43
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo INTERA<;:AO FAMiLiA/ESCOLA: PERSPECTIVAS PARA UM BOM DESEMPENHO INTERINSTITUCIONAL Curitiba 2004

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

  • Upload
    buiphuc

  • View
    224

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

Suellen Priscila Dal Santo

INTERA<;:AO FAMiLiA/ESCOLA: PERSPECTIVAS PARA UM BOMDESEMPENHO INTERINSTITUCIONAL

Curitiba2004

Page 2: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Suellen Priscila Dal Santo

INTERAc;:Ao FAMiLiA/ESCOLA: PERSPECTIVAS PARA UM BOMDESEMPENHO INTERINSTITUCIONAL

TIClbalno (IF COllciusilo II~ (..W,),O nfll ••".-rlli-\nr,

COlnG reqUl51to pilla 1J1)(I;:II~iio do;: Ll"~11C1"hll

Pleml dt" PeclaOIY.lin (Iil Fac\lIaades Human:'l·Letms e Arks dn UlliverSldade TIIIl!!1 cit':> PiHilrl<l

OnenHldora: Prof' Cannen ROdngues da C""o;t~

Curiliba2004

Page 3: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

j~ Universidade Tuiuti do Parana./

FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

Curso de Pedagogia

TERMO DE APROVA<;AO

NOME DO ALUNO: SUELLEN PRISCILA DAL SANTO

TiTULO: /nterat;ao Familia Escola: Perspectivas para um bamDesempenho /nterinstitucional.

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;AO DO GRAU DE LlCENC!ADO EM PEDAGOG!A, DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:

j;r.~ dc~PR6FW.CAR~DRIGUES DA COSTA

ORIENTADOR

PROF(a). NEYRE CORREIA DA SILVA

MEMBRO DA BANCA

PROF(a) OLGA MARIA MATTOS

MEMBRO DA BANCA

DATA: 05/11/2004

MEDIA: _.9c9_~!~~)

CURITIBA - PARANA

2004

Page 4: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

FELICIDADE

Os DaiS podem dar alegria e satisfa980 para um filho

mas nao ila como Ih ar a felicidade

as P IS podemali.lliar sofnmentos enchendo-os e pr sentes.

mas n~o ha como It"! comprar a lcllCi aoc

Os paiS od~m ser fl1Llito bem sucedidos e feli:es

mas nao ha como lh em festar feltcida

i'vias os pais ooem aos fiihos

Dar l11lHtO arnor. carinho, respelto.

Ensinar tolerancla. solidarledadE e cldadania

Exigir rBciprocldade. dlsclplina e religl0sIdade

Retor9 r a suea e a pre: erva~o da Terra

POlS e ludo 15050 qUe 5E compo s a aUlv-i;:SllrTIi:l

E sobr9 a 8llto-estlll101 que repousa aimel

E a nesta que resid . a fslicldade

Page 5: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

AGRADECIMENTO

Agrad9C;O nmeiramente a Deus. par sem re estar pro;:senroS' ~rl! ITilnt1f: 1'1~

par nun t9f me di;:I)cado nos momentos dificels e or pen11111fC1rTlillna Ch;;<;l8,:La ,.,'~

aqui

1"\. radet;O aos I11E:USpais e a minna irma Francie!i par s~rem C''''''S<::("'i'i.;'

rnarall!ihosas. que sern re conflaram e acr ditar rn m rnirn.

M rTIlnha mas Solang-. oela sua compreo::msao e edica·· 0 or ~O:-::run,

eJfernplO e mll!her. qUE nos rnomentos quo:: 11181SpreClsel esteve cornlQO COf~

palavras 81l11gas

;... n't-:::lJ pal LUI:: pelo $€U esforco. por. atraves de S--:lJ .:.storc" ,0.. (j.:.t'2nnHY'l ~,

chego ao final d rna is wna etapa d lTIinha VIOCI

Agrade90 a toda tnlnha familia. pais, sernpre acreditaram 111ITurn

Nao padena esquecer dos rneus grandes arnigoSc do corac:ao. Cema. Arjnan,;

Adilson. P-adro. Ehane. Jaquellne ~ SerQlo per sempre me com reen ep:"111 ~ ~st?r

pronto~ para to os as ll1om~ntos

::'1, 8rnlga nao adena esquec e voce. que estellE: comrgo r'05 me'rTF,nl>:,!:

rTl,fiIS drfrc IS de f11lnha vida, que VE:nC~ll comico obstacUlos (Jue "tdi1 11"

proporClonou. Ama 'eco B voce par ser essa pessoa maravunosCi

Di. por $er urll corn anherro e amigo mUlto esoeclai

Nao podsna e quecer de l11eus meSlre ern E:speclal n.lnhi:l On-':n!£:(l.:,r::

Carmem, que lransmitiu S~lIS conhectmentos e eX eriEmcias profrsslonals Og VlrJ:?

com deatcatyao e cannho

Page 6: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

SUMARIO

1 INTRODUc;:AO ..

2 CONCEITOS ..

21 FAMiLIA

2.2 ESCOLA.

23 DESENVOLVIMENTO DOS PAIS

3 A FAMiLIA E A ESCOLA DOIS CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO DO

INDIViDUO

31 cAMillI'.

3.2 ESCOLA

4 FUNC;:OES SOCIAlS DA FAMiLIA ...

4.1 FAMILIA -INICIO DA EDUCAc;:Ao INFANTIL ..

5 FUNc;:Ao SOCIAL DA FAMiLIA.

~1 1'. CRII'.Nell

6 FAMiLIA E ESCOLA

7 HARMONIA ENTRE FAMiLIA E A ESCOLA.

8 CONSIDERAC;:OES FINAlS ..

REFERENCIAS

Page 7: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

RESUMO

A presente pesquisa ObJ8tivou consolidar a Irnponancta aa Inter-rela9ao farnlll2.-escola na vida da crianca. Atraves de pesqUisa bibllograflGa medlada pel aabordagem qualitatlva. confirmou-se que sendo os pais as pnrnelros educadores afase Inieiai de aprendizagern e base principal da internaliza<;8o dcs paradipmas dasrela<;oes Interpessoals de uma cnan<;a. ocorre no lar. E no lar que a cnan<;8 aprena~as model os de rela<;:Oes e trecas inlerpessoais. formando aSSlm as bases nare seuscomprometlmentos com a vida em sociedade A Intera~o da familia corn a escol?deve se dar rotineiralllente. pois quando essas duas inslitulcoes est~o ern conSlarW~comunlca~ao. ocorre constantemente mudanyas beneflcas na consirucactransforrna<;:ao dos seres humanos escolanzados ou em processos de eSCO!Bn:::acfw

Palavras chaves Interag2lo Familia·Escola; EduC8G2IO Escolar: EducaGaoFamiliar

Page 8: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

1 INTRODUc;:Ao

Prelende-se com a presente pesquisa Investlgar e descoonr qual 0 Oa~)el ad

familia. no desenvoivimento integral de urn Individuo e S8 a Instiiul<;:ao de educacao

escolar eSla Instrumentallzada le6nca e pratlcamente para Interaglf e companilhar l!

processo educatlvo com a paradigma alual da estrutura da familia.

Educar filhos e uma tarefa muito complexa. pOlS e necessaria a

complexldade da vida Ha algumas decadas a tarefa de crlar e educar fllhos

aparentemente era simplificada pela eXIstencI8 de regras e tradlcoes

InquestionaV81s

Corn 0 passar dos anos a man81fa de educar as fllhGS fOI profunaamente

questlonada. e hOJe. as pais sao expostos a uma massa de informac6es como

!lvros revistas. Jornals. fllrnes e entrevistas com especlailstas no radiO e na TV e

mUltas vezes essas iniormayoes se tornam obscuras. confusas e contrad!tonas

fazendo com que os pais se questionem. se sintam inseguros. desonentados e

Indeflnldos em seu papel de principal educador

A fase Inlclal da aprendizagem das relayoes Interpessoals de uma crlany8

ocorre no iar e suas primeiras experiemclas com a familia partlCularmente com O~

pais. revestel11-se da maior importancia para determlnar a amude da Crtanci.-l 811'

relay80 a outros Indrviduos e a escola. E em casa que a crran<;:a aprende modelos ae

rela<.;:oes e tracas Interpessoais. formando as bases de seus componamentos para a

vida em sociedade

o lar e para a crran9a a lugar onde ela exercltara JIltera<;:oes constantes e?

constanCla (flrmeza) de suas rela<;oes com seus rnodelos originalS (p81/rnaeltrmaosl

sedlmentara as prototlpos para as suas liga<;:oes futuras

Page 9: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Deste layo emoclonal entre a cnan9a e seus pais onglnam-se aprendlzagens

que tendem a ser contlnuada na vida do Indlviduo. t. no lar que 58 conS{ltul a Dase

dos cOlllponamentos Inrantls de livre expressao. dependenc'a e lndependencla ;0

postenormente a Escola sera 0 prolongamento da casa para a cnan<;:a estenao a~

instltuiyOes comportamentos aprendidos com a famiiia. a medlda que VaD surOinoc'

os grupos de escola D mundo social e suas eXlgenclas

k ••• bdsiCCllllente cabe a familia educar e formal' Corno ni'1o seriapossivel a farniliil preparClr inleirmnente 0 jovern. alguns dl'" C:"1I~

deveres s~o atribuidos a Escola. que aiuCl par sua dele.qacao ,.:.,!;c<lmcteristicas essenciais da persQnalidade silo rnoldad<l!. Il<l 1;lInili;.e <l1>e'lfeicoadasna escola." (VALLE. 1972, 1".46)

Surge entao a tendEmcia educacional de Inteprar 0 trabalho da escola aD

trabalho do iar. que nada lnalS e que a conclliayao das formas famlilares e escolares

que exercem Infiuencla no educando ),3 aue a escola se VIU obnaada a assumlr as

tarefas de sua Integra~o em urn. trabalho complementar d? acao rja pdw:::;c~r

A pesqulsa utlllzada para desenvolver este terna fOI bibllopraflca Por melD

dela bUscDu-se dados e 1I1forrnac;:oesque SubSldlaram 0 estudo reaJlzado a oar'lr

dos obJeuvos que se pretenderam alcanc;ar. dentro da abordagem qualltatlva

Page 10: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

2 CONCEITOS

2.1 FAMiLIA

Emende-S8 par famiiia como 0 pnrneiro nucleo de pessoas onde a trlOlVIQU0

InlCla as suas expenencias de interac;:ao, Como refere GURVITCH (1986 0.4191 e

um "agrupamento duradouro urn grupo aue nao 5e dissolve senaa ~m '";"'!rt;::t<:.

condH;6es lal5 como a morte. a rnalundade. a "onrade au 0 acordo dos Inter eS6ddO:-

decisao da malona dos membros au a dlssoluryao unposta do exterior" A familia

CQnStitUL asslm. tanto biologica como sOClalrnente a "unldade micro" (LIMA 1984 I de

LIm todD rnais vasto de agrupamentos que compbem a teclda SOCial

o estudo reallzado par DAVIES. (1989. p 24) os terrnos familia e pais estao

mUlto pr6xlInos pOlS "pais refere-s8 aos adultos que lem resoonsablll0ade leoal

sobre a cnanca Familia refere-se ao grupo de adultos e cnancas no aual a cnane?

se Insera e a aue eSla Ilgada por la<;:os de parentesco au adacao'

2.2 ESCOLA

Entende-se par escola uma organlzac;:ao Indlspensavel ao InOIVIOU(1 dOC:

tempos modernos como forma de ennqueclmento das expenenClas de soclailz8cao e

da QlI1amlca das rela~oes interpessoais. Urn grupo aruficlal e formai corn rounas t

procedlmentos bern expllcitos. E uma InStltUIc;aO social onde se realize oor

excelencla a alo educatlvo na sua forlna mals formal.

Page 11: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

A eseola e observada como "eomunldade nierarquiea modelo domtnante nCi

escola Porluquesa" (PIRES FERNANDES e FORMOSINHO 1991 I' 1:- Fs.·

modelo aeenta numa relaC;:BOde poder demasiado cnstallzado onde ex!stam os ~U.,.,.

manoam e as que sao mandados (HOBBES 1961. ell par PIRES f-i::RNANlJI::S e

FORMOSINHO. '1991) E UIl1 Ilpo de escola onde nao eXlSle a igualdade na relacao

estabeleelda entre os vanos agentes educatlvos e a sua eoneep<;Bo posslDlina a

reproduc;ao da eslrulura socIal baseada na "Iradlc;ao e eSlabriidade" IEASTHOPE

1975 cil oor PIRES: FERNANDES e FORMOSINHO 1991 0 137\

2.3 ENVOLVIMENTO DOS PAIS

A deslgna<;Bo envolvimento dos pais. neste estudo. dlz respelto a qualquer

opo oe Intera<;aa existente entre a familia e a eseola No mesmo senildo d·~

envolvilllento parental. relac;:ao familia/escola e participac;ao dDS pais

Asslm, a Ideia de DAVIS (1989. P 24) que refere a deslona<;3a dlzendo

respelto a "todas as formas de atlvldade dos pais na edueacaa dos sells illhos - e'

casa na eamuntdade au na eseola" Embera a mesma autor reTlra a dllf:rtS'IlClaca,

que e felta em mUlios esludos entre envoivllnento dos pais e paruclDacao aos oal~

optamos par neste estudo as utlllzarmos (como oUlras acuna rerendas) enqLam:

deslgnac;:6es Slnbnllnas. Indiferentemente do tipo de relayao aue e manndo enl(~ o~

pais e a escola

Page 12: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

3 A FAMiLIA E A ESCOLA DOIS

DESENVOLVIMENTO DO INDIViDUO

CONTEXTOS DE

o IndlViduQ VlvenCla e estabelece as Ilnlltes da sua atuaC;2Io no contata co·,~

os outros, numa continua Interac;ao Intra e Intergrupal S6 deste modo as socledaa9s

conseguem subsistlf renovando-se conlinuarnenle A esla Interayao ooderemos nos

charnar de soclalizaC;8o

Dais dos agentes de sociallzaC;3o lnalS Importantes aD lonoo da vida dO

Indlvlduo e que contexluallzarn 0 seu desenvolvllllenlO sao sem aliI/Ida a f?,I1" "? ,..;..::.

escola

L1PSET. (cit par SHULER. 1980. P 421) "conSldera a familia aquele oruoo

que. rnals do que qualquer Dutro, contribui para a manutencao da socledade" Nc

entanto MUSGRAVE (1984) defende a parCial Incapacldade da familia em CUlnom

essa lunc;ao. Justlflcando aS$Hn a eXlstEmcla da escola enquanto grupo de pmn·~,rolr·

Importancla na sociallzacao do indlviduo

~ assun, eVldenciada a importancia destes dais SiStemas /familla e O$('·:1i?

que sao estruturalmente diferentes uma vez que as cnancas na famill;.

usuahnenre. tratadas como Individuos e nas escolas sao tratadas enquantc

perten98 de um grupo As relac;6es da escola com a crlan9CI tendem a 5e'

translionas. Impessoals e racionais As relac;oes da familia com a cnan9a tenaen'

ser proiongadas, pessoalizadas e emocionals (DAVIS. 1989)

3.1 FAMiLIA

Page 13: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Enquanto ser emlnenternente SOCial 0 nomern necesslta InteraOir erY

'grupos" de modo a SUbSlstlr Um dos pnmelros grupos em que 0 homem 5"; Insert:> .:.

a familia. Em todas as socledades. a familia e os iac;os que por via deta SE: cnarn

entre Indlviduos e grupos. constrtuem elementos fundamentals de agrupamento e

dlTerencla~ao social (BARATA. 1990).0 nucleo familiar hale como OUlrora e a ala

de IlgayBo essenclal e pnrnelro entre 0 Indlviduo a natureza e a cultura (PEDRO

1988)

Aniigamente seria. predominanlemente no seio da familia que 0 Indlviduo

aprendena rodos os comporiamentos que Ihe pennlilnam a sobreVIvenCI8 tsta era

sobretudo uma aprendlzagem dos papels SOCialSadqulndos que cada JITr l~( 1;;.

Integrando ao longo do cicio vital.

As rapangas aprenderiarn a recolha manual de produtos enquanto aue as

rapazes eram Inlclados a ativldade da cac;a A estandardlzac;ao geral de utensillos e

de urn padrao geral de vida. ravorecla a apreensao par observa980 expernnentacao

e Imlta~ao. sendo estes processos bastante muailzados SUbSlllulndo a 55111", 1'11,

InstruC;80 dlrela e objetivada.

Ao lon~o dos tempos a familia permanecena mkleo oreoond~ram~ nr

contexlO oe aesenvolvlmento. constru<;8o e aprendlzagem do InOlvicuc

Como refere RUIVO. (1977. P 41)

'.j ... ] a famili<l er'l "in(ja de cel10 mooo. \lin" lIflldacie ~COI)\lI!IIC,;1I11~nh

i.lulo·sullcl~llle. TOnlnvu-se. por ve!.es. ate •••.<In!<ljosa is e)(t:;t"'IlCI" ,.1.familias nUlllerasas. cUJ<l sODrecar{ji1 II1ICIaI er<l cornpensaclH pt-I ••~'~lI'~"C~·dos flitlOS nos twlas dOl lerra ou nos olicios eXlslellles"

No seculo XIX. a responsabilidade cad a vez malar da maternldaCle :a:

aflrmar a esoosa perante 0 mando. tornando-a 0 elxo central da famiila e di=lS

aprendizagens do Individuo (PEDRO 19881 "AsSlnl e no contexto rj;;:. lima

valonzac;ao do papel maternal que as mulheres Ingressam masslvamente no mundO

Page 14: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

dO trabalho. situar;,ao que natllralmente desencadeia seniirnentos de cui abiildati':'""

tMENEZES D 75t Esta autora rafere aln a ue €: este duplO paoel qUe flO i~ITH.'lj

::Jue So lim d~safio. constltlli lima problematlca ", ara a totall ads do sistema familiar"

So no Iniclo do secuio XX e por InfluencI8 das tes s Slcanall!1C8S 0 "oat

ern r<;lecomo valor simb6hco. Um sirnbolismo que Ihe confer& importancia afsllv.8 nc,

processo de soclaliza.ao Iconstru.ao (DOL TO. 1978: PEDRO. ·19881

No S U lodo a familia do seculo XX val progressivarn8nle redu:inoc ~...;..

IlLlmgrO e 111Ilibro~ (familia nuclean. distanciando-se de um rol de . ar"3"n!~S no..:.

t::spac;o e no iBmpo. A sua ium;ao instrumental i3 operatlva e quase nula e m0SfT),':" •..

seu ap 1~xoresslVo fun9~o d importancia recente ( ARi~S. 19781. aUlae nao ht

d€:vldamentg equaclonaoo. A!uahnente a ramilla lem 855H11. auS' adaOIar-~-::-

~ontlnUalTl ntE: a novas modos de vida

3.2 A ESCOLA

NOS Sf:US nmor lOS a ecucac;ao era apanaolo de 'limos a rupat"(!,;:nt,:;.;'

ifamilia. inbo. cIa I E: geralmente exerci&-se ds rno Q !l1eramentz- Intorma! A s.ua

iorrnalcacao aconteceu a partir dos. fins da ldade M' dis quando CfLJ .")~ t"'rl')1j~ ~·10r.~1

pO!tt.calT1~nte poder 50S se formararl1 e e tabelec ram

No emanio durante !TiUItO tempo a escola rOI uma orgarltzm;ao d stlnad;i

somen! aos rehgiosos e hlpoteticamente a alpuns privile9iados. So a partir rjr.

seculo XII a :;!scola. Bnquanto institui«;c30. deixB de estar inlE:tramente d~ el'd-:-nl~ -1..-:

1000eja embors ~19a um mesmo sistema orgaruzacao

Como referem PIRES e FERNANDES 11991

de c.ercade 200 (mos a coia pasSOl! d um metO e:..ceoclonal e ~ducacal.',j.:,

Page 15: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

31 uns arC! a sltua~o de II1SiIlUIr;aa educc!lIva urllversal par- ond~ mdos <i~Vi:ITI

p~ssar 0 d tado abandOIlOLI a sua POSI~O de des.II1terlS:sse e alh-aamc:onro en,

relacao ~ e:ducay80 escoiar para se tornar 0 S'3Upnncipai promotor e rBsponse','A! ,<-

~ducayao TorneCI apia escola tomoll-se B tal fQrmfj predamHlanl':; 'lu.;; ,) l,r,.'rn,.

It:rmo educayao se identtfica frequenternenie com ~ ucac~o escolar"

Os refen 'os autores apresentarn este tato como produto Indlro::ro oas

r'9volu<;6e~ liberals que foram acontecendo ern lodOs 05 palses Ellropeu~ -,

1I1tsrveno;:ao estatal TOI produtora e prodlilo de uma mentaildade que em;ar8\1Cl ,.,

educac;ao formai como tendo urn papel fundamental "no pro9resso -:: harmol"118

so laj"

A escola fasla-sia assim das Qutras instariCias educatll/as atraves -J?:! 0;,

processo crescente de instilllcionalizayao, Es!a transtormac;ac, ac-aniUnO£l p~I';:j

crescerite arttclpa\A30 e tatal denota-a como lim contellCto de parllculanoa S iBlh.':;'

no r'rocesso de desenvojvHnentot~ociali:ac;ao do indivlduo IPIRES_ FERNAfJDES "

FORMOSINHO. 1 91)

Estes autores bem como LIMA e HAGLUND I L.. 21 reJer'3m ")u'" ~<:;I~

InstltllClonallzac;.ao e produlo de:: uma espec!all:a~o assLHmda pela qscola Est~ T-::!T('

f'S!vo?lfl aSSUTI_lima OUIre 'V rtente da escoJa. para alem da educatlva qu~ .::, a d.".

c-srttflcac;:ao Tratando-se duma competencla quase e.eluSlve da t'5cola

llMA ~ HAGLUND t '1t;82, classliic.am 0 com.;;!xto -ascola F;:n(lO ,::,111 - ('>J1lo:-:

jUCt:" v~nel1!es il S'scola -::Ilquanto Ir1Siltuu;:ao 00 -as1ado -::_ d ~s(,..Jic: ""n'llWf,!

1Illidad-a de ensmo

• Enquar,to Hlstltllll;ao Tormal e da responsablltdade 0 eSlado j on£:n{:ad~ -

paOa) POSSUIpouca 11 erdade de a~~o. lima ve;: qua e rJehm!iada oor um conl"lnF'> ,~i.:.

noril1as e r'3'9ras Impostas "superiOfl11 nte" pelo est ado

Page 16: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

· Enquanio unidade de ensino cad a escola exerce determlnado ooder Que

Ihe permite deCldir e regulamentar

A escola apresenta-se como urn agruparnento 8rtiliCIai (SHULER ~dl,

Dossivel. devldo a "uma a<;:ao hlstonca onde certos agentes SOCialS exercerarn Uilic

a~ao determlnante" (PIRES; FERNANDES e FORMOSINHO. 1991 p. 51)

Neste seculo a escola e encarada como um dlrelto pressupondo-se a sua

obngaionedade e gratuldade aumentando aSSlm 0 seu poder na OInamlca SOCl81

'ern Portugai 0 enslno pnrn21r10 obrigatono e gralulto TOI Inciuido no elenco oos

dlreltos e garanllas Individuals enumeradas pela constitul<;ao de 1911" ( PIRI::.S e

FERNANDO. 1991. p. 77).

No entanto a "contexto escola" e urn agrupamento que nao se SUDOlGina :":1

livre escolha dos Indlviduos. A partida. e com Ilmlles bem dellneaaos. tooas as

'regras do Jogo" estao definidas A escola resuita asslln num sistema onde se

processa uma a<;ao social especjflca e que a caractenza. "au seJa a educa9ao nao e

o resultado de uma a<;ao Individual entre pais e fllho - educaC;8a familiar - au 0

professor e 0 aluno - educa<;ao escolar mas entre ouas categonas socials

distlntas[ r I PIRES. FERNANDES e LIMA p.26)

Page 17: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

4 A FAMILIA E SUAS RELA<;:OES

SALVADOR (1999. Pg. 35), consldera a familia como urn sistema em que as

a96es e as atltudes de cada membro afetam umas as Qutras Como todo um

sistema. a familia passul uma estrutura e algumas pautas regulamentadoras de seu

funcionamemo que lende a manter estavels.

Segundo PRADO (1984 Pg. 48). a palavra familia. no sentido pooula'

slgnlflea pessoas que ern geral vlvem na mesma casa partlcularmente DB: map.:=:.

as filhos. au alnda. pessoas do mesma sangue. ascendencla Iinguagem. eSilrpe QU

ainda admitldas par ad0980

DURKHEIM. citado par AVILA (1964. Pg. 24) define familia como uma

Institui9ao au sociedade cujos membros sao unidos par vinculos rel1910505 juridlcos

e morals Os elementos prinCipals da familia sao 0 casamento e a palernloade 0

casarTI8nto estabelece as regras que onenlam as reiac;:oes os dlrenos e oeveres

reciprocos dos conJuges ou seJa. contlnuldade olssoluC;ElO e oon9acoes de: ·:2.0;::

Darte A paternldade regulamenia a pareniesco. que nao IlInlla a i8C;:OSae san~lUe

Para LAKATOS (1979 Pg. 51). a familia. de modo geral. e conslderada uma

unldade social baslca e universal. 88slca. porque dela depende da socledade e

universal. pOlS. em todas as socledades humanas encontra-se. de uma forma OU as

Dutra. a familia.

Pode-se dlzer que em lodas as socledades eXlste 0 pnnclplO de que um pal

e Indlspensavel para 0 reconneclmento do fllho perante a socleaaae caso contranc

a fllho e conslderado lIegitlino

Toda a socledade segue a que MALINOWSKI cltado par LAKATOS ''"<,denOlTIlfiOU de onnciplo de iegiilmldade. que nada mals e do que a regra SOCI;:!I

Page 18: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

universal de que nenhuma cnanya pode vir ao mundo sem que 0 hornell') e urn

unlco. homem. assuma 0 papel de pal soclologlco au seJa guarol8o prolelc; ,ClC·_

mascullllO entre a crianya e resio da comunidade a qual penence

4.1 FAMiLIA - INICIO DA EDUCA<;:Ao INFANTIL

Pal e mae proporcianarn a atmosfera na qual a cnan<;:.a reallza suas

primelras experlencias e reconhece valores e canvenc6es da Vida social Sua

onenta<;:.aoem rela<;:.8oa Vida social e escolar denva das dlretrizes Que recebe e aue

desenvoive sob as condl<;:6es das caracteristlcas de sua familia As Influencla~

exerCldas pelos pais Iraduzern sua poslura de ordem economlca rellglosa cullural

social e atlngem a cnan<;:.a.seja pela expressao desses valores de um conluge oare:

com 0 Dutro. ou de ambos para a cnan<;:a

As rela<;:.oes entre pai e mae estabelecem 0 padrao para as relacoes

Interpessoals no seio da familia Se estes sao competillvos entre Sl 0 eSOlnto dp

competlc;.ao caraclenza as relac;.6es da familia Por Dutro lado. quando os DaiS sao

cooperatlvos e cordials entre 51. OS filhos tem a melhor oportunloaae para

desenvolver a tendenCla no mesmo sen lido e. mais tarde. em relayao a outras

pessoas que nao penencem a familia. como no grupo social au escolar Se as pal5

sao baguncelros ou desorganlzados. cooperadores ou antagonlcos particloanles Ot.

dlstanies. a atmosfera da familia apresentara aos filhos tals padroes dp

comportamento caracteristlcos como padrao generalizado de Vida Ponanto 0

modelo familiar pade Induzlr os filhos a inclina<;:.8opara componamenros idEmticos ar.

Page 19: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

do rllod,=lo f, alS! casenl/olvenda valores caracterisilcos t:: conC€I!OS f:Spt::CtaHr)~rH-

quando Sttes sao aceitos e reforifa0os peios pais

A unici ade e irrepetibilidade do relaclonamento corn as p\':S~Ofjo;

manifeSl<3!ll-se:. 'e modo eVldente l"Ia cnanya J.:.. sua I"IllltWa rela~o ~ 1l1UIl'.

1m ortante. S falhar. poderil acarretar oanos irreparaveis. A familia e. por eSloc

lTIQIIV 0 lugar mat apropnado para a cnam;:a poder encontrar-' E com 0 owr,)

Tamo pOl' causa da ~strulura subJetlva da cnan9C1 como da propria familia t.

portanio. 0 locai malS favorecedor da humaniza~ao da crianq8

Pode-s 01 er qu~ semple eX1SlIU 2 convlcc;:ao oe que a cnanr;:a 5o( C'Nl~

esen\lolve(-se IntefJ1almoelite. no S'SIOda iarnlha. ap sar as dlflClJI ades qu~ -?C:;!.8

em enfrentando elll seu pa ei de eauca ora baslca. Asslm alnda C1 Cnany3

contlnUOl! a la ~xposta. Es.!ucios tern demonstrado que esta mTiusnCI8 .:;: !Ila! '?:

cnanca <::: que sem ela comportamentos ,Citato .ICOS lalS corno ,-jIStlrrr11(.:'

PSICOSSOClalS sao causados OU lustificados CrtafT1~s~ hI, oatlvida

organrcas PSI ulCC1rnente condlclonadas dinculdades no contato. Inse9u1 no:;:Cl

a~r-es~widade. labilidade. depend~ncia. s. ntlrn ntos d culpa entre outro~ S=1lt

uVlda. a pro na Incapacldade d~ eSlabelec ., aprOlundi::ll ia~os toma prc;;:.IUJIGbCli:.'

') ampr 90 de metodos correllvos e a prOOrt8 educacao 0 lie rnE avelmenIS' surOila

na esco!a

A l-ala~o dB cnanr;:a com os paIs SIdra rret.pj~m ·mb-I'II02 (it: nd~rlt- oj

desem EI1ho a resuitaao escolar. Os desejos 1I1cons.Ctentes dos pais qu"S ullicam .?E

pr~$soes eoucatrv8S pare. pressao Dropna encomram nas eXIgencras 00 trCiL~a!h(

~scolar um melO ae ayao. Asslf'n como os ,at u[lll:arn dO/Tl!l110S d~ altnl-';:1118v.,

hlglene. do centrale muscular. do lazer. para Influenclar a cflan~a. l~mh4m "

comportamento oescolar pode tornar objeto de chantaqem af~li"a He rverSO:$

Page 20: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

~J(eli'lpios Ue caractenzam a imponancla do rnelo famIliar nas dlTlcul ad-::"

escoiar9s D semend,ll1entO dcs paIs eXIgenclas s)(ceSSlvas Oll pI'OTUl1d.a$

desinter sses chantapens ansiedade, eillll1€! fraterno Interrondade conrllto5 <:.obr~

a h~o de casa a cnan9a encarada como urn adulto. enire oulros. pode-se olzer qllo:':

~stes sao al9uns faiores que podem perturbar os alunos. Ot".'me 0 qUE: f:m r~lvca('

aos com ortamentos CHae/os nao sao as SintOrn8S nern as penurba96es ascoiar~s

a ar ntes u devem atender. mas a causa famIliar, E pal1lcularm nt n Cl9ssan(·

comprs noel' a que a cnanya represenla na vlda e na ex ectatlva dOs pals . .;; C ';IU·:;

o aluno quer representar com suas dificuidades.

Oprimlda a cnanc;a em slIa personalidade e sentindo~ IIgada aos pak~ .;;:

CUI ada par nao Ihes c.orres. onder rea~e por melO ae [)erturbac6~<. ri •.•

comportamento , essoa! e escolar !sio e evide:nte , ois_ qualquer situar;:ao 'rarnauc.:::

,we venha a ocorrer no c:llma familIar. COl1100 iuto. 0 IvorCIO r.hOCLlo:- S,?-',Uf,-' .;:.!(

ahvam a an listlS Infantl!. podendo ieva~laa cOl11portamemos re?reSSIVO'5, fi.:::-",,(,c,

caSC". In"vliav 11l19nt;a sa alieram as 811vldades SOCIalS escoiares a cnarv::~ r

P(OT~S~or de", ra lembrar~se sempre que quaiquer dlTlClJldade d urn aluno ~)oor;:: !~r

causa afetivc. e fal"i liar

tmClairlleni"'. e na familia que as ('laces ldades fLHldamB!1tals da c.nanca

encontram plena satlsfa,;ao. E na familia qu~ a cnanr;:a ~ncontr'?' (' '?5pet;0 h"r,:::lr ....r

para ue possa se d senvoiver. scm sofrer restn¢es au car •..nClas 00 DontQ fl;;'

vista 01010 ICOOll PSfCOSSOClai a cllanya, como pessoa InCOlllplete E::Ilnna. n.;-c-~.:;ltn

da cor11lHlloade pare! I.le $lias capacrdactes possam OBS rlllO'Ver~SE: Assnr

stabele ram~se as r la¥Oes originarias das tracas famillare5

Page 21: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

5 FUN<;:AO SOCIAL DA FAMiLIA

Ao deilnl( familia. comumente se inclui na sua definl<;Bo os membros 00

grupo familiar e a sua eslrulura. os vinculos que mant8m e as fun~6es que essa

InsllllJl(;aO POSSUI (Musllu. 1980. Pg. 62).

A familia e 0 princlpai agenie da cnanc;a quando pequena. pis sis 2ludar?

no desenvolvimento da personalidade. na capacldade de enfrentar situ890es do dla-

a-dla. no concelto que lera de 51mesmo enquanto pessoa

A respeno das funcOes da familia DAVIS (1964. Pg. 53) coloca que a familia

e uma Illstituiyao adaptada a satisfa<;ao da exigencla social relatlva a 5ubstltulcao

continua des membros da propria socledade. Esse processo de SUbSlltUl<;ao

apresenta dlversos aspectos Envolve a produc;ao fl51ca de novas IIlOIViduos a sua

ahmel1l89ao e manutenGBo durante a Infanela e a puberdade e sua coloc8cao no

sistema das poslC;:6es sociais

As func;6es de cada familia depend em na malOrla das vezes da sOCledade ,:.,

que pertencem

Toda e qualquer familia exerce sempre Inurneras funGoes. sendo que para

algumas ha apolo e Inlerferencla de InSIItUlc;6es socials. enquamo oulras flln~6e~

elas assurnern com exclusividad€. Um exemplo. lipico e 0 que d,z respeno asoclsltzac;ao das cnancas que e de responsabilldade da familia e das tns!ltUlcne..:;

educaclonals (PRADO 1984)

Sobre 0 processo de soclallza<;:ao DAVIS (1964). eniallz8 a Imponancla :.1<.-

familia ae uma manelra que. em primelro lugar a familia gera 0 fllho Os passos

1I1'Cl81Scomet;:am dentro do lar. A familia e a falor mals persistente na Vida da

Page 22: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

-"

cnan9a. e urn grupo pnmano. Nela ha a Idenutlcac;:ao do "nos tsta IIgada a

satlslac;:ao de todas as necessldades da cnan9a desde as materials. as eSplrilualS

A familia proporciona as dais tipos de rela9E1o - a autorilaria (entre DaiS e

filhos) e a igualitaria (entre irmaos) Os mernbros da familia sao identificados entre 51

e pela comunidade. 0 iatc de ser a primelra. a mais persistente. a rnais intima e a

rnals completa Instltul<;ao a tratar da cnanc;a expilca porque a familia e taO essenClal

na formaC;80 da personalidade.

SICHES (1968). apresenlando as funyoes da familia. aflrma cue na

conflguraC;8o e regulac;ao moral. religiosa. social e luridica. Intervem conslderac6es

soore a morahdade dos Indtviduos. sabre as Interesses matenals e esplflluals aas

cnanc;:as e scbre a boa constltulc;ao e born iunclonamento da socledade A

socledade sera asslm como sejam as famillas. Se as famillas estao oem

esiabelecidas. bern ordenadas e funcionarn bern. elas serao a fOnle de bern estar

grandeza e prospendade SOCialS

BEL TRAo (1970). coloca que a profunda transformac;ao de uma sOCleaaaE:

de parco enSIl"\O formal. rTmrmente para as ciasses populares. para urna nova

socledade caracterrzada pela escolanaade obngatOrra e crescente e alnda oei<=:

progresslva Intervenc;:ao do Estado no setor escolar nao podena deixar de rnuuar

suostanclalrnente as condlc;:oes da func;:ao eaucatlva CLJltural estratlflcaaa c

Integrallva da familia

Segundo PFROIVlIvl NETO (1971), a iamilia e 0 principal agente ae

soclahzac;:ao ao Jndlviduo. CUidando dos fllhos. amando·os. recomoensanao-os

castlgando·os e educando-os. OS pais procurarn rnodelar as cnanc;as oe acorao corn

a Jmagem Due construiram dO ser. A medlaa que a cnanc;:a se desenvolve

entretanto. amolla-se a InfluenCia de um grupo cornpetlilvo e dos corrloanhelros 08

Page 23: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

mesma Idade e sexo. MalS tarde. a escolha de urn companhelro do sexo OPOSIO

levando ao esiabeleclmenio de uma nova familia e a partlclpa<;ao de urn grlJ('I("I

ocupaclonal. operarao no processo de mudanyas hgadas a soclahza<;ao

Na cole980 '·Nossas Cnant;as (1972 v. / i enconlra-se as se9ulnt9S

aflrmallvas de que se a familia e a ponto de partida para a soclallzac;:ao da cnanca

dela depende 0 grau de sociabilidade que 0 filho tera Se a atmosfera do la~ i::

lranqulia a cnanc;:a tern mals possibilidades de deserwolver atiiudes soclal(;.

favoravels Se 0 clima e transtornado par bngas e tensoes. ela provavelmente

crescera tendo dlflculdades de reiaclonamento fora de casa. JEt as cnan<;:as nascloas

em uma familia cujo nivel s6cio-econbmicc possibilita urn bom desenvol'.lmentG

fislco e pSlcol6glCO. lornam-se adultos mals socl;3vels do que aqueles que penencem

a famillas de nivel baixo Por outro lado os resultados da educayao nao ~~

apreserllam dE; !lnedlato E na medlda em que a cnanc;:a InterlOriza e aSSHYllla uS

enSlnamenios IOrnando-os padroes de condul8 e que as resultados se fazem sen;

Geralmente. fllhos de pats auionianos. s~o bern comportados oar em

lolhldos em sua cunostdade IInagrnaC;8o e fantasia. Cnanc;:as que receoem

educac;ao Indulgente demais mostram falta de hablhdade em atlvldades fislcas e sao

relraidas fora de casa. As que vlvem ern urn amblente aemocratlco lem ll1alS

posslbilidade de serem extroverildas. Ern un) iar onde eXlsie n~o apenas liberaacic

mas pflncloalmente bom enlendlmenlO entre pais e filhos as cnanc;:.as sac 11'1310:::.

panlclpallvas. cunosas Intelectuaimente e primam pela orlQlnaildade

Para demonstrar que 0 relaclonamento eXlstente entre os melllLJfO::; ·.le:

familia lambem depende da classe SOCial a que a mesma oenence CAMPOS

i1970!. coloca que. as dlferenc;:.as de classe soclai detennlnam ImpOnantes

dlferenc;as nas expectatlvas e no desenvolvllnenlO de cada cnan<;:a

Page 24: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Conslderando. a autora da mesma obra. 0 vocablilano dos paiS OClcia sse

mediC! e mals nco e correia do que 0 vocabularlo dos pais da classe balxa a alllude

de valonzayao da escola pelos paiS da classe media e transmltlda para os filhos aue

Ingressarao na escola mais motivados para a reallzayao de suas tarefas As cnanca<:

de ciasse mals pobres. GUloSpais sao analiabeios nao chegarao a VlVenClaro~

valores comunlcados pel a escola

GREEN 119681. em estlldos reall:ados scbre as dlferencas cuiturar5

Insirur;:~o. chegou a condusao de que a mfluencla da ansledade sabre 0

aproveltarnento escolar: e urn reflexo do padrao das praticas de onentay<3o (::cnayao

das frlhos pelos pais. as criarl!;as de classe media sao mals ansiasas sabre a sau

aproveltamento escolar do que as crian<;as de classes Inieriores.

NERICi (1967). res salta a influencia do melo social especiftco istc e a2~

classes SOCialS. sobre 0 comportamento do adolescente. colocanclo cue 2

adotescencla receDe malor au menor atenr;:.3o. segLlndo a POSI<;80SOClo-8conomlca

a que penence As classes mals favoreclaas comurneme oroporclonam lIllla ras~

mals longa de oreparar;:ao ao adolescente do que as menos tavoreCtda5 P'Joe-s,q

dlstlngUir os adolescentes de cia sse nca. de cia sse oroletana ae classe rura -e

agrupamenios l1""larginalsou favelas

o autor acima citada apresenta caracierisiicas dos adolescentes oas

classes nca. media. proletElria. rural e de grupos marglnallzaaos

Os adoiescentes da classe rica costumarn ter uma adolescencla mals longa

e mals c11eia de problemas. sao mals desenvolvtdos social mente. rebeldes

automarros e independemes Ern media sao mals Intellgentes oelas conolc;;6es 1~

vida matenal Intelectual e social que desfrutam

Page 25: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Os adolescentes de classe media de modo geral sao mals Del

comporiados mals tirnldos menos tndependentes do que os da classe rica Sao

porer)') rnals esfor9ados, pelo que cosiumam bnlrlar nos eSludos ~ rlleSfllu II•...

trabalho. Apresentam. ianio no lar. como na escola um componamenio soc!ai mals

aJustado. Sao. via de regra. mals ccrdatos. obedl8ntes e respeltadores

Os adolescentes das classes proletarias aparentam uma Idade SOCial

adlantada. sabre a Idade evolutlva. Comer;.am ceda a irabalhar por nec9ssloari'::'

tornam~se adullos mals cedo. com encargos econOmlCOS de ajudar em casa Sao

qllase sempre pouco soclavels uns lanlO agresslvos e sem preoclloacoes

espinluals ou Inteiectuals. Geralrnente sao carentes de afeto e de or01ec;:.aooor

parte da familia

Segundo JESILD (1Wf) e IY1UIlounportanle 0 arnor na vida do adolescente

pOlS a expenencla de amar e ser amado e uma das condlc;:oes essenCI81S Dara 0

desenvolvunento sadlo do homem A afel9ao que os pais seillem oeios proonQ~

fllhos e. vlce~versa. raramente delxa de ser mesclada com outras emoc;:oes T0031.'1<":

UIT\ solido allcerce do amor paterno. durante a InfanCla da ao Jovern recursos

lncalculavels quanao ele Ingressa na adolescenCla Mals alnoa a garanll8 (Ie alllt;1

paterno e uma rtqueza Incalculavei a adolescencla

De acordo com 0 mesrno autor. 0 jovern que pode cOlllar corn 0 alnor oe

seus pats, com a interesse pela sua vida. suas reiac;:oes. pelo futuro. tem Ulll8

Ilberdade multO malor para aventurar·se. para explorar para ser a que e oar~

encomrar·se a SI propno. para por a prova as suas capacldades para cultlvar (0 S6:

propno juigamento de fazer e de planejar a seu futuro

SALVADOR (1999. pq, '158). coloca que as famillas devem contrlbulr oara d

soclailz:acao dos fllhos em reiayBo aos val ores soctalmente conSlltUldm:, [Iooe~Se

Page 26: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

dlzer que eSIa funC;80 e a base da conslderaC;8o que dlversos autores. na soclolo<)18

na 111050118e na pSlcologla. iazem da familia uma InstliulC;80 conservadorF. '?

reprodutora da ardern social dorninante.

ASSIn1. Bourdleu (1984) conSldera que na traJetorra social dos Indlvlouos a

familia POSSUI urn papel de prune Ira ordem. porque. Juntarnente com a escala. e a

responsavel pela tr8nsmiss~o cultural e a sua eflciencia dependera do grau em au;;)

a mesma familia parlicipe dessa cultura

Ern urn senlldo mUlto sernelhante. DELPrJ (1988 cnado Dur

IIiIARJORIBANKS 1994). segulndo a linha Inlclada par BERNSTEIN he alournas

decadas aflrma que eXlsie urn conJunto de regras e de codlgos de partlclpac;ao nos

clrcunos de poder que se reiaclonam com rormas IIngulsllcas eSlralegras

cornunlCatlvas manelras de ver e de apresentar a Sl mesmo aue dessa forma

racllltam 0 sucesso escotar

familia deve servlr de suporte para a evoluC;80 da crranC;8. cantrOlar e

ajudar no processo de escolarrzac;ao e de Inslruy30 progresslva em outros ambltos ""

If''lslitul90es escolares. Esta e uma fUl1yao de ajuda que se deduz no pr6pno contewtr::

familiar mas que larnbem aicanc;a. como. suporie. as oUlros contexlos ae

soclallzac;ao oa crranc;a Os pais durante munos anos onemarn seus flltl0S !JCir2.

que eles aprenoam ourame a InH'mcla os InSlrumemos as atlluoes e as !locoes

baslcas do arupo cultural a qual pertence. alem das eslraleglas aue Ihes oermllelr

reallzar essas aprendlzagens. Com 0 passar do tempo. a medlda que crescern os

f,lhos comec;.am a perceber. as necessldades de aprender que por urn laao .3-2

tornam especlTlcas e. par outro. rnals extensas. A lnfluencla dos DaIS -3- rnul!C

Importante tanto pel a possibllidade de compreender e valonzar 910balrnenle ;;J

tarefa. as dlflculdades e os obstacu!os que a crianc;a pode enconirar

Page 27: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Alnda SALVADOR ("1999), coloca que a familia consiste ern aJudm '? ~Cr

suporte. para a cnanya proporclonando aSSlm uma vida equlilbrada

emoclonalmente. onde a cnanya seja capaz de estabelecer vinculos afel1vos

satlstatonos e respeltosos com as oulras pessoas e com sua propna Identldade

Pode-se dlzer que esta fun930 e de man81ra clara a estabelecllnemo entre 05

or6pnos membros da familia. de algumas relacoes baseaaas no resoeno mUiuc e

afetivo

A familia e um contexte privilegiado de desenvolvimemo para as pessoas

5.1 A CRIANCA

JACQLJIM 119621 define a cnan~a como "um ser essenclalmente alive.;

semore alena sempre em mavlmento e lambem um ser recepllvo abena

penetravel

A Hlfflf1cia e um periodo que vai do nasClmento a Duberdade E uma fase do

desenvolvlmento humano. urn processo continuo entre 0 organlsma blo-psiaUico e

seu meio fiSico-social Trata-se de um processo complexo de IntegraGao .:.

organlza<;ao de eventos e experi~:!f1cias ern que componentes fislcos ernOCiomllS

Intelectuals e SOCialSacham-se intimamenle relaclonados. Portanto, ° ser humano e

urn IndlViauQ distlnto e unico que produz sua pr6pna orQanl::acao a oartlr dos fatore~

aue contrrbuem para 0 desenvolvlmento do eu e da personalldade

A Inf~H")clapode ser dlvldida em eta pas que se caractertzam em luncao de

determlnados acontecimentos significativos aSSlin considerados por caUSE! du

Imponante papel que desempenham no comportamento posteflor

Page 28: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

A cada nova etapa do desenvojvunento da cnanc;a e um aesaflc

caoacldade e a flexlbilldade dos pais pelo I1llutO que deles e eXIgldc em termes tjr

mudanc;a de conduta e de atendimento as neceSSldades e SOilCIl8<;:OesaDs filhos

Para os pais. a arte de educar consiste. sobretudo. na possibilidade de crescerem

Junto com a cnanya. respeltando e acompanhando a traJei6na que val de:

dependencla quase {oial do bebezlnho a crescenie autonomla e Independencla ao

fllilO Ii! quase adulto.

Na prllnelra InfancI8 e muno Ifnportante 0 relacionamento aa cnanca com :::

mae Inlcla~se 0 processo de soclallzac;ao. pelo qual a cnan<;:a aSSlmlla "alares

moilvos e comportamentos do grupo em que Vive

No processo de soclahz8<;:80. os pais comec;arn a Impor reStny6es en,

attvldades agradavels a crianya

E. na segunda lIlfanela que surge 0 rapldo pr09resso na IIngu8gen ':;

caoacldades Intelectuals. cunosldade sexual. Identiflcayao com moaelos palerno~

aparecunento de urn superego ou consclsncla e comporlamento dlante ae sIIuac6es

que provocam ansledade

Na Tase escolar desenvolvem~se as hablhdades escolares e a cnanca

aprende a Intera<;lIf com os companhelros e com 0 melo em que \lIVe !familial -

soctallz8<;:80 na escola TunClona C0l110compleillento de soclallza<;:80 familiar

Page 29: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

6 FAMiLIA E ESCOLA

Ha urn conheCimento comum e universal de que seJ8 a familia. e do que a

escola TodD homern nasce numa familia. Pelo menos 0 homern clvllizado conhece

uma escoia porque per ela. sem dUvlda. passou

Para que haja consciEmcia da educ8<;30 e necessaria que hale

1) - a conhecimento da funyao social da familia"

2) - 0 conhecimento da fun<;ao social da escola:

3) - 0 reconhecimeillo. au conheCimento reciproco entre a familia t: a

escota da respectlva flll1yElO social

Para VIER (1967). 0 lar e a prirneira escola de vlrtudes SOClais de au.:>

preClsam todas as sociedades. E ai que as cnany8s fazem a primeira experiencI8

lanto de uma sociedade humana sadia quanta da IgreJ8. Pel a familia sao as

cnancas gradual mente Introduzldas no convivlo cIvil dos homens e do povo de De •......

Por ISSOdeve conSlderar-se como os primeiros e principais educadores

A familia e a escola sao duas institur¢es fundamentals da socledade Dara a

educacao progresslva das novas gera~6es A familia forma a rndlVldual1oaoe oe

homem A escoia desenvoive-Ihe a espirrto de sacledade. cooperay3o e de service

Ao passe que a familia Ihe da 0 corpo. ianna-Ihe 0 carater e delxa-a simpiesmenr.<;.

conhecer a vida: a escola aprimora-Ihe a espirito. afelc;:oa-o a socledade e prepara-0

para a vida. dando-Ihe lodas as probabllidades para veneer. Corn quantas dlstrn[as

sao todavla. c01nplementares as larefas que incubem a iarni!la e a eseola uma nao

deve Ignorar a outra

A familia nao pode supnr a escola. nem tao pouea eSla substituJr aauela n'"'

papel especial que a cada uma deve executar

Page 30: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

umcamenie a da escoia sen a uma obra lncompieta. Uma e outra devern comportar

se como Insiltulyoes autbnorllas. mas soildanas na tarefa da forma<;ao Jnt~oral 00

homem 0 mesmo esplnto social deve penetrar e anllllar a ambas como dOIS

eslaglos lndlspensavels para a aulo-reallza9Bo do ser POlS a malar necessloaoe aD

homern nao e a sua prospendade no Jsolarnento. talvez. de lodo Imposslvel mas a

socledade. a vida ern comunldade. como unlco melD de progresso certo

Alias. corresponde ISSO a uma tendencla natural. a hornem na5Ct . ,cr

predlsposl(;ao da natureza. para a vIda social. E tanto e exalo 1550. que sell

aparecimento no planeta nao pode dar-se senao par intermedlo deSla socleaade

familia

E tal e a Impenosldade da vida social no homem. que nao contente so corn a

lamll18 81naa Inventou a escola como lllelO de S8 aproxlmar alnda rnals Inllmamente

da socledade (KASSEF 1963)

Segundo NERICI (19671 a escola. 6r9ao especlflco aa eoucac;:c1u i€fl1 SUr.

vida onentada por dOls poios a que sao a sua razao ae eXlstlr Cl Tbrnilic

socledade. Nao tem sentido a escola euja 8<;80 S6 divorcia da familia urna va:. ':Jue

seus alunos. antes do mals. pertencern a ela. 0 que a escola faz e ajudar a familia

com suas alualS defJcU3ncias e limiia~6es. na educa<;Ao dos filhos

Para 0 mesmo autar. todas as atlvldades escolares devem calcar-se na

socleaade porque, em ultima analise. para ela e que sao aesenvOlvlOOS o~

educandos Alnda mals 5e considerando a propria familia como Instltuicao <:'oCIr:!1

que e. Iem seus motlvas de soore'VlvenCla na sOCledade A eSCOta tende ~-i 1Vltol -:,.

para a educando. procurando ve-Io em sua reaildade numana como cnalura (jUt

sofre iilllitac;:.6es. que e porta dar de viriudes que aspira a realizar um plano de vida

Page 31: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

AZEVEDO (1950), c(ia que quando a fun<;30 educaclonal se des.locoLI I;;

famil!a e da cia sse sacerdotal para urn grupo espec!ahzado. estabeleceu-se um la<;o

entre a familia e a escola. e entre a escola e religiao. 8 0 desenvolv!lnento desse

qrupo n~o se tern processado senao mediante conflltos entre a escola ~ R <:!s~a<:

duas Instltuu;:bes. CUjO papel educatlvo nuca sera demals esclarecer Certamenre

dada a multlpllcldade das tarefas e eXIgencI8s que 0 mundo moderno cnou a

familia. por rncapacldade natural de S8 e peclallzar em todos os rnlsiere~ [grn

necessldade de mandar 05 flinos para centros especlallzadas onde Dassani ;'::1 lHl1c:

preparar;:ao adequada. Mas como a familia continua a ser a pnmelra escola oe.

cnan<;a e e grande. pnnclpalmenie em nosso melo. a InfluenCla que a familia 8xerc::.

em matena de educac;ao. as duas Institul<;6es socials - a escola e a ramllia aue

frequenterneme trabalham em sentldos dlvergentes e as vezes opostas deven?""

aprox!lnar-se e artlcular-se para 0 entendunento e a ac;:ao necessaria a uma obra

comum de educa<;8o

Da obra ae EBY (1962) Intitulada Hlstona da EduC8<;80 eXlraru-s'? 8<: 11l""'~<:

:sabre a Hnportancla da familia no processo educatlvo dos educadores abal.J.v

Segundo COMENIUS. 0 jar e a primelra escola. 0 poder aa educac;.ao c ,:

numanlzac;.ao Deseja-se que todos os homens seJam formados em tadas a<;

vlrtudes especlahnente na modestla soclablhdade e polldez e e PQrtamc

IndeSejBVel cnar dlstlnc;.6es de classe em tao tenra Idade ou dar a algumas cnancas

a oDortunldade de conslderar sua propna sorre com satlsta9.30 e a de outra earn

desprezo

De LOCKE aqUila que todo genttl hornemdesej8 para seu fJ!ho :::lief'"' S-:-<"

Dens que Ihe delxa esta canllGO nessas quatro cOlsas VI(\udE: sab8dOlla. c:L.UI.....':h. •..Cl·.

e conhecimento

Page 32: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

PESTALOZZt aflrma que. 0 desenvolvlmento do homem comec;a na ramilla

JamalS vacliou quanta a conviq:ao de que 0 Jar e uma InSIitUiyaO educaclonai Idea;

a melo mals eflcaz para a expenencla social. a allcerce de loda vida moral oolilica ~

rellglosa. Nossa ·engrenagem educaclonal declarava SO tern valor enquanto S8

aproxllna da natureza de uma casa bem orgalllzada. em todos os seus pormenores

o lar domesilco e a escola da humanidade. E a ponto centrai onde se reLine ludo

quanta ha de divino na natureza

FROEBEL d,z que. a familia e 0 cenlro de iodo esfon;o humano Biol6glca

Instrumental. rellglosa e educaclonaJrnenie. aSSlln como soclalmente e a pnrnornl2

lnstltUIc;aO humana Somente 0 tranquilo recluso santuano pode nos devolver J bel

estar da humanldade ...Com a constitulC;80 de cada familia nova. e lanc;ado 0 apelo .s

numanldade e a cada ser humano IndIvidual para representar a humanldade em

puro desenvolvlmento. para represenlar 0 homem de sua pureza Indiviouai A

flnalldade e objetlvo dos pais com a crtanC;a. no CUrricula domestlcD farmhar sac

POlS despertar e desenvolver. estimular tad as as membros e 6rgaos do nomem ;,1

sallsiazer as eXlgenclas dos poderes e dons da cnanca

DEWEY revelou que sao sltua96es da iamil18 que orimelro desoer:arT! .....-

poaeres da cnan9E para a 8UVldade. POlS a verdadelra eauc8930 ocone alrcJ/e~ J •...

estirnulo dos poderes da crian9a pelas eXlgencias das slluac;6es SOCialS nas Gual::;

ela 5e enconira. A cnan<;:a empreende a!lvldades domeslicas porque aescobre qUE:

lem um Significado SOCIalou trazem satlsfa<;:ao para Sl e para os OUlros No InlCIQ at'

sua vida as capacidades da crran<;:a ainda nao estao desenvoivldas Sao exoressa~

e desenvolvldas a medlda que a cnam;a estabeiece relac;bes com outras pessoas u

desenvolvlrnemo dos poderes do Individuo tell''! Iniclo por consegulnte ao S~

estabelecerem as rel890es soclais no lar

Page 33: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

'I

Na coleyao "'Nossas Cnanyas. (1972. v, 7). enCDmra-se a poslcao de

GESELL a respeito da familia e da educa<;ao. A familla e a unldade lli81S IInponame

da culiura maderna. na medida que a ac;:ao e blologica e cultural. BIOloglC3 Doraue

supre as necessldades de sobrevivencia da cnanc;:a. Cultural porque ha assoClac6es

entre as pessoas de Idades dlferentes que renovam e transmliem os valores da

socledade em que nasceram

DURKHElfvl (1968) apresenta uma definH;ao a educac;:ao que serid d ae<:;<:,.,

exerclda. pelas gerac;:6es adu\tas, sabre as gerac;:oes que nao S8 enconiram 81nGa

preparadas para a vida social: iem por obJeto suscltar e aesenvoiver na crlanca

certa numero de estados fisicos. intelectuals e morais. reclamados oela socI8oade

politlca no seu conjunto. e peio melo especial a que a cnan98 parlJcuiarllleme se

destine

COSTA RONCAGLIO & SOUZA (2000) coiocam que. a iamilla e onmelr8

InslltUI(;:.ao que faz da cnanya um sUjelio aue tern uma hlstona mas auo T4'T"na,...,

constrOI uma nlstona Conslderam necessano que as pais e espeClaltstas Ui:::

educayao se Irmanem na tarefa de ajudar as cnan9as a se tornarem homens. Nao e

novldade que cada um deve confiar no outro (pals-mestres\ e receber urn do outro

uma palavra E caaa urn iem uma palavra propna. uma conlflbuH;:ao propna aue se

complementam que se complementam nesta formayEio de cldadao

Alnda seglJndo as mesmas autoras. as PCiIS sao as pnmelros educadores

mas nao educadores par protlSSaO, ·'especlallstas do enSlno pOlS e deies au~ C1

escola recebe 0 encargo par delegayao A famli1a nao deve esqui/ar-se ~; ,,~,

de uma eseola. pOlS ela nao tern hOJe condu:;:oes para reallzar sozinha Iudo que se

engloba na forma<;ao de urn SLijelto, Pais pad em e devern escolher a eseOl8 ~

aprofundar relayoes com esia

Page 34: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Para elas. a educayao deve ser coletlva. pois a educacyao e uma aeao

coletlva. Cada pessoa, cada grupo delxa uma Impressao mals ou menos profunda

nos demals. A familia. vlzlnhos, amigos. companhelros de clube crenca rel1910sa Cl:

dlversao exercem Influencla sobre a forma980 do educando. lodo eiemenlo ern

uma comunldade humana, iem par 1550 uma responsabilidade en1 educaytm

Con forme COSTA, RONCAGLIO & SOUZA (2000)

•.!..... Escola delle est<ll plOflla l)ilr;:l preslar InfomH~ctles "" .11.~rldt·1"solrClianie quando procur;rdfl. A Fmnllra preCIS<I compr'"'elluer dIInpol1.incin de sua <'Iluayilo e colnl)oracilo .K respOnSrlbllld4lde 1].

educflf nilo e excluslllarneniC d<l Familia nem dC'!Escola s., (l t=,mih"011113de forma profunda e duranle muilo tempo. a Escol<l lemcondic6es especiais para in/luir sabre a edIlC(lndo. pel<"1for111(1C~(,especiillizada de seus elernenlos. Nenhuma das duas pode subSlllul1totahnente a outra Torn<'l-senecessimo ° entrosarnento. ("ontrrblllll(!0cadi'! urna com a sua experiencia.

Quando se trata de relacionamento entre pais e filhos as auloras aflrmarn

que. nao e Escola e Sim a Familia que proporciona as pnmeiras exoenencl8s

educaclonals a cnan9a E na Infancla. com as pnmeiras tentatlvas de Oflt::!ntar :::.

dlnglr a cnan9a, que pais realizam de forma conscie11le ou InconSCle11le eSlas.

expenenCias ErT\ OIreremes nivels de consClencrCl SlmultaneamentE' paIS

proressores estao enslnando e as cnanyas aprendendo lantO concenos ae Sl

pr6pn8S como os conceltos de mundo.

Familia e escola devem camlnhar JU11Ias pOlS, uma necesslta 08 OUlr;;

devem ser companhelras. {entar resolver os problemas, superar as dlflculdaoes Ui:1

melhor rnanelra possive!. fazendo com que sempre aJa uma Interacao entre ambas

Se esia compreensao se der. um dla. na havera necessldade de nun-' 0~1C::

contlnente como 0 Brasil. se IInpor urn dla no ano para que a Familia se oonoue: ;;..

vlsltar a I::scola Ou alnda. se gasle volumosa clfra de reatS para convencer eSI8S

Instltulcoes de que develll aillar ern colllllnMo para a constitul~ao de seus fllltos

Page 35: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Familia e escola. cada qual com seus valores e Obj8t1VOSespeclflcos na

educacao da cnanya. conslituem um organlsma lntrinseco. onae quaflt0 IllalS

diferentes sao. mals necessitalll uma da outra. dessa farnia. cabe a loda socl0dad{

nao so aos setores Ilgados a educayao. transformar atraves de pequenas 890es a

coildlano da escola e da familia. para que esta compreenda a Imponancla aos

objeilvos tra<;ados pela escola aSSlm como 0 seu lugar de co-responsavel neSI~

processo

Esla iransforma9ao e urgente e fundamental para que nao 56 os alunos

mas a Tamilia e a propna Insllluu;:ao possam estaoelecer urn elo de coooeracao anlr-e

51 t.ntre181l10 eSla coopera<;ao so sera ereuva caso os pais compreenoam Que c::

escola nao ceve exercer a IUI1980 moral da familia

Page 36: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

7 HARMONIA ENTRE A FAMiLIA E A ESCOLA

o conhecimento reciproco do vaior social que cada uma dessas InStttLJI<;oes

familia e escola reoresentam, IInplica na harmonia em que d8ve relnar emrf: amb3:-

Harmonia porem nao quer dizer qLI8 ambas devam vlver elli paz Il!a~511" ,j'112

unlBo de Interesses e de coordenaGao de esfofC;oS. partlclpaC;:Bo nos problemas nas

lutas e tambem nas vit6rias almejadas, nas alegrias conquistadas au S8Ja que

sempre ocorra harmonia Juntamem8 com a cooperac;:8o.

Esta harmonia tao encareclda e louvada. tern sempre tropec;ado ante n

pnmelro obsiaculo. Conslderando pore-m, que a harmonia vale mUlto malS do aue as

obstacuios propnamente ditos, fazem-s8 lutar incans8vei e Intellgentemem8 oar

consegulf a harmonia apesar da eXlstencia destes

Pode-se constderar que a harmonia entre a escala e a familia deve ser

Consctente, espont~mea, operanie, e eflClente.

LACOMBE (1967 PG. 42) coloca. que. a escala e a proiongarnento 00 Ie:

pore In pode veriflcar-se que mUlias vezes 1550 nao ocorre MUlto amllJde trabalham

ern senildo contra no e deste aniagonlsmo sai preJudicada a cnan98 Clue 58 orocur Cl

educar

De acordo com SANTOS (19681. a familia e a escola lange de se ODoren-

auxlham-se e cornplernentam-se Oev8m marlier urn intima canVIVIO e uma eSlrE:IIZ

colaoora<;ao A eilclenCla. a elevayao e a dlgnloade da eaucacao ue 11(J"d~

geracoes. mUlto dependem dessa harmonia e sojldanedade que oevem unt! .:::

Identificar a familia e a escala.

CARVALHO (1960 pg 45). enfatiza que 0 auxilio que eieuvarnente 0 jar

pode preslar a escala e a calabora9ao da escala com a familia so pOdera(~ ~~.

Page 37: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

claran')ent8 compreendldos quando esllver estabelecldo e dellnlilado 0 campo de

8<;:130que cabs a cada uma deslas inslitui<;oes. Mas a definic;::ao preClsa destes

campos de ac;::aonao e indispensavel para formular urn ceria numero de onnCIOIOS

gerais de colaborac;::ao. como

a escola preclsa conhecer e levar em conta a eaucac;;ao e a Ins{ruc;ao aue

a crranc;::arecebeu no selo de sua familia

a escola deve manter as pais a par das observa~oes fettAs ~ rpSC'Plili rli'"'~

alunos e do auxilio que pod em prestar na formayao de bans habilos

a eseola deve InflUir. quando 0 caso se apresenta para 0 melhoramentn

das eondl90es higienlcas e diete-tieas do lar:

a escola e a familia devem eomblnar as programas oe allvloaoes

reereatlvas e artisilcas das cnanc;as na escola e fora dela

a I3scola deve auxillar as sellS alunos nos trabaihos qUf::: pOI v~n{uro

esteJam Interessados em casa. e posslvelmente leva-los em conta

a familia e a escola devem Igualmente se Int6ressar oeja sauoe 02-

cnanca e tamar. neste sentidc. medidas de combinac;3o·

aos pais cabe prestiglar e nao dlmlnulr as mestres e aos mestres caho?

tambe-m enfatrzar a auloridade dos pais.

Cabe a familta por seu dlrello e dever a larefa de educar os ilino~ N.-:=:

ousca de auxillo cornplementa~ao e ContlllLlldade desse trabalho recarra a e5col2-

e que it')e confere 0 encargo de partlclpar de sua responsabilloaae L..OntUOO b

ascola !laO pade exercer esse Irabalho a contento sem manier estrelta ilgaG8u coma

a T8mlha 00 aluno e Vice-versa Surge. entao IInpenosamente a necessloaoe --:

colaoora9c30 mutua nas relac;6es escola e famiila. Essa proposta se eretlva 8traves

de ailvldades grupals com as pais cUJa operaclonahdade cum pre:- uma 3tll8CA0

Page 38: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

oeaaqo91ca e ao apnmoramenlo nas rela<;bes Infantls no iar e na escoia U Iraoaln0

conjunto e alnda mals reforcado pelas Interfer~ncias que ambas as InstitUiCOes se

provocam

A escola deve eslar consciente de que as sintomas de problemas rarndlares

lI1terferem no estudo e no comportamento do aluno. Asslln par exemplo, as

oreierenCias e InJustl9as dos pais. exacerbam 0 ciume nos filhos e padem ieva~ios a

atent;ao dlspersa A falta de ~larmOnta conjugal pode 1I1centivar a agresslvl,jads .

provocar rea<;:6es unprevlstas de OIalogar ou ae se loenUilcal ....;.on I Q;:, IJfOyellllOI t:!::>

Poce evolulr ao nervoslsrno e a agltayao Pais ausentes au que nao oanlCI031ll 1;.

vloa escolar 005 fllhos. padem ser apresentados como causa oe deseslInul(

fracas so escolar Portanto, eXlstlndo entre pais e illhos uma rela<;ao a base at?

aceitac;ao e de acompanhamento. lado a lado sera tanto rnals Tacil 8 lareia

educatrva canJunla da escola e da familia

Page 39: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

8 CONSIDERAC;:OES FINAlS

A presente pesquisa pem-Hte IdentltlCar que os pais sao O!3 Dnmelro~

educadores da cnan~ e os pnrnelros companhelros de sua aprendlzagem ~oclal

CUJ8 Infiuencla e relevanie para a formac;;ao dos flines. Panamo a adaplac:;::ao e 0

desempenho na vida SOCial do IndlViduQ dependern de sua aprendtzagem famrilar

Oentre as conslderayoes de ordem SOCial pode-s8 destacar quo:! a familia e

lIda como urna Instliul<;ao SOCial universaL como a pnmelro e mals fundamental dg

10dos os gruoos SOCialS Eia representa 0 nucleo oaslco de loaa a organlzaca(

SOCiaL A familia e 0 prunelro clfculo de expansao ao hamem perante a socl-auaOI;:;

pOlS nela 0 indlvfduo naSCB. desenvoive-se e educa-s8

Pela fUr1yao educatlva a familia transmlte a cultura traduZlda ooalas 110nnas

atltudes conceltos crenyas e valores. permltlndo a sua prole os melos necessarros

oara partlclpar da vida social. Atraves da funyao economica a familia DrOVe 0

sustento e 0 conforto rnaterrai para seus membros pela Tun980 emoclonal aue SP.

basela na complernentarrdade dos sexos. garante 0 equllibrro emotive e ~~~C:C:;'1rr("

a Vida Intima em comum e a solldarredade dos sexos. garante 0 equliibrro emO\lvo

necessaria a vlaa comum e a solldarredade do proprro grupo

As fun<;6es socials da familia sao desernpennadas larnOE!1ll Dor OLHra:::-

Illsiliulc;;oes que a compiemelll81l1. Os SISI8n"laS eaucaClonalS oflcla!.::; (;Olllf-]anilildil

com a tamilla de uma grande pane dos processos de soclailzayBo e coloca<;3o oo~

Ill00Viduos. preparando a crlallya para a Vida IDrnando-se uma pessoa reSDonSaVp.:

aotada oe uma cultura baslca que permlle-Ihe cumpm com as atrrbuI90es que a viae

contem. livre. capaz. de optar com acerlo para Sl e para a comunldade

Page 40: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA
Page 41: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

Para TlI1allzar, E. Importante acreSCE'ntar que 0 relaCIQndlT1t:nto t::ntr-.:- r..'c:I~ -;:

~~coia prornovl'o istematicam me alraves de ~ncontro5 tiE: Interac;Ao Uf1pllr:~

baslcamente ern mudant;:ES gradatlvas no compartamenio de ambos. em bemmi""I.'

da fonnay:ao integral da crianca

Page 42: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

REFERENCIAS

ARIES Philippe. Hist6ria social da crianca e da familia 2" Edl~ao. RIo 0-2 ji;1II~W

EdltQra Guana alB, 1981 '

AVANZINi Guy 0 inslicesso escolar Lisboa POrilCO

I3ARATA' 0 S Introdu~ao as Ciencias Sociais Venda Nova" Bi?rtrar1fi Er1!i(",r'fl1990

BELTRAO. P.C. Sociologia cia familia contelYlpor~nea. Rio de Jan ira VQz;;:,~1970

BIGGE. fvLL Teorias de aprendizagem para professores Sac Pauj·-,EDUIEDUSP, '1

CARVALHO Delgado. Sociologia educacional 2' edic;ao sao Paulo Naci':'nal1960

COSTA. Carm2m R.. RONCAGLIO Sonia M .. SOUZA. lara E R Mornentos ernpsicologia escolar 2' EdicEIO Ed JuruiI. Curitibi.l. :000.

CAMPOS. Dinah Martins de Sou:a. Psicologia cia aprendizagem .~'> ~d!c?'"P-=:tro oilS Vozes 197~

DAVIS Kin. sl y. A escola hUll1ana. Rio de Janeiro. Fundo de Culture 1..~4

GAGNE R M Como se realiza a aprendizagern. RIO dl:'>Jan€lro LI'Jros T'(";··nl·~..•1~,-l

HILGARD E teorias da aprendizagem Sao P lila EPU. 1~-3

JACQUII J. GUY. As grandes iinllas da psicoiogia da criancya 3 j ~cil\:al> i--'UlAleore. Flayboyant. 196:'

Page 43: UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Suellen Priscila Dal Santo ...tcconline.utp.br/wp-content/uploads/2013/06/INTERACAO-FAMILIA... · Suellen Priscila Dal Santo INTERA

MALDON DO. Mana T re::a, C0l11unica9~0 entre pais e filllOS: a linguagem dosentir 11" Ediyao. Sao Paulo. Saraiva 199~L

PFROMI~ NETO SalnuJ A psicologia da adolescencia :" Edld\n SM Po""Pione!ra."l 1'1

PRADO Danda. 0 que e familia. 4" edi,.Jo. Sao Paulo Brasiliense 1984

SALVADOR Cesar Call. Psicologia de educa\,ao Irad. Crr tina Maria de Ollv;;lIa -Poria legre Arle Medi s Sui. 19 9

SANTOS T abal a Miranda Manual do professor primario. Sao Paulo. r 10:r':'rl.111~68

SCHUI/1I0l fvlarla Junquelra. Tambel11 os pais vao a escola RIo oe jal1~rrc ,..."ji'196-

TIBA leam!. Quem ama educa. Sao Paulo. E itora em 2002

VA.LLE. A.i/aro Familia e escol~, chegaram a urn acordo? Escola n' l.l': ::_

maiO e 1£'-:-~

\NINN1COTT DW, Tudo cOlTle<;a em casa. 2" Edic;:ao. Sao Paule Martrns Font~:-19S:,