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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências Curso de Especialização em Engenharia de Instrumentação Uso do DSP na Instrumentação Associada à Medição Distribuída de Temperatura Antonio de Pádua Martins da Silva Orientador: Prof. Marcelo Cabral Cavalcanti Monografia apresentada ao Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco como parte dos requisitos para obtenção do Certificado de Especialista em Engenharia de Instrumentação Recife, 2008

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Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências

Curso de Especialização em Engenharia de Instrumentação

Uso do DSP na Instrumentação Associada à Medição Distribuída de Temperatura

Antonio de Pádua Martins da Silva

Orientador: Prof. Marcelo Cabral Cavalcanti

Monografia apresentada ao Centro de Tecnologia e Geociências da Universidade Federal de Pernambuco como parte dos requisitos para obtenção do Certificado de Especialista em Engenharia de Instrumentação

Recife, 2008

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Resumo

Uso do DSP na Instrumentação Associada à Medição Distribuída de Temperatura

Antonio de Pádua Martins da Silva

Dezembro/2008

Orientador: Prof. Marcelo Cabral Cavalcanti Área de concentração: Eletrônica Palavras-chaves: Medição Distribuída de Temperatura, DSP, LabVIEW®

Neste trabalho estudamos a utilização do processador de sinais digitais (DSP) na aquisição e

manipulação de sinais provenientes de sensores simulando uma medição distribuída de temperatura.

Procuramos também fazer uso do software gráfico LabVIEW® com o objetivo de

aproveitar a qualidade que os programas desse tipo proporcionam como interface amigável e

realística.

Na atual indústria de petróleo e gás tem sido cada vez maior o desafio no sentido de

maximizar as operações de exploração, produção e distribuição. Assim as empresas de exploração e

produção necessitam de ferramentas eficientes para administrar as informações, plataformas e

processos gerenciando de forma proativa suas operações.

Desta forma é necessário que os sistemas de instrumentação acompanhem esta evolução

utilizando novas técnicas como a da medição distribuída para monitoramento de diversas grandezas.

Dentre elas a temperatura é de fundamental importância em todo processo.

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Conteúdo

1 Introdução........................................................................................................................................4

1.1 Objetivos ..................................................................................................................................4

1.2 Motivação .................................................................................................................................4

1.2.1 Novas Tecnologias ........................................................................................................5

1.2.2 Tecnologia de Sensores Óticos......................................................................................6

1.2.3 Medição Distribuída.......................................................................................................9

1.2.4 Aplicações de Monitoramento de Temp. Distribuída na Indústria do Petróleo....10

1.3 Considerações Finais ............................................................................................................11

2. Tecnologias disponíveis................................................................................................................12

2. 1 Instrumentação Virtual ........................................................................................................12

2.2 LabVIEW®.............................................................................................................................13

2.3 Processador de Sinais Digitais - DSP....................................................................................15

2.3.1 A Família TMS320 ......................................................................................................17

2.3.2 Arquitetura do TMS320F2812 ...................................................................................18

2.3.3 Ambiente de Programação .........................................................................................19

2.3.4 Conversão Analógico Digital (ADC)..........................................................................21

2.4 Sensor de Temperatura - LM35 ...........................................................................................22

2.5 Considerações Finais .............................................................................................................24

3. Realização do Ensaio e Resultados Obtidos...............................................................................25

3.1 Montagem de Protótipo .........................................................................................................25

3.2 Objetivos do Ensaio................................................................................................................27

3.3 Programação do DSP .............................................................................................................27

3.4 Procedimentos Experimentais...............................................................................................28

3.5 Análises dos Resultados Obtidos...........................................................................................28

3.5.1 Sensores Próximos .......................................................................................................28

3.5.2 Sensores Distribuídos ..................................................................................................32

3.5.3 Resultados Obtidos com o LabVIEW®.....................................................................34

3.6 Considerações Finais .............................................................................................................37

4. Conclusões, melhorias possíveis, trabalhos futuros ..................................................................38

4.1 Conclusões.............................................................................................................................. 38

4.2 Melhorias possíveis, trabalhos futuros ................................................................................ 39

Referências Bibliográficas ...............................................................................................................39

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1 Introdução

A necessidade de monitoramento da temperatura é uma realidade em praticamente todos

os processos industriais que estão sob os efeitos dessa grandeza. Como conseqüência é a

temperatura a segunda grandeza mais medida no mundo, perdendo apenas para o tempo.[1]

Nesta monografia é feito um estudo sobre a utilização do processador de sinal digital

(DSP) associado à medição de temperatura distribuída.

Para simular uma medição distribuída utilizamos sensores de temperatura. Os sinais de

medição dos sensores são enviados ao DSP e em seguida para o computador. Para acompanhar os

resultados utilizamos o software gráfico que acompanha o DSP bem como o LabVIEW®.

1.1 Objetivos

O objetivo desta monografia é avaliar a técnica de medição distribuída de temperatura

associada com o DSP e utilizando ainda a tecnologia de instrumentação virtual. Para implementá-la

serão utilizados um DSP, sensores de temperatura e software para instrumentação virtual.

Objetivos específicos:

Construção dos sensores de temperatura (encapsulamento) para adaptar a tubulação

do ensaio;

Montagem dos sensores e ligação ao DSP ;

Estudar a medição distribuída de temperatura associada ao DSP.

1.2 Motivação

No segmento de petróleo e gás a medição e o controle da temperatura implicam

principalmente em segurança já que um erro nesse monitoramento pode superaquecer ou não

aquecer suficientemente um material causando entupimentos, aumento de pressão e até explosões.

Na perfuração de poços para extração de petróleo é necessário levar em consideração a

existência do gradiente de temperatura na medida em que aumentamos a profundidade no subsolo.

Este gradiente de temperatura é característico para cada região, porém existem regiões com

gradientes anômalos, muito grandes ou muito pequenos. Um gradiente típico é 5 °C/100 m, ou seja,

num poço de 6000 metros de profundidade a temperatura pode chegar a 150 °C, representando

portanto um desafio trabalhar com dispositivos eletrônicos a esta temperatura. O próprio petróleo

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ou gás nestas profundidades está a temperatura e pressão muito altas. No momento da perfuração

injeta-se um líquido pesado (chamado fluido de perfuração) com o objetivo de evitar que o petróleo

jorre nas alturas, com risco de incêndio nas plataformas. A densidade desse fluido e o cuidado com

a formação de bolhas (que reduziria a densidade) são influenciados pela temperatura.

Já na perfuração de poços no mar, a temperatura da água a 2000 metros de profundidade é

em torno de 0 °C, e neste caso o petróleo que sai das profundezas da terra a uma temperatura

elevada ao chegar à superfície (ao nível do fundo do mar) corre o risco de congelamento causando

problemas para trazer esse óleo até a plataforma.

Ainda no setor petrolífero, a medição precisa da temperatura é importante para se

determinar a quantidade de combustível no momento da venda de produtos. O petróleo e seus

derivados possuem uma faixa de variação do coeficiente de dilatação térmica de 0,06% a 0,30% por

grau Celsius variando significativamente o volume ocupado por esses produtos em função da

temperatura [2]. Para operação de compra e venda na indústria de petróleo em todo território

nacional, o Ministério da Indústria e do Comércio por meio da portaria N° 27, de 19 de abril de

1959, adotou a temperatura de 20° C, para medição de derivados do petróleo [3]. Desta forma a

correta medição dos volumes em função da temperatura desses produtos representa a cobrança

correta evitando prejuízos econômicos. Essa temperatura é medida quando se faz a arqueação do

navio (procedimento para se determinar a quantidade que existe nos tanques do navio e depois da

descarga). Isto também vale para os medidores de fluxo colocados nos dutos que transportam

derivados de petróleo e igualmente para os medidores dos tanques de armazenamento.

Contudo é necessário levar ainda em consideração a distribuição não uniforme da

temperatura na massa líquida, podendo o valor encontrado diferir bastante da temperatura média

real do produto.

A questão da temperatura é importante também para o transporte de gás natural em navios

onde é feito o resfriamento a temperatura de 162 °C negativos. No seu estado líquido, o gás natural

tem seu volume reduzido em cerca de 60 vezes, o que trás facilidade ao transporte.

1.2.1 Novas Tecnologias

Atualmente, as empresas de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás, têm buscado

ferramentas mais eficientes para administrar informações, plataformas e processos cada vez mais

complexos, de forma pró-ativa [4]. Para isto elas têm utilizado sensores especializados que coletam

dados em tempo real, identificando informações complexas que podem sinalizar potenciais

problemas.

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Como alternativa para suprir esta demanda, às empresas de exploração e produção têm

utilizado em suas plantas sensores baseados em fibras ópticas. Estes dispositivos apresentam a

capacidade de medição distribuídas em distância de muitos quilômetros além de utilizar a fibra

simultaneamente como elemento sensor e canal de comunicação. Estes sensores são multifuncionais

permitindo em uma única fibra medir vibração, pressão, temperatura e deformação. Esta tecnologia

necessita de dispositivos especializados para análise de grande volume de dados.

Essa nova tecnologia de sensores tem sido usada em poços inteligentes. Um poço

inteligente é uma unidade produtiva completamente equipada e com os requisitos de segurança

atendidos, pronta para produzir óleo e gás e que utiliza uma instrumentação (sensores e válvulas

especiais) instalada na tubulação de produção, a qual permite o monitoramento contínuo e o ajuste

das taxas de fluxo dos fluidos e dos processos, de forma a maximizar a produção do reservatório ou

otimizar a sua operação [13]. Os poços inteligentes contêm uma série de sensores, que permite que

o engenheiro do reservatório possa acompanhar, em tempo real, as condições de pressão,

temperatura e vazão do poço [5].

A tecnologia dos poços inteligentes apresenta desvantagem com relação à falta de

confiabilidade sendo a perfuração com a tecnologia convencional ainda a mais realizada. De

acordo com a Petrobras, já existem mais de 100 instalações de poços inteligentes em funcionamento

no mundo inclusive no Brasil onde podemos citar o poço Marlim Sul 67, e o poço de Roncados 35,

ambos na Bacia de Campos [5].

1.2.2 Tecnologias de Sensores Óticos

Os sensores de instrumentação por fibra ótica utilizam as propriedades da fibra ótica para

efetuar medições de grandezas físicas. A medição é feita de diferentes maneiras, porém de uma

forma geral se utilizam do princípio das fibras óticas permitirem o deslocamento de feixes de luz

[6].

A tecnologia de medição de temperatura por fibra ótica foi apresentada pela primeira vez em

1981 na Universidade de Southampton [6].

A instrumentação por fibra ótica oferece algumas vantagens em comparação com os sistemas

tradicionais como o tamanho reduzido, a não condutividade, resposta rápida, resistência a corrosão,

a imunidade contra interferências eletromagnéticas e freqüências de rádios, eliminando a

necessidade de custos com acessórios de proteção contra descargas elétricas e outras interferências.

Hoje em dia os sensores em fibra ótica encontram aplicações em diversos segmentos como:

petróleo e gás, construção civil, controle ambiental e de processos, biotecnologia, medicina e

automóveis.

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Figura1.2: Tecnologia ótica aplicada à medição [7].

Em ambientes mais severos onde a fragilidade da fibra é uma desvantagem as fibras ficam

inseridas em cabos revestidos para proteção contra a umidade, esmagamento, fraturamento e

estiramento [6].

Para se ter uma idéia do estado atual do desenvolvimento de sensores à fibra ótica, as figura

1.1 e 1.2 mostram a distribuição dos trabalhos apresentados na Conferência de Sensores em Fibras

Óticas realizada em 2005, classificando-os de acordo com (a) a grandeza medida e (b) a tecnologia

aplicada para medição [7].

Figura 1.1: Grandeza medida pelos sensores de fibra Ótica [7].

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Figura 1.3 Classificação dos Sensores de fibra Ótica quanto a aplicação [8].

Em função das diversas propriedades utilizadas para medições, os sensores de fibra

ótica são classificados de diferentes formas.

Quanto ao Princípio de medição:

o Sensores Intrínsecos: Nos sensores intrínsecos o ponto de medida

ocorre dentro da fibra ótica, ou seja, a luz interagindo com a própria

fibra fornece medidas de interesse, não sendo necessários dispositivos

auxiliares.

o Sensores Extrínsecos: Nos sensores extrínsecos a tarefa principal da

fibra é a transmissão de dados. O ponto de medida ocorre fora da

fibra, ou seja, o sinal de luz tem que sair da fibra interagir com um

transdutor e retornar para fibra.

Quanto à aplicação:

o Sensores localizados: Nos sensores de fibra ótica localizados

utilizamos um segmento de fibra com sensor em uma região de

abrangência localizada se assemelhando aos sistemas convencionais.

o Sensores Multipontos: É constituído pela combinação de múltiplos

elementos sensores para medir perturbações sobre uma estrutura como

um todo.

o Sensores Distribuídos: Nos sensores distribuídos cada ponto da fibra

ótica funciona como um sensor de forma que a fibra como um todo é

um sensor.

A classificação dos sensores de fibra ótica quanto à aplicação pode ser visualizada

figura 1.3.

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Quanto a Transdução:

o Sensores Tipo Intensidade: Os sensores baseados em intensidade

relacionam a medida a perdas de intensidade de luz associada com

o tensionamento da fibra ao longo do seu comprimento.

o Sensores Espectométricos: Utilizam a mudança no comprimento

de onda de luz como a característica a se medir. Um exemplo

deste tipo de sensor é o baseado nas redes de Bragg.

o Sensores Tipo Fase: Nestes sensores utilizam-se fenômenos óticos

como mudança de fase da luz ( Inteferômetros) ou podem também

utilizar a característica de polarização da luz para transdução

De forma complementar podemos citar os sensores que são cobertos por polímeros e podem

pela diferença de refração detectar alterações químicas do meio ambiente onde o sensor está

inserido.

1.2.3 Medição Distribuída

Sensores distribuídos consistem em um comprimento contínuo de fibra ótica que será o meio

através do qual as medidas são realizadas. São aplicados nas áreas em que seja necessário um

grande número de sensores operando simultaneamente, e têm seu funcionamento baseados nos

princípios de espalhamento de Ramon e Brillouin.

O espalhamento de Brillouin é um espalhamento de luz por onda acústica no vidro, e a luz

espalhada tem a freqüência diminuída. O desvio de freqüência é sensível a deformação e a

temperatura aplicadas à fibra. Com base na medição distribuída do desvio de freqüência de

Brillouin ao longo da fibra, podem ser criados sensores distribuídos de deformação e temperatura.

Caso esse monitoramento fosse feito com sensores convencionais necessitaríamos da instalação de

milhares de sensores.

Nas áreas em que seja necessário um grande número de sensores de fibra óptica operando

simultaneamente, é necessário a utilização de técnicas de multiplexação de sensores como a

multiplexação por comprimento de onda, a multiplexação por divisão de tempo.

A habilidade para medir temperatura e tensão em milhares de pontos ao longo de uma fibra

é particularmente interessante para o monitoramento de estruturas alongadas, tais como dutos,

linhas de fluxo e oleodutos.

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A tecnologia de medição distribuída busca principalmente aprimorar as ferramentas de

detecção, localização e quantificação de vazamentos de dutos, monitorando deformação e

temperatura por longas distâncias. Os vazamentos podem ser detectados e localizados utilizando

sensores de fibras óticas de temperatura distribuídos, sendo que normalmente em oleodutos gera-se

um ponto de calor no local do vazamento, enquanto que em gasodutos são gerados pontos frios

devido ao relaxamento da pressão do gás [9].

1.2.4 Aplicações de Monitoração de Temperatura Distribuída na Indústria do Petróleo [14]

Atualmente já existem diversas áreas da indústria de petróleo que utilizam a medição

distribuída de temperatura utilizando fibras óticas:

Exploração e produção de óleo e gás natural: Monitoração, em tempo real, da

temperatura ao longo do duto de perfuração, prevenindo a formação de blocos de

parafina/hidratos ou de vazamentos em dutos submarinos. Em dutos que utilizam linhas

de água aquecida, o sistema pode ser utilizado para a aquisição de dados que permita

uma maior eficiência da sua operação. O sistema pode ainda ser utilizado para monitorar

o acionamento de válvulas de alívio de pressão distribuídas ao longo do duto.

Gás natural: Em alguns casos o gás é transportado em dutos sob a forma de líquido em

baixa temperatura, de forma que podemos utilizar a medição distribuída de temperatura

na detecção de vazamentos como ponto frio . Além disso, como a instrumentação é

ótica, o sistema apresenta vantagens em situações de manipulação com gás onde é alto o

risco de incêndio.

Transporte de óleo: O sistema de monitoramento distribuído pode ser utilizado como

parte de um sistema de monitoramento com separadores de óleo, evitando a ocorrência

de gargalos na produção do óleo, aumentando a produção e a confiabilidade desta

operação.

Monitoração geotérmica: Obtenção, em tempo real, do perfil de temperatura ao longo do

duto de inspeção em paredes horizontais e verticais sem interferir nas condições térmicas

do duto ou interromper a produção do poço.

Gerenciamento de reservatórios de óleo: A medição distribuída de temperatura pode ser

utilizada para obtenção do perfil de temperatura de reservatórios de óleo, especialmente

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naqueles onde a drenagem por injeção de vapor é utilizada. A injeção do vapor pode ser

mantida no patamar mínimo possibilitando uma maior eficiência em termos de energia.

Monitoramento de plantas para processamento de hidrocarbonos: Podemos distribuir a

fibra ótica em torno da torre e vasos utilizados no processamento químico do petróleo e

seus derivados, e desta forma monitorar falhas nas proteções refratárias possibilitando

ações preventivas.

Prevenção e detecção de incêndio: O sistema pode ser utilizado em grandes malhas para

prevenção e detecção de incêndios junto a instalações que representam risco de incêndio,

tais como as indústrias de petróleo.

1.3 Considerações Finais

Neste capítulo introdutório foram determinados os objetivos deste trabalho, bem como a

importância da medição da temperatura nos processos, principalmente no segmento de petróleo e

gás.

Fizemos também uma breve análise sobre as necessidades de utilização de novas

tecnologias de instrumentação para monitoramento de temperatura objetivando atender os desafios

da atual indústria de petróleo como os poços inteligentes, por exemplo, buscando aprimorar as

ferramentas para detecção de problemas, o gerenciamento e a análise de dados de forma cada vez

mais eficiente, o que requer dos sistemas um aumento na capacidade de processamento digital dos

dados.

Vimos ainda a diversidade de aplicações em que a tecnologia de medição distribuída de

temperatura usando sensores de fibra ótica pode ser utilizada em diversos setores da indústria de

petróleo.

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Figura 2.1: Conexão do sensor ao computador através de placa de

aquisições de dados [10].

2. Tecnologias Disponíveis

2. 1 Instrumentação Virtual

A instrumentação virtual surgiu da idéia de aproveitar a capacidade de processamento dos

computadores bem como a capacidade de armazenamento em memória ou em disco, e ligar ao

barramento desses micros uma placa com os circuitos necessários para receber sinais externos

condicioná-lo e converte-lo em seguida à forma digital. Além disso, utilizar também a tela do

monitor para exibir sinais substituindo a tela de um osciloscópio, por exemplo [10].

A conexão dos sinais externos ao computador pode ser feita através de adaptadores

adequados via porta serial, porta paralela e placas dedicadas conectadas ao barramento (figura 2.1).

Assim é possível, utilizando-se de placa para aquisição de dados, emular qualquer instrumento,

fazendo com que os computadores tornassem-se então parte integrante da instrumentação. Desta

forma sensores e transdutores podem ser conectados ao computador, através de placas de

condicionamento de sinais e de aquisição de sinais.

Com o desenvolvimento dos aplicativos gráficos foi possível também sintetizar na tela o

próprio painel dos instrumentos permitindo aos usuários as mesmas funcionalidades que teria o

instrumento real. Através da tela do computador, do teclado e mouse, o usuário é capaz de operar os

instrumentos ou conduzir o experimento.

A união entre a instrumentação e o computador permite ainda ampliar as funcionalidades

de um instrumento, acrescentando-lhe novas funções além de ser possível adaptar um instrumento a

necessidades particulares via software sem a necessidade de substituir todo o instrumento,

promovendo a redução de custos.

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A instrumentação virtual aproveita dos benefícios da portabilidade dos computadores

portáteis e todos os desenvolvimentos da tecnologia de redes que permite separar fisicamente o

computador dos outros elementos da instrumentação (sensores, atuadores) facilitando o

monitoramento remoto além da visualização de dados em vários locais simultaneamente.

2.2 LabVIEW®

O LabVIEW® é um software de programação gráfica utilizado em instrumentação virtual e

que usa uma linguagem de programação denominada de G e que tem a mesma funcionalidade de

uma linguagem textual. Entretanto ao invés de utilizar comandos na forma de textos para gerar

linhas de código, usa ícones interligados formando um diagrama de blocos. Utilizando uma

estrutura de programação orientada pelo fluxo de dados e hierarquia, o LabVIEW® facilita a

implementação de sistemas que utilizam aquisição e manipulação de dados ou ainda controle de

equipamentos através do computador.

O LabVIEW® foi desenvolvido no final da década de 80 pela National Instruments com

foco em instrumentação virtual, para ambientes de janelas ( tipo Windows), onde o nome

LabVIEW® é o acrônimo para Laboratory Virtual Instruments Engineering Workbench.

Qualquer programa feito no LabVIEW® é chamado de instrumento virtual pela sua

semelhança com instrumentos tradicionais. Um instrumento virtual é composto por um conjunto de

instruções que faz a manipulação e fluxo dos dados, e por uma interface com o usuário onde se

encontram as entradas e saídas necessárias. Assim podemos identificar duas partes que compõem

um instrumento virtual:

Painel Frontal

Diagrama de Blocos

No painel frontal representamos as entradas e saídas de sistema através de ícones com

formatos dos componentes de um painel de instrumento (botões, knobs, leds, chaves, indicadores,

oscilógrafos). Estes componentes estão associados a variáveis e componentes, cujos valores são

medidos ou ajustados através do mouse ou do teclado do computador [10]. Um painel frontal pode

ser visualizado na figura 2.2.

Diagrama de blocos é a estrutura do programa propriamente dita que contém o

código fonte construído de forma gráfica e representa os processos aos quais são submetidas às

variáveis e parâmetros apresentados no painel frontal (figura 2.3).

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Figura 2.2: Painel frontal [10].

Figura 2.3: Diagrama de blocos [10].

Basicamente a programação visual é realizada escolhendo-se em uma caixa de ferramentas

cada componente, que é exibido no local do diagrama de blocos que o usuário selecionar com o

mouse. Os componentes são então conectados selecionando-se com o mouse as terminações que

devem ser interligadas e desenhado-se o trajeto da ligação sobre o diagrama de blocos, com o

apontador do mouse.

O LabVIEW® da mesma forma que outras linguagens possui estruturas do tipo laço como

o for e while, representados no diagrama de blocos, além de permitir estruturas de decisão do tipo

case.

Existem também funções já implementadas para gerar gráficos 2D e 3D. É possível

configurar instantaneamente, os atributos para apresentação dos dados tais como cores, tamanho da

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fonte, tipo do gráfico e foco (zoom), apresentando a informação de forma mais ergonômica,

segundo um arranjo visual adequado à tarefa que se pretende realizar.

Além disso, o LabVIEW® inclui diversas bibliotecas compostas por componentes contendo

funções para aplicações específicas (algoritmos de análise estatísticas, processamentos e geração de

sinais).

2.3 Processador de Sinais Digitais - DSP

Os DSPs são processadores que permitem o uso de técnicas de controle de sinais discretos

aplicando aos sinais técnicas de controle e processamento. São componentes compostos por

conversores analógicos digitas (A/D) e conversores digitais analógicos (D/A) com capacidade de

converter os sinais com elevada precisão, além de processadores capazes de manipular esses dados

com alta velocidade, incorporando ainda outros periféricos.

Portanto podemos dizer que o DSP é um dispositivo que possui uma arquitetura desenvolvida

para efetuar operações e manipulações matemáticas de dados de sinais digitais de forma rápida,

sendo capaz de gerar saídas em tempo real. Estas características do DSP permitem a implantação de

algoritmos de controle (clássico, robusto, adaptativo, fuzzy, entre outros) com a flexibilidade de

alteração dos parâmetros de controle por software dispensando a interferência de parâmetros físicos

dos componentes do processamento, fazendo com que os custos desta tecnologia passem a ser

atrativos [15].

Pela característica de serem microprocessadores otimizados para efetuar processamento

matemático, operam com velocidades superiores aos demais processadores para aplicações

genéricas que são otimizados para manipulação e gerenciamento de dados. A sua estrutura interna é

baseada na topologia Harvard modificada possuindo barramentos internos independentes para

programas, dados de entrada /saída, permitindo acesso simultâneo a instruções de programa e

dados, dobrando o fluxo de informações para aplicações matemáticas, possibilitando realizar

múltiplas ações em um mesmo ciclo de clock. Este paralelismo de processamento, em conjunto com

um mecanismo bastante flexível de gerenciamento de interrupções e chamada de funções /rotinas,

faz com que o DSP tenha um desempenho significativo no processamento dos dados amostrados.

Os DSPs podem ser classificados pelo formato dos dados como ponto fixo ou flutuante,

dependendo de como os dados dão manipulados e armazenados. Os processadores de ponto fixo são

caracterizados por uma palavra de tamanho fixo (16 bits, 32 bits...), já nos processadores de ponto

flutuante os números são caracterizados pela mantissa e o expoente. Um processador do tipo ponto

flutuante ou ponto fixo pode trabalhar com dados no outro formato, porém os processadores

baseado em ponto fixo apresentam uma queda no desempenho de processamento para possibilitar o

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trabalho com números no formato de ponto flutuante. A escolha do formato numérico depende

basicamente das restrições sinal ruído requeridas para aplicação desejada e do custo [15].

No momento de especificação dos DSPs algumas características do conversor resultam

diretamente em especificações mínimas necessárias que sejam compatíveis com a aplicação. Entre

as várias características de operação dos conversores que podem resultar em informações relevantes

para a especificação do DSP, destacam-se:

Principais sinais a serem monitorados pelo DSP

Freqüência de operação do conversor

Circuito de condicionamento de sinais

Tipo de modulação

Outras características importantes na escolha dos DSPs são:

Resolução, número de canais e tempo de conversão A/D;

Tempo de execução das instruções;

Capacidade de memória do DSP;

Arquitetura básica do DSP

Ferramentas de hardware e software disponíveis no mercado

O DSP é um dispositivo programável e normalmente cada fabricante possui uma IDE onde é

realizada a programação utilizando funções pré-definidas de cada DSP e em sua grande maioria

trabalha com as principais linguagens de programação, como Assembly, C e C++:Esses softwares

são na verdade compiladores que trabalham ligados diretamente no DSP, gerenciando toda a

execução, simulação e depuração do código.

O primeiro DSP comercializado foi o mac4 que surgiu em 1979 fabricado pela Bell Labs. Já

em 1983 a Texas Instruments lança o TMS32010, com capacidade para processamento em tempo

real dos sinais, baseado na arquitetura Harvard. Trabalhava com 16 bits e precisava de 390 ns para

calcular uma operação de multiplicação. Por volta de 1988 surge então a segunda geração de DSPs

com 3 memórias para armazenar dois operandos simultaneamente e tinham incluso hardware para

acelerar loops fechados e alguns já operavam com 24 bits. A operação de multiplicar-acumular

durava por volta de 21ns.

Por volta de sete anos mais tarde o maior avanço na terceira geração se deu no aumento na

capacidade de processamento, permitindo aceleração na solução de problemas como transformada

de Fourier e operações com Matrizes.

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Tabela. 2.1: Características dos DSPs da família C200 [11].

A quarta geração é mais caracterizada pela mudança no conjunto de instruções e a instrução

codificar/decodificar. A velocidade de clock também aumentou e uma operação de multiplicar a

acumular passou a ser feita em três ns. Os DSPs vêm evoluindo rapidamente rumo a topologias que

podem contar com estruturas cada vez mais complexas em termos de processamento e capacidade

de memória, além de mais rápidos, aptos a trabalhar com sinais de freqüência cada vez mais altos.

Os principais fabricantes de DSP são Texas Instruments, Motorola e Analog Devices.

2.3.1 Fámilia TMS320

Fabricantes de DSPs, como a Texas Instruments, oferecem diversas famílias de DSP com

características diferenciadas, que possibilitam escolher qual das famílias melhor se adapta a

aplicação requerida. Dispositivos dentro de uma mesma família utilizam o mesmo processador, mas

apresentam diferentes configurações de memória interna e periféricos agregados.

O DSP utilizado neste procedimento experimental foi o da família TMS320 cujo primeiro

processador fabricado foi o TMS32010 em 1982. Esta família possui processadores de sinais de

ponto fixo, ponto flutuante e multiprocessadores. Atualmente a família é constituída pelas seguintes

gerações: (C1x, C2x, C24x, C28x, C5x, C54x, C6x, para DSP s com ponto fixo; C3x e C4x para

DSPs de ponto flutuante e C8x para multiprocessadores. A família TMS320 é dividida em três

ramos:

C2000: Otimizada para aplicações de sistemas de controle em geral

C5000: Otimizada para produtos portáteis e de baixo consumo

C6000: Otimizada para processamento de dados em aplicações que exigem alta

capacidade de processamento.

O DSP utilizado no nosso experimento pertence ao ramo C2000. A tabela 2.1 mostra as

diferentes versões, bem como as características desta linha.

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Figura. 2.4: Nomeclatura dos DSPs da Texas Instruments [11].

Figura 2.5: Diagrama de blocos do DSP TMS320F2812 [12].

A figura 2.4 mostra a nomenclatura dos componentes, onde é possível identificar muitas

características do processador como temperatura limite, versão (série, experimento e

protótipo) e tipo de memória.

2.3.2 Arquitetura do TMS320F2812

O DSP TMS320F2812 trabalha com 32 bits e é capaz de executar 150 MIPS (milhões de

instruções por segundo) e é do tipo ponto fixo. Construído com a arquitetura Harvard modificada,

onde temos barramentos de programa e de dados de forma independente, permitindo acesso

simultâneo a instruções de programa e dados, dobrando o fluxo de informações para aplicações

matemáticas.

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No diagrama de blocos da figura 2.5 podem ser observados dois blocos multiplexadores de

dados (D15-D0) e endereços (A18-A0). Esta é uma interface para conexão para dispositivos

externos ao DSP.

A seguir são apresentadas algumas características mais importantes do DSP TMS320F2812 retiradas da especificação do componente fornecida pela Texas Instumentes:

Tecnologia CMOS

Baixo consumo (alimentação 3,3 V para I/Os e 1,9 para o núcleo)

Suporte para JTAG

Código em assembly e em C/C++

Conversor Analógico/Digital de 12 bits, 16 canais

o Entradas analógicas multiplexadas 2x8

o Conversão simples ou simultânea

o Rápida conversão digital: 80ns/12,5 MIPS

Módulo de Temporização Watchdog

Módulo CAN (Controller Área Network)

A CPU do 2812 é considerada do tipo RISC (reduced instruction set computing

processamento com número reduzido de instruções) por possuir menos instruções que os seus

similares. Esta CPU executa operações de registrador para registrador, instrução de ciclo-único

(single-cycle) e instruções de manipulação de bit.

Abaixo estão listadas as principais características do núcleo do 2812:

Freqüência de 150 MHz, 6,67ns de ciclo de instrução

Operações Matemáticas com 32 ou 16 bits

Barramentos com arquitetura Harvard (programa, dados e periféricos)

3 temporizadores de 32 bits.

O núcleo controla a geração e manipulação de endereços de memória, decodificação de

instruções, cálculos aritméticos incluindo multiplicação, rotação e deslocamento e lógica de dados.

2.3.3 Ambiente de Programação:

Para uso do DSP, utilizamos o kit didático ezDSPTM F2812, que é um módulo

independente que permite o uso do DSP sem que seja preciso desenvolver todos os periféricos e

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Figura 2.6: Conexão entre o kit dos DSP e o computador [12].

Figura 2.7: Placa ezDSPTM contendo o DSP, as interfaces

de entrada/saída e conexão para alimentação [12].

placas necessárias. É uma plataforma de desenvolvimento, na qual diversas aplicações podem ser

implementadas. Este módulo permite que o computador se comunique com o DSP através da porta

paralela utilizando o controlador JTAG. Na figura 2.6 é apresentado o esquema da conexão entre o

kit e o computador.

O ezDSPTM F2812 é composto de quatro blocos lógicos: interface analógica, interface

entrada saída (E/S), interface JTAG e controlador JTAG com interface para porta paralela (Figura

2.7).

Para realizar a programação com o ezDSPTM F2812, é utilizado o software Code

Composer Studio, onde se cria o projeto tanto em linguagem C, quanto em assembly .Este programa

permite que todos os blocos lógicos citados anteriormente, sejam acessados com seus respectivos

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comandos.

O Code Composer permite a construção de gráficos a partir de buffers de memória que

podem ser atualizados durante a execução do programa. Permite também o modo de operação passo

a passo que facilita a verificação do programa.

2.3.4 Conversão Analógico Digital (ADC):

A aquisição de dados provenientes dos sensores de temperatura foi feita através das

entradas analógicas do DSP 2812. Este DSP possui 16 entradas para medidas analógicas como

temperatura, umidade, corrente, velocidade e aceleração. As entradas analógicas suportam um

intervalo de tensão entre 0 V e 3,0 V que é compatível com o sensor de temperatura utilizado. A

tensão mínima fornecida pelo sensor é de 0 V que corresponde a 2 °C e a tensão máxima de saída é

de 1,5 V que corresponde a 150 °C, quando o LM35 é alimentado de forma simples, não

necessitando portanto de circuito auxiliar para acoplamento com o DSP .

O DSP 2812 possui um conversor analógico digital (ADC) de 12bits. A relação entre o

valor de tensão analógico (Vin), e o número de dígitos binários (n) e o número digital (D) é dada

pela expressão:

REFnREFREF

in VVVD

V12

)(

VREF+ e VREF- são os valores de tensão de referência e são usados como valores limites para

a entrada do conversor. Caso estes valores forem ultrapassados a saída fornecerá um valor digital

saturado. Para o nosso procedimento experimental o valor de VREF- é 0V, e VREF+ é 3V. A conversão

analógico digital do DSP 2812 possui 12 bits de resolução (n = 12 ). Temos então:

4095

0.3 VDVin

Desta forma assumindo uma faixa de tensão na entrada de 0...+3V nos teremos uma

resolução de 3.0V/4095 = 0,732 mV por bit.

As 16 entradas analógicas são multiplexadas internamente. O DSP 2812 é equipado com

duas unidades de sample e hold (s&h). Cada s&h é conectado ao multiplexador que possui 8

entradas. O conversor analógico digital pode trabalhar nos modos de amostragem seqüencial e

simultânea. Para o funcionamento simultâneo as unidades de s&h funcionam em paralelo. A ADC

possui um bloco chamado de auto sequencer que é responsável por controlar o fluxo de conversão

sendo capaz de converter as 16 entradas de sinal, colocando cada amostra em seu próprio registro.

Os resultados são armazenados em registros ( RESULT0 até RESULT15 ) para cada estágio.

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Figura 2.8: Diagrama de Ligação do LM35 [12].

Fig. 2.11: Disposição dos terminais [12].

Figura 2.10: Escala do sensor LM35.

Podemos iniciar a seqüência de conversão via software setando um bit em particular. Mas

existem três outras opções usando eventos de hardware. Antes de começar a conversão, nós temos

que setar o número de conversões ( MAX_CONV1 ).

2.4 Sensor de Temperatura - LM35

O LM35 é um sensor de temperatura do tipo semicondutor fabricado pela National

Semicondutor, onde a tensão de saída é lineamente proporcional a temperatura em Graus Celsius.

O sensor LM35 pode ser alimentado de forma simples ou simétrica. No nosso procedimento

experimental utilizamos a alimentação simples que opera com uma tensão de 4-20 Vdc, tendo em

sua saída uma tensão de 10 mV para cada Graus Celsius de Temperatura (figura 2.8). Ele drena 60

µA sendo seu auto-aquecimento de aproximadamente 0,1 °C ao ar livre.

O LM35 não necessita de calibração externa e permite uma exatidão de ¼ °C dentro da faixa

de temperatura de 2 °C a 150 °C.

Este sensor possui uma saída com baixa impedância, tensão linear e calibração inerente

precisa, fazendo com que o interfaceamento de leitura seja especificamente simples sendo esta uma

das razões para a escolha deste sensor para o experimento.

O sensor LM35 é apresentado com vários tipos de encapsulamento, porém o empregado

neste experimento foi o TO

92 (figura 2.10), que é semelhante a um transistor de três terminais

sendo dois deles para alimentação e o terceiro a saída (figura 2.11)

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Figura 2.12: Diagrama de Blocos do Sensor LM35 [12].

Fig. 2.13: LM35 com o circuito RC [12]. Figura 2.14: O LM35 com adaptador para tubulação

A figura 2.12 mostra o diagrama de blocos do LM35:

Segundo o fabricante do sensor, o LM35 é habilitado para chavear capacitâncias de até 50

pF, porém caso o cabo de ligação entre o sensor e a placa de circuito seja maior que 1 metro haverá

a necessidade de acréscimo de um circuito auxiliar capaz de condicionar o sinal sem que haja

influência em sua medida, e isto é feito através da adição de um resistor de 75 e um capacitor

eletrolítico de 1 F junto ao sensor (figura 2.13). Além disso, para fazer a conexão do sensor ao

DSP utilizamos um cabinho blindado de três vias, senso uma delas formada por uma malha de

aterramento. Para o experimento, buscando uniformização entre os sensores todos os cabinhos

foram confeccionados com um comprimento de 3 metros.

Com o objetivo de fazer a proteção e fixação mecânica do sensor na tubulação inserimos

o LM35 e o circuito auxiliar dentro de conexões de PVC e a vedação foi feita utilizando cola epóxi.

O sensor protegido pode ser visualizado na figura 2.14.

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2.5 Considerações Finais

Neste capítulo foram apresentadas as tecnologias envolvidas no estudo da medição de

temperatura e aquisição de dados utilizando no DSP.

Com relação ao DSP foram apresentadas suas principais características, diagrama de blocos,

e alguns aspectos que envolvem a conversão analógica digital.

Também foram apresentadas as características do sensor de temperatura utilizado bem como

a forma de alimentação e a proteção mecânica acrescida ao sensor para este trabalho.

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Figura 3.1: Diagrama da montagem.

3. Realização do ensaio e resultados obtidos

Para realização do ensaio utilizamos quatro sensores de temperatura do tipo LM35 para

simularmos uma medição distribuída, o kit com DSP do tipo TMS320F2812, e um Computador

para visualização dos resultados. Um diagrama da montagem pode ser visualizado na figura 3.1.

Para este experimento utilizamos ainda multímetros e um osciloscópio digital de quatro canais da

Tektronix modelo TPS2024.

3.1 Montagem do Protótipo

Os dispositivos utilizados para realização do ensaio do monitoramento da temperatura

com o DSP estão apresentados na figura 3.2 composta pelos seguintes elementos: (a) Kit com o

DSP, (b) Sensores, caixa de conexões, (d) montagem completa.

Para ligação dos sensores ao DSP utilizamos cabinhos de três vias onde uma das vias

formava uma malha de blindagem. Nas extremidades dos cabinhos foram soldados terminais para

garantir uma boa conexão.

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Figura 3.3: Diagrama das ligações dos sensores à caixa de conexões.

Antes de ligarmos os sensores ao DSP inserimos uma caixa de conexões para permitir

praticidade na execução do procedimento experimental. Esta caixa de conexões possui também

chaves do tipo liga desliga para cada sensor. Dentro da caixa de conexões foram instaladas também

duas baterias de nove volts em paralelo que foram responsáveis pela alimentação dos sensores. Da

caixa de conexões utilizando cabinhos ligamos os sensores aos pinos das entradas analógicas do

DSP. O diagrama com as ligações dos sensores à caixa de conexões é mostrado na figura 3.3.

a

b

c

d

Figura 3.2: Fotos do arranjo experimental.

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O sinal de saída do LM35 fornece uma tensão mínima de zero volts que corresponde uma

temperatura de 2 °C e um valor máximo de 1,5 volts que corresponde a 150 °C, sendo portanto

compatível com as entradas analógicas do DSP que suportam de 0 a 3 volts.

3.2 Objetivos do Ensaio

O objetivo principal do ensaio é fazer a aquisição dos sinais dos sensores de temperatura

através do Processador de sinais digitais e manipular estes sinais através do software de

programação e analisar os resultados através de ferramentas gráficas.

Vamos também tentar detectar a não uniformidade na distribuição da temperatura na sala em

que foi realizado o experimento.

Temos ainda como objetivo visualizar o monitoramento desta temperatura utilizando um

software de instrumentação virtual que é o LabVIEW®.

3.3 Programação do DSP

A programação do DSP para realizar nosso estudo consistiu basicamente de quatro tarefas

principais:

1) Aquisição dos dados:

Configuramos quatro entradas analógicas para fazer a aquisição dos sinais vindos dos

sensores

Especificamos os endereços para registro destas aquisições.

2) Configuração do ADC:

Configuramos o conversor para funcionar no modo cascata

Determinação do início da seqüência de conversão através do gerenciador de eventos

Configuração da freqüência de amostragem em 10 kHz

3) Configuração para visualização no Graphview:

Configuração dos buffers para armazenamento das variáveis para visualização no

Graphview

4) Configuração de um filtro passa baixa: Para reduzir o ruído no sinal de aquisição dos

sensores

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3.4 Procedimentos Experimentais

1) Sensores Próximos

No primeiro momento ligamos os quatro sensores próximos e realizamos as medições com o

DSP, visualizando os resultados no Graphview.

Duarante a aquisição de dados com o DSP utilizamos simultaneamente um osciloscópio

digital de quatro canais ligado as saídas dos sensores de temperatura com o objetivo de fazer uma

comparação entre as medições do osciloscópio e do DSP.

2 ) Sensores Distribuídos

Em seguida espalhamos os sensores de forma que os quatro sensores ficaram afastados da

caixa de conexões por uma distância em uma formação semelhante a um quadrado de 4 metros de

lado ficando um sensor em cada vértice

Da mesma forma que no procedimento anterior, ao mesmo tempo em que utilizamos o DSP,

realizamos também medições com o osciloscópio digital.

3) Leitura com o LabVIEW®

Como não foi possível fazer a interface entre o DSP e o LabVIEW® , utilizamos as medições

armazenadas no osciloscópio em forma de tabela e alimentamos o LabVIEW®.

3.5 Análises dos Resultados Obtidos

3.5.1 Sensores Próximos

A seguir apresentamos os gráficos da aquisição dos dados efetuada pelos sensores quando

estavam próximos. Cada gráfico apresenta a leitura do sinal antes da filtragem e após a filtragem

para cada sensor (figuras 3.4 a 3.7).

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Figura 3.4: Gráfico das medições do sensor 1.

Figura 3.5: Gráfico das medições do sensor 2.

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Figura 3.6: Gráfico das medições do sensor 3.

Figura 3.7: Gráfico das medições do sensor 4.

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Figura 3.8: Gráfico das medições do osciloscópio com os sensores juntos.

A seguir o gráfico (figura 3.8) da aquisição dos sinais dos sensores utilizando o

osciloscópio onde os canais 1, 2, 3 e 4 representam respectivamente os sensores 1, 2, 3 e 4.

Analisando os gráficos gerados no graphview a partir da aquisição do DSP podemos

verificar que no primeiro momento quando os sensores foram colocados juntos apresentavam as

temperaturas bem próximas. Resultado verificado também no gráfico gerado a partir do

osciloscópio. Foi possível observar também que o visualizador gráfico graphview apresenta uma

baixa resolução dificultando uma análise mais precisa dos valores medidos mesmo configurando as

escalas dos eixos. Desta forma, com a ajuda do gráfico gerado pelo osciloscópio, foi possível fazer

uma relação entre os valores apresentados pelo DSP e a temperatura medida pelo sensor e

chagamos à conclusão que a diferença máxima de temperatura entre os sensores foi de 0,7 ºC.

Sensor 1 23,7 ºC

Sensor 2 24,4 ºC

Sensor 3 23,8 ºC

Sensor 4 24,3 ºC

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Figura 3.9: Gráfico das medições do sensor 1 com os sensores distribuídos.

Figura 3.10: Gráfico das medições do sensor 2 com os sensores distribuídos.

3.5.2 Sensores Distribuídos:

A seguir temos os resultados da aquisição realizada com os sensores distribuídos. Cada

gráfico mostra dois sinais sendo o sinal superior a leitura antes da filtragem e o sinal inferior a

leitura após a filtragem (figuras 3.9 a 3.12).

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Figura 3.11: Gráfico das medições do sensor 3 com os sensores distribuídos.

Figura 3.12: Gráfico das medições do sensor 4 com os sensores distribuídos.

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Tabela 3.1: Comparação entre as medições

Figura 3.13: Gráfico das medições do osciloscópio com os

sensores distribuídos.

O gráfico a seguir (figura 3.13) mostra a medição realizada utilizando o osciloscópio com

os sensores distribuídos.

Com os resultados dos gráficos obtidos com os sensores distribuídos podemos comprovar a

distribuição não uniforme da temperatura da sala onde forma realizados os experimentos. A

comparação entre a primeira medição e segunda medição está resumida na tabela abaixo.

3.5.3 Resultados obtidos com o LabVIEW®

Não foi possível até o presente momento realizarmos a interface entre o DSP e o

LabVIEW® que seria um dos objetivos deste trabalho. Para atingirmos esta meta é necessário

manipularmos os dados processados pelo DSP utilizando uma memória externa o que demandaria

mais tempo e um estudo mais aprofundado do DSP para utilização deste recurso além da

necessidade de aquisição da memória.

Sensor Sensores Juntos

Sensores Separados

1 23,7 ºC 23,1 ºC 2 24,4 ºC 24,5 ºC 3 23,8 ºC 27,9 ºC 4 24,3 ºC 32,4 ºC

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Figura 3.14: Diagrama de blocos.

De posse dos dados do experimento realizado com o osciloscópio alimentamos o

LabVIEW® de forma manual com o objetivo de também analisar os resultados através deste

software gráfico.

Para isto elaboramos o diagrama de blocos mostrado na figura 3.14 inserindo no painel

frontal os dados da aquisição realizada na primeira parte do experimento e obtivemos como

resultado o gráfico mostrado na figura 3.15.

Para essa análise utilizamos apenas os dados referentes aos sensores 1 e 2. No painel

frontal apresentado na figura temos as tabelas com os dados do sensor 1 e 2. Inserimos apenas 100

valores para cada sensor. É possível visualizarmos ainda neste painel frontal no gráfico superior o

sinal gerado pelo sensor 1. No gráfico seguinte os sinais simultâneos do sensor 1 e do sensor 2. E no

gráfico mais inferior o valor médio entre o sinal do sensor 1 e do sensor 2.

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Figura 3.15: Painel frontal coma as medições dos sensores 1 e 2.

Figura 3.16: Painel frontal coma as medições dos sensores distribuídos.

Para simulação com os sensores distribuídos montamos o painel frontal mostrado na figura

3.16. Neste painel colocamos um termômetro representando cada sensor, um gráfico com os quatro

sinais simultâneos e um segundo gráfico com o valor médio dos quatro sensores. Para elaboração

deste gráfico inserimos trinta e seis pontos para cada sensor.

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3.6 Considerações Finais

Com a utilização do LabVIEW® conseguimos visualizar os mesmos resultados

observados com o graphview e o osciloscópio. O LabVIEW® porém proporciona uma interface

mais amigável permitindo uma forma mais ergonômica e flexível de enxergar os resultados.

Por todos os resultados apresentados podemos concluir sem possível utilizar o DSP para

fazer a aquisição de sinais e monitoramento da temperatura. Foi possível também verificar a

distribuição não uniforme de temperatura na sala onde foi realizado o experimento.

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4. Conclusões, melhorias possíveis, trabalhos futuros

4.1 Conclusões

Através deste estudo podemos comprovar a possibilidade de utilizarmos o DSP associado à

medição distribuída onde normalmente existe um grande volume de dados. Apesar de termos

utilizado apena seis sensores é possível expandir esta utilização para um numero bem maior de

sensores.

Também foi possível verificar a flexibilidade para fazer o monitoramento dos resultados

utilizando o LabVIEW® permitindo acompanhar a temperatura de cada sensor bem como ter

acesso a temperatura média.

4.2 Trabalhos futuros

Como próximos passos para melhorar e dar continuidade a este trabalho podemos

sugerir:

Tentar Realizar o monitoramento em tempo real utilizando LabVIEW® e o DSP

Realizar o experimento instalando os sensores em um protótipo de tubulação de gás

buscando detectar vazamentos na tubulação

Implementar um experimento utilizando sensores distribuídos em fibra ótica, situação

que produz um volume maior de dados e desta forma melhor utilizarmos o DSP,

monitoramento inclusive mais de uma grandeza com temperatura e pressão por exemplo

levando a necessidade de trabalhar com sinais multiplexados.

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Referências Bibliográficas

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[12] http://www.national.com. LM35 Precision Centigrade Temperature Sensores. Acessado em 12 set. 2008.

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[13] ALMEIDA, Luciana Faletti. Sistema Híbrido de Estratégias de Controle de

Válvulas de Poços Inteligentes sob Incertezas. Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro (2007). Tese (Doutorado)

[14] ROSSETO, Jonatas Fred. Sensor distribuído de temperatura e deformação mecânica utilizando o espalhamento de Brillouin estimulado em fibras ópticas. Universidade Estadual de Campinas, Campinas (2000). Dissertação (mestrado).

[15] CARDOSO, Fabiano Luiz. Projeto de um retificador bidirecional com elevado fator de potência com controle por valores médios instantâneos implementado no DSP TMS320F2812. Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville (2006). Dissertação (mestrado).

[16] User Manual LabVIEW® National Instruments (2003)

[17] Manual Tutorial LabVIEW® National Instruments Corporation (1996).

[18] TORRES, Rodrigo Coura. DSP e suas Aplicações. (Outubro 2006). Disponível em: http://www.cbpf.br/cat/psi/downloads/dsps_e_suas_aplicações_em_dsap.pdf/. Acesso em 16 ago. 2008.

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