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Urbanismo e Planejamento Urbano no Brasil nos anos de 60, 70 e 80: permanências , inflexões e rupturas É a partir dos anos 40 que o Estado passa a acreditar na concepção de que o planejamento se trata de uma função de governo, absolutamente necessária para resolver a questão o urbanismo e do planejamento urbano. Nos anos 0, o poder p!blico utili"a como refer#ncia o modelo que estava sendo e$ecutado nos Estados %nidos, marcando profundamente o andamento do planejamento urbano no &rasil dos pr'$imos (0 anos, com a cisão de dois conceitos que dominavam a atuação at) então * +á quem pensa e +á quem e$ecute, e tamb)m rompe o laço que +avia entre arqui tet ura e urbanismo pl an eja r e pro je tar são consideradas duas fases distintas-. ria/se um novo perfil de urbanista * ele passa a ser um profissional generalista. Essa concepção se estende at) os anos 0, quando o planejamento passa a ser te cn ocrata, apoi ad os na fo rmulação de 'r gãos normati vo s de cará te r  essencialmente t)cnico, desvinculados da pol1tica. No entanto, a partir da d)cada de 20, surge uma desconstrução desse modelo quando a questão urbana passa por uma politi"ação. oncreti"a/se uma necessidade de reformas na legislação que permita uma jus ta dis tri buição, e direito 3 cid ade. aral ela mente passa a ser discutia a ecologi"açã o * sendo incorporada 3 arta onstitucional junto 3 pol1tica urbana. Nos anos 50, atribui/se aos governos locais investimentos no desenvolvimento econ6mico, ger ando um que sti ona mento se o governo local tem con diç 7es de desempen+ar esse papel. 8iante disso se articula outro problema que ) a dificuldade de unir o desenvolvimento com pol1ticas sociais. 9credito que esse seja o ponto do te$to que se reflete mais vivamente +oje, quando o interesse do mercado parece sobrep uj ar a preocupação com os imp act os soc iais qu e de ter minadas obras de moradia podem gerar.

Urbanismo e Planejamento Urbano No Brasil Nos Anos de 60

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8/17/2019 Urbanismo e Planejamento Urbano No Brasil Nos Anos de 60

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Urbanismo e Planejamento Urbano no Brasil nos anos de 60, 70 e 80:

permanências, inflexões e rupturas

É a partir dos anos 40 que o Estado passa a acreditar na concepção de que o

planejamento se trata de uma função de governo, absolutamente necessária pararesolver a questão o urbanismo e do planejamento urbano.

Nos anos 0, o poder p!blico utili"a como refer#ncia o modelo que estavasendo e$ecutado nos Estados %nidos, marcando profundamente o andamento doplanejamento urbano no &rasil dos pr'$imos (0 anos, com a cisão de dois conceitosque dominavam a atuação at) então * +á quem pensa e +á quem e$ecute, e tamb)mrompe o laço que +avia entre arquitetura e urbanismo planejar e projetar sãoconsideradas duas fases distintas-. ria/se um novo perfil de urbanista * ele passa aser um profissional generalista.

Essa concepção se estende at) os anos 0, quando o planejamento passa a

ser tecnocrata, apoiados na formulação de 'rgãos normativos de caráter essencialmente t)cnico, desvinculados da pol1tica. No entanto, a partir da d)cada de20, surge uma desconstrução desse modelo quando a questão urbana passa por umapoliti"ação. oncreti"a/se uma necessidade de reformas na legislação que permitauma justa distribuição, e direito 3 cidade. aralelamente passa a ser discutia aecologi"ação * sendo incorporada 3 arta onstitucional junto 3 pol1tica urbana.

Nos anos 50, atribui/se aos governos locais investimentos no desenvolvimentoecon6mico, gerando um questionamento se o governo local tem condiç7es dedesempen+ar esse papel. 8iante disso se articula outro problema que ) a dificuldadede unir o desenvolvimento com pol1ticas sociais. 9credito que esse seja o ponto do

te$to que se reflete mais vivamente +oje, quando o interesse do mercado parecesobrepujar a preocupação com os impactos sociais que determinadas obras demoradia podem gerar.