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Revista do Grupo Cemig Ano 6 - Nº 13 - Dezembro/2015 UNIVERSO OITO MILHÕES DE LIGAÇÕES Número coloca Cemig entre as maiores companhias energéticas do mundo, e a empresa continua com a meta de levar luz a toda Minas Gerais

Universo Cemig 2015

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Revista do Grupo Cemig Ano 6 - Nº 13 - Dezembro/2015

UNIVERSO

OitO milhões de ligaçõesNúmero coloca Cemig entre as maiores companhias energéticas do mundo, e a empresa continua com a meta de levar luz a toda minas gerais

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O papel utilizado neste impresso foi produzido com madeira de florestas bem manejadas, garantindo o respeito ao meio ambiente.

Filiado à Aberje

EXPEDIENTEDiretor-presidente:Mauro Borges LemosDiretor vice-presidente: Mateus de Moura Lima GomesDiretor de Distribuição e Comercialização:Ricardo José CharbelDiretor de Finanças e Relações com Investidores: Fabiano Maia PereiraDiretor de Geração e Transmissão:Franklin Moreira GonçalvesDiretor de Gestão Empresarial: Márcio Lúcio SerranoDiretor jurídico: Raul Lycurgo LeiteDiretor de Relações Institucionais e Comunicação: Luiz Fernando RollaDiretor de Desenvolvimento de Negócios: César Vaz de Melo FernandesDiretor de Gás: Eduardo Lima Andrade FerreiraDiretor comercial: Evandro Leite Vasconcelos

Universo CemigRevista institucional do Grupo CemigProduzida pela Superintendência deComunicação EmpresarialPublicação da Companhia Energética deMinas Gerais – CemigAno 6 - número 13 - Dezembro / 2015Av. Barbacena, 1.200 – 19º andarTel.: (31) 3506-4949/3506-2045Caixa Postal 992Belo Horizonte/MGe-mail: [email protected]. internet: www.cemig.com.brEditor responsável:Etevaldo Lucas Queiroz - Reg. nº 5.579 SJPMGCoordenação de edição:Carlos Henrique Santiago e Ana Paula MoraisEstagiária: Paula AlvesProjeto gráfico e editorial:Press Comunicação EmpresarialFoto de capa:Robson Aparecido de Medeiros – morador de Conselheiro Mata/Elderth ThezaProdução e edição:Press Comunicação EmpresarialJornalista responsável:Letícia Espíndola – Reg. nº 11.928 SJPMGEdição:Luciana NevesRedação:Luciana Neves, Nayara Amâncio e Thiago SilveiraRevisão:Cláudia RezendeEdição de arte e diagramação: Isabela Diniz e Laura FahelImpressão: Gráfica 101Tiragem: 2.000 exemplares

4 CENÁRIOS E PERFORMANCEO diretor-presidente Mauro Borges fala sobre os projetos que são prioridades para a Cemig, executados de forma sustentável

7QUALIDADEEsforço contínuo para atender as necessidades do consumidor e as exigências da Aneel

10INOVAÇÃO E TECNOLOGIAEmpresa investe 1% da receita operacional líquida para incentivar o desenvolvimento de projetos de P&D e de eficiência energética

14COMUNIDADECemig alcança número recorde de ligações e chega a 8 milhões de consumidores com energia elétrica em Minas Gerais

18ENERGIAS RENOVÁVEISTecnologia de ponta utiliza recursos hídricos, fontes solar e eólica para elevar a matriz energética do país

23 RECURSOS HUMANOSEmpresa garante benefícios a funcionários e seus familiares com respeito às diferenças e aos princípios éticos

26CIRCUITO CEMIGCompanhia destaca-se pela geração de energia, pela transparência na divulgação de informações sobre mudanças climáticas e pela sustentabilidade

28CULTURAPolítica de Patrocínios permite que Cemig promova eventos artísticos capazes de transformar a sociedade

32MEIO AMBIENTECrise hídrica impulsiona companhia a firmar parcerias, buscar soluções e garantir abastecimento em períodos críticos

35CEMIG EM NÚMEROSConfira os principais resultados da companhia nos últimos cinco anos

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EDITORIAL

Compromisso com a universalização

A Cemig segue expandindo suas fronteiras e reafirmando o compromisso de levar energia elétrica para todos os mineiros em sua área de concessão. No segundo semestre deste ano, a empresa chegou a um número expressivo e que ressalta seu comprometimento com a popula-ção mineira, ao atingir o recorde de 8 milhões de ligações. E, simbolicamente, esse marco foi comemorado em um distrito de Diamanti-na, terra do presidente Juscelino Kubitschek, o grande idealizador dessa que se tornou a maior empresa integrada do setor elétrico do Brasil.

Na década de 1950, o então governador de Minas redigiu de próprio punho um bilhete que deu início à holding de energia elétrica do es-tado. Desde então, a Cemig vem iluminando e proporcionando desenvolvimento a uma popu-lação que, atualmente, atinge o impressionan-te número de cerca de 20 milhões de pessoas.

Mas, apesar do recorde alcançado, a eletri-ficação rural e urbana é um ponto prioritário para a Cemig, uma vez que ainda existem 55 mil lares sem energia em Minas Gerais e os maiores déficits estão no Norte do estado e no Vale do Jequitinhonha. Está em andamento o planejamento para que a rede de distribuição seja ampliada, promovendo a universalização para todos até 2018, com os trabalhos se ini-ciando no primeiro semestre de 2016.

Outro ponto que a Cemig pode comemo-rar é o estabelecimento de uma sociedade, por meio da Renova, com a maior empresa de ener-

gia fotovoltaica do mundo, a norte-americana SunEdison. O acordo inclui a construção de usi-nas solares no país. Com essa parceria, a Renova passou a deter uma parcela do capital social da TerraForm Global, controlada pela SunEdison. A Terraform Global é uma empresa completa-mente diversificada, constituída para deter e operar ativos de geração de energia limpa em mercados emergentes com alto crescimento.

O Brasil é um dos países com o maior poten-cial de crescimento em energia solar, especial-mente pelo fato de possuir os melhores índices de insolação do planeta. Dessa forma, é neces-sário aprofundar o estudo e a pesquisa dessa tecnologia, para que a oportunidade de explo-rar o potencial energético desse recurso natural não seja desperdiçada. Segundo o presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, o país possui as maiores reservas de silício do mundo, mas ainda não tem um grande acúmulo de conheci-mento na purificação da matéria-prima essen-cial para o desenvolvimento das placas solares.

Com investimentos, incentivos e foco no desenvolvimento de novas tecnologias para geração de energia elétrica, o Brasil pode dar um grande passo para um futuro cada vez mais sustentável. E Minas Gerais estará lide-rando esse processo, com seus parceiros, para levar essa energia a todos. Por isso, a Cemig investe continuamente em novas alternativas energéticas e se mantém como líder do setor elétrico brasileiro.

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Sustentabilidade no DNAMauro Borges, diretor-presidente da Cemig, fala sobre os proje-tos prioritários e executados com respeito ao meio ambiente

Convidado pelo governador Fernando Pimen-tel para assumir o cargo de diretor-presidente do Grupo Cemig, Mauro Borges Lemos afirma que, em curto e em médio prazos, serão executadas e concluídas as obras e os serviços contratados e não realizados até o final de 2014, como os de eletrificação rural e urbana. A meta é promover a eletrificação para os 55 mil lares sem energia em Minas Gerais até 2018. O executivo afirma que mudanças sempre são necessárias para tornar processos e ações mais eficientes e funcionais. Ele pretende estabelecer metas ousadas com relação à segurança do trabalho. Ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre fevereiro e dezembro de 2014, Mauro Bor-ges ressalta que trabalha para aproximar a alta

gestão e reduzir qualquer barreira hierárquica na Cemig, de forma moderna e humana.

Doutor em Economia pela Universidade de Londres, na Inglaterra, com pós-doutorado na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e na Universidade de Paris, na França, Mauro Borges foi presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e membro dos Conselhos de Administração do BNDES e do BNDESPAR. Exerceu vários cargos de direção na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), dentre os quais, os de chefe do Departamento de Ciências Econômicas, coordenador do Progra-ma de Pós-Graduação de Economia e diretor do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Re-gional da UFMG (Cedeplar).

CENÁRIOS E PERFORMANCE

Mauro Borges destaca que uma das prioridades da Cemig é fornecer energia elétrica com qualidade a

todas as famílias da área de concessão da Cemig

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O que chamou o seu interesse, de forma positi-va, na Cemig?

O que sempre chamou minha atenção na Ce-mig foi a forma como a empresa conduz os pró-prios negócios, sempre atentando para questões socioambientais. A gestão sustentável é posta como prática-padrão para o grupo. Prova disso são os inúmeros investimentos em projetos de eficiência energética, em geração de matrizes energéticas de fontes renováveis; a aquisição e a participação em negócios inovadores. A sustenta-bilidade sempre esteve no DNA da Cemig.

O que deverá ser mudado?

Mudanças sempre são necessárias para tornar processos e ações mais eficientes e funcionais. A otimização, que ocorre de forma constante, é al-cançada gradativamente, conforme comprovam as pesquisas e os relatórios que chegam à dire-toria. O que me preocupa, todavia, é a questão da segurança do trabalho. Não podemos tolerar que uma empresa com regras de segurança no trabalho tão rigorosas registre acidentes graves e, às vezes, fatais. Algumas empresas do setor já alcançaram metas ousadas no quesito segurança do trabalho. Estamos trabalhando para que, mui-to em breve, a Cemig esteja dentre elas.

Quero ressaltar, ainda, que tenho tentado con-duzir os negócios da Cemig de forma a envolver todos os empregados da empresa, aproximando a alta gestão e reduzindo qualquer barreira hie-rárquica na Cemig, de forma moderna e humana.

O que será possível realizar em curto e em longo prazos?

Em nosso planejamento em curto e em mé-dio prazos, já estão sendo colocadas em prática diversas iniciativas. Uma das mais importantes diz respeito à execução e à conclusão de obras e serviços contratados e não realizados até o final de 2014. A concessionária acumula cerca de 33 mil obras com prazos de execução vencidos, o que representa 65% do total de obras solicitadas até o final de 2014. Dentre elas, cerca de 32 mil envolvem a realização de serviços em áreas ru-rais de Minas Gerais. Precisamos executar com prioridade, por exemplo, as ligações de energia elétrica de unidades de abastecimento de água, expansões de hospitais e postos de saúde, além das ligações de instituições de ensino.

A eletrificação rural e urbana também está incluída nesse planejamento. Ao todo, são 55 mil

lares sem energia em Minas Gerais – a grande maioria na área rural. Vamos trabalhar para pro-mover a eletrificação para todos até 2018. Para isso, a Cemig está defendendo, junto aos seus acionistas, a importância de investimentos na expansão das redes de energia elétrica.

Os esforços da Cemig relacionados à con-cessão de usinas fazem parte do nosso planeja-mento imediato. Esperamos vencer as licitações e continuar gerindo usinas como Três Marias, de extrema importância para a empresa.

Em longo prazo, veremos investimento de peso em geração de energia de matrizes reno-váveis, especialmente solar e eólica. Esse será o futuro da Cemig, uma empresa responsável e preocupada com a produção de energia limpa.

Quais empreendimentos terão prioridade?A Cemig tem uma estratégia, que é muito

consistente, de agregação de valor no core com-petence da empresa. O que é o core competence? É geração, só que ampliando o portfólio de gera-ção, não só em hidroeletricidade, mas em outras energias renováveis, eventualmente, dada a dis-ponibilidade de ativos. Nós podemos também participar de negócios de termelétricas a gás. No setor de transmissão, hoje já somos o maior gru-po do país. A ideia é internacionalizar o negócio de transmissão, da mesma forma que fizemos com o de energia renovável, com o acordo que firmamos com a SunEdison. O veículo de crescimento, no caso de energia renovável, é a Renova e, no caso de transmissão, é a Taesa e, na parte de distribuição, nós queremos consolidar nossa excelência nesse setor. A qualidade do serviço seja da Light seja da Cemig também é muito importante.

Como a Cemig vem trabalhando com o governo Federal para driblar a crise de abastecimento?

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) tem feito um excelente trabalho de con-dução de políticas e de medidas para evitar o desabastecimento do setor energético brasilei-ro. A Cemig tem cumprido todas as determina-ções do ONS e participa de forma significativa de reuniões para definição de novas medidas. Infelizmente, é bastante difícil lidar com a escas-sez de recursos hídricos, não apenas pelo fato de grande parte da energia do Brasil ser gerada em hidrelétricas, mas também porque a gestão dos reservatórios envolve o abastecimento humano

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e a fonte de renda de diversas comunidades que vivem próximas às águas das usinas. Mas, até agora, temos tido, juntos, sucesso na luta contra a falta d’água.

É possível aliar compromisso social com resulta-dos para os acionistas? Como vocês farão isso?

Temos discutido incessantemente com os investidores sobre a importância de priorizar-mos a qualidade dos serviços prestados pela empresa em detrimento da rentabilidade. Isso não significa tornar o negócio menos lucrativo e interessante. Significa, apenas, garantir que os investimentos sejam feitos e que recursos sejam disponibilizados sem restrições para garantir que cumpramos as metas de qualidade estabe-lecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e por outros agentes reguladores.

Acredito, sim, que é possível conciliar com-promisso social com os interesses dos acionistas. Mas lembramos que o acionista majoritário do grupo é o governo do Estado, cujo maior interes-se é garantir qualidade de vida a todos os minei-ros e mineiras.

Destaco que programas de eficiência ener-gética terão continuidade em nossa gestão. Es-colas, instituições de longa permanência para idosos, hospitais, conjuntos habitacionais, todos continuam a ser beneficiados com a instalação

de sistemas de aquecimento solar e com outras iniciativas da concessionária.

Investimentos em inovação são prioridade? Quais os focos da Cemig?

A maior dificuldade do setor elétrico, atual-mente, é lidar com a escassez de chuvas em di-versas regiões do Brasil, considerando-se a nos-sa dependência das usinas hidrelétricas. Inovar, em nosso contexto, significa buscar alternativas para garantir a continuidade do fornecimen-to de energia à população. Sabemos que nosso país tem um incrível potencial para produção de energia solar e eólica, e, por isso, temos tra-balhado para implantar novos negócios nessas áreas. Os investimentos em inovação, portanto, são prioritários, e a geração eólica e fotovoltaica é nosso foco.

Ressalto que, recentemente, a Cemig esta-beleceu sociedade, por meio de sua controlada Renova, com a maior empresa de energia fotovol-taica do mundo, a norte-americana SunEdison. Com essa parceria, estamos caminhando para a implantação de projetos com 1 GW de potência no país, incluindo seis plantas já contratadas nos leilões de reserva de energia que será instalada na Bahia, mesmo local onde a empresa mantém sua usina de geração de energia eólica.

Por que é relevante empregar ações ligadas à energia renovável?

A Cemig é reconhecida internacionalmente pela liderança em sustentabilidade. Nas últimas décadas, o termo sustentável ganhou status e passou a ser utilizado para alavancar os negócios de empresas dos mais diversos setores. No entan-to, a aplicação prática do conceito sempre esteve presente na Cemig, desde a sua fundação. Mas é preciso que redobremos os esforços para ameni-zarmos os impactos negativos provenientes da geração de energia.

Os investimentos em inovação são

prioritários, e a geração eólica e fotovoltaica

é nosso foco

Cemig vai intensificar investimentos em renováveis, diz Borges

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QUALIDADE

Foco nas metas Cemig investe em

melhoria contínua, para satisfazer o consumidor e atender Aneel

A energia é algo tão presente e necessário no nosso cotidiano que, quando ela falta, o trans-torno é imediato. Diante de um consumidor cada dia mais exigente e dependente de uma energia de qualidade, a Cemig investe continu-amente para cumprir as metas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os indicadores de continuidade – DEC (du-ração equivalente de interrupção por unidade consumidora) e FEC (frequência equivalente de interrupção por unidade consumidora).

“Essas metas estabelecem uma trajetória de melhoria contínua e são mais desafiadoras a cada ciclo de revisão tarifária, quando são estabelecidas novas metas para os próximos cinco anos. O não cumprimento delas para os indicadores de continuidade coletivos (DEC/FEC) pode implicar em uma perda de receita, devido ao aumento nos pagamentos de com-pensações aos consumidores, além de redução da tarifa de energia, quando do reajuste anual”, afirma a gerente de Análise, Controle e Gestão da Operação e Manutenção da Distribuição, Rita de Cássia Gomes Fajardo.

Para 2015, o desafio é DEC de 11,58 horas e FEC de 8,32 interrupções (veja evolução no grá-fico de metas). O superintendente de Operação e Manutenção da Distribuição (OM) da Cemig, Danilo Gusmão Araújo, ressalta a relevância que esses indicadores passam a ter a partir da assinatura do novo contrato de concessão. “Nesse novo marco regulatório, o cumprimen-to dos limites estabelecidos para o DEC e o FEC será fundamental para a continuidade da Cemig como concessionária de distribuição de energia, nos próximos 30 anos”, comenta.

Para alcançar as metas estabelecidas, a com-panhia investe na melhoria e na manutenção das redes, da linha e das subestações de distribuição em todo o Estado. Já foram realizadas constru-ções de novas subestações, reforço e reforma de redes e linhas de distribuição e instalação de equi-pamentos para religação automática da rede em caso de defeitos, além de manutenções preventi-vas, como poda de árvores, substituição de estru-turas e equipamentos, dentre outros.

Ele afirma que é possível avaliar a eficácia do investimento realizado pela Cemig na qualidade

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de energia, principalmente, por meio do resultado do DEC e do FEC. “No ano de 2014, a Cemig ficou no seleto grupo, de 11 dentre as 36 distribuidoras com mercado maior que 1 TWh, que cumpriu as metas estabelecidas pela Aneel. Com esse desem-penho, a Cemig ficou em sétimo lugar no ranking do Desempenho Global de Continuidade, estabe-lecido pela Aneel”, afirma o superintendente.

Interrupções programadasA gerente Rita Fajardo afirma que nem sem-

pre a falta de energia elétrica pode ser atribuí-da à má qualidade do fornecimento de energia, uma vez que o sistema está sujeito a ocorrências fora do controle da concessionária, como abal-roamento de postes, animais e pipas nas redes, quedas de árvores, vandalismo e condições at-mosféricas adversas.

Em 2014, as descargas atmosféricas respon-deram por 16,5% das causas das interrupções aci-dentais; seguidas por árvore na rede, com 10,5%. Dentre as interrupções programadas, 54% foram geradas para execução das obras de expansão, reforço e reforma do sistema elétrico e 46% para realização de manutenção preventiva do sistema de distribuição.

Rita Fajardo explica que as interrupções pro-gramadas trazem benefícios ao sistema elétrico. Elas demonstram a estratégia da empresa em ações que resultam em uma melhoria da quali-dade da energia fornecida e têm menor impacto para os consumidores, se comparadas às inter-rupções acidentais, pois obedecem a critérios, definidos pela Aneel, de emissão de avisos ante-cipados. Isso possibilita às pessoas se prepararem para o período em que forem privadas do forneci-mento de energia.

Ao longo dos anos, é possível observar uma melhora do DEC acidental, sendo que, em 2014, foi registrado o menor valor de DEC ocasionado por interrupções acidentais no histórico da com-panhia, conforme demonstra o gráfico “Históri-co do DEC Cemig”. Essa melhoria é fruto dos in-vestimentos da concessionária em seu sistema de distribuição de energia.

A gerente de Gestão e Planejamento Indus-trial da Cimentos Liz, Ana Rita Oliveira Pinton, considera que a Cemig trabalha, cada vez mais, em parceria com o cliente, seja no atendimento seja no planejamento para execução de servi-ços. “A Cemig tem interesse de prestar serviço de qualidade sem onerar o cliente, buscando so-

Ana Rita Pinton, gerente da Cimentos Liz, comemora a parceria com a Cemig, com serviço de qualidade e soluções inovadoras

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luções inovadoras. Já trabalhei com outras concessionárias e acredito que a Cemig está um passo à frente em todos os sentidos: parceria, qualidade, inovação”, elogia Ana Rita.

Além dos investimentos em melhorias, a Cemig des-tinou R$ 60 milhões para a compra de 15 subestações móveis, que irão garantir a agi-lidade no restabelecimento de energia aos consumidores em caso de ocorrências de emer-gência, bem como implemen-tou um programa intenso de manutenção preventiva nas subestações. Em 2014, foram investidos R$ 782 milhões em obras de construção de novas subestações, reforço e reforma de redes e linhas de distribui-ção, instalação de equipamen-tos para religação automática da rede em caso de defeitos.

Subestação móvel garante agilidade no restabelecimento

de energia, durante ocorrências emergenciais

Metas definidas pela Aneel para cada ciclo de revisão tarifária da Cemig

DEC Cemig DHistórico de realização

A gerente Rita Farjado afirma que, neste ano, deverão ser investidos R$ 835 milhões no sistema elétrico da Cemig, buscando a melhoria contínua no desempenho das linhas e redes de distribuição.

CompensaçãoOs indicadores de continui-

dade individuais (DIC – dura-ção da interrupção por unidade consumidora, FIC – frequência da interrupção por unidade consumidora, DMIC – duração máxima da interrupção por unidade consumidora e Dicri – duração máxima da interrup-ção em dia crítico por unidade consumidora) também estão relacionados aos limites de DEC e FEC estabelecidos para os conjuntos elétricos onde estão localizadas as unidades consumidoras. “Porém, os in-

dicadores individuais implicam no pagamento de compen-sação a cada consumidor por violação dos limites estabeleci-dos”, afirma Rita Fajardo.

Quando ocorre a ultrapassa-gem dos limites dos indicado-res individuais para cada con-junto de unidade consumidora, a concessionária de energia é obrigada a ressarcir o consu-midor, de acordo com as regras estabelecidas pela Aneel e que levam em conta a quantidade e a duração das interrupções, bem como o consumo médio de energia da unidade consu-midora. A gerente afirma que os resultados positivos, em 2014, também se refletiram nos pa-gamentos das compensações financeiras. “Houve redução de 11% no montante total das compensações, em 2014 em re-lação a 2013”, comemora.

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INOVAÇÃO E TECNOLOGIA

Incentivo à atualização e ao desenvolvimentoCemig investe, todo ano, 1% da receita operacional líquida em projetos de P&D e de eficiência energética

Ao longo dos anos, o programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) tem trazido diversos ganhos para a Cemig, relacionados à sustentabi-lidade ambiental, econômica, financeira e social. “São desenvolvidas soluções para problemas, envolvendo desde a engenharia até desafios liga-dos ao meio ambiente, à eficiência energética, à eficiência operacional e às alternativas energéti-cas. Isso tudo impacta em economia, na satisfa-ção do consumidor pelos serviços prestados pela empresa e em ganhos secundários”, afirma o su-perintendente de Tecnologia e Alternativas Ener-géticas da Cemig, Carlos Renato França Maciel.

A companhia destina, anualmente, aos seus programas de P&D e de eficiência ener-gética, o montante equivalente a 1% da recei-ta operacional líquida. Nos últimos 15 anos, a Cemig já investiu em mais de 450 projetos de P&D, em diversos temas de pesquisa, visando à inovação. Apenas em 2014, foram aplicados R$ 60,7 milhões nessas iniciativas, sendo que R$ 32,6 milhões reservados a 82 projetos da Cemig Distribuição e, o restante, a 86 da Ce-mig Geração e Transmissão.

A área de P&D existe na Cemig desde 1999, e o modelo de gestão estratégica de tecnologia co-meçou em 2000, mesmo ano em que o governo federal instituiu a Lei 9.991, que determina que as empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica devem investir em pesquisa e desenvolvimento e efici-ência energética.

A partir da criação da empresa Efficientia, em 2002, a companhia passou a implantar di-

versos projetos para os clientes, que passaram a contar com serviços de elevada qualidade nes-sa área. O presidente da Efficientia, Alexandre Heringer, explica que, desde abril deste ano, a Efficientia trabalha para firmar parcerias ou mesmo sociedades com empresas privadas e alavancar novos projetos de maior porte no país, e não apenas ficar restrito aos recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE).

Carlos Renato comenta as oportunidades ofe-recidas pela energia solar, considerada uma fon-te abundante, limpa e que, atualmente, já não se mostra tão cara como no passado. “A curva de viabilidade dessa energia está caindo drastica-mente, devido, principalmente, à redução do cus-to das placas e componentes, mas também pelo interesse dos governos, pela pressão da socieda-de por uso de energia renovável, por subsídios, in-centivos fiscais e tributários e melhorias regula-tórias. A Cemig já tem vários projetos de pesquisa em energia solar fotovoltaica e de aquecimento, em geração distribuída, biomassa e utilização de resíduos sólidos”, observa o superintendente.

A empresa, por meio da Renova, concen-tra-se para investir em mais duas usinas de energia solar sustentável na Bahia, capazes de gerar um total de 60 MW. Uma expectati-va da empresa era pela votação da resolução Aneel 482, que permitiu que sistemas foto-voltaicos — e outras formas de geração de energia, a partir de fontes renováveis, instala-dos em residências e empresas se conectem à rede elétrica de forma simplificada, atenden-do o consumo local e injetando o excedente

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na rede, gerando créditos de energia. Com a proposta, esse valor saltou de 1 MW para 3 MW, no caso de minigeração hidráulica, e para 5 MW, no caso de outras fontes, como eólica, biomassa e solar.

Toda a propriedade intelectual e industrial da Cemig é resguardada por meio do Escritório de Marcas e Patentes. A companhia já deposi-tou no Instituto Nacional de Propriedade Indus-trial (Inpi) 51 patentes, desde 1992. Em 2014, foram solicitadas nove novas patentes.

Incentivo à inovaçãoA realização de parcerias e intercâmbios

com universidades, centros de pesquisa e em-presas interessadas é uma das estratégias adotadas para garantir a constante atualiza-ção tecnológica e o incentivo à inovação. Uma delas resultou no projeto “Desenvolvimento de solução PVT (sistema híbrido: fotovoltaico e térmico) para aumento da eficiência de usinas solares” (P&D GT 498), do programa de pes-quisa e desenvolvimento do setor elétrico da Aneel, desenvolvido por meio de parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e o Centro Universitá-rio UNA. Iniciado em 2013 e com previsão de ser concluído em abril de 2016, o projeto visa à instalação de módulos fotovoltaicos térmicos para geração de energia elétrica e aquecimento de água utilizada nos banhos dos internos da Vila Vicentina, asilo que abriga idosos, em Sete Lagoas, na região Central de Minas.

O protótipo deverá ser instalado ainda em 2015, quando será possível mensurar a autono-mia da água quente, a eficiência de conversão energética, a possiblidade de novo modelo de ne-gócio e a utilização da tecnologia, dentre outras informações. A gestora do projeto, Alessandra Chagas Daniel, da Gerência de Alternativas Ener-géticas, explica que serão acoplados, por trás dos módulos fotovoltaicos, trocadores de calor (espé-cie de tubos), tendo a água como fluido de troca de energia. A radiação solar atinge os módulos, que produzem energia elétrica e se aquecem. A água circula internamente pelos tubos e sai quente pelo calor da radiação. Ela fica armazena-da em uma central de aquecimento distrital, para ser distribuída às casas da Vila Vicentina. O equi-pamento funciona com centrais interligadas, havendo aumento da eficiência de conversão de energia elétrica nos módulos fotovoltaicos, uma vez que a troca de calor entre os módulos e a água reduz a temperatura de trabalho dos mó-dulos, aumentando, consequentemente, a pro-dução de energia elétrica.

“Projetos como esse, que estudam energias renováveis, como a solar, são de grande impor-tância para a Cemig. Isso ratifica a companhia como empresa sustentável, promovendo a efi-cientização energética, gerando benefícios para a sociedade, formação de equipe capacitada, colocando Minas Gerais na vanguarda em tecno-logias solares aplicadas, reafirmando a geração solar na matriz energética do estado e do país”, considera Alessandra Daniel.

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Na Vila Vicentina, em Sete Lagoas, serão instalados módulos fotovoltaicos térmicos para geração de energia elétrica e aquecimento de água utilizada nos banhos dos idosos

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Lamanar Outro projeto inovador é o Laboratório Móvel

de Análise de Árvores (Lamanar), fruto do P&D 364, iniciado em 2012, em parceria com o Centro de Gestão de Tecnologia e Inovação (CGTI), e con-siderado uma ferramenta de diagnóstico da sani-dade das árvores. O laboratório funciona dentro de um trailer equipado com aparelhos que per-mitem análise rápida dos troncos e galhos, visu-alização interna de troncos por ondas mecânicas ou por resistividade elétrica, análise de árvores na presença de ventos, e visualização das raízes enterradas sob o solo por meio de radar eletro-magnético. Além disso, é possível medir distân-cias, alturas e diâmetros e analisar compactação e umidade de solos.

A ideia, conforme a gestora do projeto, Maria-na Moura de Souza, é facilitar a logística de arma-zenamento e de disponibilização de aparelhos no campo e as atividades de análise instrumental de árvores. O Lamanar está sendo usado na região da Pampulha, em Belo Horizonte, para as avalia-ções relativas ao desenvolvimento da metodolo-gia proposta pelo P&D.

“Esse projeto é importante para a redução de ocorrências no sistema elétrico da Cemig, causa-do por quedas de árvores. Por meio das metodo-logias que serão desenvolvidas, poderemos anali-sar melhor a saúde das árvores e monitorá-las ao longo do tempo, para que consigamos diminuir ou minimizar riscos”, acredita Mariana de Souza.

Mexilhão douradoCom o objetivo de desenvolver pesquisas

para reduzir os impactos ambientais e econô-micos de espécies invasoras, principalmente o mexilhão dourado, nas usinas da Cemig, a companhia, em parceria com a Fundação Cen-tro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), criou o Centro de Bioengenharia de Espécies Invasoras de Hidrelétricas (CBEIH), a partir do P&D GT-343, em 2010. A proposta, conforme a gestora do projeto, Marcela David de Carvalho, da Gerência de Estudos e Manejo da Ictiofauna e Programas Especiais, é uma cooperação técnico-cientifica entre parceiros e a Cemig, com o objetivo de im-pedir a expansão do molusco, que compromete os sistemas que utilizam água bruta no processo de produção de energia elétrica.

Em forma de larva, ele invade as tubulações, e, na fase adulta, obstrui essas estruturas, po-dendo causar superaquecimento nas máquinas e abalar o fornecimento de energia. Em 2014, fo-ram 20 trabalhos publicados sobre o tema e, até setembro de 2015, 19.

Também no ano passado, foi promovido o 1o

Fórum de Discussão sobre Impactos Econômicos e Ambientais das Espécies Invasoras: o Caso do Mexilhão Dourado, com a participação do Minis-tério Público e do Ibama. No dia 25 de novembro de 2015, aconteceu a segunda edição, quando foram abordados os impactos econômicos de es-pécies invasoras e o avanço do mexilhão dourado.

Técnicos coletam informações para avaliar a saúde das árvores

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O mexilhão dourado invade e obstrui tubulações e compro-mete o fornecimento de energia

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VideomonitoramentoJá o projeto P&D D383 consiste na coloca-

ção de equipamentos de videomonitoramen-to nas estruturas das linhas de transmissão e das redes de distribuição. Eles são conec-tados em web e apontados para matas. Um teste vem sendo feito na mata da UFMG, na Pampulha, em Belo Horizonte, desde 2014. As imagens geradas seguem para a web, onde são armazenadas em um site criado espe-cialmente para essa vigilância, podendo ser acompanhadas, em tempo real, por internau-tas e por meio de algoritmos automáticos de localização de focos de fumaça e fogo.

Diante de qualquer indício de incêndio, es-pera-se que os visitantes da página acionem os bombeiros e outros órgãos responsáveis

pelo meio ambiente, para confirmar se os alarmes gerados de forma automática pelo sistema são verdadeiros.

O estudo foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e as empresas de base tecnológica Axxiom, Enacom e DspArt, todas de Belo Ho-rizonte. A coordenação do projeto, iniciado em 2012, coube ao engenheiro de tecnologia e normalização Carlos Alexandre Meireles do Nascimento, da Gerência de Engenharia de Ativos de Distribuição. “Esse projeto inova-dor é importante para a Cemig, pois as quei-madas são um dos principais causadores de interrupções nos fornecimentos de energia elétrica, além disso, o projeto contribui para a preservação ambiental”, afirma.

Equipamento de videomonitoramento, via web,

está instalado nas estruturas das linhas de transmissão e das redes de distribuição e apontado para a mata

da UFMG, na Pampulha

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COMUNIDADE

A casa de número 8 milhõesCemig alcança número recorde de ligações no país e segue cumprindo a meta de levar luz para todos os cantos de Minas Gerais

Universo Cemig

Com a facilidade da energia elétrica, Robson, agora, faz

planos para agilizar a construção da moradia

e casar-se logo

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Há pelo menos três anos, os fins de tarde sig-nificavam correria para o lavrador Robson Apa-recido de Medeiros, 37 anos, morador de Conse-lheiro Mata, distrito de Diamantina, na região mineira do Alto Jequitinhonha. Após a rotina de trabalho na zona rural da cidade, aproveitava o pôr do sol para, com a luz restante, tocar as obras da própria casa. Foi assim que ele ergueu e rebo-cou as paredes e colocou o telhado.

A construção rendia uma hora, uma hora e meia por dia. Depois, era torcer para que o fu-tebol na quadra vizinha entrasse pela noite. Os refletores de um dos gols também iluminavam a porção direita da casa. Enquanto os meninos corriam atrás da bola, Robson acelerava com o cimento. Para o lado esquerdo, ele contava com a energia e a boa vontade de um vizinho. Já os ajustes nos fundos e na fachada só eram possíveis com uma lanterna na mão. “Dava para fazer muita coisa, mas não no tempo que eu queria”, afirma.

Robson escolheu, então, tocar a construção com luz própria. Ganhou do irmão um padrão de energia elétrica e fez contato com a Cemig. Em 11 de setembro de 2015, uma sexta-feira, técnicos da companhia fizeram a ligação à rede da futura residência. Naquele dia, porém, ele não trabalhou. Teve de receber amigos, fami-liares, vereadores, o prefeito e até o presidente da Cemig, que veio da capital especialmente para a ocasião. Estes dois últimos chegaram de helicóptero, chamando a atenção da garotada que, na quadra, comia pipoca, algodão- doce e cachorro-quente. “Estou muito feliz por tudo isso ter acontecido comigo”, disse o lavrador, rodeado por dezenas de pessoas, dentre mora-dores, autoridades e jornalistas.

A solenidade se justificava. Robson é o consumidor número 8 milhões da maior dis-tribuidora de energia elétrica e recordista de ligações do país. A instalação na casa dele re-presentava, pela força do acaso, a expansão promovida pela Cemig pelos rincões de Minas Gerais, ao longo de mais de 60 anos. Hoje, são 774 municípios atendidos, quase 570 mil km² de área de concessão, 492 mil km de linha de extensão, 70 usinas e mais de 7,7 mil MW de capacidade instalada.

“Chegar a 8 milhões de ligações não é para qualquer empresa”, ressaltou, no quintal da casa de Robson, o economista Mauro Borges Lemos, que, neste ano, assumiu o cargo de

diretor-presidente da Cemig. “É um número que nos coloca entre as maiores companhias energéticas do mundo. É de encher de orgulho o peito de todos os mineiros”.

Borges ressaltou o trabalho do corpo téc-nico da Cemig, que conta com 7,9 mil profis-sionais. “Eles são o maior patrimônio que a empresa possui, por prestarem, com eficiên-cia, um serviço tão vital para a população. Só conseguimos atingir marcas como essa devido à dedicação deles”, reconheceu.

O diretor-presidente ainda aproveitou para destacar a missão de responsabilidade social da empresa, que visa à ampliação do acesso à energia para mais pessoas, com respeito ao meio ambiente, aos colaboradores, aos acio-nistas, aos fornecedores, aos governos e às comunidades. “Entendemos que eletricidade é um direito do cidadão, que merece ter luz para jantar com a família e água quente para um banho nos dias mais frios”, afirmou.

A ligação número 8 milhões também foi comemorada pelo prefeito de Diamantina, o médico Paulo Célio de Almeida. “Há 50 anos, o último apito de um trem de ferro selou o iso-lamento de Conselheiro Mata. Agora, o distrito ganha um novo impulso para o desenvolvi-mento, em forma de eletricidade”, aposta.

Almeida foi um dos que associaram a ex-pansão da Cemig na região com a história de Juscelino Kubitschek. O ex-presidente, nascido e criado em Diamantina, foi quem formalizou a implantação da companhia, em 1952, quan-do era governador de Minas Gerais. Por conta da marca histórica, depois do evento de entre-ga da linha de distribuição na casa de Robson, foi realizada outra solenidade, dessa vez na Casa JK, no Centro do município. Lá, o prefeito e o diretor-presidente Mauro Borges lançaram um selo postal comemorativo pelas 8 milhões de ligações realizadas.

Ampliação e melhoriasNa Casa JK, Borges anunciou uma série de

investimentos da Cemig nos munícipios do Alto Jequitinhonha. São mais de R$ 70 mi-lhões a serem empregados na ampliação e na melhoria da rede de distribuição de energia elétrica. Dentre as obras, estão a expansão da subestação no município de Itamarandiba, as melhorias na subestação de Diamantina e a integração das pequenas centrais hidrelétricas

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Quartel I, II e III. Segundo ele, tudo isso servirá de chamariz para empreendedores se instala-rem na região.

Haverá também investimentos da com-panhia em energias alternativas, como eólica e solar, que aproveitarão, segundo Borges, o grande potencial da área. Foi nas proximida-des de Diamantina, no município de Gouveia, que a Cemig implantou, em 1994, a primeira usina eólica do país integrada ao sistema elé-trico. Na época, a empresa também expandia a rede por meio de programas de eletrificação rural via sistemas fotovoltaicos, que aprovei-tam a luz do sol.

Maria dos Anjos Gonçalves, 66 anos, mãe do lavrador Robson, se recorda dos tempos em que a luz era rara. De uma família de la-vradores, ela diz ter sido criada nas sombras que faziam a fraca luz das lamparinas, à base de querosene. “Era muito difícil, não dava para enxergar direito e ainda tinha o cheiro forte de óleo queimado”, lembra. Agora, anos após a expansão elétrica pela zona rural de Diaman-tina, Maria dos Anjos aposta na casa do filho. Com os recursos da venda de ovos, feijão e mi-lho do sítio onde vivem, ela e o marido conse-guiram comprar cimento e telhas.

Outra que ajudava como podia era Celeste dos Reis Borges, noiva de Robson e lavradora como ele. O casal começou o relacionamento há dois anos, quando a casa ainda estava no alicerce. Com quase tudo pronto, ela faz pla-nos para quando se mudarem. “Será muito bom receber os amigos e a família que mora longe”, diz Celeste, referindo-se aos irmãos do noivo que vivem na capital mineira, a 300 qui-lômetros de Diamantina.

Tarifa social

Celeste apresentava cada cômodo da casa, explicando como ficará em alguns meses, após os acabamentos. Na sala, ela colocará um sofá duplo. Em um dos dois quartos, haverá pelo menos um beliche, para as visitas. Na cozinha, estará uma mesa grande de jantar e um bal-cão de cimento e alvenaria, já construído, que receberá, em breve, um tampo de pedra, talvez ardósia ou granito.

Os móveis ainda serão adquiridos, assim como azulejos, pisos e tinta para o interior. Na cozinha, porém, ainda embalada no plástico e no isopor, é possível ver a geladeira de 240 litros, reconhecida no mercado como um dos modelos de menor consumo de energia. O eletrodomés-

Robson de Medeiros comemora com a família e os diretores da Cemig, Márcio Lúcio Serrano, Mauro Borges Lemos e Mateus de Moura Lima Gomes, a homenagem que recebeu da Cemig, por ser o consumidor de número 8 milhões

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tico foi cedido pela Cemig, por meio do Projeto Conviver, cuja proposta é substituir aparelhos antigos, de famílias carentes, que exigem muita eletricidade, por outros modernos e econô-micos. Pelo mesmo projeto, Robson também recebeu oito lâmpadas LED e fluorescentes compactas, que gastam menos que as tradicionais.

Em 2014, a Cemig empre-gou cerca de R$ 15,5 milhões no Projeto Conviver. Foram atendidas mais de 55 mil famí-lias, o que proporcionou eco-nomia energética de 17.177 MWh/ano e redução na de-manda de 6.342 KW. O núme-ro de geladeiras, como as de Robson, distribuídas no estado chegou a 4.282. E as lâmpadas econômicas ultrapassaram as 232 mil. As mudanças geraram diminuição na inadimplência, já que as contas de luz foram

reduzidas. No ano passado, foram regularizadas 1.698 liga-ções clandestinas e realizadas 1.186 negociações.

Robson ganhou outros benefícios. Por ser um consu-midor de baixa renda, e estar inscrito no Cadastro Único do Governo Federal, ele foi enquadrado no grupo de Ta-rifa Social de Energia Elétrica (TSEE). Dessa forma, a conta de luz da residência dele já começará a chegar com des-contos progressivos, de acordo com a economia que a família conseguir fazer. Caso o consu-mo mensal fique limitado, por exemplo, a 30 KW/h, o descon-to será integralmente de 65%. Somente neste ano, a Cemig incluiu 235 mil novos consu-midores no programa em sua área de concessão.

O assessor da Presidência da Cemig, Roberto Carvalho,

explicou que a ampliação, em Minas Gerais, de projetos, como o da tarifa social e o Conviver, está entre as metas da empresa para os próximos anos. “A companhia irá cum-prir o papel de proporcionar energia de qualidade a um preço acessível a cada vez mais pessoas”. Carvalho res-salta que, na ponta do lápis, a Cemig ainda sai com saldo positivo na receita. Por um lado, deixa de receber valores integrais dos beneficiados. Há, porém, um ganho expressivo na queda dos inadimplentes.

A conta no final do mês não será problema para Robson, que já planeja usar a nova eletricida-de com parcimônia e, dessa for-ma, conseguir sempre um bom desconto. Ele reconhece, porém, que, nos próximos meses, ne-cessitará de muita luz. Quer ter-minar a casa logo.

Durante cerimônia, Mauro Borges destacou que a missão da Cemig é ampliar o acesso à energia para mais pessoas

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ENERGIAS RENOVÁVEIS

Crescimento estratégicoe sustentável

Grupo Cemig eleva matriz energética brasileira com tecnologia de ponta no aproveitamento de recursos

hídricos, da força dos ventos e do sol

A expansão da matriz elétrica do país reali-zada pela Cemig vem sendo feita com respeito às pessoas e ao meio ambiente. Por trás de cada usina, barragem ou linha de transmissão, há a preocupação com a sustentabilidade, cuja prer-rogativa é não tirar da natureza algo que, para ela, não possa retornar. A empresa mineira con-seguiu destaque no mercado por ter como foco a energia renovável. E é para essa matriz que conti-nuam sendo direcionadas todas as suas estraté-gias de planejamento.

Nos últimos anos, a Cemig, com parceiros nacionais e internacionais, empregou recursos, construiu estruturas e desenvolveu tecnologias para fortalecer os processos de energia hidráulica, solar e eólica. Com relação à primeira, há proje-tos em andamento para criar um grande parque energético na bacia Amazônica, com a edificação das usinas de Belo Monte, no rio Xingu, e de Santo Antônio, no rio Madeira.

Também avança o fortalecimento da Alian-ça Energia, uma empresa que hoje gerencia um parque gerador de sete usinas, todas em Minas Gerais. Há ainda outros grandes empreendi-mentos, dentre eles, a Usina de Itaocara, no es-tado do Rio, que será construída via consórcio com a Light.

Para a energia solar, ou fotovoltaica, a Reno-va, empresa que faz parte do grupo Cemig, im-plantará, em parceria com a norte-americana SunEdison, dois grandes parques no Brasil. Os in-vestimentos também incluem a construção no

país de uma fábrica de painéis para captação de raios solares, em local ainda a ser definido.

Por fim, a Cemig realiza projetos para aprovei-tar a força dos ventos do território brasileiro. Por meio da Renova, construiu um dos maiores centros de produção de energia eólica do mundo, o com-plexo do Alto do Sertão, no interior da Bahia. São 14 parques eólicos que somam 184 aerogeradores, com 293,6 MW de capacidade instalada.

“A grande estratégia da companhia sempre será o crescimento aliado à sustentabilidade, den-tro de um setor de relevância para o fortalecimen-to do Brasil”, avalia o diretor-presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos. Ele ressalta que tudo o que a empresa produz, em uma área de atuação que se estende por 22 estados brasileiros e o Distrito Fede-ral e pelo Chile, há apenas uma estrutura que não gera energia por fonte renovável. Trata-se de uma térmica a óleo combustível localizada em Igarapé (MG). “A empresa promove, há décadas, o princípio da geração elétrica com respeito ao meio ambiente e ainda acredita que esse é o melhor caminho para os próximos anos”, afirma.

A sustentabilidade citada pelo presidente vai além dos recursos naturais. Em todos os empreendi-mentos, a Cemig e suas parceiras realizam trabalhos específicos que beneficiam as comunidades do en-torno. A proposta é preservar a cultura local e preparar os trabalhadores, para reintegrá-los ao novo cenário de crescimento econômico da região. “Os projetos também visam melhorar a vida das famílias, com ga-nhos em renda e em bem-estar”, destaca.

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Força das águasNa região Norte, na bacia Amazônica,

o consórcio para a construção da usina de Belo Monte, chamado Norte Energia, do qual a Cemig faz parte, segue esse duplo objetivo. De um lado, entregar ao país um dos maiores geradores energéticos do mun-do. O parque, cujas obras terão duração de dez anos, terá capacidade instalada de 11,233 mil MW de potência, em um reser-vatório com área de 503 km2. Na avaliação de especialistas, será eletricidade suficien-te para o desenvolvimento econômico do país, por possibilitar segurança de abaste-cimento para os futuros empreendimentos.

De outro lado, o consórcio realiza ações para buscar minimizar os impactos ambien-tais e potencializar os ganhos sociais. Entre janeiro e dezembro de 2014, foram realoca-das 3.784 famílias, aproximadamente 15 mil pessoas, que viviam em áreas de palafitas, sem estruturas básicas de saneamento para reassentamentos urbanos coletivos. Só em Altamira (PA), foram quase 2 mil famílias be-

neficiadas. Algumas também receberam inde-nizações em dinheiro e cartas de crédito, para iniciar atividades produtivas no novo bairro.

A usina também gerará retorno em tribu-tos. Para explorar o potencial hidrelétrico, a concessionária recolherá à União, como paga-mento pelo uso de bem público, o valor anual de R$ 16,6 milhões. A Norte Energia pagará, ainda, cerca de R$ 200 milhões ao governo Federal, ao Pará e aos municípios impactados, como compensação financeira pela utilização de recursos hídricos.

“Belo Monte é a maior construção energé-tica do mundo e fica na bacia Amazônica, para onde estão direcionados os maiores investi-mentos do país, um lugar em que a Cemig pre-cisa estar e se envolver”, afirma Mauro Borges. Segundo ele, 11% de todos os recursos aplica-dos na usina – estimados em R$ 26 bilhões – serão utilizados em obras de beneficiamento da população local. “Renovamos escolas mu-nicipais, reformamos hospitais, criamos novos hospitais, construímos estradas, calçamento, reformamos redes de esgoto”, enumera.

Maior construção energética do mundo, a usina de Belo Monte fica localizada na bacia Amazônica

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do consórcio para construção de Itaocara. Ele explicou que estão previstas ações voltadas ao reflorestamento. O entorno da obra, que já teve, há anos, a predominância de espécies da Mata Atlântica, poderá inclusive ganhar uma Área de Proteção Ambiental (APA).

O projeto gerará, no pico da construção, 1,2 mil empregos diretos e 2,2 mil indiretos. Nú-meros importantes para a região, com econo-mia baseada na pecuária não extensiva, consi-derada uma das mais pobres do Rio de Janeiro. “Serão benefícios, ligados à eletrificação rural e à infraestrutura urbana, que darão um estí-mulo para os pequenos negócios dos municí-pios”, diz Amarilho.

Saindo de Minas e subindo o Nordeste, es-tão, na Bahia, outras ações da Cemig relacio-nadas aos recursos hídricos. O aproveitamento dos rios baianos vem sendo feito por meio de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), cons-truídas e gerenciadas pela Renova. São três es-truturas do tipo, em operação desde 2008, que formam o Complexo Hidrelétrico Serra da Prata, no Sul do estado. As PCHs Cachoeira da Lixa, Co-lino I e Colino II, juntas, geram 41,8 MW.

Rota dos ventosO trabalho da Renova vai muito além das

PCHs. A empresa ergueu no interior da Bahia, mais precisamente nos municípios de Caetité, Guanambi e Iguaporã, a 700 km de Salvador, o complexo do Alto do Sertão, com 14 parques eó-licos. Inaugurado em 2012, o empreendimento, o maior da América Latina e o quinto em capacida-de no mundo, colocou o país definitivamente na rota dos ventos.

No interior da Bahia, os ventos são regulares, fortes e não mudam de direção, transformando-se em riqueza natural do estado

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Capacitação profissionalO diretor-presidente ressalta as ações para

capacitação profissional dos moradores locais e de priorização de pequenas empresas regionais no fornecimento de produtos e insumos para as obras. No ano passado, foram realizados 1.107 treinamentos, promovidos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Fora da região Norte, sobretudo em Minas Gerais, a companhia concentra a maior parte de seus empreendimentos que utilizam a água como fonte. Recentemente, a Cemig se juntou à mineradora Vale para formar a Aliança Energia, cuja proposta é realizar a gestão de sete gran-des usinas hidrelétricas em Minas, com capa-cidade instalada de 1.158 MW. A maior delas, com 330 MW, é a Usina Eliezer Batista, locali-zada no município de Aimorés, com barragem no rio Doce.

Outro grande empreendimento da Cemig, por meio da Light, será a Usina Itaocara, com capacidade de 150 MW, que estará localizada na divisa entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, no Rio Paraíba do Sul. Os investimentos soma-rão R$ 1,09 bilhão, e os municípios na área de abrangência são: Aperibé, Itaocara, Cantagalo e Santo Antônio de Pádua, no Rio de Janeiro, e a mineira Pirapetinga. As obras se iniciarão no primeiro trimestre de 2016, com previsão de término para 2019.

“Já estamos em fase de implantação, ini-ciando os programas ambientais previstos no licenciamento”, afirma Luiz Carlos Amarilho, engenheiro da Light, diretor socioambiental

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A região apresenta condições climáticas diferenciadas. Os ventos são regulares, fortes, com baixa turbulência e não mudam de dire-ção. “A qualidade impressiona, não existe outro lugar no mundo com ventos assim”, diz o dire-tor-presidente da Renova, Mathias Becker. “É mais uma riqueza natural do país, como o mi-nério de ferro em Minas”.

Mathias avalia que a energia eólica no país seria a mais adequada para servir de alternati-va às fontes hídricas, sobretudo nos períodos de seca prolongada, como os dos anos 2014 e 2015. O custo de manutenção e produção é muito menor quando comparado ao das térmi-cas, que ainda poluem o meio ambiente, com a queima de carvão ou derivados do petróleo.

A capacidade energética do Alto do Sertão I é de 294,4 MW. A empresa também concluiu outro grande complexo, o Alto Sertão II, que entrará em operação em 2016. A Renova possui outros 15 parques eólicos, com 230 aerogera-dores e capacidade instalada de 386,1 MW.

Ao mesmo tempo em que construía os parques, a Renova estabelecia compromissos com as comunidades locais, com o respeito que uma obra de cunho sustentável exige. Ao

invés de comprar terrenos para a instalação dos aerogeradores, a empresa optou por fa-zer parcerias com os moradores e decidiu alu-gar parte das propriedades. Assim, não só os proprietários são mantidos em suas antigas casas como também aumentam considera-velmente as suas rendas, com o pagamento periódico dos arrendamentos.

Desde o início das obras do Alto do Sertão I, em 2010, a Renova realizou cerca de 3 mil con-tratos de arrendamentos, gerando recursos extras para milhares de famílias. Uma delas é a do lavrador Jesulimo Barbosa, que possui oito filhos, já adultos e casados. “Fiz um ne-gócio muito bom. Aluguei os fundos do sítio, mas o terreno e a casa ainda vão ficar para os netos”. Com o pagamento da Renova, Barbosa melhorou de vida, passou a consumir e poupar mais. Conseguiu, inclusive, terminar de pagar a faculdade de medicina de um dos filhos, que hoje exerce a profissão em Guanambi.

Parques solaresA qualidade do vento da Bahia só é compa-

rável à do sol que irradia nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Os primeiros parques sola-

O lavrador Jesulimo Barbosa alugou os fundos do sítio para a Renova e, com o dinheiro, melhorou de vida e pagou a faculdade de Medicina para um dos filhos

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taicos, que prevê o início do fornecimento de energia para agosto de 2017.

“O acordo demonstra nossa habilidade em atrair os melhores parceiros para a cria-ção de soluções competitivas de energias limpas que contribuem para o desenvolvi-mento de redes sustentáveis”, afirmou José Perez, presidente da SunEdison para Europa, África e América Latina, em 24 de novembro de 2014, quando era anunciado, em São Pau-lo, o programa de construção dos parques. “Estamos muito contentes em trazer nossa expertise em projetos globais e reforçar nos-sa liderança na indústria de energia solar da América Latina”.

Um dos investimentos daCemig é a implantaçãoe o desenvolvimentode usinas solares

res da Cemig, também localizados em cidades baianas, estão em fase de conclusão. “Nós não perderíamos a oportunidade de estar na nova fronteira de geração de energia”, afirma Mau-ro Borges. “É a única fonte renovável do mundo em que o custo de produção é decrescente, ou seja, quanto mais produzirmos, mais competi-tivos nós seremos”.

A Cemig, mais uma vez por meio da Reno-va, juntou-se à SunEdison, líder mundial em implantação e operação de parques solares, para a construção de duas grandes plantas também na Bahia, que terão capacidade de 59,67 MW. O consórcio venceu o primeiro lei-lão do governo Federal para projetos fotovol-

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RECURSOS HUMANOS

Ética acima de tudoCemig desenvolve iniciativas em prol da diversidade e da igualdade no ambiente de trabalho

Valorizar a diversidade e garantir a não discri-minação de nenhum dos seus empregados – por raça, gênero, aparência, idade, religião, ideologia política ou condição de veterano ou novato – são algumas das premissas mais valorizadas pela Cemig. Para fazer valer esse direito e assegurar o bem-estar no ambiente profissional, a compa-nhia investe em ações pautadas pela Declaração de Princípios Éticos e Código de Conduta Profis-sional da companhia. Além disso, a empresa é signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas, que estimula práticas que elimi-

nem qualquer tipo de discriminação, e disponi-biliza, aos colaboradores, a Cartilha de Responsa-bilidade Social Empresarial. Dentre as principais iniciativas da Política de Recursos Humanos da empresa, com foco em “Diversidade e igualda-de”, estão os programas de Apoio ao Eficiente Especial (PAM) e de Preparação para Aposenta-doria (PPA) e o Cemig Mulher.

Desenvolvido desde 1991, o PAM busca con-tribuir com a inserção das pessoas com defici-ência, física ou mental, à sociedade, sejam elas empregados sejam elas dependentes dos em-

Funcionários da Cemig, Vanessa

e Demetrio se inscreveram no PAM

para garantir aulas de musicoterapia à

filha, Ana Rosa

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pregados da Cemig. Para isso, a companhia cobre 50% das despesas referentes a mensalidades de escola especializada, arteterapia, musicoterapia, ludoterapia, hidroterapia, equoterapia, natação, fisioterapia e fonoaudiologia, além de possibi-litar a obtenção de próteses auditivas, fralda descartável, transporte escolar especial, nutri-cionista e transporte do domicílio para o local de tratamento, dentre outras necessidades.

Segundo o técnico em relações traba-lhistas Felipe Monteiro Barbosa, da Gerên-cia de Administração de Pessoal da Cemig, o teto para ressarcimento das despesas é de R$ 7.526,37 por ano. Em casos excepcionais, esse valor pode ser alterado, de acordo com análise do Serviço Médico da Empresa. “Além do auxílio financeiro, o empregado pode ter uma hora por mês, por semana ou por dia, dependendo da ne-cessidade, para acompanhar o dependente com deficiência em tratamento especializado. Essa autorização é feita pelo gerente, desde que não prejudique o trabalho nem sobrecarregue os co-legas”, ressalta.

Neste ano, 157 pessoas já foram beneficia-das pelo PAM. Uma delas é Ana Rosa, que com-pleta 7 anos em dezembro, filha de Vanessa de Oliveira Costa Lyra, engenheira de segurança do trabalho, e Demetrio Venício Aguiar, engenheiro de tecnologia e normalização, ambos empre-

gados da Cemig. “No terceiro mês de gestação, quando descobri que esperava uma criança com síndrome de Down, Demetrio e eu começamos a buscar informações sobre essa condição gené-tica e soubemos a importância dos tratamentos precoces para o desenvolvimento da nossa filha”, conta Vanessa.

Logo após o nascimento, sob a orientação de uma das assistentes sociais da empresa, Ana Rosa foi inscrita no PAM e deu início a uma série de atividades, realizada até hoje, como fisiote-rapia, fonoaudiologia, musicoterapia e terapia ocupacional. A criança ainda passou por um tra-tamento odontopediátrico que evitou a língua protrusa (para fora da boca) e permitiu que ela tivesse uma dicção melhor. Além disso, uma vez por ano, a menina é atendida, em São Paulo, pelo médico e geneticista Zan Mustacchi, especialis-ta em síndrome de Down. Tudo isso com o apoio da Cemig. “É impossível mensurar a importância do PAM nas nossas vidas. Essa iniciativa nos dá a oportunidade de oferecer os melhores profis-sionais para o tratamento da Ana Rosa, além da tranquilidade em conciliar a vida de pais e de empregados da companhia”, elogia Demetrio.

Preparação para Aposentadoria O PPA consiste em um seminário, realizado no

campus da UniverCemig, em Sete Lagoas (MG),

Participantes do Seminário de Preparação para a

Aposentadoria, realizado em setembro, em Sete Lagoas

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onde especialistas, como médicos e psicó-logos, apresentam palestras sobre como desfrutar a aposentadoria da melhor forma possível, ocupando o tempo com atividades prazerosas e saudáveis. A iniciativa é aberta a todos os empregados, especialmente aos que estão próximos de se aposentar. Além de co-brir as despesas com hospedagem, a Cemig permite que cada participante leve um acom-panhante adulto.

“Posso dizer que 90% das minhas dúvi-das foram solucionadas durante o seminário. Gostei muito das questões relacionadas às fi-nanças, como administração do orçamento e investimentos”, afirma o analista da Secreta-ria-Geral Ricardo Teixeira Bottrel, que deve se aposentar em 2015. Desde 1991, quase 2.400 empregados participaram da iniciativa, 246 apenas em 2014.

Cemig MulherNa Cemig trabalham 1.087 mulheres, o que

representa 14% do quadro de empregados. Dessas, 12% ocupam cargos de liderança e 58% têm nível superior. Em um ambiente profissio-nal, tradicionalmente masculino, é preciso de-

senvolver iniciativas para ampliar a presença e a participação das mulheres nas questões corpo-rativas da companhia. Uma delas é a criação do Comitê Cemig Mulher, em 8 de março deste ano, pela Diretoria de Gestão Empresarial. Lançado em julho, o Comitê tem o objetivo de proporcio-nar uma reflexão acerca das relações humanas no ambiente de trabalho, a fim de melhorar o clima e a cultura organizacionais.

Para isso, serão realizadas visitas às áreas das diversas instalações da Cemig em todo o Estado, em busca de sugestões dos emprega-dos. As ações desenvolvidas pelo comitê pos-suem, como direcionador, o cuidado para com o outro. Ao se planejar os trabalhos, faz-se a pergunta: o que eu posso fazer para cuidar melhor do outro? “Por meio do comitê, pre-tendemos tratar não somente a questão de gênero, masculino e feminino, mas, sobretudo, contribuir para o desenvolvimento de relações interpessoais sempre respeitosas, saudáveis, democráticas, justas e alinhadas ao cresci-mento das pessoas e da organização”, explica a coordenadora do comitê e gerente de Gestão de Imóveis e Construções Prediais da Cemig, Francely Duarte Sales Marques dos Santos.

As integrantes do Comitê Cemig Mulher, entre o diretor Márcio Lúcio Serrano e o presidente Mauro Borges Lemos

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CIRCUITO CEMIG

Usina Santo Antônio é destaque em geração

Localizada no rio Madeira, em Porto Ve-lho (RO), a Usina Hidrelétrica Santo Antô-nio é a quarta maior geradora de energia hídrica do Brasil, ficando atrás somente das usinas de Itaipu, Tucuruí e Jirau, de acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Somente no se-gundo trimestre deste ano, Santo Antônio produziu 1,2 GW. A Cemig tem participa-ção direta em 10% das ações da usina e, indiretamente, em 12,4% do capital social, por meio da SAAG Investimentos.

Nos últimos anos, a Cemig tem aposta-do no potencial energético do Norte, devido ao regime de chuvas na região. A previsão é que, até novembro de 2016, todas as 50 turbinas estejam funcionando. A potência total do empreendimen-to é de 3,568 MW, energia suficiente para atender o consumo de mais de 45 milhões de pessoas.

Transparência em primeiro lugarA Cemig foi eleita destaque do ano entre as maiores empre-

sas do país, durante a cerimônia de premiação anual do Troféu Transparência, realizada, em setembro, em São Paulo. Nos últimos 12 anos, a companhia sempre recebeu o prêmio, mas, pela pri-meira vez, também foi escolhida, pela comissão julgadora, como destaque na categoria de Empresas de Capital Aberto com Receita Líquida acima de R$ 5 bilhões.

O prêmio é uma iniciativa da Associação Nacional dos Execu-tivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) e reco-nhece as companhias mais transparentes do Brasil. “Ficamos mui-to honrados em ser o destaque na nossa categoria, pois sabemos que os critérios de avaliação são bastante técnicos e rigorosos”, co-memorou o superintendente de Controladoria da Cemig, Leonardo George de Magalhães, que foi a São Paulo para receber o prêmio.

Reconhecimento em sustentabilidadePelo 16º ano consecutivo, a Cemig integra a carteira do Índice Dow Jones de Sustentabilidade

(DJSI World) no período 2015/2016. O resultado foi divulgado em setembro, e a empresa se manteve como a única do setor elétrico da América Latina a fazer parte desse índice, desde que ele foi criado.

O DJSI World é composto por 317 empresas, de 26 países, selecionadas entre 2.500 compa-nhias, de 59 ramos industriais. As eleitas são as que se destacaram em sustentabilidade corpo-rativa, criando valores para os acionistas em longo prazo e sendo reconhecidas por aproveitarem as oportunidades e gerenciarem riscos associados a fatores econômicos, ambientais e sociais. O índice é considerado uma referência mundial para investidores e administradores de recursos es-trangeiros, que se baseiam na performance das empresas para tomar decisões de investimentos.

Usina tem mais de 30 turbinas em operação comercial

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Taesa brilha no setor elétrico brasileiroFundada há cinco anos, a Transmissora

Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa), perten-cente ao Grupo Cemig, ganhou o título de “Me-lhor Empresa do Setor Elétrico do Brasil” pelo anuário “Valor 1000”, do jornal Valor Econômico, responsável por analisar mil companhias em 25 setores da economia. O prêmio foi entregue em agosto, em São Paulo, ao diretor-superintenden-te da Taesa, José Aloise Ragone Filho. “Somos uma transmissora pura, 100% de nossos ativos estão no segmento, no qual a previsibilidade e a estabilidade de caixa associadas a uma gestão eficiente proveem condições para preservarmos resultados positivos e nos posicionarmos de for-ma diferenciada”, disse.

Considerada uma das maiores companhias privadas de transmissão de energia elétrica do Brasil, a Taesa está presente em 17 estados e no Distrito Federal. Somente em 2014, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 689 milhões e possui, aproximadamente, dez mil quilômetros de linhas de transmissão em operação.

Investimentos francesesO diretor-presidente da Cemig, Mauro Bor-

ges, esteve na França, em julho, onde apresen-tou uma lista de oportunidades de negócios para investimentos franceses relacionados ao setor de energia. Ele viajou em missão empre-sarial conduzida pelo governador Fernando Pimentel. A Cemig lidera um conjunto de mais de 200 empresas, compondo o maior grupo integrado de energia elétrica do país.

Prêmio foi entregue em agosto, em São Paulo

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Atendimento via FacebookUsuários do Facebook contam com um novo canal de aten-

dimento ao cliente, o aplicativo de serviços chamado “Cemig - Autoatendimento”. Ele permite solicitar segunda via de con-tas, visualizar históricos de faturamento e de atendimento, informar leitura de medidores e localizar agências de atendimento. Para acessá-lo, basta entrar na página da Cemig do Face-book. Uma vez feito o cadastro, o usuário terá seus dados da Cemig automaticamente vincu-lados aos do aplicativo e, uma vez logado na rede social, poderá acessar o atendimento virtual e consultar as informações.

A Cemig integra o maior grupo de energia elétrica do Brasil

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CULTURA

Luz sobre as artesPor meio da Política de Patrocínios, Cemig investe em eventos e atividades capazes de promover transformação social

A jornalista Luiza Maria Fernandes de Almeida, 51 anos, não sabe dizer como surgiu a paixão pelo teatro na vida dela, se lembra de que co-meçou na infância. Por volta dos 18 anos, a presença dela era tão constante nas apre-sentações e nos ensaios de uma amiga, que acabou sendo convidada para ser assistente de direção do núcleo de seu círculo de amizades. Mas, há um ano, quando se inscreveu no Curso Livre do Galpão Cine Horto, o teatro passou, de fato, a fazer parte da vida de Luiza.

O Galpão Cine Horto é o centro cultural criado pelo Grupo Galpão em Belo Hori-zonte, em 1998. O espaço é aberto à comunidade e ofere-ce eventos e atividades artísti-cas de qualidade, vários deles gratuitos ou a preços popula-res. E Luiza é prova disso. Após

dar início às aulas de teatro, ela teve a oportunidade de se inscrever, também, no Núcleo de Pesquisa em Jornalismo Cultural, uma iniciativa gra-tuita que pode abrir portas no mercado de trabalho, na opi-nião da jornalista. “Acredito que cultura e educação figu-ram entre os principais inves-timentos que uma sociedade

deve receber. Mas, infelizmen-te, o povo não tem fácil acesso a essas atividades, porque são muito caras”, afirma.

De acordo com a coordena-dora de Planejamento do Gru-po Galpão, Taís Oliveira, mais de 450 mil pessoas foram be-neficiadas com as atividades desenvolvidas em 17 anos de trabalho. Mas, para que

No Grupo Galpão, Luiza faz aulas de teatro e, gratuitas, de jornalismo cultural, no Núcleo de Pesquisa

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Há 15 anos, o Galpão recebe patrocínio da Cemig, para manter as atividades do grupo e levar ações a cidades carentes de cultura

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essa organização não governamental (ONG) se mantenha ativa, com credibilidade e qualidade, é fundamental o investimento de instituições que acreditam e compartilham desse propó-sito. “Esse é o caso da Cemig, que, durante 15 anos ininterruptos, vem se consolidando como uma grande parceira e contribuindo diretamen-te para o crescimento da cultura em Belo Ho-rizonte e em Minas Gerais”, reconhece. “Além de possibilitar a programação e a manutenção contínua das nossas atividades, o patrocínio da Cemig viabiliza, principalmente, a interiori-zação dos trabalhos, fazendo com que nossas ações cheguem a localidades distantes e caren-tes de cultura, possibilitando a democratização do acesso”, explica Taís.

Cultura para todosPara promover o desenvolvimento econômi-

co e social das comunidades onde atua, a Cemig dispõe da Política de Patrocínios. Esse documento tornam públicos as premissas, os fundamentos e a origem dos recursos que orientam a empresa na definição de patrocínios, apoios, parcerias e utili-zação das leis de incentivo federais nos diversos investimentos sociais, de cultura e esporte. “O objetivo não é patrocinar qualquer evento, mas aqueles que são verdadeiramente capazes de promover uma transformação na sociedade, por meio da promoção e disseminação da cultura no estado de Minas Gerais”, explica o superintenden-te de Comunicação Empresarial da companhia, Etevaldo Lucas Queiroz.

Esse trabalho conta com a parceria da Secre-taria de Estado de Cultura de Minas Gerais, que garante o alinhamento com as políticas públicas, fator estratégico para a assertividade na escolha

dos projetos a serem patrocinados e também na participação e na continuidade de ações estrutu-radoras da área. “É importante que os projetos apoiados pela Cemig traduzam a dinâmica do fazer cultural no estado, contemplando sua di-versidade tanto em termos de linguagem quanto de região. Por meio dessa iniciativa, a companhia contribui, de maneira decisiva, para que inúmeras iniciativas se tornem realidade”, afirma o secretá-rio de Cultura, Angelo Oswaldo.

Somente em 2014, a Cemig investiu R$ 7,43 milhões de recursos próprios e R$ 19,38 milhões de repasse, via leis de incentivo, na realização de 164 projetos culturais. Para isso, a Política de Patro-cínios dispõe de dois programas: o Cemig Cultural e o Filme em Minas. O Cemig Cultural fomenta a pesquisa e o desenvolvimento de linguagens ar-tísticas e atividades gratuitas, tornando-se, assim, um investimento de base para o mercado cultural e contribuindo para a manutenção de espaços de educação permanente. Já o Filme em Minas tem aquecido a produção audiovisual no estado, esti-mulando a adoção de novas linguagens e forma-tos que revelam a pluralidade e a diversidade da cultura mineira.

Helvécio Ratton, diretor de cinema nacional-mente conhecido por obras como “Menino Malu-quinho – O filme”, contou com o patrocínio da Ce-mig para o desenvolvimento de quatro das suas principais produções: Amor & Cia (1998), Uma Onda no Mar (2002), Batismo de Sangue (2007) e O Segredo dos Diamantes (2014). “O cinema é uma atividade que exige alto investimento finan-ceiro, porque envolve muita mão de obra e tecno-logia de ponta, quase sempre importada. Então, é fundamental contar com o apoio de uma empre-sa forte como a Cemig”, diz o diretor.

O diretor de cinema Helvécio Ratton contou com recursos da Cemig em quatro filmes, dentre eles, Batismo de Sangue

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Outras iniciativasAlém do Galpão Cine Horto, a Cemig patro-

cina diversas outras iniciativas culturais de re-levância nacional e até internacional, como o Instituto Inhotim, localizado em Brumadinho, a 60 km de Belo Horizonte. O local é um Cen-tro de Arte Contemporânea e Jardim Botânico e possui uma área de 140 hectares, composta por fragmentos florestais e jardins, onde estão instaladas obras de arte contemporânea. Idea-lizado pelo empresário Bernardo Paz, o espaço foi aberto ao público em 2006 e, desde então, já recebeu mais de 2 milhões de visitantes. “A Cemig apoia o Inhotim desde o primeiro ano que começamos a trabalhar com a Lei Rouanet, por meio de um plano anual de atividades. Par-ceiros do seu porte e da sua credibilidade, além da importante contribuição para a manutenção do Instituto, conferem segurança ao mercado cultural para conquistarmos novos parceiros, pois a política de democratização cultural da Cemig é bastante respeitada”, pontua a gerente de captação do Instituto Inhotim, Raquel Celso.

O Grupo Corpo, uma das maiores com-panhias de dança contemporânea do Brasil, também recebe apoio da Cemig, por meio da

Política de Patrocínios. Fundado em 1975, em Belo Horizonte, o Corpo estreou com a criação “Maria, Maria”, que contou com música original assinada por Milton Nascimento. Após 40 anos, já são 35 coreografias e mais de 2,2 mil récitas na bagagem, espetáculos apresentados em di-versos países. “O patrocínio da companhia é de vital importância para a manutenção das nos-sas atividades desde 2009. Neste ano de 2015, inclusive, permitiu a criação das obras ‘Suíte Branca’ e ‘Dança Sinfônica’”, conta a diretora de Comunicação do Corpo, Cristina Castilho.

Faça parte!

O primeiro passo para buscar ser inseri-do na Política de Patrocínio da Cemig é ter o projeto aprovado pela Lei Rouanet. Para ter acesso às demais informações, entre no site www.cemig.com.br e cli-que nos links “A Cemig e o futuro”, “Cul-tura” e “Patrocínio”.

Apoio da Cemig permitiu ao Grupo Corpo criar as obras “Suíte Branca” e “Dança Sinfônica” (foto), neste ano

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Investimentos culturais de outras empresas do Grupo Cemig

Exemplo em sustentabilidade

Em setembro de 2015, a Cemig foi, mais uma vez, incluída no Dow Jones Sustainability Index World (DJSI), um importante índice mundial de sustentabilidade, que avalia as melhores prá-ticas de gestão social, ambiental e econômica no mundo. Desde que ele foi criado, em 1999, a empresa é a única do setor elétrico da América Latina a ser citada todos os anos. “Um dos motivos desse reconhecimento é o investimento da companhia em projetos culturais, sociais e sustentáveis que beneficiam a sociedade em que ela está inserida. Fazer parte do DJSI é um diferencial importante, fundamental para atrair novos investidores”, ressalta Etevaldo Lucas.

Renova Energia

A Política de Patrocínios e Doações (PPD) da Renova Energia busca garantir o acesso às iniciativas de interesse público nos âmbitos de meio ambiente, esporte, cultura, educação e economia solidária. Em 2014, foram patrocinados 26 projetos que têm o objetivo de fomentar ou fortalecer a cultura local e regional, bem como promover ações de resgate e preservação do patrimônio e dos saberes tradicionais.

Outra ação de responsabilidade da empresa é o Programa Catavento, um conjunto in-tegrado de projetos voluntários que visa contribuir com o desenvolvimento territorial sus-tentável do Alto Sertão Baiano, região onde estão localizados os parques eólicos da Renova Energia. Eles são realizados em quatro dimensões: socioeconomia, cultura e patrimônio, meio ambiente e desenvolvimento organizacional. No primeiro ciclo (2012/2014), o Catavento re-cebeu aporte de R$ 9,4 milhões, para serem investidos em cerca de 20 projetos distintos. Na dimensão de cultura e patrimônio, as iniciativas abordaram: Museu do Alto Sertão da Bahia (MASB), Artes Cênicas e Conservatório de Música (Festcasa), Plantas Medicinais do Alto Sertão e Fortalecimento de Memórias e Tradições Culturais. Juntos, a PPD e o Programa Catavento totalizaram R$ 2,7 milhões de investimento no último ano.

Light

Com o apoio dos governos Federal e Estadual, a Light criou os programas Favela Criativa e LigAção, que buscam estimular o desenvolvimento humano, econômico e sociocultural de jovens moradores de comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro. O primeiro atua por meio da indústria criativa, e o segundo, por meio da revitalização e da ativação de espaços esporti-vos e de convivência nas favelas cariocas.

A Light patrocina, ainda, diversos projetos culturais, esportivos e sociais com foco na dis-seminação dos valores corporativos e na educação para o consumo consciente de energia. Segundo a gerente de Comunicação da Light, Jordana Garcia, a empresa investe, em média, R$ 35 milhões por ano, de verba própria e recursos das leis de incentivo, no apoio a esses projetos. “Buscamos nos associar às políticas públicas de sucesso, para obter maior ganho de sinergia e alinhamento de ações sem desperdício de recursos”, afirma.

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Abastecimento garantidoEm tempos de preocupante crise hídrica, gestão eficiente permite fornecimento de água com qualidade

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O Brasil é considerado a maior potência hídrica do planeta, com 12% da água doce do mundo. Mas, desde o final de 2013, o país pas-sou a viver os primeiros indícios da maior crise causada pela falta desse recurso. Com os níveis de precipitação muito abaixo do esperado, os reservatórios brasileiros mantiveram baixas históricas, principalmente na região Sudeste, onde está localizada a Cemig. A companhia possui 79 usinas hidrelétricas com 7,3 mil MW — potência essa capaz de atender a demanda de 40 milhões de pessoas, quase duas vezes a população de Minas Gerais — e ainda conta com mais de 3.500 km² de reservatórios admi-nistrados, o que corresponde a, aproximada-mente, três vezes a extensão da baía de Guana-bara, no Rio de Janeiro.

Das usinas operadas pela Cemig, a de Três Marias (MG) foi a mais afetada com a crise hídri-ca e chegou a atingir o menor índice em todos os tempos, com 2,6% do volume de água utilizável, em novembro de 2014. Logo após o período chu-voso, a companhia deu início a um processo, em parceria com órgãos interessados, para adminis-trar a situação e levantar soluções para o abas-tecimento local. “Fizemos várias alterações nos nossos procedimentos e conseguimos reduzir a

geração da usina a níveis nunca antes pratica-dos e, o principal, sem causar nenhum dano aos equipamentos. Para isso, foi fundamental o tra-balho desenvolvido pelas equipes de Engenharia de Manutenção e de Planejamento Energético da empresa. E o resultado foi excelente, com o reservatório chegando a cerca de 40% da sua capacidade no final do período úmido”, afirma o superintendente de Planejamento e Operação de Geração e Transmissão da Cemig, Nelson Benício Marques Araújo.

Além de suprir o município de Pirapora (MG), as águas do Rio São Francisco, que abastecem a Usina de Três Marias, também são utilizadas para a procriação de peixes, principalmente de tilápia, comercializados no Estado; para a alimentação dos animais pertencentes às fazendas da região; e pelo Projeto Jaíba, o maior perímetro de irriga-ção da América do Sul. “Atualmente, o Jaíba em-prega cerca de 20 mil litros de água por segundo na irrigação de 24 mil hectares, responsáveis por produzir 50% das sementes para a agricultura do Brasil e, aproximadamente, 480 toneladas por dia de hortifrutigranjeiros. Esse consumo é equi-valente à quantidade de água utilizada em Belo Horizonte todos os dias”, explica o gerente de Planejamento Energético, Marcelo de Deus Melo.

A Usina de Três Marias (MG) foi bastante afetada com a crise hídrica e chegou a atingir o menor índice de todos os tempos

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monitoramento hidrometeorológicoA Cemig desenvolve outras iniciativas para

garantir a geração de energia e viabilizar a gestão dos possíveis impactos que a disponi-bilidade hídrica pode causar sobre o próprio negócio. Atualmente, a empresa dispõe de mo-dernas técnicas e equipamentos e opera uma rede hidrometeorológica com 241 pontos, dis-tribuídos em locais estratégicos de Minas Ge-rais, Goiás e Espírito Santo, que monitoram as chuvas, as vazões nos cursos d’água e os níveis dos reservatórios. Desses, 41 são estações cli-matológicas que enviam dados em tempo real para a sede da empresa, em Belo Horizonte.

Radar meteorológico gera alerta sobre chuvas e grandes tempestades

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Além disso, a companhia é a única em-presa da América Latina a possuir o principal instrumento utilizado para ampliar a asserti-vidade nas previsões hidrológicas. Localizado na Serra do Elefante, em Mateus Leme (MG), o radar meteorológico gera um alerta sobre todas as chuvas e grandes tempestades que estão a um raio de 250 quilômetros, assim como a direção e a velocidade com que elas se aproximam. “Isso permite que a equipe da Cemig esteja preparada para evitar a falta de energia aos consumidores e para controlar a cheia dos reservatórios, bem como para pre-venir enchentes e grandes calamidades, já que a empresa passa todas as informações ao governo de Minas Gerais e à Defesa Civil”, comenta Nelson Benício.

Prevenção e preparação para situações de emergência

Para a segurança das barragens, a Cemig de-senvolve procedimentos de inspeção em campo, coleta e análise de dados de instrumentação, planejamento e acompanhamento de serviços de manutenção, análise dos resultados e classi-ficação das estruturas civis. Após a classificação das estruturas, é estabelecida a frequência das inspeções. Já a vulnerabilidade de cada barra-gem é calculada automaticamente, de forma contínua, e monitorada pelo Sistema de Contro-le e Segurança de Barragens (Inspetor).

A Cemig é considerada pioneira no Brasil na elaboração de planos de emergência para ruptura de barragens. Além dos treinamentos internos, a empresa investe em revisões peri-ódicas de segurança, que envolvem, além dos próprios profissionais, uma equipe multidisci-plinar de consultores externos.

monitoramento da qualidade da água

Com o intuito de minimizar o risco asso-ciado à qualidade da água dos reservatórios, a Cemig monitora, regularmente, uma rede que contempla as principais bacias hidrográficas de Minas Gerais. Os resultados obtidos por meio de nove parâmetros específicos são uti-lizados no cálculo do Índice de Qualidade da Água (IQA), que indica o grau de contaminação em rios e reservatórios, por materiais orgâni-cos, nutrientes e sólidos, que, normalmente, são indicadores de poluição, associados a des-pejos domésticos.

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CEMIG EM NúMEROS

Dados gerais 2010 2011 2012 2013 2014Evolução no número de consumidores(em milhares)

7.065 7.336 7.535 7.781 8.008

Número de empregados 8.859 8.706 8.368 7.922 7.922

Número de municípios atendidos 774 774 774 774 774

Área de concessão – km2 567.740 567.740 567.740 567.478 567.478

Capacidade instalada – MW 6.896 6.964 7.032 7.158 7.717

Extensão das linhas de transmissão – km 8.768 8.794 9.413 9.748 9.748

Dimensão econômica 2010 2011 2012 2013 2014Receita operacional líqui-da (R$ milhões) 12.863 15.749 18.460 18.966 19.540

Dimensão ambiental 2010 2011 2012 2013 2014Recursos aplicados em meio ambiente (R$ milhões)

54,3 53,4 59,4 52,4 52,8

Dimensão social 2010 2011 2012 2013 2014Média de horas de treinamento por empregado

75,66 43,18 35,50 69,6 49,37

Total de recursos aplicados em responsabilidade social (R$ milhões)

77,440 75,074 115,023 83,234 109,622

Áreas de investimento Social - 2014

60%Ações Sociais

26%Cultura

9%Saúde

5%Esporte

0,28%Educação