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1 UMC Universidade de Mogi das Cruzes Reprodução não autorizada 1º sem. 2015 Desenho Técnico I Engenharia Civil 1º semestre de 2015

Use-Case Specification: ...MATERIAL BÁSICO: A execução do desenho técnico requer que nas aulas de Desenho Técnico I trazer, diariamente, a seguinte lista

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UMC – Universidade de Mogi das Cruzes Reprodução não autorizada – 1º sem. 2015

Desenho Técnico I

Engenharia Civil

1º semestre de 2015

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EXPRESSÃO GRÁFICA I

O objetivo da disciplina é estudar essa linguagem, obtendo conhecimento para

realizá-la e interpretá-la corretamente.

“O êxito do aluno nesta matéria será indicado não somente pela sua habilidade na

execução, mas também pela sua capacidade de interpretar linhas e símbolos e visualizá-los claramente no

espaço”. (French & Vierck, 2005, p.17)

1. Desenho Técnico

NBR 10647 – Desenho Técnico ● O desenho técnico é uma forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma,dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da arquitetura. ● Utilizando-se de um conjunto constituído por linhas,números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura. A geometria descritiva é a base do desenho técnico moderno.

● Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o ensino de desenho técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade de engenheiro ou técnico industrial. Além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização e deve transmitir com exatidão todas as características do objeto que representa.

Tipos de Desenho Técnico

● Desenho não projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos result antes dos cálculos

algébricos e compreendem aos desenhos de gráficos, diagramas, fluxogramas, organogramas , .etc.

● Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de

projeção e correspondem às vistas ortográficas e as perspectivas, como por exemplo, máquinas,

edificações, refrigeração, climatização, tubulações, móveis, produtos industriais, etc.

Grau de Elaboração do Desenho Técnico

● Esboço – desenho, em geral à mão livre, uma representação rápida de uma idéia, não responde a uma

norma, não tem uma escala definida, porém, deve respeitar as proporções.

● Desenho Preliminar – é passível de modificações

● Desenho Definitivo – corresponde a solução final do projeto, ou seja, é o desenho de execução.

● Detalhe (desenho de produção) – desenho de componente isolado ou de uma parte de um todo,

geralmente utilizado para sua fabricação.

● Desenho de conjunto (montagem) – desenho mostrando vários componentes que se associa para

formar um todo, geralmente utilizado pra a montagem e manutenção.

Desenho com instrumentos (ou com prancheta)

O desenho técnico tradicional é realizado manualmente, sem o uso de recursos

computacionais.

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MATERIAL BÁSICO: A execução do desenho técnico requer que nas aulas de Desenho Técnico I trazer, diariamente, a seguinte lista de materiais:

● Folha A3 (dimensões= 297 mm x 420 mm) de preferência papel manteiga é opaco, transparente e

sem margens. Qtde: aproximadamente 5 folhas.

● Lápis ou Lapiseiras (opcional): utilizaremos 3 tipos segundo o grau de dureza do grafite: traços

claros são obtidos com um grafite mais duro, enquanto que traços escuros são obtidos com um grafite

macio.

● Borracha branca macia

● Apontador, se a opção for lápis

● Par de esquadros

O jogo de esquadros (um de 45º e outro de 30º/60º), em forma de triângulos, permitem

traçar paralelas, perpendiculares, ângulos próprios (30º, 45º, 60º e 90º). Traçam-se, também

os múltiplos de 15º, obtidos pela combinação dos dois esquadros.

Régua acrílica ou plástico transparente de 40 cm, utilizada para tomar medidas e

apoiar os esquadros no traçado de retas paralelas ou perpendiculares

Fita crepe, se não utilizar a prancheta, o uso de fita adesiva, de baixa aderência,

facilita a fixação da folha de desenho

● Compasso,(lixa para apontá-lo).

São empregados para traçar circunferências, arcos e também para transportar

medidas. Possui uma ponta seca e outra com grafite. A ponta seca deve ser um

pouco maior que a outra e deve ser colocada perpendicularmente à folha.

Escalímetro Permite marcar e tomar medidas dos desenhos realizados em escala.

Desta forma, elimina cálculos com conversão de medidas, reduzindo o tempo de

realização de um projeto.

O escalímetro triangular que apresenta seis escalas diferentes (em metros) 1:20;

1:25; 1:50; 1:75; 1:100; e 1:125

Grau de Dureza Tipo de

Linha

Lápis Lapiseira

Macios Grossa B (Black), 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B 0,7 mm

Médios Média F (Firm), HB 0,5 mm

Duros Fina H (hard), 2H, 3H, 4H, 5H, 6H, 7H, 8H, 9H 0,3 mm

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OPCIONAIS Pasta ou canudo para transporte de folhas (deverá estar sem amassados ou dobras)

● Prancheta

● Régua Paralela e Régua T

A Régua paralela e a régua T apresentam a mesma função.

Permitem traçar linhas paralelas entre si e apoiar esquadros. A

régua paralela freqüentemente é vendida com a prancheta.

Normas técnicas

“Uma norma técnica de desenho técnico não é mais do que um conjunto de regras ou

recomendações a seguir quando da execução ou da leitura de um desenho técnico” (Silva et al, 2006, p.3).

A normalização estuda, com fins econômicos, e sugere soluções de problemas:

de definições e terminologia;

de representações gráficas convencionais e simbólicas;

de forma e dimensões;

de qualidade;

de procedimento, métodos de prova e de medida.

A padronização gera economia, rapidez, qualidade, segurança, sendo imprescindível para a entrada

no mercado internacional.

Há organismos internacionais que produzem normas técnicas, entre elas:

ISO (Internacional Organization for Standardization);

EN (Euro normas);

ANSI (American National Standards Institute);

IPO (Instituto Português de Qualidade); e

BSI (British Standards Institute)

No Brasil a normalização é feita pela ABNT – Associação Brasileira de Normas

Técnicas.

É possível, também, haver normas internas adotadas por uma empresa ou grupo de trabalho.

Abaixo estão listadas as principais normas técnicas da ABNT dirigidas ao Desenho Técnico, que

serão estudadas nesse curso:

Geral

NBR 10647 – Desenho Técnico

NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões

NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico

NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia

NBR 8402 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico

NBR 8196 – Desenho técnico - Emprego de escalas

NBR 8403 – Aplicação de Linhas em desenhos - Tipos de Linhas – Larguras das linhas

NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

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Escrita Técnica

NBR 8402 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico

Com o objetivo de criar uniformidade e legibilidade para evitar prejuízos na clareza do esboço ou

desenho e até a possibilidade de interpretações erradas, esta norma citada acima fixou as características

da escrita em desenho técnico Proporções e dimensões de símbolos gráficos

Há relações permitidas entre a altura de letras maiúsculas (h) e minúsculas (c),

espaçamentos entre caracteres (a), linhas (b) e palavras (e), espessuras (d), segundo tabela abaixo:

Características Relação Dimensões (mm)

Altura de letras maiúsculas

Altura de letras minúsculas

h

c

(10/10)h

(7/10)h

2,5

-

3,5

2,5

5

3,5

7

5

10

7

14

10

20

14

Distância mínima entre caracteres

Distância mínima entre linhas de base

Distância mínima entre palavras

a

b

e

(2/10)h

(14/10)h

(6/10)h

0,5

3,5

1,5

0,7

5

2,1

1

7

3

1,4

10

4,2

2

14

6

2,8

20

8,4

4

28

12

Largura da linha d (1/10)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2

Exemplo de caracteres usados (fonte ISOCP.TTF que acompanha o AutoCAD)

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

abcdefghijklmnopqrstuwvxyz

1234567890

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

abcdefghijklmnopqrstuwvxyz

1234567890

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Também é comum usar a fonte Simplex no AutoCAD, em versões anteriores

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ

abcdefghijklmnopqrstuwvxyz

1234567890

Escala

NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de escalas

Definição

“A Escala indica a relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e

suas dimensões reais”. (Neilzel, 1974, p.23).

Para designá-la emprega-se a palavra ESCALA ou, abreviadamente, ESC., seguida da

indicação da relação:

Esc. 1 : 500

Medida do Desenho Medida Real

Nesse exemplo, a cada unidade do desenho corresponde a 500 unidades reais.

Lê-se ‘escala um por quinhentos’, ou ‘escala um para quinhentos’. Recomendações

Para a escolha de uma escala considera-se o tamanho do objeto, as dimensões do papel e a

clareza do desenho.

As cotagens são realizadas pela medida real, independentemente do tipo de escala.

Na ampliação e na redução, as medidas angulares são preservadas.

A escala é apresentada na legenda. Em desenhos sem escala, esta informação deve constar

como Esc. S/E (sem escala). Havendo mais de uma escala na mesma folha, elas devem ser apresentadas

próximas aos respectivos desenhos.

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Tipos

Há três tipos de escala:

Escala Natural (Esc. 1:1)

Permite representar objetos em seu tamanho real.

Escala de Redução (Esc. 1: x)

As medidas do desenho são menores do que as medidas naturais do objeto.

Fórmula para cálculo: R

Dx , onde:

R: medida real

D: medida do desenho

1

x: fator de redução

ESC. 1:5 D = = 50

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Escala de Ampliação (Esc. x:1)

As medidas do desenho são maiores do que as medidas naturais do objeto.

Fórmula para cálculo: Rx D , onde:

R: medida real

D: medida do desenho x : fator de ampliação

Esc. 2:1 D = 20 . 2 = 40

Folha – lay-out e dimensões

NBR 10068 – Folha de desenho – Lay-out e dimensões

A norma NBR 10068 padroniza as características dimensionais das folhas e a disposição de

margens, quadro, legenda, marcas de centro, escala, sistema de referência de malhas e marcas de corte.

As folhas de desenho podem ser utilizadas nas posições horizontal ou vertical.

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Formatos

A norma esclarece que o original deve ser executado em menor formato possível, sem

prejudicar a clareza do desenho. Formatos da série A

O formato básico é denominado A0, e apresenta área igual a 1m2. A razão entre a

altura e a largura é de 2 , para todos os formatos. Do formato básico derivam os demais, de modo que o

formato A1 apresenta a metade da área do formato A0 e assim por diante:

Observa-se, partindo do formato A4, que o lado maior de cada

formato é igual ao lado menor do formato anterior. O dobro do lado

menor de um formato é a medida do lado maior do formato anterior.

Há também outros formatos maiores e menores que os indicados,

mantendo a proporção indicada.

Margem e quadro

O quadro delimita o espaço para o desenho.

As margens são delimitadas pelo contorno

externo da folha e pelo quadro.

As dimensões das margens e a largura da linha no quadro variam para cada

formato da série A:

Formato Margem Esquerda (mm) Demais Margens (mm) Largura da linha no quadro (mm)

A0 25 10 1,4

A1 25 10 1

A2 25 7 0,7

A3 25 7 0,5

A4 25 7 0,5

Legenda

A legenda é uma região da folha, delimitada por um retângulo situado no canto

inferior direito, junto à margem, que fornece informações de identificação e interpretação do desenho. A

direção da leitura deve ser a mesma do desenho.O tamanho da legenda varia de acordo com o formato da

série A:

Formatos Comprimento (mm)

A0, A1 175

A2, A3, A4 178

Permite-se, no formato A4, na vertical, que a legenda seja apresentada ao longo da largura da folha.

Folha Dimensões (mm) Área (m2)

A0 841 x 1.189 1

A1 594 x 841 0,5

A2 420 x 594 0,25

A3 297 x 420 0,125

A4 210 x 297 0,0625

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Folha - apresentação

NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico

Espaços

O espaço da folha de desenho é subdividido nas seguintes regiões: Espaço para desenho

Os desenhos são apresentados nas posições horizontal ou vertical. Havendo mais

de um desenho, o principal é apresentado no canto superior esquerdo. Se possível, a disposição deve

considerar o dobramento das cópias. Espaço para texto

Os textos são inseridos em espaço próprio e visam a esclarecer o desenho, se

necessário. Contém informações de explanação, instrução, referência e tábua de revisão.

São inseridos no canto direito, junto à margem ou na margem inferior e, nesse

caso, a altura é variável. A largura do espaço para texto é igual a da legenda ou, no mínimo, 100mm. É

separado em colunas e, se possível, a disposição deve considerar o dobramento das cópias.

Explanação Contém as informações necessárias a leitura do desenho,

como símbolos especiais, designação, abreviaturas e tipos de dimensões.

Instrução Contém informações necessárias à execução do desenho,

como lista de material, estado de superfície, local de montagem e número de peças. Havendo

mais de um desenho, as instruções podem, também, ser inseridas próximas a cada um deles.

Referência Contém informações referentes a outros desenhos e/ou

outros documentos.

Tábua de Revisão Contém as eventuais alterações no desenho, após sua

aprovação inicial e apresenta as seguintes informações:

Designação de revisão: número ou letra seqüencial;

Referenda da malha;

Informação do assunto da revisão;

Assinatura do responsável pela revisão;

Data da revisão.

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Espaço para legenda

A legenda consolida as seguintes informações, podendo ter supressões ou

acréscimo de dados relevantes ao entendimento do desenho:

Designação da firma;

Nome do projetista, responsável pelo conteúdo do desenho;

Local, data e assinatura;

Nome e localização do projeto;

Conteúdo do desenho;

Escala;

Número do desenho;

Designação da revisão;

Indicação do método de projeção;

Unidade utilizada no desenho.

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Margens Formato A3 em mm

420

7

25

297

7

178

7

Exemplo de Legenda

178

50 78 50

Cada linha 10 4 linhas = 40 altura

OBS.: As divisões da coluna e altura da legenda não está na norma pode variar.

Logotipo Curso: Turma/período:

Nome: Data:

Título do projeto: Esc.:

Visto professor:

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Dobramento de cópia

NBR 13142 – Desenho técnico – Dobramento de cópia

A norma NBR 13142 define critérios para a realização padronizada do dobramento das

cópias do desenho técnico dos formatos da série A.

Regras para a execução do dobramento

Após o dobramento as folhas A0, A1, A2, A3 e também as de tamanhos maiores,

permanecem com as dimensões da folha A4 (210 mm x 297 mm).

O dobramento permite que a legenda continue visível.

Ele se inicia pelo lado direito, em dobras verticais, de acordo com as medidas

indicadas para cada formato.

No caso de arquivamento, o canto superior esquerdo é dobrado para trás.

Esquemas para cada formato da série A

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9. Linhas

NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de Linhas - Largura de linhas

A norma NBR 8403 fixa os tipos de linhas permitidos em desenho técnico e suas

interpretações. Tipos de linhas

Linha Denominação Aplicação

A Contínua larga A1 – contornos visíveis

A2 - arestas visíveis

B Contínua estreita B1 - linhas de intersecção imaginárias

B2 - linhas de cotas

B3 - linhas auxiliares

B4 – linhas de chamadas

B5 – hachuras

B6 – contornos de seções rebatidas na

própria vista

B7 – linhas de centros curtas.

C Contínua estreita a mão livre C1 - limites de vistas ou cortes parciais

ou interrompidas se o limite não

coincidir com linhas traço e ponto

D Contínua estreita em ziguezague D1 - para desenhos confeccionados por

máquinas

E Tracejada larga E1 - contornos não visíveis

E2 - arestas não visíveis

F ----------------------------- Tracejada estreita F1 - contornos não visíveis

F2 - arestas não visíveis

G Traço e ponto estreita G1 - linhas de centro

G2 – linhas de simetrias

G3 – trajetórias

H

Traço e ponto estreita, larga nas

extremidades e na mudança de direção

H1 - planos de corte

J Traço ponto larga J1 - indicação das linhas ou superfícies

com indicação especial

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10 Teoria da Projeção

“O desenho funciona como elo de ligação entre a concepção e a fabricação”.

(Silva et al, 2006, p.41)

A palavra projeção é oriunda do latim “projectione” e denomina o processo de incidência dos raios sobre um

objeto em um determinado plano.

A idéia de projeção está vinculada com o fato de necessitarmos representar modelos tridimensionais em um

plano (folha). A imagem que se pode obter por projeção em 2D de um objeto existente em 3D, resulta de uma relação

entre três entidades: OBSERVADOR, OBJETO e PLANO DE PROJEÇÃO. As infinitas combinações entre essas três

entidades resultam em infinitas projeções. Estudaremos, em particular, a projeção ortogonal, pois é a mais empregada

no desenho técnico, por ser a representação mais fie a forma do modelo.

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Projeção Ortogonal Primeiras Definições

Projeção Ortogonal de um ponto sobre um plano

Chama-se projeção ortogonal de um ponto sobre um

plano ao pé da perpendicular ao plano conduzida pelo ponto.

Traçamos uma reta perpendicular (linha

projetante) ao plano que passa por A e

intersecta o plano no ponto A’ (projeção

ortográfica do ponto A).

Projeção Ortogonal de uma figura sobre um plano

Chama-se projeção ortogonal de uma figura sobre

um plano ao conjunto formado pelas projeções ortogonais dos pontos dessa figura sobre o

plano.

Projeção Ortogonal de segmento sobre um plano

Traçamos duas projetantes a partir dos extremos do

segmento AB ( AB ), que determinam no plano os pontos A’ e B’.

Segmento paralelo ao plano:

A projeção é um segmento de reta de mesma

medida do segmento original, ou seja, a

projeção mantém a verdadeira grandeza de

AB .

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Segmento oblíquo ao plano:

A projeção é um segmento de reta menor que

o segmento original, ou seja, a projeção não

preserva a verdadeira grandeza de AB .

Segmento perpendicular ao plano:

A projeção não preserva a verdadeira

grandeza de AB , pois a projeção de um

segmento perpendicular ao plano é um ponto.

Projeção Ortogonal de um retângulo sobre um plano

Traçamos as projetantes a partir dos pontos A, B, C

e D, que determinam, no plano, os pontos A’ B’ C’e D’. Unindo os pontos de projeção obtemos

o retângulo A’B’C’D’.

Retângulo paralelo ao plano:

A projeção é um retângulo de mesma medida

do retângulo original, ou seja, a projeção

preserva a verdadeira grandeza do polígono

ABCD.

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Retângulo oblíquo ao plano:

A projeção é um retângulo menor que o

retângulo original, ou seja, a projeção não

preserva a verdadeira grandeza do polígono

ABCD.

Retângulo perpendicular ao plano:

A projeção não preserva a verdadeira

grandeza do polígono ABCD, pois a sua

projeção é um segmento de reta.

Planos de Projeção - elementos Planos de Projeção

São planos que se intersectam perpendicularmente: plano vertical

e plano horizontal. Linha de Terra (LT)

Reta determinada pelo encontro dos planos de projeção. Diedros

São as quatro regiões limitadas pelos planos de projeção. Épura

É a planificação do diedro. Permite a visualização do objeto em um

só plano e consiste na rotação do plano horizontal no sentido horário, enquanto que o vertical

permanece imóvel. No plano vertical, as alturas são denominadas “COTAS” e no plano

horizontal as distâncias são denominadas “AFASTAMENTOS”.

Épura é, portanto, a representação de uma figura espacial pelas

suas projeções no plano. A LT serve de referência para a tomada de medidas na épura.

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No desenho técnico não se utilizam o 2º e o 4º diedros, porque a

planificação provoca superposição de projeções, o que dificulta a interpretação do objeto

projetado. A representação no 1º diedro é chamada de MÉTODO EUROPEU e a representação

no 3º diedro é chamada de MÉTODO AMERICANO.

Vistas Ortográficas

NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

A norma NBR 10067 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. Vista

Chama-se VISTA a projeção ortogonal paralela de um objeto num plano

de projeção.

Em particular, a projeção ortogonal é o “método de representar a forma

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exata de um objeto por meio de duas ou mais projeções desse objeto sobre planos que, em

geral, estão em ângulo reto entre si baixando-se perpendiculares do objeto ao plano. O

conjunto das vistas sobre esses planos descreve totalmente o objeto” (French e Vierck, 1995,

p.151).

A Norma Brasileira recomenda a representação em projeção ortogonal

segundo o Sistema Europeu (representação no 1º diedro) sempre que possível. A disposição

das vistas é realizada segundo um dos dois métodos:

Método Europeu (1º diedro)

Nesse método, o objeto se encontra entre o observador e o

plano de projeção.

Posição Relativa das vistas

no 1º Diedro:

Fixando a Vista Frontal (A),

as posições relativas das

demais vistas são:

(B) Vista Superior (abaixo)

(C) Vista Lateral Esquerda (à

direita)

(D) Vista Lateral Direita (à

esquerda)

(E) Vista Inferior (acima)

(F) Vista Posterior (à direita

ou à esquerda)

Símbolo que indica que o desenho técnico está representado

no 1º diedro.

Deve ser apresentado no canto inferior direito da folha de

papel dos desenhos técnicos ou na legenda.

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Método Americano (3º diedro)

Nesse método, o plano de projeção encontra-se entre o

observador e o objeto. Este sistema é adotado pela ASA (American Standard Association).

Posição Relativa das vistas no

3º Diedro:

Fixando a Vista Frontal (A), as

posições relativas das demais

vistas são:

(B) Vista Superior (acima)

(C) Vista Lateral Esquerda (à

esquerda)

(D) Vista Lateral Direita (à

direita)

(E) Vista Inferior (abaixo)

(F) Vista Posterior (à direita ou

à esquerda)

Símbolo que indica que o desenho técnico está representado

no 3º diedro.

Deve ser apresentado no canto inferior direito da folha de

papel dos desenhos técnicos ou na legenda.

Escolha das Vistas

A escolha das vistas segue as seguintes recomendações: Vistas Necessárias

Emprega-se a posição mais simples entre todas, colocando-

se o objeto de maneira que as faces principais fiquem perpendiculares às direções de

observação das vistas e paralelas aos planos de projeção.

“A vista principal deve ser escolhida de modo a fornecer a

maior quantidade de informação sobre a peça. Quando existirem dúvidas quanto à vista a ser

utilizada para a visa principal, deve ser usada a posição de serviço da peça, ou seja, a vista de

frente dessa peça no desenho do conjunto de peças onde ela se localiza” (Silva et al, 2006,

p.55).

As vistas devem ser em número necessário e suficiente.

“As projeções devem conter o menor número possível de

linhas invisíveis. Nenhum detalhe deve ser invisível em todas as vistas. O espaçamento entre

vistas deve ser constante, permitindo a correspondência entre pontos das diferentes vistas”

(Silva et al, 2006, p.56).

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Vistas Auxiliares

São projeções parciais, representadas em planos auxiliares

para evitar deformações e facilitar a interpretação.

É aplicável obrigatoriamente quando existem detalhes a

serem projetados que não são paralelos aos planos de projeção, ou seja, em nenhuma das

projeções ortogonais se conseguem projetar a verdadeira grandeza desses detalhes.

Simplificações

Para abreviar a execução do desenho, em algumas

situações em que o entendimento não é comprometido, é possível realizar simplificações:

Simetria: não é necessário representar totalmente

determinadas vistas. Nesses casos, desenha-se apenas uma das partes do objeto. A linha de

simetria é representada por linha traço e ponto estreita.

1/2 vista ¼ de vista

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Vistas Encurtadas: representam-se peças

longas somente pelas partes da peça que

contém detalhes. Os limites das partes

retidas são representados por linha contínua

estreita em ziguezague.

Faces Planas: para indicar que determinada

área de uma vista corresponde a uma região

plana, costuma-se traçar suas diagonais com

linhas contínua estreita.

Repetições - múltiplos furos: em peças com

múltiplos furos idênticos, pode-se representar

apenas um dos furos e, para os restantes,

definir unicamente os respectivos centros.

Ampliações

Detalhes devem ser evidenciados quando, no desenho

inicial, for omitido detalhes ou cotagem. Nesse caso o detalhe é circundado com linha estreita

contínua e denominado com letra maiúscula. O detalhe correspondente é desenhado em escala

ampliada e identificada.

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Perspectivas Definição

Perspectiva é o desenho que mostra objetos da maneira como eles são

vistos, na realidade. Ela representa graficamente as três dimensões do objeto em um único

plano.

Além da representação de vistas ortográficas (frontal, lateral e

superior), o desenho técnico contém outras informações capazes de transmitir a idéia

tridimensional do modelo. Ao observar a representação das vistas ortográficas de um modelo,

o observador deve ser capaz de identificar a perspectiva que corresponde a estas vistas e por

outro lado, ao observar a representação de um modelo em perspectiva, o observador deve ser

capaz de imaginar como são as vistas ortográficas do modelo. Modelos de Representação

As representações são divididas em dois grupos:

Extraído de Silva et al, 2006, p.97

Projeção Paralela ou Cilíndrica

Projeção de centro impróprio, ou seja, a distância entre o

observador e o objeto é infinita. Desta forma, os raios incidentes são paralelos entre si.

Nesse curso estudaremos somente as perspectivas

isometria e cavaleira. Perspectiva Isométrica

Na projeção ortogonal, os raios são perpendiculares ao plano de

projeção.

x,y, z: eixos isométricos. Formam entre si

ângulos de mesma medida, iguais a 120º.

O: origem

Os eixos isométricos e as suas respectivas

paralelas guardam a verdadeira grandeza do

objeto.

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Perspectiva Cavaleira

Na projeção oblíqua, os raios são oblíquos ao plano de projeção.

Apresenta uma face paralela ao quadro, em verdadeira grandeza. As

arestas que representam a profundidade sofrem redução, de acordo com o seu grau de

inclinação:

Inclinação de 30º

Inclinação de 45º

Inclinação de 60º

redução de 1

3 redução de

1

2 redução de

2

3

21:1:

3

11:1:

2

11:1:

3

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Cotagem

NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico

A norma NBR 10126 fixa os princípios gerais de cotagem. Definição

Segundo a norma, cotagem é a “representação gráfica no desenho da

característica do elemento, através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade

de medida”. Considera-se elemento “uma das partes características de um objeto, tal como

uma superfície plana, uma superfície cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca, uma hachura,

um contorno, etc”.

As cotas são apresentações das medidas reais do objeto e das posições

relativas entre seus elementos. Permitem também registrar quantidades, códigos, ordem de

montagem, entre outros.

Lembramos que redução ou ampliação determinadas na escala,

impactam o desenho, mas não as cotas.

Elementos de Cotagem

A cotagem requer os seguintes elementos:

Linha auxiliar, de chamada ou de extensão

É perpendicular ao elemento a ser cotado e permite

delimitar as linhas de cotas. São representadas por linha contínua estreita. Distam do

elemento cerca de 3mm, impedindo que se toquem. Prolongam-se cerca de 2mm após a

intersecção com a linha de cota.

Apresentam-se também obliquamente ao

elemento (cerca de 60º).

Linha de cota

É a linha na qual a dimensão é inserida. É representada por

linha contínua estreita. É perpendicular às linhas auxiliares e paralela ao elemento a ser

cotado. É inserida no desenho, preferencialmente fora da vista. Ela se encerra nas linhas de

chamadas, nas linhas de eixos ou nos contornos visíveis da vista.

A linha auxiliar ultrapassa a linha de cota em cerca de

3mm. As linhas de cotas distam entre si cerca de 7mm, assim como uma linha de cota e o

elemento cotado.

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O limite da linha de cota, que é a intersecção entre as

linhas de chamada e as linhas de cotas, pode ser representado por:

Setas, mais utilizadas na engenharia elétrica. A proporção ente a largura e a altura da seta é,

respectivamente, aproximadamente ‘a’ e ‘a/3’. Formam ângulos de 15º com a linha de cota.

A seta pode ser aberta ou preenchida.

Pontos, mais utilizados na arquitetura.

Traços de 45º em relação ao elemento

cotado, mais utilizados na engenharia civil.

O limite da linha de cota deve ser o mesmo em todo o

desenho, exceto em espaço muito pequenos, em que traços e setas podem ser apresentados.

Ainda em espaços pequenos, permite-se que

as setas sejam apresentadas externamente,

no prolongamento da linha de cota.

Cota

Indica, numa determinada unidade, a dimensão do

elemento cotado.

É inserida acima e paralelamente às

respectivas linhas de cota, preferivelmente no

centro, ou ainda na interrupção central da

linha de cota. Quando a linha de cota for

vertical, a cota será inserida

preferencialmente no lado esquerdo.

Se a linha da cota estiver em posição

inclinada, situa-se conforme indicado ao lado.

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As letras, símbolos e algarismos são padronizados, em

tamanho que permita a legibilidade (dos originais e das cópias).

Para melhorar a interpretação da medida, usam-se os

seguintes símbolos em precedência à cota. O símbolo do diâmetro e do quadrado podem ser

omitidos quando a forma do elemento for claramente indicada:

Diâmetro

Raio

Quadrado

Diâmetro esférico

Raio esférico

Exemplos:

Linha de Referência

São linhas utilizadas para apresentar observações do

desenho.

São representadas por linha contínua estreita

e colocadas obliquamente, preferivelmente

num ângulo de 30º, 45º ou 60º, em relação

ao elemento.

Cotagem nas vistas ortogonais

Recomenda-se observar os itens abaixo listados, para a cotagem nas

vistas ortogonais: Regras gerais

As cotas são feitas com o objetivo de apresentar as

dimensões da peça, sem deixar margem para dúvidas ou realização de contas por parte de

quem interpreta o desenho.

As cotas são distribuídas entre todas as vistas, evitando-se

cotar determinado elemento na vista em que ele não é visível.

Podem-se cotar as dimensões máximas (largura,

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comprimento e altura) entre as duas vistas as quais tais dimensões sejam comuns.

As cotas maiores são colocadas depois das menores,

evitando cruzamentos de linhas auxiliares e linhas de cota. Caso ocorra, as linhas não devem

ser interrompidas nos cruzamentos.

Cada cota deve ser mostrada uma única vez.

O elemento a ser cotado não poderá ser utilizado como

linha de cota.

A linha de centro, de simetria e os elementos

do desenho não podem ser usados como

linhas de cotas.

As linhas de centro e de simetria podem ser

usadas como linhas auxiliares. Neste caso, a

linha de centro deve continuar como tal até a

linha de contorno do objeto.

Nas vistas encurtadas, a cota informada

refere-se ao elemento completo.

Para espaços estreitos, omitem-se as setas

das linhas de cotas.

Cotagem de circunferências

As circunferências são cotadas pelos diâmetros ou raios.

A cotagem pelo raio apresenta somente uma seta de

limitação da linha de cota, podendo ser dentro ou fora do contorno. Cotada pelo diâmetro, a

linha de cota apresenta duas setas. Pode-se ainda cotá-la com o auxilio de linhas de

referência.

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Cotagem de cordas

A cotagem de cordas é realizada conforme exemplo:

Cotagem de superfícies chanfradas

Podem ser cotadas conforme exemplos abaixo:

Cotagem de ângulos

Na cotagem de ângulos, a cota será preferencialmente

centrada, alinhada com a linha de cota.

Podem-se também empregar linhas de

referência para espaços pequenos.

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A ilustração ao lado apresenta a correta

posição das cotas

Cotagem de arcos

A cotagem de arcos pode ser feita conforme os exemplos

abaixo:

Para arcos muitos grandes, cujos centros não estão definidos no

desenho, apresenta-se a linha de cota “quebrada”.

Cotagem de tolerância

As tolerâncias1 são acrescentadas após o valor da cota

nominal, precedida de + ou -.

Entende-se por cota nominal a dimensão a

partir da qual são derivadas as dimensões

limites, pela aplicação dos afastamentos

(inferior e superior).

1 Tolerância: variação permissível da dimensão de um elemento, dada pela diferença entre a dimensão máxima e

mínima.

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Cotagem em paralelo

As linhas de cotas são paralelas entre si e se

iniciam a partir de um mesmo elemento.

Pode ser utilizada em uma ou mais direções.

Cotagem por coordenadas

Consideram-se as coordenadas x e y e as

cotas são dadas a partir do P(0,0).

Cotagem de desenhos em perspectiva

Empregam-se as linhas auxiliares, linhas de cota e cota.

As linhas de cota e de extensão devem ser colocadas de forma que

fiquem dentro da face à qual a cota se refere ou perpendicular a ela.

Os algarismos das cotas são colocados de forma que fiquem no plano no

qual estão as linhas de cota e de extensão; As cotas são desenhadas em perspectiva, por

letras do tipo vertical.

As linhas de cota acompanham a direção das arestas.

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ESCALIMETRO SUA FINALIDADE E UTILIZAÇÃO:

O escalímetro, escala ou régua triangular, é dividido em três faces, cada qual com duas

escalas distintas. Pode-se, nesse caso, através da utilização de múltiplos ou submúltiplos

dessas seis escalas, extrair um grande número de outras escalas.O escalímetro

convencional utilizado na engenharia e na arquitetura é aquele que possui as seguintes

escalas 1:20; 1:25; 1:50; 1:75; 1:100; 1:125. Cada unidade marcada nas escalas do

escalímetro correspondem a um metro. Isto significa que aquela dada medida

corresponde ao tamanho de um metro na escala adotada

Para ler ou redigir desenhos com auxílio de um escalímetro, é necessário saber que:

1 – Identificar visualmente se o desenho foi reduzido, ampliado ou está representado na

escala natural

2 – As indicações de escala existentes nos escalímetros vendidos no comércio só contêm

escala de redução, 1:20;1:25; 1:50;1:100; 1:75; 1:125, etc,

3 – Todos os escalímetros existentes no sistema ISO são baseados no metro.

Leitura com Escalas de redução

Tome como exemplo a peça abaixo, Figura 1, que foi redigida numa escala de 1:20, significa

que a peça foi desenhada vinte vezes menor do que ela realmente é, uma leitura com um

escalímetro 1:20 deve ser realizada da seguinte forma:

1º) Determinar quanto vale a menor divisão do escalímetro: verifique quantas divisões

existem de 0 a 1m (existe escalímetro indicando de 0 a 10m, e de 0 a 100m, deve-se

proceder da mesma forma), neste caso existem 50 divisões, logo cada divisão vale 0,02

metros, (no de 0 a 10 valeria 0,2 m e no de 0 a 100 valeria 2m),

2º) Contamos quantas divisões existem de zero até o final da peça, no exemplo abaixo são

65 divisões,

3º) A dimensão real da peça é 1,3 metros que é resultado do produto de 65 (número de

divisões no escalímetro do início ao final da peça) vezes 0,02 metros (valor da menor divisão

deste escalímetro).

Fig. 1 Escala de Redução

Nota: A leitura das outras escalas existente no escalímetro, deve ser realizada de forma

idêntica ao apresentado.

Leitura com escala de ampliação:

Como ler ou redigir desenhos ampliados com o auxílio de escalímetros? Foi visto no

exemplo anterior que é fácil ler e redigir desenhos diretamente sem qualquer artifício

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utilizando o escalímetro, desde que as escalas sejam de redução, mas com um pequeno

artifício podemos utilizá-lo em desenhos ampliados.

Seja um desenho redigido numa escala de 5:1, que é uma das escalas de ampliação

padronizadas, vamos re-escrevê-la das seguinte forma:

isto quer dizer que podemos ler ou redigir desenhos na escala de 5:1, utilizando o

escalímetro de 1:20, desde que ao fazermos a leitura se tenha em mente que a dimensão

real da peça é 100 vezes menor do que o valor apresentado no escalímetro. Como cada

divisão da escala de 1:20 vale 0,02 metros, isto quer dizer,que cada divisão na nova

escala de 5:1 passará a valer 100 vezes menos.!!!, isto é valerá 0,0002 metros.

O desenho abaixo foi redigido na escala de 5:1, a leitura do escalímetro deve ser

realizada da seguinte forma: na escala de 1:20, a dimensão indicada vale 1,3m, como já

foi visto, mas como a escala no qual foi redigido é 5:1, teremos que dividir este valor por

100, para encontrarmos a dimensão real da peça. Realizando esta simples operação

encontramos para dimensão real 13 mm.

Fig 2 Escala de ampliação

Fig 3 Escala de ampliação

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- Escala 1:125 (lê-se um por cento e vinte e cinco)

Essa escala é pouco usada, pois proporciona ao projeto uma redução muito acentuada, não

permitindo a visualização perfeita de detalhes.Nela, a cada cinco metros no sentido

horizontal, equivale no projeto um traçado de quatro centímetros, ou a cada dois metros e

meio, a equivalência é de dois centímetros.

- Escala 1:100 (lê-se um por cem) Essa escala também é pouco utilizada, mais podemos vê-la em alguns projetos que não precisam ter muitas especificações técnicas.A conversão nela é a cada metro, equivale a um centímetro.

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Escala 1:75 (lê-se um por setenta e cinco)

É raro de se ver um projeto executado nesta escala, mais temos que conhecê-la, para não nos atrapalhar quando vermos um projeto em que ela é utilizada.Sua conversão é um pouco complicada, pois a cada dois metros e meio , equivale no traçado em torno de três centímetros e três milímetros, por isso quase nunca é utilizada.

- Escala 1:50 (lê-se um por cinquenta)

Essa é a escala mais usada e preferida por quase todos os Engenheiros, Arquitetos e Projetistas, pois proporciona um projeto desenhado no tamanho ideal para leitura e interpretação, levando-se em conta o tamanho do papel encontrado no comércio em geral para esse tipo de trabalho.Nela, cada metro de parede no sentido horizontal, equivale a dois centímetros no desenho do projeto.

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- Escala 1:25 (lê-se um por vinte e cinco) Essa escala proporciona uma boa redução no desenho, permitindo uma maior visualização dos detalhes, mas ficando o projeto desenhado muito grande, causando a utilização de papel em tamanho extenso, daí sua pouca utilização. Nela, cada metro equivale a quatro centímetros no desenho.

- Escala 1:20 (lê-se um por vinte) O projeto desenhado nesta escala fica em tamanho desproporcional, dificultando, dificultando seu manuseio, transporte e arquivamento, sendo utilizado somente em situações muito especiais, e sua equivalência é de cada metro, equivale a cinco centímetros no desenho, tornando assim o desenho do projeto em tamanho enorme.

Como desenhar objetos na escala de ampliação com o escalímetro convencional que apresenta escalas de redução, é necessário que convertamos inicialmente a escala 2:1 para uma escala de redução próxima. Isto significa que a escala 2:1 = 1:0,5. Como esta última é uma escala de redução, basta tentarmos verificar no escalímetro convencional uma escala mais próxima para podermos trabalhar. Essa escala é a 1:50 que é 100 vezes menor que a escala de 1:0,5. Assim, para desenhar um objeto na escala 1:0,5 ou 2:1 basta ler as unidades do escalímetro 1:50. A diferença é que cada unidade em vez de corresponder a 1 m , será igual a 1m/100 = 1 cm ou 10 mm . Assim, em vez de ler 1m para cada unidade, deve-se ler, para cada unidade, o valor de 1 cm ou 10 mm.

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Estado de Superfícies

NBR 8404 – Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos

A norma NBR 8404 apresenta os símbolos e indicações complementares para a

identificação do estado de superfície em desenhos técnicos. Simbologia

O símbolo básico é constituído por duas linhas

de comprimento desigual, inclinadas 60º em

relação ao traço que representa a superfície.

Só pode ser usado quando seu significado for

complementado por uma indicação.

Remoção de material facultativa.

Exigência de remoção de material.

Caracteriza uma superfície usinada sem

maiores detalhes.

Remoção de material não permitida.

Pode informar, também, que a superfície

deve permanecer como foi obtida no estágio

precedente de fabricação.

Indicação de características especiais.

Disposição do estado de superfície no símbolo

A disposição geral das indicações do estado de superfície no símbolo é:

a: valor da rugosidade Ra, ou classe de

rugosidade N1 à N12.

b: método de fabricação, tratamento ou

revestimento.

c: comprimento de amostra, em mm.

d: direção de estrias

e: sobremetal para usinagem, em mm.

f: outros parâmetros de rugosidade (entre

parênteses).

Indicações relativas a rugosidade, processo de fabricação ou

sobremetal, são inseridas no desenho quando são importantes para a função da peça e tão

somente nas superfícies em que forem necessárias.

A escrita no símbolo é feita com letra vertical, obedecendo a NBR 8402. Rugosidade (a)

O valor que indica a característica principal da rugosidade é inserido

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sobre os símbolos apresentados anteriormente.

Se o valor for único então indica o valor

máximo permitido de rugosidade.

Se forem indicados dois valores os mesmos

indicam os limites máximos (a) e mínimos (b)

da característica principal da rugosidade.

Característica Principal de Rugosidade

A característica principal de rugosidade Ra é indicada pelos

números da classe de rugosidade correspondente:

Indicação das Características Especiais do Estado de Superfície

Classe de Rugosidade Desvio Médio Aritmético (Ra), em m

N12 50

N11 25

N10 12,5

N 9 6,3

N 8 3,2

N 7 1,6

N 6 0,8

N 5 0,4

N 4 0,2

N 3 0,1

N 2 0,05

N 1 0,025

Método de Fabricação (b)

Indica-se um processo específico de

fabricação para o estado de superfície,

inserindo seu nome sobre um traço horizontal

complementar ao símbolo.

Comprimento da amostra (c)

O comprimento da amostra é tratado na NBR6405.

Exemplificando, o comprimento da amostra é igual a 2,5 mm.

Direção de Estrias (d)

Indica-se a direção das estrias por um dos símbolos apresentados na

seqüência. Considera-se a direção predominante das irregularidades, resultado do processo

de fabricação.

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Símbolos para direção de estrias

Símbolo Interpretação

Paralela ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo

é aplicado

Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o

símbolo é aplicado

Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de

projeção da vista sobre o qual o símbolo é aplicado

Muitas direções

Aproximadamente central em relação ao ponto médio da

superfície ao qual o símbolo é referido

Aproximadamente radial em relação ao ponto médio da

superfície ao qual o símbolo é referido

Na necessidade de indicar uma outra direção das estrias,

a mesma deve constar em nota no desenho.

Sobremetal para usinagem (e)

Exemplificando, o sobremetal para usinagem é igual a 2 mm.

Outros parâmetros de rugosidade (f)

Exemplificando, indicação entre parênteses de um parâmetro

de rugosidade diferente do Ra, no caso, R = 0,4 m.

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Indicação nos desenhos

Quando necessário utiliza-se uma linha de

indicação. Caso contrário, o vértice do

símbolo toca o lado externo da peça.

Se a peça apresenta o mesmo estado de superfície para toda a sua extensão, o símbolo é

apresentado junto à vista da peça, próximo a legenda ou, ainda, pode constar na própria

legenda.

Cortes e Secções

NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em

desenho técnico

A norma NBR 12298 fixa as condições exigíveis para representação de áreas em corte

em desenho técnico. A norma NBR 10067 apresenta também definições de cortes, secções e

tipos de corte. Corte

Corte é o desenho de uma peça depois de ser seccionada por um plano

imaginário convenientemente dirigido, e retirada da sua parte mais próxima do observador.

Corte significa divisão ou separação imaginária.

Os cortes são utilizados em desenhos de

peças e facilitam a interpretação de detalhes

internos.

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Representação

Os cortes são representados nas vistas atingidas. Para desenhar uma

projeção em corte, é necessário indicar o local em que a peça foi cortada por meio de setas e

letras que mostram a posição do observador.

Sob a vista representada em corte é indicado o nome do corte. Ex. corte

AA.

Os planos de cortes são indicados por uma linha de traço e ponto

estreita, larga nas extremidades e na mudança de direção.

Na vista hachurada, as linhas tracejadas podem ser omitidas, desde que

isso não dificulte a leitura do desenho.

Tipos de Corte Corte Total

O plano de corte

intersecta a peça em toda

a sua extensão.

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Meio-Corte

Corte típico de peças simétricas. A metade da

representação da peça é mostrada em corte,

permanecendo a outra metade em vista.

Quando uma peça é simétrica, não há necessidade de

empregarmos o corte total para mostrar seus detalhes internos. O meio-corte apresenta a

vantagem de indicar, em uma só vista, as partes interna e externa da peça.

Em peças com eixo de simetria horizontal, o meio corte é

representado na parte inferior, e nas peças com eixo de simetria vertical o meio corte é

representado à direita.

Corte Parcial

O plano de corte intersecta parte da extensão

da peça. Corte destinado a focalizar um

detalhe específico.

Nesse caso o corte é representado por uma

linha estreita em zigue-zague.

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Corte em desvio

A peça é intersectada por mais de um plano de corte em

toda a sua extensão. Destina-se a apresentar peculiaridades da peça.

Hachuras

Na projeção em corte, a superfície do objeto atingido pelo corte é

preenchido com hachuras. Elas podem também indicar o tipo de material a ser empregado na

produção do objeto representado.

Na representação geral de qualquer material, emprega-se a hachura

representada pelo desenho abaixo, cujos traços apresentam inclinação de 45º em relação às

linhas de contorno ou eixos de simetria. Os traços são realizados com linha estreita contínua,

numa mesma direção em toda a peça. Utilizando a representação geral, a identificação do

material pode ser listada em tabela.

O espaçamento mínimo dos segmentos que compõem a hachura é de

0,7 mm.

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A NBR 12298 especifica as hachuras para os seguintes materiais:

Elastômeros, vidros cerâmica e rochas

Concreto

Líquido

Madeira

Terra

Cotagem Unidades

Empregam-se as seguintes unidades:

Unidade Designação

Metro (m) Dimensões iguais ou superiores a 1m

Centímetro (cm) Dimensões inferiores a 1m

Milímetro (mm) São indicados como expoente

Exemplo: 2,205 (dois metros, vinte centímetros e 5 milímetros)

As linhas de cota permanecem fora do desenho, sempre que possível, afastando-se

aproximadamente 25 mm do último elemento a ser cotado. As demais linhas de cota afastam-se cerca de 10 mm da

última.

As linhas de chamada são interrompidas de 2 a 3mm do ponto dimensionado.

Os números (cotas) apresentam 3 mm de altura, afastando-se 1,5 mm da linha de cota.

Na impossibilidade de manter a dimensão da cota, ela é inserida ao lado, indicando seu

local exato com uma linha.

Nos cortes, marcam-se as cotas verticais.

As cotas são apresentadas em níveis: subdivisão de paredes e esquadrias, cotas das peças e

paredes e finalmente as cotas totais externas.

Evitar a duplicação de cotas.

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Nos vãos de portas e janelas a cota é indicada no vão acabado

pronto para receber as esquadrias.

Portas e Janelas

Em planta baixa, as portas são cotadas por largura x altura, posicionada ao longo das

folhas. As janelas por largura x altura / peitoril (largura por altura sobre peitoril), posicionada internamente ou

externamente à construção.

Cotas de nível

Níveis são cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada

referência (nível 0), previamente estabelecida.

São cotadas em metros (m) e indicadas por:

N.A. Nível Acabado

N.O. Nível em Osso

O nível acabado considera o piso em cerâmica e o nível em osso o contra-piso. As cotas de nível são representadas de

duas formas:

Projeções Ortogonais

As projeções ortogonais são empregadas no desenho arquitetônico,

com as designações de vistas frontal, lateral e planta. Planta Baixa

Planta obtida a partir de um corte horizontal, na altura de

aproximadamente 1,50m (variações entre 1, 20m a 1,60m) na edificação. Toma-se a vista

superior.

Sugere-se a escalas de 1:50 (preferencialmente), 1:75 ou 1:100.

O traçado das linhas na região do corte é realizado com traço forte. Os

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desníveis por linhas médias e os demais traços com linhas finas. Corte

Os cortes destinam-se a expor o maior número de detalhes, sendo

indicados na planta e apresentam as dimensões verticais da peça.

É o resultado da intersecção de um plano vertical (paralelo às paredes)

com a edificação. O corte pode ser transversal (plano passante pala menor dimensão) ou

longitudinal (plano passante pala menor dimensão). Toma-se a vista frontal. Admite-se

também cortes em desvio.

O plano vertical deve interseccionar a peça nas partes molhadas

(banheiro e cozinha), escadas e pólo de elevadores, de modo a evidenciar seus detalhes.

Os cortes ao desenhados na mesma escala da planta baixa.

Na planta baixa, indica-se o corte por linha tracejada

seguida de seta e letra maiúscula. A seta indica a

posição do observador. As letras identificam o corte

pois, numa mesma peça, freqüentemente há mais de

um corte.

Elevações ou Fachadas

A fachada é a “representação gráfica de planos externos da edificação”.

Nelas são apresentados os elementos visíveis externos e parte do telhado.

Elevação é a “representação gráfica de planos internos ou de elementos

da edificação”. Nelas são apresentados os vão de janelas, portas, entre outros. Na vista em

corte as portas e janelas são apresentadas fechadas.

Planta de Cobertura

É obtida pela vista aérea do telhado da edificação, acrescida de

informações do sistema de escoamento fluvial. Em geral e desenhada na escala de 1:100 ou

1:200.

As linhas não visíveis das paredes (situadas abaixo do telhado) são

indicadas por linhas tracejadas. O telhado é representado por suas águas (painel formado pela

cobertura).

VISTA INFERIOR

(NÃO USADA)

FACHADA LATERAL

DIREITA

FACHADA PRINCIPAL

FACHADA LATERAL

ESQUERDA

FACHADA

POSTERIOR

PLANTA DE

COBERTURA

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Plantas

Há diferentes tipos de plantas, com finalidades específicas:

Planta de Situação

Planta que apresenta a localização do lote no seu entorno. Identifica as

dimensões e formato do lote e seu posicionamento na região próxima (quarteirão). Planta de Locação (ou implantação)

Planta que “compreende o projeto como um todo”, considerando, além

construção, outras informações como: movimento de terra, arruamento, redes hidráulica,

elétrica e de drenagem.

Ela apresenta a localização da obra no lote, podendo apresentar

detalhes como área verde, localização de poste de energia, hidrômetro, rede de esgoto,

calçada e entrada. Planta de Edificação

“É a vista superior do plano secante horizontal, localizado a,

aproximadamente, 1,50m do piso de referência”. As plantas podem ser do térreo, subsolo,

sótão, entre outros.

Representação dos materiais

Os materiais são convencionados conforme indicação abaixo:

Concreto em vista

Concreto em corte

Mármore/granito em vista

Madeira em vista

Madeira em Corte

Compensado de madeira

Aço em corte

Isolamento térmico

Alvenaria em corte (dependendo da escala e

do tipo de projeto, pode ser utilizada hachura

ou pintura)

Argamassa

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Talude em vista

Enchimento de piso

Aterro

Borracha, vinil, neoprene, mastique, etc

Mármore/granito em corte

Projeto

“O projeto é uma idéia, é o resultado da imaginação criadora, ao escolher entre centenas de fatores

aquele que deve prevalecer. A habilidade e o conhecimento serão as bases para equilibrar a Arete e as

Ciências Técnicas no projeto”.

Gildo A. Montenegro

Considerando sua complexidade, um projeto admite, no mínimo, as

seguintes fases: Estudo Preliminar

Também chamado de esboço ou croqui, é o “estudo da viabilidade

de um programa e do partido arquitetônico a ser adotado para sua apreciação e aprovação

pelo cliente. Pode servir de consulta prévia para aprovação em órgãos governamentais”.

Nessa fase são elaborados os documentos: planta de situação;

plantas cortes e fachadas; e memorial justificativo. Eventualmente incluem-se: perspectiva;

maquete; desenvolvimento por meio de texto ou desenhos simplificados de fatos relevantes; e

análise preliminar de custo.

“Devem ser representados os elementos construtivos, ainda que

de forma esquemática, de modo a permitir a perfeita compreensão do funcionamento do

programas e partido adotados, incluindo níveis e medidas principais, áreas, acessos,

denominação dos espaços, topografia, orientação”.

Anteprojeto

“Definição do partido arquitetônico e dos elementos construtivos,

considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc). Nesta etapa, o projeto

deve receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar a

contratação da obra”.

Nessa fase são elaborados os documentos: plantas, cortes e

fachadas; memorial justificativo, abrangendo aspectos construtivos; discriminação técnica;

quadro geral de acabamento (facultativo); documentos para aprovação em órgãos públicos; e

lista preliminar de materiais. Eventualmente incluem-se: desenvolvimento de elementos de

interesse (casos especiais); maquete; e estimativa de custo.

“Devem ser representados os elementos construtivos, com

indicação de medidas, níveis, áreas, denominação de compartimento, topografia e orientação,

eixos e coordenadas. A descrição dos materiais adotados deve atender às necessidades da

etapa”.

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Projeto Executivo

“Apresenta de forma clara e organizada, todas as informações

necessárias à execução da obra e todos os serviços inerentes”.

Nessa fase são elaborados os documentos: locação; plantas, cortes e

fachadas; detalhamento; discriminação técnica; quadro geral de acabamentos (facultativo);

especificações; lista de materiais; quadro geral de áreas (facultativo). Eventualmente incluem-

se: maquete de elementos (detalhes) de interesse; e orçamento do projeto.

“Devem ser representados todos os materiais usados e suas

quantidades, os detalhes construtivos, além das recomendações necessárias para sua correta

execução”.

Bibliografia

Normas Técnicas

NBR 6158 – Sistema de Tolerâncias e Ajustes

NBR 6492 – Representação de projetos de Arquitetura

NBR 8196 – Desenho técnico - Emprego de escalas

NBR 8402– Execução de caracter para escrita em desenho técnico

NBR 8403 – Aplicação de Linhas em desenhos - Tipos de Linhas – Larguras das linhas

NBR 8404 – Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos

NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

NBR 10068 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões

NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico

NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico

NBR 10647 – Desenho Técnico

NBR 12298 – Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico

NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento de cópia

Livros

BUENO, C.P.; PAPAZOGLOU, R.S. Desenho Técnico para Engenharias. Curitiba: Juruá, 2008.

DAGOSTINO, F.R. Desenho Arquitetônico Contemporâneo. São Paulo: Hemus,.

FRENCH, Thomas Ewing; VIERK, Charles J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 5 ed. São

Paulo: Globo, 1995.

MAGUIRE, D. E; SIMMONS, C. H. Desenho Técnico: problemas e soluções gerais de desenho.

São Paulo: Hemus, 2004.

MONTENEGRO, G. A. Desenho Arquitetônico. 4.ed. São Paulo: Blucher, 2001.

NEIZEL, E. Desenho Técnico para a Construção Civil. v.1. São Paulo: EPU, 1974. Coleção

Desenho Técnico.

SILVA, Arlindo et al. Desenho Técnico Moderno. 3 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

VENDITTI, M. Desenho Técnico sem Prancheta com Autocad 2008. Florianópolis: Visual Books,

2007.