. Mas

parte da discordância é uma questão de gosto. Por exemplo, quando os dezesseis fatores

de Cattell são analisados, os dois fatores de Eysenk aparecem como superfatores.

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Portanto, é possível pensar-se em uma hierarquia de traços na qual cada grande traço

geral é composto de vários traços subordinados mais restritos (ATKINSON & COLS,

2002).

Apesar dessas discordâncias, muitos pesquisadores de traços estão chegando ao

consenso de que cinco dimensões de traços podem oferecer o melhor meio termo (JOHN,

1990). Embora os cinco fatores – atualmente chamados de “Cinco Grandes” – tenham

sido originalmente identificados através de uma análise fatorial da lista de traços Allport-

Odbert (NORMAN, 1963 apud ATKINSON & COLS, 2002), os mesmos cinco

emergiram de uma ampla variedade de testes de personalidade (DIGMAN & INOUYE,

1986; MC CRAE & COSTA, 1987). Ainda existe discordância quanto à melhor maneira

de chamar e interpretar os fatores, mas pode-se resumi-los a cinco: Abertura,

Conscienciosidade, Extroversão, Afabilidade e Neuroticismo.

Abertura à experiências é a busca pró ativa e apreciação das mesmas.

Conscienciosidade é a persistência, organização e motivação em comportamentos focados

à tarefa. Extroversão é definida como a quantidade e intensidade de relacionamento

interpessoal. Afabilidade é a qualidade das relações interpessoais variando entre

compaixão e hostilidade. Neuroticismo é a propensão aos efeitos negativos de novas

experiências, tais como: ansiedade, depressão e hostilidade. (PIEDMONT &

WEINSTEIN, apud FITZGIBBONS, SCHUTTE & DAVIS, 2000).

Street & Helton (1993 apud FITZGIBBONS, SCHUTTE & DAVIS, 2000)

encontraram que numerosos pesquisadores apontaram o modelo dos Cinco Grandes

Fatores como o maior potencial na seleção de pilotos e pesquisas de treinamento.

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A Tabela 1 mostra alguns exemplos representativos das escalas de traços que

caracterizam cada um dos cinco fatores. Muitos psicólogos da personalidade consideram a

descoberta e validação dos Cinco Grandes um dos principais avanços da psicologia da

personalidade contemporânea.

Fatores de Traço Escalas de Traço Representativas Abertura Convencional – Original

Cauteloso – Ousado Conservador – Liberal

Conscienciosidade Despreocupado – Cuidadoso Não-Confiável – Confiável Negligente – Consciencioso

Extroversão Retraído – Sociável Quieto – Loquaz Inibido – Espontâneo

Afabilidade Irritável – Bem-Humorado Impiedoso – Bondoso Egoísta – Altruísta

Neuroticismo Calmo – Preocupado Resistente – Vulnerável Seguro – Inseguro

FONTE: Introdução à Psicologia de Hilgard, Avaliação de Personalidade (2002, p. 459)

2.2. PERSONALIDADE NOS PILOTOS:

Muitos estudos já foram direcionados para encontrar uma relação entre a

personalidade e performance para padronização de acidentes. A propensão a acidentes

vem no nascimento ou logo na infância. Essa propensão dos tripulantes tem parte em

determinados traços da personalidade, os quais os tornam vulneráveis a acidentes. Eles

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falham por stress, podem reprimir seus sentimentos, tornando-se autodestrutivos ou

demonstrar seus sentimentos, acabando por censurar os outros. Esses traços podem causar

conflitos de personalidade. Se um piloto é altamente propício a acidentes, ele pode falhar

tanto por omissão quanto por excessos (GANESH & JOSEPH, 2005).

Dados psicológicos organizacionais e militares têm sugerido que os traços de

personalidade são decisivos no desempenho no trabalho e produtividade (GRICE &

KATZ, 2007).

Segundo Zacharias (2003), existem profissões que são mais encontradas em

determinados perfis tipológicos. É o caso dos pilotos, que têm expostas descrições dos

traços de personalidade desde os primórdios da aviação no início do século XX

(DOCKERY & ISAACS, 1921; RIPPON & MANUEL, 1918 apud GRICE & KATZ,

2007). A carência de um instrumento empiricamente baseado na determinação dos traços

de personalidade resulta em uma mescla de descrições de personalidade. Por exemplo,

Rippon e Manuel definem os aviadores como “expansivos” e “aventureiros” enquanto

Dockery e Issacs descrevem-nos como “metódicos” e “tranqüilos”. Estudos anteriores

definiam ainda os aviadores como “espirituosos” e “otimistas” (GANESH & JOSEPH,

2005).

Para Zacharias (2003), os pilotos, normalmente estão enquadrados em perfis mais

ousados, porém ao mesmo tempo calmos e discretos, observando e analisando a vida com

salientada curiosidade e lampejos inesperados de humor original. Baseiam-se em

princípios lógicos e mostram elevado interesse em como e porque aparatos mecânicos

funcionam.

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O desempenho dos aviadores pode ser analisado como uma relação entre

atitudes, perícia e fatores de personalidade (CHIDESTER, HELMREICH, GREGORICH,

& GEIS, 1991). A personalidade é tida como influência na tomada de decisões

(MURRAY, 1999), nos estilos de comando dos tripulantes e na comunicação em cabine

(KANKI, PALMER, & VEINOTT, 1991), e até mesmo na probabilidade de falhas em

vôo (LARDENT, 1991 apud GRICE & KATZ, 2007), tornando-se crítica ao desempenho

em vôo. Kanki e Palmer (1993) concluíram:

“um importante insumo para a fórmula interpessoal-comunicação-performance é a personalidade de cada indivíduo que compõe a tripulação. A personalidade separada de cada tripulante pode ser integrada para criar uma única e efetiva com uma orientação positiva para as tarefas e informações relevantes às mesmas”.

Shinar (1995 apud GRICE & KATZ, 2007) encontrou três fatores de

personalidade com efeito significante sobre as realizações dos pilotos: (1) uma grande

necessidade de realização, (2) a vontade de completar a tarefa necessária mesmo em

situações difíceis e que exijam o máximo delas; (3) uma identidade única capaz de

alcançar o êxito.

Em 2004 estudos foram realizados em pilotos alunos homens da área militar,

buscando a determinação de um perfil ou grupo de perfis predominantes na mesma. Para

tal foram usados os cinco Grandes Fatores: Abertura, Conscienciosidade, Extroversão,

Afabilidade e Neuroticismo.

Os resultados indicaram uma pontuação média em quatro dos cinco fatores,

ficando apenas a Afabilidade com baixa pontuação, o que sugere que os pilotos alunos

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apresentam maior interesse no individualismo, aperfeiçoando a própria competência, do

que em relacionamentos interpessoais (GRICE & KATZ, 2007).

Uma segunda pesquisa, feita com pilotos militares de carreira e comparada com a

primeira, mostrou algumas diferenças em relação aos pilotos alunos em: Afabilidade e

Extroversão. Os pilotos de carreira apresentaram pontuação média em Afabilidade

enquanto a dos alunos foi definida como baixa. Apresentaram também pontuação alta em

Extroversão contra média dos alunos. (GRICE & KATZ, 2007).

Pela pesquisa, a Conscienciosidade foi considerada o traço mais importante para

os pilotos dentro da teoria dos Cinco Grandes Fatores.

Por exemplo, o ambiente pessoal adaptado à teoria sugere que percepções da

congruência entre traços de personalidade, interesses e as características associadas com

diferentes tipos de profissões aumentam a probabilidade de satisfação no trabalho e alto

desempenho, enquanto uma incongruência aumenta a probabilidade de insatisfação e

exaustão (BARICK & MOUNT, 1991 apud GRICE & KATZ, 2007).

Nos estudos mais recentes a respeito da personalidade dos pilotos, testes

tradicionais como o Teste Rorschach e o Teste de Percepção temática foram utilizados.

Porém os resultados apresentaram pequena correlação com os efeitos do treinamento de

vôo (GANESH & JOSEPH, 2005).

Por essa razão, os pesquisadores passaram a utilizar testes usados em avaliações

vocacionais. Alguns dos testes utilizados foram: o Inventário Multiaxial Clínico de

Millon, o Molde de Pesquisa de Personalidade, o Inventário de Personalidade Multifásico

de Minnesota (MMPI), o Inventário de Personalidade de Eysenck (EPI) e a Tabela de

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Prioridades Pessoais de Edwards (EPPS) (GANESH & JOSEPH, 2005). Esses testes

determinaram os pilotos como dominantes, confiantes, competitivos, empreendedores,

unânimes e extrovertidos.

Um estudo feito com 350 pilotos da Força Aérea Americana encontrou três

grupos de personalidade na amostra. O primeiro (58%), era formado por empreendedores,

dominantes, afáveis e estáveis. O segundo grupo (21%) apresentava características

similares ao primeiro, porém raramente agressivos, dominantes, egocêntricos e

exibicionistas. O terceiro grupo (21%) possuía traços de cautela, compulsividade e

isolamento social (GRICE & KATZ, 2007).

Picano (1991) analisou 170 pilotos de helicópteros do exército americano e

encontrou três grupos na amostra. O maior grupo (48%) intitulado “extrovertidos

metódicos” era expansivo, com ênfase no planejamento, análise lógica e apresentava

atenção aos detalhes. O segundo grupo (36%) era emocionalmente estável, inibido e

aparentemente apreensivo. Já o terceiro grupo (16%) rotulado como “individualistas

competitivos” apresentava indivíduos altamente independentes, competitivos e decididos.

Bartram (1995) examinou pilotos da Força Aérea Britânica, e encontrou que, os

pilotos que passaram nos treinos eram mais estáveis, extrovertidos, obstinados e

independentes do que aqueles que falharam.

Utilizando-se de acidentes onde houve falha humana dos pilotos, um estudo

encontrou três dentre os dezesseis fatores de personalidade de Cattell altamente

correlacionados com o acidente. Os pesquisadores conseguiram determinar com 86% de

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acerto se um piloto tinha se envolvido previamente em algum tipo de erro. (GANESH &

JOSEPH, 2005).

Como definido por esses três fatores, pilotos envolvidos nesse grupo de acidentes

eram mais dependentes do grupo, práticos e inteligentes. Mas um estudo de validação

cruzado com outro grupo de pilotos falhou em replicar as descobertas. A Personalidade

pode ser um de muitos fatores, numa cadeia de eventos e situações, o que em ultima

instância pode desencadear um acidente ou incidente (GANESH & JOSEPH, 2005).

Fitzgibbons, Schutte & Davis (2000), através de um estudo com 93 pilotos

comerciais, determinaram o que seria A base do “perfil de personalidade do piloto” é a de

um individuo estável com baixa ansiedade, vulnerabilidade, agressividade hostil,

impulsividade e depressão. A pessoa tende também a ser bastante consciente: alta

deliberação, busca de objetivos, competência e sentido de obrigação de tarefas. Estes

indivíduos também são confiáveis e corretos. Finalmente, são pessoas ativas com alto

nível de assertividade. Este estudo realizado, comparado com o de Picano (1991) permitiu

avaliar que existe um perfil universal predominante entre os pilotos, desconsiderando-se

experiência ou posição.

Além do perfil predominante, é importante compreender as características de

personalidade dos aviadores deficientes, sendo que podem ser identificados através da

observação anterior à falha. Alguns fatores encontrados nessa síndrome são agressividade

excessiva, impulsividade, tolerância reduzida por tensão / stress, ressentimentos de

autoridade, baixa harmonia com o meio, envolvimento do ego, tornando-se assim

sensíveis às críticas sobre suas habilidades em vôo, valores morais e formação religiosa,

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problemas financeiros, decisões recentes sobre a carreira, e dificuldade em

relacionamentos (GANESH & JOSEPH, 2005). Cinco exemplos perigosos denominados

anti-autoridade, impulsividade, invulnerabilidade, atitudes para provar masculinidade, e

resignação, os quais aumentam as chances de um acidente, tem correlação com

determinadas dimensões da personalidade. Porém existem divergências quanto à

suscetibilidade ou não de modificação dos traços (GANESH & JOSEPH, 2005).

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3. CONCLUSÃO

A Personalidade é um importante fator a ser considerado quando se trata de

desempenho em vôo. Determinados perfis são mais apropriados às profissões, sendo que

quando alocado “corretamente”, aumenta-se a probabilidade de satisfação no trabalho e

alto desempenho, caso contrário, a probabilidade de insatisfação e exaustão é acentuada.

Quando associada à cultura de formação do indivíduo, aos fatores externos

momentâneos e à perícia do piloto, a personalidade se torna um fator de suma importância

do desempenho em vôo, além da influência sobre a probabilidade de falhas. Dessa

maneira, a personalidade pode tornar-se um considerável fator de risco.

Apesar de existirem várias interpretações a respeito da personalidade dos pilotos,

existe um consentimento quanto ao fato dos mesmos serem principalmente espirituosos,

ousados, extrovertidos, porém ao mesmo tempo discretos e apresentarem um raciocínio

lógico.

Através desses traços pode-se observar que são indivíduos dinâmicos, com leve

risco por sua ousadia, mas desde que bem administrada, não se tornará um problema. O

raciocínio lógico permite uma avaliação de um perfil perspicaz, com reações rápidas.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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