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Considerando a experiência clínica dos últimos anos, é comum observar que a ansiedade está entre uma das queixas mais frequentes daqueles que buscam o tratamento psicanalítico. Até mesmo para quem não é especialista nesta área, não há nenhuma novidade em relação a isto. Porém recentemente tive acesso a este dado quantitativo: o Rivotril (remédio contra a ansiedade) é o segundo remédio mais vendido no Brasil, perdendo apenas para uma marca de anticoncepcional. (Fonte: IMS Health, publicada na revista Época em Fev/2009) -------- Este dado é absolutamente alarmante! Certamente há casos graves, em que o grau de ansiedade é tão elevado, que quase impossibilita que as pessoas consigam minimamente se organizarem frente as suas vidas, nos quais ansiolíticos são um coadjuvante importante. Porém, não me parece ser exatamente este o caso de todas as pessoas participantes desta estatística. Quantas destas pessoas não apelam para o uso de ansiolíticos apenas como uma “fuga”, pelo simples fato de não estarem dispostas a lidar com as dificuldades inerentes do seu dia a dia? O que estou colocando em questão é a "banalização" da adoção de medicamentos... isto é alarmante. O artigo da revista Época levanta hipóteses interessantes para explicar este fenômeno. Mas meu interesse aqui é questionar como você se coloca frente a isto: Como VOCÊ lida com a SUA ansiedade? Além dos sintomas físicos como insônia, alterações do apetite, taquicardia, respiração ofegante, tremores, sudorese, sensação de vertigem, impaciência, etc, em termos leigos podemos dizer que a ansiedade envolve uma intensa preocupação com o que está por vir... o que está por acontecer... através da aceleração do pensamento, se “pré-ocupando” com todos os fechamentos e consequências possíveis para aquela situação. Você se identificou nesta descrição? Na perspectiva psicanalítica, o foco de interesse não reside em minimizar tais sintomas, e sim na investigação e elaboração da causa raiz da questão. Quais são as situações de vida que você está submetido, que estão gerando ansiedade? Quais são os riscos e os medos relacionados aos possíveis desfechos destas situações? Quais são as reais dificuldades em se lidar com estes riscos? Em outras palavras, quais são os conflitos psíquicos inconscientes envolvidos nestas situações que geram ansiedade? Sem tratar estas questões, o uso de ansiolíticos é apenas um paliativo temporário, um “atalho”, para tentar eliminar sintomas. Mas, o que acontece ao se suspender a medicação sem ter trabalhado a “causa raiz” psíquica do problema? A cada nova situação estressante, a ansiedade volta! Independente do método usado, o essencial é que a pessoa se implique no seu processo de evolução. Ou seja: se comprometa em realizar um trabalho psíquico. Neste sentido, o objetivo da terapia é auxiliar na criação e fortalecimento de ferramental psíquico que possa ser acionado e utilizado em novas situações estressantes de vida, que certamente estão por vir. Permitindo, desta forma, que se encare as novas situações por ângulos distintos e de forma menos sofrida, consequentemente, reduzindo a ansiedade. Para isto, é necessário, acima de tudo, disponibilidade para um investimento emocional. E você? Quer apenas eliminar sintomas? Ou quer desenvolver ferramental psíquico para lidar de forma menos sofrida com novas situações que podem gerar ansiedade? Cuide-se! Débora Andrade Projeto Instigar O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. O Projeto Instigar é um convite à reflexão sob uma perspectiva psicanalítica. uma iniciativa da psicanalista Débora Andrade. Você pode reproduzir o texto, desde que citando a fonte. Rua Arandu 205, sala 1008 - Brooklin Novo - São Paulo, SP www.projetoinstigar.com.br ( 5506-6916 Atendimento psicanalítico: Realizado de forma individual ou através de grupos operativos. Análise e intervenção institucional, instigando mudanças a partir da reflexão grupal e tomada de ações em torno de questões institucionais que afetam seus colaboradores, e vice-versa. Utilizando-se para isto de conceitos de psicanálise & gestão. Colaboradores de empresas parceiras utilizam os serviços psicanalíticos com valores negociados. Atuação em Empresas: Palestras e workshops: São realizados mensalmente. Confira as datas e assuntos no site www.projetoinstigar.com.br Maio 2010

Uso indiscriminado de remedios tarja preta

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Considerando a experiência clínica dos últimos anos, é comum observar que a ansiedade está entre uma das queixas mais frequentes daqueles que buscam o tratamento psicanalítico. Até mesmo para quem não é especialista nesta área, não há nenhuma novidade em relação a isto. Porém recentemente tive acesso a este dado quantitativo: o Rivotril (remédio contra a ansiedade) é o segundo remédio mais vendido no Brasil, perdendo apenas para uma marca de anticoncepcional. (Fonte: IMS Health, publicada na revista Época em Fev/2009) Este dado é absolutamente alarmante!

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Page 1: Uso indiscriminado de remedios tarja preta

Considerando a experiência clínica dos últimos anos, é comum observar que a ansiedade está entre uma das queixas mais frequentes daqueles que buscam o tratamento psicanalítico. Até mesmo para quem não é especialista nesta área, não há nenhuma novidade em relação a isto.

Porém recentemente tive acesso a este dado quantitativo: o Rivotril (remédio contra a ansiedade) é o segundo remédio mais vendido no Brasil, perdendo apenas para uma marca de anticoncepcional. (Fonte: IMS Health, publicada na revista Época em Fev/2009) -------- Este dado é absolutamente alarmante!

Certamente há casos graves, em que o grau de ansiedade é tão elevado, que quase impossibilita que as pessoas consigam minimamente se organizarem frente as suas vidas, nos quais ansiolíticos são um coadjuvante importante.

Porém, não me parece ser exatamente este o caso de todas as pessoas participantes desta estatística. Quantas destas pessoas não apelam para o uso de ansiolíticos apenas como uma “fuga”, pelo simples fato de não estarem dispostas a lidar com as dificuldades inerentes do seu dia a dia?

O que estou colocando em questão é a "banalização" da adoção de medicamentos... isto é alarmante.

O artigo da revista Época levanta hipóteses interessantes para explicar este fenômeno. Mas meu interesse aqui é questionar como você se coloca frente a isto: Como VOCÊ lida com a SUA ansiedade?

Além dos sintomas físicos como insônia, alterações do apetite, taquicardia, respiração ofegante, tremores, sudorese, sensação de vertigem, impaciência, etc, em termos leigos podemos dizer que a ansiedade envolve uma intensa preocupação com o que está por vir... o que está por acontecer... através da aceleração do pensamento, se “pré-ocupando” com todos os fechamentos e consequências possíveis para aquela situação.

Você se identificou nesta descrição?

Na perspectiva psicanalítica, o foco de interesse não reside em minimizar tais sintomas, e sim na investigação e elaboração da causa raiz da questão.

Quais são as situações de vida que você está submetido, que estão gerando ansiedade? Quais são os riscos e os medos relacionados aos possíveis desfechos destas situações? Quais são as reais dificuldades em se lidar com estes riscos? Em outras palavras, quais são os conflitos psíquicos inconscientes envolvidos nestas situações que geram ansiedade?

Sem tratar estas questões, o uso de ansiolíticos é apenas um paliativo temporário, um “atalho”, para tentar eliminar sintomas. Mas, o que acontece ao se suspender a medicação sem ter trabalhado a “causa raiz” psíquica do problema? A cada nova situação estressante, a ansiedade volta!

Independente do método usado, o essencial é que a pessoa se implique no seu processo de evolução. Ou seja: se comprometa em realizar um trabalho psíquico. Neste sentido, o objetivo da terapia é auxiliar na criação e fortalecimento de ferramental psíquico que possa ser acionado e utilizado em novas situações estressantes de vida, que certamente estão por vir. Permitindo, desta forma, que se encare as novas situações por ângulos distintos e de forma menos sofrida, consequentemente, reduzindo a ansiedade. Para isto, é necessário, acima de tudo, disponibilidade para um investimento emocional.

E você? Quer apenas eliminar sintomas? Ou quer desenvolver ferramental psíquico para lidar de forma menos sofrida com novas situações que podem gerar ansiedade?

Cuide-se!

Débora Andrade

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Rua Arandu 205, sala 1008 - Brooklin Novo - São Paulo, SP www.projetoinstigar.com.br ( 5506-6916

Atendimento psicanalítico: Realizado de forma individual ou através de grupos operativos.

Análise e intervenção institucional, instigando mudanças a partir da reflexão grupal e tomada de ações em torno de questões institucionais que afetam seus colaboradores, e vice-versa. Utilizando-se para isto de conceitos de psicanálise & gestão. Colaboradores de empresas parceiras utilizam os serviços psicanalíticos com valores negociados.

Atuação em Empresas:

Palestras e workshops: São realizados mensalmente. Confira as datas e assuntos no site www.projetoinstigar.com.br

Maio 2010