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km URREI;AO BRASILEIRA RUBENS DO AMARAL O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença. I ne S. Paulo alçou o seu invicto pendão de guerra, c apesar de minto aconteceu, afirmámos diariamente que o Rio Grande e . ii-i-iiii rniiiii.!1/!C\c i ci iri,,,,,,, ,1.. _'....l... _. I \l..,_.. ..:,* Af.._.!..! /!_...... Desde que S. lJaulo alçou o seu invicto pendão de guerra, c apesar de tudo quanto aconteceu, afirmámos diariamente que o Rio Grande e Minas viriam conosco. Os srs. Flores dn Cunha c Olegario Maciel ficavam-se com a ditadura? Que se ficassem. Nem o sr. Olegario Maciel 6 o povo "'¦¦•" ¦'¦"•' " ¦•' '¦''"••'•¦ ¦- ':' - - " ' is Correio de S. Diretor: Rubens do Amaral Gerente: Álvaro Viana Redaç. o a Administração: RUA LIBERO BADARÔ, 73 - SOB. Fone; 2-2092 S. Paulo Sábado, 10 de Setembro de 1932 ANO I - NUM. 75 Não investiriam porque, nas jornadas da nacionalidade através dos tempos, conduzimos nós, agora, o facho que mineiros c riogntnden.es empunharam em 1030 e os tenentes lhes arrebataram das mãos, numa emboscada sinistra que se entreteceu de brulalidadcs c de felonins. Como combateriam contra nós, quando alçamos o fogo da revolução constitucional, os soldados da revolução liberal que ha dois anos se insurgiram conlra o despotismo mascarado e, sem o querer, fundaram o despotismo ostensivo? Seria um absurdo e uma monstruosidade; F, nós, que acreditamos nas forças imponderáveis que dirigem os des- tiíiOS da nacionalidade, confiámos sempre cin que os imperativos da idéa teriam mais poder do que a vontade dos governos. Acreditamos sem- pre. Sem duvidas nem vacilaçõcs ou sincopes na nossa fé, que é de puro aço c não se partiu nem vergou. * Tínhamos razão, contra n aparência dos fatos, que a muitos enga- nou, e conlra o dcsfalcciiiicnto dos espirites, que a muitos venceu. O Rio Grande autentico, que é o Rio Grande republicano c libertador, está cm armas pela Constituição. Minas legitina, crguc-sc pela liberdade. E pa- ra que não falte ao apelo nenhum dos clans nascidos no império bandeiran- tede. S. Vicente, ainda comparecerão Goiaz, o Paraná, Sla. Catarina, Iodas ns terras c todas as gentes filiadas á estirpe piraliningana. E' a fami- lia que se concilia em torno do lar avoengo, para celebrar cm comum, cordialmente, mais uni episódio, o maior de Iodos, da legenda da raça. O vicentino, altivo nas suas cidades, soberano nos seus sertões, que ícchas.ava o jesuíta, que vencia o castelhano e não se curvava ao rei- noí, ainda uma vez se afirma o livre senhor dos seus domínios c ainda uma vez repudia, á frente de legiões invencíveis, o jugo dos déspotas que boje reeditam, a um Icmpo, Solano López c Nunes Viana. Mais do que as seitas fanáticas, mais do que as conjuras de interesses, mais do que. os sistemas de ambições e cobiças, valem os instintos raciais, que nos coligam, a despeito dos calabares, que nos traem. * E a Insurreição nacional não se limitará aos territórios que as bandeiras conquistaram, povoaram e civilizaram para o Brasil. Os ser- lanistas que de Piratininga se foram para as Minas e de desceram o S. Francisco, fraternizaram no coração do Brasil com os criadores que vinham do Piauí c de Recife rumo ao Sul. A' mesma confluência assistiremos agora, não de falanges cm marcha, mas de ideais cm tur- bilhão. E, como um dia combatemos os franceses no Rio de Janeiro e os holandeses cm Pernambuco, assim noutras regiões do Brasil ou- Iros brasileiros combaterão os outubristas, não por São Paulo, mas sobretudo pelo Brasil. no Pará o tenente Paes Leme, que é um digno neto do Caçador de Esmeraldas, desfralda ás margens do Ama- zonas o pavilhão constitucional. em Recife, que é um escrinio de tradições heróicas, a mocidade acadêmica, solidaria com os seus cole- gas de S. Paulo, defronta a guarda pretoriana do interventor que o ministro José Américo marcou com o ferrete da deshonra, o ml- crofonc ditatorial arrcmele convicios sobre o nome de Epilacio Pessoa, a dizer-nos que a Paraíba toma posição na cruzada redentora. no Sul se proclama que, para não ensangüentar os pampas, o interventor está pronto á renuncia. em Minas a mobilização moral se trans- forma formidavclmente na mobilização militar, cm núcleos poderosos que se multiplicam e se alastram. Não ha mais uma revolução de S. Paulo e Mato Grosso. O que ha é uma insurreição geral, de todo o Brasil. Apregõe-sc embora que o nosso levante é uma rebelião de políticos, um pronunciamento de mi- litares, um conluio de industriais, um alentado de comunistas ou um golpe de separatismo. O povo brasileiro replica a essas intrigas e calúnias com a demonstração positiva de que o levante de julho e a sublevação da nacionalidade contra a usurpação oulubrista, lutando pela liberdade contra a ditadura, e pela lei contra o arbítrio, a violência, a força bruta da masorca. A Nação bate-se em legitima defesa. Ago nas massas o instinto de conservação. Não estão cm guerra homens, classes, partidos, Estados: quem está em guerra é o Brasil, que ba- talha pelo seu patrimônio civico, pelo seu progresso político, pela sua civilização, pela sua própria cxislcncia ameaçada de incêndios, naufrágios, aniquilamentos. Paulistas, matogrossenses, riograndenses, paraenses e mineiros são apenas a vanguarda constitucionalista. O grosso das tropas, integram-no quarenta milhões de brasileiros. TÓPICOS & COMENTÁRIOS 0 movimento constitucionalista alastra-se auspiciosamente pelo território nacional E' ÓTIMA A SITUAÇÃO NO SUL -- AS PROPORÇÕES SUBLEVACÃO DO FORTE DE ÓBIDOS ~ TEMORES NO O sr. João Neves da Fontoura recebeu ontem um comunicado do Rio ürantle, confirmando as noticias anteriores c garantindo que o mo- vimento está cm ótimas condições. Acrescenta o comunicado que todos os chefes constitucionalistas daquele Estado estão animadíssimos, con- fiando na próxima vitoria da causa da Lei. Concilie declarando que os progressos da revolução, no sul, excedem as melhores espetativas. Informes de outras fontes dizem que, fora os numerosos núcleos es- palhados em muitos municípios, o exercito constitucionalista do Rio Grande conta com quatro colunas sob o comando dos coronéis Zéca Neto, Marcial Terra, Turibio Gomes c Rodrigues Sobral. HERA' FORMADO DA RESERVA BATALHÃO EXERCITO EM CADA CIDADE DO ESTADO O Conselho Geral da Milícia Civil M. M. D. C. determina a todas as comissões de alistamento do interior que iniciem a formação de um batalhão do Exercito de Reserva, cm cada cidade, batalhão que receberá o nome da respectiva cidade.-,,_•-n. Iniciada a formação de cada batalhão, a comissão local pedira que lhe seja dado o numero de ordem na inscrição geral M. M. D. C. Na capital, cada distrito de paz dará o seu batalhão, de acordo com ns instruções acima(a.) Leven Yampre Luiz Piza Sobrinho A. C. de Abreu Sodré José Cassio de Macedo Soares. "POR SÃO PAULO £ PELO BRASIL" O dr. João Neves da Fontoura reuniu em um livro os seus discursos irradiados nesta capital A BRIGADA "MINAS GERAIS" t>esde os primeiros minutos da revolu- ção na noite de 9 de julho, S. Paulo, ergulhando-se da abnegação dos seus fl- lhos, comoveu-se com a solidariedade en- tusiastica, absoluta, dos filhos de outroi Estados. Nunca foi possível distinguir entre um paulista e um não-paulista, aqui dentro. Todos os brasileiros se confun- diam integralmente na causa da liberda- de, com tão perfeita comnnhão de ideai e sentimentos que, se alguém houve que pretendesse estabelecer quaisquer dife- rtnças, decerto está, não arrependido, ma_ envergonhado da sua atitude. Entretanto, não passe sem um registo especial a arregimentação da brigada "Mi- ras Gerais", Os mineiros residentes em S. Paulo, depois de haverem engrossado as fileiras de todos os nossos batalhões de voluntários, depois de haverem con- corrido para todas as nosas subscrições, notadamente a dos capacetes de aço e a do ouro para a vitoria, ainda quiseram dar mais uma demonstração do seu amor A, nossa terra e á liberdade do Brasil. Dai a. formação da sua brigada, que, an- tes de bater o inimigo, terá conquistado o coração dos paulistas. Quinhentos mil mineiros vivem em Sao Paulo. Formam aqui uma população superior á de alguns Estados do Brasil. Uns foram mais felizes do que os outros e. venceram na luta pela vida. Mas to- dos estiveram sempre em sua própria terra como aliás sucede aos brasileiros dos demais Estados. E hoje, gratos & nossa fraternidade, em revolta contra o oficial ismo de Belo Horizonte, aregimen- tam-se em bloco n0 exercito constituclo- nalista de S. Paulo. Não esquecemos o que devemos a to- dos os brasileiros vindos de outros Es- tados, nas suas grandes e repetidas de- monstrações de afeto a S. Paulo. Contu- do, queremos hoje render uma homena- gem particular aos mineiros da brigada "Minas Gerais", que resgatam perante a Historia o ero do governo de Belo Ho- -izonte, mantendo bem alto as tradições do povo montanhez, que arrlvistas ex»- crandos algemaram, transitoriamente, ao pelourinho ditatorial. Deles virá, para a Bua terra, a liberdade, ainda que tarde, Esses dois episódios devem servir-nos de advertência. A ditadura não quer a pa?. do Brasil. A ditadura quer a capitulação de S. Paulo. Com Isso, demonstra em primeiro logar, que não lhe passou ainda a crise de de- lírios que a atacou desde que se aboletou no poder, sob as excltações alucinantes da megalomania do mando. Indica, tam- bem, que, enquanto não se sentirem acua- dos na sua toca, os outubristas não sen- tirão saciada a sua sede de sangue e a sua fúria de devastações. Comprova, por fim, que o governo do Rio de Janeiro até ago- ra não soube ver ou não pôde crer que S. Paulo prefere, á escravidão, a ruina total. Devemos, portanto, repelir doravante toda e qualquer tentativa de pacificação. Paz, com a vitoria. Temos os nossos objetivos fixados. Aceita-os a ditadura? Multo bem: abandone o poder e a junta governativa executará o nosso programa. Não o aceita? Paciência: obteremos pela força o que nos recusam pela razão. Quando nos dispomos a admitir passos preparatórios de paz, o que nos move é o desejo de poupar o Brasil a maiores provações. A ditadura, incapaz de com- preender o nosso patriotismo, porque o seu patriotismo não existe, imagina qu» © nosso gesto é uma prova de fraqueza. Daí, Inflar-se ela de arroganclas que im« possibilitam o encaminhamento das ne- goclações pacificadoras. Cessem as intervenções. A tarefa da pacificação, confiemo-la aos nossos solda- dos. Continuem com a palavra oa ca- nhões. D.tes sairão os melhores argvK mentos, os únicos capazes de convencer a ditadura de que é necessário pedir o armistício para assinar o tratado de paz..« João Neves, o intemerato evangeliza- dor da constituiconalização do Brasil, o mais legitimo e mais brioso repr escntan- te da dignidade, da nobreza e da honra do povo gaúcho, reuniu em volume as enclclicas com que, nestes dias dolorosos que estamos vivendo, fulminou a dita- dura aviltante que está ensangüentando a pátria e envergonhando a nossa civili- zação, nelas anatematizando tambem a felonia que pretendeu algemar os pulsos dos nossos irmãos dos pampas. Nas pa- ginas desse livro, vibrantes como um clarim, evoca-se todo o sinistro capitulo da historia política do Brasil, desde a revolução de 1930 até hoje, capitulo que é uma série sucessiva de embustes, de tropeços, de espertezas e "despistamen- tos" e que está a ter um tremendo epi- logo, escrito com o sangue generoso da nossa mocidade, nos campos de batalha. Encerra tambem o apelo feito por João Neves aos grandes chefes dos pampas, dos quais nunca descreu, porque sempre lhe mereceram fé. Esses chefes que, por mo- tivos imprevistos, não puderam respon- der nas primeiras horas ao apelo feito, não faltaram aos compromissos assumi- dos nem á palavra dada a S. Paulo. E ai estão, de e em armas, para honra do Rio Grande e para bem do Brasil. O verbo eloqüente do grande tribuno da democracia, que o radio levou a to- dos os rincões brasileiros, vibra e pai- pita e freme com o mesmo entusiasmo nas pagiliaa agora dadas a lume. O produto da venda do livro, a que foi dado o titulo "Por S. Paulo e pelo Brasil" e é admiravelmente prefaciado por Paulo Setúbal, reverterá para os or- fãos da Revolução Constitucionalista. Os donativos de metais para a Revolução Em resposta ao apelo publicado ba dias, pedindo á população enviasse me- tais de toda espécie ao Estado, para aplicação em fins bélicos, a Associação Comercia; vem recebendo diariamente, do inúmeras cidades do interior, valio- sas contribuições constantes de muitas toneladas de ferro velho, cobre, bronze e outros metais. Ainda ontem, recebeu aquele Depar- tamento remessas de metais procedentes de Sampaio Morreira, Pindorama, Socor- ro, Monte Alto, Prainha, Bebedouro, Santa Lúcia, S. Joaquim, Rio Claro, Es- pirto Santo do Pinhal, Taquaritinga, Campos Sales, Jau', Carlos Gomes, Ga- lia, Jundiai, Mondembo e outras cidades. Por intermédio do prefeito municipal de Piracicaba, recebeu ontem o sr. dire- tor do Departamento de Administra- ção Municipal um donativo de 759 qui- los de cobre e de 74 quilos de metais di- versos, feito por pessoas residentes na- quela cidade. DO LEVANTE EM MINAS •• PORIENORES SOBRE A ESTADO DO RIO -- 0 ABANDONO DOS FLAGELADOS Contra os revolucionários têm sido mandadas forças cie Porto Alegre. Entretanto, salvo a refrega noticiada, entre tropas do coronel Terra e do coronel Gay, que foi vencido e aprisionado, a ação dos contingentes ditatoriais tem sido apenas de prevenções, parecendo que se conservam cm espectativa. E' que o interventor ainda não desesperou de um acordo, mesmo que tenha que renunciar, contando que os srs. Borges de A^cdeiros e Raul Pila deponham as armas. Por outro lado, o sr. Flores da Cunha não se julga seguro para atacar os chefes revolucionários, temendo que adiram ao movimento constitucionalista os batalhões remetidos para coinba- te-los. GANHA TERRENO O LEVANTE DE MINAS Ainda não se estabeleceram comunicações que permitam um noti- ciario mais amplo e pormenorizado do movimento que rebentou ua zona da Mata e se está alastrando pelo Estado de Minas. Daí a escassez das in- formações que temos tido, não obstante saber-se que mesmo em Belo I lo- rizonte o governo está como que sitiado em palácio pela população, con- tra a qual lança a coação policial secundada por uma sociedade caibo- naria, a "Montanha", chefiada pelo sr. Amaro Lanari, que por sinal é o secretario das Finanças... Os poderes ditatoriais do Rio e de Belo Horizonte tambem não tem noticias exatas da insurreição comandada pelo sr. Artur Bernardes. Fo- ram cortadas as comunicações telegraficas entre vários pontos do Esta- do, bem como está interrompido em diversos trechos o trafego ferrovia- rio, tendo sido dinamitadas pontes e outras obras de arte. Comunica-nos o Serviço de Publicidade: "Foi ontem interceptado um radio transmitido pelo diretor do grupo escolar de Cambuí, Minas, ao diretor da Instrução Publica da- quelc Estado, pedindo autorização para fechar o mencionado estabe- lecimento de ensino, atento ao terrível pânico que reina na referida loca- lidade, em conseqüência do movimento revolucionário que irrompeu no mesmo Estado". A AMAZÔNIA AO LADO DA CAUSA CONSTITUCIONAL Chegam os primeiros detalhes do levante do forte de Óbidos, ainda muito deficientes. Dirigiram-no o capitão-tenente Brito Albemaz, o ma- jor Sousa Brasil e o comandante Jairo Holanda, da guarnição do "Floria- no". Os revolucionários dominaram desde logo toda a região, contando para suas operações de guerra com uma esquadrilha fluvial. No Pará, a revolução, tritinfante cm poucas horas, está em condições de se irradiar pelos Estados limítrofes, conjecturando-se que os maiores esforços serão dirigidos para o Maranhão e o Piauí, uma vez que A^anaus. engarrafada toda a Amazônia, não oferece campo merecedor de maiores atenções. O SR. ARI PARREIRAS ESTA' ASSOMBRADO Sabe-se em S. Paulo que o interventor Ari Parreiras, do Estado do Rio, obteve a ida de um contingente de fuzileiros navais para Niterói, por temer um levante que os seus esbirros lhe denunciaram. O prefeito de Valença, tambem no Estado do Rio, pediu forças para se garantir no cargo, receioso de que a população se erga contra a sua autoridade. O ABANDONO DOS FLAGELADOS DO NORDESTE Foram suprimidos todos os serviços de socorro aos flagelados do Nordeste. Esforços e recursos, monopoliza-os atualmente a ditadura na sua guerra a S. Paulo. As populações da zona atingida pela seca vão entrar num período de alarmas, visto que as vitimas do flagelo, entregues á sua própria des- graça, podem tornar-se, de uma hora para outra, causa de perturbações da ordem e da segurança publica. Em vigorosa contra-ofensiva, as nossas tropas retomaram ontem Vargem Grande _—^^———,^—¦«————————— 81 PRISIONEIROS E MATERIAL BÉLICO APREENDIDO - A LUTA NO BATEDOR CALMA NA FRENTE SUL EM PROL DA PAZ V* -professor Miguel Couto recusou-se a tMÍer a S. Paulo as condições de paz formuladas pela insania outubrlsta. O toispo d. Lara, que acaba de regresar de Belo Horizonte, tambem julgou irrisórias bfl propostas a ele transmitidas pelo presi- dente plegarlo Maciel.,—- ' <A Capacetes de aço para os soldados da Consti. tuição Na subscrição aberta pela Asso- ciação Comercial de S. Paulo e pela M. M. D. C. para a compra de ca- pacetes de aço destinados a todos os soldados dos exércitos constitu- cionallstas foram recebidos ontem donativos na importância de . .,. . 5:583?000. O total dos recebimentos efetua- dos desde o inicio da campanha fl- cou elevado a 1.512:152.500, corres- jppvâa&ta a, íc&aio .^asêtes. 'jfa Prosseguiu ontem, com brilhante êxito, a contra-ofensiva do Exer- cito Constitucionalisa no setor de São José do Rio Pardo e São João da Bôa Vista. O major Romão Gomes, que havia conseguido duas belas vitorias sobre os ditatoriais, iniciou o seu ataque ás 2 horas da madru- gada. Foi uma hábil manobra, em que o invasor se viu envolvido, tendo de fugir em debandada quasi que sem poder combater. Pára compro- va-lo bastam estes fatos: não tivemos; uma baixa e os ditatoriais deixaram em hosso poder 81 prisioneiros, inclusive o tenente Andrade Neves, e seis sargentos do 14.0 batalhão da policia mineira,. Apreende- mos tambem duas metralhadoras leves, dois F. M., muitos fuzis e 6.000 tiros. A's 7 horas estava terminada a operação, com a fuga do inimigo. Nossas tropas, depois de haverem limpado de inimigos a região>de Lagoa, entraram em Vargem Grande, sob aclamações da cidade liber- tada. Essa vitoria consolidou definitivamente a nossa situação entre Casa Branca e São José do Rio Pardo, ao longo da estrada de ferro que vai a Mocóca e Guaxupé. Aliás, durante a semana que hoje finda, o inimigo nãoavanço"um passo nesta frente. Nossas linhas de defesa, admiravelmente bem cons- truidas, estão reforçadas de tal maneira que as hordas invasoras poaem tentar apenas diversões numa ou noutra direção, sem objetivo estiaiegi- co, dadas as posições escolhidas pelo nosso comando para deter e con- tra-atacar a ofensiva gorada da ditadura, / < FORTES ATAQUES REPELIDOS NA FRENTE NORTE O exercito ditatorial sabe que a conflagração constitucionalista está avassalanclo.o Brasil, de norte a sul, e compreende que cada dia que pas- sa corresponde a uma vitoria do exercito da liberdade. Por.sso, inativo na frente do Paranapanema, contra-atacado na frente da Mogiana, tenta furiosas arremetidas na frente do Paraíba. Anteontem atacou Pinheiros., Ontem investiu energicamente contra as nossas posições do Batedor, cie- pois de um sorrateiro trabalho de infiltração que não passara despercebi- do á nossa vigilância. Quando julgou azado o momento, desfechou o ata- que. As tropas constitucionalistas, porém, reagiram bravamente e inutili- zaram a manobra do adversário, compelindo-o á retirada. No Túnel tambem se combateu, sem que se registrassem alterações na situação dos contendores. Em Pinheiros e Silveiras o dia foi de rela- tiva calma. NAS LINHAS DE BATALHA DO PARANAPANEMA Depois da vitoria de Aracassu', em que a coluna Adauto de Melo in- fugiu sério revés ás tropas ditatoriais, e das noticias que correram de que reinava a confusão nos arraiais do coronel Castilho, nao tem havido se- não o costumeiro tiroteio de inquietação. Os ditatoriais com as suas co- municações ameaçadas, sem ligações diretas com o Rio Grande, mos- tram-se pouco agressivos. O exercito comandado pelo coronel Taborda, que com tamanha firmeza represou a onda invasora, está cada dia mais forte e mais agtier- rido, anseiando pela hora da nossa ofensiva geral,

URREI;AO BRASILEIRA Correio de S.memoria.bn.br/pdf/720216/per720216_1932_00075.pdfkmURREI;AO BRASILEIRA RUBENS DO AMARAL O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença

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km URREI;AO BRASILEIRARUBENS DO AMARAL

O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença. Ine S. Paulo alçou o seu invicto pendão de guerra, c apesar deminto aconteceu, afirmámos diariamente que o Rio Grande e .ii-i-iiii rniiiii.!1/! C\c i ci iri,,,,,,, ,1.. _'....l... _. I \l..,_.. ..:,* Af.._.!..! /!_......

Desdeque S. lJaulo alçou o seu invicto pendão de guerra, c apesar de tudoquanto aconteceu, afirmámos diariamente que o Rio Grande e Minasviriam conosco. Os srs. Flores dn Cunha c Olegario Maciel ficavam-secom a ditadura? Que se ficassem. Nem o sr. Olegario Maciel 6 o povo— "'¦¦•" ¦'¦"•' " ¦•' '¦''"•• '•¦ ¦- ': ' - - " ' is

Correio de S.Diretor: Rubens do Amaral Gerente: Álvaro Viana

Redaç. o a Administração:RUA LIBERO BADARÔ, 73 - SOB.

Fone; 2-2092S. Paulo — Sábado, 10 de Setembro de 1932 ANO I - NUM. 75

Não investiriam porque, nas jornadas da nacionalidade através dostempos, conduzimos nós, agora, o facho que mineiros c riogntnden.esempunharam em 1030 e os tenentes lhes arrebataram das mãos, numaemboscada sinistra que se entreteceu de brulalidadcs c de felonins.Como combateriam contra nós, quando alçamos o fogo da revoluçãoconstitucional, os soldados da revolução liberal que ha dois anos seinsurgiram conlra o despotismo mascarado e, sem o querer, fundaramo despotismo ostensivo? Seria um absurdo e uma monstruosidade;F, nós, que acreditamos nas forças imponderáveis que dirigem os des-tiíiOS da nacionalidade, confiámos sempre cin que os imperativos da idéateriam mais poder do que a vontade dos governos. Acreditamos sem-pre. Sem duvidas nem vacilaçõcs ou sincopes na nossa fé, que é depuro aço c não se partiu nem vergou.

*Tínhamos razão, contra n aparência dos fatos, que a muitos enga-

nou, e conlra o dcsfalcciiiicnto dos espirites, que a muitos venceu. ORio Grande autentico, que é o Rio Grande republicano c libertador, lá estácm armas pela Constituição. Minas legitina, crguc-sc pela liberdade. E pa-ra que não falte ao apelo nenhum dos clans nascidos no império bandeiran-tede. S. Vicente, ainda comparecerão Goiaz, o Paraná, Sla. Catarina, Iodasns terras c todas as gentes filiadas á estirpe piraliningana. E' a fami-lia que se concilia em torno do lar avoengo, para celebrar cm comum,cordialmente, mais uni episódio, o maior de Iodos, da legenda da raça.O vicentino, altivo nas suas cidades, soberano nos seus sertões, queícchas.ava o jesuíta, que vencia o castelhano e não se curvava ao rei-noí, ainda uma vez se afirma o livre senhor dos seus domínios c aindauma vez repudia, á frente de legiões invencíveis, o jugo dos déspotasque boje reeditam, a um Icmpo, Solano López c Nunes Viana. Maisdo que as seitas fanáticas, mais do que as conjuras de interesses, maisdo que. os sistemas de ambições e cobiças, valem os instintos raciais,que nos coligam, a despeito dos calabares, que nos traem.

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E a Insurreição nacional não se limitará aos territórios que asbandeiras conquistaram, povoaram e civilizaram para o Brasil. Os ser-lanistas que de Piratininga se foram para as Minas e de lá desceramo S. Francisco, fraternizaram no coração do Brasil com os criadoresque vinham do Piauí c de Recife rumo ao Sul. A' mesma confluênciaassistiremos agora, não de falanges cm marcha, mas de ideais cm tur-bilhão. E, como um dia combatemos os franceses no Rio de Janeiroe os holandeses cm Pernambuco, assim noutras regiões do Brasil ou-Iros brasileiros combaterão os outubristas, não só por São Paulo, massobretudo pelo Brasil. Já no Pará o tenente Paes Leme, que é umdigno neto do Caçador de Esmeraldas, desfralda ás margens do Ama-zonas o pavilhão constitucional. Já em Recife, que é um escrinio detradições heróicas, a mocidade acadêmica, solidaria com os seus cole-gas de S. Paulo, defronta a guarda pretoriana do interventor que oministro José Américo marcou com o ferrete da deshonra, Já o ml-crofonc ditatorial arrcmele convicios sobre o nome de Epilacio Pessoa,a dizer-nos que a Paraíba toma posição na cruzada redentora. Já noSul se proclama que, para não ensangüentar os pampas, o interventorestá pronto á renuncia. Já em Minas a mobilização moral se trans-forma formidavclmente na mobilização militar, cm núcleos poderososque se multiplicam e se alastram.

Não ha mais uma revolução de S. Paulo e Mato Grosso. O que haé uma insurreição geral, de todo o Brasil. Apregõe-sc embora que onosso levante é uma rebelião de políticos, um pronunciamento de mi-litares, um conluio de industriais, um alentado de comunistas ou umgolpe de separatismo. O povo brasileiro replica a essas intrigas ecalúnias com a demonstração positiva de que o levante de julho e asublevação da nacionalidade contra a usurpação oulubrista, lutando pelaliberdade contra a ditadura, e pela lei contra o arbítrio, a violência,a força bruta da masorca. A Nação bate-se em legitima defesa. Agonas massas o instinto de conservação. Não estão cm guerra homens,classes, partidos, Estados: quem está em guerra é o Brasil, que ba-talha pelo seu patrimônio civico, pelo seu progresso político, pelasua civilização, pela sua própria cxislcncia ameaçada de incêndios,naufrágios, aniquilamentos. Paulistas, matogrossenses, riograndenses,paraenses e mineiros são apenas a vanguarda constitucionalista. O

grosso das tropas, integram-no quarenta milhões de brasileiros.

TÓPICOS & COMENTÁRIOS

0 movimento constitucionalista alastra-seauspiciosamente pelo território nacional

E' ÓTIMA A SITUAÇÃO NO SUL -- AS PROPORÇÕESSUBLEVACÃO DO FORTE DE ÓBIDOS ~ TEMORES NO

O sr. João Neves da Fontoura recebeu ontem um comunicado doRio ürantle, confirmando as noticias anteriores c garantindo que o mo-vimento está cm ótimas condições. Acrescenta o comunicado que todosos chefes constitucionalistas daquele Estado estão animadíssimos, con-fiando na próxima vitoria da causa da Lei. Concilie declarando que osprogressos da revolução, no sul, excedem as melhores espetativas.

Informes de outras fontes dizem que, fora os numerosos núcleos es-palhados em muitos municípios, o exercito constitucionalista do RioGrande conta já com quatro colunas sob o comando dos coronéis ZécaNeto, Marcial Terra, Turibio Gomes c Rodrigues Sobral.

HERA' FORMADODA RESERVA

BATALHÃO EXERCITOEM CADA CIDADE DO ESTADO

O Conselho Geral da Milícia Civil M. M. D. C. determina a todas ascomissões de alistamento do interior que iniciem a formação de um batalhãodo Exercito de Reserva, cm cada cidade, batalhão que receberá o nome darespectiva cidade .-,,_•- n.

Iniciada a formação de cada batalhão, a comissão local pedira que lheseja dado o numero de ordem na inscrição geral M. M. D. C. Na capital,cada distrito de paz dará o seu batalhão, de acordo com ns instruçõesacima •

(a.) Leven YampreLuiz Piza SobrinhoA. C. de Abreu SodréJosé Cassio de Macedo Soares.

"POR SÃO PAULO £ PELO BRASIL"

O dr. João Neves da Fontoura reuniu em um livroos seus discursos irradiados nesta capital

A BRIGADA "MINASGERAIS"

t>esde os primeiros minutos da revolu-ção na noite de 9 de julho, S. Paulo,ergulhando-se da abnegação dos seus fl-lhos, comoveu-se com a solidariedade en-tusiastica, absoluta, dos filhos de outroiEstados. Nunca foi possível distinguirentre um paulista e um não-paulista, aquidentro. Todos os brasileiros se confun-diam integralmente na causa da liberda-de, com tão perfeita comnnhão de ideaie sentimentos que, se alguém houve quepretendesse estabelecer quaisquer dife-rtnças, decerto está, não só arrependido,ma_ envergonhado da sua atitude.

Entretanto, não passe sem um registoespecial a arregimentação da brigada "Mi-

ras Gerais", Os mineiros residentes emS. Paulo, depois de haverem engrossadoas fileiras de todos os nossos batalhõesde voluntários, depois de haverem con-corrido para todas as nosas subscrições,notadamente a dos capacetes de aço e ado ouro para a vitoria, ainda quiseramdar mais uma demonstração do seu amorA, nossa terra e á liberdade do Brasil.Dai a. formação da sua brigada, que, an-tes de bater o inimigo, terá conquistadoo coração dos paulistas.

Quinhentos mil mineiros vivem em SaoPaulo. Formam aqui uma populaçãosuperior á de alguns Estados do Brasil.Uns foram mais felizes do que os outrose. venceram na luta pela vida. Mas to-dos estiveram sempre em sua própriaterra como aliás sucede aos brasileirosdos demais Estados. E hoje, gratos &nossa fraternidade, em revolta contra ooficial ismo de Belo Horizonte, aregimen-tam-se em bloco n0 exercito constituclo-nalista de S. Paulo.

Não esquecemos o que devemos a to-dos os brasileiros vindos de outros Es-tados, nas suas grandes e repetidas de-monstrações de afeto a S. Paulo. Contu-do, queremos hoje render uma homena-gem particular aos mineiros da brigada"Minas Gerais", que resgatam perante aHistoria o ero do governo de Belo Ho--izonte, mantendo bem alto as tradiçõesdo povo montanhez, que arrlvistas ex»-crandos algemaram, transitoriamente, ao

pelourinho ditatorial. Deles virá, para aBua terra, a liberdade, ainda que tarde,

Esses dois episódios devem servir-nos deadvertência. A ditadura não quer a pa?.do Brasil. A ditadura quer a capitulaçãode S. Paulo.

Com Isso, demonstra em primeiro logar,que não lhe passou ainda a crise de de-lírios que a atacou desde que se aboletouno poder, sob as excltações alucinantesda megalomania do mando. Indica, tam-bem, que, enquanto não se sentirem acua-dos na sua toca, os outubristas não sen-tirão saciada a sua sede de sangue e a suafúria de devastações. Comprova, por fim,que o governo do Rio de Janeiro até ago-ra não soube ver ou não pôde crerque S. Paulo prefere, á escravidão, aruina total.

Devemos, portanto, repelir doravantetoda e qualquer tentativa de pacificação.Paz, só com a vitoria. Temos os nossosobjetivos fixados. Aceita-os a ditadura?Multo bem: abandone o poder e a juntagovernativa executará o nosso programa.Não o aceita? Paciência: obteremos pelaforça o que nos recusam pela razão.

Quando nos dispomos a admitir passospreparatórios de paz, o que nos move éo desejo de poupar o Brasil a maioresprovações. A ditadura, incapaz de com-preender o nosso patriotismo, porque oseu patriotismo não existe, imagina qu»© nosso gesto é uma prova de fraqueza.Daí, Inflar-se ela de arroganclas que im«possibilitam o encaminhamento das ne-goclações pacificadoras.

Cessem as intervenções. A tarefa da

pacificação, confiemo-la aos nossos solda-dos. Continuem com a palavra oa ca-nhões. D.tes sairão os melhores argvKmentos, os únicos capazes de convencera ditadura de que é necessário pedir oarmistício para assinar o tratado de

paz..«

João Neves, o intemerato evangeliza-dor da constituiconalização do Brasil, omais legitimo e mais brioso repr escntan-te da dignidade, da nobreza e da honrado povo gaúcho, reuniu em volume asenclclicas com que, nestes dias dolorosos

que estamos vivendo, fulminou a dita-dura aviltante que está ensangüentandoa pátria e envergonhando a nossa civili-zação, nelas anatematizando tambem afelonia que pretendeu algemar os pulsosdos nossos irmãos dos pampas. Nas pa-ginas desse livro, vibrantes como umclarim, evoca-se todo o sinistro capituloda historia política do Brasil, desde arevolução de 1930 até hoje, capitulo queé uma série sucessiva de embustes, detropeços, de espertezas e "despistamen-

tos" e que está a ter um tremendo epi-logo, escrito com o sangue generoso danossa mocidade, nos campos de batalha.Encerra tambem o apelo feito por JoãoNeves aos grandes chefes dos pampas, dosquais nunca descreu, porque sempre lhemereceram fé. Esses chefes que, por mo-tivos imprevistos, não puderam respon-der nas primeiras horas ao apelo feito,não faltaram aos compromissos assumi-dos nem á palavra dada a S. Paulo. Eai estão, de pé e em armas, para honrado Rio Grande e para bem do Brasil.O verbo eloqüente do grande tribuno da

democracia, que o radio já levou a to-dos os rincões brasileiros, vibra e pai-pita e freme com o mesmo entusiasmonas pagiliaa agora dadas a lume.

O produto da venda do livro, a que foidado o titulo — "Por S. Paulo e peloBrasil" e é admiravelmente prefaciadopor Paulo Setúbal, reverterá para os or-fãos da Revolução Constitucionalista.

Os donativos de metaispara a Revolução

Em resposta ao apelo publicado badias, pedindo á população enviasse me-tais de toda espécie ao Estado, paraaplicação em fins bélicos, a AssociaçãoComercia; vem recebendo diariamente,do inúmeras cidades do interior, valio-sas contribuições constantes de muitastoneladas de ferro velho, cobre, bronzee outros metais.

Ainda ontem, recebeu aquele Depar-tamento remessas de metais procedentesde Sampaio Morreira, Pindorama, Socor-ro, Monte Alto, Prainha, Bebedouro,Santa Lúcia, S. Joaquim, Rio Claro, Es-pirto Santo do Pinhal, Taquaritinga,Campos Sales, Jau', Carlos Gomes, Ga-lia, Jundiai, Mondembo e outras cidades.

Por intermédio do prefeito municipalde Piracicaba, recebeu ontem o sr. dire-tor do Departamento de Administra-ção Municipal um donativo de 759 qui-los de cobre e de 74 quilos de metais di-versos, feito por pessoas residentes na-quela cidade.

DO LEVANTE EM MINAS •• PORIENORES SOBRE AESTADO DO RIO -- 0 ABANDONO DOS FLAGELADOS

Contra os revolucionários têm sido mandadas forças cie Porto Alegre.Entretanto, salvo a refrega já noticiada, entre tropas do coronel Terra edo coronel Gay, que foi vencido e aprisionado, a ação dos contingentesditatoriais tem sido apenas de prevenções, parecendo que se conservamcm espectativa.

E' que o interventor ainda não desesperou de um acordo, mesmoque tenha que renunciar, contando que os srs. Borges de A^cdeiros e RaulPila deponham as armas. Por outro lado, o sr. Flores da Cunha não sejulga seguro para atacar os chefes revolucionários, temendo que adiramao movimento constitucionalista os batalhões remetidos para coinba-te-los.

GANHA TERRENO O LEVANTE DE MINAS

Ainda não se estabeleceram comunicações que permitam um noti-ciario mais amplo e pormenorizado do movimento que rebentou ua zonada Mata e se está alastrando pelo Estado de Minas. Daí a escassez das in-formações que temos tido, não obstante saber-se que mesmo em Belo I lo-rizonte o governo está como que sitiado em palácio pela população, con-tra a qual lança a coação policial secundada por uma sociedade caibo-naria, a "Montanha", chefiada pelo sr. Amaro Lanari, que por sinal é osecretario das Finanças...

Os poderes ditatoriais do Rio e de Belo Horizonte tambem não temnoticias exatas da insurreição comandada pelo sr. Artur Bernardes. Fo-ram cortadas as comunicações telegraficas entre vários pontos do Esta-do, bem como está interrompido em diversos trechos o trafego ferrovia-rio, tendo sido dinamitadas pontes e outras obras de arte.

Comunica-nos o Serviço de Publicidade:"Foi ontem interceptado um radio transmitido pelo diretor do

grupo escolar de Cambuí, Minas, ao diretor da Instrução Publica da-quelc Estado, pedindo autorização para fechar o mencionado estabe-lecimento de ensino, atento ao terrível pânico que reina na referida loca-lidade, em conseqüência do movimento revolucionário que irrompeu nomesmo Estado".

A AMAZÔNIA AO LADO DA CAUSA CONSTITUCIONAL

Chegam os primeiros detalhes do levante do forte de Óbidos, aindamuito deficientes. Dirigiram-no o capitão-tenente Brito Albemaz, o ma-jor Sousa Brasil e o comandante Jairo Holanda, da guarnição do "Floria-

no". Os revolucionários dominaram desde logo toda a região, contandopara suas operações de guerra com uma esquadrilha fluvial.

No Pará, a revolução, tritinfante cm poucas horas, está em condiçõesde se irradiar pelos Estados limítrofes, conjecturando-se que os maioresesforços serão dirigidos para o Maranhão e o Piauí, uma vez que A^anaus.engarrafada toda a Amazônia, não oferece campo merecedor de maioresatenções.

O SR. ARI PARREIRAS ESTA' ASSOMBRADO

Sabe-se em S. Paulo que o interventor Ari Parreiras, do Estado doRio, obteve a ida de um contingente de fuzileiros navais para Niterói, portemer um levante que os seus esbirros lhe denunciaram.

O prefeito de Valença, tambem no Estado do Rio, pediu forças parase garantir no cargo, receioso de que a população se erga contra a suaautoridade.

O ABANDONO DOS FLAGELADOS DO NORDESTE

Foram suprimidos todos os serviços de socorro aos flagelados doNordeste. Esforços e recursos, monopoliza-os atualmente a ditadura nasua guerra a S. Paulo.

As populações da zona atingida pela seca vão entrar num períodode alarmas, visto que as vitimas do flagelo, entregues á sua própria des-

graça, podem tornar-se, de uma hora para outra, causa de perturbaçõesda ordem e da segurança publica.

Em vigorosa contra-ofensiva, as nossastropas retomaram ontem Vargem Grande

_—^^———,^—¦«—————————

81 PRISIONEIROS E MATERIAL BÉLICO APREENDIDO - A LUTA NO BATEDOR • CALMA NA FRENTE SUL

EM PROL DA PAZV* -professor Miguel Couto recusou-se a

tMÍer a S. Paulo as condições de pazformuladas pela insania outubrlsta. Otoispo d. Lara, que acaba de regresar deBelo Horizonte, tambem julgou irrisóriasbfl propostas a ele transmitidas pelo presi-dente plegarlo Maciel., —- ' <A

Capacetes de aço paraos soldados da Consti.

tuiçãoNa subscrição aberta pela Asso-

ciação Comercial de S. Paulo e pelaM. M. D. C. para a compra de ca-pacetes de aço destinados a todosos soldados dos exércitos constitu-cionallstas foram recebidos ontemdonativos na importância de . .,. .5:583?000.

O total dos recebimentos efetua-dos desde o inicio da campanha fl-cou elevado a 1.512:152.500, corres-

jppvâa&ta a, íc&aio .^asêtes. 'jfa

Prosseguiu ontem, com brilhante êxito, a contra-ofensiva do Exer-

cito Constitucionalisa no setor de São José do Rio Pardo e São João da

Bôa Vista. O major Romão Gomes, que já havia conseguido duas belas

vitorias sobre os ditatoriais, iniciou o seu ataque ás 2 horas da madru-

gada. Foi uma hábil manobra, em que o invasor se viu envolvido, tendo

de fugir em debandada quasi que sem poder combater. Pára compro-

va-lo bastam estes fatos: não tivemos; uma só baixa e os ditatoriais

deixaram em hosso poder 81 prisioneiros, inclusive o tenente Andrade

Neves, e seis sargentos do 14.0 batalhão da policia mineira,. Apreende-

mos tambem duas metralhadoras leves, dois F. M., muitos fuzis e 6.000

tiros.A's 7 horas estava terminada a operação, com a fuga do inimigo.

Nossas tropas, depois de haverem limpado de inimigos a região>deLagoa, entraram em Vargem Grande, sob aclamações da cidade liber-tada.

Essa vitoria consolidou definitivamente a nossa situação entre Casa

Branca e São José do Rio Pardo, ao longo da estrada de ferro que vai a

Mocóca e Guaxupé.Aliás, durante a semana que hoje finda, o inimigo nãoavanço"um

passo nesta frente. Nossas linhas de defesa, admiravelmente bem cons-

truidas, estão reforçadas de tal maneira que as hordas invasoras poaemtentar apenas diversões numa ou noutra direção, sem objetivo estiaiegi-co, dadas as posições escolhidas pelo nosso comando para deter e con-

tra-atacar a ofensiva gorada da ditadura, / <

FORTES ATAQUES REPELIDOS NA FRENTE NORTE

O exercito ditatorial sabe que a conflagração constitucionalista está

avassalanclo.o Brasil, de norte a sul, e compreende que cada dia que pas-sa corresponde a uma vitoria do exercito da liberdade. Por.sso, inativo

na frente do Paranapanema, contra-atacado na frente da Mogiana, tenta

furiosas arremetidas na frente do Paraíba. Anteontem atacou Pinheiros.,

Ontem investiu energicamente contra as nossas posições do Batedor, cie-

pois de um sorrateiro trabalho de infiltração que não passara despercebi-do á nossa vigilância. Quando julgou azado o momento, desfechou o ata-

que. As tropas constitucionalistas, porém, reagiram bravamente e inutili-

zaram a manobra do adversário, compelindo-o á retirada.No Túnel tambem se combateu, sem que se registrassem alterações

na situação dos contendores. Em Pinheiros e Silveiras o dia foi de rela-

tiva calma.

NAS LINHAS DE BATALHA DO PARANAPANEMA

Depois da vitoria de Aracassu', em que a coluna Adauto de Melo in-

fugiu sério revés ás tropas ditatoriais, e das noticias que correram de quereinava a confusão nos arraiais do coronel Castilho, nao tem havido se-

não o costumeiro tiroteio de inquietação. Os ditatoriais com as suas co-

municações ameaçadas, sem ligações diretas com o Rio Grande, mos-

tram-se pouco agressivos.O exercito comandado pelo coronel Taborda, que com tamanha

firmeza represou a onda invasora, está cada dia mais forte e mais agtier-

rido, anseiando pela hora da nossa ofensiva geral,

Page 2: URREI;AO BRASILEIRA Correio de S.memoria.bn.br/pdf/720216/per720216_1932_00075.pdfkmURREI;AO BRASILEIRA RUBENS DO AMARAL O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença

ORGANIZA-SE O TERCEIRO BATALHÃOBO REGIMENTO ESPORTIVO

O? l.o « 2.n Batalhões Esportivos con-tlnuam em serviço, cm zonas de operaçõesmilitares, nas quais ocupam postos avan-çadoí, permanecendo nu fronte, junto aocomando militar do l.o Batalhão, o cap.

Crônica Soda[Aniversários

FAZEM ANOS HOJE:

S Rn horas:D. Maria F. Neves Borba, esposa do

êr, Durval Borba;d. Noemia Marques, esposa do sr.

Luiz Marques;d. Clara Tabaco, esposa do sr. Ame-

rico Tabaco;d. Josefina Oaputo de Lauro, esposa

do sr. José Vitor de Lauro; e

d. Elisa Sales da Veiga, esposa do dr.

Jorge A. da Veiga,

ScnhorPa:João Neves Neto;Afonso Fioravante Curcio;

dr. A. H, Martins Pinheiro;

Carlos Alberto de Araújo;Raimundo Duprat Filho;Domingos Ferreira da Silva;Adolfo Klngclhoefer;dr. Felix Bocaiúva; edr. Alfredo Monteiro César.Senhorita*:Josefina, filha do sr. José Marques Or.

«^««^^v,^CORREIO DE S. PAULO - Sábado, 10-9-1933

A. Silveira Lima; e, Henrique Pereira

tlz;Daisy, filha do sr.Alda. filha do sr,

Estevea.Joven»;Maria, filha do dr. Adelino de 011-

veira:Eneida, filha do dr. Álvaro Soares

Brandão;Silvio, filho do sr. Manuel Franchlnl; e

Sérgio, filho do sr. Moacir Barbosa

tíãTrõ

medico dr. Arnc Enge, representante doDepartamento, do qual d Inspctor-tecnlco.

O 3.o Batalhão está com a sua organiza-ção definitiva muito adiantada, permitln-do os numerosos contingentes ultlmamen-te chegados do Interior apressar sensível-mente os trabalhos do seu entjuadra-mento

Alguns elementos do l.o Batalhãoacham-se atualmente licenciados nestacapital.

Todos os licenciados do l.o BatalhãoEsportivo que se encontram nesta ca-pitai devem Rprcscntar-se todos os dias.áa 7 e ás 20 horas, nt. s6dc da A. A.S. Paulo, onde esta aquartelado o Keel-mento Esportivo, organizado pelo De-parlamento de Educação Fislca do Es-tado.

O Denartamento entregou ontem áComissão Pró-Capacetcs de Aço da As-coclncãn Comercial de S. Paulo a Impor-tancla do 1:500*0(10, que lhe. fora entreguepelo Clube dc Regatas Tietê para a aqui-sicão de canacotes de aço, destinados aoRegimento Esportivo.

O Departamento encaminhou para aTntendoncia da Guarda Paulista M. M.D. C. os gêneros alimentícios que a As.sociação Paulista dc Esportes Atléticosoferecera para os elementos do 2.o Ba-talhão Esportivo, quando se Iniciou eeuaquartelamento na Ponte Grande. |

Tais gêneros não chegaram a ser todos '

consumidos pelos esportistas mobilizados ,pois a M. M. D. C. logo passou a lhes:fornecer refeições Já prontas, tornandoassim desnecessária a cozinha que foraIniciada na séde da A. A. São Paulo. !

Acompanhando o contingente espor jtlvo dc Blrlgul, recentemente integrado .do 3.0 Batalhão Esportivo, apresentaram- jse ontem ao Departnmcnto os srs. dr. ,José João Ahdalla, Juvenal Cordeiro e'Jamil Bunemer, representantes da Mobl- jlízação Esportiva em Blrlgul. j

No Regimento Esportivo alistaram- Ise ontem elementos dos seguintes munici-.pios: I

Promlssão, Piratininga, Rio Claro, PI- jramboia, Rio ..reto, Birigui e Itiraplna, ;fazendo o total de 160 voluntários. j

Foram nomeados mais os seguinte»representantes da Mobilização Esportiva ino interior: — Diamantino Ramos e Ro- >berto Cômodo, em Mayrlnki Emílio Lud- :ke, em Itiraplna.

Abigail Alessio no MunicipalOrganizado pela sra. d. Augusta do

Vale, e sob o patrocínio da Associaçãode Opera Lírica Nacional, presidida pelomaestro Felipe Alessio, realiza-se nopróximo dia 17, domingo, no Teatro Mu-nicipal, um espetáculo lírico em benefl-cio do Instituto de Assistência aos Or-fftos ria Revolução.

Tomarão parle no festival elementosda sociedade, paulistana, bem como aconsagrada cantora patrícia AbigailAlessio rareeis, que fará o papel deMinu, em "Bohcme", a conhecida obramusical de Puccini.

Abigail Alessio cantará ainda o hinodos Legionaríos e o hino á. Constituição.

Dado o fim de benemerencia do festi-vai e o valor dos elementos que nele to-tnam parte, é de esperar que todo SãoPaulo compareça ao Municipal, concor-rendo assim para o amparo aos orfâosdos nossos valorosos soldados que tom-barem no campo da luta.

TESTIVAI. NO CABLOS GOMESRèalisar-se-â dia 12, ás 13.30, no teatro Car-

los Gomes, um festival organizado pelo le-nent.e Licurgo L. da Cruz em beneficio aobatalhão Klo Grande do Norte.CONCTANHIA PERMANENTE DO TEATRO

COLOMBOCom n representação da revista "Se você

Jurar", apanhou ontem o Colombo uma casaá cunha e foi uma noitada feliz, tendo a re-vista agradado em toda a linha. Arruda eFelicio, estiveram inexcedlvels de graça no"srketh "Amor sem dinheiro". Ítala Ferreira,como sempre, admirável em seus sambas etangos. Rosalla Pombo, Adcle Negrl, AlziraRodrigues c outros muito bem em diversospapeis. Para a, próxima semana teremos duasnovidades "Loló fugiu de casa", salncte de.loào Lúcio e cm preparoB a revista "A Mu-lata", que fará sucesso, pois, além dc ser umarevista bem feita, apresentará uma novidade— um bonde e um automóvel autênticos, emcena.

Contribuições dosmineiros

A Comlssfto, devendo encerrar ns seus tra-halho< dentro de breves dias. e havendo ai-gumas listas de contribuições em poder doaseus destinatários, pede a sua devolução ur-gente uma vez que, encerrados esses traba-lhos as listas retardatarlns deverão ser de-volvidas diretamente á Associação Comer-ciai.

Todas as listas, quer as que contém eon-trlbuIçBès quer as que estão em branco de-vem ser devolvidas, estando todas elas nu-moradas, rubricadas e sob a responsabilidadedos destinatários. ..'¦-. ,

A lista a cargo do sr. José Ferreira daCunha e respetivas contribuições, foi dcvol-vida por ele diretamente A AssoclaçSo Co-mercial, conforme puhlioaçãn feita. .

Contribuição de "Ouro para a Vitoriasrla. Maria dn Carmo Ferraz,

Ás Importâncias recebidas até agora,dinheiro, elevam-se a 86.0245300.

uma bolsa de.

em

Mensagem ao generalZéea Neto

Ao microfone da Radio Recorri, odr. Álvaro Eslón lera hoje uma cartadirigida ao general Zcca Neto, o co-nliecidn guerrilheiro gaúcho.

O sr. Álvaro Eslon. que reside atual-mcnlc nesla Capital, é antigo políticomililanlc no Partido Libertador.

CANTO DO SOLDADO PAULISTABendigo, o terra, a tua gloria imensa,0 braço que executa, o cérebro que. pensaTendem só para um fim: operários c artistas,Lavradores, doutores, professoresExercem, nesla hora, ao rufar dos tambores,Uma só profissão: são soldados paulistas.

Já não ouvem o sino das fazendas,Os apitos da usina, o ranger das moendasO som das campainhas escolares,Dentro dos uniformes, confundidosPelo mesmo ideal, só têm ouvidosAo loque dc avançar dos clarins militares.

E as hostes, dia a dia, estão crescendo,Tão cedo não termina o desfile estupendo,Pois todos vão cumprir simplesmente o dever:I.' um povo lavrador que abre trincheiras,A preparar as novas scincnteirasPara a imensa colheita que ha dc haver.

Mas não param aqui a surpresa e o prodígio:O ouro para nós perdeu o seu prestigio,Pois ficou muito aquém das nossas esperanças,Por milagre fie estranhos altpiimislns,,Iá no dedo anular das mãos paulistasTransmutaram-.se em feiro as alianças.

Pioneiros, bandeirantes e profetas,Legaram seu tesouro para as netas,li A hora do sacrifício desta guerra,Todas querem honrar os avós patriarcas,K, num gesto soberbo, esvasiam as arcas,Por amor de S. Paulo e o bem da lerra.

r. aquelas que são mães trabalham, rezam,Num desdobrar continuo, se revesam,Cuidando de outros filhos, como seus: :E' a alma dc S. Paulo que se afiila,Sangra pelo Brasil, nesla hora infinita,Mora dc dor e amor: Hora de Deus !

O soldado paulista ha dc partir scrsilO,Nada quer para si, pois é filho tle um Buerm,0 que foi aclamado c nào quis ser um rei;Vai construir de novo a nossa terra,Vai promover a guerra conlra a guerra,Pois só pode haver paz dentro da lei.

0 soldado paulista ha dc lutar c.onlcnte :Está fazendo pela sua gente,Por sua pátria, uma uruzatla santa,E ha de inscrever na historia o seu renome,Pois só pode morrer para legar seu nomeA uni novo batalhão que se levanta '.

E as mães e irmás, as noivas e as esposas,<„)ue "fazem por S. Paulo grandes cousas",Hão de enxugar as lagrimas primeiras,Para poderem ler, ao toque das cometas,Acima dos ftisis, por sobre as baionetas,Um nome idolatrado escrito nas bandeiras!

Que importam ameaças de tirano ?(J coração é sempre soberanoE é impossível a nossa destruição :Podem tombar os nossos combatentes,Seus corpos brotarão como sementes,E, ao clangor da vitoria, marcharão !

AS FORÇAS DA LIGA DE DEUSAPAULISTA EM "»»_. atimí:...w

de

e fiel

Ribeirão Prelo, 30 — VIII -- 32.NÁRBAL FONTES.

"Biblioteca da Caridade"A' rua 3 dc dezembro n. 16-A, está insta-

lada a "Biblioteca da Caridade", organlsadapela Câmara do Comercio Importador e dc3-tinada a receber ofertas de romances, obrasvarias, ilustrações, revistas, etc, que possamser lidos pelos feridos nos hospitais ou pe-los soldados que so unharem em dc.cim.o naslinhas de frente. Acredita a Câmara que todomundo poderá concorrer, pois, raras serãoas famílias ou pessoas que nio tenham umou mais livros, revistas, etc, dlspütllve.B paraLão benemérito fim.

Os donativos de qualquer espécie para aBiblioteca poder&o ner enviados pira a rua3 de dezembro n.o 16-A, ou avisados pelos te-lefones 2-6339, c 2-5«76 os t-ndorcç ,3 parn oiitlfpoderão ser enviados condução e portador au-torizados para recebei-os.

Legião PaulistaPor intermédio rio rir. Silvio dc Cam-

pos, um seu amigo, que deseja manter-se Incógnito, doou àquela instituição,como auxilio ás suas despesas, a impor-tancia de 3:000|00Ò.

A' Lcglâo Paulista já foi feita a res-petlva comunicação e entregue a Im-portancia.

Durante a ausência do coronelHaroldo Pacheco e Silva, que está emserviço numa das zonas de operações, ocomando geral da Legião Paulista ficoua cargo do tenente-coronel Diogenes RI-beiro dc Lima.

Acanionamenlo de Guaratlnguetá nm 7setembro do 1932 — Boletim n. 85.

"Para conhecimento dns forçasexecução, faço publico o seguinte;

Desligamento e segiilmento de oficias —Nesta data foram desligados do l.o Batalhãoe seguiram para S. Paulo, a disposição daLiga dc Defesa Paulista os capitães João Ro-drlgues Gonçalves c Carlos Joso. da Cunha,1.0 ttc. José Marcondes, 2.os ditos Qulrlnode Camargo, Asccndlno Mendes de Freitas eJosé IVeira dn oCnto Magalhães Neto,

Tran-forencla de Companhia — foi trans-ferido no 2.o batalhão do Estado Menor paraa 2,a Cia., o sargento ajudante João AquinòRibeiro, o qual devera se reunir A sua sub-unidade.

Praças em transito — Procedente de SãoPaulo, onde se achava em goso de licença,apresentou-se neste comando o soldado da I.aCia. do l.o batalhão Valdemar Montcncgro,que seguiu nesta data para Cunha; proce<lcn-te do Barretos, onde foi cm goso de llcenpa,apresentou-se o cabo dc esquadra da I.a Cia.do l.o batalhão Armando Del Tasso Aml-conl.

Pragas licenciadas — Licenciadas por 24 ho-ras, apresentaram-se neste comando o l.o sar-gento do l.o batalhão Bgldlo Nery, e soldadoC0I30 Leme, os quais deverão regressar hojea Cunha.

Sogiilraonto do ftuxUlar do corpo de saudo— O sr. comto. Int.. do 2.0 batalhão, deveraprovidenciar o segulmonto, para Campinasou onde estiver a 3.a Cia, para a ela se Jun-lar, o l.o ttc. medico dr. Pedro Silva, e o ii.otte, cirurgião dentista, dr. Augusto Silva.

Evacuaçõ-s — Conforme foi publicado emboletim n. 4S do comando do destacamentotte. Coronel Abreu, foram evacuados do lios-pitai de sangue da Cruz Vermelha desta ei-dade, em dala dn ontem, para a Santa Casade S. Paulo, o soldado do l.o batalhão, I.aCia., Edgard Gulmarfios Naxara, cu]a praçaa 23 de agoslo p. passado hnixou ao hospitalem Cunha por ter sido ferido por bala nocombate levado a efeito no lugar denominado[grejinha, sondo na mesma data removidopara o hospital de sangue da Cruz Vermelhadesta cidade, tendo altn a B do corrente cmvirtude da evacuação acima: do hospital daSanta Casa desta cidade para o de São Paulo,o soldado do l.o batalhão Argemiro Ribeiroe o cabo de esquadra n.o 31 da I.a Cia. do 2.0batalhão Pedro lacovonl.

Baixas ao hospital - A 24 de agosto p.passado, baixou ao hospital em Cunha, porter sido ferido a bala, na perna direita, cmcombate travado naquele sotnr, na estrada doMivlno Mestre, n soldado do l.o batalhão dr.Alfredo Kllis Júnior, sendo em 4 do correnteremovido pura o hospital de sangue dn SantaCasa desta cidade. Baixou bo.le ao hospitalrenlral dp sangue desta cidade, o 3.n sargentoda Xa Cia., do l.o batalhão Raul Pamplona.por ler se machucado quando apartava nmabrisa na ponte do Paraltlnga, onde se acha-

Consultas jurídicasgratuitas

Tendo em vista a atual situação do Estadode S. Paulo, o com o Intuito de prestar o co-mercio em geral um valioso serviço, a Cama-ra do Comercio Importador acaba dc organi-zar em sua séde, nesta capital, A rua BoaVista, 3, 8.0 andar, um consultório Jurídico,que esclarecera, orientara e aconselhara, gra-tultanientc, a todos os comerciantes, quer se-jam quer não sejam sócios da Câmara, sobrediferentes aautltos de Direito em que tive-rem qualquer duvida no momento.

Atenderão a iodos IndlStint-Ul tnte, na Sédeda Câmara, os ilustres vlviYgm.os do noasufero, dr. Anlonio Carlos de Sales Jor. e Ro-mero Rolhler Duarte, que gentilmente sepfiem desde Jã A disposição dos Interessados,entre 14 e Ifi horas, ¦ A rua I-iòa Vista. 3, 8.0andar, sala J-H, Telefone, 2-5876,

Faculdade de FilosoSia deSão Paulo

No dia 12 do corrente, reabrem-se os cur-sos dn Faculdade dc Filosofia dn São Pau-lo, sem prejuízo dos alunns combatentes ouservindo como médicos na frente, os quaispoderão prestar exames sem a freqüência re-gulamcntar.

Todos os demais alunos devem compnrc-cer segunda-feira. ás 15.15 horas, Inclusivea diretoria do "Centro dom Miguel Krusn".

va dnstacndo. O armamento a o emilpamotit.desta praça, ficaram naquele local,

(a) Balblno Augusto Xa.-rit,r.,Capitão Comnjidantn

Donativo» — Paru os Batalhões da Liga d*Defesa Paulista, recebeu a comissão Centrai:do d Coiistança Marcondes Cosar, 38 capuzeade. lã e do sr. J. Fernandes Chaves, R latasdo "Olíln".

j RAD10TELEF0N1A

l^.^tu.imuuiuuuiuLuuu.-umim.uwPw S_C.g._t_S&g-_^^

O senhor é leitor habitual do'CORREIO DE S. PAULO" 1

Faça-nos um obséquio:

Recomende-o aos seus amigos

DRS.PAULO RUBIÃO MEIRA

ERUBEN PRESTES FRANCO

ADVOGADOSRua Direita, 2 - l.o andar - Sala 10

São Paulo

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O pnOGRAMA CÍVICO DA M. M. T>. 0.

Foi convidado pelo Departamento dePropaganda Cívica da M. M. D. C, m-ra Mar, hoje, nas estações do ra-dio, odr. Adalberto Garcia, ex-ministro do Trl-hunal dc Justiça do Estado.

E' o seguinte o horário das Irradia-ções:

Radio Cruzeiro — 10,45 horas.líadio Educadora Paulista,.21 horas.

AS raBADIAÇõBS PE HOJEDa P. R. A. E.

Dns 11.30 Aí 12.30 — Dlffoa.Dns 16 As 17 — Discos,Das lf) ds 20 — Propram* de dlícos — Ei.

planada Hotel.Dn.« 20 ás 21 — .Tam band — Orquestra ¦

.Ia?.;; band.Dns 21 Ás 22 — Orquestra — Jp-77. ba.nd —

Orriuisl ra.Das 22 As 2.3 — Hora Radio Jornal.Das 23 As 24 — .Ta* band — OrqUeatM,Das 24 cm diante — IradlaçAo da discos.

Dn P. R. A. R.Das 12 As 14 — Boletim n. 1.Pas Ifi A? 18 — Boletim n. 2.Das 13.30 As 21 — A serviço das autorVh-

des e pfla rntisa de S. Paulo <> do Brasil .Das 21 As 24 — Movimento constltuclona-

lista,Das 2 As 4 da mnnliS. — Roletlm retrospse-

tlvo.Da P. R. A. O.

Das 11 As 12 horas — Bnleilm da manhi.Dns 14 As 16 horas — B^Him da Urde.Dns 18 A? 13.30 — Noticiário oficial da ou-

sn constitucionalUta mm musica variada eIrradiação dn Hotel Terminus.

Dns 13.30 As 13.45 — Grupo rcrde-amarelo.Das 13.45 As 20 horas — Noticias de opor-

tunidade,Das 20 As 21 horas — Proerama dedlosdo

aos snUlnrioi n,ne s<? acham noa ponto» <teconcentração,

Das 21 As 31.15 — Antonor Ptlra com re-Ejional.

Das 21.15 As 21.30 — Quinteto de eonUs.Da.» 21.30 As 22 — Orquestra de danaa.A'a 22 horas — Radio Jornal trãsmltlndo

juntamente com P. R. A. S, Radio Clu-he rio n.Sntos,

Dns 21 ás 2 horas — Bclnlcln das IrradU-c;ftos rom noticiário coral e hnlriim especial-mente dedicado aos jornais dn interior.

_Festival "Pró-Bonus"

EstA despertando vivo Interesse o festivalartístico c musical que se realisa no próximodomingo, no teatro Boa Vista, A.s 13 e 30, or-jranlsado pelo Kxternato Santa Izahel, cuiarenda liquida se destina á acquIsiçSo de b<>nus. que serio entregues ao Tesouro do Es-tado.

Conforme JÁ noticiámos ontem, abrlrA o es.colhido programa, com um discurso, o dr.Francisco Pattl, se_rulndO-se-lhe diversos aIntcrssantos números de derlamac.no n Mnüí-ode hinos patrióticos. Serio executados, «!n-da. diversos trechos de operas escolhidas acanções regionais, prestando o seu valiosoconcurso an festival as stras. Alice Gonça:-ves, declamadorâ, Louly Vieira rie Almon"pianistas, violinista Toblaa Frolsl, barítonoVitor Abfuzzlnl, tènoréa Alfredo, Roberto aOrlando Torln, alCm de muitos outros.

Os bilhetes acham-se A venda na: Canil."-ria Trocadero, Lelteria Campn Belo, Papel»-ria Sul da Sé, secretaria dn Externaln A ruaDomingos de Morais 272 e na bilheteria doteatro. ?¦

Convite ás senhorasevangélicas

Todas as senhoras evangélicas de S. Pau-In são convidadas a comparecer, amanha, a?15 horas, ao templo dn Primeira Igreja Ba-tista de S, Paulo, praça Princesa Izahel,afim dc tratarem de assunto que se rclaclo-na com a causa constitucionalista.—,e"Cruzada do Ovo"

Donativos em "Ovos frescos" ,-ecebIdnj dl.S dn setembro: meninos Josi o Osvaldo, dVila Morais, 24 ovos; alunos rio Grupo Becolar de Atibala (_.o of.), 327 ovos; família Fa!-lettl, (2.o of.), 72 ovos: meninos Ruriolf e Te-reslnha Hcrinnnny, n.o of.), 35 ovos; menl-nn Antônio Sérgio, tu nvns: exma. sra. d, Si!-via Morais rie Faria, 36 ovos; exma, sra, dOdllla J. Mendes, 65 ovos; alunos rio r,rup>->Esdôlãr "Canuln dn Vai" (por intermédio do"O Estado rie S. Paulo), 257 ovos; ennlien.mentn n." 6210, de Taipas, 221 ovos: alunos.fia2.a Escola MlFta rie Giiaianna, 30 ovos, e co-nheclmentn n.» 17,1 de. Catnnduva, SO ovos.

Todos estes "ovos frescos" no tolal de 1.159.devidamente acondicionados se encontram Asordens dn D. A. P. C.

Ontem mesmo e por ordem do mesm" ri?-parlamento foram feitas ns seguintes entr»-gas: ao Hospital rie CónvàjcscèhtòB da AgiiaBranca. 50 dúzias; á "Casa dn Soldado" riaA. C. Mi, 15 dúzias: ao Posto dn Concentra-çSn "Prudente de Morais" para o Batalhai"Santns Dumont", 10 dúzias: A Santa Cs-de Misericórdia do S. Paulo, 150 dúzias: noInstituto Padre Chico, ao dúzias e ao Poston." 7 do M. M. D. C, 100 dúzias.

Total dos "ovos frescos" requisitados, 4.2«l

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Page 3: URREI;AO BRASILEIRA Correio de S.memoria.bn.br/pdf/720216/per720216_1932_00075.pdfkmURREI;AO BRASILEIRA RUBENS DO AMARAL O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença

CARREIO DE S. PAULO — Sábado, t».«M9**taBBsesÊSBim

CORREIO DE SANTOS(SUCUR8AL! RUA JOÃO PESSOA, 87

O GENERAL KLINGER ESTEVE NA CIDADESANTOS, D. — Esteve anteontem, em

Santos, aqui se demornndo poucas ho-ras, o general Kllnger, Ilustre chefe dasforças constltucionalistas.

O ilustre militar viajou pela estradaVergueiro, aqui conferonciando com ocoronel Melo Matos, comandante da Pra-ca de Santos e com o dr, Climaco Po-reira, delegado regional.

O general Klinger, findns essas con-ferencias retornou imediatamente para S.Paulo.INCIDENTE

"FOR CAUSA DE UM AU-

TO POLICIALMais um Incidente se verificou ontem

«nt.re a Policia Civil e um delegado depolicia da Regional.

O fato foi o seguinte: O auto da De-legaria Regional não trnz a pnpelcta do"livre transito" e dois guardas da po-lteia civil, vendo-o transitar, apreende-rnm-no, de acordo com as instruções daautoridade competente.

Era passageiro do auto uma autorlda-de da Delogacla Regional e motorista opróprio

"ohauffeur" daquela repartição.Os guardas da policia civil agiram

bom, ohed«ccram á ordem que lhe forad.ida. A autoridade mostrou os seusdocumentos, mas as guardas insistiramom tornar efetiva a apreensão aun sóveiu b tornnr-ee sem efeito na Delega-cia Regional.

"riw.rACE"'Àma-nha"

terá lugn.r a vigília geral 'TrôPare", que o Instituto religioso promovepara pedir a Deus a paz para a nossaPátria..

A cerimonia reallzar-se-á nn parochtndo Imaculado Coração do Maria e to-rá inicio ás 22 hora.s.

A's 0,30 horas haverá missa cantada ecomunhão geral, finnliztido o ato comn. procissão do Santíssimo Sacramentopelo interior do templo e benção 60lene.

O revmo. padre diretor faz um apelopara que não falte nenhum dos sn.adoradores.

POLICIA CIVIL DE S. VICENTEÀ policia civil vicentina, organizada

há cerca de um mês, vem prestando ávizinha cidade de São Vicente relevantesperviçof á sociedade.

Essa corporação recebeu, por emprea-fclmo, os seguintes objetos:

Do? srs. Pires do Rio Filho e dr. Per-sio de Sousa Queiroz, duas cn rabinasWinchester; Abilio Pereira, um revólver;Jaime Paiva, uma pistola Mau3er; LulaGonçalves, um revólver; Vitorino Real,duas mesae; Manuel Gonçalves, uma mo-ea de ferro' Olímpio Azevedo, uma ma-quina de escrever; um anônimo, seis chi-caras e um bulo.

Donativos — Vitorino Ferreira, umachocolaleira e um litro de gazolina; Jo-pé Júlio da Silva, 5 chicaras; AbilioPereira, 5 quilos de café; J. Júlio Zo-riwitz, íi quilos de café; Assucareira San-tlsta. 3 quilos de assucar; Comissão deAbastecimento, 12 pares de sapatos.

Para compra, de armas, por Intermédiodo sr, José de Castro Tibiriçá:

Pir»s do Rio Filho, Eugênio Teuber,Alberto Machado e Jaime Paiva, 400$000.

FALKCIMENEOFaleceu ontem, ás 17 horas, nesta cl-

dade, a cxma. sra. Adriana Assunção,esposa do sr. Jacinto Antônio Souto, co-merciante e Irmã do sr. Manuel do Nas-cimento. A extinta deixou os seguintes

EDITAIS DE PROCLAMAS

filhos: Etelvina, Julla, Laurlndo, Nco-nardo, Adella, Cnrlota e Valdcmira,

O seu sepultamento rcaliozu-se hoje,saindo o feretro da rua São Francisco,408, para o cemitério do Paquctá, tendogrande acompanhamento.

PELA POLICIA

Uma agressão a faca. — A vitima foiInternada na Snnta Casa. — Ontem, ás20 horns, na rua Rangel Pestana, o"chnuffeur" José Pereira, português, 21anos dc idade, residente A rua S. Paulon. 13, foi agredido a faca, apresentandovários ferimentos pelo corpo.

A nota da policia não esclarece o no-me do autor da agressão nem se o mes-mo foi ou não preso. Diz apenas, naobservação que o ferido foi internadona Santa Casa.

Ultimamente as Informações á impren-sa têm sido escassas, Parece mesmo ha-ver o Intuito de sonega-las á publicidade.

Para esse fato chamamos a atenção dodr. Climnco Pereira, delegado regional,

O senhor é leitor habitual do'CORREIO DE S. PAULO" ?Faça-nos um obséquio:

Recomendo-o aos seus amigos

Aliança Cívica dasBrasileiras

Cnzlnhn de omerifcncin. — Abre-se ho-je, á rua 11 de. Agosto, 10, a cozinha deemergência, ali Instalada com muito ca-pricho, pela Aliança Civica das Brasl-lelras.

Será fornecido almoço dns II ás 13horns e durante o dia será fornecido ca-fé nté ás 18 horas, As refeições serãocuidadosamente preparadas por compe-tente cozinheira sob a direção de um dosmembros da diretoria. As familins doscombatentes que não dispuzerem de re-cursos terão refeição gratuita.

.Serviço de alistamentoFoi determinado nos chefes de setores

da capital c ás comissões de alistamon-to do interior do M. M. D. C. que comu-niquem diariamente o numero de alista-dos. Da capitalpor meio de boletins edo Interior por telegrama, dirigido aoconselho geral.

Reunião das senhorasmineiras

Foi transferida para o dia 12 do cor-rente, (segunda-feira), As 16 horas, noClube Comercial, essa reunião, afim deficar definitivamente organizadas ns co-missões que vão colnborar com a Briga-da "Minas Gerais".

NECRELOGIA

Às forças constitudoiiaüstas retomaramVargem Grande, desbaratando o inimigoDesesperados ataques contra as nossas linhas Soram

repelidos com galhardia na região do norteCOMUNICADO DAS 11 HORAS: — "Conjquantò se combatesse bastante, na j-.ona do

norte, sobretudo em Pinheiros, nenhum nconteetniento dc relevo, nenhum episódio quoalterasse a Bltunçao das tropas constitucionalista, ocorreu durante a noite.

A poBlção dessas tropus, em todos os «atures, continua u ser porfoltamente tranqui-iizadora," ~~

COMUNICADO DAS 18 HORAS: — "Brilhante ataquo das tropas constltucionalistas,sob & direção do major Rom&O Gomes, determinou, na rcfiifto dc Vargem Grande, odesbarato complolo das forças ditaturias que operavam naquela região.

As forças constltucionalistas retomaram Vargem ürando, fizeram grande numero doprisioneiros, entre os quais o l.o tenente Batista Noce, e apreenderam abundante mu-nlçAo, inclusive varias metralhadoras e fuzis-mctralhadoras.

Essa esplendida vitoria íol alcançada sem suciilicio de vidas da nossa parto.O entusiasmo das tropas do niujor RomSo Uoines é intenso."

COMUNICADO DAS M HORAS: — "Aa tropas ditatoriais dosenvolveram, desde umadrugado, um ataque desesperado contra varias das ppslijõos das tropas constltuciona-lista» na reglfto do norte Batedor íoi o ponto onde a luta atingiu maior Intensidade,Procuraram ali as tropas ditatoriais todos os meios de intlltrae.au, sem, entretanto, con-seguirem o seu objetivo. A resistência das tropas constitucionalistas nfio se quebrou,0 que levou o desanimo as fileiras dos atacantes.

No Túnel, os ataques, conquanto íortea, nâo foram seguidos. Como om Batedor,os tropa3 ditatoriais nao conseguiram, ali, o resultado que almejavam.

Km Pinheiros, depois da extenuante luta de ontem, houve hoje rleatlvo sossego.No setor de Silveiras nenhum acontecimento importante se verificou.Dois aviões da ditadura vuarom sobre a zona dc Cruzeiro, procurando localizar as

baterias das tropas constituciunllsts, mus, ao que parece, nfio conseguiram o seu intento,pois quo nenhuma delas sofreu qualquer ataque.

Nos demais zonas nada houve, a nfio ser o feliz combate de Vargem Grande, JA dlvul-gado no comunicado anterior".

FOI SUBSTITUÍDO por pensões vitalícias

0 GOVERNO AMPLIA A EMISSÃO DE BONÜS, PARAAMPARO A'S CLASSES PRODUTORAS

SERÁ' FORMADO UM LASTRO ESPECIAL DE DOIS MILHÕESDE SACAS DE CAFÉS FINOS DA SAFRA DE 31-32

Jnlzo de Faz do Districto de OsascoO official do Registro Civil do districto

de Òsasco, comarca da capital, faz publicoque exhibírám neste cartório os documentosexigidas pela lei, afim de se càsarèmi Ni-cola Falumbo, solteiro, lavrador, com 25anos de idade, nascido no dia 22 de ahril de1907, natural de Italin, residente neste dis-tricto , filho legitimo do Nicola Palumbo ede d. Antonia Mangln, com Ítala Belllnl, sol-teira, domestica, com 20 annos de idade, nas-cida no dia 27 de outubro de 1911, naturalde Ilatiba, deste Estado, residente ncatedistricto, filha legitima de Arlstides Belllnl,e de d. Maria Dengliari.

Se alguém souber de algum Impedimento,deve aecusal-o nos termos da lei e para finsde direito.

Ofasco, 9 de setembro de 1932. — O offl-ciai do Registro Civil, La,cydos Prado, es-crivão interino.

Raul dos Santos Machado — Faleceu emcombate, no dia l.o do corrente, o volun-tarln Raul dns Santos Machado, pertencenteno batalhão "Paes Leme", tendo sido um dosprimeiros que partiram para as linhas defrente, tomando parle com o seu batalhai)nos combates de. Pouso Alegre e Vila Quci-moda, onde veiu tombar como um herol.

O extinto era filho do sr. Pedro PereiraMachado e de dona Cnrlota dos Santos Ma-clmdo.

O seu entcrrnmcnto realizou-se no cemite-rio de Vila Queimada.

Joaquim fjervasio da Silva — Finou-se on-tem, nesta capital, o sr. Joaquim Gervnsioda Silva, funcionário aposentado da "SfioPaulo Railway".

Deixa viuva, a sra, d. Maria Tereza Mar-condes de Jesus.

O seu sepultamento reallza-se hoje fa 16horas, no cemitério de Satit'Ana, saindo o fe-retro da rua Ezoqulel Freira, 92.

A família pede que nfio se enviem coroas,nem flores.

Miguel Somlnara — Faleceu ontem, nestacapital, o sr. Aliguel Samincra, comerelan-to no bairro dn Lapa.

O extinto deixa viuva a sra. d. FilomenaSilvestre Somlnara e os seguintes filhos:Antônio, Caetano, Josefina, Djanira, Angc-lina, Nalr e Leontlna,

O leretro sãlrâ boje, os 10 horas, da rua12 de outubro n. llti-A, para o cemitério daLapa.

Menino Renato Bctti — Faleceu ontem omenino Renato, filho do sr. Deito Bcttl e dasra. d. Anita Ginnncttl Bettl.

O enterro reallza-so hoje, As 15 horas, salndo da rua Bela Cintra, 314, para o cemitério

dc Sfio Paulo.

AS DIVERSÕES DE HOJEOs filmes em exibição

A.LHAMBRA — "Marrocos" c "0 medico e o monstro".AMERICA -- "Irmãos" e "Dom Quixolc".ASTURIAS — "Uma noile sublime" e "0 seguro do amor".AVENIDA — "Na trilha do Arco íris" c "O peso do ódio".BRAZ-POLIÍEÀMA — "Lei e ordem" e "Pequenas perigosas".ÇÀMBUCI' — "A rainha do deserto" c "0 ultimo romance".CAPITÓLIO — "Unidos venceremos" e no palco: Okito and Fu

Manchir*.COLISEU — "Amor e coragerá" e "0 pecado de Martelou Claudcl".FENIX — "Alma bela" e "Harmonia do lar".llilS — "Honrarás tua mãe" c "Travcssurns de amor".MAFALDA — "Tardes de outono" e "A volta de Tom".MODERNO — "Reno, paraíso do divorcio" e "A nau do pecado".OBERDAN —• "O rei dos dados" e "0 seguro do amor".ODEON — Sala vermelha: "Astucia dc mulher" c no palco: Trio

Ròcking.ODEON —- Sala azul: "Com amor não se brinca e no palco: Los

Diamantes Negros".PARAMOUNT — "Vida de cachorro" e "0 rei vagabundo".PARATODOS — "Inocentes dc Paris" e "0 príncipe dos águias".PEDRO II — "Prestigio", "Vingança de sogra" e "Cabos dc es-

quadra".RI ALTO — "Assim são os homens" e "0 passaporte amarelo .ROSÁRIO — "Jogando a vida".SANTA CECÍLIA — "Sua ultima defesa" è Mango".SANTA HELENA — "Sooky" c "Quando o mundo dança".S. BENTO — "No palco da vida" e "Dr. Karlov".S. JOSÉ' — "Isto é um paraíso" c "O ultimo estilo".S. PAULO — "A guarda secreta" e "Oigolô",S. PEDRO — "Apuros da realeza" c "A clama de Monte Cario".

Nos teatrosCOLOMBO — "Se você jurar" e "Mulata",

pela Cia. Permanente,¦ CASINO ANTÁRTICA — "0 quebra bilhas", pela Cia. de Revis-

tas Maria das Neves-Carlos Leal.SANTANA —• "Barbicre di Siviglia', pela Cia, Lirica Nacional.

DiversosCIRCO Irmãos Qucirolo, á avenida São João, 102.

Tclo ar. redro de Toledo, governador deS. Paulo, foi, ontem, assignndo, na pasta daFazenda, o seguinte decrelo:"O dr. Pedro de Toledo, governador, poraclamação, do Estado dc S. Paulo, usandodas atribuições que lhe confere a Lei e con-siderando :

l.o) quo a Caixa Beneficente dos í unem-narios Públicos do Estado de S. Paulo, cons-tltuida com o apoio dc todo o funclonalls-mo publico, deve prover, com a máxima ra-gularldadô e pontualidade, os compromissosquo assume perante as seus associados;

2.") ser do toda a conveniência aue o au-xilio por ela prestado, se torne eficiente oduradouro, dc modo a satisfazer integralmen-to ob seu3 fins;

3.») que o auxilio sob a forma dc pensõesvitalícias, preenche com vantagens evidentestais fins;

4.") ser dc mister assegurar aos seus as-Rociados que tenham ou venham R contrairempréstimos para nquisiçAo, exoneração 011construção dc prédios, ns condições de ele-tlvidnde na constituição do liem da Kaniiha; o

5.") finalmente, ser de absoluta justiça queo Tesouro do Estado abone A Cnlxn, sobroos saldos dosln em seu poder, juros pelomenos iguais aos que silo pagos As caixaseconômicas estaduais, em situação idêntica.

Decreta , ,Art 1.» — O pecúlio, a que aludem us

artigos 8, letra "b", 88 e 37 do Decreto n.3.808, de 28 dc fevereiro de 1B25, fica substl-tuldo por uma pensão mensal vitalícia, equl-valente a um por cento (lc>) do seu valor,calculado nos termos da legislação anteriorao presente decreto. Essa pensão, que cmcaso algum, será inferior n cem mil réis(rs. 1005000) mensais, competira: metade, aocônjuge sobrevivente não divorciado c me-tado aos herdeiros necessários do cuntri-buinte falecido. Na falta dc um ou de ou-tros, a pensão competirá ao que existir. Nãohavendo cônjuge, nem herdeiro necessário,a pensão pertencerá nos colaterais, até oquarto grau, na forma do direito civil, salvose houver testamento, caso cm que a pensãopertencera a quem este determinar, tíe nãohouver herdeiros ou lcgatarlos nas condlgocsdo presente artigo, a pensão revertera a fa-vor da Caixa Beneficente (Cod. civil, art,M3Ò).

5 l.o _ Sobrevlndo o falecimento de qual-quer dos beneficiários, observar-se-á o se-gulnte :

a) se o falecido fôr o cônjuge ou herdeironecessário do contribuinte, a pènsao" que aomesmo cabia acrescera, em partes iguais, ados demais descendentes do contribuinte fa-Iccldo;

b) se o falecido fôr Irmflo do contribuinte,caberá a pensão nos soys filhos, sobrinhosdeste, enquanto menores;

c) se o legatario fór pessoa jurídica, a'duração máxima do beneficio scrú de vinto(20) anos, salvo se se extinguir antes, cnJ--oem que a pensão revertera a favor da Caixa,Nos demais casos de sucessão, cessará apensão, sucessivamente, dc cada legatario,ou herdeiro que vier a falecer,

5 2." — O contribuinte atual com direitoao pecúlio integral, poderã, todavia, optaipelo regime antigo de pecúlio, fazendo, dadata deste decreto, até um ano após a pro-sente Revolução Constitucionalista, declara-ção escrita, neste sentido, perante a Secreta-ria da Fazenda. Presunilr-sc-á ter aceito onovo regime dc pensões aquele que. nesseperíodo, falecer, sem ter exercido o seu di-reito de opção.

Parágrafo 3.o — Ficara, entretanto, sujei-ta, desde jã, ao regime deste decreto, u par-te pertencente a menores, aos quais serãocreditadas, mensalmente, lia forma dn legis-laç&o em vigor, as preptnçõe.s n que tenhamdireito, afim de, sobre elas, se contarem ju-ros.

Parágrafo 4.o — O cônjuge sobrevivo quecontrair novas nupclas perderá a pensão embeneficio dos herdeiros do contribuinte fn!e-cldo na forma do presente artigo. Caso nãohaja tala herdeiros, a pensão reverterá afavor da Caixa.

Art. 2.0 — Deixar-se-á de aplicar o dis-posto no artigo 11 do decreto II, 3.808, de28 de fevereiro de 1925, se o contribuinte fn-lecer em virtude de ferimentos recebidos du-rante a presente Revolução Constitucionalis-ta ou a serviço desta.

Taragrafo unlco — Neste caso, n pensãosomente reverterá a favor do cônjuge supers-tite e dos herdeiros necessários se os hou-ver.

Art. 3.o — Receberá auxilio equivalente ámetade da pensão a que se refere o artigol.o, o contribuinte que se invalidar em ser-viço dc campanha, depois de feita a nccc3-saria prova perante o Conselho Administra-tivo da Caixa, ¦

Parágrafo único — Considera-se de cnm-panha, pnra o efeito do presente artigo, otempo que decorrer entro a data da incorpo-rnção e a dispensa do serviço militar, ou oregrosso das torças em operações.

Art. 4.0 — Poderão ser readmitidos, massujeitos ao regime das pensões, os contri-buintes que tenham decaído ou venham a

decair, por qualquer motivo, desde que orequeiram, o ponnam em dia as contribui:ções atrazadas, pagando-aa em dobro, dentrodo praso dc seis (.ti) riíesos, contados da pu-hüenção do presente decreto ou dn dera-dencia.

Parágrafo unlco — Não será devida pen-são ou auxiliu para funerais, ne, ao falecer,o contribuinte ex-funcionario, serventuárioou ex-serventuai íos, estiver em atrazo, pormais dc dez prestações, tíe o atrazo fôr alédez prestaçõCi, o total destas será defleonta-do üo principal do pecúlio, reduzi ndo-se nsponBõos, proporcionalmente.

Art. 5.0 — O auxilio para funerais ficaelevada á Importância de seis tli) pensões,calculadas do acordo com o artigo lo.

Art. li.o — Não serão contribuintes osfuncionários ou serventuários que, no seremnomeados ou promovidos, contarem mais decincoònia anoa de idade. Aos funcionáriosque, até A presente duta, tenham uitlo no-meados com Idade superior a cpnlcenta anos,6 hajam contribuído ou estejam contribuiu-do regularmente, será reconhecida a qualidn-de de sócios, pura os efeitos legais, aindamesmo que já tenham falecido, sujeitos, po-rérn. ao regime de petlüôcs ora estabelecidoe dispositivo do presente decreto.

Art. 7.0 — Em relação «ou luncionariosdevedores por empréstimos da Caixa Bene-íicento, para aquisição, exoneração ou cons-trução de prédios, e que vierem n falecer,apllcnr-se-á o presente decreto, quanto áparte do pecúlio que ficar liberada .depoisda deduzido o unido devedor.

S Único — Aos mesmos funcionários deve-dores ou a seus herdeiros, será facultativa aconstituição definitiva do Bem de Família.Continuarão, todavia, a gosar das isençõesde Impostos e taxas, na forma das leia emvigor, os prédios que foram inscritos comoBem de Família.

Art. 8.0 — Falecendo o funcionário e dei-xando contribuições mensais atrazadas, doart. 21) do Decreto n,o 3.808 de 28 de levem-ro de PJ20, ou estar cm gõso de licença semvencimentos (art, 105 do Decreto n.o 3.808 de28 de fevereiro de ülü-l), OM qualquer outromotivo justificável, serão essas contribuiçõesdescontadas das pensões a pagnr, na propor-ção de unia em cada mis.

S Unlco — No caso da pensão ser rateaduentre diversos, esses descontos serão feitosem cada parte, em proporção Idêntica á doratcaniento.

Art. !).o — A pensão, ora estabelecida, seráinsúscèptlvei de penhora ou arresto, não res-pondendo por dividas de qualquer espécie(Cod. Clv„ art. 1.130).

Art. lO.o — A partir da da^a em que foi sus-pensa a concessão de empréstimos aos mu-tuarios da Caixa, o Tesouro do Estado credi-tara a esta, sobre o saldo mensal em seu po-der, juros a mesma taxa que vem sendo abo-nada ás caixas econômicas estaduais.

Arl. ll.o — A secção competente do Tcsou-ro organizará, dentro do mais curto lapso detempo possivel, o serviço completo de fichasdos sócios da Caixa, de modo (pie, em rela-ção a cada um, disponha dos seguintes dn-dos: nome, cargo, vencimentos anuais, con-tribuição, data e lugar do nascimento, esladocivil, data e lugar do casamento, nome dooutro cônjuge, nomes e catas de nascimentosdos descendentes e nomes doa ascendentesvivos.

5 Unlco — Esses dados serão fornecidospelos próprios conli-ibuintes, mediante dccla-ração por eles aaslnad. , cm duas vias, dasquais uma ficará em seu poder.

Arti 12.0 — O presente Decreto entrará emvigor na dntn da sua publicação, revogadasas disposições em contrario.

Palácio do Governo do Estado dc SãoPaulo, aos I) de setembro de 1032. (aa.) Pedrode Toledo — Paulo Morais Barros".

QUANDO LIMPAVA A ESPINGAR-DA, MATOU 0 PRÓPRIO FILHO

Polo sr. governador do Estado ínl nsslgna-do ontem, na pasta da Fazenda, o seguintedecreto n. 5.055 -.

"O dr. Pedro de Toledo, governador, poraclamação, do Estado de Rão Paulo, usandodas atribuições que lhe confere a lei o cou-siderando:

li» — que a duração da campanha consti-tUòlonallsta ImpOe medidas quo asseguremrecursos á Caixa de Guerra c que permitamo amparo dns classes produtoras em r.cral;

2,o _ quo oa "bônus" "Pró Constituição"merecem o melhor acolhimento por parle detoda a população do Estado de Hão Paulo;

3." — que a emissão de tais "bônus" foifeita devidamente 1,-istreada com valores reaiscuja liquidação garante o seu resgate;

4." — ser escopo do governo manter per-feita Uniformidade relativamente no Instru-mento de troca Já adoptado e quo para talfim se tornam Indispensáveis o lastreamentoe a existência de cntilrn pnrtldns para nsnovas emissões necessárias no custeio dnsdespesas da luta "Pro-Cohstltülç,8o" n aoamparo das classes produtoras, decreta :

Art. 1.» — O governo requisitará os enfísda si"rle XII dn snfra 10:11-1032 em qusntl-dade suficiente parn perfazer o total do riolomilhões (2.1100.000) de sacas, que serão ,pa-gas na base da tabela de preços vlgorantea 9 de Julho do corrente ano, pnra ncqulsl-cão pelo Conselho Nacional do Cnfò, em .SãoPaulo. O seu pagamento gora feito com obrlgnções do Tesouro de Silo Paulo, emitidasespecialmente, vencendo os juros anuais de10 o|o ,jnz por cento) e resgntavcls dentrodo prazo máximo de 20 anos.

Art. 2." — A emissão especial de obriga-ções do Eslado a que se refere o artigo 1.",terá seu serviço do juros e amortização asse-(jurado pela arrecadação de unia sobretaxade IO0!" (dez por cento) pobre todos os Im-postos estaduais Vigentes no Estado de SãoPaulo o que recatam sobro o comercio, n In-duslrla e a propriedade, excluídos os queIncidam direta ou Indiretamente sobre a la-vourn do cafí. O resgate dessas nhrlgnçõebserá feito por sorteio semestral, ou pnr com-pra direta nas Rolpas, quando sun cotaçãoestiver abaixo do pnr.

Parágrafo unlco. — Essa sobre-tnxa adi-clonal será arrecadada a partir do 1." doOutubro próximo vindouro e ficará autonia-tlc.imento extinta com o resgate das obriga-ções emittldas.

Art. 3." — Decretada a requisição do vo-lume do enfô n que se refere o artigo 1.»,o governo emitirá até a Importância do cemmil contos de rtis (100.000iOOWOOO); lastradapelo valor dessa mercadoria, para a consti-tulção dn Caixa de Guerra, destinada a pro-vfr ás despesas da campanha "Pró Consti-tulção".

Art. 4." — Os detentores dos cmiheclnien-tos de despacho do cafés da série XII de-verão registrá-los, Imediatamente, no Bancodo Estado de São Paulo, nesta capital o emSantos, pnra os efeitos do seu pagamento.

Parágrafo i.» — Mo caso desses conheci-mentos estarem apcnhadOB, o recebimento,pelos depositários, dns obrigações do Estadocorrespondentes ao valor da mercadoria ad-qulrlila não desobriga o contratante devedorda entrega de conhecimentos de outros des-pàchos de cafó, om substituição dessas obri-iíações, cnso assim o exija o contratantecredor.

Parágrafo 2." — Aos possuidores dc cnfe>da ?Me XII, adquiridos pelo governo, serãofornecidos cartões de troca, dando direitoa fazer entrar em Snntos, diretamente, tguaiquantidade, na mesma época em que deve-riam entrar os cates adquiridos.

Art. 5." — O governo, por intermédio doBanco ilo Estado de São Paulo, financiaraat6 quatro milhões (4.010.000) de snens dec.-ifA da snfra atual, na base de 40$ para otipo 5 ou melhor, 35$ para o tipo G, 30$para os tipos 7 e 8. Esse financiamento seráfeito ao praso de G meses, reformnvcl pormais duas vezes nos juros de G»|" (seis porcento) no ano.

Parágrafo l.o — Para tornar efetivo essefinanciamento, o Governo do Estado de E.Paulo providenciará, por intermédio do Ini-tituto dc Café; para que o cafó seja claSSlfl-çnilo á entrada nos armazéns reguladores.

Parágrafo 2.o — Enquanto não fôr feitaessa classificação e mediante deposito dosconhecimentos devidamente endossados. oGoverno fará Um "dinntamento na base de80$000, por sara, Indistintamente, pnrn todosos conhecimentos apresentados e referentes ásnfrn em curso, ató o total referido deI.OOO.ÒÒO de sacas. A' medida que fôr sendofeita a classificação do café apanhado, serãoentregues as quantias suplementares ntócompletar o dlantamento na base da tabelamencionada neste artigo.

Parágrafo 3.0 — Ajs Infratores dos despost-tlvos referentes A proibição de embarques decafós Inferiores ao tipo 8, serão aplicadaspenalidades constantes da legislação cm vi-gor, federal c estadual.

Artigo G.o — O Governo adiantará, pnr in-Urhiedlo do Banco do Estado de São Paulo,ao Comercio o As Industrias, com a garantiade "«-nrrants" de merendorias nâo deteriora-vels, nas mesmas condições de prazo e jurosmencionados no artigo 5.0 ató a Importânciade trinta mil contos de réis (30.000!OÕO$000).

Artigo 7.o — Fica crendo um departamentosob n denominação de "Caixa Autônoma Re-gulndorn das Emissões Lastreadas".

Artigo 8.o — Esíii Caixa terá a seu enrgoa fiscalização da emissão e circulação dos"bônus" "Pró-Constitiilção". das obrigaçõesreferidas no artigo 2.o c das operações deseu resgate.

Parágrafo l.o — Pnra esse fim n referidaCnlxn terá desde já os poderes necessáriospnra receber e gerir os bens e valores re-presentntivos do lastro das missões, os Jurosprovenientes dns operações a que se referemos artigos 5.o e G.o, as sóbre-tãxãs dos Im-postos a que se refere o nrtigo 2.o e mnisos donativos e rendas especiais quo forem

especialmente destinados ao resgato daí cml-soes" "Pró-Constltiilçán",

Parágrafo 2,o -- Essa Caixa evitará que aemissão dos "bônus" seja feita fora dos mol-des prescritos neste decreto e nos anterioresque regulam o mesmo assunto, assim comoImpedirá que os Valores do sou lastro o asrendas especiais que /orem creadns parn oresgate dos "bônus" "Prô-Constitulçao e doemissão especial de obrlgOCflOS n que se re-foro o artigo l.o, tenham aplicação diversa daprevista em sua crcnçuo,

Parágrafo 3.o — As rondas provenientesdos Juros a que se referem os artigos b.o eGo deste decreto, deduzidas as desposas dofuncionamento da Caixa Autônoma, classifica-ção dos cafós c outras, serão prcclpimmontoaplicadas no resgate da emissão das obriga-ções do Estado, creada em virtude do artigo"Artigo

!).o — A Caixa Autônoma será ndml-(listrada por quatro membros de nomeação doGoverno, sem omia para 0 Tesouro, escolhidosentro representantes, da Lavoura, do Comer-cio, da industria e dos Bancos, por indiraçao,om lista triplico das respectivas associaçõesde classe, o por um rcprcsi nltinto do Estado,a quem caberá a presidência.

Parágrafo unlco — O Governo nomeaiá II-vremente os membros da primeira diretoriada Cnlxn Autônoma. ¦ ¦_

Artigo lO.o — l'nra os feitos dn aplicaçãodoste decreto, fica o Governo autorlsado nomitir até a Importância de duzentos c seten-la mil contos de réis (270.000:000$000) em "bo-

nus" "Pró-ConstituIção" devidamente lastrea-dns om conformidade com os dispositivosdeste decreto. , .

Artigo ll.o — O Governo regulamentará aexecução deste decreto o acordará com o Ins-titulo de Café c com o Banco do Estndo deSão Paulo os detalhes das operações que fica-rem a cargo dos mesmos.

Artigo 12.n — O presente decreto entrnrAem vigor na dntn de, sua publlcnção, revoga-dns ns disposições en. contrario".

Registrou-se ontem, ás 18 horas, noHorto Florestal da Serra da Cantarei-ra, lamentável desastre que causou amorte de um pequeno, filho de um guar-da daquele próprio do Estado,

O guarda Fortunato dos Santos ca-tretinha-se àquela hora, em limpar umaespingarda, quando acidentalmente a ar-ma disparou, Indo a carga apanhar empleno peito o menor Pedro de 6 anosde idade, filho daquele guarda.

O pequeno teve morto instantâneasendo o cadáver removido para a Cea-trai, onde foi examinado pelo medico le-gísta.

Foi aberto Inquérito a respeito.

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TRIBUNAL BE JUSTIÇAJulgamentos realizados ontem, em sossào

extraordinária da la. câmara:HABEAB CORPUS — 8M8 - Capital —

Paciente, Horaclo Josó Mntias — Negado.8.14ÍI _ Capital — Paciente, José do Cam-

pos Filho — Negado.8451 — Snlto Grande—Paciente, João Adas

Concedido.8152 — Capital — Paciento, Joaquim An-

tonlo da Costa — Concedido.K454 _ Capital — Paciente, Moaclr Alves

de Sousa — Prejudlcndu.8468 - Capital — Paciento, Reducmo Pi-

res da Fonseca - Prejudicado.g.157 _ Capital — Paciente, João Bencdlk

Prejudicado.APBliAÇOBS-ÇRIMBS - 17002 - Franca

João Magiiollcr e outro, npelantes, e nJustiça, apelada — Negaram provimento.

172ÍÍ — Queluz — Vltallno Dantes, apelado,e a Justiça, apelada — Deram provimentocm parte. , „,

1771)1 — Capital — D. Olinda Glantnt. npe-lante, e Júlio Vieira, apelado — Adiado poríaltn de quorum.

17851 _ capital — A Justiça, apelantc, ePedro Marques Simões Filho, apelado — Ne-gnram provimento.

178113 — Capital — A Justiça, apelante, eJaime .Augusto Pereira, apelado — Negaramprovimento.

178GU — Capital — Josó Benedito Ernestoe outro, apelanles, o a Justiça, apelada —Deram provimento cm parto.

17S0!) — Franca — A Justiça, apelante. eDiogo Fernandes Garcia, apelado — Deramprovimento.

17812 — Ponápolls — A Justiça, apelant»,,e Henrique dos Santos, apelado — Negaramprovimento.

17839 — Jnu' — Joaquim Lopes, apelante,e a Justiça, apelada — Dcleriu-se o pedidode fls. 82.

RECURSO-CRIMH — 0416 — Capital — ASignod Steel Blrapplng o Cia. o outro, rc-corridos — Negaram provimento.

EMBARGOS DE DECLARARÃO — 17S07 —Capital — Nascimento Ribeiro Martins, em-bargante, o a Justiça, embargada — Dlspen-sada a revisão, não tomaram conhecimento.

M. M. D. C.

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São convidados todos os Instrutoíáainscritos neste C. P. At. a compareceremdiariamente no Campo do Clube Atletl-co Paulistano, a rua Argentina n." 6(Jardim America), â.i 8 horas da ma-nhã, afim de freqüentarem as aulas doCurso de Instrutores. Esse curso teráinicio na proxlmà segunda-feira, dia J2.

Outrossim, todos os reservistas dc l.acategoria que desejarem prestar seusserviços como instrutores, poderão ins-crever-sc para freqüentar esse cui-30.

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NOTA: Acceitamo8 pedidos do Interior contra cheques ouvales postaes para J. Couto.

AO INTERIOR: - Peçam catalogo geral.

* ' "T.*** "7" "-¦£1^'»»,^ <tf

Page 4: URREI;AO BRASILEIRA Correio de S.memoria.bn.br/pdf/720216/per720216_1932_00075.pdfkmURREI;AO BRASILEIRA RUBENS DO AMARAL O "Correio de S, Paulo" não teve um inslantc de descrença

A questão de diminuir o preço dosálujrueres de casa continua a preocuparmuita gente... que tem de pagar alu-guer.

Mas e natural. A situação _ de saort-ficio coletivo. Todos têm seus rendimen-tos diminuídos e alguns, até, como oaadvogados e serventuários da Justiça, es-tão vendo amontoai.- dividas para o fu-turo, som grande probabilidade de poderdesaportar para a esquerda.;.

Os proprietários de prédios de aluguorprecisam ter om consideração que lhestoca também uma parte do sacrifício,

som rendimento do espécie alguma nomomento, assisto ao crescimento dns res-ponsabilldados par o futuro, numa propor-ção geométrica. Mas não advogo a ml-nha causa. Pleiteio por toda essa la-boriosa população paulistana, que não en-contra obstáculos em dar, para a causada Lei, que é a causa de S. Paulo o doBrasil, tudo quanto possuí, tanto na cs-fera material, como na esfera moral.

Embora não lenha procuração dn todosos inquilinos de S. Paulo, estou certo doquo, como gestor dn negócios, nâo lhesdelapidaria a fazenda com o impetrar

beneficiando o povo com uma redução ra- | n0H proprietários o favor da redução,zoavel, pelo menos enquanto durar o atualmovimento constitucionallsta.

E' indispensável compreender que SãoPaulo tomou armas, precisamente porquevia aproximar-se a anarquia dos negóciosd6 toda espécie, pela desordem que oregime de irresponsabilidade ditatorialImplantou em vários ramos de atividadeprodutora.

Os proprietários ano direta e Imediata-mente interessados em manter de pé asInstituições tradicionais do nosso direito,pelo respeito á integridade Individual ematerial.

Assim, aplaudindo o desapego com queesse grande povo caminha para as trln-cheiras, será do humanidade, sinão mes-mo de justiça, que elos promovam o ali-vlo dos encargos pesadíssimos que sub-Jugam as classes menos abastadas.

Uma sugestão — sabemos — foi levada

pela Câmara do Comercio Importador,desta capital, á AsíSiclação doe Proprle-tarlos de S. Paulo, pedindo se reduzissemoí» alugucres de cincoenta por cento. En-tretanto, que se saiba, nenhuma solução jíoi dada ao pedido da Câmara, ou pelomenos nada se publicou nesse sentido,

A mim (digo-o sem rebuços...) mo In-teressa particularmente o caso, porque,

Batalhão "Saiatos '

Dumont"Amanhã, ás 10 horas, realiza-se no edi-

ficio do Liceu de Artes e Oficios, a so-lenidade da entrega d-i bandeira ao Ba-talhão "Santos Dumont".

Essa bandeira, que é um fino trabalhoem seda, foi oferecida pela família deSantos Dumont.

Multa gente, aliás, concorda comigo cmgênero c numero. Só não tem havido 6a necessária disposição de pensar emvoz alta, dizendo a coisa de publico, aln-da que so tenha de Incorrer na ira dosinteressados.

Mas isso 6 exagero. Não haverá ira deninguém porque ninguém nesta terra 6capaz do praticar a ignomínia de escor-chnr o povo numa época destas, nem cmoporá alguma, pelo só prazer de ajuntarmoedas do ouro, abarrotando mcnlhciro...Não, ninguém se vai zangar com o apeloque aqui dirijo aos proprietários do SãePaulo, om favor da população que pagaaluguei- de casa.

Estou absolutamente certo tle que, den-tro de poucos dias, o caso estará naus-fatoriamento resolvido, pela iniciativa queo-; proprietários de imóveis tomarão gene-rosamento, abnegadamente, desprendida-mente, de reduzir o preço dos alugüeerados seus prédios, tanto para o comercioo ns industrias, como pura o particular,principalmente o operário e o trabalhador,

Teremos daquiver quo o nossoHrmente improdutiva, que caiu em terrenode caiicalho, mas como a boa semente,que tombou em terra fértil e dndivosa.Estaremos nesla coluna para registar,com o maior prazer, os gestos nobres co-mo o do dr. Fábio A. L. Guimarães, aquem não conheço pessoalmente, e que.oube ter feito a redução desejada de50 o|o no aluguer dos prédios de suapropriedade, a partir de l.o de agostode 1932, enquanto durar o movimento re-voluclonarlo do Brasil. Gestos assim di-gnificam e enobrecem os corações dosque os praticam. — K. D.

"I

I

')_rctor: Rubens do Amaral Gerente: Álvaro Viana

Redação e Administração;RUA LIBERO BADARÓ', 73 — SOB.

Fone: 2-2992S. Paulo — Sábado, 10 de Setembro de I932

ASSINATURASAno: 40$000 — Semestre: 25$0iXlAGENTES BM TODO O ESTADO

Após um bataiha r sem tréguas, em pe forams as forças armadas de todo o país, teve

onvencer de pe elas não bastavam para no

atiradas contraa ditadora de se

s abater e humilharCOMEMORANDO O SEGUNDO MÊS DE GUERRA, FALAM AO POVO BRASILEIRO O GOVERNADO?';PEDRO DE TOLEDO, O GENERAL BERTOLDO KLINGER E O CORONEL HÈRCULÃNO DE CARVALHO

REPERCUTE FAVORAVELMENTE NO ESTRANGEIROA CAMPANHA DO OURO PARA A VITORIA

JA? FORAM RECEBIDOS QUASI TRINTA E NOVE MIL DONATIVOS— TREZE MIL ALIANÇAS TROCADAS POR ANÉIS DE FERRO

Ha poucos dias, mandavam dixer-nos de Montevidéu que a Campanha do Ou-or para o Bem de, São Paulo tivera a mans simpática repercussão no Uruguai.Soube-se, mais tarde, que não só no Uruguai mas em vários paises tia Americacio Sul a campanha patriótica dos paulistas era acompanhada com igual interesse,fazendo se as referencias mais linsojeiras ao nosso espirito de sacrifício.

Não tardou que da Europa nos chegassem informações idênticas. Vieram dotodas ns partes louvores unanimes no gesto do nosso povo. A ninguém passou des-percebida a beleza do movimento. Onde quer que mesmo repercutiu, novas admi-rações conquistámos.

Seriamos injustos para com os nossos irmãos de outros Estados se lhes re-ousássemos um lugar no coro de simpatias que se formou om torno da cruzadamagnífica. Também cies nos acompanham com a mesma emoção. Também elesdesejariam poder contribuir para o "Ouro da Vitoria", já perfeitamente convenci-dos de que a vitoria de S. Paulo será a vitoria do Brasil.

Não avançamos uma hipótese. Fazemos uma bservação, autorisados, aliás,por vários donativos feitos de longe, através de mil obstáculos. Ontem, era uma

as expressões mais altas da cultura nacional que nos mandava do Rio, por inter-médio de um comissário de Santos, a importância de 1:500?, para a "Campanha

do Ouro". Hoje, é de Belo Horizonte que nos chegam duas libras esterlinas, umabarrete e uma pulseira quebrada. Esses donativos foram trazidos por d. José Par-reira Lara, bispo de Santos, recém-chegado de Minas Gerais. O distinto preladorecebeu-os, com grande emoção, de pessoas amigas da causa constitucionalista,amigas, sobretudo, cia causa que São Paulo defende cm nome do Brasil.

OS DONATIVOS DE ONTEMCom os donativos de ontem e os do dia anterior, elevou-se a 86.835 o numero

de contribuintes para o "Ouro da Vitoria". As contribuições de ontem subiram a1.506, tendo sido trocadas, na Cúria Metropolitana, 1.022 alianças de casamento.Foram distribuídas, até esta data, 13.153 alianças de ferro com a inscrição "Dei

ouro para o bem de S. Paulo".SOCIEDADE HUMANITÁRIA DOS EMPREGADOS NO COMERCIORealiza-sc hoje, á rua José Bonifácio n. 10, uma assemblea geral cxtraordl-

naria, em 2.a convocação, da Sociedade Humanitária dos Empregados no Comer-cio de S. Paulo, afim cio se tratar da autorizção á diretoria para serem doados á"Campanha do Ouro para a Vitoria" todos os distintivos e cruzes humanitárias, deouro esmaltado, do patrimônio social.

Ao microfone da "Radio Sociedade Uo-cord", o sr. dr. Pedro de Toledo, govoi-nador do' I stado, pronunciou ontem aaseguintes palavras:

"Hoje comemoramos o segundo mês deguerra. E', sem duvida, uma pagina bil-Manto de nossa historia. Para consagra-Ia não nos faltam, nem atos heróicos,nem o sangue de nossos irmãos, brava-

i mente derramado nas trincheiras, pelosa pouco a alegria d. I Ideais que todos, patrioticamente. neslaipêló não foi como a hora defendemos.

Por eles, pelos nossos irmãos mortoscujas almas foram santifleadas em cruon-to sacrifício eu vos peço um momento dereligioso sile-icio...

Passado esse momento, podemos nosentregar livremente a um justo entusias-mo pela vitoria de nossa causa, aue ú aoausa do Brasil.

São Paulo e Mato Grosso com as ar-mas na mão deram o grito de revolta,contra os planos machiavelicos com quoa ditadura pretendia perpetuar-se nopoder, sem outra mira senão o poderc os proventos por ele assegurados.Que esse posto representava o sentir¦unanime do paiz, não ha duvida alguma.Ainda agora ai está o exemplo do RioCirande do .Sul, de Minas e do Pará, quelá se integraram materialmente na gi-(janteca luta da nacionalidade contra oa«eus opressores.

Depois de um batalhar sem tréguas, emque foram atiradas contra nós as forçasarmadas de todo o paiz, teve a ditadurade se convencer de que elas não bastavampara nos abater e humilhar.

Improvisamos ranidamente todos osnossos meios de defesa e resistimos aomonstro, apoiados nas colunas de aço daiplnião publica, impossível de ser venci-da pelo canhão ou pela espada.

Moblllsamoa a industria e o que pro-duzlu e está produzindo ultrapassa os II-mltes da mais prodigiosa imaginação,

A engenharia, ligada aos industriais c» beneméritos operários, que tudo deram,de boa vontade, para salvar a pátria,merecem de todos nós os mais entusias-.leos agradecimentos e louvores.

O mesmo cumpre-nos dizer da mulher

Dlr-se-la que a Providencia, nos arca-nos de suas resoluções, misturou essespartidos em um só envolucro e os atirounobre a corrente, que partindo das trin-cheiras, vai se avolumando dia a dia, atótornar-se avalanche,

E assim seja, para o bem de São Pauloc do Brasil.

PALAVRAS DO GENERAL KLINGER

O sr. general Bcrtholdo Kllnger, co-mandante supremo do Exercito Constitti-

rações de guerra, da firmesa dos resullados e da solidez das aspirações o espe-ranças. Será uma reedição posta emdia e sintetisada.

"O movimento constitucionalista, ini-ciado a nove de julho em S. Paulo e Ma-to Grosso, é já agora um movimento qu.nenhuma força humana poderá deter nasua marcha para a vitoria".

Decorridos dois meses da sua irrupção,multiplicam-se os recursos, permanecea mesma vibração cívica da primeira

em apregoar ns arautos da ditadura, ncr-iregionalista, nem facloso, nem scccsM»-nlsta, nem militarista".

O movimento é brasileiro, som partida-rismo, é unionista, é sem militarismo.Visa a rcimplantação do país no reglm»da lei. Só sob a égide dn lei é que hãode viver ns preferencias ou pendores, a«aptidões ou competências que. para Umopossuírem a necessária vitalidade real.

A vitoria, que tanto está custando atodos, não ha de ser propriedade de aJ

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O dr. Pedro de Toledo, iw Departamento de Publicidade, durante o irradiação cs pecial de ontem, cm companhia de fun-cionarios da repartição e pessoas de destaque no movinienl o constitucionalista

cionalista, pronunciou as seguintes pala-vras ao microfone do "Radio Jornal".

"Ao entrararmOB no terceiro mês dpduração do movimento constitucionallsta

paulista, cuja obra de assistência nos | desencadeado por S, Paulo em peso, oengrandece, engrandecendo-a, I supremo comando militar vale-se da oca-

Se da retaguarda passarmos para a sião para, mais uma vez, dirigir a pala-frente de combate, a nossa admiração se | vra aos bravos brasileiros, de todas aatransforma cm verdadeiro pasmo.

Ali vamos reunidas, cm admirável coo-peração, jovens de todos os Estados, sol-dados do exercito, da policia e voluntárioscivis pobres e ricos formando uma sófamília de abnegados idealistas.

Desse amálgama sublime em que todosse Irmanam e se confundem visando umprincipio superior a cada um deles, deveeair uma mentalidade nova, despida depaixões partidárias, nobre e pura, capazde conduzir nosso paiz a novos destinos,a uma almejada renascença, para a qual,certamente, o destino nos conduz.

Assim o assegurando, não faço senãorepetir o que cm históricos discursos jáproclamaram os chefes eminentes dosdois partidos dominantes no Estado.

idades o condições, que todo esse tempode dois meses decorridos, se tem manti-do na estacada em todos os setores, dasfronteiras e do interior.

Não fará este comando uma reediçãocorreta e aumentada da sua fala de novode agosto, mas ieportar-sc-á integralmcn-te á mesma, em sinal na impecável con-tinuidade das diretrizes de todas as ope-

hora, não arrefece o entusiasmo, apesardos mais duros sacrifícios de sangue *de toda outra espécie; e de todas as par-tes do pais, inclusive da preferencialmente arrochada Capital Federal, vemvindo á superfície as correntes profunda*da. opinião nacional, a desaguar npst«grandioso estuário da lei, que é SãoPaulo.

Subsiste o mesmo espirito de sacrifício,que não tem limites, porque não é ali-montado por interesses inferiores, porquesó um ideal o sustenta, só ele capaz d»reunir c consolidar num só bloco os ml-lhões de almas que se irmanaram nestacausa nacional.

"Este movimento não é, como teimam

TODOS OS AÜXILIARES DA M. M. D. C. SERÃO INSCRITOSNA l,a LINHA DO EXERCITO DA RESERYA

CAMPANHA EM PROL BO !N€HEMEMTO DA AGEICULTUEA

Realizou-se ontem uma reunião dos delegados e in ^setores do Ensino e dosmembros da Comissão de Produção Agricola, para tratar do assunto

Realizou-se ontem, ás 21 horas, no sa-láo da Biblioteca da Diretoria de Publi-c-idade Agrícola da Secretaria da Agri-cultura, onde se acha instalada a Co-missão de Produção Agrícola, uma reu-nião de delegados técnicos e inspetores

guida, s. s. pronunciou ligeiro discursoexpondo os fins da reunião. Passou do-pois a palavra ao sr. João de Toledo.

O diretor geral do Ensino, após terfeito a apresentação das autoridades es-colarcs, ao presidente e membros da

Assentaram-se a seguir, as medidasa serem adotadas pelos professores paíi-listas naquele sentido. Cada delegadotécnico e cada inspetor escolar deverápromover, na zona a sou cargo, umareunião cm que exporá um plano a ser

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Aspéto da reunião dos delegados e inspe toros do Ensino e da oCmissão de Pro dução Agrícola

de ensino, para estudar a forma pelaqual os professores paulistas prestarãoo seu concurso á campanha de incre-mento da agricultura.

A essa reu.».ão, que foi presidida pelomajor José Lcvi Sobrinho, presidentedaquela Comissão, compareceram o di-retor geral do Ensino, professor João deToledo, e cerca cie 40 delegados técnicose inspetores escolares. Assumindo a presidencia, o major Lcvi Sobrinho convi-dou o sr. João de Toledo a fazer partoda mesa diretora dos trabalhos. Em se-

Comissão de Produção Agrícola, que | observado pelos professores naquele tra-compareceram todos, disse da simpatia, balho.com que, desde logo, fora recebida a iniciativa do sr, Francisco Junqueira, se-cretario da Agricultura, creando a Co-missão de Produção Agrícola.

O professorado paulista, podiam estartodos certos, envidaria os melhores es-forços para que a campanha tão bri-lhantemente encetada, para se incre-mentar e racionalizar a produção agri-cola., alcançasse também, no setor soba sua responsabilidade, o melhor êxito,

Aos delegados técnicos e inspetoresescolares foram distribuídos numerososcartões e folhetos mandados editar pelaComissão, para propaganda da campa-nha de incremento á produção agrícola,

O diretor geral do Ensino dispensou doponto os professores que tomarem partenas reuniões que serão promovidas pe-Ias autoridades citadas.

A reunião terminou cerca das 20 ho-ras.

OS HOMENS VALIDOS DE 35 A 45 ANOS FORMARÃO A 2.a LINHAO Conselho Geral cia M. M. D. C. determina que todos os homens validos, de

18 a 35 anos, inscritos cm seus serviços se alistem na l.a linha do Exercitode Reserva.

Todos os chefes de serviços M. M. D. C, a saber: Secção do Interior, Abaste-cimento, Correio Militar, Assistência Militar, Engenharia e Transportes, Motoris.tas voluntários, Alistamento e Propaganda, Publicidade, Guarda Civil de Emcr-gencia, Batalhões Santos Dumont, José Bonifácio, Voluntários Professores e En-genharia, Postos de Concentração, Comissões M. M. D. C. do Interior, Policia-mento Civil do Interior, Centros de Preparação Militar e outros, comunicarão aeste Conselho o cumprimento desta Ordem do Dia, no prazo de dez dias.

Para substituir os auxiliares alistados serão aproveitados menores de 15 a 18anos e os maiores de 45 a 60 anos.

Os homens validos de 35 a 45 anos se inscreverão na 2.a linha do Exercitoda Reserva, podendo continuar a exercer 3uas funções, recebendo instrução mi-litar nos centros já organizados.

As isenções por motivo de organização de serviços serão justificadas pelosrespetivos chefes perante o Conselho Geral, que julgará de sua procedência.

A M. M. D. C. concita todas as organizações de serviços auxiliares de guer-ra ou de assistência a tomarem idêntica resolução. A mocidade paulista deve con-

tinuar a manter liem alto o espirito de sacrifício pela libertação do Brasil.Pelo Conselho Geral:

(aa.) LEVEN VAMPRE'LUIZ PIZA SOBRINHOANTÔNIO CARLOS DE ABREU SODRE'JOSÉ' CASSIO DE MACEDO SOARES.

NO ^Inauguram-se hoje os novos hangares da Força Publica

Com a presença de altas autoridadesdo Estado, especialmente convidadas pa-ra a solenidade serão inaugurados hoje,

ás 10 horas, os dois novos hangares daForça Publica, situadas no Campo deMarte, e cuja construção acaba de serterminada.

São dois próprios que vêm enriquecero aparelhan ento militar que já dispõe anossa Força, tendo a sua construção, cmseus menores detalhes, obedecido aosmais modernos princípios aconselhados

pelos conhecimentos militareo nessa es-

pecialidade, sob a competente direção deilustres oficiais do Exercito e da ForçaPublica que colaboraram em comumacordo para melhor eficiência dessa ar-ma.

Constituem, ao mesmo tempo, uma

prova de que os dirigentes da nossaForça, embora a sua atenção absorvida

pelas serias preocupações militares dasoperações nas frentes de batalha, mercê

da perfeita organização que preside aoseu funcionamento, não se têm descura-do de dotar a Força dos melhoramentosaconselhados para uma eficiência aindamaior do seu aparelhamento belico ecombativo, que a colocaram entre as or-ganizações modelares, no gênero, naAmerica do Sul.

guns" Não terá nenhum cunho regiona-lista, ou de partido, ou de classe, ou dapessoa.

O futuro deste movimotno, em brev»vitorioso, ha de ser digno do seu pre-sente".FALA O COMANDANTE DA FORÇA

PUBLICAO coronel Horculano de Carvalho proí.-

riu a "seguinte

oração:"Seja permitida a um velho soldado

dirigir-se ao povo de S. Paulo e, em pai-ticuiar, á mocidade bandeirante. Comosoldado, a sua linguagem é simples, des-pictenciosa, franca, porventura rude, tem-perada nos embates du uma vida em quase conta os dias de éerenldade, a que naeobrejpõem as agruras do continuas e du-radouras campanhas;

A tudo se habitua o militar. E. qua-do está identificado com a causa que lhepôs armas nas mãos, como a em que oranos adiamos, transmudam-se os fatos e,mais felizes do que os que ficam, retidospor qualquer circunstancia, são os qun,no campo da luta, no campo da honra,se empenham na defesa de um principio,combatem por um ideal a levantado.

Eis o que sucedo comigo, com os meussoldados, com todos os que empunharamarmas pela causa sacrossanta do Bra.;!!.Vozes sem conta tenho percorrido todasas frentes em operações, em contato dl-reto e intimo com os que, nas trincheirase nos acampamentos, destemidos e vaio-rosos, menosprezam a própria vida emproveito de um Brasil unido, legal, dignode suas tradições.

E, das observações colhidas, do multoque observei e pus cm prova, irmanadosos contingentes do Exercito, da oFrça Pu-bllca e dos Batalhões de Voluntários, nâose podia distinguir quais os mais ado._-trados nas lides militares — si o volun-tarlo, si o soldado do Exercito, si o daForça. Em porfia, cada um sempre tin>-brava em sobrooxeeder aos outros, tra-çando destarte sublime e brilhante pagina.da nossa historia, que "lernizará o valo:desta geração bandeirante.

Daí, a enorme serie de vitorias que con-seguimos, prenuncio seguro, para muitobreve, da nosa vitoria final."

Decreto sobre os Correiose TelegraSos de Santos

O governador rle S. Paulo assinouontem; na pasta ria Viação, um decretofixando o quadro do pessoal da Dlre-loria Regional dos Correios e Telegra-fos de San los.

•-O "Duilio" em Santos

O paquete italiano "Duilio" é esperadoem Santos, a 17 do corente, com destinoao Rio de Janeiro e portos da Europa.

PADARIAS MULTADAS PELA COMISSÃO DO PÃO ÜE GUERRA

A Comissão do "Pão de Guerra", nos termos do derreto 5.612, de 28de julho de 1932, whpôs as seguintes multas aos infratores atuixo: PadariaLisboa, rua Pamplóna, 149, 1:000$$; Padaria Colombo, rua do Comercio, 45(Pinheiros), 500$; Padaria Sta.. Tereza, i\ Sta. Tereza; 11, 1:000$; PadariaVitoria, r. dns Aldeias (p. de Pinheiros), 100$; Padaria cRny, r. Vise. hilioine-rim, 2, 1:000$; Garcia e Rodrigues, rua Rego Freilás, 24, 1:000$; Rodrigues eHenrique, rua Marquei de Itú, 53, 1:000$; Padaria Mijou, praça da Sé, 51-53,1:000$; Padaria c Confeitaria Avenida, rua Augusta; 443, 500$; Padaria Sa-yoia, rua Correm dos Santos, 4, 500$; Padaria e Confeitaria Modelo, largoGeneral Oso.no, 72, l.;000$000_.

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